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NT – Luciano Favaro Bissi.dsp Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Secretaria de Recursos Humanos Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas NOTA TÉCNICA Nº 785/2010/COGES/DENOP/SRH/MP Assunto: Exoneração de cargo comissionado Referência: Processo nº 04905.000374/2010-72 SUMÁRIO EXECUTIVO 1. Trata-se de consulta encaminhada pela Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas deste Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, solicitando análise e pronunciamento quanto à necessidade de publicação de ato exoneratório de servidor nomeado interinamente. ANÁLISE 2. Depreende-se dos autos que o servidor LUCIANO FAVARO BISSI, ocupante do cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, foi nomeado, interinamente, para o cargo de Gerente Regional do Patrimônio da União no Estado do Espírito Santo, por meio da Portaria nº 657, publicada no DOU em 20 de novembro de 2006. 3. Em 2009, contudo, tomou conhecimento da publicação da Portaria nº 805, que nomeava o Senhor Magno Pires da Silva ao cargo de Superintendente Estadual do Patrimônio da União no Espírito Santo. Em virtude da publicação desse novo ato, questionou a Superintendência sobre a necessidade de ser exonerado do cargo que ocupava, interinamente. 4. A Divisão de Legislação Aplicada (fls. 04), ao analisar a situação, concluiu pela desnecessidade da publicação de ato para exonerar o mencionado servidor do cargo de interino, em virtude da nomeação de titular para ocupar o cargo. 5. Haja vista a divergência de entendimentos, a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas deste Ministério fez a remessa dos autos para dirimir a controvérsia. 6. É o relatório. 7. A nomeação para cargo em comissão, ainda que na condição de interino, encontra-se prevista no art. 9º, da Lei nº 8.112/90, conforme abaixo transcrito: Art. 9 o A nomeação far-se-á: (...) II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. 8. Conforme se verifica dos autos, ainda que interinamente, houve a nomeação do servidor para ocupar o cargo comissionado, por meio de publicação oficial.

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NT – Luciano Favaro Bissi.dsp

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Secretaria de Recursos Humanos

Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas

NOTA TÉCNICA Nº 785/2010/COGES/DENOP/SRH/MP Assunto: Exoneração de cargo comissionado Referência: Processo nº 04905.000374/2010-72

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. Trata-se de consulta encaminhada pela Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas deste Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, solicitando análise e pronunciamento quanto à necessidade de publicação de ato exoneratório de servidor nomeado interinamente.

ANÁLISE

2. Depreende-se dos autos que o servidor LUCIANO FAVARO BISSI, ocupante do cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, foi nomeado, interinamente, para o cargo de Gerente Regional do Patrimônio da União no Estado do Espírito Santo, por meio da Portaria nº 657, publicada no DOU em 20 de novembro de 2006.

3. Em 2009, contudo, tomou conhecimento da publicação da Portaria nº 805, que nomeava o Senhor Magno Pires da Silva ao cargo de Superintendente Estadual do Patrimônio da União no Espírito Santo. Em virtude da publicação desse novo ato, questionou a Superintendência sobre a necessidade de ser exonerado do cargo que ocupava, interinamente. 4. A Divisão de Legislação Aplicada (fls. 04), ao analisar a situação, concluiu pela desnecessidade da publicação de ato para exonerar o mencionado servidor do cargo de interino, em virtude da nomeação de titular para ocupar o cargo. 5. Haja vista a divergência de entendimentos, a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas deste Ministério fez a remessa dos autos para dirimir a controvérsia. 6. É o relatório. 7. A nomeação para cargo em comissão, ainda que na condição de interino, encontra-se prevista no art. 9º, da Lei nº 8.112/90, conforme abaixo transcrito:

Art. 9o A nomeação far-se-á: (...) II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.

8. Conforme se verifica dos autos, ainda que interinamente, houve a nomeação do servidor para ocupar o cargo comissionado, por meio de publicação oficial.

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9. A nomeação, stricto sensu, constitui ato de provimento de cargo, conforme art. 8º, da Lei nº 8.112/90. O cargo somente poderá ser provido quando este estiver vago, o que ocorre nas hipóteses do art. 33, também da Lei nº 8.112/90. 10. No caso dos autos, a nomeação do titular do cargo em comissão implicou a automática e concomitante exoneração do interino, cuja nomeação estava, desde a edição do ato correspondente, vinculada à nomeação do titular, estando, dessa forma, atendido o requisito da publicidade, ou seja, a todos os interessados, a Administração deu conhecimento de que aquela situação era transitória, sendo o seu termo previsto e definido. 11. Posto isso, entende-se que não se faz necessária a publicação de atos de exoneração de servidores nomeados para cargos em comissão na condição de interinos. À consideração superior.

Brasília, 19 de agosto de 2010.

DANIELA DA SILVA PEPLAU Chefe da Divisão de Análise de Processos

Brasília, 19 de agosto de 2010.

GERALDO ANTONIO NICOLI Coordenador-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas