ministÉrio do planejamento brasília, 04 de fevereiro de ... · de confundir a douta comissão....

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04/02/2015 ComprasNet https://www4.comprasnet.gov.br/rdceletronico/private/operar/acompanharRecursosUasg.jsf 1/17 Login: 12464161748 RODRIGO GOMES RODRIGUES MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Brasília, 04 de fevereiro de 2015. RDC Ambiente Produção Portal de Compras do Governo Federal Comprasnet MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO Visualização de Recursos, Contrarrazões e Decisões UASG: 393003 ‐ DEPTO. NAC. DE INFRA‐ESTRUTURA DE TRANSPORTES Licitação nº: 354/2014 Modo de Disputa: Aberto Número do Item: G3 Nome do Item: GRUPO‐3 Tratamento Diferenciado: Sem benefícios Sessões Públicas: 1 , 2 , 3 , 4 , Atual Recursos do Item ‐ Sessão Pública 5 ﴾Atual﴿ Logout Serviços do Governo RDC 92.930.643/0001‐52 ‐ ECOPLAN ENGENHARIA LTDA Intenção de Recurso Data/Hora: 14/01/2015 15:33 Julgamento de Proposta: Habilitação de Fornecedor: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de habilitação 50.861.616/0001‐25 ‐ SISTEMA PRI ENGENHARIA LTDA Intenção de Recurso Data/Hora: 14/01/2015 15:35 Julgamento de Proposta: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de julgamento de proposta Habilitação de Fornecedor: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de habilitação Recurso Data/Hora: 02/02/2015 17:55 Motivo do Recurso / Justificativa da Desistência: ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÕES DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES‐ DNIT. PROCESSO Nº 50600.020878/2014‐84 RDC ELETRÔNIO Nº 0354/2014‐00 GRUPO 3 CONSÓRCIO SISTEMA PRI/CPqD, já devidamente qualificado no processo administrativo em epígrafe, vem, através de sua representante legal, com base no art.45, II, b da Lei nº 12.462/2011 apresentar recurso contra a decisão que a inabilitou da licitação em tela, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. O Consórcio Sistema PRI‐CPqD foi inabilitado em decisão proferida pela Douta Comissão de Licitação,

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Login: 12464161748  RODRIGO GOMES RODRIGUES

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTOBrasília, 04 de fevereiro de 2015.

RDC  Ambiente Produção

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ComprasnetMINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO

Visualização de Recursos, Contrarrazões e DecisõesUASG: 393003 ‐ DEPTO. NAC. DE INFRA‐ESTRUTURA DE TRANSPORTESLicitação nº: 354/2014 Modo de Disputa: Aberto

Número do Item: G3Nome do Item: GRUPO‐3Tratamento Diferenciado: Sem benefícios

Sessões Públicas: 1, 2, 3, 4, Atual

Recursos do Item ‐ Sessão Pública 5 ﴾Atual﴿

LogoutServiços do Governo RDC

92.930.643/0001‐52 ‐ ECOPLAN ENGENHARIA LTDA

Intenção de Recurso

Data/Hora: 14/01/2015 15:33

Julgamento de Proposta:

Habilitação de Fornecedor: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de habilitação

50.861.616/0001‐25 ‐ SISTEMA PRI ENGENHARIA LTDA

Intenção de Recurso

Data/Hora: 14/01/2015 15:35

Julgamento de Proposta: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de julgamentode proposta

Habilitação de Fornecedor: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de habilitação

Recurso

Data/Hora: 02/02/2015 17:55

Motivo do Recurso / Justificativa da Desistência: ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DACOMISSÃO DE LICITAÇÕES DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES‐DNIT. PROCESSO Nº 50600.020878/2014‐84 RDC ELETRÔNIO Nº 0354/2014‐00 GRUPO 3 CONSÓRCIOSISTEMA PRI/CPqD, já devidamente qualificado no processo administrativo em epígrafe, vem, atravésde sua representante legal, com base no art.45, II, b da Lei nº 12.462/2011 apresentar recurso contra adecisão que a inabilitou da licitação em tela, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. OConsórcio Sistema PRI‐CPqD foi inabilitado em decisão proferida pela Douta Comissão de Licitação,

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que deu provimento parcial a recurso movido pela Empresa Ecoplan Engenharia LTDA. Na decisão emcomento, a Comissão acolheu os argumentos da Ecoplan referentes ao ﴾1﴿ valor do empreendimentodo Atestado da ARTESP ﴾SZC‐17621﴿, ﴾2﴿ ao Atestado da Secretaria de Estado de Infraestrutura doAmazonas ﴾CAT 789/14﴿, e ﴾3﴿ ao valor gerenciado no Atestado emitido pelo DNIT ﴾CAT 583/12﴿ relativoao gerenciamento de 21 Terminais Hidroviários no Estado do Amazonas. Conforme se demonstrará, adecisão da Comissão de Licitação merece ser revista, porque o Consórcio Sistema PRI‐CPqD atendeu atodas as disposições editalícias e os argumentos lançados pela Ecoplan tiveram tão somente o objetivode confundir a douta comissão. ﴾1﴿ Atestado da ARTESP Quanto ao atestado da ARTESP ﴾SZC‐17621﴿,no que toca ao valor do empreendimento, a Ecoplan disse o seguinte: De acordo com o contratoassinado em 18 de fevereiro de 2000, a concessionária deve investir em obras para o conforto esegurança dos usuários. Verifica‐se então que a atualização de R$1.200.000.000,00 feita peloCONSÓRCIO SISTEMA PRI‐CPqD não corresponde à realidade, visto que o valor do empreendimento serefere ao período de fevereiro/2000 a dezembro/2011 portanto 143 meses de investimento. Ora, oprazo do contrato do Consórcio Sistema PRI/VEGA/LENC é de 67 meses de fiscalização. Pois bem, comuma simples regra de três verifica‐se que o investimento para o período de 67 meses é da ordem de R$562.237.762,23 e que com a participação da SISTEMA PRI ﴾33,34%﴿ este valor corresponde à R$187.450.069,92, que atualizando para 08/09/14 ﴾coeficiente de 1,137914 IPC‐FIPE﴿ RESULTA EM R$213.302.058,87, LOGO ABAIXO DOS R$ 333.333.333,33 MÍNIMO NECESSÁRIO. ﴾grifo nosso﴿ Quanto aeste argumento, a Comissão entendeu o que se segue: 20. Depreende‐se da reanálise dadocumentação do CONSÓRCIO SISTEMA PRI/CPqD que as alegações da Recorrente são procedentes.Registre‐se que o Atestado nº 7/ARTESP não é suficiente para demonstrar que o valor deempreendimento, durante os 67 meses de duração contratual, tendo em vista que a participaçãoproporcional da Empresa Sistema PRI no consórcio Sistema PRI/VEGA/LENC somaria um valor superioraos R$ 333.333.333,33 exigidos no Edital. 21. Ressalte‐se que embora a documentação apresentadapela Licitante não tenha deixado claro o montante gerenciado, foi feito diligência àquele Órgão –ARTESP, onde ficou demonstrado que o montante total gerenciado pela Licitante nos 67 meses deduração do contrato, já com a consideração da participação no consórcio e a atualização financeira quefoi de R$184.208.680,88, portanto abaixo do valor exigido no Edital. ﴾grifamos e negritamos﴿ 22.Cumpre enfatizar que a Administração Pública pode e deve efetuar as alterações necessárias no sentidode atender plenamente as exigências do edital. Dessa forma, procede a Comissão não aceitar oatestado apresentado. Assim, assiste razão a Recorrente. Independente da participação da Sistema PRIno “CONSÓRCIO PRI/VEGA/LENC” o Atestado nº 7/ARTESP ﴾SZC‐17621﴿, deve ser considerado natotalidade para fins de qualificação técnica dos quantitativos conforme entendimento jurisprudencialdesse mesmo órgão, demais entes públicos, inclusive do TRF da 1ª Região e Superior Tribunal deJustiça. No item 21 da Decisão nº 167/2014 a Comissão considera apenas a percentagem daparticipação da Sistema PRI no Consórcio para afirmar que a sua participação foi abaixo do valorexigido no Edital. Ocorre que em oportunidade anterior, o DNIT esposou entendimento diferente destaComissão, informando que em caso de consórcio será considerada a totalidade dos quantitativos paracada membro do consórcio. Neste sentido traz‐se à colação trecho do Relatório de Análise eJulgamento da Impugnação ao Edital nº 277/2005‐00, verbis: Discordância quanto ao entendimento daComissão de Licitação, explicitada nas respostas às perguntas de número 05, 10 e 11 do Caderno 01 dePerguntas e Respostas quando aceita, para fins de qualificação técnica‐ operacional, 100% ﴾cem porcento﴿ dos quantitativos de atestados de empresas participantes de consórcio. Com relação ao critérioa ser adotado na avaliação de um atestado apresentado por uma empresa referente a um serviço queesta tenha executado em consórcio com outras, a Impugnante nada traz de novo que possa mudar oentendimento histórico praticado pela Comissão na análise e julgamento das licitações no âmbito desteDepartamento. Em todas as licitações, e esta não poderia ser diferente, a Comissão entende que aresponsabilidade técnica durante a execução de uma obra por um consórcio é solidária entre seusintegrantes, sendo assim o seu resultado passa a fazer parte integrante do acervo de cada uma dasempresas considerando a totalidade dos seus quantitativos. Nos próprios instrumentos de formação deconsórcio existe esta regra explícita: a participação solidária na execução das obras. Não se podeconfundir técnica com finanças. Os percentuais estipulados nos termos de consórcio são financeiros erepresentam com quanto cada empresa vai participar na execução dos serviços não servindo de basepara a participação técnica que, como visto, é solidária. A responsabilidade pela execução,confiabilidade e durabilidade das obras, dentre outros, é de todas as empresas participantes de umconsórcio. Visto por um outro prisma, a própria Lei de Licitações possui este espírito ao permitir, emseu art. 33, o simples somatório da capacidade técnica de cada licitante, componente de um consórcio,para efeito de qualificação técnica, já, por outro lado, ao definir as condições para qualificaçãoeconômico‐financeira ﴾e somente para esta﴿, permite o somatório dos valores de cada consorciado naproporção de sua respectiva participação no consórcio, o que coloca, de maneira clara, estaparticipação vinculada somente a capacitação financeira. Voltando a questão, este é o espírito, também,do objetivo de um consórcio: permitir que empresas de pequeno porte se associem a outras, commaior capacidade, para com estas absorver experiência técnica que resultará numa maior capacitaçãotécnica própria. Encerrando a questão, em outro Edital ﴾nº 047/2005﴿ deste Departamento, houve oseguinte questionamento em seu 10 Caderno de Perguntas e Respostas: "Pergunta n° 02: Em diversos

