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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE RELATÓRIO DE GESTÃO E DE RESULTADOS 2010-2016 Brasília, maio de 2016

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

RELATÓRIO DE GESTÃO E DE RESULTADOS

2010-2016

Brasília, maio de 2016

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República Federativa do Brasil

Presidenta

Dilma Rousseff

Ministério do Meio Ambiente

Ministra

Izabella Teixeira

Secretário Executivo

Carlos Klink

Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental

José Domingos Gonzalez Miguez

Secretária de Biodiversidade e Florestas

Ana Cristina Fialho de Barros

Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável

Carlos Mário Guedes de Guedes

Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano

Cassandra Maroni Nunes

Secretária substituta de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental

Raquel Breda

Agência Nacional de Águas

Diretor-Presidente

Vicente Andreu Guillo

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

Presidente

Marilene Ramos

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Presidente

Cláudio Maretti

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Presidente

Samyra Crespo

Serviço Florestal Brasileiro

Diretor Geral

Raimundo Deusdará Filho

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SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................................................... 7

Estrutura Organizacional do Ministério do Meio Ambiente................................... 11

Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental .................................. 14

Introdução.............................................................................................................................................. 14

Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 15

Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 22

Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 27

Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 28

Secretaria de Biodiversidade e Florestas - SBF ........................................................... 30

Introdução.............................................................................................................................................. 30

Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 32

Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 39

Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 44

Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 47

Anexo: Programação de eventos .................................................................................................. 51

Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente urbano - SRHU................................. 58

Introdução.............................................................................................................................................. 58

Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 59

Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 67

Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 74

Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 76

Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável - SEDR ....... 78

Introdução.............................................................................................................................................. 78

Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 79

Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 83

Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 85

Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 86

Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania – SAIC .................................... 88

Introdução.............................................................................................................................................. 88

Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 88

Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 92

Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 95

Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 96

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Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Ministro de Estado ........................... 98

Assessoria de Assuntos Internacionais - ASIN ............................................................. 99

Introdução.............................................................................................................................................. 99

Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 100

Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 108

Agenda de 180 dias ......................................................................................................................... 110

Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 111

Assessoria Parlamentar - ASPAR ................................................................................... 113

Introdução........................................................................................................................................... 113

Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 114

Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 115

Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 116

Secretaria-Executiva - SECEX ........................................................................................... 117

Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 117

Departamento de Gestão Estratégica - DGE ............................................................... 120

Introdução........................................................................................................................................... 120

Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 121

Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 124

agenda de 180 dias .......................................................................................................................... 126

Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 127

Departamento de Apoio ao CONAMA - DCONAMA ................................................... 128

Introdução........................................................................................................................................... 128

Resultados e Conquistas. .............................................................................................................. 129

Desafios e Oportunidades. ............................................................................................................ 131

Agenda de 180 dias ......................................................................................................................... 131

Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 132

Departamento de Fomento ao Desenvolvimento sustentável / Fundo Nacional

do Meio Ambiente (FNMA) ............................................................................................... 133

Introdução........................................................................................................................................... 133

Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 135

Desafios e Oportunidades. ............................................................................................................ 137

Agenda de 180 dias ......................................................................................................................... 138

Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 139

Programa Nacional do Meio Ambiente –PNMA II ..................................................... 140

Introdução........................................................................................................................................... 140

Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 141

Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 143

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Agenda de 180 dias ......................................................................................................................... 144

Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 144

Cooperação Internacional ................................................................................................ 145

Introdução........................................................................................................................................... 145

Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 146

Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 148

Anexo. Programas e Projetos do MMA .................................................................................... 149

Anexo – Proposta de Estrutura Regimental sem Cortes – Agosto de 2015...... 153

Anexo – Proposta de Estrutura Regimental com Cortes – Março de 2016 ...... 203

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INTRODUÇÃO

A política ambiental brasileira passou por profundas transformações nos últimos

anos. O Ministério do Meio Ambiente, nesse período, foi, ao mesmo tempo, agente e resultado

dessas transformações. Por um lado, teve papel essencial e indispensável na busca pela

internalização da questão ambiental em outras esferas de governo e em outros segmentos da

sociedade brasileira, além dos segmentos tradicionais que acompanhavam o tema. Por outro

lado, o Ministério foi impactado e influenciado por um conjunto de forças que representava

atores anteriormente menos representados nessa política ambiental, e com os quais os órgãos e

unidades governamentais da área ambiental se relacionavam com pouca regularidade e numa

relação muitas vezes antagônica. Essas transformações propiciaram uma constante evolução do

Ministério do Meio Ambiente, refletindo novos paradigmas para o trato da questão ambiental,

amparados em um relacionamento mais amplo e construtivo com a sociedade brasileira e com

outros atores governamentais.

O período 2010-2016, portanto, foi marcado por reposicionamento estratégico

do MMA frente aos desafios das políticas públicas nacionais e da agenda internacional da

sustentabilidade econômica, social e ambiental. Além da agenda histórica do MMA (o combate

ao desmatamento, os mecanismos de comando e controle, a consolidação das áreas protegidas,

entre outros temas), fortaleceu-se também a criação de uma agenda ambiental contemporânea

por meio de uma gestão de posicionamento pragmático, com base na fundamentação científica

e em abordagens conciliadoras. Destaquem-se, nessa linha, as novas políticas voltadas para a

produção e o consumo, o estabelecimento dos princípios balizadores de uma economia de baixo

carbono, o fortalecimento das oportunidades abertas com o novo Código Florestal

(particularmente o CAR), a estruturação do marco regulatório do patrimônio genético, entre

outros. Esse reposicionamento do MMA deveu-se, em parte, ao crescente protagonismo do setor

privado na agenda da mudança do clima, à apropriação da agenda ambiental pela juventude,

pelas mulheres, por populações tradicionais e outros segmentos da sociedade, e às possibilidades

de transformações a partir do âmbito internacional.

A estratégia adotada pelo MMA foi a articulação direta com o centro do governo

e com suas prioridades, especialmente por meio da ampliação da interação com a área econômica

e das pautas bilaterais com os demais Ministérios, uma agenda internacional estratégica

(especialmente a Rio+20, as convenções internacionais sobre mudança do clima e biodiversidade,

a Agenda 2030 e os mecanismos internacionais de financiamento), a valorização do diálogo com

o setor produtivo privado, o aprofundamento do vínculo da área ambiental com a redução da

pobreza e a geração de renda, a aproximação com a comunidade científica nacional e

internacional e a valorização dos quadros técnicos do MMA.

Essas mesmas mudanças exigiram ajustes na estrutura organizacional do

Ministério, que foi, gradativamente, sendo adaptada para refletir os avanços e novos desafios da

política ambiental. Igualmente, foram necessários ajustes em instrumentos legais existentes ou

criados, de forma a melhor refletir esses novos desafios.

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Essas mudanças, naturalmente, não foram resultado apenas de um processo

interno de gestão, embora esse seja também um elemento importante. Elas refletem mudanças

no cenário internacional bem como nos processos de desenvolvimento nacional. Por isso, a

temática ambiental está presente no debate sobre o modelo de desenvolvimento nacional com

muito mais força e inserção do que no passado. Apesar dos sempre presentes conflitos em torno

de prioridades sociais, econômicas e ambientais, o período caracterizou-se por tentativas e

resultados na conciliação entre as prementes necessidades de crescimento econômico e de

conservação ambiental, vistos ainda como naturalmente antagônicos por muitos segmentos da

sociedade.

O grande esforço da política ambiental nesse período, portanto, foi a tentativa de

harmonizar propósitos, e assegurar que a conservação do meio ambiente não se dê às custas do

desenvolvimento econômico ou em prejuízo da grande parcela da população brasileira que não

tem acesso a condições dignas de vida nem acesso a bens e serviços básicos. Trata-se de um

debate que poucas vezes foi enfrentado com tanta clareza e transparência pela sociedade

brasileira e para o qual muito contribuiu a postura do Ministério do Meio Ambiente. Há custos e

benefícios que precisam ser adequadamente contabilizados em todos os lados, e o resultado

dessa equação é bem mais complexo do que associar conservação ambiental a custos, e

desenvolvimento econômico a benefícios.

No cenário internacional, temas globais como mudança do clima e biodiversidade

têm requerido, por parte dos governantes, posicionamentos e atitudes que ultrapassam conceitos

estritos de soberania e de territorialidade. A ideia de sustentabilidade – um conceito

relativamente vago desde sua concepção nos anos 70 – nunca foi tão colocado em xeque,

revelando agendas múltiplas, com diversidade de atores sociais e com demanda por novos

caminhos para as políticas públicas. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento

Sustentável, a Rio+20, realizada no Brasil em 2012, ilustrou bem que a discussão em torno de

desenvolvimento sustentável vai muito além da questão ambiental, seja nos seus conteúdos, seja

nos seus atores. A questão ambiental passou a ser pauta de foros econômicos e discutida por

autoridades econômicas.

Historicamente, em um país cujo desenvolvimento se deu, essencialmente, às

custas da explotação dos recursos naturais, políticas de conservação ambiental foram e, em

grande extensão, ainda são vistas como ameaças ao desenvolvimento econômico. Esse é, ainda,

o discurso de grandes corporações e grupos econômicos fortalecidos, que apontam os riscos à

sobrevivência humana e ao progresso econômico do País. De outro lado, os ambientalistas,

preocupados com os resultados do uso desenfreado dos recursos ambientais, nem sempre têm a

mesma capacidade de apontar soluções como têm, acertadamente, de apontar os sérios

problemas relativos à qualidade do meio ambiente, sua conservação, seu uso e os impactos que

causam sobre a vida no planeta.

No meio dessa discussão, uma parcela significativa da população vê de maneira

desinteressada esse debate, em face do não atendimento de suas necessidades básicas. Para

esses, o debate sobre qualidade ambiental só faz sentido após asseguradas condições mínimas

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de sobrevivência e atendimento a suas necessidades básicas, inclusive de consumo. A política

ambiental não pode ignorar também essa variável, particularmente em um momento em que

uma das prioridades do País é exatamente a retirada de milhões de brasileiros da condição de

pobreza em que vivem.

O grande desafio do País, portanto, é exatamente aquele do desenvolvimento

sustentável: suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender

às necessidades das futuras gerações; promover crescimento econômico que assegure inclusão

social sem comprometer a qualidade dos recursos naturais que sustentam esse mesmo

crescimento. Esse tem sido o contexto no qual se insere a atuação do Ministério do Meio

Ambiente nos últimos anos.

O objetivo deste relatório é apresentar um retrato do que tem sido a atuação do

MMA nos últimos seis anos, bem como uma perspectiva do presente e um cenário do que nos

aguarda. Há que se reconhecer os expressivos resultados e conquistas desse período, mas há que

se sinalizar, também, as oportunidades, os desafios, as perspectivas e dificuldades do que há pela

frente. O relatório sinaliza as principais preocupações que devem ser objeto de especial

consideração nos próximos 180 dias, seja pela importância estratégica ou política, pelo risco de

desconstruir conquistas ou de comprometer recursos ou descumprir compromissos assumidos.

A estrutura organizacional do Ministério merece uma consideração a parte,

descrita em item específico deste relatório. O relatório, porém, está organizado em torno da

estrutura factual do Ministério, aquela que, formalmente ou não, é hoje o modelo organizacional

em torno do qual se realizam as nossas atividades.

Em torno das principais unidades do Ministério, construíram-se capítulos

organizados em cinco aspectos:

i) Introdução, que descreve a unidade, seu papel institucional e breve descrição do

que foi e significou, para ela, o período 2010-2016;

ii) Principais resultados e conquistas da unidade nesse período;

iii) Principais desafios e oportunidades, onde constam as principais dificuldades

vivenciadas no período, os desafios a serem vencidos e as perspectivas e

oportunidades para ações, iniciativas e políticas;

iv) Agenda para 180 dias, em que constam as principais ações, iniciativas, viagens,

eventos, compromissos assumidos, que sejam importantes para a unidade e que

deverão constituir prioridade ou ser objeto de continuidade nos próximos 180

dias;

v) Aspectos institucionais. Em face do grau de informalidade da estrutura

organizacional factual do MMA, cada unidade descreve a sua organização atual e

os principais desafios a serem considerados na discussão sobre estrutura

organizacional.

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Por serem objeto de relatório específico, de caráter administrativo, aspectos

como força de trabalho e questões orçamentárias não fizeram parte deste relatório, embora, pela

importância dessas questões, sejam naturalmente inseridas em diversos momentos em cada uma

das unidades.

Finalmente, três temas mereceram considerações especiais, por não serem

tratados especificamente em nenhuma das unidades ou por serem tratados em diversas delas, de

forma fragmentada, requerendo uma visão unificada: os avanços e os desafios decorrentes da

aprovação do novo código florestal; o papel da cooperação internacional no MMA; e

considerações sobre a discussão em torno de nova estrutura organizacional para o MMA.

Foram muitos os resultados e conquistas, mas são igualmente múltiplos os

desafios e as oportunidades para o futuro. A diversidade e a magnitude dos nossos ativos

ambientais, e as presentes e urgentes demandas sociais e econômicas do nosso País requerem –

para a área ambiental – constantes aperfeiçoamentos de seus modelos de governança, de seus

interlocutores e de seus parceiros. A política ambiental alcançou hoje um novo patamar que a

qualifica e credencia como como alavanca para o desenvolvimento de mercados, geração de

empregos, desenvolvimento tecnológico e inclusão social. Ela é, hoje, instrumento de mudança,

de integração de políticas públicas, de fortalecimento do federalismo cooperativo e de definição

de novas bases para o uso sustentável do território. Não é mais uma pauta restrita aos segmentos

ambientalistas tradicionais, que tanto influenciaram os avanços que levaram ao modelo de

governança ambiental vigente em nossos País. O momento, agora, é de transformação de tudo já

foi alcançado em algo novo, mais ambicioso, que acolha mais setores e segmentos de maneira

mais construtiva e menos antagônica, e que permita as rupturas necessárias para a construção de

um país ambientalmente mais sustentável, contribuindo para o crescimento econômico e para a

inclusão e a justiça social.

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

A estrutura organizacional formal do Ministério do Meio Ambiente é aquela

definida pelo Decreto 6.101, de 2007. Contudo, desde a edição desse Decreto, o Ministério do

Meio Ambiente recepcionou um enorme conjunto de novas atribuições e funções, decorrentes

de leis, decretos, acordos internacionais e arranjos interministeriais, sem a consequente provisão

de novos cargos para fazer frente a essas novas responsabilidades. Esse cenário fez com que

diversas áreas do MMA estejam hoje trabalhando no limite de suas capacidades, saturadas de

demandas e atribuições incompatíveis com a força de trabalho e com o arranjo estrutural do

órgão. Além disso, a estrutura organizacional do Ministério foi sendo modificada por diversos

tipos de arranjos informais, a fim de responder melhor às mudanças no cenário nacional e

internacional que impactam a execução das políticas públicas ambientais.

Entre as novas áreas que foram absorvidas pelo MMA desde 2007, destacam-se:

Acompanhar e implementar, no que lhe couber, a Lei nº 11.959, de 2009, que

dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura

e da Pesca e regula as atividades pesqueira;

Coordenar as ações previstas na Política Nacional sobre Mudança do Clima –

PNMC, instituída pela Lei nº 12.187, de 2009;

Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Plano Nacional de

Resíduos Sólidos, previsto na Lei nº 12.305, de 2010, que institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos;

Coordenar ações e articular as três instâncias de governo, a partir da aprovação

da Lei Complementar nº 140, de 2011, que fixa normas, para a cooperação entre

a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas

decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção do meio

ambiente;

Coordenar e executar o Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa

Verde, instituído pela Lei nº 12.512, de 2011;

Implementar a Lei nº 12.651, de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação

antiva (novo Código Florestal), de 2012, e, em particular, coordenar a

implantação do Cadastro Ambiental Rural, criado pela mesma Lei;

Apoiar, no que lhe couber, a implementação da Política Nacional de Gestão

Territorial e Ambiental de Terras Indígenas – PNGATI, instituída pelo Decreto nº

7.747, de 2012, e exercer, de forma alternada com o Ministério da Justiça e com

os povos indígenas, a coordenação do Comitê Gestor da PNGATI;

Exercer o papel de Autoridade Nacional e de Coordenar o Plano Nacional de

Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição

Nacional, criado pelo Decreto nº 8.127, de 2013;

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Implementar a Lei nº 13.123, de 2015, que dispõe sobre o acesso ao patrimônio

genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e

sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da

biodiversidade, presidir o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético,

representar a União nos acordos de repartição de benefícios e gerir o Fundo

Nacional de Repartição de Benefícios, entre outras competências previstas na

mesma Lei; e,

Implementar a Lei nº 13.153, de 2015, que institui a Política Nacional de Combate

à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca e presidir a Comissão Nacional

de Combate à Desertificação, prevista na mesma Lei.

Todas essas atribuições foram repassadas ao MMA, nos últimos anos, sem a

criação de nenhum cargo adicional na sua estrutura. Pelo contrário, houve perdas, como a

subtração de dois DAS-4 do Serviço Florestal, no início de 2011. A fim de equacionar esse

descompasso, entre janeiro de 2011 e setembro de 2015, quatro propostas de reestruturação

foram encaminhadas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. As três primeiras

foram rechaçadas por preverem criação de cargos e gerarem despesas adicionais, decisões que

pareceram ignorar o contexto em que se situavam aquelas propostas, diante das novas

atribuições impostas ao Ministério. A última, de 2015, representou um esforço derradeiro de

acomodação das novas responsabilidades do MMA, sem qualquer alteração no quantitativo de

cargos em comissão.

Em outubro de 2015, porém, antes mesmo que essa última proposta fosse

analisada, o Ministério do Planejamento, como parte do esforço governamental de reduzir os

gastos com a administração pública, solicitou ao MMA uma redução dos cargos de Direção e

Assessoramento Superior (DAS). Essa demanda desencadeou um enorme esforço de adequação

por parte deste Ministério e optou-se, ao fim, por prescindir de uma das atuais Secretarias do

Ministério, bem como de alguns cargos adicionais. Essa oferta não foi considerada satisfatória

pelo MP e, nos últimos meses, esse ajuste vem sendo objeto de intensas discussões entre o MMA

e o MP, na busca de entendimento que concilie os legítimos e necessários objetivos de redução

de gastos do Governo Federal com a manutenção da capacidade mínima de o MMA responder às

suas atribuições legais.

Nessas discussões, os representantes do MMA têm pontuado a necessidade de

que os cortes nos diversos Ministérios não sejam feitos de maneira puramente linear, mas

considerem, como no caso do MMA, a peculiar situação de muitas novas atribuições que não

foram devidamente contempladas por qualquer ajuste estrutural nos últimos 9 anos. Assim, a

despeito do continuado compromisso do MMA de contribuir com o Governo Federal na redução

de gastos que o presente momento impõe, a expressiva ampliação de competências e de

responsabilidades assumidas pelo Ministério se traduz em grandes dificuldades para uma redução

na sua estrutura.

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São apresentadas, em anexos ao fim deste relatório, duas propostas de

reestruturação do MMA: a primeira, apresentada no ano de 2015, que traduz as discussões

internas realizadas nos últimos anos, sem aumento ou redução de cargos; a segunda, concebida

nas últimas semanas de conversas entre MMA e MP, traduz o desenho que propicia um mínimo

de coerência e organização ao Ministério, a partir de corte de cerca de 10% dos cargos do MMA.

É importante observar que a segunda proposta implica consideráveis prejuízos

para o funcionamento do Ministério do Meio Ambiente. A redução de cargos há de onerar ainda

mais as ações das diversas unidades do MMA, as quais já vêm sofrendo, há tempos, com a

disparidade entre o volume de novas atribuições e a manutenção de uma estrutura concebida e

formulada em momento bastante diferenciado de atuação do Ministério. A retirada de uma

Secretaria, em particular, termina por sobrecarregar de maneira excessiva a Secretaria-Executiva,

que se vê obrigada a acolher funções anteriormente de competência de Secretarias temáticas.

Essa proposta é aqui apresentada apenas como ilustração do processo recente de negociação

com o MP, estando longe de constituir cenário adequado para o adequado funcionamento do

MMA.

O Ministério do Meio Ambiente não considera razoável qualquer supressão de

cargos de assessoramento e direção. Pelo contrário. A estrutura atual é absolutamente

insuficiente para lidar com as responsabilidades hoje atribuídas ao MMA. De qualquer maneira,

faz-se absolutamente necessária a aprovação de nova estrutura para o Ministério, de forma a

regularizar as muitas inadequações de funcionamento do órgão em face da informalidade da

estrutura atual, ocasionando diversos problemas de ordem administrativa e gerencial. Sucessivas

solicitações dos órgãos de controle têm apontado problemas na cadeia de responsabilidades do

Ministério, sem que possam ser devidamente atendidas em face do prolongamento da situação

atual. Em face disso, em qualquer que seja o cenário, é urgente a atualização da estrutura

organizacional do Ministério do Meio Ambiente.

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SECRETARIA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E

QUALIDADE AMBIENTAL

INTRODUÇÃO

O período 2010-2016 foi marcado por grande amadurecimento da Secretaria de

Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) do Ministério do Meio Ambiente (MMA),

que progressivamente se tornou o locus institucional de referência para o debate sobre mudança

do clima no Governo Federal, com entes subnacionais, setor privado e sociedade civil.

Criada em 2007 com abrangência temática muito mais ampla do que a mudança

do clima, a SMCQ evoluiu, especialmente a partir da aprovação da Política Nacional sobre

Mudança do Clima (PNMC), em 2009, para uma Secretaria com perfil essencialmente voltado para

a implementação dessa Política, particularmente com a incorporação, entre as suas

competências, da condução da política de prevenção e combate ao desmatamento, que até 2009

constituía o principal vetor brasileiro de emissões de gases de efeito estufa.

Nesse período, portanto, a SMCQ exerceu papel determinante na PNMC, por

meio da coordenação do Grupo Executivo sobre Mudança do Clima (GEx), dos planos de ação para

a prevenção e controle do desmatamento nos biomas brasileiros (Amazônia e Cerrado), da

atualização do plano nacional sobre mudança do clima e da construção do plano nacional de

adaptação à mudança do clima. Indiretamente, atuou de modo fundamental na construção dos

planos setoriais de mitigação e de adaptação à mudança do clima.

Exerceu também papel importante na condução do processo interministerial de

elaboração do Plano Nacional de Adaptação (PNA) por meio de uma ação concertada com os

entes federativos e a sociedade, de forma geral. Além do PNA, outros projetos de gestão do

conhecimento, capacitação e construção de metodologias em adaptação foram propostos junto

à cooperação Britânica e Alemã. Atualmente a SMCQ se tornou o ponto focal nacional e

internacional sobre a agenda de políticas sobre mudança do clima e terá um papel central na

implementação das contribuições informadas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre

Mudança do Clima (UNFCCC, da sigla original em inglês) por meio da Pretendida Contribuição

Nacional Determinada (INDC, na sigla em inglês), no contexto do Acordo de Paris.

A associação da política de combate ao desmatamento com a PNMC revelou-se

essencial para os bons resultados colhidos nessas políticas e para o cumprimento do compromisso

nacional voluntário previsto e informado à UNFCCC. Além disso, foram criados diversos

mecanismos financeiros para implementação da Política, como o Fundo Nacional sobre Mudança

do Clima (Fundo Clima), o Fundo Amazônia, o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC),

coordenado pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do

Desenvolvimento Agrário (MDA), entre outros, que ofertam créditos e recursos nao-

reembolsáveis para promover o uso de novas tecnologias, desenvolvimento de inovação,

aumento da competitividade e geração e disseminação do conhecimento.

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A SMCQ logrou, portanto, avanços significativos na implementação da PNMC na

esfera doméstica, além de ter participado e influenciado em todos os mais significativos fóruns

internacionais sobre o tema. Contudo, como será descrito adiante, o arranjo institucional sobre

mudança do clima no Governo Federal ainda apresenta fragilidades que deverão ser avaliadas e

dimensionadas a fim de que o País possa aumentar ainda mais seu protagonismo naquele que é,

hoje, um dos maiores desafios globais, a luta contra o aquecimento global.

RESULTADOS E CONQUISTAS

DESMATAMENTO E MONITORAMENTO

Redução do desmatamento

A maior contribuição de mitigação de mudança do clima no Brasil continua

ocorrendo no setor de mudança do uso da terra e florestas. Comparando-se a taxa de

desmatamento de 2015 (5.831 km2) com aquela registrada em 2004 (27.772 km2), quando foi

iniciada a implementação do PPCDAM, a redução alcançada é de 79%. A taxa de 2015 é a terceira

mais baixa desde o início do monitoramento, e representa mais de 70% de redução em relação à

projeção para 2020 (redução próxima da meta estipulada pelo compromisso nacional voluntário

de redução do desmatamento da Amazônia até 2020, de 80%).

PPCDAm e PPCerrado

O PPCDAM 3ª fase foi encerrado ao final do segundo semestre de 2015. Em abril

de 2016, o monitoramento do plano foi finalizado. Ao total foram monitoradas 194 ações,

distribuídas entre 36 órgãos e entidades federais, que foram convidadas a colaborar com a

elaboração de um Plano Operativo. As reuniões de pactuação ocorreram entre 2012 e 2013,

bimestralmente. Nessa última fase, a taxa de cumprimento chegou a 38,8% e a de ações

parcialmente cumpridas chegou a 40,7%. Ainda, nos quatro últimos anos foram registradas as

menores taxas de desmatamento, sendo que em 2015 houve um aumento de 16% em relação ao

ano anterior. Para atingirmos os objetivos pactuados em Paris (COP-21) serão necessários

esforços adicionais, haja vista que a última taxa de desmatamento foi de 5.831 km². O PPCDAM

4ª fase está em construção, com uma primeira proposta de desenho conceitual já elaborada e

primeiras consultas aos parceiros implementadores. Em relação ao PPCerrado, foram

monitoradas 123 ações, mas o relatório de monitoramento ainda não foi finalizado, por conta da

prioridade dada à avaliação do PPCDAm.

Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

O Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros foi criado por

meio da Portaria MMA nº 365 de 27 de novembro de 2015, com o objetivo de mapear e monitorar

o desmatamento, avaliar a cobertura vegetal e o uso/cobertura da terra e sua dinâmica, as

queimadas, a extração seletiva de madeira e a recuperação da vegetação.

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A Estratégia do Programa foi lançada em maio de 2016 com um cronograma de

entrega de produtos para todos os biomas brasileiros até 2020 (como indicado na Figura abaixo).

O Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas permitirá acompanhar o

desempenho das políticas públicas orientadas ao atingimento da pretendida redução das

emissões totais de gases de efeito estufa de 37% até 2025, e de 43% no âmbito da contribuição

indicativa subsequente de redução até 2030, com relação ao total de emissões do Brasil em 2005,

conforme apresentado no Segundo Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa submetido à

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Além disso, permitirão

acompanhar o desempenho das ações e politicas púbicas associadas às Metas Nacionais de

Biodiversidade para 2020, correspondentes nacionais das Metas de Aichi da Convenção das

Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB). O Programa está em fase inicial de

implementação, dando continuidade às ações de mapeamento e monitoramento já previstas nos

planos e cronogramas de cada uma das instituições parceiras.

Lançamento do DETER-B

Simultaneamente ao lançamento do Programa de Monitoramento Ambiental dos

Biomas Brasileiros, foi lançado o sistema DETER-B, um expressivo avanço tecnológico, parte de

um Sistema Contínuo de Detecção de Desmatamentos e Alteração da Cobertura Florestal em

Tempo Quase Real, que contempla produtos em multiescala: DETER-A, em operação, com

resolução espacial de 250 metros; o DETER-B, também operacional, com resolução espacial de

cerca de 60 metros; e o DETER-C, em fase de desenvolvimento, com resolução espacial de 30

metros. Assegura-se, assim, refinamento contínuo dos sistemas de detecção do desmatamento

(exemplificado na Figura abaixo).

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O DETER-B permitirá ainda estimar a área desmatada, permitindo uma

aproximação da taxa anual de desmatamento bruto (que é gerada pelo programa PRODES com o

uso de dados de satélite com resolução espacial de aproximadamente 30 metros).

POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA - PNMC

Elaboração e acompanhamento da implementação de nove Planos de

Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima: energia, siderurgia, agricultura, indústria,

transporte e mobilidade urbana, mineração, saúde e, ainda, os Planos de Prevenção e Controle

do Desmatamento (Amazônia e Cerrado);

Gestão das emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo 2014

superando em 9 vezes a compensação das emissões do setor público (redução de 40% das

emissões em relação ao total). Trata-se de projeto inovador, reconhecido pela UNFCCC.

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PROGRAMA BRASILEIRO DE ELIMINAÇÃO DOS HIDROCLOROFLUORCARBONOS - PBH

Aprovação em 2011 da Etapa 1 do PBH pelo Comitê Executivo do Fundo

Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal (FML) com recursos da ordem de US$

19,4 milhões de dólares para o cumprimento da meta para o ano 2015.

Aprovação em 2015 da Etapa 2 do PBH pelo Comitê Executivo do FML com

recursos de US$ 35,9 milhões de dólares para o cumprimento da meta para o ano 2020.

Redução de 301,49 toneladas de potencial de destruição da camada de ozônio

(PDO) em relação à meta estabelecida pelo Protocolo de Montreal para o ano 2015 que equivale

a 4,4 milhões de toneladas evitadas de emissões de CO2 equivalente, utilizando como métrica os

valores de GWP-100 (abreviação do original em inglês – Global Warming Potential).

Elaboração de 23 planos de seleção de tecnologia e 20 planos de conversão

tecnológica, bem como assinatura de 18 contratos de serviço e 15 termos de compromisso com

as empresas que utilizavam HCFC-141b no processo produtivo para fabricação de espumas de

poliuretano. Nesse período foram concluídos 9 projetos de conversão tecnológica.

FINANCIAMENTO E APOIO A PROJETOS

Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA)

Nesse período, o Fundo Clima apoiou, com recursos não reembolsáveis, 47

instituições e 190 projetos e, com recursos reembolsáveis, financiou 10 empreendimentos. Os

projetos apoiados com recursos não-reembolsáveis somam o valor aproximado de R$ 96 milhões,

dos quais cerca de R$ 91,5 milhões já transferidos nos últimos cinco exercícios. Isso significa que

há, ainda, um compromisso de cerca de R$ 4,5 milhões para os orçamentos futuros em projetos

já contratados. Os projetos apoiados com recursos reembolsáveis somam o valor de R$ 208,2

milhões, contratados até dezembro de 2015;

Fundo Amazônia

Encerrou o ano de 2015 com 80 projetos apoiados, que recebem aportes no valor

de R$ 1,2 bilhão. Os recursos provêm de doações dos governos da Noruega (97%) e da Alemanha

(2,5%) e da Petrobrás (0,5%), que chegaram a um total de R$ 2,4 bilhões. As expectativas são de

aumento das contribuições ao Fundo. Durante a 21ª Conferência das Partes da UNFCCC (COP 21),

em Paris, o governo da Noruega anunciou que doará mais 600 milhões de dólares até 2020 e a

Alemanha, mais 100 milhões de euros. O MMA contribuiu diretamente para a preparação das

diretrizes e dos critérios para a aplicação dos recursos e focos de atuação para o biênio 2015 e

2016, aprovados pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia, presidido pelo próprio Ministério

e composto por outros representantes do Governo Federal, além dos Estados Amazônicos e da

sociedade civil;

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Financiamento para o Cerrado

Cabe ressaltar avanços na implementação do Projeto Cerrado-Jalapão e do

Programa Cerrado, duas iniciativas de cooperação internacional coordenadas pelo MMA, com

recursos de doação da Alemanha (12 milhões de euros) e do Reino Unido (15 milhões de dólares),

respectivamente. De 2011 a 2015, essas iniciativas capacitaram mais de 1.500 brigadistas e

agricultores em prevenção e combate a incêndios florestais, além de terem registrado 750

imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A expectativa é de que áreas prioritárias do

Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia – região conhecida como MATOPIBA, em que há

extensa área de remanescentes do Cerrado e acelerada expansão da agropecuária – sejam

beneficiadas nos próximos dois anos (2016 e 2017) com o cadastramento de mais 9.000 imóveis

rurais, cerca de 800.000 hectares. Além disso, os projetos estão estruturando 21 municípios e 10

áreas protegidas (unidades de conservação e terras indígenas) para a prevenção e o combate a

incêndios florestais, incluindo experiências que poderão subsidiar a mudança de paradigma sobre

o uso do fogo no contexto de regulamentação da Política Nacional de Manejo e Controle de

Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.

REDD+: REDUÇÃO DE EMISSÕES PROVENIENTES DO DESMATAMENTO E DA DEGRADAÇÃO

FLORESTAL

Em junho de 2014 o Brasil foi o primeiro País a submeter o seu nível de

referência de emissões provenientes do desmatamento no bioma Amazônia para avaliação por

especialistas indicados pela UNFCCC. Em dezembro de 2015, o País foi o primeiro a completar o

ciclo de MRV para REDD+ da UNFCCC e com a aprovação da Estratégia Nacional, teve os seus

resultados inseridos no Lima Information Hub durante a COP-21 em Paris. Com essa inserção, o

País está apto a captar novos pagamentos por resultados alcançados entre 2006 e 2010, um total

de 2.971 MtCO2e;

Em 2015 foi criada, por meio de Decreto Presidencial, a Comissão Nacional para

REDD+ (CONAREDD+), e instituída, por meio de Portaria da Ministra do Meio Ambiente, a

Estratégia Nacional para REDD+ (ENREDD+), resultado de processo de vários anos de articulação

entre governo federal, governos estaduais e entidades da sociedade civil. A Estratégia, além de

responder a compromisso internacional firmado pelo Brasil no contexto das negociações sobre

mudança do clima, tem como objetivo contribuir para a mitigação da mudança do clima por meio

da eliminação do desmatamento ilegal, da conservação e recuperação dos ecossistemas florestais

e do desenvolvimento de uma economia florestal sustentável de baixo carbono, gerando

benefícios econômicos, sociais e ambientais.

HARMONIZAÇÃO FEDERATIVA

Instalação do núcleo de articulação federativa, com representantes estaduais,

como parte das ações da SMCQ para promover um debate nacional sobre harmonização

federativa das políticas para mudança do clima. O diálogo com os municípios tem ocorrido por

meio de interação contínua com as 27 capitais, o CB27.

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ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO CLIMA

Instituição do Plano Nacional de Adaptação, por meio da Portaria Ministerial nº

150, de 11 de maio de 2016. O Plano foi concebido, desenvolvido e elaborado sob coordenação

da SMCQ. Trata-se de importante instrumento de planejamento e coordenação, com o objetivo

de promover a gestão e diminuição dos riscos no País associados aos efeitos adversos da mudança

do clima no longo prazo, de forma a aproveitar as oportunidades emergentes, evitar perdas e

danos e construir instrumentos que permitam a adaptação dos sistemas naturais, humanos,

produtivos e de infraestrutura. O processo foi conduzido pela SMCQ, em coordenação com

diversos órgãos federais, estaduais e municipais, bem como com representantes de setores da

sociedade brasileira, e foi submetido a consulta pública;

Criação da Plataforma de Conhecimento sobre Adaptação a ser concluída em

2017. O principal objetivo é construir um espaço aberto, democrático e flexível para facilitar a

cooperação, criação coletiva de conhecimentos e capacitação dos diversos atores envolvidos com

o tema, incrementar sinergias, viabilizar parcerias, as quais darão celeridade a efetivação de

medidas para enfrentamento dos efeitos da mudança do clima no Brasil. Esse projeto foi realizado

pela Fundação Getúlio Vargas/GVCES com apoio do Reino Unido.

CIÊNCIA DA MUDANÇA DO CLIMA

Consolidação, com o apoio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, da rede

de cientistas brasileiros que fazem parte da Rede Clima e do Painel Brasileiro de Mudança do

Clima. A Rede Clima congrega mais de 300 pesquisadores em 15 áreas de mudança do clima. Em

2014 foi lançado o primeiro Relatório de Avaliação Nacional (RAN 1) do Painel Brasileiro sobre

Mudança do Clima;

Elaboração de Ferramenta de cálculo da contribuição relativa para o aumento

da temperatura média global da superfície terrestre a partir das emissões de gases de efeito

estufa ao longo do tempo, o qual subsidiou, em parte, a construção da Pretendida Contribuição

Nacionalmente Determinada (INDC) do Brasil;

Contratação de Estudo sobre Responsabilidade Histórica em relação à mudança

do clima: descrição da relação de dependência temporal entre emissões de gases de efeito estufa

e mudança do clima. O estudo também subsidiou, em parte, a construção da INDC do Brasil.

NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

Consolidação do MMA como o principal ministério setorial de apoio ao MRE

para a formação das posições brasileiras nas negociações sobre o regime internacional de

mudança do clima bem como para o atendimento às demandas da UNFCCC. Nesse contexto, o

Brasil teve um papel destacado nas negociações que, em 2012, levaram ao acordo que

estabeleceu o segundo período de compromisso para o Protocolo de Quioto no período de 2013

a 2020, tendo presidido a preparação, junto com a Noruega, do texto final do segundo período

de Quioto, adotado em Doha, Qatar;

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Em 2013 partiu do Governo Brasileiro, na Conferência de Varsóvia, a proposta de

realização de processos de consultas domésticas à sociedade de cada país sobre a definição dos

respectivos compromissos que seriam apresentados no âmbito do Acordo de Paris. Essa

proposta foi incorporada à Decisão de Varsóvia e, em consonância com essa decisão, o Governo

do Brasil conduziu, em 2014, sob a coordenação do MRE, o seu processo de consulta doméstica

sobre a INDC, o qual foi finalizado em 2015 junto com o Diálogo de alto-nível que a Ministra

Izabella Teixeira conduziu durante todo aquele ano por determinação da Presidente da República,

Dilma Rousseff;

Em 2014, na Conferência de Lima, o Brasil consolidou proposta com os

elementos-chave para um acordo sobre mudança do clima que seria adotado em 2015. Entre

outros assuntos considerados na referida proposta, sugeriu-se uma abordagem dinâmica de

“diferenciaçao concêntrica” dos países no âmbito da Convençao para a fase pós-2020, auxiliando

o regime multilateral sobre mudança do clima a avançar em direção à sua completa

implementação;

ACORDO DE PARIS

Elaboração e subsequente submissão da Contribuição Nacionalmente Determinada (INDC) do

Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em setembro de 2015

O esforço empreendido que resultou na apresentação da INDC brasileira na

Assembleia Geral da ONU pela Presidente da República em setembro de 2015, em termos de

envolvimento de diferentes atores (governo, setor privado, academia e organizações não

governamentais) e da ampla fonte de referências consultadas e utilizadas, resultou em inédito

consenso entre todos os segmentos da sociedade brasileira que acompanha o tema. A descrição

e o histórico desse esforço foi documentado e retrata os processos e as atividades realizadas para

a sua concepção, desenvolvimento e elaboração. A INDC do Brasil foi elogiada por todos os

setores nacionais e em todos os foros internacionais. O Brasil informou a intenção de reduzir as

emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025. Informou

também, como contribuição indicativa subsequente, reduzir as emissões de gases de efeito estufa

em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030.

Declarações bilaterais sobre clima

Ao longo de 2015, no contexto do processo preparatório da INDC e do Acordo de

Paris, foram firmadas declarações conjuntas bilaterais em nível presidencial sobre mudança do

clima entre o Brasil e China, Estados Unidos e Alemanha. Em nível ministerial, foi assinada

Declaração conjunta entre Brasil e Noruega, pelos respectivos ministros de meio ambiente.

Participação do Brasil na COP-21

Em 2015, na COP 21, em Paris, o Brasil teve grande protagonismo, com as

participações da Presidente Dilma Rousseff na abertura da Conferência e da Ministra do Meio

Ambiente, Izabella Teixeira. A Ministra Izabella Teixeira, por solicitação da Presidência Francesa,

presidiu os trabalhos sobre diferenciação, que era o ponto de conflito mais difícil de ser resolvido

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no Acordo de Paris. Um ponto decisivo para o sucesso da COP 21 de Paris foi a decisão adotada

na COP de Lima de que os países deveriam submeter suas INDCs antes da COP 21. A INDC

brasileira foi construída baseada em diálogos de alto nível com segmentos importantes da

economia brasileira (governo, setor privado) e representantes da sociedade (governo, academia

e organizações sociais), coordenados pela Ministra Izabella Teixeira;

Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS) – Acordo de Paris.

Esse Mecanismo, aprovado durante a COP-21, nasceu a partir de proposta

conjunta do Brasil e da União Européia, e generaliza a idéia do Mecanismo de Desenvolvimento

Limpo do Protocolo de Quioto para todos os países e permite o envolvimento de entidades

públicas e privadas autorizadas pelas Partes, correspondendo a um esforço adicional além das

INDC.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA

No contexto da agenda associada à Política Nacional sobre Mudança do Clima,

será contemplada, além da agenda prioritária de mitigação da mudança do clima, a agenda de

adaptação, auxiliando no alcance dos compromissos voluntários previstos na PNMC no que se

refere ao período pré 2020.

Até 2020, as ações de prevenção e controle do desmatamento devem contribuir

para a redução das emissões de gases de efeito estufa na Amazônia em 80%, em relação à média

verificada entre 1996 e 2005, e no Cerrado em 40%, em relação à média de 1999 a 2008, e

estabilizar as emissões nos demais biomas nos níveis de 2005.

REVISÃO DA GOVERNANÇA DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA

O Acordo de Paris, finalizado na COP-21, bem como a Pretendida Contribuição

Nacionalmente Determinada, oferecem uma oportunidade de revisão do arranjo institucional

sobre mudança do clima no Governo Federal. As iniciativas sobre mudança do clima do Governo

Brasileiro deverão ser reorientadas à luz desse novo contexto. A obsolescência da atual estrutura

de governança da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) é notória, sendo necessária

e urgente a sua completa revisão. O arranjo atual ainda apresenta fragilidades que deverão ser

avaliadas e dimensionadas a fim de que o País possa aumentar ainda mais seu protagonismo nos

contextos nacional e internacional do esforço de combate à mudança do clima.

O período 2010-2016 modificou o cenário da governança para mudança do clima

no Brasil, a partir do fortalecimento da atuação do MMA, com a criação da SMCQ e com a

aprovação da PNMC, centralizando neste Ministério a coordenação de atividades que eram

exercidas por outros órgãos governamentais com atuação sobre o tema. Anteriormente, os

principais compromissos nacionais no âmbito da UNFCCC estavam sob responsabilidade do então

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A criação da PNMC não resolveu essa dicotomia,

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desacoplando a negociação e a implementação nacional de decisões da Convenção das

obrigações assumidas internacionalmente, em especial a Comunicação Nacional, incluindo seu

Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa não controlados pelo Protocolo de

Montreal, a implementação dos Mecanismos do Protocolo de Quioto e a futura regulamentação

do Artigo 6 (Mecanismos de Mercado) no âmbito do Acordo de Paris.

O grande desafio que se coloca agora para o Brasil, portanto, é considerar a

questão da mudança do clima como elemento fundamental do processo de desenvolvimento

socioeconômico. A governança deverá ser unificada, de forma que um único órgão possa assumir

a coordenação de todo esforço nacional na área de mudança do clima, o que inclui o apoio técnico

que subsidia as negociações internacionais e o monitoramento e apoio à implementação das

políticas nacionais e dos compromissos internacionais assumidos. Aos Ministérios setoriais,

deverá caber a condução dos temas específicos, incluindo a coordenação dos esforços para

implementação de compromissos setoriais, como tecnologia, energia e agricultura, entre outros.

Deverá caber ao MRE, como já o faz hoje, a coordenação da formulação das posições defendidas

pelo País nos foros internacionais.

PROTOCOLO DE MONTREAL

O grande desafio e expectativa que atualmente está em discussão no âmbito do

Protocolo de Montreal remete à inclusão dos Hidrofluorcarbonos (HFCs) como substâncias a

serem também controladas pelo Protocolo de Montreal em complementariedade às ações

adotadas no âmbito da UNFCCC. Houve decisão das Partes de que esforços sejam envidados para

se chegar a um acordo sobre esse tema em 2016. As ações no âmbito do Protocolo de Montreal

utilizarão a metodologia atualmente adotada por esse Protocolo de estabelecimento de metas de

redução do Consumo (Produção + Importação – Exportação). Em se tratando de uma emenda ao

Protocolo, caso seja aprovada, deverão ser adotados todos os procedimentos legais para a

ratificação do Acordo pelo Brasil. A primeira etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos

HCFCs já se encontra em fase de implementação e a segunda etapa encontra-se em fase de

elaboração dos documentos de projeto para aprovação da Agência Brasileira de Cooperação –

ABC/MRE, uma vez que os recursos no valor de US$ 35,9 milhões já foram aprovados pelo Fundo

Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal.

PLANO NACIONAL DE ADAPTAÇÃO

O lançamento do Plano Nacional de Adaptação, por meio de Portaria Ministerial,

em maio de 2016, constituiu um grande avanço para o País nessa matéria. Seu lançamento já era

previsto nos PPA 2012-2015, PPA 2016-2019 e pela Contribuição Nacional Determinada que o

Brasil submeteu à UNFCCC. A implementação desse Plano traz desafios na estruturação de seu

sistema de monitoramento e avaliação. A articulação com demais entes da federação também

consiste em uma estratégia fundamental para o sucesso da adaptação, dada sua natureza local.

Adicionalmente é preciso assegurar financiamento para as políticas públicas de adaptação por

meio de recursos nacionais e internacionais. Para tanto, são oportunidades o acesso aos Fundos

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e mecanismos financeiros sobre adaptação no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas

sobre Mudança do Clima, para atendimento prioritário das populações e ecossistemas mais

vulneráveis. Para o futuro, o avanço de políticas para adaptação demanda maior e melhor

conhecimento sobre os impactos associados à mudança do clima e a tradução da linguagem da

ciência para uma linguagem direcionada a gestores públicos e sociedade.

COMBATE AO DESMATAMENTO

PPCDAm e PPCerrado

É fundamental retomar a estrutura de governança e as reuniões dos subgrupos

de trabalho, de forma a coletar sugestões e ações mais relevantes para a construção das próximas

fases. É ainda importante definir o nível de intervenção e escopo dos Planos de Controle do

Desmatamento como um todo, principalmente frente aos compromissos de desmatamento ilegal

zero e da implementação do novo Código Florestal, considerando também que existe previsão

legal para elaboração de planos para todos os biomas. Existe uma oportunidade de interação com

a agenda de recuperação/recomposição florestal, por conta do avanço do conceito de

desmatamento ilegal zero e desmatamento líquido zero, que ainda precisa ser melhor definido

internamente.

Fundo Amazônia

É fundamental avançar no processo de análise sobre a efetividade dos projetos

do Fundo Amazônia, frente aos seus objetivos de prevenir e controlar o desmatamento, em

alinhamento com as políticas públicas prioritárias. Considerando a quantidade de recursos

aportados e previstos (quase US$ 1,8 bilhões), o MMA precisa internalizar processos de avaliação

das propostas e acompanhamento dos projetos, sem substituir o papel de gestor do BNDES, mas

que permita um alinhamento com as prioridades das negociações internacionais e das políticas

públicas. Existe uma proposta de Acordo de Cooperação Técnica que está em avaliação pelo

BNDES, com o objetivo de estruturar a relação entre MMA e Banco. Existe também a necessidade

de ajustar o Decreto do Fundo Amazônia e suas Diretrizes para lidar com um cenário de

implementação da ENREDD+ e com a orientação de projetos direcionados para a redução do

desmatamento. Particularmente, tem havido discussões entre MMA, BNDES e doadores sobre

revisão da cláusula de adicionalidade, a fim de permitir o uso de recursos do Fundo Amazônia

para apoiar ações de fiscalização e monitoramento num cenário de restrição fiscal. Uma limitação

atual do FA é a ausência de indicadores e parâmetros que permitem informar quanto cada projeto

contribuiu para o controle/redução do desmatamento em sua região de implementação. É

necessário ainda lidar com as dificuldades administrativas por parte das instituições públicas, as

quais têm represado os recursos em projetos que têm tido baixa execução.

Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros

Os principais desafios estão relacionados ao funcionamento da governança do

programa, que dependerá de uma articulação constante entre MMA, INPE, Embrapa e IBAMA,

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bem como de assegurar recursos financeiros (nacionais ou internacionais) e da capacidade de

execução das instituições responsáveis pela produção e interpretação dos dados.

Implementação da Estratégia Nacional para REDD+ (ENREDD+) por meio da Comissão Nacional

para REDD+ (CONAREDD+)

Durante os 5 anos de desenvolvimento da ENREDD+, os principais desafios

enfrentados foram: (i) geração de expectativas irrealistas de recebimento de recursos, a (ii)

aprovação da ENREDD+, e (iii) promoção da efetiva participação das partes interessadas,

considerando a falta de recursos do MMA. A ENREDD+ é um documento que reflete, dentro de

seus limites, o melhor consenso possível para responder às demandas da sociedade brasileira

nesse tema. Por meio da CONAREDD+, foi criada uma oportunidade para definição de regras e

instrumentos claros para viabilizar a efetiva captação de recursos novos e adicionais com base

nos resultados nacionais e a distribuição de benefícios para dar escala aos resultados de REDD+

do Brasil. Esse tema deve gerar grande competição e potenciais conflitos entre as partes

interessadas, em especial com os entes federados.

Implementação do Marco de Varsóvia para REDD+ junto à Convenção Quadro das Nações

Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o novo Acordo de Paris

O Brasil sempre participou ativamente das negociações de REDD+ sob a UNFCCC.

Em resposta à aprovação do Marco de Varsóvia para REDD+ (COP-19), o MMA criou em fevereiro

de 2014 um Grupo de Trabalho Técnico sobre REDD+. O MMA tem trabalhado com o apoio dos

especialistas do GTT REDD+ e tem conduzido a elaboração de relatórios técnicos para a UNFCCC

e para o processo de MRV para REDD+. Como resultado desse trabalho, em dezembro de 2015 o

País obteve o reconhecimento do resultado de 2.971 MtCO2e de reduções de emissões da

UNFCCC. Esse reconhecimento coloca o País em posição de liderança para obter novos recursos

de pagamentos por resultados que poderão viabilizar a implementação da INDC do Brasil para o

setor florestal.

Cooperação internacional para ações de prevenção e combate ao desmatamento e aos

incêndios florestais no Cerrado

Os principais desafios dos projetos referem-se à capacidade de execução das

instituições parceiras. O DPCD tem o papel de coordenador geral das iniciativas e acompanha a

implementação de cada um dos componentes. Apesar da relevância das ações previstas, há sérias

dificuldades na execução dessas ações, em especial atrasos nos procedimentos licitatórios e no

envolvimento das principais instituições participantes. Existe ainda uma baixa prioridade

percebida em relação à regulamentação da Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas,

Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.

ACORDO DE PARIS

No que se refere às competências diretas da SMCQ, o desafio resultante da

pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil para o setor florestal e de

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mudança do uso da terra será a implementação e financiamento das seguintes ações até 2030,

entre outras:

estruturar os arranjos institucionais necessários à implementação e

financiamento da Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil, no

contexto do Acordo de Paris da UNFCCC, com horizonte temporal até 2025,

com contribuição indicativa para 2030;

fortalecer o cumprimento do Código Florestal, em âmbito federal, estadual e

municipal;

fortalecer políticas e medidas com vistas a alcançar, na Amazônia brasileira,

o desmatamento ilegal zero e a compensação das emissões de gases de efeito

de estufa provenientes da supressão legal da vegetação;

restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, para múltiplos

usos; e,

ampliar a escala de sistemas de manejo sustentável de florestas nativas, por

meio de sistemas de georeferenciamento e rastreabilidade aplicáveis ao

manejo de florestas nativas, com vistas a desestimular práticas ilegais e

insustentáveis.

No que se refere ao apoio da SMCQ a outros setores, o desafio resultante da

pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil será a apoiar a implementação e

o financiamento das seguintes ações, entre outras:

estruturar os arranjos institucionais necessários à implementação e

financiamento da Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil, no

contexto do Acordo de Paris da UNFCCC, com horizonte temporal até 2025,

com contribuição indicativa para 2030;

aumentar a participação de biocombustíveis sustentáveis na matriz

energética brasileira para aproximadamente 18%, expandindo o consumo de

biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol, inclusive por meio do

aumento da parcela de biocombustíveis avançados (segunda geração), e

aumentando a parcela de biodiesel na mistura do diesel;

alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na

composição da matriz energética, incluindo:

o expandir o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica, na

matriz total de energia para uma participação de 28% a 33%;

o expandir o uso doméstico de fontes de energia não fóssil,

aumentando a parcela de energias renováveis (além da energia

hídrica) no fornecimento de energia elétrica para ao menos 23%,

inclusive pelo aumento da participação de eólica, biomassa e solar;

o alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico.

restaurar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas;

incrementar 5 milhões de hectares de sistemas de integração lavoura-

pecuária-florestas (iLPF);

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promover novos padrões de tecnologias limpas e ampliar medidas de

eficiência energética e de infraestrutura de baixo carbono no setor industrial;

promover medidas de eficiência, melhorias na infraestrutura de transportes

e no transporte público em áreas urbanas.

Em função do tempo decorrido entre a concepção do Sistema de Monitoramento

e Acompanhamento de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa e a adoção do Acordo de

Paris, uma nova estratégia de mensuração, relato e verificação (MRV) precisa ser estabelecida à

luz do novo contexto de Paris.

AGENDA DE 180 DIAS

Realização de 03 (três) reuniões ordinárias do Comitê Gestor do Fundo Clima previstas pela

Portaria nº 403 de 30 de dezembro de 2015;

Publicação, em parceria com a CEPAL, dos resultados da avaliação externa do Fundo Clima;

Reuniões de negociação e preparatórias no âmbito da Convenção sobre Mudança do Clima

com vistas à COP-22, a ser realizada em novembro de 2016 no Marrocos, com destaque para

Sessões dos Órgãos Subsidiários - Órgão Subsidiário para Implementação (SBI 44), Órgão

Subsidiário de Assessoramento Científico e Tecnológico (SBSTA 44) e primeira sessão do

Grupo de Trabalho Ad Hoc do Acordo de Paris (APA) - a serem realizadas no período de 16 a

26 de maio de 2016, em Bonn, Alemanha, bem como para o BASIC na África do Sul com data

a ser definida;

Seminário inicial do Projeto "Produção de Carvão de Biomassa Renovável Sustentável para a

Indústria Siderúrgica no Brasil", a ser realizado em Belo Horizonte, em junho de 2016;

Cerimônia de lançamento de vídeos e exposição itinerante no âmbito do Projeto "

Transformação de Mercado para Eficiência Energética no Brasil”, a ocorrer em Brasília, em 30

de maio de 2016;

Conclusão da revisão do PPCDAm e PPCerrado, com a consulta às instituições parceiras e

publicação das próximas fases dos planos;

Publicação da Portaria de Municípios prioritários para o combate ao desmatamento;

Revisão do Decreto 6.427/2008, que estabelece o Fundo Amazônia, e das Diretrizes do Fundo,

de forma a dar mais aderência às ações dos Planos de Controle do desmatamento e garantir

maior efetividade dos recursos alocados;

Implementação da Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas

Brasileiros, de forma a garantir o funcionamento da governança e a produção dos

mapeamentos e monitoramentos previstos.

Operacionalização da CONAREDD+: regimento interno publicado por Portaria, resoluções da

presidência, criação e implementação de Câmaras Consultivas Temáticas, etc;

Elaboração do plano de ação para implementação da INDC para o setor florestal que tem

REDD+ como meio de implementação;

Submissão de proposta financeira para recebimento de pagamentos por resultados de REDD+

ao GCF para recebimento de recursos que viabilizem a implementação do plano de ação da

INDC.

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Encerramento do Projeto Cerrado-Jalapão, com revisão e realocação dos recursos

disponibilizados para os parceiros que não apresentarem capacidade de execução.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

De fato, a Secretaria funciona com 3 (três) Departamentos e, ainda, com a

Gerência do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima atualmente ligada diretamente ao

Secretário: Departamento de Políticas de Mitigação (o qual incorpora todas as competências do

Departamento de Mudanças Climáticas); Departamento de Políticas de Adaptação (que, na

estrutura formal, corresponde ao Departamento de Licenciamento e Avaliação Ambiental, cujas

atribuições foram retiradas da SMCQ); o Departamento de Políticas de Combate ao

Desmatamento (o qual consta na estrutura formal na SECEX) e a Gerência do Fundo Nacional

sobre Mudança do Clima. Na estrutura formal da Secretaria, consta o Departamento de Qualidade

Ambiental na Indústria – DQAM, que na prática se encontra vinculado à Secretaria de Recursos

Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU).

Esse arranjo informal contém em si precariedades e dificuldades de várias

naturezas, particularmente no que tange a processos administrativos, ordenação de despesas,

responsabilidades junto aos órgãos de controle, entre outros. Faz-se urgente a aprovação de nova

estrutura organizacional para a SMCQ, que reflita melhor adequação ao estágio em que se

encontra a Política Nacional sobre Mudança do Clima, particularmente no contexto de

implementação do Acordo de Paris. Naturalmente, as modificações internas ao MMA deverão ser

acompanhadas por profunda revisão da governança nacional sobre mudança do clima, conforme

descrita no item sobre os desafios e oportunidades.

Secretaria de Mudança do Clima e

Diretoria de Políticas de Mitigação

Gerência de Proteção à Camada

de Ozônio

Coordenação de Acompanhamento

da PNMC

Diretoria de Políticas de Adaptação

Divisão de Acompanhamento do Plano Nacional

de Adaptação

Diretoria de Políticas de Combate ao

Desmatamento

Gerência de Combate ao

Desmatamento e Queimadas

Gerência de Mudança do Clima e

Florestas

Gerência do Fundo Clima (FNMC)

Chefe de Gabinete

Serviço de Apoio ao Gabinete - SAG

Assessoria de Orçamento E

Finanças - ASOR

Unidade de Gestão de Projetos - UGP

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SECRETARIA DE BIODIVERSIDADE E

FLORESTAS - SBF

INTRODUÇÃO

De 2007 a meados de 2015, a atuação da SBF foi fundamentada nas competências

definidas no art. 18 do Decreto 6.101/2007, distribuídas em cinco grandes temas: patrimônio

genético, áreas protegidas, conservação da biodiversidade, florestas e biodiversidade aquática.

Nessa atuação, tinha como objetivo promover - com participação, inclusão social e repartição dos

benefícios - a valorização, a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos

conhecimentos tradicionais associados, dos recursos florestais, faunísticos, florísticos, pesqueiros

e genéticos dos ecossistemas.

Contudo, a evolução do tratamento da temática ambiental no País forçou

diversos arranjos estruturais informais no Ministério e na SBF. Assim, nos primeiros meses de

2015, foi discutida e acordada uma proposta de reestruturação do MMA e, em junho de 2015, a

SBF deu início à implementação, na prática, de sua nova estrutura, com ajustes nas suas

competências, de maneira a direcionar o seu foco de atuação para a conservação e o uso

sustentável da biodiversidade e do patrimônio genético.

De acordo com a nova estrutura colocada em prática desde junho de 2015, a

Secretaria de Biodiversidade tem como papel: propor, avaliar e definir políticas, normas,

iniciativas e estratégias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio

genético, para a proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à biodiversidade

e ao patrimônio genético e repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso, e

para a conservação e uso sustentável de espécies da flora, da fauna, de microrganismos e dos

recursos pesqueiros, em especial para as espécies ameaçadas de extinção.

Apesar da contração do orçamento federal nos últimos anos, os recursos

alocados à Secretaria de Biodiversidade e Florestas vêm crescendo em termos reais, graças às

doações internacionais, que se materializam na elaboração e implementação de projetos de

cooperação técnica e financeira. A maioria dos projetos conta com doações do Fundo para o Meio

Ambiente Global (GEF, sigla em inglês), mas também dos governos alemão e norte-americano.

Consequentemente, a carteira de projetos da SBF com recursos internacionais vem sendo

ampliada sistematicamente nos últimos anos.

A área coberta pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação obteve

incremento em todos os biomas brasileiros no período de 2012 a 2015. Foram mais de 1,3 milhões

de hectares de áreas protegidas incorporados ao SNUC. Atualmente o Brasil possui 1.953

unidades de conservação (UCs), de acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação

(CNUC), sendo 320 Federais. O total de UCs abrange a área de aproximadamente 1.551.664 km²

do território brasileiro, ou seja, 17,6% do território continental e 1,5% do território marinho.

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Além do aumento de cobertura de unidades de conservação nos biomas, é

importante ressaltar que essas áreas vêm recebendo suporte para melhoria da gestão do

território e para monitoramento da biodiversidade, por meio dos projetos de cooperação

internacional e de recursos da compensação ambiental.

Progredimos bastante com os programas de conservação dos biomas brasileiros

e com o desenho da estratégia para o seu monitoramento por meio do Programa Nacional de

Monitoramento da Cobertura e Uso das Terras dos Biomas Brasileiros, lançado em 2015.

Outro destaque é a estratégia de restauração florestal em larga escala no Brasil,

materializada no Plano Nacional de Recuperação da Cobertura Vegetal Nativa – PLANAVEG, cuja

proposta foi lançada em 2015.

O MMA desenvolveu uma série de ações para a conservação das áreas úmidas

brasileiras, especialmente onde existem conflitos de uso pelos recursos hídricos e problemas

relacionados à degradação das zonas úmidas. Os Sítios Ramsar, ecossistemas úmidos importantes

internacionalmente, são o principal instrumento adotado pela Convenção de Ramsar para

implementar seus objetivos. Os Sítios Ramsar brasileiros (atualmente são 13 Sítios Ramsar

designados) ocupam, juntos, uma área de mais de 6,5 milhões de hectares.

A aprovação da nova Lei da Biodiversidade, que trata do acesso e repartição de

benefícios pelo acesso ao patrimônio genético e da proteção e do acesso ao conhecimento

tradicional associado (Lei nº 13.123/2015) representa um marco nas ações de conservação e

proteção da biodiversidade brasileira e representa expressivo potencial econômico para o

desenvolvimento sustentável, em especial dos povos e comunidades tradicionais. O ano de 2015

foi caracterizado por uma série de ações voltadas à implementação da Lei nº 13.123/2015, que

implicou no desenvolvimento de sistemas, na construção do marco institucional do Sistema de

Acesso e Repartição de Benefícios e, principalmente, em um amplo processo de consulta e diálogo

com vistas à sua regulamentação.

Avançamos muito na promoção da conservação e do uso sustentável da

biodiversidade aquática, com destaque para as medidas de conservação dos recursos pesqueiros.

Foram desenvolvidas políticas e regulações que resultaram na edição de uma série de marcos

normativos. Além disso, em 2015, como parte de um processo de aperfeiçoamento da estrutura

e da gestão pesqueira em todo o país, foram criados os Comitês Permanentes de Gestão e Uso

Sustentável de Recursos Pesqueiros (CPGs).

Também avançamos de forma importante na proteção das Espécies da Flora e

Fauna Brasileiras Ameaçadas de Extinção, com a publicação, em 2014, das portarias que

divulgaram as Listas de Espécies da Flora e da Fauna Brasileiras Ameaçadas de Extinção (Portarias

nº 443, 444 e 445), que definem 1.173 espécies da fauna e 2.113 espécies de plantas classificadas

como ameaçadas de extinção. 75% dessas espécies estão sob medidas de proteção, como planos

de ação ou em unidades de conservação. Visando ampliar a proteção e promover sua

recuperação, foi estabelecido o Programa Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas de

Extinção - Pró-Espécies e foram estruturados projetos com recursos internacionais.

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RESULTADOS E CONQUISTAS

APROVAÇÃO DA FASE III DO PROGRAMA ARPA, COM MAIS DE 215 MILHÕES DE DÓLARES

No período se destaca a execução de mais de 24,5 milhões de reais pelo Programa

Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), correspondentes a sua fase II e início de sua fase III, em

2015. Essa nova fase traz uma nova estrutura de gestão, que engloba os fundos de transição, e

um horizonte de execução até 2039, com mais de 215 milhões de dólares. No período foram ainda

incluídos no Programa os Estados do Pará e Amapá, além de 49 novas UCs, totalizando o apoio a

114 UCs federais e estaduais, um total de 59.2 milhões de hectares, próximo de sua meta que

também foi majorada de 52,6 para 60 milhões.

CRIAÇÃO DE NOVAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

No período de 2010-2016, houve um incremento significativo de 4.035.095

hectares de área protegida, a partir da criação de 22 novas unidades de conservação (UCs), além

da ampliação do tamanho de outras seis e do reconhecimento de mais 121 reservas particulares

do patrimônio natural (RPPNs), chegando a 659 só no âmbito federal.

De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC),

existem, atualmente, no país 1.953 Unidades de Conservação (UCs), sendo 325 federais

(1.592.015 km²), o que representa 17,6% do território continental e 1,5% do território marinho.

Na Amazônia, além de importante papel na conservação da biodiversidade e de

proteção de áreas de grande importância ecológica, a criação de Unidades de Conservação

constitui mecanismo efetivo de redução das emissões de gases de efeito estufa, por meio da

redução das emissões decorrentes do desmatamento. O conjunto de unidades de conservação

mais recentemente criadas nesse bioma foi resultado do uso de glebas públicas destinadas ao

MMA no âmbito do Programa Terra Legal.

