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  • Ministrio das Cidades Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

    Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento - SNIS

    Diagnstico dos Servios de gua e Esgotos 2010

    Braslia, junho de 2012

  • Ministro de Estado das Cidades Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro Secretrio Executivo do Ministrio das Cidades Alexandre Cordeiro Macedo Secretrio Nacional de Saneamento Ambiental Leodegar da Cunha Tiscoski Diretora do Departamento de Articulao Institucional Viviana Simon Diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperao Tcnica Manoel Renato Machado Filho Diretor do Departamento de gua e Esgotos Johnny Ferreira dos Santos Gerente de Projetos da Coordenao-Geral de Informaes, Estudos e Pesquisas Coordenador-Geral do Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento Ernani Ciraco de Miranda

    Responsvel pelo SNIS: Sergio Brasil Abreu Equipe Tcnica Responsvel: Sergio Brasil Abreu Adauto Santos do Esprito Santo (CDT/UnB), Fernando Bueno da Silva e Valmir de Moraes (CDT/UnB). Equipe de Desenvolvimento Responsvel: Mauricio Lima Reis Bernhar Gobbi Rocha Coimbra (CDT/UnB), Daniel Oliveira Pacheco (CDT/UnB), Fabiano Bechepeche Scardua (CDT/UnB) e Julliano Dias Pereira de Oliveira (CDT/UnB). Equipe Administrativa Responsvel: Paulo Rogrio dos Santos e Silva Thas da Silva Lima (CDT/UnB) e Vincius Polissene Cliford Macedo

    Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento: diagnstico dos servios de gua e esgotos 2010. Braslia: MCIDADES.SNSA, 2012. 448 p.: texto, tabelas. 1. Servios de Saneamento. 2. Sistemas de Informao. 3. gua e Esgotos. 4. Zonas Urbanas. 5. Brasil. I. Brasil. Ministrio das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. II. Ttulo: Tabelas de Informaes e Indicadores.

    CDD 352.6

    permitida a reproduo total ou parcial deste trabalho, desde que citada a fonte.

    MINISTRIO DAS CIDADES SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL

    SISTEMA NACIONAL DE INFORMAES SOBRE SANEAMENTO SAS Quadra 01, Lote 01/06, Bloco H, 9andar Sala 905

    70.070-010 Braslia Distrito Federal Telefone (61) 2108-1411; Fax (61) 2108-1404

    [email protected] www.snis.gov.br

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    TEXTO Apresentao....................................................................................................................................................................................i

    1. Introduo.............................................................................................................................................................................. iii 1.1. As bases de dados do SNIS ..................................................................................................................................................... iii 1.2. As tabelas de informaes e indicadores................................................................................................................................... iii 2. Representatividade da Amostra ................................................................................................................................................ iv 2.1. Visualizao espacial da amostra............................................................................................................................................ vii 3. Caracterizao Global dos Sistemas......................................................................................................................................... ix 4. ndices de Atendimento ........................................................................................................................................................... ix 4.1. Visualizao espacial da distribuio dos nveis de atendimento no Brasil.................................................................................... xi 5. Consumos Mdios Per Capita de gua.................................................................................................................................... xii 6. Perdas de gua .....................................................................................................................................................................xiv 6.1. ndice de perdas de faturamento ..............................................................................................................................................xv 6.2. Visualizao espacial da distribuio do ndice de perdas de faturamento no Brasil................................................................... xviii 6.3. ndice de perdas de gua na distribuio.................................................................................................................................xix 6.4. Visualizao espacial do ndice de perdas de gua na distribuio no Brasil.............................................................................. xxii 6.5. Comparao entre perdas de faturamento e perdas de gua na distribuio............................................................................ xxiii 7. Investimentos Realizados....................................................................................................................................................... xxiv 7.1. Investimentos segundo o contratante das obras ....................................................................................................................... xxv 7.2. Investimentos segundo valores relativos por ligao................................................................................................................ xxvi 7.3. Investimentos realizados por Estado....................................................................................................................................... xxvi 7.4. Investimentos segundo o destino da aplicao .......................................................................................................................xxvii 7.5. Investimentos segundo a origem dos recursos ........................................................................................................................ xxix 7.6. Investimentos segundo os dficits de acesso aos servios.......................................................................................................... xxx 8. Receitas e Despesas ............................................................................................................................................................. xxxi 8.1. Despesas de explorao...................................................................................................................................................... xxxiv 9. Tarifas e Despesas Mdias....................................................................................................................................................xxxv 10. Gerao de Empregos ....................................................................................................................................................... xxxvii 11. Evoluo da Eficincia Geral do Setor .................................................................................................................................. xxxix

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    SUMRIO

    TABELAS DE INFORMAES E INDICADORES

    Tabela RESUMO 1 - REGIES - Dados Operacionais (base agregada)....................................................................................................................................2 Tabela RESUMO 2 - REGIES - Dados Financeiros (base agregada) .......................................................................................................................................4 Tabela RESUMO 1 - ESTADOS - Dados Operacionais (base agregada) ...................................................................................................................................8 Tabela RESUMO 2 - ESTADOS - Dados Financeiros (base agregada) ......................................................................................................................................9

    Tabela SNTESE 1 - Dados Operacionais e Tabela SNTESE 2 - Dados Financeiros (base agregada e desagregada):

    PRESTADORES DE SERVIOS DE ABRANGNCIA REGIONAL REGIO NORTE REGIO SUDESTE CAERD - Companhia de guas e Esgotos de Rondnia................... 12 COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais................. 146 DEPASA - Departamento Estadual de Pavimentao e Saneamento... 16 COPANOR - Copasa Servios de Saneamento Integrado do Norte e

    Nordeste de Minas Gerais S/A....................................................... 184 COSAMA - Companhia de Saneamento do Amazonas.................... 18 CESAN - Companhia Esprito-Santense de Saneamento................... 188 CAER - Companhia de guas e Esgotos de Roraima........................ 20 CEDAE - Companhia Estadual de guas e Esgotos.......................... 192 COSANPA - Companhia de Saneamento do Par........................... 22 SABESP - Companhia Saneamento Bsico do Estado de So Paulo... 198 CAESA - Companhia de gua d Esgoto do Amap.......................... 26 REGIO SUL SANEATINS - Companhia de Saneamento do Tocantins................... 28 SANEPAR - Companhia de Saneamento do Paran.......................... 224 REGIO NORDESTE CASAN - Companhia Catarinense de guas e Saneamento............. 248 CAEMA - Companhia de Saneamento Ambiental do Maranho........ 40 CORSAN - Companhia Rio-Grandense de Saneamento................... 262 AGESPISA - guas d Esgotos do Piau S/A....................................... 50 REGIO CENTRO-OESTE CAGECE - Companhia de gua e Esgoto do Cear........................ 62 SANESUL - Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul S/A..... 286 CAERN - Companhia de guas e Esgotos do Rio Grande do Norte.. 72 SANEAGO - Saneamento de Gois S/A.......................................... 292 CAGEPA - Companhia de guas e Esgotos da Paraba.................... 84 CAESB - Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal.. 308 COMPESA - Companhia Pernambucana de Saneamento................. 96 CASAL - Companhia de Saneamento de Alagoas............................ 108 DESO - Companhia de Saneamento de Sergipe.............................. 114 EMBASA - Empresa Baiana de guas e Saneamento S.A.................. 120 PRESTADORES DE SERVIOS DE ABRANGNCIA MICRORREGIONAL SAAE/ES (Itapemirim)..................................................................... 312 SIMAE/SC (Capinzal)..................................................................... 313 CAJ/RJ (Araruama)........................................................................ 312 SIMAE/SC (Joaaba)..................................................................... 313 PROLAGOS/RJ (Cabo Frio)............................................................ 312 SETAE/MT (Nova Xavantina)........................................................... 313 PRESTADORES DE SERVIOS DE ABRANGNCIA LOCAL DIREITO PBLICO - LPu................................................................ 318 EMPRESAS PRIVADAS - LEP............................................................ 396 DIREITO PRIVADO COM ADMINISTRAO PBLICA - LPr.............. 392

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    APRESENTAO

    Esta mais uma publicao do Diagnstico dos Servios de gua e Esgotos, que divulga anualmente a base de dados do Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento SNIS, em seu componente gua e esgotos. O presente documento corresponde dcima sexta edio do Diagnstico, referente ao ano de 2010.

    Composto por servios de gua, esgotos e manejo de resduos slidos, o SNIS abrange aspectos operacionais, administrativos, econmico-financeiros, contbeis e de qualidade dos servios. Para gua e esgotos, as informaes so fornecidas por companhias estaduais, autarquias municipais, empresas privadas e, em muitos casos, as prprias Prefeituras. Os dados permitem identificar, com elevado grau de objetividade, os aspectos da gesto dos respectivos servios nos municpios brasileiros.

    O Diagnstico 2010 apurou informaes sobre abastecimento de gua em 4.952 municpios e sobre esgotamento sanitrio em 2.734 municpios, que correspondem a 97,7% e 85,3%, respectivamente, da populao urbana do pas.

    A presente edio apontou ndices de atendimento por redes de gua bastante elevados nas reas urbanas das cidades brasileiras, com uma mdia nacional de 92,5%, destaque para as regies Sudeste e Sul, em que os ndices mdios foram de 96,6% e 96,0%. Apurou-se tambm o atendimento com redes coletoras de esgotos a um contingente de populao urbana cujo ndice mdio no Pas foi de 53,5%, destacando-se a regio Sudeste, com mdia de 76,6%, e o Centro-Oeste, 50,5%. J o tratamento dos esgotos gerados chegou a uma mdia nacional de 37,9%, destacando-se a regio Centro-Oeste, com 43,1%.

    Para atender a estes ndices, os municpios brasileiros, cujos dados esto presentes no Diagnstico, possuem 510 mil quilmetros de redes de gua, s quais esto conectados 45 milhes de ramais prediais. Em termos de esgotamento sanitrio, so 225 mil quilmetros de redes, s quais se conectam 22,5 milhes de ramais prediais. Foi grande o crescimento dos sistemas brasileiros na comparao com o ano de 2009, sendo detectados novos 2,2 milhes de ramais na rede de gua e 2,4 milhes na rede de esgotos, crescimentos expressivos quando se trata de ampliao de sistemas complexos nas cidades brasileiras, e corresponderam a aumentos de 5,3% e 11,8%, respectivamente.

