ministÉrio do meio ambiente relatÓrio de gestÃo e … · ministério do meio ambiente,...
TRANSCRIPT
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
RELATÓRIO DE GESTÃO E DE RESULTADOS
2010-2016
Brasília, maio de 2016
2
República Federativa do Brasil
Presidenta
Dilma Rousseff
Ministério do Meio Ambiente
Ministra
Izabella Teixeira
Secretário Executivo
Carlos Klink
Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental
José Domingos Gonzalez Miguez
Secretária de Biodiversidade e Florestas
Ana Cristina Fialho de Barros
Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável
Carlos Mário Guedes de Guedes
Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
Cassandra Maroni Nunes
Secretária substituta de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental
Raquel Breda
Agência Nacional de Águas
Diretor-Presidente
Vicente Andreu Guillo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Presidente
Marilene Ramos
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
Presidente
Cláudio Maretti
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Presidente
Samyra Crespo
Serviço Florestal Brasileiro
Diretor Geral
Raimundo Deusdará Filho
3
SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................................................... 7
Estrutura Organizacional do Ministério do Meio Ambiente................................... 11
Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental .................................. 14
Introdução.............................................................................................................................................. 14
Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 15
Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 22
Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 27
Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 28
Secretaria de Biodiversidade e Florestas - SBF ........................................................... 30
Introdução.............................................................................................................................................. 30
Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 32
Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 39
Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 44
Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 47
Anexo: Programação de eventos .................................................................................................. 51
Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente urbano - SRHU................................. 58
Introdução.............................................................................................................................................. 58
Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 59
Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 67
Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 74
Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 76
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável - SEDR ....... 78
Introdução.............................................................................................................................................. 78
Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 79
Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 83
Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 85
Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 86
Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania – SAIC .................................... 88
Introdução.............................................................................................................................................. 88
Resultados e Conquistas .................................................................................................................. 88
Desafios e Oportunidades ................................................................................................................ 92
Agenda de 180 dias ............................................................................................................................ 95
Aspectos Institucionais ..................................................................................................................... 96
4
Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Ministro de Estado ........................... 98
Assessoria de Assuntos Internacionais - ASIN ............................................................. 99
Introdução.............................................................................................................................................. 99
Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 100
Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 108
Agenda de 180 dias ......................................................................................................................... 110
Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 111
Assessoria Parlamentar - ASPAR ................................................................................... 113
Introdução........................................................................................................................................... 113
Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 114
Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 115
Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 116
Secretaria-Executiva - SECEX ........................................................................................... 117
Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 117
Departamento de Gestão Estratégica - DGE ............................................................... 120
Introdução........................................................................................................................................... 120
Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 121
Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 124
agenda de 180 dias .......................................................................................................................... 126
Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 127
Departamento de Apoio ao CONAMA - DCONAMA ................................................... 128
Introdução........................................................................................................................................... 128
Resultados e Conquistas. .............................................................................................................. 129
Desafios e Oportunidades. ............................................................................................................ 131
Agenda de 180 dias ......................................................................................................................... 131
Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 132
Departamento de Fomento ao Desenvolvimento sustentável / Fundo Nacional
do Meio Ambiente (FNMA) ............................................................................................... 133
Introdução........................................................................................................................................... 133
Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 135
Desafios e Oportunidades. ............................................................................................................ 137
Agenda de 180 dias ......................................................................................................................... 138
Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 139
Programa Nacional do Meio Ambiente –PNMA II ..................................................... 140
Introdução........................................................................................................................................... 140
Resultados e Conquistas ............................................................................................................... 141
Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 143
5
Agenda de 180 dias ......................................................................................................................... 144
Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 144
Cooperação Internacional ................................................................................................ 145
Introdução........................................................................................................................................... 145
Desafios e Oportunidades ............................................................................................................. 146
Aspectos Institucionais .................................................................................................................. 148
Anexo. Programas e Projetos do MMA .................................................................................... 149
Anexo – Proposta de Estrutura Regimental sem Cortes – Agosto de 2015...... 153
Anexo – Proposta de Estrutura Regimental com Cortes – Março de 2016 ...... 203
6
7
INTRODUÇÃO
A política ambiental brasileira passou por profundas transformações nos últimos
anos. O Ministério do Meio Ambiente, nesse período, foi, ao mesmo tempo, agente e resultado
dessas transformações. Por um lado, teve papel essencial e indispensável na busca pela
internalização da questão ambiental em outras esferas de governo e em outros segmentos da
sociedade brasileira, além dos segmentos tradicionais que acompanhavam o tema. Por outro
lado, o Ministério foi impactado e influenciado por um conjunto de forças que representava
atores anteriormente menos representados nessa política ambiental, e com os quais os órgãos e
unidades governamentais da área ambiental se relacionavam com pouca regularidade e numa
relação muitas vezes antagônica. Essas transformações propiciaram uma constante evolução do
Ministério do Meio Ambiente, refletindo novos paradigmas para o trato da questão ambiental,
amparados em um relacionamento mais amplo e construtivo com a sociedade brasileira e com
outros atores governamentais.
O período 2010-2016, portanto, foi marcado por reposicionamento estratégico
do MMA frente aos desafios das políticas públicas nacionais e da agenda internacional da
sustentabilidade econômica, social e ambiental. Além da agenda histórica do MMA (o combate
ao desmatamento, os mecanismos de comando e controle, a consolidação das áreas protegidas,
entre outros temas), fortaleceu-se também a criação de uma agenda ambiental contemporânea
por meio de uma gestão de posicionamento pragmático, com base na fundamentação científica
e em abordagens conciliadoras. Destaquem-se, nessa linha, as novas políticas voltadas para a
produção e o consumo, o estabelecimento dos princípios balizadores de uma economia de baixo
carbono, o fortalecimento das oportunidades abertas com o novo Código Florestal
(particularmente o CAR), a estruturação do marco regulatório do patrimônio genético, entre
outros. Esse reposicionamento do MMA deveu-se, em parte, ao crescente protagonismo do setor
privado na agenda da mudança do clima, à apropriação da agenda ambiental pela juventude,
pelas mulheres, por populações tradicionais e outros segmentos da sociedade, e às possibilidades
de transformações a partir do âmbito internacional.
A estratégia adotada pelo MMA foi a articulação direta com o centro do governo
e com suas prioridades, especialmente por meio da ampliação da interação com a área econômica
e das pautas bilaterais com os demais Ministérios, uma agenda internacional estratégica
(especialmente a Rio+20, as convenções internacionais sobre mudança do clima e biodiversidade,
a Agenda 2030 e os mecanismos internacionais de financiamento), a valorização do diálogo com
o setor produtivo privado, o aprofundamento do vínculo da área ambiental com a redução da
pobreza e a geração de renda, a aproximação com a comunidade científica nacional e
internacional e a valorização dos quadros técnicos do MMA.
Essas mesmas mudanças exigiram ajustes na estrutura organizacional do
Ministério, que foi, gradativamente, sendo adaptada para refletir os avanços e novos desafios da
política ambiental. Igualmente, foram necessários ajustes em instrumentos legais existentes ou
criados, de forma a melhor refletir esses novos desafios.
8
Essas mudanças, naturalmente, não foram resultado apenas de um processo
interno de gestão, embora esse seja também um elemento importante. Elas refletem mudanças
no cenário internacional bem como nos processos de desenvolvimento nacional. Por isso, a
temática ambiental está presente no debate sobre o modelo de desenvolvimento nacional com
muito mais força e inserção do que no passado. Apesar dos sempre presentes conflitos em torno
de prioridades sociais, econômicas e ambientais, o período caracterizou-se por tentativas e
resultados na conciliação entre as prementes necessidades de crescimento econômico e de
conservação ambiental, vistos ainda como naturalmente antagônicos por muitos segmentos da
sociedade.
O grande esforço da política ambiental nesse período, portanto, foi a tentativa de
harmonizar propósitos, e assegurar que a conservação do meio ambiente não se dê às custas do
desenvolvimento econômico ou em prejuízo da grande parcela da população brasileira que não
tem acesso a condições dignas de vida nem acesso a bens e serviços básicos. Trata-se de um
debate que poucas vezes foi enfrentado com tanta clareza e transparência pela sociedade
brasileira e para o qual muito contribuiu a postura do Ministério do Meio Ambiente. Há custos e
benefícios que precisam ser adequadamente contabilizados em todos os lados, e o resultado
dessa equação é bem mais complexo do que associar conservação ambiental a custos, e
desenvolvimento econômico a benefícios.
No cenário internacional, temas globais como mudança do clima e biodiversidade
têm requerido, por parte dos governantes, posicionamentos e atitudes que ultrapassam conceitos
estritos de soberania e de territorialidade. A ideia de sustentabilidade – um conceito
relativamente vago desde sua concepção nos anos 70 – nunca foi tão colocado em xeque,
revelando agendas múltiplas, com diversidade de atores sociais e com demanda por novos
caminhos para as políticas públicas. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, realizada no Brasil em 2012, ilustrou bem que a discussão em torno de
desenvolvimento sustentável vai muito além da questão ambiental, seja nos seus conteúdos, seja
nos seus atores. A questão ambiental passou a ser pauta de foros econômicos e discutida por
autoridades econômicas.
Historicamente, em um país cujo desenvolvimento se deu, essencialmente, às
custas da explotação dos recursos naturais, políticas de conservação ambiental foram e, em
grande extensão, ainda são vistas como ameaças ao desenvolvimento econômico. Esse é, ainda,
o discurso de grandes corporações e grupos econômicos fortalecidos, que apontam os riscos à
sobrevivência humana e ao progresso econômico do País. De outro lado, os ambientalistas,
preocupados com os resultados do uso desenfreado dos recursos ambientais, nem sempre têm a
mesma capacidade de apontar soluções como têm, acertadamente, de apontar os sérios
problemas relativos à qualidade do meio ambiente, sua conservação, seu uso e os impactos que
causam sobre a vida no planeta.
No meio dessa discussão, uma parcela significativa da população vê de maneira
desinteressada esse debate, em face do não atendimento de suas necessidades básicas. Para
esses, o debate sobre qualidade ambiental só faz sentido após asseguradas condições mínimas
9
de sobrevivência e atendimento a suas necessidades básicas, inclusive de consumo. A política
ambiental não pode ignorar também essa variável, particularmente em um momento em que
uma das prioridades do País é exatamente a retirada de milhões de brasileiros da condição de
pobreza em que vivem.
O grande desafio do País, portanto, é exatamente aquele do desenvolvimento
sustentável: suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender
às necessidades das futuras gerações; promover crescimento econômico que assegure inclusão
social sem comprometer a qualidade dos recursos naturais que sustentam esse mesmo
crescimento. Esse tem sido o contexto no qual se insere a atuação do Ministério do Meio
Ambiente nos últimos anos.
O objetivo deste relatório é apresentar um retrato do que tem sido a atuação do
MMA nos últimos seis anos, bem como uma perspectiva do presente e um cenário do que nos
aguarda. Há que se reconhecer os expressivos resultados e conquistas desse período, mas há que
se sinalizar, também, as oportunidades, os desafios, as perspectivas e dificuldades do que há pela
frente. O relatório sinaliza as principais preocupações que devem ser objeto de especial
consideração nos próximos 180 dias, seja pela importância estratégica ou política, pelo risco de
desconstruir conquistas ou de comprometer recursos ou descumprir compromissos assumidos.
A estrutura organizacional do Ministério merece uma consideração a parte,
descrita em item específico deste relatório. O relatório, porém, está organizado em torno da
estrutura factual do Ministério, aquela que, formalmente ou não, é hoje o modelo organizacional
em torno do qual se realizam as nossas atividades.
Em torno das principais unidades do Ministério, construíram-se capítulos
organizados em cinco aspectos:
i) Introdução, que descreve a unidade, seu papel institucional e breve descrição do
que foi e significou, para ela, o período 2010-2016;
ii) Principais resultados e conquistas da unidade nesse período;
iii) Principais desafios e oportunidades, onde constam as principais dificuldades
vivenciadas no período, os desafios a serem vencidos e as perspectivas e
oportunidades para ações, iniciativas e políticas;
iv) Agenda para 180 dias, em que constam as principais ações, iniciativas, viagens,
eventos, compromissos assumidos, que sejam importantes para a unidade e que
deverão constituir prioridade ou ser objeto de continuidade nos próximos 180
dias;
v) Aspectos institucionais. Em face do grau de informalidade da estrutura
organizacional factual do MMA, cada unidade descreve a sua organização atual e
os principais desafios a serem considerados na discussão sobre estrutura
organizacional.
10
Por serem objeto de relatório específico, de caráter administrativo, aspectos
como força de trabalho e questões orçamentárias não fizeram parte deste relatório, embora, pela
importância dessas questões, sejam naturalmente inseridas em diversos momentos em cada uma
das unidades.
Finalmente, três temas mereceram considerações especiais, por não serem
tratados especificamente em nenhuma das unidades ou por serem tratados em diversas delas, de
forma fragmentada, requerendo uma visão unificada: os avanços e os desafios decorrentes da
aprovação do novo código florestal; o papel da cooperação internacional no MMA; e
considerações sobre a discussão em torno de nova estrutura organizacional para o MMA.
Foram muitos os resultados e conquistas, mas são igualmente múltiplos os
desafios e as oportunidades para o futuro. A diversidade e a magnitude dos nossos ativos
ambientais, e as presentes e urgentes demandas sociais e econômicas do nosso País requerem –
para a área ambiental – constantes aperfeiçoamentos de seus modelos de governança, de seus
interlocutores e de seus parceiros. A política ambiental alcançou hoje um novo patamar que a
qualifica e credencia como como alavanca para o desenvolvimento de mercados, geração de
empregos, desenvolvimento tecnológico e inclusão social. Ela é, hoje, instrumento de mudança,
de integração de políticas públicas, de fortalecimento do federalismo cooperativo e de definição
de novas bases para o uso sustentável do território. Não é mais uma pauta restrita aos segmentos
ambientalistas tradicionais, que tanto influenciaram os avanços que levaram ao modelo de
governança ambiental vigente em nossos País. O momento, agora, é de transformação de tudo já
foi alcançado em algo novo, mais ambicioso, que acolha mais setores e segmentos de maneira
mais construtiva e menos antagônica, e que permita as rupturas necessárias para a construção de
um país ambientalmente mais sustentável, contribuindo para o crescimento econômico e para a
inclusão e a justiça social.
11
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
A estrutura organizacional formal do Ministério do Meio Ambiente é aquela
definida pelo Decreto 6.101, de 2007. Contudo, desde a edição desse Decreto, o Ministério do
Meio Ambiente recepcionou um enorme conjunto de novas atribuições e funções, decorrentes
de leis, decretos, acordos internacionais e arranjos interministeriais, sem a consequente provisão
de novos cargos para fazer frente a essas novas responsabilidades. Esse cenário fez com que
diversas áreas do MMA estejam hoje trabalhando no limite de suas capacidades, saturadas de
demandas e atribuições incompatíveis com a força de trabalho e com o arranjo estrutural do
órgão. Além disso, a estrutura organizacional do Ministério foi sendo modificada por diversos
tipos de arranjos informais, a fim de responder melhor às mudanças no cenário nacional e
internacional que impactam a execução das políticas públicas ambientais.
Entre as novas áreas que foram absorvidas pelo MMA desde 2007, destacam-se:
Acompanhar e implementar, no que lhe couber, a Lei nº 11.959, de 2009, que
dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura
e da Pesca e regula as atividades pesqueira;
Coordenar as ações previstas na Política Nacional sobre Mudança do Clima –
PNMC, instituída pela Lei nº 12.187, de 2009;
Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Plano Nacional de
Resíduos Sólidos, previsto na Lei nº 12.305, de 2010, que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos;
Coordenar ações e articular as três instâncias de governo, a partir da aprovação
da Lei Complementar nº 140, de 2011, que fixa normas, para a cooperação entre
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas
decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção do meio
ambiente;
Coordenar e executar o Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa
Verde, instituído pela Lei nº 12.512, de 2011;
Implementar a Lei nº 12.651, de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação
antiva (novo Código Florestal), de 2012, e, em particular, coordenar a
implantação do Cadastro Ambiental Rural, criado pela mesma Lei;
Apoiar, no que lhe couber, a implementação da Política Nacional de Gestão
Territorial e Ambiental de Terras Indígenas – PNGATI, instituída pelo Decreto nº
7.747, de 2012, e exercer, de forma alternada com o Ministério da Justiça e com
os povos indígenas, a coordenação do Comitê Gestor da PNGATI;
Exercer o papel de Autoridade Nacional e de Coordenar o Plano Nacional de
Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição
Nacional, criado pelo Decreto nº 8.127, de 2013;
12
Implementar a Lei nº 13.123, de 2015, que dispõe sobre o acesso ao patrimônio
genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e
sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da
biodiversidade, presidir o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético,
representar a União nos acordos de repartição de benefícios e gerir o Fundo
Nacional de Repartição de Benefícios, entre outras competências previstas na
mesma Lei; e,
Implementar a Lei nº 13.153, de 2015, que institui a Política Nacional de Combate
à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca e presidir a Comissão Nacional
de Combate à Desertificação, prevista na mesma Lei.
Todas essas atribuições foram repassadas ao MMA, nos últimos anos, sem a
criação de nenhum cargo adicional na sua estrutura. Pelo contrário, houve perdas, como a
subtração de dois DAS-4 do Serviço Florestal, no início de 2011. A fim de equacionar esse
descompasso, entre janeiro de 2011 e setembro de 2015, quatro propostas de reestruturação
foram encaminhadas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. As três primeiras
foram rechaçadas por preverem criação de cargos e gerarem despesas adicionais, decisões que
pareceram ignorar o contexto em que se situavam aquelas propostas, diante das novas
atribuições impostas ao Ministério. A última, de 2015, representou um esforço derradeiro de
acomodação das novas responsabilidades do MMA, sem qualquer alteração no quantitativo de
cargos em comissão.
Em outubro de 2015, porém, antes mesmo que essa última proposta fosse
analisada, o Ministério do Planejamento, como parte do esforço governamental de reduzir os
gastos com a administração pública, solicitou ao MMA uma redução dos cargos de Direção e
Assessoramento Superior (DAS). Essa demanda desencadeou um enorme esforço de adequação
por parte deste Ministério e optou-se, ao fim, por prescindir de uma das atuais Secretarias do
Ministério, bem como de alguns cargos adicionais. Essa oferta não foi considerada satisfatória
pelo MP e, nos últimos meses, esse ajuste vem sendo objeto de intensas discussões entre o MMA
e o MP, na busca de entendimento que concilie os legítimos e necessários objetivos de redução
de gastos do Governo Federal com a manutenção da capacidade mínima de o MMA responder às
suas atribuições legais.
Nessas discussões, os representantes do MMA têm pontuado a necessidade de
que os cortes nos diversos Ministérios não sejam feitos de maneira puramente linear, mas
considerem, como no caso do MMA, a peculiar situação de muitas novas atribuições que não
foram devidamente contempladas por qualquer ajuste estrutural nos últimos 9 anos. Assim, a
despeito do continuado compromisso do MMA de contribuir com o Governo Federal na redução
de gastos que o presente momento impõe, a expressiva ampliação de competências e de
responsabilidades assumidas pelo Ministério se traduz em grandes dificuldades para uma redução
na sua estrutura.
13
São apresentadas, em anexos ao fim deste relatório, duas propostas de
reestruturação do MMA: a primeira, apresentada no ano de 2015, que traduz as discussões
internas realizadas nos últimos anos, sem aumento ou redução de cargos; a segunda, concebida
nas últimas semanas de conversas entre MMA e MP, traduz o desenho que propicia um mínimo
de coerência e organização ao Ministério, a partir de corte de cerca de 10% dos cargos do MMA.
É importante observar que a segunda proposta implica consideráveis prejuízos
para o funcionamento do Ministério do Meio Ambiente. A redução de cargos há de onerar ainda
mais as ações das diversas unidades do MMA, as quais já vêm sofrendo, há tempos, com a
disparidade entre o volume de novas atribuições e a manutenção de uma estrutura concebida e
formulada em momento bastante diferenciado de atuação do Ministério. A retirada de uma
Secretaria, em particular, termina por sobrecarregar de maneira excessiva a Secretaria-Executiva,
que se vê obrigada a acolher funções anteriormente de competência de Secretarias temáticas.
Essa proposta é aqui apresentada apenas como ilustração do processo recente de negociação
com o MP, estando longe de constituir cenário adequado para o adequado funcionamento do
MMA.
O Ministério do Meio Ambiente não considera razoável qualquer supressão de
cargos de assessoramento e direção. Pelo contrário. A estrutura atual é absolutamente
insuficiente para lidar com as responsabilidades hoje atribuídas ao MMA. De qualquer maneira,
faz-se absolutamente necessária a aprovação de nova estrutura para o Ministério, de forma a
regularizar as muitas inadequações de funcionamento do órgão em face da informalidade da
estrutura atual, ocasionando diversos problemas de ordem administrativa e gerencial. Sucessivas
solicitações dos órgãos de controle têm apontado problemas na cadeia de responsabilidades do
Ministério, sem que possam ser devidamente atendidas em face do prolongamento da situação
atual. Em face disso, em qualquer que seja o cenário, é urgente a atualização da estrutura
organizacional do Ministério do Meio Ambiente.
14
SECRETARIA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E
QUALIDADE AMBIENTAL
INTRODUÇÃO
O período 2010-2016 foi marcado por grande amadurecimento da Secretaria de
Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) do Ministério do Meio Ambiente (MMA),
que progressivamente se tornou o locus institucional de referência para o debate sobre mudança
do clima no Governo Federal, com entes subnacionais, setor privado e sociedade civil.
Criada em 2007 com abrangência temática muito mais ampla do que a mudança
do clima, a SMCQ evoluiu, especialmente a partir da aprovação da Política Nacional sobre
Mudança do Clima (PNMC), em 2009, para uma Secretaria com perfil essencialmente voltado para
a implementação dessa Política, particularmente com a incorporação, entre as suas
competências, da condução da política de prevenção e combate ao desmatamento, que até 2009
constituía o principal vetor brasileiro de emissões de gases de efeito estufa.
Nesse período, portanto, a SMCQ exerceu papel determinante na PNMC, por
meio da coordenação do Grupo Executivo sobre Mudança do Clima (GEx), dos planos de ação para
a prevenção e controle do desmatamento nos biomas brasileiros (Amazônia e Cerrado), da
atualização do plano nacional sobre mudança do clima e da construção do plano nacional de
adaptação à mudança do clima. Indiretamente, atuou de modo fundamental na construção dos
planos setoriais de mitigação e de adaptação à mudança do clima.
Exerceu também papel importante na condução do processo interministerial de
elaboração do Plano Nacional de Adaptação (PNA) por meio de uma ação concertada com os
entes federativos e a sociedade, de forma geral. Além do PNA, outros projetos de gestão do
conhecimento, capacitação e construção de metodologias em adaptação foram propostos junto
à cooperação Britânica e Alemã. Atualmente a SMCQ se tornou o ponto focal nacional e
internacional sobre a agenda de políticas sobre mudança do clima e terá um papel central na
implementação das contribuições informadas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima (UNFCCC, da sigla original em inglês) por meio da Pretendida Contribuição
Nacional Determinada (INDC, na sigla em inglês), no contexto do Acordo de Paris.
A associação da política de combate ao desmatamento com a PNMC revelou-se
essencial para os bons resultados colhidos nessas políticas e para o cumprimento do compromisso
nacional voluntário previsto e informado à UNFCCC. Além disso, foram criados diversos
mecanismos financeiros para implementação da Política, como o Fundo Nacional sobre Mudança
do Clima (Fundo Clima), o Fundo Amazônia, o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC),
coordenado pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do
Desenvolvimento Agrário (MDA), entre outros, que ofertam créditos e recursos nao-
reembolsáveis para promover o uso de novas tecnologias, desenvolvimento de inovação,
aumento da competitividade e geração e disseminação do conhecimento.
15
A SMCQ logrou, portanto, avanços significativos na implementação da PNMC na
esfera doméstica, além de ter participado e influenciado em todos os mais significativos fóruns
internacionais sobre o tema. Contudo, como será descrito adiante, o arranjo institucional sobre
mudança do clima no Governo Federal ainda apresenta fragilidades que deverão ser avaliadas e
dimensionadas a fim de que o País possa aumentar ainda mais seu protagonismo naquele que é,
hoje, um dos maiores desafios globais, a luta contra o aquecimento global.
RESULTADOS E CONQUISTAS
DESMATAMENTO E MONITORAMENTO
Redução do desmatamento
A maior contribuição de mitigação de mudança do clima no Brasil continua
ocorrendo no setor de mudança do uso da terra e florestas. Comparando-se a taxa de
desmatamento de 2015 (5.831 km2) com aquela registrada em 2004 (27.772 km2), quando foi
iniciada a implementação do PPCDAM, a redução alcançada é de 79%. A taxa de 2015 é a terceira
mais baixa desde o início do monitoramento, e representa mais de 70% de redução em relação à
projeção para 2020 (redução próxima da meta estipulada pelo compromisso nacional voluntário
de redução do desmatamento da Amazônia até 2020, de 80%).
PPCDAm e PPCerrado
O PPCDAM 3ª fase foi encerrado ao final do segundo semestre de 2015. Em abril
de 2016, o monitoramento do plano foi finalizado. Ao total foram monitoradas 194 ações,
distribuídas entre 36 órgãos e entidades federais, que foram convidadas a colaborar com a
elaboração de um Plano Operativo. As reuniões de pactuação ocorreram entre 2012 e 2013,
bimestralmente. Nessa última fase, a taxa de cumprimento chegou a 38,8% e a de ações
parcialmente cumpridas chegou a 40,7%. Ainda, nos quatro últimos anos foram registradas as
menores taxas de desmatamento, sendo que em 2015 houve um aumento de 16% em relação ao
ano anterior. Para atingirmos os objetivos pactuados em Paris (COP-21) serão necessários
esforços adicionais, haja vista que a última taxa de desmatamento foi de 5.831 km². O PPCDAM
4ª fase está em construção, com uma primeira proposta de desenho conceitual já elaborada e
primeiras consultas aos parceiros implementadores. Em relação ao PPCerrado, foram
monitoradas 123 ações, mas o relatório de monitoramento ainda não foi finalizado, por conta da
prioridade dada à avaliação do PPCDAm.
Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros
O Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros foi criado por
meio da Portaria MMA nº 365 de 27 de novembro de 2015, com o objetivo de mapear e monitorar
o desmatamento, avaliar a cobertura vegetal e o uso/cobertura da terra e sua dinâmica, as
queimadas, a extração seletiva de madeira e a recuperação da vegetação.
16
A Estratégia do Programa foi lançada em maio de 2016 com um cronograma de
entrega de produtos para todos os biomas brasileiros até 2020 (como indicado na Figura abaixo).
O Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas permitirá acompanhar o
desempenho das políticas públicas orientadas ao atingimento da pretendida redução das
emissões totais de gases de efeito estufa de 37% até 2025, e de 43% no âmbito da contribuição
indicativa subsequente de redução até 2030, com relação ao total de emissões do Brasil em 2005,
conforme apresentado no Segundo Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa submetido à
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Além disso, permitirão
acompanhar o desempenho das ações e politicas púbicas associadas às Metas Nacionais de
Biodiversidade para 2020, correspondentes nacionais das Metas de Aichi da Convenção das
Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB). O Programa está em fase inicial de
implementação, dando continuidade às ações de mapeamento e monitoramento já previstas nos
planos e cronogramas de cada uma das instituições parceiras.
Lançamento do DETER-B
Simultaneamente ao lançamento do Programa de Monitoramento Ambiental dos
Biomas Brasileiros, foi lançado o sistema DETER-B, um expressivo avanço tecnológico, parte de
um Sistema Contínuo de Detecção de Desmatamentos e Alteração da Cobertura Florestal em
Tempo Quase Real, que contempla produtos em multiescala: DETER-A, em operação, com
resolução espacial de 250 metros; o DETER-B, também operacional, com resolução espacial de
cerca de 60 metros; e o DETER-C, em fase de desenvolvimento, com resolução espacial de 30
metros. Assegura-se, assim, refinamento contínuo dos sistemas de detecção do desmatamento
(exemplificado na Figura abaixo).
17
O DETER-B permitirá ainda estimar a área desmatada, permitindo uma
aproximação da taxa anual de desmatamento bruto (que é gerada pelo programa PRODES com o
uso de dados de satélite com resolução espacial de aproximadamente 30 metros).
POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA - PNMC
Elaboração e acompanhamento da implementação de nove Planos de
Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima: energia, siderurgia, agricultura, indústria,
transporte e mobilidade urbana, mineração, saúde e, ainda, os Planos de Prevenção e Controle
do Desmatamento (Amazônia e Cerrado);
Gestão das emissões de gases de efeito estufa da Copa do Mundo 2014
superando em 9 vezes a compensação das emissões do setor público (redução de 40% das
emissões em relação ao total). Trata-se de projeto inovador, reconhecido pela UNFCCC.
18
PROGRAMA BRASILEIRO DE ELIMINAÇÃO DOS HIDROCLOROFLUORCARBONOS - PBH
Aprovação em 2011 da Etapa 1 do PBH pelo Comitê Executivo do Fundo
Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal (FML) com recursos da ordem de US$
19,4 milhões de dólares para o cumprimento da meta para o ano 2015.
Aprovação em 2015 da Etapa 2 do PBH pelo Comitê Executivo do FML com
recursos de US$ 35,9 milhões de dólares para o cumprimento da meta para o ano 2020.
Redução de 301,49 toneladas de potencial de destruição da camada de ozônio
(PDO) em relação à meta estabelecida pelo Protocolo de Montreal para o ano 2015 que equivale
a 4,4 milhões de toneladas evitadas de emissões de CO2 equivalente, utilizando como métrica os
valores de GWP-100 (abreviação do original em inglês – Global Warming Potential).
Elaboração de 23 planos de seleção de tecnologia e 20 planos de conversão
tecnológica, bem como assinatura de 18 contratos de serviço e 15 termos de compromisso com
as empresas que utilizavam HCFC-141b no processo produtivo para fabricação de espumas de
poliuretano. Nesse período foram concluídos 9 projetos de conversão tecnológica.
FINANCIAMENTO E APOIO A PROJETOS
Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA)
Nesse período, o Fundo Clima apoiou, com recursos não reembolsáveis, 47
instituições e 190 projetos e, com recursos reembolsáveis, financiou 10 empreendimentos. Os
projetos apoiados com recursos não-reembolsáveis somam o valor aproximado de R$ 96 milhões,
dos quais cerca de R$ 91,5 milhões já transferidos nos últimos cinco exercícios. Isso significa que
há, ainda, um compromisso de cerca de R$ 4,5 milhões para os orçamentos futuros em projetos
já contratados. Os projetos apoiados com recursos reembolsáveis somam o valor de R$ 208,2
milhões, contratados até dezembro de 2015;
Fundo Amazônia
Encerrou o ano de 2015 com 80 projetos apoiados, que recebem aportes no valor
de R$ 1,2 bilhão. Os recursos provêm de doações dos governos da Noruega (97%) e da Alemanha
(2,5%) e da Petrobrás (0,5%), que chegaram a um total de R$ 2,4 bilhões. As expectativas são de
aumento das contribuições ao Fundo. Durante a 21ª Conferência das Partes da UNFCCC (COP 21),
em Paris, o governo da Noruega anunciou que doará mais 600 milhões de dólares até 2020 e a
Alemanha, mais 100 milhões de euros. O MMA contribuiu diretamente para a preparação das
diretrizes e dos critérios para a aplicação dos recursos e focos de atuação para o biênio 2015 e
2016, aprovados pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia, presidido pelo próprio Ministério
e composto por outros representantes do Governo Federal, além dos Estados Amazônicos e da
sociedade civil;
19
Financiamento para o Cerrado
Cabe ressaltar avanços na implementação do Projeto Cerrado-Jalapão e do
Programa Cerrado, duas iniciativas de cooperação internacional coordenadas pelo MMA, com
recursos de doação da Alemanha (12 milhões de euros) e do Reino Unido (15 milhões de dólares),
respectivamente. De 2011 a 2015, essas iniciativas capacitaram mais de 1.500 brigadistas e
agricultores em prevenção e combate a incêndios florestais, além de terem registrado 750
imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A expectativa é de que áreas prioritárias do
Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia – região conhecida como MATOPIBA, em que há
extensa área de remanescentes do Cerrado e acelerada expansão da agropecuária – sejam
beneficiadas nos próximos dois anos (2016 e 2017) com o cadastramento de mais 9.000 imóveis
rurais, cerca de 800.000 hectares. Além disso, os projetos estão estruturando 21 municípios e 10
áreas protegidas (unidades de conservação e terras indígenas) para a prevenção e o combate a
incêndios florestais, incluindo experiências que poderão subsidiar a mudança de paradigma sobre
o uso do fogo no contexto de regulamentação da Política Nacional de Manejo e Controle de
Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.
REDD+: REDUÇÃO DE EMISSÕES PROVENIENTES DO DESMATAMENTO E DA DEGRADAÇÃO
FLORESTAL
Em junho de 2014 o Brasil foi o primeiro País a submeter o seu nível de
referência de emissões provenientes do desmatamento no bioma Amazônia para avaliação por
especialistas indicados pela UNFCCC. Em dezembro de 2015, o País foi o primeiro a completar o
ciclo de MRV para REDD+ da UNFCCC e com a aprovação da Estratégia Nacional, teve os seus
resultados inseridos no Lima Information Hub durante a COP-21 em Paris. Com essa inserção, o
País está apto a captar novos pagamentos por resultados alcançados entre 2006 e 2010, um total
de 2.971 MtCO2e;
Em 2015 foi criada, por meio de Decreto Presidencial, a Comissão Nacional para
REDD+ (CONAREDD+), e instituída, por meio de Portaria da Ministra do Meio Ambiente, a
Estratégia Nacional para REDD+ (ENREDD+), resultado de processo de vários anos de articulação
entre governo federal, governos estaduais e entidades da sociedade civil. A Estratégia, além de
responder a compromisso internacional firmado pelo Brasil no contexto das negociações sobre
mudança do clima, tem como objetivo contribuir para a mitigação da mudança do clima por meio
da eliminação do desmatamento ilegal, da conservação e recuperação dos ecossistemas florestais
e do desenvolvimento de uma economia florestal sustentável de baixo carbono, gerando
benefícios econômicos, sociais e ambientais.
HARMONIZAÇÃO FEDERATIVA
Instalação do núcleo de articulação federativa, com representantes estaduais,
como parte das ações da SMCQ para promover um debate nacional sobre harmonização
federativa das políticas para mudança do clima. O diálogo com os municípios tem ocorrido por
meio de interação contínua com as 27 capitais, o CB27.
20
ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO CLIMA
Instituição do Plano Nacional de Adaptação, por meio da Portaria Ministerial nº
150, de 11 de maio de 2016. O Plano foi concebido, desenvolvido e elaborado sob coordenação
da SMCQ. Trata-se de importante instrumento de planejamento e coordenação, com o objetivo
de promover a gestão e diminuição dos riscos no País associados aos efeitos adversos da mudança
do clima no longo prazo, de forma a aproveitar as oportunidades emergentes, evitar perdas e
danos e construir instrumentos que permitam a adaptação dos sistemas naturais, humanos,
produtivos e de infraestrutura. O processo foi conduzido pela SMCQ, em coordenação com
diversos órgãos federais, estaduais e municipais, bem como com representantes de setores da
sociedade brasileira, e foi submetido a consulta pública;
Criação da Plataforma de Conhecimento sobre Adaptação a ser concluída em
2017. O principal objetivo é construir um espaço aberto, democrático e flexível para facilitar a
cooperação, criação coletiva de conhecimentos e capacitação dos diversos atores envolvidos com
o tema, incrementar sinergias, viabilizar parcerias, as quais darão celeridade a efetivação de
medidas para enfrentamento dos efeitos da mudança do clima no Brasil. Esse projeto foi realizado
pela Fundação Getúlio Vargas/GVCES com apoio do Reino Unido.
CIÊNCIA DA MUDANÇA DO CLIMA
Consolidação, com o apoio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, da rede
de cientistas brasileiros que fazem parte da Rede Clima e do Painel Brasileiro de Mudança do
Clima. A Rede Clima congrega mais de 300 pesquisadores em 15 áreas de mudança do clima. Em
2014 foi lançado o primeiro Relatório de Avaliação Nacional (RAN 1) do Painel Brasileiro sobre
Mudança do Clima;
Elaboração de Ferramenta de cálculo da contribuição relativa para o aumento
da temperatura média global da superfície terrestre a partir das emissões de gases de efeito
estufa ao longo do tempo, o qual subsidiou, em parte, a construção da Pretendida Contribuição
Nacionalmente Determinada (INDC) do Brasil;
Contratação de Estudo sobre Responsabilidade Histórica em relação à mudança
do clima: descrição da relação de dependência temporal entre emissões de gases de efeito estufa
e mudança do clima. O estudo também subsidiou, em parte, a construção da INDC do Brasil.
NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS
Consolidação do MMA como o principal ministério setorial de apoio ao MRE
para a formação das posições brasileiras nas negociações sobre o regime internacional de
mudança do clima bem como para o atendimento às demandas da UNFCCC. Nesse contexto, o
Brasil teve um papel destacado nas negociações que, em 2012, levaram ao acordo que
estabeleceu o segundo período de compromisso para o Protocolo de Quioto no período de 2013
a 2020, tendo presidido a preparação, junto com a Noruega, do texto final do segundo período
de Quioto, adotado em Doha, Qatar;
21
Em 2013 partiu do Governo Brasileiro, na Conferência de Varsóvia, a proposta de
realização de processos de consultas domésticas à sociedade de cada país sobre a definição dos
respectivos compromissos que seriam apresentados no âmbito do Acordo de Paris. Essa
proposta foi incorporada à Decisão de Varsóvia e, em consonância com essa decisão, o Governo
do Brasil conduziu, em 2014, sob a coordenação do MRE, o seu processo de consulta doméstica
sobre a INDC, o qual foi finalizado em 2015 junto com o Diálogo de alto-nível que a Ministra
Izabella Teixeira conduziu durante todo aquele ano por determinação da Presidente da República,
Dilma Rousseff;
Em 2014, na Conferência de Lima, o Brasil consolidou proposta com os
elementos-chave para um acordo sobre mudança do clima que seria adotado em 2015. Entre
outros assuntos considerados na referida proposta, sugeriu-se uma abordagem dinâmica de
“diferenciaçao concêntrica” dos países no âmbito da Convençao para a fase pós-2020, auxiliando
o regime multilateral sobre mudança do clima a avançar em direção à sua completa
implementação;
ACORDO DE PARIS
Elaboração e subsequente submissão da Contribuição Nacionalmente Determinada (INDC) do
Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em setembro de 2015
O esforço empreendido que resultou na apresentação da INDC brasileira na
Assembleia Geral da ONU pela Presidente da República em setembro de 2015, em termos de
envolvimento de diferentes atores (governo, setor privado, academia e organizações não
governamentais) e da ampla fonte de referências consultadas e utilizadas, resultou em inédito
consenso entre todos os segmentos da sociedade brasileira que acompanha o tema. A descrição
e o histórico desse esforço foi documentado e retrata os processos e as atividades realizadas para
a sua concepção, desenvolvimento e elaboração. A INDC do Brasil foi elogiada por todos os
setores nacionais e em todos os foros internacionais. O Brasil informou a intenção de reduzir as
emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025. Informou
também, como contribuição indicativa subsequente, reduzir as emissões de gases de efeito estufa
em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030.
Declarações bilaterais sobre clima
Ao longo de 2015, no contexto do processo preparatório da INDC e do Acordo de
Paris, foram firmadas declarações conjuntas bilaterais em nível presidencial sobre mudança do
clima entre o Brasil e China, Estados Unidos e Alemanha. Em nível ministerial, foi assinada
Declaração conjunta entre Brasil e Noruega, pelos respectivos ministros de meio ambiente.
Participação do Brasil na COP-21
Em 2015, na COP 21, em Paris, o Brasil teve grande protagonismo, com as
participações da Presidente Dilma Rousseff na abertura da Conferência e da Ministra do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira. A Ministra Izabella Teixeira, por solicitação da Presidência Francesa,
presidiu os trabalhos sobre diferenciação, que era o ponto de conflito mais difícil de ser resolvido
22
no Acordo de Paris. Um ponto decisivo para o sucesso da COP 21 de Paris foi a decisão adotada
na COP de Lima de que os países deveriam submeter suas INDCs antes da COP 21. A INDC
brasileira foi construída baseada em diálogos de alto nível com segmentos importantes da
economia brasileira (governo, setor privado) e representantes da sociedade (governo, academia
e organizações sociais), coordenados pela Ministra Izabella Teixeira;
Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS) – Acordo de Paris.
Esse Mecanismo, aprovado durante a COP-21, nasceu a partir de proposta
conjunta do Brasil e da União Européia, e generaliza a idéia do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo do Protocolo de Quioto para todos os países e permite o envolvimento de entidades
públicas e privadas autorizadas pelas Partes, correspondendo a um esforço adicional além das
INDC.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA
No contexto da agenda associada à Política Nacional sobre Mudança do Clima,
será contemplada, além da agenda prioritária de mitigação da mudança do clima, a agenda de
adaptação, auxiliando no alcance dos compromissos voluntários previstos na PNMC no que se
refere ao período pré 2020.
Até 2020, as ações de prevenção e controle do desmatamento devem contribuir
para a redução das emissões de gases de efeito estufa na Amazônia em 80%, em relação à média
verificada entre 1996 e 2005, e no Cerrado em 40%, em relação à média de 1999 a 2008, e
estabilizar as emissões nos demais biomas nos níveis de 2005.
REVISÃO DA GOVERNANÇA DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA
O Acordo de Paris, finalizado na COP-21, bem como a Pretendida Contribuição
Nacionalmente Determinada, oferecem uma oportunidade de revisão do arranjo institucional
sobre mudança do clima no Governo Federal. As iniciativas sobre mudança do clima do Governo
Brasileiro deverão ser reorientadas à luz desse novo contexto. A obsolescência da atual estrutura
de governança da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) é notória, sendo necessária
e urgente a sua completa revisão. O arranjo atual ainda apresenta fragilidades que deverão ser
avaliadas e dimensionadas a fim de que o País possa aumentar ainda mais seu protagonismo nos
contextos nacional e internacional do esforço de combate à mudança do clima.
O período 2010-2016 modificou o cenário da governança para mudança do clima
no Brasil, a partir do fortalecimento da atuação do MMA, com a criação da SMCQ e com a
aprovação da PNMC, centralizando neste Ministério a coordenação de atividades que eram
exercidas por outros órgãos governamentais com atuação sobre o tema. Anteriormente, os
principais compromissos nacionais no âmbito da UNFCCC estavam sob responsabilidade do então
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A criação da PNMC não resolveu essa dicotomia,
23
desacoplando a negociação e a implementação nacional de decisões da Convenção das
obrigações assumidas internacionalmente, em especial a Comunicação Nacional, incluindo seu
Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa não controlados pelo Protocolo de
Montreal, a implementação dos Mecanismos do Protocolo de Quioto e a futura regulamentação
do Artigo 6 (Mecanismos de Mercado) no âmbito do Acordo de Paris.
O grande desafio que se coloca agora para o Brasil, portanto, é considerar a
questão da mudança do clima como elemento fundamental do processo de desenvolvimento
socioeconômico. A governança deverá ser unificada, de forma que um único órgão possa assumir
a coordenação de todo esforço nacional na área de mudança do clima, o que inclui o apoio técnico
que subsidia as negociações internacionais e o monitoramento e apoio à implementação das
políticas nacionais e dos compromissos internacionais assumidos. Aos Ministérios setoriais,
deverá caber a condução dos temas específicos, incluindo a coordenação dos esforços para
implementação de compromissos setoriais, como tecnologia, energia e agricultura, entre outros.
Deverá caber ao MRE, como já o faz hoje, a coordenação da formulação das posições defendidas
pelo País nos foros internacionais.
PROTOCOLO DE MONTREAL
O grande desafio e expectativa que atualmente está em discussão no âmbito do
Protocolo de Montreal remete à inclusão dos Hidrofluorcarbonos (HFCs) como substâncias a
serem também controladas pelo Protocolo de Montreal em complementariedade às ações
adotadas no âmbito da UNFCCC. Houve decisão das Partes de que esforços sejam envidados para
se chegar a um acordo sobre esse tema em 2016. As ações no âmbito do Protocolo de Montreal
utilizarão a metodologia atualmente adotada por esse Protocolo de estabelecimento de metas de
redução do Consumo (Produção + Importação – Exportação). Em se tratando de uma emenda ao
Protocolo, caso seja aprovada, deverão ser adotados todos os procedimentos legais para a
ratificação do Acordo pelo Brasil. A primeira etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos
HCFCs já se encontra em fase de implementação e a segunda etapa encontra-se em fase de
elaboração dos documentos de projeto para aprovação da Agência Brasileira de Cooperação –
ABC/MRE, uma vez que os recursos no valor de US$ 35,9 milhões já foram aprovados pelo Fundo
Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal.
PLANO NACIONAL DE ADAPTAÇÃO
O lançamento do Plano Nacional de Adaptação, por meio de Portaria Ministerial,
em maio de 2016, constituiu um grande avanço para o País nessa matéria. Seu lançamento já era
previsto nos PPA 2012-2015, PPA 2016-2019 e pela Contribuição Nacional Determinada que o
Brasil submeteu à UNFCCC. A implementação desse Plano traz desafios na estruturação de seu
sistema de monitoramento e avaliação. A articulação com demais entes da federação também
consiste em uma estratégia fundamental para o sucesso da adaptação, dada sua natureza local.
Adicionalmente é preciso assegurar financiamento para as políticas públicas de adaptação por
meio de recursos nacionais e internacionais. Para tanto, são oportunidades o acesso aos Fundos
24
e mecanismos financeiros sobre adaptação no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima, para atendimento prioritário das populações e ecossistemas mais
vulneráveis. Para o futuro, o avanço de políticas para adaptação demanda maior e melhor
conhecimento sobre os impactos associados à mudança do clima e a tradução da linguagem da
ciência para uma linguagem direcionada a gestores públicos e sociedade.
COMBATE AO DESMATAMENTO
PPCDAm e PPCerrado
É fundamental retomar a estrutura de governança e as reuniões dos subgrupos
de trabalho, de forma a coletar sugestões e ações mais relevantes para a construção das próximas
fases. É ainda importante definir o nível de intervenção e escopo dos Planos de Controle do
Desmatamento como um todo, principalmente frente aos compromissos de desmatamento ilegal
zero e da implementação do novo Código Florestal, considerando também que existe previsão
legal para elaboração de planos para todos os biomas. Existe uma oportunidade de interação com
a agenda de recuperação/recomposição florestal, por conta do avanço do conceito de
desmatamento ilegal zero e desmatamento líquido zero, que ainda precisa ser melhor definido
internamente.
Fundo Amazônia
É fundamental avançar no processo de análise sobre a efetividade dos projetos
do Fundo Amazônia, frente aos seus objetivos de prevenir e controlar o desmatamento, em
alinhamento com as políticas públicas prioritárias. Considerando a quantidade de recursos
aportados e previstos (quase US$ 1,8 bilhões), o MMA precisa internalizar processos de avaliação
das propostas e acompanhamento dos projetos, sem substituir o papel de gestor do BNDES, mas
que permita um alinhamento com as prioridades das negociações internacionais e das políticas
públicas. Existe uma proposta de Acordo de Cooperação Técnica que está em avaliação pelo
BNDES, com o objetivo de estruturar a relação entre MMA e Banco. Existe também a necessidade
de ajustar o Decreto do Fundo Amazônia e suas Diretrizes para lidar com um cenário de
implementação da ENREDD+ e com a orientação de projetos direcionados para a redução do
desmatamento. Particularmente, tem havido discussões entre MMA, BNDES e doadores sobre
revisão da cláusula de adicionalidade, a fim de permitir o uso de recursos do Fundo Amazônia
para apoiar ações de fiscalização e monitoramento num cenário de restrição fiscal. Uma limitação
atual do FA é a ausência de indicadores e parâmetros que permitem informar quanto cada projeto
contribuiu para o controle/redução do desmatamento em sua região de implementação. É
necessário ainda lidar com as dificuldades administrativas por parte das instituições públicas, as
quais têm represado os recursos em projetos que têm tido baixa execução.
Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros
Os principais desafios estão relacionados ao funcionamento da governança do
programa, que dependerá de uma articulação constante entre MMA, INPE, Embrapa e IBAMA,
25
bem como de assegurar recursos financeiros (nacionais ou internacionais) e da capacidade de
execução das instituições responsáveis pela produção e interpretação dos dados.
Implementação da Estratégia Nacional para REDD+ (ENREDD+) por meio da Comissão Nacional
para REDD+ (CONAREDD+)
Durante os 5 anos de desenvolvimento da ENREDD+, os principais desafios
enfrentados foram: (i) geração de expectativas irrealistas de recebimento de recursos, a (ii)
aprovação da ENREDD+, e (iii) promoção da efetiva participação das partes interessadas,
considerando a falta de recursos do MMA. A ENREDD+ é um documento que reflete, dentro de
seus limites, o melhor consenso possível para responder às demandas da sociedade brasileira
nesse tema. Por meio da CONAREDD+, foi criada uma oportunidade para definição de regras e
instrumentos claros para viabilizar a efetiva captação de recursos novos e adicionais com base
nos resultados nacionais e a distribuição de benefícios para dar escala aos resultados de REDD+
do Brasil. Esse tema deve gerar grande competição e potenciais conflitos entre as partes
interessadas, em especial com os entes federados.
Implementação do Marco de Varsóvia para REDD+ junto à Convenção Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e o novo Acordo de Paris
O Brasil sempre participou ativamente das negociações de REDD+ sob a UNFCCC.
Em resposta à aprovação do Marco de Varsóvia para REDD+ (COP-19), o MMA criou em fevereiro
de 2014 um Grupo de Trabalho Técnico sobre REDD+. O MMA tem trabalhado com o apoio dos
especialistas do GTT REDD+ e tem conduzido a elaboração de relatórios técnicos para a UNFCCC
e para o processo de MRV para REDD+. Como resultado desse trabalho, em dezembro de 2015 o
País obteve o reconhecimento do resultado de 2.971 MtCO2e de reduções de emissões da
UNFCCC. Esse reconhecimento coloca o País em posição de liderança para obter novos recursos
de pagamentos por resultados que poderão viabilizar a implementação da INDC do Brasil para o
setor florestal.
Cooperação internacional para ações de prevenção e combate ao desmatamento e aos
incêndios florestais no Cerrado
Os principais desafios dos projetos referem-se à capacidade de execução das
instituições parceiras. O DPCD tem o papel de coordenador geral das iniciativas e acompanha a
implementação de cada um dos componentes. Apesar da relevância das ações previstas, há sérias
dificuldades na execução dessas ações, em especial atrasos nos procedimentos licitatórios e no
envolvimento das principais instituições participantes. Existe ainda uma baixa prioridade
percebida em relação à regulamentação da Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas,
Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.
ACORDO DE PARIS
No que se refere às competências diretas da SMCQ, o desafio resultante da
pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil para o setor florestal e de
26
mudança do uso da terra será a implementação e financiamento das seguintes ações até 2030,
entre outras:
estruturar os arranjos institucionais necessários à implementação e
financiamento da Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil, no
contexto do Acordo de Paris da UNFCCC, com horizonte temporal até 2025,
com contribuição indicativa para 2030;
fortalecer o cumprimento do Código Florestal, em âmbito federal, estadual e
municipal;
fortalecer políticas e medidas com vistas a alcançar, na Amazônia brasileira,
o desmatamento ilegal zero e a compensação das emissões de gases de efeito
de estufa provenientes da supressão legal da vegetação;
restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, para múltiplos
usos; e,
ampliar a escala de sistemas de manejo sustentável de florestas nativas, por
meio de sistemas de georeferenciamento e rastreabilidade aplicáveis ao
manejo de florestas nativas, com vistas a desestimular práticas ilegais e
insustentáveis.
No que se refere ao apoio da SMCQ a outros setores, o desafio resultante da
pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil será a apoiar a implementação e
o financiamento das seguintes ações, entre outras:
estruturar os arranjos institucionais necessários à implementação e
financiamento da Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil, no
contexto do Acordo de Paris da UNFCCC, com horizonte temporal até 2025,
com contribuição indicativa para 2030;
aumentar a participação de biocombustíveis sustentáveis na matriz
energética brasileira para aproximadamente 18%, expandindo o consumo de
biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol, inclusive por meio do
aumento da parcela de biocombustíveis avançados (segunda geração), e
aumentando a parcela de biodiesel na mistura do diesel;
alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na
composição da matriz energética, incluindo:
o expandir o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica, na
matriz total de energia para uma participação de 28% a 33%;
o expandir o uso doméstico de fontes de energia não fóssil,
aumentando a parcela de energias renováveis (além da energia
hídrica) no fornecimento de energia elétrica para ao menos 23%,
inclusive pelo aumento da participação de eólica, biomassa e solar;
o alcançar 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico.
restaurar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas;
incrementar 5 milhões de hectares de sistemas de integração lavoura-
pecuária-florestas (iLPF);
27
promover novos padrões de tecnologias limpas e ampliar medidas de
eficiência energética e de infraestrutura de baixo carbono no setor industrial;
promover medidas de eficiência, melhorias na infraestrutura de transportes
e no transporte público em áreas urbanas.
Em função do tempo decorrido entre a concepção do Sistema de Monitoramento
e Acompanhamento de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa e a adoção do Acordo de
Paris, uma nova estratégia de mensuração, relato e verificação (MRV) precisa ser estabelecida à
luz do novo contexto de Paris.
AGENDA DE 180 DIAS
Realização de 03 (três) reuniões ordinárias do Comitê Gestor do Fundo Clima previstas pela
Portaria nº 403 de 30 de dezembro de 2015;
Publicação, em parceria com a CEPAL, dos resultados da avaliação externa do Fundo Clima;
Reuniões de negociação e preparatórias no âmbito da Convenção sobre Mudança do Clima
com vistas à COP-22, a ser realizada em novembro de 2016 no Marrocos, com destaque para
Sessões dos Órgãos Subsidiários - Órgão Subsidiário para Implementação (SBI 44), Órgão
Subsidiário de Assessoramento Científico e Tecnológico (SBSTA 44) e primeira sessão do
Grupo de Trabalho Ad Hoc do Acordo de Paris (APA) - a serem realizadas no período de 16 a
26 de maio de 2016, em Bonn, Alemanha, bem como para o BASIC na África do Sul com data
a ser definida;
Seminário inicial do Projeto "Produção de Carvão de Biomassa Renovável Sustentável para a
Indústria Siderúrgica no Brasil", a ser realizado em Belo Horizonte, em junho de 2016;
Cerimônia de lançamento de vídeos e exposição itinerante no âmbito do Projeto "
Transformação de Mercado para Eficiência Energética no Brasil”, a ocorrer em Brasília, em 30
de maio de 2016;
Conclusão da revisão do PPCDAm e PPCerrado, com a consulta às instituições parceiras e
publicação das próximas fases dos planos;
Publicação da Portaria de Municípios prioritários para o combate ao desmatamento;
Revisão do Decreto 6.427/2008, que estabelece o Fundo Amazônia, e das Diretrizes do Fundo,
de forma a dar mais aderência às ações dos Planos de Controle do desmatamento e garantir
maior efetividade dos recursos alocados;
Implementação da Estratégia do Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas
Brasileiros, de forma a garantir o funcionamento da governança e a produção dos
mapeamentos e monitoramentos previstos.
Operacionalização da CONAREDD+: regimento interno publicado por Portaria, resoluções da
presidência, criação e implementação de Câmaras Consultivas Temáticas, etc;
Elaboração do plano de ação para implementação da INDC para o setor florestal que tem
REDD+ como meio de implementação;
Submissão de proposta financeira para recebimento de pagamentos por resultados de REDD+
ao GCF para recebimento de recursos que viabilizem a implementação do plano de ação da
INDC.
28
Encerramento do Projeto Cerrado-Jalapão, com revisão e realocação dos recursos
disponibilizados para os parceiros que não apresentarem capacidade de execução.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
De fato, a Secretaria funciona com 3 (três) Departamentos e, ainda, com a
Gerência do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima atualmente ligada diretamente ao
Secretário: Departamento de Políticas de Mitigação (o qual incorpora todas as competências do
Departamento de Mudanças Climáticas); Departamento de Políticas de Adaptação (que, na
estrutura formal, corresponde ao Departamento de Licenciamento e Avaliação Ambiental, cujas
atribuições foram retiradas da SMCQ); o Departamento de Políticas de Combate ao
Desmatamento (o qual consta na estrutura formal na SECEX) e a Gerência do Fundo Nacional
sobre Mudança do Clima. Na estrutura formal da Secretaria, consta o Departamento de Qualidade
Ambiental na Indústria – DQAM, que na prática se encontra vinculado à Secretaria de Recursos
Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU).
Esse arranjo informal contém em si precariedades e dificuldades de várias
naturezas, particularmente no que tange a processos administrativos, ordenação de despesas,
responsabilidades junto aos órgãos de controle, entre outros. Faz-se urgente a aprovação de nova
estrutura organizacional para a SMCQ, que reflita melhor adequação ao estágio em que se
encontra a Política Nacional sobre Mudança do Clima, particularmente no contexto de
implementação do Acordo de Paris. Naturalmente, as modificações internas ao MMA deverão ser
acompanhadas por profunda revisão da governança nacional sobre mudança do clima, conforme
descrita no item sobre os desafios e oportunidades.
Secretaria de Mudança do Clima e
Diretoria de Políticas de Mitigação
Gerência de Proteção à Camada
de Ozônio
Coordenação de Acompanhamento
da PNMC
Diretoria de Políticas de Adaptação
Divisão de Acompanhamento do Plano Nacional
de Adaptação
Diretoria de Políticas de Combate ao
Desmatamento
Gerência de Combate ao
Desmatamento e Queimadas
Gerência de Mudança do Clima e
Florestas
Gerência do Fundo Clima (FNMC)
Chefe de Gabinete
Serviço de Apoio ao Gabinete - SAG
Assessoria de Orçamento E
Finanças - ASOR
Unidade de Gestão de Projetos - UGP
29
30
SECRETARIA DE BIODIVERSIDADE E
FLORESTAS - SBF
INTRODUÇÃO
De 2007 a meados de 2015, a atuação da SBF foi fundamentada nas competências
definidas no art. 18 do Decreto 6.101/2007, distribuídas em cinco grandes temas: patrimônio
genético, áreas protegidas, conservação da biodiversidade, florestas e biodiversidade aquática.
Nessa atuação, tinha como objetivo promover - com participação, inclusão social e repartição dos
benefícios - a valorização, a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos
conhecimentos tradicionais associados, dos recursos florestais, faunísticos, florísticos, pesqueiros
e genéticos dos ecossistemas.
Contudo, a evolução do tratamento da temática ambiental no País forçou
diversos arranjos estruturais informais no Ministério e na SBF. Assim, nos primeiros meses de
2015, foi discutida e acordada uma proposta de reestruturação do MMA e, em junho de 2015, a
SBF deu início à implementação, na prática, de sua nova estrutura, com ajustes nas suas
competências, de maneira a direcionar o seu foco de atuação para a conservação e o uso
sustentável da biodiversidade e do patrimônio genético.
De acordo com a nova estrutura colocada em prática desde junho de 2015, a
Secretaria de Biodiversidade tem como papel: propor, avaliar e definir políticas, normas,
iniciativas e estratégias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio
genético, para a proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à biodiversidade
e ao patrimônio genético e repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso, e
para a conservação e uso sustentável de espécies da flora, da fauna, de microrganismos e dos
recursos pesqueiros, em especial para as espécies ameaçadas de extinção.
Apesar da contração do orçamento federal nos últimos anos, os recursos
alocados à Secretaria de Biodiversidade e Florestas vêm crescendo em termos reais, graças às
doações internacionais, que se materializam na elaboração e implementação de projetos de
cooperação técnica e financeira. A maioria dos projetos conta com doações do Fundo para o Meio
Ambiente Global (GEF, sigla em inglês), mas também dos governos alemão e norte-americano.
Consequentemente, a carteira de projetos da SBF com recursos internacionais vem sendo
ampliada sistematicamente nos últimos anos.
A área coberta pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação obteve
incremento em todos os biomas brasileiros no período de 2012 a 2015. Foram mais de 1,3 milhões
de hectares de áreas protegidas incorporados ao SNUC. Atualmente o Brasil possui 1.953
unidades de conservação (UCs), de acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação
(CNUC), sendo 320 Federais. O total de UCs abrange a área de aproximadamente 1.551.664 km²
do território brasileiro, ou seja, 17,6% do território continental e 1,5% do território marinho.
31
Além do aumento de cobertura de unidades de conservação nos biomas, é
importante ressaltar que essas áreas vêm recebendo suporte para melhoria da gestão do
território e para monitoramento da biodiversidade, por meio dos projetos de cooperação
internacional e de recursos da compensação ambiental.
Progredimos bastante com os programas de conservação dos biomas brasileiros
e com o desenho da estratégia para o seu monitoramento por meio do Programa Nacional de
Monitoramento da Cobertura e Uso das Terras dos Biomas Brasileiros, lançado em 2015.
Outro destaque é a estratégia de restauração florestal em larga escala no Brasil,
materializada no Plano Nacional de Recuperação da Cobertura Vegetal Nativa – PLANAVEG, cuja
proposta foi lançada em 2015.
O MMA desenvolveu uma série de ações para a conservação das áreas úmidas
brasileiras, especialmente onde existem conflitos de uso pelos recursos hídricos e problemas
relacionados à degradação das zonas úmidas. Os Sítios Ramsar, ecossistemas úmidos importantes
internacionalmente, são o principal instrumento adotado pela Convenção de Ramsar para
implementar seus objetivos. Os Sítios Ramsar brasileiros (atualmente são 13 Sítios Ramsar
designados) ocupam, juntos, uma área de mais de 6,5 milhões de hectares.
A aprovação da nova Lei da Biodiversidade, que trata do acesso e repartição de
benefícios pelo acesso ao patrimônio genético e da proteção e do acesso ao conhecimento
tradicional associado (Lei nº 13.123/2015) representa um marco nas ações de conservação e
proteção da biodiversidade brasileira e representa expressivo potencial econômico para o
desenvolvimento sustentável, em especial dos povos e comunidades tradicionais. O ano de 2015
foi caracterizado por uma série de ações voltadas à implementação da Lei nº 13.123/2015, que
implicou no desenvolvimento de sistemas, na construção do marco institucional do Sistema de
Acesso e Repartição de Benefícios e, principalmente, em um amplo processo de consulta e diálogo
com vistas à sua regulamentação.
Avançamos muito na promoção da conservação e do uso sustentável da
biodiversidade aquática, com destaque para as medidas de conservação dos recursos pesqueiros.
Foram desenvolvidas políticas e regulações que resultaram na edição de uma série de marcos
normativos. Além disso, em 2015, como parte de um processo de aperfeiçoamento da estrutura
e da gestão pesqueira em todo o país, foram criados os Comitês Permanentes de Gestão e Uso
Sustentável de Recursos Pesqueiros (CPGs).
Também avançamos de forma importante na proteção das Espécies da Flora e
Fauna Brasileiras Ameaçadas de Extinção, com a publicação, em 2014, das portarias que
divulgaram as Listas de Espécies da Flora e da Fauna Brasileiras Ameaçadas de Extinção (Portarias
nº 443, 444 e 445), que definem 1.173 espécies da fauna e 2.113 espécies de plantas classificadas
como ameaçadas de extinção. 75% dessas espécies estão sob medidas de proteção, como planos
de ação ou em unidades de conservação. Visando ampliar a proteção e promover sua
recuperação, foi estabelecido o Programa Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas de
Extinção - Pró-Espécies e foram estruturados projetos com recursos internacionais.
32
RESULTADOS E CONQUISTAS
APROVAÇÃO DA FASE III DO PROGRAMA ARPA, COM MAIS DE 215 MILHÕES DE DÓLARES
No período se destaca a execução de mais de 24,5 milhões de reais pelo Programa
Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), correspondentes a sua fase II e início de sua fase III, em
2015. Essa nova fase traz uma nova estrutura de gestão, que engloba os fundos de transição, e
um horizonte de execução até 2039, com mais de 215 milhões de dólares. No período foram ainda
incluídos no Programa os Estados do Pará e Amapá, além de 49 novas UCs, totalizando o apoio a
114 UCs federais e estaduais, um total de 59.2 milhões de hectares, próximo de sua meta que
também foi majorada de 52,6 para 60 milhões.
CRIAÇÃO DE NOVAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
No período de 2010-2016, houve um incremento significativo de 4.035.095
hectares de área protegida, a partir da criação de 22 novas unidades de conservação (UCs), além
da ampliação do tamanho de outras seis e do reconhecimento de mais 121 reservas particulares
do patrimônio natural (RPPNs), chegando a 659 só no âmbito federal.
De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC),
existem, atualmente, no país 1.953 Unidades de Conservação (UCs), sendo 325 federais
(1.592.015 km²), o que representa 17,6% do território continental e 1,5% do território marinho.