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questionamentos em editais promovidos por este DNIT e suas respostas, e informado que todas asrespostas dadas para um certo edital é válido também para os demais. Dentro desta linha, vimossolicitar confirmação de resposta dada para os editais licitados no ano em curso, de que no caso dalicitante utilizar atestado de obras executadas por consórcio de empresas onde a mesma participa, aatestação de serviços e as correspondentes quantidades serão consideradas em sua totalidade, ematendimento da Capacidade Técnica Operacional, e não na quantidade referente ao percentual departicipação da empresa no referido consórcio. Favor confirmar. Resposta: Em caso de consórcio seráconsiderada a totalidade dos quantitativos para cada membro do consórcio desde que não façam partedo mesmo consórcio para esta licitação. ﴾grifos e negritos nossos﴿ Outros órgãos também têmentendimento no sentido defendido pelo Consórcio Sistema PRI/CPqD, senão vejamos: O DER/ES,através do Esclarecimento nº 003 do Edital de Licitação RDC Presencial nº 001/2013, asseverou oseguinte: A exigência de indicação de percentual para apurar a execução e responsabilidade de cadaintegrante do Consórcio, como pretendido pela Comissão de Licitação, não se amolda à realcompreensão do instituto e viola III e V da Lei 8666/93 ﴾sic﴿. Segundo o maior doutrinador sobre DireitoAdministrativo da atualidade, MARÇAL JUSTEN FILHO, uma vez consagrada a responsabilidade solidáriados integrantes do consórcio, perde a conexão legal de impor ao consorciado que o atestado deexecução da obra, para fins de comprovação de sua capacidade técnica operacional em licitação,somente valeria até o percentual de sua participação no Consórcio. Como pode uma mesma empresaconsorciada responder integralmente pela execução dos serviços contratados com a AdministraçãoPública mas, o seu atestado de capacidade técnica deste mesmo serviço realizado em Consórcio, nãoser considerado válido em sua integralidade mas tão somente no percentual de participação daempresa no Consórcio detentor do acero técnico? Ademais o inciso III do art. 33 da Lei 8.666/93 nãorestringe a somatória dos atestados, como o faz para fins de comprovação de qualificação econômicofinanceira, e pelo princípio da legalidade a Administração Pública está adstrita a realizar somente o quelhe é permitido por lei, e a restrição constante do Edital, além de ilegal frustra o maior objetivo daLicitação que é a participação do maior número de concorrentes para escolha da melhor proposta parao Poder Público. Corroboram deste entendimento o TCU Acórdão 1.890/2006; 1172/2012 do Plenário enossos Tribunais a exemplo da liminar obtida pela própria A. Madeira no proc.0009.9383.71.2002.4.02.5001. Além disso o DER/ES sempre aceitou a apresentação de atestados emconsórcio na sua totalidade para outras concorrências de obras licitadas por este órgão. Traz‐se aindaexcerto do Acórdão 1172/2012 do Plenário do TCU: Quanto à limitação do consórcio a duas empresas,com participação da segunda empresa de no mínimo 40% do valor da proposta, este Tribunal entendeque a estipulação de número máximo de empresas participantes em consórcio, bem como depercentual de participação, configuram cláusula restritiva ao caráter competitivo do certame licitatório,caracterizando infringência ao art. 3º, § 1º, inciso I, da Lei 8.666/93, a exemplo do disposto no Acórdão597/2008 Plenário ﴾que tratou de edital que limitava o consórcio a duas empresas e menor participaçãopercentual de uma empresa no consórcio não inferior a 30%﴿: "9.1.17. suprima do Capítulo II ﴾DasCondições de Participação﴿ da minuta de edital os dispositivos de limitação de número máximo deempresas participantes em consórcio, bem como do percentual de participação, por constituirem‐seem restrições ao caráter competitivo do certame, estando em desacordo com o art. 3º, § 1º, inciso I, daLei nº 8.666/93, ante o entendimento do TCU no Acórdão nº 1259/2006 ‐ Plenário ﴾TC ‐ 009.484/2006‐2; subitem 9.2.1.13﴿ e Acórdão nº 101/2004 ‐ Plenário ﴾TC ‐ 007.277/2003‐3 ‐ subitem 9.3.2﴿".Depreende‐se ainda, da leitura do art. 33, caput, da Lei 8.666/93, que a previsão de participação deempresas em consórcio não é obrigatória. Sendo assim, entende‐se que, optando‐se pela admissão deconsórcios, não deve prosperar a limitação presente na cláusula 2.1.2, Capítulo II/1, Seção 1, do Editalda Concorrência Codau 001/2012, para que a competitividade do certame não seja prejudicada. No quediz respeito à limitação a no máximo dois atestados para comprovação de capacidade técnico‐operacional, sendo que as quantidades devem ser comprovadas em um único atestado, este Tribunalde Contas possui jurisprudência no sentido de que não devem ser incluídas nos editais de licitaçãocondições que impeçam o somatório dos atestados de capacitação técnico‐operacional e queestabeleçam limite numérico para o somatório de atestados, a exemplo do Acórdão 597/2008‐Plenário:"9.1.7 promova a readequação do subitem 3.1.4 do Edital ‐ Observações "2.b" e "1.c", de modo asuprimir o estabelecimento de limite numérico para o somatório de atestados de capacitação técnico‐operacional, por constituir restrição ao caráter competitivo do certame licitatório, nos termos do art. 3º,§ 1º, I, da Lei nº 8.666/93, estando também em desacordo com o deliberado pelo E. TCU na Decisão nº86/2001 ‐ Plenário ﴾TC ‐ 001.799/2000‐6﴿". Outro não é o entendimento do E. Superior Tribunal deJustiça: MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. OBRAS PARA A TRANSPOSIÇÃODO RIO SÃO FRANCISCO ... RECURSO ADMINISTRATIVO PROVIDO PARA INABILITAR O CONSÓRCIOFORMADO PELAS IMPETRANTES. INOBSERVÂNCIA DAS NORMAS DE REGÊNCIA DA LICITAÇÃO EMCOMENTO ... SEGURANÇA CONCEDIDA. ... 5...Entendeu‐se que, para atividades desempenhadasanteriormente em consórcio, deveria "vigorar a regra da participação de cada empresa no consórcio.Dessa feita, cada empresa poderia utilizar do atestado comum na proporção em que participou noconsórcio. A título de exemplo, se quatro empresas participarem em igual proporção de um consórcioque realizou tarefa divisível mas não dividida, cada qual poderá incorporar 25% do todo em suacapacitação técnica" ﴾fl. 363﴿ . Assim, diz respeito a controvérsia à verificação de qual era a regra que

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deveria ser observada pelo consórcio formado pelas demandantes a fim de demonstrar experiência dasempresas para realização do objeto da licitação. 6. No inciso III do art. 33 da Lei 8.666/93, que disciplinaparticipação de consórcios em licitações, observa‐se que, para efeito de qualificação técnica, admite‐seo somatório dos quantitativos de cada empresa consorciada. A norma não previu, entretanto, regraespecífica para o caso de as consorciadas pretenderem demonstrar a qualificação técnica adotando‐sequantitativo relativo a atividade desenvolvida anteriormente em consórcio. Assim, como bemobservado no Parecer CONJUR/MI 1.255/2007, que analisou o recurso administrativo interposto, "asolução ao problema deve partir das regras do Edital, das posições da Comissão de Licitação, e, acimade tudo, da aplicação cautelosa dos princípios que informam o assunto, em atenção ao postulado darazoabilidade " ﴾fl. 361﴿. 7. Da leitura do subitem 6.1.8, e alíneas, do edital, observa‐se que não háregramento para o caso específico dos autos, ou seja, não foi disciplinada a maneira como seriaconsiderada a experiência das empresas que pretendessem apresentar atestados referentes àparticipação em obras realizadas em consórcio anterior. Limitou‐se a definir que "a totalidade dosquantitativos exigidos para cada lote nos quadros da alínea c deste subitem, poderão ser comprovadaspela Licitante através do somatório dos quantitativos executados em contratos de obras similares aoobjeto desta licitação" ﴾fl. 123﴿. Destarte, ante a lacuna verificada no instrumento convocatório, caberiaà Comissão de Licitação interpretar a norma, conforme determinação constante do subitem 17.2 doedital. 8. Da leitura atenta dos esclarecimentos transcritos, observa‐se que a Comissão de Licitaçãofirmou dois entendimentos quanto à utilização de atestados decorrentes de obras realizadasanteriormente em consórcio, para fins de comprovação de qualificação técnica para a presentelicitação: a﴿ os atestados relativos a obras desenvolvidas em consórcio serão considerados em suatotalidade para cada uma das empresas consorciadas, independentemente do percentual de suaparticipação no consórcio; b﴿ no caso de atestados decorrentes de obras executadas em consórcios, emque há discriminação expressa de responsabilidade pela execução de partes distintas da obra, pelasempresas consorciadas, considerar‐se‐á o percentual de responsabilidade de cada empresa noconsórcio. Desse modo, o que se conclui é que, se uma empresa realizou uma obra em consórcio comoutras empresas, cada uma delas poderá atestar experiência quanto à obra toda, desde que não hajadiscriminação expressa da responsabilidade de cada uma pela execução de partes distintas da obra.Note‐se que essa posição da Comissão de Licitação foi ratificada ao responder à questão nº 56 do FAX7/2007, quando deixou de acolher a argumentação didaticamente exposta na referida pergunta,mantendo a orientação firmada na pergunta nº 50 do FAX 6/2007. ... 13. Verifica‐se, portanto, ser ilegalo ato impugnado no presente mandado de segurança ‐ que inabilitou o consórcio formado pelasimpetrantes. ﴾...﴿ 16. Segurança concedida para anular o Despacho do Sr. Ministro de Estado daIntegração Nacional que homologou o Parecer CONJUR 1.255/2007 e o Parecer da Comissão Especialde Licitação que deu provimento ao recurso administrativo interposto pela Construtora NorbertoOdebrecht S/A., reconhecendo‐se o direito líquido e certo das demandantes, em consórcio, departiciparem da próxima fase do certame. ﴾g.n.﴿ ﴾STJ: MS 13.005/DF. Primeira Seção, DJ em 17/11/2008﴿.No acórdão proferido pelo E. TRF da 1ª Região, em Agravo de Instrumento onde o Agravado é DNIT, oRelator David Wilson de Abreu Pardo decidiu: “ ﴾...﴿ Decido. Em exame perfunctório, são relevantes osfundamentos da impetração. Às razões expendidas no precedente do Superior Tribunal de Justiça,aplicáveis à espécie sem arestas, acrescento que, nas obrigações solidárias, todos os sujeitos seobrigam ao cumprimento integral da obrigação ﴾Código Civil, art. 264, c/c art. 275﴿. Se os participantesdo consórcio se obrigam solidariamente ao cumprimento do objeto da contratação, parece claro quetodos podem invocar tal cumprimento. ﴾...﴿” ﴾TRF 1ª REGIÃO ‐ AGRAVO DE INSTRUMENTO 0073742‐44.2010.4.01.0000/DF, DESPACHO PUBLICADO NO e‐DJF1 EM 06/12/2010﴿ Os entendimentos acimacolacionados afastam qualquer dúvida a respeito da aceitação de 100% dos quantitativos de atestadosde empresas participantes de consórcio. E este entendimento vale tanto para o Atestado da ARTESP ﴾1﴿quanto para o Atestado do próprio DNIT ﴾3﴿ que será adiante defendido, haja vista que nos dois acontratação da Sistema PRI se deu através de consórcio. Isso porque, independente da participação decada empresa no Consórcio, todas respondem solidariamente pela execução dos serviços contratados etodas se qualificaram tecnicamente para sua execução, conforme inciso III do artigo 33 da Lei 8.666/93.Conforme consagrado pela jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça acima colacionada: “osatestados relativos a obras desenvolvidas em consórcio serão considerados em sua totalidade paracada uma das empresas consorciadas, independentemente do percentual de sua participação noconsórcio.” Com relação ao valor do empreendimento grande porte, no mesmo atestado nº 7/Artesp﴾SZC‐17621﴿, o contrato firmado com o CONSÓRCIO PRI/VEGA/LENC foi apenas um dos contratosfirmados para viabilizar a Concessão da Intervias. Ou seja, o Empreendimento do qual este contrato fazparte é superior a um bilhão de reais. A própria Ecoplan argumenta que o contrato de concessão daIntervias prevê investimentos de R$ 1,6 bilhão em obras e recursos operacionais durante os 28 anos devigência. Pelo que se dessume da decisão da Comissão – itens 20/22, ela mesma apurou junto àARTESP que já foram investidos mais de um bilhão de reais no contrato de concessão da Intervias.Chega‐se a esta conclusão fazendo a conta inversa, ou a prova real do valor que corresponderia àSistema PRI pelos cálculos da Comissão ﴾se R$ 184.208.680,88 correspondem a 33,34% da importânciainvestida em 67 meses, 100% da importância investida em 143 meses é R$ 1.179.249.584,34﴿. Ocorreque para o cumprimento do item a.1 do Quadro do Grupo 3 do Edital o que importa é o valor global

