ministÉrio das finanÇas e da administraÇÃo … · classificaÇÃo econÓmica das receitas...

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REPÚBLICA PORTUGUESA MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Orçamento das receitas do Estado para o ano económico de 2005 (Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro, e Decreto-Lei n.º 57/2005, de 4 de Março) LISBOA * 2005

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  • REPBLICA PORTUGUESA

    MINISTRIO DAS FINANAS

    E DA ADMINISTRAO PBLICA

    Oramento das receitas do Estado

    para o ano econmico de 2005

    (Lei n. 55-B/2004, de 30 de Dezembro, e Decreto-Lei n. 57/2005, de 4 de Maro)

    LISBOA * 2005

  • Desenvolvimento do oramento das receitas

    para o ano econmico de 2005

    CLASSIFICAO ECONMICA DAS RECEITAS PBLICAS

  • 2005

    CLASSIFICAO ECONMICA DAS RECEITAS PBLICAS(1)

    Cdigo

    Captulo Grupo DESIGNAO

    RECEITAS CORRENTES

    01 IMPOSTOS DIRECTOS 01 Sobre o Rendimento 02 Outros

    02 IMPOSTOS INDIRECTOS 01 Sobre o Consumo 02 Outros

    03 CONTRIBUIES PARA A SEGURANA SOCIAL, A CAIXA GERAL DE APOSENTAES E A ADSE

    03 Caixa Geral de Aposentaes e ADSE

    04 TAXAS, MULTAS E OUTRAS PENALIDADES 01 Taxas 02 Multas e Outras Penalidades

    05 RENDIMENTOS DA PROPRIEDADE 01 Juros - Sociedades e Quase Sociedades No Financeiras 02 Juros Sociedades Financeiras 03 Juros - Administraes Pblicas 04 Juros - Instituies Sem Fins Lucrativos 05 Juros - Famlias 06 Juros Resto do Mundo 07 Dividendos e Participaes nos Lucros de Sociedades e Quase Sociedades No Financeiras 08 Dividendos e Participaes nos Lucros de Sociedades Financeiras 09 Participaes nos Lucros de Administraes Pblicas 10 Rendas 11 Activos Incorpreos

    06 TRANSFERNCIAS CORRENTES 01 Sociedades e Quase Sociedades No Financeiras 02 Sociedades Financeiras 03 Administrao Central 04 Administrao Regional 05 Administrao Local 06 Segurana Social 07 Instituies Sem Fins Lucrativos 08 Famlias 09 Resto do Mundo

    07 VENDA DE BENS E SERVIOS CORRENTES 01 Venda de Bens 02 Servios 03 Rendas

    (1) Apenas a parte inerente s receitas dos servios integrados.

  • Cdigo Captulo Grupo DESIGNAO

    08 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 01 Outras RECEITAS DE CAPITAL

    09 VENDA DE BENS DE INVESTIMENTO 01 Terrenos 02 Habitaes 03 Edifcios 04 Outros Bens de Investimento

    10 TRANSFERNCIAS DE CAPITAL 01 Sociedades e Quase Sociedades No Financeiras 02 Sociedades Financeiras 03 Administrao Central 04 Administrao Regional 05 Administrao Local 06 Segurana Social 07 Instituies Sem Fins Lucrativos 08 Famlias 09 Resto do Mundo

    11 ACTIVOS FINANCEIROS 01 Depsitos, Certificados de Depsito e Poupana 02 Ttulos a Curto Prazo 03 Ttulos a Mdio e Longo Prazos 04 Derivados Financeiros 05 Emprstimos a Curto Prazo 06 Emprstimos a Mdio e Longo Prazos 07 Recuperao de Crditos Garantidos 08 Aces e Outras Participaes 09 Unidades de Participao 10 Alienao de Partes Sociais de Empresas 11 Outros Activos Financeiros

    12 PASSIVOS FINANCEIROS 01 Depsitos, Certificados de Depsito e Poupana 02 Ttulos a Curto Prazo 03 Ttulos a Mdio e Longo Prazos 04 Derivados Financeiros 05 Emprstimos a Curto Prazo 06 Emprstimos a Mdio e Longo Prazos 07 Outros Passivos Financeiros

    13 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 01 Outras

    14 RECURSOS PRPRIOS COMUNITRIOS 01 Recursos Prprios Comunitrios

    15 REPOSIES NO ABATIDAS NOS PAGAMENTOS 01 Reposies No Abatidas Nos Pagamentos

    16 SALDO DA GERNCIA ANTERIOR 01 Saldo Oramental

  • 7

    LEI N. 55-B/2004, DE 30 DE DEZEMBRO

  • 8

  • 9

    ASSEMBLEIA DA REPBLICA

    Lei n. 55-B/2004,

    de 30 de Dezembro

    Oramento do Estado para 2005

    A Assembleia da Repblica decreta, nos termos da alnea g) do artigo 161. da Constituio, a lei seguinte:

    CAPTULO I

    Aprovao do Oramento

    Artigo 1.

    Aprovao

    1 - aprovado pela presente lei o Oramento do Estado para o ano de 2005, constante dos mapas seguintes:

    a) Mapas I a IX, com o oramento da administrao central, incluindo os oramentos dos servios e fundos autnomos; b) Mapas X a XII, com o oramento da segurana social; c) Mapas XIII e XIV, com receitas e despesas de cada subsistema; d) Mapa XV, com os Programas de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administrao Central (PIDDAC); e) Mapa XVI, com as despesas correspondentes a programas; f) Mapa XVII, com responsabilidades contratuais plurianuais dos servios integrados e dos servios e fundos autnomos,

    agrupados por ministrios; g) Mapa XVIII, com transferncias para as Regies Autnomas; h) Mapa XIX, com transferncias para os municpios; i) Mapa XX, com transferncias para as freguesias; j) Mapa XXI, com receitas tributrias cessantes dos servios integrados, dos servios e fundos autnomos e da segurana

    social.

    2 - Durante o ano de 2005, o Governo autorizado a cobrar as contribuies e impostos constantes dos cdigos e demais legislao tributria em vigor e de acordo com as alteraes previstas na presente lei.

    CAPTULO II

    Disciplina oramental

    Artigo 2.

    Utilizao das dotaes oramentais

    1 - Ficam cativos 20% do total das verbas afectas Lei de Programao Militar.

  • 10

    2 - Ficam cativos 21,4% das despesas afectas ao captulo 50 do Oramento do Estado. 3 - Ficam cativos 15% do total das verbas no referidas nos nmeros anteriores, com excepo de:

    a) Remuneraes certas e permanentes; b) Juros e outros encargos; c) Transferncias para o Servio Nacional de Sade, Ensino Superior e Politcnico e Aco Social, Administraes Regi-

    onal e Local, Segurana Social e Unio Europeia; d) Contribuio do Estado para a Caixa Geral de Aposentaes.

    4 - Ficam cativos 15% do total das verbas oramentadas em aquisio de bens e servios, de todos os servios e fundos autnomos constantes do Mapa VII, com excepo dos pertencentes ao Servio Nacional de Sade.

    5 - Ficam cativos 15% do total das verbas destinadas a abonos variveis e eventuais de todos os servios e fundos aut-nomos constantes do Mapa VII.

    6 - A cativao das verbas referidas nos nmeros anteriores pode ser redistribuda entre servios integrados ou entre fun-dos e servios autnomos, dentro de cada Ministrio, mediante despacho do respectivo Ministro.

    7 - Ficam sujeitas a autorizao dos Ministros da tutela e das Finanas e da Administrao Pblica, quaisquer alteraes oramentais que impliquem aumento de despesa nos oramentos dos servios integrados e dos servios e fundos autnomos constantes do Mapa VII.

    8 - O Governo, atravs do Ministro das Finanas e da Administrao Pblica, face evoluo da execuo oramental que vier a verificar-se, decide sobre a descativao das verbas referidas nos nmeros anteriores, bem como sobre os respectivos graus.

    Artigo 3.

    Alienao e onerao de imveis

    1 - A alienao de imveis pertencentes ao Estado ou aos organismos pblicos com personalidade jurdica, dotados ou no de autonomia financeira, que no tenham a natureza, forma e designao de empresa, fundao ou associao pblicas, bem como a constituio a favor de terceiros de quaisquer direitos reais sobre os mesmos imveis, depende de autorizao prvia do Ministro das Finanas, que fixa mediante despacho, a afectao do produto da alienao ou da onerao.

    2 - As alienaes dos imveis referidos no nmero anterior processam-se nos termos e condies definidos em despacho normativo, sendo adoptado, preferencialmente, o procedimento da hasta pblica sem prejuzo do recurso ao procedimento de ajuste directo nos casos ali previstos, ou nos termos que vierem a ser estabelecidos por lei.

    3 - Independentemente da base legal, as alienaes e oneraes de imveis, incluindo as cesses definitivas, que so sem-pre onerosas, tm como referncia o valor apurado em avaliao promovida pela Direco-Geral do Patrimnio.

    4 - O disposto nos nmeros anteriores no se aplica:

    a) Ao patrimnio imobilirio da segurana social mencionado no n. 3 do artigo 24. da presente lei; b) alienao de imveis da carteira de activos do Instituto de Gesto de Fundos de Capitalizao da Segurana Social

    cuja receita seja aplicada no Fundo de Estabilizao Financeira da Segurana Social; c) alienao de patrimnio do Fundo de Garantia Financeira da Justia.

    5 - atribudo ao municpio da localizao do imvel, por razes de interesse pblico, o direito de preferncia nas aliena-es dos imveis a que se refere o n. 1 realizadas atravs de hasta pblica, sendo mesmo exercido pelo preo e demais condi-es resultantes da venda.

    6 - A alienao de bens imveis do Estado e dos organismos pblicos com personalidade jurdica que no tenham a natu-reza, forma e designao de empresa, fundao ou associao pblicas, s empresas de capitais exclusivamente pblicos, sub-sidirias da SAGESTAMO Sociedade de Participaes Empresariais Sociais Imobilirias, SA, criada pelo Decreto-Lei n. 209/2000, de 2 de Setembro, processa-se por ajuste directo, nos termos do despacho normativo referido no n. 2.

    7 - Do total das receitas obtidas com a alienao do patrimnio do Estado afecto Defesa Nacional, at 25 % constituem receita do Estado, devendo o remanescente ser afecto, nos termos a definir em despacho do Ministro da Defesa Nacional, ao capital do Fundo dos Antigos Combatentes, bem como para reforo do capital do Fundo de Penses dos Militares das Foras Armadas, em despesas com a construo e manuteno de infra-estruturas afectas ao Ministrio da Defesa Nacional e para a aquisio de equipamentos e bens necessrios modernizao e operacionalidade das Foras Armadas.

    8 - As receitas obtidas com a alienao do patrimnio do Estado afecto ao Ministrio da Justia constituem receita do Ins-tituto de Gesto Financeira e Patrimonial da Justia, integrando o capital do Fundo de Garantia Financeira da Justia previsto no artigo 6. dos Estatutos do Instituto de Gesto Financeira e Patrimonial da Justia, aprovados pelo Decreto-Lei n. 156/2001, de 11 de Maio.

    9 - O Governo fica obrigado a apresentar semestralmente Assembleia da Repblica, nos 30 dias seguintes ao fim de cada semestre, um relatrio detalhado acerca da venda e aquisio de patrimnio do Estado, incluindo a descrio dos imveis vendidos e comprados, do seu valor de avaliao, do valor de base da licitao a que foram propostos e do valor de transaco, seja por leilo seja por ajuste directo, bem como a listagem dos compradores e vendedores.

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    Artigo 4.

    Transferncia de patrimnio edificado para os municpios

    1 - O Instituto de Gesto e Alienao do Patrimnio Habitacional do Estado (IGAPHE) pode, sem exigir qualquer contra-partida e sem sujeio s formalidades previstas no artigo 3., transferir para os municpios, empresas municipais ou de capital maioritariamente municipal, para instituies particulares de solidariedade social ou para pessoas colectivas de utilidade pbli-ca administrativa, desde que prossigam fins assistenciais e demonstrem capacidade para gerir os agrupamentos habitacionais ou bairros a transferir, a propriedade de prdios ou suas fraces que constituem agrupamentos habitacionais ou bairros, incluindo os espaos existentes de uso pblico, equipamentos, arruamentos e restantes infra-estruturas, bem como os direitos e obriga-es a estes relativos e aos fogos em regime de propriedade resolvel.

    2 - A transferncia do patrimnio referida no nmero anterior efectua-se por auto de cesso de bens, o qual constituir ttulo bastante de prova para todos os efeitos legais, incluindo os de registo.

    3 - Aps transferncia do patrimnio, podero as entidades beneficirias proceder alienao dos fogos aos respectivos moradores nos termos do Decreto-Lei n. 141/88, de 22 de Abril, com as alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n. 288/93, de 20 de Agosto.

    4 - O arrendamento dos fogos destinados a habitao fica sujeito ao regime de renda apoiada, nos termos do Decreto-Lei n. 166/93, de 7 de Maio.

    Artigo 5.

    Transferncias oramentais

    Na execuo do Oramento do Estado para 2004 fica o Governo autorizado a:

    1) Transferir verbas do Programa Operacional para a Sociedade de Informao (POSI), inscritas no PIDDAC, para servi-os e fundos autnomos, administrao local e regional, empresas ou instituies, no mbito da execuo daquele Pro-grama, incluindo o financiamento de projectos de investigao e desenvolvimento e sua gesto, em consrcio entre empresas e instituies cientficas, na rea da Sociedade de Informao e Governo Electrnico;

    2) Transferir verbas inscritas no captulo 50 respeitantes ao Programa P1 - Sociedade de Informao e Governo Electr-nico, dos oramentos dos vrios Ministrios para a Secretaria-Geral da Presidncia do Conselho de Ministros, corres-pondentes a 0,4% do valor de execuo dos respectivos programas, at ao limite de 1 050 000, ficando estas verbas consignadas ao funcionamento da Unidade de Misso Inovao e Conhecimento ou da entidade que, eventualmente, lhe venha a suceder;

    3) Transferir do oramento do Instituto de Emprego e Formao Profissional uma verba at ao montante de 3 950 000, para o Alto Comissariado para a Imigrao e Minorias tnicas;

    4) Transferir do oramento do Instituto de Emprego e Formao Profissional uma verba at ao montante de 500 000, para o Instituto da Comunicao Social;

    5) Transferir verbas do Sistema de Aco Social do Ministrio da Segurana Social, da Famlia e da Criana, at ao mon-tante de 3 805 000, consignadas ao financiamento das despesas de funcionamento do Secretariado Nacional para a Reabilitao e Integrao das Pessoas com Deficincia;

    6) Transferir verbas do Instituto do Emprego e Formao Profissional at ao montante de 150 000, consignadas ao fi-nanciamento das despesas de funcionamento do Secretariado Nacional para a Reabilitao e Integrao das Pessoas com Deficincia;

    7) Transferir verbas do Sistema de Aco Social do oramento da Segurana Social para a Secretaria-Geral da Presidn-cia do Conselho de Ministros, at ao montante de 5 750 000, consignadas ao financiamento das despesas de funcio-namento do Programa Escolhas e a transferncias respeitantes ao mesmo programa.

    8) Transferir verbas dos Cofres do Ministrio da Justia para o Supremo Tribunal de Justia, at ao montante de 1 209 662, consignadas ao financiamento das despesas de funcionamento daquele Tribunal;

    9) Proceder s alteraes entre captulos do oramento do Ministrio da Defesa Nacional decorrentes da Lei do Servio Militar, do processo de reorganizao em curso no Ministrio da Defesa Nacional, das alienaes dos imveis afectos s Foras Armadas e no mbito das Misses Humanitrias e de Paz;

    10) Transferir, por despacho conjunto dos Ministros da Defesa Nacional e das Finanas e da Administrao Pblica, para a finalidade prevista no artigo 1. da Lei Orgnica n. 1/2003, de 13 de Maio, uma verba at ao limite de 10% da verba disponvel no ano de 2005, destinada cobertura de encargos, designadamente, com a preparao, operaes e treino de foras;

    11) Transferir do captulo 50 do oramento do Ministrio do Ambiente e Ordenamento do Territrio uma verba at 6 851 353 para reforo do captulo 50 do oramento do Ministrio da Defesa Nacional, destinadas ao programa de cons-truo de navios de combate poluio (NCP);

    12) Transferir verbas inscritas no captulo 50 do oramento do Ministrio da Cincia, Inovao e Ensino Superior Fun-dao para a Cincia e Tecnologia, para entidades do Ministrio das Actividades Econmicas e do Trabalho, com vista ao financiamento partilhado dos Programas Ninhos de Empresas de Suporte Tecnolgico (NESTE) e Investigao e Desenvolvimento Empresarial Aplicado (IDEA);

    13) Transferir verbas do Programa Operacional de Cincia, Tecnologia, Inovao (POCTI), inscrito no captulo 50 do Mi-nistrio da Cincia, Inovao e Ensino Superior Fundao para a Cincia e a Tecnologia, para o oramento de outras

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    entidades do Ministrio da Cincia, Inovao e Ensino Superior com classificaes funcionais diferentes, incluindo servios integrados;

    14) Proceder integrao nos mapas I a IV do Oramento do Estado das receitas e despesas dos cofres do Ministrio da Justia, com vista plena realizao das regras oramentais da unidade e universalidade e do oramento bruto;

    15) Transferir verbas inscritas nos oramentos de laboratrios e outros organismos do Estado para outros laboratrios, in-dependentemente da classificao orgnica e funcional, desde que as transferncias se tornem necessrias pelo desen-volvimento de projectos e actividades de investigao cientfica a cargo dessas entidades;

    16) Proceder a transferncias dos oramentos das instituies beneficirias das receitas prprias definidas no artigo 19. do Decreto-Lei n. 140-D/86, de 14 de Junho, com a redaco que lhe foi dada pelo artigo 24. da Lei n. 52-C/96, de 27 de Dezembro, destinadas poltica de emprego e formao profissional, poltica de higiene, segurana e sade no trabalho e poltica de qualidade para a formao, para o Instituto de Gesto do Fundo Social Europeu (FSE), no montante mximo de 2 966 427;

    17) Transferir do oramento da Direco-Geral das Autarquias Locais do Ministrio das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional, da dotao inscrita como Cooperao tcnica e financeira municpios, para o oramento do Centro de Estudos e Formao Autrquica (CEFA), do mesmo Ministrio, at ao valor de 900 000, com vista formao em 2005 de polcias municipais e realizao de outros cursos de formao inicial dirigidos a formandos ainda no vinculados administrao local;

    18) Transferir do captulo 50 do Ministrio do Ambiente e do Ordenamento Territrio para as autarquias locais uma verba at 650 000, no mbito do Programa "Ambiente e Ordenamento do Territrio", Medida "Ambiente e Recursos Natu-rais", Projecto "Implementao do regime legal sobre a poluio sonora", da responsabilidade do Instituto do Ambien-te, quando se trate de financiar aces aprovadas na sequncia de candidaturas no mbito do regulamento geral do ru-do;

    19) Transferir verbas do captulo 50 do Ministrio do Ambiente e do Ordenamento do Territrio para o oramento de enti-dades do Ministrio das Actividades Econmicas e do Trabalho e do Ministrio do Turismo, uma verba at 490 196, no mbito do Programa Ambiente e Ordenamento do Territrio, Medida Sistemas de melhoria do desempenho e qualificao ambiental, Projecto Majorao do apoio s actividades econmicas pela mais valia ambiental, da res-ponsabilidade do Instituto do Ambiente, quando se trate de financiar atravs dessas entidades, aces abrangidas por aquele projecto;

    20) Transferir do captulo 50 do Oramento do Ministrio do Ambiente e do Ordenamento do Territrio para as autarquias locais uma verba at 150 000, no mbito do Programa Ambiente e Ordenamento do Territrio, Medida Sistemas de melhoria do desempenho e qualificao ambiental, Projecto Agendas 21 locais, da responsabilidade do Instituto do Ambiente, quando se trate de financiar aces aprovadas na sequncia de candidaturas no mbito da implementa-o de Agendas 21 locais;

    21) Transferir do captulo 50 do Oramento do Ministrio do Ambiente e do Ordenamento do Territrio para as autarquias locais uma verba at 147 200, no mbito do Programa Ambiente e Ordenamento do Territrio, Medida Sistemas de melhoria do desempenho e qualificao ambiental, Projecto Sistemas de desempenho e qualificao ambientais, da responsabilidade do Instituto do Ambiente, quando se trate de financiar aces aprovadas na sequncia de candida-turas no mbito da promoo da eficincia energtica;

    22) Assegurar, atravs do Instituto Nacional da Habitao, o financiamento da componente nacional da candidatura "Old Ghettos, New Centralities" ao Instrumento Financeiro do Espao Econmico Europeu, de acordo com as verbas inscri-tas no Programa Realojamento, Projecto Apoio Social (EFTA), no captulo 50 do Ministrio das Cidades, Adminis-trao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional;

    23) Transferir da dotao inscrita no oramento do Ministrio da Cincia, Inovao e Ensino Superior a verba de 4 282 513 para o oramento do Ministrio da Defesa Nacional, relativa reafectao de parte do PM 65/Lisboa Colgio de Campolide;

    24) Transferir verbas do Captulo 50 do Ministrio da Sade, da Direco-Geral de Instalaes e Equipamentos da Sade e da Administrao Regional de Sade de Lisboa e Vale do Tejo, para o Ministrio da Defesa Nacional - Direco-Geral de Infra-Estruturas, at aos montantes respectivamente de 1 690 000 e 2 500 000, necessrios satisfao dos compromissos assumidos com a aquisio do terreno para a construo do novo Hospital de So Marcos, em Bra-ga, e do terreno para a construo do novo Centro Hospitalar de Cascais;

    25) Transferir da dotao inscrita no oramento do Ministrio da Cultura a verba de 261 869 para o oramento do Minis-trio da Defesa Nacional, relativa reafectao de parte do PM 4/Tomar Ex-Hospital Militar Regional;

    26) inscrita no oramento do Ministrio das Obras Pblicas, Transportes e Comunicaes, uma verba de 10 000 000 destinada ao financiamento de projectos das autarquias locais no mbito da celebrao de contratos-programa, de acor-dos de colaborao e de protocolos de modernizao administrativa, com fundamento no n. 2 e no n. 3 do artigo 7. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, tendo por objecto intervenes em estradas no domnio do benefcio, conservao e segurana, combate sinistralidade e construo de alternativas a estradas existentes;

    27) inscrita no oramento dos Encargos Gerais do Estado, nomeadamente no oramento do Instituto do Desporto de Portugal, uma verba de 4 000 000, destinada concesso de auxlios financeiros, para construo ou melhoramento de infra-estruturas desportivas de interesse municipal, com fundamento no n. 2 e no n. 3 do artigo 7. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto;

    28) Transferir para o Oramento do Estado de 2005 os saldos das dotaes dos programas com co-financiamento comuni-trio, constantes do oramento do ano econmico anterior, para programas de idntico contedo, tendo em vista as caractersticas desses programas e com o objectivo de que no sofram qualquer interrupo por falta de verbas;

  • 13

    29) Proceder s alteraes oramentais necessrias para a introduo de sistemas de partilha de actividades comuns preco-nizados pelo artigo 8. da Lei n. 4/2004, de 15 de Janeiro.

    Artigo 6.

    Outras transferncias

    Sem prejuzo de outras transferncias de verbas previstas na lei, o Governo pode proceder s transferncias referidas no Quadro I, anexo presente lei e da qual faz parte integrante.

    Artigo 7.

    Apoio reconstruo de habitaes afectadas pelo sismo de 1998

    Na execuo do Oramento do Estado para 2005 fica o Governo autorizado a transferir para o Governo Regional dos Ao-res, verbas at ao montante de 25 380 000 do Programa 18 Desenvolvimento Local Urbano e Regional, inscrito no INH Instituto Nacional de Habitao, no Captulo 50 do Ministrio das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimen-to Regional, a ttulo de comparticipao no Processo de Reconstruo do Parque Habitacional das Ilhas do Faial e do Pico, na Regio Autnoma dos Aores.

    Artigo 8.

    Pagamentos no mbito do Servio Nacional de Sade

    1 - As instituies e servios integrados no Servio Nacional de Sade e o Instituto de Gesto Informtica e Financeira da Sade podem contratar qualquer modalidade de cesso de crditos relativamente s suas dvidas, convencionando juros morat-rios inferiores aos legais na ausncia de pagamento nos prazos legais, por despacho conjunto dos Ministros das Finanas e da Administrao Pblica e da Sade.

    2 - As cesses de crditos j efectuadas no mbito dos sistemas de pagamentos em vigor para as instituies e servios in-tegrados no Servio Nacional de Sade devem respeitar o disposto no nmero anterior, sendo a informao centralizada no Instituto de Gesto Informtica e Financeira da Sade.

    3 - Nos termos da alnea e) do n. 1 do artigo 30. do Regime da Tesouraria do Estado, aprovado pelo Decreto-Lei n. 191/99, de 5 de Junho, fica a Direco-Geral do Tesouro autorizada a adiantar fundos por operaes especficas do Tesouro ao Instituto de Gesto Informtica e Financeira da Sade, com a finalidade de assegurar o pagamento a fornecedores do Servi-o Nacional de Sade.

    4 - Fica o Governo autorizado, verificados que estejam os pressupostos constantes do n. 3 do artigo 25. e do n. 3 do ar-tigo 26. da Lei n. 91/2001, de 20 de Agosto, republicada pela Lei n. 48/2004, de 24 de Agosto, a proceder s alteraes ne-cessrias ao oramento do Instituto de Gesto Informtica e Financeira da Sade, por forma a que este Instituto possa contrair um emprstimo, at ao montante de 800 000 000, tendo em vista a regularizao at ao final do ano oramental das operaes referidas no nmero anterior.

    5 - O Ministro da Sade emitir anualmente uma Portaria estabelecendo um limite mximo de despesa com medicamentos a cargo do Servio Nacional de Sade (SNS), devendo as verbas que o ultrapassem ser devolvidas ao SNS pelo titular da res-pectiva autorizao de introduo no mercado.

    6 - A portaria referida no nmero anterior disciplina as condies de efectivao dessa devoluo. 7 - Para efeitos do nmero anterior, o Ministro da Sade ter em considerao o valor do crescimento homlogo da des-

    pesa face ao ano precedente, o crescimento previsto para o Produto Interno Bruto, bem como quaisquer outros factores espec-ficos que sero referenciados na fundamentao da deciso, nomeadamente a conjuntura oramental.

    8 - Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores, e em funo da situao especfica do crescimento da despesa com medicamentos, poder o Governo introduzir medidas excepcionais de reduo dos preos de comercializao de determinados medicamentos, mediante portaria conjunta dos Ministros das Actividades Econmicas e do Trabalho e da Sade.

    Artigo 9.

    Reteno de montantes nas transferncias

    1 - As transferncias correntes e de capital do Oramento do Estado para os organismos autnomos da Administrao Central, para as Regies Autnomas e para as Autarquias Locais podem ser retidas para satisfazer dbitos, vencidos e exig-veis, constitudos a favor da Caixa Geral de Aposentaes, da ADSE, do Servio Nacional de Sade, da Segurana Social e da Direco-Geral do Tesouro, e ainda em matria de contribuies e impostos, bem como dos resultantes da no utilizao ou utilizao indevida de fundos comunitrios.

    2 - A reteno a que se refere o nmero anterior, no que respeita a dbitos das Regies Autnomas no pode ultrapassar 5% do montante de transferncia anual prevista no artigo 30. da Lei n. 13/98, de 24 de Fevereiro.

    3 - Podem ser igualmente retidas transferncias e recusadas antecipaes de duodcimos quando no seja tempestivamen-te prestada ao Ministrio das Finanas, pelos rgos autrquicos competentes, a informao tipificada na Lei de Enquadramen-to Oramental ou aquela que venha a ser anualmente definida no decreto-lei de execuo oramental ou outra disposio legal.

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    4 - As transferncias referidas nos n.os 1 e 3, no que respeita a dbitos das autarquias locais, salvaguardando o regime es-pecial previsto no Cdigo das Expropriaes, aprovado pela Lei n. 168/99, de 18 de Setembro, s podem ser retidas nos ter-mos previstos no artigo 8. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, na redaco dada pela Lei n. 94/2001, de 20 de Agosto.

    CAPTULO III

    Finanas locais

    Artigo 10.

    Participao das autarquias nos impostos do Estado

    1 - O montante global da participao dos municpios nos impostos do Estado fixado em 2 296 021 712, sendo o mon-tante a atribuir a cada municpio o que consta do mapa XIX em anexo.

    2 - O montante global do Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF) fixado em 189 484 786, sendo o montante a atribuir a cada freguesia o que consta do anexo ao mapa XX em anexo.

    3 - No ano de 2005, os montantes referidos nos n.os 1 e 2 incluem o reforo de 20 156 440, para os municpios, e de 2 938 452 para as freguesias, por forma a garantir os crescimentos mnimos por autarquia local, nos termos dos n.os 1 e 2 do artigo 14.-A e do n. 4 do artigo 15. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, na redaco dada pela Lei n. 94/2001, de 20 de Agosto.

    4 - No ano de 2005, a taxa a que se referem os n.os 1 do artigo 14.-A e 4 do artigo 15. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, com a redaco dada pela Lei n. 94/2001, de 20 de Agosto, de 2 %.

    5 - Para alm do montante estabelecido no n. 3, para os municpios, o valor global da participao destes impostos do Es-tado, a que se refere o n. 1, ainda acrescido de 2 400 000, tendo em vista assegurar, no ano de 2005, o crescimento mnimo de 2,5% para os municpios referidos na alnea a) do n. 2 do artigo 14.-A da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, com a redaco dada pela Lei n. 94/2001, de 20 de Agosto.

    Artigo 11.

    Transferncias de competncias para os Municpios

    1 - prorrogado at 31 de Dezembro de 2005 o prazo previsto no n. 1 do artigo 4. da Lei n. 159/99, de 14 de Setembro, para a transferncia de competncias para os municpios.

    2 - Durante o ano de 2005, fica o Governo autorizado a legislar no sentido de regulamentar a transferncia de competn-cias para os municpios previstas nos artigos 16. a 31. da Lei n. 159/99, de 14 de Setembro, nos termos previstos nos artigos 3., 4., 6., 11. e 12. da mesma lei.

    3 - Durante o ano de 2005, fica o Governo autorizado a legislar no sentido de regulamentar, nos termos do n. 1 do artigo 4. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, os poderes tributrios dos municpios, relativamente aos impostos a cuja receita tenham direito.

    4 - No ano de 2005, para efeitos do disposto na Lei n. 159/99, de 14 de Setembro, fica o Governo autorizado a transferir para os municpios as verbas necessrias ao exerccio por estes das novas competncias transferidas ao abrigo dos n.os 2 e 3 do presente artigo.

    Artigo 12.

    Transportes escolares

    1 - inscrita no oramento do Ministrio das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional uma verba de 21 000 000, destinada a compensar os municpios dos encargos suportados com os transportes escolares dos alunos inscritos nos 7., 8. e 9. anos de escolaridade, sendo a distribuio por municpio efectuada de acordo com os montantes das correspondentes despesas.

    2 - A relao das verbas transferidas ao abrigo do nmero anterior publicada por portaria conjunta do Ministros das Fi-nanas e da Administrao Pblica e do Ministro das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional.

    Artigo 13.

    reas metropolitanas e comunidades intermunicipais

    1 - inscrita no oramento do Ministrio das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional uma verba de 3 000 000, afecta s actividades das reas metropolitanas e das comunidades intermunicipais de direito pblico.

    2 - A verba prevista no nmero anterior processada trimestralmente at ao dia 15 do primeiro ms do trimestre a que se refere para as entidades cuja criao, decorrente das Leis n.os 10/2003 e 11/2003, de 13 de Maio, tenha sido comunicada Di-reco- Geral das Autarquias Locais at 31 de Dezembro de 2004.

    3 - As transferncias para estas entidades so distribudas de forma directamente proporcional, de acordo com os seguin-tes critrios:

    a) Nmero de reas metropolitanas e comunidades intermunicipais de direito pblico;

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    b) Nmero de municpios associados em cada entidade; c) Participao total dos municpios associados nos impostos do Estado.

    Artigo 14.

    Competncias a exercer pelas reas metropolitanas e comunidades intermunicipais

    1 - Durante o ano de 2005, fica o Governo autorizado a legislar no mbito da definio das formas de contratao a utili-zar no exerccio de competncias confiadas s reas metropolitanas e comunidades intermunicipais, no mbito das atribuies referidas no n. 1 do artigo 6. da Lei n. 10/2003 e no n. 1 do artigo 5. da Lei n. 11/2003, ambas de 13 de Maio.

    2 - No ano 2005, fica o Governo autorizado a transferir para as reas metropolitanas e para as comunidades intermunici-pais as verbas necessrias ao exerccio por estas das novas competncias que lhes sejam confiadas, sob forma contratual.

    Artigo 15.

    Remunerao dos eleitos das juntas de freguesia

    1 - inscrita no oramento do Ministrio das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional, uma verba no montante de 4 863 280 a distribuir pelas freguesias referidas nos n.os 1 e 2 do artigo 27. da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, para satisfao das remuneraes e dos encargos dos presidentes das juntas de freguesia que tenham optado pelo regime de permanncia, a tempo inteiro ou a meio tempo, deduzidos dos montantes relativos compensao mensal para encargos a que os mesmos eleitos teriam direito se tivessem permanecido em regime de no permanncia.

    2 - A relao das verbas transferidas para cada freguesia, ao abrigo do nmero anterior, publicada por portaria do Minis-tro das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional.

    Artigo 16.

    Auxlios financeiros e cooperao tcnica e financeira

    inscrita no oramento do Ministrio das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional, uma ver-ba de 33 600 000, destinada concesso de auxlios financeiros para edifcios sede de municpios e edifcios sede de fregue-sias, negativamente afectados na respectiva funcionalidade, concesso de auxlios financeiros s autarquias locais para as situaes previstas nas alneas a), b), d), e) e f) do n. 3 do artigo 7. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, e ao financiamento de projectos das autarquias locais no mbito da celebrao de contratos-programa, de acordos de colaborao e de protocolos de modernizao administrativa, nos termos do n. 2 do artigo 7. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, tendo em conta o perodo de aplicao dos respectivos programas de financiamento e os princpios de equidade e de equilbrio na distribuio territorial.

    Artigo 17.

    Reteno aos fundos municipais

    1 - retida a percentagem de 0,2% do Fundo Base Municipal, do Fundo Geral Municipal e do Fundo de Coeso Munici-pal de cada municpio do continente, constituindo um dcimo dessa reteno receita prpria da Direco-Geral das Autarquias Locais, nos termos da alnea d) do n. 1, do artigo 18. do Decreto-Lei n. 154/98, de 6 de Junho.

    2 - A parte restante destina-se a custear o funcionamento dos gabinetes de apoio tcnico, previstos no Decreto-Lei n. 58/79, de 29 de Maro, sendo para o efeito inscrita no oramento das Comisses de Coordenao e Desenvolvimento Regional, das reas Metropolitanas ou das Comunidades Intermunicipais de Direito Pblico, consoante de quem dependam os referidos gabinetes.

    3 - Na rea Metropolitana de Lisboa e na rea Metropolitana do Porto so estas entidades as beneficirias da verba refe-rida no nmero anterior.

    4 - No haver lugar reteno referida no n. 1, nos casos de extino dos gabinetes de apoio tcnico.

    Artigo 18.

    Obrigaes municipais

    Durante o ano de 2005, fica o Governo autorizado a legislar no sentido da regulamentao da emisso de obrigaes muni-cipais, nos termos do n. 1 do artigo 23. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto.

    Artigo 19.

    Endividamento municipal em 2005

    1 - No ano de 2005, os encargos anuais dos municpios, incluindo os que onerem as respectivas empresas municipais e as-sociaes de municpios em que participem, com amortizaes e juros dos emprstimos a mdio e longo prazos, incluindo os dos emprstimos obrigacionistas, no podem exceder o maior dos limites do valor correspondente a um oitavo dos Fundos de

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    Base Municipal, Geral Municipal e de Coeso Municipal que cabe ao municpio ou a 10% das despesas realizadas para inves-timento pelo municpio no ano anterior.

    2 - Os municpios que, devido a emprstimos contratados em anos anteriores, j excedam o maior dos limites referidos no nmero anterior, no podero recorrer a novos emprstimos de mdio e longo prazo.

    3 - O montante global das amortizaes efectuadas pelos municpios no ano de 2003, ser rateado para efeitos de acesso a novos emprstimos, proporcionalmente soma dos valores dos Fundos Geral Municipal, de Coeso Municipal e de Base Muni-cipal, entre os municpios que no estejam abrangidos pelo estipulado no n. 2, e sem prejuzo do disposto no n. 1.

    4 - Em 31 de Dezembro de 2005, o montante global do endividamento lquido do conjunto dos municpios, incluindo to-das as formas de dvida, no poder exceder o que existia em 31 de Dezembro de 2004.

    5 - O conceito de endividamento lquido o definido no sistema europeu de contas nacionais e regionais (SEC95). 6 - Podem excepcionar-se dos n.os 2 e 3 emprstimos e amortizaes destinados ao financiamento de projectos com com-

    participao de fundos comunitrios, sendo que o recurso ao crdito para financiamento destes projectos obedece s seguintes condies:

    a) O montante mximo do crdito no pode exceder 75% do montante da contrapartida nacional necessria para a execu-o dos projectos de infra-estruturas e equipamentos, integrados no Quadro Comunitrio de Apoio 2000-2006 ou na Iniciativa Comunitria INTERREG III, co-financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) ou pelo Fundo de Coeso;

    b) Os projectos a considerar so apenas os projectos homologados entre Julho de 2004 e 31 de Dezembro de 2005 e refe-rentes s seguintes tipologias:

    i) Remodelao e construo de redes de saneamento bsico; ii) Infra-estruturas para acolhimento industrial; iii) Modernizao/dinamizao de infra-estruturas de apoio ao comrcio; iv) Infra-estruturas de apoio ao turismo da natureza; v) Construo e remodelao de equipamento educativo; vi) Construo e requalificao de vias municipais; vii) Intervenes integradas de reconverso urbana; viii) Construo e remodelao de equipamentos e infra-estruturas desportivas; ix) Construo e remodelao de equipamentos culturais; x) Projectos para promoo da Sociedade de Informao e do Conhecimento.

    7 - Podem ainda excepcionar-se dos n.os 2 e 3 emprstimos e amortizaes destinados ao financiamento de projectos de relevante interesse pblico a definir por despacho conjunto dos Ministros das Cidades, Administrao Local, Habitao e Desenvolvimento Regional e das Finanas e da Administrao Pblica.

    8 - Independentemente do montante que lhes caibam em resultado do rateio os municpios podem contrair emprstimos para saneamento financeiro ao abrigo do artigo 25. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, desde que da operao no resulte aumento de endividamento lquido, devendo, previamente, enviar o estudo previsto no n. 2 do artigo 4. do Decreto-Lei n. 258/79, de 28 de Julho, Direco-Geral do Oramento.

    9 - Os municpios em situao de desequilbrio financeiro estrutural ou ruptura financeira podem recorrer a contratos de reequilbrio financeiro, cumprida a legislao vigente sobre a matria.

    10 - O valor do montante global das amortizaes efectuadas pelos municpios em 2003 ser corrigido at 30 de Junho pe-los valores das amortizaes efectuadas em 2004.

    Artigo 20.

    Taxas dos municpios

    Durante o ano 2005, fica o Governo autorizado a legislar, alterando o artigo 19. da Lei n. 42/98, de 6 de Agosto, no senti-do de ampliar as taxas que os municpios podem cobrar, alargando-as s seguintes situaes:

    a) Extraco de materiais inertes, em exploraes a cu aberto; b) Ocupao ou utilizao do solo, subsolo e espao areo do domnio pblico municipal e aproveitamento dos bens de

    utilidade pblica, designadamente, por empresas e entidades nos domnios das comunicaes e distribuio de gs; c) Instalao de antenas parablicas; d) Instalao de antenas dos operadores de telecomunicaes mveis; e) Divulgao de mensagens publicitrias destinadas a serem visveis do espao do domnio pblico, ainda que afixadas

    em propriedade privada, excluindo as de natureza poltico-partidria; f) Comercializao de madeiras; g) Actividades econmicas geradoras de riscos significativos, que obriguem realizao de investimentos e outras despe-

    sas especficas na rea de proteco civil; h) Gerao de trfego por viagens em infra-estruturas rodovirias de e para os grandes plos geradores de mobilidade.

  • 17

    CAPTULO IV

    Segurana social

    Artigo 21.

    Adequao das formas de financiamento da segurana social s modalidades de proteco

    O financiamento das despesas decorrentes da proteco garantida no mbito do sistema de segurana social efectua-se nos termos previstos no artigo 107. da Lei n. 32/2002, de 20 de Dezembro.

    Artigo 22.

    Complementos sociais

    Os encargos resultantes do pagamento dos complementos sociais, constitutivos do subsistema de solidariedade, nos termos da alnea c) do n. 1 do artigo 57. da Lei n. 32/2002, de 20 de Dezembro, que visem assegurar os montantes mnimos de pen-ses previstos no seu artigo 59., sempre que os respectivos encargos excedam o montante fixado na lei para a penso social de invalidez e de velhice, so financiados em 75% por transferncias do Oramento do Estado, sendo o restante financiado nos termos previstos para o subsistema de proteco familiar e polticas activas de emprego e formao profissional.

    Artigo 23.

    Saldos de gerncia do Instituto de Emprego e Formao Profissional

    1 - Os saldos de gerncia a que se refere o n. 2 do artigo 26. do Estatuto do Instituto do Emprego e Formao Profissio-nal, aprovado pelo Decreto-Lei n. 247/85, de 12 de Julho, so transferidos para a segurana social e constituem receita do respectivo oramento.

    2 - Os saldos referidos no nmero anterior que resultem de receitas provenientes da execuo de programas co-financiados maioritariamente pelo Fundo Social Europeu podem ser mantidos no Instituto do Emprego e Formao Profissio-nal, por despacho conjunto do Ministro das Actividades Econmicas e do Trabalho e do Ministro da Segurana Social, da Famlia e da Criana.

    Artigo 24.

    Transferncias para capitalizao

    1 - Dando cumprimento ao disposto no artigo 111. da Lei n. 32/2002, de 20 de Dezembro, e de acordo com o previsto no n. 3 do referido artigo, afecto ao Fundo de Estabilizao Financeira da Segurana Social uma parcela de at 2 pontos percentuais do valor percentual correspondente s quotizaes dos trabalhadores por conta de outrem.

    2 - Parte do produto de operaes extraordinrias de recuperao de dvidas Segurana Social em 2005 reverte para o Fundo de Estabilizao Financeira da Segurana Social.

    3 - Os saldos anuais do subsistema previdencial, bem como as receitas resultantes da alienao de patrimnio, so igual-mente transferidos para o Fundo de Estabilizao Financeira da Segurana Social.

    Artigo 25.

    Mobilizao de activos e recuperao de crditos da segurana social

    Fica o Governo autorizado, atravs do Ministro da Segurana Social, da Famlia e da Criana, que ter a faculdade de dele-gar, a proceder:

    a) No mbito da recuperao de crditos e outros activos financeiros da segurana social, alienao e titularizao dos crditos originados por dvidas dos contribuintes, bem como cesso da gesto de crditos e outros activos financei-ros, a ttulo remunerado ou no;

    b) contratao que se mostre necessria e mais adequada realizao das operaes indicadas na alnea anterior, inde-pendentemente do seu valor, podendo ser precedida de procedimento por negociao, com ou sem prvia publicao de anncio ou realizada por ajuste directo;

    c) anulao de crditos detidos pelo Instituto de Gesto Financeira da Segurana Social, quando se verifique carece-rem os mesmos de justificao ou estarem insuficientemente documentados ou quando a sua irrecuperabilidade decor-ra da inexistncia de bens penhorveis do devedor.

  • 18

    Artigo 26.

    Gesto de fundos em regime de capitalizao

    A inscrio oramental dos fluxos financeiros decorrentes de operaes associadas gesto da carteira de activos dos fun-dos sob gesto do Instituto de Gesto de Fundos de Capitalizao da Segurana Social efectuada de acordo com as seguintes regras:

    a) As receitas obtidas em operaes de derivados financeiros so deduzidas das despesas decorrentes das mesmas opera-es, sendo o respectivo saldo sempre inscrito em rubrica de receita;

    b) Os juros corridos recebidos nas vendas de valores representativos de dvida so deduzidos dos juros corridos pagos na aquisio do mesmo gnero de valores, sendo o respectivo saldo sempre inscrito em rubrica de receita;

    c) O disposto nas alneas anteriores no dispensa o registo contabilstico individualizado de todos os fluxos financeiros, ainda que meramente escriturais, associados s operaes nelas referidas.

    CAPTULO V

    Impostos directos

    Artigo 27.

    Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares

    1 - Os artigos 9., 40.-A, 53., 56., 68., 70., 72., 73., 78., 79, 82., 84., 85., 86., 100. e 114. do Cdigo do Impos-to sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) aprovado pelo Decreto-Lei n. 442-A/88, de 30 de Novembro, passam a ter a seguinte redaco:

    Artigo 9.

    Rendimentos da categoria G

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - So igualmente considerados incrementos patrimoniais aqueles a que se refere o n. 5 do artigo 89.-A da Lei Geral

    Tributria.

    Artigo 40.-A

    Dupla tributao econmica

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - O disposto no nmero anterior aplicvel se a entidade devedora dos lucros ou que liquidada tiver a sua sede ou di-

    reco efectiva em territrio portugus e os respectivos beneficirios residirem neste territrio. 3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - O disposto no n. 1 igualmente aplicvel aos lucros distribudos por entidade residente noutro Estado membro da

    Unio Europeia que preencha os requisitos e condies estabelecidos no artigo 2. da Directiva n. 90/435/CEE, de 23 de Julho de 1990.

    5 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, o sujeito passivo deve dispor de prova de que a entidade cumpre os requi-sitos e condies estabelecidas no artigo 2. da Directiva n. 90/435/CEE, de 23 de Julho de l990, efectuada atravs de declara-o confirmada e autenticada pelas autoridades fiscais competentes do Estado membro da Unio Europeia de que residente.

    Artigo 53.

    Penses

    1 - Aos rendimentos brutos da categoria H de valor anual igual ou inferior a 8 283 deduz-se, at sua concorrncia, a totalidade do seu quantitativo por cada titular que os tenha auferido.

    2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - ............................................................................................................................................................................................. 5 - ............................................................................................................................................................................................. 6 - ............................................................................................................................................................................................. 7 - .............................................................................................................................................................................................

  • 19

    Artigo 56.

    Abatimentos ao rendimento lquido total

    Para apuramento do rendimento colectvel dos sujeitos passivos residentes em territrio portugus, totalidade dos rendi-mentos lquidos determinados nos termos das seces anteriores abatem-se as importncias comprovadamente suportadas e no reembolsadas respeitantes aos encargos com penses de alimentos a que o sujeito passivo esteja obrigado por sentena judicial ou por acordo homologado nos termos da lei civil, salvo nos casos em que o seu beneficirio faa parte do mesmo agregado familiar ou relativamente ao qual estejam previstas dedues no artigo 78..

    Artigo 68.

    Taxas gerais

    1 - As taxas do imposto so as constantes da tabela seguinte:

    Taxas Rendimento colectvel (em percentagens)

    Em euros Normal (A) Mdia (B)At 4 351 10,5 10,5000 De mais de 4 351 at 6 581 13,0 11,3471 De mais de 6 581 at 16 317 23,5 18,5985 De mais de 16 317 at 37 528 34,0 27,3035 De mais de 37 528 at 54 388 36,5 30,1544 Superior a 54 388 40,0

    2 - O quantitativo do rendimento colectvel, quando superior a 4 351, dividido em duas partes: uma, igual ao limite do maior dos escales que nele couber, qual se aplica a taxa da coluna (B) correspondente a esse escalo; outra, igual ao exce-dente, a que se aplica a taxa da coluna (A) respeitante ao escalo imediatamente superior.

    Artigo 70.

    Mnimo de existncia

    1 - Da aplicao das taxas estabelecidas no artigo 68. no pode resultar, para os titulares de rendimentos predominante-mente originados em trabalho dependente, a disponibilidade de um rendimento lquido de imposto inferior ao valor anual da retribuio mnima mensal acrescida de 20%, nem resultar qualquer imposto para os mesmos rendimentos, cuja matria colec-tvel, aps a aplicao do quociente conjugal, seja igual ou inferior a 1 735.

    2 - .............................................................................................................................................................................................

    Artigo 72.

    Taxas especiais

    1 - As mais-valias e outros rendimentos auferidos por no residentes em territrio portugus que no sejam imputveis a estabelecimento estvel nele situado e que no sejam sujeitos a reteno na fonte s taxas liberatrias so tributados taxa autnoma de 25%, ou de 15% quando se trate de rendimentos prediais, salvo o disposto no n. 4.

    2 - Os rendimentos auferidos por no residentes em territrio portugus que sejam imputveis a estabelecimento estvel a situado so tributados taxa de 25%.

    3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - .............................................................................................................................................................................................

    Artigo 73.

    Taxas de tributao autnoma

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - ............................................................................................................................................................................................. 5 - ............................................................................................................................................................................................. 6 - ............................................................................................................................................................................................. 7 - So ainda tributados autonomamente, taxa de 5%, os encargos dedutveis relativos a despesas com ajudas de custo e

    com compensao pela deslocao em viatura prpria do trabalhador, ao servio da entidade patronal, no facturadas a clientes, escrituradas a qualquer ttulo, excepto na parte em que haja lugar a tributao em sede de IRS na esfera do respectivo benefici-

  • 20

    rio, bem como os encargos da mesma natureza, que no sejam dedutveis nos termos da alnea f) do n. 1 do artigo 42. do CIRC, suportados por sujeitos passivos que apresentem prejuzo fiscal no exerccio a que os mesmos respeitam.

    8 - Excluem-se do disposto nos n.os 2 e 7 os sujeitos passivos a quem seja aplicado o regime simplificado de determinao do lucro tributvel previsto nos artigos 28. e 31..

    9 - Nas situaes de contitularidade de rendimentos abrangidas pelo artigo 19. o imposto apurado relativamente s des-pesas que, nos termos dos nmeros anteriores, esto sujeitas a tributao autnoma, imputado a cada um dos contitulares na proporo das respectivas quotas.

    Artigo 78.

    Dedues colecta

    1 - colecta so efectuadas, nos termos dos artigos subsequentes, as seguintes dedues relativas:

    a) Aos sujeitos passivos, seus dependentes e ascendentes; b) s despesas de sade; c) s despesas de educao e formao; d) Aos encargos com lares; e) Aos encargos com imveis e equipamentos novos de energias renovveis; f) Aos encargos com prmios de seguros; g) dupla tributao internacional; h) Aos benefcios fiscais.

    2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - .............................................................................................................................................................................................

    Artigo 79.

    Dedues dos sujeitos passivos, descendentes e ascendentes

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - A deduo da alnea e) do n. 1 de 316 no caso de existir apenas um ascendente, nas condies nela previstas.

    Artigo 82.

    Despesas de sade

    1 - So dedutveis colecta 30% das seguintes importncias:

    a) ............................................................................................................................................................................................. b) ............................................................................................................................................................................................. c) ............................................................................................................................................................................................. d) Aquisio de outros bens e servios directamente relacionados com despesas de sade do sujeito passivo, do seu agre-

    gado familiar, dos seus ascendentes e colaterais at ao 3. grau, desde que devidamente justificados atravs de receita mdica, com o limite de 57 ou de 2,5% das importncias referidas nas alneas a), b) e c), se superior.

    2 - .............................................................................................................................................................................................

    Artigo 84.

    Encargos com lares

    So dedutveis colecta 25% dos encargos com lares e outras instituies de apoio terceira idade relativos aos sujeitos passivos, seus ascendentes e colaterais at ao 3. grau que no possuam rendimentos superiores retribuio mnima mensal, com o limite de 316.

    Artigo 85.

    Encargos com imveis e equipamentos novos de energias renovveis

    1 - So dedutveis colecta 30% dos encargos a seguir mencionados relacionados com imveis situados em territrio por-tugus:

    a) Juros e amortizaes de dvidas contradas com a aquisio, construo ou beneficiao de imveis para habitao prpria e permanente ou arrendamento devidamente comprovado para habitao permanente do arrendatrio, com ex-cepo das amortizaes efectuadas por mobilizao dos saldos das contas poupana-habitao, at ao limite de 549;

  • 21

    b) Prestaes devidas em resultado de contratos celebrados com cooperativas de habitao ou no mbito do regime de compras em grupo, para a aquisio de imveis destinados a habitao prpria e permanente ou arrendamento para habitao permanente do arrendatrio, devidamente comprovadas, na parte que respeitem a juros e amortizaes das correspondentes dvidas, at ao limite de 549;

    c) Importncias, lquidas de subsdios ou comparticipaes oficiais, suportadas a ttulo de renda pelo arrendatrio de pr-dio urbano ou da sua fraco autnoma para fins de habitao permanente, quando referentes a contratos de arrenda-mento celebrados a coberto do Regime do Arrendamento Urbano, aprovado pelo Decreto-Lei n. 321-B/90, de 15 de Outubro, ou pagas a ttulo de rendas por contrato de locao financeira relativo a imveis para habitao prpria e permanente efectuadas ao abrigo deste regime, na parte que no constituem amortizao de capital, at ao limite de 549.

    2 - So igualmente dedutveis colecta, desde que no susceptveis de serem considerados custos na categoria B, 30% das importncias despendidas com a aquisio de equipamentos novos para utilizao de energias renovveis e de equipamentos para a produo de energia elctrica e ou trmica (co-gerao) por microturbinas, com potncia at 100 kW, que consumam gs natural, incluindo equipamentos complementares indispensveis ao seu funcionamento, com o limite de 728.

    3 - As dedues referidas nos nmeros anteriores no so cumulativas. 4 - ............................................................................................................................................................................................. 5 - .............................................................................................................................................................................................

    Artigo 86.

    Prmios de seguros

    1 - So dedutveis colecta 25% das importncias despendidas com prmios de seguros de acidentes pessoais e seguros de vida que garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice, neste ltimo caso desde que o bene-fcio seja garantido aps os 55 anos de idade e cinco de durao do contrato, relativos ao sujeito passivo ou aos seus dependen-tes, pagos por aquele ou por terceiros, desde que, neste caso, tenham sido, comprovadamente tributados como rendimento do sujeito passivo, com o limite de 57, tratando-se de sujeitos passivos no casados ou separados judicialmente de pessoas e bens, ou de 114, tratando-se de sujeitos passivos casados e no separados judicialmente de pessoas e bens.

    2 - [Revogado]. 3 - So igualmente dedutveis colecta 30% dos prmios de seguros que cubram exclusivamente os riscos de sade rela-

    tivamente ao sujeito passivo ou aos seus dependentes, pagos por aquele ou por terceiros, desde que, neste caso, tenham sido, comprovadamente tributados como rendimento do sujeito passivo, com os seguintes limites:

    a) Tratando-se de sujeitos passivos no casados ou separados judicialmente de pessoas e bens, at ao limite de 76; b) Tratando-se de sujeitos passivos casados e no separados judicialmente de pessoas e bens, at ao limite de 152; c) Por cada dependente a seu cargo, os limites das alneas anteriores so elevados em 38.

    4 - Para efeitos do disposto no n. 1, s relevam os prmios de seguros que no garantam o pagamento, e este se no veri-fique, nomeadamente por resgate ou adiantamento, de qualquer capital de vida fora das condies a mencionadas.

    5 - No caso de pagamento pelas empresas de seguros de quaisquer importncias fora das condies previstas no n. 1, a soma dos montantes anuais deduzidos, agravados de uma importncia correspondente aplicao a cada um deles do produto de 10% pelo nmero de anos decorridos desde aquele em que foi exercido o direito deduo, acrescido ao rendimento ou colecta, conforme a deduo tenha sido efectuada ao rendimento ou colecta, do ano em que ocorrer o pagamento, para o que as empresas de seguros ficam obrigadas a comunicar administrao fiscal a ocorrncia de tais factos.

    Artigo 100.

    Reteno na fonte - remuneraes no fixas

    1 - As entidades que paguem ou coloquem disposio remuneraes do trabalho dependente que compreendam, exclu-sivamente, montantes variveis devem, no momento do seu pagamento ou colocao disposio, reter o imposto de harmonia com a seguinte tabela de taxas:

    Escales de Remuneraes Anuais Taxas (em euros) (percentagens)

    At 4 678 0 De 4 678 at 5 526 2 De 5 526 at 6 554 4 De 6 554 at 8 142 6 De 8 142 at 9 855 8 De 9 855 at 11 389 10 De 11 389 at 13 048 12 De 13 048 at 16 355 15 De 16 355 at 21 255 18

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    De 21 255 at 26 912 21 De 26 912 at 36 777 24 De 36 777 at 48 580 27 De 48 580 at 80 969 30 De 80 969 at 121 477 33 De 121 477 at 202 505 36 Superior a 202 505 38

    2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - Quando, no havendo possibilidade de determinar a remunerao anual estimada, sejam pagos ou colocados disposi-

    o rendimentos que excedam o limite de 4 678, aplica-se o disposto no n. 1 do presente artigo. 4 - .............................................................................................................................................................................................

    Artigo 114.

    Cessao de actividade

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - Independentemente dos factos previstos no n. 1, pode ainda a administrao fiscal declarar oficiosamente a cessao

    da actividade quando for manifesto que esta no est a ser exercida nem h inteno de a exercer, ou sempre que o sujeito pas-sivo tenha declarado o exerccio de uma actividade sem que possua uma adequada estrutura empresarial em condies de a exercer.

    4 - A cessao oficiosa a que se refere o nmero anterior no desobriga o sujeito passivo do cumprimento das obrigaes tributrias.

    2 - revogado o artigo 87. do Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) aprovado pelo De-creto-Lei n. 442-A/88, de 30 de Novembro.

    3 - Fica o Governo autorizado a rever o regime de dedues aos rendimentos do trabalho dependente constante do artigo 25. do Cdigo do IRS com vista a abranger as contribuies para o sistema pblico de segurana social, bem como as contri-buies para o sistema complementar, efectuadas acima do limite superior contributivo ao abrigo do disposto no n. 4 do artigo 46. da Lei de Bases da Segurana Social, garantindo o princpio da neutralidade fiscal entre as contribuies para o sistema pblico e as contribuies para o sistema complementar.

    Artigo 28.

    Incentivos regularizao de capitais colocados no exterior

    O Governo apresentar Assembleia da Repblica uma proposta de lei no sentido de prever que os sujeitos passivos pes-soas singulares, residentes em territrio portugus, titulares de elementos patrimoniais, de natureza mobiliria, que se encon-trem fora deste territrio, fiquem liberados das obrigaes declarativas e demais de natureza exclusivamente tributria relativas aos juros e demais vantagens econmicas referentes queles, mediante o pagamento de montante de imposto correspondente a 5% do valor daqueles elementos.

    Artigo 29.

    Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas

    1 - Os artigos 8., 40., 42., 46., 80., 81., 86. e 115., do Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colecti-vas (IRC) aprovado pelo Decreto-Lei n. 442-B/88, de 30 de Novembro, passam a ter a seguinte redaco:

    Artigo 8.

    Perodo de tributao

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - ............................................................................................................................................................................................. 5 - ............................................................................................................................................................................................. 6 - Independentemente dos factos previstos no nmero anterior, pode ainda a administrao fiscal declarar oficiosamente

    a cessao de actividade quando for manifesto que esta no est a ser exercida nem h inteno de a continuar a exercer, ou sempre que o sujeito passivo tenha declarado o exerccio de uma actividade sem que possua uma adequada estrutura empresa-rial em condies de a exercer.

    7 - A cessao oficiosa a que se refere o n. 6 no desobriga o sujeito passivo do cumprimento das obrigaes tributrias.

  • 23

    8 - [Anterior n. 6]. 9 - [Anterior n. 7]. 10 - [Anterior n. 8].

    Artigo 40.

    Realizaes de utilidade social

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - Aplica-se o disposto nos n.os 2 e 3 desde que se verifiquem, cumulativamente, as seguintes condies, excepo das

    alneas d) e e), quando se trate de seguros de doena, de acidentes pessoais ou de seguros de vida que garantam exclusivamente os riscos de morte ou invalidez:

    a) ............................................................................................................................................................................................. b) ............................................................................................................................................................................................. c) ............................................................................................................................................................................................. d) ............................................................................................................................................................................................. e) ............................................................................................................................................................................................. f) A gesto e disposio das importncias despendidas no pertenam prpria empresa, os contratos de seguros sejam

    celebrados com empresas de seguros que possuam sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel em territrio por-tugus, ou com empresas de seguros que estejam autorizadas a operar neste territrio em livre prestao de servios, e os fundos de penses ou equiparveis sejam constitudos de acordo com a legislao nacional ou geridos por institui-es de realizao de planos de penses profissionais s quais seja aplicvel a Directiva n. 2003/41/CE, do Parlamen-to Europeu e do Conselho, de 3 de Junho de 2003, que estejam autorizadas a aceitar contribuies para planos de pen-ses de empresas situadas em territrio portugus;

    g) .............................................................................................................................................................................................

    5 - ............................................................................................................................................................................................. 6 - ............................................................................................................................................................................................. 7 - ............................................................................................................................................................................................. 8 - ............................................................................................................................................................................................. 9 - ............................................................................................................................................................................................. 10 - ............................................................................................................................................................................................. 11 - No caso de resgate em benefcio da entidade patronal, no se aplica o disposto no nmero anterior se, para a transfe-

    rncia de responsabilidades, forem celebrados contratos de seguro de vida com outros seguradores, que possuam sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel em territrio portugus, ou com empresas de seguros que estejam autorizadas a operar neste territrio em livre prestao de servios, ou se forem efectuadas contribuies para fundos de penses constitudos de acordo com a legislao nacional, ou geridos por instituies de realizao de planos de penses profissionais s quais seja aplicvel a Directiva n. 2003/41/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de Junho de 2003, que estejam autorizadas a aceitar contribuies para planos de penses de empresas situadas em territrio portugus, em que, simultaneamente, seja aplicada a totalidade do valor do resgate e se continuem a observar as condies estabelecidas neste artigo.

    12 - ............................................................................................................................................................................................. 13 - No concorrem para os limites estabelecidos nos n.os 2 e 3, as contribuies suplementares para fundos de penses e

    equiparveis destinadas cobertura de responsabilidades com penses que, em resultado da aplicao das normas internacio-nais de contabilidade, sejam efectuadas por determinao do Banco de Portugal, durante o perodo transitrio fixado por esta instituio, s entidades sujeitas sua superviso.

    Artigo 42.

    Encargos no dedutveis para efeitos fiscais

    1 - No so dedutveis para efeito de determinao do lucro tributvel os seguintes encargos, mesmo quando contabiliza-dos como custos ou perdas do exerccio:

    a) ............................................................................................................................................................................................. b) As importncias constantes de documentos emitidos por sujeitos passivos com nmero de identificao fiscal inexis-

    tente ou invlido; c) ............................................................................................................................................................................................. d) ............................................................................................................................................................................................. e) ............................................................................................................................................................................................. f) As despesas com ajudas de custo e com compensao pela deslocao em viatura prpria do trabalhador, ao servio da

    entidade patronal, no facturadas a clientes, escrituradas a qualquer ttulo, sempre que a entidade patronal no possua, por cada pagamento efectuado, um mapa atravs do qual seja possvel efectuar o controlo das deslocaes a que se re-ferem aquelas despesas, designadamente os respectivos locais, tempo de permanncia, objectivo e, no caso de desloca-

  • 24

    o em viatura prpria do trabalhador, identificao da viatura e do respectivo proprietrio bem como o nmero de quilmetros percorridos, excepto na parte em que haja lugar a tributao em sede de IRS na esfera do respectivo bene-ficirio;

    g) ............................................................................................................................................................................................. h) ............................................................................................................................................................................................. i) ............................................................................................................................................................................................. j) .............................................................................................................................................................................................

    2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - .............................................................................................................................................................................................

    Artigo 46.

    Eliminao da dupla tributao econmica de lucros distribudos

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - O disposto no nmero anterior aplicvel, independentemente da percentagem de participao e do prazo em que esta

    tenha permanecido na sua titularidade, aos rendimentos de participaes sociais em que tenham sido aplicadas as reservas tc-nicas das sociedades de seguros e das mtuas de seguros e, bem assim, aos rendimentos das seguintes sociedades:

    a) [Revogada]; b) ............................................................................................................................................................................................. c) [Revogada]; d) ............................................................................................................................................................................................. e) .............................................................................................................................................................................................

    3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - ............................................................................................................................................................................................. 5 - O disposto no n. 1 tambm aplicvel quando uma entidade residente em territrio portugus detenha uma participa-

    o, nos termos e condies a referidos, em entidade residente noutro Estado membro da Unio Europeia, desde que ambas essas entidades preencham os requisitos estabelecidos no artigo 2. da Directiva n. 90/435/CEE, de 23 de Julho.

    6 - O disposto nos n.os 1 e 5 igualmente aplicvel aos rendimentos, includos na base tributvel, correspondentes a lucros distribudos que sejam imputveis a um estabelecimento estvel, situado em territrio portugus, de uma entidade residente noutro Estado membro da Unio Europeia que detenha uma participao, nos termos e condies a referidos, em entidade residente num Estado membro, desde que ambas essas entidades preencham os requisitos e condies estabelecidos no artigo 2. da Directiva n. 90/435/CEE, de 23 de Julho.

    7 - Para efeitos do disposto nos n.os 5 e 6:

    a) A definio de entidade residente a que resulta da legislao fiscal do Estado membro em causa, sem prejuzo do que se achar estabelecido nas convenes destinadas a evitar a dupla tributao;

    b) O critrio de participao no capital referido no n. 1 substitudo pelo da deteno de direitos de voto quando este es-tiver estabelecido em acordo bilateral.

    8 - [Anterior n. 7]. 9 - [Anterior n. 8]. 10 - O regime estabelecido neste artigo no se aplica, procedendo-se, se for caso disso, s correspondentes liquidaes adi-

    cionais de imposto, quando se conclua existir abuso das formas jurdicas dirigido reduo, eliminao ou diferimento tempo-ral de impostos, o que se verifica quando os lucros distribudos no tenham sido sujeitos a tributao efectiva ou tenham ori-gem em rendimentos aos quais este regime no seja aplicvel.

    Artigo 80.

    Taxas

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - .............................................................................................................................................................................................

    a) ............................................................................................................................................................................................. b) ............................................................................................................................................................................................. c) ............................................................................................................................................................................................. d) ............................................................................................................................................................................................. e) ............................................................................................................................................................................................. f) Rendimentos prediais em que a taxa de 15%.

    3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - .............................................................................................................................................................................................

    Artigo 81.

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    Taxas de tributao autnoma

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - So tributados autonomamente, taxa de 5%, os encargos dedutveis relativos a despesas de representao e os rela-

    cionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos ou motociclos, efectuados ou suportados por sujeitos passivos no isentos subjectivamente e que exeram, a titulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agrcola.

    4 - ............................................................................................................................................................................................. 5 - ............................................................................................................................................................................................. 6 - ............................................................................................................................................................................................. 7 - ............................................................................................................................................................................................. 8 - ............................................................................................................................................................................................. 9 - So ainda tributados autonomamente, taxa de 5%, os encargos dedutveis relativos a despesas com ajudas de custo e

    com compensao pela deslocao em viatura prpria do trabalhador, ao servio da entidade patronal, no facturadas a clientes, escrituradas a qualquer ttulo, excepto na parte em que haja lugar a tributao em sede de IRS na esfera do respectivo benefici-rio, bem como os encargos no dedutveis nos termos da alnea f) do n. 1 do artigo 42. suportados pelos sujeitos passivos que apresentem prejuzo fiscal no exerccio a que os mesmos respeitam.

    10 - Excluem-se do disposto nos n.os 3 e 9 os sujeitos passivos a que seja aplicado o regime previsto no artigo 53..

    Artigo 86.

    Resultado da liquidao

    1 - Para as entidades que exeram, a ttulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrcola no abrangidas pelo regime simplificado, bem como as no residentes com estabelecimento estvel em territrio portugus, o imposto liquidado nos termos do n. 1 do artigo 83., lquido das dedues previstas nas alneas b) e d) do n. 2 do mesmo arti-go, no pode ser inferior a 60% do montante que seria apurado se o sujeito passivo no usufrusse de benefcios fiscais, dos regimes previstos no n. 13 do artigo 40. e no artigo 69..

    2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, consideram-se benefcios fiscais os previstos:

    a) Nos artigos 17. e 59. do Estatuto dos Benefcios Fiscais; b) Na Lei n. 26/2004, de 8 de Julho e no Decreto-Lei n. 74/99, de l6 de Maro; c) Em benefcios na modalidade de deduo colecta, com excepo dos que tm natureza contratual, designadamente a

    reserva fiscal para investimento; d) Em regime de incentivos fiscais interioridade; e) Em acrscimos de reintegraes e amortizaes resultantes de reavaliao efectuada ao abrigo de legislao fiscal.

    Artigo 115.

    Obrigaes contabilsticas das empresas

    1 - ............................................................................................................................................................................................. 2 - ............................................................................................................................................................................................. 3 - ............................................................................................................................................................................................. 4 - ............................................................................................................................................................................................. 5 - ............................................................................................................................................................................................. 6 - ............................................................................................................................................................................................. 7 - Os documentos de suporte dos livros e registos contabilsticos que no sejam documentos autnticos ou autenticados

    podem, decorridos trs exerccios aps aquele a que se reportam e obtida autorizao prvia do Director-Geral dos Impostos, ser substitudos, para efeitos fiscais, por microfilmes ou suportes digitalizados que constituam sua reproduo fiel e obedeam s condies que forem estabelecidas.

    2 - Fica o Governo autorizado a rever o regime simplificado de tributao previsto no artigo 31. do Cdigo do IRS e no artigo 53. do Cdigo do IRC, no sentido de definir:

    a) O mbito de aplicao e estabelecer os critrios para determinao do lucro tributvel; b) As condies e demais pressupostos para efeitos de enquadramento; c) Os indicadores objectivos de actividade.

    3 - Fica o Governo autorizado a determinar a possibilidade dos sujeitos passivos de IRC procederem a reavaliaes do ac-tivo imobilizado corpreo, designadamente no mbito do processo de reforo dos capitais prprios para cumprimento do dis-posto no artigo 35. do Cdigo das Sociedades Comerciais, de acordo com coeficientes a fixar por portaria do Ministro das Finanas e da Administrao Pblica, sendo o aumento das amortizaes dedutveis at 60%.

    4 - Fica o Governo autorizado a:

    a) Alterar o conceito de residncia constante do artigo 16. do Cdigo do IRS de forma a introduzir a noo de resi-dncia habitual em territrio portugus, redefinindo, quer as situaes abrangidas pelo seu n. 1, quer o mbito de

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    aplicao do n. 2, designadamente atravs da possibilidade de contribuintes habitualmente residentes no estrangeiro cujo cnjuge resida em territrio portugus efectuarem a prova da inexistncia de uma ligao entre o seu ncleo de actividades ou interesses econmicos e o territrio portugus;

    b) Rever o regime de iseno de IRS e IRC, previsto no Decreto-Lei n. 88/94, de 2 de Abril, aplicvel aos rendimentos de valores mobilirios representativos de dvida pblica e de dvida emitida pelas Regies Autnomas obtidos por en-tidades, incluindo os organismos de investimento colectivo, no residentes em territrio portugus e que neste territ-rio no disponham de estabelecimento estvel ao qual os mesmos sejam imputveis, abrangendo os rendimentos que sejam qualificados como mais-valias, de forma a ajustar os procedimentos em vigor ao que se encontra actualmente consagrado neste domnio na generalidade dos emitentes soberanos da zona euro;

    c) Criar um regime de iseno de IRS e IRC para os rendimentos de valores mobilirios representativos de dvida no pblica, obtidos por entidades incluindo os organismos de investimento colectivo, no residentes em territrio portu-gus e que neste territrio no disponham de estabelecimento estvel ao qual os mesmos sejam imputveis, abrangen-do os rendimentos que sejam qualificados como mais-valias.

    5 - Fica o Governo autorizado a prorrogar o regime da reserva fiscal para investimento previsto no Decreto-Lei n. 23/2004, de 23 de Janeiro, para os perodos de tributao de 2005 e 2006, bem como a rever o regime, no sentido de alargar o seu mbito de aplicao aos sectores ou s reas de actividade dirigidas inovao, aquisio de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de produtos, servios e processos tecnologicamente avanados.

    6 - Fica o Governo autorizado a criar um benefcio fiscal, sob a forma de crdito de imposto, destinado aquisio de ve-culos pesados menos poluentes e que sejam dotados de avanadas tecnologias no plano ambiental, afectos prestao de servi-o pblico de transporte de pessoas e mercadorias, por sujeitos passivos de IRC residentes em territrio portugus, bem como por entidades no residentes com estabelecimento estvel neste territrio, nas seguintes condies:

    a) O montante total do benefcio no ultrapasse 30% da diferena entre o preo de um veculo que obedece ao padro de referncia de poluio ambiental actualmente em vigor na Unio Europeia em termos de emisses, categorias EURO, e o preo de um veculo que obedea ao padro de refern