Para promover a conservação, valorizando o extrativismo por populações e

comunidades tradicionais, foram criadas e ampliadas sete reservas extrativistas e de

desenvolvimento sustentável, abrangendo comunidades do litoral brasileiro, do bioma Cerrrado

e da Amazônia.

Merece destaque, ainda, além da significativa ampliação da área total protegida

sob gestão direta do ICMBio, com 1.166.554 hectares, a contribuição voluntária da sociedade à

conservação da natureza, com terras reconhecidas, oficialmente, como RPPNs. Nesse período,

foram incorporados 31.218 hectares ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação pelo

reconhecimento de RPPNs na esfera federal. Atualmente, as UCs federais têm uma área total

protegida de 75.563.129 hectares, representando, aproximadamente, 9% do território nacional,

localizadas em 979 UCs (320 gerenciadas pelo ICMBio e 659 reservas privadas).

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APROVAÇÃO DE MOSAICOS, FINALIZAÇÃO DE PROJETOS E PUBLICAÇÕES

Entre 2010 e 2011 foram reconhecidos 8 Mosaicos de UCs pelo MMA. Foram

finalizados em 2014 o Projeto Corredores Ecológicos, após 12 anos de execução com atuação no

Amazonas, Bahia e Espírito Santo, e o Projeto Terra do Meio, após quase 3 anos em 11 UCs no

Pará, sob a mesma estrutura do Arpa. Algumas publicações que se destacam sao “Contribuiçao

Econômica das UC para a Economia Nacional”, em 2011, além de um Guia para auxiliar órgaos

gestores e congressistas na elaboração de emendas parlamentares que apoiam o SNUC (ação

orçamentária 20LX), em 2016.

ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DO PLANO NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA

- PLANAVEG

Diante do desafio da implementação do Código Florestal, com vistas à

implementação de uma estratégia de restauração florestal em larga escala no Brasil, foi elaborada

proposta do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa – Planaveg, com o objetivo de

ampliar e fortalecer políticas públicas, incentivos financeiros, mercados, tecnologias de

recuperação, boas práticas agropecuárias e outras medidas necessárias para a recuperação da

vegetação nativa, principalmente em áreas de APP e RL, em pelo menos 12,5 milhões de hectares

em 20 anos. Entre janeiro e agosto de 2015, a proposta de Plano do Planaveg foi submetida a

consulta pública e debatida em seminários por todo Brasil.

EXECUÇÃO DO PROJETO BIODIVERSIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA MATA ATLÂNTICA

Em 2013, teve início a execuçao do Projeto “Biodiversidade e Mudanças

Climáticas na Mata Atlântica”. O Projeto é coordenado pelo MMA no contexto da Cooperaçao

para o Desenvolvimento Sustentável Brasil-Alemanha e conta com apoio técnico da GIZ e apoio

financeiro do KfW. Serão 14,3 milhões de euros investidos até 2018 em ações de conservação da

biodiversidade e recuperação da Mata Atlântica, visando à adaptação à mudança do clima. Entre

os resultados já alcançados pelo projeto, destacam-se: capacitação de mais de 220 atores em

adaptação à mudança do clima baseada em ecossistemas (AbE); formação de 46 treinadores em

AbE; incorporação de vulnerabilidades à mudança do clima em 8 instrumentos de planejamento

territorial, incluindo Planos de Manejo de unidades de conservação, leis e planos municipais; e

capacitação de 50 atores em monitoramento de projetos de restauração florestal.

EXECUÇÃO DO PROJETO CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE POR MEIO DA INTEGRAÇÃO DE

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS EM POLÍTICAS PÚBLICAS E NA ATUAÇÃO EMPRESARIAL - TEEB

REGIONAL-LOCAL

O projeto TEEB Regional-Local promoveu, desde 2013, estudos e discussões

técnicas para subsidiar a elaboração da proposta do Planaveg. Forneceu também subsídios para

a integração de serviços ecossistêmicos em instrumentos de planejamento territorial em nível

nacional (zoneamento ecológico-econômico) e regional-local (experiência de Duque de Caxias –

RJ). Além disso, sistematizou conceitos e lições aprendidas por meio de um “Guia para a

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Elaboração de Marcos Legais de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) no nível regional-

local”. Realizou também o estudo de Proposição de Indicadores das Metas Nacionais de

Biodiversidade 1 a 4. No âmbito empresarial, foram desenvolvidos e aplicados, em mais de 20

empresas, métodos para quantificação, valoração econômica, relato de externalidades e análise

de risco e retorno de investimentos.

ELABORAÇÃO DO PROJETO PAISAGENS SUSTENTÁVEIS NA AMAZÔNIA

Em 2015, o MMA conseguiu a aprovação de 115 milhões de dólares para Brasil,

Colômbia e Peru num programa regional do Fundo Global para o Meio Ambiente - GEF para a

Amazônia. Nesse programa, o Brasil será responsável pela execução de mais de 65 milhões de

dólares por meio do Projeto Paisagens Sustentáveis na Amazônia, que objetiva proteger a

biodiversidade e implementar políticas de fomento ao uso sustentável das terras e de

recuperação da cobertura vegetal nativa no bioma. Entre as ações previstas estão: consolidar 60

milhões de hectares de Unidades de Conservação na Amazônia brasileira e garantir sua

sustentabilidade financeira a longo prazo; promover conectividade entre remanescentes

florestais e ecossistemas de alta relevância ecológica; e apoiar a recuperação florestal e o manejo

florestal sustentável em terras privadas para garantir a conservação da biodiversidade em

paisagens produtivas. Cada Child Project está sendo detalhado pelos países.

CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE DOS BIOMAS BRASILEIROS

Execução de uma carteira de projetos voltados para a promoção da conservação

e do uso sustentável da biodiversidade dos biomas brasileiros, da ordem de US$ 72 milhões de

dólares. Os principais projetos foram o Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas

para Biodiversidade - Probio II; o Programa Iniciativa Cerrado Sustentável (GEF Cerrado); Projeto

Mata Atlântica II, execução dos recursos do Acordo entre o Governo dos Estados Unidos da

América e o Governo da República Federativa do Brasil com vistas à redução da dívida em apoio

à conservação e manejo sustentável de florestas tropicais com recursos do fundo US Tropical

Forests Conservation Act – TFCA, firmado em 2010.

METAS NACIONAIS DE BIODIVERSIDADE 2011-2020

Foi definido, por meio de Resolução da Conabio de 2013, um conjunto de 20

Metas Nacionais de Biodiversidade, relacionadas ao Plano Estratégico de Biodiversidade 2011-

2020 da Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB. A definição de indicadores para avaliar o

grau de implementação das metas nacionais está em andamento, e será uma importante

melhoria para o monitoramento e ajuste do processo de implementação. Para fortalecer esse

processo foi criado, em 2014, o Painel de Biodiversidade (PainelBio), um painel multisetorial que

tem como objetivo promover sinergia entre instituições e áreas de conhecimento,

disponibilizando informação científica para a sociedade, fomentando capacitações em diversos

níveis e subsidiando tomada de decisão e políticas públicas associadas às Metas Nacionais de

Biodiversidade.

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ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO, USO SUSTENTÁVEL E REPARTIÇÃO DOS BENEFÍCIOS

DA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA

Foram concluídos os processos de revisão das áreas e ações prioritárias para a

conservação, uso sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade dos biomas Cerrado,

Pantanal e Caatinga. Foi elaborado um banco de dados sobre esses biomas, incluindo a

importância biológica, ações recomendadas, oportunidades, ameaças e urgência de intervenção.

PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DO PAU BRASIL

Em setembro de 2012 (Portaria nº 320) foi criado o Programa Nacional de

Conservação do Pau Brasil, com o objetivo de promover ações estratégicas destinadas à

conservação da espécie e do seu habitat natural. O pau brasil figura, desde 2004, na lista oficial

de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção

PROJETO DE MONITORAMENTO DOS DESMATAMENTOS DOS BIOMA BRASILEIROS POR

SATÉLITE – PMDBBS

A fim de quantificar os desmatamentos de áreas de vegetação nativa e embasar

ações de fiscalização e combate a desmatamentos ilegais, foi criado o Projeto de Monitoramento

dos Desmatamentos dos Bioma Brasileiros por Satélite – PMDBBS, executado em parceria pelo

MMA e IBAMA. O projeto vem lançando, desde 2008, dados sobre desmatamentos dos biomas

Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Os dados lançados até o momento são dos

anos 2011, para o Cerrado, e de 2009, para os biomas Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.

PROJETO TERRACLASS

O TerraClass é um produto gerado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(INPE) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), e visa obter estimativas da

dinâmica de uso da terra nas áreas já desmatadas na Amazônia Legal. Em maio de 2016, foi

lançada a consolidação da dinâmica de uso da terra de 2004 a 2014; no período, houve ampliação

das áreas de vegetação secundária de 15,8% em 2004 para 22,7% em 2014, o que demonstra o

potencial de regeneração da vegetação. As pastagens seguem como o uso predominante nas

áreas desmatadas (65% do total em 2014).

Em 2015 foi lançado o Mapeamento do Uso e Cobertura da Terra do Cerrado –

Projeto TerraClass Cerrado, que foi realizado por meio da parceria entre o MMA e o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a Universidade Federal de Goiás (UFG)

e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A exemplo do que já vinha sendo feito para a

Amazônia, o TerraClass Cerrado 2013 realizou o levantamento das áreas de cobertura vegetal e

de áreas antropizadas de toda a área contínua do Cerrado, sendo possível, a partir de então,

estimar áreas de: agricultura anual, agricultura perene, áreas urbanas, mosaicos de ocupação,

mineração, pastagens plantadas, silvicultura e solo exposto e também das áreas naturais. O

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TerraClass Cerrado propicia informações importantes para a elaboração de políticas públicas para

conservação e uso sustentável do bioma Cerrado.

PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL DOS BIOMAS BRASILEIROS

O programa foi instituído em 2015 (Portaria MMA nº 365), com objetivo de

implementar monitoramento do desmatamento, da cobertura e uso da terra, da extração seletiva

de madeira, da recuperação da vegetação nativa e de queimadas nos biomas brasileiros. O

programa prevê o desenvolvimento de mapeamentos periódicos, realizados de forma articulada

com diversos órgãos do Governo Federal, que atuam em iniciativas de monitoramento por satélite

da cobertura vegetal e do uso da terra, a fim de subsidiar políticas públicas de biodiversidade e

de clima, com prioridade para o Cerrado. O documento base do Programa foi lançado em abril de

2016.

CONSERVAÇÃO DAS ÁREAS ÚMIDAS BRASILEIRAS.

Em 2014, o País assumiu a coordenação da Iniciativa Regional de Conservação e

Uso Racional das Zonas Úmidas da Bacia do Prata, no âmbito da Convenção de Ramsar. Essa

iniciativa conta com a participação da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Como resultado da implementação da Recomendação CNZU nº 05/2012, que

elenca uma série de UCs prioritárias para se tornarem Sítios Ramsar, o Brasil enviou à Convenção

de Ramsar a candidatura de algumas UCs para serem designadas Sítios Ramsar, assumindo o

compromisso internacional pela conservação dessas áreas. Os Sítios Ramsar Brasileiros

designados desde 2010 são: PARNA Marinho dos Abrolhos e Parque Estadual do Rio Doce em

2010; PARNA do Cabo Orange em 2013; e REBIO Atol das Rocas em 2016.

CONSERVAÇÃO E MONITORAMENTO DE RECIFES DE CORAL

Desde 2010 foram realizadas diversas atividades relacionadas com o

monitoramento dos recifes de coral, em conjunto com a Universidade Federal de Pernambuco,

Instituto Recifes Costeiros - IRCOS, MMA e ICMBio. Em 2012/2013 foram realizadas atividades de

coleta de dados nas Unidades de Conservação Federais - Rebio Atol das Rocas, Parna Marinho

Fernando de Noronha, Parna Marinho dos Abrolhos e APA Costa dos Corais. Nas Unidades de

Conservação Estaduais e Municipais, com apoio do MMA, foram realizados 3 cursos para

voluntários do Programa Reef Check Brasil, sendo um em Paripueira/AL, com apoio do Instituto

de Meio Ambiente de Alagoas, IMA-AL, um em Itaparica/BA, com apoio da Promar Itaparica e um

em Tamandaré, com apoio do IRCOS, UFPE e ICMBio, além da coleta de dados para o

monitoramento dos recifes de coral no Parque Municipal do Recife de Fora, em Porto Seguro, BA,

com apoio do Projeto Coral Vivo.

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE COSTEIRA E MARINHA

Como parte dos compromissos assumidos pelo Brasil junto à Convenção sobre

Diversidade Biológica, o País sediou, em 2012, em Recife-PE, o Workshop Regional do Caribe e

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Médio Atlântico Ocidental para a Descrição e Identificação de Áreas de Importância Biológica e

Ecológica (EBSAS). O encontro contou com a participação de diversos países do Caribe e da

América do Sul e de instituições parceiras. Foram descritas 21 áreas de importância ecológica e

biológica na região, e o Brasil conseguiu reunir, junto a especialistas, um banco de dados

importante sobre a biodiversidade costeira e marinha brasileira.

PROGRAMA PRÓ-ESPÉCIES

Instituição do Programa Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas de

Extinção – o Pró-Espécies, por meio da Portaria nº 43, de 31 de janeiro de 2014. O Programa tem

por objetivo adotar ações de prevenção, conservação, manejo e gestão, com vistas a minimizar

as ameaças e o risco de extinção de espécies da fauna e da flora brasileiras.

Com o Pró-espécies foi possível elaborar e publicar as listas de espécies

ameaçadas de extinção a partir de método de avaliação de risco de extinção de espécies já

definido, o qual seguiu critérios da União Internacional para Conservação da Natureza – IUCN e

está em conformidade com a legislação nacional e com os termos da Convenção sobre

Diversidade Biológica – CDB.

LISTAS DE ESPÉCIES DA FLORA E FAUNA BRASILEIRAS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

A Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção, publicada

em 2014, é o mais completo diagnóstico de fauna realizado, identificando e localizando as

principais ameaças e áreas para manutenção das espécies. Nenhum outro país realizou um

trabalho dessa envergadura. Ao todo foram avaliadas 12.254 espécies, em 73 oficinas de trabalho,

com participação de mais de 1.200 especialistas. Desse universo, 1.173 espécies foram

classificadas como ameaçadas de extinção. O primeiro ciclo de elaboração dessa Lista foi

concluído em 2014.

A Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção, publicada

em 2014, foi elaborada a partir da avaliação de risco de extinção de 4.617 espécies. As espécies

avaliadas representam uma avaliação em escala nacional de todas as listas oficialmente

publicadas, em âmbito federal e estadual (Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande

do Sul, Santa Catarina e São Paulo), bem como da lista global da UICN. A lista de espécies

ameaçadas da flora brasileira reconheceu e protegeu 2.113 espécies de plantas ameaçadas de

extinção.

AÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Em 2014, Portaria do MMA instituiu o Programa Nacional de Conservação das

Espécies Ameaçadas de Extinção, o Pró-Espécies. O objetivo do Programa é adotar ações de

prevenção, conservação, manejo e gestão para minimizar ameaças e o risco de extinção de

espécies. Até 2015, foram elaborados 58 Planos de Ação Nacional para a Recuperação e

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Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PANs), abordando espécies individuais, grupos

de espécies ou territórios específicos. 75% das espécies ameaçadas de fauna e flora estão

protegidas por meio de PAN ou de UC.

ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS

No Brasil, o primeiro diagnóstico foi realizado pelo MMA, em 2006, e revelou mais

de 400 espécies exóticas com potencial invasor. Em 2014, o ICMBio publicou um inventário das

espécies exóticas invasoras em UCs. A avaliação do risco de extinção das espécies brasileiras

indicou que espécies exóticas invasoras são uma ameaça para 88 espécies de animais e 163 de

plantas.

PRÊMIO NACIONAL DE BIODIVERSIDADE

Com o objetivo de incentivar e reconhecer a melhoria ou a manutenção do estado

de conservação das espécies da biodiversidade brasileira, contribuindo para a implementação das

Metas Nacionais de Biodiversidade, foi instituído, em 22 de maio de 2014 (Portaria MMA nº 188),

o Prêmio Nacional da Biodiversidade – PNB. O PNB busca reconhecer o mérito de iniciativas,

atividades e projetos de organizações não governamentais, empresas, imprensa, sociedade civil,

academia e órgãos públicos. A cerimônia de entrega do PNB é realizada em evento comemorativo

ao Dia Internacional da Biodiversidade. A 1ª Edição do Prêmio aconteceu em 2015 e a 2ª Edição

está prevista para o primeiro semestre de 2017.

PROJETO “CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE PARA MELHORIA DA

NUTRIÇÃO E DO BEM-ESTAR HUMANO” – PROJETO BFN

O Projeto BFN tem o objetivo de promover a conservação e o uso sustentável da

biodiversidade por meio da valorização da importância alimentícia e nutricional das espécies

nativas, além de buscar a ampliação do número dessas espécies utilizadas atualmente na

alimentação. Como uma das principais atividades do projeto, a análise da composição nutricional

está sendo realizada com a compilação de dados já existentes na literatura, utilizando

metodologia da FAO/INFOODS e por meio de análises laboratoriais. Essa estratégia inclui a

capacitaçao profissional, em conjunto com universidades federais, a fim de “alimentar” bancos

de dados nacionais e internacionais. Todos os dados serão inseridos no Sistema de Informação

sobre a Biodiversidade – SiBBr e o portal está sendo desenvolvido pela UNEP-WCMC. Até junho

de 2015, foram compilados dados de 49 espécies.

SANTUÁRIO DE BALEIAS

Em 2015, a proposta brasileira para criação do Santuário de Baleias do Atlântico

Sul foi atualizada e seu Plano de Manejo foi elaborado, o primeiro do mundo para Santuário de

Baleias em águas internacionais. Esse processo reafirma os compromissos já assumidos pelo País

e fortalece o protagonismo brasileiro na proteção aos cetáceos perante a Comissão Internacional

Baleeira. O Santuário de Baleias do Atlântico Sul e seu plano de manejo contaram com a

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cooperação de pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, além dos países

coautores da proposta, e espera-se obter, ainda em 2016, a sua aprovação junto aos países

integrantes da Comissão.

APROVAÇÃO DA LEI 13.123/2015 – LEI DA BIODIVERSIDADE

A Lei 13.123, de 2015, dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a

proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios

para conservação e uso sustentável da biodiversidade. A nova Lei representa avanços importantes

para estimular a pesquisa e a inovação a partir do uso sustentável da biodiversidade. Ela simplifica

e agiliza os processos, definindo com clareza o fato gerador da repartição de benefícios

decorrente da exploração econômica de produtos acabados e materiais reprodutivos oriundos do

acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado, trazendo maior

segurança jurídica para as empresas e facilitando a fiscalização. A Lei garante direitos e traz

conquistas para os povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares

tais como: participação com direito a voto no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN);

garantia do consentimento prévio informado para o acesso aos seus conhecimentos tradicionais;

participação no Comitê Gestor do Fundo Nacional de Repartição de Benefícios; reconhecimento

legal dos protocolos comunitários como forma de consentimento prévio informado. Visando à

sua regulamentação, foram realizadas 6 oficinas regionais e uma oficina nacional com

representantes de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MONITORADAS E PROTEGIDAS, COM GESTÃO PARTICIPATIVA E

USO PÚBLICO

De 2010 até o início de 2016, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação

(SNUC) obteve incremento de 325 UCs registradas no Cadastro Nacional de Unidades de

Conservação (CNUC). Já são 1992 UCs que compõem a base oficial do Sistema, utilizada para o

monitoramento das UCs brasileiras. O desafio agora é atualizar a plataforma para dar suporte a

ações de planejamento, gestão e coordenação.

O MMA negociou, neste período, contribuições de parceiros internacionais que

contribuem para a estratégia de conservação da biodiversidade por meio das UCs e sua relação

com a sociedade. Estão em curso o Programa ARPA, que apoia 59.2 milhões de hectares na

Amazônia; o Projeto com o PNUD, que apoia ações estratégicas para o SNUC, e o Projeto GEF para

Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF-Mar), que apoia a consolidação de 1.767.229

hectares em 11 UCs. Foi iniciado o projeto de consolidação do SNUC (LifeWeb), que enfrenta o

desafio de formalizar sua execução financeira para ações de comunicação e de planejamento.

Dois novos grandes Projetos já foram pré-aprovados pelo Global Environment Facility – GEF (GEF

Terrestre, que apoiará UCs no Pampa, Caatinga e Pantanal e o GEF Paisagens Sustentáveis da

Amazônia).

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ÁREAS PROTEGIDAS

A meta 11 de Aichi, internalizada no Brasil por meio da Resolução nº 06/2013 do

Conselho Nacional da Biodiversidade (CONABIO), prevê a inclusão de outros territórios que

contribuam para a conservação da biodiversidade além de UCs (como terras indígenas, APP e

Reservas Legais, sobretudo a partir dos dados gerados pelo CAR). Para orientar as ações de

conservação nessas áreas, um protocolo de representatividade ecológica está em construção, e

são necessários outros instrumentos que garantam a regularização, monitoramento e gestão

efetiva das áreas.

Outras formas de gestão das áreas protegidas, como os mosaicos, os corredores

ecológicos e as reservas da biosfera foram perdendo importância frente a outras agendas

prioritárias mas constituem ainda expressiva oportunidade de trabalho. A retomada da

articulação da agenda de Reservas da Biosfera (RB) e de seu colegiado COBRAMAB é um desafio

para o MMA. Relatórios de revisão periódica de 5 RBs foram entregues em 2015 e necessitam de

adequação para atender à solicitação da Unesco.

FORMALIZAÇÃO DA PROPOSTA DE PLANO NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO

NATIVA - PLANAVEG

Para viabilizar a implementação do Planaveg, o principal desafio é ter um

instrumento legal que formalize essa política pública e crie uma instância de coordenação e

articulação entre ministérios e a sociedade civil. Para isso é proposto o lançamento de um Decreto

Federal, que institua uma Comissão Nacional, com a participação de oito ministérios e sociedade

civil, responsável pela revisão de metas, coordenação, implementação e monitoramento do

plano. Enquanto isso não acontece, oportunidades foram aproveitadas, como a participação do

MMA na comissão técnica do MAPA que revisou as normas de produção e comércio de sementes

e mudas florestais, visando diminuir a burocracia e simplificar as regras para produção voltada à

restauração. Ainda, o compromisso assumido pelo Brasil na UNFCCC de restaurar 12 milhões de

hectares de florestas até 2030, para usos múltiplos, é uma grande oportunidade para viabilizar a

implementação do Planaveg.

EXECUÇÃO DO PROJETO BIODIVERSIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA MATA ATLÂNTICA

A implementação do Projeto envolve uma grande diversidade de atores,

incluindo várias secretarias do MMA, ICMBio, órgãos de meio ambiente dos estados da região de

atuação do projeto (BA, RJ, SP e PR), atores locais e organizações da sociedade civil e do setor

privado que atuam nos temas objeto de atuação do Projeto. A coordenação e interação dessa

gama de atividades e atores é um grande desafio e demanda o desenho de uma estrutura de

governança funcional, que permita direcionar os esforços conjuntos para o alcance dos objetivos

do Projeto. Em 2016, será realizado o primeiro desembolso dos recursos do módulo de

cooperação financeira (KfW), que viabilizará a oportunidade para a implementação de atividades-

chave do projeto, tais como: a inscrição de pequenas propriedades rurais no Cadastro Ambiental

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Rural, o aprimoramento da gestão de Unidades de Conservação e a revisão das Áreas Prioritárias

para Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade na Mata Atlântica.

EXECUÇÃO DO PROJETO CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE POR MEIO DA INTEGRAÇÃO DE

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS EM POLÍTICAS PÚBLICAS E NA ATUAÇÃO EMPRESARIAL (TEEB

REGIONAL-LOCAL)

Os principais desafios incluem a necessidade de transversalizar o tema de

serviços ecossistêmicos dentro das instituições envolvidas e de desenvolver exemplos nacionais

de avaliação e valoração de serviços ecossistêmicos com aplicação para tomadores de decisão.

Há o desafio adicional de alinhar as ações do projeto às estratégias de atuação das entidades

coordenadoras (MMA e CNI) e de conseguir envolver os estados. As oportunidades do projeto

estão relacionadas principalmente a processos políticos já em andamento (ex: revisão diretrizes

ZEE) e à alavancagem de mecanismos já existentes (ex: PSA com setor hidrelétrico, para viabilizar

recuperação em larga escala). No âmbito empresarial, as crescentes discussões sobre impactos e

dependências relacionados à serviços ecossistêmicos tem um enorme potencial de alavancar

recursos para investimentos em sustentabilidade empresarial.

ELABORAÇÃO DO PROJETO PAISAGENS SUSTENTÁVEIS NA AMAZÔNIA

A proposta conceitual do projeto foi aprovada pelo GEF em 2015 e está agora em

fase de detalhamento das atividades e custos. A previsão é que o projeto detalhado seja aprovado

pelo GEF até outubro de 2016 e sua implementação ocorra entre 2017 e 2021. O principal desafio

do projeto é inserir um contexto de conservação da biodiversidade em terras privadas, visando à

conectividade com unidades de conservação existentes na Amazônia. Para isso, o projeto busca a

articulação junto aos órgãos de governo, setor privado e sociedade civil, para monitoramento e

implementação do Código Florestal, conciliando o apoio a políticas públicas emergentes, como o

Cadastro Ambiental Rural – CAR e os Programas de Regularização Ambiental – PRAs dos Estados,

com o fortalecimento de políticas públicas de conservação da biodiversidade já consolidadas,

como o Programa Áreas Protegidas da Amazônia – ARPA.

ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO, USO SUSTENTÁVEL E REPARTIÇÃO DE

BENEFÍCIOS DA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA

A definição de áreas prioritárias para conservação, utilização sustentável e para a

repartição de benefícios da biodiversidade é uma importante ferramenta desenvolvida para o

planejamento e gestão territorial, permitindo identificar áreas e ações prioritárias, com base em

critérios específicos estabelecidos para cada bioma. Em relação às 51 Metas Nacionais de

Biodiversidade para 2010, estabelecidas em 2006 pela Comissão Nacional da Biodiversidade

(Conabio), houve avanços, sobretudo naquelas relacionadas às áreas protegidas, à redução da

taxa de desmatamento dos biomas, à redução do número de focos de calor em cada bioma e à

elaboração de uma lista amplamente acessível das espécies de plantas.

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Mas ainda permanecem lacunas, sobretudo nos seguintes temas: recuperação de

estoques pesqueiros com gestão participativa; elaboração de planos de manejo para controlar as

principais espécies exóticas invasoras; proteção do conhecimento das comunidades tradicionais;

e criação de políticas para repartição equitativa dos benefícios resultantes do uso comercial dos

recursos genéticos dos ecossistemas. Faz-se necessário, ainda, propiciar maior sinergia entre as

ações relacionadas às áreas prioritárias (planejamento da conservação em nível de paisagem) e o

Cadastro Ambiental Rural- CAR.

PROJETO DE MONITORAMENTO DOS DESMATAMENTOS DOS BIOMA BRASILEIROS POR

SATÉLITE – PMDBBS

Após o lançamento da Portaria MMA nº 365/2015, o principal foco será

implementar a estrutura de governança do Programa, que inclui Conselho Consultivo, Comitê

Técnico Executivo e Grupos de Trabalho, que serão importantes para desenvolvimento das

metodologias e dos planos de trabalho dos diversos mapeamentos.

LISTAS DE ESPÉCIES DA FLORA E FAUNA BRASILEIRAS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Apesar de todo o apoio científico, as Listas de Espécies Ameaçadas de Extinção

publicadas em 2014 foram alvo de questionamento político e por setores econômicos. Para

superar esse entrave, é importante buscar a atualização do marco normativo para integrar melhor

as listas nacionais às estaduais e, ainda, diferenciar, quando da edição, os aspectos regionais para

as espécies com ampla distribuição. O desenvolvimento de ferramentas eletrônicas e a

capacitação de equipes dos estados vão permitir a atualização das listas de forma mais

coordenada e qualificada.

AÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Apesar de 75% das espécies ameaçadas estarem sob alguma medida de proteção

é preciso ampliar esse número para 100% e garantir sua efetividade. Para tanto, é preciso

estabelecer um arranjo para atuação integrada com os estados brasileiros e melhor qualificar as

informações para ação dos órgãos ambientais e da sociedade civil, por meio da definição e

implementação da Estratégia Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, que

incluirá o aprimoramento do arranjo de governança do Programa Pró-Espécies, a elaboração e

implementação de planos de ação territoriais, envolvendo maior número de espécies tanto da

fauna quanto da flora, o aumento do envolvimento dos Estados e outro atores chave. Com os

recursos disponíveis nos projetos GEF é possível promover a integração nacional e por meio dos

acordos internacionais ampliar o apoio a ações de conservação no Brasil.

ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS

A estratégia nacional deve ser convertida em um programa e estimular estados a

atuarem em parceria com o governo federal para prevenir novas invasões e combater a dispersão

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de espécies invasoras. Pelo GEF Pró-espécies está previsto apoio para desenvolver um sistema de

alerta e detecção precoce de EEI.

PRÊMIO NACIONAL DE BIODIVERSIDADE

A limitação orçamentária é o grande entrave para a continuação do prêmio. Plano

de patrocínio foi elaborado visando conseguir o apoio necessário para a sua realização.

PROJETO “CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE PARA MELHORIA DA

NUTRIÇÃO E DO BEM-ESTAR HUMANO” – PROJETO BFN

O Projeto entra em sua fase final de realização. Considerando o novo escopo da

secretaria, bem como as discussões recentes em torno da nova estrutura do Ministério, parece

fazer sentido que esse Projeto seja conduzido pela SEDR que trata diretamente com as políticas

de desenvolvimento agrário necessárias para a real implementação de uma política de fomento

a produção e consumo de espécies nativas.

CONSERVAÇÃO DA FAUNA AQUÁTICA E GESTÃO SUSTENTÁVEL DA PESCA

No campo da conservação e do uso sustentável da biodiversidade aquática, as

prioridades são: (i) atualização do Decreto no. 6.981, de 2009, que dispõe sobre a atuação

conjunta dos Ministérios da Agricultura Pecuária e Abastecimento (anteriormente Ministério da

Pesca e Aquicultura) e do Meio Ambiente nos aspectos relacionados ao uso sustentável dos

recursos pesqueiros, de modo que se possa exercer de forma mais eficaz a gestão sustentável da

atividade econômica que utiliza os recursos naturais relativos à pesca, fortalecendo a pesquisa,

ordenamento e fiscalização; (ii) revisão e promoção da efetividade das normas de defeso com o

intuito de aprimorar esses instrumentos como mecanismos de proteção das espécies e de

sustentabilidade pesqueira; (iii) elaboração dos planos de recuperação de espécies ameaçadas de

extinção; e, (iv) medidas de gestão para espécies vulneráveis passíveis de manejo.

SANTUÁRIO DE BALEIAS

Em 2015, a proposta do Santuário de Baleias do Atlântico Sul e seu Plano de

Manejo foram apresentados à Comissão Internacional Baleeira (CIB). Em junho deste ano, a

proposta será apreciada pelo Comitê Científico da CIB. Em outubro, na plenária da CIB, será

votada pelos países membros da Comissão. Na última reunião a proposta não foi aprovada por

apenas 4 votos. Neste ano, busca-se, com o apoio de projeto em parceria com o PNUMA, ampliar

o número de partes que apoiem a proposta para sua aprovação.

REGULAMENTAÇÃO DA LEI 13.123/2015 (LEI DA BIODIVERSIDADE)

Atuar no processo de elaboração da regulamentação da Lei 13.123/2015 com os

ministérios afetos, sociedade civil e vários setores ligados ao tema (fármacos, cosméticos,

agricultura e outros) foi e está sendo um grande desafio e oportunidade na construção de um

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Decreto com clareza para maior celeridade no acesso ao patrimônio genético, gerando exploração

econômica e repartição de benefício justa. Esse desafio está na fase final, pois, a minuta dessa

regulamentação está em consulta pública desde 6 de abril de 2015, na página eletrônica da Casa

Civil. Trata-se de tema que deve ser acompanhado com atenção, particularmente num momento

de mudanças na estrutura do Governo Federal, em vista do grande número de interesses nem

sempre conciliáveis nessa matéria.

Paralelamente, foi criado o Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético

e do Conhecimento Tradicional Associado - SisGen, sistema eletrônico a ser implementado,

mantido e operacionalizado pela Secretaria-Executiva do CGen para o gerenciamento, atendendo

dois requisitos impostos pela Lei 13.123/2015: I - cadastro de acesso ao patrimônio genético ou

ao conhecimento tradicional associado; II - cadastro de remessa de amostra de patrimônio

genético e do termo de transferência de material.

No contexto da implementação do novo marco estabelecido pela Lei, outros

desafios merecem destaque: Implementar e gerir o Fundo Nacional de Repartição de Benefícios

– FNRB e o Programa Nacional de Repartição de Benefícios; Gerenciar os Acordos de Repartição

de Benefícios com a União e Implementar o Plano Nacional de Sensibilização e Fortalecimento de

Capacidades; Adensar, implementar e desenvolver cadeias produtivas usuárias de patrimônio

genético e conhecimento tradicional associado; Prospectar recursos nacionais e internacionais

para execução de projetos e acompanhar e avaliar tecnicamente sua execução; e gerir os Acordos

de Repartição de Benefícios a serem assinados pela União com os usuários.

AGENDA DE 180 DIAS

PROJETO GEF TERRESTRE

Projeto de mais de US$ 32 milhões de dólares para apoiar a conservação da

biodiversidade nos biomas Caatinga, Pampa e Pantanal. Faz-se necessário concluir a construção

do documento do projeto e submeter à aprovação do GEF, até dia 30 de junho, sob pena de perda

dos recursos.

PROJETO ÁREAS PROTEGIDAS LOCAIS

Projeto em parceria com o governo alemão que tem por objetivo a melhoria de

capacidades para gestão de áreas protegidas locais e outras medidas de conservação. Faz-se

necessário concluir a negociação do arranjo de implementação com os parceiros (ICLEI, GIZ e

IUCN) e iniciar a execução já no segundo semestre de 2016.

ELABORAÇÃO DO PROJETO PAISAGENS SUSTENTÁVEIS NA AMAZÔNIA (GEF PAISAGENS)

Concluir o desenho do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia para

apresentação e aprovação antes do início do projeto, previsto para dezembro de 2016, de forma

a garantir o aporte de recursos já aprovados pelo GEF da ordem de US$65.759.700,00, a serem

empregados em ações fundamentais para a proteção da biodiversidade e implementação de

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políticas de fomento ao uso sustentável das terras e a recuperação da cobertura vegetal nativa

na Amazônia com abrangência de 60 milhões de ha. Também, deverá ser definido o arranjo de

governança do projeto, definindo executor financeiro e as formas de intercâmbio com os projetos

de Colômbia e Peru.

GESTÃO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO

As prioridades para a gestão do patrimônio genético em 2016 são:

1. Implementar o marco institucional da Lei 13.123/2015, colocando em

funcionamento o Fundo Nacional de Repartição de Benefícios, o Programa

Nacional de Repartição de Benefícios e novo CGEN;

2. Ratificação do Protocolo de Nagoya até outubro de 2016, o qual se encontra

em tramitação no Congresso Nacional, com objetivo de o Brasil participar

ativamente durante a 2ª Reunião da Conferência das Partes, na qualidade

de Reunião das Partes do Protocolo de Nagoya sobre Acesso e Repartição

de Benefícios (COP-MOP-2).

ATUALIZAÇÃO DAS LISTAS DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Editar Portaria atualizando o Pró-Espécies para que possam ser reeditadas as

Listas de Espécies Ameaçadas de Extinção. Atualizar o regimento da CONABIO para que as Listas

de Espécies Ameaçadas de Extinção possam ser apreciadas e discutidas no âmbito deste

colegiado. Neste sentido, faz-se necessário realizar duas reuniões da CONABio em 2016.

PROJETO GEF ESPÉCIES

Faz-se necessário concluir a construção do documento do projeto e submeter à

aprovação do GEF, nos próximos seis meses, visando o início de execução no primeiro trimestre

de 2017.

GESTÃO DA PESCA

Organizar as atribuições de gestão compartilhada da pesca entre os Ministério do

Meio Ambiente e Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Nesse contexto, aprovar e

publicar Decreto de regulamentação da gestão conjunta da pesca (MMA e MAPA).

PROJETO GEF MAR

Garantir a contrapartida da Petrobrás ao Projeto GEF Mar é fundamental para

cumprir os compromissos assumidos junto ao GEF, referentes à contrapartida brasileira, evitando

o rompimento do contrato e a não liberação dos recursos no montante de U$ 18.200.000,00 já

aprovados e parcialmente executados. A ausência desses recursos comprometeria a continuidade

das ações previstas com graves prejuízos ambientais, financeiros e políticos ao país com o

refreamento da criação e fortalecimento de importantes unidades de conservação.

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GEF ABS

Garantir que o BID, na condição de agência implementadora, encaminhe ao GEF

o Projeto detalhado e sua respectiva documentação, dentro do prazo dado, a fim de possibilitar

o uso dos recursos aportados para o GEF ABS. O projeto prevê recursos no valor de US$

4.401.931,00 que permitirão o desenvolvimento de atividades essenciais para a modernização do

marco regulatório sobre ABS no Brasil, a ratificação do Protocolo de Nagoia e a capacitação e

treinamento dos diversos setores usuários e provedores de patrimônio genético e de

conhecimentos tradicionais associados. As atividades previstas são fundamentais para a

consecução dos objetivos estratégicos do Departamento do Patrimônio Genético listados no

Planejamento Estratégico do MMA, tais como a elaboração do SISGen e de uma ferramenta de

rastreabilidade do patrimônio genético, a estruturação do Fundo Nacional de Repartição de

Benefícios, a elaboração do Portal Brasileiro sobre ABS, bem como a elaboração de uma

ferramenta de construção de protocolos comunitários.

USAID – PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA

Concluir os documentos de formalização do Projeto de Cooperação Técnica e

colocar em operação as ações relacionadas à utilização dos recursos no âmbito da Agência dos

Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), de forma a garantir a não

interrupção do repasse e disponibilização de recursos, equivalentes a US$50.000.000,00, o que

resultaria na não-execução das ações de Conservação dos Recursos Biológicos previstas no

projeto.

EVENTOS E VIAGENS

A SBF atua fundamentalmente por projetos, em sua maioria, de grande porte e

complexidade. As doações internacionais, que se materializam na elaboração e implementação

de projetos de cooperação, têm um papel fundamental para viabilizar a agenda da SBF,

principalmente em um cenário de restrição fiscal como o que vivemos hoje. A SBF conta hoje com

o aporte de recursos provenientes de 13 Projetos Internacionais, que totalizam o montante de R$

1.291.994.035,09, com previsão de acréscimo de R$ 257.891.891,43, em mais 6 Projetos que se

encontram em fase avançada de negociação.

Além disso, a SBF tem uma intensa agenda internacional, decorrente dos diversos

compromissos assumidos pelo Brasil, e materializados em acordos, convenções e tratados nos

quais a SBF atua como ponto focal nacional. Uma parte importante das atividades da Secretaria,

assim, está lastreada em compromissos internacionais, com impacto direto na imagem do

Ministério e do País no exterior.

Assim, para cumprir adequadamente o seu papel, a Secretaria necessita fazer um

intenso trabalho de articulação e envolvimento de atores, governamentais, federal, estadual e

municipal, da sociedade civil, do setor privado, das comunidades tradicionais, da academia,

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parceiros internacionais, entre outros, o que requer a realização de reuniões e eventos, bem como

viagens nacionais e internacionais.

Em anexo, é apresentada a programação de viagens internacionais e nacionais da

Secretaria para o ano em curso. Vale destacar que foi feito um trabalho prévio de filtragem,

principalmente em razão da situação de restrição orçamentária, de forma que os eventos

indicados são aqueles considerados mais importantes para viabilizar a execução da agenda de

trabalho planejada. Outro aspecto importante a mencionar é que foi feito um trabalho de

planejamento orçamentário de forma a buscar alternativas de financiamento, fora do orçamento

da União, para boa parte dos eventos indicados, tanto internacionais, quanto nacionais.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

De 2007 a meados de 2015, a atuação da SBF foi fundamentada nas competências

definidas no art. 18 do Decreto 6.101/2007, distribuídas em cinco grandes temas: patrimônio

genético, áreas protegidas, conservação da biodiversidade, florestas e biodiversidade aquática.

Nessa atuação, tinha como objetivo promover - com participação, inclusão social e repartição dos

benefícios - a valorização, a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos

conhecimentos tradicionais associados, dos recursos florestais, faunísticos, florísticos, pesqueiros

e genéticos dos ecossistemas.

Contudo, a evolução do tratamento da temática ambiental no País forçou

diversos arranjos estruturais informais no Ministério e na SBF. A criação do Serviço Florestal

Brasileiro – SFB, em 2006, deslocou parte das competências da SBF, relacionadas a florestas para

aquela unidade. Algumas competências, relacionadas ao combate ao desmatamento, à

recomposição florestal e à prevenção e controle do desmatamento e dos incêndios florestais nos

biomas brasileiros, foram deslocadas para a Secretaria de Mudanças Climáticas – SMCQ. Assim,

nos primeiros meses de 2015, foi discutida e acordada uma proposta de reestruturação do MMA

e, em junho de 2015, a SBF deu início à implementação, na prática, de sua nova estrutura, com

ajustes nas suas competências, de maneira a direcionar o seu foco de atuação para a conservação

e o uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio genético.

De acordo com a nova estrutura colocada em prática desde junho de 2015, a

Secretaria de Biodiversidade tem como papel: propor, avaliar e definir políticas, normas,

iniciativas e estratégias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio

genético, para a proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à biodiversidade

e ao patrimônio genético e repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso, e

para a conservação e uso sustentável de espécies da flora, da fauna, de microrganismos e dos

recursos pesqueiros, em especial para as espécies ameaçadas de extinção.

Ao longo do segundo semestre de 2015 e início de 2016 a proposta de nova

estrutura passou por pequenos ajustes, em razão de discussões internas no âmbito do MMA e

com o Ministério do Planejamento. Com relação às competências, merecem destaque as

seguintes alterações principais (com base na versão de janeiro de 2016 da proposta): a migração

das competências relacionadas a florestas para a Secretaria de Mudança do Clima e Florestas; a

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migração das competências relacionadas a agrobiodiversidade para a Secretaria de Extrativismo

e Sociobiodiversidade; a migração das competências relacionadas a combate ao desmatamento,

à recomposição florestal e à prevenção e ao controle do desmatamento e dos incêndios florestais

nos biomas brasileiros para a futura Secretaria de Mudança do Clima e Florestas.

Na nova estrutura os 4 (quatro) Departamentos existentes foram mantidos,

porém com mudanças nos papéis e competências de alguns, resultando na seguinte configuração

(com base na versão de janeiro de 2016 da proposta):

a) Departamento de Ecossistemas e Biomas - políticas, normas, iniciativas e

estratégias para a conservação e uso sustentável de ecossistemas terrestres,

dulcícolas e marinhos, e dos biomas.

b) Departamento de Gestão da Fauna e da Flora - políticas, normas, inciativas e

estratégias para a conservação e uso sustentável de espécies terrestres e

aquáticas, incluindo os recursos pesqueiros e os microrganismos, com ênfase

naquelas ameaçadas, raras ou sensíveis.

c) Departamento de Áreas Protegidas - políticas, normas, iniciativas e estratégias

para a conservação das Unidades de Conservação e dos espaços territoriais

especialmente protegidos.

d) Departamento do Patrimônio Genético - políticas e normas e a definição de

estratégias para o desenvolvimento da economia de Patrimônio Genético e

Conhecimento Tradicional Associado e para a repartição justa e equitativa dos

benefícios decorrentes do seu uso.

O volume de demandas encaminhadas à SBF vem aumentando significativamente

ano a ano e a carteira de projetos sob a responsabilidade da Secretaria também se ampliou

consideravelmente. Nos últimos anos a força de trabalho da SBF sofreu uma redução de cerca de

10% e, em 2016, sofrerá redução já mapeada de pelo menos mais 5 técnicos. As equipes técnicas

trabalham hoje no limite de suas capacidades. A recomposição da força de trabalho da Secretaria,

tanto no que se refere ao quantitativo, quanto ao perfil das pessoas, é uma questão que necessita

de atenção especial e urgente.

A estrutura atual da SBF é composta por apenas 19 cargos comissionados (DAS)

distribuídos entre o Gabinete e os 4 (quatro) Departamentos (ver quadro abaixo). Trata-se de

estrutura claramente insuficiente para a adequada execução das competências atribuídas à

Secretaria. Faltam cargos de gerência intermediária e de assessoria (DAS 2 e 3).

Para que a SBF possa cumprir adequadamente o seu papel a estrutura precisaria

ser complementada em pelo menos mais 10 cargos comissionados para gerência intermediária e

assessoria técnica, sendo dois para cada Departamento, de forma a possibilitar a melhor

organização e gestão das carteiras de projetos e das demais agendas, e dois para o Gabinete, de

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forma a possibilitar melhor articulação com parceiros e outros atores e melhor gestão do conjunto

de projetos e demandas.

A SBF atua fundamentalmente por projetos, em sua maioria, de grande porte e

complexidade. A boa gestão dessa carteira de projetos é ponto central para o bom desempenho

da Secretaria. Além disso, a SBF tem uma agenda internacional pesada e intensa. Boa parte da

agenda da Secretaria está lastreada em compromissos internacionais, com impacto direto na

imagem do Ministério e do País no exterior. A SBF tem participação direta em inúmeras

convenções, tratados e acordos internacionais. Por fim, para cumprir adequadamente o seu

papel, a Secretaria necessita fazer um intenso trabalho de articulação e envolvimento de atores,

governamentais, federal, estadual e municipal, da sociedade civil, do setor privado, das

comunidades tradicionais, da academia, parceiros internacionais, entre outros.

As doações internacionais têm um papel fundamental para a implementação da

agenda da SBF, principalmente em um cenário de restrição fiscal como o que vivemos hoje.

Apesar da contração que vem ocorrendo nos últimos anos no orçamento federal, os recursos

alocados à Secretaria de Biodiversidade e Florestas vem crescendo em termos reais, graças às

doações internacionais, que se materializam na elaboração e implementação de projetos

internacionais. A maioria dos Projetos vem de doação do GEF, mas também dos governos alemão

e norte-americano.

A SBF conta hoje com o aporte de recursos provenientes de 13 Projetos

Internacionais que totalizam o montante de R$ 1.291.994.035,09, com previsão de acréscimo de

R$ 257.891.891,43, em mais 06 Projetos que se encontram em fase avançada de negociação. A

título de comparação, os recursos orçamentários para este ano, alocados à Secretaria, após o

contingenciamento, são de R$ 1.121.045,00. Essa realidade, inevitável quando cotejados os

compromissos e desafios da Secretaria com os recursos governamentais alocados para o seu

atendimento, requer também um olhar especial, para além das questões de deficiências de

estrutura e de pessoal, requisitos fundamentais para uma boa gestão, de forma a possibilitar o

adequado acompanhamento, monitoramento e execução desse expressivo volume de recursos.

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Secretaria de Biodiversidade e Florestas

Departamento de Espécies

Gerência de Conservação de Espécies Terrestres

Gerência de Conservação de Espécies Aquáticas

Departamento de Ecossistemas

Gerência de Conservação de Ecossistemas

Gerência de Monitoramento e Planejamento de

Conservação de Paisagens

Departamento de Áreas Protegidas

Gerência do Sistema Nacional de UC

Gerência de Fomento ao SNUC

Departamento do Patrimônio Genético

Gerência de Acesso ao Patrimônio Genético

Gerência de Assuntos Regulatórios e Repartição de

Benefícios

Chefe do Apoio Administrativo - CGEN

Chefe de Gabinete

Coordenação de Projetos e Cooperação Internacional

Coordenação de Planejamento, Orçamento e

Administração

Apoio Administrativo Assessoria

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ANEXO: PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS

EVENTOS INTERNACIONAIS

Período Evento Objetivo, Foro ou Acordo Local Quant.

Priorid: A – Alta B- Média C - Baixa

2 a 6 de maio

First meeting of the Subsidiary Body on Implementation - CDB

Convenção da Diversidade Biológica (CDB)

Montreal-Canadá

1 A

02 a 06 maio

ACAP - Population and Conservation Status Working Group/ Seabird Bycatch Working Group.

Convenção/Espécies Ameaçadas/Acordo para Conservação de Albatrozes e Petréis

La Serena-Chile 1 B

09 a 13 maio

ACAP -9° Reunião do Comitê Consultivo do ACAP (AC9).

Convenção/Espécies Ameaçadas/Acordo para Conservação de Albatrozes e Petréis

La Serena-Chile 1 B

10 a 13 maio

OCDE - Working Party on Biodiversity, Water and Ecosystems

Acordo MMA-OCDE/Monitoramento da Performance Ambiental

Paris-França 1 A

23 a 27 maio

Comitê de Proteção Ambiental do Tratado da Antártica

Convenção/Conservação Antártica Santiago-Chile 1 A

6 a 7 junho TIRFAA* – 1ª Reunião da Mesa do OG-7

Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura

Roma-Itália 1 B

7 a 9 junho Reunião do Conselho do GEF Projetos de Cooperação Internacional - negociação

Washington-EUA

1 A

04 a 20 junho

CIB - Encontro do Comitê Científico da Comissão Internacional Baleeira.

Convenção/Espécies Ameaçadas/Biodiversidade marinha

Bled-Eslovênia 3 A

20 a 22 junho

Second meeting of the Informal Advisory Committee to the Access and Benefit-sharing - Clearing House - CDB

Convenção da Diversidade Biológica (CDB)/ Protocolo de Nagoya

Montreal-Canadá

1 B

4 a 6 julho

TIRFAA* – 5ª Reunião do Grupo de Trabalho Ad hoc para o Fortalecimento do Sistema Multilateral de Acesso e Repartição de Benefícios (GT-SML)

Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura

a definir 1 B

11 a 15 julho

32º Sessão do Comitê da Pesca da FAO (COFI).

Convenção/Espécies Ameaçadas/Biodiversidade marinha

Roma-Itália 1 B

10 a 20 julho

World Heritage Convention - 40th Session of the Committe

Convenção/Áreas Protegidas Istanbul-Turquia

1 B

15 a 19 agosto

GEF 6 - Paisagens Sustentáveis Amazônia -Steering Comitte

Projeto de Cooperação Internacional - negociação

Colômbia 3 A

21 a 28 agosto

GEF 6 - Paisagens Sustentáveis Amazônia -Steering Comitte

Projeto de Cooperação Internacional - negociação

Lima-Peru 1 A

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29 agosto a 12 setembro

II Sessão do Comitê Preparatório (II sessão PrepCom) sobre elementos do futuro instrumento internacional juridicamente vinculante sobre conservação e uso sustentável da biodiversidade marinha de áreas além das jurisdições nacionais (BBNJ)

Nações Unidas/Construção de Acordo Internacional sobre Biodiversidade marinha

Nova York-EUA 1 A

1 a 10 setembro

Congresso Mundial de Conservação - IUCN

Discussão sobre vários temas ligados à conservação da biodiversidade (espécies ameaçadas, invasoras, áreas protegidas, florestas, pesca, etc)

Honolulu-Havaí 2 B

24 setembro a 05 outubro

17ª Reunião da Conferência das Partes (COP-17) da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES)

Convenção/Espécies Ameaçadas Johanesburgo-Africa do Sul

2 A

3 a 4 outubro

TIRFAA* – 1ª Reunião do Comitê Assessor do Sistema Global de Informação

Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura

a definir 1 B

20 a 28 outubro

Plenária da Comissão Internacional Baleeira - CIB

Convenção/Espécies Ameaçadas/Biodiversidade marinha

Portoroz-Eslovênia

1 A

24 a 25 outubro

TIRFAA* – 3ª Reunião do Comitê Ad hoc Assessor sobre Uso Sustentável (ACSU-3)

Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura

a definir 1 B

26 a 28 outubro

Reunião do Conselho do GEF Projeto de Cooperação Internacional - negociação

Washington-EUA

1 A

15 a 17 novembro

OCDE - Working Party on Environmetal Information

Acordo MMA-OCDE/Monitoramento da Performance Ambiental

Paris-França 1 B

15 a 19 novembro

TIRFAA* – 6ª Reunião Grupo de Trabalho Ad hoc para o Fortalecimento do Sistema Multilateral de Acesso e Repartição de Benefícios (GT-SML)

Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura

Roma-Itália 1 B

20 a 22 novembro

TIRFAA* – 8ª Reunião do Comitê Ad hoc Assessor sobre a Estratégia Financeira (ACFS-8)

Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura

Roma-Itália 1 B

4 a 17 dezembro

13ª Reunião da Conferência das Partes (COP) da Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB

Convenção da Diversidade Biológica (CDB)

Cancun-México 5 A

4 a 17 dezembro

8ª Reunião da Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (COP-MOP-8) - CDB

Convenção da Diversidade Biológica (CDB)

Cancun-México 2 A

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4 a 17 dezembro

2ª Reunião da Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes do Protocolo de Nagoya sobre Acesso e Repartição de Benefícios (COP-MOP-2)

Convenção da Diversidade Biológica (CDB)/Protocolo de Nagoya

Cancun-México 2 A

a confirmar

Projeto Integração das Áreas Protegidas do Bioma Amazônico - IAPA

Cooperação internacional/Áreas Protegidas

4 reuniões - a confirmar

1 C

a confirmar

Reunião da Rede Latino-Americana de Cooperação Técnica em Parques Nacionais - REDEPARQUES

Cooperação internacional/Áreas Protegidas

a confirmar 1 C

EVENTOS NACIONAIS

Mês Período Evento Objetivo ou Foro Local Qtd Prior

maio a definir Reunião do Grupo de Avaliação Ambiental - GAAm

Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR

Brasília 5 Alta

maio a definir Oficina de apresentação do projeto TEEB na ACADEBio

Projeto Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade TEEB

Sorocaba/ SP 1 Normal

maio a definir Oficina de apresentação do projeto TEEB na ACADEBio

Projeto Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade TEEB

Sorocaba/ SP 1 Normal

maio a definir Realização da Semana da Mata Atlântica 2016

Semana da Mata Atlântica 2016

a definir 2 Alta

maio a definir Reunião Ordinária do CNZU

Reunião Ordinária da CNZU Brasília 7 Alta

maio 23 a 24

Seminário " Diálogo regional sobre Áreas Protegidas - Projeto Integração da Áreas Protegidas da Amazônia - IAPA

Brasília-Rio Branco_Brasília

3 alta

maio 28 a 30 Semana da Mata Atlãntica Brasília- SP-Brasília

2 média

Maio A definir Oficinas sobre os Planos de Recuperação - Guaiamum

Provável retorno da vigência da Portaria 445; necessário produzir plano de recuperação. Acompanhamento de reunião do conselho deliberativo.

Dos participantes para Brasília

20 Alta

maio 4 dias no mês

Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

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Junho A definir Seminário de Espécies Ameaçadas.

Envolvimento dos estados para estabelecimento de governança.

Dos participantes para Brasília

28 Alta

Junho 20 a 22 junho

Oficina do Plano Coral Sol Discussão do Plano Coral Sol

Dos participantes para Brasília

6 Alta

Junho 22 e 23 junho

CONABIO Atendimento ao Decreto 4.703/2003

Dos participantes para Brasília

7 Alta

Junho a definir

Reunião de regionalização dos PMMAs do Sul e Extremo Sul da Bahia e Reunião de elaboração dos Planos de Manejo das APAs do Extremo Sul da BA

Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica

Porto Seguro/BA

1 Normal

Junho a definir

Reunião de Coordenação do PACTO e Reunião de elaboração dos Planos de Manejo das RESEX e RDS do Litoral Sul de SP

Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica

Cananéia/ SP 1 Normal

Junho a definir

Reunião de elaboração dos PMMAs do Litoral do PR e Reunião de elaboração dos Planos de Manejo dos Parques Estaduais do Litoral

Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica

Morretes/ PR 1 Normal

junho 06 a 10 Seminário sobre metadados/ geoprocessamento - IBGE

Brasília- RJ-Brasília

2 alta

Junho 4 dias no mês

Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

junho/julho 08 a 14 Capacitação de Servidores e participação na AcaDebio

Brasília-São Paulo-Brasília

2 média

Julho A definir Reunião da Comissão Nacional do Jardim Botânico

Atendimento à Resolução CONAMA 339/2003

Rio de Janeiro 1 Alta

Julho a definir

Reunião de elaboração do Plano de Bacia do Piabanha e Reunião de elaboração dos PMMAs da Região Serrana do RJ

Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica

Petrópolis/RJ 1 Normal

julho 07 a 09 Reunião de coordenação do SNUC- Reservas da Biosfera

A definir 1 média

Julho 4 dias no mês

Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

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Julho A definir Oficinas sobre os Planos de Recuperação - Bagre

Provável retorno da vigência da Portaria 445; necessário produzir plano de recuperação. Acompanhamento de reunião do conselho deliberativo.

Dos participantes para Brasília

15 Alta

Julho a Agosto

a definir

Vistoria técnica do Convênio nº 810365/2014 - “Recuperaçao da cobertura vegetal de uma área degradada localizada na Praia da Enseada, Município de Bertioga/SP”

Convênio nº 810365/2014 Bertioga/SP 1 Alta

Agosto A definir Oficina de Elaboração do Plano de Controle do Javali

Discussão do Plano de Controle do Javali

Dos participantes para Brasília

8 Alta

Agosto 4 dias no mês

Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

agosto 22 a 24 Reunião sobre implementação do SNUC Bioma Mata Altântica

A definir 2 alta

Setembro A definir 17ª Reunião da CONACER Participar da 17ª Reunião da CONACER

Brasilia 7 Alta

Setembro 21 e 22 setembro

CONABIO Atendimento ao Decreto 4.703/2003

Dos participantes para Brasília

6 Alta

Setembro 4 dias no mês

Convite para Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

setembro 28 a 30 Reunião sobre implementação do SNUC Bioma Pampa

A definir 2 alta

setembro 09 a 10 Reunião de coordenação do SNUC ao Órgãos Estaduais e Municipais

A definir 1 normal

Setembro 4 dias no mês

Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

Setembro a Dezembro

Vistoria técnica do Convênio nº 801997/2014 - Edital FNMA nº 01/2013, “Formaçao de Agentes Populares de Educação Ambiental na Agricultura Familiar e Implementação de Projetos Comunitários”

Convênio nº 801997/2014 - Edital FNMA nº 01/2013

Salvador 1 Alta

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Outubro a definir Reunião Ordinária do CNZU

Reunião Ordinária da CNZU Brasília 7 Alta

outubro 15 a 18 Reunião sobre implementação do SNUC Bioma Caatinga

A definir 2 alta

outubro 06 a 10 Reunião de coordenação do SNUC ao Órgãos Estaduais e Municipais

A definir 1 normal

Outubro 4 dias no mês

Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

novembro 04 a 07 Reunião sobre implementação do SNUC Bioma Pantanal

A definir 2 alta

novembro 15 a 21 Capacitação de Servidores e participação na AcaDebio

Brasília-São Paulo-Brasília

2 média

Novembro 4 dias no mês

Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

dezembro 25 a 27 Reunião de coordenação do SNUC - Órgãos Federais, Estaduais e Municipais

A definir 2 mormal

Dezembro 4 dias no mês

Reunião - Regras - Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).

Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015

Depende da comunidade

3 Alta

A definir Ararinha-Azul Ações para a reintrodução da Ararinha

Curaça/BA 2 Alta

2

A definir Visita Criadouro Ararinha-azul

Visita aos criadouro da ararinha-azul para acertar assinatura de acordo de cooperação técnica para a reintrodução da espécie

BSB-BH 3 Alta

A definir Reunião Técnica de Validação das revisões dos defesos – Região Norte

Ações prioritárias indicadas pelo gabinete da ministra como entregas para os próximos 100 dias

Manaus ou Brasília

2 Alta

A definir

Discussão com JBRJ e ICMBIo a Estratégia de Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção

Conforme previsto na Portaria 443 e compromisso assumido pelo MMA, o aporte de novos dados enseja a reavaliação da conservação de novas espécies

Dos participantes para Brasília

4 Alta

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A definir Revisão Portaria 443. Reunião do GT

Conforme previsto na Postaria 443 e compromisso assumido pelo MMA, o aporte de novos dados enseja a reavaliação da conservação de novas espécies

Dos participantes para Brasília

3 Normal

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SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E

AMBIENTE URBANO - SRHU

INTRODUÇÃO

A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano – SRHU - tem por

atribuições as definidas no art. 23 do Decreto 6101 de 26 de abril de 2007, onde se destacam: i)

propor a formulação da Política Nacional de Recursos Hídricos, por meio da coordenação e

implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos, exercer as atividades da secretaria

executiva do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH em articulação com o Conselho

Nacional de Meio Ambiente – CONAMA; apoiar planos, políticas e sistemas estaduais de

gerenciamento, gerenciamento de recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços e de águas

subterrâneas; ii) coordenar a execução do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas,

articulando atores governamentais e não-governamentais, subsidiando programas e projetos

relacionados e formulando estratégias e priorizando ações em função da situação de

vulnerabilidade ou degradação ambiental; iii) subsidiar a formulação de políticas e estratégias

para implementação de programas e políticas relacionados à gestão ambiental em ambiente

urbano, desenvolvimento de planos e aperfeiçoamento de instrumentos locais e regionais que

incorporem a variável ambiental, controle e mitigação da poluição em áreas urbanas, gestão

integrada de resíduos sólidos, destacando-se aí, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS.

Essas atribuições são exercidas pelos departamentos de Recursos Hídricos, Revitalização de Bacias

e de Ambiente Urbano.

No entanto, novas atribuições foram agregadas após 2007, de maneira informal,

com a migração dos Departamentos de Qualidade Ambiental na Indústria (formalmente ligado à

SMCQ) e de Zoneamento Territorial (formalmente ligado à SEDR). O primeiro, agregou à SRHU as

atribuições de subsidiar a formulação de políticas e definição de estratégias afetas à redução da

poluição industrial, seu controle e monitoramento; redução de riscos ambientais decorrentes de

produtos e substâncias perigosas e nocivas, promovendo a segurança química com atuação

inclusive em situações de emergência, gestão de produtos e resíduos perigosos, passivos

ambientais e áreas contaminadas, subsidiando resoluções do Conselho Nacional do Meio

Ambiente – CONAMA e coordenando a Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQ, para

subsídio à formulação e criação de política para o setor. O segundo departamento, acresceu as

atribuições de subsidiar a formulação de políticas e normas, estratégias e estudos relacionados à

gestão e ordenamento ambiental do território, notadamente das áreas costeiras, com a

coordenação do Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro – GI-GERCO; além da

coordenação do Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE nacional, e subsídio e fomento aos ZEE

em âmbito estadual.

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RESULTADOS E CONQUISTAS

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – DRH

Elaboração, acompanhamento da implementação e revisões do Plano Nacional de Recursos

Hídricos

O PNRH foi aprovado em 2006 pelo CNRH, com horizonte até 2020, definido a

partir de cenários de planejamento, com previsão de revisão a cada quatro anos, visando

influenciar o Planejamento Plurianual do Governo Federal e dos Estados. Em 2011, ocorreu a

primeira revisão do PNRH, que estabeleceu 22 prioridades (2012-2015), refletidas no PPA para

2012-2015. A revisão, em curso, envolve consulta pública on-line aos entes do Sistema Nacional

de Gerenciamento de Recursos Hídricos e à sociedade em geral, por meio do site

www.participa.br/recursoshidricos. Os resultados orientarão as ações para o último ciclo de

implementação (2016-2020), por meio de diretrizes, prioridades e indicadores, que deverão gerar

compromissos de órgãos do Governo Federal e dos órgãos estaduais, no âmbito do CNRH.

Apoio aos Estados na elaboração ou revisão dos seus Planos Estaduais de Recursos Hídricos

De 2009 a 2015, foram concluídos, com o apoio da SRHU/MMA, os Planos

Estaduais de Recursos Hídricos do Mato Grosso (2009), Paraná (2009), Mato Grosso do Sul (2010),

Acre (2012), Rio Grande do Sul (2014) e Goiás (2015). Em 2013, os Estados do Amazonas,

Maranhão e Rondônia receberam recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente para a

elaboração dos seus Planos Estaduais. Em 2015, a SRHU/MMA firmou parceria com a ANA para o

apoio à revisão dos PERH do Rio Grande do Norte e Paraíba, estados receptores das águas do

projeto de transposição da bacia hidrográfica do São Francisco. O apoio aos Estados terá

continuidade no PPA 2016-2019, com a meta de "ampliar de 58% para 100% a área do território

nacional coberta com Planos Estaduais de Recursos Hídricos".

Participação social e educação ambiental para a gestão dos recursos hídricos

No período de 2009 a 2016, a SRHU/MMA coordenou a realização de quatro

edições do Encontro Formativo Nacional de Educação Ambiental para a Gestão das Águas, que

constitui estratégia dialógica e formativa de fortalecimento da rede de educadores ambientais,

comunicadores e ativistas que atuam na gestão dos recursos hídricos no País. Está em andamento,

em parceria com o DEA/MMA, a produção de conteúdo de participação social e de educação

ambiental para a gestão de recursos hídricos, na modalidade de EAD, com vistas à atuação nos

colegiados de recursos hídricos.

Fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos - SINGREH

Neste período o CNRH aprovou a renovação da delegação de competências a

cinco entidades para o exercício das funções inerentes à Agência Nacional de Águas, criando não

só estruturas institucionais para a aplicação dos recursos da cobrança pelo uso da água em cinco

importantes bacias do país, como também apoiando o funcionamento dos respectivos Comitês

de Bacias Hidrográficas dos rios Paraíba do Sul, São Francisco, Piracicaba/Capivari/Jundiaí, Doce e

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Paranaíba, que são considerados de domínio da União por abrangerem mais de um Estado da

federação. Além disso, nesse período o CNRH aprovou a criação de dois Comitês de Bacias

Hidrográficas sendo eles no rio Grande (São Paulo e Minas Gerais) e no rio Paranapanema (São

Paulo e Paraná).

Regulamentação da Outorga

O CNRH, no âmbito de sua competência para estabelecer diretrizes

complementares para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e aplicação de

seus instrumentos, regulamentou, por meio da Resolução 140/2013, critérios gerais para outorga

de lançamento de efluentes com fins de diluição em corpos de água superficiais, contribuindo

para o estabelecimento de regras voltadas à melhoria da qualidade da água no país e para o seu

reuso. Definiu, ainda, por meio da Resolução 141/2012, critérios para a outorga de direito de uso

e enquadramento em rios intermitentes possibilitando aos órgãos gestores da região Nordeste

elementos para uma melhor gestao de corpos d’água com essas características.

Regulamentação da Lei nº 12.334/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de

Barragens

Em 2010, foi sancionada a Lei nº 12.334/2010, que estabeleceu a Política Nacional

de Segurança de Barragens (PNSB) e criou o Sistema Nacional de Segurança de Barragens. Essa

Lei, que teve sua concepção original na Câmara Técnica de Análise Projeto (CNHR/CTAP), atribuiu

novas competências ao CNRH e à Agência Nacional de Águas. Com base nisso, o CNRH aprovou a

Resolução nº 143/2012, que estabelece critérios gerais de classificação de barragens por

categoria de risco, dano potencial associado e pelo volume do reservatório, e a Resolução

144/201, que estabelece diretrizes para implementação da Política Nacional de Segurança de

Barragens, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de Informações sobre

Segurança de Barragens.

DEPARTAMENTO DE REVITALIZAÇÃO DE BACIAS – DRB

Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas

Constante nos PPA 2008-2011, PPA 2012-2015, o Programa atuou

prioritariamente nas bacias hidrográficas dos rios Alto Paraguai e São Francisco, na qual as ações

integradas para revitalização estão em estágio mais avançado. Mesmo sendo essas bacias

prioritárias, foram atendidas com investimento de aproximadamente R$ 2.000.000,00, demandas

específicas em outras bacias situadas em todo o território brasileiro.

Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco

As ações de revitalização da BHSF são executadas de forma descentralizada, a

partir da coordenação da SRHU e da implementação simultânea de projetos e ações pelos

diversos parceiros do Programa. No período destaca-se o investimento do MMA de

aproximadamente R$ 5.000.000,00 em projetos de manejo integrado de microbacias que

contemplam intervenções destinadas à conservação da água e do solo na região do Alto Rio São

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Francisco; implementação das atividades dos Centros de Recuperação de Áreas Degradadas

(CRAD), que visam implantar e difundir modelos demonstrativos de restauração de ambientes

florestais; realização de Operações de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), com vistas a

promover a recuperação da bacia e estimular práticas que reparem e previnam danos ambientais.

Revitalização da Região Hidrográfica do Alto Paraguai

Os recursos investidos na Bacia do Alto Paraguai, somam aproximadamente

R$ 1.500.000,00, destacando-se continuidade das ações de recuperação e conservação ambiental

na microbacia hidrográfica das nascentes do rio Aquidauana, em Mato Grosso de Sul, e do projeto

de recuperação das nascentes e mobilização para conservação dos recursos hídricos do pantanal

matogrossense, na sub-bacia do Rio Paraguai, no Estado de Mato Grosso.

Programa Água Doce – PAD

O Programa Água Doce se estabeleceu como uma política pública de acesso à

água por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas salobras e salinas. Sua

metodologia incorpora os cuidados ambientais, sociais e técnicos na implantação, recuperação e

gestão de sistemas de dessalinização. A partir de 2010 suas ações vêm sendo orientadas pelos

Planos Estaduais de Implementação e Gestão do Programa Água Doce. Em 2011, o PAD passou a

integrar o Programa Água Para Todos, no âmbito do Plano Brasil sem Miséria, assumindo a meta

de aplicar a metodologia do programa na implantação e gestão de 1200 sistemas de

dessalinização, com investimentos de cerca de 240 milhões de reais, beneficiando

aproximadamente 500 mil pessoas. Até o momento, foram diagnosticadas 3145 comunidades em

298 municípios. Da meta de 1.200 sistemas de dessalinização, 713 obras já estão contratadas, 159

sistemas de dessalinização foram implantados ou recuperados e 79 estão em fase de implantação.

DEPARTAMENTO DE AMBIENTE URBANO - DAU

Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos constitui um dos instrumentos da Política

Nacional de Resíduos Sólidos, no qual estão definidas diretrizes, metas e estratégias nacionais

relativas à gestão de resíduos sólidos. Aprovado em 2012 pelo Comitê Interministerial da Política

Nacional de Resíduos Sólidos (CI), mediante apreciação pelos Conselhos Nacionais de Meio

Ambiente, das Cidades, de Recursos Hídricos e de Saúde, o Plano, cujo horizonte temporal é de

20 anos, encontra-se em fase de planejamento de sua atualização, conforme periodicidade

estabelecida na Lei nº 12.305/2010 para a atualização a cada quatro anos.

Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR

A Lei 12.305/10 estabeleceu o SINIR como um de seus instrumentos. O Decreto

7.404/10 o instituiu sob a coordenação do MMA e determinou que fosse implementado até o dia

23/12/12. Em dezembro de 2012 a SRHU celebrou contrato de dois anos com o CPAI/UnB, que

inclui a aquisição do software Liferay e a implantação, ainda em dezembro de 2012, da primeira

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versão do portal SINIR no endereço www.sinir.gov.br. Em 12/12/2014 foi assinado o primeiro

Termo Aditivo prorrogando a vigência do contrato por mais 22 meses.

Estudos de Regionalização e Planos Estaduais de Resíduos Sólidos

O MMA apoiou a elaboração dos estudos de regionalização para a gestão

integrada de resíduos sólidos antes mesmo da publicação da Lei nº 12.305/2010, tendo como

referência a Lei n° 11.445/2007 (Lei do Saneamento Básico). Atualmente, 17 estados já concluíram

seus estudos de regionalização, tendo 16 deles seus estudos elaborados por meio de convênios

firmados com o MMA, totalizando um montante de aproximadamente R$ 7,5 milhões de reais. A

PNRS estabeleceu a data limite de 2012 como condição para os estados terem acesso a recursos

da União. Já estão concluídos os PERS de 9 estados, cada qual com metodologias próprias e níveis

de detalhamento variados. Outros estados encontram-se com seus PERS em diferentes fases de

execução e contratação.

Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS

Assim, como os estados, os municípios e o Distrito Federal também tiveram o ano

de 2012 como limite para conclusão de seus planos municipais para a obtenção de recursos da

União. De acordo com os dados da pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em julho

de 2015 junto aos Governos Estaduais, 2.325 municípios brasileiros (41,7%) declararam possuir

PGIRS (municipal ou intermunicipal), nos termos estabelecidos na PNRS.

Capacitação em Gestão de Resíduos Sólidos

A ação se divide, basicamente, em duas formas: (1) Oferta de curso EaD pela

plataforma do próprio MMA e; (2) Cooperação técnica com o Banco do Brasil (BB) para realização

de curso para sensibilização/capacitação de gestores públicos no referido tema através de

plataforma virtual do BB. Em três edições do curso EaD ofertado pelo MMA, foram capacitados

(concluíram o curso) 421 profissionais, distribuídos em 269 diferentes municípios de 25 unidades

da federação. Quanto ao ACT com o BB, o documento encontra-se em fase de assinatura por parte

da SRHU/MMA para implementação.

Inclusão socioprodutiva de catadores de materiais recicláveis

Essa estratégia que define o incentivo à criação e ao desenvolvimento de

cooperativas ou de outras formas de associação de catadores é um dos instrumentos da PNRS.

Segundo informações do PNRS, existem entre 400 e 600 mil catadores no Brasil, que atuam na

coleta, triagem e classificação de materiais recicláveis. O apoio do MMA acontece desde 2003

com a criação do Comitê Interministerial de Inclusão Social e Econômica dos Catadores de

Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC), com a finalidade de integrar esforços e iniciativas dos

órgãos e entidades participantes. O MMA atua no projeto Cataforte, que visa possibilitar a

inserção de cooperativas no mercado da reciclagem. No âmbito do Cataforte, o MMA

descentralizou R$ 5.293.392,00 para ações de assistência técnica para as 33 redes de

empreendimentos solidários, participação no projeto de 66 catadores mobilizadores sociais e

realização de seminários para alinhamento de informações e intercâmbio de experiências.

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Destacamos também o apoio do MMA à reciclagem na COPA FIFA 2014, ao Prêmio Cidade Pró-

catador e ao Pronatec.

Logística Reversa de Lâmpadas

O acordo setorial para implantação do Sistema de Logística Reversa de Lâmpadas

Fluorescentes de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista foi assinado no dia 27/11/2014. Seu

objetivo é garantir que a destinação final dos resíduos dessas lâmpadas seja feita de forma

ambientalmente adequada e em conformidade com a Lei que instituiu a Política Nacional de

Resíduos Sólidos. As discussões e negociações desse acordo foram longas, iniciando-se em

05/05/2011 e estendendo-se, praticamente, até o momento imediatamente anterior a sua

assinatura. Ao longo de 2015 foi criada a entidade gestora responsável por operacionalizar o

sistema de logística reversa de lâmpadas, denominada Reciclus. Além da criação da gestora, o

setor empresarial adquiriu software que permitirá o controle de toda operação da logística

reversa e dos atores envolvidos, incluindo controle das quantidades coletadas e destinadas bem

como custos envolvidos.

Acordo Setorial para Implantação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens Plásticas de

Óleo Lubrificante

O Acordo Setorial para implantação do Sistema de Logística Reversa de

Embalagens Plásticas de Óleo Lubrificante foi assinado no dia 19/12/2012. As informações acerca

da quantidade de embalagens plásticas comercializadas e destinadas de forma ambientalmente

adequada são consolidadas em relatório disponível em www.sinir.gov.br. Em consulta ao sítio

www.joguelimpo.org.br, no dia 25 de abril de 2016, verifica-se que as embalagens plásticas de

lubrificantes usadas, recebidas e recicladas desde 2005 é superior a 265 milhões. Já foram

iniciadas as discussões acerca do Termo Aditivo ao Sistema de Logística Reversa de Embalagens

Plásticas de Óleo Lubrificante para expansão do sistema para outras regiões.

Embalagens em Geral

Os trabalhos para implantação desse sistema de logística reversa começaram em

2011 com a criação de um grupo técnico temático – GTT, coordenado pelo MMA. O trabalho do

GTT culminou na publicação de um edital de chamamento em 05/07/2012. O edital, direcionado

às entidades representativas das cadeias produtivas relacionadas às embalagens, continha um

prazo de 180 dias para o recebimento de propostas de acordo setorial. O acordo que institui o

sistema de logística reversa de embalagens em geral foi finalmente assinado em novembro de

2015 com uma coalizão de 20 entidades representativas de mais de 1.000 empresas. O acordo

possui metas estruturantes como o apoio às cooperativas de catadores de materiais recicláveis e

instalação de pontos de entrega voluntária, além de possuir meta de recolhimento diário de 3815

toneladas de embalagens que deverá ser alcançada até o final do ano de 2017.

Logística Reversa de Óleo Lubrificante

Essa cadeia de logística reversa foi instituída por meio da Resolução CONAMA

362/2005 e já é uma cadeia consolidada. O MMA e o MME estabelecem as metas de recolhimento

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do sistema. A estratégia adotada nos últimos anos foi reduzir a diferença entre o volume coletado

nas regiões sul e sudeste, relativamente maiores, e no restante do País. Assim, enquanto o volume

de óleo usado coletado no Brasil entre 2008 e 2014 avançou 26%, ele mais que dobrou nas regiões

Norte e Nordeste e teve um crescimento de 62 % na região Centro-Oeste. Para os próximos anos

permanece a estratégia de redução das disparidades, porém já visando um aumento nas metas

de coleta para o Brasil no médio prazo. O MMA já iniciou a negociação para assinatura de um

acordo setorial junto aos fabricantes o que deve eliminar gargalos nesse sistema de logística

reversa.

Implantação do Registro de Emissões e Transferência de Poluentes - RETP no Brasil

O RETP é um sistema de levantamento, tratamento, acesso e divulgação pública

de dados e informações sobre as emissões e as transferências de poluentes que causam ou têm

o potencial de causar impactos maléficos para os compartimentos ambientais ar, água e solo. Esse

sistema faz parte de um compromisso internacional denominado PRTR – Pollutant Release and

Transfer Registers e é fundamentado em um projeto de harmonização internacional baseado no

direito público de saber. A concepção do modelo do RETP Brasileiro contou com a construção de

lista dos poluentes efetiva ou potencialmente poluidores; elaboração de Manual do Declarante

do RETP; e programa de capacitação, com 1543 profissionais de 437 representantes das grandes

e médias indústrias brasileiras. O MMA e o IBAMA assinaram em 2015 um Acordo de Cooperação

Técnica cujo objeto é o “aprimoramento e manutençao do Registro de Emissao e Transferência

de Poluentes – RETP no Relatório Anual de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras

de Recursos Ambientais – RAPP”, previsto no Cadastro Técnico Federal do IBAMA.

DEPARTAMENTO DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA – DQAM

Gestão ambientalmente adequada de substâncias e produtos químicos

Elaboração do Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo,

que sistematiza as medidas planejadas para atender aos compromissos internacionais assumidos

pelo país quando da ratificação da Convenção. Para subsidiar a formulação do Plano, entre 2010

e 2015 vários documentos e estudos foram elaborados, entre os quais 5 inventários e planos de

ação. Construído com participação e envolvimento de diversos atores (governo, sociedade civil,

indústria e academia), o Plano Nacional foi submetido a consultas finais, validação, divulgação e

transmitido ao Secretariado da Convenção de Estocolmo na COP7, em abril de 2015. A

implementação dos Planos de Ação foi iniciada em 2016.

Convenção de Minamata sobre mercúrio

Importante avanço decorrente das discussões ocorridas entre 2012 e 2015 no

plano nacional e regional (América Latina e Caribe), encontra-se em desenvolvimento o Projeto

de Desenvolvimento da Convenção de Minamata sobre Mercúrio, por meio de Acordo de

Cooperação Técnica Internacional firmado entre o MMA e o Programa das Nações Unidas para o

Meio Ambiente (PNUMA), que tem como objetivo inventariar fontes de emissão de mercúrio e

levantar a capacidade analítica e laboratorial, produção científica e proposta de priorização e

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medidas de gestão e controle que possam ser utilizadas nas principais fontes. Os resultados

esperados do Projeto permitirão obter/refinar informações sobre os setores e os processos

industriais emissores, importação/exportação e comércio de mercúrio/compostos de mercúrio e

produtos com mercúrio adicionados, gestão de resíduos de mercúrio, estocagem, mineração

artesanal de ouro além de análise do alcance/suficiência da legislação nacional.

Gestão dos riscos relacionados às emergências ambientais com produtos perigosos

Desde 2010 vem sendo apoiada a estruturação das Comissões Estaduais e a

elaboração de ferramentas de mapeamento de risco que possam subsidiar as ações estratégicas

governamental e privada, em âmbito nacional e estadual. Nesse sentido, foram apoiados os

Estados de Pernambuco, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Santa Catarina, Paraná e Minas

Gerais. Nesse período também foram criadas as Comissões Estaduais do Plano Nacional de

Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos

Perigosos (P2R2) em Pernambuco, Pará, Ceará, Santa Catarina e Paraná. Completando o Plano

Cartográfico para Mapeamento de Sensibilidade Ambiental a Derramamento de Óleo em Áreas

Costeiras e Marinhas, que abrange 9 agrupamentos de bacias sedimentares marítimas da costa

brasileira, entre 2012 e 2016 foi executado o mapeamento das bacias sedimentares marítimas da

Foz do Amazonas e da Bacia do Pará – Maranhão/Barreirinhas, Bacia de Pelotas e Bacia de Campos.

Inventários de Poluentes de Fontes Rodoviárias

Em 2011 foi lançado o 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por

Veículos Automotores Rodoviários, fruto de um esforço conjunto de diversas instituições, sob

coordenação do DQAM, o qual apresentou o cálculo das emissões no período entre 1980 e 2009,

bem como projeções até 2020. Esse primeiro inventário ofereceu informações necessárias para o

planejamento futuro com relação à emissão de poluentes atmosféricos por veículos automotores,

como a frota circulante no País, a quantificação dos principais poluentes atmosféricos emitidos,

ano a ano, assim como as classes de veículo responsáveis pelas principais emissões. Em 2014 foi

lançado o segundo inventário, que consolidou a metodologia criada e buscou atualizar e trazer

melhorias nos dados utilizados nos cálculos de emissões, ampliando o escopo da ferramenta e

incorporando dados oriundos de pesquisas recentes.

Diagnóstico das redes de monitoramento de qualidade do ar

Em 2014 foi lançado o 1º Diagnóstico da Rede de Monitoramento da Qualidade

do Ar no Brasil, fruto de uma parceria entre MMA e o Instituto Energia e Meio Ambiente, que

trouxe informações sobre a situação atual do monitoramento da qualidade do ar no Brasil. Esse

diagnóstico tratou principalmente da cobertura territorial e da configuração das redes de

monitoramento operadas pelos órgãos estaduais de meio ambiente (OEMA), dados das séries

históricas de medições entre 2000 e 2012 e as estratégias adotadas pelos OEMA para gerir suas

estruturas de monitoramento. Os resultados do diagnóstico confirmaram a percepção de que o

Brasil ainda tem deficiências em sua área coberta e de que existem assimetrias significativas na

estrutura dos estados, em suas redes de monitoramento.

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Limites de Emissões de Poluentes da Indústria – Resolução CONAMA nº 436/2011

A Resolução CONAMA nº 436/2011 estabeleceu limites máximos de emissão de

poluentes atmosféricos para fontes fixas instaladas ou com pedido de licença de instalação

anteriores a 2 de janeiro de 2007. Para a maioria dos segmentos da indústria, os limites foram

igualados, ou seja, as fábricas antigas terão que se modernizar e diminuir substancialmente suas

emissões, equiparando-se às fábricas novas. Essa Resolução induziu uma revolução tecnológica

no Brasil, sendo uma das medidas de maior impacto ambiental que o CONAMA aprovou nos

últimos anos, trazendo profunda mudança ao nosso parque industrial e diminuindo de forma

expressiva as emissões dessas indústrias que, por serem as mais antigas, são justamente as que

se localizam dentro das áreas urbanas mais consolidadas, com maior impacto poluidor.

DEPARTAMENTO DE ZONEAMENTO TERRITORIAL – DZT

Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal - MacroZEE

Aprovação do MacroZEE da Amazônia Legal pelo decreto presidencial nº 7.378,

de 1º de dezembro de 2010, resultado da articulaçao entre o Governo Federal, os governos dos

nove estados da regiao e diversos segmentos da sociedade civil. Trata-se de instrumento para

planejar e ordenar a Amazônia Legal, harmonizando as relações econômicas, sociais e ambientais

que nela acontecem, visando à formulaçao e espacializaçao das políticas publicas de

desenvolvimento, ordenamento territorial e meio ambiente, assim como para as decisões dos

agentes privados.

Fomento aos ZEEs estaduais

Após a aprovação da lei complementar nº 140/2011 e da Lei nº 12.651/2012, que

disciplinaram a obrigatoriedade da elaboração do ZEE por todos os estados brasileiros, convênios

e acordos de cooperação técnica foram firmados com os estados do Acre, Amapá, Amazonas,

Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, Roraima e Tocantins, contribuindo para que, hoje,

mais de 73% do território nacional possua diretrizes de uso e ocupação do solo em bases

sustentáveis definidas por iniciativas de ZEE estaduais.

Estruturação do Sistema Interativo de Análise Geoespacial da Amazônia Legal – SIAGEO

Amazônia

Desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Embrapa e

com os governos dos estados da Amazônia Legal, o, SIAGEO Amazônia foi lançado em 2015, e

fornece uma base de informações territoriais integradas que permite um maior conhecimento do

território amazônico.

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DESAFIOS E OPORTUNIDADES

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – DRH

Elaboração, acompanhamento da implementação e revisões do Plano Nacional de Recursos

Hídricos

Entre os desafios para implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos,

destaca-se a necessidade do fortalecimento da articulação com outros órgãos do Governo Federal,

que tenham a água como elemento estruturante de suas políticas públicas, a fim de promover

maior comprometimento com as metas do Plano. É necessário, ainda, o fortalecer a articulação

com as demais esferas de governo para planejamento de recursos hídricos, influenciando as

políticas e sistemas estaduais e municipais de recursos hídricos. Essas ações deverão se dar em

paralelo ao trabalho de consultoria contratado para a realização de um diagnóstico e avaliação

dos resultados do PNRH, de 2006 a 2015, que visam à correção de rumos e ao aperfeiçoamento

do planejamento dos recursos hídricos.

Apoio aos estados na elaboração ou revisão dos seus Planos Estaduais de Recursos Hídricos

O principal desafio está nas dificuldades operacionais de execução pelos estados

que receberam recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA (Amazonas, Maranhão e

Rondônia) para a elaboração de seus Planos. Ademais, as medidas de ajuste fiscal e o

contingenciamento orçamentário, inviabilizaram a contratação direta pela SRHU, prevista no

âmbito do Programa Interáguas, para o apoio à elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos

do Pará. Para contornar essa situação, a SRHU está envidando esforços para a obtenção de apoio

à elaboração dos planos estaduais de recursos hídricos por meio do Fundo Amazônia e do Fundo

Nacional de Meio Ambiente. Além disso, cabe destacar a necessidade de garantir recursos

financeiros para passagens e diárias visando à realização visitas de semestrais de supervisão e

orientação técnica aos Estados.

Participação social e educação ambiental para a gestão dos recursos hídricos

O principal desafio à continuidade dos Encontros Formativos Nacionais de

Educação Ambiental para a Gestão das Águas, cuja quinta edição é prevista para 2017, é a garantia

de recursos financeiros e parcerias para a sua realização. A realização dos encontros demanda a

produção de material, apoio logístico e apoio à participação dos representantes da sociedade civil.

Apoio ao funcionamento do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH

Cabe à SRHU custear passagens e diárias para a participação dos representantes

da sociedade civil nas reuniões do CNRH e de suas Câmaras Técnicas. Esse custeio tem sido

anualmente impactado por cortes orçamentários nos valores referentes a despesas de diárias e

passagens, o que vem se traduzindo na redução do número de reuniões, principalmente das

Câmaras Técnicas. Diante desse quadro, para que haja condições para uma atuação mais efetiva,

faz-se necessário impor uma nova dinâmica e contexto estratégico para governança desses

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colegiados. A interação do CNRH com outros conselhos setoriais (ex: cidades, energia, agricultura,

etc.) é uma oportunidade e um desafio.

DEPARTAMENTO DE REVITALIZAÇÃO DE BACIAS - DRB

Revitalização de Bacias

O maior desafio que se apresenta é o atendimento dos objetivos do Grupo de

Trabalho, no âmbito do MMA, com a finalidade de apresentar propostas de medidas

socioambientais para revitalização da bacia do Rio São Francisco, conforme prevê a Portaria MMA

nº 72, de 11 de março de 2016, bem como a institucionalização do Comitê Gestor da Revitalização

do São Francisco. Com a participação de todas as unidades do MMA, o GT já sistematizou o que

foi feito pelo MMA na última década no que tange à revitalização da bacia do Rio São Francisco e

trabalha na elaboração de propostas em torno de 5 eixos: planejamento e informação;

fortalecimento institucional socioambiental; proteçao e uso sustentável dos recursos naturais;

saneamento, controle da poluição e obras hídricas; e, economia sustentável.

Programa Água Doce – PAD

O início da segunda fase do PAD requer urgente recomposição dos recursos

orçamentários e financeiros destinados à execução do Programa, que prevê, para essa fase, a

implantação de mais 2400 sistemas de dessalinização ambientalmente sustentáveis, a ampliação

da utilização de energia solar fotovoltaica como fonte de energia e a inclusão da Agenda Verde –

boas práticas de uso e conservação do solo, contribuindo assim para garantir a sustentabilidade

na explotação das águas subterrâneas.

DEPARTAMENTO DE AMBIENTE URBANO - DAU

Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Planares

Conforme estabelece o Decreto nº 7.404/2010 que regulamenta a Lei nº

12.305/2010, a proposta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), incorporadas as

contribuições advindas da consulta e das audiências públicas, deveria ser apreciada pelos

Conselhos Nacionais de Meio Ambiente, das Cidades, de Recursos Hídricos, de Saúde e de Política

Agrícola. Contudo, a não apreciação por parte do Conselho Nacional de Política Agrícola acarretou

na não formalização do Plano Nacional aprovado pelo Comitê Interministerial, impedindo sua

publicação por Decreto. Esse é, um grande desafio no atual momento, em que o Plano será

atualizado e revisado. Não obstante, diante do cenário atual financeiro e orçamentário do MMA,

marcado por significativas restrições e cortes orçamentários, outro desafio será angariar recursos

junto a fontes alternativas para viabilizar a execução do processo de revisão do Plano, em especial,

no tocante aos demais membros representados no CI, de outros órgãos federais, que também

têm enfrentado restrições em seus orçamentos.

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Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - SINIR

O SINIR constitui um dos alicerces da PNRS. Sua concepção, conforme prevê a

PNRS, há de demandar grande articulação institucional de forma a contemplar um conjunto

bastante amplo de informações: do IBAMA; dos órgãos públicos competentes para a elaboração

dos planos de resíduos sólidos referidos no art. 14 da Lei nº 12.305/10; dos demais sistemas de

informações que compõem o SINIMA; e do SINIS, no que se refere aos serviços públicos de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Além disso, o SINIR deverá articular-se também

com o Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos – SNIRH (ANA). O grande desafio

aqui é promover a articulação com inúmeros atores em diferentes arenas de discussão, com o fim

de integrar distintas bases de dados e informações e, ainda, num cenário de contingenciamento

de recursos financeiros. O contrato com o CPAI/UnB para a concepção desse Sistema é uma

pesquisa científica, desenvolvida de forma interativa e incremental, cuja materialização em um

Sistema de Informações só será melhor percebida ao fim dos estudos.

Gestão de Resíduos Sólidos Orgânicos

Apesar da compostagem ser uma obrigação dos municípios, prevista no artigo 36,

inciso V, da PNRS, a maior parte da fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos ainda é

descartada de forma indiferenciada, considerada rejeito e disposta em aterros sanitários ou lixões.

Superar esse paradigma de aterramento e alcançar altos níveis de reciclagem da matéria orgânica

é tanto um desafio de gestão para os municípios quanto uma oportunidade de diminuir os

principais problemas ambientais a serem controlados em aterros sanitários e, potencialmente,

dobrar sua vida útil. Esse desafio requer maior disseminação de conhecimento técnico, regulações

que favoreçam melhor gestão dos resíduos (com segregação na fonte da fração orgânica),

desenvolvimento de diversos arranjos de tratamento (em escala doméstica, comunitária,

institucional, municipal e industrial), integração com outras políticas públicas correlatas

(segurança alimentar, agricultura urbana, agricultura orgânica, desenvolvimento social) e

mudança de percepção da população em geral sobre os resíduos orgânicos e suas alternativas de

descarte.

Estudos de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Planos Estaduais

Considerando a gestão regionalizada como uma das soluções para a temática de

resíduos sólidos, o MMA promoveu apoio àqueles consórcios constituídos ou em fase de

constituição, nos termos da Lei de Consórcios Públicos, com intuito de torná-los sustentáveis e

funcionais. Atualmente, o aumento do consorciamento demanda uma articulação com os Estados

para que dêem condições aos seus municípios de se organizarem em torno dos arranjos

apontados pelos estudos de regionalização existentes ou dos que vierem a ser elaborados no

âmbito dos PERS. Sobre os consórcios públicos, o Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos

Urbanos (MCID, 2013) – constatou um aumento substancial no número de consórcios públicos

intermunicipais, no período 2011–2013, que saltou de 81, em 2011, para 130, em 2012,

alcançando, em 2013, a marca de 166 consórcios, com reflexos diretos no aumento da coleta

seletiva. Na esfera estadual, porém, decorridos cinco anos de implementação da PNRS,

percebem-se grandes dificuldades na governança e na articulação entre os diversos atores que

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participam dos planos estaduais (PERS), verificando-se interesses divergentes e de difícil

conciliação pelo poder público. Nesse contexto, verifica-se grande potencial de oportunidades

para a articulação mais próxima entre União, estados e municípios no diálogo federativo para a

implementação da PNRS.

Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS

Apesar das notórias dificuldades vivenciadas pelos municípios em todas as áreas,

os Planos Municipais de Saneamento Básico, disciplinados pela Lei nº 11.445/2007, podem

contemplar o conteúdo mínimo estabelecido pela PNRS para o eixo de resíduos sólidos. Assim,

essa possibilidade contribui para otimizar a integração entre a Lei de Saneamento Básico e a PNRS,

bem como para aumentar a escala de municípios que tenham um planejamento mais abrangente

e orientado pelas diretrizes da Lei nº 12.305/2010. Atualmente, com exceção dos planos que já

estão em execução ou foram concluídos por meio de apoio financeiro disponibilizado pelo MMA,

no âmbito de convênios ou contratos de repasse, não há orçamento disponível para

financiamento de novos planos. Assim, o Ministério tem pautado sua atuação pela articulação,

orientação e apoio técnico aos Estados e municípios, principalmente por meio de capacitação à

distância (curso em EaD).

Capacitação em Gestão de Resíduos Sólidos

O grande desafio para essa ação será a continuidade do curso EaD na plataforma

do MMA, porém, agora, sendo ofertado de forma contínua, ao invés de ofertá-lo periodicamente,

e, também, alterando seu formato para que não dependa mais da tutoria direta dos analistas do

MMA ao longo do curso. Essas mudanças possibilitarão o alcance de um número maior de

profissionais distribuídos em mais municípios brasileiros. Outro desafio consiste na assinatura e

efetiva implementação do ACT entre o MMA e BB. A cooperação técnica possibilitará que o curso

seja ofertado aos gestores municipais, com atendimento especializado do BB ao setor público, em

até 900 municípios de SP, MG, RJ, BA, PR, SC e RS.

Comitê Interministerial – CI

Considerando que o Comitê Interministerial desempenha papel fundamental de

articulação dos órgãos e entidades governamentais para apoiar a estruturação e a implementação

da Política Nacional de Resíduos, as possíveis reestruturações em curso nos Ministérios que o

compõem poderão desacelerar, ou ainda, promover a descontinuidade dos debates e ações em

curso no âmbito do Comitê. Ademais, é importante que o CI seja constituído por representantes

que tenham poder para tomada de decisão, dada a importância do CI para a implementação da

Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Logística Reversa de Lâmpadas

Durante toda longa negociação para a construção do acordo setorial de lâmpadas,

o setor empresarial defendeu a necessidade do estabelecimento de um mecanismo de controle

prévio à importação de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, bem

como de seus componentes essenciais, considerando-o imprescindível à implantação da logística

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reversa de lâmpadas. Essa medida, porém, não foi ainda adotada, o poderia ser feito pelo Inmetro,

conforme as discussões sobre o tema. Para isso, é necessária resolução do Conmetro.

Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos

Desde 2013, com a publicação do edital de chamamento para recebimento de

propostas de acordos setoriais de eletroeletrônicos, o MMA vem se reunindo com o setor

empresarial com o objetivo de negociar uma proposta de acordo setorial factível. Trata-se de uma

cadeia bastante diversificada, e ao longo desses anos as negociações se concentraram

basicamente em pontos apresentados pelo setor empresarial como condicionantes para

assinatura do acordo. No momento as negociações ocorrem muito lentamente, e focadas apenas

nesses pontos, ficando as negociações a respeito do texto do acordo setorial em segundo plano.

As condicionantes que envolvem competências do MMA já foram devidamente equacionadas. As

demais envolvem temas de competência de outros órgãos, tais como o Ministério da Fazenda e

Ministério da Justiça. O MMA oficiou esses ministérios com relação a esses pontos, havendo agora

evolução suficiente do assunto para o início de novas tratativas com o setor.

Acordo Setorial para Implantação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens Plásticas de

Óleo Lubrificante

Os principais desafios dessa cadeia são a integração do comércio para

compartilhamento dos custos da logística reversa e definição de novo modelo que permita a

expansão do sistema para as regiões centro-oeste e norte.

Acordo Setorial de Medicamentos

A conclusão das negociações para a implementação da logística reversa de

medicamentos vencidos ou em desuso ainda não foi finalizada, tendo em vista uma grande

resistência do setor farmacêutico em consolidar uma proposta única que viabilize o cumprimento

de todas as etapas da logística reversa pelos entes responsáveis pelo princípio da

responsabilidade compartilhada elencados na Lei 12.305/2010, quais sejam: indústria,

importadores, distribuidores e comerciantes de medicamentos. O Ministério do Meio Ambiente

tem empreendido esforços junto aos representantes do setor farmacêutico na tentativa de

eliminar as resistências que têm impedido a assinatura do acordo setorial. Paralelamente, o MMA

tem participado de tratativas com o Congresso Nacional, que tem demonstrado grande interesse

em estabelecer a logística reversa dos medicamentos. Além disso, está em fase final de consulta

pública uma norma da ABNT que disciplina as etapas de gerenciamento de coleta e

armazenamento de medicamentos.

Implantação do Registro de Emissões e Transferência de Emissões e Transferência de Poluentes

-RETP

O principal desafio do RETP no momento é a retomada do contrato com empresa

de TI do IBAMA, a fim de acomodar as informações do RETP no Cadastro Técnico Federal de

Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadores de Recursos Ambientais (CTF), bem como a

organização das empresas para procederem à declaração das informações requeridas.

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DEPARTAMENTO DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA – DQAM

Projeto para gestão ambientalmente adequada dos Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs)

A submissão do Plano Nacional de Implementação ao Secretariado da Convenção

de Estocolmo materializou um importante compromisso internacional, ao mesmo tempo em que

representou um instrumento essencial que qualifica o País para mobilizar recursos para eliminar

os POPs em território nacional. Uma proposta de projeto está sendo concebida para o

desenvolvimento da gestão ambientalmente adequada dos POPs no Brasil, para apresentação

junto ao Conselho do Global Environment Facility (GEF). Entretanto, o País deverá, antes,

demonstrar capacidade de se organizar, junto com os parceiros dos setores público e privado

relacionados à gestão de POPs, e apresentar aportes orçamentário e financeiro anuais suficientes

para o co-financiamento das atividades previstas no Plano Nacional.

Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo

A implementação das atividades do Plano Nacional vai exigir a participação ativa

de uma variedade de atores governamentais, da sociedade civil e do setor privado, além de

organizações internacionais e regionais e a academia, sendo necessária a mobilização de esforços

institucionais para o fortalecimento e consolidação das parcerias iniciadas com os setores

prioritários e os atores identificados. Ademais, para se fazer frente à necessidade de

estabelecimento de um mecanismo de gestão e controle amplo de substâncias químicas, de forma

a prevenir e mitigar os impactos negativos provocados à saúde e ao meio ambiente, será

fundamental a articulação intergovernamental e a construção de apoio político e de parte da

iniciativa privada para a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Política Nacional de Segurança

Química, do Projeto de Lei que dispõe sobre o cadastro, a avaliação e o controle de substâncias

químicas de uso industrial e da ratificação da Convenção de Minamata sobre mercúrio.

Padrões Nacionais de Qualidade do Ar

Após exaustiva discussão sobre padrões de qualidade do ar, em GT do CONAMA,

ao longo de 2014, o MMA sugeriu a realização de um seminário internacional com especialistas

de todo o mundo, representantes de governos de outros países, de entidades multilaterais e de

pesquisadores, com o suporte logístico do DCONAMA e participação dos Conselheiros e Membros

das Câmaras Técnicas. Em 2015, conforme estabelecido na 20ª reunião da Câmara Técnica de

Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do CONAMA, o DQAM tentou viabilizar o seminário

em duas datas (fevereiro e setembro de 2015), mas não foi possível sua realização devido aos

cortes orçamentários no MMA. Espera-se, agora, que o evento possa ser realizado com o apoio

do programa Diálogos Setoriais União Europeia/Brasil.

Plano Nacional de Qualidade do Ar

Na 19ª reunião do Foro de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e

Caribe, foi ratificado pelo Brasil o Plano de Ação Regional de Cooperação Intergovernamental em

Poluição Atmosférica para América Latina e Caribe, sendo uma das obrigações dos países

signatários a elaboração de Planos Nacionais de Qualidade do Ar. Com base nessa demanda

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externa, e em face da necessidade de atualização de instrumentos regulatórios internos já

defasados, como o PRONAR, Programa Nacional de Qualidade do Ar, de 1990, decidiu-se pela

elaboração de um novo instrumento regulatório, que impulsione nacionalmente a gestão da

qualidade do ar. Espera-se que a conclusão da discussão sobre novos padrões nacionais de

qualidade do ar impulsione politicamente a elaboração de um desse plano.

Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões – PCVE

O DQAM tem participado ativamente das reuniões ocorridas nos últimos anos

para concepção do Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões –

PCVE, inclusive sendo coautor da proposta final de texto. O referido programa propõe-se a

realizar estudos relativos à influência dos combustíveis e das tecnologias veiculares da frota

brasileira nas emissões atmosféricas, bem como o levantamento de dados e informação científica,

o aprimoramento do monitoramento e a modelagem da qualidade do ar. O PCVE está sendo

proposto por meio de um acordo de cooperação entre a AEA (Associação Brasileira de Engenharia

Automotiva), PETROBRAS, ANP, IBAMA, MMA e MME. A aprovação do documento está em fase

final, aguardando a assinatura de todos os representantes.

DEPARTAMENTO DE ZONEAMENTO TERRITORIAL – DZT

Zoneamento Ecológico Econômico

Os desafios associados ao ZEE são de duas naturezas: em primeiro lugar, trata-se

de garantir a continuidade das iniciativas atualmente em desenvolvimento pelo Governo Federal

(em especial na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco) e do apoio institucional, técnico e

financeiro às unidades da federação em seus respectivos zoneamentos. Essas questões passam,

inevitavelmente, pelo fortalecimento contínuo da Comissão Coordenadora do ZEE do Território

Nacional e do Consórcio ZEE Brasil e do fornecimento dos recursos necessários (humanos e

financeiros) para se atingir os resultados pretendidos.

Ademais, na medida em que se avança na elaboração do ZEE em diferentes

regiões do País, a atenção se volta para a criação de mecanismos que permitam, de fato, a

incorporação das diretrizes de uso e ocupação em bases sustentáveis por ele definidas nas

diferentes políticas públicas e iniciativas do setor privado. Assim, a oportunidade se abre, neste

momento, para que instrumentos estratégicos relacionados à gestão dos recursos naturais e sob

a coordenação do Ministério do Meio Ambiente – como o licenciamento ambiental, a outorga dos

direitos de uso dos recursos hídricos e os programas de regularização ambiental – considerem as

orientações do ZEE em sua execução, promovendo a integração horizontal, vertical e temporal

das diversas ações que atuam num dado território.

Gerenciamento Costeiro

Atualmente, é urgente a necessidade de repactuar o Projeto Orla junto à

Secretaria de Patrimônio da União (SPU/MP), incluindo a sua institucionalização na

regulamentação da Lei 13.240/2015, que trata da alienação de imóveis da União e da

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transferência da gestão de praias para os municípios, e sua comunicação aos entes federados

apoiadores do projeto.

Agenda Ambiental Urbana

Em relação à agenda ambiental urbana, o principal desafio é a elaboração da

Política Nacional de Gestão Ambiental Urbana, de forma que a participação do MMA, no contexto

ambiental urbano, fique melhor definida junto aos seus pares no âmbito federal, estadual e

municipal.

AGENDA DE 180 DIAS

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – DRH

Elaboração, acompanhamento da implementação e revisões do Plano Nacional de Recursos

Hídricos

No segundo semestre de 2016 estará em andamento consultoria especializada

para a realização de um diagnóstico e avaliação dos resultados do Plano Nacional de Recursos

Hídricos (2006-2015). Em setembro de 2016 será realizado o seminário nacional de consolidação

da revisão do PNRH, em que serão pactuadas metas e indicadores para o próximo ciclo do PNRH

(2016-2020). O Seminário irá reunir em torno de 150 participantes, envolvendo os membros do

Conselho Nacional de Recursos Hídricos e outros atores do Sistema Nacional de Gerenciamento

dos Recursos Hídricos – SINGREH e da sociedade, para a consolidação dos resultados da revisão

do PNRH, a serem encaminhados à deliberação do CNRH.

Participação social e educação ambiental para a gestão dos recursos hídricos

Para setembro de 2016 está prevista a realização de atividade formativa sobre

Participação Social e Educação Ambiental para a Gestão dos Recursos Hídricos durante o

Seminário de Consolidação da Revisão do PNRH para 2016-2020, com o objetivo de propor

mecanismos para o acompanhamento da implementação do PNRH no período 2016-2020.

Também para o segundo semestre de 2016 é previsto o lançamento do curso na modalidade

Educação à Distância sobre Educação Ambiental para a Gestão dos Recursos Hídricos, em parceria

com o Departamento de Educação Ambiental do MMA.

Implementação do Cadastro de Organizações Civis de Recursos Hídricos - COREH no site do

Conselho Nacional de Recursos Hídricos

Segundo a Resolução nº 142/2012, a Secretaria-Executiva do CNRH deveria ter

adotado medidas no prazo máximo de dois anos para elaborar e implementar o Cadastro de

Organizações Civis de Recursos Hídrivos - COREH no site do CNRH.

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DEPARTAMENTO DE REVITALIZAÇÃO DE BACIAS – DRB

Continuação das atividades do Grupo de Trabalho, no âmbito do MMA, com a finalidade de

apresentar propostas de medidas socioambientais à revitalização da bacia do Rio São Francisco

A criação desse Grupo é prevista no art. 6º da Portaria MMA nº 72, de 11 de

março de 2016, que prevê ainda, como atribuições do GT: I - avaliar e consolidar informações,

relatórios e laudos técnicos acerca da questão ambiental da Bacia Hidrográfica do São Francisco

com o objetivo de propor alternativas técnicas para a sua revitalização; II - articular, se for o caso,

com órgãos federais e estaduais para que esses se manifestem quanto às alternativas técnicas de

revitalização da Bacia do Rio São Francisco; III - avaliar a necessidade de modificações do Decreto

de 5 de junho de 2001, que dispõe sobre o Projeto de Conservação e Revitalização da Bacia

Hidrográfica do Rio São Francisco; e IV - elaborar fundamentos técnicos a serem apresentados ao

Tribunal de Contas da União, relacionados ao Acórdão nº 3316/2015 - TCU - Plenário. O GT foi

instalado no dia 24 de março de 2016 e, desde então, realiza reuniões semanais e intensivo

trabalho para cumprir seus objetivos.

DEPARTAMENTO DE AMBIENTE URBANO – DAU

Conclusão do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR e

revisão do Plano Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS

O desenvolvimento do SINIR possui contrato vigente até out/2016 com a UnB e

estima-se que serão necessários desembolsos de R$ 3 milhões a serem aplicados no pagamento

de sete produtos. O Plano Nacional tem sua revisão contemplada no âmbito do Programa

Interáguas, já tendo termo de referência aprovado e manifestação de interesse iniciada, com

adesão de 41 empresas no envio de propostas/portfólios. Para 2016, estima-se que serão

necessários R$ 600 mil para pagamento dos primeiros produtos, após assinatura do contrato com

a empresa vencedora.

DEPARTAMENTO DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA – DQAM

Participação em diversas reuniões internacionais ao longo dos próximos 180 dias,

destacando-se: 50º Encontro do Conselho do GEF; 12ª Reunião do Comitê de Revisão de Químicos

(12º CRC); 12ª Reunião do Comitê de Revisão de POPs (12º POPRC); 2ª Assembleia das Nações

Unidas para o Meio Ambiente (UNEA); treinamento do Secretariado da Convenção de Roterdã;

workshop do grupo de trabalho intersecional da Convenção de Roterdã; Reunião do Comitê

Executivo do Programa Especial de Fortalecimento Institucional para a Gestão de Produtos

Químicos; Programa de Treinamento Internacional (ITP) – Estratégias para a Gestão de Produtos

Químicos; e missão técnica no âmbito do Projeto Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil sobre

gestão da qualidade do ar

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DEPARTAMENTO DE AMBIENTE URBANO - DAU

Elaboração do Macro Zoneamento Ecológico Econômico (MacroZEE) da Bacia Hidrográfica do

Rio São Francisco

Essa iniciativa está inserida no Plano Plurianual 2016-2019. Assegurar os recursos

necessários para o pagamento do contrato firmado com vistas à atualização e à complementação

do diagnóstico da bacia. Esse contrato totaliza R$ 830 mil, dos quais R$ 460 mil já estão disponíveis

e são resultantes de parceria firmada com a Sudene. O montante restante (cerca de R$ 370 mil),

de responsabilidade do MMA, encontra-se atualmente inscrito em restos a pagar.

Gerenciamento Costeiro. Reforço da capacidade de execução das entregas previstas no PPA e

no Planejamento Estratégico do MMA.

Parcialmente, essa situação pode ser minorada, garantindo o repasse de recursos

para execução do Termo de Descentralização de Recursos para FURG, no valor de R$150 mil, que

se encontra atualmente inscrito em restos a pagar, e que visa apoiar o processo de revisão do

macro diagnóstico.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano atua com os três

departamentos estabelecidos no Decreto 6.101/2007, o Departamento de Recursos Hídricos -

DRH, o de Revitalização de Bacias - DRB, e o de Ambiente Urbano – DAU. Além disso, encontram-

se, informalmente, sob responsabilidade da SRHU o Departamento de Qualidade Ambiental –

DQAM (formalmente vinculado à SMCQ) e o Departamento de Zoneamento Territorial – DZT

(formalmente vinculado à SEDR. No período considerado (2010-2016), as atribuições da SRHU

foram modificadas várias vezes, de maneira informal, até chegarem à configuração atual,

bastante ampliada. Essa ampliação trouxe um novo papel com maior projeção da Secretaria no

contexto do MMA, mas a informalidade desse desenho terminou por enfraquecer alguns temas

ao longo do tempo, a exemplo da revitalização de bacias, que sofreu com a perda de cargos de

direção e assessoramento.

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Secretaria de Recursos Hídricos e

Ambiente Urbano

Departamento de Recursos Hídricos

Gerência de Apoio ao CNRH

Gerência de Planejamento e

Políticas de Recursos Hídricos

Departamento de Ambiente Urbano

Gerência de Resíduos Sólidos

Gerência de Resíduos Perigosos

Departamento de Revitalização de

Bacias

Gerência de Projetos

Departamento de Qualidade

Ambiental na Indústria

Gerência de Qualidade do Ar

Gerência de Segurança Química

Departamento de Zoneamento Territorial

Gerência Ambiental Urbana e Territorial

Gerência de Zoneamento

Costeiro

Gerência de Zoneamento

Ecológico-Econômico

Chefe de Gabinete

Gerência de Cooperação Técnica

Divisão de Orçamento e

Finanças

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SECRETARIA DE EXTRATIVISMO E

DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL -

SEDR

INTRODUÇÃO

A Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável - SEDR, criada

em 2007 pelo Decreto nº 6.101, tem a missão de promover a transição à sustentabilidade do atual

modelo de desenvolvimento agrícola e rural do país, bem como a promover e induzir a gestão

ambiental territorial e a conservação e uso sustentável dos recursos naturais da

sociobiodiversidade, em territórios de povos e comunidades tradicionais e indígenas, de

agricultura e de produção familiar de base comunitária. A Secretaria tem como referência

estratégica a redefinição dos processos de ocupação e uso dos territórios e dos recursos naturais.

O desenvolvimento agrícola e rural passa pela capacidade de superar os conflitos

entre produção e conservação ambiental, mediante a integração dos objetivos e instrumentos

das políticas ambientais e agrícolas, dentro do marco geral do desenvolvimento sustentável.

Reverter o atual estágio de degradação dos ecossistemas, provocada em sua maior parte pela

agropecuária, pressupõe simultaneamente promover e difundir sistemas produtivos

agrosilvopastoris e o desenvolvimento rural em bases sustentáveis. Em qualquer situação, o foco

da intervenção é o uso adequado da terra e dos recursos naturais, seja nas áreas de agricultura

familiar, de assentamentos da reforma agrária, terras indígenas, de comunidades extrativistas,

nas Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD) e nas de produção agropecuária de tipo

patronal/empresarial de grande escala. Assim, reconhece-se a pluralidade da produção rural

(produtiva, sociocultural, ecológica e territorial) e a dualidade do modelo agrícola do País, da

mesma forma que se reconhece a necessidade de adequar uma agenda ambiental propositiva e

indutiva da sustentabilidade às distintas realidades e demandas dos grupos sociais.

A transição pressupõe a capacidade de promover a interação com as políticas que

incidem sobre o setor rural, com base nos princípios da transversalidade ambiental e da

responsabilidade compartilhada presentes no Pacto Federativo e no Sistema Nacional de Meio

Ambiente. Assim, a SEDR trabalhou, nos últimos anos, na construção de um modelo de

desenvolvimento rural sustentável, com base nos princípios da agroecologia, por meio da indução

de ações de assistência técnica e extensão rural, mediante processos educativos e participativos,

objetivando o fortalecimento da agricultura familiar, e do agroextrativismo e a redução das

desigualdades sociais, da pobreza e da fome, de modo a garantir a plena cidadania.

Nesse contexto, as ações da Secretaria constituem hoje grandes desafios que, se,

por um lado a distinguem de forma singular, por outro, aumentam a sua responsabilidade e seu

compromisso para com a sociedade.

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RESULTADOS E CONQUISTAS

PROGRAMA DE APOIO À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PROGRAMA BOLSA VERDE

O Bolsa Verde (PBV) é um programa pioneiro de âmbito nacional que investiu

cerca de R$ 300 milhões desde 2011. A meta do PPA 2012-2015 de beneficiar 70 mil famílias foi

atingida no ano de 2015. Ao final de 2015 o Programa beneficiava 74.522 famílias. Até fevereiro

de 2016, o programa beneficiava 76.795 famílias. Atualmente o Programa conta com 64.648

famílias, excluídas aquelas que, de acordo com monitoramento recente, elevaram a sua renda e

se tornaram inelegíveis. São abrangidos pelo PBV aproximadamente 5,5% da cobertura vegetal

do território nacional, em 966 áreas localizadas que incluem UC Federais, projetos de

assentamento da reforma agrária geridos pelo INCRA e famílias ribeirinhas.

Em 2015, foi realizado o monitoramento ambiental anual das 960 áreas de

abrangência do Bolsa Verde. No mesmo ano, foi realizado o monitoramento amostral dos

impactos do Programa. Em paralelo a essas iniciativas, identificou-se que, para garantir a

conservação ambiental e superar a situação de extrema pobreza dessas famílias, é necessário

aumentar a incidência e a coordenação de outras políticas públicas nessas áreas e, para tanto, foi

elaborado o Plano Nacional de Fortalecimento das Comunidades Extrativistas e Ribeirinhas –

PLANAFE, o qual foi Lançado, no III Chamado da Floresta, em outubro/15, prevendo comissão

intersetorial paritária entre governo federal e representantes de organizações extrativistas, com

o objetivo de revisar e implementar o Plano.

A implementação do Programa Bolsa Verde, sob a coordenação do Ministério do

Meio Ambiente, tem gerado impacto positivo na renda das famílias, gerando dinamização da

economia local, bem como no aumento da percepção dos beneficiários no que tange à

conservação ambiental de suas áreas. Esses resultados são demonstrados nos monitoramentos

realizados até o momento e, mais recentemente, pela Pesquisa Etnográfica realizada pelo MDS.

As demais iniciativas listadas relacionadas ao apoio à inclusão produtiva desse público e de demais

povos e comunidades tradicionais têm, de igual maneira, contribuído para o avanço do

extrativismo e a conquista e consolidação dos direitos dos povos e comunidades tradicionais.

PLANO NACIONAL PARA O FORTALECIMENTO DAS COMUNIDADES EXTRATIVISTAS E

RIBEIRINHAS - PLANAFE

Lançamento do Plano Nacional para o Fortalecimento das Comunidades

Extrativistas e Ribeirinhas – PLANAFE, em dezembro de 2015 (Portaria Interministerial dos

Ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social e Combate à

Fome). O Plano tem o objetivo de adequar, articular, integrar e propor ações de acesso às políticas

de saúde, educação, infraestrutura social, fomento à produção sustentável, geração de renda e

gestão ambiental e territorial das áreas de uso e ocupação tradicional, visando assegurar a

qualidade de vida, o acesso e uso sustentável dos recursos naturais, a conservação ambiental e a

promoção dos direitos humanos para as comunidades extrativistas e ribeirinhas.

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PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO DAS CADEIAS DE PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE-

PNPSB

O Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade-

PNPSB, após ampla consulta à sociedade civil e ao setor empresarial, foi instituído por meio de

Portaria Interministerial dos Ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Combate

à Fome e do Desenvolvimento Agrário, como parte da estratégia de implementação da Política

Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), tendo

como objetivo principal desenvolver ações integradas para a promoção e fortalecimento das

cadeias de produtos da sociobiodiversidade com agregação de valor e consolidação de mercados

sustentáveis. Entre os principais avanços obtidos com a implementação do PNPSB destacaram-

se:

a) Criação da Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade

(PGPM-Bio);

b) Criação do Programa Mais Gestão;

c) Ampliação do acesso ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e ao Programa de

Aquisição de Alimentos (PAA); e,

d) Desenvolvimento de metodologias diferenciadas de assistência técnica e extensão rural

(ATER) para o público extrativista e a ampliação do número de Documentos de Aptidão ao

PRONAF (DAP) emitidas para o público extrativista, que saltou de cerca de 5 mil em 2009,

para quase 60 mil em 2015.

Arranjos Produtivos Locais

Nos últimos anos a SEDR buscou dar apoio a arranjos produtivos locais, visando

contribuir para implementação de ações constantes no Plano Nacional de Promoção das Cadeias

de Produtos da Sociobiodiversidade – PNPSB. Entre 2012 e 2014, foram apoiadas 12 (doze)

organizações locais, visando à mobilização, articulação e capacitação das organizações

econômicas dos povos e comunidades tradicionais (cooperativas e associações) e outros atores

que interferem nas cadeias produtivas da sociobiodiversidade, na busca de fortalecer os

Arranjos Produtivos Locais – APLs das cadeias prioritárias, de modo que os segmentos de povos

e comunidades tradicionais consigam se organizar para acessar os mercados e estabelecer

relações com os outros segmentos que participam ou interferem nas cadeias de forma mais

equilibrada.

PLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA (PLANAPO)

Lançamento, em 2013, do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica

(PLANAPO). A partir desse Plano, MMA e MDA passaram a envidar esforços para aproximar e

articular a agenda da sociobiodiversidade com a da agroecologia e produção orgânica, visando à

mobilização dos movimentos sociais ligados à agricultura familiar e aos povos indígenas, povos e

comunidades tradicionais. O Plano prevê a criação da Comissão Nacional de Agroecologia e

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Produção Orgânica (CNAPO), sob a qual foi criada a Subcomissão Temática da

Sociobiodiversidade, sob coordenação da SEDR. Em 2015 a Subcomissão realizou o I I Seminário

Naciona l da Sociobiodiversidade, com o objetivo principal de validação da proposta para o

Programa Nacional da Sociobiodiversidade (2016/2019), a ser incorporado no II Plano Nacional

de Agroecologia e Produção Orgânica (2016-2019).

POLÍTICAS DE APOIO À COMERCIALIZAÇÃO PARA PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE,

O dois principais instrumentos para acesso dos mercados institucionais para

produtos da sociobiodiversidade foram a Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos

da Sociobiodiversidade (PGPMBio) e o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA. No período

de janeiro de 2009 a dezembro de 2015 foram investidos 28,6 milhões de reais em operações de

subvenção a produtos extrativos (PGPMBio) - açaí, pequi, fibra de piaçava, castanha do Brasil,

amêndoa de babaçu e borracha, Macaúba e Piaçava – beneficiando 61,5 mil famílias extrativistas.

As operações de subvenção induziram significativo aumento na quantidade produzida desses

produtos, colaborando para formalização de negócios, formação de preços e estruturação de

cadeias produtivas da sociobiodiversidade.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), entre 2009 e 2015, investiu

169 milhões de reais em aquisição de produtos da sociobiodiversidade, beneficiando mais de

40 mil famílias extrativistas.

POLÍTICA NACIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL EM TERRAS INDÍGENAS -PNGATI.

Um importante apoio à implementação da PNGATI foi o financiamento da

elaboração de Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) em Terras Indígenas, por meio

do Fundo Amazônia e do Fundo Clima. Entre 2012 e 2015 foram investidos quase R$ 100 milhões

para elaboração e implementação de PGTAs. Ademais, entre 2004 e 2014, foram beneficiadas

21.332 famílias e 84 etnias, em 312 projetos apoiados pelo Programa Carteira Indígena, com

investimento de R$ 13.298.319,25.

CADASTRO AMBIENTAL RURAL – CAR

A Lei nº 12.651, de 2012, que institui o novo Código Florestal, definiu o Cadastro

Ambiental Rural – CAR como instrumento de regularização ambiental dos imóveis rurais. O CAR é

o primeiro passo de um processo de regularização e recuperação da vegetação nativa sem

precedentes no mundo, que há de estabelecer uma consistente base de dados para subsidiar a

tomada de decisão e a construção de políticas públicas na área ambiental. O desafio de implantar

o CAR exigiu o desenvolvimento de inovações tecnológicas que permitissem o cadastramento de

mais de 5 milhões de imóveis rurais com precisão espacial capaz de identificar a realidade da

cobertura vegetal existente e a necessidade de recomposição de áreas de reserva legal e de

preservação permanente.

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Para isso, foi desenvolvido o Siscar – Sistema de Cadastro Ambiental Rural e foram

adquiridas imagens de satélite de alta resolução para todo o País. O valor da aquisição das

imagens foi de 29 milhões de reais por ano, contemplando os anos de 2011, 2012 e 2013.

A implantação do CAR demandou, ainda, a articulação dos diversos setores

envolvidos, tanto governamentais quanto produtivos. Para isso, foram estabelecidos 14 Acordos

de Cooperação Técnica com entidades representativas dos produtores rurais familiares e

patronais, além das cooperativas, instituições financeiras e setores industriais, com o objetivo de

promover ações para apoiar o cadastramento dos imóveis rurais. Outros 27 ACTs foram

estabelecidos com os Governos Estaduais. Além disso, o MMA firmou 8 convênios com 7 Estados,

no valor total de pouco mais de 8 milhões de reais, para apoiar os Estados na implantação do CAR.

Os resultados dessas ações são expressivos. Os sistemas de cadastramento

federal e estaduais, já registram cerca de 280 milhões de ha, pouco mais de 70% da área total

cadastrável, e um total de 2.647.022 imóveis rurais.

POLÍTICAS AGROAMBIENTAIS

Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos (PRONARA).

Como uma das iniciativas do PLANAPO I, a Comissão Nacional de Agroecologia e

Produção Orgânica (CNAPO) aprovou a proposta do PRONARA, que objetiva a melhoria da

qualidade dos alimentos ofertados à população e a redução da poluição causada pela produção

agropecuária brasileira, criando condições para que os produtores possam ampliar a produção

sustentável, contribuindo para a proteção dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida

e saúde da população, além de assegurar uma participação diferenciada em mercados

internacionais. O mesmo aguarda aprovação do MAPA para ser lançado.

Conclusão das duas primeiras fases do Projeto “Fortalecimento de Políticas Agroambientais em

Países da América Latina e Caribe”

O Projeto “Fortalecimento de Políticas Agroambientais em Países da América

Latina e Caribe por meio do Diálogo e Intercâmbio de Experiências Nacionais” foi celebrado em

cooperação com a FAO em 2012. Na primeira fase, das 3 previstas, foram identificadas as políticas

agroambientais em 8 países da América Latina e Caribe. Na segunda, ao longo do ano de 2015,

foram aprovadas as Diretrizes Voluntárias para Políticas Agroambientais para o Brasil e demais

países da América Latina e Caribe. Na terceira fase do projeto está sendo preparada a

internalização das Diretrizes no Brasil e a definição de indicadores agroambientais.

AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

A Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca

Consolidação recebeu grande impulso em 2015 com a aprovação de seu marco legal, a Lei 13.153,

de 30 de Julho de 2015. Essa Lei favoreceu a implementação da estratégia financeira para a

implementação da política, a qual se tem traduzido em diversas iniciativas com a cooperação

técnica internacional. Destacam-se a apresentação e aprovação de dois projetos ao Fundo Global

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para o Meio Ambiente (GEF), na linha de Degradação do Solo, a aprovação de um projeto de

cooperação com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e uma

iniciativa com o Projeto Econormas, do Mercosul, para a implementação do Plano Municipal de

Combate à Desertificação de Irauçuba, totalizando recursos de R$ 37.152.103,00.

Implementação da Estratégia com Agentes de Fomento (Fundo Clima, CAIXA,

FNMA e FNDF) para apoio a projetos de convivência sustentável com a semiaridez para o combate

à desertificação, que possibilitou investimentos da ordem de R$ 100 milhões em projetos no

campo. Foram criadas linhas de financiamento para o combate à desertificação no BNDES e no

BNB para apoio ao manejo florestal e melhoria tecnológica dos setores gesseiro e cerâmico. Um

grande avanço na promoçao do manejo florestal foi a sinalizaçao da criaçao do “custeio florestal”

para financiar as atividades florestais.

Com apoio do Fundo Clima e do IICA, foi apoiada realizado o Primeiro Encontro

dos Países de Língua Portuguesa da UNCCD, com visitas técnicas às boas práticas de convivência

sustentável com a semiaridez, realização de reuniões e seminários com a Universidade da

Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

PROGRAMA DE APOIO À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PROGRAMA BOLSA VERDE

Atualmente, o Programa Bolsa Verde apresenta alguns grandes desafios: a)

incremento de público e a gestão do público já existente; b) a manutenção dos recursos

orçamentários necessários ao pagamento dos benefícios das famílias hoje inscritas no Programa;

c) a manutenção da cobertura vegetal das áreas do Programa, dentro dos parâmetros

estabelecidos; d) a ampliação do acesso a serviços e inclusão socioambiental e produtiva dos seus

beneficiários.

No que diz respeito ao incremento e à manutenção de famílias no programa, o

corte orçamentário de 30% tem como principal consequência a não inclusão de novas famílias de

áreas consideradas aptas e afeta, inclusive, a manutenção das famílias já beneficiadas pelo Bolsa

Verde. Dessa forma, é necessário adequar o Programa à sua realidade orçamentária de 2016.

Destaca-se que a exclusão das famílias do programa deve ocorrer o quanto antes.

Em relação à gestão do Programa, espera-se que, com o SisBolsaVerde em

funcionamento em 2016, as demandas operacionais do Programa sejam reduzidas e grande parte

delas sejam automatizadas, conferindo ao Programa maior agilidade e segurança. Trata-se,

portanto, de ação essencial.

No que tange ao desafio de ampliação do acesso a serviços e inclusão

socioambiental e produtiva dos seus beneficiários, há medidas importantes e necessárias como:

a) a implementação do PLANAFE, que visa harmonizar políticas públicas já existentes com aquelas

voltadas para as comunidades extrativistas e ribeirinhas; b) a instituição de uma Política de

Nacional de Extrativismo; e c) a consolidação das cadeias dos produtos da sociobiodiversidade e

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do apoio a organizações produtivas na produção, beneficiamento e acesso a mercados

institucionais e diferenciados.

PROMOÇÃO DO AGROEXTRATIVISMO SUSTENTÁVEL PARA POVOS INDÍGENAS, POVOS E

COMUNIDADES TRADICIONAIS

A agenda de agroextrativismo enfrenta ainda importantes desafios, apesar dos

avanços verificados no período. Destacam-se:

- a dificuldade de acesso de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e

agricultores familiares às políticas e instrumentos existentes, devido às condições geográficas,

falta de informação e inadequação do seu modus operandi à realidade do público agroextrativista;

- ausência de instrumentos eficazes de comunicação que sejam capazes de levar

a informação relativa às políticas públicas, no tempo e linguagem adequada ao público

agroextrativista;

- insuficiência de dados oficiais quanto à produção extrativista, a fim de que possa

ser corretamente dimensionada a importância da sociobiodiversidade para a economia nacional;

- carência de infraestrutura e serviços básicos de habitação, saúde, saneamento,

educação e transporte nas comunidades extrativistas;

- insuficiência de linhas de crédito e fomento destinados à aquisição de

equipamentos e infraestrutura para produção e comercialização dos produtos extrativistas, de

forma a atender a mercados diferenciados;

- baixa capacitação técnica do público beneficiário, devido à carência na oferta de

ensino e assistência técnica adequados à realidade extrativista.

