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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA INSPEÇÃO ICA 121-10 INSPEÇÕES DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO 2017

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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

INSPEÇÃO

ICA 121-10

INSPEÇÕES DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO

SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

BRASILEIRO

2017

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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

INSPEÇÃO

ICA 121-10

INSPEÇÕES DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO

SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

BRASILEIRO

2017

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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

PORTARIA Nº 985/GC3, DE 4 DE JULHO DE 2017.

Aprova a reedição da Instrução que

disciplina as Inspeções de Vigilância da

Segurança Operacional do Sistema de

Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o previsto

no inciso XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo

Decreto nº 6.834, de 30 de abril de 2009, e considerando o que consta do Processo nº

67004.000563/2017-95, resolve:

Art. 1º Aprovar a reedição da ICA 121-10 “Inspeções de Segurança

Operacional do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro”, que com esta baixa.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se a Portaria nº 915/GC3, de 21 de setembro de 2009,

publicada no Diário Oficial da União nº 181, de 22 de setembro de 2009, e a Portaria nº

1582/GC3, de 6 de dezembro de 2016, publicada no Diário Oficial da União nº 235, de 8 de

dezembro de 2016.

Ten Brig Ar NIVALDO LUIZ ROSSATO

Comandante da Aeronáutica

(DOU1 nº 127, de 5 JUL 2017)

(Publicado no BCA nº 116, de 10 de julho de 2017)

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ICA 121-10/2017

SUMÁRIO

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ................................................................................. 9

1.1 FINALIDADE .................................................................................................................. 9

1.2 ÂMBITO .......................................................................................................................... 9

1.3 CONCEITUAÇÕES ......................................................................................................... 9

1.4 ABREVIATURAS ......................................................................................................... 14

2 PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE INSPEÇÃO ......................................................... 16

2.1 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................... 16

2.2 PRINCÍPIOS ADICIONAIS APLICÁVEIS À INSPEÇÃO ......................................... 17

3 ATRIBUIÇÕES .............................................................................................................. 18

3.1 DIRETOR-GERAL DO DECEA ................................................................................... 18

3.2 CHEFES DOS SUBDEPARTAMENTOS DO DECEA ............................................... 18

3.3 CHEFE DA ASOCEA .................................................................................................... 18

3.4 ELO SOCEA .................................................................................................................. 19

3.5 INSPETORES ................................................................................................................ 19

3.6 CHEFE DE EQUIPE DE INSPEÇÃO ........................................................................... 20

3.7 ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA ............................................................................ 20

4 PROCESSO DE INSPEÇÃO ........................................................................................ 22

4.1 CLASSIFICAÇÃO DA INSPEÇÃO ............................................................................. 22

4.2 ORGANIZAÇÕES SUBMETIDAS ÀS INSPEÇÕES .................................................. 22

4.3 PERIODICIDADE DAS INSPEÇÕES .......................................................................... 23

4.4 FASES DA INSPEÇÃO ................................................................................................. 24

4.5 PLANEJAMENTO DAS INSPEÇÕES PROGRAMADAS .......................................... 24

4.6 DEFINIÇÃO DA EQUIPE DE INSPEÇÃO .................................................................. 25

4.7 PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO ................................................................................... 25

4.8 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE ........................................................................... 26

4.9 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE INSPEÇÃO ................................................... 26

4.10 PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS .......................................................................... 27

4.11 CRÍTICAS DO INSPETOR E DA ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA .................. 29

4.12 REGISTRO DAS INSPEÇÕES ................................................................................... 30

5 HABILITAÇÃO DO INSPCEA E PODERES DELEGADOS .................................. 31

5.1 PODERES DELEGADOS AO INSPCEA ..................................................................... 31

5.2 CLASSES DE HABILITAÇÃO .................................................................................... 31

5.3 REQUISITOS ESSENCIAIS PARA HABILITAÇÃO ................................................. 32

5.4 VALIDADE, RENOVAÇÃO E REVOGAÇÃO DA HABILITAÇÃO ........................ 32

5.5 HABILITAÇÕES ESPECIAIS ...................................................................................... 33

6 PROCESSO DE INSPEÇÃO NO DECEA .................................................................. 34

6.1 FASES DA INSPEÇÃO ................................................................................................. 34

6.2 PERIODICIDADE DAS INSPEÇÕES NO DECEA E SEGUIMENTO ...................... 34

6.3 DEFINIÇÃO DA EQUIPE DE INSPEÇÃO NO DECEA ............................................. 34

6.4 FERRAMENTAS PARA INSPEÇÃO NO DECEA ..................................................... 35

6.5 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS ...................... 35

6.6 REGISTRO DAS INSPEÇÕES NO DECEA ................................................................ 35

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7 NOTIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO ................................................................................ 36

8 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ............................................................................... 37

9 DISPOSIÇÕES FINAIS ................................................................................................ 38

REFERÊNCIA .................................................................................................................... 39

Anexo A - Modelo de Comunicação de Inspeção ....................................................... 40

Anexo B - Modelo de Protocolo de Inspeção .............................................................. 41

Anexo C - Modelo de Ficha de Não conformidade .................................................... 42

Anexo D - Modelo de Relatório de Inspeção .............................................................. 44

Anexo E - Modelo de Ficha de Ação Corretiva .......................................................... 47

Anexo F - Modelo de Habilitação do INSPCEA ........................................................ 49

Anexo G - Modelo de Carteira Funcional do INSPCEA .......................................... 50

Anexo H - Modelo de Notificação de Infração ........................................................... 51

ÍNDICE .......................................................................................................................... 52

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PREFÁCIO

Através da Convenção de Aviação Civil Internacional, assinada em 7 de dezembro

de 1944, na cidade de Chicago, os países signatários, dentre os quais, o Brasil, assumiam o

compromisso de promover o desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil

internacional, praticando o mais alto grau possível de uniformidade em suas

regulamentações nacionais. Assim, “Normas e Métodos Recomendados” (SARP) pela

Organização de Aviação Internacional (OACI) nos Anexos à Convenção e em outros documentos

associados passavam a servir como guias para balizar a atividade aeronáutica nos Estados, visando

à sua segurança operacional.