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do Empreendimento ou Programa gerenciado ou assessorado, e não outras circunstâncias que cercamo contrato de prestação de serviços de gerenciamento ou assessoria ao gerenciamento. Se a SistemaPRI se qualificou tecnicamente para gerenciar parte de um Empreendimento de grande porte como é ocaso da obra da ARTESP, é porque demonstrou competência e qualificação técnica neste sentido,independente do percentual do valor global que efetivamente gerenciou ou que venha a gerenciar.Não há nada no Edital que estabeleça que o gerenciamento ou a assessoria ao gerenciamento dePrograma ou Empreendimento deveria ter algum prazo de duração ou corresponder a um determinadopercentual do valor global do Empreendimento ou Programa. A própria natureza do serviço degerenciamento e assessoria possibilita que ele não seja perpétuo ou que não coincida com o início ecom o fim do Programa ou Empreendimento Assessorado. O contrato de concessão da Intervias, porexemplo, é de 28 anos. Não é de se exigir que por 28 anos a Intervias precise de um serviço contínuode assessoria externa. Porque se o serviço for indispensável, do ponto de vistaadministrativo/econômico, melhor incorporá‐lo definitivamente na empresa. Não podemos afastar queo próprio contrato que o DNIT quer assinar com as empresas não é de serviço contínuo, conforme estáexplicado no Edital, senão vejamos o que consta da alínea s do item 1.2 do Anexo I do Edital do RDC354/2014: s﴿ Serviço contínuo: Não, pois trata da execução de serviços de assessoramento a GestãoPública e a Engenharia Consultiva para aprimoramento dos mecanismos de Planejamento e Gestãoobjetivando o atendimento das demandas dos empreendimentos do PAC, constantes no PPA´s﴾2012/2015﴿ e ﴾2016/2019﴿, proporcionando a capacitação profissional gradativa dos servidores doDNIT neste período. ﴾g.n﴿ O fato é que pelo Edital, o Consórcio Sistema PRI/CPqD não pode serexcluído porque a Sistema PRI só teria participado durante 67 meses de um Empreendimento de atéentão 143 meses, 336 meses ﴾28 anos﴿ até o final da concessão. Não importa quanto tempo tenhadurado sua assessoria no Empreendimento, importa que o Empreendimento Assessorado no qual aSistema PRI demostrou capacidade técnica de execução tenha valor superior a um bilhão de reais. Eisto foi cumprido. A regra de três simples feita pela Ecoplan e, de certa forma, acatada pela Comissão,além de não corresponder à realidade do contrato, restringe injustificadamente a participação doConsórcio Sistema PRI/CPqD, de modo que não pode ser acolhida. Mas, ainda que se queira restringir aparticipação da Sistema PRI no Empreendimento da Intervias em 67 meses, o que se admite apenas poramor ao debate, pois não pode ser utilizado de forma isolada – e sim os 28 anos do Empreendimento –os investimentos da ARTESP nesses 67 meses superaram a cifra atualizada de R$613.967.533,00.Segundo a jurisprudência acima colacionada, o Atestado SZC‐17621 deve ser considerado em 100% doseu quantitativo, atendendo a Sistema PRI e o Consórcio Sistema PRI/CPqD aos termos do Edital. Assim,tem‐se que é necessário que a Comissão reconsidere a decisão quanto à aceitação deste Atestado. ﴾2﴿Atestado da SEINF ﴾CAT 789/14﴿ O outro argumento sobre o qual se fundamentou a Comissão para darprovimento parcial ao recurso da Ecoplan foi o que diz respeito ao Atestado 13 ﴾CAT 789/14﴿ emitidopela Secretaria de Estado de Infraestrutura do Amazonas. Disse a Ecoplan: Como primeiro problema,destaca‐se que do valor total do empreendimento R$275.258.015,35 ﴾folha 352﴿ deve ser subtraído ovalor de R$60.379.782,56 correspondente ao Igarapé de Mindú o qual não foi objeto degerenciamento. Sendo assim o valor total do empreendimento passa a ser de R$214.878.232,79 queatualizado ﴾coeficiente de 1,492335 IPC‐FIPE﴿ resulta em R$320.670.307,53, ABAIXO DOS R$333.333.333,33 MÍNIMO NECESSÁRIO. Por seu turno, a Comissão disse o seguinte: 25. Quanto a esteponto, observa‐se que da releitura do atestado que o mesmo se refere a “Serviços de Consultoria paraElaboração dos Projetos Básico e Executivo de Requalificação Urbanística e Recuperação Ambiental doIgarapé do Mindú”, sendo que o Gerenciamento e Supervisão da execução das obras se refere aosdemais Igarapés, não englobando o Igarapé Mindú. Dessa forma, procede as alegações da Recorrente.Ocorre que o entendimento dessa C. Comissão está equivocado, pois não deve ser levado em conta asobras que a Sistema PRI efetivamente gerenciou e sim o valor global do Empreendimento e/ouPrograma gerenciado ﴾que é de grande porte﴿. Isso porque não há no Edital a exigência de que hajaestreita ou estrita correlação entre o contrato de gerenciamento ou assessoria ao gerenciamento e osdemais contratos que viabilizam o Empreendimento ou Programa ou que este contrato envolva todo oEmpreendimento. A Sistema PRI demonstrou que possui capacidade técnica para gerenciamento esupervisão de execução de obras de grande porte, pois adjudicou o contrato com o SEINF, cujo valorglobal do Empreendimento atualizado importa em R$410.777.128,30 superando os R$333.333.333,33exigidos no Edital. Não é lícito á Comissão nem à Ecoplan escolher dentro do atestado os valores quevão considerar para fins de atendimento ao mínimo exigido no Edital. No caso em comento, aComissão aceita o atestado SEINF ﴾CAT 789/14﴿ como contrato com recursos internacionais, porém,arbitrariamente, subtrai parte do seu valor para retirar a característica de grande porte doEmpreendimento e inabilitar o Licitante – Consórcio Sistema PRI/CPqD. O que deve ser considerado poressa D. Comissão, seguindo os termos do Edital, é o VALOR GLOBAL do Empreendimento comfinanciamento internacional no qual a Sistema PRI foi habilitada tecnicamente para executá‐lo – SEINF﴾CAT 789/14﴿ e não quais Igarapés ela efetivamente gerenciou. O que o Edital exige é que a Licitantetenha trabalhado em contratos de grande porte, e não que tenha executado o Empreendimento natotalidade. A Comissão deve se ater ao instrumento convocatório, o qual no item a.1 do Quadro doGrupo 3 do Edital – fls. 138 – exige: “Prestação de serviços de gerenciamento e/ou apoio aogerenciamento e/ou assessoria ao gerenciamento de Programas e/ou Empreendimentos diferentes e

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grande porte. Os Programas e/ou Empreendimentos mencionado sdeverão ter o valor, no mínimo deR$1.000.000.000,00 ﴾um bilhão de reais﴿ na soma de três atestados, nos exatos termos do quadro de fls.138 do Edital. Diante do princípio vinculatório da Administração Pública ao instrumento convocatório –Edital – previsto no art. 3º da Lei 8.666/93, é de rigor que seja considerado o valor global doEmpreendimento ou Programa gerenciado ou assessorado aceitando o Atestado 13 emitido peloSEINF﴾CAT 789/14﴿, razão pela qual a decisão merece ser revista. ﴾3﴿ Atestado do DNIT Quanto aoAtestado do próprio DNIT, a recorrente Ecoplan assim se pronunciou: Trata este atestado doGerenciamento das Obras de Construção de 21 ﴾vinte e um ﴿ Terminais Hidroviários no Estado doAmazonas. Tendo em vista ser um Atestado Parcial, na página 386 diz que ... Os serviços relativos aosterminais hidroviários do lote III ainda não foram iniciados... e na página 392 diz que ... Os serviçosrealizados pelo Consórcio contratado, relativos aos terminais hidroviários dos lotes I, II e IV,envolveram, no período de 03/01/2011 a 31/08/2011..., no valor correspondente ao total doempreendimento de R$318.509.110,48 deve ser subtraído a parcela referente ao lote III R$59.184.968,19 resultando assim R$258.324.142,29 e, que se atualizado ﴾coeficiente de 1,295073 IPC‐FIPE﴿ resulta em R$335.843.694,92 e, que se aplicando a participação da Sistema PRI no consórcio﴾93,50%﴿ totaliza R$ 314.013.854,75, portanto abaixo dos R$333.333.333,33 mínimo necessário.﴾g.n.﴿ AComissão, por seu turno, fundamentou sua decisão nos seguintes termos: 28. Quanto ao Atestado 19 aRecorrente aponta que o mesmo trata de Gerenciamento das Obras de Construção de 21 ﴾vinte e um﴿Terminais Hidroviários no Estado do Amazonas, sendo um atestado parcial, pois os serviços relativosaos terminais hidroviários do lote III não iniciaram. Na reanálise do atestado apresentado, verifica‐seque a alegação da Recorrente tem veracidade tendo em vista que o atestado não faz referência aexecução do gerenciamento do lote III, sem este lote não é possível comprovar o valor mínimo doempreendimento exigido R$ 333.333.333,33. 29. Ressalte‐se que embora a Recorrida tenha razão aodizer que as empresas reunidas em Consórcio respondem solidariamente pela execução do contrato énecessário frisar que a comprovação de cada empresa consorciada será feita pelo percentual departicipação. 30. A participação em consórcio é para se unir forças, de forma que aquela empresa quenão possua aporte financeiro e/ou técnico suficiente se uma com outra ﴾as﴿ para que em conjuntoconsigam executar aquele objeto que isoladas não teriam capacidade e, para tanto, é de prática queconsidere que o quantitativo executado num contrato seja tomado pela participação no consórcio oupela discriminação, no atestado, dos serviços prestados por cada consorciada. 31. Pelo exposto,verifica‐se que o Atestado 19 não atende as exigências do edital, tendo em vista que é considerado oquantitativo executado por cada empresa participante do consórcio. Logo, assiste razão às alegaçõesda Recorrente. ﴾g.n.﴿ O primeiro ponto a ser considerado é o valor global do Empreendimento. ASistema PRI através do Consórcio Sistema PRI/CPqD comprovou através do atestado 19 emitido peloDNIT ‐ ﴾CAT 583/12﴿, a capacidade técnico‐operacional em obras de Programas de grande porte. Emsegundo e não menos importante, é que não há no edital ordem no sentido de que os atestados serefiram a serviços que já foram prestados ou a contratos findos. Pelo que se deduz do item a.1 doQuadro do Grupo 3, o que importa é que a empresa demonstre a prestação de serviços degerenciamento e/ou apoio ao gerenciamento e/ou assessoria ao gerenciamento de Programas e/ouEmpreendimentos diferentes e de grande porte. Os Programas e/ou Empreendimentos mencionadosdeverão ter valor de, no mínimo, R$ 1.000.000.000,00 ﴾um bilhão de reais﴿ na soma dos três atestados.﴾fls. 138 do Edital﴿ A Comissão, por seu turno, não levantou nenhum óbice à apresentação do AtestadoParcial. Por outro lado, o Tribunal de Contas da União tem entendimento no sentido de que se ocertame admite atestado para comprovação técnica de contratos em andamento, deve prever no editala exigência de que o licitante tenha cumprido um percentual razoável do referido contrato. ACÓRDÃONº 9/2011 ‐ TCU ‐ Plenário Os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária,em 19/01/2011, ACORDAM, por unanimidade, em conhecer da presente representação, nos termos doart. 237, VII, do Regimento Interno do TCU, c/c art. 113, §1º, da Lei nº 8.666/1993, para, no mérito,considerá‐la parcialmente procedente, adotando‐se as seguintes medidas: ﴾...﴿ 1.8. alertar a EmpresaBrasil de Comunicação ‐ EBC/PR, para que, em futuras licitações e contratações: 1.8.1. discrimineclaramente no edital os itens que devam constar dos atestados de capacidade técnica a seremapresentados pelas licitantes para fins de comprovação de qualificação técnica, em observância aosprincípios da transparência e do julgamento objetivo previstos no art. 3º da Lei nº 8.666/1993, eestabeleça, com clareza, a experiência necessária das empresas licitantes, de modo que o julgamentoda capacidade técnica seja objetivo, em observância ao art. 40, VII, da Lei nº 8.666/1993, de modo aevitar a repetição do ocorrido no Pregão Eletrônico nº 04/2009, no qual licitantes foram inabilitadas pornão apresentarem atestado que demonstrasse experiência em determinada ferramenta de TI ; 1.8.2.abstenha‐se de, na fase de julgamento das propostas, considerar erros, incorreções ou omissões nopreenchimento da planilha de custos e formação de preços prevista na IN SLTI/MP nº 02/2008 comocritério de desclassificação de licitantes, a exemplo do ocorrido no Pregão Eletrônico nº 04/2009, porcontrariar o art. 3º da Lei nº 8.666/93 e a jurisprudência deste Tribunal ‐ Acórdãos nº 2.104/2004‐Plenário, 1.791/2006‐Plenário e 1.179/2008‐Plenário; 1.8.3. deixe de consignar parcelas relativas agastos com reserva técnica nos orçamentos básicos, nos formulários para proposta de preços e nasjustificativas de preço a que se refere o art. 26, III, da Lei nº 8.666/1993, inclusive para os casos dedispensa e inexigibilidade de licitação, de acordo com jurisprudência recente desta Corte de Contas ‐