Observa-se como oportunidade o investimento crescente na agenda de mitigação

dos efeitos da mudança do clima, associado à organização das informações relativas ao público e

aos territórios extrativistas. A partir dessas iniciativas, poderão ser destinados recursos à

promoção do agroextrativismo, numa escala mais ampla, como estratégia de conservação das

áreas florestadas, diminuição do desmatamento e sequestro de carbono, reconhecendo-se assim

a importante participação dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores

familiares na redução e mitigação dos efeitos da mudança do clima.

REGULARIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO AMBIENTAL

A etapa de inscrição no CAR a ser concluída em maio de 2016, primeira fase da

regularização ambiental, traz o grande desafio de prover e assistir os agricultores, especialmente

os familiares, nas ações posteriores ao Cadastro. Para isso, há de se investir em novos

instrumentos de política pública para aprimorar o planejamento e a gestão ambiental dos

territórios rurais, de forma a melhorar a produtividade do trabalho na agricultura, com a geração

progressiva de renda e de inclusão social. Isso requer a melhoria da capacidade de gestão dos

atores públicos e sociais do setor rural, entre os quais os órgãos de assistência técnica e extensão

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rural, aportando a formação técnica necessária, o desenvolvimento e uso de novas tecnologias

de planejamento, gestão, monitoramento e controle, que devem ser pactuados e implementados

em escala nacional de modo a se obter em menor prazo melhorias significativas na qualificação e

qualidade dos serviços prestados aos agricultores, sensibilizando os a adotarem processos

produtivos que contribuam com a conservação ambiental.

POLÍTICAS AGROAMBIENTAIS.

Uma das iniciativas do I Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica

(PLANAPO I), a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) aprovou a

proposta de um Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos – PRONARA, que objetiva

a melhoria da qualidade dos alimentos ofertados à população e a redução da poluição causada

pela produção agropecuária brasileira, criando condições para que os produtores possam ampliar

a produção sustentável, contribuindo para a proteção dos recursos naturais e a melhoria da

qualidade de vida e saúde da população, além de assegurar uma participação diferenciada em

mercados internacionais. O mesmo aguarda aprovação do MAPA para ser lançado.

AGENDA DE 180 DIAS

PROGRAMA DE APOIO À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PROGRAMA BOLSA VERDE

O programa necessita com urgência de recursos orçamentários para sua

implementação, em especial para o pagamento dos benefícios e para a execução do

monitoramento ambiental, amostral e desenvolvimento do SisBolsaVerde. Não havendo

ampliação de recursos, há a necessidade de corte de beneficiários visando adequar a capacidade

orçamentária ao número de beneficiários e a demandas operacionais essenciais para o

funcionamento do Programa.

Realização do Seminário Panamazônico de Proteção Socioambiental a ser

realizado de 04 a 10 de julho de 2016, em Brasília – DF, envolvendo 9 países (Brasil, Bolívia, Peru,

Equador, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela e Costa Rica, realizado pelo Ministério

do Meio Ambiente em parceria com a Conservação Internacional – CI e a Organização

Internacional do Trabalho – OIT. O evento, pago com recursos já repassados em 2015 pelo MMA

à OIT, contará com a presença de 01 representante do governo e 01 representante de

beneficiários de programas relacionados ao tema e terá como objetivo o intercâmbio de

experiências, o fornecimento de subsídios para o desenvolvimento de programa de PSA com

Inclusão Social, a partir do Programa Bolsa Verde, bem como a formação de uma Rede

Panamazônica de Proteção Socioambiental;

Realização de Seminário Nacional do Programa Bolsa Verde – Avaliação e

Perspectivas de Futuro, o qual deverá ocorrer no segundo semestre de 2016, com parceiros do

governo federal, sediados em Brasília e gestores locais, do ICMBio, Incra e SPU, bem como dos

movimentos sociais representativos das famílias beneficiárias.

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LANÇAMENTO DO WEBAMBIENTE

Previsto para junho deste ano. Trata-se de sistema que disponibiliza soluções

tecnológicas para uso, recuperação e restauração de ambientes em áreas de reserva legal e de

preservação permanente nos seis biomas brasileiros. Está sendo desenvolvido por meio de

cooperação com a Embrapa e está em estágio avançado de desenvolvimento. Será lançado com

listagem de espécies de vegetação nativa de seis biomas.

CONCLUSÃO DO PROJETO “FORTALECIMENTO DE POLÍTICAS AGROAMBIENTAIS EM PAÍSES DA

AMÉRICA LATINA E DO CARIBE ATRAVÉS DO DIÁLOGO E INTERCÂMBIO DE EXPERIÊNCIAS

NACIONAIS”

Trata-se de projeto de cooperação Sul-Sul, executado pelo Escritório Regional da

FAO para America Latina e Caribe. Sua 3ª etapa tem como foco a identificação e divulgação de

indicadores de políticas agroambientais e a divulgação das Diretrizes Voluntárias para Políticas

Agroambientais em Países da America Latina e Caribe. Necessária a transferência da

complementação do orçamento, no valor de US$ 98.000,00. A vigência do Projeto é até o dia

31/12/2016.

AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

Definição de uma estratégia para o CAR nas Áreas Susceptíveis à Desertificação –

ASD com o lançamento de edital em parceria com o FNMA, FNDF e a CAIXA no valor de R$ 10

milhões para o cadastro de 50.000 propriedades da agricultura familiar, até o fim de 2016.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

A Secretaria, entre os anos de 2010 e 2016, implementa suas ações por meio de

3 (três) Departamentos: Departamento de Extrativismo (DEX), Departamento de Combate à

Desertificação (DCD, que não existe na estrutura formal da SEDR) e Departamento de

Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS). O Departamento de Zoneamento Territorial (DZT),

formalmente ligado à SEDR, encontra-se de fato sob responsabilidade da SRHU. Por razões de

adequação deste relatório, as atividades do DZT foram tratadas no âmbito da SRHU, embora até

o ano de 2013 fossem de responsabilidade da SEDR.

Em relação aos principais problemas advindos da estrutura institucional atual,

destaca-se a informalidade dessa estrutura, particularmente no que tange aos papéis do DZT

(formalmente da SEDR mas sob responsabilidade de outra Secretaria) e DCD (que sequer existe

na estrutura formal do Ministério). Embora essa informalidade, como em outras Secretaria do

MMA, reflitam o realinhamento e o redirecionamento das políticas de governo desenvolvidas

pelo MMA nos últimos anos, a situação gera diversos óbices de natureza administrativa,

orçamentária e financeira, inclusive junto aos órgãos de controle. Por esta razão, embora, do

ponto de vista orçamentário e administrativo, o DZT ainda faça parte da estrutura da SEDR, o

Departamento em tela não está sendo considerado dentro da atual força de trabalho da SEDR,

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uma vez que suas agendas e atividades, a partir do ano de 2013, estão alinhadas com as

atribuições atuais da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA (SRHU), as

quais foram redefinidas internamente no âmbito do MMA. Ressalta-se, no entanto, que as

atividades/ações desenvolvidas pelo DZT, nos anos de 2010 – 2016, foram consideradas neste

relatório tendo em vista que até o ano de 2013 as mesmas eram conduzidas pela SEDR.

Mais recentemente, em face de novos ajustes internos na estrutura do MMA, o

Departamento de Combate a Desertificação, teve suas atribuições fundidas às ações do DRS,

formando assim uma única estrutura.

Secretaria de Extrativismo e

Desenvolvimento Rural Sustentável

Departamento de Extrativismo

Gerência de Agroextrativismo

Gerência Socioambiental

Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável

Gerência de Políticas

Agroambientais

Gerência de Regulamentação

Ambiental

Departamento de Combate à

Desertificação

Chefe de Gabinete

Assessoria Técnica Unidade Financeira

Apoio Administrativo

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SECRETARIA DE ARTICULAÇÃO

INSTITUCIONAL E CIDADANIA – SAIC

INTRODUÇÃO

A SAIC tem as competências institucionais de coordenar, acompanhar e avaliar a

implementação da estratégia nacional de produção e consumo sustentáveis; desenvolver

articulação institucional, com os demais entes, nas esferas federal, estadual e municipal, e a

sociedade civil, em matéria ambiental; promover a cidadania socioambiental e a participação

social; e coordenar, acompanhar e avaliar a implementação da Política Nacional de Educação

Ambiental.

No período 2010-2016, foram desenvolvidos importantes instrumentos e

iniciativas para a implementação das competências institucionais da Secretaria, tais como o Plano

de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (2011); a 4ª Conferência Nacional de Meio

Ambiente, sobre resíduos sólidos (2013); quatro edições (2010, 2011, 2012, 2014) do Fórum e

Prêmio da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P); e a consolidação do processo de

formação e capacitação de gestores e educadores ambientais. Além disso, foram desenvolvidos o

Portal Nacional de Licenciamento Ambiental (PNLA) e o Sistema de Informações Estratégicas do

Sisnama (SIES).

RESULTADOS E CONQUISTAS

APROVAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO PARA PRODUÇÃO E CONSUMO

SUSTENTÁVEIS (PPCS), E INSTALAÇÃO DO COMITÊ GESTOR NACIONAL DE PRODUÇÃO E

CONSUMO SUSTENTÁVEIS.

O PPCS, adotado em 2011, resultado de um processo de construção amplo e

participativo, articula as principais políticas ambientais e de desenvolvimento do País no sentido

de tornar os padrões de produção e de consumo mais sustentáveis. Ao longo do 1° ciclo do Plano

(2011-2014), foram realizadas múltiplas iniciativas, tais como a celebração de 8 acordos/pactos

setoriais, nos quais setor privado e sociedade se comprometeram a melhorar e desenvolver

processos e produtos com melhor performance ambiental; foram desenvolvidos estudos e

capacitação visando criar as condições necessárias para internalizar a dimensão ambiental nos

processos licitatórios e tornar as contratações públicas de bens e serviços mais sustentáveis; e

realizadas duas campanhas de enorme repercussão nacional – “Saco é um Saco” e “Separe o Lixo

e Acerte na Lata”, para motivar a adoçao de práticas de consumo mais sustentáveis. Atualmente,

estão sendo construídas as Diretrizes para Implementação do 2º Ciclo do Plano de Ação (2016-

2020), ampliando o escopo, as parcerias e as ações, com vistas à mudança para um paradigma de

desenvolvimento mais sustentável no País.

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PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM GRANDES EVENTOS – COPA DO MUNDO E JOGOS

OLÍMPICOS.

A Copa do Mundo 2014 bateu todos os recordes de sustentabilidade em um

megaevento no mundo. Oito dos doze estádios foram concebidos e construídos dentro de

padrões internacionais e ganharam o certificado LEED. As emissões foram compensadas em 545,5

mil toneladas de CO2, 10 vezes mais que o compromisso assumido. As cidades sedes receberam

capacitação para a gestão de resíduos em grandes eventos, focada na coleta seletiva e inclusão

social, e para a produção de inventários de emissões. A campanha Passaporte Verde, iniciativa do

PNUMA, teve edição dedicada à Copa desenvolvida em parceria com o MMA, para incentivar o

turismo sustentável e qualificar a cadeia do turismo no País. Essas iniciativas estão sendo

renovadas na organização das Olimpíadas 2016, buscando torná-las exemplo de sustentabilidade

para as futuras edições dos Jogos.

AMPLIAÇÃO E FORTALECIMENTO DA SUSTENTABILIDADE NO SETOR PÚBLICO POR MEIO DO

PROGRAMA A3P.

No período em análise, o Programa A3P – Agenda Ambiental na Administração

Pública foi estruturado, fortalecido e ampliado, atingindo a marca de 287 instituições com Termo

de Adesão à agenda e com 600 instituições cadastradas na Rede A3P. A ampliação das adesões

focou as instituições das esferas estadual e municipal. A criação dos Selos A3P permitiu o

fortalecimento do programa, reconhecendo as instituições comprometidas com a

responsabilidade socioambiental. A utilização do sistema de monitoramento da A3P está

auxiliando na avaliação do padrão de consumo dos órgãos públicos e da incorporação da

responsabilidade socioambiental dessas instituições. As capacitações presenciais e à distância

estão sensibilizando e habilitando os gestores públicos para a implantação do Programa. Como

parte da consolidação da agenda, está em curso o desenvolvimento da Certificação A3P para a

Administração Pública.

FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE GESTORES E EDUCADORES AMBIENTAIS.

No âmbito da Política Nacional de Educação Ambiental, foram realizadas ações e

processos formativos de Educação Ambiental (EA), presenciais e à distância, para os diversos

públicos das agendas prioritárias do MMA. Foi customizada e disponibilizada no servidor do MMA

Plataforma Moodle de Educação a Distância (AVA), que conta com mais de 30 mil inscritos e 23

cursos estruturados, que serão realizados até o final de 2016. Esses cursos compõem estratégias

de transversalização da EA nas políticas de meio ambiente com as seguintes ações: Estratégia de

EA e Comunicação na Gestão de Resíduos Sólidos – Educares; Estratégia de EA e Comunicação em

Unidades de Conservação – ENCEA; Programa de EA e Agricultura Familiar – PEAAF e Programa

Nacional de Capacitação de Gestores – PNC. Como resultados dessas agendas, destacam-se: (i)

parcerias firmadas com 15 estados; (ii) fomento a 12 projetos de EA e Agricultura Familiar, com a

destinação de R$ 9 milhões (recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente); e (iii) formação de

cerca de 20.000 pessoas.

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CIRCUITO TELA VERDE E AS SALAS VERDES

Na intenção de incentivar a formação da sociedade para a questão

socioambiental, por meio do fortalecimento de estruturas e espaços educadores, foram

implementadas ações do Projeto Salas Verdes e do Circuito Tela Verde. O Projeto Salas Verdes

conta com uma rede de 359 instituições, que desenvolvem e articulam atividades de educação

ambiental nos estados e territórios do País. Esses parceiros, além de receberem kits com

publicações, são beneficiários dos cursos disponibilizados na plataforma Moodle para a formação

em Meio Ambiente e Educação Ambiental. O Circuito Tela Verde - CTV é um projeto que promove

reflexões sobre as questões socioambientais, por meio da linguagem audiovisual. Nas suas 7

edições, foram selecionados 313 vídeos e realizadas mostras e debates em 9.191 espaços

exibidores em todo o Brasil, incluindo TVs públicas, e atingindo em média 500 mil pessoas por

edição.

INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE (PNJMA)

Instituído em 2015, pela Portaria Interministerial nº 390, o Plano tem como

objetivo a promoção e integração das políticas públicas ambientais que efetivem os direitos da

juventude à sustentabilidade e ao meio ambiente, garantidos no Estatuto da Juventude. O PNJMA

deverá integrar o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE, instituído pela Lei nº 12.852, de 5

de agosto de 2013. Os princípios do Estatuto da Juventude deverão orientar a implementação do

Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente, que é coordenado pelo Ministério do Meio

Ambiente, tendo como gestores e executores os Ministérios da Educação, das Mulheres,

Igualdade Racial, Juventude e Direitos Humanos, e do Desenvolvimento Agrário. O CONJUVE –

Conselho Nacional de Juventude participará do Plano, principalmente no monitoramento e na

avaliação de suas ações e metas, conforme Plano de Trabalho, atualmente em processo de

validação nos Ministérios.

AÇÕES DE GÊNERO NO ÂMBITO DO MMA

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) vem buscando a incorporação de

questões de gênero e políticas públicas para as mulheres em sua área de competência, em

alinhamento com as recomendações advindas das Conferências Nacionais de Políticas para as

Mulheres.

De acordo com os princípios e diretrizes do Plano Nacional de Políticas para as

Mulheres (PNPM), o MMA instituiu o Comitê Interno de Gênero, por meio da Portaria nº 25, de

23 de janeiro de 2008, republicada em 2012. O Comitê tem como finalidade contribuir para a

elaboração de propostas de ações, realizar estudos técnicos sobre o tema e analisar viabilidades

técnico-financeiras para subsidiar a inclusão das questões de gênero e políticas públicas para as

mulheres nas áreas de atuação do Ministério.

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REDE DE MULHERES BRASILEIRAS LÍDERES PELA SUSTENTABILIDADE

Foi constituída, em 2011, a Rede de Mulheres Brasileiras Líderes pela

Sustentabilidade, formada por mulheres líderes da gestão executiva de conselhos ou tomadoras

de decisão, de instituições públicas e privadas, com o objetivo de promover compromissos em

prol da sustentabilidade e do empoderamento feminino. Em 2012, a Rede lançou a Plataforma

20, durante a Rio+20, documento que trazia ações para promover a construção de um país mais

justo, equitativo e sustentável, que reconheça e valorize as mulheres.

FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS

(CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE MEIO AMBIENTE)

Em 2013, foi realizada em Brasília a Etapa Nacional da 4ª Conferência Nacional,

sobre o tema Resíduos Sólidos. Em todo o processo das etapas preparatórias, foram realizadas

conferências estaduais, municipais e regionais, além de conferências livres, com a participação de

mais de 200 mil pessoas. Foram levantadas 60 prioridades nacionais, principalmente para

incentivar a reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos sólidos, constituindo importante

contribuição para a construção dessa agenda no País.

PORTAL NACIONAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (PNLA)

As melhorias do PNLA tiveram início em novembro de 2012 e decorreram de um

amplo processo de articulação institucional entre o MMA e os órgãos licenciadores, para

disponibilização das informações sobre o processo de licenciamento ambiental, dos órgãos

licenciadores da União, estados e Distrito Federal. Em 2014, os bancos de dados dos órgãos

licenciadores em âmbito federal e estadual/distrital foram integrados, permitindo o

funcionamento dos mecanismos de pesquisa de licenças e informações sobre o licenciamento

ambiental no Portal. No ano de seu lançamento, o PNLA foi o sítio com maior número de registro

de acessos dentre os domínios vinculados ao MMA. Além de mecanismo para a disponibilização

de informações sobre o licenciamento ambiental, o PNLA foi pensado de modo a constituir uma

ferramenta de suporte para a formulação de políticas públicas e diretrizes de ação dos órgãos

governamentais e das entidades que compõem o SISNAMA, bem como para a democratização e

controle social da informação ambiental.

SIES – SISTEMA DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DO SISNAMA

Desenvolvido a partir de 2013, o Sistema de Informações Estratégicas do

SISNAMA – SIES surgiu da necessidade de obtenção de informações sobre as ações desenvolvidas

pelas diversas secretarias e vinculadas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), por parte do

Departamento de Coordenação do Sisnama (DSIS). O sistema sofreu diversos ajustes e evoluções

ao longo do ano de 2014 e evoluiu para interface “web”, permitindo o acesso ao sistema por meio

da internet para os usuários em nova versao, denominada “SIES 2.0 Web”. A partir do segundo

semestre de 2015, foi iniciado um ciclo de reuniões para aprimoramento do SIES com as

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informações orçamentárias e financeiras do MMA, visando preparar a integração de dados do

SIAF e SICONV, evitando duplicação de esforços no lançamento de informações ao SIES.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS

Fortalecer os mecanismos e as ações para implementação do 2º ciclo do PPCS,

contemplando instrumentos de estímulo à produção e ao consumo sustentáveis, e a definição da

linha de base e seu monitoramento, tendo como objetivo ampliar a escala do Plano; construir, de

forma participativa e inclusiva, envolvendo o Congresso Nacional, as demais instituições públicas

relevantes, o setor privado e a sociedade em geral, uma proposta de política nacional de produção

e consumo sustentáveis; fortalecer a articulação e a sinergia com as demais políticas ambientais

e com as políticas setoriais relevantes; identificar novas parcerias e fortalecer as existentes entre

os diversos setores e níveis de governo, bem como com o setor privado, ONGs e sociedade em

geral, em torno da agenda de PCS; construir e implementar uma estratégia robusta de

comunicação das ações e iniciativas adotadas sob a égide do PPCS, de modo a aumentar a

conscientização e disseminar boas práticas em PCS; e promover reuniões semestrais do Comitê

Gestor de PCS, para reforçar os mecanismos de cooperação e monitoramento, visando ao

aperfeiçoamento contínuo do Plano e o fortalecimento de sua implementação.

PROGRAMA A3P

Aperfeiçoar e ampliar o Programa A3P, especialmente junto aos municípios;

ampliar a capacitação presencial e a distância para implementação do Programa A3P; implantar

a certificação socioambiental em instituições públicas; promover o efetivo monitoramento e

avaliação do Programa, por meio do sistema Ressoa; promover, em parceria com o MP, a

implantação do PROBEN Esplanada; e proporcionar o financiamento para projetos de A3P,

inclusive por meio do Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA.

PROJETOS ESPECIAIS

Embora não seja responsabilidade formal do MMA, a realização dos Jogos

Olímpicos em 2016 enseja oportunidade para promover a articulação e a cooperação necessárias

para os esforços de gestão da sustentabilidade dos jogos, com todos os órgãos e instâncias

encarregadas de sua organização, incluindo a participação do MMA na definição dos conteúdos

da Casa Brasil, bem como o fortalecimento da sustentabilidade em todos os projetos e ações

relacionados aos Jogos.

AGENDA 2030 E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Apoiar a estrutura governamental responsável pela coordenação e gestão da

implementação da Agenda 2030 e do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,

bem como o engajamento dos demais poderes (legislativo e judiciário), níveis de governo e da

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sociedade civil; coordenar, promover, implementar, monitorar e avaliar políticas, programas,

projetos e iniciativas com vistas ao alcance dos ODS relacionados a meio ambiente; e acompanhar

o processo internacional relativo à Agenda 2030, principalmente no que concerne os meios de

implementação para o alcance dos ODS, inclusive seu monitoramento nos níveis nacional,

regional e global.

CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO

Diante das limitações orçamentárias e financeiras, bem como do encerramento,

em julho de 2016, do Projeto de Cooperação Técnica com o Instituto Interamericano de

Cooperação para a Agricultura - IICA, os maiores desafios estão no estabelecimento de novas

parcerias estratégicas para assegurar a continuidade das ações em andamento. No caso da EaD,

o desafio está em assegurar o suporte para a produção e execução dos cursos demandados pelas

unidades do MMA e atendimento aos usuários. Está previsto o lançamento, em abril de 2017, do

novo Programa Nacional de Capacitação de Gestores, que demanda esforços de articulação para

a sua institucionalização no âmbito do MMA e a destinação dos recursos necessários. Também

está previsto o estabelecimento de Acordos de Cooperação Técnica com os Órgãos Estaduais de

Meio Ambiente, que já manifestaram interesse e estão no aguardo de um posicionamento político

do MMA.

COMUNICAÇÃO

Existe uma demanda expressiva da sociedade pela implementação de novas Salas

Verdes. No entanto, para atendê-la é necessária a criação de um sistema para a gestão de

informações do projeto e estrutura para o monitoramento das ações. Como perspectiva, está

sendo pensada uma articulação com os estados para uma coordenação compartilhada do projeto.

O 7º Circuito Tela Verde será lançado em junho de 2016 e, como desafio, está a ampliação do

número de espaços exibidores, diante das limitações financeiras. Como perspectiva, está em

estudo a indicação de uma plataforma já existente, que poderá disponibilizar uma curadoria de

meio ambiente com os vídeos do CTV para os espaços exibidores interessados.

GESTÃO INTEGRADA E DESCENTRALIZADA DO SISNAMA (DSIS)

Elaborar metodologia de articulação e coordenação do SISNAMA; aperfeiçoar o

SIES, incluindo novas funcionalidades mapeadas nas atividades de avaliação e a integração com

SIAF e SICONV, e com a colaboração ativa de todas as unidades do MMA e vinculadas;

institucionalizar o Portal do Sisnama, incluindo nova versão do SIES e diagnóstico sobre órgãos

estaduais e municipais de meio ambiente; colocar em funcionamento a nova versão do Portal

Nacional de Licenciamento Ambiental, com todos os estados, e com os bancos de dados

integrados e harmonizados; estruturar programa de capacitação continuada para os entes do

Sisnama, nas três esferas de governo; e articular e mediar, com os atores institucionais

pertinentes, para que haja posicionamento sobre as demandas apresentadas pelos entes do

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Sisnama sobre financiamento do sistema, demandas por regulamentação na LC140, dentre

outras.

SIES – SISTEMA DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DO SISNAMA

Como principais desafios futuros, são apontadas a integração de dados do SIAF e

SICONV, e as constantes evoluções da ferramenta, possibilitando ampliar a capacidade e

abrangência dos dados e informações armazenados no sistema. Destaca-se ainda a necessidade

de um processo permanente de treinamento e articulação junto aos pontos focais responsáveis

pelos dados inseridos no sistema, garantindo a qualidade das informações.

PORTAL NACIONAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O PNLA, como qualquer outro sistema, deve ser aperfeiçoado e alimentado

constantemente. Em suas próximas etapas, o DSIS objetiva avançar qualitativamente nas

informações contidas nos bancos de dados hoje disponíveis e investir na articulação junto aos

demais órgãos licenciadores e no processo de institucionalização do Portal frente aos órgãos

integrantes do Sisnama, garantindo assim seu escopo de consolidar o Sinima e fortalecer o

Sisnama.

CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL – CNMA / AGENDAS TRANSVERSAIS

Elaborar conteúdo de curso de formação em participação social e cidadania

ambiental; manter o Sistema Nacional de Cadastramento de Entidades Ambientalistas em

funcionamento; elaborar metodologia e definir processos para o novo desenho das CNMA,

incluindo governança, etapas preparatórias, de realização, monitoramento e avaliação das

conferências; readequar o Sistema de Acompanhamento das Deliberações das Conferências

Nacionais de Meio Ambiente, mantendo-o em funcionamento e em constante atualização.

PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL - PROGAB

Para apoiar o fortalecimento da gestão ambiental no país, o Ministério do Meio

Ambiente, por meio de Acordo de Cooperação Técnica com o Banco Interamericano de

Desenvolvimento - BID, elaborou - no período de 2013 a 2015 - a proposta do PROGAB, em

parceria com o Ibama e com os Órgãos Estaduais de Meio Ambiente. A implantação do PROGAB

tem como objetivos fortalecer a capacidade institucional de gestão e a governabilidade ambiental

no âmbito do SISNAMA, atuando no licenciamento ambiental e no planejamento ambiental,

particularmente nos instrumentos de avaliação ambiental estratégica, plataforma de informações

ambientais e na capacitação para avaliação de impactos e licenciamento. Trata-se de esforço que

deve ser continuado, estando em condições de ser apresentada a carta-consulta ao BID para a

sua concretização.

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AGENDA DE 180 DIAS

Acompanhar o processo internacional relativo à Agenda 2030 e aos Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável, particularmente no que concerne à definição de seu

arcabouço de monitoramento, nos níveis nacional, regional e global; contribuir para a

definição e funcionamento da estrutura institucional brasileira responsável pela coordenação

da implementação da Agenda 2030 e dos ODS nos níveis nacional e subnacional (há processo

em curso sendo conduzido pela Secretaria-Geral da PR, já tendo sido circulada minuta de

Decreto para instituir essa estrutura); e apoiar a coordenação do MMA e vinculadas para a

implementação da agenda ambiental dos ODS e monitoramento de suas metas.

Realizar o 9º Fórum e 6º Prêmio do Programa Agenda Ambiental na Administração Pública

(A3P), previstos para outubro de 2016. O edital do Prêmio já foi publicado, já se obteve

patrocínio e apoio de parceiros e foi dado início ao processo de escolha dos vencedores.

Realizar a próxima reunião presencial do Grupo de Amigos do Parágrafo 47 (GoF 47), criado

por ocasião da Rio+20 para promover os relatórios de sustentabilidade, que teve o Brasil

como um dos idealizadores. A reunião está prevista para o segundo semestre, em Brasília, a

partir de proposta apresentada pelo MMA. A realização não deverá implicar em custos

financeiros, apenas recursos técnicos.

Realizar a 7ª mostra do Circuito Tela Verde. Foi lançado edital para seleção de vídeos

socioambientais entre setembro e novembro de 2015 e lançada chamada pública, entre

março e abril de 2016, para a seleção de espaços exibidores, com o compromisso de envio

dos materiais em maio. De acordo com o planejamento e os prazos estabelecidos, os kits do

CTV deverão ser enviados para os espaços exibidores até maio de 2016 e o lançamento da

mostra está previsto para a semana de meio ambiente.

Lançar o Projeto Político Pedagógico do MMA e vinculadas em julho de 2016 e realizar, entre

maio e dezembro, 22 cursos a distância para a formação de 15.000 pessoas. Os cursos já estão

estruturados e transpostos para a linguagem a distância e já contam empresa contratada para

sua realização. Os cursos que serão oferecidos são resultado das demandas de todas as

secretarias do MMA, tendo parte deles já sido divulgada para a sociedade e instituições

parceiras. Cabe destacar que essa iniciativa é uma entrega prevista no Planejamento

Estratégico do MMA.

Apoiar a realização do encontro da Associação Nacional de Políticas Públicas de Educação

Ambiental – ANPEA, previsto para 19 de maio, com o objetivo de estruturar a plataforma de

experiências de Educação Ambiental. Esse evento será realizado no âmbito da secretaria

executiva da ANPPEA, a qual é composta por MEC, MMA, Fundo Brasileiro de Educação

Ambiental - FunBEA, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e Oca/ESALQ. O MMA é

parceiro na organização da oficina e assumiu esse compromisso na última oficina da ANPPEA,

realizada no dia 19 de abril. A atividade tem como objetivo a definição de instrumento de

coleta de dados para o monitoramento e avaliação das políticas públicas de Educação

Ambiental e o delineamento de uma Plataforma de Educação Ambiental.

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Realizar reunião do Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação

Ambiental. O regimento interno do Comitê Assessor estabelece a realização de duas reuniões

anuais. A não realização da reunião, prevista para setembro de 2016, compromete a

participação da sociedade civil no aprimoramento das Políticas Públicas de Educação

Ambiental desenvolvidas pelo MMA.

Firmar, entre maio e julho de 2016, acordos de cooperação técnica em Educação Ambiental

com 7 estados da federação, para o que já foram feitas tratativas, sendo que os estados estão

aguardando o envio de minuta dos Acordos de Cooperação pelo MMA. São eles: DF, MG, BA,

MT, MA, PA e SC.

Realizar Encontros Nacional e Regionais do Sisnama. Previstos para se realizarem em junho

e julho de 2016, esses Encontros são fruto de articulações do MMA com a Associação

Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente - Abema e com a Associação Nacional de

Orgãos Municipais de Meio Ambiente – Anamma, e foram demandados nas oficinas do

Sisnama realizadas no final de 2015, para subsidiar o planejamento da atuação sistêmica, à

luz da LC140. os Encontros Regionais foram propostos pela Anamma e serão organizados

pelas Secretarias de Meio Ambiente de Palmas/TO, Natal/RN, Campinas/SP, Curitiba/PR e

Goiânia/GO - cobrindo as 5 regiões do pais; o Encontro Nacional está sendo organizado pelo

DSIS/MMA, em parceria com o CGEE/MCTI (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) e o IPEA

e deverá promover a síntese das contribuições colhidas dos Encontros Regionais, a partir de

programação e metodologia que estão sendo desenhadas para o conjunto dos Encontros.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

A Secretaria vem funcionando, informalmente, em uma estrutura que conta com

3 (três) Departamentos: Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental -

DCRS/DSIS (o qual incorpora todas as competências do Departamento de Coordenação do

Sisnama); Departamento de Educação Ambiental - DEA; e Departamento de Produção e

Consumo Sustentáveis - DPCS (o qual não consta na estrutura formal do Ministério e incorpora

algumas competências do Departamento de Economia e Meio Ambiente, além de outras sobre

novos processos, como o relativo à Agenda de Desenvolvimento Pós-2015).

Em relação aos principais problemas advindos da estrutura institucional atual,

destaca-se a fusão informal dos Departamentos de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental

(DCRS) e de Coordenação do Sisnama (DSIS). Para além dos desafios de integrar frentes de

trabalho de natureza e focos diversos, esses Departamentos, mesmo na informalidade, não

apresentam estrutura gerencial, tornando pouco eficaz a gestão direta com os analistas nos

diferentes temas e agendas trabalhados. Os demais Departamentos também se ressentem da

ausência de estrutura de cargos que permita organizar as equipes em subunidades (gerências e

coordenações), organizando-as tematicamente em função de suas competências.

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Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania

Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis

Gerência de Projetos

Gerência de Projetos

Departamento de Cidadania e Responsabilidade Sócio-Ambiental / Departamento de Coordenação do Sisnama

Gerência de Ações para a Juventude

Departamento de Educação Ambiental

Gerência de Projetos

Chefe de GabineteUnidade Administrativo-

Financeira

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ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA

AO MINISTRO DE ESTADO

===========================================================================

============================================================================

Gabinete

Assessoria Parlamentar

Assessoria de Comunicação

Social

Assessoria Especial de

Controle Interno

Chefe de Gabinete

Coordenação-Geral de Apoio Administrativo

Assessoria de Assuntos

Internacionais

Assessor para Assuntos

Multilaterais

Assessor para Assuntos Bilaterais

Consultoria Jurídica

Coordenação-Geral de Assuntos

Jurídicos

Coordenação-Geral de Atos, Contratos e

Ajustes

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ASSESSORIA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS -

ASIN

INTRODUÇÃO

No período de 2010 a 2016, o Ministério do Meio Ambiente – MMA continuou a

ampliar de modo significativo sua atuação na área internacional, ao contribuir para expandir e

qualificar a participação brasileira nos diversos foros relacionados ao meio ambiente e ao

desenvolvimento sustentável. O MMA participa, hoje, de maneira ativa no processo de formação

e defesa das posições brasileiras nos foros que tratam da questão ambiental e da promoção do

desenvolvimento sustentável, muitas vezes com envolvimento direto de seus dirigentes e de seu

corpo técnico qualificado.

O aumento da presença internacional do MMA também se traduziu na elevação

do grau de exigência de atuação de sua Assessoria de Assuntos Internacionais – ASIN, que buscou

colaborar com perspectiva estratégica, e engajamento propositivo e proativo, de modo a atender

de maneira adequada, eficaz e eficiente àquelas questões de sua competência.

A ampliação da interlocução da ASIN com as áreas técnicas do MMA durante o

período em estudo, contribuiu para uma melhor coordenação do processo de elaboração de

subsídios para definição das posições brasileiras na área internacional, com notáveis benefícios.

É fato que os debates bilaterais e multilaterais na área ambiental se têm tornado mais complexos,

por contar com uma grande pluralidade de atores e interesses e envolver desafios de natureza

global ou de interesse estratégico para o País. Tal tendência tem exigido do MMA eficiente e ágil

atuação em reuniões, missões e foros internacionais, além de maior qualidade na interlocução

com organismos internacionais, atores públicos ou privados e, sobretudo, com agências

congêneres de governos estrangeiros.

A ASIN procurou responder a esse quadro de crescentes demandas e maior

exposição internacional do Ministério, no desempenho de seu papel institucional. Buscou, na

medida de suas capacidades, apoiar o Gabinete da Senhora Ministra e o Ministério com qualidade

técnica e de análise política.

É importante frisar que os debates e negociações internacionais na área de meio

ambiente têm sido cada vez menos centrados nas questões exclusivamente ambientais e

tratadas, de maneira mais ampla, como questões de desenvolvimento. Por essa razão, essas

negociações têm se tornado mais complexas e têm envolvido um número cada vez maior de

atores que, antes, delas participavam apenas de maneira pontual (p.ex., os setores de agricultura,

energia, saúde, trabalho, justiça, ciência e tecnologia, bem como diversos segmentos da

sociedade civil, em adição aos que, historicamente, participavam desses processos). Tal é o caso

da Agenda 2030, dos debates sobre mudança do clima, sobre conservação e uso sustentável da

biodiversidade, ou sobre acesso a recursos genéticos e repartição de benefícios.

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Da mesma forma, raros processos internacionais têm sido conduzidos

exclusivamente por uma área técnica, visto o grau de interfaces que as diversas áreas do MMA

enxergam em cada um dos temas internacionais. Nesse contexto, o papel de uma área

internacional forte, qualificada e autorizada mostra-se cada vez mais importante e necessário.

RESULTADOS E CONQUISTAS

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – RIO+20 –

PARTICIPAÇÃO DA MINISTRA EM PAINEIS DA ONU

Em 31 de março de 2011, a Assembleia Geral da ONU adotou a Resolução nº

64/236, proposta pelo Governo brasileiro, que previu a realização da Conferência das Nações

Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 celebrada em junho de 2012. O conceito de

desenvolvimento sustentável consagrou-se na Conferência das Nações Unidas sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 – Rio-92. A Rio+20, presidida

pela Senhora Presidente da República e coordenada pela Ministra Izabella Teixeira, renovou o

compromisso político com o desenvolvimento sustentável, a partir da avaliação dos avanços e das

lacunas existentes e do tratamento de temas novos e emergentes. Os temas principais que

orientaram os debates da Conferência foram a promoção do desenvolvimento sustentável,

reconhecendo a economia verde como uma das estratégias para alcançá-lo e a erradicação da

pobreza como prioridade absoluta, assim como a consolidação da estrutura institucional para o

desenvolvimento sustentável.

AGENDA 2030 DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL – ODS

A Conferência Rio+20 pautou a Agenda 2030, que combina duas grandes

iniciativas de caráter universal: os 17 Objetivos do Desenvolvimentos Sustentável e suas 169

metas (“Transformando Nosso Mundo”) e a Agenda de Açao de Adis Abeba – A4, também

associada ao seguimento das Conferências de Monterrey e Doha sobre Financiamento para o

Desenvolvimento, que propõe o direcionamento do financiamento tanto privado quanto público

para iniciativas sustentáveis e resilientes. O Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, como se

verá adiante, complementa e vincula-se estreitamente a essa Agenda. Os ODS, adotados em

Resolução da ONU em 2015, foram propostos pelo Grupo de Trabalho Aberto sobre Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável – GTA-ODS, que considerou as sugestões do Painel de Alto Nível do

Secretário-Geral das Nações Unidas sobre a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 – HLP, do qual

a Ministra Izabella Teixeira participou ativamente. Dos 17 objetivos adotados, cinco se relacionam

diretamente com a questão ambiental: ODS 6 sobre água; ODS 12 sobre padrões de consumo e

produção; ODS 13 sobre mudança do clima; ODS 14 sobre oceanos, mares e recursos marinhos;

e ODS 15 sobre ecossistemas terrestres, florestas, desertificação e biodiversidade. A Ministra

Izabella Teixeira integrou também o Painel de Alto Nível do secretário-Geral da ONU sobre

Sustentabilidade Global que forneceu subsídios para o processo de preparação da Conferência

Rio+20. O então Secretário-Executivo Francisco Gaetani, de seu lado, participou de Grupo de

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Peritos intergovernamentais que elaborou relatório sobre o financiamento do desenvolvimento

sustentável, bem como integrou a delegação à Conferência de Addis Abeba.

OCEANOS E LANÇAMENTO DE NEGOCIAÇÕES PARA INSTRUMENTO PARA CONSERVAÇÃO E USO

SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE MARINHA EM ÁREAS ALÉM DA JURISDIÇÃO NACIONAL

Os oceanos mereceram menção especial no documento final da Rio+20. Uma das

decisões da Conferência foi de recomendar que as Nações Unidas tomassem uma decisão sobre

a negociação de um instrumento internacional para a Conservação e Uso Sustentável da

Biodiversidade Marinha em Áreas Além da Jurisdição Nacional, no âmbito da Convenção das

Nações Unidas sobre Direito do Mar. A decisão de dar início às tratativas voltadas para o desenho

de semelhante instrumento foi referendada na Assembleia Geral da ONU em 2015 por meio de

Resolução. As negociações iniciaram-se com consultas aos Estados-Membros, com o objetivo de

construir um texto para discussão. Com a manifestação favorável do MMA, o Brasil apoia um

instrumento dessa natureza.

PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL

O tratamento dos desafios associados à Produção e Consumo Sustentável foi

reconhecido como tema transversal na Agenda 2030 mas mereceu um ODS específico (ODS 12),

em vista de sua abrangência e importância. Esse tema está no centro da mudança de paradigma

de desenvolvimento preconizado na Agenda 2030.

A ASIN participa, como Ponto Focal Nacional Alterno do Comitê Diretivo Regional

de Produção e Consumo Sustentáveis, coordenado pelo Escritório Regional do PNUMA para a

América Latina e Caribe, com sede no Panamá. Na última reunião do Foro de Ministros de Meio

Ambiente da América Latina e Caribe, os Ministros decidiram confirmar o Brasil, juntamente com

a Argentina, como representantes da Sub-região do Cone Sul.

RECURSOS HÍDRICOS E 8º FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA EM BRASÍLIA

Em 2015, o Ministério realizou seminário internacional sobre recursos hídricos

em São Paulo, com a participação de especialistas de diversos países com o objetivo de promover

maior intercâmbio de experiências e de cooperação internacional para enfrentar situações de

escassez hídrica.

Brasília foi escolhida como sede do 8º Fórum Mundial da Água (2018), e o Brasil

ofereceu ao longo dos últimos anos cooperação técnica a vários países em matéria de gestão de

recursos hídricos e saneamento, notadamente países da América Latina e da CPLP.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE – PNUMA E ASSEMBLEIA

AMBIENTAL DAS NAÇÕES UNIDAS – UNEA

Por ocasião da Rio + 20, a comunidade internacional, com o firme apoio do Brasil,

decidiu fortalecer e aprimorar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA,

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principal instância do Sistema das Nações Unidas – ONU que acompanha a temática ambiental. O

MMA participou ativamente das negociações que levaram à adoção pela Assembleia Geral da

ONU de resolução que tornaram universal a composição do Conselho de Administração do

Programa, alterando a sua designaçao para “Assembleia Ambiental das Nações Unidas do

PNUMA” – UNEA, a qual representa atualmente o corpo de mais alto nível de decisão mundial

sobre o meio ambiente no âmbito da ONU e está subordinada ao Fórum Político de Alto Nível –

HLPF, encarregado da implementação da Agenda 2030. O PNUMA tem dado foco estratégico ao

debate ambiental e apoia uma série de projetos e atividades no nível nacional, sub-regional e

regional.

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA – CDB

A Convenção sobre Diversidade Biológica sempre teve, para o MMA, um peso

diferenciado em relação a outros acordos multilaterais ambientais. Essa importância foi sinalizada

pelo continuado protagonismo da delegação brasileira durante as Conferências das Partes da

CDB, notadamente em Curitiba, em 2006. Semelhante protagonismo reproduziu-se em Nagoia,

no Japão, em 2010, quando a Delegação do Brasil, conduzida pela Ministra Izabella Teixeira,

liderou as negociações para a adoção de um Plano Estratégico composto de 20 objetivos para

deter o ritmo alarmante de desaparecimento das espécies. Nessa linha, durante a Reunião de Alto

Nível sobre Diversidade Biológica, promovida em 2010, a Ministra defendeu que o regime de ABS,

o Plano Estratégico e a Estratégia de Mobilizaçao de Recursos fossem vistos como um “pacote”

nas negociações da COP10, como forma de garantir a implementação equilibrada dos objetivos

da Convenção. Em Nagoia, a participação brasileira foi reconhecida como fator determinante para

a aprovação do Protocolo.

CONVENÇÃO SOBRE O COMÉRCIO INTERNACIONAL DE ESPÉCIES DA FLORA E DA FAUNA

SELVAGENS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO – CITES

O tema de biodiversidade foi igualmente tratado em outros foros internacionais

que não a CDB, nos quais tem-se reafirmado a posição de liderança do MMA. O Brasil designou

delegação à 16ª COP da CITES, realizada em 2013 na Tailândia. A campanha brasileira foi decisiva

para que espécies marinhas (tubarões e arraias) tenham sido incluídas nos Anexos da CITES, fato

inédito na história da Convenção. A Assessoria Internacional trabalha em proximidade com as

várias áreas envolvidas com os temas da Convenção (SBF, Ibama, ICMBio), a fim de definir as

propostas a serem apresentadas à COP e subsidiar o MRE na consolidação das posições brasileiras.

CONVENÇÃO SOBRE ESPÉCIES MIGRATÓRIAS – CMS

O Brasil aderiu à CMS em 2015, habilitando o País a trabalhar com outras nações

na Convenção para um melhor suporte e proteção da enorme variedade da sua fauna. Trata-se

de processo recente, que deverá requerer estreita coordenação entre as áreas envolvidas neste

tema no âmbito do MMA. O Brasil é também parte do Acordo para a Conservação de Albatrozes

e Petréis – ACAP, vinculado à CMS.

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ÁREAS PROTEGIDAS

O Programa ARPA ganhou reconhecimento internacional por se tratar do maior

programa de áreas protegidas do mundo e está agora em período de conclusão da segunda fase

e de preparação para o início da terceira fase. O programa atingiu uma maturidade que permitiu

que o Brasil e os parceiros do ARPA promovessem esforços para o alcance dos objetivos finais em

termos de escala e de compromisso a longo prazo para a sustentabilidade financeira das Áreas

Protegidas. Espera-se que, em conjunto com parceiros internacionais, o Brasil possa levar a

experiência do ARPA para além das fronteiras do bioma da Amazônia, para nossos diferentes

biomas e para outros países.

CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MUDANÇA DO CLIMA – UNFCCC

Ao longo dos últimos seis anos, o MMA participou ativamente das negociações

internacionais sobre mudança do clima que tiveram como marco o lançamento da Plataforma de

Durban, em 2011, a adoção do segundo período de cumprimento do Protocolo de Quioto, em

2012, a adoção do Quadro de Varsóvia para REDD+, em 2014, e o Acordo de Paris em 2015.

Em dezembro de 2015, realizou-se a 21ª COP em Paris, na qual foi adotado acordo

sobre mudança global do clima, a ser implementado a partir de 2020. A negociação do acordo foi

marcada por forte protagonismo do governo brasileiro, particularmente da Ministra Izabella

Teixeira, cuja participação foi considerada essencial para o sucesso da Conferência. O Acordo,

aberto para assinatura em cerimônia realizada em 22 de abril de 2016 na sede da ONU, da qual

participaram a Senhora Presidente da república e a Ministra Izabella Teixeira, constitui um dos

desenvolvimentos mais relevantes nas negociações internacionais ambientais e associadas à

promoção do desenvolvimento sustentável. O País tem a oportunidade de utilizar os acordos

internacionais que levaram à adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o

Acordo de Paris para requalificar o projeto de desenvolvimento nacional.

Ao longo de 2015, o Brasil, a exemplo de mais de cento e oitenta países, elaborou

e apresentou sua “pretendida contribuiçao nacionalmente determinada” – INDC, na qual indicou

o esforço que se dispunha a fazer para contribuir com o objetivo último da Convenção. O Acordo

de Paris fortalece e cria instituições e mecanismos que visam garantir os indispensáveis meios de

implementação.

Além das negociações formais no âmbito da UNFCCC, o Brasil adotou declarações

conjuntas com a China, os EUA e a Alemanha que estabeleceram programas robustos de

cooperação bilateral e reconhecem que a mudança do clima precisa ser abordada por meio da

cooperação internacional no contexto do desenvolvimento sustentável.

FUNDO PARA O MEIO AMBIENTE GLOBAL – GEF

Atualmente, o GEF encontra-se na sexta fase – GEF6. Nesse período,

compreendido entre julho de 2014 e junho de 2018, o MMA prevê a apresentação de três projetos

de grande escopo: o Projeto ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia; projeto para financiamento

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da mitigação da mudança do clima no Brasil; e, a recuperação de áreas degradadas e do Plano de

Agricultura de Baixo Carbono, que complementam os esforços de implementação do Código

Florestal. O Brasil comprometeu-se a doar USD 5,1 milhões para o período de 2014-2018, o que

coloca o país em segundo lugar entre os doadores de países em desenvolvimento, atrás apenas

da China. A carteira brasileira tem 57 projetos nacionais e 41 projetos regionais ou globais. No

período entre 2014-2016, cinco projetos nacionais e seis projetos regionais e globais foram

aprovados pelo GEF, que representam aproximadamente 70% do total da alocação para o País.

CONVENÇÃO DE MINAMATA SOBRE MERCÚRIO

A Ministra do Meio Ambiente assinou, em nome do Brasil, a Convenção de

Minamata sobre Mercúrio, em outubro de 2013, no Japão. O Brasil teve um papel de reconhecida

relevância na negociação e aprovação da Convenção, participando com uma delegação sempre

muito atuante na discussão que levou à adoção desse instrumento. A partir de um processo de

coordenação exitoso que gerou a necessária convergência no âmbito do Governo federal, em

novembro de 2014 a Presidente da República encaminhou proposta de decreto de ratificação

daquele instrumento internacional, referendada pelo MRE, MMA, MS, MME e MDIC para exame

do Congresso Nacional. O processo ainda está sob análise daquela Casa.

ABORDAGEM ESTRATÉGICA PARA GESTÃO INTERNACIONAL DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS –

SAICM

O MMA é participante ativo nas reuniões da Conferência Internacional de Gestão

de Substâncias Químicas – ICCM. Durante a ICCM-4, realizada em 2015 (última reunião antes de

2020, quando expira o prazo para o atingimento da meta estabelecida no plano de Joanesburgo),

foi eleito um novo Bureau (Comitê de Coordenação da 5ª Conferência Internacional de Gestão de

Substâncias Químicas – ICCM5). A Diretora de Qualidade Ambiental na Indústria, da Secretaria de

Recursos Hídricos e Meio Ambiente Urbano, foi eleita para fazer parte do Comitê.

ALEMANHA

A Alemanha continuou a ser, no período analisado, o principal parceiro

internacional do Ministério do Meio Ambiente – MMA. Desde 2010, foram negociados e/ou

executados mais de 20 projetos, cuja soma ultrapassa €300 milhões. Os projetos têm apoiado a

implementação das principais políticas ambientais brasileiras e contribuído para o alcance dos

compromissos internacionais firmados por ambos os países. Destacam-se os projetos ARPA, CAR

e Fundo Amazônia.

Em 2011, foi adotado o “Documento Estratégico para a Cooperaçao Brasil-

Alemanha”, que estabeleceu diretrizes estratégicas para a cooperaçao bilateral e encontra-se em

fase de revisão, com base nas discussões e orientações apresentadas em conferência realizada

em Brasília, às margens da visita da Chanceler Merkel ao Brasil, em agosto de 2015. Espera-se que

o novo texto seja adotado nas próximas Negociações Intergovernamentais em 2017.

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UNIÃO EUROPEIA

Dois projetos de cooperação bilateral merecem destaque na cooperação do MMA

com a UE nos ultimos 6 anos. O projeto “Projeto BR-163 – Floresta, Desenvolvimento e

Participaçao” foi executado ao longo de 4 anos na área de influência da BR-163 no Pará, com

abrangência em sete municípios paraenses, com valor de aproximadamente €5,8 milhões. Teve

seu encerramento em 2013 com importantes resultados alcançados em temas como manejo

sustentável de florestas públicas; apoio a iniciativas de produção sustentável; e fortalecimento da

sociedade civil.

Outro destaque foi o projeto “Pacto Municipal para a reduçao do

desmatamento”, executado no município de Sao Félix do Xingu – PA entre os anos de 2010 e 2014.

O projeto contribuiu para a redução da taxa de desmatamento do município em 78% em relação

ao ano de início do projeto. Também apoiou atividades de implementação do Código Florestal

com atividades de Cadastramento Ambienta Rural e Reflorestamento. A UE apoiou a iniciativa

com o valor de €4,9 milhões.

ESTADOS UNIDOS

Em 2010, o Brasil assinou a acordo regido pela iniciativa norte-americana Tropical

Forest Conservation Act – TFCA, cujo objetivo é converter parte da dívida em projetos

socioambientais. São US$ 20,8 milhões destinados aos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.

Até o final de 2015, mais de 80 projetos foram beneficiados pelo Acordo, cuja execução encontra-

se sob responsabilidade do Funbio.

Com a Agência de Proteção Ambiental – EPA, o Governo Brasileiro lançou em

meados de 2011 a “Iniciativa Conjunta sobre Sustentabilidade Urbana – JIUS”, a fim de adensar

as ações de cooperação com os EUA por meio da promoção da sustentabilidade urbana. A ideia

surgiu do encontro entre a Presidenta Dilma Roussef e o Presidente Barack Obama, em Brasília,

ocorrida em março daquele ano.

Em 2012, foi assinado o Memorando de Entendimento entre o MMA e a EPA, com

vistas a promover o intercâmbio de conhecimento em metodologias e instrumentos de avaliação

de impacto ambiental; modelagem, análise e gestão de riscos; avaliação de impacto ambiental de

grandes projetos de infraestrutura; metodologias e instrumentos de monitoramento da qualidade

do ar; segurança química.

Destaca-se na cooperação com o Serviço Florestal dos Estados Unidos – USFS, a

assinatura da Declaração de Intenções na área de combate a incêndios florestais em 2015. A

cooperação pretende retomar ações já realizadas sobre o tema, a fim de concretizar um sistema

ágil, integrado, e prático de monitoramento e predição de incêndios, contribuindo para a redução

de emissões de gases de efeito estufa, melhorando a qualidade do ar e mitigando prejuízos

ecológicos, sociais e econômicos.

Com a Agência para a Cooperação Internacional dos Estados Unidos – USAID foi

assinado em 2014 um termo de cooperação denominado Development Objective Agreement of

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Grant – DOAG. Trata-se de um programa de cinco anos (2015-2019), com recursos reservados

(earmarked) pelo Congresso dos EUA da ordem de US$ 10 milhões/ano (podendo alcançar US$

50 milhões), que contribuirá para a conservação dos recursos biológicos em unidades de

conservação e terras indígenas.

NORUEGA

Desde 2008, quando foi criado o Fundo Amazônia, a Noruega é o seu maior

doador. A primeira fase dessa parceria representou uma contribuição de US$ 1 bilhão por parte

da Noruega. Em 24 de novembro de 2015, foi celebrado o terceiro aditivo ao segundo contrato

de doação. Nessa nova etapa serão investidos cerca de US$ 120 milhões em doações do governo

norueguês para o Fundo Amazônia. Os governos do Brasil e da Noruega decidiram prorrogar

também, em novembro de 2015, a sua parceria nas áreas de clima e florestas até 2020, mediante

contribuição financeira da Noruega nos mesmos níveis da primeira fase, elevando a ambição de

redução do desmatamento e da degradação florestal, em linha com as metas anunciadas pelo

Brasil em sua INDC.

PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL

A cooperação bilateral com os países da região acontece de forma paralela ao

arranjo de iniciativas que se desenvolvem no âmbito da OTCA e MERCOSUL. Dessa forma, o MMA

firmou instrumentos de cooperação ambiental com praticamente todos os países da região. O

MMA participa também dos foros de cooperação fronteiriços, denominados de Comissões de

Vizinhança, Comitês de Fronteira ou Grupos de Trabalho. Tais foros, de caráter multissetorial,

prestam-se, sobretudo, ao atendimento de objetivos políticos e estratégicos de cooperação

bilateral e regional do Governo Federal, nos quais a questão ambiental, inclusive sob a ótica dos

delitos e da fiscalização, é parte indissociável.

PAÍSES DA ÁFRICA

Merece destaque o significativo número de acordos estabelecidos ao longo dos

últimos anos, em diferentes estágios de implementação, com a África do Sul, Angola, Egito, Gana,

Marrocos, Moçambique, Nigéria, Quênia, República Democrática do Congo São Tomé e Príncipe,

Senegal e Tanzânia. Esses acordos contemplam, especialmente, temas como cooperação em

matéria de proteção ambiental, segurança alimentar e gestão de recursos hídricos. Na maior

parte dos casos, os acordos demandaram a realização de missões técnicas (enviadas ou

recebidas), visando estabelecer mecanismos de intercâmbio de experiência e repasse de

conhecimentos.

MERCOSUL E OTCA

As principais atividades desenvolvidas no âmbito do MERCOSUL no período deste

estudo tiveram como suporte os projetos de cooperação firmados com a União Europeia (Projeto

ECONORMAS) e com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento

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- AECID (Projeto para Criação do Sistema de Informações Ambientais do MERCOSUL – SIAM). O

Projeto ECONORMAS teve como destaque as ações relacionadas ao combate à desertificação,

com a elaboração da minuta de Plano de Ação Regional e da realização de projetos-piloto de

intervenção em localidades sensíveis ao processo de seca (no Brasil, foi escolhido o Município de

Irauçuba, CE); à gestão de químicos, com a aquisição de equipamentos para laboratórios e

atividades de capacitação e elaboração de guias visando apoiar a implementação do Sistema

Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS, na sigla em inglês);

e à melhoria dos processos produtivos de setores específicos (têxteis, no caso do Brasil), com a

incorporação da gestão ambiental em pequenas e médias empresas e elaboração de manuais de

boas práticas ambientais.

A OTCA, único organismo internacional com sede em Brasília, constitui-se em

efetivo e importante foro de cooperação em matéria ambiental, por envolver região geográfica

de grande interesse estratégico para o País. Estão em fase de implementação diversos projetos

em que o MMA e suas vinculadas participam em temas como gestão integrada de recursos

hídricos; emissão de permissões eletrônicas CITES; harmonização dos indicadores de Tarapoto e

da OIMT; prevençao de incêndios florestais, entre outros. Destaque ao projeto “Monitoramento

do Desmatamento e das Mudanças de Uso da Terra na Floresta Pan-amazônica”, apoiado com

recursos do Fundo Amazônia para o compartilhamento de informações e de tecnologia brasileira

para o monitoramento da panamazônia.

COOPERAÇÃO TRILATERAL

A parceria triangular emergiu ao longo dos últimos anos como ferramenta

estratégica para a integração sul-sul e para a cooperação norte-sul. Três projetos merecem

destaque: i) Acordo de Cooperação Trilateral Amazônia Sem Fogo Brasil-Bolívia-Itália, em

benefício da Bolívia, firmado em novembro de 2010, com o objetivo geral de reduzir a incidência

dos incêndios na Região Amazônica, teve duração de 36 meses e valor de US$ 2.974.629; ii)

iniciativa semelhante àquela com a Bolívia foi negociada em favor do Equador, em julho de 2012;

e iii) Projeto intitulado “Gestión de Conocimiento en el Área de Investigación, Transferencia

Tecnológica e Innovación en Biodiversidad”, em fase avançada de negociaçao com o Ministério

do Meio Ambiente do Equador, a ser executado por meio do fundo trilateral que o Brasil tem com

a Alemanha.

ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – OCDE

Em 3 de junho de 2015, foi assinado Acordo de Cooperação entre o Brasil e a

OCDE. Pouco depois, foi assinada a Declaração Conjunta sobre o Programa de Trabalho Brasil-

OCDE 2016-17. No Plano de Trabalho, as atividades que preveem o envolvimento do MMA são a

participação no Comitê de Política Ambiental e em seus grupos de trabalho sobre biodiversidade

e água e ecossistemas.

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No dia 4 de novembro de 2015, foi lançado, em evento promovido pelo MMA, o

Primeiro Relatório de Avaliação do Desempenho Ambiental do Brasil, elaborado pela OCDE como

fruto da parceria com o Ministério do Meio Ambiente.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

AGENDA 2030 DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL – ODS

A Agenda 2030, com seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), é

uma agenda universal que promove transformações econômicas profundas, bem como uma nova

aliança mundial (reforço da solidariedade internacional). O grande desafio será estruturar, de

forma simultânea e equilibrada, num contexto de uma sociedade globalizada, os esforços globais

em prol da redução das desigualdades, eliminação da pobreza, inclusão de perspectiva de gênero,

reconhecimento e valorização da diversidade, mudança dos padrões insustentáveis de consumo

e produção, e a conservação e uso sustentável dos recursos naturais.

Na esfera internacional, persiste o desafio de assegurar meios de implementação

para o cumprimento desses objetivos. Na esfera nacional, merece especial consideração o papel

que o MMA poderá desempenhar e os arranjos institucionais que se farão necessários no País

para a implementação desses ambiciosos objetivos.

BIODIVERSIDADE MARINHA E SANTUÁRIO DE BALEIAS DO ATLANTICO SUL

Em 2016, o Brasil e copatrocinadores submeteram novo documento à CIB para

criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, incluindo plano de manejo para a área. A

proposta será analisada na reunião do Comitê Científico em junho de 2016 e na reunião da

Comissão em outubro de 2016. Há necessidade de apoio de ¾ dos membros presentes na reunião

da Comissão para aprovação da proposta. A Ministra Izabella tem-se empenhado pessoalmente

nessa causa. Há grande resistência por parte dos países baleeiros (Japão, Dinamarca, Noruega,

Coreia, Rússia, Islândia) e seus apoiadores, mas a proposta conta com a simpatia da maioria dos

membros da Comissão. Esforço em várias instâncias deve ser feito para garantir o apoio dos ¾ de

votos necessários.

8º FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA EM BRASÍLIA

Durante o último Fórum Mundial da Água, foi aprovada a escolha do Brasil para

sediar o 8o Fórum, em Brasília, em 2018. Trata-se do maior evento do planeta sobre o tema da

água, do qual a Agência Nacional de Águas (ANA) tem participado regularmente. Há diversas

iniciativas em curso para o apoio da ANA ao Governo brasileiro e ao Governo do Distrito Federal

para sediar esse Fórum. Essas ações serão amparadas por um projeto específico recentemente

celebrado com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, que apoiará as

ações internas e de articulação da ANA nessa temática.

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PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE – PNUMA E ASSEMBLEIA

AMBIENTAL DAS NAÇÕES UNIDAS – UNEA

Destaca-se nesse momento, a preparação para participação do Brasil na segunda

sessão da UNEA – UNEA-2, a qual terá lugar em Nairobi, de 23 a 27 de maio de 2016, sob o tema

geral “Implementaçao da Dimensao Ambiental da Agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentável” e consistirá na primeira oportunidade para análise dos progressos realizados no

âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS. Está programado evento paralelo

do Brasil na UNEA-2, o qual tratará da implementação dos ODS por meio de uma abordagem

integrada.

FUNDO AMAZÔNIA

Em prosseguimento ao compromisso político reiterado em diversas ocasiões pelo

Governo brasileiro, estão em curso negociações que envolvem diferentes instâncias do Governo

Federal (ABC, MMA, MRE, INPE e BNDES), a FAO e o Governo da Noruega para o desenvolvimento

de projeto destinado ao reforço dos sistemas nacionais de monitoramento por teledetecção da

cobertura florestal nos dez países membros da Comissão de Florestas da Bacia do Congo –

COMIFAC, mediante financiamento do Fundo Amazônia. Considera-se a possibilidade de

assinatura do documento de projeto na 23ª Reunião do Comitê de Florestas, a realizar-se em julho

de 2016.

CONFERÊNCIA DE COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS (WILDFIRE)

O Brasil deverá sediar, em Campo Grande, por iniciativa do Ibama, a próxima

Conferência Internacional de Combate aos Incêndios Florestais (Wildfire), prevista para 2019.

Cumpre atentar para a necessidade de um planejamento robusto da organização do evento, por

parte do Ibama, e a conveniência de se buscar o fortalecimento de parcerias com instituições tais

como UNISDR, Global Fire Monitoring Center – GFMC, US Forest Service, ITTO, FAO e Governo do

Estado do Mato Grosso.

FUNDO PARA O MEIO AMBIENTE GLOBAL – GEF

Os desafios enfrentados pelo Brasil incluem o aumento da taxa de

implementação dos projetos, tendo em vista que projetos do GEF-5 ainda precisam ser

plenamente implementados. Essa dificuldade torna mais complexa a manutenção da alocação de

recursos do GEF para o Brasil. Por outro lado, deve-se envidar esforços para manter o nível de

investimento do Brasil para o GEF, o que confere destaque à atuação do Brasil no âmbito do

Fundo.

ALEMANHA

Desafio constante na cooperação bilateral é aprimorar o procedimento de

aprovação e execução dos projetos, tanto da cooperação técnica, quanto financeira. Esse é um

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esforço diário da ASIN em coordenação conjunta com as áreas que executam os projetos, bem

como com a Agência Brasileira de Cooperação – ABC. Nesse contexto, atualmente, encontram-se

pendentes de assinatura os ajustes complementares de todos os projetos de cooperação técnica

no âmbito da Iniciativa para o Clima do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha – IKI/BMUB.

Espera-se que ainda no primeiro semestre de 2016 essa questão seja solucionada, uma vez que

alguns projetos têm sua execução prejudicada pela falta de formalização.

AGENDA DE 180 DIAS

Os próximos 180 dias serão marcados por uma série de eventos internacionais

que irão requerer o engajamento da ASIN e de autoridades e técnicos deste Ministério, e cuja

preparação se deve dar, desde logo, envolvendo a ASIN, as áreas técnicas e o MRE. Para alguns

deles é essencial a definição de representante de alto nível.

2ª Assembleia Ambiental das Nações Unidas – UNEA-2, de 23 a 27 de maio, em Nairóbi,

Quênia. Trata-se do principal evento internacional de alto nível nas Nações Unidas na área de

meio ambiente. Há previsão de participação da Ministra ou do Secretário Executivo, do Chefe

da ASIN, do Assessor Especial para Temas de Florestas e da Diretora responsável pelo Plano

de Produção e Consumo Sustentáveis. O Brasil deverá copatrocinar, juntamente com o Centro

Rio+ do PNUD, evento paralelo dedicado a apresentar boas práticas em países em

desenvolvimento que integram as três dimensões da sustentabilidade e contribuem para a

implementação dos ODS.