Com o intuito de promover a elevação dos níveis da segurança da aviação civil, a

partir de 1995, a OACI passou a realizar auditorias nos Estados Contratantes, para verificar o grau

de efetivo cumprimento dos compromissos assumidos naquela Convenção, em relação aos

Anexos 1 (Licença de Pessoal), Anexo 6 (Operações de Aeronaves) e o Anexo 8

(Aeronavegabilidade).

Inicialmente, tais auditorias eram realizadas com um caráter voluntário e custeadas

pelos próprios Estados, mas, a partir de 1999, como conseqüência da Resolução A-32-11, a

Assembléia da OACI instituía o Programa Universal de Auditorias de Supervisão da Segurança

Operacional (Universal Safety Oversight Audit Programme – USOAP), que assumia um caráter

mandatório, passando a ser custeado pelo orçamento da própria Organização.

Posteriormente, em 2004, a 35ª Assembléia da OACI aprovou a Resolução A-35-

6, que expandiu o campo de atuação do USOAP, passando a avaliar o estágio de implementação

das provisões de segurança operacional constantes de todos os Anexos à Convenção, à exceção do

Anexo 9 (Facilitação) e do Anexo 10 (Segurança da Aviação Civil) e definiu que o USOAP

passaria a adotar um enfoque sistêmico, verificando o nível em que se encontram todos os Estados

signatários, com relação à implementação dos elementos críticos de um sistema de vigilância (ou

supervisão) da segurança operacional.

A partir de 2005, iniciou-se, então, o segundo ciclo de auditorias do programa

USOAP, mas, ainda, com duas características adicionais além do enfoque sistêmico global:

não haveria auditorias de acompanhamento e seus relatórios finais passariam a ser de

conhecimento público (até então, tinham tratamento confidencial).

Assim, com o objetivo de promover a segurança de vôo global, por meio de

auditorias regulares nos Estados signatários, que visavam verificar as suas capacidades de

realizar a vigilância da segurança operacional, através da verificação da efetiva

implementação dos elementos críticos de um sistema para este fim estabelecido e o estágio da

implementação dos SARP de relevância para a segurança operacional, de procedimentos

associados, de orientações técnicas (regulamentações) e de práticas relativas à segurança da

aviação, programava-se, então, uma auditoria ao Brasil, que se previa ocorrer a partir do

segundo semestre de 2008.

Em conseqüência dessa programação, em dezembro de 2006, o Diretor-Geral do

DECEA atribuiu à CERNAI a responsabilidade de coordenar a preparação do DECEA para a

auditoria da OACI e, em 2008, iniciou-se um processo de transformação desta Comissão em uma

nova organização, ainda de assessoria direta e imediata ao Comandante da Aeronáutica, mas com

as atribuições de assessorá-lo nos assuntos relativos à vigilância da segurança operacional do

Serviço de Navegação Aérea, além de coordenar e controlar as atividades de inspeção do Serviço

de Navegação Aérea, no que tange à segurança operacional, e gerenciar o Programa de Vigilância

da Segurança Operacional do Serviço de Navegação Aérea.

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É importante ressaltar que, embora conjugando o mesmo objetivo, as atividades

destinadas à vigilância da segurança operacional não devem ser confundidas com aquelas

desenvolvidas pela estrutura do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes

Aeronáuticos (SIPAER), sendo ambas complementares e imprescindíveis para o cumprimento

dos compromissos assumidos pelo Brasil perante a Convenção de Aviação Civil Internacional

e na contínua busca pelo índice “zero acidente” na aviação brasileira.

Assim, embora ainda sob a denominação de CERNAI, a partir dos primeiros

meses de 2008, iniciavam-se os trabalhos para a criação de toda uma nova estrutura operacional

destinada a realizar inspeções nos órgãos do SISCEAB, que empregaria Inspetores formados e

habilitados especificamente para o desempenho da função, fazendo uso de protocolos para tal

desenvolvidos em conformidade com a filosofia empregada pelo programa da OACI (USOAP).

No dia 5 maio de 2009, coincidentemente, a data de início da auditoria da OACI

ao Brasil, o Diário Oficial Nº 82 publicava o Decreto nº 6.834, de 30 de abril de 2009, que, em seu

Art. 15º, alterava a Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, substituindo a

denominação da CERNAI por ASOCEA (Assessoria de Segurança Operacional do Controle do

Espaço Aéreo) e atribuindo-lhe as competências já citadas.

A auditoria do programa USOAP da OACI realizada no Brasil, em maio de 2009,

veio a confirmar o acerto da abordagem empreendida pelo COMAER para garantir o

cumprimento das disposições da Convenção de Chicago pelo Estado brasileiro, na medida em que

nenhuma “não conformidade” foi apontada na área de vigilância da segurança operacional.

Além disso, pode-se, certamente, atribuir ao trabalho empreendido pela nova

estrutura de vigilância da segurança operacional, uma significativa parcela de contribuição nos

excelentes índices de conformidade obtidos pela auditoria da OACI às áreas de responsabilidade

do DECEA, que, atingindo valores da ordem de 95%, colocaram o país entre os melhores do

mundo.

A presente Instrução, reeditada para ajustar alguns processos de inspeção, em

decorrência do aprendizado obtido na auditoria da ICAO ao Brasil, visa normatizar as

responsabilidades e procedimentos de toda a estrutura orgânica estabelecida, de forma a

consolidar a atuação da ASOCEA na vigilância da segurança operacional do SISCEAB, em

conformidade com as recomendações da OACI.