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Acórdãos nºs 1.179/2008‐Plenário, 645/2009‐Plenário e 27/2009‐Plenário; 1.8.4. estipule no edital que,quando da aceitação de atestados para comprovação de qualificação técnica emitidos com base emcontrato em andamento, a licitante já tenha executado percentual razoável em relação à vigência totaldo contrato, para fins de comprovar a aptidão para o desempenho da atividade pertinente ecompatível com o objeto da licitação, nos moldes do art. 30, II, da Lei nº 8.666/1993, de modo a evitar arepetição do ocorrido no Pregão Eletrônico nº 04/2009, no qual foram apresentados atestados relativosa contratos que haviam sido executados por apenas alguns dias; 1.9. dar ciência desta deliberação, bemcomo da instrução de fls. 90/109 do vol. principal, à Empresa Brasil de Comunicação ‐ EBC/PR, àrepresentante, empresa BK Consultoria e Serviços Ltda. e à empresa contratada, Solução ServiçosEspecializados Ltda. ﴾TCU/Plenário, Relator Ministro Ubiratan Aguiar, Processo nº 011.333/2009‐0, 2011,ata 01/2011﴿ No edital deste RDC 354/2014 não há nenhuma menção ao percentual consideradorazoável em relação à vigência total do contrato, para fins de comprovar a aptidão para odesenvolvimento da atividade pertinente e compatível com o objeto da licitação. A despeito destaomissão, o administrador público não pode se afastar do princípio da razoabilidade, principalmentediante de uma lacuna no edital. Conquanto razoável seja um critério subjetivo, alguns percentuais sãoinegavelmente razoáveis. Na hipótese vertente, se o atestado do DNIT ﴾CAT 583/12﴿ afirma que dos 4grupos, 3 já foram executados, 75% do contrato já estaria cumprido. Se do valor de R$318.509.110,48correspondente ao custo estimado das obras de engenharia do Empreendimento desenvolvido peloDNIT, a Sistema PRI, segundo os cálculos da Ecoplan, já teria gerenciado o correspondente a R$259.324.142,29, cerca de 81% dos valores do empreendimento já teriam sido executados. E nem se falena questão tempo. O TCU disse que o erro da EBC foi ter aceitado contratos que haviam sidoexecutados apenas alguns dias antes. O contrato da Sistema PRI está em execução desde janeiro de2011, pelo que não se trata de um contrato recente. 80% de contrato cumprido é um percentualrazoável para aceitar o atestado de comprovação de capacidade técnica referente a contrato emandamento sob qualquer perspectiva. Desarrazoado seria rejeitá‐lo. Em síntese, pelo Edital o que deveser considerado é tão somente o valor global do Empreendimento ou do Programa e não se o contratojá foi inteiramente executado. Se, porém fosse necessário levar em consideração a proporção docontrato que já foi executado, percentual de mais de 80% do valor é perfeitamente razoável paraatestar a capacidade técnica da licitante. Todavia, outra situação se erige na presente circunstância. Oscálculos a que chegaram a Ecoplan e a Comissão para desqualificar o atestado apresentado peloConsórcio Sistema PRI/CPqD estão equivocados. O valor do Empreendimento do DNIT em relação aosterminais hidroviários NÃO É APENAS R$ 318.509.110,48. Conforme o atestado do DNIT este valor serefere tão somente aos custos estimados pelo DNIT para as OBRAS DE CONSTRUÇÃO. ﴾Página 392﴿Olvidou‐se a Ecoplan de acrescer a este valor, R$15.052.241,23 referentes aos custos estimados peloDNIT para o GERENCIAMENTO DAS OBRAS. Somados estes dois valores, o Empreendimento é deR$333.561.351,71 – que atualizado até setembro de 2014, é de R$ 432.893.453,90. Ainda que se retire ovalor referente ao custo das obras do Lote III que ainda não foi iniciado, conforme calculou a Ecoplan,uma hipótese que só admitimos por um exercício de dialética, tendo em vista que, conforme jáexplanado, não há esta possibilidade no Edital, o valor atualizado do Empreendimento já realizado é deR$ 356.083.640,15. Portanto, se estamos diante de um empreendimento que, mesmo inacabado, jásupera os R$ 333.333.333,33, temos que o mínimo necessário já foi atingido. Logo, o atestado CAT583/12, não pode ser desconsiderado, mesmo que a Comissão insista em não levar em consideração ovalor total do Empreendimento do DNIT que é o que o Edital exige nas fls. 138, item ii, a1. Assim,também por esta razão, a decisão da Comissão deve ser revista. Vale ainda uma terceira e últimaobservação sobre o item 29 da decisão recorrida. Neste parágrafo a Comissão concorda com oargumento do Consórcio Sistema PRI/CPqD nas contrarrazões sobre as empresas reunidas emConsórcio responderem solidariamente pela execução do contrato, mas frisa que a comprovação decada empresa consorciada será feita pelo percentual de participação. Ocorre que, conforme já descritoacima, em oportunidade anterior, o DNIT esposou entendimento diferente desta Comissão. Asjurisprudências do TCU, DETRAN/ES, STJ e TRF da 1ª Região já se encontram colacionadas nas folhas 2á 5 deste Recurso, as quais, em razão da limitação de caracteres impostas a este procedimento﴾https://www4.comprasnet.gov.br/rdc‐eletronico/private/participar/manterRecurso.jsf﴿ deixam de serreproduzidas, razão pela qual, requer que esta D. Comissão as considerem na análise deste item.Mesmo que a Sistema PRI não tivesse atingido o “mínimo necessário” nos atestados em quecomprovam sua capacidade técnica‐operacional, os entendimentos jurisprudenciais colacionados às fls.2 à 5 afastam qualquer dúvida a respeito da aceitação de 100% dos quantitativos de atestados deempresas participantes de consórcio quer na esfera administrativa, como na esfera judicial. E esteentendimento vale tanto para o Atestado da ARTESP ﴾SZC‐17621﴿ quanto para o Atestado do próprioDNIT ﴾CAT 583/12﴿, haja vista que nos dois a contratação da Sistema PRI se deu através de consórcio.Ante todo o exposto, o Consórcio Sistema PRI/CPqD, que demonstrou que apresentou os 4 atestadosde capacidade técnica de acordo com o Edital, pede que seu recurso seja provido, reformando‐se adecisão nos pontos em que desfavorável à ora Recorrente, para que sua habilitação seja mantida e elapossa continuar no certame. Termos em que, Pede Deferimento. São Paulo, 02 de fevereiro de 2015.Elisabetta F. Morello Representante do Consórcio Sistema PRI/CPqD

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88.849.773/0001‐98 ‐ STE SERVICOS TECNICOS DE ENGENHARIA SA

Intenção de Recurso

Data/Hora: 14/01/2015 16:38

Julgamento de Proposta: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de julgamentode proposta

Habilitação de Fornecedor: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de habilitação

Recurso

Data/Hora: 02/02/2015 13:50

Motivo do Recurso / Justificativa da Desistência: DEPARTAMENTO NACIONAL DEINFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT RDC ELETRÔNICO Nº 0354/2014‐00 ﴾GRUPO 3﴿PROCESSO Nº 50600.020878/2014‐84 Consórcio STE/FALCONI, já qualificado nos autos deste processolicitatório, vem, com base no que estabelece o art. 27, parágrafo único c/c art. 45, II, b e c, e § 1.º da Lein.º 12.462 de 05/08/2011 e art. 7.º, VI, c/c art. 54 e art. 56 do Decreto n.º 7.581 de 11/10/2011 eSubitem 20.2 do Edital, apresentar RECURSO ADMINISTRATIVO, com base nas razões expostas a seguir,em face da decisão que inabilitou o Consórcio STE/FALCONI e habilitou o Consórcio ECOPLAN/PMTECH. 1. Considerações iniciais Em decorrência de fato superveniente, são agora reapresentadas asrazões que justificam a revisão da decisão que inabilitou o Consórcio STE/FALCONI, bem como a novarazão, a qual justifica a reapresentação desse recurso. Apresenta‐se também recurso contra aclassificação em primeiro lugar no Grupo 03 do Consórcio ECOPLAN/PM TECH, em 26/01/2015 pela D.Comissão, que considerou satisfatória a Proposta de Preços e Documentos de Habilitação do Recorrido.Como será demonstrado a habilitação do consórcio ora recorrente é a decisão acertada, pois houve aplena demonstração da capacitação técnica do consórcio, tendo a documentação apresentadaatendido plenamente às exigências editalícias. Por seu turno, o Consórcio ECOPLAN/PM TECH, nãoatendeu ao requerido pelo edital e isso de forma bastante objetiva e clara, o que justifica, sem dúvidasa sua inabilitação. Nos próximos tópicos indicaremos os fatos e fundamentos que justificam essas duassituações. 2. Fato Superveniente – Decisão Liminar O Consórcio STE/FALCONI também foi inabilitadono Grupo 4 do RDC 354/2014‐00 pelas mesmas razões de inabilitação para o Grupo 3. Assim oConsórcio recorreu e, da mesma forma que o fez no primeiro recurso para o Grupo 3, explicitou suasrazões que demonstram que sua inabilitação é equivocada porque demonstrou plenamente suacapacidade técnica. Ocorre que a decisão dos recursos administrativos do Grupo 4 foram liberadasantes que as do Grupo 3. Diante no não provimento do recurso do Consórcio no Grupo 4, este se viucompelido a recorrer ao judiciário. Assim, as Empresas STE – SERVIÇOS TÉCNICOS DE ENGENHARIA S.A.e INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL S.A entraram na Justiça Federal com AÇÃOANULATÓRIA PELO RITO ORDINÁRIO com pedido parcial de antecipação da tutela e demonstraramque os atestados de capacidade técnica apresentados pelo Consórcio são suficientes para comprovar asua capacidade técnica conforme requerido pelo edital para o Grupo 4. Dessa forma, foi proferida naAção nº 0002244‐91.2015.4.01.3400 decisão com concessão de antecipação de tutela para que o DNITse abstenha de inabilitar o Consórcio STE/FALCONI no Grupo 4. Vejamos o que foi dito na decisão: “﴾...﴿Com efeito, em juízo de cognição precária, não parece equivocado o entendimento da comissão delicitação quanto ao índice utilizado, uma vez que o Consórcio STE/FALCONI, confessadamente,apresentou declaração emitida por aquela Prefeitura, na qual constou que o valor contratado havia sidocorrigido pelo IGP‐DI, sendo que, se se utilizasse o índice previsto no edital ﴾IPC/FIPE﴿, apurar‐se‐ia omontante de R$ 321.465.808,30, inferior aos R$ 333.333.333,33 exigidos. No entanto, ao interporrecurso contra sua inabilitação, o Consórcio STE/FALCONI fez juntar declaração emitida pela Prefeiturade Porto Alegre ﴾fls. 372/373﴿, em que esta afirma que na declaração anterior, datada de 17 denovembro de 2014, os valores de contrapartida do respectivo ente foram atualizados pelo IGP‐DI, poisque seria este o índice oficial para atualização dos contratos. No mesmo documento, esclareceu aquelaentidade municipal que a atualização da contrapartida pelo IPC/FIPE, na data‐base de setembro/2014,alcançaria o montante de R$ 385.276.593,83 ﴾trezentos e oitenta e cinco milhões, duzentos e setenta eseis mil, quinhentos e noventa e três reais e oitenta e três centavos﴿. Em tal contexto, tenho que serevela desacertada a decisão administrativa no ponto que não admitiu a apresentação do documentona fase recursal. É que, ao que se depreende da atenta leitura das disposições contidas no instrumentoconvocatório ‐ que vinculam, com a mesma força, a Administração Pública promotora do certame e os