XXI Reunião de Ministros de Meio Ambiente do MERCOSUL, de 31 de maio a 3 de junho, em

Montevideu. A Presidência Pro Tempore uruguaia propõe que seja retomada a discussão

sobre a implementação da Agenda Ambiental do Bloco, à luz dos principais acordos firmados

no período recente (ODS, Acordo de Paris).

Comitê Científico da Comissão Internacional da Baleia, de 4 a 20 de junho, em Bled, Eslovênia.

Destaque para a discussão sobre proposta de criação do Santuário do Atlântico Sul – SAWS,

patrocinada pelo Brasil, Argentina, Uruguai, África do Sul e Gabão. Prevê-se a participação da

SBF e da ASIN.

50ª Reunião do Conselho do Global Environment Facility, de 6 a 9 de junho, em Washington,

EUA. Prevê-se a participação do Secretário Executivo do MMA e de representantes da ASIN e

da SBF. O Conselho do GEF reúne-se duas vezes por ano para aprovar novos projetos e há

propostas brasileiras importantes que estarão em consideração.

Oslo REDD Exchange, nos dias 14 e 15 de junho, em Oslo, Noruega. A reunião terá foco nos

desenvolvimentos do REDD+, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e Acordo de Paris

sobre Mudança do Clima. Pelo caráter estratégico da relação bilateral com a Noruega, há

previsão de participação da Ministra ou do Secretário Executivo, e de representantes da ASIN

e da SMCQ.

2ª Reunião de Ministros e Altos Funcionários da Comunidade de Estados da América Latina e

Caribe – CELAC sobre o Clima, no dia 24 de junho, em local a ser determinado, com previsão

de participação da Ministra ou do Secretário-Executivo e de representantes da ASIN e da

SMCQ.

Diálogo de Petersberg, de 3 a 5 de julho, em Berlim, Alemanha, com previsão de participação

da Ministra ou do Secretário-Executivo e de representantes da ASIN e da SMCQ. O MMA

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participa anualmente desse foro, idealizado pela Chanceler Angela Merkel. São convidados

aproximadamente 35 personalidades relevantes para as negociações de clima, com objetivo

de identificar desafios e apresentar ações concretas para combater a mudança do clima.

40ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO, de 10 a 20 de julho, em Istambul,

Turquia. Nessa reunião, serão analisadas as situações de dois sítios de patrimônio natural do

Brasil que poderão entrar na lista de sítios ameaçados: o PARNA Iguaçu e o PARNA Chapada

dos Veadeiros. A previsão é de que participem os titulares da SBF e do ICMBio, bem como

representante da ASIN.

Entre 18 e 22 de julho ocorrerá a 23ª Sessão da Comissão sobre Florestas – COFO da FAO, em

Roma, Itália, com previsão de participação da Ministra ou do Secretário-Executivo e de

representantes da ASIN e da SBF.

“Nutrition for Growth”, evento de alto nível no dia 4 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro,

no âmbito dos Jogos Olímpicos. O evento é coordenado pelo Ministério da Saúde, com

participação do MMA. Há previsão de participação da Ministra ou do Secretário-Executivo e

de representante da ASIN.

71ª Sessão da Assembleia da ONU – UNGA 71, de 13 a 26 de setembro, em Nova Iorque, EUA.

Há participação prevista da Ministra e de representante da ASIN, acompanhando

participação de Chefe de Estado do Governo Brasileiro.

17ª Conferência das partes – COP17 da Convenção sobre o Comércio Internacional da Flora e

Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES, de 24 de setembro a 5 de outubro, em

Joanesburgo, África do Sul. Há várias propostas de inclusão de espécies no Anexo II da

Convenção que receberão copatrocínio do Brasil.

66ª Reunião da Comissão Internacional da Baleia, de 20 a 28 de outubro, em Portoroz,

Eslovênia. Entre outros assuntos, será avaliada a proposta copatrocinada pelo Brasil de

criação do Santuário do Atlântico Sul – SAWS. O nível de participação do MMA dependerá da

perspectiva de aprovação ou não do Santuário. Caso as perspectivas sejam boas, recomenda-

se a participação do titular desta Pasta. Do contrário, a SBF deverá fazer-se representar. Em

ambos casos, deverá haver participação da ASIN.

22ª COP da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima – UNFCCC, de 7 a 18 de novembro

em Marraqueche, Marrocos. Na ocasião, será discutida a implementação do Acordo de Paris.

Prevê-se a participação de titular desta Pasta, bem como da ASIN e da SMCQ.

13ª COP da Convenção da Diversidade Biológica – CDB, a 8ª COP-MOP do Protocolo de

Cartagena, e a 2ª COP-MOP do Protocolo de Nagoia, de 4 a 17 de dezembro, em Cancun,

México. Prevê-se a participação de titular desta Pasta, bem como da SBF, do ICMBio e do

Ibama, além da ASIN.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

O Decreto nº 6.101, de 2007, estabelece como competências da ASIN, entre

outras: i) assessorar o Ministro de Estado, as Secretarias do MMA e as entidades vinculadas nos

assuntos relacionados com cooperação internacional; ii) coordenar, orientar e subsidiar a

participação do Ministério em foros internacionais; iii) atuar como interlocutor do MMA e de suas

entidades vinculadas junto ao Ministério das Relações Exteriores; e iv) supervisionar e

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acompanhar a implementação dos acordos e convenções internacionais ratificados pelo Brasil na

área de competência do Ministério.

A atuação da ASIN envolve articulação com as áreas técnicas do Ministério,

colaboração para a definição de subsídios e de posições para a atuação internacional do Brasil e

apoio à participação qualificada do Ministério nos processos de negociação e deliberação

associados aos acordos multilaterais ambientais de que o País é parte, por meio de ações

propositivas para a formação de posições do País nos foros internacionais, da participação

atuante nas reuniões internacionais e de maior interação com o Ministério das Relações

Exteriores e demais instâncias do Governo interessadas. É um trabalho complexo, que exige

conhecimento técnico e sensibilidade política, além do conhecimento de línguas estrangeiras.

A estrutura da ASIN foi formalizada como órgão de assistência direta e imediata

ao Ministro de Estado. Seu desenho operacional inclui, além do Chefe de Assessoria (DAS 5), dois

cargos de Assessor (DAS 4). Um dos cargos de DAS-4 é hoje utilizado pela Secretaria Executiva do

MMA, desfalcando a Assessoria de importante quadro para sua gestão interna. Urge que esse

cargo seja devolvido à ASIN. Da mesma forma, o trabalho da ASIN muito se beneficiaria de cargo

em nível de divisão para sua organização administrativa.

Não obstante o incremento significativo de tarefas de sua responsabilidade, a

ASIN teve, contudo, seu quadro de servidores reduzido em cerca de 25% no período recente,

dificultando sobremaneira o acompanhamento efetivo da larga gama de temas ambientais

internacionais. Além disso, as atuais restrições orçamentárias têm dificultado a colaboração que

a ASIN está em condições de oferecer para a atuação internacional do MMA. Ressalte-se que a

agenda do Ministério se pauta, em grande parte, pela participação nos debates internacionais na

área ambiental, bem como pelo aporte significativo de recursos advindos da cooperação técnica

internacional. Recomenda-se, assim, que a ASIN retorne à sua estrutura completa e que volte a

participar das reuniões internacionais com a frequência necessária ao bom cumprimento de suas

responsabilidades, respeitadas as restrições orçamentárias em vigor.

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ASSESSORIA PARLAMENTAR - ASPAR

INTRODUÇÃO

A Assessoria Parlamentar – Aspar é a unidade do MMA responsável pela

coordenação das ações de relacionamento com o poder Legislativo. Para isso, processa

informações, promove articulações políticas e trabalha com as lideranças do Governo no

Congresso e com a Secretaria de Governo da Presidência da República, a fim de assegurar

encaminhamentos e decisões legislativas que correspondam aos interesses do MMA. A Aspar tem

por competência assessorar o Ministro de Estado e demais autoridades do Ministério e entidades

vinculadas em representações políticas e legislativas junto ao Congresso Nacional; recepcionar e

prestar esclarecimentos aos parlamentares e demais esferas de governos e entidades de classe,

sobre matérias de competência do Ministério; planejar, promover e coordenar as ações

relacionadas ao acompanhamento das atividades parlamentares no processo legislativo junto ao

Congresso Nacional em matérias de interesse do Ministério; acompanhar os trabalhos nas

Comissões e no Plenário da Câmara e do Senado; atuar junto à Supar (Subsecretaria para Assuntos

Parlamentares da Presidência da República); e acompanhar e dar apoio aos representantes do

MMA e das entidades vinculadas (ANA, IBAMA, ICMBio e SFB) nas audiências públicas, reuniões

e demais ações na esfera do Poder Legislativo. As atividades desempenhadas pela Assessoria

Parlamentar também cumprem as determinações estabelecidas no sistema de Acompanhamento

Legislativo – e-Sial.

Entre outras competências da ASPAR, destaca-se, ainda, o atendimento a

parlamentares das três esferas de governo (federal, estadual e distrital, e municipal), prefeitos,

secretários, assessores e outras autoridades; a elaboração de relatórios de audiências públicas

com participação de representantes do MMA e unidades vinculadas; e, a confecção do

informativo diário Acontece no Congresso, com as proposições legislativas em pauta, de interesse

do MMA, nas mais diversas comissões da Câmara e do Senado.

A Aspar também atende às demandas oriundas do Legislativo, relativas a

Requerimentos de Informação, acompanhando os trâmites desses processos, sistematicamente,

nas diversas unidades do MMA e nas entidades vinculadas, zelando pelo atendimento aos prazos

legais. Cabe também à ASPAR o acompanhamento de matérias de interesse do MMA submetidas

à sanção presidencial, bem como dos vetos apresentados.

No período 2012-2016, novos servidores tomaram posse no Ministério e na

Assessoria. Anteriormente, não havia registros de atividades nem relatórios com informações e

memória acerca das ações desempenhadas pela Aspar. A partir de 2013, estabeleceu-se um novo

fluxo de trabalho, contemplando novas ações e incluindo novas competências para a Assessoria

(como, por exemplo,o gerenciamento das emendas orçamentárias parlamentares impositivas).

Esse novo fluxo de trabalho exigiu evolução no modus operandi da Aspar, à medida que novos

desafios surgiram. Não só o cenário político nacional apresentou dificuldades crescentes, mas a

diminuição do quadro funcional da equipe e o aumento das demandas oriundas de todas as

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unidades a do MMA forçaram a Aspar a profunda reforma de sua forma de trabalho. O resultado

prático desse desenvolvimento profissional, que tem se refletido no comprometimento e na carga

de trabalho de toda a equipe, é descrito nos três relatórios anuais que foram produzidos pela

Assessoria desde 2013.

RESULTADOS E CONQUISTAS

MP 651/2014 – PRORROGAÇÃO DE PRAZOS PARA O FIM DOS LIXÕES.

A Medida Provisória foi aprovada na Câmara dos Deputados e seguiu para o

Senado, onde também foi aprovada, com o compromisso de veto da Presidente da República ao

art. 107, que prorrogava para oito anos o prazo para extinção do lixão. Decidiu-se que o Executivo

proporia uma prorrogação, mas em um prazo menor e com mecanismos que garantissem real

efetividade ao cumprimento do prazo previsto.

PL 6242/2013 - PLANO DE CARGOS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.

A Assessoria Parlamentar atuou durante todo o trâmite da matéria, articulando-

se com o relator de cada comissão, bem como mobilizando a base do governo pela sua aprovação.

Após um intenso período de negociação, que durou aproximadamente nove meses, o projeto foi

aprovado na Câmara dos Deputados e remetido ao Senado. Ali, a partir de gestões da Aspar, o

projeto foi pautado em regime de urgência, diretamente em plenário, e foi aprovado com

celeridade e remetido à sanção da Presidência da República. Foi uma pauta extremamente

positiva, na qual a Aspar apresentou rápido e eficiente diálogo com senadores visando à inserção

em pauta e à aprovação da matéria.

PROJETO DE LEI Nº 7735/2014 (PATRIMÔNIO GENÉTICO).

Trata-se de matéria cuja tramitação na Câmara dos Deputados ofereceu grandes

dificuldades ao acompanhamento pela Aspar, em face de grande resistência dos parlamentares

ligados ao setor do agronegócio e às comunidades tradicionais. Sem consenso, o texto foi

aprovado e seguiu para o Senado Federal, Casa em que o Ministério do Meio Ambiente buscou

apoio da base do Governo e, juntamente com a Casa Civil, atuou no sentido de aprovar os

destaques rejeitados na Câmara dos Deputados. Houve grande trabalho de convencimento junto

aos senadores sobre a necessidade de aprovação dos destaques apresentados. O texto aprovado

pela Câmara dos Deputados seguiu para a Presidência da República e, mais uma vez, exigiu uma

atuação articulada e efetiva do Ministério do Meio Ambiente até sua promulgação como Lei.

PROJETO DE LEI Nº O 2447 DE 2007, (PLANO DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO).

Após intensa articulação por parte da Aspar, o Projeto, de 2007, foi enfim

pautado no Plenário e aprovado no início de 2015. A pedido da Aspar, houve pedido de urgência

para votação em plenário, considerando a necessidade de aprovar a proposta antes do Dia

Mundial de Combate à Desertificação e à Seca - 17 de julho. As negociações foram efetivas e a

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proposta foi pautada no dia seguinte à aprovação na Comissão de Meio Ambiente, dia 08 de julho

de 2015, e posteriormente sancionada como a Lei nº 13.153 de 2015.

PROJETO DE LEI Nº 4119, DE 2012 (RESEX DE TAMOIOS).

Que trata da liberação de pesca na Reserva Extrativista (Resex) de Tamoios sofreu

grande pressão para ser aprovado. O Ministério do Meio Ambiente tem posicionamento contrário

ao projeto. Logramos êxito em retirá-lo de pauta durante várias reuniões, mas o pedido para

retirada de pauta do projeto ficou cada vez mais difícil. No ano de 2015, a Assessoria Parlamentar

realizou uma articulação com o relator da matéria e conseguiu apresentar um relatório pela

rejeição da proposta. Consolidamos uma boa base de apoio ao voto do relator e por fim o projeto

foi rejeitado.

O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 107 DE 2015, QUE BUSCA SUSTAR OS EFEITOS DA

RESOLUÇÃO N° 302/2002/CONAMA (QUE “DISPÕE SOBRE OS PARÂMETROS, DEFINIÇÕES E

LIMITES DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DE RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS E O

REGIME DE USO DO ENTORNO”).

A Assessoria Parlamentar atuou pela rejeição do decreto e realizou conversas

com os deputados favoráveis à nossa posição. A votação do projeto foi certamente a mais

disputada do ano de 2015 na Comissão e houve intenso processo de articulação, até o último

minuto, para reverter o resultado provável. Ao final conseguimos uma grande vitória ao rejeitar

o parecer do relator, por nove votos a oito.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

SISTEMA DE INFORMAÇÕES

Trata-se de ponto sensível para o trabalho da Assessoria Parlamentar. O sistema

atual, por ser razoavelmente antigo, não atende plenamente às novas dinâmicas de trabalho

exigidas pela Aspar. Entre as principais dificuldades destaca-se a falta de comunicação entre os

subsistemas e os dados por eles apresentados. O arquivo manual de pastas já não é o meio mais

eficaz para se guardar informações. É necessário o desenvolvimento de uma nova base de dados,

que se valha dos mais recentes avanços e facilidades tecnológicos. Isso reduziria

significativamente o gasto com papel no Ministério, hoje bastante considerável.

Um novo sistema poderia suprir, também, a necessidade de memória das

discussões das matérias, da evolução dos posicionamentos dos participantes internos e externos

e dos acordos realizados, bem como propiciar o acompanhamento individual dos processos

relativos à ação legislativa, que alerte sobre sua tramitação e pendências, conferindo maior

celeridade à atuação da ASPAR.

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NOTAS TÉCNICAS

As Notas Técnicas elaboradas pelo MMA e entidades vinculadas, com

posicionamentos sobre as proposições legislativas, constituem o principal instrumento de

trabalho da Assessoria Parlamenta. Muitas dificuldades advêm da grande quantidade de

posicionamentos pendentes quando da votação dos projetos nas Comissões e Plenários das casas

legislativas. Assuntos de bastante relevância são votados sem que possamos atuar com

posicionamento técnico, o que causa desgaste na relação do MMA com os parlamentares. Isso

recai sobre a ASPAR, e perdem-se muitas oportunidades de aperfeiçoar projetos ou de evitar

prejuízos à política ambiental.

ARTICULAÇÃO COM ASSESSORIA PARLAMENTARES DAS UNIDADES VINCULADAS.

Há pouca articulação entre a Aspar/MMA e as unidades de assessoria

parlamentar das unidades vinculadas (Ibama, ICMBio e ANA). Os métodos de trabalho são assim

pouco coordenados e cada Assessoria trabalha a seu modo. Houve tentativas pouco efetivas de

promover essa coordenação, e o problema continua, fragilizando a atuação do conjunto de

unidades, devido à falta de empoderamento da Aspar para promover essa articulação.

CAPACITAÇÃO PARA OS TÉCNICOS DA ASPAR

A atuação no processo legislativo requer um nível específico de conhecimento

que inclui o processo em si, o regimento interno, o sistema político brasileiro, os cenários políticos

nacionais, direito constitucional, ambiental e administrativo, habilidades de comunicação,

articulação, mediação e de intervenção, estrutura organizacional de todo o Ministério e de suas

vinculadas, entre outros. Muitos desses conhecimentos se adquirem na prática, mas de forma

parcial e limitada. Portanto, faz-se necessário investimento em cursos de capacitação para a

equipe de técnicos da ASPAR, visando maior qualidade e melhores resultados no processo de

acompanhamento legislativo das matérias de interesse do MMA.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

A Assessoria Parlamentar enfrenta dificuldades em desempenhar suas funções

com base na estrutura e na força de trabalho de que hoje dispõe. O grande número de comissões

permanentes, os plenários das duas Casas e um extenso conjunto de matérias que, apenas no

período 2013-2016, gerou aproximadamente 900 processos, nem sempre pode ser acompanhado

com a qualidade e eficiência que requerem. Apesar do aumento exponencial de atribuições da

Assessoria, houve perda considerável de sua força de trabalho entre 2013 e 2016, em torno 35%

de seu quadro.

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SECRETARIA-EXECUTIVA - SECEX

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

Nenhuma unidade do MMA apresenta sua estrutura organizacional tão distante

daquela formalmente estabelecida no Decreto 6.101, de 2007, como a SECEX. Com efeito, aquele

Decreto previa o desenho da Secretaria-Executiva com uma estrutura sobrecarregada de

Departamentos que desempenhavam funções de caráter supostamente transversal mas que, na

prática, refletiam apenas a dificuldade prática de alocá-los sob alguma das Secretarias temáticas:

1. Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração;

2. Departamento de Gestão Estratégica;

3. Departamento de Articulação de Ações da Amazônia;

4. Departamento de Economia e Meio Ambiente;

5. Departamento de Fomento ao Desenvolvimento Sustentável;

6. Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento; e

7. Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente;

Esse desenho tornou impraticável a coordenação de tantas estruturas pelo

Secretário-Executivo, especialmente pela inexistência da figura de um Secretário-Executivo

Adjunto, a exemplo de alguns Ministérios no Governo Federal. No MMA, cabe ao Secretário-

Executivo o papel de supervisionar e avaliar a execução dos programas e atividades do Ministério,

o que requer estreita articulação e coordenação com todas as Secretarias temáticas e com todas

as unidades vinculadas do Ministério. Além disso, o Secretária-Executivo tem sob sua

responsabilidade a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração, cabendo-lhe,

portanto, o acompanhamento de todas as atividades daquela Subsecretaria, associadas a

orçamento, administração financeira, contabilidade, recursos humanos, serviços gerais e

administração dos recursos de informação e informática, no âmbito do Ministério. Junte-se a

essas atribuições o papel de substituição do Ministro de Estado durante seus afastamentos e

impedimentos legais e fica absolutamente comprometida a capacidade de tantas unidades como

as previstas no Decreto 6.101, de 2007.

Assim, aos poucos a estrutura organizacional da SECEX foi sendo ajustada, de

maneira informal, de forma que não mais existem, tal como concebidos, o Departamento de

Articulação das Ações para a Amazônia e o Departamento de Economia e Meio Ambiente. Os

cargos associados a essas unidades foram transformados e utilizados em outras unidades, dentro

do processo de informalização das estruturas do MMA, como já descrito, ou transformados em

cargos de assessoria direta à SECEX, uma função que se mostrou mais necessária e importante

para o conjunto de atribuições do Secretário-Executivo. O Departamento de Políticas para o

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Combate ao Desmatamento foi deslocado – também informalmente – para a Secretaria de

Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental.

Essa mudanças aliviaram um pouco o peso de gestão administrativa da

Secretaria-Executiva. Por outro lado, outras funções, de caráter igualmente transversal, foram

sendo assumidas pela Secretaria-Executiva, destacando-se a gerência do Programa Nacional de

Meio Ambiente (PNMA II) e a coordenação das ações de cooperação internacional (essa última

desempenhada no nível de assessoria, sem a existência de uma unidade administrativa

especificamente criada para isso).

É alto, portanto, o custo de gestão da Secretaria-Executiva no formato atual.

Conforme mencionado no item que trata dos aspectos institucionais do Ministério, no início deste

relatório, a proposta de redução de cargos demandada pelo Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão, se levada a cabo, há de onerar ainda mais essa unidade, com a alocação de

novos Departamentos ou com a criação de Departamentos que, por si sós, constituirão unidades

muito pesadas, com a fusão de unidades hoje existentes.

O modelo de estrutura organizacional para a SECEX, portanto, deverá considerar

alguns aspectos desejáveis:

criar a figura do Secretário-Executivo Adjunto;

alocar, ao máximo possível, Departamentos sob a responsabilidade de

Secretarias temáticas; e,

privilegiar a criação de cargos de assessoria direta ao Secretário-Executivo, a fim

de possibilitar o adequado desempenho do enorme conjunto de atribuições sob

sua competência.

O organograma a seguir retrata a estrutura organizacional factual da Secretaria-Executiva.

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Desenho atual, factual, da estrutura organizacional da Secretaria-Executiva

Secretaria Executiva

Departamento de Gestão Estratégica

Gerente

Gerente

Departamento de Fomento ao

Desenvolvimento Sustentável - FNMA

Gerente

Departamento de Apoio ao Conama

Gerente

Gerência do PNMA

Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e

Administração - SPOA

Chefe de Gabinete

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DEPARTAMENTO DE GESTÃO ESTRATÉGICA -

DGE

INTRODUÇÃO

O Departamento de Gestão Estratégica –DGE consta na estrutura regimental do

Ministério do Meio Ambiente – MMA, tendo como competências:

I - planejar e coordenar, no âmbito do Ministério, a execução das atividades

relacionadas com o sistema federal de planejamento, bem como as atividades de organização e

modernização administrativa;

II - coordenar a elaboração e a consolidação dos planos e programas anuais e

plurianuais das atividades finalísticas do Ministério, e submetê-los à consideração superior;

III - coordenar as ações de acompanhamento e avaliação da execução dos planos

e programas anuais e plurianuais do Ministério;

IV - promover a elaboração e consolidar planos e programas das atividades de sua

área de competência e submetê-los à decisão superior;

V - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento

e Administração e as demais unidades do Ministério, o desenvolvimento e a implantação de

sistema de informações gerenciais do Ministério, visando subsidiar a tomada de decisão, o

acompanhamento e avaliação dos seus projetos e atividades e assegurando que este sistema

possa alimentar os sistemas de informação dos órgãos centrais de gestão;

VI - propor e implementar ações voltadas para o aperfeiçoamento da organização

e gestão das diversas áreas e unidades do Ministério, especialmente na sistematização,

padronização e implantação de seus processos de trabalhos; VII - coordenar, em articulação com

as Secretarias do Ministério e as entidades vinculadas, o processo de elaboração e proposição de

programas e projetos de cooperação técnica internacional;

VIII - apoiar a Assessoria de Assuntos Internacionais nas negociações com os

organismos internacionais, entidades e governos estrangeiros, dos programas e projetos de

cooperação técnica internacional;

IX - coordenar a elaboração dos relatórios anuais de gestão do Ministério,

tratando de propiciar maior transparência junto à sociedade em geral; e

X - executar outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua atuação.”

Informalmente, as funções do DGE são estruturadas em duas Gerências, a

Gerência de Planejamento Institucional e a Gerência do Sistema Nacional de Informações

Ambientais – SINIMA.

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Gerência de Planejamento Institucional

A Gerência de Planejamento Institucional – de caráter informal – exerce as

atividades condizentes à área de planejamento do MMA, destacando-se as competências

expressas nos itens de I a VI e de IX acima mencionadas.

O período 2010-2016 foi um período de expressivos avanços em termos de gestão

para o órgão. Isso pode ser expresso nos trabalhos iniciados pelo DGE junto às unidades

finalísticas do MMA e à Subsecretaria de Planejamento Orçamento e Administração - SPOA

visando ao estabelecimento de um processo de Planejamento Estratégico para o MMA no ano de

2013, com o intuito de apoiar, de maneira adequada, a consecução da diversidade de objetivos

da Política Nacional de Meio Ambiente – PNMA. Esses objetivos foram estabelecidos pela Lei nº

6.938/1981, e o alcance dos mesmos depende de ferramentas gerenciais adequadas, que

permitam uma coordenação integrada, focada e efetiva, como possibilitaria um processo de

planejamento estratégico.

Assim, entre março de 2013 e março de 2014, o Ministério do Meio Ambiente

elaborou seu Planejamento Estratégico, por meio de um processo participativo, em que dirigentes

e servidores puderam expressar suas ideias, definindo seus grandes objetivos estratégicos para

os próximos anos. A metodologia escolhida para orientar a formulação e implementação da

estratégia foi o Balanced Scorecard – BSC, uma ferramenta consagrada, inclusive no setor público,

como uma eficiente maneira de comunicar e gerir os objetivos de uma organização.

A premissa desse trabalho é que, ao planejar, a organização aprende a definir

suas metas, a traçar caminhos mais seguros para alcançá-las e a realizar constante

monitoramento de seus compromissos. Assim, a partir de 2014, o MMA adotou objetivos e metas

pactuados durante todo o processo de construção do seu Planejamento Estratégico.

Gerência do SINIMA

A Gerência do SISNIMA – também de caráter informal – foi estabelecida em 2011

com o objetivo de agregar expertise ao MMA na área de gestão da informação. Desde então, foi

iniciada articulação com IBGE e com demais entidades correlatas para promover a construção de

uma rotina de coleta de dados e geração de informações por meio de indicadores na área de meio

ambiente, contemplando eventual reformulação do SINIMA.

O período caracterizou-se por avanços na construção do Painel Nacional de

Indicadores Ambientais (PNIA) e na articulação com o IBGE e CEPAL, visando à capacitação e

instrumentalização do Ministério para integrar o Sistema Nacional de Informações, a ser gerido

pelo IBGE, no contexto dos novos desafios de gestão da informação a partir da adoção dos

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Espera-se que, com esse trabalho, o MMA crie

uma cultura de aporte de informações com periodicidade definida e em alinhamento com os

parâmetros de estatísticas da ONU.

RESULTADOS E CONQUISTAS

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MELHORIA DA GESTÃO DO MMA: IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO PARA A

GOVERNABILIDADE – SIGOB MÓDULO DE METAS

Em janeiro de 2012, o MMA iniciou trabalhos de implantação do Sistema de

Gestão para a Governabilidade – SIGOB, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento – PNUD e utilizado por alguns órgãos governamentais. De forma resumida, o

objetivo do SIGOB é desenvolver metodologias e ferramentas para apoiar a ação política

governamental, contribuindo para manter ou criar condições para a governabilidade

democrática. Entre os módulos informatizados do SIGOB implementados no MMA, destaca-se o

Sistema de Programação e Gestão de Metas por Resultados – Sistema de Metas. Esse módulo se

fundamenta na premissa de que é necessário formular metas institucionais que possam ser

monitoradas nos níveis de sua programação: metas intermediárias, indicadores de progresso,

alertas/restrições políticas, financeiras e outras que possam atrasar sua realização. A ferramenta

permite também gerar ações comunicativas ou políticas associadas aos resultados. Para o

monitoramento das metas institucionais definidas, o DGE acompanhava diariamente os reportes

dos avanços das metas junto às equipes responsáveis pela execução das mesmas, via sistema

informatizado. Além disso, foi criada a instância do Comitê de Metas, que se reunia

semanalmente, com a função de acompanhar os alertas, restrições e oportunidades de

comunicação das metas prioritárias, na perspectiva de encaminhar soluções para os entraves, a

partir de ações do Comitê junto às áreas técnicas. A implantação do SIGOB – Módulo de Metas

configura-se como o início de um esforço do MMA em implementar um instrumento de gestão

para monitorar os resultados do Ministério. Nesse sentido, a metodologia permitiu ao Ministério

monitorar a execução de 15 projetos/iniciativas finalísticas posteriormente incorporadas ao

Planejamento Estratégico do Ministério. Esse sistema não é mais utilizado pelo DGE desde 2015.

CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO MMA

Por meio de amplo processo participativo de dirigentes e servidores, coordenado

pelo DGE, o MMA definiu sua missão, visão, diretrizes, valores e seus grandes objetivos

estratégicos a perseguir no período 2014 a 2022. Em 2013 foi realizado diagnóstico estratégico

institucional, a partir de amostra de 160 consultas. A partir de 2014, o MMA adotou seus objetivos

e metas pactuados durante o processo de construção do seu Planejamento, que foi estruturado

em 05 etapas: 1: Plano Estratégico e Mapa Estratégico; 2: Indicadores e Metas; 3: Iniciativas

Estratégicas; 4: 1ª Reunião de Análise Estratégica (RAE); 5: Alinhamento dos processos de gestão

à estratégia.

IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO

Com o intuito de garantir que a estratégia formulada seja implementada, novo

modelo de gestão foi introduzido nas rotinas de monitoramento e acompanhamento do

Ministério. Reuniões trimestrais de avaliação da estratégia (RAE) foram previstas para que os

dirigentes possam reportar os avanços, entraves e soluções para suas respectivas

responsabilidades na execução da estratégia, tendo sido realizadas 08 RAEs. O modelo de gestão

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prevê ainda reuniões trimestrais de fóruns temáticos (finalísticos e de processos), espaço em que

os responsáveis pelos indicadores e iniciativas estratégicas reportam avanços e desafios para a

execução dos projetos definidos no Plano. Os resultados desses fóruns servem de subsídios para

as RAEs e configuram-se como espaço de diálogo e integração interna da instituição. Em 2015, foi

elaborado o Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, vinculado ao Mapa Estratégico do MMA. A partir

de 2016 foi iniciada a primeira revisão do processo de monitoramento dos objetivos estratégicos.

REVISÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – GESTÃO PARA RESULTADOS 2014-2022

O Planejamento Estratégico é um processo dinâmico, mutável, portanto passível

de revisões periódicas. Assim, em 2015, o MMA iniciou o processo de revisão de suas iniciativas

estratégicas, processo atualmente em curso. A nova sistemática de revisão dos projetos permitiu

melhor compreensão e comunicação dos resultados a serem alcançados em cada iniciativa

estratégica. Esses resultados estão agora refletidos numa Estrutura Analítica de Projeto – EAP que

contém as entregas e subentregas previstas para os próximos anos. Além disso, fichas

metodológicas estão sendo elaboradas pelas unidades do MMA, perfazendo, cerca de 22

indicadores dos três objetivos estratégicos finalísticos.

CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2016-2019

Em 2015 o MMA deu importante passo para o aperfeiçoamento de sua gestão

quando decidiu alinhar o Plano Plurianual – PPA 2016-2019 ao Plano Estratégico 2014-2022. Essa

estratégia permitiu uma sinergia das prioridades definidas pelo órgão, agora refletidas tanto no

PPA quanto no seu Plano Estratégico de médio e longo prazo. Essa iniciativa busca dar coerência

aos esforços de monitoramento conjunto de ambos os instrumentos, conjugando os fóruns

temáticos de gestão do Plano Estratégico e as reuniões do comitê de monitoramento e avaliação

do PPA na mesma instância de diálogo e decisão institucional.

IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO (BIOSFERA)

Em novembro de 2014, iniciaram-se os trabalhos de implantação do Sistema de

Gestão do Conhecimento – BIOSFERA, por meio de uma Solução Integrada de Suporte à

Comunicação e Gestão Corporativa. Essa ferramenta é fruto do Plano Estratégico do MMA, e visa

implementar um sistema de gestão do conhecimento para modernizar o processo de

comunicação interna e de gerenciamento das informações e conhecimentos corporativos. O

lançamento oficial da Biosfera ocorreu no MMA em 16/04/15.

PAINEL NACIONAL DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS (PNIA)

O primeiro Painel foi construído entre 2011 e 2013, com a publicação efetiva de

sua primeira versão em 2014, o PNIA 2012. Nessa versão foram incluídos 39 indicadores que

refletem informações de todas as Secretarias e das demais entidades vinculadas ao MMA. Em

conjunto com o quadro síntese publicado, foram desenvolvidas fichas metodológicas e as bases

de dados que garantem a auditagem das informações e a replicabilidade do processo no futuro.

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Atualmente encontra-se em fase de finalização a versão do PNIA para 2013, já com previsão de

publicação somente em base digital, e a preparação para a coleta de dados para o PNIA 2014/15,

com previsão de conclusão até meados de outubro deste ano.

ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM O IBGE

Esse acordo vem sendo construído desde 2014, com o objetivo de alinhar os

trabalhos do MMA na produção de dados e estatísticas com a atuação daquele Instituto. O ACT

encontra-se em fase madura de negociação e será providencial para que tenhamos espaço junto

ao desenvolvimento do Sistema Nacional de Informações Oficiais. Essa construção deve facilitar

a reformulação da estrutura do SINIMA para dentro do MMA, inclusive garantindo alinhamento

com a agenda de ODS e com os padrões de estatísticas da ONU. Já existem recursos previstos para

apoiar o desenvolvimento de parte dessas atividades, oriundos da II Fase do Programa Nacional

de Meio Ambiente – PNMA II, bem como de projeto de cooperação com a CEPAL.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

O MMA implementou, nos últimos anos, importantes iniciativas de gestão,

merecendo destaque as atividades ligadas ao planejamento estratégico. Apesar desses avanços,

identificam-se ainda vários desafios relevantes para que a cultura organizacional incorpore os

valores traçados, bem como alcance seus objetivos estratégicos. Dentre os principais desafios e

oportunidades vislumbrados, destacam-se:

IMPLEMENTAR O SISTEMA DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (SISPLAN)

O monitoramento do Planejamento Estratégico, com seus diversos objetivos,

indicadores e iniciativas estratégicas, é realizado por meio de planilhas Excel, que controlam

inúmeras informações e dados apresentados por diferentes unidades. Trata-se de limitação que

se pretende contornar por meio do desenvolvimento e implementação de um Sistema

Informatizado de Gestão Estratégica e Gestão de Projetos. Esse trabalho foi iniciado em 2015 em

conjunto com o SFB e se encontra em andamento. O Primeiro módulo de gestão de projetos do

SISPLAN foi entregue em janeiro de 2016, mas há necessidade de recursos – aproximadamente

R$ 31.000,00 - para customizar este módulo para uso pelo MMA. Deve ser realizado via TED do

MMA ao SBF.

INTEGRAR AS DIFERENTES FERRAMENTAS GERENCIAIS AO PLANO ESTRATÉGICO DO MMA

O MMA convive hoje com diversos sistemas de caráter gerencial, como o PPA

(2016-2019), o PDTI (2016-2018), os orçamentos Anuais, os Relatórios Institucionais, os quais

podem ser melhor integrados ao Planejamento Estratégico do MMA 2014-2022. Esse trabalho já

foi iniciado junto às áreas técnicas, mas trata-se de processo que envolve mudanças culturais que

precisam ser reforçadas politicamente, a fim de que esses trabalhos sejam mais focados e, por

consequência, mais econômicos e eficientes. Hoje, todos os relatórios institucionais, em especial

o Relatório de Gestão para o TCU, apresentam o Planejamento Estratégico como o principal

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instrumento de integração do MMA a partir de 2015. A minuta de Portaria que institui o

Planejamento Estratégico do MMA ressalta a necessidade de vincular esses instrumentos e o PPA

ao Planejamento Estratégico.

ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO ALINHADO DO PLANO PLURIANUAL 2016 – 2019

JUNTO AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.

O Ministério do Planejamento não definiu ainda a metodologia de

acompanhamento do PPA 2016-2019. Para o MMA, esse processo, em conjunto com o

monitoramento do Planejamento Estratégico, deverá ser um instrumento de aperfeiçoamento da

gestão, na medida em que sociedade e Governo tiverem clareza das metas e entregas priorizadas

pela instituição. Para isso, é fundamental a que haja coerência entre a execução das ações e o

planejamento acordado. Por isso, a construção do novo PPA pelo MMA buscou refletir seus

principais objetivos e metas para o período de quatro anos, de maneira coerente com o conteúdo

do Planejamento Estratégico para um período maior (até 2022). Essa iniciativa busca alinhar os

esforços de monitoramento e implementação atuais, conjugando os fóruns temáticos do PE e as

reuniões do comitê de monitoramento e avaliação do PPA na mesma instância de diálogo e

decisão institucional. Assim que houver definição, pelo MPOG, das orientações para o

monitoramento do PPA 2016-2019, o MMA poderá publicar portaria para monitoramento

conjunto do PPA e do Planejamento Estratégico, contemplando os indicadores e as entregas

definidas nos dois instrumentos.

ESTRATÉGIA DE APERFEIÇOAMENTO DO BIOSFERA

Passado o período inicial de implementação do Biosfera, caracteriza-se a

necessidade de utilizar esse sistema como ferramenta de gestão do conhecimento, e não como

mero repositório de informações. Para isso, é necessária a adoção de estratégia de melhoria da

ferramenta, com prioridade para o cadastro de pessoal (CGGP), o módulo agenda/calendário e a

integração com o SISPLAN. Para isso, é necessária articulação com a CGGP para definição do

módulo de cadastro e dos demais itens prioritários para desenvolvimento da perspectiva de

pessoal na plataforma Biosfera, bem como a identificação das características e facilidades do

módulo agenda/calendário. Em adição, é necessário assegurar a continuidade do Biosfera,

provendo os recursos financeiros para tal.

GARANTIR A CONTINUIDADE DO TRABALHO COM INFORMAÇÕES E ESTATÍSTICAS – PNIA

O trabalho com informações e estatísticas é, ainda, relativamente pouco

desenvolvido e internalizado no MMA. Verifica-se, ainda, alto grau de complexidade na

articulação com os produtores de informação e baixo nível de resposta, bem como ausência de

ferramental adequado para coleta e tratamento das informações. Esse trabalho pode ser

substantivamente aperfeiçoado a partir de cooperação com IBGE, para apoiar a reformatação dos

padrões e estatísticas do MMA.

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AGENDA DE 180 DIAS

PUBLICAR A PORTARIA DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (PE)

Visa institucionalizar o Planejamento Estratégico no MMA, e caracteriza-se como

medida necessária à integração com os demais sistemas de gestão e ao aperfeiçoamento da

relação com os órgãos de controle.

ASSEGURAR RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS PARA HONRAR O CONTRATO

BIOSFERA.

Há necessidade de aporte de empenho de mais R$ 3.595.611,95, além dos R$

1.179.988,05 empenhados em 2016, perfazendo um total de R$ 4.775.600,00 de recursos

orçamentários e financeiros necessários para honrar o compromisso assumido ao final de 2015,

quando da prorrogação do contrato até outubro de 2016.

ACOMPANHAR E COORDENAR A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE MODELAGEM DE

PROCESSOS ORGANIZACIONAIS

Mapeamento, análise, desenho e redesenho de processo – que foi prorrogado

até outubro de 2016.

ELABORAR PROPOSTA DE PORTARIA DE MONITORAMENTO DO PPA 2016-2019

Aguardando orientações do Ministério do Planejamento, previstas para junho de

2016.

IMPLEMENTAR SISTEMA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – SISPLAN

Necessidade de recursos para efetuar TED, previsão inicial até junho de 2016.

ACOMPANHAR OS PROCESSOS DE REVISÃO, AJUSTES E DIVULGAÇÃO DO RELATÓRIO DE

GESTÃO DO MMA AO TCU

Relatório deverá ser divulgado no sítio eletrônico do MMA até meados de junho

de 2016.

CONCLUIR E FIRMAR O ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM O IBGE.

CAPACITAÇÃO EM INDICADORES AMBIENTAIS NO PADRÃO ONU

Curso de capacitação para 40 servidores do MMA e vinculadas e do IBGE,

contando com a distribuição da tradução do manual de estatísticas da ONU. O curso está sendo

desenvolvido em parceria com a CEPAL, estando previsto para se realizar em agosto próximo.

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ASPECTOS INSTITUCIONAIS

A estrutura formal do Departamento não prevê a existência de coordenações ou

gerências, apenas de uma assessoria. A forma como foram evoluindo as atribuições do

Departamento nos últimos anos ressaltou a necessidade de estruturação do Departamento com

duas Gerências, o que foi feito de maneira informal, com a Gerência Planejamento Institucional e

a Gerência do Sistema Nacional de Informações Ambientais – SINIMA. A discussão em curso sobre

nova estrutura organizacional para o MMA prevê a formalização desse desenho, visto que o

desenho atual é reconhecidamente insatisfatório (inclusive porque o cargo de assessoria, da

estrutura formal, tem limitações administrativas quando no exercício de gerência).

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DEPARTAMENTO DE APOIO AO CONAMA -

DCONAMA

INTRODUÇÃO

O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, órgão consultivo e

deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente, a partir das atribuições que lhe são

conferidas pela Lei nº 6.938, de 1981, tem a finalidade de assessorar, estudar e propor diretrizes

de políticas governamentais ambientais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas

e padrões para o meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Nesse sentido, o Conselho é um fórum de discussão sobre as questões ambientais

nacionais mais relevantes, e de deliberação sobre normas para a efetiva implementação da

Política Ambiental do País.

O Conselho é presidido pela Ministra de Estado do Meio Ambiente e a secretaria

executiva é de responsabilidade do Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente – MMA.

Sua composição abrange os cinco segmentos da sociedade, a saber: governos federal, estaduais

e municipais, representantes de entidades de trabalhadores e da sociedade civil e setor

empresarial.

O Conselho conta com 101 conselheiros com direito a voto e três conselheiros

convidados. Os conselheiros com direito a voto estão assim distribuídos: Governo Federal com 35

conselheiros, governos estaduais com 27 conselheiros, governos municipais com 8 conselheiros,

setor empresarial com 8 conselheiros e representantes de entidades de trabalhadores e da

sociedade civil com 22 conselheiros, além de um conselheiro honorário. Os três conselheiros

convidados representam o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e a Comissão

de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

A estrutura do CONAMA é composta pela Plenária, órgão superior de deliberação

do Conselho, pelo Comitê de Integração de Políticas Ambientais – CIPAM, órgão de integração

técnica e política, por sete câmaras técnicas (CT de Biodiversidade, CT de Controle Ambiental, CT

de Florestas e Demais Formações Vegetacionais, CT de Qualidade Ambiental e Gestão de

Resíduos, CT de Gestão Territorial, Unidades de Conservação e Demais Áreas Protegidas, CT de

Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, e CT de Assuntos Jurídicos), e pela Câmara

Especial Recursal.

No período de 2010 a 2016, o CONAMA promoveu diversos debates sobre temas

centrais da política ambiental do País, entre os quais se destacam: licenciamento ambiental do

Projeto de Transposição do Rio São Francisco; exploração de petróleo na camada do pré-sal;

Cadastro Ambiental Rural – CAR; Outorga Florestal; Plano Nacional de Resíduos Sólidos –

Destinação Final de Resíduos Eletroeletrônicos e também Reciclagem e Logística Reversa; painéis

sobre “energia”, como Matriz Energética Brasileira, Política Energética e Meio Ambiente, Mapa

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das Rotas Tecnológicas em Hidroeletricidade, Programa Nacional de Energia, Planos de Recursos

Hídricos e Gestão Ambiental e Segurança da Energia Nuclear; Fundo Clima e as Políticas de

Mitigação dos Gases de Efeito Estufa; Marco Regulatório do Patrimônio Genético; Código Florestal

e repercussões sobre seu efeito nas Resoluções CONAMA; Licenciamento Ambiental; Aves

migratórias; Listas Oficiais de Espécies Ameaçadas.

Foram aprovadas, no período, 43 resoluções, 23 moções, 2 proposições e 7

recomendações, sendo que temas de relevante prioridade para o Governo estiveram entre tais

deliberações: uso de dispersantes químicos em incidentes de poluição por óleo no mar;

estabelecimento de critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental; diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; depósito e a guarda provisórios de

animais silvestres apreendidos, resgatados ou oriundos de entrega espontânea; estabelecimento

dos limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas instaladas;

estabelecimento de novas fases de controle de emissões de gases poluentes por ciclomotores,

motociclos e veículos similares novos; metodologia de recuperação das Áreas de Preservação

Permanente - APPs; critérios para a caracterização de atividades e empreendimentos

agropecuários sustentáveis do agricultor familiar, do empreendedor rural familiar e dos povos e

comunidades tradicionais como de interesse social para fins de produção, intervenção e

recuperação de Áreas de Preservação Permanente; parâmetros básicos para identificação e

análise da vegetação primária e dos estágios sucessionais da vegetação secundária nos Campos

de Altitude associados ou abrangidos pela Mata Atlântica; e diretrizes para Educação Ambiental.

RESULTADOS E CONQUISTAS.

PROTEÇÃO DAS FLORESTAS E DOS ECOSSISTEMAS.

Esse tema foi objeto de 17 resoluções CONAMA. Destaque para a Resolução

CONAMA nº 474/2016, que altera a Resolução nº 411/2009, que dispõe sobre procedimentos

para inspeção de indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos

florestais madeireiros de origem nativa. Essa alteração reduziu o coeficiente de rendimento

volumétrico, que expressa a rentabilidade do desdobro da madeira, diminuindo assim a

possibilidade de transporte e comercialização de madeira de origem ilegal.

De particular importância para a proteção das unidades de conservação foi a

aprovação das Resoluções CONAMA nº 428/2010 e nº 473/2015, que tratam, entre outras

questões, da definição de faixa de amortecimento no entorno das unidades, nas quais, o

licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos de significativo potencial de impacto

depende de autorização do órgão responsável pela unidade de conservação.

Foram aprovadas também resoluções que listam as espécies indicadoras dos

estágios sucessionais de vegetação de restinga para onze estados, e sobre parâmetros básicos

para identificação e análise da vegetação primária e dos estágios sucessionais da vegetação

secundária nos Campos de Altitude associados ou abrangidos pela Mata Atlântica. Aprovou

também metodologia para recuperação de Áreas de Preservação Permanente.

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LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Esse tema foi objeto de 5 Resoluções CONAMA, que tratam de critérios e

procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de diferentes

naturezas, com destaque para aeroportos regionais, empreendimentos de geração de energia

elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre, e aquicultura.

PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL.

Foram aprovadas 14 Resoluções CONAMA voltadas à definição de padrões e ao

controle da qualidade ambiental, tais como diretrizes para o uso de dispersantes químicos em

incidentes de poluição por óleo no mar, controle ambiental de produtos destinados à remediação,

critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas,

controle da poluição veicular, gerenciamento do material a ser dragado em águas sob jurisdição

nacional, padrões de lançamento de efluentes, uso de produtos ou de agentes de processos

físicos, químicos ou biológicos para o controle de organismos ou contaminantes em corpos

hídricos superficiais, e limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas.

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O CONAMA aprovou também 5 Resoluções que tratam da gestão dos resíduos

sólidos, entre eles diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção

civil, procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme as normas adotadas pela

Convenção da Basiléia, e recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou

contaminado.

PROTEÇÃO E MANEJO DA FAUNA

Finalmente, 2 resoluções relativas à proteção e ao manejo da fauna foram

aprovadas, uma sobre depósito e guarda provisórios de animais silvestres apreendidos,

resgatados ou oriundos de entrega espontânea, e outra sobre diretrizes e procedimentos para

elaboração e autorização do Plano de Manejo de Fauna em Aeródromos.

EVENTOS

Como fórum de debate e deliberação sobre matérias voltadas à implementação

da Politica Nacional do Meio Ambiente, o Conama promoveu diferentes eventos durante esse

período, como o Seminário sobre a Revisão Jurídica das Resoluções CONAMA frente à Lei

Complementar n.º 140/2011 e à Lei n.º 12.651/2012, em 2014, o Seminário: "Licenciamento

Ambiental - da Resolução 01/86 aos Dias Atuais", em 2013, e o Seminário sobre Capacidade de

Suporte das Regiões Metropolitanas, em 2012.

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DESAFIOS E OPORTUNIDADES.

REVISÃO DAS RESOLUÇÕES CONAMA QUE SE ENCONTRAM DESATUALIZADAS POR QUESTÕES

DE INTERVENIÊNCIA DE LEGISLAÇÃO

A Consultoria Jurídica do MMA analisou uma série de resoluções CONAMA à luz

da legislação atual, em especial a Lei Complementar nº 140/2011 e a Lei nº 12.651/2012. A

conclusão que chegou foi pela necessidade de revogação integral de algumas delas, e de revisão

de outras tantas. Essa é uma ação essencial, que merece atuação efetiva do Conselho.

Nesse sentido, na 121ª Reunião Ordinário do CONAMA, ocorrida em 16 de março

de 2016, foi aprovada a criação de Grupo Assessor - GA para conduzir os trabalhos de avaliação,

do ponto de vista jurídico, dessas resoluções, para proposição de encaminhamentos ao Plenário.

A coordenação desse GA ficou a cargo do MMA.

DEBATE SOBRE TEMAS ESTRATÉGICOS DA POLÍTICA AMBIENTAL

Uma oportunidade que pode ser melhor aproveitada pelo CONAMA é a

formulação de estratégia para ampliar o debate sobre temas relevantes da política ambiental,

como os compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção sobre Mudança do Clima, de redução

das emissões de gases de efeito estufa e de adaptação à mudança do clima; os compromissos

relativos à Convenção da Diversidade Biológica; os desafios para a implementação da política

florestal, da política de conservação da biodiversidade e da política de resíduos sólidos; o

licenciamento ambiental, entre outros, e a forma de atuação do CONAMA frente a todos esses

desafios.

ATUALIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DOS DADOS E INFORMAÇÕES DO CONAMA

A página na internet do CONAMA foi estruturada em linguagem de programação

hoje obsoleta. Existe preocupação expressa pela CGTI do MMA do risco de se perderem todas as

informações ali constantes, o que poderá acarretar prejuízos significativos aos trabalhos do

CONAMA, uma vez que no site se encontram os registros de todas as reuniões, desde 1984, e o

arcabouço completo de resoluções aprovadas pelo Conselho.

Necessidade de estruturação do arquivo do CONAMA por profissional qualificado

da área de biblioteconomia.

AGENDA DE 180 DIAS

O CONAMA possui dinâmica contínua de funcionamento. Conforme estabelecido

no Decreto nº 99.274/90, o Plenário do Conselho deve se reunir em caráter ordinário a cada três

meses e, para isso, deve-se garantir o andamento dos trabalhos em curso no Comitê de Integração

de Políticas Ambientais – CIPAM, responsável por admitir as matérias no CONAMA, nas Câmaras

Técnicas – CTs e respectivos Grupos de Trabalho – GTs, que têm a atribuição de analisar

tecnicamente as propostas que chegam ao Conselho. O Plenário, como instância final, chancela

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as matérias analisadas e aprovadas pelas instâncias anteriores que, quando aprovadas por meio

de um de seus atos, são encaminhadas para publicação.

O Ministério do Meio Ambiente é o responsável pela organização de todas as

reuniões do Conselho, o que inclui serviços de gravação em áudio e vídeo e de estenotipia. O

Ministério também poderá arcar com as despesas de deslocamento e de estadia de parte dos

representantes do segmento da Sociedade Civil no CONAMA, para participação em todas as

reuniões do Conselho, conforme estabelecido no Decreto nº 9.9274/90. No atual contexto de

restrições orçamentárias, trata-se de questão que deve ser acompanhada a fim de evitar riscos

de desgaste do Conselho junto aos representantes da sociedade civil. Além disso, todas as

resoluções aprovadas pelo CONAMA são publicadas em sua íntegra no Diário Oficial da União,

bem como as nomeações dos conselheiros, que sofrem alterações ao longo do ano,

representando uma despesa que merece destaque.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

O Departamento de Apoio ao CONAMA está vinculado à Secretaria Executiva do

Ministério do Meio Ambiente. Pela importância do Conselho para a implementação da Polícia

Nacional do Meio Ambiente, em especial pela prerrogativa de deliberar sobre normas que

alcançam todas as instituições que integram o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, é

importante sua localização na estrutura do Ministério no nível de uma diretoria. Minimamente, o

Departamento deve se manter como se apresenta atualmente, inclusive com o número de

servidores, sendo que qualquer diminuição nesse quantitativo acarretará prejuízos significativos

para o funcionamento do CONAMA como um todo.

O CONAMA, por sua diversidade e número de representações e abrangência

temática, apresenta certa complexidade no seu funcionamento, o que exige, por um lado,

extrema organização e, por outro, multidisciplinariedade da equipe técnica. Contudo, o

Departamento conta com quadro mínimo de servidores para desempenhar adequadamente suas

funções.

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DEPARTAMENTO DE FOMENTO AO

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL / FUNDO

NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (FNMA)

INTRODUÇÃO

O Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) integra o Departamento de

Fomento ao Desenvolvimento Sustentável do MMA, unidade originalmente criada para assumir

a operação de toda transferência voluntária realizada pelo Ministério. No entanto, desde sua

criação, em 2007, o Departamento opera somente os recursos FNMA.

O Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA, criado por Lei em 1989, foi

instituído com o objetivo de apoiar, por meio do fomento a projetos finalísticos, a implementação

da Política Nacional do Meio Ambiente. Na época de sua criação, confirmou-se como uma das

principais “respostas” do País a alguns dos compromissos, assumidos desde a Conferência de

Estocolmo (1972), em prol da sustentabilidade ambiental, agenda ainda embrionária à época.

Desde os primeiros aportes, em 1990, os projetos financiados eram submetidos

à aprovação de um Conselho, de caráter deliberativo, composto por representantes da sociedade

civil e do governo. Esse modelo de governança, inovador para a época, persistiu e se fortaleceu

ao longo dos 26 anos de história do FNMA, consolidando uma bem sucedida agenda de controle

social sobre os recursos investidos.

Os recursos operados pelo Fundo nas duas décadas que se seguiram à sua criação

provieram de doações internacionais (GTZ, Governo dos Países Baixos) e, principalmente, de dois

empréstimos efetuados junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, celebrados

em 1992 e 1998. Esses recursos mostraram robustez suficiente para fortalecer mecanismos de

preservação e conservação da fauna e flora brasileiras, promover uso sustentável dos recursos

naturais, com ênfase na geração de renda para as comunidades agrícolas e extrativistas, fortalecer

o SISNAMA, por meio do apoio à elaboração e implementação de agendas de planejamento e

controle da gestão ambiental por municípios e estados, conduta acompanhada pela adoção de

mecanismos de participação e controle social. A partir da parceria com outros Ministérios (MDA,

MI, MS, MEC, MC), foram lançados 58 editais para chamamento público de projetos, tratando de

temas (por exemplo, Pronaf, P2R2, CIMAs, educação ambiental) que materializavam a ideia de

transversalidade da política ambiental. Nessas parcerias, a expertise reunida pelo FNMA a partir

de extenso portfólio de projetos financiados, bem como de seus mecanismos de controle dos

recursos repassados e de gastos efetuados (SIGEF, SIGMA, DPG, SISPEC), garantiam segurança aos

Ministérios parceiros, que destacavam recursos próprios (OGU) para serem operados pelo Fundo.

Os procedimentos de seleção pública de projetos, criados e adotados pelo FNMA

(Demanda Induzida - editais e a Demanda Espontânea - chamamentos temáticos), além de um

sistema próprio de elaboração de projetos (FaçaProjeto), que antecedeu o SICONV, associada a

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uma equipe técnica preparada, possibilitaram a seleção técnica e apoio a mais de 1436 projetos,

distribuídos em todos os estados da federação.

Se, por um lado, a trajetória do FNMA é marcada positivamente pela

democratização no acesso ao fomento em todo o País, por outro, trouxe lições a respeito da

necessária adoção de mecanismos que possibilitassem garantir, ao Fundo, a adequada dedicação

institucional aos projetos financiados. Essa conduta extrapolaria a missão do "controle" sobre os

recursos, mas procurava alcançar a efetividade dos investimentos empreendidos. Nesse diapasão,

a tempestividade no acompanhamento da execução técnica e financeira dos repasses, o

estabelecimento de indicadores de resultados, o apoio técnico aos tomadores (públicos e

privados), o acompanhamento tempestivo in loco aos projetos, passaram a compor estratégias

prioritárias adotadas pelo Fundo a partir de 2010, no esforço que foi denominado Reengenharia

do Fomento FNMA.

Para a implementação de um processo de transferência de recursos e de apoio

técnico mais eficientes, foi fundamental a revisão do número de projetos financiados,

considerando que o aumento anual no número de convênios (até 2009 o FNMA celebrava cerca

de 120 convênios/ano), jamais dialogaria, na proporção necessária, com o quantitativo de

servidores públicos que adentravam aos quadros do Fundo, descompasso que gerava atrasos

graves nas análises documentais. Outro aspecto importante foi a adoção de medidas de

aperfeiçoamento dos procedimentos de repasse e de acompanhamento dos projetos.

Entre as medidas aprovadas pelo Conselho destacamos principalmente: a)

revisão da escala territorial do fomento FNMA, que passou a apoiar, por meio das chamadas

promovidas pela Demanda Induzida (Editais), projetos estruturantes, de escala regional, que

possibilitassem, com um número menor de projetos, abranger áreas maiores e o maior número

possível de beneficiários; b) repasse de recursos em parcela única, de até R$ 300.000,00, para

projetos locais, selecionados por meio da Demanda Espontânea, em número não superior a dez

projetos/ano; c) monitorias periódicas, in loco, aos projetos apoiados; d) intensificação do uso dos

mecanismos de capacitação à distância e presenciais para tomadores e executores de projetos

FNMA; e) redução drástica das inscrições de pagamentos em "restos a pagar", isso é, empenho e

reserva financeira executados de forma concomitante.

No percurso das providências para adequação das estratégias de fomento,

acolhidas pela Reengenharia, o FNMA foi duramente apenado com a redução de seu orçamento,

conduta seguida de contingenciamentos sobre seus limites. Essa situação levou a direção do

Departamento a buscar novas inserções do Fundo no “mercado de apoiadores financeiros”.

Estamos nos referindo, principalmente, à busca de estratégias de parceria com os demais Fundos,

públicos e privados, de capital nacional, orçamentário e extraorçamentário.

Nessa perspectiva, considerando que o FNMA é o único fundo público brasileiro

na área ambiental, que reúne mais de 20 anos de expertise, apresentamos esse legado aos

parceiros e propusemos estratégias de cooperação. Esse empenho possibilitou, já desde 2010, o

compartilhamento de agendas com cooperação, técnica e financeira, entre o FNMA e o Fundo

Socioambiental da Caixa Econômica Federal - FSA Caixa e, posteriormente, com o Fundo de

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Desenvolvimento Florestal - FNDF/SFB, o Fundo Nacional de Defesa dos Direitos Difusos- FDD/MJ,

o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima/MMA e a Agência Nacional de Águas.

Associado à agenda de investimentos em novos projetos, demandou atenção

especial o passivo de convênios do Fundo Nacional que, em 2010, somava 299 prestações de

contas ainda não analisadas e concluídas, além de 104 convênios que estiveram vigentes até, no

máximo, 2013. Por meio de força tarefa e criação de um Grupo de Trabalho, esse por meio de

Portaria Ministerial, foram designados profissionais das Secretarias do MMA para apoio nas

análises. Ao longo do período 2010-2016, do passivo de 403 prestações de contas, 325 foram

concluídas, isto é, 80% de todo o passivo FNMA.

RESULTADOS E CONQUISTAS

REENGENHARIA DO FOMENTO FNMA IMPLEMENTADA

a) Revisão da escala territorial do fomento.

Entre 1990 a 2009 (20 anos), foram necessários 1.394 convênios e contratos de

repasse para execução de R$ 231 milhões, quantitativo que inviabilizou o acompanhamento e

repasses tempestivos. A partir de 2010, a revisão da escala de atuação do FNMA, de modo a

permitir o acompanhamento mais qualificado dos projetos, passou a ser empreendida por meio

da seleção de temas estratégicos e que permitissem investimentos robustos e o atendimento do

maior número possível de beneficiários. Com esse propósito, entre 2010 e 2016 foram lançados

4 Editais e 2 Termos de Referência, instrumentos que possibilitaram a caracterização clara das

ações a serem financiadas, dos valores investidos, dos territórios a serem considerados e das

metas (com indicadores) a serem alcançadas. Nesse período (6 anos e 4 meses), com

investimentos exclusivamente nacionais, da ordem de R$ 85 milhões (pouco mais de 1/3 dos

valores investidos em 20 anos), foram apoiados 45 projetos.

b) Resultados dos investimentos na aplicação da Reengenharia do Fomento FNMA

Para cada Edital e Termo de Referência lançado, os relatórios de gestão FNMA

apresentam, de forma detalhada, os resultados obtidos e esperados. Os 4 Instrumentos

convocatórios lançados no período 2010-2016 foram:

- TR FNMA 01/2010 - Apoio ao extrativismo e ao turismo ecocultural em um

mosaico de 11 UCs do cerrado brasileiro, R$ 2.8 milhões investidos e 2 projetos celebrados.

- TR FNMA 01/2011- Apoio ao uso sustentável da lenha na caatinga, R$ 6.0

milhões investidos e 7 projetos celebrados.

- Edital FNMA 01/2012 – Elaboração de Planos Estaduais de Recursos Hídricos

para a Região Norte do País, R$ 4.5 milhões investidos e 3 projetos contratados.

- Edital FNMA 02/2013 – Produção de sementes de nativas e implantação de

parques fluviais urbanos, R$ 14.0 milhões investidos e 5 projetos contratados.

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- Edital FNMA 01/2013 – Formação de Educadores Ambiental na Agricultura

Familiar, com R$ 6.9 milhões em investimentos e 10 projetos contratados.

- Edital FNMA 01/2015 – Recuperação de APP para "Produção de Água" em 18

bacias hidrográficas brasileiras com alta criticidade hídrica, com 50.9 milhões em investimentos e

18 projetos em processo de contratação.

c) Repasse de recursos em parcela única para projetos locais

Além dos Editais e Termos de Referência, no esforço da Reengenharia do

Fomento o FNMA manteve seu apoio a pequenos projetos, de âmbito local, que possibilitassem

ao proponente apresentar uma “boa ideia”, a ser apoiada pelo Fundo e que pudesse ser replicada.

Para tanto a Demanda Espontânea foi reestruturada, tendo sido suprimidas as prestações de

contas parciais e estabelecido o repasse em parcela única. A Demanda Espontânea no entanto,

nao poderia restabelecer a “pulverizaçao de projetos pelo país” e, assim, foi reestruturada nos

seguintes termos: 1) apoio a até dez projetos por ano; 2) apoio a projetos locais, inovadores e

replicáveis; 3) valores entre R$ 100 e R$ 300 mil por projeto e; 4) execução em até 24 meses.

Entre 2010 a 2016 foram investidos R$ 6.705.150,00 (recursos exclusivamente FNMA), e apoiados

26 projetos entre ONGs e instituições públicas, em 16 estados da federação.

d) monitorias periódicas, in loco, aos projetos apoiados.

A redução no número de convênios apoiados, ainda que com abrangência

territorial e de número de beneficiários maior, possibilitou a intensificação do monitoramento in

loco aos projetos em execução, o que foi particularmente importante em face da drástica redução

da força de trabalho do Fundo a partir de 2010. Considerando essa redução funcional, o FNMA

estabeleceu parcerias com as Secretarias e unidades vinculadas do MMA, que dispõem de equipe

técnica especializada nos temas financiados, para o acompanhamento técnico dos projetos do

Fundo. Assim, dos 42 convênios e contratos de repasse celebrados pelo FNMA entre 2010 e 2016,

38 (84%) receberam monitoria in loco até a presente data.

AUMENTO DOS RECURSOS FINANCEIROS PARA PROJETOS FNMA POR MEIO DA CONSOLIDAÇÃO

DE PARCERIAS

De 2010 a 2016, o orçamento do FNMA, aprovado na Lei Orçamentária Anual,

observou uma redução de 73%. A indisponibilidade de recursos levou a Direção do FNMA a

empreender esforços na construção de parcerias com financiadores externos, operadores de

recursos nacionais, conduta que contou com a credibilidade e expertise acumuladas pelo Fundo

em seus 26 anos de trajetória. Entre 2010 a 2016, foram investidos R$ 85.0 milhões, sendo R$

29.3 milhões do FNMA e R$ 55.8 milhões decorrentes da soma de parceiros financeiros do FNMA.