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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

1.1.1 A presente Instrução tem por finalidade estabelecer as orientações para os profissionais

dos Serviços de: Tráfego Aéreo (ATS), Busca e Salvamento (SAR), Meteorologia

Aeronáutica (MET), Informações Aeronáuticas (AIS), Comunicações, Navegação e

Vigilância (CNS), Cartografia (CTG), Procedimentos de Navegação Aérea (PANS-OPS),

Ensino (ENS), Saúde (SAU) e demais envolvidos com a execução das atividades de Inspeção

da Segurança Operacional do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

1.1.2 As inspeções nos provedores de serviços avaliarão os níveis de segurança operacional

praticados, em conformidade com os Protocolos de Inspeção, contribuindo para a vigilância

da segurança operacional.

1.1.3 As inspeções no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) avaliarão o

nível de implementação dos elementos críticos de um sistema de vigilância da segurança

operacional e das provisões constantes dos Anexos à Convenção de Aviação Civil

Internacional e de documentos complementares, com base nos pertinentes Protocolos de

Auditoria da OACI.

1.2 ÂMBITO

Esta Instrução aplica-se a todos os elos do SISCEAB, bem como às

organizações do COMAER que contribuem para o Sistema, com a formação e o treinamento

de pessoal para o SISCEAB e através da avaliação dos requisitos de capacitação física destes

profissionais.

1.3 CONCEITUAÇÕES

Os termos empregados nesta Instrução são de uso corrente no COMAER e

similares aos que se encontram nos Anexos à Convenção de Chicago e em outros documentos

da OACI pertinentes ao assunto, como o Manual de Vigilância da Segurança Operacional

(Doc 9734/2ª ed. - 2006) e o Manual sobre Auditoria da Vigilância da Segurança Operacional

(Doc 9735/2ª ed. - 2006).

1.3.1 ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO

AÉREO

Órgão da Estrutura Regimental do COMAER ao qual compete assessorar o

Comandante da Aeronáutica nos assuntos relativos à supervisão da segurança operacional do

Serviço de Navegação Aérea, coordenar e controlar as atividades de inspeção do Serviço de

Navegação Aérea, no que tange à segurança operacional, e gerenciar o Programa de

Vigilância da Segurança Operacional do Serviço de Navegação Aérea.

1.3.2 AUDITORIA DA SEGURANÇA OPERACIONAL

Processo de verificação realizado pela Organização de Aviação Civil

Internacional na estrutura de aviação civil dos Estados, para a verificação de sua

conformidade em relação às provisões de segurança operacional constantes dos Anexos à

Convenção de Aviação Civil Internacional e documentos complementares, bem como de

avaliação do nível de implantação dos elementos críticos de um sistema de vigilância da

segurança operacional.

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1.3.3 AUTORIDADE NOTIFICADORA

Militar ou servidor civil do COMAER que possua delegação de competência

da Autoridade Aeronáutica para notificar um provedor de serviços que possa estar incorrendo

em infração às normas estabelecidas.

1.3.4 CARTEIRA FUNCIONAL

Documento funcional do INSPCEA que confirma sua autoridade delegada pelo

Comandante da Aeronáutica, para o exercício de suas responsabilidades nas inspeções no

SISCEAB, bem como lhe proporciona o acesso irrestrito a locais e a documentos do provedor

de serviços.

1.3.5 CHEFE DE EQUIPE DE INSPEÇÃO

Inspetor do Controle do Espaço Aéreo designado como responsável pela

condução da inspeção e pela tarefa de compilar e formatar o correspondente Relatório.

1.3.6 CONTRAPARTES

Profissionais, pertencentes ao efetivo da organização inspecionada, designados

por esta para representar tecnicamente as áreas de serviço que serão inspecionadas e

responder aos questionamentos dos INSPCEA.

1.3.7 ELO SOCEA

Profissional, com habilitação INSPCEA, que atua como elemento de ligação

com a ASOCEA, para a coordenação de atividades pertinentes à vigilância da segurança

operacional em sua organização e naquelas a ela jurisdicionadas administrativamente.

1.3.8 FICHA DE CRÍTICA

Questionário padronizado para a coleta de informações e sugestões dos

Inspetores e das organizações inspecionadas, objetivando o aperfeiçoamento do processo de

inspeção.

1.3.9 FICHAS DE NÃO CONFORMIDADES

Fichas de modelo padronizado, onde são descritas as não conformidades

encontradas na avaliação de um provedor de serviços ou do DECEA com suas respectivas

recomendações.

1.3.10 HABILITAÇÃO DO INSPETOR DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

É o ato formal do Chefe da ASOCEA para a expedição da carteira funcional do

Inspetor do Controle do Espaço Aéreo (INSPCEA), após a comprovação do atendimento aos

requisitos essenciais de formação e treinamento que asseguram a competência técnica do

Inspetor.

1.3.11 IMPACTO NA SEGURANÇA OPERACIONAL

Classificação da magnitude do risco de uma não conformidade que define

prazos máximos para a sua correção e, quando aplicável, sua atenuação.

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1.3.12 INSPEÇÃO DA SEGURANÇA OPERACIONAL

Processo de verificação da conformidade normativa das atividades

desenvolvidas pelos órgãos provedores de Serviço de Navegação Aérea quanto ao que

estabelece a legislação brasileira. No DECEA, este processo verifica a conformidade com as

disposições constantes dos Anexos à Convenção de Aviação Civil Internacional e do nível de

implementação dos elementos críticos de um sistema de vigilância da segurança operacional.

1.3.13 INSPEÇÃO DE SEGUIMENTO

Inspeção Não-Programada com o objetivo de verificar o cumprimento do Plano

de Ações Corretivas relativas à inspeção anterior.

1.3.14 INSPEÇÃO ESPECÍFICA

Inspeção com o objetivo de verificar a conformidade normativa em atividade(s)

e/ou serviço(s) específico(s) prestado(s) pelo provedor.