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licitantes ‐ cabia à própria comissão de licitação, comprometida com a busca da proposta maisvantajosa, ter diligenciado no sentido de averiguar, previamente ao julgamento da habilitação, a efetivaimportância consignada na declaração emitida pela Prefeitura de Porto Alegre.﴾...﴿ De fato, se a correçãode impropriedades na documentação atinente à habilitação dos licitantes pode conduzir à seleção daproposta mais vantajosa para a Administração Pública, desde que a providência não enseje, sobqualquer ângulo, predileção de licitantes, afigura‐se evidente que deve ser adotada pelo administrador.Na espécie, ao verificar que o atestado expedido pela Prefeitura de Porto Alegre consignou índicediverso daquele mencionado no edital regente do certame, sendo este o único equívoco em queincorreu, caberia à comissão ter diligenciado no sentido de aferir o valor corrigido pelo índice cabível,mormente considerando a diferença apurada ﴾3.6%﴿. Entretanto, assim não procedeu, razão pela qualtenho por adequada a sua adoção por parte do licitante prejudicado, revelando‐se, por conseguinte,descabida a rejeição do recurso administrativo.﴾...﴿ Com tais considerações, DEFIRO o pedido de tutelaantecipada para tornar sem efeito a decisão da Comissão Permanente de Licitação do DNIT queinabilitou o Consórcio STE/FALCONI no bojo do certame regulado pelo Edital nº 354/2014, tendo emvista a comprovação, por esse licitante, da qualificação técnica compatível com o objeto licitado,conforme estatuído pelo respectivo instrumento convocatório.” ﴾grifou‐se﴿ Destaca‐se que a situaçãode inabilitação do Consórcio STE/FALCONI no Grupo 3 é idêntica à situação de inabilitação no Grupo 4.Ou seja, a tese apresentada pelas empresas contra sua inabilitação no Grupo 4, que foi plenamenteaprovada pelo Judiciário, é idêntica à do Grupo 3. Dessa forma, não é razoável nem coerente que omesmo Consórcio seja habilitado em um grupo e, diante das mesmas condições e requisitos, sejainabilitado no outro. Portanto, é imperioso que as autoridades envolvidas no julgamento desse pleito,amparadas pelos princípios da moralidade e eficiência administrativa, deem o mesmo tratamento asituações idênticas. Se a Decisão Judiciária entendeu que foi descabida a rejeição do recursoadministrativo, pois deveria ter recebido os documentos na fase recursal, já que não foram efetuadasdiligências, em nome ao respeito e lealdade que se deve prestar ao Poder Judiciário, esse mesmoentendimento deve ser aplicado ao Grupo 3. Segundo o TCU: “Princípio da Isonomia significa dartratamento igual a todos os interessados. É condição essencial para garantir competição em todos osprocedimentos licitatórios.” ﴾in: Licitações e contratos : orientações e jurisprudência do TCU / Tribunalde Contas da União. – 4. ed. rev., atual. e ampl. – Brasília﴿, e ainda “Não se admite a discriminaçãoarbitrária na seleção do contratante, sendo insuprimível o tratamento uniforme para situaçõesuniformes, tendo em vista que, nos termos do art. 3º, caput, da Lei nº 8.666/1993, a licitação destina‐sea garantir não só a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, e também a observânciado princípio constitucional da isonomia”. Acórdão 1631/2007 Plenário ﴾Sumário﴿ ﴾grifou‐se﴿. OJudiciário também tem jurisprudência nesse sentido: ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. LICITAÇÃO.PREGÃO ELETRÔNICO. IRREGULARIDADE NA ANÁLISE DAS PROPOSTAS. VIOLAÇÃO AOS ARTS. 3º DALEI Nº 8.666/93 E ART. 37, XXI DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DESCUMPRIMENTO DE PRAZO PARAAPRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS. VIOLAÇÃO DAS NORMAS EDITALÍCIAS. DESCLASSIFICAÇÃO DAEMPRESA VENCEDORA. APELAÇÃO E REMESSA OFICIAL IMPROVIDAS. 1. A licitação é um procedimentoformal, regulamentado por normas de caráter objetivo, às quais o administrador público deve vincular‐se, sob pena de nulidade do procedimento licitatório. 2. A documentação trazida aos autos demonstraque a apelada foi, de fato, prejudicada na licitação, em virtude de tratamento tendencioso ediscriminatório por parte da autoridade apontada como coatora, diante da falta de critérios naapreciação dos elementos trazidos nas propostas dos licitantes. 3. Ante a existência de situaçõespraticamente idênticas, que revelavam a oferta de propostas inexeqüíveis por parte de duas empresas,o DNOCS jamais poderia, de forma desarrazoada, desclassificar uma das concorrentes e,contraditoriamente, consagrar como a vencedora a outra licitante que estava em idênticas condições. 4.A conduta da Administração prejudicou injustamente a empresa ora apelada, que seria a escolhidaacaso tivesse se aplicado um isonômico e coerente critério objetivo no exame das propostasconcorrentes. 5. Além do mais, a empresa vencedora do Pregão descumpriu prazo editalício para envioda proposta e documentação necessária para instruí‐la. Consequentemente, a Comissão infringiu odispositivo editalício que vedava o recebimento de documentos fora do prazo pois, nessascircunstâncias, a conseqüência seria a inexorável eliminação da vencedora e a convocação dasempresas sucessivamente classificadas, e não a concessão de prazo à margem das regras do edital, emmanifesto favorecimento a um dos concorrentes. 6. Caberia ao apelante adotar rigorosamente oregramento legal que trata do processo licitatório, mediante a desclassificação das propostasinsubsistentes e a continuidade do processo com a consagração daquela que atendesse plenamente àsexigências do edital. 7. Hipótese em que se impõe a manutenção da sentença recorrida, diante daconstatação de flagrantes irregularidades na proposta que sagrou‐se vencedora da licitação. 8.Apelação e remessa oficial improvidas. ﴾TRF‐5 ‐ APELREEX: 946 CE 0006300‐05.2007.4.05.8100, Relator:Desembargador Federal Francisco Barros Dias, Data de Julgamento: 02/02/2010, Segunda Turma, Datade Publicação: Fonte: Diário da Justiça Eletrônico ‐ Data: 25/02/2010 ‐ Página: 311 ‐ Ano: 2010﴿ ﴾grifou‐se﴿ Assim, considerando os princípios que norteiam a Administração Pública, bem como os princípioslicitatórios, deve ser dado tratamento isonômico à habilitação do CONSÓRCIO STE/FALCONI no Grupo3 e no Grupo 4, respeitando a decisão judicial que tornou sem efeito a decisão da ComissãoPermanente de Licitação do DNIT que inabilitou o referido Consórcio, e aplicando os mesmo

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fundamentos da decisão no julgamento desse recurso. 3. A equivocada inabilitação do Consórcio STE /FALCONI. É importante reafirmar a tese já apresentada pelo Consórcio STE/FALCONI sobre suainabilitação nos Grupos 3 e 4, que foi acolhida pelo Judiciário para o Grupo 4, e portanto, deve seracolhida neste Recurso Administrativo para o Grupo 3, em nome do princípio da economicidade e daeficiência administrativa. Vejamos. Analisando‐se as decisões constantes deste processo licitatório,tanto a da Comissão de Licitação quanto a do Diretor Executivo, no tocante à inabilitação do ConsórcioSTE/FALCONI, verifica‐se que o único fundamento foi o suposto fato do atestado 3, fornecido pelaPrefeitura Municipal de Porto Alegre ﴾PMPA﴿, não ter atingido o montante de R$ 333.333.333,33. Deve‐se destacar que o Edital exige do licitante que este consiga comprovar que executou três serviçosanteriores, e que estes três serviços somados atinjam a cifra de 1 bilhão de reais, como se podeobservar da exigência constante do item a1 relativo ao Grupo 3: “Prestação de serviços degerenciamento e/ou apoio ao gerenciamento e/ou assessoria ao gerenciamento de Programas e/ouEmpreendimentos diferentes e de grande porte. Os Programas e/ou Empreendimentos mencionadosdeverão ter valor de, no mínimo, R$ 1.000.000.000,00 ﴾um bilhão de reais﴿ na soma dos três atestados.”É interessante notar que o Edital visa qualificar a experiência do licitante dentro do escopo deempreendimentos de grande porte, e admite que sejam somados atestados para se atingir o valor de 1bilhão de reais. Nesse contexto, vê‐se que o edital não estipulou que cada atestado terianecessariamente que representar 33% do valor, mas apenas que somados os atestados deveriamsuperar o valor global almejado. É certo que nos cadernos de perguntas e respostas a Comissão deLicitação interpretou o edital indicando que cada atestado deveria representar no mínimo 33% do valoralmejado, sendo certo que essa interpretação integra o edital, porém, é certo também que essacircunstância indica uma situação jurídica relevante para a boa interpretação do real objetivo da normaeditalícia e do interesse público envolvido nessa questão. Feitas estas considerações, pode‐se concluirque o interesse público envolvido nessa questão visa assegurar à Administração que a licitante a sercontratada tenha a experiência em atuação em empreendimentos de grande porte financeiro, e que OMEIO DE PROVA escolhido foi a demonstração através de 3 atestados de capacidade técnica quesomados indicassem que a licitante já teria lidado com valores superiores a 1 bilhão de reais, e numsegundo momento, a Comissão entendeu que cada um desses atestados teria que superar 33% domontante total. Qual a razão dessa segunda limitação? Parece‐nos óbvia, ou seja, assegurar que atotalidade dos atestados fosse relativa a empreendimentos de grande porte, pois se não houvesse alimitação, um licitante poderia indicar um atestado de um serviço mínimo ﴾de pequeno porte﴿, se eletivesse, na soma dos demais já atingido o montante de 1 bilhão de reais. Ocorre, porém, que essalimitação de 33%, como se pode ver, não decorre do conceito de ser R$ 333.333.333,33 um marcodivisor entre empreendimentos de grande porte ﴾os que superem esse valor﴿ e empreendimentos demédio porte ﴾os que fiquem abaixo desse valor﴿, na verdade esse valor é a mera divisão do montantefinanceiro total almejado ﴾1 bilhão﴿ pela quantidade de atestados ﴾três﴿! Vê‐se que a justificativa não ébaseada numa relação com o objeto do edital ou mesmo com base num conceito econômico,financeiro ou jurídico, mas apenas numa operação aritmética! Logo, pode‐se ver que o valor de 333milhões de reais é um valor arbitrário, que sequer constava originalmente do edital, sendo apenas umaopção administrativa secundária para resguardar o interesse primário que é a demonstração dacapacitação técnica do licitante em 3 empreendimentos de grande vulto financeiro. O Edital, desde oinício já poderia ter exigido que a soma dos atestados fosse 1 bilhão de reais e que cada atestado,individualmente, superasse 200 milhões de reais ﴾ou outro valor representativo de um empreendimentode grande vulto﴿, garantindo que cada um destes atestados fosse de um empreendimento vultosofinanceiramente, impedindo assim que os licitantes, como já dito, se valessem de um único atestado degrande vulto, utilizando‐se de outros muito menores e sem relevância financeira, nada indica queprecisava ser 33% do valor global. Assim, pelo que até o momento foi apresentado, pode‐se concluirque a limitação de 33% por atestado não é um elemento essencial do escopo do objeto, mas sim umalimitação que visa excluir atestados que não representem significância financeira para esta licitação.Cabe agora destacar concretamente o contexto da capacitação técnica do Consórcio STE/FALCONI,para ver que se trata de uma capacitação que atende plenamente às necessidades reais e concretas doobjeto agora licitado. Como se pode observar da folha 124 de nossa documentação, consta a tabelacom os valores atualizados dos 3 atestados apresentados, merecendo destacar os seus valores:Atestado 1: DNIT, valor atualizado: R$ 8.116.442.735,12 Atestado 2: CORSAN, valor atualizado: R$1.011.784.173,20 Atestado 3: Prefeitura Municipal de Porto Alegre, valor atualizado: R$ 353.348.840,08Como se pode ver, a soma dos valores dos empreendimentos de cada atestado ultrapassa os 9 bilhõesde reais, sendo, portanto, MUITO superior ao que se exigiu no edital, e o mais importante, todos osatestados representam empreendimentos de grande porte, o que comprova a plena adequação daexperiência do Consórcio para atender ao que exigido no edital. Ocorre que o DNIT não concordoucom o índice de atualização utilizado para corrigir apenas o valor do terceiro atestado, e ao refazer oscálculos de atualização chegou ao valor de R$ 321.465.808,30, ou seja, inferior aos R$ 333.333.333,33,tendo sido esta diferença, de menos de 3,6%, a justificativa para a desclassificação do Consórcio STE /FALCONI, o consórcio que apresentou a proposta mais vantajosa para a Administração! Vale destacarque a diferença da nossa proposta para a licitante subsequente é de R$ 132.108,31, e para as demais,respectivamente R$ 919.202,48, R$ 24.673.942,71 e R$ 26.821.831,96. Merece agora ressaltar que o

