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INTERCÂMBIO COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO
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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio Coordenação-Geral de Organização para a Exportação
ÍNDIA
Índia: Capita l : Nova Dél i
População1 : 1,26 b i lhão de habitantes
PIB (2013)2 : US$ 1,87 tr i lhão
PIB per capita (2013)2 : US$ 1.505
PIB por setor 3 :
Agr icu l tura: 17,4%
Indústr ia: 25,8%
Serviços: 56,8%
Taxa Média de Cresc. (2002-2012)2 : 8,2%
Taxa de cresc imento (2013)2 : 4,4%
Projeção de Cresc. (2014) 2 : 5 ,4%
1 ONU 2 FMI (dados de 2014 não es tão d ispon íve is ) 3 CIA (dados de 2014 não es tão d ispon íve is )
Brasi l:
População (proj .) 4 : 202,8 mi lhões de habi tantes
PIB (2013)2 : US$ 2,24 tr i lhões
PIB per capita (2013)2 : US$ 11.311
PIB por setor 4 :
Agr icu l tura: 5,7%;
Indústr ia: 25%;
Serviços: 69,3%
Taxa Média de Cresc. (2002-2012)2 : 3,9%
Taxa de Cresc. (2013) 2 : 2 ,3%
Projeção de Cresc. (2014) 5 : 0 ,5%
4 IBGE (dados de 2014 não es tão d ispon íve is ) 5 Min is tér io da Fazenda (dados de 2014 não es tão d ispon íve is )
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PARTE I – O COMÉRCIO BILATERAL BRASIL - ÍNDIA A Índia é um dos países mais dinâmicos do mundo em termos de crescimento econômico, com uma taxa média de expansão superior a 7% na últ ima década. No entanto, a forte expansão da economia dos últ imos anos não possibil i tou, ainda, o aumento da renda média de sua população. As exportações indianas cresceram de US$ 220bilhões, em 2010, para US$ 317, , em 2014. As importações, por sua vez, cresceram de US$ 350 bi lhões, em 2010, para US$ 459bi lhões, em 2014. A anál ise das estat íst icas indianas de comércio exter ior dos últ imos anos revela um crônico déf icit comercial, que passou de US$ 40,5 bi lhões, em 2005, para US$ 142 bi lhões, em 2014. No comércio com o Brasi l, a Índia obteve superávit comercial de US$ 1,8 bilhão em 2014. As exportações brasi leiras para a Índia foram de US$ 4,8 bi lhões em 2014, enquanto as importações f icaram em US$ 6,6 bilhões. Tanto as importações como as exportações foram inferiores ao montante de US$ 1 bi lhão em 2004, o que demonstra um forte incremento do comércio entre os países na últ ima década. O valor recorde das exportações brasi leiras ocorreu em 2012, com US$ 5,6 bi lhões, enquanto as importações foram recorde em 2014, com os já mencionados US$ 6,6 bi lhões.
PARTE II – O INTERCÂMBIO COMERCIAL AGRÍCOLA A Índia é um dos maiores exportadores de produtos agropecuários do mundo, tendo registrado exportações de US$ 43 bi lhões em 2014. Por outro lado, o país também importou produtos agropecuár ios no montante de US$ 21 bilhões. Entre 2010 e 2014, o crescimento das exportações agropecuários suplantou o das importações desses produtos, com 88% e 56% respectivamente. Como o aumento das exportações acima das importações, o saldo superavitár io da Índia no comércio de produtos agropecuár ios subiu de US$ 9 bilhões em 2010 para US$ 22 bi lhões em 2014. No comércio de produtos agropecuár ios com o Brasil , a Índia é def icitár ia. O Brasi l exportou US$ 1bi lhão para o país em 2014 e só importou US$ 71milhões. Ocorre, no entanto, que essa relevante cif ra de exportação ocorreu em função de prat icamente dois produtos:
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açúcar de cana em bruto (US$ 643milhões) e óleo de soja em bruto (US$ 366milhões). Ou seja, a pauta brasi leira de exportações para Índia é muito concentrada.
As exportações de açúcar em bruto, pr incipal produto exportado para a Í ndia nos últ imos anos, foram de 1,67 milhão de toneladas em 2015. Esta quantidade já foi maior em outros anos, como 2010 e 2011, quando a quantidade embarcada chegou a 4 milhões de toneladas e 2milhões de toneladas, respectivamente. A quantidade exportada osci la em função do aumento ou diminuição da produção indiana de açúcar. A Índia é o segundo maior
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produtor de cana de açúcar, produzindo algo em torno de 350 milhões de toneladas nos últ imos anos, enquanto a produção brasi leira está próxima a 650 milhões de toneladas nas últ imas duas safras. O óleo de soja é o segundo pr incipal produto agropecuário importado pela Índia (US$ 2 bi lhões). As exportações brasileiras de óleo de soja para a Índia cresceram em quantidade, até at ingirem 424 mil toneladas em 2014 ou o equivalente a US$ 366milhões, mas a Argentina ainda continua sendo a principal fornecedora do produto , com 1,7 milhão de toneladas. Além dos dois mencionados produtos, açúcar em bruto e óleo de soja, somente dois produtos agropecuár ios do rol de exportados para a Índia, apresentados na Tabela I , t iveram registros de exportações em patamares que suplantaram US$ 5 milhões: feijões secos (US$ 19milhões) e sucos e extratos vegetais (US$ 8milhões).