1.3.15 INSPEÇÃO LOCAL

Consiste na coleta de evidências objetivas e observadas, por meio do emprego

dos questionários denominados Protocolos de Inspeção, e da apresentação das recomendações

do Inspetor para a correção das não conformidades detectadas.

1.3.16 INSPEÇÃO NÃO-PROGRAMADA

Inspeção que não foi prevista no Plano Anual de Inspeções.

1.3.17 INSPEÇÃO PROGRAMADA

Inspeção que consta do Plano Anual de Inspeções.

1.3.18 INSPEÇÃO REGULAR

Inspeção programada em um provedor de serviço, realizada por uma equipe

composta somente por INSPCEA e INSPCEA-Credenciados.

1.3.19 INSPEÇÃO SISTÊMICA

Inspeção em um provedor de serviço onde os levantamentos da fase de

Inspeção Local são realizados por pessoal técnico da própria organização inspecionada. A

equipe da Inspeção Sistêmica é composta por, pelo menos, um INSPCEA, que realiza as

tarefas de Chefe de Equipe.

1.3.20 INSPETOR DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

Servidor público civil ou militar (da ativa ou da reserva) do COMAER,

habilitado pela ASOCEA para o exercício da função.

1.3.21 INSPETOR DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO CREDENCIADO

Técnico sem vínculo empregatício com o COMAER, habilitado pela ASOCEA

para o exercício da função.

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1.3.22 NÃO CONFORMIDADE

É a condição observada durante uma inspeção em que há descumprimento de

norma(s) ou recomendação(ões) constante(s) da legislação brasileira em vigor.

1.3.23 ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL

Agência especializada das Organizações das Nações Unidas (ONU),

estabelecida pela Convenção de Chicago com o objetivo de promover a cooperação

internacional e o maior grau possível de uniformidade nas regulamentações, normas e

procedimentos, e o desenvolvimento da aviação civil internacional.

1.3.24 ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA

Organização submetida à inspeção, sob a coordenação da ASOCEA.

1.3.25 ORGANIZAÇÃO REGIONAL

Organização do COMAER subordinada ao DECEA, componente do

SISCEAB, com jurisdição sobre uma determinada Região (os CINDACTA e o SRPV-SP).

1.3.26 ÓRGÃO REGULADOR

Organização responsável pela elaboração das normas nacionais que aplicam no

País as provisões constantes dos Anexos à Convenção de Aviação Civil Internacional e seus

documentos complementares. No caso dos Serviços de Navegação Aérea, o órgão regulador

brasileiro é o DECEA.

1.3.27 PLANO ANUAL DE INSPEÇÕES

Planejamento em que a ASOCEA prevê a realização de Inspeções Programadas

ao DECEA e às demais organizações do SISCEAB para um período de um ano.

1.3.28 PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS

Plano elaborado pela organização inspecionada, após submeter-se a uma

inspeção, que se destina a corrigir as não conformidades relativas à segurança operacional

observadas e indicadas pela Equipe de Inspeção em seus relatórios.

1.3.29 PÓS-INSPEÇÃO

Caracteriza-se pela elaboração do Plano de Ações Corretivas e pela

consolidação do Relatório de Inspeção.

1.3.30 PRÉ-INSPEÇÃO

Caracteriza-se pela comunicação aos provedores de Serviço de Navegação

Aérea a serem inspecionados, por intermédio de um Formulário de Comunicação de Inspeção,

e a preparação da equipe escalada para a realização da inspeção.

1.3.31 PRENOTAM

Documento assinado por autoridade do SISCEAB que contém informações de

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interesse da navegação aérea, ou seja, aquelas que possam influir direta ou indiretamente na

segurança, eficiência e regularidade da navegação aérea.

1.3.32 PROGRAMA DE VIGILÂNCIA DA SEGURANÇA OPERACIONAL DO SERVIÇO

DE NAVEGAÇÃO AÉREA

Conjunto de ações permanentes e sistemáticas destinadas à avaliação do nível

de cumprimento dos requisitos de segurança operacional do Serviço de Navegação Aérea, ao

acompanhamento da correção das deficiências identificadas e à avaliação dos resultados

obtidos, com o objetivo de assegurar a existência de níveis adequados de segurança

operacional e de proporcionar subsídios que contribuam para o aperfeiçoamento do

SISCEAB.

1.3.33 PROTOCOLOS DE AUDITORIA

Listas de verificação padronizadas, elaboradas pela OACI, que orientam os

questionamentos do Inspetor na avaliação do nível de implementação dos elementos críticos

de um sistema de vigilância da segurança operacional, de modo a assegurar o atendimento às

normas e práticas recomendadas constantes dos Anexos à Convenção de Aviação Civil

Internacional e documentos complementares.

1.3.34 PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO

Listas de verificação padronizadas, organizadas por área do Serviço de

Navegação Aérea, que orientam os questionamentos do Inspetor na avaliação do cumprimento

das normas nacionais e apresenta exemplos de evidências a serem coletadas para a

confirmação da efetiva implementação dessas normas.

1.3.35 PROVEDOR DE SERVIÇOS

Organização que recebeu do órgão regulador a autorização para a prestação de

serviços, após comprovar o atendimento aos requisitos estabelecidos na legislação e na

regulamentação nacional.

1.3.36 RECICLAGEM

Instrução que tem a finalidade de atualizar, periodicamente, a habilitação

técnica dos INSPCEA.

1.3.37 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

Documento resultante da juntada das Fichas de Não conformidades produzidas

na inspeção com as considerações do Chefe da Equipe.

1.3.38 RISCO

Quantificação da insegurança através da combinação da severidade, da

exposição e da probabilidade de ocorrência de um evento.

1.3.39 SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

Estado no qual o risco de lesões às pessoas ou danos aos bens resultantes das

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atividades do controle do espaço aéreo se reduz e se mantém em um nível aceitável, ou abaixo

deste, por meio de um processo contínuo de identificação de perigos e gestão de riscos.