Na Amazônia, além de importante papel na conservação da biodiversidade e de
proteção de áreas de grande importância ecológica, a criação de Unidades de Conservação
constitui mecanismo efetivo de redução das emissões de gases de efeito estufa, por meio da
redução das emissões decorrentes do desmatamento. O conjunto de unidades de conservação
mais recentemente criadas nesse bioma foi resultado do uso de glebas públicas destinadas ao
MMA no âmbito do Programa Terra Legal.
Para promover a conservação, valorizando o extrativismo por populações e
comunidades tradicionais, foram criadas e ampliadas sete reservas extrativistas e de
desenvolvimento sustentável, abrangendo comunidades do litoral brasileiro, do bioma Cerrrado
e da Amazônia.
Merece destaque, ainda, além da significativa ampliação da área total protegida
sob gestão direta do ICMBio, com 1.166.554 hectares, a contribuição voluntária da sociedade à
conservação da natureza, com terras reconhecidas, oficialmente, como RPPNs. Nesse período,
foram incorporados 31.218 hectares ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação pelo
reconhecimento de RPPNs na esfera federal. Atualmente, as UCs federais têm uma área total
protegida de 75.563.129 hectares, representando, aproximadamente, 9% do território nacional,
localizadas em 979 UCs (320 gerenciadas pelo ICMBio e 659 reservas privadas).
33
APROVAÇÃO DE MOSAICOS, FINALIZAÇÃO DE PROJETOS E PUBLICAÇÕES
Entre 2010 e 2011 foram reconhecidos 8 Mosaicos de UCs pelo MMA. Foram
finalizados em 2014 o Projeto Corredores Ecológicos, após 12 anos de execução com atuação no
Amazonas, Bahia e Espírito Santo, e o Projeto Terra do Meio, após quase 3 anos em 11 UCs no
Pará, sob a mesma estrutura do Arpa. Algumas publicações que se destacam sao “Contribuiçao
Econômica das UC para a Economia Nacional”, em 2011, além de um Guia para auxiliar órgaos
gestores e congressistas na elaboração de emendas parlamentares que apoiam o SNUC (ação
orçamentária 20LX), em 2016.
ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DO PLANO NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA
- PLANAVEG
Diante do desafio da implementação do Código Florestal, com vistas à
implementação de uma estratégia de restauração florestal em larga escala no Brasil, foi elaborada
proposta do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa – Planaveg, com o objetivo de
ampliar e fortalecer políticas públicas, incentivos financeiros, mercados, tecnologias de
recuperação, boas práticas agropecuárias e outras medidas necessárias para a recuperação da
vegetação nativa, principalmente em áreas de APP e RL, em pelo menos 12,5 milhões de hectares
em 20 anos. Entre janeiro e agosto de 2015, a proposta de Plano do Planaveg foi submetida a
consulta pública e debatida em seminários por todo Brasil.
EXECUÇÃO DO PROJETO BIODIVERSIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA MATA ATLÂNTICA
Em 2013, teve início a execuçao do Projeto “Biodiversidade e Mudanças
Climáticas na Mata Atlântica”. O Projeto é coordenado pelo MMA no contexto da Cooperaçao
para o Desenvolvimento Sustentável Brasil-Alemanha e conta com apoio técnico da GIZ e apoio
financeiro do KfW. Serão 14,3 milhões de euros investidos até 2018 em ações de conservação da
biodiversidade e recuperação da Mata Atlântica, visando à adaptação à mudança do clima. Entre
os resultados já alcançados pelo projeto, destacam-se: capacitação de mais de 220 atores em
adaptação à mudança do clima baseada em ecossistemas (AbE); formação de 46 treinadores em
AbE; incorporação de vulnerabilidades à mudança do clima em 8 instrumentos de planejamento
territorial, incluindo Planos de Manejo de unidades de conservação, leis e planos municipais; e
capacitação de 50 atores em monitoramento de projetos de restauração florestal.
EXECUÇÃO DO PROJETO CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE POR MEIO DA INTEGRAÇÃO DE
SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS EM POLÍTICAS PÚBLICAS E NA ATUAÇÃO EMPRESARIAL - TEEB
REGIONAL-LOCAL
O projeto TEEB Regional-Local promoveu, desde 2013, estudos e discussões
técnicas para subsidiar a elaboração da proposta do Planaveg. Forneceu também subsídios para
a integração de serviços ecossistêmicos em instrumentos de planejamento territorial em nível
nacional (zoneamento ecológico-econômico) e regional-local (experiência de Duque de Caxias –
RJ). Além disso, sistematizou conceitos e lições aprendidas por meio de um “Guia para a
34
Elaboração de Marcos Legais de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) no nível regional-
local”. Realizou também o estudo de Proposição de Indicadores das Metas Nacionais de
Biodiversidade 1 a 4. No âmbito empresarial, foram desenvolvidos e aplicados, em mais de 20
empresas, métodos para quantificação, valoração econômica, relato de externalidades e análise
de risco e retorno de investimentos.
ELABORAÇÃO DO PROJETO PAISAGENS SUSTENTÁVEIS NA AMAZÔNIA
Em 2015, o MMA conseguiu a aprovação de 115 milhões de dólares para Brasil,
Colômbia e Peru num programa regional do Fundo Global para o Meio Ambiente - GEF para a
Amazônia. Nesse programa, o Brasil será responsável pela execução de mais de 65 milhões de
dólares por meio do Projeto Paisagens Sustentáveis na Amazônia, que objetiva proteger a
biodiversidade e implementar políticas de fomento ao uso sustentável das terras e de
recuperação da cobertura vegetal nativa no bioma. Entre as ações previstas estão: consolidar 60
milhões de hectares de Unidades de Conservação na Amazônia brasileira e garantir sua
sustentabilidade financeira a longo prazo; promover conectividade entre remanescentes
florestais e ecossistemas de alta relevância ecológica; e apoiar a recuperação florestal e o manejo
florestal sustentável em terras privadas para garantir a conservação da biodiversidade em
paisagens produtivas. Cada Child Project está sendo detalhado pelos países.
CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE DOS BIOMAS BRASILEIROS
Execução de uma carteira de projetos voltados para a promoção da conservação
e do uso sustentável da biodiversidade dos biomas brasileiros, da ordem de US$ 72 milhões de
dólares. Os principais projetos foram o Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas
para Biodiversidade - Probio II; o Programa Iniciativa Cerrado Sustentável (GEF Cerrado); Projeto
Mata Atlântica II, execução dos recursos do Acordo entre o Governo dos Estados Unidos da
América e o Governo da República Federativa do Brasil com vistas à redução da dívida em apoio
à conservação e manejo sustentável de florestas tropicais com recursos do fundo US Tropical
Forests Conservation Act – TFCA, firmado em 2010.
METAS NACIONAIS DE BIODIVERSIDADE 2011-2020
Foi definido, por meio de Resolução da Conabio de 2013, um conjunto de 20
Metas Nacionais de Biodiversidade, relacionadas ao Plano Estratégico de Biodiversidade 2011-
2020 da Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB. A definição de indicadores para avaliar o
grau de implementação das metas nacionais está em andamento, e será uma importante
melhoria para o monitoramento e ajuste do processo de implementação. Para fortalecer esse
processo foi criado, em 2014, o Painel de Biodiversidade (PainelBio), um painel multisetorial que
tem como objetivo promover sinergia entre instituições e áreas de conhecimento,
disponibilizando informação científica para a sociedade, fomentando capacitações em diversos
níveis e subsidiando tomada de decisão e políticas públicas associadas às Metas Nacionais de
Biodiversidade.
35
ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO, USO SUSTENTÁVEL E REPARTIÇÃO DOS BENEFÍCIOS
DA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
Foram concluídos os processos de revisão das áreas e ações prioritárias para a
conservação, uso sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade dos biomas Cerrado,
Pantanal e Caatinga. Foi elaborado um banco de dados sobre esses biomas, incluindo a
importância biológica, ações recomendadas, oportunidades, ameaças e urgência de intervenção.
PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DO PAU BRASIL
Em setembro de 2012 (Portaria nº 320) foi criado o Programa Nacional de
Conservação do Pau Brasil, com o objetivo de promover ações estratégicas destinadas à
conservação da espécie e do seu habitat natural. O pau brasil figura, desde 2004, na lista oficial
de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção
PROJETO DE MONITORAMENTO DOS DESMATAMENTOS DOS BIOMA BRASILEIROS POR
SATÉLITE – PMDBBS
A fim de quantificar os desmatamentos de áreas de vegetação nativa e embasar
ações de fiscalização e combate a desmatamentos ilegais, foi criado o Projeto de Monitoramento
dos Desmatamentos dos Bioma Brasileiros por Satélite – PMDBBS, executado em parceria pelo
MMA e IBAMA. O projeto vem lançando, desde 2008, dados sobre desmatamentos dos biomas
Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Os dados lançados até o momento são dos
anos 2011, para o Cerrado, e de 2009, para os biomas Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
PROJETO TERRACLASS
O TerraClass é um produto gerado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), e visa obter estimativas da
dinâmica de uso da terra nas áreas já desmatadas na Amazônia Legal. Em maio de 2016, foi
lançada a consolidação da dinâmica de uso da terra de 2004 a 2014; no período, houve ampliação
das áreas de vegetação secundária de 15,8% em 2004 para 22,7% em 2014, o que demonstra o
potencial de regeneração da vegetação. As pastagens seguem como o uso predominante nas
áreas desmatadas (65% do total em 2014).
Em 2015 foi lançado o Mapeamento do Uso e Cobertura da Terra do Cerrado –
Projeto TerraClass Cerrado, que foi realizado por meio da parceria entre o MMA e o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a Universidade Federal de Goiás (UFG)
e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A exemplo do que já vinha sendo feito para a
Amazônia, o TerraClass Cerrado 2013 realizou o levantamento das áreas de cobertura vegetal e
de áreas antropizadas de toda a área contínua do Cerrado, sendo possível, a partir de então,
estimar áreas de: agricultura anual, agricultura perene, áreas urbanas, mosaicos de ocupação,
mineração, pastagens plantadas, silvicultura e solo exposto e também das áreas naturais. O
36
TerraClass Cerrado propicia informações importantes para a elaboração de políticas públicas para
conservação e uso sustentável do bioma Cerrado.
PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL DOS BIOMAS BRASILEIROS
O programa foi instituído em 2015 (Portaria MMA nº 365), com objetivo de
implementar monitoramento do desmatamento, da cobertura e uso da terra, da extração seletiva
de madeira, da recuperação da vegetação nativa e de queimadas nos biomas brasileiros. O
programa prevê o desenvolvimento de mapeamentos periódicos, realizados de forma articulada
com diversos órgãos do Governo Federal, que atuam em iniciativas de monitoramento por satélite
da cobertura vegetal e do uso da terra, a fim de subsidiar políticas públicas de biodiversidade e
de clima, com prioridade para o Cerrado. O documento base do Programa foi lançado em abril de
2016.
CONSERVAÇÃO DAS ÁREAS ÚMIDAS BRASILEIRAS.
Em 2014, o País assumiu a coordenação da Iniciativa Regional de Conservação e
Uso Racional das Zonas Úmidas da Bacia do Prata, no âmbito da Convenção de Ramsar. Essa
iniciativa conta com a participação da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Como resultado da implementação da Recomendação CNZU nº 05/2012, que
elenca uma série de UCs prioritárias para se tornarem Sítios Ramsar, o Brasil enviou à Convenção
de Ramsar a candidatura de algumas UCs para serem designadas Sítios Ramsar, assumindo o
compromisso internacional pela conservação dessas áreas. Os Sítios Ramsar Brasileiros
designados desde 2010 são: PARNA Marinho dos Abrolhos e Parque Estadual do Rio Doce em
2010; PARNA do Cabo Orange em 2013; e REBIO Atol das Rocas em 2016.
CONSERVAÇÃO E MONITORAMENTO DE RECIFES DE CORAL
Desde 2010 foram realizadas diversas atividades relacionadas com o
monitoramento dos recifes de coral, em conjunto com a Universidade Federal de Pernambuco,
Instituto Recifes Costeiros - IRCOS, MMA e ICMBio. Em 2012/2013 foram realizadas atividades de
coleta de dados nas Unidades de Conservação Federais - Rebio Atol das Rocas, Parna Marinho
Fernando de Noronha, Parna Marinho dos Abrolhos e APA Costa dos Corais. Nas Unidades de
Conservação Estaduais e Municipais, com apoio do MMA, foram realizados 3 cursos para
voluntários do Programa Reef Check Brasil, sendo um em Paripueira/AL, com apoio do Instituto
de Meio Ambiente de Alagoas, IMA-AL, um em Itaparica/BA, com apoio da Promar Itaparica e um
em Tamandaré, com apoio do IRCOS, UFPE e ICMBio, além da coleta de dados para o
monitoramento dos recifes de coral no Parque Municipal do Recife de Fora, em Porto Seguro, BA,
com apoio do Projeto Coral Vivo.
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE COSTEIRA E MARINHA
Como parte dos compromissos assumidos pelo Brasil junto à Convenção sobre
Diversidade Biológica, o País sediou, em 2012, em Recife-PE, o Workshop Regional do Caribe e
37
Médio Atlântico Ocidental para a Descrição e Identificação de Áreas de Importância Biológica e
Ecológica (EBSAS). O encontro contou com a participação de diversos países do Caribe e da
América do Sul e de instituições parceiras. Foram descritas 21 áreas de importância ecológica e
biológica na região, e o Brasil conseguiu reunir, junto a especialistas, um banco de dados
importante sobre a biodiversidade costeira e marinha brasileira.
PROGRAMA PRÓ-ESPÉCIES
Instituição do Programa Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas de
Extinção – o Pró-Espécies, por meio da Portaria nº 43, de 31 de janeiro de 2014. O Programa tem
por objetivo adotar ações de prevenção, conservação, manejo e gestão, com vistas a minimizar
as ameaças e o risco de extinção de espécies da fauna e da flora brasileiras.
Com o Pró-espécies foi possível elaborar e publicar as listas de espécies
ameaçadas de extinção a partir de método de avaliação de risco de extinção de espécies já
definido, o qual seguiu critérios da União Internacional para Conservação da Natureza – IUCN e
está em conformidade com a legislação nacional e com os termos da Convenção sobre
Diversidade Biológica – CDB.
LISTAS DE ESPÉCIES DA FLORA E FAUNA BRASILEIRAS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
A Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção, publicada
em 2014, é o mais completo diagnóstico de fauna realizado, identificando e localizando as
principais ameaças e áreas para manutenção das espécies. Nenhum outro país realizou um
trabalho dessa envergadura. Ao todo foram avaliadas 12.254 espécies, em 73 oficinas de trabalho,
com participação de mais de 1.200 especialistas. Desse universo, 1.173 espécies foram
classificadas como ameaçadas de extinção. O primeiro ciclo de elaboração dessa Lista foi
concluído em 2014.
A Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção, publicada
em 2014, foi elaborada a partir da avaliação de risco de extinção de 4.617 espécies. As espécies
avaliadas representam uma avaliação em escala nacional de todas as listas oficialmente
publicadas, em âmbito federal e estadual (Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e São Paulo), bem como da lista global da UICN. A lista de espécies
ameaçadas da flora brasileira reconheceu e protegeu 2.113 espécies de plantas ameaçadas de
extinção.
AÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
Em 2014, Portaria do MMA instituiu o Programa Nacional de Conservação das
Espécies Ameaçadas de Extinção, o Pró-Espécies. O objetivo do Programa é adotar ações de
prevenção, conservação, manejo e gestão para minimizar ameaças e o risco de extinção de
espécies. Até 2015, foram elaborados 58 Planos de Ação Nacional para a Recuperação e
38
Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PANs), abordando espécies individuais, grupos
de espécies ou territórios específicos. 75% das espécies ameaçadas de fauna e flora estão
protegidas por meio de PAN ou de UC.
ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS
No Brasil, o primeiro diagnóstico foi realizado pelo MMA, em 2006, e revelou mais
de 400 espécies exóticas com potencial invasor. Em 2014, o ICMBio publicou um inventário das
espécies exóticas invasoras em UCs. A avaliação do risco de extinção das espécies brasileiras
indicou que espécies exóticas invasoras são uma ameaça para 88 espécies de animais e 163 de
plantas.
PRÊMIO NACIONAL DE BIODIVERSIDADE
Com o objetivo de incentivar e reconhecer a melhoria ou a manutenção do estado
de conservação das espécies da biodiversidade brasileira, contribuindo para a implementação das
Metas Nacionais de Biodiversidade, foi instituído, em 22 de maio de 2014 (Portaria MMA nº 188),
o Prêmio Nacional da Biodiversidade – PNB. O PNB busca reconhecer o mérito de iniciativas,
atividades e projetos de organizações não governamentais, empresas, imprensa, sociedade civil,
academia e órgãos públicos. A cerimônia de entrega do PNB é realizada em evento comemorativo
ao Dia Internacional da Biodiversidade. A 1ª Edição do Prêmio aconteceu em 2015 e a 2ª Edição
está prevista para o primeiro semestre de 2017.
PROJETO “CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE PARA MELHORIA DA
NUTRIÇÃO E DO BEM-ESTAR HUMANO” – PROJETO BFN
O Projeto BFN tem o objetivo de promover a conservação e o uso sustentável da
biodiversidade por meio da valorização da importância alimentícia e nutricional das espécies
nativas, além de buscar a ampliação do número dessas espécies utilizadas atualmente na
alimentação. Como uma das principais atividades do projeto, a análise da composição nutricional
está sendo realizada com a compilação de dados já existentes na literatura, utilizando
metodologia da FAO/INFOODS e por meio de análises laboratoriais. Essa estratégia inclui a
capacitaçao profissional, em conjunto com universidades federais, a fim de “alimentar” bancos
de dados nacionais e internacionais. Todos os dados serão inseridos no Sistema de Informação
sobre a Biodiversidade – SiBBr e o portal está sendo desenvolvido pela UNEP-WCMC. Até junho
de 2015, foram compilados dados de 49 espécies.
SANTUÁRIO DE BALEIAS
Em 2015, a proposta brasileira para criação do Santuário de Baleias do Atlântico
Sul foi atualizada e seu Plano de Manejo foi elaborado, o primeiro do mundo para Santuário de
Baleias em águas internacionais. Esse processo reafirma os compromissos já assumidos pelo País
e fortalece o protagonismo brasileiro na proteção aos cetáceos perante a Comissão Internacional
Baleeira. O Santuário de Baleias do Atlântico Sul e seu plano de manejo contaram com a
39
cooperação de pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, além dos países
coautores da proposta, e espera-se obter, ainda em 2016, a sua aprovação junto aos países
integrantes da Comissão.
APROVAÇÃO DA LEI 13.123/2015 – LEI DA BIODIVERSIDADE
A Lei 13.123, de 2015, dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a
proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios
para conservação e uso sustentável da biodiversidade. A nova Lei representa avanços importantes
para estimular a pesquisa e a inovação a partir do uso sustentável da biodiversidade. Ela simplifica
e agiliza os processos, definindo com clareza o fato gerador da repartição de benefícios
decorrente da exploração econômica de produtos acabados e materiais reprodutivos oriundos do
acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado, trazendo maior
segurança jurídica para as empresas e facilitando a fiscalização. A Lei garante direitos e traz
conquistas para os povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares
tais como: participação com direito a voto no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN);
garantia do consentimento prévio informado para o acesso aos seus conhecimentos tradicionais;
participação no Comitê Gestor do Fundo Nacional de Repartição de Benefícios; reconhecimento
legal dos protocolos comunitários como forma de consentimento prévio informado. Visando à
sua regulamentação, foram realizadas 6 oficinas regionais e uma oficina nacional com
representantes de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MONITORADAS E PROTEGIDAS, COM GESTÃO PARTICIPATIVA E
USO PÚBLICO
De 2010 até o início de 2016, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC) obteve incremento de 325 UCs registradas no Cadastro Nacional de Unidades de
Conservação (CNUC). Já são 1992 UCs que compõem a base oficial do Sistema, utilizada para o
monitoramento das UCs brasileiras. O desafio agora é atualizar a plataforma para dar suporte a
ações de planejamento, gestão e coordenação.
O MMA negociou, neste período, contribuições de parceiros internacionais que
contribuem para a estratégia de conservação da biodiversidade por meio das UCs e sua relação
com a sociedade. Estão em curso o Programa ARPA, que apoia 59.2 milhões de hectares na
Amazônia; o Projeto com o PNUD, que apoia ações estratégicas para o SNUC, e o Projeto GEF para
Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF-Mar), que apoia a consolidação de 1.767.229
hectares em 11 UCs. Foi iniciado o projeto de consolidação do SNUC (LifeWeb), que enfrenta o
desafio de formalizar sua execução financeira para ações de comunicação e de planejamento.
Dois novos grandes Projetos já foram pré-aprovados pelo Global Environment Facility – GEF (GEF
Terrestre, que apoiará UCs no Pampa, Caatinga e Pantanal e o GEF Paisagens Sustentáveis da
Amazônia).
40
ÁREAS PROTEGIDAS
A meta 11 de Aichi, internalizada no Brasil por meio da Resolução nº 06/2013 do
Conselho Nacional da Biodiversidade (CONABIO), prevê a inclusão de outros territórios que
contribuam para a conservação da biodiversidade além de UCs (como terras indígenas, APP e
Reservas Legais, sobretudo a partir dos dados gerados pelo CAR). Para orientar as ações de
conservação nessas áreas, um protocolo de representatividade ecológica está em construção, e
são necessários outros instrumentos que garantam a regularização, monitoramento e gestão
efetiva das áreas.
Outras formas de gestão das áreas protegidas, como os mosaicos, os corredores
ecológicos e as reservas da biosfera foram perdendo importância frente a outras agendas
prioritárias mas constituem ainda expressiva oportunidade de trabalho. A retomada da
articulação da agenda de Reservas da Biosfera (RB) e de seu colegiado COBRAMAB é um desafio
para o MMA. Relatórios de revisão periódica de 5 RBs foram entregues em 2015 e necessitam de
adequação para atender à solicitação da Unesco.
FORMALIZAÇÃO DA PROPOSTA DE PLANO NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO
NATIVA - PLANAVEG
Para viabilizar a implementação do Planaveg, o principal desafio é ter um
instrumento legal que formalize essa política pública e crie uma instância de coordenação e
articulação entre ministérios e a sociedade civil. Para isso é proposto o lançamento de um Decreto
Federal, que institua uma Comissão Nacional, com a participação de oito ministérios e sociedade
civil, responsável pela revisão de metas, coordenação, implementação e monitoramento do
plano. Enquanto isso não acontece, oportunidades foram aproveitadas, como a participação do
MMA na comissão técnica do MAPA que revisou as normas de produção e comércio de sementes
e mudas florestais, visando diminuir a burocracia e simplificar as regras para produção voltada à
restauração. Ainda, o compromisso assumido pelo Brasil na UNFCCC de restaurar 12 milhões de
hectares de florestas até 2030, para usos múltiplos, é uma grande oportunidade para viabilizar a
implementação do Planaveg.
EXECUÇÃO DO PROJETO BIODIVERSIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA MATA ATLÂNTICA
A implementação do Projeto envolve uma grande diversidade de atores,
incluindo várias secretarias do MMA, ICMBio, órgãos de meio ambiente dos estados da região de
atuação do projeto (BA, RJ, SP e PR), atores locais e organizações da sociedade civil e do setor
privado que atuam nos temas objeto de atuação do Projeto. A coordenação e interação dessa
gama de atividades e atores é um grande desafio e demanda o desenho de uma estrutura de
governança funcional, que permita direcionar os esforços conjuntos para o alcance dos objetivos
do Projeto. Em 2016, será realizado o primeiro desembolso dos recursos do módulo de
cooperação financeira (KfW), que viabilizará a oportunidade para a implementação de atividades-
chave do projeto, tais como: a inscrição de pequenas propriedades rurais no Cadastro Ambiental
41
Rural, o aprimoramento da gestão de Unidades de Conservação e a revisão das Áreas Prioritárias
para Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade na Mata Atlântica.
EXECUÇÃO DO PROJETO CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE POR MEIO DA INTEGRAÇÃO DE
SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS EM POLÍTICAS PÚBLICAS E NA ATUAÇÃO EMPRESARIAL (TEEB
REGIONAL-LOCAL)
Os principais desafios incluem a necessidade de transversalizar o tema de
serviços ecossistêmicos dentro das instituições envolvidas e de desenvolver exemplos nacionais
de avaliação e valoração de serviços ecossistêmicos com aplicação para tomadores de decisão.
Há o desafio adicional de alinhar as ações do projeto às estratégias de atuação das entidades
coordenadoras (MMA e CNI) e de conseguir envolver os estados. As oportunidades do projeto
estão relacionadas principalmente a processos políticos já em andamento (ex: revisão diretrizes
ZEE) e à alavancagem de mecanismos já existentes (ex: PSA com setor hidrelétrico, para viabilizar
recuperação em larga escala). No âmbito empresarial, as crescentes discussões sobre impactos e
dependências relacionados à serviços ecossistêmicos tem um enorme potencial de alavancar
recursos para investimentos em sustentabilidade empresarial.
ELABORAÇÃO DO PROJETO PAISAGENS SUSTENTÁVEIS NA AMAZÔNIA
A proposta conceitual do projeto foi aprovada pelo GEF em 2015 e está agora em
fase de detalhamento das atividades e custos. A previsão é que o projeto detalhado seja aprovado
pelo GEF até outubro de 2016 e sua implementação ocorra entre 2017 e 2021. O principal desafio
do projeto é inserir um contexto de conservação da biodiversidade em terras privadas, visando à
conectividade com unidades de conservação existentes na Amazônia. Para isso, o projeto busca a
articulação junto aos órgãos de governo, setor privado e sociedade civil, para monitoramento e
implementação do Código Florestal, conciliando o apoio a políticas públicas emergentes, como o
Cadastro Ambiental Rural – CAR e os Programas de Regularização Ambiental – PRAs dos Estados,
com o fortalecimento de políticas públicas de conservação da biodiversidade já consolidadas,
como o Programa Áreas Protegidas da Amazônia – ARPA.
ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO, USO SUSTENTÁVEL E REPARTIÇÃO DE
BENEFÍCIOS DA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
A definição de áreas prioritárias para conservação, utilização sustentável e para a
repartição de benefícios da biodiversidade é uma importante ferramenta desenvolvida para o
planejamento e gestão territorial, permitindo identificar áreas e ações prioritárias, com base em
critérios específicos estabelecidos para cada bioma. Em relação às 51 Metas Nacionais de
Biodiversidade para 2010, estabelecidas em 2006 pela Comissão Nacional da Biodiversidade
(Conabio), houve avanços, sobretudo naquelas relacionadas às áreas protegidas, à redução da
taxa de desmatamento dos biomas, à redução do número de focos de calor em cada bioma e à
elaboração de uma lista amplamente acessível das espécies de plantas.
42
Mas ainda permanecem lacunas, sobretudo nos seguintes temas: recuperação de
estoques pesqueiros com gestão participativa; elaboração de planos de manejo para controlar as
principais espécies exóticas invasoras; proteção do conhecimento das comunidades tradicionais;
e criação de políticas para repartição equitativa dos benefícios resultantes do uso comercial dos
recursos genéticos dos ecossistemas. Faz-se necessário, ainda, propiciar maior sinergia entre as
ações relacionadas às áreas prioritárias (planejamento da conservação em nível de paisagem) e o
Cadastro Ambiental Rural- CAR.
PROJETO DE MONITORAMENTO DOS DESMATAMENTOS DOS BIOMA BRASILEIROS POR
SATÉLITE – PMDBBS
Após o lançamento da Portaria MMA nº 365/2015, o principal foco será
implementar a estrutura de governança do Programa, que inclui Conselho Consultivo, Comitê
Técnico Executivo e Grupos de Trabalho, que serão importantes para desenvolvimento das
metodologias e dos planos de trabalho dos diversos mapeamentos.
LISTAS DE ESPÉCIES DA FLORA E FAUNA BRASILEIRAS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
Apesar de todo o apoio científico, as Listas de Espécies Ameaçadas de Extinção
publicadas em 2014 foram alvo de questionamento político e por setores econômicos. Para
superar esse entrave, é importante buscar a atualização do marco normativo para integrar melhor
as listas nacionais às estaduais e, ainda, diferenciar, quando da edição, os aspectos regionais para
as espécies com ampla distribuição. O desenvolvimento de ferramentas eletrônicas e a
capacitação de equipes dos estados vão permitir a atualização das listas de forma mais
coordenada e qualificada.
AÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
Apesar de 75% das espécies ameaçadas estarem sob alguma medida de proteção
é preciso ampliar esse número para 100% e garantir sua efetividade. Para tanto, é preciso
estabelecer um arranjo para atuação integrada com os estados brasileiros e melhor qualificar as
informações para ação dos órgãos ambientais e da sociedade civil, por meio da definição e
implementação da Estratégia Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, que
incluirá o aprimoramento do arranjo de governança do Programa Pró-Espécies, a elaboração e
implementação de planos de ação territoriais, envolvendo maior número de espécies tanto da
fauna quanto da flora, o aumento do envolvimento dos Estados e outro atores chave. Com os
recursos disponíveis nos projetos GEF é possível promover a integração nacional e por meio dos
acordos internacionais ampliar o apoio a ações de conservação no Brasil.
ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS
A estratégia nacional deve ser convertida em um programa e estimular estados a
atuarem em parceria com o governo federal para prevenir novas invasões e combater a dispersão
43
de espécies invasoras. Pelo GEF Pró-espécies está previsto apoio para desenvolver um sistema de
alerta e detecção precoce de EEI.
PRÊMIO NACIONAL DE BIODIVERSIDADE
A limitação orçamentária é o grande entrave para a continuação do prêmio. Plano
de patrocínio foi elaborado visando conseguir o apoio necessário para a sua realização.
PROJETO “CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE PARA MELHORIA DA
NUTRIÇÃO E DO BEM-ESTAR HUMANO” – PROJETO BFN
O Projeto entra em sua fase final de realização. Considerando o novo escopo da
secretaria, bem como as discussões recentes em torno da nova estrutura do Ministério, parece
fazer sentido que esse Projeto seja conduzido pela SEDR que trata diretamente com as políticas
de desenvolvimento agrário necessárias para a real implementação de uma política de fomento
a produção e consumo de espécies nativas.
CONSERVAÇÃO DA FAUNA AQUÁTICA E GESTÃO SUSTENTÁVEL DA PESCA
No campo da conservação e do uso sustentável da biodiversidade aquática, as
prioridades são: (i) atualização do Decreto no. 6.981, de 2009, que dispõe sobre a atuação
conjunta dos Ministérios da Agricultura Pecuária e Abastecimento (anteriormente Ministério da
Pesca e Aquicultura) e do Meio Ambiente nos aspectos relacionados ao uso sustentável dos
recursos pesqueiros, de modo que se possa exercer de forma mais eficaz a gestão sustentável da
atividade econômica que utiliza os recursos naturais relativos à pesca, fortalecendo a pesquisa,
ordenamento e fiscalização; (ii) revisão e promoção da efetividade das normas de defeso com o
intuito de aprimorar esses instrumentos como mecanismos de proteção das espécies e de
sustentabilidade pesqueira; (iii) elaboração dos planos de recuperação de espécies ameaçadas de
extinção; e, (iv) medidas de gestão para espécies vulneráveis passíveis de manejo.
SANTUÁRIO DE BALEIAS
Em 2015, a proposta do Santuário de Baleias do Atlântico Sul e seu Plano de
Manejo foram apresentados à Comissão Internacional Baleeira (CIB). Em junho deste ano, a
proposta será apreciada pelo Comitê Científico da CIB. Em outubro, na plenária da CIB, será
votada pelos países membros da Comissão. Na última reunião a proposta não foi aprovada por
apenas 4 votos. Neste ano, busca-se, com o apoio de projeto em parceria com o PNUMA, ampliar
o número de partes que apoiem a proposta para sua aprovação.
REGULAMENTAÇÃO DA LEI 13.123/2015 (LEI DA BIODIVERSIDADE)
Atuar no processo de elaboração da regulamentação da Lei 13.123/2015 com os
ministérios afetos, sociedade civil e vários setores ligados ao tema (fármacos, cosméticos,
agricultura e outros) foi e está sendo um grande desafio e oportunidade na construção de um
44
Decreto com clareza para maior celeridade no acesso ao patrimônio genético, gerando exploração
econômica e repartição de benefício justa. Esse desafio está na fase final, pois, a minuta dessa
regulamentação está em consulta pública desde 6 de abril de 2015, na página eletrônica da Casa
Civil. Trata-se de tema que deve ser acompanhado com atenção, particularmente num momento
de mudanças na estrutura do Governo Federal, em vista do grande número de interesses nem
sempre conciliáveis nessa matéria.
Paralelamente, foi criado o Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético
e do Conhecimento Tradicional Associado - SisGen, sistema eletrônico a ser implementado,
mantido e operacionalizado pela Secretaria-Executiva do CGen para o gerenciamento, atendendo
dois requisitos impostos pela Lei 13.123/2015: I - cadastro de acesso ao patrimônio genético ou
ao conhecimento tradicional associado; II - cadastro de remessa de amostra de patrimônio
genético e do termo de transferência de material.
No contexto da implementação do novo marco estabelecido pela Lei, outros
desafios merecem destaque: Implementar e gerir o Fundo Nacional de Repartição de Benefícios
– FNRB e o Programa Nacional de Repartição de Benefícios; Gerenciar os Acordos de Repartição
de Benefícios com a União e Implementar o Plano Nacional de Sensibilização e Fortalecimento de
Capacidades; Adensar, implementar e desenvolver cadeias produtivas usuárias de patrimônio
genético e conhecimento tradicional associado; Prospectar recursos nacionais e internacionais
para execução de projetos e acompanhar e avaliar tecnicamente sua execução; e gerir os Acordos
de Repartição de Benefícios a serem assinados pela União com os usuários.
AGENDA DE 180 DIAS
PROJETO GEF TERRESTRE
Projeto de mais de US$ 32 milhões de dólares para apoiar a conservação da
biodiversidade nos biomas Caatinga, Pampa e Pantanal. Faz-se necessário concluir a construção
do documento do projeto e submeter à aprovação do GEF, até dia 30 de junho, sob pena de perda
dos recursos.
PROJETO ÁREAS PROTEGIDAS LOCAIS
Projeto em parceria com o governo alemão que tem por objetivo a melhoria de
capacidades para gestão de áreas protegidas locais e outras medidas de conservação. Faz-se
necessário concluir a negociação do arranjo de implementação com os parceiros (ICLEI, GIZ e
IUCN) e iniciar a execução já no segundo semestre de 2016.
ELABORAÇÃO DO PROJETO PAISAGENS SUSTENTÁVEIS NA AMAZÔNIA (GEF PAISAGENS)
Concluir o desenho do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia para
apresentação e aprovação antes do início do projeto, previsto para dezembro de 2016, de forma
a garantir o aporte de recursos já aprovados pelo GEF da ordem de US$65.759.700,00, a serem
empregados em ações fundamentais para a proteção da biodiversidade e implementação de
45
políticas de fomento ao uso sustentável das terras e a recuperação da cobertura vegetal nativa
na Amazônia com abrangência de 60 milhões de ha. Também, deverá ser definido o arranjo de
governança do projeto, definindo executor financeiro e as formas de intercâmbio com os projetos
de Colômbia e Peru.
GESTÃO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO
As prioridades para a gestão do patrimônio genético em 2016 são:
1. Implementar o marco institucional da Lei 13.123/2015, colocando em
funcionamento o Fundo Nacional de Repartição de Benefícios, o Programa
Nacional de Repartição de Benefícios e novo CGEN;
2. Ratificação do Protocolo de Nagoya até outubro de 2016, o qual se encontra
em tramitação no Congresso Nacional, com objetivo de o Brasil participar
ativamente durante a 2ª Reunião da Conferência das Partes, na qualidade
de Reunião das Partes do Protocolo de Nagoya sobre Acesso e Repartição
de Benefícios (COP-MOP-2).
ATUALIZAÇÃO DAS LISTAS DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
Editar Portaria atualizando o Pró-Espécies para que possam ser reeditadas as
Listas de Espécies Ameaçadas de Extinção. Atualizar o regimento da CONABIO para que as Listas
de Espécies Ameaçadas de Extinção possam ser apreciadas e discutidas no âmbito deste
colegiado. Neste sentido, faz-se necessário realizar duas reuniões da CONABio em 2016.
PROJETO GEF ESPÉCIES
Faz-se necessário concluir a construção do documento do projeto e submeter à
aprovação do GEF, nos próximos seis meses, visando o início de execução no primeiro trimestre
de 2017.
GESTÃO DA PESCA
Organizar as atribuições de gestão compartilhada da pesca entre os Ministério do
Meio Ambiente e Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Nesse contexto, aprovar e
publicar Decreto de regulamentação da gestão conjunta da pesca (MMA e MAPA).
PROJETO GEF MAR
Garantir a contrapartida da Petrobrás ao Projeto GEF Mar é fundamental para
cumprir os compromissos assumidos junto ao GEF, referentes à contrapartida brasileira, evitando
o rompimento do contrato e a não liberação dos recursos no montante de U$ 18.200.000,00 já
aprovados e parcialmente executados. A ausência desses recursos comprometeria a continuidade
das ações previstas com graves prejuízos ambientais, financeiros e políticos ao país com o
refreamento da criação e fortalecimento de importantes unidades de conservação.
46
GEF ABS
Garantir que o BID, na condição de agência implementadora, encaminhe ao GEF
o Projeto detalhado e sua respectiva documentação, dentro do prazo dado, a fim de possibilitar
o uso dos recursos aportados para o GEF ABS. O projeto prevê recursos no valor de US$
4.401.931,00 que permitirão o desenvolvimento de atividades essenciais para a modernização do
marco regulatório sobre ABS no Brasil, a ratificação do Protocolo de Nagoia e a capacitação e
treinamento dos diversos setores usuários e provedores de patrimônio genético e de
conhecimentos tradicionais associados. As atividades previstas são fundamentais para a
consecução dos objetivos estratégicos do Departamento do Patrimônio Genético listados no
Planejamento Estratégico do MMA, tais como a elaboração do SISGen e de uma ferramenta de
rastreabilidade do patrimônio genético, a estruturação do Fundo Nacional de Repartição de
Benefícios, a elaboração do Portal Brasileiro sobre ABS, bem como a elaboração de uma
ferramenta de construção de protocolos comunitários.
USAID – PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA
Concluir os documentos de formalização do Projeto de Cooperação Técnica e
colocar em operação as ações relacionadas à utilização dos recursos no âmbito da Agência dos
Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), de forma a garantir a não
interrupção do repasse e disponibilização de recursos, equivalentes a US$50.000.000,00, o que
resultaria na não-execução das ações de Conservação dos Recursos Biológicos previstas no
projeto.
EVENTOS E VIAGENS
A SBF atua fundamentalmente por projetos, em sua maioria, de grande porte e
complexidade. As doações internacionais, que se materializam na elaboração e implementação
de projetos de cooperação, têm um papel fundamental para viabilizar a agenda da SBF,
principalmente em um cenário de restrição fiscal como o que vivemos hoje. A SBF conta hoje com
o aporte de recursos provenientes de 13 Projetos Internacionais, que totalizam o montante de R$
1.291.994.035,09, com previsão de acréscimo de R$ 257.891.891,43, em mais 6 Projetos que se
encontram em fase avançada de negociação.
Além disso, a SBF tem uma intensa agenda internacional, decorrente dos diversos
compromissos assumidos pelo Brasil, e materializados em acordos, convenções e tratados nos
quais a SBF atua como ponto focal nacional. Uma parte importante das atividades da Secretaria,
assim, está lastreada em compromissos internacionais, com impacto direto na imagem do
Ministério e do País no exterior.
Assim, para cumprir adequadamente o seu papel, a Secretaria necessita fazer um
intenso trabalho de articulação e envolvimento de atores, governamentais, federal, estadual e
municipal, da sociedade civil, do setor privado, das comunidades tradicionais, da academia,
47
parceiros internacionais, entre outros, o que requer a realização de reuniões e eventos, bem como
viagens nacionais e internacionais.
Em anexo, é apresentada a programação de viagens internacionais e nacionais da
Secretaria para o ano em curso. Vale destacar que foi feito um trabalho prévio de filtragem,
principalmente em razão da situação de restrição orçamentária, de forma que os eventos
indicados são aqueles considerados mais importantes para viabilizar a execução da agenda de
trabalho planejada. Outro aspecto importante a mencionar é que foi feito um trabalho de
planejamento orçamentário de forma a buscar alternativas de financiamento, fora do orçamento
da União, para boa parte dos eventos indicados, tanto internacionais, quanto nacionais.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
De 2007 a meados de 2015, a atuação da SBF foi fundamentada nas competências
definidas no art. 18 do Decreto 6.101/2007, distribuídas em cinco grandes temas: patrimônio
genético, áreas protegidas, conservação da biodiversidade, florestas e biodiversidade aquática.
Nessa atuação, tinha como objetivo promover - com participação, inclusão social e repartição dos
benefícios - a valorização, a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos
conhecimentos tradicionais associados, dos recursos florestais, faunísticos, florísticos, pesqueiros
e genéticos dos ecossistemas.
Contudo, a evolução do tratamento da temática ambiental no País forçou
diversos arranjos estruturais informais no Ministério e na SBF. A criação do Serviço Florestal
Brasileiro – SFB, em 2006, deslocou parte das competências da SBF, relacionadas a florestas para
aquela unidade. Algumas competências, relacionadas ao combate ao desmatamento, à
recomposição florestal e à prevenção e controle do desmatamento e dos incêndios florestais nos
biomas brasileiros, foram deslocadas para a Secretaria de Mudanças Climáticas – SMCQ. Assim,
nos primeiros meses de 2015, foi discutida e acordada uma proposta de reestruturação do MMA
e, em junho de 2015, a SBF deu início à implementação, na prática, de sua nova estrutura, com
ajustes nas suas competências, de maneira a direcionar o seu foco de atuação para a conservação
e o uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio genético.
De acordo com a nova estrutura colocada em prática desde junho de 2015, a
Secretaria de Biodiversidade tem como papel: propor, avaliar e definir políticas, normas,
iniciativas e estratégias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio
genético, para a proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à biodiversidade
e ao patrimônio genético e repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso, e
para a conservação e uso sustentável de espécies da flora, da fauna, de microrganismos e dos
recursos pesqueiros, em especial para as espécies ameaçadas de extinção.
Ao longo do segundo semestre de 2015 e início de 2016 a proposta de nova
estrutura passou por pequenos ajustes, em razão de discussões internas no âmbito do MMA e
com o Ministério do Planejamento. Com relação às competências, merecem destaque as
seguintes alterações principais (com base na versão de janeiro de 2016 da proposta): a migração
das competências relacionadas a florestas para a Secretaria de Mudança do Clima e Florestas; a
48
migração das competências relacionadas a agrobiodiversidade para a Secretaria de Extrativismo
e Sociobiodiversidade; a migração das competências relacionadas a combate ao desmatamento,
à recomposição florestal e à prevenção e ao controle do desmatamento e dos incêndios florestais
nos biomas brasileiros para a futura Secretaria de Mudança do Clima e Florestas.
Na nova estrutura os 4 (quatro) Departamentos existentes foram mantidos,
porém com mudanças nos papéis e competências de alguns, resultando na seguinte configuração
(com base na versão de janeiro de 2016 da proposta):
a) Departamento de Ecossistemas e Biomas - políticas, normas, iniciativas e
estratégias para a conservação e uso sustentável de ecossistemas terrestres,
dulcícolas e marinhos, e dos biomas.
b) Departamento de Gestão da Fauna e da Flora - políticas, normas, inciativas e
estratégias para a conservação e uso sustentável de espécies terrestres e
aquáticas, incluindo os recursos pesqueiros e os microrganismos, com ênfase
naquelas ameaçadas, raras ou sensíveis.
c) Departamento de Áreas Protegidas - políticas, normas, iniciativas e estratégias
para a conservação das Unidades de Conservação e dos espaços territoriais
especialmente protegidos.
d) Departamento do Patrimônio Genético - políticas e normas e a definição de
estratégias para o desenvolvimento da economia de Patrimônio Genético e
Conhecimento Tradicional Associado e para a repartição justa e equitativa dos
benefícios decorrentes do seu uso.
O volume de demandas encaminhadas à SBF vem aumentando significativamente
ano a ano e a carteira de projetos sob a responsabilidade da Secretaria também se ampliou
consideravelmente. Nos últimos anos a força de trabalho da SBF sofreu uma redução de cerca de
10% e, em 2016, sofrerá redução já mapeada de pelo menos mais 5 técnicos. As equipes técnicas
trabalham hoje no limite de suas capacidades. A recomposição da força de trabalho da Secretaria,
tanto no que se refere ao quantitativo, quanto ao perfil das pessoas, é uma questão que necessita
de atenção especial e urgente.
A estrutura atual da SBF é composta por apenas 19 cargos comissionados (DAS)
distribuídos entre o Gabinete e os 4 (quatro) Departamentos (ver quadro abaixo). Trata-se de
estrutura claramente insuficiente para a adequada execução das competências atribuídas à
Secretaria. Faltam cargos de gerência intermediária e de assessoria (DAS 2 e 3).
Para que a SBF possa cumprir adequadamente o seu papel a estrutura precisaria
ser complementada em pelo menos mais 10 cargos comissionados para gerência intermediária e
assessoria técnica, sendo dois para cada Departamento, de forma a possibilitar a melhor
organização e gestão das carteiras de projetos e das demais agendas, e dois para o Gabinete, de
49
forma a possibilitar melhor articulação com parceiros e outros atores e melhor gestão do conjunto
de projetos e demandas.
A SBF atua fundamentalmente por projetos, em sua maioria, de grande porte e
complexidade. A boa gestão dessa carteira de projetos é ponto central para o bom desempenho
da Secretaria. Além disso, a SBF tem uma agenda internacional pesada e intensa. Boa parte da
agenda da Secretaria está lastreada em compromissos internacionais, com impacto direto na
imagem do Ministério e do País no exterior. A SBF tem participação direta em inúmeras
convenções, tratados e acordos internacionais. Por fim, para cumprir adequadamente o seu
papel, a Secretaria necessita fazer um intenso trabalho de articulação e envolvimento de atores,
governamentais, federal, estadual e municipal, da sociedade civil, do setor privado, das
comunidades tradicionais, da academia, parceiros internacionais, entre outros.
As doações internacionais têm um papel fundamental para a implementação da
agenda da SBF, principalmente em um cenário de restrição fiscal como o que vivemos hoje.
Apesar da contração que vem ocorrendo nos últimos anos no orçamento federal, os recursos
alocados à Secretaria de Biodiversidade e Florestas vem crescendo em termos reais, graças às
doações internacionais, que se materializam na elaboração e implementação de projetos
internacionais. A maioria dos Projetos vem de doação do GEF, mas também dos governos alemão
e norte-americano.
A SBF conta hoje com o aporte de recursos provenientes de 13 Projetos
Internacionais que totalizam o montante de R$ 1.291.994.035,09, com previsão de acréscimo de
R$ 257.891.891,43, em mais 06 Projetos que se encontram em fase avançada de negociação. A
título de comparação, os recursos orçamentários para este ano, alocados à Secretaria, após o
contingenciamento, são de R$ 1.121.045,00. Essa realidade, inevitável quando cotejados os
compromissos e desafios da Secretaria com os recursos governamentais alocados para o seu
atendimento, requer também um olhar especial, para além das questões de deficiências de
estrutura e de pessoal, requisitos fundamentais para uma boa gestão, de forma a possibilitar o
adequado acompanhamento, monitoramento e execução desse expressivo volume de recursos.
50
Secretaria de Biodiversidade e Florestas
Departamento de Espécies
Gerência de Conservação de Espécies Terrestres
Gerência de Conservação de Espécies Aquáticas
Departamento de Ecossistemas
Gerência de Conservação de Ecossistemas
Gerência de Monitoramento e Planejamento de
Conservação de Paisagens
Departamento de Áreas Protegidas
Gerência do Sistema Nacional de UC
Gerência de Fomento ao SNUC
Departamento do Patrimônio Genético
Gerência de Acesso ao Patrimônio Genético
Gerência de Assuntos Regulatórios e Repartição de
Benefícios
Chefe do Apoio Administrativo - CGEN
Chefe de Gabinete
Coordenação de Projetos e Cooperação Internacional
Coordenação de Planejamento, Orçamento e
Administração
Apoio Administrativo Assessoria
51
ANEXO: PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS
EVENTOS INTERNACIONAIS
Período Evento Objetivo, Foro ou Acordo Local Quant.
Priorid: A – Alta B- Média C - Baixa
2 a 6 de maio
First meeting of the Subsidiary Body on Implementation - CDB
Convenção da Diversidade Biológica (CDB)
Montreal-Canadá
1 A
02 a 06 maio
ACAP - Population and Conservation Status Working Group/ Seabird Bycatch Working Group.
Convenção/Espécies Ameaçadas/Acordo para Conservação de Albatrozes e Petréis
La Serena-Chile 1 B
09 a 13 maio
ACAP -9° Reunião do Comitê Consultivo do ACAP (AC9).
Convenção/Espécies Ameaçadas/Acordo para Conservação de Albatrozes e Petréis
La Serena-Chile 1 B
10 a 13 maio
OCDE - Working Party on Biodiversity, Water and Ecosystems
Acordo MMA-OCDE/Monitoramento da Performance Ambiental
Paris-França 1 A
23 a 27 maio
Comitê de Proteção Ambiental do Tratado da Antártica
Convenção/Conservação Antártica Santiago-Chile 1 A
6 a 7 junho TIRFAA* – 1ª Reunião da Mesa do OG-7
Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura
Roma-Itália 1 B
7 a 9 junho Reunião do Conselho do GEF Projetos de Cooperação Internacional - negociação
Washington-EUA
1 A
04 a 20 junho
CIB - Encontro do Comitê Científico da Comissão Internacional Baleeira.
Convenção/Espécies Ameaçadas/Biodiversidade marinha
Bled-Eslovênia 3 A
20 a 22 junho
Second meeting of the Informal Advisory Committee to the Access and Benefit-sharing - Clearing House - CDB
Convenção da Diversidade Biológica (CDB)/ Protocolo de Nagoya
Montreal-Canadá
1 B
4 a 6 julho
TIRFAA* – 5ª Reunião do Grupo de Trabalho Ad hoc para o Fortalecimento do Sistema Multilateral de Acesso e Repartição de Benefícios (GT-SML)
Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura
a definir 1 B
11 a 15 julho
32º Sessão do Comitê da Pesca da FAO (COFI).
Convenção/Espécies Ameaçadas/Biodiversidade marinha
Roma-Itália 1 B
10 a 20 julho
World Heritage Convention - 40th Session of the Committe
Convenção/Áreas Protegidas Istanbul-Turquia
1 B
15 a 19 agosto
GEF 6 - Paisagens Sustentáveis Amazônia -Steering Comitte
Projeto de Cooperação Internacional - negociação
Colômbia 3 A
21 a 28 agosto
GEF 6 - Paisagens Sustentáveis Amazônia -Steering Comitte
Projeto de Cooperação Internacional - negociação
Lima-Peru 1 A
52
29 agosto a 12 setembro
II Sessão do Comitê Preparatório (II sessão PrepCom) sobre elementos do futuro instrumento internacional juridicamente vinculante sobre conservação e uso sustentável da biodiversidade marinha de áreas além das jurisdições nacionais (BBNJ)
Nações Unidas/Construção de Acordo Internacional sobre Biodiversidade marinha
Nova York-EUA 1 A
1 a 10 setembro
Congresso Mundial de Conservação - IUCN
Discussão sobre vários temas ligados à conservação da biodiversidade (espécies ameaçadas, invasoras, áreas protegidas, florestas, pesca, etc)
Honolulu-Havaí 2 B
24 setembro a 05 outubro
17ª Reunião da Conferência das Partes (COP-17) da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES)
Convenção/Espécies Ameaçadas Johanesburgo-Africa do Sul
2 A
3 a 4 outubro
TIRFAA* – 1ª Reunião do Comitê Assessor do Sistema Global de Informação
Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura
a definir 1 B
20 a 28 outubro
Plenária da Comissão Internacional Baleeira - CIB
Convenção/Espécies Ameaçadas/Biodiversidade marinha
Portoroz-Eslovênia
1 A
24 a 25 outubro
TIRFAA* – 3ª Reunião do Comitê Ad hoc Assessor sobre Uso Sustentável (ACSU-3)
Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura
a definir 1 B
26 a 28 outubro
Reunião do Conselho do GEF Projeto de Cooperação Internacional - negociação
Washington-EUA
1 A
15 a 17 novembro
OCDE - Working Party on Environmetal Information
Acordo MMA-OCDE/Monitoramento da Performance Ambiental
Paris-França 1 B
15 a 19 novembro
TIRFAA* – 6ª Reunião Grupo de Trabalho Ad hoc para o Fortalecimento do Sistema Multilateral de Acesso e Repartição de Benefícios (GT-SML)
Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura
Roma-Itália 1 B
20 a 22 novembro
TIRFAA* – 8ª Reunião do Comitê Ad hoc Assessor sobre a Estratégia Financeira (ACFS-8)
Convenção/Recursos fitogenéticos para alimentação e agricultura
Roma-Itália 1 B
4 a 17 dezembro
13ª Reunião da Conferência das Partes (COP) da Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB
Convenção da Diversidade Biológica (CDB)
Cancun-México 5 A
4 a 17 dezembro
8ª Reunião da Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (COP-MOP-8) - CDB
Convenção da Diversidade Biológica (CDB)
Cancun-México 2 A
53
4 a 17 dezembro
2ª Reunião da Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes do Protocolo de Nagoya sobre Acesso e Repartição de Benefícios (COP-MOP-2)
Convenção da Diversidade Biológica (CDB)/Protocolo de Nagoya
Cancun-México 2 A
a confirmar
Projeto Integração das Áreas Protegidas do Bioma Amazônico - IAPA
Cooperação internacional/Áreas Protegidas
4 reuniões - a confirmar
1 C
a confirmar
Reunião da Rede Latino-Americana de Cooperação Técnica em Parques Nacionais - REDEPARQUES
Cooperação internacional/Áreas Protegidas
a confirmar 1 C
EVENTOS NACIONAIS
Mês Período Evento Objetivo ou Foro Local Qtd Prior
maio a definir Reunião do Grupo de Avaliação Ambiental - GAAm
Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR
Brasília 5 Alta
maio a definir Oficina de apresentação do projeto TEEB na ACADEBio
Projeto Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade TEEB
Sorocaba/ SP 1 Normal
maio a definir Oficina de apresentação do projeto TEEB na ACADEBio
Projeto Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade TEEB
Sorocaba/ SP 1 Normal
maio a definir Realização da Semana da Mata Atlântica 2016
Semana da Mata Atlântica 2016
a definir 2 Alta
maio a definir Reunião Ordinária do CNZU
Reunião Ordinária da CNZU Brasília 7 Alta
maio 23 a 24
Seminário " Diálogo regional sobre Áreas Protegidas - Projeto Integração da Áreas Protegidas da Amazônia - IAPA
Brasília-Rio Branco_Brasília
3 alta
maio 28 a 30 Semana da Mata Atlãntica Brasília- SP-Brasília
2 média
Maio A definir Oficinas sobre os Planos de Recuperação - Guaiamum
Provável retorno da vigência da Portaria 445; necessário produzir plano de recuperação. Acompanhamento de reunião do conselho deliberativo.
Dos participantes para Brasília
20 Alta
maio 4 dias no mês
Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
54
Junho A definir Seminário de Espécies Ameaçadas.
Envolvimento dos estados para estabelecimento de governança.
Dos participantes para Brasília
28 Alta
Junho 20 a 22 junho
Oficina do Plano Coral Sol Discussão do Plano Coral Sol
Dos participantes para Brasília
6 Alta
Junho 22 e 23 junho
CONABIO Atendimento ao Decreto 4.703/2003
Dos participantes para Brasília
7 Alta
Junho a definir
Reunião de regionalização dos PMMAs do Sul e Extremo Sul da Bahia e Reunião de elaboração dos Planos de Manejo das APAs do Extremo Sul da BA
Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica
Porto Seguro/BA
1 Normal
Junho a definir
Reunião de Coordenação do PACTO e Reunião de elaboração dos Planos de Manejo das RESEX e RDS do Litoral Sul de SP
Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica
Cananéia/ SP 1 Normal
Junho a definir
Reunião de elaboração dos PMMAs do Litoral do PR e Reunião de elaboração dos Planos de Manejo dos Parques Estaduais do Litoral
Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica
Morretes/ PR 1 Normal
junho 06 a 10 Seminário sobre metadados/ geoprocessamento - IBGE
Brasília- RJ-Brasília
2 alta
Junho 4 dias no mês
Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
junho/julho 08 a 14 Capacitação de Servidores e participação na AcaDebio
Brasília-São Paulo-Brasília
2 média
Julho A definir Reunião da Comissão Nacional do Jardim Botânico
Atendimento à Resolução CONAMA 339/2003
Rio de Janeiro 1 Alta
Julho a definir
Reunião de elaboração do Plano de Bacia do Piabanha e Reunião de elaboração dos PMMAs da Região Serrana do RJ
Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica
Petrópolis/RJ 1 Normal
julho 07 a 09 Reunião de coordenação do SNUC- Reservas da Biosfera
A definir 1 média
Julho 4 dias no mês
Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
55
Julho A definir Oficinas sobre os Planos de Recuperação - Bagre
Provável retorno da vigência da Portaria 445; necessário produzir plano de recuperação. Acompanhamento de reunião do conselho deliberativo.
Dos participantes para Brasília
15 Alta
Julho a Agosto
a definir
Vistoria técnica do Convênio nº 810365/2014 - “Recuperaçao da cobertura vegetal de uma área degradada localizada na Praia da Enseada, Município de Bertioga/SP”
Convênio nº 810365/2014 Bertioga/SP 1 Alta
Agosto A definir Oficina de Elaboração do Plano de Controle do Javali
Discussão do Plano de Controle do Javali
Dos participantes para Brasília
8 Alta
Agosto 4 dias no mês
Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
agosto 22 a 24 Reunião sobre implementação do SNUC Bioma Mata Altântica
A definir 2 alta
Setembro A definir 17ª Reunião da CONACER Participar da 17ª Reunião da CONACER
Brasilia 7 Alta
Setembro 21 e 22 setembro
CONABIO Atendimento ao Decreto 4.703/2003
Dos participantes para Brasília
6 Alta
Setembro 4 dias no mês
Convite para Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
setembro 28 a 30 Reunião sobre implementação do SNUC Bioma Pampa
A definir 2 alta
setembro 09 a 10 Reunião de coordenação do SNUC ao Órgãos Estaduais e Municipais
A definir 1 normal
Setembro 4 dias no mês
Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
Setembro a Dezembro
Vistoria técnica do Convênio nº 801997/2014 - Edital FNMA nº 01/2013, “Formaçao de Agentes Populares de Educação Ambiental na Agricultura Familiar e Implementação de Projetos Comunitários”
Convênio nº 801997/2014 - Edital FNMA nº 01/2013
Salvador 1 Alta
56
Outubro a definir Reunião Ordinária do CNZU
Reunião Ordinária da CNZU Brasília 7 Alta
outubro 15 a 18 Reunião sobre implementação do SNUC Bioma Caatinga
A definir 2 alta
outubro 06 a 10 Reunião de coordenação do SNUC ao Órgãos Estaduais e Municipais
A definir 1 normal
Outubro 4 dias no mês
Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
novembro 04 a 07 Reunião sobre implementação do SNUC Bioma Pantanal
A definir 2 alta
novembro 15 a 21 Capacitação de Servidores e participação na AcaDebio
Brasília-São Paulo-Brasília
2 média
Novembro 4 dias no mês
Reunião p/ discutir e regras p/ Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
dezembro 25 a 27 Reunião de coordenação do SNUC - Órgãos Federais, Estaduais e Municipais
A definir 2 mormal
Dezembro 4 dias no mês
Reunião - Regras - Sistemas de Governança (CGEN e Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios).
Implementação do reulamentos da Lei 13.123/2015
Depende da comunidade
3 Alta
A definir Ararinha-Azul Ações para a reintrodução da Ararinha
Curaça/BA 2 Alta
2
A definir Visita Criadouro Ararinha-azul
Visita aos criadouro da ararinha-azul para acertar assinatura de acordo de cooperação técnica para a reintrodução da espécie
BSB-BH 3 Alta
A definir Reunião Técnica de Validação das revisões dos defesos – Região Norte
Ações prioritárias indicadas pelo gabinete da ministra como entregas para os próximos 100 dias
Manaus ou Brasília
2 Alta
A definir
Discussão com JBRJ e ICMBIo a Estratégia de Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção
Conforme previsto na Portaria 443 e compromisso assumido pelo MMA, o aporte de novos dados enseja a reavaliação da conservação de novas espécies
Dos participantes para Brasília
4 Alta
57
A definir Revisão Portaria 443. Reunião do GT
Conforme previsto na Postaria 443 e compromisso assumido pelo MMA, o aporte de novos dados enseja a reavaliação da conservação de novas espécies
Dos participantes para Brasília
3 Normal
58
SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E
AMBIENTE URBANO - SRHU
INTRODUÇÃO
A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano – SRHU - tem por
atribuições as definidas no art. 23 do Decreto 6101 de 26 de abril de 2007, onde se destacam: i)
propor a formulação da Política Nacional de Recursos Hídricos, por meio da coordenação e
implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos, exercer as atividades da secretaria
executiva do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH em articulação com o Conselho
Nacional de Meio Ambiente – CONAMA; apoiar planos, políticas e sistemas estaduais de
gerenciamento, gerenciamento de recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços e de águas
subterrâneas; ii) coordenar a execução do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas,
articulando atores governamentais e não-governamentais, subsidiando programas e projetos
relacionados e formulando estratégias e priorizando ações em função da situação de
vulnerabilidade ou degradação ambiental; iii) subsidiar a formulação de políticas e estratégias
para implementação de programas e políticas relacionados à gestão ambiental em ambiente
urbano, desenvolvimento de planos e aperfeiçoamento de instrumentos locais e regionais que
incorporem a variável ambiental, controle e mitigação da poluição em áreas urbanas, gestão
integrada de resíduos sólidos, destacando-se aí, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS.
Essas atribuições são exercidas pelos departamentos de Recursos Hídricos, Revitalização de Bacias
e de Ambiente Urbano.
No entanto, novas atribuições foram agregadas após 2007, de maneira informal,
com a migração dos Departamentos de Qualidade Ambiental na Indústria (formalmente ligado à
SMCQ) e de Zoneamento Territorial (formalmente ligado à SEDR). O primeiro, agregou à SRHU as
atribuições de subsidiar a formulação de políticas e definição de estratégias afetas à redução da
poluição industrial, seu controle e monitoramento; redução de riscos ambientais decorrentes de
produtos e substâncias perigosas e nocivas, promovendo a segurança química com atuação
inclusive em situações de emergência, gestão de produtos e resíduos perigosos, passivos
ambientais e áreas contaminadas, subsidiando resoluções do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA e coordenando a Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQ, para
subsídio à formulação e criação de política para o setor. O segundo departamento, acresceu as
atribuições de subsidiar a formulação de políticas e normas, estratégias e estudos relacionados à
gestão e ordenamento ambiental do território, notadamente das áreas costeiras, com a
coordenação do Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro – GI-GERCO; além da
coordenação do Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE nacional, e subsídio e fomento aos ZEE
em âmbito estadual.
59
RESULTADOS E CONQUISTAS
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – DRH
Elaboração, acompanhamento da implementação e revisões do Plano Nacional de Recursos
Hídricos
O PNRH foi aprovado em 2006 pelo CNRH, com horizonte até 2020, definido a
partir de cenários de planejamento, com previsão de revisão a cada quatro anos, visando
influenciar o Planejamento Plurianual do Governo Federal e dos Estados. Em 2011, ocorreu a
primeira revisão do PNRH, que estabeleceu 22 prioridades (2012-2015), refletidas no PPA para
2012-2015. A revisão, em curso, envolve consulta pública on-line aos entes do Sistema Nacional
de Gerenciamento de Recursos Hídricos e à sociedade em geral, por meio do site
www.participa.br/recursoshidricos. Os resultados orientarão as ações para o último ciclo de
implementação (2016-2020), por meio de diretrizes, prioridades e indicadores, que deverão gerar
compromissos de órgãos do Governo Federal e dos órgãos estaduais, no âmbito do CNRH.
Apoio aos Estados na elaboração ou revisão dos seus Planos Estaduais de Recursos Hídricos
De 2009 a 2015, foram concluídos, com o apoio da SRHU/MMA, os Planos
Estaduais de Recursos Hídricos do Mato Grosso (2009), Paraná (2009), Mato Grosso do Sul (2010),
Acre (2012), Rio Grande do Sul (2014) e Goiás (2015). Em 2013, os Estados do Amazonas,
Maranhão e Rondônia receberam recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente para a
elaboração dos seus Planos Estaduais. Em 2015, a SRHU/MMA firmou parceria com a ANA para o
apoio à revisão dos PERH do Rio Grande do Norte e Paraíba, estados receptores das águas do
projeto de transposição da bacia hidrográfica do São Francisco. O apoio aos Estados terá
continuidade no PPA 2016-2019, com a meta de "ampliar de 58% para 100% a área do território
nacional coberta com Planos Estaduais de Recursos Hídricos".
