ministÉrio do planejamento, orÇamento e gestÃo … departamento de normas e procedimentos...
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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
Secretaria de Gestão Pública
Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal
Coordenação-Geral de Aplicação das Normas
NOTA INFORMATIVA Nº 146/2015/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP
Assunto: Redistribuição
Interessado: MS-INSS
SUMÁRIO EXECUTIVO
1. Trata-se de demanda proveniente da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS encaminhada a este Órgão Central do Sistema de Pessoal
Civil – SIPEC para manifestação concernente à anulação da redistribuição do cargo de Agente de
Portaria de servidor dos quadros do Ministério da Saúde para o INSS, assim como conhecimento e
manifestação acerca dos argumentos levantados pelo servidor interessado em exercício do seu direito
ao contraditório.
___INFORMAÇÕES
2. Registre-se que a redistribuição em tela foi publicada em 26.11.2003 (fls. 19 e 33), tendo
a Coordenação-Geral de Administração de Recursos Humanos do INSS, em 05.10.2010, solicitado a
anulação do respectivo ato administrativo que efetivou a movimentação do cargo de Agente de
Portaria, em razão de entender, com base em manifestações da então Secretaria de Recursos Humanos
em casos eventualmente análogos, pelo não preenchimento dos requisitos do artigo 37 da Lei nº 8.112,
de 1990.
3. De início, acerca da matéria de redistribuição, esta Secretaria de Gestão Pública –
SEGEP, na condição de Órgão Central do SIPEC, consolidou entendimento de que o ato administrativo
de redistribuição somente pode ser tornado sem efeito se realizado em desacordo com os requisitos
legais estabelecidos no artigo 37 da Lei nº 8.112, de 1990, que devem ser aferidos na oportunidade da
efetivação do respectivo ato administrativo, não sendo consideradas alterações supervenientes à
redistribuição, nos termos da Nota Técnica nº 143/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP (disponível no
sistema CONLEGIS).
4. Importante ressaltar, também, a anulação de atos administrativos, ainda que
contenham vício insanável, somente podem ocorrer enquanto tais atos não se estabilizarem pelo
decurso do tempo, considerando-se o prazo decadencial de cinco anos inserto no art. 54 da Lei nº
9.784, de 1999, quando opera-se a decadência do direito da Administração Pública de anular os
próprios atos cujos efeitos sejam favoráveis a terceiros ou a prescrição da ação do particular para anular
o ato administrativo que o beneficie, nos termos do Parecer nº 0852-
3.26/2012/FNF/CONJUR/MP/CGU/AGU.
5. Assim, in casu, assenta-se a necessidade de análise pormenorizada e específica da
situação funcional em tela, pois os casos de redistribuição são apreciados caso a caso, pelo órgão
consulente e seu respectivo órgão setorial, a Coordenação de Gestão de Pessoas do Ministério da
Previdência Social1, à luz da legislação aplicável à matéria, como preceitua a Orientação Normativa nº
07, de 2012, especialmente acerca da eventual incidência da prescrição, com o auxílio, se necessário
dos seus respectivos órgãos de assessoramento jurídico.
6. Posto isso, submete-se a presente Nota Informativa à consideração da Senhora
Coordenação-Geral de Aplicação das Normas-Substituta, com a sugestão de encaminhamento do feito
à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para
conhecimento e providências subsequentes.
Brasília, 08 de maio de 2015.
MARIA DO SOCORRO DE O. MOURAO TÂNIA JANE RIBEIRO DA SILVA
Administrador Chefe da Divisão de Planos de Cargos e Carreiras
De acordo. Encaminhe-se o feito à aprovação do Senhor Diretor do Departamento de
Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal.
Brasília, 08 de maio de 2015.
MARCIA ALVES DE ASSIS
Coordenadora-Geral de Aplicação das Normas-Substituta
Aprovo. Encaminhem-se os autos à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do INSS,
para conhecimento e providências subsequentes.
Brasília, 08 de maio de 2015.
ROGÉRIO XAVIER ROCHA
Diretor do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal
1 A quem incumbe privativamente a decisão de instar este Órgão Central, nos termos da Orientação Normativa nº 07, de
2012.