Embora conjugando o mesmo objetivo, as atividades desenvolvidas em prol da segurança

operacional não podem ser confundidas com aquelas regidas pelos princípios do Sistema de

Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER).

1.3.40 SERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA

Conjunto de serviços prestados pelo SISCEAB, observando as disposições

normativas do DECEA, órgão central e regulador do sistema, que compreendem os

equipamentos terrestres e satelitais de rádio navegação de ajuda para aproximação. Por

convenção, no Brasil, tal conjunto de serviços é simplesmente conhecido como “Controle do

Espaço Aéreo”, embora abrangendo outros serviços como o de tráfego aéreo; de informação

aeronáutica; de comunicações, navegação e vigilância; de meteorologia aeronáutica; de

cartografia; e de busca e salvamento.

1.3.41 SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO

Estrutura que integra os órgãos e sistemas que participam do controle da

Circulação Aérea Nacional, nos limites das suas respectivas atribuições.

1.3.42 TREINAMENTO NO POSTO DE TRABALHO

Instrução ministrada por um Inspetor habilitado a um profissional que tenha

concluído o Curso de Inspeção da Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo ou de

um INSPCEA que esteja em reciclagem, durante uma inspeção real.

1.4 ABREVIATURAS

AIS – Serviço de Informação Aeronáutica

ANS – Serviço de Navegação Aérea

ASOCEA – Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo

ATS – Serviço de Tráfego Aéreo

CINDACTA – Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo

CNS – Serviço de Comunicação, Navegação e Vigilância

COMAER – Comando da Aeronáutica

CTG – Serviço de Cartografia

DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo

DGCEA – Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo

DTCEA – Destacamento de Controle do Espaço Aéreo

EEAR – Escola de Especialistas de Aeronáutica

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ENS – Serviço de Ensino

EPTA – Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo

GEIV – Grupo Especial de Inspeção em Voo

GNA – Grupamento de Navegação Aérea da INFRAERO

ICA – Instituto de Cartografia da Aeronáutica

ICEA - Instituto de Controle do Espaço Aéreo

INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária

INSPCEA – Inspetor do Controle do Espaço Aéreo

IS – Impacto sobre a Segurança Operacional

MET - Serviço de Meteorologia Aeronáutica

OACI – Organização de Aviação Civil Internacional

PANS-OPS - Serviço de Elaboração de Procedimentos de Navegação Aérea

SAR – Serviço de Busca e Salvamento

SARP – Normas e Práticas Recomendadas da OACI

SISCEAB – Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro

SRPV - Serviço Regional de Proteção ao Voo

SAU – Serviço de Saúde

SOCEA – Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo

TPT – Treinamento no Posto de Trabalho

USOAP – Programa Universal de Auditoria de Segurança Operacional da OACI

UT – Unidades de Telecomunicações

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2 PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE INSPEÇÃO

2.1 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os princípios dos processos de inspeção obedecerão, dentre outras, às

disposições citadas na NSCA 121-1, que trata da inspeção no COMAER, quais sejam: aos

princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

2.1.1 LEGALIDADE

O princípio da legalidade deve orientar as ações das inspeções do controle do

espaço aéreo com base nas publicações oficiais que estabelecem os requisitos e

procedimentos. Dessa forma, para se caracterizar uma dada situação como uma não-

conformidade, necessariamente, deve-se indicar com clareza o dispositivo normativo nacional

que está sendo descumprido ou, no caso das inspeções no DECEA, a provisão da OACI que

não está sendo observada. Analogamente, deve-se buscar amparo formal, nos regulamentos

das organizações, nos certificados ou nas autorizações concedidas pelos órgãos competentes,

ao se atribuir a uma determinada organização, pública ou privada, a responsabilidade pela

solução de uma dada não conformidade identificada na inspeção. Com isso, ainda que a

equipe reúna profissionais com elevada competência técnica acerca das áreas avaliadas, não é

suficiente a manifestação da expertise desses técnicos, devendo todas as afirmações e

atribuições de responsabilidade estarem associadas a documentos oficiais que as ampare.

2.1.2 IMPESSOALIDADE

O princípio da impessoalidade, aplicado às inspeções do controle do espaço

aéreo, deve estar caracterizado na ausência de qualquer tratamento preferencial ou

discriminatório, preservando a independência da atuação do Inspetor e a eqüidade na

avaliação dos diferentes provedores de serviço. As avaliações devem ser pautadas no interesse

público, confirmando o cumprimento da normativa que proporciona o nível desejado de

segurança operacional. Qualquer ação que se afaste dessa postura se sujeita à invalidação por

desvio de finalidade.

2.1.3 MORALIDADE

O princípio da moralidade obriga à correta aplicação dos recursos materiais e

humanos dispendidos para a realização da inspeção, com o máximo aproveitamento do tempo

alocado e valorizando a honestidade de propósito da Equipe de Inspetores. É, também,

fundamental assegurar que os agentes do Estado que compõem a Equipe de Inspeção

observem o agir padrão da coletividade, considerando os valores éticos e princípios morais da

sociedade, não deixando oportunidade para ocorrência de qualquer ato que possa

comprometer os objetivos estabelecidos.

2.1.4 PUBLICIDADE

O princípio da publicidade preconiza a visibilidade (transparência) dos atos,

dando conhecimento pleno do processo ao inspecionado e garantindo a divulgação dos

resultados da inspeção a todos os órgãos que devam atuar para a solução dos problemas

identificados, bem como dando ciência aos interessados, através do meio de divulgação que

proporcione o alcance desejado. O atendimento ao princípio da publicidade não significa a

inexistência de controle sobre informações que precisam ser resguardadas e, sim, da prestação

de esclarecimentos suficientes sobre as condições dos serviços prestados que possam afetar

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ICA 121-10/2017 17/52

providências ou decisões de outros agentes.