Destaca-se, entre esses parceiros, a Caixa Econômica Federal (FSA Caixa), que investiu cerca de

R$ 30 milhões em projetos selecionados pelo FNMA. Entre 2016 a 2019, a parceria FNMA com

outros apoiadores financeiros resultou em investimentos (em andamento), da ordem de R$ 36.0

milhões, incluindo o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (que integra o Ministério da Justiça,

com 8.0 milhões), o Fundo de Desenvolvimento Florestal (do Serviço Florestal Brasileiro, com 4.0

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milhões), o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (da SMCQ, também com R$ 8.0 milhões) e a

Agência Nacional de Águas, com 8.0 milhões, além de recursos FNMA também da ordem de R$

8.0 milhões.

CONCLUSÃO DE 80 % DO PASSIVO FNMA

No início de 2010, o FNMA concentrava 299 convênios expirados e que

necessitavam de análise conclusiva, técnica e financeira, e 104 convênios vigentes, celebrados

antes de 2008, cuja vigência encerraria até 2013, totalizando 403 instrumentos de repasse. Em

2012, o Fundo, com apoio da Secretaria Executiva, obteve auxílio de equipes técnicas das

secretarias e vinculadas para análise das comprovações acerca da execução técnica dos projetos.

Em 2013, restavam 308 convênios no passivo. Após a criação do GT de convênios, providência

adotada a partir da publicação da Portaria Ministerial 235/2013, temos como resultado que 230

convênios tiveram as análises concluídas (53 convênios tiveram a TCE instaurada, 165 foram

aprovados no SIAFI e 12 convênios foram inscritos no CADIN - valor do débito abaixo de

R$75.000,00). Portanto, ao longo do período 2010-2016, do passivo de 403 prestações de contas

(299+104), 325 foram concluídas, isto é, 80% de todo o passivo FNMA.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES.

DRÁSTICA REDUÇÃO DO ORÇAMENTO FNMA

A significativa redução do orçamento anual do Fundo Nacional (queda de mais de

74% entre 2010 e 2016) impactou gravemente a capacidade de apoio, com recursos próprios, às

demandas da sociedade civil e das instituições públicas, principais executores. Desde 2013, o

FNMA opera exclusivamente com a fonte 174, isto é, arrecadação própria decorrente das multas

administrativas aplicadas pelo IBAMA, bem como oriundas de receita decorrente de ações

judiciais. No entanto, os recursos liberados ao FNMA, anualmente, correspondem a apenas 1/3

do valor arrecadado. A diferença, ainda que legalmente estabelecida para o FNMA (20% do valor

das multas), segue para o superávit financeiro da União. É urgente a necessidade de alcançarmos

sucesso na revisão de tal operação, pois existe uma clara dissonância entre a receita e a obrigação

de sua aplicação, à luz do que estabelece a Lei de Crimes Ambientais e sua regulamentação.

Uma das alternativas, que merece atenção do MMA, é a estruturação de um

Patrimônio Financeiro ao FNMA, orçamentário ou extraorçamentário, que assegure recursos

previsíveis e estáveis ao Fundo. Para isso, o Fundo Nacional tem participado intensamente das

discussões, protagonizadas pela presidência do IBAMA, referentes à revisão do Decreto

6514/2008, que trata da regulamentação da Lei de Crimes Ambientais. Nesse esforço, estão sendo

propostas alterações dos artigos que tratam do instituto da conversão de multas aplicadas pelo

órgão, contexto que sugere que a arrecadação, a exemplo do que ocorre com o recurso da

compensação, seja depositada pelo infrator em conta escritural, operada por agente financeiro

público. Essa alternativa possibilitará ao Fundo contar com capital financeiro robusto e

responderia à grave crise orçamentária presente, possibilitando a efetiva aplicação, em áreas

impactadas, dos recursos provenientes das multas.

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REDUÇÃO DO QUADRO FUNCIONAL SEM A REPOSIÇÃO NECESSÁRIA.

A força de trabalho do Fundo Nacional vem sendo reduzida, ano após ano,

especialmente em função da evasão de quadros aprovados em outras carreiras do funcionalismo

público. Essas perdas não têm sido repostas e o FNMA conta hoje com apenas 30% de sua mão

de obra ideal. Esse quadro é comum a todo o Ministério e, portanto, a situação demanda

alternativas que passam por parcerias institucionais e apoio aos parceiros, para que não assumam

custos no apoio operacional ao Fundo. Para tanto, a retomada de maior robustez orçamentária é

fundamental. Avaliamos que o FNMA possa seguir com uma equipe de excelência, coordenada

por gerentes qualificados, que tenham por missão a execução finalística (celebração e

acompanhamento de projetos) e, a de ampliar e "cuidar" das parcerias técnicas e financeiras.

FRAGILIDADE OPERACIONAL DOS DEMANDANTES E BAIXA QUALIDADE DOS PROJETOS

APRESENTADOS PARA APOIO

Um dos principais desafios dos Fundos (públicos e privados) é a qualificação dos

tomadores, conduta que transita pelo aperfeiçoamento de mecanismos de capacitação, pela

elaboração de editais claros e didáticos e pela preparação da equipe técnica, responsável pela

análise dos projetos apresentados. Cabe atenção para o necessário apoio técnico aos tomadores

durante a execução dos projetos, providência que reduz significativamente os riscos do insucesso

na execução.

AGENDA DE 180 DIAS

CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Está em curso o processo eleitoral dos representantes de ONGs ambientalistas

das cinco regiões geográficas que têm assento no conselho. As eleições estão previstas para

serem concluídas, com a publicação da Portaria que designa os representantes, no dia

07/07/2016. O edital de convocação das eleições define que deverá ser realizada uma reunião

do Conselho até sessenta dias após a conclusão do processo eleitoral.

EDITAL 01/2015 – RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE PARA PRODUÇÃO

DE ÁGUA

O Conselho Deliberativo do FNMA selecionou 18 propostas que serão

fomentadas pelo FNMA, com recursos de seis agentes financiadores. As propostas estão em fase

de adequação e atendimento a diligências, e deverão ser contratadas e receber recursos

financeiros para iniciar as atividades nos próximos 180 dias.

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO DECRETO Nº 6514/2008

O Ibama apresentou ao MMA proposta de alteração do Decreto 6514/2008, que

dispõe sobre infrações e sanções administrativas ao meio ambiente. Na proposta, o FNMA atuará

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na seleção de projetos de restauração florestal que serão financiados com recursos recolhidos, a

uma conta escritural, em banco público, no caso em que o infrator decidir fazer a conversão da

multa, para se beneficiar de desconto. Essa proposta está em análise pela Consultoria Jurídica do

MMA e deverá ser acompanhada pelo gestor do Fundo, uma vez que abre a possibilidade de uma

fonte extraorçamentária de recursos para investimento em projetos.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

O atual organograma do FNMA é simples, com apenas uma Gerência e três

coordenações abaixo do cargo de Diretoria. Atualmente, o FNMA conta com uma equipe de dez

Analistas Ambientais, incluindo as servidoras que ocupam os cargos de Diretora e Gerente, e sete

Agentes Administrativos.

O principal gargalo para o atendimento às demandas da equipe técnica é a falta

de Analistas com experiência na análise e no acompanhamento de projetos socioambientais,

tanto nos seus aspectos técnicos, quanto financeiros. Considerando o número de convênios

vigentes (36) e de convênios do passivo, pendentes de conclusão da análise da prestação de

contas (78), seriam necessários mais dois profissionais na área técnica e dois na área financeira.

No caso de ampliação da execução de recursos (a exemplo da execução dos

recursos das multas convertidas pelo Ibama, citados no item acima), além da necessidade de

maior número de Analistas Ambientais, para otimizar a gestão do FNMA, será necessário mais um

cargo de Gerente (DAS 101.4), para fazer a gestão das parcerias e, minimamente, mais um

coordenador (DAS 101.2).

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PROGRAMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –

PNMA II

INTRODUÇÃO

O Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA) visa contribuir para o

fortalecimento das principais instituições ambientais brasileiras bem como reforçar a capacidade

de gestão ambiental nos níveis federal, estadual, do Distrito Federal e municipal. O Programa

encontra-se em sua segunda fase (dez 2009 - jun 2016) e tem como principais linhas o

licenciamento e o monitoramento ambientais, além de instrumentos econômicos para a gestão

do meio ambiente. Essa segunda fase é co-financiada pelo Banco Mundial (BIRD) por meio de

empréstimo de US$24,3 milhões concedido ao governo brasileiro que, por sua vez, participa com

contrapartida de US$10,4 milhões.

No período de 2010 a 2016, o Programa teve importante participação na

promoção de conhecimento e no reforço de infraestrutura para a gestão ambiental,

principalmente para o Ministério do Meio Ambiente – MMA, o Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação

da Biodiversidade (ICMBio). Em razão de dificuldades com o arranjo de implementação junto a

estados e municípios, nesse período, o Programa passou por duas tentativas de reestruturação,

estando a última atualmente em curso. Após período de baixa performance do Programa, a partir

de 2014 os desembolsos e as entregas do Projeto se intensificaram – até dezembro de 2015

haviam sido desembolsados: US$ 4.155.638,64 (17,10% dos recursos BIRD) e US$ 2.686.330,48

(25,78% dos recursos de contrapartida). Até junho de 2016, estão previstos desembolsos

adicionais da ordem de US$ 800mil, em recursos de empréstimo.

O processo de reestruturação do PNMA II em curso tem por premissas: (1) a

necessidade de ajuste no seu arranjo de implementação; e, (2) os grandes desafios colocados para

a agenda ambiental nos próximos anos como, em consonância com o Planejamento Estratégico

do MMA. Esses desafios incluem a implementação da NDC brasileira, o desenvolvimento da

temática ambiental dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o aprofundamento do

processo de implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O pleito de reestruturação

submetido à COFIEX em dezembro 2015 prevê a centralização da atuação no âmbito federal, a

atualização da agenda de projetos e o cancelamento de parte do valor do empréstimo -

adequando-o à realidade orçamentária e de execução nacional -, além da prorrogação da vigência

do Programa por mais dois anos (até junho de 2018). Após cancelamento parcial do valor do

empréstimo, o Programa terá U$6,04 milhões em recursos (empréstimo e contrapartida) para

execução de junho de 2016 a junho de 2018. Todo esse processo de reestruturação está sendo

realizado em estreita coordenação com o Banco Mundial.

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RESULTADOS E CONQUISTAS

AQUISIÇÃO E FINANCIAMENTO DA COMPRA DE SERVIDORES DO TIPO BLADES PARA A

AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DO DATA CENTER DO MMA:

Com o aumento da demanda por sistemas informatizados para dar suporte às

diversas agendas ambientais do MMA, fez-se necessário a ampliação da capacidade do Data

Center do Ministério – não só em termos de capacidade adicional de processamento, como de

capacidade de backup da armazenagem atual. Para tanto, recursos do PNMA possibilitaram, em

2015, a aquisição de 32 servidores tipo blades, 2 chassis e 1 rack, no valor de R$ 2.490.000,00

(dois milhões e quatrocentos e noventa mil reais). Esses equipamentos dão suporte, entre outros,

ao Cadastro Ambiental Rural – CAR, ao Portal Nacional do Licenciamento Ambiental e ao Portal

do Ministério do Meio Ambiente. Atividade concluída em 2016.

APERFEIÇOAMENTO DOS PROCESSOS DE AUTORIZAÇÃO PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL,

NO ÂMBITO DO ICMBIO

Termo de Cooperação entre o MMA e o ICMBio, que visou fortalecer o trabalho

desenvolvido pelo ICMBio no que tange à avaliação do impacto de empreendimentos sobre as

unidades de conservação e à identificação de áreas vulneráveis para a perda de biodiversidade.

O projeto teve como premissas a inovação nos mecanismos de gestão e a instalação de

capacidade nos órgãos ambientais. Atividade concluída no final 2015.

APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL FEDERAL, NO ÂMBITO DO

IBAMA

Termos de Cooperação entre o MMA e o Ibama, firmado em 2012, por demanda

da Diretoria de Licenciamento – DILIC/IBAMA, cujo objetivo foi a modernização do processo de

licenciamento ambiental federal. Vários produtos foram entregues e, por solicitação do Ibama, o

contrato foi aditivado demostrou interesse na aditivação do Contrato para realização de

atividades complementares. Esse TC encontra-se vigente até 30 de junho de 2016.

FORTALECIMENTO DA GESTÃO DE INFORMAÇÕES ÂMBITO DO IBAMA

Termo de Cooperação entre o MMA e o IBAMA, que assegurou a implantação de

solução de armazenamento, processamento e comunicaçao de dados, instalados na “Sala Segura”

do Ibama, para atender às demandas dos sistemas corporativos do Ibama, a saber: 8 Servidores

Rack, 2 Switches, 2 Storages de 180TB cada, Biblioteca de Fitas de Backup, 25 discos de FC 300

GB. Atividade concluída em 2014.

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ATUALIZAÇÃO E INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PORTAL NACIONAL DO LICENCIAMENTO

AMBIENTAL – PNLA

Termo de Cooperação entre o MMA e a Universidade Federal de Minas Gerais -

UFMG, visando à integração de todos os dados ambientais existentes nos estados e sua

disponibilização em tempo real em uma única ferramenta de pesquisa, o PNLA. A construção do

PNLA decorreu de um amplo processo de articulação institucional entre o MMA e os Órgão

Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs). Ao agregar e compatibilizar informações sobre

licenciamento, o PNLA disponibiliza informações em nível de macro-estatísticas, sem substituir os

sistemas do Ibama e de órgãos estaduais ou municipais de meio ambiente. O PNLA,

disponibilizado para consulta em 2014, atende a público diversificado formado por estudantes,

pesquisadores, órgãos governamentais, ONGs, empreendedores e profissionais que atuam na

área de meio ambiente, entre outros atores públicos e da sociedade civil.

ESTUDOS PARA SUBSIDIAR O GOVERNO FEDERAL NA REGULAMENTAÇÃO DOS ARTIGOS 47 E 48

DA LEI Nº 9.985/00 - SNUC

A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, nos artigos 47 e 48, prevê que os

beneficiários da proteção proporcionada por Unidades de Conservação (UCs) - especificamente

os órgãos ou empresas, públicas ou privadas, responsáveis pelo abastecimento de água, geração

e distribuição de energia elétrica ou que façam uso de recursos hídricos protegidos pelas Unidades

de Conservação - devem contribuir financeiramente para a sua proteção e implantação. A

dificuldade em se tratar da regulamentação desses dois artigos jaz na mensuração, quantificação,

valoração, monitoramento do serviço prestado e na operacionalização deste mecanismo. Por isso,

foi celebrado Termo de Cooperação entre MMA e Universidade Federal do Semi Árido (UFERSA)

visando à execução de estudo para subsidiar o Governo Federal na regulamentação desses dois

artigos. Termo concluído em dezembro de 2015, estando o relatório com o subsídio legal para a

cobrança em desenvolvimento pelo MMA.

DIAGNÓSTICO DO ESTADO DA ARTE DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS NAS POLÍTICAS

AMBIENTAIS BRASILEIRAS

Diversas esferas de governo utilizam ou demonstram interesse em utilizar

instrumentos econômicos nas políticas públicas de meio ambiente. Por isso, em 2014 foi

celebrado contrato entre o MMA e o Consórcio Agência Verde, Ecometrika e Vitae Civilis, para

elaboração de diagnóstico do estado da arte sobre a aplicação de instrumentos econômicos na

implementação das políticas ambientais em nível federal, estadual e municipal. O diagnóstico

teve por objetivo avaliar a aplicabilidade dos instrumentos, assim como a sua eficiência e eficácia

em termos econômicos e socioambientais, além de definir as boas práticas desse tipo de políticas.

Atividade concluída em 2015.

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143

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

O principal desafio do PNMA-II é a conclusão de seu processo de reestruturação

junto ao Banco Mundial, dado o ambiente econômico e político nacional. Uma vez concluída

satisfatoriamente a reestruturação, será preciso ajustar a equipe do projeto no tocante à gestão

financeira e à designação de substituto para a Gerência do Programa, além de dar agilidade às

demandas de licitações do plano de compras elaborado para o período de 2016-2018. Trata-se de

processo relativamente complexo, em face dos curtos prazos e dos passos burocráticos

necessários, por parte do Governo Brasileiro e do Banco Mundial, bem como dos riscos envolvidos,

particularmente no que tange à execução de volume relativamente alto de recursos num

momento de reduzida disponibilidade orçamentária.

A reestruturação do PNMA II contemplará as seguintes iniciativas, a serem

desenvolvidas no período de 2016 a 2018, já discutidas internamente, entre várias unidades do

MMA, e também com o Ministério do Planejamento, previamente à sua aprovação, e com o Banco

Mundial:

Continuidade das ações do Ibama para o fortalecimento do processo de licenciamento

ambiental federal;

Continuidade da atualização e otimização do PNLA – SAIC;

Publicação do diagnóstico sobre procedimentos de licenciamento ambiental do Ibama e dos

órgãos ambientais licenciadores dos Estados e do Distrito Federal, elaborado pela UFMG.

Mapeamento e otimização dos processos para gestão de Documento de Origem de Pescado

(DOP)/Ibama. Essa ação viabilizará o completo acompanhamento da cadeia do pescado,

facilitando sua certificação e fomentando o mercado certificado;

Mapeamento e otimização dos processos de registro de agrotóxicos em apoio ao

licenciamento ambiental federal no âmbito do Ibama. Essa atividade visa otimizar a avaliação

ambiental para o registro de agrotóxicos, além de reduzir o tempo médio de avaliação, hoje

em torno de 2,2 anos, acima do prazo máximo previsto em lei (120 dias);

Análise das emissões de gás de efeito estufa das cidades brasileiras, a partir da revisão dos

métodos e das ferramentas existentes para determinar a estrutura e estimativas de emissões

das cidades;

Estudos com vistas a desenvolver o mercado do manejo sustentável de florestas nativas por

meio do aprofundamento da compreensão de aspectos como a cadeia produtiva da economia

florestal, sua dinâmica de funcionamento e sua articulação com outros segmentos produtivos

como construção civil, energia e movelaria e o funcionamento do processo atual de

exploração madeireira na região Amazônica em suas múltiplas dimensões - processos

produtivos, logística de operação, redes de distribuição, mercado consumidor, tecnologias de

manejo, acesso a crédito, perfil de mão de obra e estrutura de inversões e rentabilidade;

Aquisição de equipamentos e softwares para monitoramento da exploração seletiva de

madeira e controle da produção em áreas de concessão florestal (com o Serviço Florestal

Brasileiro – SFB);

Fortalecimento dos sistemas de Tecnologia da Informação (TI) de monitoramento e

licenciamento do Ibama, por meio da contratação de empresa para elaborar e executar o

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projeto de reestruturaçao e modernizaçao da “Sala Segura” e da rede lógica e física de dados

do Ibama.

Fortalecer o planejamento da gestão ambiental, por meio de ações como desenvolvimento

da capacidade institucional na gestão de indicadores ambientais e modernização da gestão

estratégica de dados e de informações no MMA.

Fomentar atividades de comunicação do MMA com vistas à promoção do conhecimento e da

informação ambiental.

AGENDA DE 180 DIAS

Acompanhar o processo de reestruturação do Programa em curso, assegurando o

cumprimento de prazos e o pronto fornecimento de quaisquer informações que se façam

necessárias.

Acompanhar a auditoria anual do Programa pela Corregedoria Geral da União (CGU), em

andamento.

Acompanhar desdobramentos do cancelamento unilateral do contrato com a empresa SOS

Comunicação e Marketing LTDA, realizado pelo MMA.

Acompanhar execução do Termo de Cooperação com IBAMA, vigente até junho de 2016.

Apoiar o desenvolvimento de Termos de Referência e das documentações necessárias às

futuras aquisições, para agilizar o início dos trabalhos quando da renovação do Programa.

Dada a centralidade da agenda, esses documentos serão de grande importância para o

Ministério, ainda que, eventualmente, haja empecilho à renovação do Programa.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

A estrutura que sustenta a execução do PNMA II apresenta fortes limitações,

especialmente em face de sua informalidade dentro do MMA. A Gerência do Programa

corresponde a cargo de assessoramento, não de direção, o que implica restrições às atividades

administrativas que podem ser desempenhadas. Em decorrência dessa mesma distorção, o

Programa não tem a figura de Gerente substituto nem de coordenador de orçamento e finanças,

função que é desempenhada informalmente pelo chefe de gabinete da SECEX. Tampouco há as

funções de coordenador de licitações (função exercida por técnico que se divide entre dois

projetos, o PNMA II e o Interáguas, na SRHU) ou de técnico de orçamento e finanças. A estrutura

atual tem sido questionada pelo Banco Mundial, especialmente porque, a partir da conclusão da

reestruturação do Programa, o MMA tem o compromisso de fortalecer a equipe de trabalho do

PNMA II, conforme prevê o acordo de empréstimo.

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COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

INTRODUÇÃO

Historicamente, o papel da cooperação internacional para o Ministério do Meio

Ambiente foi sempre muito expressivo. A primeira grande iniciativa de cooperação internacional

foi o PPG7, Programa Piloto lançado durante a Rio-92, momento em que o Brasil estava sob

grande pressão internacional devido à degradação da Amazônia. Foi financiado com U$ 428

milhões pelos governos dos países do G7, Países Baixos e União Européia, administrados pelo

Banco Mundial. O Programa é até hoje considerado um dos maiores programas globais de

cooperação multilateral, e teve um papel essencial na formulação de políticas públicas ambientais

no País.

Desde então, o MMA e as políticas ambientais brasileiras têm contado com

significativo apoio de recursos externos. Noruega, Alemanha, União Europeia, GEF (Fundo Global

para o Meio Ambiente) e outros parceiros têm contribuído com ações do Ministério, suas

unidades vinculadas e demais parceiros do SISNAMA, apoiando o amadurecimento e ganho de

escala das políticas ambientais.

O período 2010–2016 marcou uma fase de evolução das relações entre o MMA e

os principais doadores internacionais. Alguns doadores modificaram sua postura frente ao Brasil,

como o Japão e a União Europeia, dois tradicionais parceiros que restringiram o tamanho das

doações para projetos demonstrativos e não apresentam mais uma carteira de doações para

projetos de média e grande escala. Outros como a Alemanha, a Noruega e o GEF, passaram a

favorecer projetos com maior alcance, escala e integração de ações, que pudessem comprovar

resultados mais robustos, alinhados com os objetivos das políticas públicas governamentais e com

capacidade de agregar maior volume de recursos de contrapartida do Brasil.

O mesmo período sinalizou também o avanço de iniciativas de captação de

recursos mediante apresentação de resultados, cujo exemplo mais expressivo é o Fundo

Amazônia (FA). Criado em 2008, o Fundo já captou, com base nos resultados de redução das

emissões por desmatamento, recursos da ordem de US$ 1.037 milhões, com desembolsos

superiores a US$ 570 milhões para 82 projetos das três esferas de governo e do terceiro setor.-

No Quadro abaixo, apresenta-se o montante de recursos externos captados e

suas respectivas contrapartidas, bem como as as fases de execução dos programas e projetos.

Considerando apenas o recurso financeiro externo dos programas e projetos em execução e

aprovados (sem contabilizar as contrapartidas ou os programas em negociação), o total de

recursos financeiros captados é de R$ 4,6 bilhões (note-se que o Programa ARPA Fase III, Áreas

Protegidas da Amazônia, tem validade até 2039). No Anexo apresenta-se o detalhamento dos

programas e projetos.

Quadro 1. Recursos de Cooperação Internacional do MMA (até 2020).

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Programas e Projetos Valores (R$ milhões)*

Fase (número) Recursos

Externos

Contrapartidas

e Coop Técnica Total

Em execução (41) 995 1.384 2.379

Aprovados (9) 686 134 820

Fundo Amazônia Fase II (Noruega –

COP21, Paris)** 2.210 --- 2.210

Fundo Amazônia Fase II (Alemanha –

COP21, Paris) 430 --- 430

ARPA Fase III (até 2039) 284 --- 284

TOTAL DE RECURSOS

APROVADOS 4.605 1.518 6.123

Em negociação (11) 417 581 998

TOTAL 5.022 2.099 7.121 (*) – Data Taxa de Conversão (dólares & euros): 30/12/2015.

(**) – Valores aproximados.

Durante o ano de 2015 o MMA coordenou as negociações de nível ministerial

com os Governos da Noruega e da Alemanha, no sentido de obter novos aportes para o Fundo

Amazônia. Durante a 21ª Conferência das Partes da UNFCCC (COP 21), em Paris, realizada em

dezembro de 2015, o Governo da Noruega anunciou que estenderá seu apoio financeiro até o

ano de 2020, em valores similares aos aportes atuais. Os aportes recentes foram de US$115

milhões em 2013, US$103 milhões em 2014 e US$ 118 milhões em 2015; portanto, até 2020 o

aporte do Governo da Noruega poderá alcançar cerca de US$ 560 milhões adicionais ao Fundo

Amazônia. O Governo da Alemanha, igualmente, anunciou novo aporte no valor de 100 milhões

de euros (aproximadamente US$ 114 milhões).

É importante reforçar que a natureza dos recursos externos é distinta daqueles

do Orçamento Geral da União: enquanto os recursos externos são alocados exclusivamente em

atividades finalísticas, os recursos do orçamento do MMA contemplam, além de ações finalísticas,

salários e gastos correntes com manutenção de infraestrutura, entre outros. Considerando que

os recursos alocados para atividades finalísticas como fiscalização, desenvolvimento de estudos,

instalação de infraestrutura específica, aquisição de equipamentos de campo e custeio de

atividades chega a representar apenas 30% do montante total de recursos alocados pelo Tesouro

Nacional ao MMA, o peso e a importância dos recursos oriundos da cooperação internacional

para as atividades finalísticas revela-se muito maior.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Apesar do significativo esforço de captação de recursos e da reorientação das

atividades apoiadas por recursos de cooperação internacional, que privilegia projetos maiores e

com ganhos de escala, o MMA ainda enfrenta desafios para a gestão de projetos que contam com

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recursos externos. Esses desafios são de três naturezas distintas: mecanismos e regras de

execução; dificuldades de organização interna para a execução; e dificuldades para o

alavancamento de recursos orçamentários.

Na linha de mecanismos e regras de execução dos recursos internacionais, o

MMA dispõe hoje de arranjos ainda limitados para internalizá-los diretamente em seu orçamento

ou para operar com parceiros, como o FUNBIO. A primeira opção sobrecarrega a estrutura

administrativa dos executores e traz consigo as dificuldades de alinhar as regras dos doadores às

normas da administração pública (Lei 8.666, que institui normas para licitações e contratos da

Administração Pública, e regulamentações). Além disso, as diversas restrições à operação do

orçamento dificultam o uso estratégico desses recursos, com a agilidade e flexibilidade que

requerem. A operação por meio de terceiros embute as dificuldades para estabelecer amarras

legais de controle e contratação dos eventuais parceiros, além de dificultar ganhos de escala e

agilidade.

No que tange à organização interna para execução dos recursos internacionais,

há necessidade de aprimorar um modelo de execução que seja pautado na implementação de

elementos específicos de uma determinada política. Nota-se também descasamento entre as

áreas técnicas e as áreas de planejamento e administração do MMA e de suas vinculadas. Muitas

vezes, a preparação dos projetos é feita pela área técnica, com pouco envolvimento da área meio,

o que acarreta dificuldades para gerir recursos externos ao orçamento. Esses fatores

comprometem a execução dos recursos.

Apesar dos recentes avanços na gestão e no planejamento do MMA, com a

participação de todas as áreas técnicas, ainda ocorre certo distanciamento entre as prioridades,

definidas em caráter macro, e os escalões operacionais das áreas técnicas. Com isso, em alguns

casos, forma-se uma dinâmica de relações complexas entre doadores e setores do MMA com

maior conhecimento ou acesso aos processos negociadores e às janelas de recursos.

Finalmente, naquilo que se refere às dificuldades vivenciadas por todas as áreas

do MMA para alocar recursos orçamentários adequados e suficientes ao desempenho de suas

competências, em alguns casos verifica-se uma assimetria entre o orçamento do Ministério e de

suas vinculadas e as doações de recursos internacionais. Isso foi verificado, em parte, na primeira

fase do Programa ARPA e, em menor grau, em sua segunda fase. Nesse caso, os órgãos gestores

de UCs federais e estaduais tratavam a escassez de recursos realocando o orçamento de suas

unidades apoiadas pelo Programa, reduzindo a contrapartida efetiva, procedimento que será

mais difícil na terceira fase do Programa, que contém disposições mais rigorosas que preveem o

aumento do aporte médio de contrapartida ao longo do tempo.

Um outro exemplo de como se tem processado essa relação com os recursos

internacionais em tempos de forte contenção fiscal é a recente mudança das diretrizes do Fundo

Amazônia que previam que “projetos devem representar adicionalidade aos orçamentos publicos

destinados às áreas de aplicaçao do Fundo Amazônia”. O Comitê Orientador do Fundo (COFA)

validou recentemente alteração, temporária, que prevê que, excepcionalmente, poderão ser

apoiados projetos estruturantes prioritários apresentados por órgãos ou instituições públicas

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estratégicas para a política nacional de fiscalização e combate ao desmatamento, quando

comprovadamente inexistirem fonte de recursos disponíveis para o apoio financeiro pleiteado.

Essa alteração, se parece fazer sentido à luz do atual contexto nacional, é observada com atenção

pelos doadores, que não desejam que os recursos de doações internacionais substituam os

próprios esforços nacionais para a execução de suas políticas públicas prioritárias.

Esses desafios, contudo, constituem hoje uma grande oportunidade para maior

amadurecimento do Ministério em sua agenda de projetos de cooperação internacional. O

intenso contato com os doadores nos últimos anos, os avanços nos principais foros multilaterais

ambientais, o refinamento das rotinas do Fundo Amazônia e a imensa disponibilidade de recursos

externos frente à indisponibilidade de recursos orçamentários deverá criar um ambiente

favorável para esse debate. Um aspecto de caráter fundamental nesse debate deverá incluir os

riscos associados à execução de políticas prioritárias e de caráter estratégico para o País por meio

de recursos estrangeiros, incluindo questões de segurança, soberania e dependência continuada.

Um elemento que pode auxiliar bastante esse debate é uma aproximação com os órgãos de

controle, bem como com os Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda, a

fim de se constituírem novas bases e normas para a captação e a execução de recursos de

natureza especial.

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

Os desafios e oportunidades associados ao uso de recursos internacionais para

apoiar as atividades do Ministério levaram, na recente discussão sobre a nova estrutura

organizacional do MMA, à proposição de criação de um Departamento de Cooperação

Internacional, vinculado à Secretaria Executiva, com as competências, entre outras, de apoiar o

processo de proposição e elaboração de programas e projetos de cooperação técnica

internacional; coordenar e monitorar a execução dos programas e projetos com financiamento

de organismos internacionais; e, coordenar e monitorar o processo de captação de recursos de

fontes internacionais e estrangeiras.

A maior parte das competências previstas para esse Departamento são hoje

realizadas de maneira fragmentada pelas áreas técnicas do Ministério, sem a necessária

articulação de prioridades e sem a provisão de uma visão geral e unificada dos valores, benefícios,

riscos e problemas associados ao grande volume de recursos internacionais com que conta o

Ministério. Esse papel tem sido desempenhado, de maneira limitada, na esfera da assessoria da

Secretaria-Executiva, que buscou, no período recente, agregar informações de caráter gerencial

sobre os projetos de cooperação internacional, seus valores, fatores críticos para sua execução e

riscos técnicos, financeiros e administrativos a eles associados. A limitação desse tratamento

reside na ausência de formalização desse papel, de forma a oferecer clareza de mandato e

empoderar os responsáveis pelo trabalho. A criação de uma unidade administrativa específica

para acompanhar a cooperação internacional no Ministério, portanto, é fortemente

recomendada.

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ANEXO. PROGRAMAS E PROJETOS DO MMA

(DISCRIMINADOS POR FASE, PERÍODO DE VIGÊNCIA E ORÇAMENTO)

Nome ou sigla (e fonte) por Fase de execução1 Fim de

vigência

Orçamento dos projetos (R$ milhões)2,3

Total4

Somente recursos

financeiros externos

Em execução

GEF – MAR 13/10/19 460 72

ARPA – Fase II (Fundo de Áreas Protegidas - WWF, KFW, GIZ, Banco Mundial, GEF, Fundo Amazônia, BNDES)

31/12/17 299 169

ARPA – Fase III (Fundo de Transição - WWF, KFW, GIZ, Banco Mundial, GEF, Fundo Amazônia, BNDES)

30/12/39 284 284

GEF de apoio ao Inventário Florestal Nacional 31/07/16 257 35

Produção de Carvão de Biomassa renovável sustentável para a indústria siderúrgica do Brasil (GEF)

01/12/19 161 28

Gestão florestal para a produção sustentável na Amazônia (Alemanha/BMZ)

30/12/18 157 59

PNMA II 137 96

Mainstreaming Biodiversity Conservation and Sustainable Use for Improved Human Nutrition and Well-being (BFN) (GEF)

01/12/16 102 11

FIP – Inventário Florestal Nacional – Cerrado (CIF) 09/06/18 97 65

INTERÁGUAS (Banco Mundial) 31/12/16 83 62

Projeto Cerrado-Jalapão (Alemanha/BMUB) 31/10/16 81 52

Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica (Fundo de Áreas Protegidas)

31/12/18 79 34

Inventário Florestal Nacional – Amazônia (Fundo Amazônia) 23/01/17 65 65

Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (Protocolo de Montreal)

31/12/17 61 61

Programa de Apoio ao Agro-extrativismo e aos Povos e Comunidades Tradicionais (MMA)

01/12/16 38 --

BRA/11/001 Apoio para implementação dos compromissos das convenções internacionais que tratam da biodiversidade

31/12/16 32 --

TEEB - Conservação da biodiversidade através da integração de serviços ecossistêmicos em políticas públicas e na atuação empresarial - TEEB regional – local (Alemanha/BMUB)

31/10/16 26 --

Projeto Estruturação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – LifeWeb – Coop TÉCNICA

01/02/18 22 --

Estabelecimento de Gerenciamento e Disposição de Bifenilas Policloradas (GEF)

30/6/16 19 19

Fase III - Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Fundo de Transição)

30/6/16 18 18

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Projeto de Apoio à Estratégias Nacionais de Redução do Desmatamento e dos Incêndios Florestais no Cerrado Brasileiro (Fundo Fiduciário de Apoio a Mudança do Clima no Cerrado Brasileiro)

29/12/17 17 17

Projeto para o Setor de Serviços - Componente 3 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (Protocolo de Montreal)

03/07/17 16 16

Manejo de Uso Sustentável de Terras no Semiárido do Nordeste Brasileiro (Sergipe)

01/11/19 15 15

Transformação do Mercado para Eficiência Energética no Brasil (GEF)

31/8/16 13 13

Consolidação do Programa Nacional de Florestas (MMA) 31/12/16 13 --

Implementação de Estratégias e Ações de Prevenção Controle e Combate à Desertificação face aos cenários de mudança do clima (MMA)

1/12/18 10 --

Programa de Pagamento por Serviços Ambientais com Inclusão Social (MMA)

1/12/15 8,5 --

Produção e Consumo Sustentáveis. (MMA) 31/12/15 7 --

Projeto Demonstrativo para o gerenciamento e destinação final dos resíduos de SDO (Protocolo de Montreal)

31/12/17 5,9 5,9

Capacitar e Formar Gestores e Educadores Ambientais no Âmbito da Agricultura Familiar e Comunidades Tradicionais, Visando o Desenvolvimento Rural Sustentável. (MMA)

30/7/16 5 --

Desenvolvimento do Plano Nacional de Implementação no Brasil como primeira etapa da implementação da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes. (GEF)

1/12/15 5 5

Suporte Técnico ao Processo Preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e desenvolvimento de seus resultados (MMA)

31/12/16 4,6 --

Projeto Demonstrativo para o Gerenciamento Integrado do Setor de Chillers (Montreal)

31/12/16 4 4

Desenvolvimento da avaliação Inicial da Convenção de Minamata sobre Mercúrio no Brasil (GEF)

1/6/17 3,4 3,2

Fortalecimento das Capacidades de Gestão para a Governabilidade Democrática – SIGOB (MMA/PNUD)

31/12/16 3,0 --

Fortalecimento de Políticas Agroambientais em países da América Latina e Caribe através do diálogo e intercâmbio de experiências nacionais (MMA)

31/12/15 2,9 --

Projeto Cerrado - Assistência Técnica Banco Mundial (Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal)

30/6/18 2,5 2,5

BRA/12/G31 Planejamento Nacional da Biodiversidade (GEF) 31/12/15 2,4 1

Fortalecimento do Financiamento para Mitigação de gases de efeito estufa no Brasil, orientado para a Gestão de Resultados (BID)

2/4/17 2,4 2,4

Programa de Parceria Brasil/OIT para a Promoção de Cooperação Sul-Sul (MMA)

1/4/16 2,4 --

Dinâmica de Populações e as Implicações para a Agenda do Planejamento Sustentável (MMA)

31/12/16 1,7 --

Fortalecimento Institucional para a Proteção da Camada de Ozônio (Protocolo de Montreal)

31/12/16 1,4 1,4

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Aprovados

Paisagens Sustentáveis da Amazônia (GEF) - 238 238

CAR – FIP – Cerrado (CIF) - 197 128

CAR – KFW - 138 138

Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs Etapa II - Setor de Manufatura de Refrigeração e Ar condicionado (Protocolo de Montreal)

- 75 75

Prog. Brasileiro Eliminação HCFCs II – Espumas (Protocolo de Montreal)

- 67 67

Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica - Coop FINANCEIRA (FAP/GEF)

31/12/18 51 34

Proteção e Gestão Integrada da Biodiversidade Marinha e Costeira (Alemanha/BMUB)

- 47 --

FIP-COORDENAÇÃO (CIF) - 4 4

Fortalecimento Institucional para a Proteção da Camada de Ozônio - Fase VIII (Protocolo de Montreal)

- 1,8 1,8

Em negociação

GEF – Terrestre - 635 129

Life – WEB – Coop. Financeira (BMUB) - 112 39

Gestão ambientalmente adequada de POPs no Brasil (GEF) - 79 79

GEF - Pesca - 59 59

Brazilian Wild Life Project – Brawl (GEF Espécies) - 53 53

Desenvolvimento de comunidades locais e produção sustentável de povos indígenas baseado no uso de recursos genéticos e conhecimento tradicional associado no Brasil (GEF-Cadeias Produtivas)

- 18 18

GEF ABS - Capacitação e Fortalecimento Institucional no Marco National para Acesso e Repartição de Benefícios no âmbito do Protocolo de Nagoia

- 19 17

Revertendo a Desertificação em Áreas Susceptíveis do Brasil: Práticas Agroflorestais Sustentáveis e Conservação da Biodiversidade. (GEF)

- 16 16

Apoio à agenda nacional para o desenvolvimento urbano sustentável no Brasil (MMA)

07/06/21 4 --

Atualização do Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo (GEF)

- 1 1

Atualização e complementação do diagnóstico do Macrozoneamento Ecológico-Econômico (MacroZEE) da bacia hidrográfica do rio São Francisco (BIRD)

- 0,7 0,1

Obs.:

1. Fase “aprovados” inclui “programas e projetos aprovados mas ainda nao contratados” e “contratados mas ainda não iniciados. Fase “em negociaçao” inclui fases “preparatórias” e “em negociaçao” de programas e projetos.

2. Orçamento em Real utilizando cotação das moedas em 30/12/2015 (Dólar: R$3,948 / Euro: R$4,3042). 3. Dados referem-se à situação em 30/09/2015; não incluem projetos das instituições vinculadas. 4. Total refere-se à soma dos recursos financeiros externos com os recursos do MMA (contrapartidas

financeiras e não financeiras e recursos de cooperação técnica com organismos internacionais) e os recursos não financeiros providos por parceiros externos internacionais.

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ANEXO – PROPOSTA DE ESTRUTURA

REGIMENTAL SEM CORTES – AGOSTO DE 2015

EMI nº 00022/2015 MMA MP

Brasília, 07 de agosto de 2015.

Excelentíssima Senhora Presidenta da República,

Excelentíssima Senhora Presidenta da República,

1. Submetemos à elevada consideração de Vossa Excelência o anexo Projeto de

Decreto, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em

Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Meio Ambiente, e dá outras

providências.

2. A proposta consiste numa revisão da atual estrutura regimental do Ministério,

vigente desde 2007, incluindo o aprimoramento das atribuições de suas unidades, a criação

e a formalização de algumas unidades e a reorganização de unidades técnico-

administrativas e de assessoramento, para permitir que o Ministério do Meio Ambiente

possa exercer efetivamente o seu papel de órgão central responsável pela formulação,

implementação, acompanhamento e avaliação da política ambiental nacional, dadas as

importantes mudanças experimentadas pela Administração, as quais implicam novas

interfaces e novas agendas, mesmo para os ministérios que não sofreram alterações.

3. O presente pleito propõe nova estrutura sem que haja alteração dos

quantitativos de cargos em comissão e das funções gratificadas, de modo a manter os atuais

quantitativos e níveis existentes, melhor definir as cadeias de responsabilidade e aumentar

a sinergia interna da organização, resultando em um novo arranjo com alterações de

natureza exclusivamente qualitativa, de reordenamento interno das competências de

secretarias e departamentos do Ministério do Meio Ambiente.

4. Com relação à Secretaria Executiva, propugna-se a manutenção de sua

Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração inalterada, e sua

reorganização em cinco departamentos: Departamento de Gestão Estratégica,

Departamento de Operações Internacionais e Cooperação, Departamento de Apoio ao

Sistema Nacional de Meio Ambiente, Departamento de Apoio ao Fundo Nacional do Meio

Ambiente e Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente.

5. Essa nova estrutura da Secretaria-Executiva se traduz numa reorganização

onde se transfere a outras áreas do Ministério as competências de alguns departamentos e

cria novas unidades para tratar de temas relevantes, relacionados à ações de cooperação

internacional e ao apoio ao órgãos integrantes do SISNAMA.

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6. Com relação aos órgãos específicos singulares, a proposta estrutura o

Ministério em cinco secretarias: Secretaria de Mudança do Clima e Combate ao

Desmatamento; Secretaria de Biodiversidade; Secretaria de Qualidade Ambiental e

Recursos Hídricos; Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade, e Secretaria de

Florestas.

7. Pela nova proposta, a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade

Ambiental se transforma em Secretaria de Mudança do Clima e Combate ao Desmatamento,

sendo seu perfil essencialmente voltado para a implementação da Política Nacional sobre

Mudança do Clima, por meio dos planos de ação para a prevenção e controle do

desmatamento nos biomas brasileiros e pelos planos setoriais de mitigação e de adaptação

à mudança do clima.

8. Nesse contexto, a organização da Secretaria de Mudança do Clima e Combate

ao Desmatamento visa dotar o Ministério do Meio Ambiente de um arcabouço institucional

que transcenda os limites clássicos da atuação do poder público em ambas as questões. A

associação dos temas clima e combate ao desmatamento por parte do Ministério do Meio

Ambiente é fundamental para a implementação dos objetivos previstos nos tratados

internacionais e no apoio à implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima-

PNMC.

9. Para tanto, a Secretaria disporá de três departamentos: Departamento de

Políticas de Mitigação da Mudança do Clima; Departamento de Políticas para Adaptação

à Mudança do Clima; e Departamento de Políticas para Combate ao Desmatamento,

cabendo aqui ressaltar que este último atualmente compõe a estrutura da Secretaria-

Executiva.

10. A Secretaria de Biodiversidade e Florestas se transforma em Secretaria de

Biodiversidade, ficando responsável pela formulação e proposição de políticas, normas e

regulamentos sobre a conservação e a definição dos critérios de uso sustentável da

biodiversidade e do patrimônio genético do País. Esta Secretaria será também responsável

pelo zoneamento ecológico-econômico, numa visão mais integrada de gestão e uso

sustentável do território.

11. Em sua nova configuração, ela será organizada em quatro departamentos:

Departamento de Ecossistemas e Biomas; Departamento de Espécies; Departamento de

Áreas Protegidas; e Departamento de Patrimônio Genético.

12. Esses departamentos terão a missão central de promover a conservação da

biodiversidade e do patrimônio genético, propiciar o seu uso sustentável, a proteção ao

conhecimento tradicional e a repartição dos benefícios derivados de sua utilização, por

meio da formulação e coordenação de políticas e estratégias nacionais.

13. A agenda florestal, até então abrigada na Secretaria de Biodiversidade e

Florestas, passará à nova Secretaria de Florestas, que será responsável pela agenda florestal

e pela regulamentação do Código Florestal no âmbito da Administração Direta do

Ministério. A Secretaria de Florestas será organizada em dois departamentos:

Departamento de Economia Florestal e Departamento de Gestão Florestal. Exercerá

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também a supervisão das atividades desenvolvidas pelo Serviço Florestal Brasileiro, que

responderá pelas agendas do Cadastro Ambiental Rural-CAR e pela implementação do

Código Florestal na sua área de competência.

14. A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano se transforma em

Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos, sendo que tal alteração é

decorrente da necessidade de refletir em sua estrutura de competências as mudanças

ocorridas nos últimos anos, de modo a responder aos desafios impostos pelo atual desenho

da Política Ambiental.

15. Ela será organizada em quatro departamentos: Departamento de Recursos

Hídricos; Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental; Departamento de Resíduos

Sólidos e Recuperação Ambiental; e Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis.

16. Ressalte-se que a mesma Secretaria centralizará as ações de responsabilidade

do Ministério do Meio Ambiente na coordenação do Plano Nacional de Contingência para

Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional-PNC.

17. A configuração proposta para essa Secretaria traz para ela a competência de

atuar com a gestão integrada de recursos hídricos, atentando-se para a multiplicidade do

seu uso, em bases racionais, segundo a melhor tecnologia, para a segurança hídrica das

populações, para as demandas existentes e potenciais, para as vulnerabilidades no uso da

água e para a gestão de bacias, dentre outros fatores a ela relacionados.

18. Importante também salientar que caberá à Secretaria tratar de temas

relacionados à qualidade ambiental, combate à poluição do ar, da água e do solo, por meio

da melhoria da gestão das atividades que envolvem o uso de substâncias químicas e o

emprego e manejo de produtos perigosos, gestão ambiental urbana, havendo muito o que

fazer nesse sentido. Além disso há que se ressaltar a importância dos temas relacionados

aos resíduos sólidos, em especial à atuação integrada com estados e municípios, buscando

a solução conjunta para problemas relacionados a coleta seletiva, logística reversa,

gerenciamento adequado de resíduos perigosos, dentre outros, atentando também para a

grave questão da contaminação dos solos e dos lençóis freáticos por resíduos industriais.

Finalmente, caberá à Secretaria a formulação de políticas e normas, a definição de

estratégias e a promoção de estudos relacionados com a produção e o consumo sustentáveis,

o desenvolvimento de ecomercados e negócios sustentáveis, a difusão de modelos de

compras públicas sustentáveis, de incentivos fiscais, tributários e creditícios relacionados

à Produção e ao Consumo Sustentáveis, e outros Instrumentos Econômicos.

19. A Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade será um canal permanente

de diálogo com os diversos públicos afetos ao Ministério do Meio Ambiente, como

populações tradicionais, extrativistas, quilombolas e povos indígenas, além de responder

pelas ações de mobilização, educação ambiental e participação social. Terá, ainda, a missão

de promover políticas agroambientais e o extrativismo, com vistas à transição do atual

modelo de desenvolvimento agrícola e rural do País para a sustentabilidade, tendo como

referência estratégica a redefinição do uso do território e dos recursos naturais.

20. O cumprimento dessa missão passa pela capacidade de superar a dicotomia

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entre produção e proteção ambiental, mediante a integração de objetivos e instrumentos

das políticas ambiental e agrícola. Isso pressupõe alta capacidade de interação e integração

entre políticas que incidem sobre o rural, com base nos princípios da transversalidade

ambiental e da responsabilidade compartilhada, presentes no Pacto Federativo e no

SISNAMA, e a construção de uma relação democrática e menos conflituosa entre a política

ambiental, as políticas agrícolas e as populações rurais.

21. Neste contexto, as ações da Secretaria voltam-se para enfrentar o duplo desafio

de reverter o estágio atual de degradação dos ecossistemas e promover políticas e difundir

o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais, em terras indígenas e de populações e

comunidades tradicionais, de extrativistas, em áreas de agricultura familiar, assentamentos

da reforma agrária e demais produtores rurais. Reconhecendo-se a pluralidade produtiva,

sociocultural, ecológica e territorial do meio rural brasileiro, é necessário adequar uma

agenda ambiental positiva e indutiva da sustentabilidade às distintas realidades, demandas

territoriais e grupos sociais. Finalmente, a Secretaria assumirá a condução de políticas de

combate à desertificação.

22. Para atender à diversidade destes desafios, propõe-se para a Secretaria de

Extrativismo e Sociobiodiversidade, a organização de quatro departamentos:

Departamento de Extrativismo; Departamento de Ações Agroambientais; Departamento de

Políticas de Combate à Desertificação; e Departamento de Educação Ambiental, Cidadania

e Participação Social.

23. São mantidas as competências dos órgãos colegiados e do Serviço Florestal

Brasileiro, órgão autônomo responsável pela agenda da exploração florestal sustentável,

especialmente sob regime de concessão.

24. Por fim, o presente pleito contempla o remanejamento, do Ministério do Meio

Ambiente para a Secretaria de Gestão Pública, do Ministério do Planejamento, Orçamento

e Gestão, de dois DAS 102.4; doze DAS 102.3; seis DAS 102.2; e dois DAS 102.1. Em

contrapartida, a fim de reorganizar as unidades na forma proposta, são remanejados, da

Secretaria de Gestão Pública, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para o

Ministério do Meio Ambiente dois DAS 101.4; doze DAS 101.3; seis DAS 101.2; e dois

DAS 101.1.

25. Não há despesa adicional decorrente da atual proposta, de forma que a mesma

não reflete nenhum impacto orçamentário.

26. São essas as razões que nos levam a propor a Vossa Excelência a edição do

Decreto em questão.

Respeitosamente,

IZABELLA TEIXEIRA

Ministra de Estado do Meio Ambiente

NELSON BARBOSA

Ministra de Estado do Planejamento,

Orçamento e Gestão

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DECRETO No , DE DE DE 2015.

Aprova a Estrutura Regimental e o

Quadro Demonstrativo dos Cargos

em Comissão e das Funções

Gratificadas do Ministério do Meio

Ambiente, altera os decretos no

4.703, de 21 de maio de 2003 e no

3.420, de 20 de abril de 2000, e dá

outras providências

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso

VI, alínea “a”, da Constituição,

D E C R E T A:

Art. 1o Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em

Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Meio Ambiente, na forma dos Anexos I e II.

Art. 2o Ficam remanejados, na forma do Anexo III, os seguintes cargos em comissão do Grupo-

Direção e Assessoramento Superiores-DAS:

I - do Ministério do Meio Ambiente para a Secretaria de Gestão Pública, do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão:

a) dois DAS 102.4;

b) doze DAS 102.3;

c) seis DAS 102.2; e

d) dois DAS 102.1.

II - da Secretaria de Gestão Pública, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para

o Ministério do Meio Ambiente:

a) dois DAS 101.4;

b) doze DAS 101.3;

c) seis DAS 101.2; e

d) dois DAS 101.1.

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Art. 3o Os apostilamentos decorrentes da aprovação da Estrutura Regimental de que trata o art.

1o deverão ocorrer no prazo de vinte dias, contado da data de publicação deste Decreto.

Parágrafo único. O Ministro de Estado do Meio Ambiente fará publicar no Diário Oficial da

União, no prazo de trinta dias, contado da data de publicação deste Decreto, relação nominal dos titulares dos

cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS a que se refere o Anexo II,

indicando, inclusive, o número de cargos vagos, sua denominação e respectivo nível.

Art. 4o O art. 7o do Decreto no 4.703, de 21 de maio de 2003, passa a vigorar com a seguinte

redação:

“Art. 7o A Comissão Nacional de Biodiversidade será presidida pelo Secretário de

Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e, nos seus afastamentos e impedimentos legais ou

regulamentares, pelo Diretor do Departamento de Espécies, e, na ausência destes, por um suplente a ser

designado pelo Ministério do Meio Ambiente, e terá em sua composição, além de seu Presidente, um

representante dos seguintes órgãos e organizações da sociedade civil:

.......................................................................................................................................” (NR)

Art. 5o O § 1o do art. 4o-C do Decreto no 3.420, de 20 de abril de 2000, passa a vigorar com

a seguinte redação:

“§ 1o A Comissão será presidida pelo Secretário de Florestas do Ministério do Meio Ambiente,

que será substituído, em seus afastamentos e impedimentos legais ou regulamentares, pelo Diretor do PNF.”

(NR)

Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7o Fica revogado o Decreto no 6.101, de 26 de abril de 2007.

Brasília, de de 2015, 194o da Independência e 127o da República.

Brasília, de de 2015; 194º da Independência e 127º da

República.

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ANEXO I

ESTRUTURA REGIMENTAL DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I

DA NATUREZA E COMPETÊNCIA

Art. 1o O Ministério do Meio Ambiente, órgão da administração pública

federal direta, tem como área de competência os seguintes assuntos:

I - política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos;

II - política de preservação, conservação e utilização sustentável de

ecossistemas, e biodiversidade e florestas;

III - proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e

sociais para a melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais;

IV - políticas para a integração do meio ambiente e produção;

V - políticas e programas ambientais para a Amazônia Legal; e

VI - zoneamento ecológico-econômico.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Art. 2o O Ministério do Meio Ambiente tem a seguinte estrutura

organizacional:

I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado:

a) Gabinete

b) Secretaria-Executiva

1. Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

2. Departamento de Gestão Estratégica

3. Departamento de Operações Internacionais e Cooperação

4. Departamento de Apoio ao Sistema Nacional do Meio Ambiente

5. Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente

6. Departamento de Apoio ao Fundo Nacional de Meio Ambiente

c) Assessoria de Assuntos Internacionais

d) Consultoria Jurídica

II - Órgãos específicos singulares:

a) Secretaria de Mudança do Clima e Combate ao Desmatamento

1. Departamento de Políticas de Mitigação da Mudança do Clima

2. Departamento de Políticas para Adaptação à Mudança do Clima

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3. Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento

b) Secretaria de Biodiversidade

2. Departamento de Espécies

3. Departamento de Ecossistemas e Biomas

4. Departamento de Áreas Protegidas

4. Departamento de Patrimônio Genético

c) Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos

1. Departamento de Recursos Hídricos

2. Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental

3. Departamento de Resíduos Sólidos e Recuperação Ambiental

4. Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis

d) Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade

1. Departamento de Extrativismo

2. Departamento de Ações Agroambientais

3. Departamento de Políticas de Combate à Desertificação

4. Departamento de Educação Ambiental, Cidadania e Participação

e) Secretaria de Florestas

1. Departamento de Economia Florestal

2. Departamento de Gestão Florestal

III - órgãos colegiados:

a) Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA;

b) Conselho Nacional da Amazônia Legal-CONAMAZ;

c) Conselho Nacional de Recursos Hídricos;

d) Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente;

e) Conselho de Gestão do Patrimônio Genético-CGen;

f) Comissão de Gestão de Florestas Públicas; e

g) Comissão Nacional de Florestas-CONAFLOR;

IV - Serviço Florestal Brasileiro-SFB;

V - entidades vinculadas:

a) autarquias:

1. Agência Nacional de Águas-ANA;

2. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis-IBAMA;

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3. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto

Chico Mendes; e

4. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro-JBRJ.

CAPÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS

Seção I

Dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Ministro de Estado

Art. 3o Ao Gabinete compete:

I - assistir ao Ministro de Estado em sua representação política e social,

ocupar-se das relações públicas e do preparo, despacho e controle do seu expediente;

II - acompanhar o andamento dos projetos de interesse do Ministério, em

tramitação no Congresso Nacional;

III - providenciar a publicação oficial e a divulgação das matérias

relacionadas com a área de competência do Ministério;

IV - assistir ao Ministro de Estado no desempenho de suas funções como

membro de órgãos colegiados de deliberação superior; e

V - exercer outras competências que lhe forem atribuídas pelo Ministro de

Estado.

Art. 4o À Secretaria-Executiva compete:

I - assistir ao Ministro de Estado na definição das diretrizes e na

implementação das ações da área de competência do Ministério;

II - assistir ao Ministro de Estado na supervisão, na coordenação, no

monitoramento e na avaliação das atividades das Secretarias integrantes da estrutura do

Ministério e na supervisão das entidades a ele vinculadas;

III - promover a articulação intra e intergovernamental, visando à

implementação da agenda ambiental e à identificação de mecanismos de articulação

específicos das políticas públicas de meio ambiente;

IV - supervisionar, coordenar e consolidar a elaboração das diretrizes,

normas, planos e orçamentos relativos a planos anuais e plurianuais do Ministério;

V - supervisionar, acompanhar e avaliar os planos, programas e ações do

Ministério;

VI - coordenar o processo de captação dos recursos de fontes internacionais

e estrangeiras;

VII - supervisionar e coordenar os programas com financiamentos de

organismos internacionais e estrangeiros, a implementação dos acordos internacionais e a

execução dos convênios e projetos de cooperação técnica nacional e internacional;

VIII - supervisionar a elaboração e acompanhar o cumprimento das metas

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previstas nos contratos de gestão firmados com o Ministério;

IX - supervisionar, coordenar e apoiar as atividades do Fundo Nacional do

Meio Ambiente;

X - formular e implementar estratégias e mecanismos de fortalecimento

institucional dos órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional do Meio Ambiente-

SISNAMA;

XI - gerir o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente-

SINIMA;

XII - promover o desenvolvimento de estatísticas ambientais e indicadores

de desenvolvimento sustentável;

XIII - exercer as atividades de secretaria-executiva do CONAMA e do

CONAMAZ, prestando-lhes apoio técnico-operacional;

XIV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

XV - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de

competência;

XVI - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na área de sua competência;

XVII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de

competência;

XVIII - exercer outras competências que lhe forem atribuídas pelo Ministro

de Estado;

XIX - apoiar o Ministério do Meio Ambiente na promoção, articulação e

integração intra e intergovernamental de ações direcionadas à implementação das Políticas

Públicas de Meio Ambiente; e

XX - elaborar, coordenar e acompanhar a implementação dos Objetivos do

Desenvolvimento Sustentável na área de competência do MMA.

Parágrafo único. A Secretaria-Executiva exerce, ainda, o papel de órgão

setorial dos Sistemas de Pessoal Civil da Administração Federal-SIPEC, de Organização e

Inovação Institucional-SIORG, de Gestão de Documentos de Arquivo-SIGA, de

Administração dos Recursos de Informação e Informática-SISP, de Serviços Gerais-SISG,

de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal e de

Contabilidade Federal, por intermédio da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e

Administração e do Departamento de Gestão Estratégica, unidades a ela subordinadas.

Art. 5o À Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

compete:

I - administrar, planejar, coordenar e supervisionar a execução das

atividades relacionadas com os sistemas federais de orçamento, de administração

financeira, de contabilidade, de recursos humanos, de serviços gerais e de administração

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dos recursos de informação e informática, no âmbito do Ministério;

II - promover a articulação com os órgãos centrais dos sistemas federais

referidos no inciso I e informar e orientar os órgãos e entidades vinculadas do Ministério

quanto ao cumprimento das normas administrativas estabelecidas;

III - coordenar, acompanhar e promover a elaboração e consolidação dos

planos e programas das atividades de sua área de competência, seus orçamentos e

alterações, e submetê-los à decisão superior;

IV - desenvolver as atividades de execução orçamentária, financeira e

contábil, no âmbito do Ministério;

V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesas e demais

responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio

ou irregularidade que resulte em dano ao erário;

VI - planejar, coordenar e supervisionar as atividades de administração e

desenvolvimento de recursos humanos do Ministério;

VII - implementar sistemas de informações necessários às ações do

Ministério;

VIII - planejar e definir padrões, diretrizes, normas e procedimentos

relacionados com a administração dos recursos de informação e contratação de bens e

serviços de informática, no âmbito dos órgãos e entidades do Ministério;

IX - promover a implementação de tecnologia de informações gerenciais; e

X - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 6o Ao Departamento de Gestão Estratégica compete:

I - planejar e coordenar, no âmbito do Ministério, a execução das atividades

relacionadas com o sistema federal de planejamento, bem como as atividades de

organização e modernização administrativa;

II - coordenar a elaboração e a consolidação dos planos e programas anuais

e plurianuais do Ministério, e submetê-los à consideração superior;

III - coordenar as ações de acompanhamento e avaliação da execução dos

planos e programas anuais e plurianuais do Ministério;

IV - promover a elaboração e consolidar planos e programas das atividades

de sua área de competência e submetê-los à decisão superior;

V - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento,

Orçamento e Administração e as demais unidades do Ministério, o desenvolvimento e a

implantação de sistema de informações gerenciais do Ministério;

VI - propor e implementar ações voltadas para o aperfeiçoamento da

organização e gestão das diversas áreas e unidades do Ministério, especialmente na

sistematização, padronização e implantação de seus processos de trabalhos;

VII - desenvolver e implementar indicadores quantitativos e qualitativos

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para o planejamento, monitoramento e avaliação do desempenho das unidades

organizacionais do Ministério e entidades vinculadas;

VIII - propor diretrizes e supervisionar a formulação e a implementação de

modelos de sistemas de informação estratégica e gerencial;

IX - coordenar a elaboração dos relatórios anuais de gestão do Ministério,

tratando de propiciar maior transparência junto à sociedade em geral;

X - desenvolver estatísticas ambientais e indicadores de desenvolvimento

sustentável; e

XI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 7o Ao Departamento de Operações Internacionais e Cooperação

compete:

I - apoiar a Secretaria-Executiva na coordenação, em articulação com as

Secretarias do Ministério e as entidades vinculadas, do processo de proposição e elaboração

de programas e projetos de cooperação técnica internacional;

II - coordenar e monitorar a execução dos programas e projetos com

financiamento de organismos internacionais;

III - coordenar e monitorar o processo de captação de recursos de fontes

internacionais e estrangeiras;

IV - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento,

Orçamento e Administração, o desenvolvimento, a implementação e a manutenção de

sistema de informações gerenciais para apoiar a gestão de programas e projetos de

cooperação técnica internacional;

V - apoiar a Assessoria de Assuntos Internacionais nas negociações com os

organismos internacionais, entidades e governos estrangeiros, dos programas e projetos de

cooperação técnica internacional;

VI - prestar apoio técnico-administrativo às unidades responsáveis pela

execução de programas e projetos de cooperação técnica internacional; e

VII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 8o Ao Departamento de Apoio ao Sistema Nacional do Meio Ambiente

compete:

I - promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de ações

direcionadas à implementação das políticas públicas de meio ambiente;

II - promover a articulação com órgãos e entidades federais, estaduais e

municipais de meio ambiente;

III - promover a articulação, disseminação e comunicação com a sociedade

civil das políticas ambientais;

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IV - desenvolver política de capacitação técnica aos órgãos ambientais

estaduais e federais;

V - prestar apoio administrativo à Comissão Permanente do Cadastro

Nacional de Entidades Ambientalistas e desenvolver cadastro geral destes interlocutores

do Ministério;

VI - apoiar a Secretaria-Executiva na formulação e implementação de

estratégias e mecanismos de fortalecimento institucional dos órgãos e entidades que

compõem o SISNAMA;

VII - atuar como Secretaria Executiva da Rede de Mulheres Brasileiras

Líderes pela Sustentabilidade;

VIII - apoiar a Secretaria Executiva na gestão do SINIMA; e

IX - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 9o Ao Departamento de Apoio ao Fundo Nacional de Meio Ambiente

compete:

I - exercer a função de secretaria executiva do Conselho Deliberativo do

Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA;

II - proceder à instrução, celebração e demais procedimentos

administrativos afetos aos convênios, acordos, termos de parceria e ajustes, que tenham

por objeto a execução de projetos apoiados pelos programas do Ministério;

III - coordenar, em articulação com as demais Secretarias do Ministério, o

monitoramento físico-financeiro dos projetos contratados;

IV - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento,

Orçamento e Administração, os procedimentos de prestação de contas referentes aos

projetos contratados;

V - acompanhar a execução orçamentária e financeira dos recursos

consignados no orçamento do FNMA e dos programas; e

VI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art.10. Ao Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio

Ambiente-CONAMA compete:

I - prestar apoio técnico-administrativo ao funcionamento do Conselho, suas

câmaras técnicas permanentes ou temporárias e seus grupos de trabalho;

II - prestar apoio técnico-administrativo ao Secretário-Executivo para que o

mesmo desempenhe suas funções regimentais de secretaria-executiva do Conselho,

conforme definido no seu regimento interno;

III - atuar como ponto focal para as concertações internas ao Ministério e

suas vinculadas e ao Governo Federal nos assuntos referentes às atividades do Conselho;

IV - promover a articulação entre o CONAMA e os demais órgãos

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colegiados do Ministério; e

V - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 11. À Assessoria de Assuntos Internacionais compete:

I - assessorar o Ministro de Estado, as Secretarias do Ministério e as

entidades vinculadas nos assuntos relacionados com cooperação internacional nas áreas de

competência do Ministério;

II - coordenar, orientar e subsidiar a participação do Ministério em foros

internacionais que tratam de questões relativas ao meio ambiente e aos recursos hídricos;

III - atuar como interlocutor do Ministério e das suas entidades vinculadas

junto ao Ministério das Relações Exteriores;

IV - articular e negociar com os organismos internacionais, entidades e

governos estrangeiros o apoio a programas e projetos relacionados à Política Nacional do

Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;

V - supervisionar e acompanhar a negociação e a implementação dos atos

internacionais ratificados pelo Brasil na área de competência do Ministério; e

VI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 12. À Consultoria Jurídica, órgão setorial da Advocacia-Geral da União,

compete:

I - assessorar o Ministro de Estado em assuntos de natureza jurídica;

II - exercer a coordenação e a orientação técnica das atividades jurídicas do

Ministério;

III - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos tratados e dos demais

atos normativos a ser uniformemente seguida em suas áreas de competência e coordenação,

quando não houver orientação normativa do Advogado-Geral da União;

IV - elaborar, após manifestação da unidade jurídica do órgão ou entidade

de origem, pareceres jurídicos sobre questões, dúvidas ou conflitos, submetidos ao exame

do Ministério, em matérias relativas à sua competência;

V - opinar sobre atos a serem submetidos ao Ministro de Estado com vistas

à vinculação administrativa;

VI - elaborar estudos e preparar informações, por solicitação do Ministro de

Estado;

VII - assistir ao Ministro de Estado no controle interno dos atos

administrativos a serem implementados ou já efetivados, e daqueles oriundos de órgão ou

entidade sob sua coordenação jurídica;

VIII - examinar prévia e conclusivamente, no âmbito do Ministério:

a) os textos de edital de licitação, bem como os dos respectivos contratos ou

instrumentos congêneres, a serem celebrados e publicados;

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b) os atos pelos quais se vá reconhecer a inexigibilidade, ou decidir a

dispensa de licitação; e

c) os projetos de lei, de decreto e, sempre que necessário, outros atos

normativos expedidos pelo Ministério.