Participação social e educação ambiental para a gestão dos recursos hídricos
No período de 2009 a 2016, a SRHU/MMA coordenou a realização de quatro
edições do Encontro Formativo Nacional de Educação Ambiental para a Gestão das Águas, que
constitui estratégia dialógica e formativa de fortalecimento da rede de educadores ambientais,
comunicadores e ativistas que atuam na gestão dos recursos hídricos no País. Está em andamento,
em parceria com o DEA/MMA, a produção de conteúdo de participação social e de educação
ambiental para a gestão de recursos hídricos, na modalidade de EAD, com vistas à atuação nos
colegiados de recursos hídricos.
Fortalecimento do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos - SINGREH
Neste período o CNRH aprovou a renovação da delegação de competências a
cinco entidades para o exercício das funções inerentes à Agência Nacional de Águas, criando não
só estruturas institucionais para a aplicação dos recursos da cobrança pelo uso da água em cinco
importantes bacias do país, como também apoiando o funcionamento dos respectivos Comitês
de Bacias Hidrográficas dos rios Paraíba do Sul, São Francisco, Piracicaba/Capivari/Jundiaí, Doce e
60
Paranaíba, que são considerados de domínio da União por abrangerem mais de um Estado da
federação. Além disso, nesse período o CNRH aprovou a criação de dois Comitês de Bacias
Hidrográficas sendo eles no rio Grande (São Paulo e Minas Gerais) e no rio Paranapanema (São
Paulo e Paraná).
Regulamentação da Outorga
O CNRH, no âmbito de sua competência para estabelecer diretrizes
complementares para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e aplicação de
seus instrumentos, regulamentou, por meio da Resolução 140/2013, critérios gerais para outorga
de lançamento de efluentes com fins de diluição em corpos de água superficiais, contribuindo
para o estabelecimento de regras voltadas à melhoria da qualidade da água no país e para o seu
reuso. Definiu, ainda, por meio da Resolução 141/2012, critérios para a outorga de direito de uso
e enquadramento em rios intermitentes possibilitando aos órgãos gestores da região Nordeste
elementos para uma melhor gestao de corpos d’água com essas características.
Regulamentação da Lei nº 12.334/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de
Barragens
Em 2010, foi sancionada a Lei nº 12.334/2010, que estabeleceu a Política Nacional
de Segurança de Barragens (PNSB) e criou o Sistema Nacional de Segurança de Barragens. Essa
Lei, que teve sua concepção original na Câmara Técnica de Análise Projeto (CNHR/CTAP), atribuiu
novas competências ao CNRH e à Agência Nacional de Águas. Com base nisso, o CNRH aprovou a
Resolução nº 143/2012, que estabelece critérios gerais de classificação de barragens por
categoria de risco, dano potencial associado e pelo volume do reservatório, e a Resolução
144/201, que estabelece diretrizes para implementação da Política Nacional de Segurança de
Barragens, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de Informações sobre
Segurança de Barragens.
DEPARTAMENTO DE REVITALIZAÇÃO DE BACIAS – DRB
Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas
Constante nos PPA 2008-2011, PPA 2012-2015, o Programa atuou
prioritariamente nas bacias hidrográficas dos rios Alto Paraguai e São Francisco, na qual as ações
integradas para revitalização estão em estágio mais avançado. Mesmo sendo essas bacias
prioritárias, foram atendidas com investimento de aproximadamente R$ 2.000.000,00, demandas
específicas em outras bacias situadas em todo o território brasileiro.
Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
As ações de revitalização da BHSF são executadas de forma descentralizada, a
partir da coordenação da SRHU e da implementação simultânea de projetos e ações pelos
diversos parceiros do Programa. No período destaca-se o investimento do MMA de
aproximadamente R$ 5.000.000,00 em projetos de manejo integrado de microbacias que
contemplam intervenções destinadas à conservação da água e do solo na região do Alto Rio São
61
Francisco; implementação das atividades dos Centros de Recuperação de Áreas Degradadas
(CRAD), que visam implantar e difundir modelos demonstrativos de restauração de ambientes
florestais; realização de Operações de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), com vistas a
promover a recuperação da bacia e estimular práticas que reparem e previnam danos ambientais.
Revitalização da Região Hidrográfica do Alto Paraguai
Os recursos investidos na Bacia do Alto Paraguai, somam aproximadamente
R$ 1.500.000,00, destacando-se continuidade das ações de recuperação e conservação ambiental
na microbacia hidrográfica das nascentes do rio Aquidauana, em Mato Grosso de Sul, e do projeto
de recuperação das nascentes e mobilização para conservação dos recursos hídricos do pantanal
matogrossense, na sub-bacia do Rio Paraguai, no Estado de Mato Grosso.
Programa Água Doce – PAD
O Programa Água Doce se estabeleceu como uma política pública de acesso à
água por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas salobras e salinas. Sua
metodologia incorpora os cuidados ambientais, sociais e técnicos na implantação, recuperação e
gestão de sistemas de dessalinização. A partir de 2010 suas ações vêm sendo orientadas pelos
Planos Estaduais de Implementação e Gestão do Programa Água Doce. Em 2011, o PAD passou a
integrar o Programa Água Para Todos, no âmbito do Plano Brasil sem Miséria, assumindo a meta
de aplicar a metodologia do programa na implantação e gestão de 1200 sistemas de
dessalinização, com investimentos de cerca de 240 milhões de reais, beneficiando
aproximadamente 500 mil pessoas. Até o momento, foram diagnosticadas 3145 comunidades em
298 municípios. Da meta de 1.200 sistemas de dessalinização, 713 obras já estão contratadas, 159
sistemas de dessalinização foram implantados ou recuperados e 79 estão em fase de implantação.
DEPARTAMENTO DE AMBIENTE URBANO - DAU
Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos constitui um dos instrumentos da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, no qual estão definidas diretrizes, metas e estratégias nacionais
relativas à gestão de resíduos sólidos. Aprovado em 2012 pelo Comitê Interministerial da Política
Nacional de Resíduos Sólidos (CI), mediante apreciação pelos Conselhos Nacionais de Meio
Ambiente, das Cidades, de Recursos Hídricos e de Saúde, o Plano, cujo horizonte temporal é de
20 anos, encontra-se em fase de planejamento de sua atualização, conforme periodicidade
estabelecida na Lei nº 12.305/2010 para a atualização a cada quatro anos.
Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR
A Lei 12.305/10 estabeleceu o SINIR como um de seus instrumentos. O Decreto
7.404/10 o instituiu sob a coordenação do MMA e determinou que fosse implementado até o dia
23/12/12. Em dezembro de 2012 a SRHU celebrou contrato de dois anos com o CPAI/UnB, que
inclui a aquisição do software Liferay e a implantação, ainda em dezembro de 2012, da primeira
62
versão do portal SINIR no endereço www.sinir.gov.br. Em 12/12/2014 foi assinado o primeiro
Termo Aditivo prorrogando a vigência do contrato por mais 22 meses.
Estudos de Regionalização e Planos Estaduais de Resíduos Sólidos
O MMA apoiou a elaboração dos estudos de regionalização para a gestão
integrada de resíduos sólidos antes mesmo da publicação da Lei nº 12.305/2010, tendo como
referência a Lei n° 11.445/2007 (Lei do Saneamento Básico). Atualmente, 17 estados já concluíram
seus estudos de regionalização, tendo 16 deles seus estudos elaborados por meio de convênios
firmados com o MMA, totalizando um montante de aproximadamente R$ 7,5 milhões de reais. A
PNRS estabeleceu a data limite de 2012 como condição para os estados terem acesso a recursos
da União. Já estão concluídos os PERS de 9 estados, cada qual com metodologias próprias e níveis
de detalhamento variados. Outros estados encontram-se com seus PERS em diferentes fases de
execução e contratação.
Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS
Assim, como os estados, os municípios e o Distrito Federal também tiveram o ano
de 2012 como limite para conclusão de seus planos municipais para a obtenção de recursos da
União. De acordo com os dados da pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em julho
de 2015 junto aos Governos Estaduais, 2.325 municípios brasileiros (41,7%) declararam possuir
PGIRS (municipal ou intermunicipal), nos termos estabelecidos na PNRS.
Capacitação em Gestão de Resíduos Sólidos
A ação se divide, basicamente, em duas formas: (1) Oferta de curso EaD pela
plataforma do próprio MMA e; (2) Cooperação técnica com o Banco do Brasil (BB) para realização
de curso para sensibilização/capacitação de gestores públicos no referido tema através de
plataforma virtual do BB. Em três edições do curso EaD ofertado pelo MMA, foram capacitados
(concluíram o curso) 421 profissionais, distribuídos em 269 diferentes municípios de 25 unidades
da federação. Quanto ao ACT com o BB, o documento encontra-se em fase de assinatura por parte
da SRHU/MMA para implementação.
Inclusão socioprodutiva de catadores de materiais recicláveis
Essa estratégia que define o incentivo à criação e ao desenvolvimento de
cooperativas ou de outras formas de associação de catadores é um dos instrumentos da PNRS.
Segundo informações do PNRS, existem entre 400 e 600 mil catadores no Brasil, que atuam na
coleta, triagem e classificação de materiais recicláveis. O apoio do MMA acontece desde 2003
com a criação do Comitê Interministerial de Inclusão Social e Econômica dos Catadores de
Materiais Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC), com a finalidade de integrar esforços e iniciativas dos
órgãos e entidades participantes. O MMA atua no projeto Cataforte, que visa possibilitar a
inserção de cooperativas no mercado da reciclagem. No âmbito do Cataforte, o MMA
descentralizou R$ 5.293.392,00 para ações de assistência técnica para as 33 redes de
empreendimentos solidários, participação no projeto de 66 catadores mobilizadores sociais e
realização de seminários para alinhamento de informações e intercâmbio de experiências.
63
Destacamos também o apoio do MMA à reciclagem na COPA FIFA 2014, ao Prêmio Cidade Pró-
catador e ao Pronatec.
Logística Reversa de Lâmpadas
O acordo setorial para implantação do Sistema de Logística Reversa de Lâmpadas
Fluorescentes de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista foi assinado no dia 27/11/2014. Seu
objetivo é garantir que a destinação final dos resíduos dessas lâmpadas seja feita de forma
ambientalmente adequada e em conformidade com a Lei que instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos. As discussões e negociações desse acordo foram longas, iniciando-se em
05/05/2011 e estendendo-se, praticamente, até o momento imediatamente anterior a sua
assinatura. Ao longo de 2015 foi criada a entidade gestora responsável por operacionalizar o
sistema de logística reversa de lâmpadas, denominada Reciclus. Além da criação da gestora, o
setor empresarial adquiriu software que permitirá o controle de toda operação da logística
reversa e dos atores envolvidos, incluindo controle das quantidades coletadas e destinadas bem
como custos envolvidos.
Acordo Setorial para Implantação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens Plásticas de
Óleo Lubrificante
O Acordo Setorial para implantação do Sistema de Logística Reversa de
Embalagens Plásticas de Óleo Lubrificante foi assinado no dia 19/12/2012. As informações acerca
da quantidade de embalagens plásticas comercializadas e destinadas de forma ambientalmente
adequada são consolidadas em relatório disponível em www.sinir.gov.br. Em consulta ao sítio
www.joguelimpo.org.br, no dia 25 de abril de 2016, verifica-se que as embalagens plásticas de
lubrificantes usadas, recebidas e recicladas desde 2005 é superior a 265 milhões. Já foram
iniciadas as discussões acerca do Termo Aditivo ao Sistema de Logística Reversa de Embalagens
Plásticas de Óleo Lubrificante para expansão do sistema para outras regiões.
Embalagens em Geral
Os trabalhos para implantação desse sistema de logística reversa começaram em
2011 com a criação de um grupo técnico temático – GTT, coordenado pelo MMA. O trabalho do
GTT culminou na publicação de um edital de chamamento em 05/07/2012. O edital, direcionado
às entidades representativas das cadeias produtivas relacionadas às embalagens, continha um
prazo de 180 dias para o recebimento de propostas de acordo setorial. O acordo que institui o
sistema de logística reversa de embalagens em geral foi finalmente assinado em novembro de
2015 com uma coalizão de 20 entidades representativas de mais de 1.000 empresas. O acordo
possui metas estruturantes como o apoio às cooperativas de catadores de materiais recicláveis e
instalação de pontos de entrega voluntária, além de possuir meta de recolhimento diário de 3815
toneladas de embalagens que deverá ser alcançada até o final do ano de 2017.
Logística Reversa de Óleo Lubrificante
Essa cadeia de logística reversa foi instituída por meio da Resolução CONAMA
362/2005 e já é uma cadeia consolidada. O MMA e o MME estabelecem as metas de recolhimento
64
do sistema. A estratégia adotada nos últimos anos foi reduzir a diferença entre o volume coletado
nas regiões sul e sudeste, relativamente maiores, e no restante do País. Assim, enquanto o volume
de óleo usado coletado no Brasil entre 2008 e 2014 avançou 26%, ele mais que dobrou nas regiões
Norte e Nordeste e teve um crescimento de 62 % na região Centro-Oeste. Para os próximos anos
permanece a estratégia de redução das disparidades, porém já visando um aumento nas metas
de coleta para o Brasil no médio prazo. O MMA já iniciou a negociação para assinatura de um
acordo setorial junto aos fabricantes o que deve eliminar gargalos nesse sistema de logística
reversa.
Implantação do Registro de Emissões e Transferência de Poluentes - RETP no Brasil
O RETP é um sistema de levantamento, tratamento, acesso e divulgação pública
de dados e informações sobre as emissões e as transferências de poluentes que causam ou têm
o potencial de causar impactos maléficos para os compartimentos ambientais ar, água e solo. Esse
sistema faz parte de um compromisso internacional denominado PRTR – Pollutant Release and
Transfer Registers e é fundamentado em um projeto de harmonização internacional baseado no
direito público de saber. A concepção do modelo do RETP Brasileiro contou com a construção de
lista dos poluentes efetiva ou potencialmente poluidores; elaboração de Manual do Declarante
do RETP; e programa de capacitação, com 1543 profissionais de 437 representantes das grandes
e médias indústrias brasileiras. O MMA e o IBAMA assinaram em 2015 um Acordo de Cooperação
Técnica cujo objeto é o “aprimoramento e manutençao do Registro de Emissao e Transferência
de Poluentes – RETP no Relatório Anual de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras
de Recursos Ambientais – RAPP”, previsto no Cadastro Técnico Federal do IBAMA.
DEPARTAMENTO DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA – DQAM
Gestão ambientalmente adequada de substâncias e produtos químicos
Elaboração do Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo,
que sistematiza as medidas planejadas para atender aos compromissos internacionais assumidos
pelo país quando da ratificação da Convenção. Para subsidiar a formulação do Plano, entre 2010
e 2015 vários documentos e estudos foram elaborados, entre os quais 5 inventários e planos de
ação. Construído com participação e envolvimento de diversos atores (governo, sociedade civil,
indústria e academia), o Plano Nacional foi submetido a consultas finais, validação, divulgação e
transmitido ao Secretariado da Convenção de Estocolmo na COP7, em abril de 2015. A
implementação dos Planos de Ação foi iniciada em 2016.
Convenção de Minamata sobre mercúrio
Importante avanço decorrente das discussões ocorridas entre 2012 e 2015 no
plano nacional e regional (América Latina e Caribe), encontra-se em desenvolvimento o Projeto
de Desenvolvimento da Convenção de Minamata sobre Mercúrio, por meio de Acordo de
Cooperação Técnica Internacional firmado entre o MMA e o Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA), que tem como objetivo inventariar fontes de emissão de mercúrio e
levantar a capacidade analítica e laboratorial, produção científica e proposta de priorização e
65
medidas de gestão e controle que possam ser utilizadas nas principais fontes. Os resultados
esperados do Projeto permitirão obter/refinar informações sobre os setores e os processos
industriais emissores, importação/exportação e comércio de mercúrio/compostos de mercúrio e
produtos com mercúrio adicionados, gestão de resíduos de mercúrio, estocagem, mineração
artesanal de ouro além de análise do alcance/suficiência da legislação nacional.
Gestão dos riscos relacionados às emergências ambientais com produtos perigosos
Desde 2010 vem sendo apoiada a estruturação das Comissões Estaduais e a
elaboração de ferramentas de mapeamento de risco que possam subsidiar as ações estratégicas
governamental e privada, em âmbito nacional e estadual. Nesse sentido, foram apoiados os
Estados de Pernambuco, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Santa Catarina, Paraná e Minas
Gerais. Nesse período também foram criadas as Comissões Estaduais do Plano Nacional de
Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos
Perigosos (P2R2) em Pernambuco, Pará, Ceará, Santa Catarina e Paraná. Completando o Plano
Cartográfico para Mapeamento de Sensibilidade Ambiental a Derramamento de Óleo em Áreas
Costeiras e Marinhas, que abrange 9 agrupamentos de bacias sedimentares marítimas da costa
brasileira, entre 2012 e 2016 foi executado o mapeamento das bacias sedimentares marítimas da
Foz do Amazonas e da Bacia do Pará – Maranhão/Barreirinhas, Bacia de Pelotas e Bacia de Campos.
Inventários de Poluentes de Fontes Rodoviárias
Em 2011 foi lançado o 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por
Veículos Automotores Rodoviários, fruto de um esforço conjunto de diversas instituições, sob
coordenação do DQAM, o qual apresentou o cálculo das emissões no período entre 1980 e 2009,
bem como projeções até 2020. Esse primeiro inventário ofereceu informações necessárias para o
planejamento futuro com relação à emissão de poluentes atmosféricos por veículos automotores,
como a frota circulante no País, a quantificação dos principais poluentes atmosféricos emitidos,
ano a ano, assim como as classes de veículo responsáveis pelas principais emissões. Em 2014 foi
lançado o segundo inventário, que consolidou a metodologia criada e buscou atualizar e trazer
melhorias nos dados utilizados nos cálculos de emissões, ampliando o escopo da ferramenta e
incorporando dados oriundos de pesquisas recentes.
Diagnóstico das redes de monitoramento de qualidade do ar
Em 2014 foi lançado o 1º Diagnóstico da Rede de Monitoramento da Qualidade
do Ar no Brasil, fruto de uma parceria entre MMA e o Instituto Energia e Meio Ambiente, que
trouxe informações sobre a situação atual do monitoramento da qualidade do ar no Brasil. Esse
diagnóstico tratou principalmente da cobertura territorial e da configuração das redes de
monitoramento operadas pelos órgãos estaduais de meio ambiente (OEMA), dados das séries
históricas de medições entre 2000 e 2012 e as estratégias adotadas pelos OEMA para gerir suas
estruturas de monitoramento. Os resultados do diagnóstico confirmaram a percepção de que o
Brasil ainda tem deficiências em sua área coberta e de que existem assimetrias significativas na
estrutura dos estados, em suas redes de monitoramento.
66
Limites de Emissões de Poluentes da Indústria – Resolução CONAMA nº 436/2011
A Resolução CONAMA nº 436/2011 estabeleceu limites máximos de emissão de
poluentes atmosféricos para fontes fixas instaladas ou com pedido de licença de instalação
anteriores a 2 de janeiro de 2007. Para a maioria dos segmentos da indústria, os limites foram
igualados, ou seja, as fábricas antigas terão que se modernizar e diminuir substancialmente suas
emissões, equiparando-se às fábricas novas. Essa Resolução induziu uma revolução tecnológica
no Brasil, sendo uma das medidas de maior impacto ambiental que o CONAMA aprovou nos
últimos anos, trazendo profunda mudança ao nosso parque industrial e diminuindo de forma
expressiva as emissões dessas indústrias que, por serem as mais antigas, são justamente as que
se localizam dentro das áreas urbanas mais consolidadas, com maior impacto poluidor.
DEPARTAMENTO DE ZONEAMENTO TERRITORIAL – DZT
Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal - MacroZEE
Aprovação do MacroZEE da Amazônia Legal pelo decreto presidencial nº 7.378,
de 1º de dezembro de 2010, resultado da articulaçao entre o Governo Federal, os governos dos
nove estados da regiao e diversos segmentos da sociedade civil. Trata-se de instrumento para
planejar e ordenar a Amazônia Legal, harmonizando as relações econômicas, sociais e ambientais
que nela acontecem, visando à formulaçao e espacializaçao das políticas publicas de
desenvolvimento, ordenamento territorial e meio ambiente, assim como para as decisões dos
agentes privados.
Fomento aos ZEEs estaduais
Após a aprovação da lei complementar nº 140/2011 e da Lei nº 12.651/2012, que
disciplinaram a obrigatoriedade da elaboração do ZEE por todos os estados brasileiros, convênios
e acordos de cooperação técnica foram firmados com os estados do Acre, Amapá, Amazonas,
Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí, Roraima e Tocantins, contribuindo para que, hoje,
mais de 73% do território nacional possua diretrizes de uso e ocupação do solo em bases
sustentáveis definidas por iniciativas de ZEE estaduais.
Estruturação do Sistema Interativo de Análise Geoespacial da Amazônia Legal – SIAGEO
Amazônia
Desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Embrapa e
com os governos dos estados da Amazônia Legal, o, SIAGEO Amazônia foi lançado em 2015, e
fornece uma base de informações territoriais integradas que permite um maior conhecimento do
território amazônico.
67
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – DRH
Elaboração, acompanhamento da implementação e revisões do Plano Nacional de Recursos
Hídricos
Entre os desafios para implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos,
destaca-se a necessidade do fortalecimento da articulação com outros órgãos do Governo Federal,
que tenham a água como elemento estruturante de suas políticas públicas, a fim de promover
maior comprometimento com as metas do Plano. É necessário, ainda, o fortalecer a articulação
com as demais esferas de governo para planejamento de recursos hídricos, influenciando as
políticas e sistemas estaduais e municipais de recursos hídricos. Essas ações deverão se dar em
paralelo ao trabalho de consultoria contratado para a realização de um diagnóstico e avaliação
dos resultados do PNRH, de 2006 a 2015, que visam à correção de rumos e ao aperfeiçoamento
do planejamento dos recursos hídricos.
Apoio aos estados na elaboração ou revisão dos seus Planos Estaduais de Recursos Hídricos
O principal desafio está nas dificuldades operacionais de execução pelos estados
que receberam recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA (Amazonas, Maranhão e
Rondônia) para a elaboração de seus Planos. Ademais, as medidas de ajuste fiscal e o
contingenciamento orçamentário, inviabilizaram a contratação direta pela SRHU, prevista no
âmbito do Programa Interáguas, para o apoio à elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos
do Pará. Para contornar essa situação, a SRHU está envidando esforços para a obtenção de apoio
à elaboração dos planos estaduais de recursos hídricos por meio do Fundo Amazônia e do Fundo
Nacional de Meio Ambiente. Além disso, cabe destacar a necessidade de garantir recursos
financeiros para passagens e diárias visando à realização visitas de semestrais de supervisão e
orientação técnica aos Estados.
Participação social e educação ambiental para a gestão dos recursos hídricos
O principal desafio à continuidade dos Encontros Formativos Nacionais de
Educação Ambiental para a Gestão das Águas, cuja quinta edição é prevista para 2017, é a garantia
de recursos financeiros e parcerias para a sua realização. A realização dos encontros demanda a
produção de material, apoio logístico e apoio à participação dos representantes da sociedade civil.
Apoio ao funcionamento do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH
Cabe à SRHU custear passagens e diárias para a participação dos representantes
da sociedade civil nas reuniões do CNRH e de suas Câmaras Técnicas. Esse custeio tem sido
anualmente impactado por cortes orçamentários nos valores referentes a despesas de diárias e
passagens, o que vem se traduzindo na redução do número de reuniões, principalmente das
Câmaras Técnicas. Diante desse quadro, para que haja condições para uma atuação mais efetiva,
faz-se necessário impor uma nova dinâmica e contexto estratégico para governança desses
68
colegiados. A interação do CNRH com outros conselhos setoriais (ex: cidades, energia, agricultura,
etc.) é uma oportunidade e um desafio.
DEPARTAMENTO DE REVITALIZAÇÃO DE BACIAS - DRB
Revitalização de Bacias
O maior desafio que se apresenta é o atendimento dos objetivos do Grupo de
Trabalho, no âmbito do MMA, com a finalidade de apresentar propostas de medidas
socioambientais para revitalização da bacia do Rio São Francisco, conforme prevê a Portaria MMA
nº 72, de 11 de março de 2016, bem como a institucionalização do Comitê Gestor da Revitalização
do São Francisco. Com a participação de todas as unidades do MMA, o GT já sistematizou o que
foi feito pelo MMA na última década no que tange à revitalização da bacia do Rio São Francisco e
trabalha na elaboração de propostas em torno de 5 eixos: planejamento e informação;
fortalecimento institucional socioambiental; proteçao e uso sustentável dos recursos naturais;
saneamento, controle da poluição e obras hídricas; e, economia sustentável.
Programa Água Doce – PAD
O início da segunda fase do PAD requer urgente recomposição dos recursos
orçamentários e financeiros destinados à execução do Programa, que prevê, para essa fase, a
implantação de mais 2400 sistemas de dessalinização ambientalmente sustentáveis, a ampliação
da utilização de energia solar fotovoltaica como fonte de energia e a inclusão da Agenda Verde –
boas práticas de uso e conservação do solo, contribuindo assim para garantir a sustentabilidade
na explotação das águas subterrâneas.
DEPARTAMENTO DE AMBIENTE URBANO - DAU
Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Planares
Conforme estabelece o Decreto nº 7.404/2010 que regulamenta a Lei nº
12.305/2010, a proposta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), incorporadas as
contribuições advindas da consulta e das audiências públicas, deveria ser apreciada pelos
Conselhos Nacionais de Meio Ambiente, das Cidades, de Recursos Hídricos, de Saúde e de Política
Agrícola. Contudo, a não apreciação por parte do Conselho Nacional de Política Agrícola acarretou
na não formalização do Plano Nacional aprovado pelo Comitê Interministerial, impedindo sua
publicação por Decreto. Esse é, um grande desafio no atual momento, em que o Plano será
atualizado e revisado. Não obstante, diante do cenário atual financeiro e orçamentário do MMA,
marcado por significativas restrições e cortes orçamentários, outro desafio será angariar recursos
junto a fontes alternativas para viabilizar a execução do processo de revisão do Plano, em especial,
no tocante aos demais membros representados no CI, de outros órgãos federais, que também
têm enfrentado restrições em seus orçamentos.
69
Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - SINIR
O SINIR constitui um dos alicerces da PNRS. Sua concepção, conforme prevê a
PNRS, há de demandar grande articulação institucional de forma a contemplar um conjunto
bastante amplo de informações: do IBAMA; dos órgãos públicos competentes para a elaboração
dos planos de resíduos sólidos referidos no art. 14 da Lei nº 12.305/10; dos demais sistemas de
informações que compõem o SINIMA; e do SINIS, no que se refere aos serviços públicos de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Além disso, o SINIR deverá articular-se também
com o Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos – SNIRH (ANA). O grande desafio
aqui é promover a articulação com inúmeros atores em diferentes arenas de discussão, com o fim
de integrar distintas bases de dados e informações e, ainda, num cenário de contingenciamento
de recursos financeiros. O contrato com o CPAI/UnB para a concepção desse Sistema é uma
pesquisa científica, desenvolvida de forma interativa e incremental, cuja materialização em um
Sistema de Informações só será melhor percebida ao fim dos estudos.
Gestão de Resíduos Sólidos Orgânicos
Apesar da compostagem ser uma obrigação dos municípios, prevista no artigo 36,
inciso V, da PNRS, a maior parte da fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos ainda é
descartada de forma indiferenciada, considerada rejeito e disposta em aterros sanitários ou lixões.
Superar esse paradigma de aterramento e alcançar altos níveis de reciclagem da matéria orgânica
é tanto um desafio de gestão para os municípios quanto uma oportunidade de diminuir os
principais problemas ambientais a serem controlados em aterros sanitários e, potencialmente,
dobrar sua vida útil. Esse desafio requer maior disseminação de conhecimento técnico, regulações
que favoreçam melhor gestão dos resíduos (com segregação na fonte da fração orgânica),
desenvolvimento de diversos arranjos de tratamento (em escala doméstica, comunitária,
institucional, municipal e industrial), integração com outras políticas públicas correlatas
(segurança alimentar, agricultura urbana, agricultura orgânica, desenvolvimento social) e
mudança de percepção da população em geral sobre os resíduos orgânicos e suas alternativas de
descarte.
Estudos de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Planos Estaduais
Considerando a gestão regionalizada como uma das soluções para a temática de
resíduos sólidos, o MMA promoveu apoio àqueles consórcios constituídos ou em fase de
constituição, nos termos da Lei de Consórcios Públicos, com intuito de torná-los sustentáveis e
funcionais. Atualmente, o aumento do consorciamento demanda uma articulação com os Estados
para que dêem condições aos seus municípios de se organizarem em torno dos arranjos
apontados pelos estudos de regionalização existentes ou dos que vierem a ser elaborados no
âmbito dos PERS. Sobre os consórcios públicos, o Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos
Urbanos (MCID, 2013) – constatou um aumento substancial no número de consórcios públicos
intermunicipais, no período 2011–2013, que saltou de 81, em 2011, para 130, em 2012,
alcançando, em 2013, a marca de 166 consórcios, com reflexos diretos no aumento da coleta
seletiva. Na esfera estadual, porém, decorridos cinco anos de implementação da PNRS,
percebem-se grandes dificuldades na governança e na articulação entre os diversos atores que
70
participam dos planos estaduais (PERS), verificando-se interesses divergentes e de difícil
conciliação pelo poder público. Nesse contexto, verifica-se grande potencial de oportunidades
para a articulação mais próxima entre União, estados e municípios no diálogo federativo para a
implementação da PNRS.
Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS
Apesar das notórias dificuldades vivenciadas pelos municípios em todas as áreas,
os Planos Municipais de Saneamento Básico, disciplinados pela Lei nº 11.445/2007, podem
contemplar o conteúdo mínimo estabelecido pela PNRS para o eixo de resíduos sólidos. Assim,
essa possibilidade contribui para otimizar a integração entre a Lei de Saneamento Básico e a PNRS,
bem como para aumentar a escala de municípios que tenham um planejamento mais abrangente
e orientado pelas diretrizes da Lei nº 12.305/2010. Atualmente, com exceção dos planos que já
estão em execução ou foram concluídos por meio de apoio financeiro disponibilizado pelo MMA,
no âmbito de convênios ou contratos de repasse, não há orçamento disponível para
financiamento de novos planos. Assim, o Ministério tem pautado sua atuação pela articulação,
orientação e apoio técnico aos Estados e municípios, principalmente por meio de capacitação à
distância (curso em EaD).
Capacitação em Gestão de Resíduos Sólidos
O grande desafio para essa ação será a continuidade do curso EaD na plataforma
do MMA, porém, agora, sendo ofertado de forma contínua, ao invés de ofertá-lo periodicamente,
e, também, alterando seu formato para que não dependa mais da tutoria direta dos analistas do
MMA ao longo do curso. Essas mudanças possibilitarão o alcance de um número maior de
profissionais distribuídos em mais municípios brasileiros. Outro desafio consiste na assinatura e
efetiva implementação do ACT entre o MMA e BB. A cooperação técnica possibilitará que o curso
seja ofertado aos gestores municipais, com atendimento especializado do BB ao setor público, em
até 900 municípios de SP, MG, RJ, BA, PR, SC e RS.
Comitê Interministerial – CI
Considerando que o Comitê Interministerial desempenha papel fundamental de
articulação dos órgãos e entidades governamentais para apoiar a estruturação e a implementação
da Política Nacional de Resíduos, as possíveis reestruturações em curso nos Ministérios que o
compõem poderão desacelerar, ou ainda, promover a descontinuidade dos debates e ações em
curso no âmbito do Comitê. Ademais, é importante que o CI seja constituído por representantes
que tenham poder para tomada de decisão, dada a importância do CI para a implementação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Logística Reversa de Lâmpadas
Durante toda longa negociação para a construção do acordo setorial de lâmpadas,
o setor empresarial defendeu a necessidade do estabelecimento de um mecanismo de controle
prévio à importação de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, bem
como de seus componentes essenciais, considerando-o imprescindível à implantação da logística
71
reversa de lâmpadas. Essa medida, porém, não foi ainda adotada, o poderia ser feito pelo Inmetro,
conforme as discussões sobre o tema. Para isso, é necessária resolução do Conmetro.
Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos
Desde 2013, com a publicação do edital de chamamento para recebimento de
propostas de acordos setoriais de eletroeletrônicos, o MMA vem se reunindo com o setor
empresarial com o objetivo de negociar uma proposta de acordo setorial factível. Trata-se de uma
cadeia bastante diversificada, e ao longo desses anos as negociações se concentraram
basicamente em pontos apresentados pelo setor empresarial como condicionantes para
assinatura do acordo. No momento as negociações ocorrem muito lentamente, e focadas apenas
nesses pontos, ficando as negociações a respeito do texto do acordo setorial em segundo plano.
As condicionantes que envolvem competências do MMA já foram devidamente equacionadas. As
demais envolvem temas de competência de outros órgãos, tais como o Ministério da Fazenda e
Ministério da Justiça. O MMA oficiou esses ministérios com relação a esses pontos, havendo agora
evolução suficiente do assunto para o início de novas tratativas com o setor.
Acordo Setorial para Implantação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens Plásticas de
Óleo Lubrificante
Os principais desafios dessa cadeia são a integração do comércio para
compartilhamento dos custos da logística reversa e definição de novo modelo que permita a
expansão do sistema para as regiões centro-oeste e norte.
Acordo Setorial de Medicamentos
A conclusão das negociações para a implementação da logística reversa de
medicamentos vencidos ou em desuso ainda não foi finalizada, tendo em vista uma grande
resistência do setor farmacêutico em consolidar uma proposta única que viabilize o cumprimento
de todas as etapas da logística reversa pelos entes responsáveis pelo princípio da
responsabilidade compartilhada elencados na Lei 12.305/2010, quais sejam: indústria,
importadores, distribuidores e comerciantes de medicamentos. O Ministério do Meio Ambiente
tem empreendido esforços junto aos representantes do setor farmacêutico na tentativa de
eliminar as resistências que têm impedido a assinatura do acordo setorial. Paralelamente, o MMA
tem participado de tratativas com o Congresso Nacional, que tem demonstrado grande interesse
em estabelecer a logística reversa dos medicamentos. Além disso, está em fase final de consulta
pública uma norma da ABNT que disciplina as etapas de gerenciamento de coleta e
armazenamento de medicamentos.
Implantação do Registro de Emissões e Transferência de Emissões e Transferência de Poluentes
-RETP
O principal desafio do RETP no momento é a retomada do contrato com empresa
de TI do IBAMA, a fim de acomodar as informações do RETP no Cadastro Técnico Federal de
Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadores de Recursos Ambientais (CTF), bem como a
organização das empresas para procederem à declaração das informações requeridas.
72
DEPARTAMENTO DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA – DQAM
Projeto para gestão ambientalmente adequada dos Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs)
A submissão do Plano Nacional de Implementação ao Secretariado da Convenção
de Estocolmo materializou um importante compromisso internacional, ao mesmo tempo em que
representou um instrumento essencial que qualifica o País para mobilizar recursos para eliminar
os POPs em território nacional. Uma proposta de projeto está sendo concebida para o
desenvolvimento da gestão ambientalmente adequada dos POPs no Brasil, para apresentação
junto ao Conselho do Global Environment Facility (GEF). Entretanto, o País deverá, antes,
demonstrar capacidade de se organizar, junto com os parceiros dos setores público e privado
relacionados à gestão de POPs, e apresentar aportes orçamentário e financeiro anuais suficientes
para o co-financiamento das atividades previstas no Plano Nacional.
Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo
A implementação das atividades do Plano Nacional vai exigir a participação ativa
de uma variedade de atores governamentais, da sociedade civil e do setor privado, além de
organizações internacionais e regionais e a academia, sendo necessária a mobilização de esforços
institucionais para o fortalecimento e consolidação das parcerias iniciadas com os setores
prioritários e os atores identificados. Ademais, para se fazer frente à necessidade de
estabelecimento de um mecanismo de gestão e controle amplo de substâncias químicas, de forma
a prevenir e mitigar os impactos negativos provocados à saúde e ao meio ambiente, será
fundamental a articulação intergovernamental e a construção de apoio político e de parte da
iniciativa privada para a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Política Nacional de Segurança
Química, do Projeto de Lei que dispõe sobre o cadastro, a avaliação e o controle de substâncias
químicas de uso industrial e da ratificação da Convenção de Minamata sobre mercúrio.
Padrões Nacionais de Qualidade do Ar
Após exaustiva discussão sobre padrões de qualidade do ar, em GT do CONAMA,
ao longo de 2014, o MMA sugeriu a realização de um seminário internacional com especialistas
de todo o mundo, representantes de governos de outros países, de entidades multilaterais e de
pesquisadores, com o suporte logístico do DCONAMA e participação dos Conselheiros e Membros
das Câmaras Técnicas. Em 2015, conforme estabelecido na 20ª reunião da Câmara Técnica de
Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do CONAMA, o DQAM tentou viabilizar o seminário
em duas datas (fevereiro e setembro de 2015), mas não foi possível sua realização devido aos
cortes orçamentários no MMA. Espera-se, agora, que o evento possa ser realizado com o apoio
do programa Diálogos Setoriais União Europeia/Brasil.
Plano Nacional de Qualidade do Ar
Na 19ª reunião do Foro de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e
Caribe, foi ratificado pelo Brasil o Plano de Ação Regional de Cooperação Intergovernamental em
Poluição Atmosférica para América Latina e Caribe, sendo uma das obrigações dos países
signatários a elaboração de Planos Nacionais de Qualidade do Ar. Com base nessa demanda
73
externa, e em face da necessidade de atualização de instrumentos regulatórios internos já
defasados, como o PRONAR, Programa Nacional de Qualidade do Ar, de 1990, decidiu-se pela
elaboração de um novo instrumento regulatório, que impulsione nacionalmente a gestão da
qualidade do ar. Espera-se que a conclusão da discussão sobre novos padrões nacionais de
qualidade do ar impulsione politicamente a elaboração de um desse plano.
Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões – PCVE
O DQAM tem participado ativamente das reuniões ocorridas nos últimos anos
para concepção do Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veiculares e Emissões –
PCVE, inclusive sendo coautor da proposta final de texto. O referido programa propõe-se a
realizar estudos relativos à influência dos combustíveis e das tecnologias veiculares da frota
brasileira nas emissões atmosféricas, bem como o levantamento de dados e informação científica,
o aprimoramento do monitoramento e a modelagem da qualidade do ar. O PCVE está sendo
proposto por meio de um acordo de cooperação entre a AEA (Associação Brasileira de Engenharia
Automotiva), PETROBRAS, ANP, IBAMA, MMA e MME. A aprovação do documento está em fase
final, aguardando a assinatura de todos os representantes.
DEPARTAMENTO DE ZONEAMENTO TERRITORIAL – DZT
Zoneamento Ecológico Econômico
Os desafios associados ao ZEE são de duas naturezas: em primeiro lugar, trata-se
de garantir a continuidade das iniciativas atualmente em desenvolvimento pelo Governo Federal
(em especial na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco) e do apoio institucional, técnico e
financeiro às unidades da federação em seus respectivos zoneamentos. Essas questões passam,
inevitavelmente, pelo fortalecimento contínuo da Comissão Coordenadora do ZEE do Território
Nacional e do Consórcio ZEE Brasil e do fornecimento dos recursos necessários (humanos e
financeiros) para se atingir os resultados pretendidos.
Ademais, na medida em que se avança na elaboração do ZEE em diferentes
regiões do País, a atenção se volta para a criação de mecanismos que permitam, de fato, a
incorporação das diretrizes de uso e ocupação em bases sustentáveis por ele definidas nas
diferentes políticas públicas e iniciativas do setor privado. Assim, a oportunidade se abre, neste
momento, para que instrumentos estratégicos relacionados à gestão dos recursos naturais e sob
a coordenação do Ministério do Meio Ambiente – como o licenciamento ambiental, a outorga dos
direitos de uso dos recursos hídricos e os programas de regularização ambiental – considerem as
orientações do ZEE em sua execução, promovendo a integração horizontal, vertical e temporal
das diversas ações que atuam num dado território.
Gerenciamento Costeiro
Atualmente, é urgente a necessidade de repactuar o Projeto Orla junto à
Secretaria de Patrimônio da União (SPU/MP), incluindo a sua institucionalização na
regulamentação da Lei 13.240/2015, que trata da alienação de imóveis da União e da
74
transferência da gestão de praias para os municípios, e sua comunicação aos entes federados
apoiadores do projeto.
Agenda Ambiental Urbana
Em relação à agenda ambiental urbana, o principal desafio é a elaboração da
Política Nacional de Gestão Ambiental Urbana, de forma que a participação do MMA, no contexto
ambiental urbano, fique melhor definida junto aos seus pares no âmbito federal, estadual e
municipal.
AGENDA DE 180 DIAS
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – DRH
Elaboração, acompanhamento da implementação e revisões do Plano Nacional de Recursos
Hídricos
No segundo semestre de 2016 estará em andamento consultoria especializada
para a realização de um diagnóstico e avaliação dos resultados do Plano Nacional de Recursos
Hídricos (2006-2015). Em setembro de 2016 será realizado o seminário nacional de consolidação
da revisão do PNRH, em que serão pactuadas metas e indicadores para o próximo ciclo do PNRH
(2016-2020). O Seminário irá reunir em torno de 150 participantes, envolvendo os membros do
Conselho Nacional de Recursos Hídricos e outros atores do Sistema Nacional de Gerenciamento
dos Recursos Hídricos – SINGREH e da sociedade, para a consolidação dos resultados da revisão
do PNRH, a serem encaminhados à deliberação do CNRH.
Participação social e educação ambiental para a gestão dos recursos hídricos
Para setembro de 2016 está prevista a realização de atividade formativa sobre
Participação Social e Educação Ambiental para a Gestão dos Recursos Hídricos durante o
Seminário de Consolidação da Revisão do PNRH para 2016-2020, com o objetivo de propor
mecanismos para o acompanhamento da implementação do PNRH no período 2016-2020.
Também para o segundo semestre de 2016 é previsto o lançamento do curso na modalidade
Educação à Distância sobre Educação Ambiental para a Gestão dos Recursos Hídricos, em parceria
com o Departamento de Educação Ambiental do MMA.
Implementação do Cadastro de Organizações Civis de Recursos Hídricos - COREH no site do
Conselho Nacional de Recursos Hídricos
Segundo a Resolução nº 142/2012, a Secretaria-Executiva do CNRH deveria ter
adotado medidas no prazo máximo de dois anos para elaborar e implementar o Cadastro de
Organizações Civis de Recursos Hídrivos - COREH no site do CNRH.
75
DEPARTAMENTO DE REVITALIZAÇÃO DE BACIAS – DRB
Continuação das atividades do Grupo de Trabalho, no âmbito do MMA, com a finalidade de
apresentar propostas de medidas socioambientais à revitalização da bacia do Rio São Francisco
A criação desse Grupo é prevista no art. 6º da Portaria MMA nº 72, de 11 de
março de 2016, que prevê ainda, como atribuições do GT: I - avaliar e consolidar informações,
relatórios e laudos técnicos acerca da questão ambiental da Bacia Hidrográfica do São Francisco
com o objetivo de propor alternativas técnicas para a sua revitalização; II - articular, se for o caso,
com órgãos federais e estaduais para que esses se manifestem quanto às alternativas técnicas de
revitalização da Bacia do Rio São Francisco; III - avaliar a necessidade de modificações do Decreto
de 5 de junho de 2001, que dispõe sobre o Projeto de Conservação e Revitalização da Bacia
Hidrográfica do Rio São Francisco; e IV - elaborar fundamentos técnicos a serem apresentados ao
Tribunal de Contas da União, relacionados ao Acórdão nº 3316/2015 - TCU - Plenário. O GT foi
instalado no dia 24 de março de 2016 e, desde então, realiza reuniões semanais e intensivo
trabalho para cumprir seus objetivos.
DEPARTAMENTO DE AMBIENTE URBANO – DAU
Conclusão do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR e
revisão do Plano Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS
O desenvolvimento do SINIR possui contrato vigente até out/2016 com a UnB e
estima-se que serão necessários desembolsos de R$ 3 milhões a serem aplicados no pagamento
de sete produtos. O Plano Nacional tem sua revisão contemplada no âmbito do Programa
Interáguas, já tendo termo de referência aprovado e manifestação de interesse iniciada, com
adesão de 41 empresas no envio de propostas/portfólios. Para 2016, estima-se que serão
necessários R$ 600 mil para pagamento dos primeiros produtos, após assinatura do contrato com
a empresa vencedora.
DEPARTAMENTO DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA – DQAM
Participação em diversas reuniões internacionais ao longo dos próximos 180 dias,
destacando-se: 50º Encontro do Conselho do GEF; 12ª Reunião do Comitê de Revisão de Químicos
(12º CRC); 12ª Reunião do Comitê de Revisão de POPs (12º POPRC); 2ª Assembleia das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (UNEA); treinamento do Secretariado da Convenção de Roterdã;
workshop do grupo de trabalho intersecional da Convenção de Roterdã; Reunião do Comitê
Executivo do Programa Especial de Fortalecimento Institucional para a Gestão de Produtos
Químicos; Programa de Treinamento Internacional (ITP) – Estratégias para a Gestão de Produtos
Químicos; e missão técnica no âmbito do Projeto Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil sobre
gestão da qualidade do ar
76
DEPARTAMENTO DE AMBIENTE URBANO - DAU
Elaboração do Macro Zoneamento Ecológico Econômico (MacroZEE) da Bacia Hidrográfica do
Rio São Francisco
Essa iniciativa está inserida no Plano Plurianual 2016-2019. Assegurar os recursos
necessários para o pagamento do contrato firmado com vistas à atualização e à complementação
do diagnóstico da bacia. Esse contrato totaliza R$ 830 mil, dos quais R$ 460 mil já estão disponíveis
e são resultantes de parceria firmada com a Sudene. O montante restante (cerca de R$ 370 mil),
de responsabilidade do MMA, encontra-se atualmente inscrito em restos a pagar.
Gerenciamento Costeiro. Reforço da capacidade de execução das entregas previstas no PPA e
no Planejamento Estratégico do MMA.
Parcialmente, essa situação pode ser minorada, garantindo o repasse de recursos
para execução do Termo de Descentralização de Recursos para FURG, no valor de R$150 mil, que
se encontra atualmente inscrito em restos a pagar, e que visa apoiar o processo de revisão do
macro diagnóstico.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano atua com os três
departamentos estabelecidos no Decreto 6.101/2007, o Departamento de Recursos Hídricos -
DRH, o de Revitalização de Bacias - DRB, e o de Ambiente Urbano – DAU. Além disso, encontram-
se, informalmente, sob responsabilidade da SRHU o Departamento de Qualidade Ambiental –
DQAM (formalmente vinculado à SMCQ) e o Departamento de Zoneamento Territorial – DZT
(formalmente vinculado à SEDR. No período considerado (2010-2016), as atribuições da SRHU
foram modificadas várias vezes, de maneira informal, até chegarem à configuração atual,
bastante ampliada. Essa ampliação trouxe um novo papel com maior projeção da Secretaria no
contexto do MMA, mas a informalidade desse desenho terminou por enfraquecer alguns temas
ao longo do tempo, a exemplo da revitalização de bacias, que sofreu com a perda de cargos de
direção e assessoramento.
77
Secretaria de Recursos Hídricos e
Ambiente Urbano
Departamento de Recursos Hídricos
Gerência de Apoio ao CNRH
Gerência de Planejamento e
Políticas de Recursos Hídricos
Departamento de Ambiente Urbano
Gerência de Resíduos Sólidos
Gerência de Resíduos Perigosos
Departamento de Revitalização de
Bacias
Gerência de Projetos
Departamento de Qualidade
Ambiental na Indústria
Gerência de Qualidade do Ar
Gerência de Segurança Química
Departamento de Zoneamento Territorial
Gerência Ambiental Urbana e Territorial
Gerência de Zoneamento
Costeiro
Gerência de Zoneamento
Ecológico-Econômico
Chefe de Gabinete
Gerência de Cooperação Técnica
Divisão de Orçamento e
Finanças
78
SECRETARIA DE EXTRATIVISMO E
DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL -
SEDR
INTRODUÇÃO
A Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável - SEDR, criada
em 2007 pelo Decreto nº 6.101, tem a missão de promover a transição à sustentabilidade do atual
modelo de desenvolvimento agrícola e rural do país, bem como a promover e induzir a gestão
ambiental territorial e a conservação e uso sustentável dos recursos naturais da
sociobiodiversidade, em territórios de povos e comunidades tradicionais e indígenas, de
agricultura e de produção familiar de base comunitária. A Secretaria tem como referência
estratégica a redefinição dos processos de ocupação e uso dos territórios e dos recursos naturais.
O desenvolvimento agrícola e rural passa pela capacidade de superar os conflitos
entre produção e conservação ambiental, mediante a integração dos objetivos e instrumentos
das políticas ambientais e agrícolas, dentro do marco geral do desenvolvimento sustentável.
Reverter o atual estágio de degradação dos ecossistemas, provocada em sua maior parte pela
agropecuária, pressupõe simultaneamente promover e difundir sistemas produtivos
agrosilvopastoris e o desenvolvimento rural em bases sustentáveis. Em qualquer situação, o foco
da intervenção é o uso adequado da terra e dos recursos naturais, seja nas áreas de agricultura
familiar, de assentamentos da reforma agrária, terras indígenas, de comunidades extrativistas,
nas Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD) e nas de produção agropecuária de tipo
patronal/empresarial de grande escala. Assim, reconhece-se a pluralidade da produção rural
(produtiva, sociocultural, ecológica e territorial) e a dualidade do modelo agrícola do País, da
mesma forma que se reconhece a necessidade de adequar uma agenda ambiental propositiva e
indutiva da sustentabilidade às distintas realidades e demandas dos grupos sociais.
A transição pressupõe a capacidade de promover a interação com as políticas que
incidem sobre o setor rural, com base nos princípios da transversalidade ambiental e da
responsabilidade compartilhada presentes no Pacto Federativo e no Sistema Nacional de Meio
Ambiente. Assim, a SEDR trabalhou, nos últimos anos, na construção de um modelo de
desenvolvimento rural sustentável, com base nos princípios da agroecologia, por meio da indução
de ações de assistência técnica e extensão rural, mediante processos educativos e participativos,
objetivando o fortalecimento da agricultura familiar, e do agroextrativismo e a redução das
desigualdades sociais, da pobreza e da fome, de modo a garantir a plena cidadania.
Nesse contexto, as ações da Secretaria constituem hoje grandes desafios que, se,
por um lado a distinguem de forma singular, por outro, aumentam a sua responsabilidade e seu
compromisso para com a sociedade.
79
RESULTADOS E CONQUISTAS
PROGRAMA DE APOIO À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PROGRAMA BOLSA VERDE
O Bolsa Verde (PBV) é um programa pioneiro de âmbito nacional que investiu
cerca de R$ 300 milhões desde 2011. A meta do PPA 2012-2015 de beneficiar 70 mil famílias foi
atingida no ano de 2015. Ao final de 2015 o Programa beneficiava 74.522 famílias. Até fevereiro
de 2016, o programa beneficiava 76.795 famílias. Atualmente o Programa conta com 64.648
famílias, excluídas aquelas que, de acordo com monitoramento recente, elevaram a sua renda e
se tornaram inelegíveis. São abrangidos pelo PBV aproximadamente 5,5% da cobertura vegetal
do território nacional, em 966 áreas localizadas que incluem UC Federais, projetos de
assentamento da reforma agrária geridos pelo INCRA e famílias ribeirinhas.
Em 2015, foi realizado o monitoramento ambiental anual das 960 áreas de
abrangência do Bolsa Verde. No mesmo ano, foi realizado o monitoramento amostral dos
impactos do Programa. Em paralelo a essas iniciativas, identificou-se que, para garantir a
conservação ambiental e superar a situação de extrema pobreza dessas famílias, é necessário
aumentar a incidência e a coordenação de outras políticas públicas nessas áreas e, para tanto, foi
elaborado o Plano Nacional de Fortalecimento das Comunidades Extrativistas e Ribeirinhas –
PLANAFE, o qual foi Lançado, no III Chamado da Floresta, em outubro/15, prevendo comissão
intersetorial paritária entre governo federal e representantes de organizações extrativistas, com
o objetivo de revisar e implementar o Plano.
A implementação do Programa Bolsa Verde, sob a coordenação do Ministério do
Meio Ambiente, tem gerado impacto positivo na renda das famílias, gerando dinamização da
economia local, bem como no aumento da percepção dos beneficiários no que tange à
conservação ambiental de suas áreas. Esses resultados são demonstrados nos monitoramentos
realizados até o momento e, mais recentemente, pela Pesquisa Etnográfica realizada pelo MDS.
As demais iniciativas listadas relacionadas ao apoio à inclusão produtiva desse público e de demais
povos e comunidades tradicionais têm, de igual maneira, contribuído para o avanço do
extrativismo e a conquista e consolidação dos direitos dos povos e comunidades tradicionais.
PLANO NACIONAL PARA O FORTALECIMENTO DAS COMUNIDADES EXTRATIVISTAS E
RIBEIRINHAS - PLANAFE
Lançamento do Plano Nacional para o Fortalecimento das Comunidades
Extrativistas e Ribeirinhas – PLANAFE, em dezembro de 2015 (Portaria Interministerial dos
Ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social e Combate à
Fome). O Plano tem o objetivo de adequar, articular, integrar e propor ações de acesso às políticas
de saúde, educação, infraestrutura social, fomento à produção sustentável, geração de renda e
gestão ambiental e territorial das áreas de uso e ocupação tradicional, visando assegurar a
qualidade de vida, o acesso e uso sustentável dos recursos naturais, a conservação ambiental e a
promoção dos direitos humanos para as comunidades extrativistas e ribeirinhas.
80
PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO DAS CADEIAS DE PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE-
PNPSB
O Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade-
PNPSB, após ampla consulta à sociedade civil e ao setor empresarial, foi instituído por meio de
Portaria Interministerial dos Ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Combate
à Fome e do Desenvolvimento Agrário, como parte da estratégia de implementação da Política
Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), tendo
como objetivo principal desenvolver ações integradas para a promoção e fortalecimento das
cadeias de produtos da sociobiodiversidade com agregação de valor e consolidação de mercados
sustentáveis. Entre os principais avanços obtidos com a implementação do PNPSB destacaram-
se:
a) Criação da Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade
(PGPM-Bio);
b) Criação do Programa Mais Gestão;
c) Ampliação do acesso ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e ao Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA); e,
d) Desenvolvimento de metodologias diferenciadas de assistência técnica e extensão rural
(ATER) para o público extrativista e a ampliação do número de Documentos de Aptidão ao
PRONAF (DAP) emitidas para o público extrativista, que saltou de cerca de 5 mil em 2009,
para quase 60 mil em 2015.
Arranjos Produtivos Locais
Nos últimos anos a SEDR buscou dar apoio a arranjos produtivos locais, visando
contribuir para implementação de ações constantes no Plano Nacional de Promoção das Cadeias
de Produtos da Sociobiodiversidade – PNPSB. Entre 2012 e 2014, foram apoiadas 12 (doze)
organizações locais, visando à mobilização, articulação e capacitação das organizações
econômicas dos povos e comunidades tradicionais (cooperativas e associações) e outros atores
que interferem nas cadeias produtivas da sociobiodiversidade, na busca de fortalecer os
Arranjos Produtivos Locais – APLs das cadeias prioritárias, de modo que os segmentos de povos
e comunidades tradicionais consigam se organizar para acessar os mercados e estabelecer
relações com os outros segmentos que participam ou interferem nas cadeias de forma mais
equilibrada.
PLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA (PLANAPO)
Lançamento, em 2013, do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
(PLANAPO). A partir desse Plano, MMA e MDA passaram a envidar esforços para aproximar e
articular a agenda da sociobiodiversidade com a da agroecologia e produção orgânica, visando à
mobilização dos movimentos sociais ligados à agricultura familiar e aos povos indígenas, povos e
comunidades tradicionais. O Plano prevê a criação da Comissão Nacional de Agroecologia e
81
Produção Orgânica (CNAPO), sob a qual foi criada a Subcomissão Temática da
Sociobiodiversidade, sob coordenação da SEDR. Em 2015 a Subcomissão realizou o I I Seminário
Naciona l da Sociobiodiversidade, com o objetivo principal de validação da proposta para o
Programa Nacional da Sociobiodiversidade (2016/2019), a ser incorporado no II Plano Nacional
de Agroecologia e Produção Orgânica (2016-2019).
POLÍTICAS DE APOIO À COMERCIALIZAÇÃO PARA PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE,
O dois principais instrumentos para acesso dos mercados institucionais para
produtos da sociobiodiversidade foram a Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos
da Sociobiodiversidade (PGPMBio) e o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA. No período
de janeiro de 2009 a dezembro de 2015 foram investidos 28,6 milhões de reais em operações de
subvenção a produtos extrativos (PGPMBio) - açaí, pequi, fibra de piaçava, castanha do Brasil,
amêndoa de babaçu e borracha, Macaúba e Piaçava – beneficiando 61,5 mil famílias extrativistas.
As operações de subvenção induziram significativo aumento na quantidade produzida desses
produtos, colaborando para formalização de negócios, formação de preços e estruturação de
cadeias produtivas da sociobiodiversidade.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), entre 2009 e 2015, investiu
169 milhões de reais em aquisição de produtos da sociobiodiversidade, beneficiando mais de
40 mil famílias extrativistas.
POLÍTICA NACIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL EM TERRAS INDÍGENAS -PNGATI.
Um importante apoio à implementação da PNGATI foi o financiamento da
elaboração de Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) em Terras Indígenas, por meio
do Fundo Amazônia e do Fundo Clima. Entre 2012 e 2015 foram investidos quase R$ 100 milhões
para elaboração e implementação de PGTAs. Ademais, entre 2004 e 2014, foram beneficiadas
21.332 famílias e 84 etnias, em 312 projetos apoiados pelo Programa Carteira Indígena, com
investimento de R$ 13.298.319,25.
CADASTRO AMBIENTAL RURAL – CAR
A Lei nº 12.651, de 2012, que institui o novo Código Florestal, definiu o Cadastro
Ambiental Rural – CAR como instrumento de regularização ambiental dos imóveis rurais. O CAR é
o primeiro passo de um processo de regularização e recuperação da vegetação nativa sem
precedentes no mundo, que há de estabelecer uma consistente base de dados para subsidiar a
tomada de decisão e a construção de políticas públicas na área ambiental. O desafio de implantar
o CAR exigiu o desenvolvimento de inovações tecnológicas que permitissem o cadastramento de
mais de 5 milhões de imóveis rurais com precisão espacial capaz de identificar a realidade da
cobertura vegetal existente e a necessidade de recomposição de áreas de reserva legal e de
preservação permanente.
82
Para isso, foi desenvolvido o Siscar – Sistema de Cadastro Ambiental Rural e foram
adquiridas imagens de satélite de alta resolução para todo o País. O valor da aquisição das
imagens foi de 29 milhões de reais por ano, contemplando os anos de 2011, 2012 e 2013.
A implantação do CAR demandou, ainda, a articulação dos diversos setores
envolvidos, tanto governamentais quanto produtivos. Para isso, foram estabelecidos 14 Acordos
de Cooperação Técnica com entidades representativas dos produtores rurais familiares e
patronais, além das cooperativas, instituições financeiras e setores industriais, com o objetivo de
promover ações para apoiar o cadastramento dos imóveis rurais. Outros 27 ACTs foram
estabelecidos com os Governos Estaduais. Além disso, o MMA firmou 8 convênios com 7 Estados,
no valor total de pouco mais de 8 milhões de reais, para apoiar os Estados na implantação do CAR.
Os resultados dessas ações são expressivos. Os sistemas de cadastramento
federal e estaduais, já registram cerca de 280 milhões de ha, pouco mais de 70% da área total
cadastrável, e um total de 2.647.022 imóveis rurais.
POLÍTICAS AGROAMBIENTAIS
Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos (PRONARA).
Como uma das iniciativas do PLANAPO I, a Comissão Nacional de Agroecologia e
Produção Orgânica (CNAPO) aprovou a proposta do PRONARA, que objetiva a melhoria da
qualidade dos alimentos ofertados à população e a redução da poluição causada pela produção
agropecuária brasileira, criando condições para que os produtores possam ampliar a produção
sustentável, contribuindo para a proteção dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida
e saúde da população, além de assegurar uma participação diferenciada em mercados
internacionais. O mesmo aguarda aprovação do MAPA para ser lançado.
Conclusão das duas primeiras fases do Projeto “Fortalecimento de Políticas Agroambientais em
Países da América Latina e Caribe”
O Projeto “Fortalecimento de Políticas Agroambientais em Países da América
Latina e Caribe por meio do Diálogo e Intercâmbio de Experiências Nacionais” foi celebrado em
cooperação com a FAO em 2012. Na primeira fase, das 3 previstas, foram identificadas as políticas
agroambientais em 8 países da América Latina e Caribe. Na segunda, ao longo do ano de 2015,
foram aprovadas as Diretrizes Voluntárias para Políticas Agroambientais para o Brasil e demais
países da América Latina e Caribe. Na terceira fase do projeto está sendo preparada a
internalização das Diretrizes no Brasil e a definição de indicadores agroambientais.
AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO
A Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca
Consolidação recebeu grande impulso em 2015 com a aprovação de seu marco legal, a Lei 13.153,
de 30 de Julho de 2015. Essa Lei favoreceu a implementação da estratégia financeira para a
implementação da política, a qual se tem traduzido em diversas iniciativas com a cooperação
técnica internacional. Destacam-se a apresentação e aprovação de dois projetos ao Fundo Global
83
para o Meio Ambiente (GEF), na linha de Degradação do Solo, a aprovação de um projeto de
cooperação com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e uma
iniciativa com o Projeto Econormas, do Mercosul, para a implementação do Plano Municipal de
Combate à Desertificação de Irauçuba, totalizando recursos de R$ 37.152.103,00.
Implementação da Estratégia com Agentes de Fomento (Fundo Clima, CAIXA,
FNMA e FNDF) para apoio a projetos de convivência sustentável com a semiaridez para o combate
à desertificação, que possibilitou investimentos da ordem de R$ 100 milhões em projetos no
campo. Foram criadas linhas de financiamento para o combate à desertificação no BNDES e no
BNB para apoio ao manejo florestal e melhoria tecnológica dos setores gesseiro e cerâmico. Um
grande avanço na promoçao do manejo florestal foi a sinalizaçao da criaçao do “custeio florestal”
para financiar as atividades florestais.
Com apoio do Fundo Clima e do IICA, foi apoiada realizado o Primeiro Encontro
dos Países de Língua Portuguesa da UNCCD, com visitas técnicas às boas práticas de convivência
sustentável com a semiaridez, realização de reuniões e seminários com a Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
PROGRAMA DE APOIO À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PROGRAMA BOLSA VERDE
Atualmente, o Programa Bolsa Verde apresenta alguns grandes desafios: a)
incremento de público e a gestão do público já existente; b) a manutenção dos recursos
orçamentários necessários ao pagamento dos benefícios das famílias hoje inscritas no Programa;
c) a manutenção da cobertura vegetal das áreas do Programa, dentro dos parâmetros
estabelecidos; d) a ampliação do acesso a serviços e inclusão socioambiental e produtiva dos seus
beneficiários.
No que diz respeito ao incremento e à manutenção de famílias no programa, o
corte orçamentário de 30% tem como principal consequência a não inclusão de novas famílias de
áreas consideradas aptas e afeta, inclusive, a manutenção das famílias já beneficiadas pelo Bolsa
Verde. Dessa forma, é necessário adequar o Programa à sua realidade orçamentária de 2016.
Destaca-se que a exclusão das famílias do programa deve ocorrer o quanto antes.
Em relação à gestão do Programa, espera-se que, com o SisBolsaVerde em
funcionamento em 2016, as demandas operacionais do Programa sejam reduzidas e grande parte
delas sejam automatizadas, conferindo ao Programa maior agilidade e segurança. Trata-se,
portanto, de ação essencial.
No que tange ao desafio de ampliação do acesso a serviços e inclusão
socioambiental e produtiva dos seus beneficiários, há medidas importantes e necessárias como:
a) a implementação do PLANAFE, que visa harmonizar políticas públicas já existentes com aquelas
voltadas para as comunidades extrativistas e ribeirinhas; b) a instituição de uma Política de
Nacional de Extrativismo; e c) a consolidação das cadeias dos produtos da sociobiodiversidade e
84
do apoio a organizações produtivas na produção, beneficiamento e acesso a mercados
institucionais e diferenciados.