2.1.5 EFICIÊNCIA

O princípio da eficiência impõe a todos os envolvidos nos processos de

inspeção o permanente zelo pela manutenção de suas competências profissionais, bem como

requer um programa contínuo de aperfeiçoamento dos recursos humanos. Aliado à busca pela

excelência técnica, deve-se também zelar pelo conhecimento e aplicação das ferramentas

padronizadas, que otimizam o emprego do potencial técnico da Equipe de Inspeção.

2.2 PRINCÍPIOS ADICIONAIS APLICÁVEIS À INSPEÇÃO

Somando-se aos princípios anteriormente descritos, os princípios de

oportunidade e da razoabilidade também deverão ser obedecidos durante o processo de

inspeção.

2.2.1 OPORTUNIDADE

O princípio da oportunidade requer o cumprimento dos prazos estabelecidos

nas diversas etapas dos processos de inspeção. O cumprimento dos prazos é fator essencial

para a garantia da adoção de medidas adequadas em prazos compatíveis com o grau de

severidade da discrepância identificada. Adicionalmente, em situações especiais, quando

detectado um grave problema na atuação de um provedor de serviço, devem-se promover,

tempestivamente, ações que assegurem o restabelecimento dos níveis desejados de segurança

operacional, tendo em vista que a ausência destas ações imediatas pode implicar em riscos

inaceitáveis.

2.2.2 RAZOABILIDADE

O princípio da razoabilidade deve ser utilizado como forma de limitar o

exercício da competência discricionária do Inspetor. Este, no desempenho de suas funções de

verificação do cumprimento da normativa e, eventualmente, de imposição de medidas que

garantam o restabelecimento dos níveis desejados de segurança, dispõe de poderes para

melhor atender às necessidades do Estado Regulador e Fiscalizador e às necessidades

coletivas da sociedade de segurança nas operações. No entanto, há que se admitir que o

cumprimento da regulamentação pode ser obtido de formas distintas, devendo-se reconhecer a

responsabilidade do provedor de serviços na adoção da alternativa mais conveniente para

atendimento da finalidade desejada. Impor a adoção de medidas que extrapolem os objetivos

mínimos pretendidos pelas normas nacionais e que possam representar elevado ônus,

desnecessariamente, ferem o princípio da razoabilidade.

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18/52 ICA 121-10/2017

3 ATRIBUIÇÕES

3.1 DIRETOR-GERAL DO DECEA

Apoiar a ASOCEA na implementação do Programa de Vigilância da Segurança

Operacional do Serviço de Navegação Aérea e do Plano Anual de Inspeções.

3.2 CHEFES DOS SUBDEPARTAMENTOS DO DECEA

Prover o suporte técnico para a elaboração e a atualização dos Protocolos de

Inspeção, sob a coordenação da ASOCEA, nas áreas de suas respectivas competências

normativas.

3.3 CHEFE DA ASOCEA

3.3.1 Gerenciar o Programa de Vigilância da Segurança Operacional do Serviço de

Navegação Aérea.

3.3.2 Planejar, coordenar, acompanhar e controlar as atividades de Inspeção da Segurança

Operacional no SISCEAB.

3.3.3 Planejar, coordenar, acompanhar, controlar e gerenciar a realização de Inspeções de

Segurança Operacional no DECEA.

3.3.4 Elaborar e aprovar o Plano Anual de Inspeções em coordenação com o DECEA.

3.3.5 Gerenciar o processo de seleção e capacitação de Inspetores do Controle do Espaço

Aéreo.

3.3.6 Coordenar a realização do Treinamento no Posto de Trabalho (TPT).

3.3.7 Habilitar os Inspetores do Controle do Espaço Aéreo.

3.3.8 Manter atualizado o registro de Inspetores, das inspeções realizadas e dos Planos de

Ações Corretivas.

3.3.9 Coordenar, com as Organizações Regionais, a escala da Equipe de Inspetores para a

atividade de inspeção, seguindo o Plano Anual de Inspeções aprovado.

3.3.10 Fornecer os Protocolos de Inspeção ao Chefe de Equipe, de acordo com os Serviços de

Navegação Aérea a serem inspecionados.

3.3.11 Em caso de ocorrência de infração, notificar a organização provedora de serviços,

atuando como Autoridade Notificadora.

3.3.12 Apresentar os relatórios das inspeções realizadas no órgão regulador do Serviço de

Navegação Aérea ao Comandante da Aeronáutica, que os encaminhará ao DECEA.

3.3.13 Apresentar os relatórios das inspeções realizadas nos órgãos provedores de Serviço de

Navegação Aérea ao DGCEA.

3.3.14 Encaminhar o Relatório de Inspeção à organização inspecionada, após sua

apresentação ao DGCEA, e cópia deste à organização regional de sua jurisdição. Nos casos

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ICA 121-10/2017 19/52

em que a organização inspecionada não fizer parte da estrutura do COMAER, encaminhar

cópia do Relatório de Inspeção também à organização à qual estiver subordinada.

3.3.15 Supervisionar a implementação dos Planos de Ações Corretivas, em coordenação com

as Organizações Regionais do DECEA.

3.3.16 Manter os Protocolos de Inspeção atualizados, acompanhando as atualizações das

normas editadas pelo DECEA.

3.3.17 Designar os profissionais das Organizações Regionais para exercer a função de Elos

SOCEA, em coordenação com essas organizações.

3.4 ELO SOCEA

3.4.1 Controlar a implementação das atividades do Plano Anual de Inspeções,

acompanhando todas as tarefas de sua organização e das organizações situadas na área de

jurisdição de sua Regional.

3.4.2 Atuar como facilitador na veiculação das informações e documentos que tramitarem

entre a sua organização, a ASOCEA e a organização inspecionada.