IX - fornecer às unidades jurídicas vinculadas e à Advocacia-Geral da União

subsídios jurídicos a serem utilizados nas defesas judiciais e administrativas em matéria de

interesse do Ministério.

Seção II

Dos Órgãos Específicos Singulares

Art. 13. À Secretaria de Mudança do Clima e Combate ao Desmatamento

compete:

I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias para a

implementação de programas e projetos, em temas relacionados com:

a) mitigação e adaptação à mudança do clima; e

b) combate ao desmatamento.

II - coordenar:

a) as ações do Ministério relacionadas à mudança do clima;

b) a implementação e o monitoramento da Política Nacional sobre Mudança

do Clima;

c) a formulação e implementação do Plano Nacional sobre Mudança do

Clima;

d) a elaboração e a implementação da Plano Nacional de Adaptação aos

Efeitos da Mudança do Clima;

e) as ações de combate ao desmatamento e à degradação florestal nos

biomas brasileiros;

f) a elaboração e a implementação da Política Nacional de Manejo e

Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais;

g) a elaboração e implementação da estratégia nacional de redução das

emissões de gases de efeito estufa decorrentes do desmatamento e da degradação florestal;

e

h) a implementação do Programa Brasileiro de Eliminação dos

Hidroclorofluorcarbonos.

III - propor políticas e instrumentos econômicos voltados para mercados de

carbono;

IV - promover e fomentar projetos, estudos e iniciativas que visem à

mitigação da mudança do clima e à adaptação a seus efeitos, em consonância com os

objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima;

V - apoiar os demais entes federativos em suas ações e políticas na área de

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mudança do clima, em consonância com os objetivos da Política Nacional sobre Mudança

do Clima;

VI - subsidiar, assessorar e participar, em articulação com a Assessoria de

Assuntos Internacionais, de negociações internacionais e eventos relacionados com a

mudança do clima;

VII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

VIII - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação

técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de sua competência;

IX - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de

competência;

X - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na área de sua competência;

XI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

e

XII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 14. Ao Departamento de Políticas de Mitigação da Mudança do Clima

compete:

I - subsidiar o desenvolvimento de políticas, normas, iniciativas e estratégias

para o monitoramento e estimativas de emissões de gases de efeito estufa;

II - acompanhar e subsidiar tecnicamente o Comitê Interministerial sobre

Mudança do Clima (CIM);

III - coordenar, acompanhar e subsidiar tecnicamente o Grupo Executivo

sobre Mudança do Clima (GEx), órgão executivo do CIM;

IV - acompanhar e subsidiar tecnicamente a Comissão Interministerial de

Mudança Global do Clima;

V - apoiar os órgãos governamentais responsáveis pelas ações setoriais

voltadas à implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima;

VI - promover ações voltadas à redução da intensidade de carbono no setor

de energia;

VII - coordenar, fomentar e promover ações que tenham como meta a

proteção da camada de ozônio;

VIII - atuar como ponto focal técnico no Governo Federal para os temas

relacionados com a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e do

Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, e coordenar

sua implementação no País;

IX - coordenar o Comitê Executivo Interministerial para Proteção da

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Camada de Ozônio - Prozon e atuar como sua secretaria executiva;

X - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

XI - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

XII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

e

XIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 15. Ao Departamento de Políticas para Adaptação à Mudança do Clima

compete:

I - coordenar a elaboração, a implementação, o monitoramento e a avaliação

do Plano Nacional sobre Adaptação aos Efeitos da Mudança do Clima em consonância com

o Plano Nacional sobre Mudança do Clima;

II - propor, coordenar, executar e implementar programas e projetos

relacionados à implementação da Política Nacional de adaptação à mudança do clima;

III - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação

técnica e científica com entidades nacionais e internacionais para promoção da adaptação

aos efeitos da mudança do clima;

IV - apoiar outras áreas do Ministério e demais Ministérios para a

elaboração e implementação de políticas públicas com impactos na área de adaptação;

V - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

VI - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

VII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

e

VIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 16. Ao Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento

compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para

a implementação de programas e projetos em temas relacionados ao combate ao

desmatamento;

II - propor, coordenar, monitorar e avaliar planos para prevenção e controle

do desmatamento e dos incêndios florestais nos biomas brasileiros;

III - coordenar as comissões executivas dos planos de ação para prevenção

e controle do desmatamento e dos incêndios florestais nos biomas brasileiros;

IV - elaborar e coordenar a implementação da Política Nacional de Manejo

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e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais;

V - propor e coordenar instrumentos de financiamento de ações nacionais e

internacionais relacionadas à redução do desmatamento e da degradação florestal;

VI - apoiar o Comitê Orientador e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia,

técnica e administrativamente;

VII - coordenar a elaboração e implementação da estratégia nacional de

redução das emissões decorrentes do desmatamento e da degradação florestal e de aumento

dos estoques de carbono;

VIII - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação

internacional para apoiar a implementação dos planos de prevenção e controle ao

desmatamento e dos incêndios florestais e demais instrumentos relacionados a sua área de

competência;

IX - propor estudos, sistematizar e disseminar informações sobre resultados

e impactos das ações de prevenção e controle do desmatamento, da degradação florestal,

dos incêndios florestais e demais temas relacionados a redução de emissões e aumento dos

estoques de carbono;

X - propor e promover a cooperação internacional na área de mudança do

clima relacionada a florestas;

XI - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

XII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

XIII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de

competência; e

XIV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 17. À Secretaria de Biodiversidade compete:

I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias para a

implementação de programas e projetos, em temas relacionados com:

a) conservação e uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio genético;

b) proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à

biodiversidade e ao patrimônio genético e repartição justa e equitativa dos benefícios

decorrentes do seu uso;

c) conservação e uso sustentável de espécies da flora, da fauna, de

microrganismos e dos recursos pesqueiros, em especial para as espécies ameaçadas de

extinção;

d) biossegurança relacionada aos organismos geneticamente modificados e

à biologia sintética;

e) a prevenção da introdução, dispersão e o controle de espécies exóticas

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invasoras;

f) a conservação, monitoramento e gestão sustentável dos ecossistemas

naturais e seus serviços;

g) Unidades de Conservação e espaços territoriais especialmente protegidos;

e

h) a proteção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos nas áreas

rurais, além das Unidades de Conservação e espaços territoriais especialmente protegidos.

II - coordenar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação;

III - monitorar e avaliar o impacto de políticas de desenvolvimento e das

mudanças climáticas sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos;

IV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

V - promover a cooperação técnica e científica com entidades nacionais e

internacionais na área de sua competência;

VI - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de

competência;

VII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na área de sua competência, inclusive a Convenção de Diversidade

Biológica;

VIII - participar, assistir tecnicamente e subsidiar aos órgãos colegiados na

sua área de competência;

IX - coordenar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico Nacional

–ZEE nos biomas brasileiros ou territórios abrangidos por planos e projetos prioritários do

Governo Federal, e apoiar e acompanhar os ZEE das unidades da federação;

X - supervisionar os órgãos do SISNAMA para o manejo in situ e ex situ

para a conservação da fauna e flora;

XI - subsidiar o Ministério de Meio Ambiente para, em conjunto com o

Ministério da Pesca e Aquicultura, fixar as normas, critérios, padrões e medidas de

ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros;

XII - presidir e secretariar a Comissão Nacional de Biodiversidade-

CONABIO, o Comitê Nacional de Zonas Úmidas-CNZU, o Conselho Nacional de Gestão

do Patrimônio Genético-CGEN, Comissão Nacional do Cerrado-CONACER e outros

colegiados governamentais de sua área de competência; e

XIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 18. Ao Departamento de Espécies compete:

I - Subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e

estratégias para a conservação e uso sustentável de espécies terrestres e aquáticas, incluindo

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os recursos pesqueiros e os microrganismos, com ênfase naquelas ameaçadas, raras ou

sensíveis;

II - promover o conhecimento, a conservação, a valorização e a utilização

sustentável da biodiversidade;

III - promover ações voltadas à prevenção da introdução e ao controle das

espécies exóticas invasoras que ameacem os ecossistemas, habitats ou espécies nativas;

IV - promover a utilização sustentável das espécies nativas de importância

econômica atual ou potencial e dos parentes silvestres das principais espécies de plantas

cultivadas;

V - propor, coordenar e implementar programas e projetos para a

conservação e a recuperação de espécies da flora, da fauna, em especial àquelas constantes

das Listas Nacionais Oficiais das Espécies Ameaçadas de Extinção;

VI - acompanhar e subsidiar tecnicamente a elaboração de políticas, normas,

diretrizes e critérios para garantir o uso sustentável de espécies da biodiversidade aquática,

em conjunto com o Ministério da Pesca e Aquicultura.

VII - coordenar e reportar as atividades de implementação da Convenção

sobre Diversidade Biológica na sua área de competência;

VIII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

IX - coordenar a implementação dos acordos internacionais relacionados à

conservação e uso sustentável de espécies, dos quais o Brasil é signatário;

X - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

XI - integrar e supervisionar a atuação dos órgãos do SISNAMA no manejo

in situ e ex situ, com vistas à conservação dos componentes da fauna e da flora;

XII - supervisionar, coordenar e acompanhar o processo de publicação de

listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção;

XIII - supervisionar e acompanhar a elaboração dos planos de ação

nacionais e outras políticas para a conservação das espécies ameaçadas de extinção;

XIV - coordenar e acompanhar o monitoramento do estado de conservação

das espécies, e propor medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias às ameaças;

XV - definir espécies prioritárias para as diretrizes de conservação e uso

sustentável;

XVI - promover ações de proteção e recuperação de espécies aquáticas

impactadas pela pesca, no âmbito da gestão compartilhada, incluindo a avaliação e

proposição de medidas para mitigação de captura; e

XVII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 19. Ao Departamento de Ecossistemas e Biomas compete:

I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e

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estratégias para o zoneamento ecológico econômico, a conservação e uso sustentável de

ecossistemas terrestres, dulcícolas e marinhos;

II - promover o conhecimento, a conservação, a valorização e o uso

sustentável dos ecossistemas;

III - promover a valorização e a conservação de práticas tradicionais de

manejo dos ecossistemas;

IV - avaliar as ameaças sobre os ecossistemas, em especial das mudanças

climáticas, mudanças no uso das terras e degradação ambiental, e propor medidas de

prevenção, mitigação e adaptação;

V - promover a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos

da paisagem, além dos espaços territoriais especialmente protegidos;

VI - avaliar as diferentes formas de usos dos ecossistemas para definição e

reconhecimento de estratégias de conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais

VII - coordenar a identificação de áreas prioritárias para conservação,

recuperação e uso sustentável de ecossistemas e biomas;

VIII - coordenar o componente ambiental do Programa Antártico Brasileiro;

IX - coordenar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico-ZEE no

território nacional, e promover os ZEE das unidades da federação;

X - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

XI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

XII - coordenar a implementação dos atos internacionais na sua área de

competência;

XIII - monitorar o estado dos ecossistemas e biomas e propor estratégias de

proteção, uso e recuperação;

XIV- coordenar e reportar as atividades de implementação da Convenção

sobre Diversidade Biológica na sua área de competência; e

XV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 20. Ao Departamento de Áreas Protegidas compete:

I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e

estratégias para a conservação das Unidades de Conservação e dos espaços territoriais

especialmente protegidos;

II - coordenar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza

- SNUC;

III - monitorar a conservação da biodiversidade nas Unidades de

Conservação e nos espações territoriais especialmente protegidos;

IV - avaliar a representatividade das Unidades de Conservação e dos espaços

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territoriais especialmente protegidos para a conservação da biodiversidade e dos serviços

ecossistêmicos;

V - coordenar o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação-CNUC;

VI - supervisionar as ações de conservação e uso sustentável da

biodiversidade em Unidades de Conservação;

VII - supervisionar a compensação ambiental federal de empreendimentos

de significativo impacto ambiental; e

VIII - promover e coordenar o Plano Estratégico Nacional de Áreas

Protegidas;

IX - estabelecer o sistema de mosaicos de áreas protegidas, associando as

unidades de conservação a corredores ecológicos;

X - coordenar e exercer a função de Secretaria Executiva do Comitê do

Programa Áreas Protegidas da Amazônia-ARPA, da Comissão Coordenadora do Plano

Estratégico Nacional de Áreas Protegidas, do Fórum de Áreas Protegidas, da Comissão

Brasileira do Programa MAB - Homem e a Biosfera, da UNESCO-COBRAMAB e outros

definidos para sua área de competência;

XI - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

XII - coordenar a implementação de acordos e atos internacionais na sua

área de competência;

XIII - participar e assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área

de competência;

XIV - coordenar e reportar as atividades de implementação da Convenção

sobre Diversidade Biológica, em sua área de competência;

XV - propor dispositivos para a regulamentação da Lei no 9.985, de 18 de

julho de 2000; e

XVI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 21. Ao Departamento do Patrimônio Genético compete:

I - subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias

para o desenvolvimento da economia de Patrimônio Genético e Conhecimento Tradicional

Associado e para a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso;

II - promover a proteção, valorização e conservação do conhecimento

tradicional associado à biodiversidade e ao patrimônio genético;

III - promover a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico, a

inovação e o desenvolvimento de produtos, material reprodutivo e outras formas de uso

socioeconômico;

IV - subsidiar a formulação de políticas para o fortalecimento e adensamento

da participação dos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores

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familiares nas cadeias produtivas de produtos e materiais reprodutivos oriundos do acesso

ao patrimônio genético e conhecimentos tradicionais associados;

V - incentivar a capacitação e a organização dos atores públicos, privados,

povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores familiares

relevantes para o funcionamento dos sistemas nacional e internacional de acesso e

repartição de benefícios;

VI - promover e incentivar o desenvolvimento de cadeias produtivas

oriundas de patrimônio genético e conhecimento tradicional associado de origem nacional,

em especial de fitoterápicos;

VII - coordenar o reconhecimento e registro do conhecimento tradicional

associado ao patrimônio genético, o desenvolvimento e difusão de Protocolos

Comunitários de acesso e repartição e benefícios de populações e comunidades tradicionais;

VIII - promover a biossegurança na utilização de organismos geneticamente

modificados e na biologia sintética;

IX - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

X - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

XI - participar e assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de

competência;

XII - coordenar, executar e reportar sobre a harmonização das políticas

nacionais com os acordos e convenções internacionais ratificadas pelo Brasil, em especial

a Convenção sobre Diversidade Biológica e seus Protocolos;

XIII - promover a repartição justa e equitativa dos benefícios oriundos do

acesso ao patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado; e

XIV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 22. À Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos compete:

I - propor a formulação da Política Nacional dos Recursos Hídricos, bem

como acompanhar e monitorar sua implementação, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de

janeiro de 1997, e da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000;

II- subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias

para temas relacionados com:

a) recursos hídricos;

b) produção e consumo sustentáveis;

c) a gestão ambiental urbana;

d) a prevenção, o controle, e o monitoramento da poluição;

e) a gestão integrada de resíduos sólidos urbanos;

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f) produtos e resíduos perigosos;

g) passivos ambientais e áreas contaminadas;

h) instrumentos de gestão e avaliação ambiental; e

i) critérios e padrões de qualidade ambiental.

III - desenvolver e aperfeiçoar instrumentos locais e regionais de

planejamento e gestão que incorporem a variável ambiental;

IV - a formulação, a proposição e a implementação de políticas de prevenção,

preparação e atendimento a situação de emergência ambiental;

V - a promoção da segurança química;

VI - acompanhar a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos;

VII - coordenar, em sua esfera de competência, a elaboração de planos e

programas nacionais, referentes a revitalização de bacias hidrográficas;

VIII - monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento

de Recursos Hídricos;

IX - desenvolver ações de apoio aos Estados, na implementação do Sistema

Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos e na implantação da Política Estadual de

Recursos Hídricos;

X - prestar apoio técnico ao Ministro de Estado no acompanhamento do

cumprimento das metas previstas em contrato de gestão celebrado entre o Ministério e a

ANA e outros acordos de gestão relativos a recursos hídricos;

XI - exercer a função de secretaria-executiva do Conselho Nacional de

Recursos Hídricos;

XII - coordenar, no âmbito da União, Estados e Municípios, a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, nos termos da Lei no 12.305, de 2010 e do Decreto no 7.404,

de 2010;

XIII - acompanhar a implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;

XIV - monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de Informações de

Resíduos Sólidos - SINIR, em articulação com outros órgãos da União, dos Estados e dos

Municípios;

XV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

XVI - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação

técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de sua competência;

XVII - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de

competência;

XVIII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na área de sua competência;

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177

XX - desenvolver instrumentos de gestão e avaliação de política ambiental;

XXI - elaborar, coordenar e acompanhar a implementação do Plano de

Produção e Consumo Sustentáveis-PPCS;

XXII- coordenar o Programa da Agenda Ambiental na Administração

Pública-A3P;

XXIII - criar propor e facilitar a construção e implementação de agenda de

responsabilidade socioambiental junto ao setor produtivo;

XXIV - desenvolver, de forma articulada, mecanismos de monitoramento

de ações ambientais, voluntárias ou compulsórias de empresas públicas e privadas;

XXV - acompanhar a implementação de códigos voluntários de conduta de

responsabilidade socioambiental;

XXVI - subsidiar a formulação de políticas e normas e a proposição de

estratégias para a implementação de ações em temas relacionados com licenciamento

ambiental; e

XXVII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 23. Ao Departamento de Recursos Hídricos compete:

I - coordenar a elaboração, a atualização, e apoiar o acompanhamento da

implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos;

II - articular a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos com

setores governamentais, segmentos usuários de recursos hídricos e sociedade civil

organizada;

III - apoiar os estados na implementação de Sistemas Estaduais de

Gerenciamento de Recursos Hídricos e na implantação das Políticas Estaduais de Recursos

Hídricos;

IV - apoiar e monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de

Gerenciamento de Recursos Hídricos-SINGREH;

V - propor estudos para a formulação de diretrizes de gerenciamento dos

recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços;

VI - acompanhar, em sua esfera de competência, a elaboração de planos,

programas e projetos nacionais, referentes a águas superficiais e subterrâneas, e monitorar

o desenvolvimento de suas ações, dentro do princípio da gestão integrada dos recursos

hídricos;

VII - acompanhar e articular as ações intra e intergovernamentais, bem

como com atores sociais, relacionadas à implementação do Programa de Recuperação e

Revitalização de Bacias Hidrográficas e do Programa de Conservação de Bacias

Hidrográficas com Vulnerabilidade Ambiental;

VIII - exercer as atividades de secretaria-executiva do Conselho Nacional

de Recursos Hídricos;

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178

IX - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

X - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

XI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

e

XII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 24. Ao Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para

a implementação de programas e projetos em temas relacionados com:

a) gestão ambiental urbana;

b) a caracterização de vulnerabilidades e fragilidades ambientais em áreas

urbanas

c) prevenção e controle da poluição ambiental;

d) padrões e critérios de qualidade ambiental;

e) licenciamento ambiental;

f) avaliação ambiental estratégica;

g) segurança química; e

h) emergências ambientais.

II - supervisionar e coordenar ações relacionadas ao licenciamento

ambiental e a avaliação ambiental estratégica;

III - coordenar o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de

Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional - PNC, conforme previsto no Decreto

no 8.127, de 22 de outubro de 2013;

IV- propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

V - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

VI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

VII - desenvolver e propor novos instrumentos de gestão ambiental;

VIII - formular, propor e promover a implementação de políticas de

prevenção, preparação e atendimento a situação de emergência ambiental;

IX - apoiar e coordenar programas, projetos e ações que promovam a

qualidade do ar; e

X - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

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179

Art. 25. Ao Departamento de Resíduos Sólidos e Recuperação Ambiental

compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para

a implementação de programas e projetos em temas relacionados com:

a) resíduos sólidos urbanos;

b) passivos ambientais e áreas contaminadas; e

c) resíduos perigosos.

II - desenvolver estudos e projetos relacionados com a recuperação de danos

ambientais relativos a produtos perigosos;

III - coordenar, no âmbito da União, Estados e Municípios, a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, nos termos da Lei no 12.305, de 2010 e do Decreto no 7.404,

de 2010;

IV - coordenar a elaboração e a atualização, além de acompanhar a

implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;

V - desenvolver, monitorar e manter atualizado o Sistema Nacional de

Informações de Resíduos Sólidos-SINIR, em articulação com outros órgãos da União, dos

Estados e dos Municípios;

VI - apoiar Estados e Municípios na elaboração e implementação dos Planos

de Gestão de Resíduos Sólidos;

VII - apoiar os Estados e Municípios na implementação de Sistemas de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

VIII - incentivar e apoiar a institucionalização de consórcios públicos em

resíduos sólidos urbanos;

IX - apoiar a implementação de Programas que contribuam para a inserção

e qualificação dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis de acordo com a

Política Nacional de Resíduos Sólidos;

X - coordenar a institucionalização da logística reversa de resíduos no país,

e acompanhar a sua implementação nas diversas cadeias e espaços regionais;

XI - coordenar a formação de acordos setoriais e normatização de

procedimentos para realização da logística reversa prevista na Política Nacional de

Resíduos Sólidos;

XII - acompanhar, desenvolver estudos e apoiar programas e projetos de

cooperação técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de sua

competência;

XIII - promover a cooperação técnica e científica com entidades nacionais

e internacionais, e acompanhar a implementação e execução de convenções e acordos

internacionais na sua área de competência;

XIV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

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180

XV - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

XVI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de

competência; e

XVII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 26. Ao Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias, e a

promoção de estudos relacionados com:

a) o comércio internacional e o meio ambiente;

b) os instrumentos econômicos para a proteção ambiental;

c) o fomento ao desenvolvimento sustentável;

d) produção limpa e eco eficiente

e) o consumo sustentável;

f) o desenvolvimento de ecomercados e negócios sustentáveis;

g) os incentivos fiscais, tributários e creditícios;

h) relatórios de responsabilidade socioambiental;

i) indicadores ambientais do setor produtivo; e

j) instrumentos de responsabilidade socioambiental.

II - elaborar estudos e diagnósticos de mercado e perfis de projetos, como

instrumento de indução, apoio e orientação a potenciais investidores interessados na área

ambiental;

III - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

IV - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

V - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

VI - acompanhar e apoiar a implementação de normas voluntárias e a adoção,

pelas empresas públicas, de códigos voluntários de conduta e de tecnologias

ambientalmente adequadas;

VII - coordenar o Programa da Agenda Ambiental na Administração

Pública-A3P no âmbito Federal e estimular a sua implementação nas esferas estaduais e

municipais;

VIII - monitorar ações ambientais voluntárias ou compulsórias de empresas

públicas e privadas; e

IX - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

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Art. 27. À Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade compete:

I - articular, formular e propor políticas, normas e estratégias e promover

estudos ambientais nos temas relacionados com:

a) territórios de populações e comunidades tradicionais e povos indígenas;

b) a produção rural sustentável;

c) o extrativismo;

d) a agricultura de base ecológica e a agrobiodiversidade;

e) desertificação.

II - coordenar, executar e operacionalizar o Programa Bolsa Verde,

observada as indicações do Comitê Gestor do referido Programa;

III - atuar no âmbito do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de

Produtos da Sociobiodiversidade;

IV - apoiar e acompanhar políticas de manejo e uso florestal sustentável no

meio rural;

V - promover, apoiar e incentivar a conservação, o desenvolvimento rural

sustentável e o uso sustentável da biodiversidade junto a povos indígenas e populações e

comunidades tradicionais e quilombolas, agricultores familiares e assentados da reforma

agrária;

VI - promover e apoiar a conservação, valorização e promoção do

conhecimento e uso sustentável dos componentes da agrobiodiversidade, em articulação

com a Secretaria de Biodiversidade;

VII - desenvolver e apoiar ações socioambientais em áreas protegidas da

União e outras áreas rurais;

VIII - propor e articular a adoção de políticas e práticas agroambientais junto

a outros órgãos governamentais, entes federados e a sociedade;

IX - fomentar e apoiar o uso sustentável dos recursos naturais e da

biodiversidade, a adoção de tecnologias sustentáveis, a retribuição por serviços ambientais

e instrumentos econômicos associados às populações e comunidades tradicionais, povos

indígenas, agricultores familiares e assentados da reforma agrária e outros públicos

definidos como prioritários, especialmente nas atividades relacionadas à agricultura, ao

agroextrativismo e à agroindústria;

X - fomentar e apoiar a gestão ambiental associada à organização da

produção, com ênfase na estruturação de cadeias produtivas sustentáveis;

XI - apoiar a implementação de ações para o uso sustentável dos recursos

naturais em áreas desertificadas e em processo de desertificação, e de ações de combate à

desertificação e mitigação dos efeitos da seca e de convivência com a semi-aridez;

XII - representar o Brasil, na qualidade de Ponto Focal Nacional Técnico

perante a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação-UNCCD;

XIII - apoiar o Ministério do Meio Ambiente na coordenação do Comitê

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Gestor do Programa de Apoio à Conservação Ambiental, instituído pela Lei no 12.512, de

14 de outubro de 2011, denominado Programa Bolsa Verde;

XIV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

XV - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação

técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de sua competência;

XVI - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de

competência;

XVII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na área de sua competência;

XVIII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de

competência;

XIX - coordenar a organização das Conferências Nacionais do Meio

Ambiente;

XX - elaborar, coordenar e acompanhar a implementação da Política

Nacional de Educação Ambiental;

XXI - coordenar, em articulação com o Ministério da Educação - MEC, a

organização da Conferência Nacional Infanto-Juvenil; e

XXII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 28. Ao Departamento de Extrativismo compete:

I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e

a produção de estudos para a implementação de programas e projetos voltados para

populações e comunidades tradicionais, povos indígenas e agricultores familiares em temas

relacionados com o agroestrativismo e as cadeias produtivas baseadas nos recursos da

sociobiodiversidade;

II - promover a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável junto às

populações e comunidades tradicionais, e povos indígenas;

III - fomentar a retribuição por serviços ambientais e instrumentos

econômicos associados aos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e

agricultores familiares;

IV - propor, articular e acompanhar iniciativas de uso sustentável em

territórios definidos como prioritários;

V - propor, articular e acompanhar ações socioambientais em áreas

protegidas da União e outras áreas rurais;

VI - subsidiar na coordenação e operacionalização do Programa Bolsa Verde

observada as indicações do Comitê Gestor do Programa;

VII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

Page 183: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE RELATÓRIO DE GESTÃO E … · Ministério do Meio Ambiente, refletindo novos paradigmas para o trato da questão ambiental, ... ainda são vistas como

183

programas e projetos na sua área de competência;

VIII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

IX - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

e

X - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 29. Ao Departamento de Ações Agroambientais compete:

I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e

a produção de estudos para a implementação de programas e projetos em temas

relacionados com:

a) a gestão ambiental rural e produção sustentável no meio rural;

b) as políticas agroambientais;

c) o planejamento, a gestão e o uso sustentável no meio rural;

d) a agricultura de base ecológica e a agrobiodiversidade; e

e) os serviços ambientais.

II - incentivar o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios rurais,

a geração e a adoção de tecnologias sustentáveis, especialmente nas atividades relacionadas

à agricultura, à agroindústria, suas cadeias produtivas e ao turismo;

III - apoiar e fomentar a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável

junto aos assentamentos de reforma agrária, aos agricultores familiares e demais produtores

rurais;

IV - incentivar, apoiar a fomentar iniciativas de gestão ambiental rural e uso

sustentável em territórios definidos como prioritários;

V - fomentar sistemas de certificação e rastreabilidade socioambiental;

VI - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

VII - apoiar e incentivar o uso sustentável da biodiversidade, a geração e a

adoção de tecnologias sustentáveis, especialmente nas atividades relacionadas à agricultura,

ao agroextrativismo e à agroindústria e suas cadeias produtivas;

VIII - incentivar a retribuição por serviços ambientais e instrumentos

econômicos associados ao meio rural;

IX - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

X - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

e

XI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

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Art. 30. Ao Departamento de Políticas de Combate à Desertificação

compete:

I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e

a promoção de estudos para a implementação de programas e projetos em temas

relacionados com a desertificação e a convivência com a semi-aridez;

II - propor, coordenar e implementar programas e projetos na sua área de

competência;

III - acompanhar e avaliar tecnicamente a execução de projetos na sua área

de competência;

IV - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

e

V - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

VI - apoiar a cooperação interinstitucional e internacional para o combate à

desertificação e mitigação dos efeitos da seca e a Convenção das Nações Unidas para o

Combate à Desertificação-UNCCD no País;

VII - apoiar programas e ações regionais, estaduais e municipais de combate

à desertificação;

VIII - apoiar e fomentar a sistematização, disseminação e o intercâmbio de

experiências e conhecimentos voltados à recuperação de áreas degradadas por

desertificação;

IX - apoiar e fomentar a sistematização, disseminação e o intercâmbio de

experiências e conhecimentos voltados ao combate e recuperação de áreas em processo de

desertificação;

X - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência; e

XI - executar outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 31. Ao Departamento de Educação Ambiental, Cidadania e Participação

compete:

I - apoiar a Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade na:

a) formulação, coordenação e acompanhamento da implementação da

Política Nacional de Educação Ambiental;

b) coordenação e acompanhamento da formulação de políticas, normas,

procedimentos e estratégias para a promoção da Responsabilidade Socioambiental;

c) coordenação da organização da Conferência Nacional do Meio Ambiente;

d) coordenação da organização da Conferência Nacional Infanto-Juvenil; e

II - coordenar conjuntamente com o Ministério da Educação, a organização

da Conferência Nacional Infanto-Juvenil;

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III - promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de

ações direcionadas à implementação das Políticas Públicas de Educação Ambiental;

IV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

V - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na sua área de competência;

VI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;

e

VII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 32. À Secretaria de Florestas compete:

I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias, em

temas relacionados com:

a) proteção, manejo, exploração, produção e gestão sustentáveis de florestas

nativas, privadas ou públicas;

b) implantação, manejo, exploração, produção e gestão sustentáveis de

florestas plantadas, e de sistemas agro-florestais, privados ou públicos;

c) recuperação de áreas degradadas, e restauração ou recomposição de

ecossistemas florestais;

d) reposição florestal, produção de sementes e mudas florestais, extensão e

fomento florestal, e suprimento sustentável de consumidores de matéria-prima e de

insumos florestais;

e) melhoramento florestal e promoção da silvicultura tropical de espécies

nativas ou exóticas;

f) adoção de tecnologias, técnicas, boas práticas e inovações tecnológicas

que aumentem e conciliem ganhos de produtividade florestal e de produtividade

agropecuária;

g) suprimento, comercialização de produtos florestais, fluxo e cadeias de

custódia da madeira, do carvão e de outros produtos florestais.

II - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias sobre

instrumentos e mecanismos de cunho econômico, tributário, fiscal, creditício e financeiro,

em particular aqueles referidos na Lei no 12.651, de 2012, em relação a:

a) pagamentos, ou incentivos, a serviços ambientais florestais;

b) integração dos sistemas nacionais e estaduais dos mecanismos de

pagamentos por serviços ambientais florestais, para criação de mercado de serviços

ambientais;

c) compensações por medidas de conservação necessárias ao cumprimento

dos objetivos do Código Florestal;

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d) incentivos para comercialização, inovação, e aceleração de ações de

recuperação, de conservação e de uso sustentável das florestas;

e) programas para financiar atividades de recomposição de reserva legal,

APP’s, e outras áreas de uso restrito, ou de regularização ambiental;

f) Cota de Reserva Ambiental-CRA, e sua regulação de mercado, sistema

de emissão, registro, transferência, e responsabilidades de emissores, adquirentes,

negociadores e custodiadores;

g) fundos de financiamento ou investimento, e similares, para suporte a

programas e projetos de promoção do manejo e produção florestal sustentáveis,

implantação de florestas plantadas e sistemas agro-florestais, recuperação/restauração de

ecossistemas florestais;

h) outros mecanismos de regimes econômicos e de financiamento, estímulo,

promoção e facilitação de investimentos; e

i) outros programas, fundos, ou instrumentos de facilitação, nacionais ou

internacionais, com vistas a melhorar a atratividade de investimentos florestais.

III - acompanhar junto ao SFB a execução da política de concessões

florestais, contratos de concessão de uso ou de exploração de florestas públicas, nativas ou

plantadas;

IV - coordenar a regulamentação da Lei no 12.651, de 2012 nos assuntos de

sua competência;

V - promover a articulação institucional e coordenar a formulação e a

elaboração do Programa Nacional de Florestas-PNF, conforme previsto no Decreto no

3.420, de 2000, bem como coordenar o Grupo Executivo de Implementação do PNF,

conforme previsto no Decreto no 4.864, de 2003;

VI - presidir a Comissão Nacional de Florestas-CONAFLOR, e por meio do

PNF, prestar apoio técnico e administrativo à referida Comissão;

VII - participar, em articulação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento, da formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas

Plantadas-PNDF, previsto no Decreto no 8.375, de 2014, bem como participar da Câmara

Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

VIII - presidir a Comissão de Gestão de Florestas Públicas-CGFLOP,

instituída pela Lei no 11.284, de 2006;

IX - acompanhar e monitorar o estado das florestas do país, e coordenar a

elaboração de relatórios sobre a performance da produção, do consumo, e do comércio de

produtos e serviços florestais;

X - supervisionar e acompanhar a implementação de ações, instrumentos,

programas, projetos e sistemas de controle do Ministério do Meio Ambiente, Serviço

Florestal Brasileiro-SFB, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -

Instituto Chico Mendes, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

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Renováveis-IBAMA, no âmbito de sua competência;

XI - supervisionar e acompanhar a implementação de programas e projetos

de cooperação técnica internacional e daqueles decorrentes de atos e acordos internacionais

referentes a florestas, seu uso sustentável, produção e comércio;

XII - apoiar a captação de recursos internacionais e estrangeiros para

investimentos ou aplicações na área de sua competência;

XIII - subsidiar negociações internacionais e coordenar políticas e

instrumentos decorrentes de atos e acordos internacionais, bem como propor e formular

programas e projetos de cooperação técnica e científica com entidades internacionais, na

sua área de competência;

XIV - supervisionar, acompanhar, e prestar apoio à implementação de

Programas de Regularização Ambiental, levando em conta os objetivos e metas nacionais

para florestas e a implementação dos instrumentos previstos na Lei no 12.651, de 2012,

conforme estipulado no art. 15 do Decreto no 7.830, de 2012;

XV - apoiar atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação-PD&I em

assuntos afetos a sua área de competência;

XVI - atuar em articulação com outras Secretarias do Ministério do Meio

Ambiente na formulação de políticas, estratégias, instrumentos e normas na sua área de

competência;

XVII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência; e

XVIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Art. 33. Ao Departamento de Economia Florestal compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias sobre

instrumentos e mecanismos de cunho econômico, tributário, fiscal, creditício, financeiro,

em particular aqueles referidos na Lei no 12.651, de 2012;

II - subsidiar a formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento de

Florestas Plantadas-PNDF e participar da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

III - subsidiar a Secretaria de Florestas na coordenação da regulamentação

da Lei no 12.651, de 2012, na sua área de competência;

IV - subsidiar a formulação de instrumentos e mecanismos de estímulo e de

financiamento que facilitem investimentos na implementação de ações, programas e

projetos relacionados à:

a) pagamentos e incentivos a serviços ambientais das florestas e de

instrumentos de promoção de mercados de serviços ambientais florestais;

b) medidas compensatórias pelas exigências de conservação necessárias ao

cumprimento dos objetivos do Código Florestal;

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c) incentivos para comercialização, inovação, e aceleração de ações de

recuperação, conservação, e uso sustentável das florestas;

d) comercialização de produtos florestais;

e) programas de financiamento de atividades de recomposição de reserva

legal ou de regularização ambiental na recuperação/recomposição de florestas;

f) Cota de Reserva Ambiental-CRA;

g) fundos de investimento/financiamento voltados para atrair investimentos

no manejo e produção florestal sustentável, no reflorestamento, na restauração florestal, e

na geração de serviços ambientais prestados pelas florestas;

h) mecanismos de estímulo e financiamento para investimentos em áreas de

florestas públicas, em especial as Florestas Nacionais em concessões florestais; e

i) programas, instrumentos de facilitação, incentivos e estímulos a

investimentos florestais e à geração de serviços ambientais florestais.

V - participar da proposição do Plano Nacional de Desenvolvimento de

Florestas Plantadas-PNDF;

VI - acompanhar a implementação de ações, programas e projetos relativos

à promoção dos instrumentos e mecanismos de estímulo e de financiamento;

VII - supervisionar e acompanhar a implementação de ações, instrumentos,

programas, projetos e sistemas de controle do Ministério do Meio Ambiente, Serviço

Florestal Brasileiro-SFB, Instituto Chico Mendes, IBAMA, no âmbito de sua competência;

VIII - subsidiar o acompanhamento e monitoramento do setor florestal,

relativo à produção, consumo e comércio de produtos e serviços florestais, e elaborar

relatórios de acompanhamento do setor;

IX - fomentar programas de pagamentos, estímulos e incentivos a serviços

ambientais das florestas e de mercados de serviços ambientais florestais;

X - subsidiar a formulação de programas de estímulos e incentivos relativos

ao uso das florestas, à produção e à comercialização de bens e/ou serviços florestais

ambientais;

XI - participar da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

XII - propor e formular programas e projetos de cooperação técnica

internacional, e subsidiar negociação de acordos internacionais na área de sua competência;

XIII - atuar na supervisão e acompanhamento da implementação de

programas e projetos de cooperação técnica internacional e daqueles decorrentes de atos e

acordos internacionais referentes a florestas, seu uso sustentável, produção e comércio;

XIV - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de

competência; e

XV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na sua área de

competência.

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Art. 34. Ao Departamento de Gestão Florestal compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias

referentes a:

a) manejo e produção florestal sustentável de produtos e de serviços

ambientais de florestas nativas, florestas plantadas e sistemas agro-florestais;

b) implantação de florestas plantadas e sistemas agro-florestais;

c) recuperação de áreas degradadas, restauração de ecossistemas florestais,

e adequação e regularização de imóveis rurais;

d) reposição florestal, extensão e fomento florestais;

e) proteção e melhoramento florestal e silvicultura tropical;

f) boas práticas florestais e inovações tecnológicas;

II - Acompanhar a implementação de ações, programas e projetos relativos

a:

a) florestas plantadas, sistemas agro-florestais, e recuperação/restauração de

ecossistemas florestais;

b) concessões florestais e condições de sua viabilidade econômica, em

articulação com o SFB e o IBAMA;

c) Plano Anual de Outorga Florestal-PAOF, em articulação com o SFB;

d) Inventário Florestal Nacional, em articulação com o SFB;

e) manejo florestal sustentável em Reservas Legais e outras áreas dos

imóveis rurais, e das condições de sua viabilidade econômica, em articulação com o SFB,

o IBAMA e os órgãos do SISNAMA;

f) Programas de Regularização Ambiental, em articulação com o SFB, em

consonância com o Programa Mais Ambiente Brasil; e

g) sistemas de informações, registros e cadastros relativos ao uso sustentável

de ecossistemas florestais, fluxos e cadeias de custódia de produtos florestais e de serviços

ambientais florestais.

III - apoiar a proteção, manejo, exploração e produção sustentáveis de

florestas nativas, privadas ou públicas;

IV - subsidiar a implantação, manejo, exploração e produção sustentáveis

de florestas plantadas, e de sistemas agro-florestais, privados ou públicos;

V- apoiar a recuperação de áreas degradadas, e restauração ou recomposição

de ecossistemas florestais;

VI - fomentar a reposição florestal, produção de sementes e mudas florestais,

extensão e fomento florestal, e suprimento sustentável de consumidores de matéria-prima

e de insumos florestais;

VII - promover o melhoramento florestal e a silvicultura tropical de espécies

nativas ou exóticas;

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VIII - promover a adoção de tecnologias, técnicas, boas práticas e inovações

tecnológicas que aumentem e conciliem ganhos de produtividade florestal e agropecuária;

IX - subsidiar a Secretaria de Florestas na coordenação da regulamentação

da Lei no 12.651, de 2012, na sua área de competência

X - prestar apoio técnico à CGFLOP;

XI - prestar apoio técnico e administrativo à CONAFLOR;

XII - subsidiar a implementação e articulação institucional do Programa

Nacional de Florestas-PNF;

XIII - supervisionar e acompanhar a implementação de ações, instrumentos,

programas, projetos e sistemas de controle do Ministério do Meio Ambiente, SFB, Instituto

Chico Mendes e IBAMA, no âmbito de sua competência;

XIV - acompanhar e supervisionar programas e projetos de cooperação

técnica internacional em florestas e subsidiar negociações de acordos internacionais

firmados na sua área de competência; e

XV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

Seção III

Dos Órgãos Colegiados

Art. 35. Ao Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA cabe exercer

as competências de que trata a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Art. 36. Ao CONAMAZ cabe exercer as competências especificadas no

Decreto no 1.541, de 27 de junho de 1995.

Art. 37. Ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos cabe exercer as

competências estabelecidas no art. 35 da Lei no 9.433, de 1997.

Art. 38. Ao Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente

compete julgar projetos que visem ao uso racional e sustentável dos recursos naturais,

inclusive a manutenção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, no sentido de

elevar a qualidade de vida da população brasileira.

Art. 39. Ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético cabe exercer as

competências estabelecidas no art. 11 da Medida Provisória no 2.186-16, de 23 de agosto

de 2001, e no Decreto no 3.945, de 28 de setembro de 2001.

Art. 40. À Comissão de Gestão de Florestas Públicas compete exercer as

competências estabelecidas na Lei no 11.284, de 2006.

Art. 41. À CONAFLOR cabe exercer as competências estabelecidas no art.

4o-A do Decreto no 3.420, de 20 de abril de 2000.

Seção IV

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191

Do Serviço Florestal Brasileiro-SFB

Art. 42. Ao Serviço Florestal Brasileiro, compete:

I - exercer a função de órgão gestor prevista no art. 53 da Lei no 11.284, de

2 de março de 2006, no âmbito federal;

II - gerir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal;

III - apoiar a criação e gestão de programas de treinamento, capacitação,

pesquisa e assistência técnica para a implementação de atividades florestais, incluindo

manejo florestal, processamento de produtos florestais e exploração de serviços florestais;

IV - estimular e fomentar a prática de atividades florestais sustentáveis

madeireira, não-madeireira e de serviços;

V - promover a implantação de plantios florestais e de sistemas

agroflorestais em bases sustentáveis;

VI - promover a recuperação de vegetação nativa, das áreas degradadas e a

restauração de ecossistemas florestais;

VII - promover e fomentar o manejo sustentável de florestas públicas e

privadas para a produção de bens e de serviços ambientais;

VIII - promover estudos de mercado para produtos e serviços gerados pelas

florestas;

IX - propor planos de produção florestal sustentável, de forma compatível

com as demandas da sociedade;

X - promover e apoiar a concessão florestal em florestas nativas e em

florestas plantadas em áreas públicas destinadas às concessões florestais;

XI - implementar sistemas de controle e rastreabilidade do fluxo de produtos

e subprodutos florestais, oriundos de áreas sob concessão florestal de sua responsabilidade;

XII - criar e manter o Sistema Nacional de Informações Florestais integrado

ao Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente;

XIII - estabelecer e gerenciar o Inventário Florestal Nacional;

XIV - gerenciar o Cadastro Nacional de Florestas Públicas, organizar e

manter atualizado o Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União, e adotar providências

para interligar os cadastros estaduais e municipais ao Cadastro Nacional;

XV - gerir o Sistema de Cadastro Ambiental Rural-SICAR;

XVI - coordenar, no âmbito federal, a implantação do Cadastro Ambiental

Rural-CAR junto às unidades da Federação, visando à adequação e à regularização

ambiental de imóveis rurais;

XVII - promover a implantação dos Programas de Regularização

Ambiental-PRAs;

XVIII - coordenar a implantação e articular o funcionamento de centros de

recuperação de áreas degradadas;

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XIX - gerenciar a emissão, o registro, e a comercialização das Cotas de

Reserva Ambiental-CRAs;

XX - promover ações para implantação de mecanismos de Pagamentos por

Serviços Ambientais-PSAs, na sua área de competência;

XXI - apoiar e atuar em parceria com os seus congêneres estaduais e

municipais;

XXII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente

programas e projetos na sua área de competência;

XXIII - promover a cooperação técnica e científica com entidades nacionais

e internacionais na área de sua competência;

XXIV - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de

competência;

XXV - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais na área de sua competência;

XXVI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de

competência;

XXVII - exercer a Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Florestas

- CONAFLOR; e

XXVIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua

competência.

§ 1o As decisões relativas às competências do SFB são tomadas em regime

colegiado pelo Conselho Diretor, formado por um Diretor-Geral e quatro Diretores, por

maioria absoluta de votos;

§ 2o A Assessoria Jurídica do SFB, de que trata o art. 57 da Lei no 11.284,

de 2006, vincula-se à Consultoria Jurídica do Ministério, nos termos do art. 11, inciso II,

da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.

CAPÍTULO IV

DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES

Seção I

Do Secretário-Executivo

Art. 43. Ao Secretário-Executivo incumbe:

I - coordenar, consolidar e submeter ao Ministro de Estado o plano de ação

global do Ministério;

II - supervisionar e avaliar a execução dos programas e atividades do

Ministério;

III - supervisionar e coordenar a articulação dos órgãos do Ministério com

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193

os órgãos centrais dos sistemas afetos à área de competência da Secretaria-Executiva;

IV - supervisionar as funções de secretaria-executiva do Conselho

Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente-FNMA;

V - supervisionar as funções de secretaria-executiva do CONAMA; e

VI - exercer outras atribuições que lhe forem atribuídas pelo Ministro de

Estado.

Seção II

Dos Secretários e Diretores

Art. 44. Aos Secretários, ao Subsecretário, aos Diretores de Departamento,

ao Diretor-Geral do SFB e aos Diretores incumbe planejar, dirigir, coordenar, orientar,

acompanhar e avaliar a execução das atividades dos órgãos das suas respectivas Secretarias,

Subsecretarias, Departamentos e Serviço e exercer outras atribuições que lhes forem

cometidas em regimento interno.

Seção III

Dos demais Dirigentes

Art. 45. Ao Chefe de Gabinete do Ministro, ao Consultor Jurídico e aos

demais dirigentes incumbe planejar, dirigir, coordenar e orientar a execução das atividades

das respectivas unidades e exercer outras atribuições que lhes forem cometidas, em suas

respectivas áreas de competência.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 46. Os regimentos internos, aprovados pelo Ministro de Estado,

definirão o detalhamento dos órgãos integrantes da Estrutura Regimental, as competências

das respectivas unidades e as atribuições de seus dirigentes.

Parágrafo único. O regimento interno do SFB será aprovado por seu

Conselho Diretor, nos termos do inciso IV do § 1o do art. 56 da Lei no 11.284, de 2006.

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ANEXO II

a) QUADRO DEMONSTRATIVO DOS CARGOS EM COMISSÃO e DAS FUNÇÕES

GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.

UNIDADE CARGO/

FUNÇÃO

DENOMINAÇÃO/

CARGO/FUNÇÃO

NE/DAS/

FG

1 Assessor Especial de Controle

Interno 102.5

5 Assessor Especial 102.5

2 Assessor 102.4

5 Assistente 102.2

GABINETE 1 Chefe de Gabinete 101.5

Coordenação-Geral de Apoio

Administrativo 1 Coordenador-Geral 101.4

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Coordenação 3 Coordenador 101.3

1 FG-2

Assessoria Parlamentar 1 Chefe de Assessoria 101.4

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Serviço 1 Chefe 101.1

Assessoria de Comunicação Social 1 Chefe 101.4

Divisão 1 Chefe 101.2

1 FG-1

ASSESSORIA DE ASSUNTOS

INTERNACIONAIS 1 Chefe de Assessoria 101.5

1 Assessor 102.4

SECRETARIA-EXECUTIVA 1 Secretário-Executivo NE

1 Diretor de Programa 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

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Gabinete 1 Chefe 101.4

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Divisão 1 Chefe 101.2

SUBSECRETARIA DE

PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E

ADMINISTRAÇÃO

1 Subsecretário 101.5

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Coordenação-Geral de Gestão

Administrativa 1 Coordenador-Geral 101.4

1 Assistente Técnico 102.1

Coordenação 2 Coordenador 101.3

1 Assistente Técnico 102.1

Divisão 3 Chefe 101.2

Serviço 1 Chefe 101.1

Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas 1 Coordenador-Geral 101.4

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Divisão 7 Chefe 101.2

Coordenação-Geral de Tecnologia da

Informação e Informática 1 Coordenador-Geral 101.4

Coordenação 2 Coordenador 101.3

Divisão 1 Chefe 101.2

Coordenação-Geral de Gestão Financeira e

Contabilidade 1 Coordenador-Geral 101.4

1 Assistente 102.2

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Divisão 4 Chefe 101.2

Coordenação-Geral de Gestão

Orçamentária 1 Coordenador-Geral 101.4

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Coordenação 1 Coordenador 101.3

Divisão 3 Chefe 101.2

2 FG-1

1 FG-2

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

ESTRATÉGICA 1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

Coordenação 1 Coordenador 101.3

DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES

INTERNACIONAIS E COOPERAÇÃO 1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

Coordenação 1 Coordenador 101.3

1 Assistente Técnico 102.1

DEPARTAMENTO DE APOIO AO

FUNDO NACIONAL DO MEIO

AMBIENTE

1 Diretor 101.5

1 Assistente Técnico 102.1

Gerência Executiva do FNMA 1 Gerente 101.4

Divisão 2 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE APOIO AO

CONSELHO NACIONAL DO MEIO

AMBIENTE

1 Diretor 101.5

1 Coordenador 101.3

Divisão 2 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE APOIO AO

SISNAMA 1 Diretor 101.5

1 Chefe 101.2

2 Gerente de Projeto 101.4

CONSULTORIA JURÍDICA 1 Consultor Jurídico 101.5

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

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Divisão 1 Chefe 101.2

1 FG-2

Coordenação-Geral de Direito Ambiental 1 Coordenador-Geral 101.4

Divisão 2 Chefe 101.2

Coordenação-Geral de Direito

Administrativo 1 Coordenador-Geral 101.4

Divisão 2 Chefe 101.2

SECRETARIA DE MUDANÇAS DO

CLIMA E COMBATE AO

DESMATAMENTO

1 Secretário 101.6

Gabinete 1 Chefe 101.4

2 Coordenador 101.3

2 Assistente 102.2

2 Assistente Técnico 102.1

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DE

MITIGAÇÃO DA MUDANÇA DO

CLIMA

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

Coordenação 1 Coordenador 101.3

1 FG-2

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS

PARA ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO

CLIMA

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

1 Assistente 102.2

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS

PARA O COMBATE AO

DESMATAMENTO

1 Diretor 101.5

1 Assistente 102.2

1 Gerente de Projeto 101.4

1 FG-1

SECRETARIA DE BIODIVERSIDADE 1 Secretário 101.6

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Gabinete 1 Chefe 101.4

1 Assistente 102.2

Coordenação 2 Coordenador 101.3

Divisão 1 Chefe 101.2

Serviço 2 Chefe 101.1

DEPARTAMENTO DE ECOSSISTEMAS

E BIOMAS 1 Diretor 101.5

3 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE ESPÉCIES 1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE ÁREAS

PROTEGIDAS 1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO

GENÉTICO 1 Diretor 101.5

Divisão 1 Chefe 101.2

2 Gerente de Projeto 101.4

SECRETARIA DE QUALIDADE

AMBIENTAL E RECURSOS HÍDRICOS 1 Secretário 101.6

Gabinete 1 Chefe 101.4

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Divisão 2 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE RECURSOS

HÍDRICOS 1 Diretor 101.5

1 Assistente 102.2

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Serviço 1 Chefe 101.1

3 Gerente de Projeto 101.4

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DEPARTAMENTO DE GESTÃO DA

QUALIDADE AMBIENTAL 1 Diretor 101.5

3 Gerente de Projeto 101.4

Coordenação 2 Coordenador 101.3

Divisão 1 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS E RECUPERAÇÃO

AMBIENTAL

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO E

CONSUMO SUSTENTÁVEIS 1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

SECRETARIA DE EXTRATIVISMO E

SOCIOBIODIVERSIDADE 1 Secretário 101.6

1 Assistente 102.2

Gabinete 1 Chefe 101.4

1 Assistente Técnico 102.1

Coordenação 2 Coordenador 101.3

Divisão 1 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE EXTRATIVISMO 1 Diretor 101.5

1 Assessor Técnico 102.3

1 Assistente 102.2

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE AÇÕES

AGROAMBIENTAIS 1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

Divisão 1 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DE

COMBATE À DESERTIFICAÇÃO 1 Diretor 101.5

1 Gerente de Projeto 101.4

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200

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

AMBIENTAL, CIDADANIA E

PARTICIPAÇÃO

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

SECRETARIA DE FLORESTAS 1 Secretário 101.6

Gabinete 1 Chefe 101.4

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

FLORESTAL 1 Diretor 101.5

1 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

FLORESTAL 1 Diretor 101.5

1 Gerente de Projeto 101.4

SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO 1 Diretor Geral 101.6

4 Diretor 101.5

Gabinete 1 Chefe 101.4

Assessoria Jurídica 1 Assessor 102.4

Gerências Executivas 7 Gerente Executivo 101.4

Unidades Regionais 6 Chefe 101.4

Coordenação 9 Coordenador 101.3

Divisão 8 Chefe 101.2

Serviço 7 Chefe 101.1

Centro Especializado 2 Chefe 101.3

Serviço 2 Chefe 101.1

1 Assistente 102.2

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b) QUADRO RESUMO DE CUSTOS DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS

FUNÇÕES GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.

CÓDIGO DAS-

UNITÁRIO

SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA

QTDE. VALOR TOTAL QTDE. VALOR TOTAL

NE 6,41 1 6,41 1 6,41

DAS 101.6 6,27 6 37,62 6 37,62

DAS 101.5 5,04 31 156,24 31 156,24

DAS 101.4 3,84 70 268,80 72 276,48

DAS 101.3 2,10 24 50,40 36 75,60

DAS 101.2 1,27 39 49,53 45 57,15

DAS 101.1 1,00 12 12,00 14 14,00

DAS 102.5 5,04 6 30,24 6 30,24

DAS 102.4 3,84 6 23,04 4 15,36

DAS 102.3 2,10 13 27,30 1 2,10

DAS 102.2 1,27 26 33,02 20 25,40

DAS 102.1 1,00 14 14,00 12 12,00

SUBTOTAL 1 248 708,60 248 708,60

FG-1 0,20 4 0,80 4 0,80

FG-2 0,15 4 0,60 4 0,60

FG-3 0,12 - - - -

SUBTOTAL 2 8 1,40 8 1,40

TOTAL (1+2) 256 710,00 256 710,00

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ANEXO III

REMANEJAMENTO DE CARGOS

CÓDIGO DAS- UNITÁRIO

DA SEGEP/MP P/O MMA

(a)

DO MMA P/A SEGEP/MP

(b)

QTD. VALOR

TOTAL QTD.

VALOR

TOTAL

101.5 5,04 0 0,00 0 0,00

101.4 3,84 2 7,68 0 0,00

101.3 2,10 12 25,20 0 0,00

101.2 1,27 6 7,62 0 0,00

101.1 1,00 2 2,00 0 0,00

102.5 5,04 0 0,00 0 0,00

102.4 3,84 0 0,00 2 7,68

102.3 2,10 0 0,00 12 25,20

102.2 1,27 0 0,00 6 7,62

102.1 1,00 0 0,00 2 2,00

TOTAL 21 41,23 21 41,23

Saldo do Remanejamento (a - b) 0 0,00

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ANEXO – PROPOSTA DE ESTRUTURA

REGIMENTAL COM CORTES – MARÇO DE 2016

EM Interministerial n. /2016/MP/MMA

Brasília, de março de 2016.

Excelentíssima Senhora Presidenta da República,

1. Submetemos à elevada consideração de Vossa Excelência o anexo Projeto

de Decreto, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em

Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Meio Ambiente, e dá outras

providências.

2. A proposta consiste numa revisão da atual estrutura regimental do

Ministério, vigente desde 2007, incluindo o aprimoramento das atribuições de suas

unidades, a criação e a formalização de algumas unidades e a reorganização de unidades

técnico-administrativas e de assessoramento. O novo arranjo permitirá que o Ministério do

Meio Ambiente possa exercer efetivamente o seu papel de órgão central responsável pela

formulação, implementação, acompanhamento e avaliação da política ambiental nacional,

dadas as importantes mudanças experimentadas pela Administração, as quais implicam

novas interfaces e novas agendas.

3. A presente proposta contempla ainda um corte de 23 cargos em comissão

do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, visando atender aos atuais

desafios econômicos do país. Como resultado, foi extinta uma secretaria, a Secretaria de

Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, e suas atribuições foram absorvidas por

outras áreas do Ministério.

4. Com relação à Secretaria Executiva, propugna-se a manutenção de sua

Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração inalterada, e sua

reorganização em quatro departamentos: Departamento de Gestão Estratégica,

Departamento de Cooperação Financeira e Fomento, Departamento de Articulação

Institucional e Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente, Departamento de

Desenvolvimento, Produção e Consumo Sustentável.

5. Essa nova estrutura da Secretaria-Executiva se traduz numa reorganização

onde se transferem a outras áreas do Ministério as competências de alguns departamentos

e cria novas unidades para tratar de temas relevantes, relacionados à ações de cooperação

financeira, articulação institucional e ao apoio ao órgãos integrantes do SISNAMA.

6. Com relação aos órgãos específicos singulares, a proposta estrutura o

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Ministério em quatro secretarias: Secretaria de Mudança do Clima e Florestas; Secretaria

de Biodiversidade; Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos; e Secretaria

de Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental.

7. Pela nova proposta, a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade

Ambiental se transforma em Secretaria de Mudança do Clima e Florestas, com perfil

voltado para a implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, por meio dos

planos de ação para a prevenção e controle do desmatamento nos biomas brasileiros e pelos

planos setoriais de mitigação e de adaptação à mudança do clima.

8. A Secretaria de Mudança do Clima e Florestas passa a ser responsável pela

agenda florestal, até então abrigada na Secretaria de Biodiversidade e Florestas. A

Secretaria, por meio do Departamento de Florestas, será responsável pela regulamentação

do Código Florestal no âmbito da Administração Direta do Ministério e exercerá também

a supervisão de atividades desenvolvidas pelo Serviço Florestal Brasileiro, como a

execução da política de concessões florestais.

9. Nesse contexto, a organização da Secretaria de Mudança do Clima e

Florestas visa dotar o Ministério do Meio Ambiente de um arcabouço institucional que

transcenda os limites clássicos da atuação do poder público em ambas as questões. A

associação dos temas clima e florestas por parte do Ministério do Meio Ambiente é

fundamental para a implementação dos objetivos previstos nos tratados internacionais e no

apoio à implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima.

10. Para tanto, a Secretaria disporá de quatro departamentos: Departamento de

Políticas de Mitigação da Mudança do Clima; Departamento de Políticas para Adaptação

à Mudança do Clima; Departamento de Florestas; e Departamento de Políticas de Combate

ao Desmatamento e de Recomposição de Vegetação. Cabe ressaltar que esse último

atualmente compõe a estrutura da Secretaria-Executiva.

11. A Secretaria de Biodiversidade e Florestas se transforma em Secretaria de

Biodiversidade, ficando responsável pela formulação e proposição de políticas, normas e

regulamentos sobre a conservação e a definição dos critérios de uso sustentável da

biodiversidade e do patrimônio genético do País.

12. Em sua nova configuração, ela será organizada em quatro departamentos:

Departamento de Ecossistemas e Biomas; Departamento de Gestão da Fauna e Flora;

Departamento de Áreas Protegidas; e Departamento de Patrimônio Genético.

13. Esses departamentos terão a missão central de promover a conservação da

biodiversidade e do patrimônio genético, propiciar o seu uso sustentável, a proteção ao

conhecimento tradicional e a repartição dos benefícios derivados de sua utilização, por

meio da formulação e coordenação de políticas e estratégias nacionais.

14. A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano se transforma em

Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos, sendo que tal alteração é

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decorrente da necessidade de refletir em sua estrutura de competências as mudanças

ocorridas nos últimos anos, de modo a responder aos desafios impostos pelo atual desenho

da política ambiental.

15. Ela será organizada em quatro departamentos: Departamento de Recursos

Hídricos e Revitalização de Bacias Hidrográficas; Departamento de Gestão da Qualidade

Ambiental; Departamento de Gestão de Resíduos e Recuperação Ambiental; e

Departamento de Ordenamento Ambiental do Território.

16. Ressalte-se que a mesma Secretaria centralizará as ações de

responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente na coordenação do Plano Nacional de

Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional-

PNC.

17. A configuração proposta para essa Secretaria traz para ela a competência de

atuar com a gestão integrada de recursos hídricos e a revitalização de bacias, atentando-se

para a multiplicidade do seu uso, em bases racionais, segundo a melhor tecnologia, para a

segurança hídrica das populações, para as demandas existentes e potenciais, para as

vulnerabilidades no uso da água e para a gestão de bacias, dentre outros fatores a ela

relacionados. A Secretaria será também responsável pelo zoneamento ecológico-

econômico, numa visão mais integrada de gestão e uso sustentável do território.

18. Importante também salientar que caberá à Secretaria tratar de temas

relacionados à qualidade ambiental, combate à poluição do ar, da água e do solo, por meio

da melhoria da gestão das atividades que envolvem o uso de substâncias químicas e o

emprego e manejo de produtos perigosos, gestão ambiental urbana, havendo muito o que

fazer nesse sentido. Além disso há que se ressaltar a importância dos temas relacionados

aos resíduos sólidos, em especial à atuação integrada com estados e municípios, buscando

a solução conjunta para problemas relacionados a coleta seletiva, logística reversa,

gerenciamento adequado de resíduos perigosos, dentre outros, atentando também para a

grave questão da contaminação dos solos e dos lençóis freáticos por resíduos industriais.

19. A Secretaria de Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental será um

canal permanente de diálogo com os diversos públicos afetos ao Ministério do Meio

Ambiente, como populações tradicionais, extrativistas, quilombolas e povos indígenas,

além de responder pelas ações de mobilização, cidadania, educação ambiental e

participação social. Terá, ainda, a missão de promover políticas agroambientais e o

extrativismo, com vistas à transição do atual modelo de desenvolvimento agrícola e rural

do País para a sustentabilidade, tendo como referência estratégica a redefinição do uso do

território e dos recursos naturais.

20. O cumprimento dessa missão passa pela capacidade de superar a dicotomia

entre produção e proteção ambiental, mediante a integração de objetivos e instrumentos

das políticas ambiental e agrícola. Isso pressupõe alta capacidade de interação e integração

entre políticas que incidem sobre o rural, com base nos princípios da transversalidade

ambiental e da responsabilidade compartilhada, presentes no Pacto Federativo e no

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SISNAMA, e a construção de uma relação democrática e menos conflituosa entre a política

ambiental, as políticas agrícolas e as populações rurais.

21. Neste contexto, as ações da Secretaria voltam-se para enfrentar o duplo

desafio de reverter o estágio atual de degradação dos ecossistemas e promover políticas e

difundir o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais, em terras indígenas e de

populações e comunidades tradicionais, de extrativistas, em áreas de agricultura familiar,

assentamentos da reforma agrária e demais produtores rurais. Reconhecendo-se a

pluralidade produtiva, sociocultural, ecológica e territorial do meio rural brasileiro, é

necessário adequar uma agenda ambiental positiva e indutiva da sustentabilidade às

distintas realidades, demandas territoriais e grupos sociais. Finalmente, a Secretaria

assumirá a condução de políticas de combate à desertificação e da Política Nacional de

Educação Ambiental, e será responsável pela coordenação da organização das Conferência

Nacional de Meio Ambiente e da Conferência Nacional Infanto-Juvenil.

22. Para atender à diversidade destes desafios, propõe-se para a Secretaria de

Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental, a organização de três departamentos:

Departamento de Extrativismo; Departamento de Sociobiodiversidade e de Combate à

Desertificação; e Departamento de Cidadania e Educação Ambiental.

23. Ao Serviço Florestal Brasileiro, órgão autônomo responsável pela agenda

da exploração florestal sustentável, especialmente sob regime de concessão, caberá

também responder pelas agendas do Cadastro Ambiental Rural – CAR e pela

implementação do Código Florestal na sua área de competência.

24. Quanto aos órgãos colegiados do Ministério, foram acrescentados o Comitê

Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, atendendo ao disposto na Lei n º

12.114 de 9 de dezembro de 2009 e respectivo Decreto regulamentador nº 7343 de 26 de

outubro de 2010, e a Comissão Nacional de Combate à Desertificação – CNCD, a qual

caberá exercer as competências estabelecidas na Lei nº 13.153, de 30 de julho de 2015.

25. Por fim, o presente pleito contempla o remanejamento, do Ministério do

Meio Ambiente para a Secretaria de Gestão, do Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão, de um DAS 101.6; três DAS 101.5; um DAS 101.4; cinco DAS 101.1; três DAS

102.4; um DAS 102.3; quatro DAS 102.2; e cinco DAS 102.1.

26. São essas as razões que nos levam a propor a Vossa Excelência a edição do

Decreto em questão.

Respeitosamente,

IZABELLA TEIXEIRA

Ministra de Estado de Meio Ambiente

VALDIR SIMÃO

Ministro de Estado do Planejamento,

Orçamento e Gestão

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DECRETO N. , DE DE 2016

Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro

Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das

Funções de Confiança do Ministério do Meio

Ambiente, altera os decretos nos 1.541, de 27 de

junho de 1995, 3.420, de 20 de abril de 2000,

4.613, de 11 de março de 2003, 4.703, de 21 de

maio de 2003, 5.577, de 8 de novembro de 2005,

5.795, de 5 de junho de 2006 e o Decreto de 23

de outubro de 2003.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art.

84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

D E C R E T A:

Art. 1o Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos

Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Ministério do Meio Ambiente, na

forma dos Anexos I e II.

Art. 2o Ficam remanejados, na forma do Anexo III, os seguintes cargos em comissão

do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores-DAS, do Ministério do Meio Ambiente

para a Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:

I – um DAS 101.6;

II – três DAS 101.5;

III – um DAS 101.4;

IV – cinco DAS 101.1;

V – três DAS 102.4;

VI – um DAS 102.3;

VII – quatro DAS 102.2; e

VIII – cinco DAS 102.1.

Art. 3o Os ocupantes dos cargos em comissão que deixam de existir na Estrutura

Regimental do Ministério do Meio Ambiente por força deste Decreto ficam

automaticamente exonerados.

Art. 4o Os apostilamentos decorrentes das alterações promovidas deverão ocorrer até

a data de entrada em vigor deste Decreto.

Parágrafo único. O Ministro de Estado do Meio Ambiente fará publicar, no Diário

Oficial da União, no prazo de até trinta dias, contado da data de entrada em vigor deste

Decreto, relação nominal dos titulares dos cargos em comissão e das funções de confiança

a que se refere o Anexo II, que indicará, inclusive, o número de cargos e funções vagas,

suas denominações e seus níveis.

Art. 5o O Ministro de Estado do Meio Ambiente poderá editar regimentos internos

detalhando a estrutura dos órgãos, as competências das suas unidades e as atribuições de

seus dirigentes.

Art. 6o O Decreto nº 1.541, de 27 de junho de 1995 passa a vigorar com as

seguintes alterações:

“Art. 1o Ao Conselho Nacional da Amazônia Legal - CONAMAZ, órgão colegiado

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integrante da Estrutura Regimental do Ministério do Meio Ambiente, compete:

..........................................................................”(NR)

“Art. 3o........................................................................

a) do Ministério do Meio Ambiente;”

..........................................................................”(NR)

“Art. 4o A Secretaria Executiva do Conselho Nacional da Amazônia Legal será

exercida pelo Ministério do Meio Ambiente.” (NR)

“Art. 7o O regimento interno do CONAMAZ será aprovado pelo Plenário e publicado

mediante portaria do Ministro de Estado do Meio Ambiente.” (NR)

Art. 7o O art. 7o do Decreto no 4.703, de 21 de maio de 2003, passa a vigorar com a

seguinte redação:

“Art. 7o A Comissão Nacional de Biodiversidade será presidida pelo Secretário de

Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e, nos seus afastamentos e impedimentos

legais ou regulamentares, pelo Diretor do Departamento de Gestão da Fauna e Flora, e, na

ausência destes, por um suplente a ser designado pelo Ministério do Meio Ambiente, e terá

em sua composição, além de seu Presidente, um representante dos seguintes órgãos e

organizações da sociedade civil:

..................................................................”(NR)

Art. 8o O Decreto no 3.420, de 20 de abril de 2000, passa a vigorar com as seguintes

alterações:

“Art. 4°-C ..........................................................

............................................................................

§ 1o A Comissão será presidida pelo Secretário de Mudança do Clima e Florestas do

Ministério do Meio Ambiente, que será substituído, em seus afastamentos e impedimentos

legais ou regulamentares, pelo Diretor do PNF.

.............................................................................

§ 4o O Ministério do Meio Ambiente proverá o apoio técnico-administrativo à

CONAFLOR.

..................................................................” (NR)

Art. 9o O Decreto nº 4.613, de 11 de março de 2003, passa a vigorar com as seguintes

alterações:

“Art. 2o ....................................................................

..................................................................................

§ 6º O titular da Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos do

Ministério do Meio Ambiente será o Secretário-Executivo do Conselho Nacional de

Recursos Hídricos.

.......................................................................” (NR)

“Art. 3º O Ministério do Meio Ambiente, sem prejuízo das demais competências

que lhe são conferidas, proverá os serviços de Secretaria-Executiva do Conselho Nacional

de Recursos Hídricos” (NR)

Art. 10. O Decreto de 23 de outubro de 2003 passa a vigorar com as seguintes

alterações:

“Art. 2º ...............................................................

I – um representante de cada uma das Secretarias finalísticas do Ministério do Meio

Ambiente.

............................................................................

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“§ 1o O Comitê será presidido pelo Secretário de Biodiversidade do Ministério do

Meio Ambiente, que será substituído, em seus afastamentos e impedimentos legais ou

regulamentares, pelo servidor indicado como ponto focal nacional para a Convenção de

Ramsar.

............................................................................

“§3º O Ministério do Meio Ambiente proverá o apoio técnico-administrativo do

Comitê. ” (NR)

Art. 11. O Decreto n° 5.795, de 5 de junho de 2006 passa a vigorar com as seguintes

alterações:

“Art. 2° A Comissão de Gestão de Florestas Públicas terá a seguinte composição:

I - o Secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, que

a presidirá.

.......................................................................” (NR)

Art. 12. O Decreto no 5.577, de 8 de novembro de 2005, passa a vigorar com as

seguintes alterações:

“Art. 4o...............................................................

§ 4o A CONACER será presidida pelo Secretário de Biodiversidade do Ministério do

Meio Ambiente, e, no seu impedimento, pelo respectivo suplente.

§ 5o Caberá ao Ministério do Meio Ambiente prestar apoio técnico e administrativo

à CONACER.” (NR)

Art. 13 Este Decreto entra em vigor vinte e um dias após a data de sua publicação.

Art. 14 Fica revogado o Decreto no 6.101, de 26 de abril de 2007.

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ANEXO I

ESTRUTURA REGIMENTAL DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I

DA NATUREZA e COMPETÊNCIA

Art. 1o O Ministério do Meio Ambiente, órgão da administração pública federal direta,

tem como área de competência os seguintes assuntos:

I - política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos;

II - política de preservação, conservação e utilização sustentável dos ecossistemas,

biodiversidade e florestas;

III - proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais para

a melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais;

IV - políticas para a integração do meio ambiente e produção;

V - políticas e programas ambientais para a Amazônia Legal; e

VI - zoneamento ecológico-econômico.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Art. 2º O Ministério do Meio Ambiente tem a seguinte estrutura organizacional:

I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado:

a) Gabinete

b) Secretaria-Executiva

1. Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

2. Departamento de Gestão Estratégica

3. Departamento de Cooperação Financeira e Fomento

4. Departamento de Articulação Institucional e Apoio ao Conselho Nacional do Meio

Ambiente

5. Departamento de Desenvolvimento, Produção e Consumo Sustentável

c) Assessoria de Assuntos Internacionais

d) Consultoria Jurídica

II - Órgãos específicos singulares:

a) Secretaria de Mudança do Clima e Florestas

1. Departamento de Políticas de Mitigação à Mudança do Clima

2. Departamento de Políticas para Adaptação à Mudança do Clima

3. Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento e de Recomposição de

Vegetação

4. Departamento de Florestas

b) Secretaria de Biodiversidade

2. Departamento de Gestão da Fauna e da Flora

3. Departamento de Ecossistemas e Biomas

4. Departamento de Áreas Protegidas

4. Departamento de Patrimônio Genético

c) Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos

1. Departamento de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias Hidrográficas

2. Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental

3. Departamento de Gestão de Resíduos e Recuperação Ambiental

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4. Departamento de Ordenamento Ambiental do Território

d) Secretaria de Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental

1. Departamento de Extrativismo

2. Departamento de Sociobiodiversidade e de Combate à

Desertificação

3. Departamento de Cidadania e Educação Ambiental

III - órgãos colegiados:

a) Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA

b) Conselho Nacional da Amazônia Legal - CONAMAZ

c) Conselho Nacional de Recursos Hídricos

d) Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente

e) Conselho de Gestão do Patrimônio Genético - CGen

f) Comissão de Gestão de Florestas Públicas

g) Comissão Nacional de Florestas – CONAFLOR

h) Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima

i) Comissão Nacional de Combate à Desertificação - CNCD

IV - Serviço Florestal Brasileiro – SFB

V - entidades vinculadas:

a) autarquias:

1. Agência Nacional de Águas - ANA

2. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -

IBAMA

3. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico

Mendes

4. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – JBRJ

CAPÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS

Seção I

Dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Ministro de Estado

Art. 3º Ao Gabinete compete:

I - assistir ao Ministro de Estado em sua representação política e social, ocupar-se

das relações públicas e do preparo, despacho e controle do seu expediente;

II - acompanhar o andamento dos projetos de interesse do Ministério em tramitação

no Congresso Nacional;

III - providenciar a publicação oficial e a divulgação das matérias relacionadas com

a área de competência do Ministério; e

IV - assistir ao Ministro de Estado no desempenho de suas funções como membro de

órgãos colegiados de deliberação superior.

Art. 4º À Secretaria-Executiva compete:

I - assistir ao Ministro de Estado na definição das diretrizes e na implementação das

ações da área de competência do Ministério;

II - assistir ao Ministro de Estado na supervisão, na coordenação, no monitoramento

e na avaliação das atividades das Secretarias integrantes da estrutura do Ministério e na

supervisão das entidades a ele vinculadas;

III - supervisionar, coordenar e consolidar a elaboração das diretrizes, normas, planos

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e orçamentos relativos aos planos anuais e plurianuais do Ministério;

IV - supervisionar, acompanhar e avaliar os planos, programas e ações do Ministério;

V - coordenar o processo de captação dos recursos de fontes internacionais e

estrangeiras;

VI - supervisionar e coordenar os programas com financiamentos de organismos

internacionais e estrangeiros, a implementação dos acordos internacionais e a execução dos

convênios e projetos de cooperação técnica nacional e internacional;

VII - supervisionar a elaboração e acompanhar o cumprimento das metas previstas

nos contratos de gestão firmados com o Ministério;

VIII - supervisionar, coordenar e apoiar as atividades do Fundo Nacional do Meio

Ambiente;

IX - formular e implementar estratégias e mecanismos de fortalecimento institucional

dos órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA;

X - gerir o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente – SINIMA;

XI - coordenar o desenvolvimento de estatísticas ambientais e indicadores de

desenvolvimento sustentável;

XII - exercer as atividades de secretaria-executiva do CONAMA e do CONAMAZ,

prestando-lhes apoio técnico-operacional;

XIII - apoiar o Ministério do Meio Ambiente na articulação e integração intra e

intergovernamental de ações direcionadas à implementação das políticas públicas de meio

ambiente e dos recursos hídricos;

XIV - coordenar e acompanhar a implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos

do Desenvolvimento Sustentável na área de competência do Ministério do Meio Ambiente;

e

XV – coordenar e acompanhar políticas, planos e estratégias relacionadas à produção,

consumo sustentável e responsabilidade socioambiental junto ao setor público e privado.

Parágrafo único. A Secretaria-Executiva exerce, ainda, o papel de órgão setorial dos

Sistemas de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, de Organização e Inovação

Institucional - SIORG, de Gestão de Documentos de Arquivo – SIGA, de Administração

dos Recursos de Informação e Informática - SISP, de Serviços Gerais - SISG, de

Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal e de

Contabilidade Federal, por intermédio da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e

Administração e do Departamento de Gestão Estratégica, unidades a ela subordinadas.

Art. 5º À Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração compete:

I - administrar, planejar, coordenar e supervisionar a execução das atividades

relacionadas com os sistemas federais de orçamento, de administração financeira, de

contabilidade, de recursos humanos, de serviços gerais e de administração dos recursos de

informação e informática, no âmbito do Ministério;

II - realizar a articulação com os órgãos centrais dos sistemas federais referidos no

inciso I e informar e orientar os órgãos e entidades vinculadas do Ministério quanto ao

cumprimento das normas administrativas estabelecidas;

III – coordenar e acompanhar a elaboração e consolidação dos planos e programas

das atividades de sua área de competência, seus orçamentos e alterações, e submetê-los à

decisão superior;

IV - desenvolver as atividades de execução orçamentária, financeira e contábil, no

âmbito do Ministério;

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213

V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesas e demais responsáveis

por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou

irregularidade que resulte em dano ao erário;

VI - planejar, coordenar e supervisionar as atividades de administração e

desenvolvimento de recursos humanos do Ministério;

VII - implementar sistemas de informações necessários às ações do Ministério;

VIII - planejar e definir padrões, diretrizes, normas e procedimentos relacionados

com a administração dos recursos de informação e contratação de bens e serviços de

informática, no âmbito dos órgãos e entidades do Ministério; e

IX - promover a implementação de tecnologia de informações gerenciais.

Art. 6º Ao Departamento de Gestão Estratégica compete:

I - planejar e coordenar, no âmbito do Ministério, a execução das atividades

relacionadas com o sistema federal de planejamento, bem como as atividades de

organização e modernização administrativa;

II - coordenar a elaboração e a consolidação dos planos e programas anuais e

plurianuais do Ministério, e submetê-los à consideração superior;

III - coordenar as ações de acompanhamento e avaliação da execução dos planos e

programas anuais e plurianuais do Ministério;

IV - promover a elaboração e consolidar planos e programas das atividades de sua

área de competência e submetê-los à decisão superior;

V - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e

Administração e as demais unidades do Ministério, o desenvolvimento e a implantação de

sistema de informações gerenciais do Ministério;

VI - propor e implementar ações para o aperfeiçoamento da organização e gestão das

diversas áreas e unidades do Ministério, especialmente na sistematização, padronização e

implantação de seus processos de trabalhos;

VII - desenvolver e implementar indicadores quantitativos e qualitativos para o

planejamento, monitoramento e avaliação do desempenho das unidades organizacionais do

Ministério e entidades vinculadas;

VIII - propor diretrizes e supervisionar a implementação de sistemas de informação

estratégica e gerencial;

IX - coordenar a elaboração dos relatórios anuais de gestão do Ministério;

X - desenvolver estatísticas ambientais e indicadores; e

XI - apoiar a Secretaria Executiva na gestão do SINIMA.

Art. 7º Ao Departamento de Cooperação Financeira e Fomento compete:

I - apoiar a Secretaria-Executiva na coordenação, em articulação com as Secretarias

do Ministério e as entidades vinculadas, do processo de proposição e elaboração de

programas e projetos de cooperação técnica internacional;

II - coordenar e monitorar a execução dos programas e projetos com financiamento

de organismos internacionais;

III - coordenar e monitorar o processo de captação de recursos de fontes

internacionais e estrangeiras;

IV - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e

Administração, o desenvolvimento, a implementação e a manutenção de sistema de

informações gerenciais para apoiar a gestão de programas e projetos de cooperação técnica

internacional;

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214

V - apoiar a Assessoria de Assuntos Internacionais nas negociações com os

organismos internacionais, entidades e governos estrangeiros, dos programas e projetos de

cooperação técnica internacional;

VI - prestar apoio técnico-administrativo às unidades responsáveis pela execução de

programas e projetos de cooperação técnica internacional;

VII - exercer a função de secretaria executiva do Conselho Deliberativo do Fundo

Nacional do Meio Ambiente - FNMA;

VIII - proceder à instrução, celebração e demais procedimentos administrativos

afetos aos convênios, acordos, termos de parceria e ajustes, que tenham por objeto a

execução de projetos apoiados pelos programas do Ministério;

IX - coordenar, em articulação com as demais Secretarias do Ministério, o

monitoramento físico-financeiro dos projetos contratados;

X - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e

Administração, os procedimentos de prestação de contas referentes aos projetos

contratados; e

XI - acompanhar a execução orçamentária e financeira dos recursos consignados no

orçamento do FNMA e dos programas.

Art. 8º Ao Departamento de Articulação Institucional e Apoio ao Conselho Nacional

do Meio Ambiente – CONAMA compete:

I - prestar apoio técnico-administrativo ao funcionamento do Conselho, suas câmaras

técnicas permanentes ou temporárias e seus grupos de trabalho;

II - prestar apoio técnico-administrativo ao Secretário-Executivo para que o mesmo

desempenhe suas funções regimentais de secretaria-executiva do Conselho;

III - atuar como ponto focal para as concertações internas ao Ministério e suas

vinculadas e ao Governo Federal nos assuntos referentes às atividades do Conselho;

IV – realizar a articulação entre o CONAMA e os demais órgãos colegiados do

Ministério;

V – promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de ações

direcionadas à implementação das políticas públicas de meio ambiente;

VI - promover a articulação, disseminação e comunicação com a sociedade civil das

políticas ambientais; e

VII – apoiar a Secretaria-Executiva na formulação e implementação de estratégias e

mecanismos de fortalecimento institucional dos órgãos e entidades que compõem o

SISNAMA.

Art. 9º Ao Departamento de Desenvolvimento, Produção e Consumo Sustentável

compete:

I- elaborar, coordenar e acompanhar a implementação do Plano de Produção e

Consumo Sustentável- PPCS;

II – propor, apoiar e acompanhar o desenvolvimento e a implementação de estudos,

normas, mecanismos e instrumentos de responsabilidade socioambiental e de códigos

voluntários de conduta junto a empresas públicas e privadas;

III – promover o desenvolvimento de estudos e subsidiar a formulação de políticas,

normas, iniciativas e estratégias relacionados com a produção limpa e eco eficiente, o

consumo sustentável e o desenvolvimento de ecomercados e negócios sustentáveis;

IV - coordenar o Programa da Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P

no âmbito Federal e apoiar a sua implementação nas esferas estaduais e municipais; e

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215

V –apoiar a Secretaria Executiva na coordenação e no acompanhamento da

implementação das estratégias e ações relacionadas à Agenda 2030 e aos Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável na área de competência do Ministério do Meio Ambiente.

Art. 10. À Assessoria de Assuntos Internacionais compete:

I - assessorar o Ministro de Estado, as Secretarias do Ministério e as entidades

vinculadas nos assuntos relacionados com cooperação internacional nas áreas de

competência do Ministério;

II - coordenar, orientar e subsidiar a participação do Ministério em foros

internacionais que tratam de questões relativas ao meio ambiente e aos recursos hídricos;

III - atuar como interlocutor do Ministério e das suas entidades vinculadas junto ao

Ministério das Relações Exteriores;

IV - articular e negociar com os organismos internacionais, entidades e governos

estrangeiros o apoio a programas e projetos relacionados à Política Nacional do Meio

Ambiente e dos Recursos Hídricos; e

V - supervisionar e acompanhar a negociação e a implementação dos atos

internacionais ratificados pelo Brasil na área de competência do Ministério.

Art. 11. À Consultoria Jurídica, órgão setorial da Advocacia-Geral da União, compete:

I - assessorar o Ministro de Estado em assuntos de natureza jurídica;

II - exercer a coordenação e a orientação técnica das atividades jurídicas do

Ministério;

III - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos tratados e dos demais atos

normativos a ser uniformemente seguida em suas áreas de competência e coordenação,

quando não houver orientação normativa do Advogado-Geral da União;

IV - elaborar, após manifestação da unidade jurídica do órgão ou entidade de origem,

pareceres jurídicos sobre questões, dúvidas ou conflitos, submetidos ao exame do

Ministério, em matérias relativas à sua competência;

V - opinar sobre atos a serem submetidos ao Ministro de Estado com vistas à

vinculação administrativa;

VI - elaborar estudos e preparar informações, por solicitação do Ministro de Estado;

VII - assistir ao Ministro de Estado no controle interno dos atos administrativos a

serem implementados ou já efetivados, e daqueles oriundos de órgão ou entidade sob sua

coordenação jurídica;

VIII - examinar prévia e conclusivamente, no âmbito do Ministério:

a) os textos de edital de licitação, bem como os dos respectivos contratos ou

instrumentos congêneres, a serem celebrados e publicados;

b) os atos pelos quais se vá reconhecer a inexigibilidade ou decidir a dispensa de

licitação;

c) os projetos de lei, de decreto e, sempre que necessário, outros atos normativos

expedidos pelo Ministério; e

IX - fornecer às unidades jurídicas vinculadas e à Advocacia-Geral da União

subsídios jurídicos a serem utilizados nas defesas judiciais e administrativas em matéria de

interesse do Ministério.

Seção II

Dos Órgãos Específicos Singulares

Art. 12. À Secretaria de Mudança do Clima e Florestas compete:

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216

I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias para a

implementação de programas e projetos, em temas relacionados com:

a) mitigação e adaptação à mudança do clima;

b) combate ao desmatamento e à degradação florestal;

c) recomposição florestal; e

d) florestas.

II - coordenar:

a) as ações do Ministério relacionadas à mudança do clima e florestas;

b) a implementação e o monitoramento da Política Nacional sobre Mudança do Clima;

c) a formulação e implementação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima;

d) a elaboração e a implementação do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do

Clima;

e) as ações de combate ao desmatamento e à degradação florestal nos biomas

brasileiros;

f) a elaboração e a implementação da Política Nacional de Manejo e Controle de

Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais;

g) a elaboração e implementação da estratégia nacional de redução das emissões de

gases de efeito estufa decorrentes do desmatamento e da degradação florestal;

h) a regulamentação e a implementação da Lei 12.651, de 25 de maio de 2012; e

i) a implementação do Programa Brasileiro de Eliminação dos

Hidroclorofluorcarbonos.

III - propor políticas e instrumentos econômicos e financeiros voltados à

implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima e ao desenvolvimento

florestal sustentável;

IV - promover e fomentar projetos, estudos e iniciativas que visem à mitigação da

mudança do clima e à adaptação a seus efeitos;

V - apoiar tecnicamente os demais entes federativos em suas ações e políticas nas

áreas de mudança do clima;

VI – exercer as funções de secretaria-executiva do Comitê Gestor do Fundo Nacional

sobre Mudança do Clima;

VII - realizar a articulação institucional e coordenar a elaboração e implementação

do Programa Nacional de Florestas - PNF, conforme previsto no Decreto nº 3.420, de 2000;

VIII – prestar apoio técnico e administrativo à Comissão Nacional de Florestas-

CONAFLOR, instituída pelo Decreto nº 3.420, de 2000;

IX – prestar apoio técnico à Comissão de Gestão de Florestas Públicas-CGFLOP,

instituída pela Lei n° 11.284, de 2 de março de 2006;

X – formular, supervisionar e avaliar estratégias, políticas, planos e programas para

a gestão de florestas públicas; e

XI - subsidiar, assessorar e participar, em articulação com a Assessoria de Assuntos

Internacionais, de negociações internacionais e eventos relacionados com a mudança do

clima e florestas.

Art. 13. Ao Departamento de Políticas de Mitigação à Mudança do Clima compete:

I - subsidiar o desenvolvimento de políticas, normas, iniciativas e estratégias voltadas

para a mensuração, relato e verificação de emissões de gases de efeito estufa;

II - acompanhar e subsidiar tecnicamente o Comitê Interministerial sobre Mudança

do Clima (CIM);

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217

III - coordenar, acompanhar e subsidiar tecnicamente o Grupo Executivo sobre

Mudança do Clima (GEx), órgão executivo do CIM;

IV - acompanhar e subsidiar tecnicamente a Comissão Interministerial de Mudança

Global do Clima;

V - apoiar tecnicamente os órgãos governamentais responsáveis pelas ações setoriais

para a implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima;

VI - coordenar e promover ações relativas à proteção da camada de ozônio;

VII - atuar como ponto focal técnico no Governo Federal para os temas relacionados

com a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e do Protocolo de

Montreal sobre substâncias que destroem a Camada de Ozônio, e coordenar sua

implementação no país; e

VIII - coordenar o Comitê Executivo Interministerial para Proteção da Camada de

Ozônio - Prozon e atuar como sua secretaria executiva.

Art. 14. Ao Departamento de Políticas para Adaptação à Mudança do Clima compete:

I - coordenar a elaboração, a implementação, o monitoramento e a avaliação do Plano

Nacional de Adaptação à Mudança do Clima;

II - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação técnica e

científica com entidades nacionais e internacionais para promoção da adaptação aos efeitos

da mudança do clima;

III- prestar apoio técnico ao funcionamento do Comitê Gestor do Fundo Nacional

sobre Mudança do Clima;

IV- coordenar as atividades administrativas do Fundo Nacional sobre Mudança do

Clima;

V - prestar apoio técnico-administrativo ao Secretário da Secretaria de Mudança do

Clima e Florestas para que o mesmo desempenhe suas funções regimentais de Secretário

Executivo do Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; e

VI - apoiar outras áreas do Ministério e demais Ministérios para a elaboração e

implementação de políticas públicas com impactos na área de adaptação à mudança do

clima.

Art. 15. Ao Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento e de

Recomposição de Vegetação compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para a

implementação de programas e projetos em temas relacionados ao combate ao

desmatamento e à recomposição de vegetação;

II - propor, coordenar, monitorar e avaliar planos para prevenção e controle ao

desmatamento e dos incêndios florestais nos biomas brasileiros, bem como para a

recomposição de vegetação;

III - coordenar as comissões executivas dos planos de ação para prevenção e controle

do desmatamento e dos incêndios florestais nos biomas brasileiros;

IV - elaborar e coordenar a implementação da Política Nacional de Manejo e Controle

de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais;

V - propor e coordenar, no âmbito do Ministério, instrumentos de financiamento de

ações nacionais e internacionais relacionadas à redução do desmatamento e da degradação

e à recomposição de vegetação;

VI - apoiar o Comitê Orientador e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia, técnica e

administrativamente;

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218

VII - coordenar a elaboração e implementação da estratégia nacional de redução das

emissões decorrentes do desmatamento e da degradação florestal e de aumento dos

estoques de carbono;

VIII - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação

internacional relacionados à prevenção e controle do desmatamento e dos incêndios

florestais e de promoção e incentivo à recomposição de vegetação e demais instrumentos

relacionados a sua área de competência;

IX – realizar estudos, sistematizar e disseminar informações sobre resultados e

impactos das ações de prevenção e controle do desmatamento, da degradação florestal, dos

incêndios florestais, da recomposição de vegetação e demais temas relacionados a redução

de emissões e aumento dos estoques de carbono; e

X – apoiar e desenvolver instrumentos de mensuração e avaliação da degradação e

da recomposição de vegetação.

Art. 16. Ao Departamento de Florestas compete:

I - propor, avaliar, coordenar e acompanhar políticas, programas, projetos, normas e

estratégias relacionados com florestas nativas e plantadas;

II - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias sobre

instrumentos e mecanismos de cunho econômico, tributário, fiscal, creditício e financeiro,

voltados ao desenvolvimento e à gestão florestal;

III – supervisionar e acompanhar, junto ao SFB, a execução da política de concessões

florestais, contratos de concessão de uso ou de exploração de florestas públicas, nativas ou

plantadas;

IV – apoiar a Secretaria na coordenação e proposição da regulamentação da Lei

12.651, de 2012, nos assuntos de sua competência;

V – apoiar a Secretaria na articulação institucional e na coordenação, elaboração e

implementação do Programa Nacional de Florestas-PNF, conforme previsto no Decreto

n°3.420, de 2000, bem como coordenar o Grupo Executivo de Implementação do PNF,

conforme previsto no Decreto n° 4.864, de 2003;

VI – prestar apoio técnico e administrativo à Comissão Nacional de Florestas-

CONAFLOR, instituída pelo Decreto n° 3.420, de 2000;

VII - participar, em articulação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento-MAPA, da formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento de

Florestas Plantadas - PNDF, previsto no Decreto n° 8.375, de 11 de dezembro de 2014,

bem como participar da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do MAPA;

VIII – participar do Conselho Consultivo do Fundo Nacional de Desenvolvimento

Florestal- FNDF, instituído pela Lei n° 11.284, de 2006;

IX – supervisionar e acompanhar a implementação de ações, instrumentos,

programas, projetos e sistemas de controle do SFB, Instituto Chico Mendes e IBAMA, no

âmbito de sua competência;

X – supervisionar e acompanhar a implementação de programas e projetos de

cooperação técnica internacional e daqueles decorrentes de atos e acordos internacionais

referentes a florestas, seu uso sustentável, produção e comércio;

XI – supervisionar, acompanhar e apoiar a implementação de Programas de

Regularização Ambiental, conforme previsto no art. 15 do Decreto n° 7.830, de 17 de

outubro de 2012;

XII – formular, coordenar, avaliar e acompanhar estratégias, políticas, planos e

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219

programas para a gestão de florestas públicas; e

XIII – apoiar, avaliar e acompanhar o inventário florestal.

Art. 17. À Secretaria de Biodiversidade compete:

I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias para a

implementação de programas e projetos, em temas relacionados com:

a) conservação e uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio genético;

b) proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à biodiversidade e

ao patrimônio genético e repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso;

c) conservação e uso sustentável de espécies da flora, da fauna, de microrganismos e

dos recursos pesqueiros, em especial para as espécies ameaçadas de extinção;

d) biossegurança relacionada aos organismos geneticamente modificados e à biologia

sintética;

e) prevenção da introdução, dispersão e o controle de espécies exóticas invasoras;

f) conservação, monitoramento e gestão sustentável dos ecossistemas naturais e seus

serviços;

g) Unidades de Conservação e espaços territoriais especialmente protegidos; e

h) proteção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos nas áreas rurais, além

das Unidades de Conservação e espaços territoriais especialmente protegidos.

II - coordenar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza- SNUC;

III – coordenar a regulamentação da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000;

IV - monitorar e avaliar o impacto de políticas de desenvolvimento e das mudanças

climáticas sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos;

V - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos internacionais na

área de sua competência, inclusive a Convenção sobre Diversidade Biológica;

VI – orientar e supervisionar os órgãos do SISNAMA no manejo in situ e ex situ para

a conservação da fauna e flora;

VII – supervisionar e coordenar a publicação de listas nacionais oficiais de espécies

ameaçadas de extinção;

VIII - subsidiar o Ministério de Meio Ambiente para, em conjunto com o Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA, fixar as normas, critérios, padrões e

medidas de ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros;

IX - prestar apoio técnico-administrativo para a Comissão Nacional de

Biodiversidade-CONABIO, o Comitê Nacional de Zonas Úmidas-CNZU, o Conselho

Nacional de Gestão do Patrimônio Genético-CGEN e a, Comissão Nacional do Programa

Cerrado Sustentável - CONACER e outros colegiados governamentais de sua área de

competência; e

X - subsidiar, assessorar e participar de negociações e eventos que envolvam o

comprometimento de direitos e a interferência em interesses nacionais sobre a pesca,

juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com o IBAMA,

e em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, quando for o caso.

Art. 18. Ao Departamento de Gestão da Fauna e da Flora compete:

I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias

para a conservação e uso sustentável de espécies terrestres e aquáticas, incluindo os

recursos pesqueiros e os microrganismos, com ênfase naquelas ameaçadas de extinção,

raras ou sensíveis;

II – subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias

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voltadas à prevenção da introdução e ao controle das espécies exóticas invasoras;

III – propor, coordenar e implementar programas e projetos para a conservação e a

recuperação de espécies da flora e da fauna, em especial aquelas constantes das listas

nacionais oficiais das espécies ameaçadas de extinção;

IV – acompanhar e subsidiar tecnicamente a elaboração de políticas, normas,

diretrizes e critérios para garantir o uso sustentável de espécies da biodiversidade aquática,

em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

V - coordenar as atividades de implementação da Convenção sobre Diversidade

Biológica na sua área de competência;

VI - coordenar a implementação dos acordos internacionais relacionados à

conservação e uso sustentável da fauna e da flora dos quais o Brasil é signatário;

VII - apoiar a Secretaria na orientação e supervisão dos órgãos do SISNAMA no

manejo in situ e ex situ para a conservação da fauna e da flora;

VIII – coordenar, avaliar e acompanhar o processo de publicação de listas nacionais

oficiais de espécies ameaçadas de extinção;

IX - supervisionar e acompanhar a elaboração dos planos de ação nacionais e outras

políticas para a conservação das espécies ameaçadas de extinção;

X – coordenar e acompanhar o monitoramento do estado de conservação das espécies,

e propor medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias às ameaças;

XI - definir espécies prioritárias para as diretrizes de conservação e uso sustentável;

e

XII - promover ações de proteção e recuperação de espécies aquáticas impactadas

pela pesca, incluindo a avaliação e proposição de medidas para mitigação de captura.

Art. 19. Ao Departamento de Ecossistemas e Biomas compete:

I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias

para a conservação e uso sustentável de ecossistemas terrestres, dulcícolas e marinhos;

II – avaliar as ameaças sobre os ecossistemas, em especial das mudanças climáticas,

mudanças no uso das terras e degradação ambiental, e propor medidas de prevenção,

mitigação e adaptação;

III - avaliar as diferentes formas de usos dos ecossistemas para definição e

reconhecimento de estratégias de conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais;

IV – coordenar a identificação de áreas prioritárias para conservação, recuperação e

uso sustentável de ecossistemas e biomas;

V - coordenar o componente ambiental do Programa Antártico Brasileiro;

VI – monitorar o estado dos ecossistemas e biomas e propor estratégias de proteção,

uso e recuperação; e

VII - coordenar as atividades de implementação da Convenção sobre Diversidade

Biológica na sua área de competência.

Art. 20. Ao Departamento de Áreas Protegidas compete:

I – subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias

para a conservação das Unidades de Conservação e dos espaços territoriais especialmente

protegidos;

II – apoiar na coordenação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza - SNUC;

III - monitorar a conservação da biodiversidade nas Unidades de Conservação e nos

espações territoriais especialmente protegidos;

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221

IV - avaliar a representatividade das Unidades de Conservação e dos espaços

territoriais especialmente protegidos para a conservação da biodiversidade e dos serviços

ecossistêmicos;

V – coordenar o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - CNUC;

VI – supervisionar as ações de conservação e uso sustentável da biodiversidade em

Unidades de Conservação;

VII – supervisionar a compensação ambiental federal de empreendimentos de

significativo impacto ambiental;

VIII - promover e coordenar o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas;

IX - estabelecer o sistema de mosaicos de áreas protegidas, associando as unidades

de conservação a corredores ecológicos;

X - participar e assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de

competência;

XI - coordenar as atividades de implementação da Convenção sobre Diversidade

Biológica, em sua área de competência; e

XII - apoiar a Secretaria na coordenação e proposição da regulamentação da Lei nº

9.985, de 2000.

Art. 21. Ao Departamento de Patrimônio Genético compete:

I - subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias para o

desenvolvimento da economia do patrimônio genético e conhecimento tradicional

associado e para a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso;

II – subsidiar a formulação de políticas para o fortalecimento e adensamento da

participação dos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores

familiares nas cadeias produtivas de produtos e materiais reprodutivos oriundos do acesso

ao patrimônio genético e conhecimentos tradicionais associados;

III – incentivar a capacitação e a organização dos atores públicos, privados, povos

indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores familiares relevantes para

o funcionamento dos sistemas nacional e internacional de acesso e repartição de benefícios;

IV – subsidiar a formulação de políticas visando o desenvolvimento de cadeias

produtivas oriundas de patrimônio genético e conhecimento tradicional associado de

origem nacional, em especial de fitoterápicos;

V – coordenar o reconhecimento e registro do conhecimento tradicional associado ao

patrimônio genético, o desenvolvimento e difusão de Protocolos Comunitários de acesso e

repartição e benefícios de populações e comunidades tradicionais;

VI – subsidiar a formulação e implementação de políticas visando a biossegurança

na utilização de organismos geneticamente modificados e na biologia sintética;

VII – coordenar, em sua área de competência, a harmonização das políticas nacionais

com os acordos e convenções internacionais ratificadas pelo Brasil, em especial a

Convenção sobre Diversidade Biológica e seus Protocolos; e

VIII - exercer a função de secretaria-executiva do Conselho de Gestão do Patrimônio

Genético – CGen.

Art. 22. À Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos compete:

I - propor a formulação da Política Nacional de Recursos Hídricos, bem como

acompanhar e monitorar sua implementação, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro

de 1997 e da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000;

II- subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias para

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222

temas relacionados com:

a) recursos hídricos;

b) ordenamento ambiental do território;

c) gestão ambiental urbana;

d) prevenção, o controle, e o monitoramento da poluição;

e) gestão integrada de resíduos sólidos urbanos;

f) produtos e resíduos perigosos;

g) passivos ambientais e áreas contaminadas;

h) instrumentos de gestão e avaliação ambiental; e

i) critérios e padrões de qualidade ambiental.

III – desenvolver e aperfeiçoar instrumentos locais e regionais de planejamento e

gestão que incorporem a variável ambiental;

IV – formular, propor e acompanhar a implementação de políticas de prevenção,

preparação e atendimento a situações de emergência ambiental;

V - promover a segurança química;

VI - acompanhar a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos;

VII - coordenar, em sua esfera de competência, a elaboração de planos e programas

nacionais referentes a revitalização de bacias hidrográficas;

VIII - monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de

Recursos Hídricos – SINGREH;

IX - desenvolver ações de apoio aos Estados na implementação dos sistemas

estaduais de gerenciamento de recursos hídricos e na implantação das políticas estaduais

de recursos hídricos;

X - prestar apoio técnico ao Ministro de Estado no acompanhamento do cumprimento

das metas previstas em contrato de gestão celebrado entre o Ministério e a ANA e outros

acordos de gestão relativos a recursos hídricos;

XI - exercer a função de secretaria-executiva do Conselho Nacional de Recursos

Hídricos;

XII - coordenar, no âmbito da União, Estados e Municípios, a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, nos termos da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 e do Decreto nº

7.404, 23 de dezembro de 2010;

XIII - acompanhar a implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;

XIV - monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de Informações de Resíduos

Sólidos – SINIR, em articulação com outros órgãos da União, dos Estados e dos Municípios;

XV – desenvolver instrumentos de gestão e avaliação de política ambiental;

XVI - coordenar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico Nacional –ZEE

nos biomas brasileiros ou territórios abrangidos por planos e projetos prioritários do

Governo Federal e apoiar e acompanhar os ZEE das unidades da federação; e

XVII - subsidiar a formulação de políticas e normas e a proposição de estratégias

para a implementação de ações em temas relacionados com licenciamento ambiental.

Art. 23. Ao Departamento de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias

Hidrográficas compete:

I - coordenar a elaboração, a atualização, e apoiar o acompanhamento da

implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos;

II - articular a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos com setores

governamentais, segmentos usuários de recursos hídricos e sociedade civil organizada;

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III - apoiar os estados na implementação de Sistemas Estaduais de Gerenciamento de

Recursos Hídricos e na implantação das Políticas Estaduais de Recursos Hídricos;

IV - apoiar e monitorar o funcionamento do SINGREH;

V – propor e acompanhar estudos para a formulação de diretrizes de gerenciamento

dos recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços;

VI - coordenar, em sua esfera de competência, a elaboração de planos, programas e

projetos nacionais, referentes a águas superficiais e subterrâneas, e monitorar o

desenvolvimento de suas ações;

VII - subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias para a

implementação de programas e projetos em temas relacionados com a recuperação e

revitalização de bacias hidrográficas;

VIII - acompanhar e articular as ações intra e intergovernamentais, bem como com

atores sociais, relacionadas à recuperação e revitalização de bacias hidrográficas e de

conservação de bacias hidrográficas com vulnerabilidade ambiental; e

IX- apoiar a secretaria no exercício das atividades de secretaria-executiva do

Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

Art. 24. Ao Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para a

implementação de programas e projetos em temas relacionados com:

a) gestão ambiental urbana;

b) caracterização de vulnerabilidades e fragilidades ambientais em áreas urbanas

c) prevenção e controle da poluição ambiental;

d) padrões e critérios de qualidade ambiental;

e) licenciamento ambiental;

f) avaliação ambiental estratégica;

g) segurança química; e

h) emergências ambientais.

II - supervisionar e coordenar ações relacionadas ao licenciamento ambiental e à

avaliação ambiental estratégica;

III - desenvolver e propor novos instrumentos de gestão ambiental;

IV - formular, propor e promover a implementação de políticas de prevenção,

preparação e atendimento a situações de emergência ambiental; e

V - apoiar e coordenar programas, projetos e ações que promovam a qualidade do ar.

Art. 25. Ao Departamento de Gestão de Resíduos e Recuperação Ambiental compete:

I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para a

implementação de programas e projetos em temas relacionados com:

a) resíduos sólidos urbanos;

b) passivos ambientais e áreas contaminadas; e

c) resíduos perigosos.

II - desenvolver estudos e projetos relacionados com a recuperação de danos

ambientais relativos a produtos perigosos;

III - coordenar, no âmbito da União, Estados e Municípios, a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, nos termos da Lei nº 12.305, de 2010 e do Decreto nº 7.404, de 2010;

IV - coordenar a elaboração e a atualização, além de acompanhar a implementação

do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;

V - desenvolver, monitorar e manter atualizado o Sistema Nacional de Informações

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de Resíduos Sólidos – SINIR, em articulação com outros órgãos da União, dos Estados e

dos Municípios;

VI - apoiar Estados e Municípios na elaboração e implementação dos planos de

gestão de resíduos sólidos;

VII - apoiar os Estados e Municípios na implementação de sistemas de

gerenciamento de resíduos sólidos;

VIII - incentivar e apoiar a institucionalização de consórcios públicos em resíduos

sólidos urbanos;

IX - apoiar a implementação de programas que contribuam para a inserção e

qualificação dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis de acordo com a Política

Nacional de Resíduos Sólidos;

X - coordenar a institucionalização da logística reversa de resíduos no país, e

acompanhar a sua implementação nas diversas cadeias e espaços regionais; e

XI - coordenar a formação de acordos setoriais e normatização de procedimentos

para realização da logística reversa prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Art. 26. Ao Departamento de Ordenamento Ambiental do Território compete:

I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias

para o ordenamento ambiental do território;

II – apoiar a secretaria na coordenação da elaboração do Zoneamento Ecológico

Econômico- ZEE no território nacional e promover o ZEE das unidades da Federação; e

III – promover, acompanhar e apoiar a implementação de programas e projetos

relacionados à gestão ambiental do território.

Art. 27. À Secretaria de Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental compete:

I – articular, formular e propor políticas, normas e estratégias e promover estudos

ambientais nos temas relacionados com:

a) territórios de populações e comunidades tradicionais e povos indígenas;

b) extrativismo;

c) políticas agroambientais, agricultura de base ecológica e a agrobiodiversidade;

d) uso sustentável dos recursos naturais para o combate à desertificação e

sobrevivência com a semiaridez;

e) educação ambiental; e

f) juventude e meio ambiente.

II - coordenar, executar e operacionalizar o Programa de Apoio à Conservação

Ambiental, denominado Programa Bolsa Verde, instituído pela Lei nº 12.512, de 14 de

outubro de 2011, observadas as indicações do Comitê Gestor do referido Programa, bem

como apoiar a coordenação do Comitê do Programa;

III – promover, acompanhar e apoiar a implementação do Plano Nacional de

Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade;

IV - apoiar e acompanhar políticas de manejo e uso florestal sustentável no meio

rural;

V – apoiar e incentivar a conservação, o desenvolvimento rural sustentável e o uso

sustentável da biodiversidade junto a povos indígenas e populações e comunidades

tradicionais e quilombolas, agricultores familiares e assentados da reforma agrária;

VI - apoiar a conservação, valorização e promoção do conhecimento e uso

sustentável dos componentes da agrobiodiversidade, junto a outros órgãos governamentais,

entes federados e a sociedade;

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VII - desenvolver e apoiar ações socioambientais em áreas protegidas da União e

outras áreas rurais;

VIII - fomentar e apoiar o uso sustentável dos recursos naturais e da biodiversidade,

a adoção de tecnologias sustentáveis, a retribuição por serviços ambientais e instrumentos

econômicos associados às populações e comunidades tradicionais, povos indígenas,

agricultores familiares e assentados da reforma agrária e outros públicos definidos como

prioritários, nas atividades relacionadas à agricultura, ao agroextrativismo e à agroindústria;

IX - fomentar e apoiar a gestão ambiental associada à organização da produção, com

ênfase na estruturação de cadeias produtivas sustentáveis;

X - apoiar a implementação de ações para o uso sustentável dos recursos naturais em

áreas desertificadas e em processo de desertificação, de combate à desertificação e

mitigação dos efeitos da seca e de convivência com a semiaridez;

XI - representar o Brasil, na qualidade de Ponto Focal Nacional Técnico perante à

Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação – UNCCD;

XII - coordenar a organização da Conferência Nacional do Meio Ambiente e, em

articulação com o Ministério da Educação – MEC, a Conferência Nacional Infanto-Juvenil

pelo Meio Ambiente; e

XIII - elaborar, coordenar e acompanhar a implementação da Política Nacional de

Educação Ambiental.

Art. 28. Ao Departamento de Extrativismo compete:

I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e a

produção de estudos para a implementação de programas e projetos voltados para

populações e comunidades tradicionais, povos indígenas e agricultores familiares em temas

relacionados com o agroextrativismo e as cadeias produtivas baseadas nos recursos da

sociobiodiversidade;

II – fomentar a retribuição por serviços ambientais e instrumentos econômicos

associados aos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores

familiares;

III - propor, articular e acompanhar ações socioambientais em áreas protegidas da

União e outras áreas rurais; e

IV – coordenar e operacionalizar o Programa Bolsa Verde, observadas as indicações

do Comitê Gestor do Programa.

Art. 29. Ao Departamento de Sociobiodiversidade e de Combate à Desertificação

compete:

I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e a

produção de estudos para a implementação de programas e projetos em temas relacionados

com:

a) gestão ambiental rural e produção sustentável no meio rural;

b) políticas agroambientais, de base ecológica e agrobiodiversidade;

c) serviços ambientais e ecossistêmicos; e

d) uso sustentável dos recursos naturais para o combate à desertificação e

convivência com a semiaridez.

II - incentivar o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios rurais, a geração

e a adoção de tecnologias sustentáveis, especialmente nas atividades relacionadas à

agricultura, à agroindústria, suas cadeias produtivas e ao turismo;

III - apoiar e fomentar a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável junto aos

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assentamentos de reforma agrária, aos agricultores familiares e demais produtores rurais;

IV – incentivar a retribuição por serviços ambientais e instrumentos econômicos

associados ao meio rural;

V - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação

interinstitucional e internacional para o combate à desertificação e mitigação dos efeitos

da seca e a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação - UNCCD no

País;

VI - apoiar programas e ações regionais, estaduais e municipais de combate à

desertificação;

VII - apoiar e fomentar a sistematização, disseminação e o intercâmbio de

experiências e conhecimentos voltados ao combate e à recuperação de áreas em processo

de desertificação e degradadas por desertificação;

VIII – exercer as atividades de Secretaria-Executiva da Comissão Nacional de

Combate à Desertificação – CNCD;

IX – exercer o papel de Ponto Focal Técnico do Brasil na Convenção das Nações

Unidas para o Combate à Desertificação – UNCCD, articulado com o Ministério das

Relações Exteriores; e

X - coordenar, implementar e atualizar o Programa Nacional de Combate à

Desertificação.

Art. 30. Ao Departamento de Cidadania e Educação Ambiental compete:

I - desenvolver política de capacitação técnica em educação ambiental no âmbito do

SISNAMA;

II - formular, coordenar e acompanhar a implementação da Política Nacional de

Educação Ambiental;

III – coordenar a organização da Conferência Nacional do Meio Ambiente;

IV- coordenar, em conjunto com o Ministério da Educação – MEC, a organização da

Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente; e

V - promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de ações

direcionadas à implementação das Políticas Públicas de Educação Ambiental.

Seção III

Dos Órgãos Colegiados

Art. 31. Ao CONAMA cabe exercer as competências de que trata a Lei nº 6.938, de

31 de agosto de 1981.

Art. 32. Ao CONAMAZ cabe exercer as competências especificadas no Decreto nº

1.541, de 27 de junho de 1995.

Art. 33. Ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos cabe exercer as competências

estabelecidas no art. 35 da Lei nº 9.433, de 1997.

Art. 34. Ao Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente compete

julgar projetos que visem ao uso racional e sustentável dos recursos naturais, inclusive a

manutenção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, no sentido de elevar a

qualidade de vida da população brasileira.

Art. 35. Ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético cabe exercer as

competências estabelecidas na Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015.

Art. 36. À Comissão de Gestão de Florestas Públicas compete exercer as

competências estabelecidas na Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006.

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Art. 37. À Comissão Nacional de Florestas cabe exercer as competências

estabelecidas no art. 4º-A do Decreto nº 3.420, de 20 de abril de 2000.

Art. 38. Ao Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima compete

exercer as competências estabelecidas na Lei nº 12.114 de 9 de dezembro de 2009 e no

Decreto nº 7.343 de 26 de outubro de 2010.

Art. 39. À Comissão Nacional de Combate à Desertificação cabe exercer as

competências estabelecidas na Lei nº 13.153, de 30 de julho de 2015.

Seção IV

Do Serviço Florestal Brasileiro – SFB

Art. 40. Ao Serviço Florestal Brasileiro, compete:

I - exercer a função de órgão gestor prevista no art. 53 da Lei nº 11.284, de 2 de março

de 2006, no âmbito federal;

II - gerir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal;

III - apoiar a criação e gestão de programas de treinamento, capacitação, pesquisa e

assistência técnica para a implementação de atividades florestais, incluindo manejo

florestal, processamento de produtos florestais e exploração de serviços florestais;

IV - estimular e fomentar a prática de atividades florestais sustentáveis madeireira,

não-madeireira e de serviços;

V - promover a implantação de plantios florestais e de sistemas agroflorestais em

bases sustentáveis;

VI - promover a recuperação de vegetação nativa, das áreas degradadas e a

restauração de ecossistemas florestais;

VII - promover e fomentar o manejo sustentável de florestas públicas e privadas para

a produção de bens e de serviços ambientais;

VIII - promover estudos de mercado para produtos e serviços gerados pelas florestas;

IX - propor planos de produção florestal sustentável, de forma compatível com as

demandas da sociedade;

X - promover e apoiar a concessão florestal em florestas nativas e em florestas

plantadas em áreas públicas destinadas às concessões florestais;

XI - implementar sistemas de controle e rastreabilidade do fluxo de produtos e

subprodutos florestais, oriundos de áreas sob concessão florestal de sua responsabilidade,

em coordenação com o órgão federal responsável pelo controle e fiscalização ambiental;

XII - criar e manter o Sistema Nacional de Informações Florestais integrado ao

Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente;

XIII - estabelecer e gerenciar o Inventário Florestal Nacional, em coordenação com

a Secretaria de Mudança do Clima e Florestas;

XIV - gerenciar o Cadastro Nacional de Florestas Públicas, organizar e manter

atualizado o Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União, e adotar providências para

interligar os cadastros estaduais e municipais ao Cadastro Nacional;

XV - gerir o Sistema de Cadastro Ambiental Rural – SICAR;

XVI - coordenar, no âmbito federal, a implantação do Cadastro Ambiental Rural -

CAR junto às unidades da Federação, visando à adequação e à regularização ambiental de

imóveis rurais;

XVII - promover a implantação dos Programas de Regularização Ambiental – PRAs;

XVIII- coordenar a implantação e articular o funcionamento de centros de

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recuperação de áreas degradadas;

XIX - gerenciar a emissão, o registro e a comercialização das Cotas de Reserva

Ambiental – CRAs;

XX - promover ações para implantação de mecanismos de Pagamentos por Serviços

Ambientais – PSAs, na sua área de competência;

XXI - apoiar e atuar em parceria com os seus congêneres estaduais e municipais; e

XXII – apoiar o Ministério na coordenação e na implementação da Lei12651/2014.

§ 1º As decisões relativas às competências do SFB são tomadas em regime colegiado

pelo Conselho Diretor, formado por um Diretor-Geral e quatro Diretores, por maioria

absoluta de votos.

§ 2º A Assessoria Jurídica do SFB, de que trata o art. 57 da Lei nº 11.284, de 2006,

vincula-se à Consultoria Jurídica do Ministério, nos termos do art. 11, inciso II, da Lei

Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993.

Seção V

Das Competências comuns

Art. 41. Sem prejuízo do disposto nos artigos 3º a 40, compete à Secretaria Executiva,

à Assessoria de Assuntos Internacionais, às Secretarias e aos Departamentos, nas

respectivas áreas de competência:

I - promover e conduzir, direta ou indiretamente, atividades de Pesquisa,

Desenvolvimento e Inovação (PD&I);

II - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente programas e

projetos, inclusive de cooperação técnica e científica com entidades nacionais e

internacionais;

III – coordenar, executar e acompanhar as políticas públicas decorrentes dos atos

internacionais;

IV - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados; e

V - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas.

CAPÍTULO IV

DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES

Seção I

Do Secretário-Executivo

Art. 42. Ao Secretário-Executivo incumbe:

I - coordenar, consolidar e submeter ao Ministro de Estado o plano de ação global do

Ministério;

II - supervisionar e avaliar a execução dos programas e atividades do Ministério;

III - supervisionar e coordenar a articulação dos órgãos do Ministério com os órgãos

centrais dos sistemas afetos à área de competência da Secretaria-Executiva;

IV - supervisionar as funções de secretaria-executiva do Conselho Deliberativo do

Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA;

V - supervisionar as funções de secretaria-executiva do CONAMA; e

VI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pelo Ministro de Estado.

Seção II

Dos Secretários e Diretores

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Art. 43. Aos Secretários, ao Subsecretário, aos Chefes de Assessoria, aos Diretores

de Departamento, ao Diretor-Geral do SFB e aos Diretores incumbe planejar, dirigir,

coordenar, orientar, acompanhar e avaliar a execução das atividades dos órgãos das suas

respectivas Secretarias, Subsecretarias, Departamentos e Serviço e exercer outras

atribuições que lhes forem cometidas em regimento interno.

Seção III

Dos demais Dirigentes

Art. 44. Ao Chefe de Gabinete do Ministro, ao Consultor Jurídico e aos demais

dirigentes incumbe planejar, dirigir, coordenar e orientar a execução das atividades das

respectivas unidades e exercer outras atribuições que lhes forem cometidas, em suas

respectivas áreas de competência.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 45. Os regimentos internos, aprovados pelo Ministro de Estado, definirão o

detalhamento dos órgãos integrantes da Estrutura Regimental, as competências das

respectivas unidades e as atribuições de seus dirigentes.

Parágrafo único. O regimento interno do SFB será aprovado por seu Conselho

Diretor, nos termos do inciso IV do § 1º do art. 56 da Lei nº 11.284, de 2006.

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ANEXO II

a) QUADRO DEMONSTRATIVO DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS

FUNÇÕES GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.

UNIDADE CARGO/

FUNÇÃO

DENOMINAÇÃO/

CARGO/FUNÇÃO

NE/DAS/

FG

1 Assessor Especial de Controle

Interno

102.5

5 Assessor Especial 102.5

2 Assessor 102.4

5 Assistente 102.2

GABINETE 1 Chefe de Gabinete 101.5

Coordenação-Geral de Apoio

Administrativo

1 Coordenador-Geral 101.4

2 Assessor Técnico 102.3

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Coordenação 1 Coordenador 101.3

1 FG-2

Assessoria Parlamentar 1 Chefe de Assessoria 101.4

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Serviço 1 Chefe 101.1

Assessoria de Comunicação Social 1 Chefe 101.4

1 Assistente 102.2

1 FG-1

ASSESSORIA DE ASSUNTOS

INTERNACIONAIS

1 Chefe de Assessoria 101.5

1 Coordenador-Geral 101.4

SECRETARIA-EXECUTIVA 1 Secretário-Executivo NE

1 Assessor 102.4

1 Diretor de Programa 101.5

1 Gerente de Projeto 101.4

Gabinete 1 Chefe 101.4

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Divisão 1 Chefe 101.2

SUBSECRETARIA DE

PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO

E ADMINISTRAÇÃO

1 Subsecretário 101.5

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Coordenação-Geral de Gestão

Administrativa

1 Coordenador-Geral 101.4

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Coordenação 2 Coordenador 101.3

1 Assistente Técnico 102.1

Divisão 3 Chefe 101.2

Serviço 1 Chefe 101.1

Coordenação-Geral de Gestão de

Pessoas 1 Coordenador-Geral 101.4

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Divisão 6 Chefe 101.2

Coordenação-Geral de Tecnologia da

Informação e Informática

1 Coordenador-Geral 101.4

Coordenação 2 Coordenador 101.3

Divisão 1 Chefe 101.2

Coordenação-Geral de Gestão

Financeira e Contabilidade

1 Coordenador-Geral 101.4

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Divisão 4 Chefe 101.2

Coordenação-Geral de Gestão

Orçamentária 1 Coordenador-Geral 101.4

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Divisão 3 Chefe 101.2

2 FG-1

1 FG-2

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

ESTRATÉGICA

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

1 Assessor Técnico 102.3

DEPARTAMENTO DE

COOPERAÇÃO FINANCEIRA E

FOMENTO

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

1 Assessor Técnico 102.3

1 Assistente Técnico 102.1

Divisão 2 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE

ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

E APOIO AO CONSELHO

NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

1 Diretor 101.5

2 Gerente 101.4

Divisão 2 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE

DESENVOLVIMENTO,

PRODUÇÃO E CONSUMO

SUSTENTÁVEL

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

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1 Assistente 102.2

CONSULTORIA JURÍDICA 1 Consultor Jurídico 101.5

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Divisão 1 Chefe 101.2

1 FG-2

Coordenação-Geral de Direito

Ambiental

1 Coordenador-Geral 101.4

Divisão 2 Chefe 101.2

Coordenação-Geral de Direito

Administrativo

1 Coordenador-Geral 101.4

Divisão 2 Chefe 101.2

Coordenação – Geral de Direito 1 Coordenador-Geral 101.4

SECRETARIA DE MUDANÇA DO

CLIMA E FLORESTAS

1 Secretário 101.6

Gabinete 1 Chefe 101.4

2 Assessor Técnico 102.3

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS

DE MITIGAÇÃO À MUDANÇA

DO CLIMA

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

1 Assessor Técnico 102.3

1 FG-2

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS

PARA ADAPTAÇÃO À MUDANÇA

DO CLIMA

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

1 Assistente 102.2

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS

DE COMBATE AO

DESMATAMENTO E DE

RECOMPOSIÇÃO DE

VEGETAÇÃO

1 Diretor 101.5

1 Assistente 102.2

2 Gerente de Projeto 101.4

1 FG-1

DEPARTAMENTO DE

FLORESTAS

1 Diretor 101.5

1 Gerente de Projeto 101.4

1 Coordenador 101.3

1 Assistente 102.2

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SECRETARIA DE

BIODIVERSIDADE

1 Secretário 101.6

Gabinete 1 Chefe 101.4

1 Assistente 102.2

2 Assessor Técnico 102.3

Divisão 1 Chefe 101.2

Serviço 2 Chefe 101.1

DEPARTAMENTO DE

ECOSSISTEMAS E BIOMAS

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

DA FAUNA E FLORA

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE ÁREAS

PROTEGIDAS

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE

PATRIMÔNIO GENÉTICO

1 Diretor 101.5

Divisão 1 Chefe 101.2

2 Gerente de Projeto 101.4

SECRETARIA DE QUALIDADE

AMBIENTAL E RECURSOS

HÍDRICOS

1 Secretário 101.6

Gabinete 1 Chefe 101.4

1 Assistente 102.2

1 Assistente Técnico 102.1

Divisão 1 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE RECURSOS

HÍDRICOS E DE

REVITALIZAÇÃO DE BACIAS

HIDROGRÁFICAS

1 Diretor 101.5

1 Assistente 102.2

Coordenação 1 Coordenador 101.3

Serviço 1 Chefe 101.1

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

DA QUALIDADE AMBIENTAL

1 Diretor 101.5

3 Gerente de Projeto 101.4

1 Assessor Técnico 102.3

Divisão 1 Assistente 102.2

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

DE RESÍDUOS E RECUPERAÇÃO

AMBIENTAL

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

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234

DEPARTAMENTO DE

ORDENAMENTO AMBIENTAL

DO TERRITÓRIO

1 Diretor 101.5

1 Gerente de Projeto 101.4

SECRETARIA DE

EXTRATIVISMO, CIDADANIA E

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

1 Secretário 101.6

1 Assistente 102.2

Gabinete 1 Chefe 101.4

2 Assessor Técnico 102.3

1 Assistente Técnico 102.1

Divisão 1 Chefe 101.2

DEPARTAMENTO DE

EXTRATIVISMO

1 Diretor 101.5

1 Assistente 102.2

2 Gerente de Projeto 101.4

DEPARTAMENTO DE

SOCIOBIODIVERSIDADE E DE

COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

1 Assistente 102.2

DEPARTAMENTO DE

CIDADANIA E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

1 Diretor 101.5

2 Gerente de Projeto 101.4

SERVIÇO FLORESTAL

BRASILEIRO

1 Diretor Geral 101.6

4 Diretor 101.5

Gabinete 1 Chefe 101.4

Ouvidoria 1 Ouvidor 101.4

Gerência 11 Gerente 101.4

Coordenação 10 Coordenador 101.3

Divisão 8 Chefe 101.2

Centro Especializado 1 Chefe 101.4

Coordenação 2 Coordenador 101.3

Serviço 2 Chefe 101.1

b) QUADRO RESUMO DE CUSTOS DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS

FUNÇÕES GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

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235

CÓDIGO DAS-UNITÁRIO SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA

QTDE. VALOR TOTAL QTDE. VALOR TOTAL

NE 6,41 1 6,41 1 6,41

DAS 101.6 6,27 6 37,62 5 31,35

DAS 101.5 5,04 31 156,24 28 141,12

DAS 101.4 3,84 70 268,80 69 264,96

DAS 101.3 2,10 24 50,40 24 50,40

DAS 101.2 1,27 39 49,53 39 49,53

DAS 101.1 1,00 12 12,00 7 7,00

DAS 102.5 5,04 6 30,24 6 30,24

DAS 102.4 3,84 6 23,04 3 11,52

DAS 102.3 2,10 13 27,30 12 25,20

DAS 102.2 1,27 26 33,02 22 27,94

DAS 102.1 1,00 14 14,00 9 9,00

SUBTOTAL 1 248 708,60 225 654,67

FG-1 0,20 4 0,80 4 0,80

FG-2 0,15 4 0,60 4 0,60

FG-3 0,12 - - - -

SUBTOTAL 2 8 1,40 8 1,40

TOTAL (1+2) 256 710,00 233 656,07

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ANEXO III

REMANEJAMENTO DE CARGOS

CÓDIGO DAS-UNITÁRIO DO MMA PARA A SEGES/MP

QTDE. VALOR TOTAL

DAS 101.6 6,27 1 6,27

DAS 101.5 5,04 3 15,12

DAS 101.4 3,84 1 3,84

DAS 101.1 1,00 5 5,00

DAS 102.4 3,84 3 11,52

DAS 102.3 2,10 1 2,10

DAS 102.2 1,27 4 5,08

DAS 102.1 1,00 5 5,00

TOTAL 23 53,93