PROMOÇÃO DO AGROEXTRATIVISMO SUSTENTÁVEL PARA POVOS INDÍGENAS, POVOS E
COMUNIDADES TRADICIONAIS
A agenda de agroextrativismo enfrenta ainda importantes desafios, apesar dos
avanços verificados no período. Destacam-se:
- a dificuldade de acesso de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e
agricultores familiares às políticas e instrumentos existentes, devido às condições geográficas,
falta de informação e inadequação do seu modus operandi à realidade do público agroextrativista;
- ausência de instrumentos eficazes de comunicação que sejam capazes de levar
a informação relativa às políticas públicas, no tempo e linguagem adequada ao público
agroextrativista;
- insuficiência de dados oficiais quanto à produção extrativista, a fim de que possa
ser corretamente dimensionada a importância da sociobiodiversidade para a economia nacional;
- carência de infraestrutura e serviços básicos de habitação, saúde, saneamento,
educação e transporte nas comunidades extrativistas;
- insuficiência de linhas de crédito e fomento destinados à aquisição de
equipamentos e infraestrutura para produção e comercialização dos produtos extrativistas, de
forma a atender a mercados diferenciados;
- baixa capacitação técnica do público beneficiário, devido à carência na oferta de
ensino e assistência técnica adequados à realidade extrativista.
Observa-se como oportunidade o investimento crescente na agenda de mitigação
dos efeitos da mudança do clima, associado à organização das informações relativas ao público e
aos territórios extrativistas. A partir dessas iniciativas, poderão ser destinados recursos à
promoção do agroextrativismo, numa escala mais ampla, como estratégia de conservação das
áreas florestadas, diminuição do desmatamento e sequestro de carbono, reconhecendo-se assim
a importante participação dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores
familiares na redução e mitigação dos efeitos da mudança do clima.
REGULARIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO AMBIENTAL
A etapa de inscrição no CAR a ser concluída em maio de 2016, primeira fase da
regularização ambiental, traz o grande desafio de prover e assistir os agricultores, especialmente
os familiares, nas ações posteriores ao Cadastro. Para isso, há de se investir em novos
instrumentos de política pública para aprimorar o planejamento e a gestão ambiental dos
territórios rurais, de forma a melhorar a produtividade do trabalho na agricultura, com a geração
progressiva de renda e de inclusão social. Isso requer a melhoria da capacidade de gestão dos
atores públicos e sociais do setor rural, entre os quais os órgãos de assistência técnica e extensão
85
rural, aportando a formação técnica necessária, o desenvolvimento e uso de novas tecnologias
de planejamento, gestão, monitoramento e controle, que devem ser pactuados e implementados
em escala nacional de modo a se obter em menor prazo melhorias significativas na qualificação e
qualidade dos serviços prestados aos agricultores, sensibilizando os a adotarem processos
produtivos que contribuam com a conservação ambiental.
POLÍTICAS AGROAMBIENTAIS.
Uma das iniciativas do I Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
(PLANAPO I), a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) aprovou a
proposta de um Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos – PRONARA, que objetiva
a melhoria da qualidade dos alimentos ofertados à população e a redução da poluição causada
pela produção agropecuária brasileira, criando condições para que os produtores possam ampliar
a produção sustentável, contribuindo para a proteção dos recursos naturais e a melhoria da
qualidade de vida e saúde da população, além de assegurar uma participação diferenciada em
mercados internacionais. O mesmo aguarda aprovação do MAPA para ser lançado.
AGENDA DE 180 DIAS
PROGRAMA DE APOIO À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PROGRAMA BOLSA VERDE
O programa necessita com urgência de recursos orçamentários para sua
implementação, em especial para o pagamento dos benefícios e para a execução do
monitoramento ambiental, amostral e desenvolvimento do SisBolsaVerde. Não havendo
ampliação de recursos, há a necessidade de corte de beneficiários visando adequar a capacidade
orçamentária ao número de beneficiários e a demandas operacionais essenciais para o
funcionamento do Programa.
Realização do Seminário Panamazônico de Proteção Socioambiental a ser
realizado de 04 a 10 de julho de 2016, em Brasília – DF, envolvendo 9 países (Brasil, Bolívia, Peru,
Equador, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela e Costa Rica, realizado pelo Ministério
do Meio Ambiente em parceria com a Conservação Internacional – CI e a Organização
Internacional do Trabalho – OIT. O evento, pago com recursos já repassados em 2015 pelo MMA
à OIT, contará com a presença de 01 representante do governo e 01 representante de
beneficiários de programas relacionados ao tema e terá como objetivo o intercâmbio de
experiências, o fornecimento de subsídios para o desenvolvimento de programa de PSA com
Inclusão Social, a partir do Programa Bolsa Verde, bem como a formação de uma Rede
Panamazônica de Proteção Socioambiental;
Realização de Seminário Nacional do Programa Bolsa Verde – Avaliação e
Perspectivas de Futuro, o qual deverá ocorrer no segundo semestre de 2016, com parceiros do
governo federal, sediados em Brasília e gestores locais, do ICMBio, Incra e SPU, bem como dos
movimentos sociais representativos das famílias beneficiárias.
86
LANÇAMENTO DO WEBAMBIENTE
Previsto para junho deste ano. Trata-se de sistema que disponibiliza soluções
tecnológicas para uso, recuperação e restauração de ambientes em áreas de reserva legal e de
preservação permanente nos seis biomas brasileiros. Está sendo desenvolvido por meio de
cooperação com a Embrapa e está em estágio avançado de desenvolvimento. Será lançado com
listagem de espécies de vegetação nativa de seis biomas.
CONCLUSÃO DO PROJETO “FORTALECIMENTO DE POLÍTICAS AGROAMBIENTAIS EM PAÍSES DA
AMÉRICA LATINA E DO CARIBE ATRAVÉS DO DIÁLOGO E INTERCÂMBIO DE EXPERIÊNCIAS
NACIONAIS”
Trata-se de projeto de cooperação Sul-Sul, executado pelo Escritório Regional da
FAO para America Latina e Caribe. Sua 3ª etapa tem como foco a identificação e divulgação de
indicadores de políticas agroambientais e a divulgação das Diretrizes Voluntárias para Políticas
Agroambientais em Países da America Latina e Caribe. Necessária a transferência da
complementação do orçamento, no valor de US$ 98.000,00. A vigência do Projeto é até o dia
31/12/2016.
AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO
Definição de uma estratégia para o CAR nas Áreas Susceptíveis à Desertificação –
ASD com o lançamento de edital em parceria com o FNMA, FNDF e a CAIXA no valor de R$ 10
milhões para o cadastro de 50.000 propriedades da agricultura familiar, até o fim de 2016.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A Secretaria, entre os anos de 2010 e 2016, implementa suas ações por meio de
3 (três) Departamentos: Departamento de Extrativismo (DEX), Departamento de Combate à
Desertificação (DCD, que não existe na estrutura formal da SEDR) e Departamento de
Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS). O Departamento de Zoneamento Territorial (DZT),
formalmente ligado à SEDR, encontra-se de fato sob responsabilidade da SRHU. Por razões de
adequação deste relatório, as atividades do DZT foram tratadas no âmbito da SRHU, embora até
o ano de 2013 fossem de responsabilidade da SEDR.
Em relação aos principais problemas advindos da estrutura institucional atual,
destaca-se a informalidade dessa estrutura, particularmente no que tange aos papéis do DZT
(formalmente da SEDR mas sob responsabilidade de outra Secretaria) e DCD (que sequer existe
na estrutura formal do Ministério). Embora essa informalidade, como em outras Secretaria do
MMA, reflitam o realinhamento e o redirecionamento das políticas de governo desenvolvidas
pelo MMA nos últimos anos, a situação gera diversos óbices de natureza administrativa,
orçamentária e financeira, inclusive junto aos órgãos de controle. Por esta razão, embora, do
ponto de vista orçamentário e administrativo, o DZT ainda faça parte da estrutura da SEDR, o
Departamento em tela não está sendo considerado dentro da atual força de trabalho da SEDR,
87
uma vez que suas agendas e atividades, a partir do ano de 2013, estão alinhadas com as
atribuições atuais da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA (SRHU), as
quais foram redefinidas internamente no âmbito do MMA. Ressalta-se, no entanto, que as
atividades/ações desenvolvidas pelo DZT, nos anos de 2010 – 2016, foram consideradas neste
relatório tendo em vista que até o ano de 2013 as mesmas eram conduzidas pela SEDR.
Mais recentemente, em face de novos ajustes internos na estrutura do MMA, o
Departamento de Combate a Desertificação, teve suas atribuições fundidas às ações do DRS,
formando assim uma única estrutura.
Secretaria de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável
Departamento de Extrativismo
Gerência de Agroextrativismo
Gerência Socioambiental
Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável
Gerência de Políticas
Agroambientais
Gerência de Regulamentação
Ambiental
Departamento de Combate à
Desertificação
Chefe de Gabinete
Assessoria Técnica Unidade Financeira
Apoio Administrativo
88
SECRETARIA DE ARTICULAÇÃO
INSTITUCIONAL E CIDADANIA – SAIC
INTRODUÇÃO
A SAIC tem as competências institucionais de coordenar, acompanhar e avaliar a
implementação da estratégia nacional de produção e consumo sustentáveis; desenvolver
articulação institucional, com os demais entes, nas esferas federal, estadual e municipal, e a
sociedade civil, em matéria ambiental; promover a cidadania socioambiental e a participação
social; e coordenar, acompanhar e avaliar a implementação da Política Nacional de Educação
Ambiental.
No período 2010-2016, foram desenvolvidos importantes instrumentos e
iniciativas para a implementação das competências institucionais da Secretaria, tais como o Plano
de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (2011); a 4ª Conferência Nacional de Meio
Ambiente, sobre resíduos sólidos (2013); quatro edições (2010, 2011, 2012, 2014) do Fórum e
Prêmio da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P); e a consolidação do processo de
formação e capacitação de gestores e educadores ambientais. Além disso, foram desenvolvidos o
Portal Nacional de Licenciamento Ambiental (PNLA) e o Sistema de Informações Estratégicas do
Sisnama (SIES).
RESULTADOS E CONQUISTAS
APROVAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO PARA PRODUÇÃO E CONSUMO
SUSTENTÁVEIS (PPCS), E INSTALAÇÃO DO COMITÊ GESTOR NACIONAL DE PRODUÇÃO E
CONSUMO SUSTENTÁVEIS.
O PPCS, adotado em 2011, resultado de um processo de construção amplo e
participativo, articula as principais políticas ambientais e de desenvolvimento do País no sentido
de tornar os padrões de produção e de consumo mais sustentáveis. Ao longo do 1° ciclo do Plano
(2011-2014), foram realizadas múltiplas iniciativas, tais como a celebração de 8 acordos/pactos
setoriais, nos quais setor privado e sociedade se comprometeram a melhorar e desenvolver
processos e produtos com melhor performance ambiental; foram desenvolvidos estudos e
capacitação visando criar as condições necessárias para internalizar a dimensão ambiental nos
processos licitatórios e tornar as contratações públicas de bens e serviços mais sustentáveis; e
realizadas duas campanhas de enorme repercussão nacional – “Saco é um Saco” e “Separe o Lixo
e Acerte na Lata”, para motivar a adoçao de práticas de consumo mais sustentáveis. Atualmente,
estão sendo construídas as Diretrizes para Implementação do 2º Ciclo do Plano de Ação (2016-
2020), ampliando o escopo, as parcerias e as ações, com vistas à mudança para um paradigma de
desenvolvimento mais sustentável no País.
89
PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM GRANDES EVENTOS – COPA DO MUNDO E JOGOS
OLÍMPICOS.
A Copa do Mundo 2014 bateu todos os recordes de sustentabilidade em um
megaevento no mundo. Oito dos doze estádios foram concebidos e construídos dentro de
padrões internacionais e ganharam o certificado LEED. As emissões foram compensadas em 545,5
mil toneladas de CO2, 10 vezes mais que o compromisso assumido. As cidades sedes receberam
capacitação para a gestão de resíduos em grandes eventos, focada na coleta seletiva e inclusão
social, e para a produção de inventários de emissões. A campanha Passaporte Verde, iniciativa do
PNUMA, teve edição dedicada à Copa desenvolvida em parceria com o MMA, para incentivar o
turismo sustentável e qualificar a cadeia do turismo no País. Essas iniciativas estão sendo
renovadas na organização das Olimpíadas 2016, buscando torná-las exemplo de sustentabilidade
para as futuras edições dos Jogos.
AMPLIAÇÃO E FORTALECIMENTO DA SUSTENTABILIDADE NO SETOR PÚBLICO POR MEIO DO
PROGRAMA A3P.
No período em análise, o Programa A3P – Agenda Ambiental na Administração
Pública foi estruturado, fortalecido e ampliado, atingindo a marca de 287 instituições com Termo
de Adesão à agenda e com 600 instituições cadastradas na Rede A3P. A ampliação das adesões
focou as instituições das esferas estadual e municipal. A criação dos Selos A3P permitiu o
fortalecimento do programa, reconhecendo as instituições comprometidas com a
responsabilidade socioambiental. A utilização do sistema de monitoramento da A3P está
auxiliando na avaliação do padrão de consumo dos órgãos públicos e da incorporação da
responsabilidade socioambiental dessas instituições. As capacitações presenciais e à distância
estão sensibilizando e habilitando os gestores públicos para a implantação do Programa. Como
parte da consolidação da agenda, está em curso o desenvolvimento da Certificação A3P para a
Administração Pública.
FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE GESTORES E EDUCADORES AMBIENTAIS.
No âmbito da Política Nacional de Educação Ambiental, foram realizadas ações e
processos formativos de Educação Ambiental (EA), presenciais e à distância, para os diversos
públicos das agendas prioritárias do MMA. Foi customizada e disponibilizada no servidor do MMA
Plataforma Moodle de Educação a Distância (AVA), que conta com mais de 30 mil inscritos e 23
cursos estruturados, que serão realizados até o final de 2016. Esses cursos compõem estratégias
de transversalização da EA nas políticas de meio ambiente com as seguintes ações: Estratégia de
EA e Comunicação na Gestão de Resíduos Sólidos – Educares; Estratégia de EA e Comunicação em
Unidades de Conservação – ENCEA; Programa de EA e Agricultura Familiar – PEAAF e Programa
Nacional de Capacitação de Gestores – PNC. Como resultados dessas agendas, destacam-se: (i)
parcerias firmadas com 15 estados; (ii) fomento a 12 projetos de EA e Agricultura Familiar, com a
destinação de R$ 9 milhões (recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente); e (iii) formação de
cerca de 20.000 pessoas.
90
CIRCUITO TELA VERDE E AS SALAS VERDES
Na intenção de incentivar a formação da sociedade para a questão
socioambiental, por meio do fortalecimento de estruturas e espaços educadores, foram
implementadas ações do Projeto Salas Verdes e do Circuito Tela Verde. O Projeto Salas Verdes
conta com uma rede de 359 instituições, que desenvolvem e articulam atividades de educação
ambiental nos estados e territórios do País. Esses parceiros, além de receberem kits com
publicações, são beneficiários dos cursos disponibilizados na plataforma Moodle para a formação
em Meio Ambiente e Educação Ambiental. O Circuito Tela Verde - CTV é um projeto que promove
reflexões sobre as questões socioambientais, por meio da linguagem audiovisual. Nas suas 7
edições, foram selecionados 313 vídeos e realizadas mostras e debates em 9.191 espaços
exibidores em todo o Brasil, incluindo TVs públicas, e atingindo em média 500 mil pessoas por
edição.
INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE (PNJMA)
Instituído em 2015, pela Portaria Interministerial nº 390, o Plano tem como
objetivo a promoção e integração das políticas públicas ambientais que efetivem os direitos da
juventude à sustentabilidade e ao meio ambiente, garantidos no Estatuto da Juventude. O PNJMA
deverá integrar o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE, instituído pela Lei nº 12.852, de 5
de agosto de 2013. Os princípios do Estatuto da Juventude deverão orientar a implementação do
Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente, que é coordenado pelo Ministério do Meio
Ambiente, tendo como gestores e executores os Ministérios da Educação, das Mulheres,
Igualdade Racial, Juventude e Direitos Humanos, e do Desenvolvimento Agrário. O CONJUVE –
Conselho Nacional de Juventude participará do Plano, principalmente no monitoramento e na
avaliação de suas ações e metas, conforme Plano de Trabalho, atualmente em processo de
validação nos Ministérios.
AÇÕES DE GÊNERO NO ÂMBITO DO MMA
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) vem buscando a incorporação de
questões de gênero e políticas públicas para as mulheres em sua área de competência, em
alinhamento com as recomendações advindas das Conferências Nacionais de Políticas para as
Mulheres.
De acordo com os princípios e diretrizes do Plano Nacional de Políticas para as
Mulheres (PNPM), o MMA instituiu o Comitê Interno de Gênero, por meio da Portaria nº 25, de
23 de janeiro de 2008, republicada em 2012. O Comitê tem como finalidade contribuir para a
elaboração de propostas de ações, realizar estudos técnicos sobre o tema e analisar viabilidades
técnico-financeiras para subsidiar a inclusão das questões de gênero e políticas públicas para as
mulheres nas áreas de atuação do Ministério.
91
REDE DE MULHERES BRASILEIRAS LÍDERES PELA SUSTENTABILIDADE
Foi constituída, em 2011, a Rede de Mulheres Brasileiras Líderes pela
Sustentabilidade, formada por mulheres líderes da gestão executiva de conselhos ou tomadoras
de decisão, de instituições públicas e privadas, com o objetivo de promover compromissos em
prol da sustentabilidade e do empoderamento feminino. Em 2012, a Rede lançou a Plataforma
20, durante a Rio+20, documento que trazia ações para promover a construção de um país mais
justo, equitativo e sustentável, que reconheça e valorize as mulheres.
FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS
(CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE MEIO AMBIENTE)
Em 2013, foi realizada em Brasília a Etapa Nacional da 4ª Conferência Nacional,
sobre o tema Resíduos Sólidos. Em todo o processo das etapas preparatórias, foram realizadas
conferências estaduais, municipais e regionais, além de conferências livres, com a participação de
mais de 200 mil pessoas. Foram levantadas 60 prioridades nacionais, principalmente para
incentivar a reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos sólidos, constituindo importante
contribuição para a construção dessa agenda no País.
PORTAL NACIONAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (PNLA)
As melhorias do PNLA tiveram início em novembro de 2012 e decorreram de um
amplo processo de articulação institucional entre o MMA e os órgãos licenciadores, para
disponibilização das informações sobre o processo de licenciamento ambiental, dos órgãos
licenciadores da União, estados e Distrito Federal. Em 2014, os bancos de dados dos órgãos
licenciadores em âmbito federal e estadual/distrital foram integrados, permitindo o
funcionamento dos mecanismos de pesquisa de licenças e informações sobre o licenciamento
ambiental no Portal. No ano de seu lançamento, o PNLA foi o sítio com maior número de registro
de acessos dentre os domínios vinculados ao MMA. Além de mecanismo para a disponibilização
de informações sobre o licenciamento ambiental, o PNLA foi pensado de modo a constituir uma
ferramenta de suporte para a formulação de políticas públicas e diretrizes de ação dos órgãos
governamentais e das entidades que compõem o SISNAMA, bem como para a democratização e
controle social da informação ambiental.
SIES – SISTEMA DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DO SISNAMA
Desenvolvido a partir de 2013, o Sistema de Informações Estratégicas do
SISNAMA – SIES surgiu da necessidade de obtenção de informações sobre as ações desenvolvidas
pelas diversas secretarias e vinculadas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), por parte do
Departamento de Coordenação do Sisnama (DSIS). O sistema sofreu diversos ajustes e evoluções
ao longo do ano de 2014 e evoluiu para interface “web”, permitindo o acesso ao sistema por meio
da internet para os usuários em nova versao, denominada “SIES 2.0 Web”. A partir do segundo
semestre de 2015, foi iniciado um ciclo de reuniões para aprimoramento do SIES com as
92
informações orçamentárias e financeiras do MMA, visando preparar a integração de dados do
SIAF e SICONV, evitando duplicação de esforços no lançamento de informações ao SIES.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEIS
Fortalecer os mecanismos e as ações para implementação do 2º ciclo do PPCS,
contemplando instrumentos de estímulo à produção e ao consumo sustentáveis, e a definição da
linha de base e seu monitoramento, tendo como objetivo ampliar a escala do Plano; construir, de
forma participativa e inclusiva, envolvendo o Congresso Nacional, as demais instituições públicas
relevantes, o setor privado e a sociedade em geral, uma proposta de política nacional de produção
e consumo sustentáveis; fortalecer a articulação e a sinergia com as demais políticas ambientais
e com as políticas setoriais relevantes; identificar novas parcerias e fortalecer as existentes entre
os diversos setores e níveis de governo, bem como com o setor privado, ONGs e sociedade em
geral, em torno da agenda de PCS; construir e implementar uma estratégia robusta de
comunicação das ações e iniciativas adotadas sob a égide do PPCS, de modo a aumentar a
conscientização e disseminar boas práticas em PCS; e promover reuniões semestrais do Comitê
Gestor de PCS, para reforçar os mecanismos de cooperação e monitoramento, visando ao
aperfeiçoamento contínuo do Plano e o fortalecimento de sua implementação.
PROGRAMA A3P
Aperfeiçoar e ampliar o Programa A3P, especialmente junto aos municípios;
ampliar a capacitação presencial e a distância para implementação do Programa A3P; implantar
a certificação socioambiental em instituições públicas; promover o efetivo monitoramento e
avaliação do Programa, por meio do sistema Ressoa; promover, em parceria com o MP, a
implantação do PROBEN Esplanada; e proporcionar o financiamento para projetos de A3P,
inclusive por meio do Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA.
PROJETOS ESPECIAIS
Embora não seja responsabilidade formal do MMA, a realização dos Jogos
Olímpicos em 2016 enseja oportunidade para promover a articulação e a cooperação necessárias
para os esforços de gestão da sustentabilidade dos jogos, com todos os órgãos e instâncias
encarregadas de sua organização, incluindo a participação do MMA na definição dos conteúdos
da Casa Brasil, bem como o fortalecimento da sustentabilidade em todos os projetos e ações
relacionados aos Jogos.
AGENDA 2030 E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Apoiar a estrutura governamental responsável pela coordenação e gestão da
implementação da Agenda 2030 e do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
bem como o engajamento dos demais poderes (legislativo e judiciário), níveis de governo e da
93
sociedade civil; coordenar, promover, implementar, monitorar e avaliar políticas, programas,
projetos e iniciativas com vistas ao alcance dos ODS relacionados a meio ambiente; e acompanhar
o processo internacional relativo à Agenda 2030, principalmente no que concerne os meios de
implementação para o alcance dos ODS, inclusive seu monitoramento nos níveis nacional,
regional e global.
CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO
Diante das limitações orçamentárias e financeiras, bem como do encerramento,
em julho de 2016, do Projeto de Cooperação Técnica com o Instituto Interamericano de
Cooperação para a Agricultura - IICA, os maiores desafios estão no estabelecimento de novas
parcerias estratégicas para assegurar a continuidade das ações em andamento. No caso da EaD,
o desafio está em assegurar o suporte para a produção e execução dos cursos demandados pelas
unidades do MMA e atendimento aos usuários. Está previsto o lançamento, em abril de 2017, do
novo Programa Nacional de Capacitação de Gestores, que demanda esforços de articulação para
a sua institucionalização no âmbito do MMA e a destinação dos recursos necessários. Também
está previsto o estabelecimento de Acordos de Cooperação Técnica com os Órgãos Estaduais de
Meio Ambiente, que já manifestaram interesse e estão no aguardo de um posicionamento político
do MMA.
COMUNICAÇÃO
Existe uma demanda expressiva da sociedade pela implementação de novas Salas
Verdes. No entanto, para atendê-la é necessária a criação de um sistema para a gestão de
informações do projeto e estrutura para o monitoramento das ações. Como perspectiva, está
sendo pensada uma articulação com os estados para uma coordenação compartilhada do projeto.
O 7º Circuito Tela Verde será lançado em junho de 2016 e, como desafio, está a ampliação do
número de espaços exibidores, diante das limitações financeiras. Como perspectiva, está em
estudo a indicação de uma plataforma já existente, que poderá disponibilizar uma curadoria de
meio ambiente com os vídeos do CTV para os espaços exibidores interessados.
GESTÃO INTEGRADA E DESCENTRALIZADA DO SISNAMA (DSIS)
Elaborar metodologia de articulação e coordenação do SISNAMA; aperfeiçoar o
SIES, incluindo novas funcionalidades mapeadas nas atividades de avaliação e a integração com
SIAF e SICONV, e com a colaboração ativa de todas as unidades do MMA e vinculadas;
institucionalizar o Portal do Sisnama, incluindo nova versão do SIES e diagnóstico sobre órgãos
estaduais e municipais de meio ambiente; colocar em funcionamento a nova versão do Portal
Nacional de Licenciamento Ambiental, com todos os estados, e com os bancos de dados
integrados e harmonizados; estruturar programa de capacitação continuada para os entes do
Sisnama, nas três esferas de governo; e articular e mediar, com os atores institucionais
pertinentes, para que haja posicionamento sobre as demandas apresentadas pelos entes do
94
Sisnama sobre financiamento do sistema, demandas por regulamentação na LC140, dentre
outras.
SIES – SISTEMA DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DO SISNAMA
Como principais desafios futuros, são apontadas a integração de dados do SIAF e
SICONV, e as constantes evoluções da ferramenta, possibilitando ampliar a capacidade e
abrangência dos dados e informações armazenados no sistema. Destaca-se ainda a necessidade
de um processo permanente de treinamento e articulação junto aos pontos focais responsáveis
pelos dados inseridos no sistema, garantindo a qualidade das informações.
PORTAL NACIONAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O PNLA, como qualquer outro sistema, deve ser aperfeiçoado e alimentado
constantemente. Em suas próximas etapas, o DSIS objetiva avançar qualitativamente nas
informações contidas nos bancos de dados hoje disponíveis e investir na articulação junto aos
demais órgãos licenciadores e no processo de institucionalização do Portal frente aos órgãos
integrantes do Sisnama, garantindo assim seu escopo de consolidar o Sinima e fortalecer o
Sisnama.
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL – CNMA / AGENDAS TRANSVERSAIS
Elaborar conteúdo de curso de formação em participação social e cidadania
ambiental; manter o Sistema Nacional de Cadastramento de Entidades Ambientalistas em
funcionamento; elaborar metodologia e definir processos para o novo desenho das CNMA,
incluindo governança, etapas preparatórias, de realização, monitoramento e avaliação das
conferências; readequar o Sistema de Acompanhamento das Deliberações das Conferências
Nacionais de Meio Ambiente, mantendo-o em funcionamento e em constante atualização.
PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL - PROGAB
Para apoiar o fortalecimento da gestão ambiental no país, o Ministério do Meio
Ambiente, por meio de Acordo de Cooperação Técnica com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento - BID, elaborou - no período de 2013 a 2015 - a proposta do PROGAB, em
parceria com o Ibama e com os Órgãos Estaduais de Meio Ambiente. A implantação do PROGAB
tem como objetivos fortalecer a capacidade institucional de gestão e a governabilidade ambiental
no âmbito do SISNAMA, atuando no licenciamento ambiental e no planejamento ambiental,
particularmente nos instrumentos de avaliação ambiental estratégica, plataforma de informações
ambientais e na capacitação para avaliação de impactos e licenciamento. Trata-se de esforço que
deve ser continuado, estando em condições de ser apresentada a carta-consulta ao BID para a
sua concretização.
95
AGENDA DE 180 DIAS
Acompanhar o processo internacional relativo à Agenda 2030 e aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, particularmente no que concerne à definição de seu
arcabouço de monitoramento, nos níveis nacional, regional e global; contribuir para a
definição e funcionamento da estrutura institucional brasileira responsável pela coordenação
da implementação da Agenda 2030 e dos ODS nos níveis nacional e subnacional (há processo
em curso sendo conduzido pela Secretaria-Geral da PR, já tendo sido circulada minuta de
Decreto para instituir essa estrutura); e apoiar a coordenação do MMA e vinculadas para a
implementação da agenda ambiental dos ODS e monitoramento de suas metas.
Realizar o 9º Fórum e 6º Prêmio do Programa Agenda Ambiental na Administração Pública
(A3P), previstos para outubro de 2016. O edital do Prêmio já foi publicado, já se obteve
patrocínio e apoio de parceiros e foi dado início ao processo de escolha dos vencedores.
Realizar a próxima reunião presencial do Grupo de Amigos do Parágrafo 47 (GoF 47), criado
por ocasião da Rio+20 para promover os relatórios de sustentabilidade, que teve o Brasil
como um dos idealizadores. A reunião está prevista para o segundo semestre, em Brasília, a
partir de proposta apresentada pelo MMA. A realização não deverá implicar em custos
financeiros, apenas recursos técnicos.
Realizar a 7ª mostra do Circuito Tela Verde. Foi lançado edital para seleção de vídeos
socioambientais entre setembro e novembro de 2015 e lançada chamada pública, entre
março e abril de 2016, para a seleção de espaços exibidores, com o compromisso de envio
dos materiais em maio. De acordo com o planejamento e os prazos estabelecidos, os kits do
CTV deverão ser enviados para os espaços exibidores até maio de 2016 e o lançamento da
mostra está previsto para a semana de meio ambiente.
Lançar o Projeto Político Pedagógico do MMA e vinculadas em julho de 2016 e realizar, entre
maio e dezembro, 22 cursos a distância para a formação de 15.000 pessoas. Os cursos já estão
estruturados e transpostos para a linguagem a distância e já contam empresa contratada para
sua realização. Os cursos que serão oferecidos são resultado das demandas de todas as
secretarias do MMA, tendo parte deles já sido divulgada para a sociedade e instituições
parceiras. Cabe destacar que essa iniciativa é uma entrega prevista no Planejamento
Estratégico do MMA.
Apoiar a realização do encontro da Associação Nacional de Políticas Públicas de Educação
Ambiental – ANPEA, previsto para 19 de maio, com o objetivo de estruturar a plataforma de
experiências de Educação Ambiental. Esse evento será realizado no âmbito da secretaria
executiva da ANPPEA, a qual é composta por MEC, MMA, Fundo Brasileiro de Educação
Ambiental - FunBEA, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e Oca/ESALQ. O MMA é
parceiro na organização da oficina e assumiu esse compromisso na última oficina da ANPPEA,
realizada no dia 19 de abril. A atividade tem como objetivo a definição de instrumento de
coleta de dados para o monitoramento e avaliação das políticas públicas de Educação
Ambiental e o delineamento de uma Plataforma de Educação Ambiental.
96
Realizar reunião do Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação
Ambiental. O regimento interno do Comitê Assessor estabelece a realização de duas reuniões
anuais. A não realização da reunião, prevista para setembro de 2016, compromete a
participação da sociedade civil no aprimoramento das Políticas Públicas de Educação
Ambiental desenvolvidas pelo MMA.
Firmar, entre maio e julho de 2016, acordos de cooperação técnica em Educação Ambiental
com 7 estados da federação, para o que já foram feitas tratativas, sendo que os estados estão
aguardando o envio de minuta dos Acordos de Cooperação pelo MMA. São eles: DF, MG, BA,
MT, MA, PA e SC.
Realizar Encontros Nacional e Regionais do Sisnama. Previstos para se realizarem em junho
e julho de 2016, esses Encontros são fruto de articulações do MMA com a Associação
Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente - Abema e com a Associação Nacional de
Orgãos Municipais de Meio Ambiente – Anamma, e foram demandados nas oficinas do
Sisnama realizadas no final de 2015, para subsidiar o planejamento da atuação sistêmica, à
luz da LC140. os Encontros Regionais foram propostos pela Anamma e serão organizados
pelas Secretarias de Meio Ambiente de Palmas/TO, Natal/RN, Campinas/SP, Curitiba/PR e
Goiânia/GO - cobrindo as 5 regiões do pais; o Encontro Nacional está sendo organizado pelo
DSIS/MMA, em parceria com o CGEE/MCTI (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) e o IPEA
e deverá promover a síntese das contribuições colhidas dos Encontros Regionais, a partir de
programação e metodologia que estão sendo desenhadas para o conjunto dos Encontros.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A Secretaria vem funcionando, informalmente, em uma estrutura que conta com
3 (três) Departamentos: Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental -
DCRS/DSIS (o qual incorpora todas as competências do Departamento de Coordenação do
Sisnama); Departamento de Educação Ambiental - DEA; e Departamento de Produção e
Consumo Sustentáveis - DPCS (o qual não consta na estrutura formal do Ministério e incorpora
algumas competências do Departamento de Economia e Meio Ambiente, além de outras sobre
novos processos, como o relativo à Agenda de Desenvolvimento Pós-2015).
Em relação aos principais problemas advindos da estrutura institucional atual,
destaca-se a fusão informal dos Departamentos de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental
(DCRS) e de Coordenação do Sisnama (DSIS). Para além dos desafios de integrar frentes de
trabalho de natureza e focos diversos, esses Departamentos, mesmo na informalidade, não
apresentam estrutura gerencial, tornando pouco eficaz a gestão direta com os analistas nos
diferentes temas e agendas trabalhados. Os demais Departamentos também se ressentem da
ausência de estrutura de cargos que permita organizar as equipes em subunidades (gerências e
coordenações), organizando-as tematicamente em função de suas competências.
97
Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania
Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis
Gerência de Projetos
Gerência de Projetos
Departamento de Cidadania e Responsabilidade Sócio-Ambiental / Departamento de Coordenação do Sisnama
Gerência de Ações para a Juventude
Departamento de Educação Ambiental
Gerência de Projetos
Chefe de GabineteUnidade Administrativo-
Financeira
98
ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA
AO MINISTRO DE ESTADO
===========================================================================
============================================================================
Gabinete
Assessoria Parlamentar
Assessoria de Comunicação
Social
Assessoria Especial de
Controle Interno
Chefe de Gabinete
Coordenação-Geral de Apoio Administrativo
Assessoria de Assuntos
Internacionais
Assessor para Assuntos
Multilaterais
Assessor para Assuntos Bilaterais
Consultoria Jurídica
Coordenação-Geral de Assuntos
Jurídicos
Coordenação-Geral de Atos, Contratos e
Ajustes
99
ASSESSORIA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS -
ASIN
INTRODUÇÃO
No período de 2010 a 2016, o Ministério do Meio Ambiente – MMA continuou a
ampliar de modo significativo sua atuação na área internacional, ao contribuir para expandir e
qualificar a participação brasileira nos diversos foros relacionados ao meio ambiente e ao
desenvolvimento sustentável. O MMA participa, hoje, de maneira ativa no processo de formação
e defesa das posições brasileiras nos foros que tratam da questão ambiental e da promoção do
desenvolvimento sustentável, muitas vezes com envolvimento direto de seus dirigentes e de seu
corpo técnico qualificado.
O aumento da presença internacional do MMA também se traduziu na elevação
do grau de exigência de atuação de sua Assessoria de Assuntos Internacionais – ASIN, que buscou
colaborar com perspectiva estratégica, e engajamento propositivo e proativo, de modo a atender
de maneira adequada, eficaz e eficiente àquelas questões de sua competência.
A ampliação da interlocução da ASIN com as áreas técnicas do MMA durante o
período em estudo, contribuiu para uma melhor coordenação do processo de elaboração de
subsídios para definição das posições brasileiras na área internacional, com notáveis benefícios.
É fato que os debates bilaterais e multilaterais na área ambiental se têm tornado mais complexos,
por contar com uma grande pluralidade de atores e interesses e envolver desafios de natureza
global ou de interesse estratégico para o País. Tal tendência tem exigido do MMA eficiente e ágil
atuação em reuniões, missões e foros internacionais, além de maior qualidade na interlocução
com organismos internacionais, atores públicos ou privados e, sobretudo, com agências
congêneres de governos estrangeiros.
A ASIN procurou responder a esse quadro de crescentes demandas e maior
exposição internacional do Ministério, no desempenho de seu papel institucional. Buscou, na
medida de suas capacidades, apoiar o Gabinete da Senhora Ministra e o Ministério com qualidade
técnica e de análise política.
É importante frisar que os debates e negociações internacionais na área de meio
ambiente têm sido cada vez menos centrados nas questões exclusivamente ambientais e
tratadas, de maneira mais ampla, como questões de desenvolvimento. Por essa razão, essas
negociações têm se tornado mais complexas e têm envolvido um número cada vez maior de
atores que, antes, delas participavam apenas de maneira pontual (p.ex., os setores de agricultura,
energia, saúde, trabalho, justiça, ciência e tecnologia, bem como diversos segmentos da
sociedade civil, em adição aos que, historicamente, participavam desses processos). Tal é o caso
da Agenda 2030, dos debates sobre mudança do clima, sobre conservação e uso sustentável da
biodiversidade, ou sobre acesso a recursos genéticos e repartição de benefícios.
100
Da mesma forma, raros processos internacionais têm sido conduzidos
exclusivamente por uma área técnica, visto o grau de interfaces que as diversas áreas do MMA
enxergam em cada um dos temas internacionais. Nesse contexto, o papel de uma área
internacional forte, qualificada e autorizada mostra-se cada vez mais importante e necessário.
RESULTADOS E CONQUISTAS
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – RIO+20 –
PARTICIPAÇÃO DA MINISTRA EM PAINEIS DA ONU
Em 31 de março de 2011, a Assembleia Geral da ONU adotou a Resolução nº
64/236, proposta pelo Governo brasileiro, que previu a realização da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 celebrada em junho de 2012. O conceito de
desenvolvimento sustentável consagrou-se na Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 – Rio-92. A Rio+20, presidida
pela Senhora Presidente da República e coordenada pela Ministra Izabella Teixeira, renovou o
compromisso político com o desenvolvimento sustentável, a partir da avaliação dos avanços e das
lacunas existentes e do tratamento de temas novos e emergentes. Os temas principais que
orientaram os debates da Conferência foram a promoção do desenvolvimento sustentável,
reconhecendo a economia verde como uma das estratégias para alcançá-lo e a erradicação da
pobreza como prioridade absoluta, assim como a consolidação da estrutura institucional para o
desenvolvimento sustentável.
AGENDA 2030 DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL – ODS
A Conferência Rio+20 pautou a Agenda 2030, que combina duas grandes
iniciativas de caráter universal: os 17 Objetivos do Desenvolvimentos Sustentável e suas 169
metas (“Transformando Nosso Mundo”) e a Agenda de Açao de Adis Abeba – A4, também
associada ao seguimento das Conferências de Monterrey e Doha sobre Financiamento para o
Desenvolvimento, que propõe o direcionamento do financiamento tanto privado quanto público
para iniciativas sustentáveis e resilientes. O Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, como se
verá adiante, complementa e vincula-se estreitamente a essa Agenda. Os ODS, adotados em
Resolução da ONU em 2015, foram propostos pelo Grupo de Trabalho Aberto sobre Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável – GTA-ODS, que considerou as sugestões do Painel de Alto Nível do
Secretário-Geral das Nações Unidas sobre a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 – HLP, do qual
a Ministra Izabella Teixeira participou ativamente. Dos 17 objetivos adotados, cinco se relacionam
diretamente com a questão ambiental: ODS 6 sobre água; ODS 12 sobre padrões de consumo e
produção; ODS 13 sobre mudança do clima; ODS 14 sobre oceanos, mares e recursos marinhos;
e ODS 15 sobre ecossistemas terrestres, florestas, desertificação e biodiversidade. A Ministra
Izabella Teixeira integrou também o Painel de Alto Nível do secretário-Geral da ONU sobre
Sustentabilidade Global que forneceu subsídios para o processo de preparação da Conferência
Rio+20. O então Secretário-Executivo Francisco Gaetani, de seu lado, participou de Grupo de
101
Peritos intergovernamentais que elaborou relatório sobre o financiamento do desenvolvimento
sustentável, bem como integrou a delegação à Conferência de Addis Abeba.
OCEANOS E LANÇAMENTO DE NEGOCIAÇÕES PARA INSTRUMENTO PARA CONSERVAÇÃO E USO
SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE MARINHA EM ÁREAS ALÉM DA JURISDIÇÃO NACIONAL
Os oceanos mereceram menção especial no documento final da Rio+20. Uma das
decisões da Conferência foi de recomendar que as Nações Unidas tomassem uma decisão sobre
a negociação de um instrumento internacional para a Conservação e Uso Sustentável da
Biodiversidade Marinha em Áreas Além da Jurisdição Nacional, no âmbito da Convenção das
Nações Unidas sobre Direito do Mar. A decisão de dar início às tratativas voltadas para o desenho
de semelhante instrumento foi referendada na Assembleia Geral da ONU em 2015 por meio de
Resolução. As negociações iniciaram-se com consultas aos Estados-Membros, com o objetivo de
construir um texto para discussão. Com a manifestação favorável do MMA, o Brasil apoia um
instrumento dessa natureza.
PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL
O tratamento dos desafios associados à Produção e Consumo Sustentável foi
reconhecido como tema transversal na Agenda 2030 mas mereceu um ODS específico (ODS 12),
em vista de sua abrangência e importância. Esse tema está no centro da mudança de paradigma
de desenvolvimento preconizado na Agenda 2030.
A ASIN participa, como Ponto Focal Nacional Alterno do Comitê Diretivo Regional
de Produção e Consumo Sustentáveis, coordenado pelo Escritório Regional do PNUMA para a
América Latina e Caribe, com sede no Panamá. Na última reunião do Foro de Ministros de Meio
Ambiente da América Latina e Caribe, os Ministros decidiram confirmar o Brasil, juntamente com
a Argentina, como representantes da Sub-região do Cone Sul.
RECURSOS HÍDRICOS E 8º FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA EM BRASÍLIA
Em 2015, o Ministério realizou seminário internacional sobre recursos hídricos
em São Paulo, com a participação de especialistas de diversos países com o objetivo de promover
maior intercâmbio de experiências e de cooperação internacional para enfrentar situações de
escassez hídrica.
Brasília foi escolhida como sede do 8º Fórum Mundial da Água (2018), e o Brasil
ofereceu ao longo dos últimos anos cooperação técnica a vários países em matéria de gestão de
recursos hídricos e saneamento, notadamente países da América Latina e da CPLP.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE – PNUMA E ASSEMBLEIA
AMBIENTAL DAS NAÇÕES UNIDAS – UNEA
Por ocasião da Rio + 20, a comunidade internacional, com o firme apoio do Brasil,
decidiu fortalecer e aprimorar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA,
102
principal instância do Sistema das Nações Unidas – ONU que acompanha a temática ambiental. O
MMA participou ativamente das negociações que levaram à adoção pela Assembleia Geral da
ONU de resolução que tornaram universal a composição do Conselho de Administração do
Programa, alterando a sua designaçao para “Assembleia Ambiental das Nações Unidas do
PNUMA” – UNEA, a qual representa atualmente o corpo de mais alto nível de decisão mundial
sobre o meio ambiente no âmbito da ONU e está subordinada ao Fórum Político de Alto Nível –
HLPF, encarregado da implementação da Agenda 2030. O PNUMA tem dado foco estratégico ao
debate ambiental e apoia uma série de projetos e atividades no nível nacional, sub-regional e
regional.
CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA – CDB
A Convenção sobre Diversidade Biológica sempre teve, para o MMA, um peso
diferenciado em relação a outros acordos multilaterais ambientais. Essa importância foi sinalizada
pelo continuado protagonismo da delegação brasileira durante as Conferências das Partes da
CDB, notadamente em Curitiba, em 2006. Semelhante protagonismo reproduziu-se em Nagoia,
no Japão, em 2010, quando a Delegação do Brasil, conduzida pela Ministra Izabella Teixeira,
liderou as negociações para a adoção de um Plano Estratégico composto de 20 objetivos para
deter o ritmo alarmante de desaparecimento das espécies. Nessa linha, durante a Reunião de Alto
Nível sobre Diversidade Biológica, promovida em 2010, a Ministra defendeu que o regime de ABS,
o Plano Estratégico e a Estratégia de Mobilizaçao de Recursos fossem vistos como um “pacote”
nas negociações da COP10, como forma de garantir a implementação equilibrada dos objetivos
da Convenção. Em Nagoia, a participação brasileira foi reconhecida como fator determinante para
a aprovação do Protocolo.
CONVENÇÃO SOBRE O COMÉRCIO INTERNACIONAL DE ESPÉCIES DA FLORA E DA FAUNA
SELVAGENS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO – CITES
O tema de biodiversidade foi igualmente tratado em outros foros internacionais
que não a CDB, nos quais tem-se reafirmado a posição de liderança do MMA. O Brasil designou
delegação à 16ª COP da CITES, realizada em 2013 na Tailândia. A campanha brasileira foi decisiva
para que espécies marinhas (tubarões e arraias) tenham sido incluídas nos Anexos da CITES, fato
inédito na história da Convenção. A Assessoria Internacional trabalha em proximidade com as
várias áreas envolvidas com os temas da Convenção (SBF, Ibama, ICMBio), a fim de definir as
propostas a serem apresentadas à COP e subsidiar o MRE na consolidação das posições brasileiras.
CONVENÇÃO SOBRE ESPÉCIES MIGRATÓRIAS – CMS
O Brasil aderiu à CMS em 2015, habilitando o País a trabalhar com outras nações
na Convenção para um melhor suporte e proteção da enorme variedade da sua fauna. Trata-se
de processo recente, que deverá requerer estreita coordenação entre as áreas envolvidas neste
tema no âmbito do MMA. O Brasil é também parte do Acordo para a Conservação de Albatrozes
e Petréis – ACAP, vinculado à CMS.
103
ÁREAS PROTEGIDAS
O Programa ARPA ganhou reconhecimento internacional por se tratar do maior
programa de áreas protegidas do mundo e está agora em período de conclusão da segunda fase
e de preparação para o início da terceira fase. O programa atingiu uma maturidade que permitiu
que o Brasil e os parceiros do ARPA promovessem esforços para o alcance dos objetivos finais em
termos de escala e de compromisso a longo prazo para a sustentabilidade financeira das Áreas
Protegidas. Espera-se que, em conjunto com parceiros internacionais, o Brasil possa levar a
experiência do ARPA para além das fronteiras do bioma da Amazônia, para nossos diferentes
biomas e para outros países.
CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MUDANÇA DO CLIMA – UNFCCC
Ao longo dos últimos seis anos, o MMA participou ativamente das negociações
internacionais sobre mudança do clima que tiveram como marco o lançamento da Plataforma de
Durban, em 2011, a adoção do segundo período de cumprimento do Protocolo de Quioto, em
2012, a adoção do Quadro de Varsóvia para REDD+, em 2014, e o Acordo de Paris em 2015.
Em dezembro de 2015, realizou-se a 21ª COP em Paris, na qual foi adotado acordo
sobre mudança global do clima, a ser implementado a partir de 2020. A negociação do acordo foi
marcada por forte protagonismo do governo brasileiro, particularmente da Ministra Izabella
Teixeira, cuja participação foi considerada essencial para o sucesso da Conferência. O Acordo,
aberto para assinatura em cerimônia realizada em 22 de abril de 2016 na sede da ONU, da qual
participaram a Senhora Presidente da república e a Ministra Izabella Teixeira, constitui um dos
desenvolvimentos mais relevantes nas negociações internacionais ambientais e associadas à
promoção do desenvolvimento sustentável. O País tem a oportunidade de utilizar os acordos
internacionais que levaram à adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o
Acordo de Paris para requalificar o projeto de desenvolvimento nacional.
Ao longo de 2015, o Brasil, a exemplo de mais de cento e oitenta países, elaborou
e apresentou sua “pretendida contribuiçao nacionalmente determinada” – INDC, na qual indicou
o esforço que se dispunha a fazer para contribuir com o objetivo último da Convenção. O Acordo
de Paris fortalece e cria instituições e mecanismos que visam garantir os indispensáveis meios de
implementação.
Além das negociações formais no âmbito da UNFCCC, o Brasil adotou declarações
conjuntas com a China, os EUA e a Alemanha que estabeleceram programas robustos de
cooperação bilateral e reconhecem que a mudança do clima precisa ser abordada por meio da
cooperação internacional no contexto do desenvolvimento sustentável.
FUNDO PARA O MEIO AMBIENTE GLOBAL – GEF
Atualmente, o GEF encontra-se na sexta fase – GEF6. Nesse período,
compreendido entre julho de 2014 e junho de 2018, o MMA prevê a apresentação de três projetos
de grande escopo: o Projeto ARPA – Áreas Protegidas da Amazônia; projeto para financiamento
104
da mitigação da mudança do clima no Brasil; e, a recuperação de áreas degradadas e do Plano de
Agricultura de Baixo Carbono, que complementam os esforços de implementação do Código
Florestal. O Brasil comprometeu-se a doar USD 5,1 milhões para o período de 2014-2018, o que
coloca o país em segundo lugar entre os doadores de países em desenvolvimento, atrás apenas
da China. A carteira brasileira tem 57 projetos nacionais e 41 projetos regionais ou globais. No
período entre 2014-2016, cinco projetos nacionais e seis projetos regionais e globais foram
aprovados pelo GEF, que representam aproximadamente 70% do total da alocação para o País.
CONVENÇÃO DE MINAMATA SOBRE MERCÚRIO
A Ministra do Meio Ambiente assinou, em nome do Brasil, a Convenção de
Minamata sobre Mercúrio, em outubro de 2013, no Japão. O Brasil teve um papel de reconhecida
relevância na negociação e aprovação da Convenção, participando com uma delegação sempre
muito atuante na discussão que levou à adoção desse instrumento. A partir de um processo de
coordenação exitoso que gerou a necessária convergência no âmbito do Governo federal, em
novembro de 2014 a Presidente da República encaminhou proposta de decreto de ratificação
daquele instrumento internacional, referendada pelo MRE, MMA, MS, MME e MDIC para exame
do Congresso Nacional. O processo ainda está sob análise daquela Casa.
ABORDAGEM ESTRATÉGICA PARA GESTÃO INTERNACIONAL DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS –
SAICM
O MMA é participante ativo nas reuniões da Conferência Internacional de Gestão
de Substâncias Químicas – ICCM. Durante a ICCM-4, realizada em 2015 (última reunião antes de
2020, quando expira o prazo para o atingimento da meta estabelecida no plano de Joanesburgo),
foi eleito um novo Bureau (Comitê de Coordenação da 5ª Conferência Internacional de Gestão de
Substâncias Químicas – ICCM5). A Diretora de Qualidade Ambiental na Indústria, da Secretaria de
Recursos Hídricos e Meio Ambiente Urbano, foi eleita para fazer parte do Comitê.
ALEMANHA
A Alemanha continuou a ser, no período analisado, o principal parceiro
internacional do Ministério do Meio Ambiente – MMA. Desde 2010, foram negociados e/ou
executados mais de 20 projetos, cuja soma ultrapassa €300 milhões. Os projetos têm apoiado a
implementação das principais políticas ambientais brasileiras e contribuído para o alcance dos
compromissos internacionais firmados por ambos os países. Destacam-se os projetos ARPA, CAR
e Fundo Amazônia.
Em 2011, foi adotado o “Documento Estratégico para a Cooperaçao Brasil-
Alemanha”, que estabeleceu diretrizes estratégicas para a cooperaçao bilateral e encontra-se em
fase de revisão, com base nas discussões e orientações apresentadas em conferência realizada
em Brasília, às margens da visita da Chanceler Merkel ao Brasil, em agosto de 2015. Espera-se que
o novo texto seja adotado nas próximas Negociações Intergovernamentais em 2017.
105
UNIÃO EUROPEIA
Dois projetos de cooperação bilateral merecem destaque na cooperação do MMA
com a UE nos ultimos 6 anos. O projeto “Projeto BR-163 – Floresta, Desenvolvimento e
Participaçao” foi executado ao longo de 4 anos na área de influência da BR-163 no Pará, com
abrangência em sete municípios paraenses, com valor de aproximadamente €5,8 milhões. Teve
seu encerramento em 2013 com importantes resultados alcançados em temas como manejo
sustentável de florestas públicas; apoio a iniciativas de produção sustentável; e fortalecimento da
sociedade civil.
Outro destaque foi o projeto “Pacto Municipal para a reduçao do
desmatamento”, executado no município de Sao Félix do Xingu – PA entre os anos de 2010 e 2014.
O projeto contribuiu para a redução da taxa de desmatamento do município em 78% em relação
ao ano de início do projeto. Também apoiou atividades de implementação do Código Florestal
com atividades de Cadastramento Ambienta Rural e Reflorestamento. A UE apoiou a iniciativa
com o valor de €4,9 milhões.
ESTADOS UNIDOS
Em 2010, o Brasil assinou a acordo regido pela iniciativa norte-americana Tropical
Forest Conservation Act – TFCA, cujo objetivo é converter parte da dívida em projetos
socioambientais. São US$ 20,8 milhões destinados aos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Até o final de 2015, mais de 80 projetos foram beneficiados pelo Acordo, cuja execução encontra-
se sob responsabilidade do Funbio.
Com a Agência de Proteção Ambiental – EPA, o Governo Brasileiro lançou em
meados de 2011 a “Iniciativa Conjunta sobre Sustentabilidade Urbana – JIUS”, a fim de adensar
as ações de cooperação com os EUA por meio da promoção da sustentabilidade urbana. A ideia
surgiu do encontro entre a Presidenta Dilma Roussef e o Presidente Barack Obama, em Brasília,
ocorrida em março daquele ano.
Em 2012, foi assinado o Memorando de Entendimento entre o MMA e a EPA, com
vistas a promover o intercâmbio de conhecimento em metodologias e instrumentos de avaliação
de impacto ambiental; modelagem, análise e gestão de riscos; avaliação de impacto ambiental de
grandes projetos de infraestrutura; metodologias e instrumentos de monitoramento da qualidade
do ar; segurança química.
Destaca-se na cooperação com o Serviço Florestal dos Estados Unidos – USFS, a
assinatura da Declaração de Intenções na área de combate a incêndios florestais em 2015. A
cooperação pretende retomar ações já realizadas sobre o tema, a fim de concretizar um sistema
ágil, integrado, e prático de monitoramento e predição de incêndios, contribuindo para a redução
de emissões de gases de efeito estufa, melhorando a qualidade do ar e mitigando prejuízos
ecológicos, sociais e econômicos.
Com a Agência para a Cooperação Internacional dos Estados Unidos – USAID foi
assinado em 2014 um termo de cooperação denominado Development Objective Agreement of
106
Grant – DOAG. Trata-se de um programa de cinco anos (2015-2019), com recursos reservados
(earmarked) pelo Congresso dos EUA da ordem de US$ 10 milhões/ano (podendo alcançar US$
50 milhões), que contribuirá para a conservação dos recursos biológicos em unidades de
conservação e terras indígenas.
NORUEGA
Desde 2008, quando foi criado o Fundo Amazônia, a Noruega é o seu maior
doador. A primeira fase dessa parceria representou uma contribuição de US$ 1 bilhão por parte
da Noruega. Em 24 de novembro de 2015, foi celebrado o terceiro aditivo ao segundo contrato
de doação. Nessa nova etapa serão investidos cerca de US$ 120 milhões em doações do governo
norueguês para o Fundo Amazônia. Os governos do Brasil e da Noruega decidiram prorrogar
também, em novembro de 2015, a sua parceria nas áreas de clima e florestas até 2020, mediante
contribuição financeira da Noruega nos mesmos níveis da primeira fase, elevando a ambição de
redução do desmatamento e da degradação florestal, em linha com as metas anunciadas pelo
Brasil em sua INDC.
PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL
A cooperação bilateral com os países da região acontece de forma paralela ao
arranjo de iniciativas que se desenvolvem no âmbito da OTCA e MERCOSUL. Dessa forma, o MMA
firmou instrumentos de cooperação ambiental com praticamente todos os países da região. O
MMA participa também dos foros de cooperação fronteiriços, denominados de Comissões de
Vizinhança, Comitês de Fronteira ou Grupos de Trabalho. Tais foros, de caráter multissetorial,
prestam-se, sobretudo, ao atendimento de objetivos políticos e estratégicos de cooperação
bilateral e regional do Governo Federal, nos quais a questão ambiental, inclusive sob a ótica dos
delitos e da fiscalização, é parte indissociável.
PAÍSES DA ÁFRICA
Merece destaque o significativo número de acordos estabelecidos ao longo dos
últimos anos, em diferentes estágios de implementação, com a África do Sul, Angola, Egito, Gana,
Marrocos, Moçambique, Nigéria, Quênia, República Democrática do Congo São Tomé e Príncipe,
Senegal e Tanzânia. Esses acordos contemplam, especialmente, temas como cooperação em
matéria de proteção ambiental, segurança alimentar e gestão de recursos hídricos. Na maior
parte dos casos, os acordos demandaram a realização de missões técnicas (enviadas ou
recebidas), visando estabelecer mecanismos de intercâmbio de experiência e repasse de
conhecimentos.
MERCOSUL E OTCA
As principais atividades desenvolvidas no âmbito do MERCOSUL no período deste
estudo tiveram como suporte os projetos de cooperação firmados com a União Europeia (Projeto
ECONORMAS) e com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento
107
- AECID (Projeto para Criação do Sistema de Informações Ambientais do MERCOSUL – SIAM). O
Projeto ECONORMAS teve como destaque as ações relacionadas ao combate à desertificação,
com a elaboração da minuta de Plano de Ação Regional e da realização de projetos-piloto de
intervenção em localidades sensíveis ao processo de seca (no Brasil, foi escolhido o Município de
Irauçuba, CE); à gestão de químicos, com a aquisição de equipamentos para laboratórios e
atividades de capacitação e elaboração de guias visando apoiar a implementação do Sistema
Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS, na sigla em inglês);
e à melhoria dos processos produtivos de setores específicos (têxteis, no caso do Brasil), com a
incorporação da gestão ambiental em pequenas e médias empresas e elaboração de manuais de
boas práticas ambientais.
A OTCA, único organismo internacional com sede em Brasília, constitui-se em
efetivo e importante foro de cooperação em matéria ambiental, por envolver região geográfica
de grande interesse estratégico para o País. Estão em fase de implementação diversos projetos
em que o MMA e suas vinculadas participam em temas como gestão integrada de recursos
hídricos; emissão de permissões eletrônicas CITES; harmonização dos indicadores de Tarapoto e
da OIMT; prevençao de incêndios florestais, entre outros. Destaque ao projeto “Monitoramento
do Desmatamento e das Mudanças de Uso da Terra na Floresta Pan-amazônica”, apoiado com
recursos do Fundo Amazônia para o compartilhamento de informações e de tecnologia brasileira
para o monitoramento da panamazônia.
COOPERAÇÃO TRILATERAL
A parceria triangular emergiu ao longo dos últimos anos como ferramenta
estratégica para a integração sul-sul e para a cooperação norte-sul. Três projetos merecem
destaque: i) Acordo de Cooperação Trilateral Amazônia Sem Fogo Brasil-Bolívia-Itália, em
benefício da Bolívia, firmado em novembro de 2010, com o objetivo geral de reduzir a incidência
dos incêndios na Região Amazônica, teve duração de 36 meses e valor de US$ 2.974.629; ii)
iniciativa semelhante àquela com a Bolívia foi negociada em favor do Equador, em julho de 2012;
e iii) Projeto intitulado “Gestión de Conocimiento en el Área de Investigación, Transferencia
Tecnológica e Innovación en Biodiversidad”, em fase avançada de negociaçao com o Ministério
do Meio Ambiente do Equador, a ser executado por meio do fundo trilateral que o Brasil tem com
a Alemanha.
ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – OCDE
Em 3 de junho de 2015, foi assinado Acordo de Cooperação entre o Brasil e a
OCDE. Pouco depois, foi assinada a Declaração Conjunta sobre o Programa de Trabalho Brasil-
OCDE 2016-17. No Plano de Trabalho, as atividades que preveem o envolvimento do MMA são a
participação no Comitê de Política Ambiental e em seus grupos de trabalho sobre biodiversidade
e água e ecossistemas.
108
No dia 4 de novembro de 2015, foi lançado, em evento promovido pelo MMA, o
Primeiro Relatório de Avaliação do Desempenho Ambiental do Brasil, elaborado pela OCDE como
fruto da parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
AGENDA 2030 DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL – ODS
A Agenda 2030, com seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), é
uma agenda universal que promove transformações econômicas profundas, bem como uma nova
aliança mundial (reforço da solidariedade internacional). O grande desafio será estruturar, de
forma simultânea e equilibrada, num contexto de uma sociedade globalizada, os esforços globais
em prol da redução das desigualdades, eliminação da pobreza, inclusão de perspectiva de gênero,
reconhecimento e valorização da diversidade, mudança dos padrões insustentáveis de consumo
e produção, e a conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
Na esfera internacional, persiste o desafio de assegurar meios de implementação
para o cumprimento desses objetivos. Na esfera nacional, merece especial consideração o papel
que o MMA poderá desempenhar e os arranjos institucionais que se farão necessários no País
para a implementação desses ambiciosos objetivos.
BIODIVERSIDADE MARINHA E SANTUÁRIO DE BALEIAS DO ATLANTICO SUL
Em 2016, o Brasil e copatrocinadores submeteram novo documento à CIB para
criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, incluindo plano de manejo para a área. A
proposta será analisada na reunião do Comitê Científico em junho de 2016 e na reunião da
Comissão em outubro de 2016. Há necessidade de apoio de ¾ dos membros presentes na reunião
da Comissão para aprovação da proposta. A Ministra Izabella tem-se empenhado pessoalmente
nessa causa. Há grande resistência por parte dos países baleeiros (Japão, Dinamarca, Noruega,
Coreia, Rússia, Islândia) e seus apoiadores, mas a proposta conta com a simpatia da maioria dos
membros da Comissão. Esforço em várias instâncias deve ser feito para garantir o apoio dos ¾ de
votos necessários.
8º FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA EM BRASÍLIA
Durante o último Fórum Mundial da Água, foi aprovada a escolha do Brasil para
sediar o 8o Fórum, em Brasília, em 2018. Trata-se do maior evento do planeta sobre o tema da
água, do qual a Agência Nacional de Águas (ANA) tem participado regularmente. Há diversas
iniciativas em curso para o apoio da ANA ao Governo brasileiro e ao Governo do Distrito Federal
para sediar esse Fórum. Essas ações serão amparadas por um projeto específico recentemente
celebrado com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, que apoiará as
ações internas e de articulação da ANA nessa temática.
109
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE – PNUMA E ASSEMBLEIA
AMBIENTAL DAS NAÇÕES UNIDAS – UNEA
Destaca-se nesse momento, a preparação para participação do Brasil na segunda
sessão da UNEA – UNEA-2, a qual terá lugar em Nairobi, de 23 a 27 de maio de 2016, sob o tema
geral “Implementaçao da Dimensao Ambiental da Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável” e consistirá na primeira oportunidade para análise dos progressos realizados no
âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS. Está programado evento paralelo
do Brasil na UNEA-2, o qual tratará da implementação dos ODS por meio de uma abordagem
integrada.
FUNDO AMAZÔNIA
Em prosseguimento ao compromisso político reiterado em diversas ocasiões pelo
Governo brasileiro, estão em curso negociações que envolvem diferentes instâncias do Governo
Federal (ABC, MMA, MRE, INPE e BNDES), a FAO e o Governo da Noruega para o desenvolvimento
de projeto destinado ao reforço dos sistemas nacionais de monitoramento por teledetecção da
cobertura florestal nos dez países membros da Comissão de Florestas da Bacia do Congo –
COMIFAC, mediante financiamento do Fundo Amazônia. Considera-se a possibilidade de
assinatura do documento de projeto na 23ª Reunião do Comitê de Florestas, a realizar-se em julho
de 2016.
CONFERÊNCIA DE COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS (WILDFIRE)
O Brasil deverá sediar, em Campo Grande, por iniciativa do Ibama, a próxima
Conferência Internacional de Combate aos Incêndios Florestais (Wildfire), prevista para 2019.
Cumpre atentar para a necessidade de um planejamento robusto da organização do evento, por
parte do Ibama, e a conveniência de se buscar o fortalecimento de parcerias com instituições tais
como UNISDR, Global Fire Monitoring Center – GFMC, US Forest Service, ITTO, FAO e Governo do
Estado do Mato Grosso.
FUNDO PARA O MEIO AMBIENTE GLOBAL – GEF
Os desafios enfrentados pelo Brasil incluem o aumento da taxa de
implementação dos projetos, tendo em vista que projetos do GEF-5 ainda precisam ser
plenamente implementados. Essa dificuldade torna mais complexa a manutenção da alocação de
recursos do GEF para o Brasil. Por outro lado, deve-se envidar esforços para manter o nível de
investimento do Brasil para o GEF, o que confere destaque à atuação do Brasil no âmbito do
Fundo.
ALEMANHA
Desafio constante na cooperação bilateral é aprimorar o procedimento de
aprovação e execução dos projetos, tanto da cooperação técnica, quanto financeira. Esse é um
110
esforço diário da ASIN em coordenação conjunta com as áreas que executam os projetos, bem
como com a Agência Brasileira de Cooperação – ABC. Nesse contexto, atualmente, encontram-se
pendentes de assinatura os ajustes complementares de todos os projetos de cooperação técnica
no âmbito da Iniciativa para o Clima do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha – IKI/BMUB.
Espera-se que ainda no primeiro semestre de 2016 essa questão seja solucionada, uma vez que
alguns projetos têm sua execução prejudicada pela falta de formalização.
AGENDA DE 180 DIAS
Os próximos 180 dias serão marcados por uma série de eventos internacionais
que irão requerer o engajamento da ASIN e de autoridades e técnicos deste Ministério, e cuja
preparação se deve dar, desde logo, envolvendo a ASIN, as áreas técnicas e o MRE. Para alguns
deles é essencial a definição de representante de alto nível.
2ª Assembleia Ambiental das Nações Unidas – UNEA-2, de 23 a 27 de maio, em Nairóbi,
Quênia. Trata-se do principal evento internacional de alto nível nas Nações Unidas na área de
meio ambiente. Há previsão de participação da Ministra ou do Secretário Executivo, do Chefe
da ASIN, do Assessor Especial para Temas de Florestas e da Diretora responsável pelo Plano
de Produção e Consumo Sustentáveis. O Brasil deverá copatrocinar, juntamente com o Centro
Rio+ do PNUD, evento paralelo dedicado a apresentar boas práticas em países em
desenvolvimento que integram as três dimensões da sustentabilidade e contribuem para a
implementação dos ODS.
XXI Reunião de Ministros de Meio Ambiente do MERCOSUL, de 31 de maio a 3 de junho, em
Montevideu. A Presidência Pro Tempore uruguaia propõe que seja retomada a discussão
sobre a implementação da Agenda Ambiental do Bloco, à luz dos principais acordos firmados
no período recente (ODS, Acordo de Paris).
Comitê Científico da Comissão Internacional da Baleia, de 4 a 20 de junho, em Bled, Eslovênia.
Destaque para a discussão sobre proposta de criação do Santuário do Atlântico Sul – SAWS,
patrocinada pelo Brasil, Argentina, Uruguai, África do Sul e Gabão. Prevê-se a participação da
SBF e da ASIN.
50ª Reunião do Conselho do Global Environment Facility, de 6 a 9 de junho, em Washington,
EUA. Prevê-se a participação do Secretário Executivo do MMA e de representantes da ASIN e
da SBF. O Conselho do GEF reúne-se duas vezes por ano para aprovar novos projetos e há
propostas brasileiras importantes que estarão em consideração.
Oslo REDD Exchange, nos dias 14 e 15 de junho, em Oslo, Noruega. A reunião terá foco nos
desenvolvimentos do REDD+, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e Acordo de Paris
sobre Mudança do Clima. Pelo caráter estratégico da relação bilateral com a Noruega, há
previsão de participação da Ministra ou do Secretário Executivo, e de representantes da ASIN
e da SMCQ.
2ª Reunião de Ministros e Altos Funcionários da Comunidade de Estados da América Latina e
Caribe – CELAC sobre o Clima, no dia 24 de junho, em local a ser determinado, com previsão
de participação da Ministra ou do Secretário-Executivo e de representantes da ASIN e da
SMCQ.
Diálogo de Petersberg, de 3 a 5 de julho, em Berlim, Alemanha, com previsão de participação
da Ministra ou do Secretário-Executivo e de representantes da ASIN e da SMCQ. O MMA
111
participa anualmente desse foro, idealizado pela Chanceler Angela Merkel. São convidados
aproximadamente 35 personalidades relevantes para as negociações de clima, com objetivo
de identificar desafios e apresentar ações concretas para combater a mudança do clima.
40ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO, de 10 a 20 de julho, em Istambul,
Turquia. Nessa reunião, serão analisadas as situações de dois sítios de patrimônio natural do
Brasil que poderão entrar na lista de sítios ameaçados: o PARNA Iguaçu e o PARNA Chapada
dos Veadeiros. A previsão é de que participem os titulares da SBF e do ICMBio, bem como
representante da ASIN.
Entre 18 e 22 de julho ocorrerá a 23ª Sessão da Comissão sobre Florestas – COFO da FAO, em
Roma, Itália, com previsão de participação da Ministra ou do Secretário-Executivo e de
representantes da ASIN e da SBF.
“Nutrition for Growth”, evento de alto nível no dia 4 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro,
no âmbito dos Jogos Olímpicos. O evento é coordenado pelo Ministério da Saúde, com
participação do MMA. Há previsão de participação da Ministra ou do Secretário-Executivo e
de representante da ASIN.
71ª Sessão da Assembleia da ONU – UNGA 71, de 13 a 26 de setembro, em Nova Iorque, EUA.
Há participação prevista da Ministra e de representante da ASIN, acompanhando
participação de Chefe de Estado do Governo Brasileiro.
17ª Conferência das partes – COP17 da Convenção sobre o Comércio Internacional da Flora e
Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES, de 24 de setembro a 5 de outubro, em
Joanesburgo, África do Sul. Há várias propostas de inclusão de espécies no Anexo II da
Convenção que receberão copatrocínio do Brasil.
66ª Reunião da Comissão Internacional da Baleia, de 20 a 28 de outubro, em Portoroz,
Eslovênia. Entre outros assuntos, será avaliada a proposta copatrocinada pelo Brasil de
criação do Santuário do Atlântico Sul – SAWS. O nível de participação do MMA dependerá da
perspectiva de aprovação ou não do Santuário. Caso as perspectivas sejam boas, recomenda-
se a participação do titular desta Pasta. Do contrário, a SBF deverá fazer-se representar. Em
ambos casos, deverá haver participação da ASIN.
22ª COP da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima – UNFCCC, de 7 a 18 de novembro
em Marraqueche, Marrocos. Na ocasião, será discutida a implementação do Acordo de Paris.
Prevê-se a participação de titular desta Pasta, bem como da ASIN e da SMCQ.
13ª COP da Convenção da Diversidade Biológica – CDB, a 8ª COP-MOP do Protocolo de
Cartagena, e a 2ª COP-MOP do Protocolo de Nagoia, de 4 a 17 de dezembro, em Cancun,
México. Prevê-se a participação de titular desta Pasta, bem como da SBF, do ICMBio e do
Ibama, além da ASIN.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
O Decreto nº 6.101, de 2007, estabelece como competências da ASIN, entre
outras: i) assessorar o Ministro de Estado, as Secretarias do MMA e as entidades vinculadas nos
assuntos relacionados com cooperação internacional; ii) coordenar, orientar e subsidiar a
participação do Ministério em foros internacionais; iii) atuar como interlocutor do MMA e de suas
entidades vinculadas junto ao Ministério das Relações Exteriores; e iv) supervisionar e
112
acompanhar a implementação dos acordos e convenções internacionais ratificados pelo Brasil na
área de competência do Ministério.
A atuação da ASIN envolve articulação com as áreas técnicas do Ministério,
colaboração para a definição de subsídios e de posições para a atuação internacional do Brasil e
apoio à participação qualificada do Ministério nos processos de negociação e deliberação
associados aos acordos multilaterais ambientais de que o País é parte, por meio de ações
propositivas para a formação de posições do País nos foros internacionais, da participação
atuante nas reuniões internacionais e de maior interação com o Ministério das Relações
Exteriores e demais instâncias do Governo interessadas. É um trabalho complexo, que exige
conhecimento técnico e sensibilidade política, além do conhecimento de línguas estrangeiras.
A estrutura da ASIN foi formalizada como órgão de assistência direta e imediata
ao Ministro de Estado. Seu desenho operacional inclui, além do Chefe de Assessoria (DAS 5), dois
cargos de Assessor (DAS 4). Um dos cargos de DAS-4 é hoje utilizado pela Secretaria Executiva do
MMA, desfalcando a Assessoria de importante quadro para sua gestão interna. Urge que esse
cargo seja devolvido à ASIN. Da mesma forma, o trabalho da ASIN muito se beneficiaria de cargo
em nível de divisão para sua organização administrativa.
Não obstante o incremento significativo de tarefas de sua responsabilidade, a
ASIN teve, contudo, seu quadro de servidores reduzido em cerca de 25% no período recente,
dificultando sobremaneira o acompanhamento efetivo da larga gama de temas ambientais
internacionais. Além disso, as atuais restrições orçamentárias têm dificultado a colaboração que
a ASIN está em condições de oferecer para a atuação internacional do MMA. Ressalte-se que a
agenda do Ministério se pauta, em grande parte, pela participação nos debates internacionais na
área ambiental, bem como pelo aporte significativo de recursos advindos da cooperação técnica
internacional. Recomenda-se, assim, que a ASIN retorne à sua estrutura completa e que volte a
participar das reuniões internacionais com a frequência necessária ao bom cumprimento de suas
responsabilidades, respeitadas as restrições orçamentárias em vigor.
113
ASSESSORIA PARLAMENTAR - ASPAR
INTRODUÇÃO
A Assessoria Parlamentar – Aspar é a unidade do MMA responsável pela
coordenação das ações de relacionamento com o poder Legislativo. Para isso, processa
informações, promove articulações políticas e trabalha com as lideranças do Governo no
Congresso e com a Secretaria de Governo da Presidência da República, a fim de assegurar
encaminhamentos e decisões legislativas que correspondam aos interesses do MMA. A Aspar tem
por competência assessorar o Ministro de Estado e demais autoridades do Ministério e entidades
vinculadas em representações políticas e legislativas junto ao Congresso Nacional; recepcionar e
prestar esclarecimentos aos parlamentares e demais esferas de governos e entidades de classe,
sobre matérias de competência do Ministério; planejar, promover e coordenar as ações
relacionadas ao acompanhamento das atividades parlamentares no processo legislativo junto ao
Congresso Nacional em matérias de interesse do Ministério; acompanhar os trabalhos nas
Comissões e no Plenário da Câmara e do Senado; atuar junto à Supar (Subsecretaria para Assuntos
Parlamentares da Presidência da República); e acompanhar e dar apoio aos representantes do
MMA e das entidades vinculadas (ANA, IBAMA, ICMBio e SFB) nas audiências públicas, reuniões
e demais ações na esfera do Poder Legislativo. As atividades desempenhadas pela Assessoria
Parlamentar também cumprem as determinações estabelecidas no sistema de Acompanhamento
Legislativo – e-Sial.
Entre outras competências da ASPAR, destaca-se, ainda, o atendimento a
parlamentares das três esferas de governo (federal, estadual e distrital, e municipal), prefeitos,
secretários, assessores e outras autoridades; a elaboração de relatórios de audiências públicas
com participação de representantes do MMA e unidades vinculadas; e, a confecção do
informativo diário Acontece no Congresso, com as proposições legislativas em pauta, de interesse
do MMA, nas mais diversas comissões da Câmara e do Senado.
A Aspar também atende às demandas oriundas do Legislativo, relativas a
Requerimentos de Informação, acompanhando os trâmites desses processos, sistematicamente,
nas diversas unidades do MMA e nas entidades vinculadas, zelando pelo atendimento aos prazos
legais. Cabe também à ASPAR o acompanhamento de matérias de interesse do MMA submetidas
à sanção presidencial, bem como dos vetos apresentados.
No período 2012-2016, novos servidores tomaram posse no Ministério e na
Assessoria. Anteriormente, não havia registros de atividades nem relatórios com informações e
memória acerca das ações desempenhadas pela Aspar. A partir de 2013, estabeleceu-se um novo
fluxo de trabalho, contemplando novas ações e incluindo novas competências para a Assessoria
(como, por exemplo,o gerenciamento das emendas orçamentárias parlamentares impositivas).
Esse novo fluxo de trabalho exigiu evolução no modus operandi da Aspar, à medida que novos
desafios surgiram. Não só o cenário político nacional apresentou dificuldades crescentes, mas a
diminuição do quadro funcional da equipe e o aumento das demandas oriundas de todas as
114
unidades a do MMA forçaram a Aspar a profunda reforma de sua forma de trabalho. O resultado
prático desse desenvolvimento profissional, que tem se refletido no comprometimento e na carga
de trabalho de toda a equipe, é descrito nos três relatórios anuais que foram produzidos pela
Assessoria desde 2013.
RESULTADOS E CONQUISTAS
MP 651/2014 – PRORROGAÇÃO DE PRAZOS PARA O FIM DOS LIXÕES.
A Medida Provisória foi aprovada na Câmara dos Deputados e seguiu para o
Senado, onde também foi aprovada, com o compromisso de veto da Presidente da República ao
art. 107, que prorrogava para oito anos o prazo para extinção do lixão. Decidiu-se que o Executivo
proporia uma prorrogação, mas em um prazo menor e com mecanismos que garantissem real
efetividade ao cumprimento do prazo previsto.
PL 6242/2013 - PLANO DE CARGOS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.
A Assessoria Parlamentar atuou durante todo o trâmite da matéria, articulando-
se com o relator de cada comissão, bem como mobilizando a base do governo pela sua aprovação.
Após um intenso período de negociação, que durou aproximadamente nove meses, o projeto foi
aprovado na Câmara dos Deputados e remetido ao Senado. Ali, a partir de gestões da Aspar, o
projeto foi pautado em regime de urgência, diretamente em plenário, e foi aprovado com
celeridade e remetido à sanção da Presidência da República. Foi uma pauta extremamente
positiva, na qual a Aspar apresentou rápido e eficiente diálogo com senadores visando à inserção
em pauta e à aprovação da matéria.
PROJETO DE LEI Nº 7735/2014 (PATRIMÔNIO GENÉTICO).
Trata-se de matéria cuja tramitação na Câmara dos Deputados ofereceu grandes
dificuldades ao acompanhamento pela Aspar, em face de grande resistência dos parlamentares
ligados ao setor do agronegócio e às comunidades tradicionais. Sem consenso, o texto foi
aprovado e seguiu para o Senado Federal, Casa em que o Ministério do Meio Ambiente buscou
apoio da base do Governo e, juntamente com a Casa Civil, atuou no sentido de aprovar os
destaques rejeitados na Câmara dos Deputados. Houve grande trabalho de convencimento junto
aos senadores sobre a necessidade de aprovação dos destaques apresentados. O texto aprovado
pela Câmara dos Deputados seguiu para a Presidência da República e, mais uma vez, exigiu uma
atuação articulada e efetiva do Ministério do Meio Ambiente até sua promulgação como Lei.
PROJETO DE LEI Nº O 2447 DE 2007, (PLANO DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO).
Após intensa articulação por parte da Aspar, o Projeto, de 2007, foi enfim
pautado no Plenário e aprovado no início de 2015. A pedido da Aspar, houve pedido de urgência
para votação em plenário, considerando a necessidade de aprovar a proposta antes do Dia
Mundial de Combate à Desertificação e à Seca - 17 de julho. As negociações foram efetivas e a
115
proposta foi pautada no dia seguinte à aprovação na Comissão de Meio Ambiente, dia 08 de julho
de 2015, e posteriormente sancionada como a Lei nº 13.153 de 2015.
PROJETO DE LEI Nº 4119, DE 2012 (RESEX DE TAMOIOS).
Que trata da liberação de pesca na Reserva Extrativista (Resex) de Tamoios sofreu
grande pressão para ser aprovado. O Ministério do Meio Ambiente tem posicionamento contrário
ao projeto. Logramos êxito em retirá-lo de pauta durante várias reuniões, mas o pedido para
retirada de pauta do projeto ficou cada vez mais difícil. No ano de 2015, a Assessoria Parlamentar
realizou uma articulação com o relator da matéria e conseguiu apresentar um relatório pela
rejeição da proposta. Consolidamos uma boa base de apoio ao voto do relator e por fim o projeto
foi rejeitado.
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 107 DE 2015, QUE BUSCA SUSTAR OS EFEITOS DA
RESOLUÇÃO N° 302/2002/CONAMA (QUE “DISPÕE SOBRE OS PARÂMETROS, DEFINIÇÕES E
LIMITES DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DE RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS E O
REGIME DE USO DO ENTORNO”).
A Assessoria Parlamentar atuou pela rejeição do decreto e realizou conversas
com os deputados favoráveis à nossa posição. A votação do projeto foi certamente a mais
disputada do ano de 2015 na Comissão e houve intenso processo de articulação, até o último
minuto, para reverter o resultado provável. Ao final conseguimos uma grande vitória ao rejeitar
o parecer do relator, por nove votos a oito.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
SISTEMA DE INFORMAÇÕES
Trata-se de ponto sensível para o trabalho da Assessoria Parlamentar. O sistema
atual, por ser razoavelmente antigo, não atende plenamente às novas dinâmicas de trabalho
exigidas pela Aspar. Entre as principais dificuldades destaca-se a falta de comunicação entre os
subsistemas e os dados por eles apresentados. O arquivo manual de pastas já não é o meio mais
eficaz para se guardar informações. É necessário o desenvolvimento de uma nova base de dados,
que se valha dos mais recentes avanços e facilidades tecnológicos. Isso reduziria
significativamente o gasto com papel no Ministério, hoje bastante considerável.
Um novo sistema poderia suprir, também, a necessidade de memória das
discussões das matérias, da evolução dos posicionamentos dos participantes internos e externos
e dos acordos realizados, bem como propiciar o acompanhamento individual dos processos
relativos à ação legislativa, que alerte sobre sua tramitação e pendências, conferindo maior
celeridade à atuação da ASPAR.
116
NOTAS TÉCNICAS
As Notas Técnicas elaboradas pelo MMA e entidades vinculadas, com
posicionamentos sobre as proposições legislativas, constituem o principal instrumento de
trabalho da Assessoria Parlamenta. Muitas dificuldades advêm da grande quantidade de
posicionamentos pendentes quando da votação dos projetos nas Comissões e Plenários das casas
legislativas. Assuntos de bastante relevância são votados sem que possamos atuar com
posicionamento técnico, o que causa desgaste na relação do MMA com os parlamentares. Isso
recai sobre a ASPAR, e perdem-se muitas oportunidades de aperfeiçoar projetos ou de evitar
prejuízos à política ambiental.
ARTICULAÇÃO COM ASSESSORIA PARLAMENTARES DAS UNIDADES VINCULADAS.
Há pouca articulação entre a Aspar/MMA e as unidades de assessoria
parlamentar das unidades vinculadas (Ibama, ICMBio e ANA). Os métodos de trabalho são assim
pouco coordenados e cada Assessoria trabalha a seu modo. Houve tentativas pouco efetivas de
promover essa coordenação, e o problema continua, fragilizando a atuação do conjunto de
unidades, devido à falta de empoderamento da Aspar para promover essa articulação.
CAPACITAÇÃO PARA OS TÉCNICOS DA ASPAR
A atuação no processo legislativo requer um nível específico de conhecimento
que inclui o processo em si, o regimento interno, o sistema político brasileiro, os cenários políticos
nacionais, direito constitucional, ambiental e administrativo, habilidades de comunicação,
articulação, mediação e de intervenção, estrutura organizacional de todo o Ministério e de suas
vinculadas, entre outros. Muitos desses conhecimentos se adquirem na prática, mas de forma
parcial e limitada. Portanto, faz-se necessário investimento em cursos de capacitação para a
equipe de técnicos da ASPAR, visando maior qualidade e melhores resultados no processo de
acompanhamento legislativo das matérias de interesse do MMA.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A Assessoria Parlamentar enfrenta dificuldades em desempenhar suas funções
com base na estrutura e na força de trabalho de que hoje dispõe. O grande número de comissões
permanentes, os plenários das duas Casas e um extenso conjunto de matérias que, apenas no
período 2013-2016, gerou aproximadamente 900 processos, nem sempre pode ser acompanhado
com a qualidade e eficiência que requerem. Apesar do aumento exponencial de atribuições da
Assessoria, houve perda considerável de sua força de trabalho entre 2013 e 2016, em torno 35%
de seu quadro.
117
SECRETARIA-EXECUTIVA - SECEX
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
Nenhuma unidade do MMA apresenta sua estrutura organizacional tão distante
daquela formalmente estabelecida no Decreto 6.101, de 2007, como a SECEX. Com efeito, aquele
Decreto previa o desenho da Secretaria-Executiva com uma estrutura sobrecarregada de
Departamentos que desempenhavam funções de caráter supostamente transversal mas que, na
prática, refletiam apenas a dificuldade prática de alocá-los sob alguma das Secretarias temáticas:
1. Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração;
2. Departamento de Gestão Estratégica;
3. Departamento de Articulação de Ações da Amazônia;
4. Departamento de Economia e Meio Ambiente;
5. Departamento de Fomento ao Desenvolvimento Sustentável;
6. Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento; e
7. Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente;
Esse desenho tornou impraticável a coordenação de tantas estruturas pelo
Secretário-Executivo, especialmente pela inexistência da figura de um Secretário-Executivo
Adjunto, a exemplo de alguns Ministérios no Governo Federal. No MMA, cabe ao Secretário-
Executivo o papel de supervisionar e avaliar a execução dos programas e atividades do Ministério,
o que requer estreita articulação e coordenação com todas as Secretarias temáticas e com todas
as unidades vinculadas do Ministério. Além disso, o Secretária-Executivo tem sob sua
responsabilidade a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração, cabendo-lhe,
portanto, o acompanhamento de todas as atividades daquela Subsecretaria, associadas a
orçamento, administração financeira, contabilidade, recursos humanos, serviços gerais e
administração dos recursos de informação e informática, no âmbito do Ministério. Junte-se a
essas atribuições o papel de substituição do Ministro de Estado durante seus afastamentos e
impedimentos legais e fica absolutamente comprometida a capacidade de tantas unidades como
as previstas no Decreto 6.101, de 2007.
Assim, aos poucos a estrutura organizacional da SECEX foi sendo ajustada, de
maneira informal, de forma que não mais existem, tal como concebidos, o Departamento de
Articulação das Ações para a Amazônia e o Departamento de Economia e Meio Ambiente. Os
cargos associados a essas unidades foram transformados e utilizados em outras unidades, dentro
do processo de informalização das estruturas do MMA, como já descrito, ou transformados em
cargos de assessoria direta à SECEX, uma função que se mostrou mais necessária e importante
para o conjunto de atribuições do Secretário-Executivo. O Departamento de Políticas para o
118
Combate ao Desmatamento foi deslocado – também informalmente – para a Secretaria de
Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental.
Essa mudanças aliviaram um pouco o peso de gestão administrativa da
Secretaria-Executiva. Por outro lado, outras funções, de caráter igualmente transversal, foram
sendo assumidas pela Secretaria-Executiva, destacando-se a gerência do Programa Nacional de
Meio Ambiente (PNMA II) e a coordenação das ações de cooperação internacional (essa última
desempenhada no nível de assessoria, sem a existência de uma unidade administrativa
especificamente criada para isso).
É alto, portanto, o custo de gestão da Secretaria-Executiva no formato atual.
Conforme mencionado no item que trata dos aspectos institucionais do Ministério, no início deste
relatório, a proposta de redução de cargos demandada pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, se levada a cabo, há de onerar ainda mais essa unidade, com a alocação de
novos Departamentos ou com a criação de Departamentos que, por si sós, constituirão unidades
muito pesadas, com a fusão de unidades hoje existentes.
O modelo de estrutura organizacional para a SECEX, portanto, deverá considerar
alguns aspectos desejáveis:
criar a figura do Secretário-Executivo Adjunto;
alocar, ao máximo possível, Departamentos sob a responsabilidade de
Secretarias temáticas; e,
privilegiar a criação de cargos de assessoria direta ao Secretário-Executivo, a fim
de possibilitar o adequado desempenho do enorme conjunto de atribuições sob
sua competência.
O organograma a seguir retrata a estrutura organizacional factual da Secretaria-Executiva.
119
Desenho atual, factual, da estrutura organizacional da Secretaria-Executiva
Secretaria Executiva
Departamento de Gestão Estratégica
Gerente
Gerente
Departamento de Fomento ao
Desenvolvimento Sustentável - FNMA
Gerente
Departamento de Apoio ao Conama
Gerente
Gerência do PNMA
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e
Administração - SPOA
Chefe de Gabinete
120
DEPARTAMENTO DE GESTÃO ESTRATÉGICA -
DGE
INTRODUÇÃO
O Departamento de Gestão Estratégica –DGE consta na estrutura regimental do
Ministério do Meio Ambiente – MMA, tendo como competências:
I - planejar e coordenar, no âmbito do Ministério, a execução das atividades
relacionadas com o sistema federal de planejamento, bem como as atividades de organização e
modernização administrativa;
II - coordenar a elaboração e a consolidação dos planos e programas anuais e
plurianuais das atividades finalísticas do Ministério, e submetê-los à consideração superior;
III - coordenar as ações de acompanhamento e avaliação da execução dos planos
e programas anuais e plurianuais do Ministério;
IV - promover a elaboração e consolidar planos e programas das atividades de sua
área de competência e submetê-los à decisão superior;
V - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento
e Administração e as demais unidades do Ministério, o desenvolvimento e a implantação de
sistema de informações gerenciais do Ministério, visando subsidiar a tomada de decisão, o
acompanhamento e avaliação dos seus projetos e atividades e assegurando que este sistema
possa alimentar os sistemas de informação dos órgãos centrais de gestão;
VI - propor e implementar ações voltadas para o aperfeiçoamento da organização
e gestão das diversas áreas e unidades do Ministério, especialmente na sistematização,
padronização e implantação de seus processos de trabalhos; VII - coordenar, em articulação com
as Secretarias do Ministério e as entidades vinculadas, o processo de elaboração e proposição de
programas e projetos de cooperação técnica internacional;
VIII - apoiar a Assessoria de Assuntos Internacionais nas negociações com os
organismos internacionais, entidades e governos estrangeiros, dos programas e projetos de
cooperação técnica internacional;
IX - coordenar a elaboração dos relatórios anuais de gestão do Ministério,
tratando de propiciar maior transparência junto à sociedade em geral; e
X - executar outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua atuação.”
Informalmente, as funções do DGE são estruturadas em duas Gerências, a
Gerência de Planejamento Institucional e a Gerência do Sistema Nacional de Informações
Ambientais – SINIMA.
121
Gerência de Planejamento Institucional
A Gerência de Planejamento Institucional – de caráter informal – exerce as
atividades condizentes à área de planejamento do MMA, destacando-se as competências
expressas nos itens de I a VI e de IX acima mencionadas.
O período 2010-2016 foi um período de expressivos avanços em termos de gestão
para o órgão. Isso pode ser expresso nos trabalhos iniciados pelo DGE junto às unidades
finalísticas do MMA e à Subsecretaria de Planejamento Orçamento e Administração - SPOA
visando ao estabelecimento de um processo de Planejamento Estratégico para o MMA no ano de
2013, com o intuito de apoiar, de maneira adequada, a consecução da diversidade de objetivos
da Política Nacional de Meio Ambiente – PNMA. Esses objetivos foram estabelecidos pela Lei nº
6.938/1981, e o alcance dos mesmos depende de ferramentas gerenciais adequadas, que
permitam uma coordenação integrada, focada e efetiva, como possibilitaria um processo de
planejamento estratégico.
Assim, entre março de 2013 e março de 2014, o Ministério do Meio Ambiente
elaborou seu Planejamento Estratégico, por meio de um processo participativo, em que dirigentes
e servidores puderam expressar suas ideias, definindo seus grandes objetivos estratégicos para
os próximos anos. A metodologia escolhida para orientar a formulação e implementação da
estratégia foi o Balanced Scorecard – BSC, uma ferramenta consagrada, inclusive no setor público,
como uma eficiente maneira de comunicar e gerir os objetivos de uma organização.
A premissa desse trabalho é que, ao planejar, a organização aprende a definir
suas metas, a traçar caminhos mais seguros para alcançá-las e a realizar constante
monitoramento de seus compromissos. Assim, a partir de 2014, o MMA adotou objetivos e metas
pactuados durante todo o processo de construção do seu Planejamento Estratégico.
Gerência do SINIMA
A Gerência do SISNIMA – também de caráter informal – foi estabelecida em 2011
com o objetivo de agregar expertise ao MMA na área de gestão da informação. Desde então, foi
iniciada articulação com IBGE e com demais entidades correlatas para promover a construção de
uma rotina de coleta de dados e geração de informações por meio de indicadores na área de meio
ambiente, contemplando eventual reformulação do SINIMA.
O período caracterizou-se por avanços na construção do Painel Nacional de
Indicadores Ambientais (PNIA) e na articulação com o IBGE e CEPAL, visando à capacitação e
instrumentalização do Ministério para integrar o Sistema Nacional de Informações, a ser gerido
pelo IBGE, no contexto dos novos desafios de gestão da informação a partir da adoção dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Espera-se que, com esse trabalho, o MMA crie
uma cultura de aporte de informações com periodicidade definida e em alinhamento com os
parâmetros de estatísticas da ONU.
RESULTADOS E CONQUISTAS
122
MELHORIA DA GESTÃO DO MMA: IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO PARA A
GOVERNABILIDADE – SIGOB MÓDULO DE METAS
Em janeiro de 2012, o MMA iniciou trabalhos de implantação do Sistema de
Gestão para a Governabilidade – SIGOB, desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento – PNUD e utilizado por alguns órgãos governamentais. De forma resumida, o
objetivo do SIGOB é desenvolver metodologias e ferramentas para apoiar a ação política
governamental, contribuindo para manter ou criar condições para a governabilidade
democrática. Entre os módulos informatizados do SIGOB implementados no MMA, destaca-se o
Sistema de Programação e Gestão de Metas por Resultados – Sistema de Metas. Esse módulo se
fundamenta na premissa de que é necessário formular metas institucionais que possam ser
monitoradas nos níveis de sua programação: metas intermediárias, indicadores de progresso,
alertas/restrições políticas, financeiras e outras que possam atrasar sua realização. A ferramenta
permite também gerar ações comunicativas ou políticas associadas aos resultados. Para o
monitoramento das metas institucionais definidas, o DGE acompanhava diariamente os reportes
dos avanços das metas junto às equipes responsáveis pela execução das mesmas, via sistema
informatizado. Além disso, foi criada a instância do Comitê de Metas, que se reunia
semanalmente, com a função de acompanhar os alertas, restrições e oportunidades de
comunicação das metas prioritárias, na perspectiva de encaminhar soluções para os entraves, a
partir de ações do Comitê junto às áreas técnicas. A implantação do SIGOB – Módulo de Metas
configura-se como o início de um esforço do MMA em implementar um instrumento de gestão
para monitorar os resultados do Ministério. Nesse sentido, a metodologia permitiu ao Ministério
monitorar a execução de 15 projetos/iniciativas finalísticas posteriormente incorporadas ao
Planejamento Estratégico do Ministério. Esse sistema não é mais utilizado pelo DGE desde 2015.
CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO MMA
Por meio de amplo processo participativo de dirigentes e servidores, coordenado
pelo DGE, o MMA definiu sua missão, visão, diretrizes, valores e seus grandes objetivos
estratégicos a perseguir no período 2014 a 2022. Em 2013 foi realizado diagnóstico estratégico
institucional, a partir de amostra de 160 consultas. A partir de 2014, o MMA adotou seus objetivos
e metas pactuados durante o processo de construção do seu Planejamento, que foi estruturado
em 05 etapas: 1: Plano Estratégico e Mapa Estratégico; 2: Indicadores e Metas; 3: Iniciativas
Estratégicas; 4: 1ª Reunião de Análise Estratégica (RAE); 5: Alinhamento dos processos de gestão
à estratégia.
IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO
Com o intuito de garantir que a estratégia formulada seja implementada, novo
modelo de gestão foi introduzido nas rotinas de monitoramento e acompanhamento do
Ministério. Reuniões trimestrais de avaliação da estratégia (RAE) foram previstas para que os
dirigentes possam reportar os avanços, entraves e soluções para suas respectivas
responsabilidades na execução da estratégia, tendo sido realizadas 08 RAEs. O modelo de gestão
123
prevê ainda reuniões trimestrais de fóruns temáticos (finalísticos e de processos), espaço em que
os responsáveis pelos indicadores e iniciativas estratégicas reportam avanços e desafios para a
execução dos projetos definidos no Plano. Os resultados desses fóruns servem de subsídios para
as RAEs e configuram-se como espaço de diálogo e integração interna da instituição. Em 2015, foi
elaborado o Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, vinculado ao Mapa Estratégico do MMA. A partir
de 2016 foi iniciada a primeira revisão do processo de monitoramento dos objetivos estratégicos.
REVISÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – GESTÃO PARA RESULTADOS 2014-2022
O Planejamento Estratégico é um processo dinâmico, mutável, portanto passível
de revisões periódicas. Assim, em 2015, o MMA iniciou o processo de revisão de suas iniciativas
estratégicas, processo atualmente em curso. A nova sistemática de revisão dos projetos permitiu
melhor compreensão e comunicação dos resultados a serem alcançados em cada iniciativa
estratégica. Esses resultados estão agora refletidos numa Estrutura Analítica de Projeto – EAP que
contém as entregas e subentregas previstas para os próximos anos. Além disso, fichas
metodológicas estão sendo elaboradas pelas unidades do MMA, perfazendo, cerca de 22
indicadores dos três objetivos estratégicos finalísticos.
CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2016-2019
Em 2015 o MMA deu importante passo para o aperfeiçoamento de sua gestão
quando decidiu alinhar o Plano Plurianual – PPA 2016-2019 ao Plano Estratégico 2014-2022. Essa
estratégia permitiu uma sinergia das prioridades definidas pelo órgão, agora refletidas tanto no
PPA quanto no seu Plano Estratégico de médio e longo prazo. Essa iniciativa busca dar coerência
aos esforços de monitoramento conjunto de ambos os instrumentos, conjugando os fóruns
temáticos de gestão do Plano Estratégico e as reuniões do comitê de monitoramento e avaliação
do PPA na mesma instância de diálogo e decisão institucional.
IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO (BIOSFERA)
Em novembro de 2014, iniciaram-se os trabalhos de implantação do Sistema de
Gestão do Conhecimento – BIOSFERA, por meio de uma Solução Integrada de Suporte à
Comunicação e Gestão Corporativa. Essa ferramenta é fruto do Plano Estratégico do MMA, e visa
implementar um sistema de gestão do conhecimento para modernizar o processo de
comunicação interna e de gerenciamento das informações e conhecimentos corporativos. O
lançamento oficial da Biosfera ocorreu no MMA em 16/04/15.
PAINEL NACIONAL DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS (PNIA)
O primeiro Painel foi construído entre 2011 e 2013, com a publicação efetiva de
sua primeira versão em 2014, o PNIA 2012. Nessa versão foram incluídos 39 indicadores que
refletem informações de todas as Secretarias e das demais entidades vinculadas ao MMA. Em
conjunto com o quadro síntese publicado, foram desenvolvidas fichas metodológicas e as bases
de dados que garantem a auditagem das informações e a replicabilidade do processo no futuro.
124
Atualmente encontra-se em fase de finalização a versão do PNIA para 2013, já com previsão de
publicação somente em base digital, e a preparação para a coleta de dados para o PNIA 2014/15,
com previsão de conclusão até meados de outubro deste ano.
ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM O IBGE
Esse acordo vem sendo construído desde 2014, com o objetivo de alinhar os
trabalhos do MMA na produção de dados e estatísticas com a atuação daquele Instituto. O ACT
encontra-se em fase madura de negociação e será providencial para que tenhamos espaço junto
ao desenvolvimento do Sistema Nacional de Informações Oficiais. Essa construção deve facilitar
a reformulação da estrutura do SINIMA para dentro do MMA, inclusive garantindo alinhamento
com a agenda de ODS e com os padrões de estatísticas da ONU. Já existem recursos previstos para
apoiar o desenvolvimento de parte dessas atividades, oriundos da II Fase do Programa Nacional
de Meio Ambiente – PNMA II, bem como de projeto de cooperação com a CEPAL.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
O MMA implementou, nos últimos anos, importantes iniciativas de gestão,
merecendo destaque as atividades ligadas ao planejamento estratégico. Apesar desses avanços,
identificam-se ainda vários desafios relevantes para que a cultura organizacional incorpore os
valores traçados, bem como alcance seus objetivos estratégicos. Dentre os principais desafios e
oportunidades vislumbrados, destacam-se:
IMPLEMENTAR O SISTEMA DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (SISPLAN)
O monitoramento do Planejamento Estratégico, com seus diversos objetivos,
indicadores e iniciativas estratégicas, é realizado por meio de planilhas Excel, que controlam
inúmeras informações e dados apresentados por diferentes unidades. Trata-se de limitação que
se pretende contornar por meio do desenvolvimento e implementação de um Sistema
Informatizado de Gestão Estratégica e Gestão de Projetos. Esse trabalho foi iniciado em 2015 em
conjunto com o SFB e se encontra em andamento. O Primeiro módulo de gestão de projetos do
SISPLAN foi entregue em janeiro de 2016, mas há necessidade de recursos – aproximadamente
R$ 31.000,00 - para customizar este módulo para uso pelo MMA. Deve ser realizado via TED do
MMA ao SBF.
INTEGRAR AS DIFERENTES FERRAMENTAS GERENCIAIS AO PLANO ESTRATÉGICO DO MMA
O MMA convive hoje com diversos sistemas de caráter gerencial, como o PPA
(2016-2019), o PDTI (2016-2018), os orçamentos Anuais, os Relatórios Institucionais, os quais
podem ser melhor integrados ao Planejamento Estratégico do MMA 2014-2022. Esse trabalho já
foi iniciado junto às áreas técnicas, mas trata-se de processo que envolve mudanças culturais que
precisam ser reforçadas politicamente, a fim de que esses trabalhos sejam mais focados e, por
consequência, mais econômicos e eficientes. Hoje, todos os relatórios institucionais, em especial
o Relatório de Gestão para o TCU, apresentam o Planejamento Estratégico como o principal
125
instrumento de integração do MMA a partir de 2015. A minuta de Portaria que institui o
Planejamento Estratégico do MMA ressalta a necessidade de vincular esses instrumentos e o PPA
ao Planejamento Estratégico.
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO ALINHADO DO PLANO PLURIANUAL 2016 – 2019
JUNTO AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.
O Ministério do Planejamento não definiu ainda a metodologia de
acompanhamento do PPA 2016-2019. Para o MMA, esse processo, em conjunto com o
monitoramento do Planejamento Estratégico, deverá ser um instrumento de aperfeiçoamento da
gestão, na medida em que sociedade e Governo tiverem clareza das metas e entregas priorizadas
pela instituição. Para isso, é fundamental a que haja coerência entre a execução das ações e o
planejamento acordado. Por isso, a construção do novo PPA pelo MMA buscou refletir seus
principais objetivos e metas para o período de quatro anos, de maneira coerente com o conteúdo
do Planejamento Estratégico para um período maior (até 2022). Essa iniciativa busca alinhar os
esforços de monitoramento e implementação atuais, conjugando os fóruns temáticos do PE e as
reuniões do comitê de monitoramento e avaliação do PPA na mesma instância de diálogo e
decisão institucional. Assim que houver definição, pelo MPOG, das orientações para o
monitoramento do PPA 2016-2019, o MMA poderá publicar portaria para monitoramento
conjunto do PPA e do Planejamento Estratégico, contemplando os indicadores e as entregas
definidas nos dois instrumentos.
ESTRATÉGIA DE APERFEIÇOAMENTO DO BIOSFERA
Passado o período inicial de implementação do Biosfera, caracteriza-se a
necessidade de utilizar esse sistema como ferramenta de gestão do conhecimento, e não como
mero repositório de informações. Para isso, é necessária a adoção de estratégia de melhoria da
ferramenta, com prioridade para o cadastro de pessoal (CGGP), o módulo agenda/calendário e a
integração com o SISPLAN. Para isso, é necessária articulação com a CGGP para definição do
módulo de cadastro e dos demais itens prioritários para desenvolvimento da perspectiva de
pessoal na plataforma Biosfera, bem como a identificação das características e facilidades do
módulo agenda/calendário. Em adição, é necessário assegurar a continuidade do Biosfera,
provendo os recursos financeiros para tal.
GARANTIR A CONTINUIDADE DO TRABALHO COM INFORMAÇÕES E ESTATÍSTICAS – PNIA
O trabalho com informações e estatísticas é, ainda, relativamente pouco
desenvolvido e internalizado no MMA. Verifica-se, ainda, alto grau de complexidade na
articulação com os produtores de informação e baixo nível de resposta, bem como ausência de
ferramental adequado para coleta e tratamento das informações. Esse trabalho pode ser
substantivamente aperfeiçoado a partir de cooperação com IBGE, para apoiar a reformatação dos
padrões e estatísticas do MMA.
126
AGENDA DE 180 DIAS
PUBLICAR A PORTARIA DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (PE)
Visa institucionalizar o Planejamento Estratégico no MMA, e caracteriza-se como
medida necessária à integração com os demais sistemas de gestão e ao aperfeiçoamento da
relação com os órgãos de controle.
ASSEGURAR RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS PARA HONRAR O CONTRATO
BIOSFERA.
Há necessidade de aporte de empenho de mais R$ 3.595.611,95, além dos R$
1.179.988,05 empenhados em 2016, perfazendo um total de R$ 4.775.600,00 de recursos
orçamentários e financeiros necessários para honrar o compromisso assumido ao final de 2015,
quando da prorrogação do contrato até outubro de 2016.
ACOMPANHAR E COORDENAR A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE MODELAGEM DE
PROCESSOS ORGANIZACIONAIS
Mapeamento, análise, desenho e redesenho de processo – que foi prorrogado
até outubro de 2016.
ELABORAR PROPOSTA DE PORTARIA DE MONITORAMENTO DO PPA 2016-2019
Aguardando orientações do Ministério do Planejamento, previstas para junho de
2016.
IMPLEMENTAR SISTEMA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – SISPLAN
Necessidade de recursos para efetuar TED, previsão inicial até junho de 2016.
ACOMPANHAR OS PROCESSOS DE REVISÃO, AJUSTES E DIVULGAÇÃO DO RELATÓRIO DE
GESTÃO DO MMA AO TCU
Relatório deverá ser divulgado no sítio eletrônico do MMA até meados de junho
de 2016.
CONCLUIR E FIRMAR O ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA COM O IBGE.
CAPACITAÇÃO EM INDICADORES AMBIENTAIS NO PADRÃO ONU
Curso de capacitação para 40 servidores do MMA e vinculadas e do IBGE,
contando com a distribuição da tradução do manual de estatísticas da ONU. O curso está sendo
desenvolvido em parceria com a CEPAL, estando previsto para se realizar em agosto próximo.
127
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A estrutura formal do Departamento não prevê a existência de coordenações ou
gerências, apenas de uma assessoria. A forma como foram evoluindo as atribuições do
Departamento nos últimos anos ressaltou a necessidade de estruturação do Departamento com
duas Gerências, o que foi feito de maneira informal, com a Gerência Planejamento Institucional e
a Gerência do Sistema Nacional de Informações Ambientais – SINIMA. A discussão em curso sobre
nova estrutura organizacional para o MMA prevê a formalização desse desenho, visto que o
desenho atual é reconhecidamente insatisfatório (inclusive porque o cargo de assessoria, da
estrutura formal, tem limitações administrativas quando no exercício de gerência).
128
DEPARTAMENTO DE APOIO AO CONAMA -
DCONAMA
INTRODUÇÃO
O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, órgão consultivo e
deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente, a partir das atribuições que lhe são
conferidas pela Lei nº 6.938, de 1981, tem a finalidade de assessorar, estudar e propor diretrizes
de políticas governamentais ambientais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas
e padrões para o meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Nesse sentido, o Conselho é um fórum de discussão sobre as questões ambientais
nacionais mais relevantes, e de deliberação sobre normas para a efetiva implementação da
Política Ambiental do País.
O Conselho é presidido pela Ministra de Estado do Meio Ambiente e a secretaria
executiva é de responsabilidade do Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente – MMA.
Sua composição abrange os cinco segmentos da sociedade, a saber: governos federal, estaduais
e municipais, representantes de entidades de trabalhadores e da sociedade civil e setor
empresarial.
O Conselho conta com 101 conselheiros com direito a voto e três conselheiros
convidados. Os conselheiros com direito a voto estão assim distribuídos: Governo Federal com 35
conselheiros, governos estaduais com 27 conselheiros, governos municipais com 8 conselheiros,
setor empresarial com 8 conselheiros e representantes de entidades de trabalhadores e da
sociedade civil com 22 conselheiros, além de um conselheiro honorário. Os três conselheiros
convidados representam o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e a Comissão
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.
A estrutura do CONAMA é composta pela Plenária, órgão superior de deliberação
do Conselho, pelo Comitê de Integração de Políticas Ambientais – CIPAM, órgão de integração
técnica e política, por sete câmaras técnicas (CT de Biodiversidade, CT de Controle Ambiental, CT
de Florestas e Demais Formações Vegetacionais, CT de Qualidade Ambiental e Gestão de
Resíduos, CT de Gestão Territorial, Unidades de Conservação e Demais Áreas Protegidas, CT de
Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, e CT de Assuntos Jurídicos), e pela Câmara
Especial Recursal.
No período de 2010 a 2016, o CONAMA promoveu diversos debates sobre temas
centrais da política ambiental do País, entre os quais se destacam: licenciamento ambiental do
Projeto de Transposição do Rio São Francisco; exploração de petróleo na camada do pré-sal;
Cadastro Ambiental Rural – CAR; Outorga Florestal; Plano Nacional de Resíduos Sólidos –
Destinação Final de Resíduos Eletroeletrônicos e também Reciclagem e Logística Reversa; painéis
sobre “energia”, como Matriz Energética Brasileira, Política Energética e Meio Ambiente, Mapa
129
das Rotas Tecnológicas em Hidroeletricidade, Programa Nacional de Energia, Planos de Recursos
Hídricos e Gestão Ambiental e Segurança da Energia Nuclear; Fundo Clima e as Políticas de
Mitigação dos Gases de Efeito Estufa; Marco Regulatório do Patrimônio Genético; Código Florestal
e repercussões sobre seu efeito nas Resoluções CONAMA; Licenciamento Ambiental; Aves
migratórias; Listas Oficiais de Espécies Ameaçadas.
Foram aprovadas, no período, 43 resoluções, 23 moções, 2 proposições e 7
recomendações, sendo que temas de relevante prioridade para o Governo estiveram entre tais
deliberações: uso de dispersantes químicos em incidentes de poluição por óleo no mar;
estabelecimento de critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental; diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; depósito e a guarda provisórios de
animais silvestres apreendidos, resgatados ou oriundos de entrega espontânea; estabelecimento
dos limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas instaladas;
estabelecimento de novas fases de controle de emissões de gases poluentes por ciclomotores,
motociclos e veículos similares novos; metodologia de recuperação das Áreas de Preservação
Permanente - APPs; critérios para a caracterização de atividades e empreendimentos
agropecuários sustentáveis do agricultor familiar, do empreendedor rural familiar e dos povos e
comunidades tradicionais como de interesse social para fins de produção, intervenção e
recuperação de Áreas de Preservação Permanente; parâmetros básicos para identificação e
análise da vegetação primária e dos estágios sucessionais da vegetação secundária nos Campos
de Altitude associados ou abrangidos pela Mata Atlântica; e diretrizes para Educação Ambiental.
RESULTADOS E CONQUISTAS.
PROTEÇÃO DAS FLORESTAS E DOS ECOSSISTEMAS.
Esse tema foi objeto de 17 resoluções CONAMA. Destaque para a Resolução
CONAMA nº 474/2016, que altera a Resolução nº 411/2009, que dispõe sobre procedimentos
para inspeção de indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos
florestais madeireiros de origem nativa. Essa alteração reduziu o coeficiente de rendimento
volumétrico, que expressa a rentabilidade do desdobro da madeira, diminuindo assim a
possibilidade de transporte e comercialização de madeira de origem ilegal.
De particular importância para a proteção das unidades de conservação foi a
aprovação das Resoluções CONAMA nº 428/2010 e nº 473/2015, que tratam, entre outras
questões, da definição de faixa de amortecimento no entorno das unidades, nas quais, o
licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos de significativo potencial de impacto
depende de autorização do órgão responsável pela unidade de conservação.
Foram aprovadas também resoluções que listam as espécies indicadoras dos
estágios sucessionais de vegetação de restinga para onze estados, e sobre parâmetros básicos
para identificação e análise da vegetação primária e dos estágios sucessionais da vegetação
secundária nos Campos de Altitude associados ou abrangidos pela Mata Atlântica. Aprovou
também metodologia para recuperação de Áreas de Preservação Permanente.
130
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Esse tema foi objeto de 5 Resoluções CONAMA, que tratam de critérios e
procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de diferentes
naturezas, com destaque para aeroportos regionais, empreendimentos de geração de energia
elétrica a partir de fonte eólica em superfície terrestre, e aquicultura.
PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL.
Foram aprovadas 14 Resoluções CONAMA voltadas à definição de padrões e ao
controle da qualidade ambiental, tais como diretrizes para o uso de dispersantes químicos em
incidentes de poluição por óleo no mar, controle ambiental de produtos destinados à remediação,
critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas,
controle da poluição veicular, gerenciamento do material a ser dragado em águas sob jurisdição
nacional, padrões de lançamento de efluentes, uso de produtos ou de agentes de processos
físicos, químicos ou biológicos para o controle de organismos ou contaminantes em corpos
hídricos superficiais, e limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas.
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O CONAMA aprovou também 5 Resoluções que tratam da gestão dos resíduos
sólidos, entre eles diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil, procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme as normas adotadas pela
Convenção da Basiléia, e recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou
contaminado.
PROTEÇÃO E MANEJO DA FAUNA
Finalmente, 2 resoluções relativas à proteção e ao manejo da fauna foram
aprovadas, uma sobre depósito e guarda provisórios de animais silvestres apreendidos,
resgatados ou oriundos de entrega espontânea, e outra sobre diretrizes e procedimentos para
elaboração e autorização do Plano de Manejo de Fauna em Aeródromos.
EVENTOS
Como fórum de debate e deliberação sobre matérias voltadas à implementação
da Politica Nacional do Meio Ambiente, o Conama promoveu diferentes eventos durante esse
período, como o Seminário sobre a Revisão Jurídica das Resoluções CONAMA frente à Lei
Complementar n.º 140/2011 e à Lei n.º 12.651/2012, em 2014, o Seminário: "Licenciamento
Ambiental - da Resolução 01/86 aos Dias Atuais", em 2013, e o Seminário sobre Capacidade de
Suporte das Regiões Metropolitanas, em 2012.
131
DESAFIOS E OPORTUNIDADES.
REVISÃO DAS RESOLUÇÕES CONAMA QUE SE ENCONTRAM DESATUALIZADAS POR QUESTÕES
DE INTERVENIÊNCIA DE LEGISLAÇÃO
A Consultoria Jurídica do MMA analisou uma série de resoluções CONAMA à luz
da legislação atual, em especial a Lei Complementar nº 140/2011 e a Lei nº 12.651/2012. A
conclusão que chegou foi pela necessidade de revogação integral de algumas delas, e de revisão
de outras tantas. Essa é uma ação essencial, que merece atuação efetiva do Conselho.
Nesse sentido, na 121ª Reunião Ordinário do CONAMA, ocorrida em 16 de março
de 2016, foi aprovada a criação de Grupo Assessor - GA para conduzir os trabalhos de avaliação,
do ponto de vista jurídico, dessas resoluções, para proposição de encaminhamentos ao Plenário.
A coordenação desse GA ficou a cargo do MMA.
DEBATE SOBRE TEMAS ESTRATÉGICOS DA POLÍTICA AMBIENTAL
Uma oportunidade que pode ser melhor aproveitada pelo CONAMA é a
formulação de estratégia para ampliar o debate sobre temas relevantes da política ambiental,
como os compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção sobre Mudança do Clima, de redução
das emissões de gases de efeito estufa e de adaptação à mudança do clima; os compromissos
relativos à Convenção da Diversidade Biológica; os desafios para a implementação da política
florestal, da política de conservação da biodiversidade e da política de resíduos sólidos; o
licenciamento ambiental, entre outros, e a forma de atuação do CONAMA frente a todos esses
desafios.
ATUALIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DOS DADOS E INFORMAÇÕES DO CONAMA
A página na internet do CONAMA foi estruturada em linguagem de programação
hoje obsoleta. Existe preocupação expressa pela CGTI do MMA do risco de se perderem todas as
informações ali constantes, o que poderá acarretar prejuízos significativos aos trabalhos do
CONAMA, uma vez que no site se encontram os registros de todas as reuniões, desde 1984, e o
arcabouço completo de resoluções aprovadas pelo Conselho.
Necessidade de estruturação do arquivo do CONAMA por profissional qualificado
da área de biblioteconomia.
AGENDA DE 180 DIAS
O CONAMA possui dinâmica contínua de funcionamento. Conforme estabelecido
no Decreto nº 99.274/90, o Plenário do Conselho deve se reunir em caráter ordinário a cada três
meses e, para isso, deve-se garantir o andamento dos trabalhos em curso no Comitê de Integração
de Políticas Ambientais – CIPAM, responsável por admitir as matérias no CONAMA, nas Câmaras
Técnicas – CTs e respectivos Grupos de Trabalho – GTs, que têm a atribuição de analisar
tecnicamente as propostas que chegam ao Conselho. O Plenário, como instância final, chancela
132
as matérias analisadas e aprovadas pelas instâncias anteriores que, quando aprovadas por meio
de um de seus atos, são encaminhadas para publicação.
O Ministério do Meio Ambiente é o responsável pela organização de todas as
reuniões do Conselho, o que inclui serviços de gravação em áudio e vídeo e de estenotipia. O
Ministério também poderá arcar com as despesas de deslocamento e de estadia de parte dos
representantes do segmento da Sociedade Civil no CONAMA, para participação em todas as
reuniões do Conselho, conforme estabelecido no Decreto nº 9.9274/90. No atual contexto de
restrições orçamentárias, trata-se de questão que deve ser acompanhada a fim de evitar riscos
de desgaste do Conselho junto aos representantes da sociedade civil. Além disso, todas as
resoluções aprovadas pelo CONAMA são publicadas em sua íntegra no Diário Oficial da União,
bem como as nomeações dos conselheiros, que sofrem alterações ao longo do ano,
representando uma despesa que merece destaque.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
O Departamento de Apoio ao CONAMA está vinculado à Secretaria Executiva do
Ministério do Meio Ambiente. Pela importância do Conselho para a implementação da Polícia
Nacional do Meio Ambiente, em especial pela prerrogativa de deliberar sobre normas que
alcançam todas as instituições que integram o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, é
importante sua localização na estrutura do Ministério no nível de uma diretoria. Minimamente, o
Departamento deve se manter como se apresenta atualmente, inclusive com o número de
servidores, sendo que qualquer diminuição nesse quantitativo acarretará prejuízos significativos
para o funcionamento do CONAMA como um todo.
O CONAMA, por sua diversidade e número de representações e abrangência
temática, apresenta certa complexidade no seu funcionamento, o que exige, por um lado,
extrema organização e, por outro, multidisciplinariedade da equipe técnica. Contudo, o
Departamento conta com quadro mínimo de servidores para desempenhar adequadamente suas
funções.
133
DEPARTAMENTO DE FOMENTO AO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL / FUNDO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (FNMA)
INTRODUÇÃO
O Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) integra o Departamento de
Fomento ao Desenvolvimento Sustentável do MMA, unidade originalmente criada para assumir
a operação de toda transferência voluntária realizada pelo Ministério. No entanto, desde sua
criação, em 2007, o Departamento opera somente os recursos FNMA.
O Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA, criado por Lei em 1989, foi
instituído com o objetivo de apoiar, por meio do fomento a projetos finalísticos, a implementação
da Política Nacional do Meio Ambiente. Na época de sua criação, confirmou-se como uma das
principais “respostas” do País a alguns dos compromissos, assumidos desde a Conferência de
Estocolmo (1972), em prol da sustentabilidade ambiental, agenda ainda embrionária à época.
Desde os primeiros aportes, em 1990, os projetos financiados eram submetidos
à aprovação de um Conselho, de caráter deliberativo, composto por representantes da sociedade
civil e do governo. Esse modelo de governança, inovador para a época, persistiu e se fortaleceu
ao longo dos 26 anos de história do FNMA, consolidando uma bem sucedida agenda de controle
social sobre os recursos investidos.
Os recursos operados pelo Fundo nas duas décadas que se seguiram à sua criação
provieram de doações internacionais (GTZ, Governo dos Países Baixos) e, principalmente, de dois
empréstimos efetuados junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, celebrados
em 1992 e 1998. Esses recursos mostraram robustez suficiente para fortalecer mecanismos de
preservação e conservação da fauna e flora brasileiras, promover uso sustentável dos recursos
naturais, com ênfase na geração de renda para as comunidades agrícolas e extrativistas, fortalecer
o SISNAMA, por meio do apoio à elaboração e implementação de agendas de planejamento e
controle da gestão ambiental por municípios e estados, conduta acompanhada pela adoção de
mecanismos de participação e controle social. A partir da parceria com outros Ministérios (MDA,
MI, MS, MEC, MC), foram lançados 58 editais para chamamento público de projetos, tratando de
temas (por exemplo, Pronaf, P2R2, CIMAs, educação ambiental) que materializavam a ideia de
transversalidade da política ambiental. Nessas parcerias, a expertise reunida pelo FNMA a partir
de extenso portfólio de projetos financiados, bem como de seus mecanismos de controle dos
recursos repassados e de gastos efetuados (SIGEF, SIGMA, DPG, SISPEC), garantiam segurança aos
Ministérios parceiros, que destacavam recursos próprios (OGU) para serem operados pelo Fundo.
Os procedimentos de seleção pública de projetos, criados e adotados pelo FNMA
(Demanda Induzida - editais e a Demanda Espontânea - chamamentos temáticos), além de um
sistema próprio de elaboração de projetos (FaçaProjeto), que antecedeu o SICONV, associada a
134
uma equipe técnica preparada, possibilitaram a seleção técnica e apoio a mais de 1436 projetos,
distribuídos em todos os estados da federação.
Se, por um lado, a trajetória do FNMA é marcada positivamente pela
democratização no acesso ao fomento em todo o País, por outro, trouxe lições a respeito da
necessária adoção de mecanismos que possibilitassem garantir, ao Fundo, a adequada dedicação
institucional aos projetos financiados. Essa conduta extrapolaria a missão do "controle" sobre os
recursos, mas procurava alcançar a efetividade dos investimentos empreendidos. Nesse diapasão,
a tempestividade no acompanhamento da execução técnica e financeira dos repasses, o
estabelecimento de indicadores de resultados, o apoio técnico aos tomadores (públicos e
privados), o acompanhamento tempestivo in loco aos projetos, passaram a compor estratégias
prioritárias adotadas pelo Fundo a partir de 2010, no esforço que foi denominado Reengenharia
do Fomento FNMA.
Para a implementação de um processo de transferência de recursos e de apoio
técnico mais eficientes, foi fundamental a revisão do número de projetos financiados,
considerando que o aumento anual no número de convênios (até 2009 o FNMA celebrava cerca
de 120 convênios/ano), jamais dialogaria, na proporção necessária, com o quantitativo de
servidores públicos que adentravam aos quadros do Fundo, descompasso que gerava atrasos
graves nas análises documentais. Outro aspecto importante foi a adoção de medidas de
aperfeiçoamento dos procedimentos de repasse e de acompanhamento dos projetos.
Entre as medidas aprovadas pelo Conselho destacamos principalmente: a)
revisão da escala territorial do fomento FNMA, que passou a apoiar, por meio das chamadas
promovidas pela Demanda Induzida (Editais), projetos estruturantes, de escala regional, que
possibilitassem, com um número menor de projetos, abranger áreas maiores e o maior número
possível de beneficiários; b) repasse de recursos em parcela única, de até R$ 300.000,00, para
projetos locais, selecionados por meio da Demanda Espontânea, em número não superior a dez
projetos/ano; c) monitorias periódicas, in loco, aos projetos apoiados; d) intensificação do uso dos
mecanismos de capacitação à distância e presenciais para tomadores e executores de projetos
FNMA; e) redução drástica das inscrições de pagamentos em "restos a pagar", isso é, empenho e
reserva financeira executados de forma concomitante.
No percurso das providências para adequação das estratégias de fomento,
acolhidas pela Reengenharia, o FNMA foi duramente apenado com a redução de seu orçamento,
conduta seguida de contingenciamentos sobre seus limites. Essa situação levou a direção do
Departamento a buscar novas inserções do Fundo no “mercado de apoiadores financeiros”.
Estamos nos referindo, principalmente, à busca de estratégias de parceria com os demais Fundos,
públicos e privados, de capital nacional, orçamentário e extraorçamentário.
Nessa perspectiva, considerando que o FNMA é o único fundo público brasileiro
na área ambiental, que reúne mais de 20 anos de expertise, apresentamos esse legado aos
parceiros e propusemos estratégias de cooperação. Esse empenho possibilitou, já desde 2010, o
compartilhamento de agendas com cooperação, técnica e financeira, entre o FNMA e o Fundo
Socioambiental da Caixa Econômica Federal - FSA Caixa e, posteriormente, com o Fundo de
135
Desenvolvimento Florestal - FNDF/SFB, o Fundo Nacional de Defesa dos Direitos Difusos- FDD/MJ,
o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima/MMA e a Agência Nacional de Águas.
Associado à agenda de investimentos em novos projetos, demandou atenção
especial o passivo de convênios do Fundo Nacional que, em 2010, somava 299 prestações de
contas ainda não analisadas e concluídas, além de 104 convênios que estiveram vigentes até, no
máximo, 2013. Por meio de força tarefa e criação de um Grupo de Trabalho, esse por meio de
Portaria Ministerial, foram designados profissionais das Secretarias do MMA para apoio nas
análises. Ao longo do período 2010-2016, do passivo de 403 prestações de contas, 325 foram
concluídas, isto é, 80% de todo o passivo FNMA.
RESULTADOS E CONQUISTAS
REENGENHARIA DO FOMENTO FNMA IMPLEMENTADA
a) Revisão da escala territorial do fomento.
Entre 1990 a 2009 (20 anos), foram necessários 1.394 convênios e contratos de
repasse para execução de R$ 231 milhões, quantitativo que inviabilizou o acompanhamento e
repasses tempestivos. A partir de 2010, a revisão da escala de atuação do FNMA, de modo a
permitir o acompanhamento mais qualificado dos projetos, passou a ser empreendida por meio
da seleção de temas estratégicos e que permitissem investimentos robustos e o atendimento do
maior número possível de beneficiários. Com esse propósito, entre 2010 e 2016 foram lançados
4 Editais e 2 Termos de Referência, instrumentos que possibilitaram a caracterização clara das
ações a serem financiadas, dos valores investidos, dos territórios a serem considerados e das
metas (com indicadores) a serem alcançadas. Nesse período (6 anos e 4 meses), com
investimentos exclusivamente nacionais, da ordem de R$ 85 milhões (pouco mais de 1/3 dos
valores investidos em 20 anos), foram apoiados 45 projetos.
b) Resultados dos investimentos na aplicação da Reengenharia do Fomento FNMA
Para cada Edital e Termo de Referência lançado, os relatórios de gestão FNMA
apresentam, de forma detalhada, os resultados obtidos e esperados. Os 4 Instrumentos
convocatórios lançados no período 2010-2016 foram:
- TR FNMA 01/2010 - Apoio ao extrativismo e ao turismo ecocultural em um
mosaico de 11 UCs do cerrado brasileiro, R$ 2.8 milhões investidos e 2 projetos celebrados.
- TR FNMA 01/2011- Apoio ao uso sustentável da lenha na caatinga, R$ 6.0
milhões investidos e 7 projetos celebrados.
- Edital FNMA 01/2012 – Elaboração de Planos Estaduais de Recursos Hídricos
para a Região Norte do País, R$ 4.5 milhões investidos e 3 projetos contratados.
- Edital FNMA 02/2013 – Produção de sementes de nativas e implantação de
parques fluviais urbanos, R$ 14.0 milhões investidos e 5 projetos contratados.
136
- Edital FNMA 01/2013 – Formação de Educadores Ambiental na Agricultura
Familiar, com R$ 6.9 milhões em investimentos e 10 projetos contratados.
- Edital FNMA 01/2015 – Recuperação de APP para "Produção de Água" em 18
bacias hidrográficas brasileiras com alta criticidade hídrica, com 50.9 milhões em investimentos e
18 projetos em processo de contratação.
c) Repasse de recursos em parcela única para projetos locais
Além dos Editais e Termos de Referência, no esforço da Reengenharia do
Fomento o FNMA manteve seu apoio a pequenos projetos, de âmbito local, que possibilitassem
ao proponente apresentar uma “boa ideia”, a ser apoiada pelo Fundo e que pudesse ser replicada.
Para tanto a Demanda Espontânea foi reestruturada, tendo sido suprimidas as prestações de
contas parciais e estabelecido o repasse em parcela única. A Demanda Espontânea no entanto,
nao poderia restabelecer a “pulverizaçao de projetos pelo país” e, assim, foi reestruturada nos
seguintes termos: 1) apoio a até dez projetos por ano; 2) apoio a projetos locais, inovadores e
replicáveis; 3) valores entre R$ 100 e R$ 300 mil por projeto e; 4) execução em até 24 meses.
Entre 2010 a 2016 foram investidos R$ 6.705.150,00 (recursos exclusivamente FNMA), e apoiados
26 projetos entre ONGs e instituições públicas, em 16 estados da federação.
d) monitorias periódicas, in loco, aos projetos apoiados.
A redução no número de convênios apoiados, ainda que com abrangência
territorial e de número de beneficiários maior, possibilitou a intensificação do monitoramento in
loco aos projetos em execução, o que foi particularmente importante em face da drástica redução
da força de trabalho do Fundo a partir de 2010. Considerando essa redução funcional, o FNMA
estabeleceu parcerias com as Secretarias e unidades vinculadas do MMA, que dispõem de equipe
técnica especializada nos temas financiados, para o acompanhamento técnico dos projetos do
Fundo. Assim, dos 42 convênios e contratos de repasse celebrados pelo FNMA entre 2010 e 2016,
38 (84%) receberam monitoria in loco até a presente data.