3.4.3 Acompanhar a implementação do Plano de Ações Corretivas de sua organização, bem

como das organizações jurisdicionadas administrativamente.

3.4.4 Apoiar os Inspetores do efetivo das organizações situadas na área de jurisdição de sua

Regional no cumprimento das tarefas definidas nesta Instrução.

3.4.5 Atender às solicitações provenientes da ASOCEA, relativas ao envolvimento das

organizações situadas na área de jurisdição de sua Regional no processo de inspeção.

3.5 INSPETORES

3.5.1 Executar inspeções nos órgãos provedores de Serviço de Navegação Aérea e no

DECEA, nas Unidades de Ensino responsáveis pela formação e treinamento de pessoal para o

SISCEAB e nas Juntas Especiais de Saúde, sempre que escalado pela ASOCEA.

3.5.2 Identificar evidências objetivas, mediante comparação com os Protocolos de Inspeção.

3.5.3 Executar as tarefas que lhes forem atribuídas pelo Chefe de Equipe na elaboração do

Relatório de Inspeção.

3.5.4 Relatar, ao Chefe da ASOCEA, as infrações eventualmente detectadas durante as

inspeções.

3.5.5 Contribuir com o aperfeiçoamento do processo de inspeção, fornecendo suas críticas e

sugestões à ASOCEA.

3.5.6 Cumprir as instruções desta ICA e demais orientações da ASOCEA, quando em uma

inspeção.

3.5.7 Portar a carteira funcional sempre que estiver exercendo a função de INSPCEA.

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3.6 CHEFE DE EQUIPE DE INSPEÇÃO

3.6.1 Coordenar as atividades da inspeção, orientando cada Inspetor e a organização

inspecionada sobre suas responsabilidades em todas as fases do processo.

3.6.2 Elaborar o Relatório de Inspeção, consolidando o material fornecido pelos demais

membros da Equipe de Inspeção, encaminhando-o à ASOCEA dentro dos prazos

estabelecidos.

3.6.3 Assegurar-se de que os membros da Equipe de Inspeção apliquem todos os princípios

pertinentes ao processo de inspeção.

3.6.4 Planejar e realizar as reuniões de coordenação inicial e final com a Equipe de

Inspeção, bem como as reuniões de abertura e de encerramento da inspeção, com os

responsáveis pela organização inspecionada.

3.6.5 Orientar a Equipe de Inspeção, na reunião de coordenação final, quanto à correta

identificação do Impacto na Segurança Operacional (IS) de cada não conformidade.

3.6.6 Representar a Equipe de Inspeção perante a organização inspecionada e em qualquer

contato que seja necessário realizar com outras organizações, durante uma inspeção.

3.6.7 Atuar junto aos membros da Equipe de Inspeção e à organização inspecionada

dirimindo eventuais dúvidas que surjam no decorrer do processo, bem como eliminando os

conflitos entre os Inspetores e suas Contrapartes que possam comprometer os objetivos da

inspeção.

3.7 ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA

3.7.1 Preparar-se para a inspeção, realizando uma verificação prévia das perguntas

aplicáveis dos Protocolos de Inspeção e coletando evidências a serem apresentadas aos

Inspetores, para melhor aproveitamento do tempo alocado.

3.7.2 Designar pelo menos um técnico de seu efetivo em cada área a ser avaliada pela

Equipe de Inspetores para atuar como Contraparte, respondendo aos questionamentos dos

Inspetores em nome da organização.

3.7.3 Disponibilizar acesso a todas as informações e documentos pertinentes às áreas

avaliadas aos Inspetores, independentemente do seu grau de sigilo, bem como acesso a

qualquer área, instalação ou equipamento, incluindo a realização de testes ou demonstrações,

sempre que solicitados pelos Inspetores.

3.7.4 Acatar o planejamento da inspeção no local, de acordo com o que for apresentado pelo

Chefe da Equipe de Inspeção, providenciando a presença de pessoal com delegação suficiente

para responder em nome da organização, em todos os eventos planejados.

3.7.5 Avaliar as não conformidades indicadas pelos Inspetores, identificando e

implementando as correspondentes medidas corretivas e mitigadoras aplicáveis, de acordo

com os prazos máximos estabelecidos nas respectivas Fichas de Não conformidades.

3.7.6 Implementar todas as recomendações apresentadas pelos Inspetores.

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3.7.7 Encaminhar o Plano de Ações Corretivas à ASOCEA, dentro do prazo estipulado

nesta Instrução.

3.7.8 Manter a ASOCEA informada sobre a execução do Plano de Ações Corretivas,

transmitindo, periodicamente, o estágio atualizado da implementação de cada medida

corretiva.

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22/52 ICA 121-10/2017

4 PROCESSO DE INSPEÇÃO

4.1 CLASSIFICAÇÃO DA INSPEÇÃO

4.1.1 As inspeções são classificadas de acordo com a sua periodicidade e a forma de atuação

do INSPCEA.

4.1.2 Quanto à periodicidade, as inspeções são classificadas como programadas ou não-

programadas.

4.1.3 As Inspeções Programadas são as que constam no Plano Anual de Inspeções e as

Inspeções Não-Programadas são aquelas não incluídas no citado Plano, podendo ser geradas a

partir das seguintes situações:

a) necessidade detectada a partir da avaliação de indicadores específicos;

b) denúncia que requeira levantamento mais detalhado do provedor de

serviços; e/ou

c) ocorrência excepcional que indique a necessidade de levantamentos

específicos.

4.1.4 Quanto à forma de atuação do INSPCEA, as inspeções são classificadas como

Regular, Específica, Sistêmica ou de Seguimento.

4.1.5 As Inspeções Regulares são aquelas em que todas as fases da inspeção definidas no

item 4.4 desta ICA são realizadas por uma Equipe de Inspeção.

4.1.6 As Inspeções Específicas são aquelas em que todas as fases da inspeção definidas no

item 4.4 desta ICA são realizadas por dois ou mais INSPCEA.