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índice utilizado pelo Consórcio STE / FALCONI foi o índice constante dos diversos contratos queintegram o Empreendimento, que é o índice que de fato repercute no valor financeiro doempreendimento objeto do atestado, ou seja, para se saber o valor atual REAL do empreendimentodeve‐se utilizar o índice dos contratos que o integram, e que era o IGP‐DI, porém, o índice utilizadopela Comissão para se proceder as atualizações foi o IPC/FIPE. Ocorre que entendemos que a utilizaçãodo IPC/FIPE geraria uma distorção, pois não representaria o valor real atual do empreendimento, massim uma projeção arbitrária e desconectada da realidade fática dos próprios contratos que o integram.Por seu turno, entendemos que o Edital havia indicado o IPC/FIPE como índice de correção para corrigirvalores de empreendimentos quando faltasse expressamente a definição de um índice contratual emvirtude de alguma perspectiva relativa a moeda do contrato, já que em regra estamos falando deempreendimentos e contratos com financiamento externo em dólares americanos ﴾obrigatoriedade dopróprio edital, conforme disposto na observação do próprio item a1﴿. Assim, por coerência, o consórciooptou por realizar uma atualização simples pelo IGP‐DI, ou seja, o índice de correção constante doscontratos do empreendimento relativo ao Atestado 3. É relevante destacar que o referidoempreendimento, em razão de suas características especiais de infraestrutura urbana em região debaixa renda sofreu modificações e adaptações à realidade, as quais geraram acréscimos de valor, e naverdade o seu montante em setembro de 2014 já superava significativamente o valor original, assim,procedemos a uma breve diligência ao órgão emissor do atestado solicitando manifestação oficialsobre o valor atualizado do empreendimento, e o órgão, utilizando‐se do IGP‐DI, forneceu umadeclaração informando o valor atualizado como sendo R$ 403.545.326,70. Porém, para nos atermos aoíndice utilizado pela Comissão de Licitação, promovemos nova diligência, pedindo que fosse calculadoo valor atualizado do empreendimento não pelo índice contratual, mas pelo IPC/FIPE e nesta novadeclaração, ficou comprovado o valor atualizado de R$ 385.276.593,83, ou seja, um valor superior aos333 milhões exigidos pela Comissão, fato que comprova plenamente o atendimento da exigênciaeditalícia de apresentação de 3 atestados que somados superassem 1 bilhão de reais e queindividualmente superassem os 333 milhões de reais. Ressaltamos que essa última declaração, objetoda nossa breve diligência ao órgão emissor do atestado 3, por não poder ser anexada neste recurso emvirtude da inexistência de campo para anexar documentos, foi hoje protocolizada perante a CGCLmediante o protocolo nº 24 CGCL‐24‐DEZ‐2014‐11:30‐027254‐1/1, juntamente com outrosdocumentos que complementam e subsidiam os argumentos expostos neste recurso. Nesse contexto,entendemos que esta Comissão de Licitação, com todo o respeito, deveria ter promovido diligênciajunto à Prefeitura de Porto Alegre para avaliar o real valor atualizado do empreendimento objeto doatestado, como uma medida de isonomia, já que esta r. Comissão procedeu a diligências em outroscasos semelhantes, e como uma medida de atendimento ao que preconiza a jurisprudência do TCU,merecendo destaque os seguintes julgados: “Observe o dever de diligência contido no art. 43, § 3º, daLei nº 8.666/93, de forma a flexibilizar formalismos que podem redundar na frustração ao carátercompetitivo que deve reger as licitações na administração pública.” ﴾Acórdão 616/2010 SegundaCâmara﴿ “Nesse particular, é importante mencionar que a faculdade para realização da diligênciapreconizada pelo art. 43, § 3º, da Lei nº 8.666/1993, assiste à autoridade julgadora em momentos dedúvidas. Ou seja, caso haja dúvida a autoridade competente pode diligenciar. Entretanto, na dúvida nãoé lícito ao agente público decidir em prejuízo do interesse coletivo, ainda mais nesse caso queinabilitou a proposta mais vantajosa para a Administração.” ﴾Acórdão 1899/2008 Plenário. Voto doMinistro Relator﴿ “Veja‐se, pois, que o espírito da norma busca aferir se o licitante já executou objetoequivalente ao exigido no certame. Observe‐se que esta é uma situação de fato, a qual não poderá sermodificada. Assim, se o atestado é apresentado tempestivamente e a situação de fato indica que, deacordo com o edital, o licitante tem capacitação técnica para a execução do objeto licitado, quaisquerlacunas no atestado poderão ser preenchidas por meio de diligências ou recursos interpostostempestivamente.” ﴾Acórdão 1899/2008 Plenário. Voto do Ministro Relator﴿ Pode‐se ver que osjulgados agora transcritos asseveram a possibilidade e mais, a necessidade, de se proceder a diligênciasno caso de dúvidas, ainda mais, quando estas dúvidas podem levar à contratação de propostas maisaltas, ofendendo assim o princípio da economicidade. Merece destaque agora, um julgado do STJ quebem analisa a questão agora em apreço e reforça a jurisprudência do TCU, no sentido da plenaadequação de uma diligência: “É preciso ressaltar alguns fatos. A requerente: – apresentou a melhorproposta ao Poder Público, com preços substancialmente menores que o da segunda colocada ﴾valormensal de R$ 2.390.000,00 contra R$ 2.673.244,00 da ora requerida – fl. 151﴿; – atende ao requisito dehabilitação técnica. Foi apresentado o documento em discussão, comprovando que a requerente prestaserviço semelhante ﴾locação de veículos﴿ ao Município de Campinas, embora a quantidade de benslocados tenha sido informada posteriormente ﴾complementação da informação, consideradaintempestiva pelo TJ‐SP﴿; e – atendeu todos os demais requisitos legais e editalícios para sagrar‐sevencedora no certame. Aparentemente, não há prejuízo financeiro ao Poder Público. Na verdade, adesabilitação da requerente implicaria novo contrato com preço substancialmente superior ﴾acréscimomensal de R$ 283.244,00 – fl. 151﴿. Ademais, em primeira e superficial análise, a complementação dainformação, relativa à quantidade de veículos locados a Campinas, em nada prejudicou a isonomiaentre os licitantes. Essas constatações, todas em caráter provisório, indicam que os princípios basilaresda licitação ﴾igualdade de condições entre os licitantes e escolha da proposta mais vantajosa para a

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Administração﴿ não são vulnerados pela contratação da requerente. Nesse sentido, parece‐meadequado, em face das peculiaridades do caso, prestigiar a competência da Comissão de Licitação, quepode promover "diligência destinada a esclarecer ou complementar a instrução do processo", conformeo art. 43, § 3º, da Lei 8.666/1993: ﴾...﴿ Como visto, não se trata de inclusão de documento ou informaçãoque interferiu na competitividade ou na isonomia entre os licitantes, mas de simples complementaçãode certidão tempestivamente juntada.” ﴾Trecho do voto do Relator no Acórdão proferido no AgRg naMC 18.046/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/06/2011, DJe02/08/2011﴿ Vê‐se que o que eventualmente falta para esta Comissão de Licitação reconhecer a plenahabilitação e a consequente vitória do Consórcio STE/FALCONI neste Grupo é a realização de umadiligência junto à Prefeitura de Porto Alegre para se reconhecer, conforme documento hoje juntadopela ora recorrente, que o terceiro atestado também comprova a exigência do atestado superar os 333milhões de reais. Assevera‐se ainda que, também conforme a jurisprudência acima transcrita, a juntadaposterior de documento que apenas complemente o atestado apresentado no momento adequado,não é um fato vedado, ao contrário, é uma ação que visa concretizar o princípio da busca da propostamais vantajosa para a Administração e que, portanto, deve ser almejada. Em resumo, tem‐se que oobjeto deste recurso é plenamente compatível com o caso julgado pelo STJ, no acórdão agoratranscrito, já que ﴾a﴿ o Consórcio STE/FALCONI apresentou melhor proposta, ﴾b﴿ atendeu ao requisitode habilitação, já que apresentou 3 atestados que demonstram de forma real a experiência ematividades compatíveis às exigidas no edital e em valores superiores ao exigido no edital ﴾bastandoapenas a realização de diligência para ficar cabalmente comprovado o atendimento ao valor mínimo doatestado 3﴿, e ﴾c﴿ atende a todas as demais exigências editalícias. Assim, vê‐se que ao se realizar umabreve diligência, possível e indicada pela jurisprudência do TCU e resguardada pela jurisprudência doSTJ, ficará plenamente demonstrada a habilitação do Consórcio STE/FALCONI, razão que justifica,portanto, o provimento do presente recurso. 4. A equivocada habilitação do ECOPLAN/PM TECH Énecessário também discorrer sobre a equivocada habilitação do Consórcio ECOPLAN/PM TECH. Oedital estabelece em suas disposições relacionadas aos Consórcios de empresas diversas obrigações,merecendo destaque as seguintes relativas à demonstração do Patrimônio Líquido mínimo parahabilitação neste certame: O Edital assim estabelece na pág. 14: 12. DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS 12.1.Será permitida a participação de pessoas jurídicas organizadas em consórcio, limitado a 02 ﴾duas﴿empresas, devendo ser apresentada a comprovação do compromisso público ou particular deconstituição de consórcio, subscrito pelos consorciados, atendidas as condições previstas no Art. 51 doDecreto nº 7.581 de 11 de outubro de 2011 e aquelas estabelecidas neste Edital; ﴾...﴿ 12.3. A pessoajurídica ou consórcio deverá assumir inteira responsabilidade pela inexistência de fatos que possamimpedir a sua habilitação na presente licitação e, ainda, pela autenticidade de todos os documentosque forem apresentados;” E sobre a Demonstração do Patrimônio Líquido, pág. 19: “19.1.3.3. Balançopatrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, onde a licitante deverá comprovarPatrimônio Líquido igual ou superior a 10% ﴾dez por cento﴿ do valor com desconto referente à suaPROPOSTA de DESCONTO final; 19.1.3.3.1. Em se tratando de Consórcio, fica estabelecido umacréscimo de 30% ﴾trinta por cento﴿ dos valores exigidos para a Licitante individual, admitindo‐se,porém, o somatório dos valores de cada consorciado, NA PROPORÇÃO DE SUA RESPECTIVAPARTICIPAÇÃO; Estabelecida a regra para cálculo do patrimônio líquido mínimo, é agora necessárioavaliar a composição do consórcio recorrido, e isto pode ser verificado através do seu Termo deCompromisso de Constituição de Consórcio, mais especificamente às fls. 07/11 de sua documentação,destacando‐se o seguinte: “CLÁUSULA SÉTIMA – DIVISÃO DOS SERVIÇOS 7.1 A ECOPLAN e a PM TECHterão suas participações rateadas nas seguintes proporções: ECOPLAN...95% ﴾noventa e cinco porcento﴿, empresa líder do Consórcio; PM TECH...05% ﴾cinco por cento﴿, empresa membro do Consórcio.”Assim, para se verificar a proporção de participação, necessário se faz a extração do Patrimônio Líquidodas Consorciadas dos respectivos informativos contábeis, onde: ECOPLAN ﴾pág. 62﴿ – R$ 45.773.098,73e PM TECH ﴾pág. 68﴿ – R$ 10.000,00 A metodologia adotada para o cálculo da comprovação doPatrimônio Líquido Mínimo foi objeto de questionamento em licitações anteriores, contudo, oMemorando Interno 590/CGCL/DIREX datado de 10/04/2013 firmado pelo Coordenador‐Geral deCadastro e Licitações, Sr. Arthur Luis Pinho de Lima, pacifica o entendimento. Ressalte‐se que o referidomemorando encontra‐se disponível na internet no seguinte link:http://www1.dnit.gov.br/anexo/outros/outros_edital0242_14‐16_1.PDF Assim, aplicando‐se ametodologia descrita no Memorando Interno 590/CGCL/DIREX e no seu anexo ﴾memorando136/CELOC/DIREX﴿, foi realizada a análise do Patrimônio Líquido mínimo do consórcio recorrido e foipossível verificar que o referido consórcio não conseguiu atingir o valor mínimo, conforme a seguintedemonstração: Valor da Proposta do Consórcio Recorrido: R$ 57.034.190,23 Patrimônio Líquido aComprovar ﴾base 10% ‐ item 19.1.3.3﴿: R$ 5.703.419,02 Patrimônio Líquido a Comprovar ﴾acréscimo 30%‐ item 19.1.3.3.1﴿: R$ 7.414.444,73 ECOPLAN deve comprovar: R$ 7.414.444,73 x 95% = R$ 7.043.722,49ECOPLAN apresentou PL de R$ 45.773.098,73 ECOPLAN atendeu ao exigido no edital. PM TECH devecomprovar: R$ 7.414.444,73 x 5% = R$ 370.722,24 PM TECH apresentou PL de R$ 10.000,00 PM TECHNÃO ATENDEU ao exigido no edital. Ora, da demonstração acima é cristalino que a Consorciada PMTECH não reúne Patrimônio Líquido Mínimo na proporção de sua participação no Consórcio Recorrido,apresentando o valor de R$ 10.000,00, muito aquém do necessário. Contudo, o Consórcio

