ministÉrio do desenvolvimento agrÁrio - mda.gov.br · ministÉrio do desenvolvimento agrÁrio...

12
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONDRAF Aos nove dias do mês de dezembro de dois mil e oito, às 09 horas, verificado o quórum, foi realizada a 34ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável-CONDRAF, no auditório da Conab, situado no SIA Trecho 6, Q. 6C, lote 75, Brasília-DF. PRESENTES: o Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, Interino, Daniel Maia; os Convidados Permanentes: Humberto Oliveira, Secretário de Desenvolvimento Territorial (SDT/MDA) e Secretário do CONDRAF; os(as) Conselheiros(as): Alexandre Furtado de Azevedo (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão-MPO); Aloísio Lopes Pereira de Melo (Ministério da Fazenda-MF); Paulo Roberto da Silva (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento- MAPA); Egon Krakhecke (Ministério do Meio Ambiente-MMA); Paul Singer (Ministério do Trabalho e Emprego-MTE); Jacinta de Fátima Senna da Silva e Regina Célia Paz da Silva Ramos (Ministério da Saúde- MS); Crispim Moreira e João Augusto de Freitas (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome- MDS); Marcílio Andrade Lucena Dias (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República- SEAP); Francisco Canindé (Associação Nacional dos Órgãos de Terra-ANOTER); Juarez Ferreira de Paula Filho (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-SEBRAE); Aloísio Hunhoff (Confederação Nacional dos Municípios-CNM); Gilmar Luiz Pastorio (Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Brasil-FETRAF-Brasil); Luiz Cláudio Lopes da Silva (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB); Atanalgido de Deus Matos, Conselho Nacional dos Seringueiros – CNS); Maria Aparecida Mendes (Coordenação Nacional de Articulação dos Quilombolas-CONAQ); Saturnino Wapotowé Rudzane'edi (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB); Mônica Correia Domingues de Araújo (Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste-Assocene); Marcialene Preisler (Rede Ceffas); João Carlos Sampaio Torrens (Departamento de Estudos Sócios-Econômicos Rurais-DESER); Jean Marc Von der Weid (Assessoria e Serviços a projetos em Agricultura Alternativa-ASPTA); Sebastião Miguel da Cruz (Grupo de Trabalho Amazônico-GTA); Irene Maria dos SantosInstituto Brasil Central – IBRACE); José Paulo Crisóstomo (Fórum Nacional do Cooperativismo de Crédito de Economia Solidária); José Aldo dos Santos (Articulação do Semi-árido-ASA); Álvaro Afonso Simon (Federação das Associações e Sindicatos dos Trabalhadores de Extensão Rural do Setor Público-FASER);. Presentes, ainda, os (as) senhores(as): Bruno Soares Menezes (INCRA); Lorena Pierre Almeida (SDT/MDA); Tiago Costa de Souza (Seara); Maria Jocicleide de Aguiar (GTA/CDT); Luis Fernando T. Oliveira (SDT/MDA); Eliseth de Oliveira e Silva (Comissão Prov. Criação Rede); Telma Peixoto (AsCOM/MDA); Geraldo F. Coelho (INCRA); Francisco Caporal (SAF/MDA); Maria Divaneide Basílio (SDT/MDA); Luciene Maria de Mesquita Lima (SDT/MDA); Ronaldo Camboim Gonçalves (SDT/MDA); Celso Rigo (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil-CNA); Berenice Gomes da Silva (SDT/MDA); Josafá Martins de Oliveira (Colegiado Territorial/SDT/CE); Graça Almeida (SDT/MDA); João Bertolino S. Filho (DFDA/GO); Wanessa Zavarese sechim (MEC); Rossana Lana (SDT/MDA); Lilian Rahal (SAF/MDA); Joaquim Pinheiro (SAF/MDA); Ubiramar Bispo de Souza (Colaborador Territorial do Estado da Bahia); Elaine Cristina Ramos (SDT/MDA) - Secretaria do CONDRAF: Roseli Bueno de Andrade, Vera Azevedo, Mônica Vasconcelos, Priscilla Araújo, Marta Moraes. PAUTA. I PARTE: Palavra do Presidente; Informes da Secretaria do CONDRAF; Palavra dos(as) Conselheiros(as). II PARTE – ORDEM DO DIA: Leitura e aprovação da Ata da 33ª Reunião Ordinária; Apresentação e discussão das propostas do grupo de trabalho pós-conferência; Apreciação de termo de parceria entre a SAF e o Instituto Nordeste e Cidadania; Encaminhamentos. Palavra do Presidente: O senhor Daniel Maia, Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, justificou a ausência do Ministro Guilherme Cassel, presidente do CONDRAF, por estar conduzindo, junto a outros Ministérios do Governo Federal, algumas ações emergenciais referentes ao ocorrido em Santa Catarina, como também, uma discussão referente ao processo de regularização fundiária na Amazônia com Governos Estaduais e outros atores do Governo Federal, a partir de uma demanda expressa do Presidente da República. Informou que o MDA e o INCRA estão avançando, fortemente, em uma proposta de consolidação na questão da regularização fundiária para a Amazônia Legal, a partir de proposições que visam facilitar o acesso à terra dos agricultores familiares, ou seja, naquelas propriedades de até quatro módulos fiscais. Explicou que o esboço geral da proposta contempla, inclusive, a gratuidade do acesso ao módulo, além de outras alterações legais que visam desburocratizar o processo da regularização fundiária. Falou também que o Ministro Guilherme Cassel está em diálogo com o Ministro Carlos 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 1

Upload: haphuc

Post on 25-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOCONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL

ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONDRAF

Aos nove dias do mês de dezembro de dois mil e oito, às 09 horas, verificado o quórum, foi realizada a 34ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável-CONDRAF, no auditório da Conab, situado no SIA Trecho 6, Q. 6C, lote 75, Brasília-DF. PRESENTES: o Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, Interino, Daniel Maia; os Convidados Permanentes: Humberto Oliveira, Secretário de Desenvolvimento Territorial (SDT/MDA) e Secretário do CONDRAF; os(as) Conselheiros(as): Alexandre Furtado de Azevedo (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão-MPO); Aloísio Lopes Pereira de Melo (Ministério da Fazenda-MF); Paulo Roberto da Silva (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA); Egon Krakhecke (Ministério do Meio Ambiente-MMA); Paul Singer (Ministério do Trabalho e Emprego-MTE); Jacinta de Fátima Senna da Silva e Regina Célia Paz da Silva Ramos (Ministério da Saúde-MS); Crispim Moreira e João Augusto de Freitas (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS); Marcílio Andrade Lucena Dias (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República-SEAP); Francisco Canindé (Associação Nacional dos Órgãos de Terra-ANOTER); Juarez Ferreira de Paula Filho (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-SEBRAE); Aloísio Hunhoff (Confederação Nacional dos Municípios-CNM); Gilmar Luiz Pastorio (Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Brasil-FETRAF-Brasil); Luiz Cláudio Lopes da Silva (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB); Atanalgido de Deus Matos, Conselho Nacional dos Seringueiros – CNS); Maria Aparecida Mendes (Coordenação Nacional de Articulação dos Quilombolas-CONAQ); Saturnino Wapotowé Rudzane'edi (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB); Mônica Correia Domingues de Araújo (Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste-Assocene); Marcialene Preisler (Rede Ceffas); João Carlos Sampaio Torrens (Departamento de Estudos Sócios-Econômicos Rurais-DESER); Jean Marc Von der Weid (Assessoria e Serviços a projetos em Agricultura Alternativa-ASPTA); Sebastião Miguel da Cruz (Grupo de Trabalho Amazônico-GTA); Irene Maria dos SantosInstituto Brasil Central – IBRACE); José Paulo Crisóstomo (Fórum Nacional do Cooperativismo de Crédito de Economia Solidária); José Aldo dos Santos (Articulação do Semi-árido-ASA); Álvaro Afonso Simon (Federação das Associações e Sindicatos dos Trabalhadores de Extensão Rural do Setor Público-FASER);. Presentes, ainda, os (as) senhores(as): Bruno Soares Menezes (INCRA); Lorena Pierre Almeida (SDT/MDA); Tiago Costa de Souza (Seara); Maria Jocicleide de Aguiar (GTA/CDT); Luis Fernando T. Oliveira (SDT/MDA); Eliseth de Oliveira e Silva (Comissão Prov. Criação Rede); Telma Peixoto (AsCOM/MDA); Geraldo F. Coelho (INCRA); Francisco Caporal (SAF/MDA); Maria Divaneide Basílio (SDT/MDA); Luciene Maria de Mesquita Lima (SDT/MDA); Ronaldo Camboim Gonçalves (SDT/MDA); Celso Rigo (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil-CNA); Berenice Gomes da Silva (SDT/MDA); Josafá Martins de Oliveira (Colegiado Territorial/SDT/CE); Graça Almeida (SDT/MDA); João Bertolino S. Filho (DFDA/GO); Wanessa Zavarese sechim (MEC); Rossana Lana (SDT/MDA); Lilian Rahal (SAF/MDA); Joaquim Pinheiro (SAF/MDA); Ubiramar Bispo de Souza (Colaborador Territorial do Estado da Bahia); Elaine Cristina Ramos (SDT/MDA) - Secretaria do CONDRAF: Roseli Bueno de Andrade, Vera Azevedo, Mônica Vasconcelos, Priscilla Araújo, Marta Moraes. PAUTA. I PARTE: Palavra do Presidente; Informes da Secretaria do CONDRAF; Palavra dos(as) Conselheiros(as). II PARTE – ORDEM DO DIA: Leitura e aprovação da Ata da 33ª Reunião Ordinária; Apresentação e discussão das propostas do grupo de trabalho pós-conferência; Apreciação de termo de parceria entre a SAF e o Instituto Nordeste e Cidadania; Encaminhamentos. Palavra do Presidente: O senhor Daniel Maia, Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, justificou a ausência do Ministro Guilherme Cassel, presidente do CONDRAF, por estar conduzindo, junto a outros Ministérios do Governo Federal, algumas ações emergenciais referentes ao ocorrido em Santa Catarina, como também, uma discussão referente ao processo de regularização fundiária na Amazônia com Governos Estaduais e outros atores do Governo Federal, a partir de uma demanda expressa do Presidente da República. Informou que o MDA e o INCRA estão avançando, fortemente, em uma proposta de consolidação na questão da regularização fundiária para a Amazônia Legal, a partir de proposições que visam facilitar o acesso à terra dos agricultores familiares, ou seja, naquelas propriedades de até quatro módulos fiscais. Explicou que o esboço geral da proposta contempla, inclusive, a gratuidade do acesso ao módulo, além de outras alterações legais que visam desburocratizar o processo da regularização fundiária. Falou também que o Ministro Guilherme Cassel está em diálogo com o Ministro Carlos

1

123456789

101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354551

Page 2: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

Minc e o Ministro Reinhold Stephanes sobre a revisão do Código Florestal, considerou ser um tema relevante para ser tratado no CONDRAF, pois considera importante chamar a atenção dos conselheiros(as) para esse movimento de revisões do Código Florestal proposto pelo Congresso Nacional. Em seguida, fez um rápido balanço do ano e apresentou algumas perspectivas para o próximo período. Falou que há uma consolidação dentro do Governo e no conjunto da sociedade das políticas que o Ministério e o INCRA vem desenvolvendo, seja na reforma agrária, seja no apoio a agricultura familiar que demonstram uma melhora na qualidade de vida do conjunto da agricultura familiar, mas também, permitem despertar, para o conjunto da sociedade, de que a agricultura familiar necessita do Ministério do Desenvolvimento Agrário como política social, consolidando a visão de atua também no processo de política econômica. Disse que essa avaliação ficou mais clara a partir de dois projetos que o MDA conduz em parceria com outros Ministérios: o Programa Territórios da Cidadania e o Programa Mais Alimentos, por meio do qual a agricultura familiar através dará sua contribuição nacional no sentido de ampliar e consolidar a produção e garantir preços dos alimentos mais estáveis para o conjunto da sociedade brasileira, afirmando que o Presidente da República considerou que esse era um momento importante para a consolidação do Plano Safra que apresenta um conjunto de oferta de créditos, reforçadas por outras ações como a assistência técnica, seja para a reforma agrária, seja para a agricultura familiar. Em relação a perspectiva para os anos de 2009 e 2010 deliberou-se a consolidação de um conjunto de políticas que estão sendo feitas e ampliar o seu leque de abrangência como elemento orientador do processo de planejamento, reforçando a diversificação e consolidação de programas, como Territórios da Cidadania, como fundamentais para mostrar visibilidade e contribuírem, efetivamente, para melhorar a qualidade de vida do conjunto da população. Disse que, nessa perspectiva, para 2009/2010 há uma questão referente à crise internacional que coloca a necessidade de, periodicamente, sistematizar e avaliar seus desdobramentos, porque nem o MDA nem o INCRA, efetivamente, tem clareza de sua extensão. Chamou a atenção para o fato de que se houver um processo de redução de consumo internacional, certamente o preço do conjunto de mercadorias, de alimentos e da produção agrícola será afetado e que repercussão na questão do mercado interno. Sobre os desdobramentos da I Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – I CNDRSS, afirmou a necessidade de qualificar e reforçar o trabalho do Grupo de Trabalho Pós Conferência na constituição da Política Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, por meio de uma participação mais efetiva do Gabinete do Ministro, tendo sido designado Daniel Maia, enquanto secretário-executivo, pelo Ministro Guilherme Cassel para contribuir na elaboração de uma proposta a ser apresentada na 35ª Reunião Ordinária do Conselho, pelo Ministro. Humberto Oliveira propôs a realização de uma reunião com o Ministro Guilherme Cassel, antes de março, para a consolidação dessa proposta de forma que essas perspectivas que o gabinete tem como preocupações sejam incorporadas.Nesse momento, o plenário do Conselho opta pela inversão da pauta, iniciando pela Ordem do Dia. Aprovação da Ata da 33ª Reunião do CONDRAF: O plenário dispensou a leitura da Ata, que foi enviada com antecedência aos(as) conselheiros(as) e, em seguida, deliberou pela sua análise e aprovação. Maria Aparecida Mendes, requereu a correção do nome do representante da CONAQ. Após a devida modificação a ata foi aprovada pelo plenário. Apresentação do relatório do Grupo de Trabalho Pós-Conferência. Gilmar Pastorio informou que o Grupo de Trabalho Pós-Conferência se reuniu três vezes, no período, com a principal atribuição de construir uma proposta metodológica para a consolidação da Política Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável até o final do ano de 2009. Explicou que o GT se dividiu em três subgrupos: Mapeamento de políticas e programas incidentes no meio rural; Política Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável; e Reformulação do CONDRAF. Em seguida, apontou alguns aspectos importantes, identificados pelo GT e que devem ser levados em consideração para a elaboração dessa Política tal como as diretrizes da 1ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e a necessidade de um debate entre todas as organizações que atuam no âmbito do desenvolvimento rural, tanto as representadas no CONDRAF como as demais. Depois, detalhou a proposta metodológica que prevê um ano de debates para que, em novembro de 2010, a Política esteja elaborada. Prosseguindo a apresentação do trabalho, João Torrens afirmou que o ponto de partida para a elaboração da Política é o levantamento e mapeamento, das propostas aprovadas no documento final da I CNDRSS e que o objetivo do processo é estabelecer as bases para a elaboração de um quadro comparativo entre aquelas propostas que já estariam sendo implementadas por diferentes políticas do governo e as propostas constantes do documento da I CNDRSS. Gilmar Pastorio passou às proposições do GT Pós-Conferência, dentre elas, a que sugere que a 35ª Reunião do CONDRAF seja ampliada, com a participação de representantes dos Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural, de outros conselhos nacionais e de convidados, visando dar conhecimento e receber contribuições pra o processo de elaboração da Política. Foi sugerido, pelo GT, que a 35ª reunião fosse precedida por uma mesa de discussão com o tema: O papel do rural no desenvolvimento nacional, com a indicação do Professor Nelson Delgado, para a elaboração do documento e

2

5657585960616263646566676869707172737475767778798081828384858687888990919293949596979899

100101102103104105106107108109110

2

Page 3: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

de outros debatedores. Apresentou, como proposta de ponto de pauta para a próxima reunião do CONDRAF, a apresentação e aprovação da proposta de Política e o GT propõe também, a continuação dos trabalhos do GT Pós-Conferência ou a criação de um novo Grupo de Trabalho que possa apresentar um roteiro mais detalhado do processo de elaboração da Política, até março de 2009. Falou da idéia da elaboração de uma Carta de Apresentação do Processo de Construção da Política a ser utilizada como estratégia de diálogo para cada segmento dos estados, além do mapeamento e avaliação de políticas e programas incidentes no meio rural. Na seqüência, João Torrens ressaltou que no intervalo entre a próxima reunião seria preparado um documento contendo uma proposta, ainda preliminar, do que seria essa Política. Um segundo documento, denominado, Carta Política, como um instrumento que possa circular entre os ministérios, conselhos e organizações como uma síntese do que se pretende construir e que aponte para a estratégia de construção da Política. Ressaltou a importância das articulações a serem feitas em outros setores e o estabelecimento de um diálogo que permita aprofundar as propostas apresentadas, sendo no âmbito do governo federal, dos conselhos federais e estaduais, do legislativo, nas três instâncias de poder, dos movimentos sociais, das redes sociais, das universidades e centros de pesquisas, além dos agentes financeiros e entidades urbanas. Apontou para a realização de duas oficinas no decorrer de 2009, com a participação de 60 pessoas, sobre temas que precisam ser aprofundados por não terem sido incorporados, de maneira adequada, no documento da I CNDRSS. Os temas seriam a gestão social, a articulação e integração das políticas, o protagonismo dos atores, os mecanismos de execução e gestão das políticas públicas existentes. O segundo tema seria qualidade de vida, envolvendo o meio rural, considerando aspectos como o esporte, a cultura, o lazer, a inclusão digital, dentre outros pontos que mereciam um aprofundamento na construção da Política. Como fechamento desse processo, apresentou a proposta de realização de uma Plenária Nacional, em outubro ou novembro de 2009, semelhante à realizada em Porto Alegre, que teria como objetivo promover o debate sobre as propostas que foram discutidas ao longo desse período e aprovar o documento construído nesse processo. Dando prosseguimento, Gilmar Pastorio questionou se a Política seria operacionalizada a partir de uma lei dentro do Congresso Nacional; através de um decreto de lei do executivo; ou como um processo de articulação do CONDRAF com os demais Ministérios. Na seqüência apresentou a próxima proposta do GT Pós-Conferência, qual seja a de se realizar reuniões bimestrais do CONDRAF, com dois dias inteiros de trabalho, no seguinte formato: em sua primeira parte, a palavra do presidente, informes gerais da secretaria do Conselho. Quanto à palavra dos conselheiros, a sugestão foi de se retirar o item “palavra dos conselheiros” e enviar para os comitês, pois a proposta foi a de que todos os conselheiros sejam envolvidos em um ou mais comitês e que, cada reunião do CONDRAF, seja pautada por dois comitês. Explicou que, dessa forma, dois comitês pautariam a ordem do dia, o debate político da reunião plenária, da segunda parte da reunião sendo que, no primeiro dia, haveria o debate nos comitês e no segundo, uma sessão plenária fazendo o debate dos temas que foram definidos pela pauta. Em outra parte da reunião haveria os encaminhamentos com a presença de palestrantes convidados, do governo, da sociedade ou das várias entidades pertinentes ao tema. Quando ao caráter do CONDRAF, o GT Pós-Conferência propôs: a) manter o caráter consultivo e propositivo de acompanhamento das políticas de desenvolvimento rural sustentável; b) incluir o caráter deliberativo em relação à estratégia do Plano Safra da Agricultura Familiar, políticas e programas do MDA e termos de parceria; e c) assessorar a Presidência da República no tema de desenvolvimento rural sustentável. Sintetizou que o CONDRAF, portanto, deixaria de ser um conselho consultivo para ser um conselho de assessoramento do MDA, de outros Ministérios e da Presidência da República. Quanto às atribuições, o GT propôs o enxugamento e inclusão de algumas atribuições mais efetivas ao regimento do CONDRAF e assim sugeriu: a) propor políticas/programas e subsidiar as áreas competentes nas adequações de políticas públicas para o desenvolvimento rural sustentável a partir das deliberações da I CNDRSS; b): convocar a Conferência em periodicidade não superior a quatro anos; c) definir os parâmetros de composição, organização e funcionamento da Conferência; d) instituir mecanismos de permanência e articulação com órgãos e entidades relacionadas com o desenvolvimento rural sustentável; e) mobilizar e apoiar as entidades da sociedade na implementação da POLÍTICA; e f) manter a articulação permanente com outros conselhos nacionais e de desenvolvimento rural sustentável. Quanto à composição, o GT sugeriu dois terços, composto por entidades da sociedade civil e um terço, governamental, sendo ao todo 60 membros. Em relação à presidência do Conselho, o GT sugeriu, a partir das deliberações da I CNDRSS, uma alternância entre o poder público e a sociedade civil na condução dos trabalhos ou, como uma segunda proposta do GT, que a presidência fosse exercida por um conselheiro da sociedade civil. Em todos os dois casos, a presidência será assessorada por uma secretaria-executiva composta por membros do governo. Quanto à estrutura e funcionamento do Conselho, o GT propôs: a) que os comitês demandem a realização de debates com as unidades do MDA e de outros ministérios, sobre as ações e recursos destinados para desenvolvimento rural sustentável; b) a criação de um

3

111112113114115116117118119120121122123124125126127128129130131132133134135136137138139140141142143144145146147148149150151152153154155156157158159160161162163164165

3

Page 4: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

Comitê Permanente de Articulação da Sociedade Civil para os debates estratégicos do desenvolvimento rural sustentável - esses debates seriam realizados antes das reuniões do Conselho sobre temas de interesse da sociedade civil; c) criação do Comitê Permanente Temático da Agricultura Familiar; d) criação do Comitê Permanente Temático da Reforma Agrária; e) continuidade do Comitê Permanente de Gênero, Raça e Etnia; f) criação de um Comitê Permanente Temático de Articulação e g) a criação de um Comitê Permanente Temático da Sócio-biodiversidade, Conhecimentos e Saberes, onde entraria todo o processo da agroecologia. Falou ainda que esses comitês poderiam criar subgrupos conforme sua necessidade, organização e pautas. Sobre os grupos de trabalho, disse que seriam de caráter temporário e criados por demanda do plenário e, como última requisição do GT, a de que o Ministro do MDA pudesse não mais fazer-se presente somente no início da reunião, mas também ao seu final para que, de fato, possa ocorrer as discussões políticas dos encaminhamentos. Finalizando a apresentação, o senhor João Torrens, apresentou o cronograma proposto do GT à apreciação do CONDRAF, informando que até março de 2009 seria feito o planejamento do conjunto dessas atividades, elaborada a Carta Política para circular entre as diferentes entidades, órgãos do governo, conselhos e também elaborado o documento preliminar com as bases iniciais da discussão da Política. Disse que seriam feitos, também, um detalhamento dessa Política e uma primeira reunião do próximo GT para acompanhar, monitorar e avaliar permanentemente as ações desse processo. Informou que, em março de 2009, será a primeira reunião do ano do CONDRAF. Entre abril e setembro ocorreriam os diálogos estabelecidos com os diferentes segmentos, mais as duas oficinas para tratar de temas específicos de gestão e qualidade de vida no meio rural. No mês de maio, julho e setembro, a realização das reuniões ordinárias, bimestrais do Conselho. E, fechando esse processo, no final de outubro ou novembro de 2009, a realização da Plenária Nacional para aprovar o documento da Política e os encaminhamentos com o conjunto de proposições a serem apresentadas ao Executivo, ou ao Congresso Nacional conforme as deliberações tomadas durante o andamento das discussões. No período de novembro de 2009 a março de 2010, serão feitas as 39ª e 40ª reuniões, para aprovar o documento no plenário do CONDRAF. E, por fim, a proposta de que ao longo do ano de 2010 fosse feito um monitoramento da implementação das propostas que foram aprovadas ao longo desse processo. Em seguida, Humberto Oliveira, parabenizou o Grupo de Trabalho Pós-Conferência e passou às considerações dos conselheiros(as), ressaltando dois pontos importantes a serem discutidos: o processo de construção da Política Nacional e reformulação do funcionamento e da estrutura do CONDRAF. Manoel dos Santos sugeriu que não fosse feita uma discussão com objetivo de já definir essa questão da política, apesar da preocupação do Ministro do MDA em discutir esse tema com o GT. Portanto, a sua proposta foi de que fossem colocados algumas preocupações ou apontamentos para ajudar a discussão do GT com o Ministro. Luís Cláudio da Silva (Mandela) destacou a importância da discussão sobre o processo de construção da política para que ela acontecesse ainda no governo vigente. Atanagildo Matos ressaltou a importância da reestruturação do CONDRAF, porém, ressaltou como prioritária e sem mais adiamentos a discussão sobre a Política. Na seqüência, José Paulo Crisóstomo ressaltou a necessidade de discussões acerca da Política, e que a alteração da estrutura do CONDRAF, poderá contribuir, em muito, para o avanço da construção da proposta da Política. Gilmar Pastorio afirmou que não haveria nenhum problema em não aprovar esse roteiro naquele momento, porém, era necessário a aprovação do calendário, pois haveria apenas o ano de 2009 para a elaboração dessa Política, uma vez que, o ano de 2010 é um ano de debate eleitoral. Manoel dos Santos sugeriu que a palavra fosse aberta para as considerações sobre as propostas apresentadas, pois havia algumas que já podiam ser definidas naquele momento e outras que precisavam ser aprofundadas e, no decorrer da reunião, seriam definidos quais assuntos deveriam ser deliberados ou encaminhados. Na seqüência, Jean Marc ressaltou a importância da avaliação das políticas governamentais que estavam sendo aplicadas, considerando relevante a proposta metodológica do GT Pós-Conferência, em trabalhar o documento final da I CNDRSS, destacando os elementos de proposição e comparar essas propostas com as políticas reais existentes no país. Quanto à estrutura do CONDRAF, ressaltou que o tema agroecologia, proposto para ser discutido no comitê de sócio-biodiversidade, era um tema transversal a todos os outros comitês propostos. Um tema que deveria fazer parte de uma discussão principal da agricultura familiar e da reforma agrária. Seguindo, Crispim Moreira ressaltou a importância do objetivo fim da Política e questionou se esta seria criada por lei ou um decreto. João Torrens falou que a proposta do GT era extremamente tímida diante do desafio da construção da política e se poderia ou deveria haver espaços e maiores condições de realização do debate. Ressaltou a importância de uma participação mais direta e um comprometimento maior do Gabinete no Ministro neste processo. E, por fim, falou da expectativa de ampliação e sedimentação das atividades, para que, ao final da reunião, houvesse um conjunto de definições para a instalação do processo, com o estabelecimento de consensos em relação aos encaminhamentos sugeridos na proposta do GT. Manoel dos Santos considerou que o seu objetivo não era diminuir a velocidade que costumavam aprovar ou não, mas ponderou que não se podia trabalhar como limite de construção das nossas

4

166167168169170171172173174175176177178179180181182183184185186187188189190191192193194195196197198199200201202203204205206207208209210211212213214215216217218219220

4

Page 5: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

políticas 2009/2010, pois, será fundamental trabalhar com a compreensão do CONDRAF e, sobretudo, nessa proposta que estava sendo trabalhada para o seu fortalecimento. Considerou que o CONDRAF deve ser um conselho permanente, que ultrapasse governos e que a Política deve ser uma Política de Estado. Quanto à metodologia apresentada pelo GT, ponderou ser relevante a franquia da palavra aos conselheiros para tratar de temas de forma imediata, tal qual a regularização fundiária na Amazônia. Quanto à estrutura e funcionamento do Conselho, defendeu a trimestralidade das reuniões, porém, acordou com os dois dias propostos. Sugeriu que o Conselho tivesse o caráter mais deliberativo, porém, mais propositivo e que tivesse uma agenda de reuniões também com Casa Civil e com o Presidente da República. Egon Krakhecke afirmou que as propostas apresentadas pelo GT ao CONDRAF eram propostas ousadas, de trabalho e fortalecimento do papel do Conselho. Apoiou dois dias de reunião e a sua trimestralidade, fazendo uso, quando necessário, do expediente das reuniões extraordinárias. Quanto ao caráter do Conselho, defendeu um caráter mais deliberativo. Além disso, ressaltou a importância do convite ao gestor público, pois ele é que teria capacidade de tomar as decisões e de fazer os encaminhamentos efetivos. Com relação à elaboração da política, afirmou que havia necessidade de sistematizar o trabalho feito na I CNDRSS e complementou alegando que por mais qualificados que fossem os conselheiros e os membros do GT, eles não tinham tempo suficiente e necessário para poder fazer essa sistematização. Sugeriu, portanto, uma secretaria ou uma assessoria contratada, em caráter permanente, para sistematizar todos os trabalhos para que não haja risco de fortalecer, novamente, o processo de elaboração, mas fragilizando o resultado, qual seja a proposta concreta da Política. Na seqüência, Juarez Filho afirmou que o Documento Final da I CNDRSS elenca uma série de temas objeto de preocupação da sociedade, particularmente, dos movimentos sociais, mas destacou, que o máximo que este documento conseguiu foi expressar alguns objetivos e fazer recomendações. Com isso, afirmou que a Política primeiro teria que conhecer, constatar, a situação atual e que para isso precisaria ter dados concretos para poder definir as prioridades. Seria preciso estabelecer uma meta que representasse e concretizasse essa mudança, o que não poderia ser feito apenas nas reuniões do CONDRAF. Afirmou que, por mais que se ampliasse a representação do Conselho para ter mais representatividade e legitimidade ou que se ampliasse o tempo e o número de reuniões, seria necessário um trabalho específico, que precisava ser atribuído a um corpo técnico que trouxesse questões concretas para o conselho debater. Sugeriu que esse grupo técnico ficasse responsável pela preparação de um documento inicial que permitiria ao conselho fazer escolhas e o estabelecimento das metas que seriam a essência do que representaria a Política. Paulo Crisóstomo, em relação à construção da Política, afirmou que após duas ou três reuniões do Conselho já haveria um acúmulo que apontaria seu rumo. Sendo assim, sugeriu, a edição de um decreto para estabelecer um diálogo mais forte com os municípios, porque a experiência que se tinha era a de que os municípios se pautavam muito nas recomendações do CONDRAF, o que seria importante durante o debate da construção da lei. Como exemplo, citou o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, que enquanto ocorria um debate no Congresso Nacional com relação à questão dos 30% da merenda escolar, o PNAE já estava debatendo essa questão nos municípios, como o piloto em Goiás e no Paraná. Além disso, lembrou da importância do diálogo com os outros conselhos e, por fim, sugeriu uma freqüência maior das reuniões do CONDRAF e, a partir da pauta, se decidiria se haveria a necessidade de utilizar dois dias ou não. Atanagildo Matos ressaltou a importância em ser discutido, no CONDRAF, a questão fundiária, o manejo florestal, a biodiversidade e o reconhecimento da propriedade intelectual. Prosseguindo, afirmou que a Política precisava ser forte e que poderia ser criada por um decreto, porém, que refletisse o pensamento da comunidade, para que ocorresse sua aceitação. Nesse sentido, afirmou que o Conselho deveria ter um caráter mais propositivo. Com relação à estrutura e funcionamento do CONDRAF, afirmou que uma pauta consistente de dois dias seria importante. O Conselheiro Paulo Roberto da Silva sugeriu que o CONDRAF propusesse que Política contemplasse todos os anseios dos diversos segmentos presentes, em curto, médio e longo prazos. José Aldo dos Santos afirmou que o GT Pós-Conferência propôs um processo de construção dessa política tendo por base fundamental o resultado da I CNDRSS que, apesar de todas as suas fragilidades, aborda questões importantes para serem consideradas na Política. Disse no debate do GT, era presente a discussão do mapeamento das políticas e programas governamentais e que no objeto de mapeamento havia um processo de avaliação dessas políticas para avançar no que havia de interessante e reformular o que estava fragilizado. Prosseguiu afirmando que uma preocupação clara e resultante da Conferência era a de que o Conselho precisava fazer uma agenda política no tempo político, entrar no debate do que se pode fazer no curto prazo e para isso era necessário aprovar a agenda proposta pelo GT e que seu conteúdo se daria a partir da discussão com os diversos segmentos envolvidos. Ponderou que era melhor discutir, primeiramente, a Política e depois, a estrutura e funcionamento do Conselho. Em seguida, pediu que fosse considerada, naquela reunião, a aprovação do cronograma para a construção da POLÍTICA fundamental para que houvesse condições suficientes de

5

221222223224225226227228229230231232233234235236237238239240241242243244245246247248249250251252253254255256257258259260261262263264265266267268269270271272273274275

5

Page 6: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

mobilização para a construção dessa Política, como uma legislação que regule o desenvolvimento rural sustentável e solidário do país, até o final de 2010. Dando andamento às discussões, Jacinta Silva parabenizou o esforço do Grupo de Trabalho e ponderou que tanto a formulação da Política, quanto a reformulação do CONDRAF, eram assuntos importantes a serem discutidos. Entretanto, defendeu primeiro, as discussões em torno da Política e afirmou que definindo o cronograma de sua elaboração, nas pautas do Conselho teriam que constar os programas e projetos em execução pelo Ministério. Marcílio Dias apontou que a questão da cultura e da pesca artesanal era uma realidade no campo e, principalmente, nos assentamentos, onde crescia a questão da agricultura. Baseado nisso, sugeriu a inclusão da pesca artesanal como um grupo temático ou a inserção desse tema como subgrupo no grupo da agricultura familiar. Com relação à estrutura do CONDRAF, propôs a representação de pescadores artesanais no conselho. Jean Marc propôs a criação de um Grupo de Trabalho para que pudesse participar, junto com o governo, da elaboração do Plano Safra e levasse ao CONDRAF os elementos de discussão mais resolutivos. Humberto Oliveira esclareceu que o CONDRAF, em seu Regimento Interno, previa uma representação de pescadores artesanais porém, deveria haver uma articulação com a própria SEAP para levar ao CONDRAF essa representação. Informou que o Documento Final da I CNDRSS seria sistematizado, pois se trata de um documento que pode ajudar a formular leis, decretos, seja no âmbito nacional, estadual ou municipal. Falou que esse documento pode orientar não só os governos, mas a própria sociedade a estabelecer, a partir de seus princípios, programas e políticas, que deriva de um conjunto de instrumentos institucionais a serem implementados dentro de suas particularidades, até a possibilidade de uma lei sobre desenvolvimento rural, um marco legal sobre o desenvolvimento rural sustentável. Todavia, falou também na possibilidade do documento subsidiar a formulação de leis específicas para agricultura familiar como o cooperativismo, a agroindústria, ou seja, algumas leis que sejam orientadas por esse documento da Política. Considerou que esse documento precisa trazer alguns elementos que não vieram da I CNDRSS, por exemplo, alguns dados de realidade, informações atuais sobre o mundo rural, sobretudo, sobre a agricultura familiar e reforma agrária. Disse ainda que a sua aprovação deveria acontecer até março de 2009, mas para isso, precisava haver uma discussão com as instâncias pertinentes do MDA, não só com o Gabinete do Ministro, mas com as outras secretarias, como a Secretaria de Agricultura Familiar – SAF, a de Reordenamento Agrário – SRA e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Esclareceu ter sido este o motivo pelo qual o Ministro Guilherme Cassel pediu que fosse discutida e aprofundada a proposta do GT, até março de 2009, em vez de fazer a discussão na próxima reunião do CONDRAF, uma vez que não estava sendo proposto apenas o calendário, mas também a apresentação, discussão e aprovação do documento da Política Nacional. Portanto, foi essa a diferença no encaminhamento que estava sendo feito pelo GT e o trazido pelo Secretário-Executivo do MDA. Na seqüência, o Secretário propôs acrescentar as conversas que teriam com o Gabinete do Ministro Guilherme Cassel e com todas as Secretarias, a necessidade do Plano Safra ser discutido no Conselho. Prosseguindo, Humberto Oliveira propôs que fosse aprovado o calendário de reuniões proposto pelo GT e esclareceu que, em relação aos dois dias de reunião, a proposta era a de houvesse, nesse período, reuniões dos comitês e que as reuniões do CONDRAF, não seriam só plenárias. Por sim, propôs uma reunião do GT Pós-Conferência a partir da segunda-quinzena de janeiro de 2009, pois ficaria muito próxima à reunião com o Ministro do MDA, mantendo-se a reunião do CONDRAF para março de 2009 e as demais datas propostas pelo GT. Luís Cláudio da Silva (Mandela) apontou que havia uma necessidade interna do Ministério de debater essa proposta da mesma maneira que o plenário do CONDRAF. Considerou que todo o Ministério do Desenvolvimento Agrário participou ativamente do processo de construção da I CNDRSS e questionou qual seria a divergência que exigia a necessidade de um debate com todo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Humberto esclareceu que não se tratava de divergência quanto ao envolvimento maior dos secretários, pois estas proposições implicariam no orçamento do Ministério e que por isso se faz necessário aprofundar as discussões. Jean Marc julgou insuficiente começar as discussões sobre o Plano Safra, a partir da 2ª quinzena de janeiro de 2009. Deste modo, propôs a criação de um pequeno grupo de trabalho que pudesse entrar em contato com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, com o suporte da Secretaria Executiva do CONDRAF, para um diálogo com a SAF na elaboração do Plano Safra. Lílian Rahal, Chefe de Gabinete da SAF, afirmou que não há um calendário de discussões do Plano Safra na segunda quinzena de janeiro e esclareceu que o Plano Safra era construído, desde o princípio, em parceria com os movimentos sociais e órgãos de governo que estavam ali representados. Humberto Oliveira ponderou que era possível acatar o encaminhamento do Conselheiro Jean Marc de constituir este grupo, que poderia, em nome do CONDRAF, fazer esse debate sobre o Plano Safra. Lílian Rahal informou que geralmente as discussões do Plano com os movimentos sociais e organizações da sociedade civil iniciam nos meses de março e abril. Feitas essas considerações e acertada a criação do Grupo de Trabalho, Humberto Oliveira sugeriu uma discussão sobre o

6

276277278279280281282283284285286287288289290291292293294295296297298299300301302303304305306307308309310311312313314315316317318319320321322323324325326327328329330

6

Page 7: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

Papel do Rural no Desenvolvimento do Brasil também para março de 2009 e com a apresentação de um convidado que subsidiaria a discussão com mais elementos. Com isso, José Aldo dos Santos manteve a proposta do convite ao professor Nelson Delgado. Na seqüência, Manoel dos Santos, ponderou que a discussão do Plano Safra e o Papel do Rural no Desenvolvimento do País eram elementos importantes de discussão, porém, havia outros elementos fundamentais que estavam acontecendo com relação à agricultura familiar, como qual a estratégia que o Governo deveria trabalhar em relação à Política. Citou como exemplo o Ministro Mangabeira Ünger, da Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos, afirmando que havia dois Ministérios com a mesma pasta e o MDA estava levando a acomodação da agricultura familiar a se contentar com pequenas políticas localizadas, como o Plano Safra, o Pronaf, a Compra Direta, que seriam políticas, na visão dele, micro-políticas. Destarte era preciso ter uma política macro, pensando no desenvolvimento do mundo e que nessa visão não seriam necessários dois Ministérios. Contanto, afirmou que esse entendimento procedia dentro do Governo como visão de desenvolvimento, que o CONDRAF estariam discutindo o periférico e questionou que se poderia ter até 2010, em vez de uma política que avance, um retrocesso em função do que foram, essas políticas, no passado. Por fim, afirmou que o conselho tinha um papel de aprofundar esses temas sendo que, as contradições das visões políticas dentro do próprio Governo é, em sua opinião, a discussão central. Na seqüência, João Torrens considerou a proposta de Manoel dos Santos extremamente importante, pois esses pontos seriam os pontos que deveriam orientar todo o processo de debate que se pretende construir ao longo de 2009 sobre qual é, efetivamente o papel do rural dentro do desenvolvimento nacional. Afirmou que deveriam sistematizar as diferentes contribuições que forem consensuadas para que possam compor o documento final. Falou que os pontos ressaltados, particularmente, sobre a relação à Política de Desenvolvimento Rural com os processos mais gerais de execução das políticas públicas no país, o lugar do MDA nesse processo e as relações do Ministério com as outras institucionalidades, seriam parte central desse debate e de seus resultados. Por isso, considerou que essa agenda deveria ser levada para dentro do CONDRAF, sendo este um espaço de reverberação e diálogo com os demais Ministérios, com a Secretaria de Relações Institucionais, assim como estabelecer esse debate com a Secretaria Geral da Presidência da República e outros parceiros do Conselho. Gilmar Pastorio concordou com Manoel dos Santos e João Torrens afirmando que esse tema era emergencial, pois representa a Fetraf-Brasil, enquanto movimento social, e que o debate do Ministro Mangabeira questionava a importância da agricultura familiar. Atanagildo Matos ratificou a discussão e sugeriu que fosse feita uma reunião específica para tratar desse assunto e propôs uma reunião extraordinária. Manoel dos Santos considerou que, em relação ao posicionamento do Ministro Mangabeira, algumas questões poderiam ser utilizadas positivamente pelo CONDRAF como, por exemplo, as questões relativas ao desenvolvimento de assentamentos. Afirmou que esta era uma preocupação comum e que poderia ser feito diferente, sem ter que mudar o processo de acabar com o espaço de discussão da agricultura familiar, mas ao contrário, que precisava ser fortalecido. Citou, como exemplo, enfrentamento do processo fundiário na Amazônia, em que deixar o INCRA fora desse espaço, com atuação restrita dessa outra Agência na Amazônia, o que não seria a solução. Considerou que Conselho deve se preocupar com a questão e que o MDA precisa ocupar seu espaço nesse processo. Falou que, em vez do Ministro Mangabeira ficar pautando os movimentos sociais e agricultura familiar, era o MDA que precisava discutir, pautar essa discussão e chamar o próprio Ministro Mangabeira, ONGs e movimentos sociais para debater. Humberto Oliveira pediu que o conselho formulasse uma proposta da criação do GT para, nos encaminhamentos, submeter à votação, no sentido de uma recomendação ao Ministro do Desenvolvimento Agrário em convocar os movimentos sociais para discutir esse tema. Por fim registrou a presença dos representantes de uma Comissão Nacional de Estruturação da Rede Nacional dos Colegiados Territoriais. Informou que houve uma reunião no mês de novembro, em Fortaleza, e que estava sendo organizada uma Rede Nacional com todos os 165 colegiados territoriais do Brasil. Falou da importância desta Rede e a sua forte relação com os Conselhos Estaduais e também com o CONDRAF. Apresentação do Termo de Parceria entre a SAF e o Instituto Nordeste Cidadania. Lílian Santos Rahal, da SAF, esclareceu que esse Termo de Parceria já havia sido firmado no ano de 2007 e, naquele momento, a intenção era a renovação deste Termo para reforçar a ação do Agroamigo, um programa, com uma metodologia específica, que o Instituto Nordeste Cidadania desenvolveu para que pudessem atuar na qualificação do crédito PRONAF B junto aos agricultores familiares da Região Nordeste, área de atuação do Banco do Nordeste. Explicou que este Termo de Parceria envolverá recursos do MDA, da Ação de Assistência Técnica e Extensão Rural, com uma contrapartida do Instituto Nordeste Cidadania. O MDA aportará R$ 2.125.000,00 (dois milhões cento e vinte e cinco mil reais) e a contrapartida do Instituto será de R$ 236.120,00 (duzentos e trinta e seis mil, cento e vinte reais). Falou que se trata de recursos de investimentos a ser utilizado para compra de motos destinadas ao transporte dos assessores e, nesse caso, o Instituto Nordeste Cidadania dará como contrapartida seus salários, deslocamentos e demais

7

331332333334335336337338339340341342343344345346347348349350351352353354355356357358359360361362363364365366367368369370371372373374375376377378379380381382383384385

7

Page 8: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

custos com relação a esses assessores. A proposta visa atender 90.000 (noventa mil) agricultores familiares no período de doze meses. Sem maiores divergências, foi aprovado o Termo de Parceria entre a SAF e o Instituto Nordeste Cidadania. Aditivo ao termo de parceria entre a SAF e a ASA: o Termo de Parceria visa a consolidação e irradiação das experiências de convivência com o semi-árido, dentro dos princípios da Política Nacional de Assistência Técnica, contribuindo para o aprimoramento das políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar voltadas para o semi-árido. José Aldo dos Santos ponderou que a apreciação daquele Aditivo, na prática, nem precisaria ser apresentado ao CONDRAF, mas para conhecimento e visibilidade dos Termos de Parceria, optou-se que fosse levado à conhecimento dos demais conselheiros. Lílian Rahal, esclareceu que o termo de parceria citado foi aprovado na última reunião do Conselho em 2007, mas que houve demora na liberação dos recursos, o que ocasionou atrasos na sua execução e o Termo de Parceria não foi concluído no tempo previsto. Por isso, para não interromper as atividades que estavam sendo bem executadas e que traziam resultados importantes, o Termo não deveria ser interrompido, em função da dinâmica que tem se implementado a partir do momento em que a ASA começou executar o programa: Uma Terra e Duas Águas. Explicou que a proposta do Aditivo mantinha as três metas iniciais do Termo de Parceria, quais sejam: a formação para convivência com o semi-árido; a implementação de unidades demonstrativas; e o acompanhamento e monitoramento do projeto. Em seguida, o plenário aprovou o Aditivo ao Termo de Parceria sem divergências. Humberto Oliveira deu continuidade a pauta e debate da posição do CONDRAF a respeito da Lei de Cultivares e dentro do que foi recomendado em consonância com a I CNDRSS. Incumbido da apresentação, José Aldo dos Santos informou que o CONSEA discutiu, na sua reunião de 26 de setembro de 2008, sobre mudanças que estava em debate na Câmara dos Deputados Federal e, mais especificamente, sobre uma proposta que foi elaborada pela Casa Civil, com a perspectiva de alterar a Lei 9.456, a chamada Lei de Cultivares, de 25 de abril de 1997, que dava segurança à propriedade intelectual da agricultura familiar e à toda diversidade das sementes crioulas, até então sob domínio da agricultura familiar. Considerou que as mudanças propostas pela Lei colocaria em risco não apenas essa diversidade como também a própria dimensão de controle, de venda e de garantia das sementes da agricultura familiar. Preocupado com isso, o CONSEA fez uma discussão e encaminhou para a Presidência da República um documento conforme transcrição seguinte: “O CONSEA, analisando as implicações dessas propostas para a segurança alimentar e nutricional da população brasileira e para o direito humano à alimentação adequada, submete a Vossa Excelência, o Presidente da República, as considerações que seguem: 1) O direito dos agricultores de reservar e plantar sementes para o uso próprio em seu estabelecimento ou em estabelecimento de terceiros, cuja posse detenha; de usar ou vender como alimentos ou matéria-prima o produto obtido do seu plantio, exceto para fins reprodutivos, garantido pela atual Lei de Cultivares. Tem-se configurado historicamente como base econômica de sustentação não apenas a agricultura camponesa e familiar, mas dos diferentes segmentos produtivos que integra a agricultura brasileira. 2) as práticas acima mencionadas, incluindo a comercialização dos produtos agrícolas em nível local e regional são fundamentais para a garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias urbanas e rurais, possibilitando não apenas o acesso das famílias agricultoras a alimentos cultivados em seus estabelecimentos agrícolas, mas também estruturação em diferentes escalas de circuito de abastecimento que, hoje, garante o acesso a alimentos produzidos, local e regionalmente, a preços acessíveis. A imposição de maiores restrições ao uso próprio das sementes ignora a realidade sócio-econômica e cultural do Brasil e de outros países em desenvolvimento. A FAO estima que cerca de 80% das sementes dos países em desenvolvimento sejam produzidas pelos próprios agricultores. Até nos países industrializados o uso de sementes próprias ainda tem uma grande importância para a agricultura e alimentação. 3) As alterações da Lei de Cultivares que estão sendo propostas impactam não apenas os produtores que utilizam sementes próprias, amparados pela legislação atual, mas deverá ocasionar um aumento generalizado dos custos de produção dos alimentos em função da incorporação não apenas do royalties, sobre as sementes, mas também do pagamento direto de obtenção sobre o produto da colheita. Importante destacar que o custo da semente aumentou em 246% entre 1994 e 2006, representando, segundo o SEAB/Paraná, entre 3% a 10% do custo total do produto final. Importante ainda observar que a proteção ao produto comercial e, portanto, sobre os elos da cadeia produtiva poderá trazer enorme segurança não só aos agricultores, mas a todo mercado de alimentos, já que não seria possível identificar com facilidade se o produto seria ou não oriundo de cultivares protegidas, ou seja, se a comercialização estaria dentro da legalidade. 4) Chama atenção o fato de que justamente em um momento em que o Governo Federal vem trabalhando no sentido de construir políticas de enfrentamento à crise alimentar global, este projeto de lei traga como proposição medidas visando onerar o preço dos alimentos, considerando, por exemplo, que somente em 2007 o preço do feijão, alimento chave da cesta básica do Brasil, aumentou duzentos por cento. A experiência de outros países é ilustrativa nos possíveis efeitos dessas alterações da

8

386387388389390391392393394395396397398399400401402403404405406407408409410411412413414415416417418419420421422423424425426427428429430431432433434435436437438439440

8

Page 9: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

legislação sobre o preço dos alimentos. A República da Coréia, por exemplo, modificou sua Lei de Cultivares em 2002, estabelecendo royalty sobre a colheita e, segundo informação da Administração do Desenvolvimento Rural da Coréia, um consumidor coreano paga à empresa Zesp Kikiu Fruit, obtentora de sementes, 20% a mais sobro o preço do Kiwi dourado, sendo que impacto semelhante foi sentido em outros produtos. 5) Um dos argumentos que tem sido utilizado no sentido de justificar as mudanças na legislação é a que suporta necessidade de adesão do Brasil à Ata da UPOV de 1991. É importante destacar, no entanto, que o Brasil já é membro da UPOV, pois aderiu formalmente na convenção da UPOV em 1978, tendo depositado o instrumento de adesão 23 de abril de 1999. Não há nenhuma obrigatoriedade de o Brasil adotar a convenção da UPOV 91, pois apenas os países não membros são obrigados a adotar a versão de 91 para se integrarem à convenção. É importante destacar também que o Brasil acaba de aprovar o tratado da FAO sobre recursos fito-genéticos para alimentação e agricultura, que prevê expressamente, entre os direitos dos agricultores elencados no seu artigo nono, o direito de conservar, usar, trocar e vender sementes ou material de propagação conservado em suas propriedades. O reconhecimento e efetiva implementação dos direitos dos agricultores são uma parte essencial de qualquer política de manejo e conservação da diversidade de cultivos e práticas agrícolas. Ao Brasil cabe ainda regulamentar esse tratado, com base inclusive nos princípios que fundamentam a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional, a LOSAN. Finalmente, é importante recuperar a preocupação já manifestada pelos participantes da 3ª Conferência do CONSEA, em julho de 2007, ao aprovarem uma moção contrária à tentativa de violação do direito dos agricultores a uso próprio das sementes, conforme texto a seguir: Não aceitar de forma alguma as restrições, ou ao uso próprio das sementes, ou qualquer outra mudança legislativa que comprometa o acesso dos agricultores aos recursos da biodiversidade e os resultados gerados pelas suas colheitas. Este é um direito estabelecido, inclusive, internacionalmente e viola entre outras coisas o direito humano à alimentação adequada. Em virtude da importância estratégica dessa matéria para segurança alimentar e nutricional a população brasileira e o CONSEA dirige-se respeitosamente a Vossa Excelência, Presidente da República, com o intuito de solicitar que a mesma não seja encaminhada ao Congresso antes que os conselheiros e conselheiras tenham vista e se manifestem a respeito, à luz dos princípios da LOSAN”. Diante do exposto, o CONDRAF fez uma carta de apoio a essa exposição de motivos do CONSEA e não havendo proposta contrária, foi aprovado. Aprovação do calendário de reuniões do CONDRAF: Humberto Oliveira apresentou o calendário informando que as Reuniões Ordinárias do CONDRAF tinha as seguintes datas propostas: 24 de março; 19 de maio; 21 de julho; 15 de setembro; e 1º de dezembro; todas em uma terça-feira. Gilmar Pastorio solicitou o adiantamento da 1ª reunião de 2009 para o dia 17 de março. Sendo aprovada e também aprovada a proposta de dois dias para essa reunião, sendo que esse formato, para as demais, seria definido na reunião antecedente a cada uma delas. Informe dos Comitês: o coordenador do Comitê de Desenvolvimento Territorial, Ronaldo Camboim, informou que nos dias sete e oito do corrente mês houve a 6ª Reunião do Comitê, que, segundo ele, foi mais pr Feitas essas considerações e acertada a criação do Grupo de Trabalho, Humberto Oliveira sugeriu uma discussão sobre o Papel do Rural no Desenvolvimento do Brasil também para março de 2009 e com a apresentação de um convidado que subsidiaria a discussão com mais elementos. odutiva que as demais e obteve uma boa participação, de 13 dos seus 23 membros, além de oito convidados. Teve como pontos principais da pauta a apresentação pela assessoria do CONDRAF dos resultados da I CNDRSS e um debate, trazido ao comitê pelos colegiados, de uma proposta de formalização e estruturação dos colegiados territoriais, estando este ponto, na ordem do dia em vários colegiados que vem debatendo e já se transformando em institucionalidade, seja como agência ou na forma de conselhos territoriais. O Comitê debateu, elaborou uma proposta que foi apresentada no 3º Encontro Nacional dos Colegiados Territoriais, que ocorreu no início do mês de novembro de 2008, na cidade de Beberibe, no Estado do Ceará. Ademais informou a criação da Rede Nacional de Colegiados Territoriais e a formação de uma comissão provisória para estruturar a Rede, com quinze representantes de cada uma das regiões do País, três de cada região do País, sendo três por região, dois da sociedade civil e um do poder público, um critério utilizado com base nas proposições da I CNDRSS, sendo que 40% dos membros dessa comissão são mulheres. Em seguida, dois integrantes dessa comissão, Elizeth de Oliveira Silva e Ubiramar Bispo de Souza sobre o processo de articulação da Rede. Humberto Oliveira parabenizou e agradeceu, afirmando que o Comitê de Desenvolvimento Territorial fez um trabalho muito interessante, de forma prática e objetiva, atendendo à demanda dos colegiados territoriais em discutir se estes deveriam ou não ser formalizados, ou seja, ter um CNPJ. Ressaltou que o Comitê, num amplo debate, levou de volta aos colegiados territoriais, em nome do CONDRAF, de que não seria obrigatória a formalização, pois esta dependia da realidade de cada território, sendo que a recomendação era de que, quando precisassem da formalização, fosse apenas para cuidar da gestão interna dos colegiados, ou seja, contratar uma assessoria, fazer as suas próprias reuniões, sem interferir na atividade das outras organizações do território.

9

441442443444445446447448449450451452453454455456457458459460461462463464465466467468469470471472473474475476477478479480481482483484485486487488489490491492493494495

9

Page 10: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

Humberto Oliveira chamou a atenção para o fato do CONDRAF poder se comunicar e estabelecer uma relação com a Coordenação da Rede de Colegiados e as suas decisões chegarem imediatamente ao território. José Paulo Crisóstomo manifestou a sua satisfação com a aproximação do CONDRAF dos acontecimentos nos territórios, afirmando que, com essa interação, o resultado seria muito maior. Afirmou por fim, que fizeram um encontro com o Governador da Bahia para a entrega de um documento da agricultura familiar apresentando um balanço das políticas dos dois anos do Governo e mostrando a insatisfação da agricultura familiar com o Governo do Estado, pois as políticas do Governo Federal não estariam chegando lá por conta da desarticulação interna do Governo Estadual. Em relação ao Comitê de Agroecologia, Jean Marc informou que o comitê fez sua 2ª Reunião Ordinária no dia 30 de outubro de 2008 e esclareceu que essa foi a segunda reunião desde a sua criação, no ano antecedente, que debateu os problemas no repasse de recursos no Governo Federal para as organizações e que dificultaram o trabalho de muitas dessas organizações, prejudicando o trabalho do Comitê. Disse ainda que participaram 16 dos seus 26 membros e que foram convidadas seis pessoas de diferentes setores do Governo para discutir políticas específicas, solicitadas pelos membros do Comitê. Considerou como principais pontos, a avaliação do PRONAF e as discussões sobre as novidades do Plano Safra 2008/2009, nas quais constatou-se que todas as tentativas pelo PRONAF - Agroecologia, PRONAF - Semi-árido, PRONAF - Floresta foram de pouco impacto na agricultura familiar, constatando-se que discussões sobre agroecologia e financiamento, que tiveram uma certa intensidade no primeiro ano do Governo, em 2003, e na revisão de 2004, praticamente cessaram. A proposta do Comitê é a de se criar um espaço de interlocução e de diálogo entre a SAF, PRONAF e um Grupo de Trabalho do próprio Comitê para discutir uma linha de crédito indutora da transição agroecológica no próximo Plano Safra. Informou que também foi proposta uma pesquisa sobre o potencial da agricultura de base ecológica para responder à demanda de produção de alimentos no Brasil. Houve ainda uma discussão sobre educação, pesquisa e extensão em agroecologia, sobretudo, a partir de um informe da Comissão Interministerial de Educação em Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção feito pelo George Ricardo do Ministério da Agricultura - MAPA, de onde se tirou a proposta de sistematização de experiências de ensino, extensão e pesquisa em agroecologia no prazo de seis meses, com o início previsto de março de 2009 e para isso também foi solicitado à SAF, um apoio para a realização dessas sistematizações. Em seguida, informou sobre a questão das pesquisas do Conselho Nacional de Pesquisas - CNPq com recursos do MDA e apresentou uma proposta de ampliação desses recursos do MDA para o CNPq e para a FINEP, na medida em que esses processos de financiamentos escapam ao Decreto e à Portaria que regulamentam o financiamento do Governo, mais flexíveis e mais convenientes do ponto de vista do financiamento das atividades das organizações não-governamentais e organizações da sociedade cível em geral. Em relação ao Programa Territórios da Cidadania, foi sugerido a criação de uma linha de estudos para avaliar como é que estava sendo operado, do ponto de vista da sustentabilidade, a questão agrícola nos territórios. Por fim, falou sobre a questão da cooperação solicitada pelo programa de diversificação de áreas de produção de tabaco, ao Comitê e às organizações que trabalham com agroecologia para contribuir no processo de substituição da produção de tabaco por alternativas econômicas sustentáveis no Brasil. Na seqüência, Álvaro Simon questionou se o Comitê tratou sobre a proposição encaminhada da questão do Código Ambiental ao que Jean Marc jrespondeu que o tema não foi tratado na reunião. Humberto Oliveira solicitou à Secretaria Executiva do CONDRAF reencaminhar ao Comitê de Agroecologia tal solicitação, porque foi um tema demandado naquela plenária. Em seguida José Aldo dos Santos citou que o MDA fará uma regulamentação sobre o uso de 15% dos recursos de convênio para despesas administrativas, a partir de 2009, e solicitou que o CONDRAF apoiasse a conservação dos 15% estabelecidos. Lílian Rahal esclareceu que a regulamentação supracitada definia os 15%, mas não detalhava como poderá ser gasto tal recurso e que esta questão ainda será definida pelo MDA através de uma portaria que regulamentará esses gastos. O Secretário Humberto Oliveira encaminhou essa discussão ao Comitê de ATER para debater, elaborar e apresentar uma proposta de regulamentação dessa Portaria ao MDA. Apresentou, na seqüência, o segundo encaminhamento, qual seja o de criar um Grupo de Trabalho para acompanhar a elaboração do Plano Safra 2009/2010. Lílian Rahal informou que a SAF elabora a síntese das discussões do Plano Safra, este é apresentado a um grupo de trabalho que se reúne um dia antes da Plenária do CONSEA e posteriormente, o resultado das discussões com esse grupo é apresentado àquele Conselho. Sugeriu, portanto, a mesma dinâmica para o Grupo de Trabalho, a ser criado pelo CONDRAF e que, se já houvesse algo a ser apresentado antes da próxima reunião do Conselho, se convocasse uma reunião extraordinária. Humberto Oliveira questionou se o grupo de trabalho poderia fazer a discussão conjuntamente com o grupo de trabalho do CONSEA. Sugestão apoiada por Gilmar Pastorio e João Torrens, tendo este último destacado ser importante essa relação com o CONSEA, mas ponderou não ser necessário aguardar um posicionamento preliminar da SAF para iniciar o processo de debate, consideração esta apoiada pelo Conselheiro Jean Marc. Por fim, decidiu-se pela formação do

10

49649749849950050150250350450550650750850951051151251351451551651751851952052152252352452552652752852953053153253353453553653753853954054154254354454554654754854955010

Page 11: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

GT com o objetivo de discutir com a SAF o plano Safra, nos moldes anteriormente sugeridos, composto pelas seguintes organizações da sociedade civil: ASPTA, CONTAG, DES, FASER, UNICAFES, além do MMA como membro do Governo. Prosseguindo, o Humberto Oliveira leu a seguinte moção proposta pelo Conselheiro Manoel Santos: “O plenário do CONDRAF, reunido no dia 9 de dezembro de 2008, em sua 34ª reunião ordinária, considerando os recentes posicionamentos da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo em relação às políticas diferenciadas para a agricultura familiar e ao papel do INCRA no reordenamento fundiário do país, incluídos em medidas provisórias em tramitação na Casa Civil da Presidência da República, recomenda que o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, convoque de imediato os movimentos sociais representativos dos agricultores familiares e os órgãos internos do Ministério para um debate de aprofundamento e posicionamento do Ministério e desses segmentos em relação à edição da referida medida provisória”. Manoel dos Santos ponderou que não seria só em relação à referida medida provisória, mas também deveria constar o posicionamento do CONDRAF em relação a essas políticas. José Paulo Crisóstomo sugeriu uma contextualização maior da intenção do documento, colocando claramente a posição do Ministro com relação ao tema, para destacar a gravidade e a importância do debate. Manoel dos Santos ressaltou a importância da convocação de um debate com os movimentos sociais para discutir o tema. Juarez Filho disse que era preciso aprofundar o debate somente da medida provisória e não das políticas, pois elas não estavam explicitadas. João Torrens considerou que um debate acerca do tema somente no âmbito do CONDRAF e MDA era muito restrito e defendeu, portanto, um debate interministerial e em instâncias como a Casa Civil e a Presidência da República. Marcialene Preisler sugeriu a discriminação, no documento, dos movimentos sociais. Manoel dos Santos ressaltou que a partir da discussão dentro do MDA com os movimentos sociais representativos do segmento da agricultura familiar se definiria em que instância este poderia tramitar. Em seguida foi aprovada a moção com a orientação de contextualizar mais o seu motivo. Palavra dos conselheiros: Maria Aparecida informou que no mês de novembro do corrente ano se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, o dia da imortalidade de Zumbi dos Palmares e falou da perseguição sofrida pelo povo quilombola promovida pela bancada ruralista e por alguns setores. Informou que existia em tramitação no Supremo Tribunal Federal uma ADIN, com o objetivo de tornar inconstitucional o Decreto de Lei 4.887, que tratava de regularização fundiária, que foi alterada, modificando e prejudicando, de todas as formas, a situação das comunidades quilombolas, objetivando impedir que o povo negro, em especial o povo quilombola, assuma a sua identidade étnica e que seus territórios voltem a ser ocupados por eles. Com isso, solicitou o apoio à causa quilombola. Marcialene Preisler apontou que estava precária a educação para as famílias de agricultores rurais, pois o Ministério da Educação – MEC possui o PRONERA, programa que atende somente áreas de assentamentos e, deixando os demais agricultores familiares a descoberto. Com isso, questionou qual seria o encaminhamento que o CONDRAF poderia tomar a respeito, já que este havia referendado um programa de educação para os agricultores familiares e, porém, sem resposta por parte do MEC. Humberto Oliveira sugeriu, como encaminhamento que o tema seja tratado na próxima reunião do Conselho. Em seguida, Manoel dos Santos afirmou que a CONTAG se colocava à disposição para discutir com os companheiros da CONAQ a questão da posse da terra e dos direitos sociais. Informou também que a CONTAG estava contribuindo para a situação das vítimas das enchentes e desmoronamento de terra em Santa Catarina, informando o site da organização para quem quisesse fazer doações: www.contag.org.br. Por fim, informou que entre os dias 10 e 14 de março ocorreria o 10º Congresso da CONTAG, espaço onde ocorre à aprovação, pelos estados, das propostas e prioridades para o quadriênio seguinte, e que na ocasião ocorrerá, também, a eleição da nova direção da CONTAG. Na seqüência, Irene dos Santos, convidou os(as) conselheiros(as) para uma reflexão sobre o aniversário de 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos, pois muitos direitos ainda estavam sendo violados e sugeriu a soma de forças de todos para que haja, de fato, a efetivação desses direitos. Pediu apoio de todos à questão da PEC do Cerrado, pois o cerrado cada vez mais estava sendo esquecido e onde se encontra instalado o agronegócio, com o avanço da cana e da soja. Pediu apoio à ação do IBAMA que lacrou 40 mil hectares de terra em Barreiras, Riachão das Neves e São Desidério, na Bahia, além de lacrar a Fazenda Madra, com 164 mil hectares de desmatamento. Por fim, informou que de 15 a 18 de dezembro ocorreria a Conferência Nacional de Direitos Humanos, e, assim, sugeriu à Maria Aparecida, da CONAQ, que lá apresentasse uma moção sobre a questão quilombola. Saturnino Wapotowé Rudzane’edi, agradeceu a solidariedade com a família indígena durante a I CNDRSS e, em nome dessa comunidade, explicou que o evento ocorrido em função de um suposto ritual satânico, como divulgado na mídia, não existia em sua comunidade e que se tratava de tentativa de desviar a atenção da irresponsabilidade da FUNASA, pois a proposta indígena era apresentar uma nova direção para a política de saúde indígena como um todo, com a criação de uma Secretaria responsável pelas questões de saúde indígena, proposta esta enviada ao Presidente da República. Em seguida, informou que ocorria simultaneamente

11

55155255355455555655755855956056156256356456556656756856957057157257357457557657757857958058158258358458558658758858959059159259359459559659759859960060160260360460511

Page 12: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - mda.gov.br · MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ATA DA 34ª REUNIÃO ORDINÁRIA

à reunião do CONDRAF um encontro na área indígena do Xingu para discutir a agricultura para os povos indígenas, uma vez que já havia passado meses desde a Conferência e ainda não havia ocorrido ação prática, sobre o avanço do agronegócio sobre os territórios indígenas. Sebastião Miguel da Cruz informou que recebeu uma carta dos membros do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural, Florestal, Sustentável do Estado do Acre dirigida ao Ministro do Desenvolvimento Agrário, afirmando que o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural não estava funcionando regularmente, o que dificultava a implantação das políticas públicas do Governo Federal. Humberto Oliveira informou que já era de conhecimento do Ministério e já estava sendo averiguada a denúncia. Álvaro Afonso Simon agradeceu ao Governo em relação ao atendimento das vítimas de Santa Catarina, numa ação rápida, comparada com as que foram feitas anteriormente e informou que a base de dados e de clima que deu apoio à Defesa Civil em Santa Catarina foi fornecida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI, estrutura de suma importância, principalmente, em estados que tem uma deficiência em um instituto governamental que cuide dessas ações estratégicas. Falou que poderia se tirar uma lição pedagógica relacionada à discussão do código ambiental e disse que esse episódio mostrou a fragilidade das Redes Regionais de Monitoramento Automático de Clima e de Água, que não conseguiu avisar a tempo a população. Por fim ressaltou que esse era um tema emergencial e que precisava entrar na pauta do CONDRAF. Encaminhamentos: Participação mais efetiva do Gabinete do Ministro na elaboração da proposta da Política Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, junto ao Grupo de Trabalho Pós Conferência, a ser apresentada na 35ª Reunião Ordinária do Conselho, pelo Ministro, tendo sido designado Daniel Maia, enquanto secretário-executivo, pelo Ministro Guilherme Cassel; realização de uma reunião do GT Pós-Conferência com o secretário-executivo do MDA, sobre a proposta da Política; realização de uma reunião com o Ministro Guilherme Cassel, antes de março, para a consolidação da proposta da Política; criação de um novo Grupo de Trabalho que possa apresentar um roteiro mais detalhado do processo de elaboração da Política, até março de 2009; discussão sobre o Papel do Rural no Desenvolvimento do Brasil também para março de 2009, com a apresentação de um convidado; foi sugerido a criação de uma linha de estudos para avaliar como é que estava sendo operado o Programa Territórios da Cidadania, sob o ponto de vista da sustentabilidade, a questão agrícola nos territórios; reencaminhar ao Comitê de Agroecologia tal solicitação, porque foi um tema demandado naquela plenária; criar um Grupo de Trabalho com o objetivo de discutir com a SAF o plano Safra, nos moldes anteriormente sugeridos, composto pelas seguintes organizações da sociedade civil: ASPTA, CONTAG, DESER, FASER, UNICAFES, além do MMA como membro do Governo; incluir como ponto de pauta na próxima reunião do CONDRAF discussão sobre um programa de educação para os agricultores familiares referendado pelo Conselho e, porém, sem resposta por parte do MEC. tema seja tratado na próxima reunião do Conselho e finalmente, o Comitê de ATER deverá debater, elaborar e apresentar uma proposta para a regulamentação da Portaria ao MDA referente ao percentual dos recursos de convênio destinados para despesas administrativas, a partir de 2009. Em seguida Humberto Oliveira, finalizou a reunião considerando boa a nova dinâmica adotada na reunião. Por fim, agradeceu a participação de todos e deu por encerrada a 34ª Reunião do CONDRAF.

GUILHERME CASSELMinistro de Estado de Desenvolvimento Agrário

Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável

JOSÉ HUMBERTO OLIVEIRASecretário de Desenvolvimento Territorial

Secretário do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável

12

606607608609610611612613614615616617618619620621622623624625626627628629630631632633634635636637638639640641642643644645646647648649650651652653

12