    O consumo mdio de gua no Pas foi de 159,0 litros por habitante ao dia, um incremento de 7,1% em relao a 2009, quando o valor foi de 148,5. Os consumos de 2010 tiveram variaes regionais que foram de 117,3 no Nordeste a 185,9 no Sudeste. Por sua vez, ao distribuir gua para garantir tal consumo, as redes sofreram perdas em seu percurso, que na mdia nacional alcanaram 35,9%, implicando numa melhoria de 1,2 ponto percentual em relao ao ano anterior. Vale dizer que, o ndice de perdas de 2010 o menor valor de toda a srie histrica de 16 anos do SNIS, iniciada em 1995.

    O porte dos servios de gua e esgotos na economia pode ser medido pela movimentao financeira de R$ 70,5 bilhes no ano de 2010, referente a investimentos que totalizaram R$ 8,9 bi, mais receitas operacionais de R$ 32,1 bi e despesas de R$ 29,7 bi. Os investimentos realizados tiveram novo crescimento de 2009 para 2010, igual a R$ 1,1 bilho, ou 13,9%. Importante destacar que, mantm-se, assim, o timo patamar de crescimento dos ltimos anos, j que comparando com 2007 o incremento foi de 111,6%.

    O Diagnstico apresenta tambm nmeros sobre a gerao de emprego no setor, que alcanou 671,3 mil empregos diretos, indiretos e de efeito renda em todo o Pas. Somente em 2010 o crescimento verificado foi de 63,8 mil novos postos.

    O documento apresenta ainda uma grade extensa de informaes e indicadores capazes de possibilitar uma viso abrangente, de forma a se obter avaliaes consistentes sobre o desempenho dos servios em todo o pas. O conjunto completo dos dados pode ser acessado no site www.snis.gov.br.

    O Ministrio das Cidades destaca a importncia dos dados para o planejamento de polticas pblicas na rea de saneamento e reconhece o esforo das organizaes e prefeituras encarregadas por prestar os servios nos municpios brasileiros. muito importante o apoio e a participao no SNIS, pois os dados contribuem de forma fundamental para que o Pas tenha um histrico de indicadores do setor saneamento. O Ministrio das Cidades agradece a participao de todas as instituies que responderam coleta de dados e espera contar com este indispensvel apoio na prxima atualizao do banco de dados, relativa ao ano de 2011.

    Braslia, maio de 2012.

    Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Ministrio das Cidades

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    1. INTRODUO

    O presente Diagnstico dos Servios de gua e Esgotos traz informaes e indicadores referentes a servios de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio de todo o pas, segundo a amostra de prestadores de servios que respondeu ao SNIS Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento, no ano de referncia 2010.

    Dcimo sexto de uma srie atualizada anualmente, desde 1995, o Diagnstico apresenta a anlise de alguns aspectos importantes da prestao dos servios, feita a partir das informaes e indicadores que compem a base de dados dos prestadores de servios. O documento apresenta tambm as tabelas contendo as informaes e indicadores.

    Para a melhor utilizao e compreenso do Diagnstico dos Servios de gua e Esgotos recomenda-se o acesso aos demais documentos e ferramentas do SNIS, todos disponveis no stio da Internet (www.snis.gov.br), conforme a seguir listado:

    - Diagnsticos dos Anos Anteriores;

    - Glossrio de Informaes; - Relao de Indicadores; - Informe sobre o SNIS;

    - Metodologia do SNIS; - Manual de Fornecimento das Informaes;

    - Programa de Coleta de Dados; - Planilhas em Excel com a Base de Dados; e

    - Aplicativo da Srie Histrica de Dados.

    1.1. As bases de dados do SNIS

    O banco de dados do SNIS, em seu componente gua e esgotos, compe-se de trs bases de dados estruturadas de acordo com o nvel de agregao que o dado possui, a saber: (i) base agregada; (ii) base desagregada; e (iii) base municipal. A coleo de informaes e indicadores nas trs bases sempre a mesma.

    A base agregada contm as informaes preenchidas pelos prestadores de servios em formulrios especficos para dados agregados e corresponde ao valor de cada campo para o conjunto de

    municpios atendidos. Assim, a quantidade de ligaes de gua, por exemplo, a soma dos valores individuais de cada municpio em que o prestador de servios opera. Esta agregao acontece para os prestadores de servios de abrangncia regional e microrregional, que atendem a dois ou mais municpios. Os mesmos formulrios so tambm preenchidos pelos prestadores de servios de abrangncia local, embora atendam a um nico municpio.

    A base desagregada contm as informaes preenchidas pelos prestadores de servios em outros formulrios, especficos para dados desagregados, e corresponde ao valor individual de cada campo, para cada municpio atendido. A base desagregada se aplica aos prestadores de servios de abrangncia regional e microrregional.

    Por fim, a base municipal contm os dados coletados nos formulrios desagregados dos prestadores de servios regionais e microrregionais, mais os dados agregados dos prestadores locais. Nesta base, quando um municpio possui mais de um prestador de servios, os dados de cada prestador so somados. Por exemplo, em Belm/PA h dois prestadores de servios que operam, ambos, os servios de gua e esgotos, sendo um regional (COSANPA/PA) e outro local (SAERB). Neste caso, os dados dos dois prestadores so somados em cada campo. Outro exemplo, em Mau/SP h um prestador de servios para gua (SAMAE) e outro para esgotos (Foz do Brasil). Tambm neste caso, na base municipal os dados dos dois prestadores tambm so somados.

    Os indicadores so calculados pelo SNIS para as trs bases separadamente.

    1.2. As tabelas de informaes e indicadores

    Neste ano de 2010, o SNIS alterou as tabelas de divulgao dos dados, historicamente utilizadas nos Diagnsticos. Ao contrrio dos anos anteriores, em que as tabelas continham todas as informaes e indicadores agregados para os prestadores de servios, neste ano as mesmas contm uma sntese com um conjunto de 28 informaes e indicadores apresentados ao nvel agregado dos prestadores de servios, mas tambm ao nvel desagregado de cada municpio. Dessa forma, possvel obter no Diagnstico uma coleo dos dados considerados mais importantes para todos os municpios presentes no SNIS e no apenas os totais de cada prestador de servios, como antes ocorria.

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    Ademais, as tabelas em Excel contendo toda a base de dados, historicamente publicadas no stio eletrnico (www.snis.gov.br), tambm sofreram alteraes. Neste ano, so apresentadas as tabelas organizadas por prestador de servios contendo as informaes e indicadores para todos os municpios em que os prestadores de servios atuam, sendo que o valor agregado inserido ao final de cada tabela. Neste caso, as tabelas contm no apenas os 28 dados considerados mais importantes, mas sim toda a coleo de informaes e indicadores do SNIS.

    Cabe ainda esclarecer que no stio eletrnico do SNIS pode ser baixado o Aplicativo da Srie Histrica de Dados 2010, importante ferramenta de acesso aos dados do SNIS, na qual pode tambm ser acessada a chamada "base municipal".

    2. REPRESENTATIVIDADE DA AMOSTRA

    Assim como no ano de referncia 2009, em 2010 a amostra permaneceu censitria, com o convite para fornecimento dos dados feito a todos os municpios do pas, seja por intermdio de prestadores de servios previamente cadastrados no Sistema, ou seja, por meio de solicitao feita diretamente s prefeituras municipais.

    Desde o ano de referncia 2009, o SNIS utiliza dois grupos de formulrios de coleta dos dados: completos1 e simplificados2. Alm disso, o Sistema coleta tambm, em carter experimental, informaes sobre planos e consrcios pblicos de saneamento (desde 2009) e sobre estrutura tarifria para populao de baixa renda (a partir deste ano de 2010).

    O Quadro 1 apresenta como se distribuem os prestadores de servios que responderam aos formulrios completos, distribudos segundo abrangncia, quantidade de municpios atendidos, populao urbana residente dos municpios e tipo de servio.

    1 Formulrios completos correspondem aos questionrios histricos do SNIS

    com informaes descritivas, gerais, financeiras, operacionais de gua, operacionais de esgotos, qualidade dos servios e dados de balano.

    2 Formulrios simplificados so especficos para coleta de informaes nos casos em que o prestador de servios informa no possuir sistema pblico.

    QUADRO 1 Distribuio dos prestadores de servios participantes do SNIS em 2010, que responderam os formulrios completos, segundo algumas caractersticas do

    atendimento

    Prestador de servios3 Quantidade de municpios

    atendidos Populao urbana dos

    municpios

    Abrangncia Quanti-

    dade gua

    (GE005a) Esgotos

    (GE005b) gua

    (GE006a) Esgotos

    (GE006b)

    Regional 27 3.990 1.142 118.394.993 91.147.995

    Microrregional 6 18 13 635.682 576.832

    Local 1.170 952 793 40.219.309 38.629.471

    Brasil 1.203 4.960 1.948 159.249.984 130.354.298

    Nota: no esto excludas as repeties da quantidade e da populao urbana de municpios que possuem dois prestadores de servios de gua ou de esgotos.

    No Quadro 1, no esto excludas as repeties da quantidade e da populao urbana de municpios que possuem dois prestadores de servios de gua ou de esgotos. No caso de gua, existem 24 municpios com dois prestadores, correspondendo a uma populao urbana de 2.302.038 habitantes. Para esgotos, existem 5 municpios com dois prestadores, correspondendo a uma populao urbana de 1.519.616 habitantes. Na maioria desses casos se trata de um prestador de servios regional e outro local, cada um atendendo parte do municpio.

    Como se v, descontando-se as repeties citadas no pargrafo anterior, nos prestadores de servios que responderam os formulrios completos tem-se a totalizao de dados referentes a 4.936 municpios atendidos com abastecimento de gua e a 1.943 municpios atendidos com esgotamento sanitrio (88,7% e 34,9% da quantidade total de municpios do pas4, respectivamente). Esses prestadores atuaram em municpios com populao urbana de 156,9 e 128,8 milhes de habitantes, respectivamente (correspondendo a 97,6% e 80,1% de toda a populao urbana do pas, tambm respectivamente). Em relao quantidade de municpios presentes na amostra, houve

    3 No SNIS, prestador de servio corresponde instituio responsvel pela

    administrao e operao dos sistemas e servios, podendo ser companhia estadual, empresa microrregional ou local, autarquia, ou prefeitura diretamente, por meio de um departamento ou secretaria municipal.

    4 No ano de 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE realizou o Censo Demogrfico do Brasil (CENSO 2010). Os resultados apontaram, para o universo dos 5.565 municpios do pas, uma populao total de 190.732.694 habitantes e uma populao urbana de 160.879.708 habitantes.

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    um acrscimo de 69 municpios em abastecimento de gua e 209 em esgotamento sanitrio em relao ao no anterior.

    Os prestadores de servios de abrangncia regional (as chamadas companhias estaduais) so responsveis pelo atendimento de 80,4% dos municpios que responderam ao SNIS 2010 para abastecimento de gua e 58,6% para esgotamento sanitrio. Em termos de populao urbana, esses percentuais so de 74,3% para abastecimento de gua e 69,9% para esgotamento sanitrio.

    Em 2010, manteve-se a opo de preenchimento de formulrios especficos para coleta simplificada de dados naqueles casos em que o prestador informasse no possuir sistema pblico, seja para gua e/ou para esgotos. As informaes coletadas, nestes casos, dizem respeito s chamadas solues alternativas e individuais, tais como, para esgotamento sanitrio, as fossas spticas, fossas rudimentares, galerias de guas pluviais, lanamento de esgotos em curso dgua, etc. e, para abastecimento de gua, uso de poo ou nascente, chafariz, cisterna, aude, caminho pipa, etc..

    De fato, em casos assim, quando o prestador informou possuir apenas solues alternativas de esgotamento sanitrio e/ou de abastecimento de gua, no havia sentido em solicitar o preenchimento dos formulrios completos com informaes financeiras, administrativas, operacionais e da qualidade dos servios, sendo solicitado apenas o preenchimento de formulrios simplificados.

    O Quadro 2 mostra a distribuio dos municpios participantes do SNIS, por regio do pas, que responderam ao formulrio simplificado de esgotos.

    QUADRO 2 Distribuio dos prestadores de servios participantes do SNIS em 2010, que

    responderam o formulrio simplificado de esgotos, segundo regio geogrfica e Brasil

    Regio Quantidade de

    municpios Populao urbana

    dos municpios

    Norte 62 1.472.393

    Nordeste 258 2.753.170

    Sudeste 66 872.470

    Sul 326 2.713.136

    Centro-Oeste 63 503.146

    Brasil 775 8.314.315

    O Quadro 3, por sua vez, mostra a distribuio dos municpios participantes do SNIS, por regio do pas, que responderam ao formulrio simplificado de gua e esgotos.

    QUADRO 3 Distribuio dos prestadores de servios participantes do SNIS em 2010, que responderam o formulrio simplificado de gua e esgotos, segundo regio

    geogrfica e Brasil

    Regio Quantidade de

    municpios Populao urbana

    dos municpios

    Norte 7 90.128

    Nordeste 4 9.069

    Sudeste 1 1.012

    Sul 3 19.919

    Centro-Oeste 1 950

    Brasil 16 121.078

    Como se observa, um total de 791 prestadores de servios, a maioria deles sendo a prpria prefeitura municipal, preencheram os formulrios simplificados. Desse total, 775 municpios (13,9% do total do pas) responderam ao formulrio simplificado somente de esgotos e 16 municpios (0,3% do total do pas) responderam sobre gua e esgotos, todos de abrangncia local. Nenhum municpio respondeu o formulrio simplificado somente de gua. Esses municpios totalizam uma populao urbana de 8,4 milhes de habitantes (5,2% de toda a populao urbana pas).

    A regio Sul foi a que teve o maior nmero de municpios respondendo ao formulrio simplificado de esgotos (42,1%), seguida por Nordeste (33,3%), Sudeste (8,5%), Centro-Oeste (8,1%) e Norte (8,0%). Em termos de populao urbana dos municpios, o maior percentual foi observado no Nordeste (33,1%), seguido por Sul (32,6%), Norte (17,7%), Sudeste (10,5%) e Centro-Oeste (6,1%).

    Nesse aspecto, merecem destaque os estados do Rio Grande do Sul, Par e Santa Catarina, todos com populao total acima de um milho de habitantes em municpios que responderam somente ao formulrio de pesquisa de esgotos. Por outro lado, So Paulo, Roraima, Amap e Distrito Federal so os nicos que no apresentaram nenhum municpio nessa situao.

    A regio Norte foi a que teve o maior nmero de municpios respondendo ao formulrio simplificado de gua e esgotos, no caso 7.

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    Nordeste teve 4, Sul 3, enquanto Centro-Oeste e Sudeste apenas um cada. Em termos de populao urbana dos municpios, o maior percentual tambm foi observado no Norte (74,4%), seguido por Sul (16,5%), Nordeste (7,5%), Sudeste e Centro-Oeste (0,8%).

    Cabe aqui destacar que somente o estado do Par foi responsvel por 6 dos municpios que responderam ao formulrio simplificado de gua e esgotos. Esses municpios juntos abrangem cerca de 70% da populao urbana nessa situao.

    Considerando as respostas aos dois tipos de formulrios e descontando-se as repeties de municpios atendidos por dois prestadores de servios tem-se um acrscimo ainda maior na amostra de 2010, conforme mostrado no Quadro 4. Para esgotamento sanitrio, a quantidade de municpios vai a 2.739 e a populao urbana salta a 137,3 milhes de habitantes, aumentando a representatividade da amostra para 49,2% em relao ao total de municpios e 85,3% em relao populao urbana. Para abastecimento de gua, a quantidade de municpios chega a 4.976 com a populao urbana saltando para 157,1 milhes de habitantes, aumentando a representatividade da amostra para 89,4% em relao ao total de municpios e 97,7% em relao populao urbana.

    QUADRO 4 Distribuio dos prestadores de servios participantes do SNIS em 2010, por

    tipo de formulrio respondido, segundo quantidade e populao dos municpios atendidos

    Quantidade de municpios Populao urbana dos

    municpios Tipo de questionrio

    gua Esgotos gua Esgotos

    Completo 4.960 1.948 159.249.984 130.354.298

    Simplificado 16 791 121.078 8.435.393

    Brasil 4.976 2.739 159.371.062 138.789.691

    Nota: no esto excludas as repeties da quantidade e da populao urbana de municpios que possuem dois prestadores de servios de gua ou de esgotos.

    Em outra anlise, considerando a quantidade de prestadores de servios que responderam aos formulrios completos, observa-se um total de 1.203 prestadores, representando um incremento de 139 prestadores em relao a 2009 (aumento de aproximadamente 13,1%), todos de abrangncia local. Com relao aos prestadores de servios de abrangncia regional e microrregional, manteve-se 100% de respostas ao SNIS em 2010.

    Sendo assim, para o ano de referncia 2010, de acordo com a abrangncia, a amostra distribuiu-se da seguinte forma: 27 prestadores de abrangncia regional (as chamadas companhias estaduais, prestadores que atendem a considervel nmero de municpios no mesmo estado, limtrofes ou no, uns dos outros); 6 de abrangncia microrregional (prestadores que atendem a dois ou mais municpios limtrofes uns dos outros no mesmo estado); e 1.170 prestadores de abrangncia local (prestadores que atendem a um nico municpio).

    Alm da abrangncia, os prestadores de servios classificam-se no SNIS tambm segundo diferentes formas de organizao jurdica, nas quantidades mostradas no Quadro 5.

    QUADRO 5 Distribuio dos prestadores de servios participantes do SNIS em 2010, que

    responderam os formulrios completos, segundo organizao jurdica e abrangncia

    Natureza Jurdica

    Abrangncia Adminis-trao Direta

    Autar-quia

    Sociedade Economia

    Mista

    Empresa Pblica

    Empresa Privada

    Organiza-o Social

    Regional 0 1 24 1 1 0

    Microrregional 0 3 0 0 3 0

    Local 700 402 11 4 50 3

    Brasil 700 406 35 5 54 3

    Os prestadores de servios de abrangncia regional so em sua maioria sociedades de economia mista, num total de 24. Alm dessas, existe ainda uma autarquia (DEPASA/AC)5, uma empresa privada (SANEATINS/TO) e uma empresa pblica (COPANOR/MG). Entre os prestadores de servios de abrangncia microrregional tm-se trs autarquias e trs empresas privadas. Por fim, entre os prestadores de servios locais, 59,8% so de administrao pblica direta, 34,4% de autarquias, 4,3% de empresas privadas e 1,5% para as demais naturezas jurdicas.

    5 At a edio do Diagnstico 2009, o rgo do governo do estado do Acre

    responsvel pelos servios de gua e esgotos era o DEAS - Departamento Estadual de gua e Saneamento, substitudo em 2010 pelo novo rgo DEPASA - Departamento Estadual de Pavimentao e Saneamento.

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    2.1. Visualizao espacial da amostra

    Os Grficos e Mapas a seguir apresentam a visualizao da amostra dos municpios cujos dados de abastecimento de gua e de esgotamento sanitrio, respectivamente, esto presentes no SNIS, no ano de referncia 2010. Nas ilustraes possvel observar a diferenciao dos municpios que responderam ao questionrio completo (a grande maioria) daqueles que responderam apenas pesquisa simplificada.

    O Grfico 1 demonstra a elevada representatividade da amostra em termos de populao urbana residente nos municpios cujos dados de abastecimento de gua esto presentes no SNIS em 2010.

    GRFICO 1 Representao grfica da amostra dos municpios cujos dados de

    abastecimento de gua esto presentes no SNIS em 2010, por tipo de formulrio, segundo o percentual da populao urbana do pas

    Formulrio Completo Formulrio Simplif icado Sem Informao

    97,6%

    0,1% 2,3%

    Tambm em termos de nmero de municpios participantes, como se v no mapa da Figura 1, a representatividade da amostra muito elevada.

    FIGURA 1 Representao espacial da amostra dos municpios cujos dados de

    abastecimento de gua esto presentes no SNIS em 2010, por tipo de formulrio, segundo municpios brasileiros

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    Em relao ao esgotamento sanitrio, o Grfico 2 tambm demonstra elevada representatividade da amostra em termos de populao urbana residente nos municpios cujos dados esto presentes no SNIS em 2010.

    GRFICO 2 Representao grfica da amostra dos municpios cujos dados de esgotamento sanitrio esto presentes no SNIS em 2010, por tipo de formulrio, segundo o

    percentual da populao urbana do pas

    Formulrio Completo Formulrio Simplif icado Sem Informao

    80,1%

    5,2% 14,7%

    Mesmo com a elevada representatividade em termos de populao urbana, v-se no mapa da Figura 2, que muitos municpios brasileiros ainda no tm seus dados de esgotamento sanitrio informados ao SNIS.

    FIGURA 2 Representao espacial da amostra dos municpios cujos dados de esgotamento

    sanitrio esto presentes no SNIS em 2010, por tipo de formulrio, segundo municpios brasileiros

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    3. CARACTERIZAO GLOBAL DOS SISTEMAS

    Algumas informaes selecionadas, que permitem identificar uma caracterizao global dos sistemas de gua e esgotos no Brasil, indicam os seguintes resultados totais do SNIS em 2010, mostrados no Quadro 6.

    QUADRO 6 Caracterizao global dos sistemas de gua e esgotos dos prestadores de

    servios participantes do SNIS em 2010, segundo informaes selecionadas

    Informao Unidade Valor

    Quantidade de ligaes de gua (AG021) unid. 44.955.183

    Extenso da rede de gua (AG005) km 510.186

    Volume de gua produzido (AG006) mil m3 15.023.400

    Volume de gua consumido (AG010) mil m3 9.111.552

    Quantidade de ligaes de esgotos (ES009) unid. 22.480.258

    Extenso da rede de esgotos (ES004) km 224.709

    Volume de esgoto coletado (ES005) mil m3 4.662.490

    Volume de esgoto tratado (ES006) mil m3 3.124.071

    Em relao a 2009, houve acrscimo de 2,2 milhes de ligaes de gua (5,3%) e de 24,0 mil quilmetros de redes de gua (4,9%); quanto aos volumes, verificou-se aumento de 505,3 milhes de metros cbicos na produo de gua (3,5%) e 693,3 milhes no volume de gua consumido (8,2%).

    J em relao aos sistemas de esgotamento sanitrio, na comparao com o ano de referncia de 2009, houve acrscimo de 2,4 milhes de ligaes (11,8%) e de 16,2 mil quilmetros de rede (7,8%); no que se refere a volume de esgoto coletado e tratado, o acrscimo foi de 432,7 milhes de metros cbicos (10,2%) e 229,1 milhes (7,9%), respectivamente.

    Observam-se expressivos acrscimos nos sistemas de gua e esgotos que, no entanto, no se traduzem em incremento de mesma proporo nos ndices de atendimento, conforme pode ser visto no captulo a seguir. Esta situao faz supor que as novas ligaes, redes e volumes atendem em parte ao crescimento vegetativo, mas tambm a um possvel contingente de usurios que j se encontrava conectado e, no entanto, passou a ocupar novos domiclios, exigindo um crescimento dos sistemas.

    Tal situao d uma dimenso ainda maior ao enorme desafio que o pas enfrenta para universalizar os servios de gua e esgotos, pois demonstra que no basta construir sistemas para os cidados no conectados, mas tambm para usurios que j esto computados nos ndices de atendimentos atuais. Ademais, tal constatao faz supor que os investimentos estejam sendo, em grande medida, direcionados para reas j atendidas das cidades brasileiras ao invs de contemplarem as pessoas que ainda no recebem os servios.

    4. NDICES DE ATENDIMENTO

    O Quadro 7 apresenta os valores mdios dos ndices de atendimento para todo o conjunto de prestadores de servios participantes do SNIS em 2010, distribudos segundo as regies geogrficas e a mdia do Brasil.

    QUADRO 7 Nveis de atendimento com gua e esgotos dos prestadores de servios

    participantes do SNIS em 2010, segundo regio geogrfica e Brasil

    ndice de atendimento com rede (%)

    gua Coleta de esgotos

    ndice de tratamento dos

    esgotos gerados (%)

    Total Urbano Total Urbano Total

    Regies

    (IN055) (IN023) (IN056) (IN024) (IN046)

    Norte 57,5 71,8 8,1 10,0 22,4

    Nordeste 68,1 87,1 19,6 26,1 32,0

    Sudeste 91,3 96,6 71,8 76,9 40,8

    Sul 84,9 96,0 34,3 39,9 33,4

    Centro-Oeste 86,2 95,3 46,0 50,5 43,1

    Brasil 81,1 92,5 46,2 53,5 37,9

    Nota: Para clculo do IN046 estima-se o volume de esgoto gerado como sendo igual ao volume de gua consumido.

    Cabe esclarecer que, por ter ocorrido o novo Censo Demogrfico do IBGE, o ano de 2010 caracterizou-se por ser um ano de ajuste no principal parmetro de clculo das populaes atendidas, que a taxa de ocupao domiciliar. Segundo a metodologia mais utilizada, os prestadores de servios de saneamento adotam a taxa de ocupao domiciliar multiplicada pela quantidade de economias residenciais ativas como critrio de clculo da populao atendida. Ocorre que, em 2009 a taxa de ocupao domiciliar utilizada ainda

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    era a do Censo 2000 do IBGE, portanto defasada de dez anos. Com o Censo 2010, as taxas foram revistas em todos os municpios brasileiros e, como regra geral, diminuram em relao a 2000, fazendo com que a estimativa da populao atendida tenha resultado em valores inferiores aos esperados. No entanto, o fato a comemorar nesta situao a maior preciso das informaes neste ano de 2010.

    Para ilustrar a variao ocorrida nas taxas, o Quadro 8 apresenta as taxas mdias de ocupao domiciliar no Brasil e nos Estados da federao, nos anos de 2000 e 2010, segundo o Censo do IBGE. Verificam-se quedas acentuadas nas taxas, com a maior diminuio ocorrendo no estado da Bahia, igual a 16,4%, enquanto que na mdia do pas o decrscimo foi de 12%.

    Tal situao faz com que no seja possvel comparar os ndices mdios de atendimento dos anos de 2009 e 2010. Uma possibilidade de comparao seria recalcular a populao atendida em 2009 utilizando a taxa de ocupao domiciliar de 2010. Assim, apenas para exercitar a anlise da variao do ndice de atendimento, de um ano para o outro, o SNIS estimou quanto seria a populao atendida do ano de 2009, e refez o clculo do ndice de atendimento para abastecimento de gua com rede de distribuio. O resultado foi um ndice de atendimento urbano de 91,8% em 2009, o que, nesta hiptese de clculo, indicaria um crescimento igual a 0,7 ponto percentual em 2010.

    No caso de esgotamento sanitrio, mesmo com a citada reduo das taxas de ocupao domiciliar, o ndice de atendimento com rede de coleta de esgotos foi maior em 1,5 ponto percentual do que o de 2009. Portanto, pode-se afirmar que a condio supracitada para o clculo da populao atendida impediu resultados maiores para o ndice de atendimento com esgotamento sanitrio. Por sua vez, o nvel de tratamento dos esgotos gerados, calculado com base nos volumes de esgoto tratado, manteve-se estvel, com o mesmo valor de 37,9% obtido em 2009.

    Neste contexto, importante fazer uma anlise comparada entre os ndices de atendimento apurados no SNIS e aqueles verificados pelo IBGE. Segundo o Censo 2010, os percentuais de populao total e urbana atendidas com abastecimento de gua por rede geral, na mdia do pas, foram de 81,5% e 91,4%, respectivamente. Portanto, valores muito prximos aos do SNIS, o que um interessante indicativo de consistncia das informaes, mesmo tendo-se bastante claras as diferenas existentes entre as metodologias de cada pesquisa.

    QUADRO 8 Taxa mdia de ocupao domiciliar nos anos de 2000 e 2010, segundo Brasil

    e Estados

    Estado 2000 2010 Variao

    2000 / 2010

    Rondnia 3,91 3,39 -13,3%

    Acre 4,26 3,82 -10,3%

    Amazonas 4,86 4,34 -10,7%

    Roraima 4,25 3,86 -9,2%

    Par 4,67 4,05 -13,3%

    Amap 4,77 4,25 -10,9%

    Tocantins 4,07 3,45 -15,2%

    Maranho 4,54 3,97 -12,6%

    Piau 4,28 3,67 -14,3%

    Cear 4,20 3,56 -15,2%

    Rio Grande do Norte 4,11 3,51 -14,6%

    Paraba 4,03 3,47 -13,9%

    Pernambuco 3,99 3,44 -13,8%

    Alagoas 4,30 3,68 -14,4%

    Sergipe 4,05 3,48 -14,1%

    Bahia 4,08 3,41 -16,4%

    Minas Gerais 3,72 3,23 -13,2%

    Esprito Santo 3,66 3,17 -13,4%

    Rio de Janeiro 3,36 3,04 -9,5%

    So Paulo 3,54 3,20 -9,6%

    Paran 3,55 3,15 -11,3%

    Santa Catarina 3,55 3,12 -12,1%

    Rio Grande do Sul 3,32 2,95 -11,1%

    Mato Grosso do Sul 3,63 3,19 -12,1%

    Mato Grosso 3,77 3,29 -12,7%

    Gois 3,54 3,16 -10,7%

    Distrito Federal 3,71 3,3 -11,1%

    Brasil 3,76 3,31 -12,0%

    Fonte: Censos 2000 e 2010 do IBGE. Nota: a taxa de ocupao domiciliar de 2000 foi usada at o Diagnstico anterior, ano de referncia 2009, para efeito de clculo das populaes atendidas com gua e esgotos.

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    J em termos de esgotamento sanitrio, o Censo 2010 apresentou percentuais de populao total e urbana atendidas por rede geral de esgoto ou de drenagem pluvial igual a 52,8% e 62,0%, respectivamente. Nesse caso, era de fato esperada uma diferena entre os resultados, uma vez que o SNIS no considera a populao atendida por rede de drenagem. Assim, possvel que tambm no esgotamento sanitrio haja coerncia entre os dados apresentados por IBGE e SNIS.

    Ademais, interessante ainda verificar a variao nos ndices do IBGE, ocorrida entre os anos de 2009 e 2010. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios - PNAD 2009, os percentuais de populao total e urbana atendidas por rede geral de gua foram de 83,3% e 93,0%, respectivamente. Por sua vez, os ndices de populao total e urbana atendidas por rede geral de esgoto ou de drenagem pluvial foram de 50,3% e 58,9%, tambm respectivamente. Portanto, verifica-se que, nas pesquisas do IBGE o comportamento entre 2009 e 2010 foi de queda nos ndice de atendimento com abastecimento de gua e de pequena alta nos ndices de esgotamento sanitrio.

    No Quadro 8 podem ser vistos os valores mdios dos ndices de atendimento distribudos segundo o tipo de prestador de servios, permitindo inferir o grau de desempenho dos subgrupos adotados pelo SNIS sob a tica especfica deste indicador.

    QUADRO 8 Nveis de atendimento com gua e esgotos dos prestadores de servios

    participantes do SNIS em 2009, segundo tipo de prestador de servios

    ndice de atendimento com rede (%)

    gua Coleta de esgotos

    ndice de tratamento dos

    esgotos gerados (%)

    Total Urbano Total Urbano Total

    Tipo de prestador de

    servios

    (IN055) (IN023) (IN056) (IN024) (IN046)

    Regional 77,4 90,0 39,5 46,7 37,7

    Microrregional 85,6 97,3 49,9 58,3 59,7

    Local - Direito Pblico

    86,5 93,7 69,2 74,8 33,7

    Local - Direito Privado

    94,6 95,8 71,6 73,1 31,9

    Local - Empresa Privada

    92,4 97,1 54,7 56,8 64,9

    Nota: Para clculo do IN046 estima-se o volume de esgoto gerado como sendo igual ao volume de gua consumido.

    4.1. Visualizao espacial da distribuio dos nveis de atendimento no Brasil

    A visualizao espacial do ndice de atendimento total com rede de gua (IN055) e com rede de coleta de esgotos (IN056), distribudos por faixas percentuais, segundo os estados brasileiros, apresentada nos mapas das Figuras 3 e 4.

    FIGURA 3

    Representao espacial do ndice mdio de atendimento total por rede de gua dos participantes do SNIS em 2010 (indicador IN055), distribudo por faixas

    percentuais, segundo os estados brasileiros

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    FIGURA 4 Representao espacial do ndice de atendimento total por rede de coleta de esgotos dos participantes do SNIS em 2010 (indicador IN056), distribudo por

    faixas percentuais, segundo os estados brasileiros

    No ndice de atendimento total com rede de gua, apenas o estado de So Paulo e o Distrito Federal situaram-se na maior faixa (> 90%). Observa-se que no Diagnstico 2009 tambm os estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paran apareciam nessa faixa mxima, tendo, portanto, cado seus ndices mdios em 2010.

    Na segunda faixa (80,1% a 90,0%) houve um total de 10 estados, sendo os trs citados anteriormente, que caram de faixa, mais Amazonas, Esprito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Gois e Mato Grosso, que se mantiveram nessa faixa. Na terceira faixa (60,1% a 80,0%) tambm apareceram 10 estados,

    concentrados no Nordeste, exceo de Tocantins e Roraima, na regio Norte, sendo que esse ltimo caiu de faixa em relao a 2009, ficando prximo ao limite da faixa, com 79,8%.

    Na faixa de 40,0 a 60,0% situaram-se 4 estados: Acre, Maranho, Par e Rondnia, os quais tambm estavam nesta faixa em 2009. Por sua vez, apenas o estado do Amap se situou na menor faixa (< 40%), sendo que em 2009 no havia nenhum estado nessa situao.

    Quanto ao ndice de atendimento total com rede de coleta de esgotos, cabe inicialmente destacar que em 2010 quase todos os estados mantiveram-se na mesma faixa de atendimento do ano 2009. As nicas mudanas foram do Acre, que desceu de faixa enquanto Amazonas subiu. De qualquer forma, ambos ficaram nos limites superior e inferior, respectivamente, de cada faixa, de maneira que pouco variaram de um ano para o outro. Os dois casos com melhores ndices (> 70%) foram o estado de So Paulo e o Distrito Federal, enquanto que na pior faixa (< 10%) situaram-se 4 estados: Rondnia, Par, Amap e Piau. Na segunda melhor faixa (40,1 a 70,0%) ficaram os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paran. Os demais estados distriburam-se nas outras duas faixas, sendo 9 estados entre 20,1% e 40%, e 9 estados na faixa de 10,1 a 20%.

    5. CONSUMOS MDIOS PER CAPITA DE GUA

    O consumo mdio per capita de gua (IN022) definido, no SNIS, como o volume de gua consumido, excludo o volume de gua exportado, dividido pela populao atendida com abastecimento de gua. Ou seja, a mdia diria, por indivduo, dos volumes utilizados para satisfazer os consumos domsticos, comercial, pblico e industrial. uma informao relevante e importante para as projees de demanda, para o dimensionamento de sistemas de gua e de esgotos, e para o controle operacional.

    Os dados permitem estabelecer parmetros de referncia, tendo por base uma amostra altamente representativa, como a do SNIS. Evidentemente que se deve ter cautela no uso de tais parmetros, pois situaes especficas, decorrentes da realidade de cada sistema, podem recomendar adequaes nos valores mdios.

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    O Quadro 9 mostra os valores mdios per capita encontrados para a amostra total do SNIS em 2009 e 2010, segundo estado, regio geogrfica e Brasil.

    QUADRO 9 Valores do consumo mdio per capita de gua dos prestadores de servios participantes do SNIS, nos anos de 2009 e 2010, segundo estado, regio

    geogrfica e Brasil

    Estados / Regies IN022 (l/hab.dia)

    Ano 2009 IN022 (l/hab.dia)

    Ano 2010 Variao

    2009 / 2010 Acre 187,0 148,3 -20,7% Amazonas 127,1 144,7 13,8% Amap 171,9 146,8 -14,6% Par 147,1 141,9 -3,5% Rondnia 123,7 141,5 14,4% Roraima 145,4 159,1 9,4% Tocantins 132,3 139,1 5,2% Norte 139,5 143,5 2,9% Alagoas 86,8 91,6 5,5% Bahia 120,0 120,3 0,2% Cear 130,3 139,4 7,0% Maranho 147,2 128,8 -12,5% Paraba 103,2 111,3 7,9% Pernambuco 90,9 96,6 6,3% Piau 114,2 115,9 1,5% Rio Grande do Norte 113,9 124,7 9,5% Sergipe 117,3 118,7 1,2% Nordeste 114,4 117,3 2,5% Esprito Santo 182,6 193,3 5,9% Minas Gerais 137,4 147,0 7,0% Rio de Janeiro 189,1 236,3 25,0% So Paulo 177,8 184,7 3,9% Sudeste 170,4 185,9 9,1% Paran 128,7 136,5 6,1% Rio Grande do Sul 148,4 155,4 4,7% Santa Catarina 138,1 145,0 5,0% Sul 138,1 145,4 5,3% Distrito Federal 172,0 183,3 6,6% Gois 127,4 137,9 8,2% Mato Grosso do Sul 122,5 139,0 13,5% Mato Grosso 168,2 175,1 4,1% Centro-Oeste 143,7 154,9 7,8% Brasil 148,5 159,0 7,1%

    IN022 - Consumo mdio per capita de gua (l/hab.dia)

    Nota-se pequena variao nas mdias regionais e do Brasil, verificadas entre os anos de 2009 e 2010, revelando uma boa consistncia das informaes obtidas. J na anlise por estados, observa-se em alguns casos maiores variaes de um ano para o outro.

    Os casos de variao positiva mais acentuada, de um ano para o outro, so do Rio de Janeiro (25,0%), Rondnia (14,4%), Amazonas (13,8%) e Mato Grosso do Sul (13,5%), todos acima de 10%. De outro lado, observa-se queda no valor do consumo mdio per capita de gua nos estados do Acre (-20,7%), Amap (-14,6%), Maranho (-12,5%) e Par (-3,5%).

    Chama a ateno o crescimento do consumo mdio per capita de gua no Rio de Janeiro. O estado j apresentava em 2009 a mdia mais alta do pas, com 189,1 l/hab.dia, valor 11,0% acima da mdia da regio Sudeste e 27,3% acima da mdia do pas. Em 2010 esse valor alcanou 236,3 l/hab.dia, valor 22,2% acima da mdia do Esprito Santo (segunda maior do pas), 27,1% acima da mdia da regio Sudeste e 48,6% acima da mdia do pas. Cabe destacar que o valor do estado fortemente influenciado pelo consumo mdio per capita da CEDAE/RJ, igual a 259,8 l/hab.dia (29,2% maior que em 2009). Para se ter uma idia da dimenso desses nmeros, desconsiderando-se a CEDAE, a mdia do estado do Rio de Janeiro cai de 236,3 para 148,9 l/hab.dia.

    Considerando somente os prestadores de servios de abrangncia regional merecem destaque tambm, alm da CEDAE/RJ, j mencionada, os valores mais elevados do DEPASA/AC e da CESAN/ES, com 213,9 e 213,5 l/hab.dia, respectivamente. A mdia desse grupo foi de 152,7 l/hab.dia.

    Nos casos de Par, Acre e Amap (principalmente esses dois ltimos), que apresentaram quedas mais acentuadas, os valores de 2010 indicam uma aparente acomodao do consumo mdio nesses estados para um patamar mais prximo da mdia da regio Norte. possvel que isso tambm explique a queda observada para o Maranho em comparao com a mdia do Nordeste.

    Apesar do pequeno crescimento verificado em 2010 comparativamente a 2009, observa-se que os menores consumos mdios estaduais ocorreram em Alagoas com 91,6 l/hab.dia e em Pernambuco com 96,6 l/hab.dia, repetindo a situao do ano anterior. Em 2010, o consumo em Alagoas foi 22,0% menor que a mdia da regio Nordeste e 42,4% inferior mdia do pas, enquanto em

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    Pernambuco foi 17,6% menor que a mdia da regio Nordeste e 39,2% inferior mdia do pas. Em ambos os estados, a situao sinaliza a existncia de intermitncia e racionamento de gua, com demanda reprimida entre os usurios do sistema.

    O Grfico 3, em que se mostra o consumo mdio per capita (IN022) dos prestadores de servios participantes do SNIS em 2009 e 2010, segundo os estados do pas. Pode-se ver que Rio de Janeiro, Esprito Santo, So Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso so os nicos estados do pas que apresentaram em 2010 um consumo maior que a mdia do pas, que foi de 159,0 l/hab.dia, indicada pela linha em vermelho.

    GRFICO 3 Consumo mdio per capita (indicador IN022) dos prestadores de servios

    participantes do SNIS, em 2009 e 2010, segundo estado e mdia do pas

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    Estado

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    Por sua vez, o Grfico 4 mostra o mesmo consumo mdio per capita (IN022) em 2009 e 2010, segundo regio geogrfica. O consumo mdio per capita do pas em 2010 foi de 159,0 l/hab.dia, sendo que as mdias regionais resultaram em 185,9 l/hab.dia na regio Sudeste, 154,9 l/hab.dia na regio Centro-Oeste, 145,4 l/hab.dia na regio Sul, 143,5 l/hab.dia na regio Norte e 117,3 l/hab.dia na regio Nordeste.

    Persistem neste ano, assim como no ano anterior, alguns indicativos como, por exemplo, o fato de a regio Sudeste continuar com o maior consumo mdio per capita, igual a 185,9 l/hab.dia. Outro

    exemplo, tambm na regio Sudeste, que esta regio, com o maior consumo mdio regional, foi a nica com valor superior mdia do pas (16,9% maior), enquanto que a regio Nordeste, com o menor valor regional, apresentou resultado 26,2% inferior mdia de todo o conjunto do SNIS.

    GRFICO 4 Consumo mdio per capita (indicador IN022) dos prestadores de servios

    participantes do SNIS, em 2009 e 2010, segundo regio geogrfica e mdia do pas

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    Regio

    2009 2010

    6. PERDAS DE GUA

    O SNIS adota duas frmulas de clculo para o ndice de perdas de gua. Uma, que resulta no ndice de perdas de faturamento (IN013), corresponde comparao entre o volume de gua disponibilizado para distribuio e o volume faturado. A outra, que resulta no ndice de perdas na distribuio (IN049), faz a comparao entre o volume de gua disponibilizado para distribuio e o volume consumido. Nos subitens a seguir faz-se uma avaliao dos resultados desses dois indicadores.

    Como se sabe, os ndices de perdas esto diretamente associados qualidade da infraestrutura e da gesto dos sistemas. Para explicar a existncia de perdas de gua em patamares acima do aceitvel, algumas hipteses podem ser levantadas, tais como: falhas na deteco de vazamentos; redes de distribuio funcionando com presses muito altas; elevados problemas na qualidade da operao

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    dos sistemas; dificuldade no controle das ligaes clandestinas e na aferio/calibrao dos hidrmetros; ausncia de programa de monitoramento de perdas; dentre outras hipteses.

    Os dados apresentados nas anlises a seguir, com ndices de perdas muitas vezes elevados, indicam que os investimentos em curso no pas no conseguiram reduzir, de maneira significativa as perdas de gua nos sistemas de abastecimento. Nesta situao, a proposta de ampliar as aes estruturantes tem vindo tona na discusso do Plano Nacional de Saneamento Bsico (Plansab). Ela consiste em propor investimentos para melhoria da gesto, sustentabilidade da prestao de servios, modernizao de sistemas e apoio ao aperfeioamento da gesto.

    Tais aes so intimamente relacionadas eficincia da administrao e dentre elas enquadra-se o gerenciamento das perdas de guas. O estabelecimento de aes contnuas de reduo e controle de perdas, a partir de investimentos concretos nesta rea, pode assegurar benefcios em curto, mdio e longo prazos, com eficincia e eficcia. Para isso, fazem-se necessrias informaes, como as do SNIS, que propiciem diagnosticar as perdas no pas e, posteriormente, orientar a definio de aes de combate s mesmas.

    6.1. ndice de perdas de faturamento

    No que se refere aos dados do SNIS em 2010, o valor mdio das perdas de faturamento (IN013) para todo o conjunto de prestadores de servios foi de 35,9%, ou seja, em comparao com o ano anterior (2009) houve diminuio deste ndice em 1,2 ponto percentual. Essa diminuio ainda maior do que a observada de 2008 para 2009, quando houve uma queda de apenas 0,3 ponto percentual. O ndice de 2010 o menor valor de toda a srie histrica de 16 anos do SNIS, iniciada em 1995.

    O Quadro 10 apresenta o ndice de perdas de faturamento, em valores mdios, segundo tipo de prestador de servios, regio geogrfica e mdia do pas para os participantes do SNIS em 2010. Por sua vez, o Grfico 5 nada mais do que a representao grfica do Quadro 10, com as perdas de faturamento dos prestadores de servios regionais, microrregionais, locais de direito pblico, locais de direito privado e locais empresa privada, para as 5 regies geogrficas do pas. A linha vermelha representa o valor mdio nacional em 2010.

    QUADRO 10 ndice de perdas de faturamento (indicador IN013) dos prestadores de servios participantes do SNIS em 2010, segundo tipo de prestador de servios, regio

    geogrfica e Brasil

    Tipos de prestador de servios

    Regional Micro-

    regional

    Local Direito Pblico

    Local Direito Privado

    Local Empresa privada

    Total Regies

    (%) (%) (%) (%) (%) (%)

    Norte 51,0 - 44,5 - 59,3 51,5

    Nordeste 44,8 - 41,8 19,3 - 44,3

    Sudeste 34,2 33,2 36,9 24,4 25,3 34,3

    Sul 20,9 18,3 31,0 36,7 25,4 24,1

    Centro-Oeste 30,5 56,6 39,0 58,5 9,0 32,4

    Brasil 35,7 32,9 37,0 32,8 35,9 35,9

    GRFICO 5 ndice de perdas de faturamento (indicador IN013) dos prestadores de servios participantes do SNIS em 2010, segundo tipo de prestador de servios, regio

    geogrfica e Brasil

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    Regional Micro-regional Local Direito PblicoLocal Direito Privado Local Empresa privada

    A anlise dos resultados, segundo os prestadores de servios, permite observar que, entre os de abrangncia regional (no includa a COPANOR/MG), apenas a CASAN/SC apresentou ndice inferior a 20%, no caso igual a 18,0% (em 2009 havia somente SANEPAR/PR

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    com 19,8%, e em 2008 nenhum prestador teve ndice inferior a 20%). Outras cinco prestadoras apresentaram ndice inferior a 25% (CAGECE/CE, 20,2%; SANEPAR/PR, 20,5%; CORSAN/RS, 22,6%; SANEATINS/TO, 22,8%; e CAESB/DF, 23,1%). Amplia-se de quatro para seis o nmero de companhias com os menores valores de perdas de faturamento, tendo sido incorporadas a CAGECE/CE e a CORSAN/RS que no fizeram parte deste rol no ano de 2009.

    Em uma faixa intermediria encontram-se os prestadores de servios CESAN/ES, SABESP/SP, SANESUL/MS, EMBASA/BA, COPASA/MG, CAGEPA/PB, SANEAGO/GO, COSANPA/PA, AGESPISA/PI e CEDAE/RJ, todos com ndice de perdas de faturamento situadas entre 25 e 50%, sendo que os dois primeiros possuem valores muito prximos do limite superior da faixa (AGESPISA/PI, 46,2%; e CEDAE/RJ, 49,1%).

    De outro lado, 10 prestadores de abrangncia regional apresentaram ndices superiores a 50%: DESO/SE (52,1%), CAERN/RN (52,7%), COMPESA/PE (57,0%), CASAL/AL (60,7%), DEPASA/AC (62,0%), CAERD/RO (62,2%), CAER/RR (64,3%), CAEMA/MA (68,2), CAESA/AP (74,2%) e COSAMA/AM (79,6%). Ressalta-se que em 2009 todos esses 10 prestadores tambm se situaram na faixa superior a 50%, enquanto que em 2008, desses, apenas o DESO/SE estava em faixa melhor, demonstrando, nestes casos, uma continuidade do quadro ruim em relao s perdas de faturamento.

    Os Grficos 6 e 7 mostram os valores do ndice mdio de perdas de faturamento (IN013) dos prestadores de servios de abrangncia regional participantes do SNIS nos anos de 2009 e 2010, respectivamente. Assim, fica possvel verificar a evoluo do comportamento deste ndice de um ano para o outro. A linha vermelha representa o valor mdio desse indicador para toda a amostra considerada no grupo, que foi igual a 35,7% em 2010 e 37,1% em 2009, uma diminuio de 1,4 ponto percentual.

    Do total de prestadores regionais, 15 apresentaram diminuio nesse ndice, enquanto 10 apresentaram aumento. Apenas a COSAMA/MA apresentou em 2010 o mesmo valor de 2009, 79,6%, sendo esse o valor mais alto em ambos os anos.

    Destaque positivo para CAGECE/CE, CASAN/SC, CORSAN/RS e AGESPISA/PI, todas com uma diminuio acima de 15% em seus ndices, apesar da AGESPISA seguir com valor muito alto (caiu de 55,3 para 46,2%). Por outro lado, tambm se menciona o aumento acima de

    10% das perdas de faturamento observado para CAGEPA/PB, CAEMA/MA e CAER/RR.

    GRFICO 6 ndice mdio de perdas de faturamento (indicador IN013) dos prestadores de servios de abrangncia regional participantes do SNIS em 2010, segundo

    prestador de servios

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    Prestador de Servio Regional

    GRFICO 7

    ndice mdio de perdas de faturamento (indicador IN013) dos prestadores de servios de abrangncia regional participantes do SNIS em 2009, segundo

    prestador de servios

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    Prestador de Servio Regional

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    Entre as companhias microrregionais de saneamento, Capinzal/SC, Cabo Frio/RJ e Joaaba/SC apresentaram ndice de perda de faturamento inferior a 25%, enquanto Itapemirim/ES, Araruama/RJ e Nova Xavantina/MT estiveram acima desse valor, sendo as duas ltimas acima de 50%.

    Para os prestadores de abrangncia local, verificou-se tambm diferenas significativas entre os valores do indicador de perdas de faturamento, conforme demonstram os nmeros a seguir: 463 (49,0%) prestadores com ndices menores que 25%, 308 (32,6%) entre 25 e 50% e 174 (18,4%) com ndices superiores a 50%. Na faixa menor, cabe registrar a existncia de 165 prestadores com ndices menores que 5%, sinalizando a possibilidade de falhas nas informaes fornecidas que originaram o clculo do indicador, j que para a realidade brasileira esses ndices so pouco provveis.

    Os resultados apontaram um indicador mdio de 36,4% para os prestadores de abrangncia local. No ano de 2010 houve uma diminuio igual a 0,8 ponto percentual em relao ao ano de 2009 (37,2%), um pouco menor do que a verificada nos prestadores regionais. Essa diminuio ainda maior do que a observada de 2008 para 2009, quando houve uma queda de apenas 0,2 ponto percentual.

    Mesmo entre os subconjuntos de prestadores locais foram verificadas variaes no ndice mdio, conforme dados a seguir: 37,0% nos servios prestados por entes de direito pblico (LPu); 32,8% no subconjunto de servios organizados como entes de direito privado (LPr); e de 35,9% nas empresas privadas (LEP).

    Os Grficos 8 e 9 mostram os valores do ndice mdio de perdas de faturamento dos 26 prestadores de servios de abrangncia local de maior porte6, participantes do SNIS, em 2010 e 2009, respectivamente, possibilitando a verificao do comportamento deste ndice de um ano para o outro. A linha vermelha representa o valor desse indicador para toda a amostra considerada neste grupo de anlise, que foi igual a 36,7% em 2010 e 38,9% em 2009, uma diminuio de 6,2%.

    6 Considerando a populao total atendida com os servios de gua como

    indicador do porte.

    GRFICO 8 ndice de perdas de faturamento (indicador IN013) dos 26 prestadores de

    abrangncia local de maior porte participantes do SNIS em 2010, segundo prestador de servios

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    IN01

    3 (%

    )

    Prestador de Servio Local

    GRFICO 9 ndice de perdas de faturamento (indicador IN013) dos 26 prestadores de

    abrangncia local de maior porte participantes do SNIS em 2009, segundo prestador de servios

    0

    10

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    IN01

    3 (%

    )

    Prestador de Servio Local

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    xviii xviii xviii

    Em uma anlise dos prestadores de servio de abrangncia local considerados mais relevantes, podem-se destacar algumas informaes. De um lado, Campo Grande (AG), Pelotas (SANEP), Limeira (FDL), Uberaba (CODAU), Campinas (SANASA) e Juiz de Fora (CESAMA) apresentaram valores de ndice de perdas de faturamento muito baixos, da ordem de 1,4, 6,7, 7,5, 10,0, 15,6 e 19,4, respectivamente. Por outro lado, Cuiab (SANECAP), Manaus (ADA) e Mogi das Cruzes (SEMAE) foram as nicas a apresentarem valores superiores ou iguais a 50%, no caso 58,8, 59,5 e 62,4%, respectivamente. Alm disso, tambm Caxias do Sul (SAMAE), Diadema (SANED), Ribeiro Preto (DAERP), Piracicaba (SEMAE), Sorocaba (SAAE), Guarulhos (SAAE) e Bauru (DAE) apresentaram valores muito altos, todos entre 40 e 50%.

    Os prestadores de servios locais, dentre os considerados neste grupo de anlise, que apresentaram maior crescimento no ndice de perdas de faturamento foram Mogi das Cruzes (SEMAE), Blumenau (SANAE), e Bauru (DAE), com aumento de 54,0, 34,4 e 15,0%, respectivamente.

    Por outro lado, os prestadores de servios locais que tiveram maior diminuio foram Campo Grande (AG), Uberaba (CODAU), Pelotas (SANEP), Juiz de Fora (CESAMA), Uberlndia (DMAE), Diadema (SANED) e Porto Alegre (DMAE), com reduo de 92,0; 70,0; 32,4; 25,1; 18,1; 14,5 e 12,5%, respectivamente.

    Cabe ressaltar que alguns desses resultados destoam muito da realidade brasileira. Uma diminuio acima de 50% no ndice de perdas de faturamento, de um ano para outro, deve ser vista com cautela, sendo apropriado uma anlise da srie histrica do prestador de servios. o caso, por exemplo, de Campo Grande em que a situao mais extrema: de 2008 para 2009 j havia acontecido uma queda de 54,1% no ndice, seguido agora por outra de 92,0%, de 2009 para 2010. Ao todo, nesses dois anos, esse prestador de servios apresentou uma queda de 96,3% no ndice. Alm disso, vale citar que uma perda de faturamento de apenas 1,4% foge bastante aos padres do pas.

    6.2. Visualizao espacial da distribuio do ndice de perdas de faturamento no Brasil

    Os mapas das Figuras 5 e 6 apresentam a visualizao espacial do ndice de perdas de faturamento para todo o conjunto de prestadores de servios participantes do SNIS em 2010 e 2009, respectivamente, com valores mdios distribudos por faixas percentuais, segundo os estados brasileiros. Dessa forma, possvel uma visualizao comparada de dois anos consecutivos.

    FIGURA 5 Representao espacial do ndice de perdas de faturamento para o conjunto de

    prestadores participantes do SNIS em 2010 (indicador IN013), distribudo por faixas percentuais, segundo os estados brasileiros

  • SIST

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    SNIS

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    FIGURA 6 Representao espacial do ndice de perdas de faturamento para o conjunto de

    prestadores participantes do SNIS em 2009 (indicador IN013), distribudo por faixas percentuais, segundo os estados brasileiros

    Observa-se que, em 2010, oito estados (Mato Grosso do Sul, Paran, Cear, Tocantins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Esprito Santo e Minas Gerais), juntamente com o Distrito Federal, enquadraram-se na melhor faixa, com ndice de perda de faturamento menor que 30%. Na faixa intermediria, entre 30 e 40%, situaram-se os estados da Bahia, So Paulo, Gois e Paraba, listados em ordem crescente do ndice. Entre 40,1 e 50% esto, tambm em ordem crescente do ndice, Par, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Piau e Rio Grande do Norte. Nos dois piores extremos do ndice de perdas situaram-se, entre 50,1 e 70%, tambm de forma progressiva do ndice,

    os estados de Sergipe, Rondnia, Pernambuco, Amazonas, Alagoas, Acre, Maranho e Roraima. Finalmente, na pior faixa (maior que 70%) situou-se apenas o estado do Amap.

    Quando os dados referem-se ao Diagnstico anterior, ano de 2009, nota-se que sete estados (Paran, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Esprito Santo, Cear e Rio Grande do Sul), mais o Distrito Federal, situaram-se na melhor faixa com ndice de perda de faturamento menor que 30%. Na faixa intermediria, entre 30 e 40%, situaram-se os estados da Paraba, Minas Gerais, So Paulo, Bahia, Gois e Par, em ordem crescente. Entre 40,1 e 50% esto, em ordem crescente, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. Nos dois piores extremos do ndice de perdas situaram-se, entre 50,1 e 70%, tambm de maneira progressiva, os estados do Rio de Janeiro, Sergipe, Alagoas, Piau, Pernambuco, Maranho, Rondnia, Roraima e Amazonas. Finalmente, na pior faixa (maior que 70%) situaram-se os estados do Acre e Amap.

    Na comparao entre 2009 e 2010, 4 estados melhoraram de faixa, Minas Gerais (reduziu para valor abaixo de 30%), Rio de Janeiro, Piau (ambos ficaram entre 40,1 e 50%) e Acre, que saiu da pior faixa para a imediatamente melhor. Por outro lado, apenas o estado do Par piorou de faixa, ficando em 2010 na faixa entre 40,1 e 50%.

    No total, 15 estados diminuram seus ndices, enquanto 12 aumentaram. Destaque positivo para Mato Grosso do Sul, Cear, Piau, Rondnia, Acre e Amazonas, todos com diminuies superiores a 10%. Analogamente, destaque negativo para os estados do Amap e Maranho, com aumentos acima de 10%.

    6.3. ndice de perdas de gua na distribuio

    O valor mdio das perdas na distribuio (IN049) para todo o conjunto de prestadores de servios, no ano de 2010, foi de 38,8%, ou seja, inferior ao observado em 2009, que foi de 41,6%. Esse ano houve uma inverso da tendncia observada de 2008 para 2009, quando ocorreu um aumento de 0,5 ponto percentual.

    O Quadro 11 apresenta o ndice de perdas na distribuio, em valores mdios, segundo tipo de prestador de servios, regio geogrfica e mdia do pas para os participantes do SNIS em 2010.

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    0

    xx xx xx

    QUADRO 11 ndice de perdas na distribuio (indicador IN049) dos prestadores de servios

    participantes do SNIS em 2010, segundo tipo de prestador de servios, regio geogrfica e Brasil

    Tipos de prestador de servios

    Regional Micro-

    regional

    Local Direito Pblico

    Local Direito Privado

    Local Empresa privada

    Total Regies

    (%) (%) (%) (%) (%) (%)

    Norte 53,2 - 38,3 - 59,4 51,2

    Nordeste 52,6 - 36,6 12,8 - 50,8

    Sudeste 33,3 47,5 38,0 28,8 32,2 34,4

    Sul 36,1 28,9 32,8 43,3 43,7 35,4

    Centro-Oeste 30,2 56,6 38,9 58,5 27,0 33,8

    Brasil 39,2 46,1 37,1 35,9 42,5 38,8

    Vistos em representao grfica, os dados do Quadro 11 aparecem no Grfico 10, contendo as perdas na distribuio dos prestadores de servios regionais, microrregionais, locais de direito pblico, locais de direito privado e locais empresa privada, para as 5 regies geogrficas do pas. A linha vermelha representa o valor nacional em 2010.

    GRFICO 10 ndice de perdas na distribuio (indicador IN049) dos prestadores de servios

    participantes do SNIS em 2010, segundo tipo de prestador de servios, regio geogrfica e Brasil

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    Regio

    Regional Micro-regional Local Direito PblicoLocal Direito Privado Local Empresa privada

    A anlise dos resultados, segundo os prestadores de servios de abrangncia regional (no includa a COPANOR/MG), permite observar que, assim como em 2009, apenas a CAESB/DF apresentou ndice inferior a 30%, no caso igual a 24,9%. Outras onze prestadoras apresentaram ndice inferior a 40% (CEDAE/RJ, 31,2%; SANEAGO/GO, 32,2%; SANEPAR/PR, 32,4%; CAGECE/CE, 32,7%; SANEATINS/TO, 33,0%; COPASA/MG, 33,0%; SABESP/SP, 34,5%, CESAN/ES, 34,7%; CASAN/SC, 35,4%; SANESUL/MS, 35,6%; e EMBASA/BA, 37,1%). Dessas, apenas CEDAE/RJ, CAGECE/CE e CASAN/SC no estavam na mesma faixa em 2009, sendo que as duas ltimas j estavam muito prximas, ambas com 40,7%.

    Na faixa entre 40 e 50% encontram-se: CORSAN/RS, 41,1%; CAGEPA/PB, 44,7%; COSANPA/PA, 46,9%; DEPASA/AC, 49,1%.

    De outro lado, 10 prestadores de abrangncia regional apresentaram ndices superiores a 50%: AGESPISA/PI, 53,6%; CAER/RR, 56,2%; DESO/SE, 59,0%; CAERN/RN (60,5%), COSAMA/AM (62,3%), CAERD/RO (63,8%), CASAL/AL (65,9%), COMPESA/PE (66,2%), CAEMA/MA (67,9) e CAESA/AP (77,3%). Ressalta-se que em 2009 o nmero de prestadores com ndice de perda na distribuio superior a 50 % foi de 7, o que mostra uma ampliao nesse quadro.

    Os Grficos 11 e 12 mostram os valores do ndice mdio de perdas na distribuio (IN049) dos prestadores de servios de abrangncia regional participantes do SNIS nos anos de 2010 e 2009, respectivamente. Assim, fica possvel verificar a evoluo do comportamento deste ndice de um ano para o outro. A linha vermelha representa o valor mdio desse indicador para toda a amostra considerada no grupo, que foi igual a 39,2% em 2010 e 42,6% em 2009, uma diminuio de 3,4 pontos percentuais.

    A comparao entre os dois grficos permite identificar a evoluo dos prestadores de servios regionais, de um ano para outro, em relao s perdas na distribuio. Do total de prestadores regionais, 14 apresentaram diminuio nesse ndice, enquanto 11 apresentaram aumento. Apenas a COSAMA/AM apresentou em 2010 o mesmo valor de 2009, 62,5%.

    Destaque positivo para CEDAE/RJ, CAGECE/CE e AGESPISA/PI, todas com uma diminuio acima de 10% em seus ndices, apesar da AGESPISA/PI seguir com valor muito alto (caiu de 61,1 para 53,6%). Por outro lado, tambm se menciona o aumento

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    SNIS

    SN

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    xxi

    acima de 10% das perdas na distribuio observado para CAEMA/MA e CAESA/AP.

    GRFICO 11 ndice mdio de perdas na distribuio (IN049) dos prestadores de servios de abrangncia regional participantes do SNIS em 2010, segundo prestador de

    servios

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    (%)

    Prestador de Servio Regional

    GRFICO 12

    ndice mdio de perdas na distribuio (IN049) dos prestadores de servios de abrangncia regional participantes do SNIS em 2009, segundo prestador de

    servios

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    049

    (%)

    Prestador de Servio Regional

    Ressalta-se que a diminuio das perdas na distribuio da CEDAE/RJ decorreu de alterao na metodologia de avaliao dos volumes e no de aes concretas de reduo das perdas. Segundo a companhia, ao contrrio de anos anteriores, em 2010 foram computados os volumes de atendimento social em favelas como consumo autorizado, parte no volume de gua consumido (AG010) e parte no volume de gua de servio (AG024). Tal situao fez com que o ndice de perdas na distribuio reduzisse de 51,1% em 2009 para 31,2% em 2010. Apesar da elevada queda neste ndice, vale dizer que o volume de gua no faturado manteve seu comportamento histrico, com o ndice de perdas de faturamento situando-se em 2010 no patamar prximo dos 50%.

    O Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento ressalta que, mudanas metodolgicas como esta devem ser resultado de controles operacionais consolidados na companhia, registrados em sistemas de informaes e relatrios tcnicos, assim como culturalmente internalizados pela equipe tcnica. Ademais, para ser validada, tal metodologia deve resultar de macromedies no sistema de distribuio que possibilitem o controle dos grandes volumes de gua disponibilizados para as favelas. Sem, ao menos, estas medies no possvel registrar com uma preciso aceitvel os volumes de atendimento social.

    Todas estas observaes foram feitas CEDAE/RJ antes de o SNIS aceitar as alteraes introduzidas neste ano de 2010. Por sua vez, a companhia sustentou que os procedimentos necessrios a uma boa preciso e veracidade dos dados foram adotados e passaro a fazer parte da rotina de controle operacional da companhia.

    No conjunto total dos prestadores regionais a queda no ndice de perdas na distribuio, de 2009 para 2010, foi de 8,0%, enquanto para o Brasil foi de 6,7%, quedas muito menores que a ocorrida na CEDAE/RJ.

    Para ser ter uma idia da influncia que os valores apresentados pela CEDAE/RJ tm no conjunto de prestadores de servios do SNIS, desconsiderando os dados da companhia, as mdias dos prestadores regionais e do Brasil aumentariam de 39,2 e 38,8% para 40,6 e 39,7%, respectivamente.

    Entre os prestadores de servios de abrangncia microrregional, Capinzal/SC, Joaaba/SC e Cabo Frio/RJ apresentaram ndice de

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    perda na distribuio inferior a 50%, enquanto Itapemirim/ES, Araruama/RJ e Nova Xavantina/MT estiveram acima desse valor.

    Para os prestadores de abrangncia local, assim como ocorreu com o ndice de perdas de faturamento, verificou-se tambm diferenas significativas entre os valores do indicador de perdas na distribuio: 485 (51,2%) prestadores com ndices menores que 25%, 359 (37,9%) entre 25 e 50% e 104 (11,0%) com ndices superiores a 50%. Na faixa menor, cabe registrar a existncia de 179 prestadores com ndices menores que 5%, sinalizando a possibilidade de falhas nas informaes fornecidas que originaram o clculo do indicador, j que para a realidade brasileira esses ndices so pouco provveis.

    Os resultados apontaram um indicador mdio de 37,6% para os prestadores de abrangncia local. No ano de 2010 houve uma diminuio igual a 1,4 ponto percentual em relao ao ano de 2009 (39,0%), reduo menor do que a verificada nos prestadores regionais, que foi de 3,4 pontos percentuais.

    Mesmo entre os subconjuntos de prestadores locais foram verificadas variaes no ndice mdio, conforme dados a seguir: 37,1% nos servios prestados por entes de direito pblico (LPu); 35,9% no subconjunto de servios organizados como entes de direito privado (LPr); e de 42,5% nas empresas privadas (LEP).

    6.4. Visualizao espacial do ndice de perdas de gua na distribuio no Brasil

    Os mapas das Figuras 7 e 8 apresentam a visualizao espacial do ndice de perdas na distribuio para todo o conjunto de prestadores de servios participantes do SNIS em 2010 e 2009, respectivamente, com valores mdios distribudos por faixas percentuais, segundo os estados brasileiros. Dessa forma, possvel uma visualizao comparada de dois anos consecutivos.

    Observa-se, em 2010, que apenas o Distrito Federal se enquadra na melhor faixa com ndice de perda na distribuio menor que 30%. Na faixa intermediria, entre 30 e 40%, situaram-se os estados do Rio de Janeiro, Tocantins, Gois, Cear, Paran, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Esprito Santo, So Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Par, em ordem crescente do ndice. Entre 40,1 e 50% esto, tambm em ordem crescente do ndice, apenas Paraba e Mato Grosso. Nos dois piores extremos do ndice de perdas

    situaram-se, entre 50,1 e 70%, tambm de forma progressiva do ndice, os estados de Alagoas, Piau, Rondnia, Roraima, Amazonas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Maranho e Pernambuco. Finalmente, ma pior faixa (maior que 70%) situou-se o estado do Amap.

    FIGURA 7 Representao espacial do ndice de perdas na distribuio para o conjunto de

    prestadores participantes do SNIS em 2010 (indicador IN049), distribudo por faixas percentuais, segundo os estados brasileiros

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    SNIS

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    xxiii

    FIGURA 8 Representao espacial do ndice de perdas na distribuio para o conjunto de

    prestadores participantes do SNIS em 2009 (indicador IN049), distribudo por faixas percentuais, segundo os estados brasileiros

    Quando os dados referem-se ao Diagnstico anterior, ano de 2009, nota-se que tambm some