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A concentração das exportações agropecuárias brasileiras para a Índia f ica evidente nos Gráf icos IV e V, quando se percebe que somente dois setores dominaram mais de 90 % das exportações para o país nos últ imos dez anos. Muito embora haja essa concentração, a cif ra exportada quase dupl icou, passando de US$ 570 milhões em 2005 para US$ 1bi lhão em 2014.
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O Brasi l não é um grande importador de produtos agropecuários indianos. A Índia é muito compet it iva nas vendas externas de arroz, car ne bovina e camarões, produtos que o Brasil também produz e exporta. Dessa forma, a relação de produtos importados da Índia, apresentada na Tabela I I , não contém produtos com grande valor. Os principais produtos importados foram: produtos mucilaginosos (US$ 11milhões); óleos essenciais (US$ 11 milhões); sementes de cominho (US$ 9 milhões); sementes de oleaginosas (US$ 8milhões, etc.
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PARTE III – O INTERCÂMBIO COMERCIAL NÃO AGRÍCOLA As exportações brasileiras não agrícolas para a Índia osci laram muito nos últ imos anos. Em 2012, o Brasil exportou US$ 4,6 bi lhões, recuando para US$ 2,4 bilhões em 2013. No ano de 2014, subiram novamente para US$ 3,7 bi lhões. Grande parte dessa oscilação pode ser explicada pela variação da quantidade exportada de óleo bruto de petróleo, principal produto não agrícola brasi leiro exportado para a Índia. A Índia importou US$ 61 bi lhões de óleo de petróleo em 2014 e o Brasil f igura na relação dos principais fornecedores, obtendo a quinta posição naquele ano. Apesar da quantidade exportada ter retornado para patamares superiores a 4 milhões de toneladas em 2014, a queda dos preços médios de exportação (-21%) impediu o Brasil de obter uma elevação mais substancia l do valor exportado. Além do petróleo, três outros produtos f iguraram na relação de itens exportados para a Índia com cifras acima de US$ 100 milhões: ouro (US$ 27 7milhões), minério de cobre (US$ 235milhões) e minério de ferro (US$ 127milhões). Estes produtos são apresentados na Tabela III.
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Nas importações de produtos não agropecuár ios da Índia também se destacou o petróleo, porém do óleo não bruto. As importações de óleo de petróleo não bruto foram de US$ 3,5 bi lhões em 2014 ou 54% do total das aquisições. Outros produtos que f iguraram na Tabela IV com valores acima de US$ 100 milhões foram: f ios de f i lamentos sintét icos (US$ 246 milhões); parte e acessórios de veículos (US$ 187 milhões); inseticidas e defensivos agrícolas (US$ 165 milhões); medicamentos (US$ 130milhões); e matérias corantes (US$ 125 milhões).
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PARTE IV – O MERCADO INDIANO PARA PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS A Índia importou US$ 13bilhões em produtos agrícolas em 2010.
Com expansão média de 12% ao ano, a cifra aumentou para US$ 21
bilhões em 2014. Não obstante relevante número, para mais de três
quartos do valor importado pela Índia, o Brasil possui baixa
competitividade. Como exemplos, podem-se mencionar o comércio de
óleo de palma, que a Índia importou mais de US$ 6 bilhões em 2014,
e o comércio de óleo de girassol, com importações de US$ 1,5 bilhão.
Para uma análise mais apurada do intercâmbio comercial agrícola
com a Índia, serão apresentadas as quatro tabelas a seguir:
Tabela V-A – produtos nos quais o Brasil participa com mais de
1% do comércio mundial e que obtém, no mercado em questão,
participação superior à que possui no mercado mundial;
Tabela V-B – produtos nos quais o Brasil participa com mais de
1% do comércio mundial e que obtém, no mercado em questão,
participação inferior à que possui no mercado mundial;
Tabela V-C – produtos que o Brasil não exporta para o mercado
em questão, mas que possui participação igual ou superior à 1%
no mercado mundial; e
Tabela V-D - produtos que o Brasil exporta ou não para o mercado
em questão e que possui participação inferior a 1% no mercado
mundial.
A participação do valor da Tabela V-D no total das importações
indianas de produtos agropecuários superou três quartos do valor
total importado, como se pode observar no Gráfico VI. Esses são
justamente os produtos que o Brasil possui participação inferior a
1% no mercado mundial.
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Parte IV – ASSUNTOS SANITÁRIOS E FITOSSANITÁRIOS
Acordos Bilaterais com o Brasil:
- Memorando de Entendimento em Cooperação Fitossanitária entre o MAPA e o
Departamento de Agricultura e Cooperação da Índia.
- Ajuste Complementar ao Acordo de Comércio sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias
- Memorando de Entendimento em Cooperação Fitossanitária
Acordos multilaterais O país é membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), Codex Alimentarius, Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais (CIPV).
Questões SPS no Âmbito Bilateral O Brasil está habil itado para a exportação de carne de aves para a Índia e negocia
certificação para iniciar as exportações de carne suína e soro fetal do Brasil. Em 2008 o Brasil iniciou as importações de embriões de bovinos da Índia. Para o
pescado, houve a equivalência do sistema de inspeção possibilitando que a Índia pudesse exportar esse produto para o Brasil.
Na parte vegetal, milho, algodão, maçã e soja do Brasil já possuem mercados
abertos na Índia. Uva, citros e farinha de fava brasileiros permanecem sob análise indiana.