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ECOPLAN/PM TECH apresentou documentação fazendo uma avaliação equivocada da real proporçãona participação do consórcio, totalmente em desacordo com o procedimento estabelecidoformalmente pelo DNIT no Memorando Interno 590/CGCL/DIREX de 10 de abril de 2013 e no seuanexo ﴾memorando 136/CELOC/DIREX de 08 de abril de 2013﴿ e amplamente aplicado nos certames doórgão, podendo‐se citar apenas como exemplo o RDC 242/2014‐16 e o RDC 222/2013‐16. E para tanto,a conclusão do memorando 136/CELOC/DIREX é taxativa: “3. Pelo exposto acima, encaminhamos opresente para ser avaliado quanto ao PROCEDIMENTO PADRÃO QUE DEVERÁ SER ADOTADO PORESTA COMISSÃO, tendo em vista que as metodologias levam a resultados diferentes, uma vez que atabela 1 habilita o consórcio e a tabela 2 não.” E pelo Memorando Interno 590/CGCL/DIREX: “3. Comrelação ao procedimento correto, tenho a informar que a metodologia a ser adotada deve ser calculadacom a tabela n.º 01. A comprovação de capital social mínimo deve ser feita considerando a participaçãode cada empresa no consórcio devendo cada uma se comprometer pelo percentual a que ela equivale,conforme item 8.5.5.2.3.1 do Edital.” Note‐se que a tabela n.º 01 exige a comprovação na proporçãoreal de participação, com valores adequados para cada consorciada. Em uma primeira análise, podetransparecer que o DNIT procedeu de forma mais rígida, contudo, não restringiu o caráter competitivo,visando apenas e tão somente à garantia de que as licitantes consorciadas reúnam totais condiçõesfinanceiras para a execução do contrato. Ora, não cabe aqui a argumentação de se utilizar critério maisflexível com o intuito de não restringir a competitividade, ou de que a situação à época é outra, vistoque se trata de Edital de concessão, pois, a edição destes memorandos datam do ano de 2013, ou seja,extremamente atuais e por se tratar de concessão em um período de 05 ﴾cinco﴿ anos, as exigênciasdevem ser mais rígidas, não podendo se admitir que uma empresa por maior capacitação que tenha,mas com patrimônio aquém do mínimo, seja aceita como consorciada apta para executar contrato detal vulto. A interpretação que prevalece é de que cada licitante comprove a titularidade de valoressuficientes para atingir os montantes proporcionais à exigência de qualificação econômico‐financeiraprevista no Edital. Não há que se falar em solidariedade muito menos que a Consorciada ECOPLANatende plenamente ao estipulado no edital e será responsável pelo montante, pois uma das razões dese compor o consórcio reside na união de esforços técnicos E FINANCEIROS, o que não se podeverificar no caso explícito da consorciada PM TECH. Assim, considerando que não existe a possibilidadedo DNIT estabelecer formas diversas da previamente estabelecida por ele mesmo em licitaçõesanteriores para a análise do Patrimônio Líquido mínimo, afrontando regramento próprio, deve‐se entãorespeitar os procedimentos hoje em vigor no órgão, e consequentemente deve o consórcio Recorridoser inabilitado porque não é possível promover o somatório dos valores integrais de cada consorciado.Cabe sim, considerar a participação de cada qual no consórcio. Logo, a consorciada PM TECH nãodispõe de recursos suficientes para cobrir a sua participação. Com base nessas informações relevantes,deve ser o Consórcio ECOPLAN – PM TECH declarado INABILITADO do certame em questão, emobediência ao estipulado no Edital, na Legislação pertinente e nos procedimentos adotados pelo DNIT5. O Pedido Por todo o exposto, o Consórcio STE/FALCONI: a﴿ REQUER seja o presente recursoconhecido, já que atendeu a todas as exigências para a sua regular interposição; b﴿ REQUER sejamconhecidos como se aqui estivessem em anexo, os documentos protocolizados perante este DNIT,mediante o protocolo nº CGCL‐24‐DEZ‐2014‐11:30‐027254‐1/1, para que sejam analisados emconjunto com o presente recurso, como medida de respeito à ampla defesa e contraditório garantidospela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LV; c﴿ REQUER, caso esta Comissão de Licitaçãoentenda que os documentos não são suficientes para complementar as informações necessárias para adeclaração da habilitação do Consórcio STE/FALCONI, que então seja promovida diligência junto àPrefeitura de Porto Alegre para sanar as eventuais dúvidas acerca do atestado por ela fornecido aopresente consórcio; d﴿ REQUER a esta Comissão de Licitação que reconsidere a sua decisão deinabilitação do Consórcio STE/FALCONI, declarando‐o habilitado e vencedor do presente Grupo, ou seassim não entender, que então encaminhe o presente recurso para a autoridade superior, na forma doart. 45, § 6.º da Lei n.º 12.462/2011 c/c art. 56 do Decreto n.º 7.581/2011 para os trâmites legais, aquem, desde já requeremos seja dado pleno provimento ao presente recurso para declarar o ConsórcioSTE/FALCONI habilitado e vencedor do presente Grupo; e﴿ REQUER a esta Comissão de Licitação quereconsidere a sua decisão de habilitação do Consórcio ECOPLAN/PM TECH, declarando‐o inabilitado,pelas razões e considerações aduzidas, em conformidade com as regras editalícias e com amparo nalegislação incidente; Por fim, apenas por hipótese, caso o presente recurso não seja conhecido, desde jáa recorrente requer a sua conversão em representação à autoridade responsável pela homologação epela adjudicação do presente certame, para que seja anulado o julgamento do presente Grupo,determinando o refazimento da análise da documentação de habilitação do Consórcio STE/FALCONI,determinando também, desde já, que a Comissão de Licitação promova as diligências necessárias parase averiguar o real valor atualizado do empreendimento objeto do atestado emitido pela Prefeitura dePorto Alegre e apresentado pelo Consórcio STE/FALCONI. Nestes termos, pede deferimento. Canoas,RS, 02 de fevereiro de 2015. José Antônio Acauan Rocha Representante Legal do Consórcio eng.º civil ‐CREA‐RS 34.306

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33.146.648/0001‐20 ‐ CONCREMAT ENGENHARIA E TECNOLOGIA S/A

Intenção de Recurso

Data/Hora: 16/01/2015 10:06

Julgamento de Proposta: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de julgamentode proposta

Habilitação de Fornecedor: Declaro que desejo entrar com intenção de recurso na fase de habilitação

Recurso

Data/Hora: 02/02/2015 19:24

Motivo do Recurso / Justificativa da Desistência: AO ILMO. SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO DELICITAÇÃO DO RDC ELETRÔNICO N° 0354/2014‐00 DO DEPARTAMENTO NACIONAL DEINFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT. CONSÓRCIO CONCREMAT/PwC – GRUPO 3, neste atorepresentada pela empresa CONCREMAT ENGENHARIA TECNOLOGIA S.A., pessoa jurídica de direitoprivado, inscrita no CNPJ sob o n.º 33.146.648/0001‐20, com sede na Rua Euclides da Cunha nº 106 ‐São Cristóvão – Rio de Janeiro ‐ RJ, CEP 20940‐060, licitante no certame supracitado ﴾“Recorrente”﴿, porseu representante legal, vem, respeitosamente, perante esta r. Comissão, com fulcro no art. 45, inciso II,alínea “”, da Lei Federal n.º 12.462, bem como no item 20.2, do Edital em epígrafe ﴾“Edital”﴿, apresentartempestivamente RECURSO ADMINISTRATIVO em face da r. decisão da Comissão de Licitação, quetornou público o resultado de classificação e habilitação do Consórcio Ecoplan/PM Tech formado pelasempresas Ecoplan Engenharia Ltda. e PM Tech ﴾“Consórcio Ecoplan/PM Tech” ou “Recorrida”﴿,requerendo digne‐se V.Sa. determinar o regular processamento das inclusas razões de fato e de direitoem anexo. DAS RAZÕES QUE ENSEJAM O PRESENTE RECURSO ADMINISTRATIVO I – TEMPESTIVIDADEA Recorrente foi intimada da decisão proferida por essa r. Comissão, por meio da sessão públicaocorrida em 26 de janeiro de 2015, com o resultado de classificação e habilitação do ConsórcioEcoplan/PM Tech. Desta feita, e aplicando‐se a regra de contagem do prazo para a apresentação dorecurso prevista no artigo 45, parágrafo 4º, da Lei Federal n.º 12.462, excluindo‐se o primeiro dia ﴾emque foi divulgado o resultado﴿ e incluindo‐se o do vencimento, o prazo para a interposição do RecursoAdministrativo iniciou no dia útil seguinte ao da ciência da decisão, qual seja, 27 de janeiro de 2015, eseu termo final é o dia 02 de fevereiro de 2015. Nestes termos, tempestivo o recurso interposto napresente data. II – FATOS O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – “DNIT”, pormeio de sua Comissão de Licitação, fixou a abertura do certame licitatório através do Edital do RDCEletrônico nº 0354/2014‐00, objetivando contratação de empresa ou consórcio de empresas comcapacidade para prestação de serviços técnicos especializados no assessoramento em gestão pública eengenharia consultiva para atuação nas áreas de planejamento e gestão com aprimoramento dosmecanismos de governança e gerenciamento das demandas dos empreendimentos e programasprevistos no PAC, constantes dos PPA´s ﴾2012/2015﴿ e ﴾2016/2019﴿, divididos em 05 ﴾cinco﴿ grupos.Após a sessão de disputas do Grupo 3, com a inabilitação de algumas empresas, o ConsórcioEcoplan/PM Tech ofertou o menor valor e foi convocado para apresentar sua documentação. Atocontínuo, depois da análise e apreciação dos respectivos documentos, a r. Comissão a declarouclassificada e habilitada no certame. Ocorre que a proposta apresentada pela Recorrida está emdesacordo com o estabelecido nas regras editalícias. Assim, inconformada por ver‐se prejudicada emface da decisão proferida pela r. Comissão, alternativa não restou à Recorrente senão a interposição dopresente recurso, visando a sua reforma, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. III ‐RAZÕES DO RECURSO: 3.1 Qualificação técnica da empresa licitante: Após minuciosa análise nadocumentação apresentado pelo Consórcio Ecoplan/PM Tech, constamos que os documentos decapacidade técnica da empresa não atendem as exigências edilícias, conforme a seguir será abordado.É de conhecimento notório que a Lei de Licitações, em aplicação subsidiaria, dispõe no artigo 30 sobrea documentação necessária à qualificação técnica da licitante. O seu inciso II, estabelece ser necessárioa “comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características,quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e dopessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como daqualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos”. Omencionado diploma possui o condão de garantir que a futura empresa possua condições mínimaspara executar o objeto da licitação e atender plenamente o interesse público. Com base nessa premissafirma‐se a convicção de que o objetivo da exigência é o de aferir capacitação real da futura contratadae não se tratando de um mero requisito formal. Necessário, portanto, que a licitante demonstreexperiência anterior nas caraterísticas e porte semelhante ao espoco licitado. Sobre o tema, Marçal

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Justen Filho ﴾JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 14ªEdição..﴿ aduz que: “a exigência acerca da experiência anterior no âmbito empresarial não deriva deconveniência suprimível por parte do legislador. É relevante apurar a idoneidade do licitante esubmeter sua participação à comprovação objetiva de atuação satisfatória anteriormente” Do mesmomodo, o doutrinador Toshio Mukai entende que ﴾MUKAI, Toshio. Licitações e Contratos Públicos, 6ªEdição: Editora Saraiva. Pg. 156.﴿: “Da leitura do inciso II do art. 30 da lei, depreende‐se que contemplaa exigência de atestados que comprovem que a empresa possui a aptidão necessária paradesempenhar atividade pertinente compatível com o objeto da licitação e indiquem a disponibilidadede instalações, de aparelhamento e pessoa técnico adequado, demonstrando, em última análise, acapacidade técnico‐operacional da empresa.” Assim, conforme disposição do conjunto normativo, bemcomo das especificações do Edital de Licitação é possível alegar que a Administração Pública deveprimar pela contratação da proposta mais vantajosa, associada a garantias mínimas de que o objetoserá cumprido de maneira satisfatória. Diante das respectivas informações e com uma análise naproposta do Consórcio Ecoplan/PM Tech, verificamos irregularidades que maculam sua proposta ecomprometem a execução do futuro contrato, motivando sua inabilitação no certame, senão vejamos:Para qualificação técnica‐operacional da empresa licitante, o Edital exigiu, dentre outros requisitos, acomprovação de experiência em gerenciamento de projetos com as seguintes especificações: “Grupo03 A.10 ‐ Capacitação comprovada de gerenciamento de projetos ﴾PMO, envolvendo o uso das boaspráticas de mercado descritas no PMBOK® do PMI® apresentadas nas áreas de conhecimento degerenciamento de escopo, prazo, custos, qualidade, recursos humanos, qualidade, contratos,integração, riscos e comunicação.”Depreende‐se da norma acima que a empresa deveria,obrigatoriamente, apresentar capacitação técnica em gerenciamento de projeto nas seguintes áreas deconhecimento: ﴾i﴿ gerenciamento de escopo; ﴾ii﴿ prazo; ﴾iii﴿ custos; ﴾iv﴿ qualidade; ﴾v﴿ recursos humanos;﴾vi﴿ qualidade; ﴾vii﴿ contratos ﴾viii﴿ integração; ﴾ix﴿ riscos; e ﴾x﴿ comunicação. A lista de áreas a seremabordadas no atestado não era meramente opcional, mas sim exaustiva, o que indica que todos oscampos de atividade deveriam constar na comprovação da experiência técnica. Contudo, em que peseàs recomendações editalícias, a Recorrida apresentou atestados de capacidade técnica incompletos,violando nitidamente os ditames do certame. Basta uma simples leitura nos atestados para verificar queos documentos não mencionam todas as áreas de conhecimento do PMBoK, violando nitidamente asespecificações do Edital. Ora, não se pode admitir a apresentação de atestados incompletos. É sabidoque a especificidade da natureza dos atestados deve comprovar, a capacidade da empresa para prestaro objeto em características semelhantes e compatíveis com o objeto da licitação, de acordo com ascaracterísticas mínimas e informações requeridas pelo Edital. Assim, se repudia qualquer documentoincompleto, errôneo e imperfeito, como ocorreu no presente caso. Importante destacar, por oportuno,que o Edital é um instrumento convocatório que faz lei entre as partes. Nesse sentido, segundo osensinamentos de Hely Lopes MEIRELLES: “...a vinculação ao edital significa que a Administração e oslicitantes ficam sempre adstritos aos termos do pedido ou do permitido no instrumento convocatórioda licitação, quer quanto ao procedimento, quer quanto à documentação, às propostas, ao julgamentoe ao contrato. ﴾...﴿ O edital é a lei interna da licitação, e, como tal, vincula aos seus termos tanto oslicitantes quanto a Administração que o expediu.” ﴾MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e ContratoAdministrativo. Malheiros Editores: São Paulo, 2010, p. 51/52﴿ ﴾Destacamos﴿. Ainda sobre esse assunto,não diverge o Superior Tribunal de Justiça, que já decidiu que: “Edital de licitação, enquantoinstrumento convocatório, delimita condições norteadoras dos atos do certame, fixa seu objeto deforma precisa e enumera os deveres e garantias das partes interessadas. Sob essa perspectiva, ajurisprudência do STJ firmou‐se no sentido de que a competência do Poder Judiciário, quando dainterpretação das condições editalícias do certame, limita‐se a afastar a possível ilegalidade do edital”﴾STJ, 2ª Turma, REsp 796.388, rel. Min, João Otávio de Noronha, j. 14.8.2007, DJU 5.9.2007﴿﴾Destacamos﴿. Diante do exposto e uma vez constatada as irregularidades acima apontadas, não éoutra a conclusão de que o Consórcio Ecoplan/PM Tech deve ser inabilitado do certame, pois o licitantenão comprovou que possui aptidão técnica para desempenhar a atividade editalícia, pelo que se tornaimpossível à aceitação dos atestados supramencionados. A intenção do legislador constituinte aoautorizar a fixação de critérios que limitem a participação dos interessados em certames licitatórios,mediante o impedimento na contratação de empresas que não detenham condições de demonstrarexperiência nas atividades técnicas e operacionais exigidas para executar o objeto da licitação, é o deassegurar o interesse público. Sob tal ótica, não é admissível a apresentação de atestados decapacidade técnica flagrantemente desassociados com o escopo do instrumento convocatório, talcomo feito pela Recorrida. Os documentos comprobatórios devem, obrigatoriamente, comprovar aexecução de trabalhos similares e correlatos com o objeto editalício, o que não foi devidamenteobservado pela licitante. Nesse raciocínio, destaca‐se importante julgado do Tribunal de Contas daUnião: Qualificação técnica é a comprovação documental da idoneidade técnica para a execução doobjeto do contrato licitado, mediante a demonstração de experiência anterior na execução de contratosimilar e da disponibilidade do pessoal e dos equipamentos indispensáveis. Consiste no domínio deconhecimentos e habilidades teóricas e práticas para execução do objeto a ser contratado, abrangendo,inclusive, a situação da regularidade em face de organismos encarregados de regular determinadaprofissão. ‐ Acórdão 2391/2007 ﴾Destacamos﴿. No mesmo condão, Sérgio Resende de BARROS

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consigna que ﴾Trechos extraídos do artigo “Os Atestados na Licitação”, publicado por Sérgio Resendede Barros. Disponível em http://www.srbarros.com.br/pt/os‐atestados‐na‐licitacao.cont..﴿: “Ora, uma talexigência de comprovação referida especificamente a características, quantidades e prazos, somentepoderá ser atendida por atestados ou certidões que sejam também especificamente detalhados, osuficiente para satisfazê‐la. Esse detalhamento é necessário, indispensável, sob pena de não se atenderà Lei. Aliás, agiu bem o legislador nesse ponto, pois a generalidade é incompatível com a comprovação.Afirmações genéricas e abstratas provam muito pouco. Toda prova realmente eficaz é específica econcreta: contém e demonstra particularidades suficientes para identificar e comprovar o fato a que sedestina provar. Sendo assim, requer‐se a inabilitação do Consórcio Ecoplan/PM Tech, em razão dodescumprimento do instrumento convocatório, em especial ao item 5, alínea “c”, do Projeto Básico, quedispõe das exigências mínimas para comprovação da capacitação técnica da empresa licitante emgerenciamento de projetos. 3.2 Qualificação econômico‐financeira da empresa licitante: Paracomprovação da qualificação econômico‐financeira, o Edital exigia, em seu item 19.1.3.3, exigia obalanço patrimonial da empresa licitante nos seguintes moldes: 19.1.3.3. Balanço patrimonial edemonstrações contábeis do último exercício social, onde a licitante deverá comprovar PatrimônioLíquido igual ou superior a 10% ﴾dez por cento﴿ do valor com desconto referente à sua PROPOSTA deDESCONTO final; Em complemento à norma acima ressaltada, o instrumento convocatório estabeleceucondição especial para licitantes que participassem do certame sob a forma de consórcio, in verbis:19.1.3.3.1. Em se tratando de Consórcio, fica estabelecido um acréscimo de 30% ﴾trinta por cento﴿ dosvalores exigidos para a Licitante individual, admitindo‐se, porém, o somatório dos valores de cadaconsorciado, na proporção de sua respectiva participação; Tal condição também é prevista na própriaLei 8.666/93 ﴾“Lei de Licitações”﴿ em seu artigo 33, inciso II, que estabelece, para efeito de qualificaçãoeconômico‐financeira do consórcio, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de suarespectiva participação. Em que pese os requisitos editalícios e legais, é possível observar que oConsórcio Ecoplan/PM Tech não atendeu a exigência em comento, uma vez que a PM Tech, empresaintegrante do respectivo Consórcio, não atingiu o montante exigido, qual seja, Patrimônio Líquido﴾“PL”﴿ de no mínimo de R$ 370.722,24, conforme cálculo a seguir discriminado: O ConsórcioEcoplan/PM Tech deveria comprovar PL no valor de R$ 7.414.444, 73, montante referente a 10 ﴾dez porcento﴿ do valor ofertado pela licitante ﴾R$ 57.034.190,23﴿ com acréscimo de 30% ﴾trinta por cento﴿ porse tratar de consórcio, nos termos do Edital. Do montante acima delineado, as consorciadas deveriamcomprovar o PL na proporção da respectiva participação no consórcio. Sendo assim, considerando otermo de compromisso de consórcio apresentado pela recorrida, na qual a empresa Ecoplan éresponsável por 95% ﴾noventa e cinco por cento﴿ dos serviços e a empresa PM Tech é responsável por5% ﴾cinco por cento﴿ dos serviços, chegam‐se aos seguintes valores: a licitante Ecoplan deveriacomprovar PL mínimo de R$7.043.722,49 ﴾síntese do cálculo: R$ 7.414.444,73 x 95%﴿ e a empresa PMTech deveria comprovar PL mínimo de R$ 370.722,24 ﴾síntese do cálculo: R$ 7.414.444,73 x 5%﴿.Contudo, pela simples verificação do demonstrativo contábil apresentado pela empresa PM Tech, tem‐se que seu PL é de apenas irrisórios R$ 10.000,00, valor esse notavelmente inferior ao exigido, o quecontraria os ditames legais e editalício e enseja a imediata inabilitação da recorrida no presentecertame. Vale aqui destacar que a exigência PL mínimo é elemento fundamental nos processoslicitatórios, tendo em vista que seu objetivo é comprovar a boa saúde econômica e financeira dasempresas interessadas na prestação do serviço. Ou seja, a intenção do legislador, quando da confecçãodo rol de documentos econômico‐financeiros, é que a empresa licitante demonstre condiçõesfinanceiras boas e estáveis, a fim de não ensejar nenhum prejuízo à Administração, o que não restoudemonstrado pela ora Recorrida. Nesse sentido, destaca‐se o entendimento de Hely Lopes MEIRELLES:“Qualificação econômico‐financeira, como denomina a lei, ou idoneidade financeira é a capacidadepara satisfazer os encargos econômicos decorrentes do contrato, aferida, em princípio, pela boasituação financeira da empresa e pela inexistência de ações que possam afetar seu patrimônio. Paratanto, a lei admite a exigência de demonstrações contábeis do ultimo exercício financeiro e decertidões negativas pertinentes a pedido de falência ou concordata e a execução patrimonial, ﴾...﴿ Todosesses elementos são hábeis a demonstrar a posição financeira da firma e a permitir a verificação dassuas possibilidades de execução do futuro contrato no que tange aos encargos econômicos que ficarãosob sua responsabilidade ﴾MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e Contrato Administrativo. Malheiros: SãoPaulo. 15ª Edição. Pg. 197.﴿. ﴾Destacamos﴿. Importante consignar que o DNIT, no ProcessoAdministrativo nº 50616.000858/2013‐37 – Edital nº 0204/2013‐16, inabilitou consórcio participante dalicitação com base nos mesmos fundamentos da presente peça, o que ratifica o entendimentoesboçado e confirma a inabilitação do Consórcio Ecoplan/PM Tech. Ressalta‐se, mais uma vez, que odescumprimento do Edital, seja por qualquer motivo, gera a exclusão da empresa. Em outras palavras,significa dizer que a apresentação de documentos em desacordo com os ditames do instrumentoconvocatório enseja a inabilitação da licitante. Esta é a orientação do TCU ﴾Licitações e contratos:orientações e jurisprudência do TCU /Tribunal de Contas da União. – 4. ed. rev., atual. e ampl. – Brasília:TCU, Secretaria‐Geral da Presidência: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações,2010 – Pg. 469﴿.: “Licitante que deixar de fornecer, dentro do envelope de habilitação, quaisquerdocumentos exigidos ou apresentá‐los em desacordo com o estabelecido no ato convocatório ou comirregularidades será considerado inabilitado”. ﴾Destacamos﴿ .Em entendimento similar, o Superior

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Tribunal de Justiça preconizou que: ADMINISTRATIVO. PROCEDIMENTO LICITATÓRIO. PREGÃO.PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO EDITAL. REQUISITO DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA NÃO CUMPRIDO.DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA DIFERENTE DA EXIGIDA. 1. A Corte de origem apreciou a demandade modo suficiente, havendo se pronunciado acerca de todas as questões relevantes. É cediço que,quando o Tribunal a quo se pronuncia de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos, nãocabe falar em ofensa ao referidos dispositivos legais. Saliente‐se, ademais, que o magistrado não estáobrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizadostenham sido suficientes para embasar a decisão, como de fato ocorreu na hipótese dos autos. 2. OTribunal de origem entendeu de forma escorreita pela ausência de cumprimento do requisito editalício.Sabe‐se que o procedimento licitatório é resguardado pelo princípio da vinculação ao edital; estaexigência é expressa no art. 41 da Lei n. 8.666/93. Tal artigo veda à Administração o descumprimentodas normas contidas no edital. Sendo assim, se o edital prevê, conforme explicitado no acórdãorecorrido ﴾fl. 264﴿, "a cópia autenticada da publicação no Diário Oficial da União do registro do alimentoemitido pela Anvisa", este deve ser o documento apresentado para que o concorrente supra o requisitorelativo à qualificação técnica. Seguindo tal raciocínio, se a empresa apresenta outra documentação ‐protocolo de pedido de renovação de registro ‐ que não a requerida, não supre a exigência do edital. 3.Aceitar documentação para suprir determinado requisito, que não foi a solicitada, é privilegiar umconcorrente em detrimento de outros, o que feriria o princípio da igualdade entre os licitantes. 4.Recurso especial não provido. ﴾STJ – Resp 1178657, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,Data de Julgamento: 21/09/2010, T2 ‐ SEGUNDA TURMA﴿. Assim sendo, uma vez que o consórcioEcoplan/PM Tech não comprovou o patrimônio líquido na proporção da participação das empresasconsorciadas, conforme requerido no Edital, requer‐se sua inabilitação do presente certame. IV –PEDIDO Diante de todo o exposto, e, com a certeza da eficiência e imparcialidade com que esse r.Comissão vem prestando seu papel no presente certame, a Recorrente pede e espera, a reconsideraçãoda decisão proferida, afim de que o Consórcio Ecoplan/PM Tech seja declarada inabilitado do certame,com a consequente continuidade do processo licitatório. Não obstante, caso esta r. Comissão decidamanter sua decisão, solicita‐se desde já a remessa do presente recurso administrativo à autoridadesuperior, para fins de conhecimento e revisão da decisão recorrida, nos termos previstos no item 20.4do Edital. Rio de Janeiro, 02 de fevereiro de 2015. Carlos Henrique Costa Jardim, Diretor ExecutivoCONCREMAT ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A. Na qualidade de empresa líder do consórcioCONCREMAT/PWC.

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