AUMENTO DOS RECURSOS FINANCEIROS PARA PROJETOS FNMA POR MEIO DA CONSOLIDAÇÃO
DE PARCERIAS
De 2010 a 2016, o orçamento do FNMA, aprovado na Lei Orçamentária Anual,
observou uma redução de 73%. A indisponibilidade de recursos levou a Direção do FNMA a
empreender esforços na construção de parcerias com financiadores externos, operadores de
recursos nacionais, conduta que contou com a credibilidade e expertise acumuladas pelo Fundo
em seus 26 anos de trajetória. Entre 2010 a 2016, foram investidos R$ 85.0 milhões, sendo R$
29.3 milhões do FNMA e R$ 55.8 milhões decorrentes da soma de parceiros financeiros do FNMA.
Destaca-se, entre esses parceiros, a Caixa Econômica Federal (FSA Caixa), que investiu cerca de
R$ 30 milhões em projetos selecionados pelo FNMA. Entre 2016 a 2019, a parceria FNMA com
outros apoiadores financeiros resultou em investimentos (em andamento), da ordem de R$ 36.0
milhões, incluindo o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (que integra o Ministério da Justiça,
com 8.0 milhões), o Fundo de Desenvolvimento Florestal (do Serviço Florestal Brasileiro, com 4.0
137
milhões), o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (da SMCQ, também com R$ 8.0 milhões) e a
Agência Nacional de Águas, com 8.0 milhões, além de recursos FNMA também da ordem de R$
8.0 milhões.
CONCLUSÃO DE 80 % DO PASSIVO FNMA
No início de 2010, o FNMA concentrava 299 convênios expirados e que
necessitavam de análise conclusiva, técnica e financeira, e 104 convênios vigentes, celebrados
antes de 2008, cuja vigência encerraria até 2013, totalizando 403 instrumentos de repasse. Em
2012, o Fundo, com apoio da Secretaria Executiva, obteve auxílio de equipes técnicas das
secretarias e vinculadas para análise das comprovações acerca da execução técnica dos projetos.
Em 2013, restavam 308 convênios no passivo. Após a criação do GT de convênios, providência
adotada a partir da publicação da Portaria Ministerial 235/2013, temos como resultado que 230
convênios tiveram as análises concluídas (53 convênios tiveram a TCE instaurada, 165 foram
aprovados no SIAFI e 12 convênios foram inscritos no CADIN - valor do débito abaixo de
R$75.000,00). Portanto, ao longo do período 2010-2016, do passivo de 403 prestações de contas
(299+104), 325 foram concluídas, isto é, 80% de todo o passivo FNMA.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES.
DRÁSTICA REDUÇÃO DO ORÇAMENTO FNMA
A significativa redução do orçamento anual do Fundo Nacional (queda de mais de
74% entre 2010 e 2016) impactou gravemente a capacidade de apoio, com recursos próprios, às
demandas da sociedade civil e das instituições públicas, principais executores. Desde 2013, o
FNMA opera exclusivamente com a fonte 174, isto é, arrecadação própria decorrente das multas
administrativas aplicadas pelo IBAMA, bem como oriundas de receita decorrente de ações
judiciais. No entanto, os recursos liberados ao FNMA, anualmente, correspondem a apenas 1/3
do valor arrecadado. A diferença, ainda que legalmente estabelecida para o FNMA (20% do valor
das multas), segue para o superávit financeiro da União. É urgente a necessidade de alcançarmos
sucesso na revisão de tal operação, pois existe uma clara dissonância entre a receita e a obrigação
de sua aplicação, à luz do que estabelece a Lei de Crimes Ambientais e sua regulamentação.
Uma das alternativas, que merece atenção do MMA, é a estruturação de um
Patrimônio Financeiro ao FNMA, orçamentário ou extraorçamentário, que assegure recursos
previsíveis e estáveis ao Fundo. Para isso, o Fundo Nacional tem participado intensamente das
discussões, protagonizadas pela presidência do IBAMA, referentes à revisão do Decreto
6514/2008, que trata da regulamentação da Lei de Crimes Ambientais. Nesse esforço, estão sendo
propostas alterações dos artigos que tratam do instituto da conversão de multas aplicadas pelo
órgão, contexto que sugere que a arrecadação, a exemplo do que ocorre com o recurso da
compensação, seja depositada pelo infrator em conta escritural, operada por agente financeiro
público. Essa alternativa possibilitará ao Fundo contar com capital financeiro robusto e
responderia à grave crise orçamentária presente, possibilitando a efetiva aplicação, em áreas
impactadas, dos recursos provenientes das multas.
138
REDUÇÃO DO QUADRO FUNCIONAL SEM A REPOSIÇÃO NECESSÁRIA.
A força de trabalho do Fundo Nacional vem sendo reduzida, ano após ano,
especialmente em função da evasão de quadros aprovados em outras carreiras do funcionalismo
público. Essas perdas não têm sido repostas e o FNMA conta hoje com apenas 30% de sua mão
de obra ideal. Esse quadro é comum a todo o Ministério e, portanto, a situação demanda
alternativas que passam por parcerias institucionais e apoio aos parceiros, para que não assumam
custos no apoio operacional ao Fundo. Para tanto, a retomada de maior robustez orçamentária é
fundamental. Avaliamos que o FNMA possa seguir com uma equipe de excelência, coordenada
por gerentes qualificados, que tenham por missão a execução finalística (celebração e
acompanhamento de projetos) e, a de ampliar e "cuidar" das parcerias técnicas e financeiras.
FRAGILIDADE OPERACIONAL DOS DEMANDANTES E BAIXA QUALIDADE DOS PROJETOS
APRESENTADOS PARA APOIO
Um dos principais desafios dos Fundos (públicos e privados) é a qualificação dos
tomadores, conduta que transita pelo aperfeiçoamento de mecanismos de capacitação, pela
elaboração de editais claros e didáticos e pela preparação da equipe técnica, responsável pela
análise dos projetos apresentados. Cabe atenção para o necessário apoio técnico aos tomadores
durante a execução dos projetos, providência que reduz significativamente os riscos do insucesso
na execução.
AGENDA DE 180 DIAS
CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Está em curso o processo eleitoral dos representantes de ONGs ambientalistas
das cinco regiões geográficas que têm assento no conselho. As eleições estão previstas para
serem concluídas, com a publicação da Portaria que designa os representantes, no dia
07/07/2016. O edital de convocação das eleições define que deverá ser realizada uma reunião
do Conselho até sessenta dias após a conclusão do processo eleitoral.
EDITAL 01/2015 – RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE PARA PRODUÇÃO
DE ÁGUA
O Conselho Deliberativo do FNMA selecionou 18 propostas que serão
fomentadas pelo FNMA, com recursos de seis agentes financiadores. As propostas estão em fase
de adequação e atendimento a diligências, e deverão ser contratadas e receber recursos
financeiros para iniciar as atividades nos próximos 180 dias.
PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO DECRETO Nº 6514/2008
O Ibama apresentou ao MMA proposta de alteração do Decreto 6514/2008, que
dispõe sobre infrações e sanções administrativas ao meio ambiente. Na proposta, o FNMA atuará
139
na seleção de projetos de restauração florestal que serão financiados com recursos recolhidos, a
uma conta escritural, em banco público, no caso em que o infrator decidir fazer a conversão da
multa, para se beneficiar de desconto. Essa proposta está em análise pela Consultoria Jurídica do
MMA e deverá ser acompanhada pelo gestor do Fundo, uma vez que abre a possibilidade de uma
fonte extraorçamentária de recursos para investimento em projetos.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
O atual organograma do FNMA é simples, com apenas uma Gerência e três
coordenações abaixo do cargo de Diretoria. Atualmente, o FNMA conta com uma equipe de dez
Analistas Ambientais, incluindo as servidoras que ocupam os cargos de Diretora e Gerente, e sete
Agentes Administrativos.
O principal gargalo para o atendimento às demandas da equipe técnica é a falta
de Analistas com experiência na análise e no acompanhamento de projetos socioambientais,
tanto nos seus aspectos técnicos, quanto financeiros. Considerando o número de convênios
vigentes (36) e de convênios do passivo, pendentes de conclusão da análise da prestação de
contas (78), seriam necessários mais dois profissionais na área técnica e dois na área financeira.
No caso de ampliação da execução de recursos (a exemplo da execução dos
recursos das multas convertidas pelo Ibama, citados no item acima), além da necessidade de
maior número de Analistas Ambientais, para otimizar a gestão do FNMA, será necessário mais um
cargo de Gerente (DAS 101.4), para fazer a gestão das parcerias e, minimamente, mais um
coordenador (DAS 101.2).
140
PROGRAMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –
PNMA II
INTRODUÇÃO
O Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA) visa contribuir para o
fortalecimento das principais instituições ambientais brasileiras bem como reforçar a capacidade
de gestão ambiental nos níveis federal, estadual, do Distrito Federal e municipal. O Programa
encontra-se em sua segunda fase (dez 2009 - jun 2016) e tem como principais linhas o
licenciamento e o monitoramento ambientais, além de instrumentos econômicos para a gestão
do meio ambiente. Essa segunda fase é co-financiada pelo Banco Mundial (BIRD) por meio de
empréstimo de US$24,3 milhões concedido ao governo brasileiro que, por sua vez, participa com
contrapartida de US$10,4 milhões.
No período de 2010 a 2016, o Programa teve importante participação na
promoção de conhecimento e no reforço de infraestrutura para a gestão ambiental,
principalmente para o Ministério do Meio Ambiente – MMA, o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio). Em razão de dificuldades com o arranjo de implementação junto a
estados e municípios, nesse período, o Programa passou por duas tentativas de reestruturação,
estando a última atualmente em curso. Após período de baixa performance do Programa, a partir
de 2014 os desembolsos e as entregas do Projeto se intensificaram – até dezembro de 2015
haviam sido desembolsados: US$ 4.155.638,64 (17,10% dos recursos BIRD) e US$ 2.686.330,48
(25,78% dos recursos de contrapartida). Até junho de 2016, estão previstos desembolsos
adicionais da ordem de US$ 800mil, em recursos de empréstimo.
O processo de reestruturação do PNMA II em curso tem por premissas: (1) a
necessidade de ajuste no seu arranjo de implementação; e, (2) os grandes desafios colocados para
a agenda ambiental nos próximos anos como, em consonância com o Planejamento Estratégico
do MMA. Esses desafios incluem a implementação da NDC brasileira, o desenvolvimento da
temática ambiental dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o aprofundamento do
processo de implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O pleito de reestruturação
submetido à COFIEX em dezembro 2015 prevê a centralização da atuação no âmbito federal, a
atualização da agenda de projetos e o cancelamento de parte do valor do empréstimo -
adequando-o à realidade orçamentária e de execução nacional -, além da prorrogação da vigência
do Programa por mais dois anos (até junho de 2018). Após cancelamento parcial do valor do
empréstimo, o Programa terá U$6,04 milhões em recursos (empréstimo e contrapartida) para
execução de junho de 2016 a junho de 2018. Todo esse processo de reestruturação está sendo
realizado em estreita coordenação com o Banco Mundial.
141
RESULTADOS E CONQUISTAS
AQUISIÇÃO E FINANCIAMENTO DA COMPRA DE SERVIDORES DO TIPO BLADES PARA A
AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DO DATA CENTER DO MMA:
Com o aumento da demanda por sistemas informatizados para dar suporte às
diversas agendas ambientais do MMA, fez-se necessário a ampliação da capacidade do Data
Center do Ministério – não só em termos de capacidade adicional de processamento, como de
capacidade de backup da armazenagem atual. Para tanto, recursos do PNMA possibilitaram, em
2015, a aquisição de 32 servidores tipo blades, 2 chassis e 1 rack, no valor de R$ 2.490.000,00
(dois milhões e quatrocentos e noventa mil reais). Esses equipamentos dão suporte, entre outros,
ao Cadastro Ambiental Rural – CAR, ao Portal Nacional do Licenciamento Ambiental e ao Portal
do Ministério do Meio Ambiente. Atividade concluída em 2016.
APERFEIÇOAMENTO DOS PROCESSOS DE AUTORIZAÇÃO PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL,
NO ÂMBITO DO ICMBIO
Termo de Cooperação entre o MMA e o ICMBio, que visou fortalecer o trabalho
desenvolvido pelo ICMBio no que tange à avaliação do impacto de empreendimentos sobre as
unidades de conservação e à identificação de áreas vulneráveis para a perda de biodiversidade.
O projeto teve como premissas a inovação nos mecanismos de gestão e a instalação de
capacidade nos órgãos ambientais. Atividade concluída no final 2015.
APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL FEDERAL, NO ÂMBITO DO
IBAMA
Termos de Cooperação entre o MMA e o Ibama, firmado em 2012, por demanda
da Diretoria de Licenciamento – DILIC/IBAMA, cujo objetivo foi a modernização do processo de
licenciamento ambiental federal. Vários produtos foram entregues e, por solicitação do Ibama, o
contrato foi aditivado demostrou interesse na aditivação do Contrato para realização de
atividades complementares. Esse TC encontra-se vigente até 30 de junho de 2016.
FORTALECIMENTO DA GESTÃO DE INFORMAÇÕES ÂMBITO DO IBAMA
Termo de Cooperação entre o MMA e o IBAMA, que assegurou a implantação de
solução de armazenamento, processamento e comunicaçao de dados, instalados na “Sala Segura”
do Ibama, para atender às demandas dos sistemas corporativos do Ibama, a saber: 8 Servidores
Rack, 2 Switches, 2 Storages de 180TB cada, Biblioteca de Fitas de Backup, 25 discos de FC 300
GB. Atividade concluída em 2014.
142
ATUALIZAÇÃO E INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PORTAL NACIONAL DO LICENCIAMENTO
AMBIENTAL – PNLA
Termo de Cooperação entre o MMA e a Universidade Federal de Minas Gerais -
UFMG, visando à integração de todos os dados ambientais existentes nos estados e sua
disponibilização em tempo real em uma única ferramenta de pesquisa, o PNLA. A construção do
PNLA decorreu de um amplo processo de articulação institucional entre o MMA e os Órgão
Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs). Ao agregar e compatibilizar informações sobre
licenciamento, o PNLA disponibiliza informações em nível de macro-estatísticas, sem substituir os
sistemas do Ibama e de órgãos estaduais ou municipais de meio ambiente. O PNLA,
disponibilizado para consulta em 2014, atende a público diversificado formado por estudantes,
pesquisadores, órgãos governamentais, ONGs, empreendedores e profissionais que atuam na
área de meio ambiente, entre outros atores públicos e da sociedade civil.
ESTUDOS PARA SUBSIDIAR O GOVERNO FEDERAL NA REGULAMENTAÇÃO DOS ARTIGOS 47 E 48
DA LEI Nº 9.985/00 - SNUC
A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, nos artigos 47 e 48, prevê que os
beneficiários da proteção proporcionada por Unidades de Conservação (UCs) - especificamente
os órgãos ou empresas, públicas ou privadas, responsáveis pelo abastecimento de água, geração
e distribuição de energia elétrica ou que façam uso de recursos hídricos protegidos pelas Unidades
de Conservação - devem contribuir financeiramente para a sua proteção e implantação. A
dificuldade em se tratar da regulamentação desses dois artigos jaz na mensuração, quantificação,
valoração, monitoramento do serviço prestado e na operacionalização deste mecanismo. Por isso,
foi celebrado Termo de Cooperação entre MMA e Universidade Federal do Semi Árido (UFERSA)
visando à execução de estudo para subsidiar o Governo Federal na regulamentação desses dois
artigos. Termo concluído em dezembro de 2015, estando o relatório com o subsídio legal para a
cobrança em desenvolvimento pelo MMA.
DIAGNÓSTICO DO ESTADO DA ARTE DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS NAS POLÍTICAS
AMBIENTAIS BRASILEIRAS
Diversas esferas de governo utilizam ou demonstram interesse em utilizar
instrumentos econômicos nas políticas públicas de meio ambiente. Por isso, em 2014 foi
celebrado contrato entre o MMA e o Consórcio Agência Verde, Ecometrika e Vitae Civilis, para
elaboração de diagnóstico do estado da arte sobre a aplicação de instrumentos econômicos na
implementação das políticas ambientais em nível federal, estadual e municipal. O diagnóstico
teve por objetivo avaliar a aplicabilidade dos instrumentos, assim como a sua eficiência e eficácia
em termos econômicos e socioambientais, além de definir as boas práticas desse tipo de políticas.
Atividade concluída em 2015.
143
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
O principal desafio do PNMA-II é a conclusão de seu processo de reestruturação
junto ao Banco Mundial, dado o ambiente econômico e político nacional. Uma vez concluída
satisfatoriamente a reestruturação, será preciso ajustar a equipe do projeto no tocante à gestão
financeira e à designação de substituto para a Gerência do Programa, além de dar agilidade às
demandas de licitações do plano de compras elaborado para o período de 2016-2018. Trata-se de
processo relativamente complexo, em face dos curtos prazos e dos passos burocráticos
necessários, por parte do Governo Brasileiro e do Banco Mundial, bem como dos riscos envolvidos,
particularmente no que tange à execução de volume relativamente alto de recursos num
momento de reduzida disponibilidade orçamentária.
A reestruturação do PNMA II contemplará as seguintes iniciativas, a serem
desenvolvidas no período de 2016 a 2018, já discutidas internamente, entre várias unidades do
MMA, e também com o Ministério do Planejamento, previamente à sua aprovação, e com o Banco
Mundial:
Continuidade das ações do Ibama para o fortalecimento do processo de licenciamento
ambiental federal;
Continuidade da atualização e otimização do PNLA – SAIC;
Publicação do diagnóstico sobre procedimentos de licenciamento ambiental do Ibama e dos
órgãos ambientais licenciadores dos Estados e do Distrito Federal, elaborado pela UFMG.
Mapeamento e otimização dos processos para gestão de Documento de Origem de Pescado
(DOP)/Ibama. Essa ação viabilizará o completo acompanhamento da cadeia do pescado,
facilitando sua certificação e fomentando o mercado certificado;
Mapeamento e otimização dos processos de registro de agrotóxicos em apoio ao
licenciamento ambiental federal no âmbito do Ibama. Essa atividade visa otimizar a avaliação
ambiental para o registro de agrotóxicos, além de reduzir o tempo médio de avaliação, hoje
em torno de 2,2 anos, acima do prazo máximo previsto em lei (120 dias);
Análise das emissões de gás de efeito estufa das cidades brasileiras, a partir da revisão dos
métodos e das ferramentas existentes para determinar a estrutura e estimativas de emissões
das cidades;
Estudos com vistas a desenvolver o mercado do manejo sustentável de florestas nativas por
meio do aprofundamento da compreensão de aspectos como a cadeia produtiva da economia
florestal, sua dinâmica de funcionamento e sua articulação com outros segmentos produtivos
como construção civil, energia e movelaria e o funcionamento do processo atual de
exploração madeireira na região Amazônica em suas múltiplas dimensões - processos
produtivos, logística de operação, redes de distribuição, mercado consumidor, tecnologias de
manejo, acesso a crédito, perfil de mão de obra e estrutura de inversões e rentabilidade;
Aquisição de equipamentos e softwares para monitoramento da exploração seletiva de
madeira e controle da produção em áreas de concessão florestal (com o Serviço Florestal
Brasileiro – SFB);
Fortalecimento dos sistemas de Tecnologia da Informação (TI) de monitoramento e
licenciamento do Ibama, por meio da contratação de empresa para elaborar e executar o
144
projeto de reestruturaçao e modernizaçao da “Sala Segura” e da rede lógica e física de dados
do Ibama.
Fortalecer o planejamento da gestão ambiental, por meio de ações como desenvolvimento
da capacidade institucional na gestão de indicadores ambientais e modernização da gestão
estratégica de dados e de informações no MMA.
Fomentar atividades de comunicação do MMA com vistas à promoção do conhecimento e da
informação ambiental.
AGENDA DE 180 DIAS
Acompanhar o processo de reestruturação do Programa em curso, assegurando o
cumprimento de prazos e o pronto fornecimento de quaisquer informações que se façam
necessárias.
Acompanhar a auditoria anual do Programa pela Corregedoria Geral da União (CGU), em
andamento.
Acompanhar desdobramentos do cancelamento unilateral do contrato com a empresa SOS
Comunicação e Marketing LTDA, realizado pelo MMA.
Acompanhar execução do Termo de Cooperação com IBAMA, vigente até junho de 2016.
Apoiar o desenvolvimento de Termos de Referência e das documentações necessárias às
futuras aquisições, para agilizar o início dos trabalhos quando da renovação do Programa.
Dada a centralidade da agenda, esses documentos serão de grande importância para o
Ministério, ainda que, eventualmente, haja empecilho à renovação do Programa.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
A estrutura que sustenta a execução do PNMA II apresenta fortes limitações,
especialmente em face de sua informalidade dentro do MMA. A Gerência do Programa
corresponde a cargo de assessoramento, não de direção, o que implica restrições às atividades
administrativas que podem ser desempenhadas. Em decorrência dessa mesma distorção, o
Programa não tem a figura de Gerente substituto nem de coordenador de orçamento e finanças,
função que é desempenhada informalmente pelo chefe de gabinete da SECEX. Tampouco há as
funções de coordenador de licitações (função exercida por técnico que se divide entre dois
projetos, o PNMA II e o Interáguas, na SRHU) ou de técnico de orçamento e finanças. A estrutura
atual tem sido questionada pelo Banco Mundial, especialmente porque, a partir da conclusão da
reestruturação do Programa, o MMA tem o compromisso de fortalecer a equipe de trabalho do
PNMA II, conforme prevê o acordo de empréstimo.
145
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO
Historicamente, o papel da cooperação internacional para o Ministério do Meio
Ambiente foi sempre muito expressivo. A primeira grande iniciativa de cooperação internacional
foi o PPG7, Programa Piloto lançado durante a Rio-92, momento em que o Brasil estava sob
grande pressão internacional devido à degradação da Amazônia. Foi financiado com U$ 428
milhões pelos governos dos países do G7, Países Baixos e União Européia, administrados pelo
Banco Mundial. O Programa é até hoje considerado um dos maiores programas globais de
cooperação multilateral, e teve um papel essencial na formulação de políticas públicas ambientais
no País.
Desde então, o MMA e as políticas ambientais brasileiras têm contado com
significativo apoio de recursos externos. Noruega, Alemanha, União Europeia, GEF (Fundo Global
para o Meio Ambiente) e outros parceiros têm contribuído com ações do Ministério, suas
unidades vinculadas e demais parceiros do SISNAMA, apoiando o amadurecimento e ganho de
escala das políticas ambientais.
O período 2010–2016 marcou uma fase de evolução das relações entre o MMA e
os principais doadores internacionais. Alguns doadores modificaram sua postura frente ao Brasil,
como o Japão e a União Europeia, dois tradicionais parceiros que restringiram o tamanho das
doações para projetos demonstrativos e não apresentam mais uma carteira de doações para
projetos de média e grande escala. Outros como a Alemanha, a Noruega e o GEF, passaram a
favorecer projetos com maior alcance, escala e integração de ações, que pudessem comprovar
resultados mais robustos, alinhados com os objetivos das políticas públicas governamentais e com
capacidade de agregar maior volume de recursos de contrapartida do Brasil.
O mesmo período sinalizou também o avanço de iniciativas de captação de
recursos mediante apresentação de resultados, cujo exemplo mais expressivo é o Fundo
Amazônia (FA). Criado em 2008, o Fundo já captou, com base nos resultados de redução das
emissões por desmatamento, recursos da ordem de US$ 1.037 milhões, com desembolsos
superiores a US$ 570 milhões para 82 projetos das três esferas de governo e do terceiro setor.-
No Quadro abaixo, apresenta-se o montante de recursos externos captados e
suas respectivas contrapartidas, bem como as as fases de execução dos programas e projetos.
Considerando apenas o recurso financeiro externo dos programas e projetos em execução e
aprovados (sem contabilizar as contrapartidas ou os programas em negociação), o total de
recursos financeiros captados é de R$ 4,6 bilhões (note-se que o Programa ARPA Fase III, Áreas
Protegidas da Amazônia, tem validade até 2039). No Anexo apresenta-se o detalhamento dos
programas e projetos.
Quadro 1. Recursos de Cooperação Internacional do MMA (até 2020).
146
Programas e Projetos Valores (R$ milhões)*
Fase (número) Recursos
Externos
Contrapartidas
e Coop Técnica Total
Em execução (41) 995 1.384 2.379
Aprovados (9) 686 134 820
Fundo Amazônia Fase II (Noruega –
COP21, Paris)** 2.210 --- 2.210
Fundo Amazônia Fase II (Alemanha –
COP21, Paris) 430 --- 430
ARPA Fase III (até 2039) 284 --- 284
TOTAL DE RECURSOS
APROVADOS 4.605 1.518 6.123
Em negociação (11) 417 581 998
TOTAL 5.022 2.099 7.121 (*) – Data Taxa de Conversão (dólares & euros): 30/12/2015.
(**) – Valores aproximados.
Durante o ano de 2015 o MMA coordenou as negociações de nível ministerial
com os Governos da Noruega e da Alemanha, no sentido de obter novos aportes para o Fundo
Amazônia. Durante a 21ª Conferência das Partes da UNFCCC (COP 21), em Paris, realizada em
dezembro de 2015, o Governo da Noruega anunciou que estenderá seu apoio financeiro até o
ano de 2020, em valores similares aos aportes atuais. Os aportes recentes foram de US$115
milhões em 2013, US$103 milhões em 2014 e US$ 118 milhões em 2015; portanto, até 2020 o
aporte do Governo da Noruega poderá alcançar cerca de US$ 560 milhões adicionais ao Fundo
Amazônia. O Governo da Alemanha, igualmente, anunciou novo aporte no valor de 100 milhões
de euros (aproximadamente US$ 114 milhões).
É importante reforçar que a natureza dos recursos externos é distinta daqueles
do Orçamento Geral da União: enquanto os recursos externos são alocados exclusivamente em
atividades finalísticas, os recursos do orçamento do MMA contemplam, além de ações finalísticas,
salários e gastos correntes com manutenção de infraestrutura, entre outros. Considerando que
os recursos alocados para atividades finalísticas como fiscalização, desenvolvimento de estudos,
instalação de infraestrutura específica, aquisição de equipamentos de campo e custeio de
atividades chega a representar apenas 30% do montante total de recursos alocados pelo Tesouro
Nacional ao MMA, o peso e a importância dos recursos oriundos da cooperação internacional
para as atividades finalísticas revela-se muito maior.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Apesar do significativo esforço de captação de recursos e da reorientação das
atividades apoiadas por recursos de cooperação internacional, que privilegia projetos maiores e
com ganhos de escala, o MMA ainda enfrenta desafios para a gestão de projetos que contam com
147
recursos externos. Esses desafios são de três naturezas distintas: mecanismos e regras de
execução; dificuldades de organização interna para a execução; e dificuldades para o
alavancamento de recursos orçamentários.
Na linha de mecanismos e regras de execução dos recursos internacionais, o
MMA dispõe hoje de arranjos ainda limitados para internalizá-los diretamente em seu orçamento
ou para operar com parceiros, como o FUNBIO. A primeira opção sobrecarrega a estrutura
administrativa dos executores e traz consigo as dificuldades de alinhar as regras dos doadores às
normas da administração pública (Lei 8.666, que institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública, e regulamentações). Além disso, as diversas restrições à operação do
orçamento dificultam o uso estratégico desses recursos, com a agilidade e flexibilidade que
requerem. A operação por meio de terceiros embute as dificuldades para estabelecer amarras
legais de controle e contratação dos eventuais parceiros, além de dificultar ganhos de escala e
agilidade.
No que tange à organização interna para execução dos recursos internacionais,
há necessidade de aprimorar um modelo de execução que seja pautado na implementação de
elementos específicos de uma determinada política. Nota-se também descasamento entre as
áreas técnicas e as áreas de planejamento e administração do MMA e de suas vinculadas. Muitas
vezes, a preparação dos projetos é feita pela área técnica, com pouco envolvimento da área meio,
o que acarreta dificuldades para gerir recursos externos ao orçamento. Esses fatores
comprometem a execução dos recursos.
Apesar dos recentes avanços na gestão e no planejamento do MMA, com a
participação de todas as áreas técnicas, ainda ocorre certo distanciamento entre as prioridades,
definidas em caráter macro, e os escalões operacionais das áreas técnicas. Com isso, em alguns
casos, forma-se uma dinâmica de relações complexas entre doadores e setores do MMA com
maior conhecimento ou acesso aos processos negociadores e às janelas de recursos.
Finalmente, naquilo que se refere às dificuldades vivenciadas por todas as áreas
do MMA para alocar recursos orçamentários adequados e suficientes ao desempenho de suas
competências, em alguns casos verifica-se uma assimetria entre o orçamento do Ministério e de
suas vinculadas e as doações de recursos internacionais. Isso foi verificado, em parte, na primeira
fase do Programa ARPA e, em menor grau, em sua segunda fase. Nesse caso, os órgãos gestores
de UCs federais e estaduais tratavam a escassez de recursos realocando o orçamento de suas
unidades apoiadas pelo Programa, reduzindo a contrapartida efetiva, procedimento que será
mais difícil na terceira fase do Programa, que contém disposições mais rigorosas que preveem o
aumento do aporte médio de contrapartida ao longo do tempo.
Um outro exemplo de como se tem processado essa relação com os recursos
internacionais em tempos de forte contenção fiscal é a recente mudança das diretrizes do Fundo
Amazônia que previam que “projetos devem representar adicionalidade aos orçamentos publicos
destinados às áreas de aplicaçao do Fundo Amazônia”. O Comitê Orientador do Fundo (COFA)
validou recentemente alteração, temporária, que prevê que, excepcionalmente, poderão ser
apoiados projetos estruturantes prioritários apresentados por órgãos ou instituições públicas
148
estratégicas para a política nacional de fiscalização e combate ao desmatamento, quando
comprovadamente inexistirem fonte de recursos disponíveis para o apoio financeiro pleiteado.
Essa alteração, se parece fazer sentido à luz do atual contexto nacional, é observada com atenção
pelos doadores, que não desejam que os recursos de doações internacionais substituam os
próprios esforços nacionais para a execução de suas políticas públicas prioritárias.
Esses desafios, contudo, constituem hoje uma grande oportunidade para maior
amadurecimento do Ministério em sua agenda de projetos de cooperação internacional. O
intenso contato com os doadores nos últimos anos, os avanços nos principais foros multilaterais
ambientais, o refinamento das rotinas do Fundo Amazônia e a imensa disponibilidade de recursos
externos frente à indisponibilidade de recursos orçamentários deverá criar um ambiente
favorável para esse debate. Um aspecto de caráter fundamental nesse debate deverá incluir os
riscos associados à execução de políticas prioritárias e de caráter estratégico para o País por meio
de recursos estrangeiros, incluindo questões de segurança, soberania e dependência continuada.
Um elemento que pode auxiliar bastante esse debate é uma aproximação com os órgãos de
controle, bem como com os Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda, a
fim de se constituírem novas bases e normas para a captação e a execução de recursos de
natureza especial.
ASPECTOS INSTITUCIONAIS
Os desafios e oportunidades associados ao uso de recursos internacionais para
apoiar as atividades do Ministério levaram, na recente discussão sobre a nova estrutura
organizacional do MMA, à proposição de criação de um Departamento de Cooperação
Internacional, vinculado à Secretaria Executiva, com as competências, entre outras, de apoiar o
processo de proposição e elaboração de programas e projetos de cooperação técnica
internacional; coordenar e monitorar a execução dos programas e projetos com financiamento
de organismos internacionais; e, coordenar e monitorar o processo de captação de recursos de
fontes internacionais e estrangeiras.
A maior parte das competências previstas para esse Departamento são hoje
realizadas de maneira fragmentada pelas áreas técnicas do Ministério, sem a necessária
articulação de prioridades e sem a provisão de uma visão geral e unificada dos valores, benefícios,
riscos e problemas associados ao grande volume de recursos internacionais com que conta o
Ministério. Esse papel tem sido desempenhado, de maneira limitada, na esfera da assessoria da
Secretaria-Executiva, que buscou, no período recente, agregar informações de caráter gerencial
sobre os projetos de cooperação internacional, seus valores, fatores críticos para sua execução e
riscos técnicos, financeiros e administrativos a eles associados. A limitação desse tratamento
reside na ausência de formalização desse papel, de forma a oferecer clareza de mandato e
empoderar os responsáveis pelo trabalho. A criação de uma unidade administrativa específica
para acompanhar a cooperação internacional no Ministério, portanto, é fortemente
recomendada.
149
ANEXO. PROGRAMAS E PROJETOS DO MMA
(DISCRIMINADOS POR FASE, PERÍODO DE VIGÊNCIA E ORÇAMENTO)
Nome ou sigla (e fonte) por Fase de execução1 Fim de
vigência
Orçamento dos projetos (R$ milhões)2,3
Total4
Somente recursos
financeiros externos
Em execução
GEF – MAR 13/10/19 460 72
ARPA – Fase II (Fundo de Áreas Protegidas - WWF, KFW, GIZ, Banco Mundial, GEF, Fundo Amazônia, BNDES)
31/12/17 299 169
ARPA – Fase III (Fundo de Transição - WWF, KFW, GIZ, Banco Mundial, GEF, Fundo Amazônia, BNDES)
30/12/39 284 284
GEF de apoio ao Inventário Florestal Nacional 31/07/16 257 35
Produção de Carvão de Biomassa renovável sustentável para a indústria siderúrgica do Brasil (GEF)
01/12/19 161 28
Gestão florestal para a produção sustentável na Amazônia (Alemanha/BMZ)
30/12/18 157 59
PNMA II 137 96
Mainstreaming Biodiversity Conservation and Sustainable Use for Improved Human Nutrition and Well-being (BFN) (GEF)
01/12/16 102 11
FIP – Inventário Florestal Nacional – Cerrado (CIF) 09/06/18 97 65
INTERÁGUAS (Banco Mundial) 31/12/16 83 62
Projeto Cerrado-Jalapão (Alemanha/BMUB) 31/10/16 81 52
Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica (Fundo de Áreas Protegidas)
31/12/18 79 34
Inventário Florestal Nacional – Amazônia (Fundo Amazônia) 23/01/17 65 65
Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (Protocolo de Montreal)
31/12/17 61 61
Programa de Apoio ao Agro-extrativismo e aos Povos e Comunidades Tradicionais (MMA)
01/12/16 38 --
BRA/11/001 Apoio para implementação dos compromissos das convenções internacionais que tratam da biodiversidade
31/12/16 32 --
TEEB - Conservação da biodiversidade através da integração de serviços ecossistêmicos em políticas públicas e na atuação empresarial - TEEB regional – local (Alemanha/BMUB)
31/10/16 26 --
Projeto Estruturação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – LifeWeb – Coop TÉCNICA
01/02/18 22 --
Estabelecimento de Gerenciamento e Disposição de Bifenilas Policloradas (GEF)
30/6/16 19 19
Fase III - Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Fundo de Transição)
30/6/16 18 18
150
Projeto de Apoio à Estratégias Nacionais de Redução do Desmatamento e dos Incêndios Florestais no Cerrado Brasileiro (Fundo Fiduciário de Apoio a Mudança do Clima no Cerrado Brasileiro)
29/12/17 17 17
Projeto para o Setor de Serviços - Componente 3 do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (Protocolo de Montreal)
03/07/17 16 16
Manejo de Uso Sustentável de Terras no Semiárido do Nordeste Brasileiro (Sergipe)
01/11/19 15 15
Transformação do Mercado para Eficiência Energética no Brasil (GEF)
31/8/16 13 13
Consolidação do Programa Nacional de Florestas (MMA) 31/12/16 13 --
Implementação de Estratégias e Ações de Prevenção Controle e Combate à Desertificação face aos cenários de mudança do clima (MMA)
1/12/18 10 --
Programa de Pagamento por Serviços Ambientais com Inclusão Social (MMA)
1/12/15 8,5 --
Produção e Consumo Sustentáveis. (MMA) 31/12/15 7 --
Projeto Demonstrativo para o gerenciamento e destinação final dos resíduos de SDO (Protocolo de Montreal)
31/12/17 5,9 5,9
Capacitar e Formar Gestores e Educadores Ambientais no Âmbito da Agricultura Familiar e Comunidades Tradicionais, Visando o Desenvolvimento Rural Sustentável. (MMA)
30/7/16 5 --
Desenvolvimento do Plano Nacional de Implementação no Brasil como primeira etapa da implementação da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes. (GEF)
1/12/15 5 5
Suporte Técnico ao Processo Preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e desenvolvimento de seus resultados (MMA)
31/12/16 4,6 --
Projeto Demonstrativo para o Gerenciamento Integrado do Setor de Chillers (Montreal)
31/12/16 4 4
Desenvolvimento da avaliação Inicial da Convenção de Minamata sobre Mercúrio no Brasil (GEF)
1/6/17 3,4 3,2
Fortalecimento das Capacidades de Gestão para a Governabilidade Democrática – SIGOB (MMA/PNUD)
31/12/16 3,0 --
Fortalecimento de Políticas Agroambientais em países da América Latina e Caribe através do diálogo e intercâmbio de experiências nacionais (MMA)
31/12/15 2,9 --
Projeto Cerrado - Assistência Técnica Banco Mundial (Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal)
30/6/18 2,5 2,5
BRA/12/G31 Planejamento Nacional da Biodiversidade (GEF) 31/12/15 2,4 1
Fortalecimento do Financiamento para Mitigação de gases de efeito estufa no Brasil, orientado para a Gestão de Resultados (BID)
2/4/17 2,4 2,4
Programa de Parceria Brasil/OIT para a Promoção de Cooperação Sul-Sul (MMA)
1/4/16 2,4 --
Dinâmica de Populações e as Implicações para a Agenda do Planejamento Sustentável (MMA)
31/12/16 1,7 --
Fortalecimento Institucional para a Proteção da Camada de Ozônio (Protocolo de Montreal)
31/12/16 1,4 1,4
151
Aprovados
Paisagens Sustentáveis da Amazônia (GEF) - 238 238
CAR – FIP – Cerrado (CIF) - 197 128
CAR – KFW - 138 138
Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs Etapa II - Setor de Manufatura de Refrigeração e Ar condicionado (Protocolo de Montreal)
- 75 75
Prog. Brasileiro Eliminação HCFCs II – Espumas (Protocolo de Montreal)
- 67 67
Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica - Coop FINANCEIRA (FAP/GEF)
31/12/18 51 34
Proteção e Gestão Integrada da Biodiversidade Marinha e Costeira (Alemanha/BMUB)
- 47 --
FIP-COORDENAÇÃO (CIF) - 4 4
Fortalecimento Institucional para a Proteção da Camada de Ozônio - Fase VIII (Protocolo de Montreal)
- 1,8 1,8
Em negociação
GEF – Terrestre - 635 129
Life – WEB – Coop. Financeira (BMUB) - 112 39
Gestão ambientalmente adequada de POPs no Brasil (GEF) - 79 79
GEF - Pesca - 59 59
Brazilian Wild Life Project – Brawl (GEF Espécies) - 53 53
Desenvolvimento de comunidades locais e produção sustentável de povos indígenas baseado no uso de recursos genéticos e conhecimento tradicional associado no Brasil (GEF-Cadeias Produtivas)
- 18 18
GEF ABS - Capacitação e Fortalecimento Institucional no Marco National para Acesso e Repartição de Benefícios no âmbito do Protocolo de Nagoia
- 19 17
Revertendo a Desertificação em Áreas Susceptíveis do Brasil: Práticas Agroflorestais Sustentáveis e Conservação da Biodiversidade. (GEF)
- 16 16
Apoio à agenda nacional para o desenvolvimento urbano sustentável no Brasil (MMA)
07/06/21 4 --
Atualização do Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo (GEF)
- 1 1
Atualização e complementação do diagnóstico do Macrozoneamento Ecológico-Econômico (MacroZEE) da bacia hidrográfica do rio São Francisco (BIRD)
- 0,7 0,1
Obs.:
1. Fase “aprovados” inclui “programas e projetos aprovados mas ainda nao contratados” e “contratados mas ainda não iniciados. Fase “em negociaçao” inclui fases “preparatórias” e “em negociaçao” de programas e projetos.
2. Orçamento em Real utilizando cotação das moedas em 30/12/2015 (Dólar: R$3,948 / Euro: R$4,3042). 3. Dados referem-se à situação em 30/09/2015; não incluem projetos das instituições vinculadas. 4. Total refere-se à soma dos recursos financeiros externos com os recursos do MMA (contrapartidas
financeiras e não financeiras e recursos de cooperação técnica com organismos internacionais) e os recursos não financeiros providos por parceiros externos internacionais.
152
153
ANEXO – PROPOSTA DE ESTRUTURA
REGIMENTAL SEM CORTES – AGOSTO DE 2015
EMI nº 00022/2015 MMA MP
Brasília, 07 de agosto de 2015.
Excelentíssima Senhora Presidenta da República,
Excelentíssima Senhora Presidenta da República,
1. Submetemos à elevada consideração de Vossa Excelência o anexo Projeto de
Decreto, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Meio Ambiente, e dá outras
providências.
2. A proposta consiste numa revisão da atual estrutura regimental do Ministério,
vigente desde 2007, incluindo o aprimoramento das atribuições de suas unidades, a criação
e a formalização de algumas unidades e a reorganização de unidades técnico-
administrativas e de assessoramento, para permitir que o Ministério do Meio Ambiente
possa exercer efetivamente o seu papel de órgão central responsável pela formulação,
implementação, acompanhamento e avaliação da política ambiental nacional, dadas as
importantes mudanças experimentadas pela Administração, as quais implicam novas
interfaces e novas agendas, mesmo para os ministérios que não sofreram alterações.
3. O presente pleito propõe nova estrutura sem que haja alteração dos
quantitativos de cargos em comissão e das funções gratificadas, de modo a manter os atuais
quantitativos e níveis existentes, melhor definir as cadeias de responsabilidade e aumentar
a sinergia interna da organização, resultando em um novo arranjo com alterações de
natureza exclusivamente qualitativa, de reordenamento interno das competências de
secretarias e departamentos do Ministério do Meio Ambiente.
4. Com relação à Secretaria Executiva, propugna-se a manutenção de sua
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração inalterada, e sua
reorganização em cinco departamentos: Departamento de Gestão Estratégica,
Departamento de Operações Internacionais e Cooperação, Departamento de Apoio ao
Sistema Nacional de Meio Ambiente, Departamento de Apoio ao Fundo Nacional do Meio
Ambiente e Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente.
5. Essa nova estrutura da Secretaria-Executiva se traduz numa reorganização
onde se transfere a outras áreas do Ministério as competências de alguns departamentos e
cria novas unidades para tratar de temas relevantes, relacionados à ações de cooperação
internacional e ao apoio ao órgãos integrantes do SISNAMA.
154
6. Com relação aos órgãos específicos singulares, a proposta estrutura o
Ministério em cinco secretarias: Secretaria de Mudança do Clima e Combate ao
Desmatamento; Secretaria de Biodiversidade; Secretaria de Qualidade Ambiental e
Recursos Hídricos; Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade, e Secretaria de
Florestas.
7. Pela nova proposta, a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade
Ambiental se transforma em Secretaria de Mudança do Clima e Combate ao Desmatamento,
sendo seu perfil essencialmente voltado para a implementação da Política Nacional sobre
Mudança do Clima, por meio dos planos de ação para a prevenção e controle do
desmatamento nos biomas brasileiros e pelos planos setoriais de mitigação e de adaptação
à mudança do clima.
8. Nesse contexto, a organização da Secretaria de Mudança do Clima e Combate
ao Desmatamento visa dotar o Ministério do Meio Ambiente de um arcabouço institucional
que transcenda os limites clássicos da atuação do poder público em ambas as questões. A
associação dos temas clima e combate ao desmatamento por parte do Ministério do Meio
Ambiente é fundamental para a implementação dos objetivos previstos nos tratados
internacionais e no apoio à implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima-
PNMC.
9. Para tanto, a Secretaria disporá de três departamentos: Departamento de
Políticas de Mitigação da Mudança do Clima; Departamento de Políticas para Adaptação
à Mudança do Clima; e Departamento de Políticas para Combate ao Desmatamento,
cabendo aqui ressaltar que este último atualmente compõe a estrutura da Secretaria-
Executiva.
10. A Secretaria de Biodiversidade e Florestas se transforma em Secretaria de
Biodiversidade, ficando responsável pela formulação e proposição de políticas, normas e
regulamentos sobre a conservação e a definição dos critérios de uso sustentável da
biodiversidade e do patrimônio genético do País. Esta Secretaria será também responsável
pelo zoneamento ecológico-econômico, numa visão mais integrada de gestão e uso
sustentável do território.
11. Em sua nova configuração, ela será organizada em quatro departamentos:
Departamento de Ecossistemas e Biomas; Departamento de Espécies; Departamento de
Áreas Protegidas; e Departamento de Patrimônio Genético.
12. Esses departamentos terão a missão central de promover a conservação da
biodiversidade e do patrimônio genético, propiciar o seu uso sustentável, a proteção ao
conhecimento tradicional e a repartição dos benefícios derivados de sua utilização, por
meio da formulação e coordenação de políticas e estratégias nacionais.
13. A agenda florestal, até então abrigada na Secretaria de Biodiversidade e
Florestas, passará à nova Secretaria de Florestas, que será responsável pela agenda florestal
e pela regulamentação do Código Florestal no âmbito da Administração Direta do
Ministério. A Secretaria de Florestas será organizada em dois departamentos:
Departamento de Economia Florestal e Departamento de Gestão Florestal. Exercerá
155
também a supervisão das atividades desenvolvidas pelo Serviço Florestal Brasileiro, que
responderá pelas agendas do Cadastro Ambiental Rural-CAR e pela implementação do
Código Florestal na sua área de competência.
14. A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano se transforma em
Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos, sendo que tal alteração é
decorrente da necessidade de refletir em sua estrutura de competências as mudanças
ocorridas nos últimos anos, de modo a responder aos desafios impostos pelo atual desenho
da Política Ambiental.
15. Ela será organizada em quatro departamentos: Departamento de Recursos
Hídricos; Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental; Departamento de Resíduos
Sólidos e Recuperação Ambiental; e Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis.
16. Ressalte-se que a mesma Secretaria centralizará as ações de responsabilidade
do Ministério do Meio Ambiente na coordenação do Plano Nacional de Contingência para
Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional-PNC.
17. A configuração proposta para essa Secretaria traz para ela a competência de
atuar com a gestão integrada de recursos hídricos, atentando-se para a multiplicidade do
seu uso, em bases racionais, segundo a melhor tecnologia, para a segurança hídrica das
populações, para as demandas existentes e potenciais, para as vulnerabilidades no uso da
água e para a gestão de bacias, dentre outros fatores a ela relacionados.
18. Importante também salientar que caberá à Secretaria tratar de temas
relacionados à qualidade ambiental, combate à poluição do ar, da água e do solo, por meio
da melhoria da gestão das atividades que envolvem o uso de substâncias químicas e o
emprego e manejo de produtos perigosos, gestão ambiental urbana, havendo muito o que
fazer nesse sentido. Além disso há que se ressaltar a importância dos temas relacionados
aos resíduos sólidos, em especial à atuação integrada com estados e municípios, buscando
a solução conjunta para problemas relacionados a coleta seletiva, logística reversa,
gerenciamento adequado de resíduos perigosos, dentre outros, atentando também para a
grave questão da contaminação dos solos e dos lençóis freáticos por resíduos industriais.
Finalmente, caberá à Secretaria a formulação de políticas e normas, a definição de
estratégias e a promoção de estudos relacionados com a produção e o consumo sustentáveis,
o desenvolvimento de ecomercados e negócios sustentáveis, a difusão de modelos de
compras públicas sustentáveis, de incentivos fiscais, tributários e creditícios relacionados
à Produção e ao Consumo Sustentáveis, e outros Instrumentos Econômicos.
19. A Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade será um canal permanente
de diálogo com os diversos públicos afetos ao Ministério do Meio Ambiente, como
populações tradicionais, extrativistas, quilombolas e povos indígenas, além de responder
pelas ações de mobilização, educação ambiental e participação social. Terá, ainda, a missão
de promover políticas agroambientais e o extrativismo, com vistas à transição do atual
modelo de desenvolvimento agrícola e rural do País para a sustentabilidade, tendo como
referência estratégica a redefinição do uso do território e dos recursos naturais.
20. O cumprimento dessa missão passa pela capacidade de superar a dicotomia
156
entre produção e proteção ambiental, mediante a integração de objetivos e instrumentos
das políticas ambiental e agrícola. Isso pressupõe alta capacidade de interação e integração
entre políticas que incidem sobre o rural, com base nos princípios da transversalidade
ambiental e da responsabilidade compartilhada, presentes no Pacto Federativo e no
SISNAMA, e a construção de uma relação democrática e menos conflituosa entre a política
ambiental, as políticas agrícolas e as populações rurais.
21. Neste contexto, as ações da Secretaria voltam-se para enfrentar o duplo desafio
de reverter o estágio atual de degradação dos ecossistemas e promover políticas e difundir
o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais, em terras indígenas e de populações e
comunidades tradicionais, de extrativistas, em áreas de agricultura familiar, assentamentos
da reforma agrária e demais produtores rurais. Reconhecendo-se a pluralidade produtiva,
sociocultural, ecológica e territorial do meio rural brasileiro, é necessário adequar uma
agenda ambiental positiva e indutiva da sustentabilidade às distintas realidades, demandas
territoriais e grupos sociais. Finalmente, a Secretaria assumirá a condução de políticas de
combate à desertificação.
22. Para atender à diversidade destes desafios, propõe-se para a Secretaria de
Extrativismo e Sociobiodiversidade, a organização de quatro departamentos:
Departamento de Extrativismo; Departamento de Ações Agroambientais; Departamento de
Políticas de Combate à Desertificação; e Departamento de Educação Ambiental, Cidadania
e Participação Social.
23. São mantidas as competências dos órgãos colegiados e do Serviço Florestal
Brasileiro, órgão autônomo responsável pela agenda da exploração florestal sustentável,
especialmente sob regime de concessão.
24. Por fim, o presente pleito contempla o remanejamento, do Ministério do Meio
Ambiente para a Secretaria de Gestão Pública, do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão, de dois DAS 102.4; doze DAS 102.3; seis DAS 102.2; e dois DAS 102.1. Em
contrapartida, a fim de reorganizar as unidades na forma proposta, são remanejados, da
Secretaria de Gestão Pública, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para o
Ministério do Meio Ambiente dois DAS 101.4; doze DAS 101.3; seis DAS 101.2; e dois
DAS 101.1.
25. Não há despesa adicional decorrente da atual proposta, de forma que a mesma
não reflete nenhum impacto orçamentário.
26. São essas as razões que nos levam a propor a Vossa Excelência a edição do
Decreto em questão.
Respeitosamente,
IZABELLA TEIXEIRA
Ministra de Estado do Meio Ambiente
NELSON BARBOSA
Ministra de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão
157
DECRETO No , DE DE DE 2015.
Aprova a Estrutura Regimental e o
Quadro Demonstrativo dos Cargos
em Comissão e das Funções
Gratificadas do Ministério do Meio
Ambiente, altera os decretos no
4.703, de 21 de maio de 2003 e no
3.420, de 20 de abril de 2000, e dá
outras providências
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso
VI, alínea “a”, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1o Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Meio Ambiente, na forma dos Anexos I e II.
Art. 2o Ficam remanejados, na forma do Anexo III, os seguintes cargos em comissão do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores-DAS:
I - do Ministério do Meio Ambiente para a Secretaria de Gestão Pública, do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão:
a) dois DAS 102.4;
b) doze DAS 102.3;
c) seis DAS 102.2; e
d) dois DAS 102.1.
II - da Secretaria de Gestão Pública, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para
o Ministério do Meio Ambiente:
a) dois DAS 101.4;
b) doze DAS 101.3;
c) seis DAS 101.2; e
d) dois DAS 101.1.
158
Art. 3o Os apostilamentos decorrentes da aprovação da Estrutura Regimental de que trata o art.
1o deverão ocorrer no prazo de vinte dias, contado da data de publicação deste Decreto.
Parágrafo único. O Ministro de Estado do Meio Ambiente fará publicar no Diário Oficial da
União, no prazo de trinta dias, contado da data de publicação deste Decreto, relação nominal dos titulares dos
cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS a que se refere o Anexo II,
indicando, inclusive, o número de cargos vagos, sua denominação e respectivo nível.
Art. 4o O art. 7o do Decreto no 4.703, de 21 de maio de 2003, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 7o A Comissão Nacional de Biodiversidade será presidida pelo Secretário de
Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e, nos seus afastamentos e impedimentos legais ou
regulamentares, pelo Diretor do Departamento de Espécies, e, na ausência destes, por um suplente a ser
designado pelo Ministério do Meio Ambiente, e terá em sua composição, além de seu Presidente, um
representante dos seguintes órgãos e organizações da sociedade civil:
.......................................................................................................................................” (NR)
Art. 5o O § 1o do art. 4o-C do Decreto no 3.420, de 20 de abril de 2000, passa a vigorar com
a seguinte redação:
“§ 1o A Comissão será presidida pelo Secretário de Florestas do Ministério do Meio Ambiente,
que será substituído, em seus afastamentos e impedimentos legais ou regulamentares, pelo Diretor do PNF.”
(NR)
Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7o Fica revogado o Decreto no 6.101, de 26 de abril de 2007.
Brasília, de de 2015, 194o da Independência e 127o da República.
Brasília, de de 2015; 194º da Independência e 127º da
República.
159
ANEXO I
ESTRUTURA REGIMENTAL DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO I
DA NATUREZA E COMPETÊNCIA
Art. 1o O Ministério do Meio Ambiente, órgão da administração pública
federal direta, tem como área de competência os seguintes assuntos:
I - política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos;
II - política de preservação, conservação e utilização sustentável de
ecossistemas, e biodiversidade e florestas;
III - proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e
sociais para a melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais;
IV - políticas para a integração do meio ambiente e produção;
V - políticas e programas ambientais para a Amazônia Legal; e
VI - zoneamento ecológico-econômico.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Art. 2o O Ministério do Meio Ambiente tem a seguinte estrutura
organizacional:
I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado:
a) Gabinete
b) Secretaria-Executiva
1. Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
2. Departamento de Gestão Estratégica
3. Departamento de Operações Internacionais e Cooperação
4. Departamento de Apoio ao Sistema Nacional do Meio Ambiente
5. Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente
6. Departamento de Apoio ao Fundo Nacional de Meio Ambiente
c) Assessoria de Assuntos Internacionais
d) Consultoria Jurídica
II - Órgãos específicos singulares:
a) Secretaria de Mudança do Clima e Combate ao Desmatamento
1. Departamento de Políticas de Mitigação da Mudança do Clima
2. Departamento de Políticas para Adaptação à Mudança do Clima
160
3. Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento
b) Secretaria de Biodiversidade
2. Departamento de Espécies
3. Departamento de Ecossistemas e Biomas
4. Departamento de Áreas Protegidas
4. Departamento de Patrimônio Genético
c) Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos
1. Departamento de Recursos Hídricos
2. Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental
3. Departamento de Resíduos Sólidos e Recuperação Ambiental
4. Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis
d) Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade
1. Departamento de Extrativismo
2. Departamento de Ações Agroambientais
3. Departamento de Políticas de Combate à Desertificação
4. Departamento de Educação Ambiental, Cidadania e Participação
e) Secretaria de Florestas
1. Departamento de Economia Florestal
2. Departamento de Gestão Florestal
III - órgãos colegiados:
a) Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA;
b) Conselho Nacional da Amazônia Legal-CONAMAZ;
c) Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
d) Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente;
e) Conselho de Gestão do Patrimônio Genético-CGen;
f) Comissão de Gestão de Florestas Públicas; e
g) Comissão Nacional de Florestas-CONAFLOR;
IV - Serviço Florestal Brasileiro-SFB;
V - entidades vinculadas:
a) autarquias:
1. Agência Nacional de Águas-ANA;
2. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis-IBAMA;
161
3. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto
Chico Mendes; e
4. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro-JBRJ.
CAPÍTULO III
DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS
Seção I
Dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Ministro de Estado
Art. 3o Ao Gabinete compete:
I - assistir ao Ministro de Estado em sua representação política e social,
ocupar-se das relações públicas e do preparo, despacho e controle do seu expediente;
II - acompanhar o andamento dos projetos de interesse do Ministério, em
tramitação no Congresso Nacional;
III - providenciar a publicação oficial e a divulgação das matérias
relacionadas com a área de competência do Ministério;
IV - assistir ao Ministro de Estado no desempenho de suas funções como
membro de órgãos colegiados de deliberação superior; e
V - exercer outras competências que lhe forem atribuídas pelo Ministro de
Estado.
Art. 4o À Secretaria-Executiva compete:
I - assistir ao Ministro de Estado na definição das diretrizes e na
implementação das ações da área de competência do Ministério;
II - assistir ao Ministro de Estado na supervisão, na coordenação, no
monitoramento e na avaliação das atividades das Secretarias integrantes da estrutura do
Ministério e na supervisão das entidades a ele vinculadas;
III - promover a articulação intra e intergovernamental, visando à
implementação da agenda ambiental e à identificação de mecanismos de articulação
específicos das políticas públicas de meio ambiente;
IV - supervisionar, coordenar e consolidar a elaboração das diretrizes,
normas, planos e orçamentos relativos a planos anuais e plurianuais do Ministério;
V - supervisionar, acompanhar e avaliar os planos, programas e ações do
Ministério;
VI - coordenar o processo de captação dos recursos de fontes internacionais
e estrangeiras;
VII - supervisionar e coordenar os programas com financiamentos de
organismos internacionais e estrangeiros, a implementação dos acordos internacionais e a
execução dos convênios e projetos de cooperação técnica nacional e internacional;
VIII - supervisionar a elaboração e acompanhar o cumprimento das metas
162
previstas nos contratos de gestão firmados com o Ministério;
IX - supervisionar, coordenar e apoiar as atividades do Fundo Nacional do
Meio Ambiente;
X - formular e implementar estratégias e mecanismos de fortalecimento
institucional dos órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional do Meio Ambiente-
SISNAMA;
XI - gerir o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente-
SINIMA;
XII - promover o desenvolvimento de estatísticas ambientais e indicadores
de desenvolvimento sustentável;
XIII - exercer as atividades de secretaria-executiva do CONAMA e do
CONAMAZ, prestando-lhes apoio técnico-operacional;
XIV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
XV - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de
competência;
XVI - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na área de sua competência;
XVII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de
competência;
XVIII - exercer outras competências que lhe forem atribuídas pelo Ministro
de Estado;
XIX - apoiar o Ministério do Meio Ambiente na promoção, articulação e
integração intra e intergovernamental de ações direcionadas à implementação das Políticas
Públicas de Meio Ambiente; e
XX - elaborar, coordenar e acompanhar a implementação dos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável na área de competência do MMA.
Parágrafo único. A Secretaria-Executiva exerce, ainda, o papel de órgão
setorial dos Sistemas de Pessoal Civil da Administração Federal-SIPEC, de Organização e
Inovação Institucional-SIORG, de Gestão de Documentos de Arquivo-SIGA, de
Administração dos Recursos de Informação e Informática-SISP, de Serviços Gerais-SISG,
de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal e de
Contabilidade Federal, por intermédio da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e
Administração e do Departamento de Gestão Estratégica, unidades a ela subordinadas.
Art. 5o À Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
compete:
I - administrar, planejar, coordenar e supervisionar a execução das
atividades relacionadas com os sistemas federais de orçamento, de administração
financeira, de contabilidade, de recursos humanos, de serviços gerais e de administração
163
dos recursos de informação e informática, no âmbito do Ministério;
II - promover a articulação com os órgãos centrais dos sistemas federais
referidos no inciso I e informar e orientar os órgãos e entidades vinculadas do Ministério
quanto ao cumprimento das normas administrativas estabelecidas;
III - coordenar, acompanhar e promover a elaboração e consolidação dos
planos e programas das atividades de sua área de competência, seus orçamentos e
alterações, e submetê-los à decisão superior;
IV - desenvolver as atividades de execução orçamentária, financeira e
contábil, no âmbito do Ministério;
V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesas e demais
responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio
ou irregularidade que resulte em dano ao erário;
VI - planejar, coordenar e supervisionar as atividades de administração e
desenvolvimento de recursos humanos do Ministério;
VII - implementar sistemas de informações necessários às ações do
Ministério;
VIII - planejar e definir padrões, diretrizes, normas e procedimentos
relacionados com a administração dos recursos de informação e contratação de bens e
serviços de informática, no âmbito dos órgãos e entidades do Ministério;
IX - promover a implementação de tecnologia de informações gerenciais; e
X - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 6o Ao Departamento de Gestão Estratégica compete:
I - planejar e coordenar, no âmbito do Ministério, a execução das atividades
relacionadas com o sistema federal de planejamento, bem como as atividades de
organização e modernização administrativa;
II - coordenar a elaboração e a consolidação dos planos e programas anuais
e plurianuais do Ministério, e submetê-los à consideração superior;
III - coordenar as ações de acompanhamento e avaliação da execução dos
planos e programas anuais e plurianuais do Ministério;
IV - promover a elaboração e consolidar planos e programas das atividades
de sua área de competência e submetê-los à decisão superior;
V - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento,
Orçamento e Administração e as demais unidades do Ministério, o desenvolvimento e a
implantação de sistema de informações gerenciais do Ministério;
VI - propor e implementar ações voltadas para o aperfeiçoamento da
organização e gestão das diversas áreas e unidades do Ministério, especialmente na
sistematização, padronização e implantação de seus processos de trabalhos;
VII - desenvolver e implementar indicadores quantitativos e qualitativos
164
para o planejamento, monitoramento e avaliação do desempenho das unidades
organizacionais do Ministério e entidades vinculadas;
VIII - propor diretrizes e supervisionar a formulação e a implementação de
modelos de sistemas de informação estratégica e gerencial;
IX - coordenar a elaboração dos relatórios anuais de gestão do Ministério,
tratando de propiciar maior transparência junto à sociedade em geral;
X - desenvolver estatísticas ambientais e indicadores de desenvolvimento
sustentável; e
XI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 7o Ao Departamento de Operações Internacionais e Cooperação
compete:
I - apoiar a Secretaria-Executiva na coordenação, em articulação com as
Secretarias do Ministério e as entidades vinculadas, do processo de proposição e elaboração
de programas e projetos de cooperação técnica internacional;
II - coordenar e monitorar a execução dos programas e projetos com
financiamento de organismos internacionais;
III - coordenar e monitorar o processo de captação de recursos de fontes
internacionais e estrangeiras;
IV - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento,
Orçamento e Administração, o desenvolvimento, a implementação e a manutenção de
sistema de informações gerenciais para apoiar a gestão de programas e projetos de
cooperação técnica internacional;
V - apoiar a Assessoria de Assuntos Internacionais nas negociações com os
organismos internacionais, entidades e governos estrangeiros, dos programas e projetos de
cooperação técnica internacional;
VI - prestar apoio técnico-administrativo às unidades responsáveis pela
execução de programas e projetos de cooperação técnica internacional; e
VII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 8o Ao Departamento de Apoio ao Sistema Nacional do Meio Ambiente
compete:
I - promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de ações
direcionadas à implementação das políticas públicas de meio ambiente;
II - promover a articulação com órgãos e entidades federais, estaduais e
municipais de meio ambiente;
III - promover a articulação, disseminação e comunicação com a sociedade
civil das políticas ambientais;
165
IV - desenvolver política de capacitação técnica aos órgãos ambientais
estaduais e federais;
V - prestar apoio administrativo à Comissão Permanente do Cadastro
Nacional de Entidades Ambientalistas e desenvolver cadastro geral destes interlocutores
do Ministério;
VI - apoiar a Secretaria-Executiva na formulação e implementação de
estratégias e mecanismos de fortalecimento institucional dos órgãos e entidades que
compõem o SISNAMA;
VII - atuar como Secretaria Executiva da Rede de Mulheres Brasileiras
Líderes pela Sustentabilidade;
VIII - apoiar a Secretaria Executiva na gestão do SINIMA; e
IX - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 9o Ao Departamento de Apoio ao Fundo Nacional de Meio Ambiente
compete:
I - exercer a função de secretaria executiva do Conselho Deliberativo do
Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA;
II - proceder à instrução, celebração e demais procedimentos
administrativos afetos aos convênios, acordos, termos de parceria e ajustes, que tenham
por objeto a execução de projetos apoiados pelos programas do Ministério;
III - coordenar, em articulação com as demais Secretarias do Ministério, o
monitoramento físico-financeiro dos projetos contratados;
IV - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento,
Orçamento e Administração, os procedimentos de prestação de contas referentes aos
projetos contratados;
V - acompanhar a execução orçamentária e financeira dos recursos
consignados no orçamento do FNMA e dos programas; e
VI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art.10. Ao Departamento de Apoio ao Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA compete:
I - prestar apoio técnico-administrativo ao funcionamento do Conselho, suas
câmaras técnicas permanentes ou temporárias e seus grupos de trabalho;
II - prestar apoio técnico-administrativo ao Secretário-Executivo para que o
mesmo desempenhe suas funções regimentais de secretaria-executiva do Conselho,
conforme definido no seu regimento interno;
III - atuar como ponto focal para as concertações internas ao Ministério e
suas vinculadas e ao Governo Federal nos assuntos referentes às atividades do Conselho;
IV - promover a articulação entre o CONAMA e os demais órgãos
166
colegiados do Ministério; e
V - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 11. À Assessoria de Assuntos Internacionais compete:
I - assessorar o Ministro de Estado, as Secretarias do Ministério e as
entidades vinculadas nos assuntos relacionados com cooperação internacional nas áreas de
competência do Ministério;
II - coordenar, orientar e subsidiar a participação do Ministério em foros
internacionais que tratam de questões relativas ao meio ambiente e aos recursos hídricos;
III - atuar como interlocutor do Ministério e das suas entidades vinculadas
junto ao Ministério das Relações Exteriores;
IV - articular e negociar com os organismos internacionais, entidades e
governos estrangeiros o apoio a programas e projetos relacionados à Política Nacional do
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;
V - supervisionar e acompanhar a negociação e a implementação dos atos
internacionais ratificados pelo Brasil na área de competência do Ministério; e
VI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 12. À Consultoria Jurídica, órgão setorial da Advocacia-Geral da União,
compete:
I - assessorar o Ministro de Estado em assuntos de natureza jurídica;
II - exercer a coordenação e a orientação técnica das atividades jurídicas do
Ministério;
III - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos tratados e dos demais
atos normativos a ser uniformemente seguida em suas áreas de competência e coordenação,
quando não houver orientação normativa do Advogado-Geral da União;
IV - elaborar, após manifestação da unidade jurídica do órgão ou entidade
de origem, pareceres jurídicos sobre questões, dúvidas ou conflitos, submetidos ao exame
do Ministério, em matérias relativas à sua competência;
V - opinar sobre atos a serem submetidos ao Ministro de Estado com vistas
à vinculação administrativa;
VI - elaborar estudos e preparar informações, por solicitação do Ministro de
Estado;
VII - assistir ao Ministro de Estado no controle interno dos atos
administrativos a serem implementados ou já efetivados, e daqueles oriundos de órgão ou
entidade sob sua coordenação jurídica;
VIII - examinar prévia e conclusivamente, no âmbito do Ministério:
a) os textos de edital de licitação, bem como os dos respectivos contratos ou
instrumentos congêneres, a serem celebrados e publicados;
167
b) os atos pelos quais se vá reconhecer a inexigibilidade, ou decidir a
dispensa de licitação; e
c) os projetos de lei, de decreto e, sempre que necessário, outros atos
normativos expedidos pelo Ministério.
IX - fornecer às unidades jurídicas vinculadas e à Advocacia-Geral da União
subsídios jurídicos a serem utilizados nas defesas judiciais e administrativas em matéria de
interesse do Ministério.
Seção II
Dos Órgãos Específicos Singulares
Art. 13. À Secretaria de Mudança do Clima e Combate ao Desmatamento
compete:
I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias para a
implementação de programas e projetos, em temas relacionados com:
a) mitigação e adaptação à mudança do clima; e
b) combate ao desmatamento.
II - coordenar:
a) as ações do Ministério relacionadas à mudança do clima;
b) a implementação e o monitoramento da Política Nacional sobre Mudança
do Clima;
c) a formulação e implementação do Plano Nacional sobre Mudança do
Clima;
d) a elaboração e a implementação da Plano Nacional de Adaptação aos
Efeitos da Mudança do Clima;
e) as ações de combate ao desmatamento e à degradação florestal nos
biomas brasileiros;
f) a elaboração e a implementação da Política Nacional de Manejo e
Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais;
g) a elaboração e implementação da estratégia nacional de redução das
emissões de gases de efeito estufa decorrentes do desmatamento e da degradação florestal;
e
h) a implementação do Programa Brasileiro de Eliminação dos
Hidroclorofluorcarbonos.
III - propor políticas e instrumentos econômicos voltados para mercados de
carbono;
IV - promover e fomentar projetos, estudos e iniciativas que visem à
mitigação da mudança do clima e à adaptação a seus efeitos, em consonância com os
objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima;
V - apoiar os demais entes federativos em suas ações e políticas na área de
168
mudança do clima, em consonância com os objetivos da Política Nacional sobre Mudança
do Clima;
VI - subsidiar, assessorar e participar, em articulação com a Assessoria de
Assuntos Internacionais, de negociações internacionais e eventos relacionados com a
mudança do clima;
VII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
VIII - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação
técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de sua competência;
IX - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de
competência;
X - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na área de sua competência;
XI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
e
XII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 14. Ao Departamento de Políticas de Mitigação da Mudança do Clima
compete:
I - subsidiar o desenvolvimento de políticas, normas, iniciativas e estratégias
para o monitoramento e estimativas de emissões de gases de efeito estufa;
II - acompanhar e subsidiar tecnicamente o Comitê Interministerial sobre
Mudança do Clima (CIM);
III - coordenar, acompanhar e subsidiar tecnicamente o Grupo Executivo
sobre Mudança do Clima (GEx), órgão executivo do CIM;
IV - acompanhar e subsidiar tecnicamente a Comissão Interministerial de
Mudança Global do Clima;
V - apoiar os órgãos governamentais responsáveis pelas ações setoriais
voltadas à implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima;
VI - promover ações voltadas à redução da intensidade de carbono no setor
de energia;
VII - coordenar, fomentar e promover ações que tenham como meta a
proteção da camada de ozônio;
VIII - atuar como ponto focal técnico no Governo Federal para os temas
relacionados com a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e do
Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, e coordenar
sua implementação no País;
IX - coordenar o Comitê Executivo Interministerial para Proteção da
169
Camada de Ozônio - Prozon e atuar como sua secretaria executiva;
X - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
XI - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
XII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
e
XIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 15. Ao Departamento de Políticas para Adaptação à Mudança do Clima
compete:
I - coordenar a elaboração, a implementação, o monitoramento e a avaliação
do Plano Nacional sobre Adaptação aos Efeitos da Mudança do Clima em consonância com
o Plano Nacional sobre Mudança do Clima;
II - propor, coordenar, executar e implementar programas e projetos
relacionados à implementação da Política Nacional de adaptação à mudança do clima;
III - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação
técnica e científica com entidades nacionais e internacionais para promoção da adaptação
aos efeitos da mudança do clima;
IV - apoiar outras áreas do Ministério e demais Ministérios para a
elaboração e implementação de políticas públicas com impactos na área de adaptação;
V - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
VI - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
VII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
e
VIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 16. Ao Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento
compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para
a implementação de programas e projetos em temas relacionados ao combate ao
desmatamento;
II - propor, coordenar, monitorar e avaliar planos para prevenção e controle
do desmatamento e dos incêndios florestais nos biomas brasileiros;
III - coordenar as comissões executivas dos planos de ação para prevenção
e controle do desmatamento e dos incêndios florestais nos biomas brasileiros;
IV - elaborar e coordenar a implementação da Política Nacional de Manejo
170
e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais;
V - propor e coordenar instrumentos de financiamento de ações nacionais e
internacionais relacionadas à redução do desmatamento e da degradação florestal;
VI - apoiar o Comitê Orientador e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia,
técnica e administrativamente;
VII - coordenar a elaboração e implementação da estratégia nacional de
redução das emissões decorrentes do desmatamento e da degradação florestal e de aumento
dos estoques de carbono;
VIII - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação
internacional para apoiar a implementação dos planos de prevenção e controle ao
desmatamento e dos incêndios florestais e demais instrumentos relacionados a sua área de
competência;
IX - propor estudos, sistematizar e disseminar informações sobre resultados
e impactos das ações de prevenção e controle do desmatamento, da degradação florestal,
dos incêndios florestais e demais temas relacionados a redução de emissões e aumento dos
estoques de carbono;
X - propor e promover a cooperação internacional na área de mudança do
clima relacionada a florestas;
XI - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
XII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
XIII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de
competência; e
XIV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 17. À Secretaria de Biodiversidade compete:
I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias para a
implementação de programas e projetos, em temas relacionados com:
a) conservação e uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio genético;
b) proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à
biodiversidade e ao patrimônio genético e repartição justa e equitativa dos benefícios
decorrentes do seu uso;
c) conservação e uso sustentável de espécies da flora, da fauna, de
microrganismos e dos recursos pesqueiros, em especial para as espécies ameaçadas de
extinção;
d) biossegurança relacionada aos organismos geneticamente modificados e
à biologia sintética;
e) a prevenção da introdução, dispersão e o controle de espécies exóticas
171
invasoras;
f) a conservação, monitoramento e gestão sustentável dos ecossistemas
naturais e seus serviços;
g) Unidades de Conservação e espaços territoriais especialmente protegidos;
e
h) a proteção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos nas áreas
rurais, além das Unidades de Conservação e espaços territoriais especialmente protegidos.
II - coordenar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação;
III - monitorar e avaliar o impacto de políticas de desenvolvimento e das
mudanças climáticas sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos;
IV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
V - promover a cooperação técnica e científica com entidades nacionais e
internacionais na área de sua competência;
VI - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de
competência;
VII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na área de sua competência, inclusive a Convenção de Diversidade
Biológica;
VIII - participar, assistir tecnicamente e subsidiar aos órgãos colegiados na
sua área de competência;
IX - coordenar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico Nacional
–ZEE nos biomas brasileiros ou territórios abrangidos por planos e projetos prioritários do
Governo Federal, e apoiar e acompanhar os ZEE das unidades da federação;
X - supervisionar os órgãos do SISNAMA para o manejo in situ e ex situ
para a conservação da fauna e flora;
XI - subsidiar o Ministério de Meio Ambiente para, em conjunto com o
Ministério da Pesca e Aquicultura, fixar as normas, critérios, padrões e medidas de
ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros;
XII - presidir e secretariar a Comissão Nacional de Biodiversidade-
CONABIO, o Comitê Nacional de Zonas Úmidas-CNZU, o Conselho Nacional de Gestão
do Patrimônio Genético-CGEN, Comissão Nacional do Cerrado-CONACER e outros
colegiados governamentais de sua área de competência; e
XIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 18. Ao Departamento de Espécies compete:
I - Subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e
estratégias para a conservação e uso sustentável de espécies terrestres e aquáticas, incluindo
172
os recursos pesqueiros e os microrganismos, com ênfase naquelas ameaçadas, raras ou
sensíveis;
II - promover o conhecimento, a conservação, a valorização e a utilização
sustentável da biodiversidade;
III - promover ações voltadas à prevenção da introdução e ao controle das
espécies exóticas invasoras que ameacem os ecossistemas, habitats ou espécies nativas;
IV - promover a utilização sustentável das espécies nativas de importância
econômica atual ou potencial e dos parentes silvestres das principais espécies de plantas
cultivadas;
V - propor, coordenar e implementar programas e projetos para a
conservação e a recuperação de espécies da flora, da fauna, em especial àquelas constantes
das Listas Nacionais Oficiais das Espécies Ameaçadas de Extinção;
VI - acompanhar e subsidiar tecnicamente a elaboração de políticas, normas,
diretrizes e critérios para garantir o uso sustentável de espécies da biodiversidade aquática,
em conjunto com o Ministério da Pesca e Aquicultura.
VII - coordenar e reportar as atividades de implementação da Convenção
sobre Diversidade Biológica na sua área de competência;
VIII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
IX - coordenar a implementação dos acordos internacionais relacionados à
conservação e uso sustentável de espécies, dos quais o Brasil é signatário;
X - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
XI - integrar e supervisionar a atuação dos órgãos do SISNAMA no manejo
in situ e ex situ, com vistas à conservação dos componentes da fauna e da flora;
XII - supervisionar, coordenar e acompanhar o processo de publicação de
listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção;
XIII - supervisionar e acompanhar a elaboração dos planos de ação
nacionais e outras políticas para a conservação das espécies ameaçadas de extinção;
XIV - coordenar e acompanhar o monitoramento do estado de conservação
das espécies, e propor medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias às ameaças;
XV - definir espécies prioritárias para as diretrizes de conservação e uso
sustentável;
XVI - promover ações de proteção e recuperação de espécies aquáticas
impactadas pela pesca, no âmbito da gestão compartilhada, incluindo a avaliação e
proposição de medidas para mitigação de captura; e
XVII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 19. Ao Departamento de Ecossistemas e Biomas compete:
I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e
173
estratégias para o zoneamento ecológico econômico, a conservação e uso sustentável de
ecossistemas terrestres, dulcícolas e marinhos;
II - promover o conhecimento, a conservação, a valorização e o uso
sustentável dos ecossistemas;
III - promover a valorização e a conservação de práticas tradicionais de
manejo dos ecossistemas;
IV - avaliar as ameaças sobre os ecossistemas, em especial das mudanças
climáticas, mudanças no uso das terras e degradação ambiental, e propor medidas de
prevenção, mitigação e adaptação;
V - promover a conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos
da paisagem, além dos espaços territoriais especialmente protegidos;
VI - avaliar as diferentes formas de usos dos ecossistemas para definição e
reconhecimento de estratégias de conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais
VII - coordenar a identificação de áreas prioritárias para conservação,
recuperação e uso sustentável de ecossistemas e biomas;
VIII - coordenar o componente ambiental do Programa Antártico Brasileiro;
IX - coordenar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico-ZEE no
território nacional, e promover os ZEE das unidades da federação;
X - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
XI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
XII - coordenar a implementação dos atos internacionais na sua área de
competência;
XIII - monitorar o estado dos ecossistemas e biomas e propor estratégias de
proteção, uso e recuperação;
XIV- coordenar e reportar as atividades de implementação da Convenção
sobre Diversidade Biológica na sua área de competência; e
XV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 20. Ao Departamento de Áreas Protegidas compete:
I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e
estratégias para a conservação das Unidades de Conservação e dos espaços territoriais
especialmente protegidos;
II - coordenar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
- SNUC;
III - monitorar a conservação da biodiversidade nas Unidades de
Conservação e nos espações territoriais especialmente protegidos;
IV - avaliar a representatividade das Unidades de Conservação e dos espaços
174
territoriais especialmente protegidos para a conservação da biodiversidade e dos serviços
ecossistêmicos;
V - coordenar o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação-CNUC;
VI - supervisionar as ações de conservação e uso sustentável da
biodiversidade em Unidades de Conservação;
VII - supervisionar a compensação ambiental federal de empreendimentos
de significativo impacto ambiental; e
VIII - promover e coordenar o Plano Estratégico Nacional de Áreas
Protegidas;
IX - estabelecer o sistema de mosaicos de áreas protegidas, associando as
unidades de conservação a corredores ecológicos;
X - coordenar e exercer a função de Secretaria Executiva do Comitê do
Programa Áreas Protegidas da Amazônia-ARPA, da Comissão Coordenadora do Plano
Estratégico Nacional de Áreas Protegidas, do Fórum de Áreas Protegidas, da Comissão
Brasileira do Programa MAB - Homem e a Biosfera, da UNESCO-COBRAMAB e outros
definidos para sua área de competência;
XI - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
XII - coordenar a implementação de acordos e atos internacionais na sua
área de competência;
XIII - participar e assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área
de competência;
XIV - coordenar e reportar as atividades de implementação da Convenção
sobre Diversidade Biológica, em sua área de competência;
XV - propor dispositivos para a regulamentação da Lei no 9.985, de 18 de
julho de 2000; e
XVI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 21. Ao Departamento do Patrimônio Genético compete:
I - subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias
para o desenvolvimento da economia de Patrimônio Genético e Conhecimento Tradicional
Associado e para a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso;
II - promover a proteção, valorização e conservação do conhecimento
tradicional associado à biodiversidade e ao patrimônio genético;
III - promover a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico, a
inovação e o desenvolvimento de produtos, material reprodutivo e outras formas de uso
socioeconômico;
IV - subsidiar a formulação de políticas para o fortalecimento e adensamento
da participação dos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores
175
familiares nas cadeias produtivas de produtos e materiais reprodutivos oriundos do acesso
ao patrimônio genético e conhecimentos tradicionais associados;
V - incentivar a capacitação e a organização dos atores públicos, privados,
povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores familiares
relevantes para o funcionamento dos sistemas nacional e internacional de acesso e
repartição de benefícios;
VI - promover e incentivar o desenvolvimento de cadeias produtivas
oriundas de patrimônio genético e conhecimento tradicional associado de origem nacional,
em especial de fitoterápicos;
VII - coordenar o reconhecimento e registro do conhecimento tradicional
associado ao patrimônio genético, o desenvolvimento e difusão de Protocolos
Comunitários de acesso e repartição e benefícios de populações e comunidades tradicionais;
VIII - promover a biossegurança na utilização de organismos geneticamente
modificados e na biologia sintética;
IX - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
X - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
XI - participar e assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de
competência;
XII - coordenar, executar e reportar sobre a harmonização das políticas
nacionais com os acordos e convenções internacionais ratificadas pelo Brasil, em especial
a Convenção sobre Diversidade Biológica e seus Protocolos;
XIII - promover a repartição justa e equitativa dos benefícios oriundos do
acesso ao patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado; e
XIV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 22. À Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos compete:
I - propor a formulação da Política Nacional dos Recursos Hídricos, bem
como acompanhar e monitorar sua implementação, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de
janeiro de 1997, e da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000;
II- subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias
para temas relacionados com:
a) recursos hídricos;
b) produção e consumo sustentáveis;
c) a gestão ambiental urbana;
d) a prevenção, o controle, e o monitoramento da poluição;
e) a gestão integrada de resíduos sólidos urbanos;
176
f) produtos e resíduos perigosos;
g) passivos ambientais e áreas contaminadas;
h) instrumentos de gestão e avaliação ambiental; e
i) critérios e padrões de qualidade ambiental.
III - desenvolver e aperfeiçoar instrumentos locais e regionais de
planejamento e gestão que incorporem a variável ambiental;
IV - a formulação, a proposição e a implementação de políticas de prevenção,
preparação e atendimento a situação de emergência ambiental;
V - a promoção da segurança química;
VI - acompanhar a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos;
VII - coordenar, em sua esfera de competência, a elaboração de planos e
programas nacionais, referentes a revitalização de bacias hidrográficas;
VIII - monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos;
IX - desenvolver ações de apoio aos Estados, na implementação do Sistema
Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos e na implantação da Política Estadual de
Recursos Hídricos;
X - prestar apoio técnico ao Ministro de Estado no acompanhamento do
cumprimento das metas previstas em contrato de gestão celebrado entre o Ministério e a
ANA e outros acordos de gestão relativos a recursos hídricos;
XI - exercer a função de secretaria-executiva do Conselho Nacional de
Recursos Hídricos;
XII - coordenar, no âmbito da União, Estados e Municípios, a Política
Nacional de Resíduos Sólidos, nos termos da Lei no 12.305, de 2010 e do Decreto no 7.404,
de 2010;
XIII - acompanhar a implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;
XIV - monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de Informações de
Resíduos Sólidos - SINIR, em articulação com outros órgãos da União, dos Estados e dos
Municípios;
XV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
XVI - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação
técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de sua competência;
XVII - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de
competência;
XVIII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na área de sua competência;
177
XX - desenvolver instrumentos de gestão e avaliação de política ambiental;
XXI - elaborar, coordenar e acompanhar a implementação do Plano de
Produção e Consumo Sustentáveis-PPCS;
XXII- coordenar o Programa da Agenda Ambiental na Administração
Pública-A3P;
XXIII - criar propor e facilitar a construção e implementação de agenda de
responsabilidade socioambiental junto ao setor produtivo;
XXIV - desenvolver, de forma articulada, mecanismos de monitoramento
de ações ambientais, voluntárias ou compulsórias de empresas públicas e privadas;
XXV - acompanhar a implementação de códigos voluntários de conduta de
responsabilidade socioambiental;
XXVI - subsidiar a formulação de políticas e normas e a proposição de
estratégias para a implementação de ações em temas relacionados com licenciamento
ambiental; e
XXVII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 23. Ao Departamento de Recursos Hídricos compete:
I - coordenar a elaboração, a atualização, e apoiar o acompanhamento da
implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos;
II - articular a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos com
setores governamentais, segmentos usuários de recursos hídricos e sociedade civil
organizada;
III - apoiar os estados na implementação de Sistemas Estaduais de
Gerenciamento de Recursos Hídricos e na implantação das Políticas Estaduais de Recursos
Hídricos;
IV - apoiar e monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos-SINGREH;
V - propor estudos para a formulação de diretrizes de gerenciamento dos
recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços;
VI - acompanhar, em sua esfera de competência, a elaboração de planos,
programas e projetos nacionais, referentes a águas superficiais e subterrâneas, e monitorar
o desenvolvimento de suas ações, dentro do princípio da gestão integrada dos recursos
hídricos;
VII - acompanhar e articular as ações intra e intergovernamentais, bem
como com atores sociais, relacionadas à implementação do Programa de Recuperação e
Revitalização de Bacias Hidrográficas e do Programa de Conservação de Bacias
Hidrográficas com Vulnerabilidade Ambiental;
VIII - exercer as atividades de secretaria-executiva do Conselho Nacional
de Recursos Hídricos;
178
IX - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
X - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
XI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
e
XII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 24. Ao Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para
a implementação de programas e projetos em temas relacionados com:
a) gestão ambiental urbana;
b) a caracterização de vulnerabilidades e fragilidades ambientais em áreas
urbanas
c) prevenção e controle da poluição ambiental;
d) padrões e critérios de qualidade ambiental;
e) licenciamento ambiental;
f) avaliação ambiental estratégica;
g) segurança química; e
h) emergências ambientais.
II - supervisionar e coordenar ações relacionadas ao licenciamento
ambiental e a avaliação ambiental estratégica;
III - coordenar o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de
Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional - PNC, conforme previsto no Decreto
no 8.127, de 22 de outubro de 2013;
IV- propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
V - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
VI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
VII - desenvolver e propor novos instrumentos de gestão ambiental;
VIII - formular, propor e promover a implementação de políticas de
prevenção, preparação e atendimento a situação de emergência ambiental;
IX - apoiar e coordenar programas, projetos e ações que promovam a
qualidade do ar; e
X - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
179
Art. 25. Ao Departamento de Resíduos Sólidos e Recuperação Ambiental
compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para
a implementação de programas e projetos em temas relacionados com:
a) resíduos sólidos urbanos;
b) passivos ambientais e áreas contaminadas; e
c) resíduos perigosos.
II - desenvolver estudos e projetos relacionados com a recuperação de danos
ambientais relativos a produtos perigosos;
III - coordenar, no âmbito da União, Estados e Municípios, a Política
Nacional de Resíduos Sólidos, nos termos da Lei no 12.305, de 2010 e do Decreto no 7.404,
de 2010;
IV - coordenar a elaboração e a atualização, além de acompanhar a
implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;
V - desenvolver, monitorar e manter atualizado o Sistema Nacional de
Informações de Resíduos Sólidos-SINIR, em articulação com outros órgãos da União, dos
Estados e dos Municípios;
VI - apoiar Estados e Municípios na elaboração e implementação dos Planos
de Gestão de Resíduos Sólidos;
VII - apoiar os Estados e Municípios na implementação de Sistemas de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
VIII - incentivar e apoiar a institucionalização de consórcios públicos em
resíduos sólidos urbanos;
IX - apoiar a implementação de Programas que contribuam para a inserção
e qualificação dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis de acordo com a
Política Nacional de Resíduos Sólidos;
X - coordenar a institucionalização da logística reversa de resíduos no país,
e acompanhar a sua implementação nas diversas cadeias e espaços regionais;
XI - coordenar a formação de acordos setoriais e normatização de
procedimentos para realização da logística reversa prevista na Política Nacional de
Resíduos Sólidos;
XII - acompanhar, desenvolver estudos e apoiar programas e projetos de
cooperação técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de sua
competência;
XIII - promover a cooperação técnica e científica com entidades nacionais
e internacionais, e acompanhar a implementação e execução de convenções e acordos
internacionais na sua área de competência;
XIV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
180
XV - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
XVI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de
competência; e
XVII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 26. Ao Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias, e a
promoção de estudos relacionados com:
a) o comércio internacional e o meio ambiente;
b) os instrumentos econômicos para a proteção ambiental;
c) o fomento ao desenvolvimento sustentável;
d) produção limpa e eco eficiente
e) o consumo sustentável;
f) o desenvolvimento de ecomercados e negócios sustentáveis;
g) os incentivos fiscais, tributários e creditícios;
h) relatórios de responsabilidade socioambiental;
i) indicadores ambientais do setor produtivo; e
j) instrumentos de responsabilidade socioambiental.
II - elaborar estudos e diagnósticos de mercado e perfis de projetos, como
instrumento de indução, apoio e orientação a potenciais investidores interessados na área
ambiental;
III - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
IV - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
V - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
VI - acompanhar e apoiar a implementação de normas voluntárias e a adoção,
pelas empresas públicas, de códigos voluntários de conduta e de tecnologias
ambientalmente adequadas;
VII - coordenar o Programa da Agenda Ambiental na Administração
Pública-A3P no âmbito Federal e estimular a sua implementação nas esferas estaduais e
municipais;
VIII - monitorar ações ambientais voluntárias ou compulsórias de empresas
públicas e privadas; e
IX - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
181
Art. 27. À Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade compete:
I - articular, formular e propor políticas, normas e estratégias e promover
estudos ambientais nos temas relacionados com:
a) territórios de populações e comunidades tradicionais e povos indígenas;
b) a produção rural sustentável;
c) o extrativismo;
d) a agricultura de base ecológica e a agrobiodiversidade;
e) desertificação.
II - coordenar, executar e operacionalizar o Programa Bolsa Verde,
observada as indicações do Comitê Gestor do referido Programa;
III - atuar no âmbito do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de
Produtos da Sociobiodiversidade;
IV - apoiar e acompanhar políticas de manejo e uso florestal sustentável no
meio rural;
V - promover, apoiar e incentivar a conservação, o desenvolvimento rural
sustentável e o uso sustentável da biodiversidade junto a povos indígenas e populações e
comunidades tradicionais e quilombolas, agricultores familiares e assentados da reforma
agrária;
VI - promover e apoiar a conservação, valorização e promoção do
conhecimento e uso sustentável dos componentes da agrobiodiversidade, em articulação
com a Secretaria de Biodiversidade;
VII - desenvolver e apoiar ações socioambientais em áreas protegidas da
União e outras áreas rurais;
VIII - propor e articular a adoção de políticas e práticas agroambientais junto
a outros órgãos governamentais, entes federados e a sociedade;
IX - fomentar e apoiar o uso sustentável dos recursos naturais e da
biodiversidade, a adoção de tecnologias sustentáveis, a retribuição por serviços ambientais
e instrumentos econômicos associados às populações e comunidades tradicionais, povos
indígenas, agricultores familiares e assentados da reforma agrária e outros públicos
definidos como prioritários, especialmente nas atividades relacionadas à agricultura, ao
agroextrativismo e à agroindústria;
X - fomentar e apoiar a gestão ambiental associada à organização da
produção, com ênfase na estruturação de cadeias produtivas sustentáveis;
XI - apoiar a implementação de ações para o uso sustentável dos recursos
naturais em áreas desertificadas e em processo de desertificação, e de ações de combate à
desertificação e mitigação dos efeitos da seca e de convivência com a semi-aridez;
XII - representar o Brasil, na qualidade de Ponto Focal Nacional Técnico
perante a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação-UNCCD;
XIII - apoiar o Ministério do Meio Ambiente na coordenação do Comitê
182
Gestor do Programa de Apoio à Conservação Ambiental, instituído pela Lei no 12.512, de
14 de outubro de 2011, denominado Programa Bolsa Verde;
XIV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
XV - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação
técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de sua competência;
XVI - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de
competência;
XVII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na área de sua competência;
XVIII - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de
competência;
XIX - coordenar a organização das Conferências Nacionais do Meio
Ambiente;
XX - elaborar, coordenar e acompanhar a implementação da Política
Nacional de Educação Ambiental;
XXI - coordenar, em articulação com o Ministério da Educação - MEC, a
organização da Conferência Nacional Infanto-Juvenil; e
XXII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 28. Ao Departamento de Extrativismo compete:
I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e
a produção de estudos para a implementação de programas e projetos voltados para
populações e comunidades tradicionais, povos indígenas e agricultores familiares em temas
relacionados com o agroestrativismo e as cadeias produtivas baseadas nos recursos da
sociobiodiversidade;
II - promover a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável junto às
populações e comunidades tradicionais, e povos indígenas;
III - fomentar a retribuição por serviços ambientais e instrumentos
econômicos associados aos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e
agricultores familiares;
IV - propor, articular e acompanhar iniciativas de uso sustentável em
territórios definidos como prioritários;
V - propor, articular e acompanhar ações socioambientais em áreas
protegidas da União e outras áreas rurais;
VI - subsidiar na coordenação e operacionalização do Programa Bolsa Verde
observada as indicações do Comitê Gestor do Programa;
VII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
183
programas e projetos na sua área de competência;
VIII - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
IX - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
e
X - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 29. Ao Departamento de Ações Agroambientais compete:
I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e
a produção de estudos para a implementação de programas e projetos em temas
relacionados com:
a) a gestão ambiental rural e produção sustentável no meio rural;
b) as políticas agroambientais;
c) o planejamento, a gestão e o uso sustentável no meio rural;
d) a agricultura de base ecológica e a agrobiodiversidade; e
e) os serviços ambientais.
II - incentivar o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios rurais,
a geração e a adoção de tecnologias sustentáveis, especialmente nas atividades relacionadas
à agricultura, à agroindústria, suas cadeias produtivas e ao turismo;
III - apoiar e fomentar a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável
junto aos assentamentos de reforma agrária, aos agricultores familiares e demais produtores
rurais;
IV - incentivar, apoiar a fomentar iniciativas de gestão ambiental rural e uso
sustentável em territórios definidos como prioritários;
V - fomentar sistemas de certificação e rastreabilidade socioambiental;
VI - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
VII - apoiar e incentivar o uso sustentável da biodiversidade, a geração e a
adoção de tecnologias sustentáveis, especialmente nas atividades relacionadas à agricultura,
ao agroextrativismo e à agroindústria e suas cadeias produtivas;
VIII - incentivar a retribuição por serviços ambientais e instrumentos
econômicos associados ao meio rural;
IX - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
X - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
e
XI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
184
Art. 30. Ao Departamento de Políticas de Combate à Desertificação
compete:
I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e
a promoção de estudos para a implementação de programas e projetos em temas
relacionados com a desertificação e a convivência com a semi-aridez;
II - propor, coordenar e implementar programas e projetos na sua área de
competência;
III - acompanhar e avaliar tecnicamente a execução de projetos na sua área
de competência;
IV - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
e
V - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
VI - apoiar a cooperação interinstitucional e internacional para o combate à
desertificação e mitigação dos efeitos da seca e a Convenção das Nações Unidas para o
Combate à Desertificação-UNCCD no País;
VII - apoiar programas e ações regionais, estaduais e municipais de combate
à desertificação;
VIII - apoiar e fomentar a sistematização, disseminação e o intercâmbio de
experiências e conhecimentos voltados à recuperação de áreas degradadas por
desertificação;
IX - apoiar e fomentar a sistematização, disseminação e o intercâmbio de
experiências e conhecimentos voltados ao combate e recuperação de áreas em processo de
desertificação;
X - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência; e
XI - executar outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 31. Ao Departamento de Educação Ambiental, Cidadania e Participação
compete:
I - apoiar a Secretaria de Extrativismo e Sociobiodiversidade na:
a) formulação, coordenação e acompanhamento da implementação da
Política Nacional de Educação Ambiental;
b) coordenação e acompanhamento da formulação de políticas, normas,
procedimentos e estratégias para a promoção da Responsabilidade Socioambiental;
c) coordenação da organização da Conferência Nacional do Meio Ambiente;
d) coordenação da organização da Conferência Nacional Infanto-Juvenil; e
II - coordenar conjuntamente com o Ministério da Educação, a organização
da Conferência Nacional Infanto-Juvenil;
185
III - promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de
ações direcionadas à implementação das Políticas Públicas de Educação Ambiental;
IV - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
V - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na sua área de competência;
VI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de competência;
e
VII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 32. À Secretaria de Florestas compete:
I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias, em
temas relacionados com:
a) proteção, manejo, exploração, produção e gestão sustentáveis de florestas
nativas, privadas ou públicas;
b) implantação, manejo, exploração, produção e gestão sustentáveis de
florestas plantadas, e de sistemas agro-florestais, privados ou públicos;
c) recuperação de áreas degradadas, e restauração ou recomposição de
ecossistemas florestais;
d) reposição florestal, produção de sementes e mudas florestais, extensão e
fomento florestal, e suprimento sustentável de consumidores de matéria-prima e de
insumos florestais;
e) melhoramento florestal e promoção da silvicultura tropical de espécies
nativas ou exóticas;
f) adoção de tecnologias, técnicas, boas práticas e inovações tecnológicas
que aumentem e conciliem ganhos de produtividade florestal e de produtividade
agropecuária;
g) suprimento, comercialização de produtos florestais, fluxo e cadeias de
custódia da madeira, do carvão e de outros produtos florestais.
II - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias sobre
instrumentos e mecanismos de cunho econômico, tributário, fiscal, creditício e financeiro,
em particular aqueles referidos na Lei no 12.651, de 2012, em relação a:
a) pagamentos, ou incentivos, a serviços ambientais florestais;
b) integração dos sistemas nacionais e estaduais dos mecanismos de
pagamentos por serviços ambientais florestais, para criação de mercado de serviços
ambientais;
c) compensações por medidas de conservação necessárias ao cumprimento
dos objetivos do Código Florestal;
186
d) incentivos para comercialização, inovação, e aceleração de ações de
recuperação, de conservação e de uso sustentável das florestas;
e) programas para financiar atividades de recomposição de reserva legal,
APP’s, e outras áreas de uso restrito, ou de regularização ambiental;
f) Cota de Reserva Ambiental-CRA, e sua regulação de mercado, sistema
de emissão, registro, transferência, e responsabilidades de emissores, adquirentes,
negociadores e custodiadores;
g) fundos de financiamento ou investimento, e similares, para suporte a
programas e projetos de promoção do manejo e produção florestal sustentáveis,
implantação de florestas plantadas e sistemas agro-florestais, recuperação/restauração de
ecossistemas florestais;
h) outros mecanismos de regimes econômicos e de financiamento, estímulo,
promoção e facilitação de investimentos; e
i) outros programas, fundos, ou instrumentos de facilitação, nacionais ou
internacionais, com vistas a melhorar a atratividade de investimentos florestais.
III - acompanhar junto ao SFB a execução da política de concessões
florestais, contratos de concessão de uso ou de exploração de florestas públicas, nativas ou
plantadas;
IV - coordenar a regulamentação da Lei no 12.651, de 2012 nos assuntos de
sua competência;
V - promover a articulação institucional e coordenar a formulação e a
elaboração do Programa Nacional de Florestas-PNF, conforme previsto no Decreto no
3.420, de 2000, bem como coordenar o Grupo Executivo de Implementação do PNF,
conforme previsto no Decreto no 4.864, de 2003;
VI - presidir a Comissão Nacional de Florestas-CONAFLOR, e por meio do
PNF, prestar apoio técnico e administrativo à referida Comissão;
VII - participar, em articulação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, da formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas
Plantadas-PNDF, previsto no Decreto no 8.375, de 2014, bem como participar da Câmara
Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
VIII - presidir a Comissão de Gestão de Florestas Públicas-CGFLOP,
instituída pela Lei no 11.284, de 2006;
IX - acompanhar e monitorar o estado das florestas do país, e coordenar a
elaboração de relatórios sobre a performance da produção, do consumo, e do comércio de
produtos e serviços florestais;
X - supervisionar e acompanhar a implementação de ações, instrumentos,
programas, projetos e sistemas de controle do Ministério do Meio Ambiente, Serviço
Florestal Brasileiro-SFB, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -
Instituto Chico Mendes, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
187
Renováveis-IBAMA, no âmbito de sua competência;
XI - supervisionar e acompanhar a implementação de programas e projetos
de cooperação técnica internacional e daqueles decorrentes de atos e acordos internacionais
referentes a florestas, seu uso sustentável, produção e comércio;
XII - apoiar a captação de recursos internacionais e estrangeiros para
investimentos ou aplicações na área de sua competência;
XIII - subsidiar negociações internacionais e coordenar políticas e
instrumentos decorrentes de atos e acordos internacionais, bem como propor e formular
programas e projetos de cooperação técnica e científica com entidades internacionais, na
sua área de competência;
XIV - supervisionar, acompanhar, e prestar apoio à implementação de
Programas de Regularização Ambiental, levando em conta os objetivos e metas nacionais
para florestas e a implementação dos instrumentos previstos na Lei no 12.651, de 2012,
conforme estipulado no art. 15 do Decreto no 7.830, de 2012;
XV - apoiar atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação-PD&I em
assuntos afetos a sua área de competência;
XVI - atuar em articulação com outras Secretarias do Ministério do Meio
Ambiente na formulação de políticas, estratégias, instrumentos e normas na sua área de
competência;
XVII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência; e
XVIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Art. 33. Ao Departamento de Economia Florestal compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias sobre
instrumentos e mecanismos de cunho econômico, tributário, fiscal, creditício, financeiro,
em particular aqueles referidos na Lei no 12.651, de 2012;
II - subsidiar a formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento de
Florestas Plantadas-PNDF e participar da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
III - subsidiar a Secretaria de Florestas na coordenação da regulamentação
da Lei no 12.651, de 2012, na sua área de competência;
IV - subsidiar a formulação de instrumentos e mecanismos de estímulo e de
financiamento que facilitem investimentos na implementação de ações, programas e
projetos relacionados à:
a) pagamentos e incentivos a serviços ambientais das florestas e de
instrumentos de promoção de mercados de serviços ambientais florestais;
b) medidas compensatórias pelas exigências de conservação necessárias ao
cumprimento dos objetivos do Código Florestal;
188
c) incentivos para comercialização, inovação, e aceleração de ações de
recuperação, conservação, e uso sustentável das florestas;
d) comercialização de produtos florestais;
e) programas de financiamento de atividades de recomposição de reserva
legal ou de regularização ambiental na recuperação/recomposição de florestas;
f) Cota de Reserva Ambiental-CRA;
g) fundos de investimento/financiamento voltados para atrair investimentos
no manejo e produção florestal sustentável, no reflorestamento, na restauração florestal, e
na geração de serviços ambientais prestados pelas florestas;
h) mecanismos de estímulo e financiamento para investimentos em áreas de
florestas públicas, em especial as Florestas Nacionais em concessões florestais; e
i) programas, instrumentos de facilitação, incentivos e estímulos a
investimentos florestais e à geração de serviços ambientais florestais.
V - participar da proposição do Plano Nacional de Desenvolvimento de
Florestas Plantadas-PNDF;
VI - acompanhar a implementação de ações, programas e projetos relativos
à promoção dos instrumentos e mecanismos de estímulo e de financiamento;
VII - supervisionar e acompanhar a implementação de ações, instrumentos,
programas, projetos e sistemas de controle do Ministério do Meio Ambiente, Serviço
Florestal Brasileiro-SFB, Instituto Chico Mendes, IBAMA, no âmbito de sua competência;
VIII - subsidiar o acompanhamento e monitoramento do setor florestal,
relativo à produção, consumo e comércio de produtos e serviços florestais, e elaborar
relatórios de acompanhamento do setor;
IX - fomentar programas de pagamentos, estímulos e incentivos a serviços
ambientais das florestas e de mercados de serviços ambientais florestais;
X - subsidiar a formulação de programas de estímulos e incentivos relativos
ao uso das florestas, à produção e à comercialização de bens e/ou serviços florestais
ambientais;
XI - participar da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
XII - propor e formular programas e projetos de cooperação técnica
internacional, e subsidiar negociação de acordos internacionais na área de sua competência;
XIII - atuar na supervisão e acompanhamento da implementação de
programas e projetos de cooperação técnica internacional e daqueles decorrentes de atos e
acordos internacionais referentes a florestas, seu uso sustentável, produção e comércio;
XIV - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de
competência; e
XV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na sua área de
competência.
189
Art. 34. Ao Departamento de Gestão Florestal compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias
referentes a:
a) manejo e produção florestal sustentável de produtos e de serviços
ambientais de florestas nativas, florestas plantadas e sistemas agro-florestais;
b) implantação de florestas plantadas e sistemas agro-florestais;
c) recuperação de áreas degradadas, restauração de ecossistemas florestais,
e adequação e regularização de imóveis rurais;
d) reposição florestal, extensão e fomento florestais;
e) proteção e melhoramento florestal e silvicultura tropical;
f) boas práticas florestais e inovações tecnológicas;
II - Acompanhar a implementação de ações, programas e projetos relativos
a:
a) florestas plantadas, sistemas agro-florestais, e recuperação/restauração de
ecossistemas florestais;
b) concessões florestais e condições de sua viabilidade econômica, em
articulação com o SFB e o IBAMA;
c) Plano Anual de Outorga Florestal-PAOF, em articulação com o SFB;
d) Inventário Florestal Nacional, em articulação com o SFB;
e) manejo florestal sustentável em Reservas Legais e outras áreas dos
imóveis rurais, e das condições de sua viabilidade econômica, em articulação com o SFB,
o IBAMA e os órgãos do SISNAMA;
f) Programas de Regularização Ambiental, em articulação com o SFB, em
consonância com o Programa Mais Ambiente Brasil; e
g) sistemas de informações, registros e cadastros relativos ao uso sustentável
de ecossistemas florestais, fluxos e cadeias de custódia de produtos florestais e de serviços
ambientais florestais.
III - apoiar a proteção, manejo, exploração e produção sustentáveis de
florestas nativas, privadas ou públicas;
IV - subsidiar a implantação, manejo, exploração e produção sustentáveis
de florestas plantadas, e de sistemas agro-florestais, privados ou públicos;
V- apoiar a recuperação de áreas degradadas, e restauração ou recomposição
de ecossistemas florestais;
VI - fomentar a reposição florestal, produção de sementes e mudas florestais,
extensão e fomento florestal, e suprimento sustentável de consumidores de matéria-prima
e de insumos florestais;
VII - promover o melhoramento florestal e a silvicultura tropical de espécies
nativas ou exóticas;
190
VIII - promover a adoção de tecnologias, técnicas, boas práticas e inovações
tecnológicas que aumentem e conciliem ganhos de produtividade florestal e agropecuária;
IX - subsidiar a Secretaria de Florestas na coordenação da regulamentação
da Lei no 12.651, de 2012, na sua área de competência
X - prestar apoio técnico à CGFLOP;
XI - prestar apoio técnico e administrativo à CONAFLOR;
XII - subsidiar a implementação e articulação institucional do Programa
Nacional de Florestas-PNF;
XIII - supervisionar e acompanhar a implementação de ações, instrumentos,
programas, projetos e sistemas de controle do Ministério do Meio Ambiente, SFB, Instituto
Chico Mendes e IBAMA, no âmbito de sua competência;
XIV - acompanhar e supervisionar programas e projetos de cooperação
técnica internacional em florestas e subsidiar negociações de acordos internacionais
firmados na sua área de competência; e
XV - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
Seção III
Dos Órgãos Colegiados
Art. 35. Ao Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA cabe exercer
as competências de que trata a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Art. 36. Ao CONAMAZ cabe exercer as competências especificadas no
Decreto no 1.541, de 27 de junho de 1995.
Art. 37. Ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos cabe exercer as
competências estabelecidas no art. 35 da Lei no 9.433, de 1997.
Art. 38. Ao Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente
compete julgar projetos que visem ao uso racional e sustentável dos recursos naturais,
inclusive a manutenção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, no sentido de
elevar a qualidade de vida da população brasileira.
Art. 39. Ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético cabe exercer as
competências estabelecidas no art. 11 da Medida Provisória no 2.186-16, de 23 de agosto
de 2001, e no Decreto no 3.945, de 28 de setembro de 2001.
Art. 40. À Comissão de Gestão de Florestas Públicas compete exercer as
competências estabelecidas na Lei no 11.284, de 2006.
Art. 41. À CONAFLOR cabe exercer as competências estabelecidas no art.
4o-A do Decreto no 3.420, de 20 de abril de 2000.
Seção IV
191
Do Serviço Florestal Brasileiro-SFB
Art. 42. Ao Serviço Florestal Brasileiro, compete:
I - exercer a função de órgão gestor prevista no art. 53 da Lei no 11.284, de
2 de março de 2006, no âmbito federal;
II - gerir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal;
III - apoiar a criação e gestão de programas de treinamento, capacitação,
pesquisa e assistência técnica para a implementação de atividades florestais, incluindo
manejo florestal, processamento de produtos florestais e exploração de serviços florestais;
IV - estimular e fomentar a prática de atividades florestais sustentáveis
madeireira, não-madeireira e de serviços;
V - promover a implantação de plantios florestais e de sistemas
agroflorestais em bases sustentáveis;
VI - promover a recuperação de vegetação nativa, das áreas degradadas e a
restauração de ecossistemas florestais;
VII - promover e fomentar o manejo sustentável de florestas públicas e
privadas para a produção de bens e de serviços ambientais;
VIII - promover estudos de mercado para produtos e serviços gerados pelas
florestas;
IX - propor planos de produção florestal sustentável, de forma compatível
com as demandas da sociedade;
X - promover e apoiar a concessão florestal em florestas nativas e em
florestas plantadas em áreas públicas destinadas às concessões florestais;
XI - implementar sistemas de controle e rastreabilidade do fluxo de produtos
e subprodutos florestais, oriundos de áreas sob concessão florestal de sua responsabilidade;
XII - criar e manter o Sistema Nacional de Informações Florestais integrado
ao Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente;
XIII - estabelecer e gerenciar o Inventário Florestal Nacional;
XIV - gerenciar o Cadastro Nacional de Florestas Públicas, organizar e
manter atualizado o Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União, e adotar providências
para interligar os cadastros estaduais e municipais ao Cadastro Nacional;
XV - gerir o Sistema de Cadastro Ambiental Rural-SICAR;
XVI - coordenar, no âmbito federal, a implantação do Cadastro Ambiental
Rural-CAR junto às unidades da Federação, visando à adequação e à regularização
ambiental de imóveis rurais;
XVII - promover a implantação dos Programas de Regularização
Ambiental-PRAs;
XVIII - coordenar a implantação e articular o funcionamento de centros de
recuperação de áreas degradadas;
192
XIX - gerenciar a emissão, o registro, e a comercialização das Cotas de
Reserva Ambiental-CRAs;
XX - promover ações para implantação de mecanismos de Pagamentos por
Serviços Ambientais-PSAs, na sua área de competência;
XXI - apoiar e atuar em parceria com os seus congêneres estaduais e
municipais;
XXII - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente
programas e projetos na sua área de competência;
XXIII - promover a cooperação técnica e científica com entidades nacionais
e internacionais na área de sua competência;
XXIV - promover e implementar, direta ou indiretamente, atividades de
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em assuntos afetos a sua área de
competência;
XXV - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais na área de sua competência;
XXVI - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de
competência;
XXVII - exercer a Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Florestas
- CONAFLOR; e
XXVIII - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas na área de sua
competência.
§ 1o As decisões relativas às competências do SFB são tomadas em regime
colegiado pelo Conselho Diretor, formado por um Diretor-Geral e quatro Diretores, por
maioria absoluta de votos;
§ 2o A Assessoria Jurídica do SFB, de que trata o art. 57 da Lei no 11.284,
de 2006, vincula-se à Consultoria Jurídica do Ministério, nos termos do art. 11, inciso II,
da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993.
CAPÍTULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES
Seção I
Do Secretário-Executivo
Art. 43. Ao Secretário-Executivo incumbe:
I - coordenar, consolidar e submeter ao Ministro de Estado o plano de ação
global do Ministério;
II - supervisionar e avaliar a execução dos programas e atividades do
Ministério;
III - supervisionar e coordenar a articulação dos órgãos do Ministério com
193
os órgãos centrais dos sistemas afetos à área de competência da Secretaria-Executiva;
IV - supervisionar as funções de secretaria-executiva do Conselho
Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente-FNMA;
V - supervisionar as funções de secretaria-executiva do CONAMA; e
VI - exercer outras atribuições que lhe forem atribuídas pelo Ministro de
Estado.
Seção II
Dos Secretários e Diretores
Art. 44. Aos Secretários, ao Subsecretário, aos Diretores de Departamento,
ao Diretor-Geral do SFB e aos Diretores incumbe planejar, dirigir, coordenar, orientar,
acompanhar e avaliar a execução das atividades dos órgãos das suas respectivas Secretarias,
Subsecretarias, Departamentos e Serviço e exercer outras atribuições que lhes forem
cometidas em regimento interno.
Seção III
Dos demais Dirigentes
Art. 45. Ao Chefe de Gabinete do Ministro, ao Consultor Jurídico e aos
demais dirigentes incumbe planejar, dirigir, coordenar e orientar a execução das atividades
das respectivas unidades e exercer outras atribuições que lhes forem cometidas, em suas
respectivas áreas de competência.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 46. Os regimentos internos, aprovados pelo Ministro de Estado,
definirão o detalhamento dos órgãos integrantes da Estrutura Regimental, as competências
das respectivas unidades e as atribuições de seus dirigentes.
Parágrafo único. O regimento interno do SFB será aprovado por seu
Conselho Diretor, nos termos do inciso IV do § 1o do art. 56 da Lei no 11.284, de 2006.
194
ANEXO II
a) QUADRO DEMONSTRATIVO DOS CARGOS EM COMISSÃO e DAS FUNÇÕES
GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.
UNIDADE CARGO/
FUNÇÃO
DENOMINAÇÃO/
CARGO/FUNÇÃO
NE/DAS/
FG
1 Assessor Especial de Controle
Interno 102.5
5 Assessor Especial 102.5
2 Assessor 102.4
5 Assistente 102.2
GABINETE 1 Chefe de Gabinete 101.5
Coordenação-Geral de Apoio
Administrativo 1 Coordenador-Geral 101.4
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Coordenação 3 Coordenador 101.3
1 FG-2
Assessoria Parlamentar 1 Chefe de Assessoria 101.4
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Serviço 1 Chefe 101.1
Assessoria de Comunicação Social 1 Chefe 101.4
Divisão 1 Chefe 101.2
1 FG-1
ASSESSORIA DE ASSUNTOS
INTERNACIONAIS 1 Chefe de Assessoria 101.5
1 Assessor 102.4
SECRETARIA-EXECUTIVA 1 Secretário-Executivo NE
1 Diretor de Programa 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
195
Gabinete 1 Chefe 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
SUBSECRETARIA DE
PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E
ADMINISTRAÇÃO
1 Subsecretário 101.5
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Coordenação-Geral de Gestão
Administrativa 1 Coordenador-Geral 101.4
1 Assistente Técnico 102.1
Coordenação 2 Coordenador 101.3
1 Assistente Técnico 102.1
Divisão 3 Chefe 101.2
Serviço 1 Chefe 101.1
Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas 1 Coordenador-Geral 101.4
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 7 Chefe 101.2
Coordenação-Geral de Tecnologia da
Informação e Informática 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
Coordenação-Geral de Gestão Financeira e
Contabilidade 1 Coordenador-Geral 101.4
1 Assistente 102.2
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 4 Chefe 101.2
Coordenação-Geral de Gestão
Orçamentária 1 Coordenador-Geral 101.4
196
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 3 Chefe 101.2
2 FG-1
1 FG-2
DEPARTAMENTO DE GESTÃO
ESTRATÉGICA 1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES
INTERNACIONAIS E COOPERAÇÃO 1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
1 Assistente Técnico 102.1
DEPARTAMENTO DE APOIO AO
FUNDO NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE
1 Diretor 101.5
1 Assistente Técnico 102.1
Gerência Executiva do FNMA 1 Gerente 101.4
Divisão 2 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE APOIO AO
CONSELHO NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE
1 Diretor 101.5
1 Coordenador 101.3
Divisão 2 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE APOIO AO
SISNAMA 1 Diretor 101.5
1 Chefe 101.2
2 Gerente de Projeto 101.4
CONSULTORIA JURÍDICA 1 Consultor Jurídico 101.5
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
197
Divisão 1 Chefe 101.2
1 FG-2
Coordenação-Geral de Direito Ambiental 1 Coordenador-Geral 101.4
Divisão 2 Chefe 101.2
Coordenação-Geral de Direito
Administrativo 1 Coordenador-Geral 101.4
Divisão 2 Chefe 101.2
SECRETARIA DE MUDANÇAS DO
CLIMA E COMBATE AO
DESMATAMENTO
1 Secretário 101.6
Gabinete 1 Chefe 101.4
2 Coordenador 101.3
2 Assistente 102.2
2 Assistente Técnico 102.1
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DE
MITIGAÇÃO DA MUDANÇA DO
CLIMA
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
1 FG-2
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS
PARA ADAPTAÇÃO À MUDANÇA DO
CLIMA
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
1 Assistente 102.2
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS
PARA O COMBATE AO
DESMATAMENTO
1 Diretor 101.5
1 Assistente 102.2
1 Gerente de Projeto 101.4
1 FG-1
SECRETARIA DE BIODIVERSIDADE 1 Secretário 101.6
198
Gabinete 1 Chefe 101.4
1 Assistente 102.2
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
Serviço 2 Chefe 101.1
DEPARTAMENTO DE ECOSSISTEMAS
E BIOMAS 1 Diretor 101.5
3 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE ESPÉCIES 1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE ÁREAS
PROTEGIDAS 1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO
GENÉTICO 1 Diretor 101.5
Divisão 1 Chefe 101.2
2 Gerente de Projeto 101.4
SECRETARIA DE QUALIDADE
AMBIENTAL E RECURSOS HÍDRICOS 1 Secretário 101.6
Gabinete 1 Chefe 101.4
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Divisão 2 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS 1 Diretor 101.5
1 Assistente 102.2
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Serviço 1 Chefe 101.1
3 Gerente de Projeto 101.4
199
DEPARTAMENTO DE GESTÃO DA
QUALIDADE AMBIENTAL 1 Diretor 101.5
3 Gerente de Projeto 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS E RECUPERAÇÃO
AMBIENTAL
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO E
CONSUMO SUSTENTÁVEIS 1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
SECRETARIA DE EXTRATIVISMO E
SOCIOBIODIVERSIDADE 1 Secretário 101.6
1 Assistente 102.2
Gabinete 1 Chefe 101.4
1 Assistente Técnico 102.1
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE EXTRATIVISMO 1 Diretor 101.5
1 Assessor Técnico 102.3
1 Assistente 102.2
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE AÇÕES
AGROAMBIENTAIS 1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
Divisão 1 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DE
COMBATE À DESERTIFICAÇÃO 1 Diretor 101.5
1 Gerente de Projeto 101.4
200
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, CIDADANIA E
PARTICIPAÇÃO
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
SECRETARIA DE FLORESTAS 1 Secretário 101.6
Gabinete 1 Chefe 101.4
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
FLORESTAL 1 Diretor 101.5
1 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE GESTÃO
FLORESTAL 1 Diretor 101.5
1 Gerente de Projeto 101.4
SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO 1 Diretor Geral 101.6
4 Diretor 101.5
Gabinete 1 Chefe 101.4
Assessoria Jurídica 1 Assessor 102.4
Gerências Executivas 7 Gerente Executivo 101.4
Unidades Regionais 6 Chefe 101.4
Coordenação 9 Coordenador 101.3
Divisão 8 Chefe 101.2
Serviço 7 Chefe 101.1
Centro Especializado 2 Chefe 101.3
Serviço 2 Chefe 101.1
1 Assistente 102.2
201
b) QUADRO RESUMO DE CUSTOS DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS
FUNÇÕES GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.
CÓDIGO DAS-
UNITÁRIO
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
QTDE. VALOR TOTAL QTDE. VALOR TOTAL
NE 6,41 1 6,41 1 6,41
DAS 101.6 6,27 6 37,62 6 37,62
DAS 101.5 5,04 31 156,24 31 156,24
DAS 101.4 3,84 70 268,80 72 276,48
DAS 101.3 2,10 24 50,40 36 75,60
DAS 101.2 1,27 39 49,53 45 57,15
DAS 101.1 1,00 12 12,00 14 14,00
DAS 102.5 5,04 6 30,24 6 30,24
DAS 102.4 3,84 6 23,04 4 15,36
DAS 102.3 2,10 13 27,30 1 2,10
DAS 102.2 1,27 26 33,02 20 25,40
DAS 102.1 1,00 14 14,00 12 12,00
SUBTOTAL 1 248 708,60 248 708,60
FG-1 0,20 4 0,80 4 0,80
FG-2 0,15 4 0,60 4 0,60
FG-3 0,12 - - - -
SUBTOTAL 2 8 1,40 8 1,40
TOTAL (1+2) 256 710,00 256 710,00
202
ANEXO III
REMANEJAMENTO DE CARGOS
CÓDIGO DAS- UNITÁRIO
DA SEGEP/MP P/O MMA
(a)
DO MMA P/A SEGEP/MP
(b)
QTD. VALOR
TOTAL QTD.
VALOR
TOTAL
101.5 5,04 0 0,00 0 0,00
101.4 3,84 2 7,68 0 0,00
101.3 2,10 12 25,20 0 0,00
101.2 1,27 6 7,62 0 0,00
101.1 1,00 2 2,00 0 0,00
102.5 5,04 0 0,00 0 0,00
102.4 3,84 0 0,00 2 7,68
102.3 2,10 0 0,00 12 25,20
102.2 1,27 0 0,00 6 7,62
102.1 1,00 0 0,00 2 2,00
TOTAL 21 41,23 21 41,23
Saldo do Remanejamento (a - b) 0 0,00
203
ANEXO – PROPOSTA DE ESTRUTURA
REGIMENTAL COM CORTES – MARÇO DE 2016
EM Interministerial n. /2016/MP/MMA
Brasília, de março de 2016.
Excelentíssima Senhora Presidenta da República,
1. Submetemos à elevada consideração de Vossa Excelência o anexo Projeto
de Decreto, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Meio Ambiente, e dá outras
providências.
2. A proposta consiste numa revisão da atual estrutura regimental do
Ministério, vigente desde 2007, incluindo o aprimoramento das atribuições de suas
unidades, a criação e a formalização de algumas unidades e a reorganização de unidades
técnico-administrativas e de assessoramento. O novo arranjo permitirá que o Ministério do
Meio Ambiente possa exercer efetivamente o seu papel de órgão central responsável pela
formulação, implementação, acompanhamento e avaliação da política ambiental nacional,
dadas as importantes mudanças experimentadas pela Administração, as quais implicam
novas interfaces e novas agendas.
3. A presente proposta contempla ainda um corte de 23 cargos em comissão
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, visando atender aos atuais
desafios econômicos do país. Como resultado, foi extinta uma secretaria, a Secretaria de
Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, e suas atribuições foram absorvidas por
outras áreas do Ministério.
4. Com relação à Secretaria Executiva, propugna-se a manutenção de sua
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração inalterada, e sua
reorganização em quatro departamentos: Departamento de Gestão Estratégica,
Departamento de Cooperação Financeira e Fomento, Departamento de Articulação
Institucional e Apoio ao Conselho Nacional do Meio Ambiente, Departamento de
Desenvolvimento, Produção e Consumo Sustentável.
5. Essa nova estrutura da Secretaria-Executiva se traduz numa reorganização
onde se transferem a outras áreas do Ministério as competências de alguns departamentos
e cria novas unidades para tratar de temas relevantes, relacionados à ações de cooperação
financeira, articulação institucional e ao apoio ao órgãos integrantes do SISNAMA.
6. Com relação aos órgãos específicos singulares, a proposta estrutura o
204
Ministério em quatro secretarias: Secretaria de Mudança do Clima e Florestas; Secretaria
de Biodiversidade; Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos; e Secretaria
de Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental.
7. Pela nova proposta, a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade
Ambiental se transforma em Secretaria de Mudança do Clima e Florestas, com perfil
voltado para a implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, por meio dos
planos de ação para a prevenção e controle do desmatamento nos biomas brasileiros e pelos
planos setoriais de mitigação e de adaptação à mudança do clima.
8. A Secretaria de Mudança do Clima e Florestas passa a ser responsável pela
agenda florestal, até então abrigada na Secretaria de Biodiversidade e Florestas. A
Secretaria, por meio do Departamento de Florestas, será responsável pela regulamentação
do Código Florestal no âmbito da Administração Direta do Ministério e exercerá também
a supervisão de atividades desenvolvidas pelo Serviço Florestal Brasileiro, como a
execução da política de concessões florestais.
9. Nesse contexto, a organização da Secretaria de Mudança do Clima e
Florestas visa dotar o Ministério do Meio Ambiente de um arcabouço institucional que
transcenda os limites clássicos da atuação do poder público em ambas as questões. A
associação dos temas clima e florestas por parte do Ministério do Meio Ambiente é
fundamental para a implementação dos objetivos previstos nos tratados internacionais e no
apoio à implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima.
10. Para tanto, a Secretaria disporá de quatro departamentos: Departamento de
Políticas de Mitigação da Mudança do Clima; Departamento de Políticas para Adaptação
à Mudança do Clima; Departamento de Florestas; e Departamento de Políticas de Combate
ao Desmatamento e de Recomposição de Vegetação. Cabe ressaltar que esse último
atualmente compõe a estrutura da Secretaria-Executiva.
11. A Secretaria de Biodiversidade e Florestas se transforma em Secretaria de
Biodiversidade, ficando responsável pela formulação e proposição de políticas, normas e
regulamentos sobre a conservação e a definição dos critérios de uso sustentável da
biodiversidade e do patrimônio genético do País.
12. Em sua nova configuração, ela será organizada em quatro departamentos:
Departamento de Ecossistemas e Biomas; Departamento de Gestão da Fauna e Flora;
Departamento de Áreas Protegidas; e Departamento de Patrimônio Genético.
13. Esses departamentos terão a missão central de promover a conservação da
biodiversidade e do patrimônio genético, propiciar o seu uso sustentável, a proteção ao
conhecimento tradicional e a repartição dos benefícios derivados de sua utilização, por
meio da formulação e coordenação de políticas e estratégias nacionais.
14. A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano se transforma em
Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos, sendo que tal alteração é
205
decorrente da necessidade de refletir em sua estrutura de competências as mudanças
ocorridas nos últimos anos, de modo a responder aos desafios impostos pelo atual desenho
da política ambiental.
15. Ela será organizada em quatro departamentos: Departamento de Recursos
Hídricos e Revitalização de Bacias Hidrográficas; Departamento de Gestão da Qualidade
Ambiental; Departamento de Gestão de Resíduos e Recuperação Ambiental; e
Departamento de Ordenamento Ambiental do Território.
16. Ressalte-se que a mesma Secretaria centralizará as ações de
responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente na coordenação do Plano Nacional de
Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional-
PNC.
17. A configuração proposta para essa Secretaria traz para ela a competência de
atuar com a gestão integrada de recursos hídricos e a revitalização de bacias, atentando-se
para a multiplicidade do seu uso, em bases racionais, segundo a melhor tecnologia, para a
segurança hídrica das populações, para as demandas existentes e potenciais, para as
vulnerabilidades no uso da água e para a gestão de bacias, dentre outros fatores a ela
relacionados. A Secretaria será também responsável pelo zoneamento ecológico-
econômico, numa visão mais integrada de gestão e uso sustentável do território.
18. Importante também salientar que caberá à Secretaria tratar de temas
relacionados à qualidade ambiental, combate à poluição do ar, da água e do solo, por meio
da melhoria da gestão das atividades que envolvem o uso de substâncias químicas e o
emprego e manejo de produtos perigosos, gestão ambiental urbana, havendo muito o que
fazer nesse sentido. Além disso há que se ressaltar a importância dos temas relacionados
aos resíduos sólidos, em especial à atuação integrada com estados e municípios, buscando
a solução conjunta para problemas relacionados a coleta seletiva, logística reversa,
gerenciamento adequado de resíduos perigosos, dentre outros, atentando também para a
grave questão da contaminação dos solos e dos lençóis freáticos por resíduos industriais.
19. A Secretaria de Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental será um
canal permanente de diálogo com os diversos públicos afetos ao Ministério do Meio
Ambiente, como populações tradicionais, extrativistas, quilombolas e povos indígenas,
além de responder pelas ações de mobilização, cidadania, educação ambiental e
participação social. Terá, ainda, a missão de promover políticas agroambientais e o
extrativismo, com vistas à transição do atual modelo de desenvolvimento agrícola e rural
do País para a sustentabilidade, tendo como referência estratégica a redefinição do uso do
território e dos recursos naturais.
20. O cumprimento dessa missão passa pela capacidade de superar a dicotomia
entre produção e proteção ambiental, mediante a integração de objetivos e instrumentos
das políticas ambiental e agrícola. Isso pressupõe alta capacidade de interação e integração
entre políticas que incidem sobre o rural, com base nos princípios da transversalidade
ambiental e da responsabilidade compartilhada, presentes no Pacto Federativo e no
206
SISNAMA, e a construção de uma relação democrática e menos conflituosa entre a política
ambiental, as políticas agrícolas e as populações rurais.
21. Neste contexto, as ações da Secretaria voltam-se para enfrentar o duplo
desafio de reverter o estágio atual de degradação dos ecossistemas e promover políticas e
difundir o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais, em terras indígenas e de
populações e comunidades tradicionais, de extrativistas, em áreas de agricultura familiar,
assentamentos da reforma agrária e demais produtores rurais. Reconhecendo-se a
pluralidade produtiva, sociocultural, ecológica e territorial do meio rural brasileiro, é
necessário adequar uma agenda ambiental positiva e indutiva da sustentabilidade às
distintas realidades, demandas territoriais e grupos sociais. Finalmente, a Secretaria
assumirá a condução de políticas de combate à desertificação e da Política Nacional de
Educação Ambiental, e será responsável pela coordenação da organização das Conferência
Nacional de Meio Ambiente e da Conferência Nacional Infanto-Juvenil.
22. Para atender à diversidade destes desafios, propõe-se para a Secretaria de
Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental, a organização de três departamentos:
Departamento de Extrativismo; Departamento de Sociobiodiversidade e de Combate à
Desertificação; e Departamento de Cidadania e Educação Ambiental.
23. Ao Serviço Florestal Brasileiro, órgão autônomo responsável pela agenda
da exploração florestal sustentável, especialmente sob regime de concessão, caberá
também responder pelas agendas do Cadastro Ambiental Rural – CAR e pela
implementação do Código Florestal na sua área de competência.
24. Quanto aos órgãos colegiados do Ministério, foram acrescentados o Comitê
Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, atendendo ao disposto na Lei n º
12.114 de 9 de dezembro de 2009 e respectivo Decreto regulamentador nº 7343 de 26 de
outubro de 2010, e a Comissão Nacional de Combate à Desertificação – CNCD, a qual
caberá exercer as competências estabelecidas na Lei nº 13.153, de 30 de julho de 2015.
25. Por fim, o presente pleito contempla o remanejamento, do Ministério do
Meio Ambiente para a Secretaria de Gestão, do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, de um DAS 101.6; três DAS 101.5; um DAS 101.4; cinco DAS 101.1; três DAS
102.4; um DAS 102.3; quatro DAS 102.2; e cinco DAS 102.1.
26. São essas as razões que nos levam a propor a Vossa Excelência a edição do
Decreto em questão.
Respeitosamente,
IZABELLA TEIXEIRA
Ministra de Estado de Meio Ambiente
VALDIR SIMÃO
Ministro de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão
207
DECRETO N. , DE DE 2016
Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro
Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Funções de Confiança do Ministério do Meio
Ambiente, altera os decretos nos 1.541, de 27 de
junho de 1995, 3.420, de 20 de abril de 2000,
4.613, de 11 de março de 2003, 4.703, de 21 de
maio de 2003, 5.577, de 8 de novembro de 2005,
5.795, de 5 de junho de 2006 e o Decreto de 23
de outubro de 2003.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art.
84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
D E C R E T A:
Art. 1o Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos
Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Ministério do Meio Ambiente, na
forma dos Anexos I e II.
Art. 2o Ficam remanejados, na forma do Anexo III, os seguintes cargos em comissão
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores-DAS, do Ministério do Meio Ambiente
para a Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:
I – um DAS 101.6;
II – três DAS 101.5;
III – um DAS 101.4;
IV – cinco DAS 101.1;
V – três DAS 102.4;
VI – um DAS 102.3;
VII – quatro DAS 102.2; e
VIII – cinco DAS 102.1.
Art. 3o Os ocupantes dos cargos em comissão que deixam de existir na Estrutura
Regimental do Ministério do Meio Ambiente por força deste Decreto ficam
automaticamente exonerados.
Art. 4o Os apostilamentos decorrentes das alterações promovidas deverão ocorrer até
a data de entrada em vigor deste Decreto.
Parágrafo único. O Ministro de Estado do Meio Ambiente fará publicar, no Diário
Oficial da União, no prazo de até trinta dias, contado da data de entrada em vigor deste
Decreto, relação nominal dos titulares dos cargos em comissão e das funções de confiança
a que se refere o Anexo II, que indicará, inclusive, o número de cargos e funções vagas,
suas denominações e seus níveis.
Art. 5o O Ministro de Estado do Meio Ambiente poderá editar regimentos internos
detalhando a estrutura dos órgãos, as competências das suas unidades e as atribuições de
seus dirigentes.
Art. 6o O Decreto nº 1.541, de 27 de junho de 1995 passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 1o Ao Conselho Nacional da Amazônia Legal - CONAMAZ, órgão colegiado
208
integrante da Estrutura Regimental do Ministério do Meio Ambiente, compete:
..........................................................................”(NR)
“Art. 3o........................................................................
a) do Ministério do Meio Ambiente;”
..........................................................................”(NR)
“Art. 4o A Secretaria Executiva do Conselho Nacional da Amazônia Legal será
exercida pelo Ministério do Meio Ambiente.” (NR)
“Art. 7o O regimento interno do CONAMAZ será aprovado pelo Plenário e publicado
mediante portaria do Ministro de Estado do Meio Ambiente.” (NR)
Art. 7o O art. 7o do Decreto no 4.703, de 21 de maio de 2003, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 7o A Comissão Nacional de Biodiversidade será presidida pelo Secretário de
Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e, nos seus afastamentos e impedimentos
legais ou regulamentares, pelo Diretor do Departamento de Gestão da Fauna e Flora, e, na
ausência destes, por um suplente a ser designado pelo Ministério do Meio Ambiente, e terá
em sua composição, além de seu Presidente, um representante dos seguintes órgãos e
organizações da sociedade civil:
..................................................................”(NR)
Art. 8o O Decreto no 3.420, de 20 de abril de 2000, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 4°-C ..........................................................
............................................................................
§ 1o A Comissão será presidida pelo Secretário de Mudança do Clima e Florestas do
Ministério do Meio Ambiente, que será substituído, em seus afastamentos e impedimentos
legais ou regulamentares, pelo Diretor do PNF.
.............................................................................
§ 4o O Ministério do Meio Ambiente proverá o apoio técnico-administrativo à
CONAFLOR.
..................................................................” (NR)
Art. 9o O Decreto nº 4.613, de 11 de março de 2003, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 2o ....................................................................
..................................................................................
§ 6º O titular da Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos do
Ministério do Meio Ambiente será o Secretário-Executivo do Conselho Nacional de
Recursos Hídricos.
.......................................................................” (NR)
“Art. 3º O Ministério do Meio Ambiente, sem prejuízo das demais competências
que lhe são conferidas, proverá os serviços de Secretaria-Executiva do Conselho Nacional
de Recursos Hídricos” (NR)
Art. 10. O Decreto de 23 de outubro de 2003 passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 2º ...............................................................
I – um representante de cada uma das Secretarias finalísticas do Ministério do Meio
Ambiente.
............................................................................
209
“§ 1o O Comitê será presidido pelo Secretário de Biodiversidade do Ministério do
Meio Ambiente, que será substituído, em seus afastamentos e impedimentos legais ou
regulamentares, pelo servidor indicado como ponto focal nacional para a Convenção de
Ramsar.
............................................................................
“§3º O Ministério do Meio Ambiente proverá o apoio técnico-administrativo do
Comitê. ” (NR)
Art. 11. O Decreto n° 5.795, de 5 de junho de 2006 passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 2° A Comissão de Gestão de Florestas Públicas terá a seguinte composição:
I - o Secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, que
a presidirá.
.......................................................................” (NR)
Art. 12. O Decreto no 5.577, de 8 de novembro de 2005, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 4o...............................................................
§ 4o A CONACER será presidida pelo Secretário de Biodiversidade do Ministério do
Meio Ambiente, e, no seu impedimento, pelo respectivo suplente.
§ 5o Caberá ao Ministério do Meio Ambiente prestar apoio técnico e administrativo
à CONACER.” (NR)
Art. 13 Este Decreto entra em vigor vinte e um dias após a data de sua publicação.
Art. 14 Fica revogado o Decreto no 6.101, de 26 de abril de 2007.
210
ANEXO I
ESTRUTURA REGIMENTAL DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO I
DA NATUREZA e COMPETÊNCIA
Art. 1o O Ministério do Meio Ambiente, órgão da administração pública federal direta,
tem como área de competência os seguintes assuntos:
I - política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos;
II - política de preservação, conservação e utilização sustentável dos ecossistemas,
biodiversidade e florestas;
III - proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais para
a melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais;
IV - políticas para a integração do meio ambiente e produção;
V - políticas e programas ambientais para a Amazônia Legal; e
VI - zoneamento ecológico-econômico.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Art. 2º O Ministério do Meio Ambiente tem a seguinte estrutura organizacional:
I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado:
a) Gabinete
b) Secretaria-Executiva
1. Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
2. Departamento de Gestão Estratégica
3. Departamento de Cooperação Financeira e Fomento
4. Departamento de Articulação Institucional e Apoio ao Conselho Nacional do Meio
Ambiente
5. Departamento de Desenvolvimento, Produção e Consumo Sustentável
c) Assessoria de Assuntos Internacionais
d) Consultoria Jurídica
II - Órgãos específicos singulares:
a) Secretaria de Mudança do Clima e Florestas
1. Departamento de Políticas de Mitigação à Mudança do Clima
2. Departamento de Políticas para Adaptação à Mudança do Clima
3. Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento e de Recomposição de
Vegetação
4. Departamento de Florestas
b) Secretaria de Biodiversidade
2. Departamento de Gestão da Fauna e da Flora
3. Departamento de Ecossistemas e Biomas
4. Departamento de Áreas Protegidas
4. Departamento de Patrimônio Genético
c) Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos
1. Departamento de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias Hidrográficas
2. Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental
3. Departamento de Gestão de Resíduos e Recuperação Ambiental
211
4. Departamento de Ordenamento Ambiental do Território
d) Secretaria de Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental
1. Departamento de Extrativismo
2. Departamento de Sociobiodiversidade e de Combate à
Desertificação
3. Departamento de Cidadania e Educação Ambiental
III - órgãos colegiados:
a) Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA
b) Conselho Nacional da Amazônia Legal - CONAMAZ
c) Conselho Nacional de Recursos Hídricos
d) Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente
e) Conselho de Gestão do Patrimônio Genético - CGen
f) Comissão de Gestão de Florestas Públicas
g) Comissão Nacional de Florestas – CONAFLOR
h) Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
i) Comissão Nacional de Combate à Desertificação - CNCD
IV - Serviço Florestal Brasileiro – SFB
V - entidades vinculadas:
a) autarquias:
1. Agência Nacional de Águas - ANA
2. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA
3. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico
Mendes
4. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – JBRJ
CAPÍTULO III
DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS
Seção I
Dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Ministro de Estado
Art. 3º Ao Gabinete compete:
I - assistir ao Ministro de Estado em sua representação política e social, ocupar-se
das relações públicas e do preparo, despacho e controle do seu expediente;
II - acompanhar o andamento dos projetos de interesse do Ministério em tramitação
no Congresso Nacional;
III - providenciar a publicação oficial e a divulgação das matérias relacionadas com
a área de competência do Ministério; e
IV - assistir ao Ministro de Estado no desempenho de suas funções como membro de
órgãos colegiados de deliberação superior.
Art. 4º À Secretaria-Executiva compete:
I - assistir ao Ministro de Estado na definição das diretrizes e na implementação das
ações da área de competência do Ministério;
II - assistir ao Ministro de Estado na supervisão, na coordenação, no monitoramento
e na avaliação das atividades das Secretarias integrantes da estrutura do Ministério e na
supervisão das entidades a ele vinculadas;
III - supervisionar, coordenar e consolidar a elaboração das diretrizes, normas, planos
212
e orçamentos relativos aos planos anuais e plurianuais do Ministério;
IV - supervisionar, acompanhar e avaliar os planos, programas e ações do Ministério;
V - coordenar o processo de captação dos recursos de fontes internacionais e
estrangeiras;
VI - supervisionar e coordenar os programas com financiamentos de organismos
internacionais e estrangeiros, a implementação dos acordos internacionais e a execução dos
convênios e projetos de cooperação técnica nacional e internacional;
VII - supervisionar a elaboração e acompanhar o cumprimento das metas previstas
nos contratos de gestão firmados com o Ministério;
VIII - supervisionar, coordenar e apoiar as atividades do Fundo Nacional do Meio
Ambiente;
IX - formular e implementar estratégias e mecanismos de fortalecimento institucional
dos órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA;
X - gerir o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente – SINIMA;
XI - coordenar o desenvolvimento de estatísticas ambientais e indicadores de
desenvolvimento sustentável;
XII - exercer as atividades de secretaria-executiva do CONAMA e do CONAMAZ,
prestando-lhes apoio técnico-operacional;
XIII - apoiar o Ministério do Meio Ambiente na articulação e integração intra e
intergovernamental de ações direcionadas à implementação das políticas públicas de meio
ambiente e dos recursos hídricos;
XIV - coordenar e acompanhar a implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável na área de competência do Ministério do Meio Ambiente;
e
XV – coordenar e acompanhar políticas, planos e estratégias relacionadas à produção,
consumo sustentável e responsabilidade socioambiental junto ao setor público e privado.
Parágrafo único. A Secretaria-Executiva exerce, ainda, o papel de órgão setorial dos
Sistemas de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, de Organização e Inovação
Institucional - SIORG, de Gestão de Documentos de Arquivo – SIGA, de Administração
dos Recursos de Informação e Informática - SISP, de Serviços Gerais - SISG, de
Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal e de
Contabilidade Federal, por intermédio da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e
Administração e do Departamento de Gestão Estratégica, unidades a ela subordinadas.
Art. 5º À Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração compete:
I - administrar, planejar, coordenar e supervisionar a execução das atividades
relacionadas com os sistemas federais de orçamento, de administração financeira, de
contabilidade, de recursos humanos, de serviços gerais e de administração dos recursos de
informação e informática, no âmbito do Ministério;
II - realizar a articulação com os órgãos centrais dos sistemas federais referidos no
inciso I e informar e orientar os órgãos e entidades vinculadas do Ministério quanto ao
cumprimento das normas administrativas estabelecidas;
III – coordenar e acompanhar a elaboração e consolidação dos planos e programas
das atividades de sua área de competência, seus orçamentos e alterações, e submetê-los à
decisão superior;
IV - desenvolver as atividades de execução orçamentária, financeira e contábil, no
âmbito do Ministério;
213
V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesas e demais responsáveis
por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou
irregularidade que resulte em dano ao erário;
VI - planejar, coordenar e supervisionar as atividades de administração e
desenvolvimento de recursos humanos do Ministério;
VII - implementar sistemas de informações necessários às ações do Ministério;
VIII - planejar e definir padrões, diretrizes, normas e procedimentos relacionados
com a administração dos recursos de informação e contratação de bens e serviços de
informática, no âmbito dos órgãos e entidades do Ministério; e
IX - promover a implementação de tecnologia de informações gerenciais.
Art. 6º Ao Departamento de Gestão Estratégica compete:
I - planejar e coordenar, no âmbito do Ministério, a execução das atividades
relacionadas com o sistema federal de planejamento, bem como as atividades de
organização e modernização administrativa;
II - coordenar a elaboração e a consolidação dos planos e programas anuais e
plurianuais do Ministério, e submetê-los à consideração superior;
III - coordenar as ações de acompanhamento e avaliação da execução dos planos e
programas anuais e plurianuais do Ministério;
IV - promover a elaboração e consolidar planos e programas das atividades de sua
área de competência e submetê-los à decisão superior;
V - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e
Administração e as demais unidades do Ministério, o desenvolvimento e a implantação de
sistema de informações gerenciais do Ministério;
VI - propor e implementar ações para o aperfeiçoamento da organização e gestão das
diversas áreas e unidades do Ministério, especialmente na sistematização, padronização e
implantação de seus processos de trabalhos;
VII - desenvolver e implementar indicadores quantitativos e qualitativos para o
planejamento, monitoramento e avaliação do desempenho das unidades organizacionais do
Ministério e entidades vinculadas;
VIII - propor diretrizes e supervisionar a implementação de sistemas de informação
estratégica e gerencial;
IX - coordenar a elaboração dos relatórios anuais de gestão do Ministério;
X - desenvolver estatísticas ambientais e indicadores; e
XI - apoiar a Secretaria Executiva na gestão do SINIMA.
Art. 7º Ao Departamento de Cooperação Financeira e Fomento compete:
I - apoiar a Secretaria-Executiva na coordenação, em articulação com as Secretarias
do Ministério e as entidades vinculadas, do processo de proposição e elaboração de
programas e projetos de cooperação técnica internacional;
II - coordenar e monitorar a execução dos programas e projetos com financiamento
de organismos internacionais;
III - coordenar e monitorar o processo de captação de recursos de fontes
internacionais e estrangeiras;
IV - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e
Administração, o desenvolvimento, a implementação e a manutenção de sistema de
informações gerenciais para apoiar a gestão de programas e projetos de cooperação técnica
internacional;
214
V - apoiar a Assessoria de Assuntos Internacionais nas negociações com os
organismos internacionais, entidades e governos estrangeiros, dos programas e projetos de
cooperação técnica internacional;
VI - prestar apoio técnico-administrativo às unidades responsáveis pela execução de
programas e projetos de cooperação técnica internacional;
VII - exercer a função de secretaria executiva do Conselho Deliberativo do Fundo
Nacional do Meio Ambiente - FNMA;
VIII - proceder à instrução, celebração e demais procedimentos administrativos
afetos aos convênios, acordos, termos de parceria e ajustes, que tenham por objeto a
execução de projetos apoiados pelos programas do Ministério;
IX - coordenar, em articulação com as demais Secretarias do Ministério, o
monitoramento físico-financeiro dos projetos contratados;
X - coordenar, em articulação com a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e
Administração, os procedimentos de prestação de contas referentes aos projetos
contratados; e
XI - acompanhar a execução orçamentária e financeira dos recursos consignados no
orçamento do FNMA e dos programas.
Art. 8º Ao Departamento de Articulação Institucional e Apoio ao Conselho Nacional
do Meio Ambiente – CONAMA compete:
I - prestar apoio técnico-administrativo ao funcionamento do Conselho, suas câmaras
técnicas permanentes ou temporárias e seus grupos de trabalho;
II - prestar apoio técnico-administrativo ao Secretário-Executivo para que o mesmo
desempenhe suas funções regimentais de secretaria-executiva do Conselho;
III - atuar como ponto focal para as concertações internas ao Ministério e suas
vinculadas e ao Governo Federal nos assuntos referentes às atividades do Conselho;
IV – realizar a articulação entre o CONAMA e os demais órgãos colegiados do
Ministério;
V – promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de ações
direcionadas à implementação das políticas públicas de meio ambiente;
VI - promover a articulação, disseminação e comunicação com a sociedade civil das
políticas ambientais; e
VII – apoiar a Secretaria-Executiva na formulação e implementação de estratégias e
mecanismos de fortalecimento institucional dos órgãos e entidades que compõem o
SISNAMA.
Art. 9º Ao Departamento de Desenvolvimento, Produção e Consumo Sustentável
compete:
I- elaborar, coordenar e acompanhar a implementação do Plano de Produção e
Consumo Sustentável- PPCS;
II – propor, apoiar e acompanhar o desenvolvimento e a implementação de estudos,
normas, mecanismos e instrumentos de responsabilidade socioambiental e de códigos
voluntários de conduta junto a empresas públicas e privadas;
III – promover o desenvolvimento de estudos e subsidiar a formulação de políticas,
normas, iniciativas e estratégias relacionados com a produção limpa e eco eficiente, o
consumo sustentável e o desenvolvimento de ecomercados e negócios sustentáveis;
IV - coordenar o Programa da Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P
no âmbito Federal e apoiar a sua implementação nas esferas estaduais e municipais; e
215
V –apoiar a Secretaria Executiva na coordenação e no acompanhamento da
implementação das estratégias e ações relacionadas à Agenda 2030 e aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável na área de competência do Ministério do Meio Ambiente.
Art. 10. À Assessoria de Assuntos Internacionais compete:
I - assessorar o Ministro de Estado, as Secretarias do Ministério e as entidades
vinculadas nos assuntos relacionados com cooperação internacional nas áreas de
competência do Ministério;
II - coordenar, orientar e subsidiar a participação do Ministério em foros
internacionais que tratam de questões relativas ao meio ambiente e aos recursos hídricos;
III - atuar como interlocutor do Ministério e das suas entidades vinculadas junto ao
Ministério das Relações Exteriores;
IV - articular e negociar com os organismos internacionais, entidades e governos
estrangeiros o apoio a programas e projetos relacionados à Política Nacional do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos; e
V - supervisionar e acompanhar a negociação e a implementação dos atos
internacionais ratificados pelo Brasil na área de competência do Ministério.
Art. 11. À Consultoria Jurídica, órgão setorial da Advocacia-Geral da União, compete:
I - assessorar o Ministro de Estado em assuntos de natureza jurídica;
II - exercer a coordenação e a orientação técnica das atividades jurídicas do
Ministério;
III - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos tratados e dos demais atos
normativos a ser uniformemente seguida em suas áreas de competência e coordenação,
quando não houver orientação normativa do Advogado-Geral da União;
IV - elaborar, após manifestação da unidade jurídica do órgão ou entidade de origem,
pareceres jurídicos sobre questões, dúvidas ou conflitos, submetidos ao exame do
Ministério, em matérias relativas à sua competência;
V - opinar sobre atos a serem submetidos ao Ministro de Estado com vistas à
vinculação administrativa;
VI - elaborar estudos e preparar informações, por solicitação do Ministro de Estado;
VII - assistir ao Ministro de Estado no controle interno dos atos administrativos a
serem implementados ou já efetivados, e daqueles oriundos de órgão ou entidade sob sua
coordenação jurídica;
VIII - examinar prévia e conclusivamente, no âmbito do Ministério:
a) os textos de edital de licitação, bem como os dos respectivos contratos ou
instrumentos congêneres, a serem celebrados e publicados;
b) os atos pelos quais se vá reconhecer a inexigibilidade ou decidir a dispensa de
licitação;
c) os projetos de lei, de decreto e, sempre que necessário, outros atos normativos
expedidos pelo Ministério; e
IX - fornecer às unidades jurídicas vinculadas e à Advocacia-Geral da União
subsídios jurídicos a serem utilizados nas defesas judiciais e administrativas em matéria de
interesse do Ministério.
Seção II
Dos Órgãos Específicos Singulares
Art. 12. À Secretaria de Mudança do Clima e Florestas compete:
216
I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias para a
implementação de programas e projetos, em temas relacionados com:
a) mitigação e adaptação à mudança do clima;
b) combate ao desmatamento e à degradação florestal;
c) recomposição florestal; e
d) florestas.
II - coordenar:
a) as ações do Ministério relacionadas à mudança do clima e florestas;
b) a implementação e o monitoramento da Política Nacional sobre Mudança do Clima;
c) a formulação e implementação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima;
d) a elaboração e a implementação do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do
Clima;
e) as ações de combate ao desmatamento e à degradação florestal nos biomas
brasileiros;
f) a elaboração e a implementação da Política Nacional de Manejo e Controle de
Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais;
g) a elaboração e implementação da estratégia nacional de redução das emissões de
gases de efeito estufa decorrentes do desmatamento e da degradação florestal;
h) a regulamentação e a implementação da Lei 12.651, de 25 de maio de 2012; e
i) a implementação do Programa Brasileiro de Eliminação dos
Hidroclorofluorcarbonos.
III - propor políticas e instrumentos econômicos e financeiros voltados à
implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima e ao desenvolvimento
florestal sustentável;
IV - promover e fomentar projetos, estudos e iniciativas que visem à mitigação da
mudança do clima e à adaptação a seus efeitos;
V - apoiar tecnicamente os demais entes federativos em suas ações e políticas nas
áreas de mudança do clima;
VI – exercer as funções de secretaria-executiva do Comitê Gestor do Fundo Nacional
sobre Mudança do Clima;
VII - realizar a articulação institucional e coordenar a elaboração e implementação
do Programa Nacional de Florestas - PNF, conforme previsto no Decreto nº 3.420, de 2000;
VIII – prestar apoio técnico e administrativo à Comissão Nacional de Florestas-
CONAFLOR, instituída pelo Decreto nº 3.420, de 2000;
IX – prestar apoio técnico à Comissão de Gestão de Florestas Públicas-CGFLOP,
instituída pela Lei n° 11.284, de 2 de março de 2006;
X – formular, supervisionar e avaliar estratégias, políticas, planos e programas para
a gestão de florestas públicas; e
XI - subsidiar, assessorar e participar, em articulação com a Assessoria de Assuntos
Internacionais, de negociações internacionais e eventos relacionados com a mudança do
clima e florestas.
Art. 13. Ao Departamento de Políticas de Mitigação à Mudança do Clima compete:
I - subsidiar o desenvolvimento de políticas, normas, iniciativas e estratégias voltadas
para a mensuração, relato e verificação de emissões de gases de efeito estufa;
II - acompanhar e subsidiar tecnicamente o Comitê Interministerial sobre Mudança
do Clima (CIM);
217
III - coordenar, acompanhar e subsidiar tecnicamente o Grupo Executivo sobre
Mudança do Clima (GEx), órgão executivo do CIM;
IV - acompanhar e subsidiar tecnicamente a Comissão Interministerial de Mudança
Global do Clima;
V - apoiar tecnicamente os órgãos governamentais responsáveis pelas ações setoriais
para a implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima;
VI - coordenar e promover ações relativas à proteção da camada de ozônio;
VII - atuar como ponto focal técnico no Governo Federal para os temas relacionados
com a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e do Protocolo de
Montreal sobre substâncias que destroem a Camada de Ozônio, e coordenar sua
implementação no país; e
VIII - coordenar o Comitê Executivo Interministerial para Proteção da Camada de
Ozônio - Prozon e atuar como sua secretaria executiva.
Art. 14. Ao Departamento de Políticas para Adaptação à Mudança do Clima compete:
I - coordenar a elaboração, a implementação, o monitoramento e a avaliação do Plano
Nacional de Adaptação à Mudança do Clima;
II - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação técnica e
científica com entidades nacionais e internacionais para promoção da adaptação aos efeitos
da mudança do clima;
III- prestar apoio técnico ao funcionamento do Comitê Gestor do Fundo Nacional
sobre Mudança do Clima;
IV- coordenar as atividades administrativas do Fundo Nacional sobre Mudança do
Clima;
V - prestar apoio técnico-administrativo ao Secretário da Secretaria de Mudança do
Clima e Florestas para que o mesmo desempenhe suas funções regimentais de Secretário
Executivo do Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; e
VI - apoiar outras áreas do Ministério e demais Ministérios para a elaboração e
implementação de políticas públicas com impactos na área de adaptação à mudança do
clima.
Art. 15. Ao Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento e de
Recomposição de Vegetação compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para a
implementação de programas e projetos em temas relacionados ao combate ao
desmatamento e à recomposição de vegetação;
II - propor, coordenar, monitorar e avaliar planos para prevenção e controle ao
desmatamento e dos incêndios florestais nos biomas brasileiros, bem como para a
recomposição de vegetação;
III - coordenar as comissões executivas dos planos de ação para prevenção e controle
do desmatamento e dos incêndios florestais nos biomas brasileiros;
IV - elaborar e coordenar a implementação da Política Nacional de Manejo e Controle
de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais;
V - propor e coordenar, no âmbito do Ministério, instrumentos de financiamento de
ações nacionais e internacionais relacionadas à redução do desmatamento e da degradação
e à recomposição de vegetação;
VI - apoiar o Comitê Orientador e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia, técnica e
administrativamente;
218
VII - coordenar a elaboração e implementação da estratégia nacional de redução das
emissões decorrentes do desmatamento e da degradação florestal e de aumento dos
estoques de carbono;
VIII - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação
internacional relacionados à prevenção e controle do desmatamento e dos incêndios
florestais e de promoção e incentivo à recomposição de vegetação e demais instrumentos
relacionados a sua área de competência;
IX – realizar estudos, sistematizar e disseminar informações sobre resultados e
impactos das ações de prevenção e controle do desmatamento, da degradação florestal, dos
incêndios florestais, da recomposição de vegetação e demais temas relacionados a redução
de emissões e aumento dos estoques de carbono; e
X – apoiar e desenvolver instrumentos de mensuração e avaliação da degradação e
da recomposição de vegetação.
Art. 16. Ao Departamento de Florestas compete:
I - propor, avaliar, coordenar e acompanhar políticas, programas, projetos, normas e
estratégias relacionados com florestas nativas e plantadas;
II - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias sobre
instrumentos e mecanismos de cunho econômico, tributário, fiscal, creditício e financeiro,
voltados ao desenvolvimento e à gestão florestal;
III – supervisionar e acompanhar, junto ao SFB, a execução da política de concessões
florestais, contratos de concessão de uso ou de exploração de florestas públicas, nativas ou
plantadas;
IV – apoiar a Secretaria na coordenação e proposição da regulamentação da Lei
12.651, de 2012, nos assuntos de sua competência;
V – apoiar a Secretaria na articulação institucional e na coordenação, elaboração e
implementação do Programa Nacional de Florestas-PNF, conforme previsto no Decreto
n°3.420, de 2000, bem como coordenar o Grupo Executivo de Implementação do PNF,
conforme previsto no Decreto n° 4.864, de 2003;
VI – prestar apoio técnico e administrativo à Comissão Nacional de Florestas-
CONAFLOR, instituída pelo Decreto n° 3.420, de 2000;
VII - participar, em articulação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento-MAPA, da formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento de
Florestas Plantadas - PNDF, previsto no Decreto n° 8.375, de 11 de dezembro de 2014,
bem como participar da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do MAPA;
VIII – participar do Conselho Consultivo do Fundo Nacional de Desenvolvimento
Florestal- FNDF, instituído pela Lei n° 11.284, de 2006;
IX – supervisionar e acompanhar a implementação de ações, instrumentos,
programas, projetos e sistemas de controle do SFB, Instituto Chico Mendes e IBAMA, no
âmbito de sua competência;
X – supervisionar e acompanhar a implementação de programas e projetos de
cooperação técnica internacional e daqueles decorrentes de atos e acordos internacionais
referentes a florestas, seu uso sustentável, produção e comércio;
XI – supervisionar, acompanhar e apoiar a implementação de Programas de
Regularização Ambiental, conforme previsto no art. 15 do Decreto n° 7.830, de 17 de
outubro de 2012;
XII – formular, coordenar, avaliar e acompanhar estratégias, políticas, planos e
219
programas para a gestão de florestas públicas; e
XIII – apoiar, avaliar e acompanhar o inventário florestal.
Art. 17. À Secretaria de Biodiversidade compete:
I - propor, avaliar e definir políticas, normas, iniciativas e estratégias para a
implementação de programas e projetos, em temas relacionados com:
a) conservação e uso sustentável da biodiversidade e do patrimônio genético;
b) proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à biodiversidade e
ao patrimônio genético e repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso;
c) conservação e uso sustentável de espécies da flora, da fauna, de microrganismos e
dos recursos pesqueiros, em especial para as espécies ameaçadas de extinção;
d) biossegurança relacionada aos organismos geneticamente modificados e à biologia
sintética;
e) prevenção da introdução, dispersão e o controle de espécies exóticas invasoras;
f) conservação, monitoramento e gestão sustentável dos ecossistemas naturais e seus
serviços;
g) Unidades de Conservação e espaços territoriais especialmente protegidos; e
h) proteção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos nas áreas rurais, além
das Unidades de Conservação e espaços territoriais especialmente protegidos.
II - coordenar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza- SNUC;
III – coordenar a regulamentação da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000;
IV - monitorar e avaliar o impacto de políticas de desenvolvimento e das mudanças
climáticas sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos;
V - coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos atos internacionais na
área de sua competência, inclusive a Convenção sobre Diversidade Biológica;
VI – orientar e supervisionar os órgãos do SISNAMA no manejo in situ e ex situ para
a conservação da fauna e flora;
VII – supervisionar e coordenar a publicação de listas nacionais oficiais de espécies
ameaçadas de extinção;
VIII - subsidiar o Ministério de Meio Ambiente para, em conjunto com o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA, fixar as normas, critérios, padrões e
medidas de ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros;
IX - prestar apoio técnico-administrativo para a Comissão Nacional de
Biodiversidade-CONABIO, o Comitê Nacional de Zonas Úmidas-CNZU, o Conselho
Nacional de Gestão do Patrimônio Genético-CGEN e a, Comissão Nacional do Programa
Cerrado Sustentável - CONACER e outros colegiados governamentais de sua área de
competência; e
X - subsidiar, assessorar e participar de negociações e eventos que envolvam o
comprometimento de direitos e a interferência em interesses nacionais sobre a pesca,
juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com o IBAMA,
e em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, quando for o caso.
Art. 18. Ao Departamento de Gestão da Fauna e da Flora compete:
I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias
para a conservação e uso sustentável de espécies terrestres e aquáticas, incluindo os
recursos pesqueiros e os microrganismos, com ênfase naquelas ameaçadas de extinção,
raras ou sensíveis;
II – subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias
220
voltadas à prevenção da introdução e ao controle das espécies exóticas invasoras;
III – propor, coordenar e implementar programas e projetos para a conservação e a
recuperação de espécies da flora e da fauna, em especial aquelas constantes das listas
nacionais oficiais das espécies ameaçadas de extinção;
IV – acompanhar e subsidiar tecnicamente a elaboração de políticas, normas,
diretrizes e critérios para garantir o uso sustentável de espécies da biodiversidade aquática,
em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
V - coordenar as atividades de implementação da Convenção sobre Diversidade
Biológica na sua área de competência;
VI - coordenar a implementação dos acordos internacionais relacionados à
conservação e uso sustentável da fauna e da flora dos quais o Brasil é signatário;
VII - apoiar a Secretaria na orientação e supervisão dos órgãos do SISNAMA no
manejo in situ e ex situ para a conservação da fauna e da flora;
VIII – coordenar, avaliar e acompanhar o processo de publicação de listas nacionais
oficiais de espécies ameaçadas de extinção;
IX - supervisionar e acompanhar a elaboração dos planos de ação nacionais e outras
políticas para a conservação das espécies ameaçadas de extinção;
X – coordenar e acompanhar o monitoramento do estado de conservação das espécies,
e propor medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias às ameaças;
XI - definir espécies prioritárias para as diretrizes de conservação e uso sustentável;
e
XII - promover ações de proteção e recuperação de espécies aquáticas impactadas
pela pesca, incluindo a avaliação e proposição de medidas para mitigação de captura.
Art. 19. Ao Departamento de Ecossistemas e Biomas compete:
I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias
para a conservação e uso sustentável de ecossistemas terrestres, dulcícolas e marinhos;
II – avaliar as ameaças sobre os ecossistemas, em especial das mudanças climáticas,
mudanças no uso das terras e degradação ambiental, e propor medidas de prevenção,
mitigação e adaptação;
III - avaliar as diferentes formas de usos dos ecossistemas para definição e
reconhecimento de estratégias de conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais;
IV – coordenar a identificação de áreas prioritárias para conservação, recuperação e
uso sustentável de ecossistemas e biomas;
V - coordenar o componente ambiental do Programa Antártico Brasileiro;
VI – monitorar o estado dos ecossistemas e biomas e propor estratégias de proteção,
uso e recuperação; e
VII - coordenar as atividades de implementação da Convenção sobre Diversidade
Biológica na sua área de competência.
Art. 20. Ao Departamento de Áreas Protegidas compete:
I – subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias
para a conservação das Unidades de Conservação e dos espaços territoriais especialmente
protegidos;
II – apoiar na coordenação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza - SNUC;
III - monitorar a conservação da biodiversidade nas Unidades de Conservação e nos
espações territoriais especialmente protegidos;
221
IV - avaliar a representatividade das Unidades de Conservação e dos espaços
territoriais especialmente protegidos para a conservação da biodiversidade e dos serviços
ecossistêmicos;
V – coordenar o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - CNUC;
VI – supervisionar as ações de conservação e uso sustentável da biodiversidade em
Unidades de Conservação;
VII – supervisionar a compensação ambiental federal de empreendimentos de
significativo impacto ambiental;
VIII - promover e coordenar o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas;
IX - estabelecer o sistema de mosaicos de áreas protegidas, associando as unidades
de conservação a corredores ecológicos;
X - participar e assistir tecnicamente aos órgãos colegiados na sua área de
competência;
XI - coordenar as atividades de implementação da Convenção sobre Diversidade
Biológica, em sua área de competência; e
XII - apoiar a Secretaria na coordenação e proposição da regulamentação da Lei nº
9.985, de 2000.
Art. 21. Ao Departamento de Patrimônio Genético compete:
I - subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias para o
desenvolvimento da economia do patrimônio genético e conhecimento tradicional
associado e para a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes do seu uso;
II – subsidiar a formulação de políticas para o fortalecimento e adensamento da
participação dos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores
familiares nas cadeias produtivas de produtos e materiais reprodutivos oriundos do acesso
ao patrimônio genético e conhecimentos tradicionais associados;
III – incentivar a capacitação e a organização dos atores públicos, privados, povos
indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores familiares relevantes para
o funcionamento dos sistemas nacional e internacional de acesso e repartição de benefícios;
IV – subsidiar a formulação de políticas visando o desenvolvimento de cadeias
produtivas oriundas de patrimônio genético e conhecimento tradicional associado de
origem nacional, em especial de fitoterápicos;
V – coordenar o reconhecimento e registro do conhecimento tradicional associado ao
patrimônio genético, o desenvolvimento e difusão de Protocolos Comunitários de acesso e
repartição e benefícios de populações e comunidades tradicionais;
VI – subsidiar a formulação e implementação de políticas visando a biossegurança
na utilização de organismos geneticamente modificados e na biologia sintética;
VII – coordenar, em sua área de competência, a harmonização das políticas nacionais
com os acordos e convenções internacionais ratificadas pelo Brasil, em especial a
Convenção sobre Diversidade Biológica e seus Protocolos; e
VIII - exercer a função de secretaria-executiva do Conselho de Gestão do Patrimônio
Genético – CGen.
Art. 22. À Secretaria de Qualidade Ambiental e Recursos Hídricos compete:
I - propor a formulação da Política Nacional de Recursos Hídricos, bem como
acompanhar e monitorar sua implementação, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro
de 1997 e da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000;
II- subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias para
222
temas relacionados com:
a) recursos hídricos;
b) ordenamento ambiental do território;
c) gestão ambiental urbana;
d) prevenção, o controle, e o monitoramento da poluição;
e) gestão integrada de resíduos sólidos urbanos;
f) produtos e resíduos perigosos;
g) passivos ambientais e áreas contaminadas;
h) instrumentos de gestão e avaliação ambiental; e
i) critérios e padrões de qualidade ambiental.
III – desenvolver e aperfeiçoar instrumentos locais e regionais de planejamento e
gestão que incorporem a variável ambiental;
IV – formular, propor e acompanhar a implementação de políticas de prevenção,
preparação e atendimento a situações de emergência ambiental;
V - promover a segurança química;
VI - acompanhar a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos;
VII - coordenar, em sua esfera de competência, a elaboração de planos e programas
nacionais referentes a revitalização de bacias hidrográficas;
VIII - monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos – SINGREH;
IX - desenvolver ações de apoio aos Estados na implementação dos sistemas
estaduais de gerenciamento de recursos hídricos e na implantação das políticas estaduais
de recursos hídricos;
X - prestar apoio técnico ao Ministro de Estado no acompanhamento do cumprimento
das metas previstas em contrato de gestão celebrado entre o Ministério e a ANA e outros
acordos de gestão relativos a recursos hídricos;
XI - exercer a função de secretaria-executiva do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos;
XII - coordenar, no âmbito da União, Estados e Municípios, a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, nos termos da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 e do Decreto nº
7.404, 23 de dezembro de 2010;
XIII - acompanhar a implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;
XIV - monitorar o funcionamento do Sistema Nacional de Informações de Resíduos
Sólidos – SINIR, em articulação com outros órgãos da União, dos Estados e dos Municípios;
XV – desenvolver instrumentos de gestão e avaliação de política ambiental;
XVI - coordenar a elaboração do Zoneamento Ecológico Econômico Nacional –ZEE
nos biomas brasileiros ou territórios abrangidos por planos e projetos prioritários do
Governo Federal e apoiar e acompanhar os ZEE das unidades da federação; e
XVII - subsidiar a formulação de políticas e normas e a proposição de estratégias
para a implementação de ações em temas relacionados com licenciamento ambiental.
Art. 23. Ao Departamento de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias
Hidrográficas compete:
I - coordenar a elaboração, a atualização, e apoiar o acompanhamento da
implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos;
II - articular a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos com setores
governamentais, segmentos usuários de recursos hídricos e sociedade civil organizada;
223
III - apoiar os estados na implementação de Sistemas Estaduais de Gerenciamento de
Recursos Hídricos e na implantação das Políticas Estaduais de Recursos Hídricos;
IV - apoiar e monitorar o funcionamento do SINGREH;
V – propor e acompanhar estudos para a formulação de diretrizes de gerenciamento
dos recursos hídricos fronteiriços e transfronteiriços;
VI - coordenar, em sua esfera de competência, a elaboração de planos, programas e
projetos nacionais, referentes a águas superficiais e subterrâneas, e monitorar o
desenvolvimento de suas ações;
VII - subsidiar a formulação de políticas e normas e a definição de estratégias para a
implementação de programas e projetos em temas relacionados com a recuperação e
revitalização de bacias hidrográficas;
VIII - acompanhar e articular as ações intra e intergovernamentais, bem como com
atores sociais, relacionadas à recuperação e revitalização de bacias hidrográficas e de
conservação de bacias hidrográficas com vulnerabilidade ambiental; e
IX- apoiar a secretaria no exercício das atividades de secretaria-executiva do
Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
Art. 24. Ao Departamento de Gestão da Qualidade Ambiental compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para a
implementação de programas e projetos em temas relacionados com:
a) gestão ambiental urbana;
b) caracterização de vulnerabilidades e fragilidades ambientais em áreas urbanas
c) prevenção e controle da poluição ambiental;
d) padrões e critérios de qualidade ambiental;
e) licenciamento ambiental;
f) avaliação ambiental estratégica;
g) segurança química; e
h) emergências ambientais.
II - supervisionar e coordenar ações relacionadas ao licenciamento ambiental e à
avaliação ambiental estratégica;
III - desenvolver e propor novos instrumentos de gestão ambiental;
IV - formular, propor e promover a implementação de políticas de prevenção,
preparação e atendimento a situações de emergência ambiental; e
V - apoiar e coordenar programas, projetos e ações que promovam a qualidade do ar.
Art. 25. Ao Departamento de Gestão de Resíduos e Recuperação Ambiental compete:
I - subsidiar a formulação de políticas, normas, iniciativas e estratégias para a
implementação de programas e projetos em temas relacionados com:
a) resíduos sólidos urbanos;
b) passivos ambientais e áreas contaminadas; e
c) resíduos perigosos.
II - desenvolver estudos e projetos relacionados com a recuperação de danos
ambientais relativos a produtos perigosos;
III - coordenar, no âmbito da União, Estados e Municípios, a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, nos termos da Lei nº 12.305, de 2010 e do Decreto nº 7.404, de 2010;
IV - coordenar a elaboração e a atualização, além de acompanhar a implementação
do Plano Nacional de Resíduos Sólidos;
V - desenvolver, monitorar e manter atualizado o Sistema Nacional de Informações
224
de Resíduos Sólidos – SINIR, em articulação com outros órgãos da União, dos Estados e
dos Municípios;
VI - apoiar Estados e Municípios na elaboração e implementação dos planos de
gestão de resíduos sólidos;
VII - apoiar os Estados e Municípios na implementação de sistemas de
gerenciamento de resíduos sólidos;
VIII - incentivar e apoiar a institucionalização de consórcios públicos em resíduos
sólidos urbanos;
IX - apoiar a implementação de programas que contribuam para a inserção e
qualificação dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis de acordo com a Política
Nacional de Resíduos Sólidos;
X - coordenar a institucionalização da logística reversa de resíduos no país, e
acompanhar a sua implementação nas diversas cadeias e espaços regionais; e
XI - coordenar a formação de acordos setoriais e normatização de procedimentos
para realização da logística reversa prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Art. 26. Ao Departamento de Ordenamento Ambiental do Território compete:
I - subsidiar a formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias
para o ordenamento ambiental do território;
II – apoiar a secretaria na coordenação da elaboração do Zoneamento Ecológico
Econômico- ZEE no território nacional e promover o ZEE das unidades da Federação; e
III – promover, acompanhar e apoiar a implementação de programas e projetos
relacionados à gestão ambiental do território.
Art. 27. À Secretaria de Extrativismo, Cidadania e Educação Ambiental compete:
I – articular, formular e propor políticas, normas e estratégias e promover estudos
ambientais nos temas relacionados com:
a) territórios de populações e comunidades tradicionais e povos indígenas;
b) extrativismo;
c) políticas agroambientais, agricultura de base ecológica e a agrobiodiversidade;
d) uso sustentável dos recursos naturais para o combate à desertificação e
sobrevivência com a semiaridez;
e) educação ambiental; e
f) juventude e meio ambiente.
II - coordenar, executar e operacionalizar o Programa de Apoio à Conservação
Ambiental, denominado Programa Bolsa Verde, instituído pela Lei nº 12.512, de 14 de
outubro de 2011, observadas as indicações do Comitê Gestor do referido Programa, bem
como apoiar a coordenação do Comitê do Programa;
III – promover, acompanhar e apoiar a implementação do Plano Nacional de
Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade;
IV - apoiar e acompanhar políticas de manejo e uso florestal sustentável no meio
rural;
V – apoiar e incentivar a conservação, o desenvolvimento rural sustentável e o uso
sustentável da biodiversidade junto a povos indígenas e populações e comunidades
tradicionais e quilombolas, agricultores familiares e assentados da reforma agrária;
VI - apoiar a conservação, valorização e promoção do conhecimento e uso
sustentável dos componentes da agrobiodiversidade, junto a outros órgãos governamentais,
entes federados e a sociedade;
225
VII - desenvolver e apoiar ações socioambientais em áreas protegidas da União e
outras áreas rurais;
VIII - fomentar e apoiar o uso sustentável dos recursos naturais e da biodiversidade,
a adoção de tecnologias sustentáveis, a retribuição por serviços ambientais e instrumentos
econômicos associados às populações e comunidades tradicionais, povos indígenas,
agricultores familiares e assentados da reforma agrária e outros públicos definidos como
prioritários, nas atividades relacionadas à agricultura, ao agroextrativismo e à agroindústria;
IX - fomentar e apoiar a gestão ambiental associada à organização da produção, com
ênfase na estruturação de cadeias produtivas sustentáveis;
X - apoiar a implementação de ações para o uso sustentável dos recursos naturais em
áreas desertificadas e em processo de desertificação, de combate à desertificação e
mitigação dos efeitos da seca e de convivência com a semiaridez;
XI - representar o Brasil, na qualidade de Ponto Focal Nacional Técnico perante à
Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação – UNCCD;
XII - coordenar a organização da Conferência Nacional do Meio Ambiente e, em
articulação com o Ministério da Educação – MEC, a Conferência Nacional Infanto-Juvenil
pelo Meio Ambiente; e
XIII - elaborar, coordenar e acompanhar a implementação da Política Nacional de
Educação Ambiental.
Art. 28. Ao Departamento de Extrativismo compete:
I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e a
produção de estudos para a implementação de programas e projetos voltados para
populações e comunidades tradicionais, povos indígenas e agricultores familiares em temas
relacionados com o agroextrativismo e as cadeias produtivas baseadas nos recursos da
sociobiodiversidade;
II – fomentar a retribuição por serviços ambientais e instrumentos econômicos
associados aos povos indígenas, populações e comunidades tradicionais e agricultores
familiares;
III - propor, articular e acompanhar ações socioambientais em áreas protegidas da
União e outras áreas rurais; e
IV – coordenar e operacionalizar o Programa Bolsa Verde, observadas as indicações
do Comitê Gestor do Programa.
Art. 29. Ao Departamento de Sociobiodiversidade e de Combate à Desertificação
compete:
I - subsidiar a formulação de políticas e normas, a definição de estratégias e a
produção de estudos para a implementação de programas e projetos em temas relacionados
com:
a) gestão ambiental rural e produção sustentável no meio rural;
b) políticas agroambientais, de base ecológica e agrobiodiversidade;
c) serviços ambientais e ecossistêmicos; e
d) uso sustentável dos recursos naturais para o combate à desertificação e
convivência com a semiaridez.
II - incentivar o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios rurais, a geração
e a adoção de tecnologias sustentáveis, especialmente nas atividades relacionadas à
agricultura, à agroindústria, suas cadeias produtivas e ao turismo;
III - apoiar e fomentar a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável junto aos
226
assentamentos de reforma agrária, aos agricultores familiares e demais produtores rurais;
IV – incentivar a retribuição por serviços ambientais e instrumentos econômicos
associados ao meio rural;
V - propor, coordenar e implementar programas e projetos de cooperação
interinstitucional e internacional para o combate à desertificação e mitigação dos efeitos
da seca e a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação - UNCCD no
País;
VI - apoiar programas e ações regionais, estaduais e municipais de combate à
desertificação;
VII - apoiar e fomentar a sistematização, disseminação e o intercâmbio de
experiências e conhecimentos voltados ao combate e à recuperação de áreas em processo
de desertificação e degradadas por desertificação;
VIII – exercer as atividades de Secretaria-Executiva da Comissão Nacional de
Combate à Desertificação – CNCD;
IX – exercer o papel de Ponto Focal Técnico do Brasil na Convenção das Nações
Unidas para o Combate à Desertificação – UNCCD, articulado com o Ministério das
Relações Exteriores; e
X - coordenar, implementar e atualizar o Programa Nacional de Combate à
Desertificação.
Art. 30. Ao Departamento de Cidadania e Educação Ambiental compete:
I - desenvolver política de capacitação técnica em educação ambiental no âmbito do
SISNAMA;
II - formular, coordenar e acompanhar a implementação da Política Nacional de
Educação Ambiental;
III – coordenar a organização da Conferência Nacional do Meio Ambiente;
IV- coordenar, em conjunto com o Ministério da Educação – MEC, a organização da
Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente; e
V - promover a articulação e a integração intra e intergovernamental de ações
direcionadas à implementação das Políticas Públicas de Educação Ambiental.
Seção III
Dos Órgãos Colegiados
Art. 31. Ao CONAMA cabe exercer as competências de que trata a Lei nº 6.938, de
31 de agosto de 1981.
Art. 32. Ao CONAMAZ cabe exercer as competências especificadas no Decreto nº
1.541, de 27 de junho de 1995.
Art. 33. Ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos cabe exercer as competências
estabelecidas no art. 35 da Lei nº 9.433, de 1997.
Art. 34. Ao Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente compete
julgar projetos que visem ao uso racional e sustentável dos recursos naturais, inclusive a
manutenção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, no sentido de elevar a
qualidade de vida da população brasileira.
Art. 35. Ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético cabe exercer as
competências estabelecidas na Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015.
Art. 36. À Comissão de Gestão de Florestas Públicas compete exercer as
competências estabelecidas na Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006.
227
Art. 37. À Comissão Nacional de Florestas cabe exercer as competências
estabelecidas no art. 4º-A do Decreto nº 3.420, de 20 de abril de 2000.
Art. 38. Ao Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima compete
exercer as competências estabelecidas na Lei nº 12.114 de 9 de dezembro de 2009 e no
Decreto nº 7.343 de 26 de outubro de 2010.
Art. 39. À Comissão Nacional de Combate à Desertificação cabe exercer as
competências estabelecidas na Lei nº 13.153, de 30 de julho de 2015.
Seção IV
Do Serviço Florestal Brasileiro – SFB
Art. 40. Ao Serviço Florestal Brasileiro, compete:
I - exercer a função de órgão gestor prevista no art. 53 da Lei nº 11.284, de 2 de março
de 2006, no âmbito federal;
II - gerir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal;
III - apoiar a criação e gestão de programas de treinamento, capacitação, pesquisa e
assistência técnica para a implementação de atividades florestais, incluindo manejo
florestal, processamento de produtos florestais e exploração de serviços florestais;
IV - estimular e fomentar a prática de atividades florestais sustentáveis madeireira,
não-madeireira e de serviços;
V - promover a implantação de plantios florestais e de sistemas agroflorestais em
bases sustentáveis;
VI - promover a recuperação de vegetação nativa, das áreas degradadas e a
restauração de ecossistemas florestais;
VII - promover e fomentar o manejo sustentável de florestas públicas e privadas para
a produção de bens e de serviços ambientais;
VIII - promover estudos de mercado para produtos e serviços gerados pelas florestas;
IX - propor planos de produção florestal sustentável, de forma compatível com as
demandas da sociedade;
X - promover e apoiar a concessão florestal em florestas nativas e em florestas
plantadas em áreas públicas destinadas às concessões florestais;
XI - implementar sistemas de controle e rastreabilidade do fluxo de produtos e
subprodutos florestais, oriundos de áreas sob concessão florestal de sua responsabilidade,
em coordenação com o órgão federal responsável pelo controle e fiscalização ambiental;
XII - criar e manter o Sistema Nacional de Informações Florestais integrado ao
Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente;
XIII - estabelecer e gerenciar o Inventário Florestal Nacional, em coordenação com
a Secretaria de Mudança do Clima e Florestas;
XIV - gerenciar o Cadastro Nacional de Florestas Públicas, organizar e manter
atualizado o Cadastro-Geral de Florestas Públicas da União, e adotar providências para
interligar os cadastros estaduais e municipais ao Cadastro Nacional;
XV - gerir o Sistema de Cadastro Ambiental Rural – SICAR;
XVI - coordenar, no âmbito federal, a implantação do Cadastro Ambiental Rural -
CAR junto às unidades da Federação, visando à adequação e à regularização ambiental de
imóveis rurais;
XVII - promover a implantação dos Programas de Regularização Ambiental – PRAs;
XVIII- coordenar a implantação e articular o funcionamento de centros de
228
recuperação de áreas degradadas;
XIX - gerenciar a emissão, o registro e a comercialização das Cotas de Reserva
Ambiental – CRAs;
XX - promover ações para implantação de mecanismos de Pagamentos por Serviços
Ambientais – PSAs, na sua área de competência;
XXI - apoiar e atuar em parceria com os seus congêneres estaduais e municipais; e
XXII – apoiar o Ministério na coordenação e na implementação da Lei12651/2014.
§ 1º As decisões relativas às competências do SFB são tomadas em regime colegiado
pelo Conselho Diretor, formado por um Diretor-Geral e quatro Diretores, por maioria
absoluta de votos.
§ 2º A Assessoria Jurídica do SFB, de que trata o art. 57 da Lei nº 11.284, de 2006,
vincula-se à Consultoria Jurídica do Ministério, nos termos do art. 11, inciso II, da Lei
Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993.
Seção V
Das Competências comuns
Art. 41. Sem prejuízo do disposto nos artigos 3º a 40, compete à Secretaria Executiva,
à Assessoria de Assuntos Internacionais, às Secretarias e aos Departamentos, nas
respectivas áreas de competência:
I - promover e conduzir, direta ou indiretamente, atividades de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação (PD&I);
II - propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente programas e
projetos, inclusive de cooperação técnica e científica com entidades nacionais e
internacionais;
III – coordenar, executar e acompanhar as políticas públicas decorrentes dos atos
internacionais;
IV - assistir tecnicamente aos órgãos colegiados; e
V - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas.
CAPÍTULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES
Seção I
Do Secretário-Executivo
Art. 42. Ao Secretário-Executivo incumbe:
I - coordenar, consolidar e submeter ao Ministro de Estado o plano de ação global do
Ministério;
II - supervisionar e avaliar a execução dos programas e atividades do Ministério;
III - supervisionar e coordenar a articulação dos órgãos do Ministério com os órgãos
centrais dos sistemas afetos à área de competência da Secretaria-Executiva;
IV - supervisionar as funções de secretaria-executiva do Conselho Deliberativo do
Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA;
V - supervisionar as funções de secretaria-executiva do CONAMA; e
VI - exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pelo Ministro de Estado.
Seção II
Dos Secretários e Diretores
229
Art. 43. Aos Secretários, ao Subsecretário, aos Chefes de Assessoria, aos Diretores
de Departamento, ao Diretor-Geral do SFB e aos Diretores incumbe planejar, dirigir,
coordenar, orientar, acompanhar e avaliar a execução das atividades dos órgãos das suas
respectivas Secretarias, Subsecretarias, Departamentos e Serviço e exercer outras
atribuições que lhes forem cometidas em regimento interno.
Seção III
Dos demais Dirigentes
Art. 44. Ao Chefe de Gabinete do Ministro, ao Consultor Jurídico e aos demais
dirigentes incumbe planejar, dirigir, coordenar e orientar a execução das atividades das
respectivas unidades e exercer outras atribuições que lhes forem cometidas, em suas
respectivas áreas de competência.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 45. Os regimentos internos, aprovados pelo Ministro de Estado, definirão o
detalhamento dos órgãos integrantes da Estrutura Regimental, as competências das
respectivas unidades e as atribuições de seus dirigentes.
Parágrafo único. O regimento interno do SFB será aprovado por seu Conselho
Diretor, nos termos do inciso IV do § 1º do art. 56 da Lei nº 11.284, de 2006.
230
ANEXO II
a) QUADRO DEMONSTRATIVO DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS
FUNÇÕES GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.
UNIDADE CARGO/
FUNÇÃO
DENOMINAÇÃO/
CARGO/FUNÇÃO
NE/DAS/
FG
1 Assessor Especial de Controle
Interno
102.5
5 Assessor Especial 102.5
2 Assessor 102.4
5 Assistente 102.2
GABINETE 1 Chefe de Gabinete 101.5
Coordenação-Geral de Apoio
Administrativo
1 Coordenador-Geral 101.4
2 Assessor Técnico 102.3
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Coordenação 1 Coordenador 101.3
1 FG-2
Assessoria Parlamentar 1 Chefe de Assessoria 101.4
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Serviço 1 Chefe 101.1
Assessoria de Comunicação Social 1 Chefe 101.4
1 Assistente 102.2
1 FG-1
ASSESSORIA DE ASSUNTOS
INTERNACIONAIS
1 Chefe de Assessoria 101.5
1 Coordenador-Geral 101.4
SECRETARIA-EXECUTIVA 1 Secretário-Executivo NE
1 Assessor 102.4
1 Diretor de Programa 101.5
1 Gerente de Projeto 101.4
Gabinete 1 Chefe 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
SUBSECRETARIA DE
PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO
E ADMINISTRAÇÃO
1 Subsecretário 101.5
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Coordenação-Geral de Gestão
Administrativa
1 Coordenador-Geral 101.4
231
Coordenação 2 Coordenador 101.3
1 Assistente Técnico 102.1
Divisão 3 Chefe 101.2
Serviço 1 Chefe 101.1
Coordenação-Geral de Gestão de
Pessoas 1 Coordenador-Geral 101.4
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 6 Chefe 101.2
Coordenação-Geral de Tecnologia da
Informação e Informática
1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Divisão 1 Chefe 101.2
Coordenação-Geral de Gestão
Financeira e Contabilidade
1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 4 Chefe 101.2
Coordenação-Geral de Gestão
Orçamentária 1 Coordenador-Geral 101.4
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Divisão 3 Chefe 101.2
2 FG-1
1 FG-2
DEPARTAMENTO DE GESTÃO
ESTRATÉGICA
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
1 Assessor Técnico 102.3
DEPARTAMENTO DE
COOPERAÇÃO FINANCEIRA E
FOMENTO
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
1 Assessor Técnico 102.3
1 Assistente Técnico 102.1
Divisão 2 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE
ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL
E APOIO AO CONSELHO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
1 Diretor 101.5
2 Gerente 101.4
Divisão 2 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE
DESENVOLVIMENTO,
PRODUÇÃO E CONSUMO
SUSTENTÁVEL
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
232
1 Assistente 102.2
CONSULTORIA JURÍDICA 1 Consultor Jurídico 101.5
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Divisão 1 Chefe 101.2
1 FG-2
Coordenação-Geral de Direito
Ambiental
1 Coordenador-Geral 101.4
Divisão 2 Chefe 101.2
Coordenação-Geral de Direito
Administrativo
1 Coordenador-Geral 101.4
Divisão 2 Chefe 101.2
Coordenação – Geral de Direito 1 Coordenador-Geral 101.4
SECRETARIA DE MUDANÇA DO
CLIMA E FLORESTAS
1 Secretário 101.6
Gabinete 1 Chefe 101.4
2 Assessor Técnico 102.3
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS
DE MITIGAÇÃO À MUDANÇA
DO CLIMA
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
1 Assessor Técnico 102.3
1 FG-2
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS
PARA ADAPTAÇÃO À MUDANÇA
DO CLIMA
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
1 Assistente 102.2
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS
DE COMBATE AO
DESMATAMENTO E DE
RECOMPOSIÇÃO DE
VEGETAÇÃO
1 Diretor 101.5
1 Assistente 102.2
2 Gerente de Projeto 101.4
1 FG-1
DEPARTAMENTO DE
FLORESTAS
1 Diretor 101.5
1 Gerente de Projeto 101.4
1 Coordenador 101.3
1 Assistente 102.2
233
SECRETARIA DE
BIODIVERSIDADE
1 Secretário 101.6
Gabinete 1 Chefe 101.4
1 Assistente 102.2
2 Assessor Técnico 102.3
Divisão 1 Chefe 101.2
Serviço 2 Chefe 101.1
DEPARTAMENTO DE
ECOSSISTEMAS E BIOMAS
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE GESTÃO
DA FAUNA E FLORA
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE ÁREAS
PROTEGIDAS
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE
PATRIMÔNIO GENÉTICO
1 Diretor 101.5
Divisão 1 Chefe 101.2
2 Gerente de Projeto 101.4
SECRETARIA DE QUALIDADE
AMBIENTAL E RECURSOS
HÍDRICOS
1 Secretário 101.6
Gabinete 1 Chefe 101.4
1 Assistente 102.2
1 Assistente Técnico 102.1
Divisão 1 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS E DE
REVITALIZAÇÃO DE BACIAS
HIDROGRÁFICAS
1 Diretor 101.5
1 Assistente 102.2
Coordenação 1 Coordenador 101.3
Serviço 1 Chefe 101.1
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE GESTÃO
DA QUALIDADE AMBIENTAL
1 Diretor 101.5
3 Gerente de Projeto 101.4
1 Assessor Técnico 102.3
Divisão 1 Assistente 102.2
DEPARTAMENTO DE GESTÃO
DE RESÍDUOS E RECUPERAÇÃO
AMBIENTAL
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
234
DEPARTAMENTO DE
ORDENAMENTO AMBIENTAL
DO TERRITÓRIO
1 Diretor 101.5
1 Gerente de Projeto 101.4
SECRETARIA DE
EXTRATIVISMO, CIDADANIA E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
1 Secretário 101.6
1 Assistente 102.2
Gabinete 1 Chefe 101.4
2 Assessor Técnico 102.3
1 Assistente Técnico 102.1
Divisão 1 Chefe 101.2
DEPARTAMENTO DE
EXTRATIVISMO
1 Diretor 101.5
1 Assistente 102.2
2 Gerente de Projeto 101.4
DEPARTAMENTO DE
SOCIOBIODIVERSIDADE E DE
COMBATE À DESERTIFICAÇÃO
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
1 Assistente 102.2
DEPARTAMENTO DE
CIDADANIA E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
1 Diretor 101.5
2 Gerente de Projeto 101.4
SERVIÇO FLORESTAL
BRASILEIRO
1 Diretor Geral 101.6
4 Diretor 101.5
Gabinete 1 Chefe 101.4
Ouvidoria 1 Ouvidor 101.4
Gerência 11 Gerente 101.4
Coordenação 10 Coordenador 101.3
Divisão 8 Chefe 101.2
Centro Especializado 1 Chefe 101.4
Coordenação 2 Coordenador 101.3
Serviço 2 Chefe 101.1
b) QUADRO RESUMO DE CUSTOS DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS
FUNÇÕES GRATIFICADAS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
235
CÓDIGO DAS-UNITÁRIO SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
QTDE. VALOR TOTAL QTDE. VALOR TOTAL
NE 6,41 1 6,41 1 6,41
DAS 101.6 6,27 6 37,62 5 31,35
DAS 101.5 5,04 31 156,24 28 141,12
DAS 101.4 3,84 70 268,80 69 264,96
DAS 101.3 2,10 24 50,40 24 50,40
DAS 101.2 1,27 39 49,53 39 49,53
DAS 101.1 1,00 12 12,00 7 7,00
DAS 102.5 5,04 6 30,24 6 30,24
DAS 102.4 3,84 6 23,04 3 11,52
DAS 102.3 2,10 13 27,30 12 25,20
DAS 102.2 1,27 26 33,02 22 27,94
DAS 102.1 1,00 14 14,00 9 9,00
SUBTOTAL 1 248 708,60 225 654,67
FG-1 0,20 4 0,80 4 0,80
FG-2 0,15 4 0,60 4 0,60
FG-3 0,12 - - - -
SUBTOTAL 2 8 1,40 8 1,40
TOTAL (1+2) 256 710,00 233 656,07
236
ANEXO III
REMANEJAMENTO DE CARGOS
CÓDIGO DAS-UNITÁRIO DO MMA PARA A SEGES/MP
QTDE. VALOR TOTAL
DAS 101.6 6,27 1 6,27
DAS 101.5 5,04 3 15,12
DAS 101.4 3,84 1 3,84
DAS 101.1 1,00 5 5,00
DAS 102.4 3,84 3 11,52
DAS 102.3 2,10 1 2,10
DAS 102.2 1,27 4 5,08
DAS 102.1 1,00 5 5,00
TOTAL 23 53,93