4.1.7 As Inspeções Sistêmicas são aquelas em que os levantamentos da fase de inspeção no

local são realizados por técnicos da própria organização inspecionada. Esses técnicos deverão

fornecer os dados e informações solicitadas pelo Chefe da Equipe de Inspeção. A omissão de

informações relevantes ou a prestação de informações incorretas ou inexatas ensejam a

responsabilização do titular da organização inspecionada.

4.1.8 Por fim, as Inspeções de Seguimento são aquelas realizadas com o objetivo de

verificar o cumprimento do Plano de Ações Corretivas relativas à inspeção anterior. Este tipo

de inspeção no provedor de serviço só deve ser realizado em caráter excepcional e quando o

cumprimento do Plano de Ações Corretivas não puder ser comprovado através de

documentação. A iniciativa pela realização de uma Inspeção de Seguimento compete ao

Chefe da ASOCEA.

4.1.9 A inclusão de uma determinada organização no Plano Anual de Inspeções observará,

prioritariamente, as disposições do item 4.3.

4.1.10 As Inspeções Regulares e Sistêmicas deverão constar do Plano Anual de Inspeções.

4.2 ORGANIZAÇÕES SUBMETIDAS ÀS INSPEÇÕES

4.2.1 Para efeito desta Instrução, todas as orientações concernentes às inspeções nos

provedores de Serviços de Navegação Aérea se aplicam também às organizações do

COMAER que contribuem para o Sistema com a formação e o treinamento de pessoal para o

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ICA 121-10/2017 23/52

SISCEAB e através da avaliação dos requisitos de capacitação física destes profissionais.

4.2.2 Deverão ser submetidas às inspeções: as organizações responsáveis por ACC, APP,

TWR ou AFIS; as EPTA “M”; e o SRPV-SP, o CGNA, o ICA, o ICEA, a EEAR e as Juntas

Especiais de Saúde.

4.2.3 Para efeito desta Instrução, as organizações a serem inspecionadas são divididas em

classes, de acordo com o seu grau de importância no âmbito do SISCEAB, conforme a tabela

a seguir:

Tabela 1 - Classe das Organizações Inspecionadas

CLASSES

ORGANIZAÇÕES

1

Responsáveis por ACC, APP ou TWR e o SRPV-SP, o CGNA e o ICA

2

ICEA, EEAR e JES

3

Responsáveis por AFIS e as EPTA “M”

4.2.4 As organizações que prestam serviços de interesse exclusivamente militar não se

enquadram nas classes acima estabelecidas.

4.3 PERIODICIDADE DAS INSPEÇÕES

4.3.1 Os provedores de Serviço de Navegação Aérea deverão ser submetidos às inspeções

conforme o cronograma estabelecido no Plano Anual de Inspeções (Inspeções Programadas),

ou, ainda, sempre que for julgado necessário (Inspeções Não-Programadas).

4.3.2 Conjugando-se os princípios da moralidade, da impessoalidade e da eficiência e, tendo

em vista o grande número de provedores de serviços atuando no país, a frequência das

inspeções, bem como a classificação conforme a atuação do INSPCEA, serão estabelecidas

em função da classe da organização a ser inspecionada, de modo a otimizar o emprego dos

meios existentes, priorizando-se as avaliações das organizações de acordo com o desempenho

em inspeções anteriores. Assim, as inspeções nos provedores de Serviço de Navegação Aérea

deverão ocorrer, sempre que possível, com a periodicidade máxima e a classificação abaixo

indicada:

Tabela 2 - Periodicidade e Classificação das Inspeções

CLASSE DE

ORGANIZAÇÃO PERIODICIDADE CLASSIFICAÇÃO

1 Até 3 anos Regular

2 Até 4 anos Regular

3 Até 5 anos Sistêmica ou Regular

4.3.3 Independentemente da periodicidade acima indicada, o DECEA poderá propor à

ASOCEA a realização de inspeções em qualquer provedor de Serviços de Navegação Aérea, a

qualquer tempo.

4.3.4 A ASOCEA poderá reduzir ou aumentar a periodicidade das inspeções, estabelecidas

na Tabela 2, em decorrência dos resultados das inspeções já realizadas, do tempo decorrido

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desde a última inspeção, dos indicadores de segurança operacional estabelecidos pela ICA 63-

22 e do volume de tráfego associado a cada provedor.

4.4 FASES DA INSPEÇÃO

O processo de inspeção nos provedores de Serviço de Navegação Aérea é

composto de três fases:

a) pré-inspeção: inicia-se com a comunicação da ASOCEA diretamente aos

provedores de Serviço de Navegação Aérea a serem inspecionados, por

intermédio de um Formulário de Comunicação de Inspeção (Anexo A), no

qual constará o período de sua realização e os Protocolos de Inspeção a

serem empregados. É a fase de preparação da inspeção, onde cada membro

da equipe, sob a coordenação do Chefe de Equipe, reúne informações, de

sua área de atuação, relativas à inspeção e à organização a ser inspecionada.

Encerra-se no momento em que é concluída a reunião inicial de

coordenação entre os componentes da Equipe de Inspeção;

b) inspeção local: é a fase de coleta de evidências objetivas e observadas,

através do emprego dos Protocolos de Inspeção, e da apresentação das

recomendações do Inspetor a respeito das não conformidades detectadas. A

juntada das Fichas de Não conformidades constituirá o Relatório de

Inspeção. Nesta fase, são apresentadas as orientações complementares para

que a organização inspecionada cumpra com suas obrigações no processo de

inspeção. Esta fase tem início com a reunião de abertura e encerra-se ao

término da reunião de encerramento da inspeção; e

c) pós-inspeção: é a fase caracterizada pela elaboração do Plano de Ações

Corretivas e consolidação do Relatório de Inspeção. Tem início ao término

da reunião de encerramento da inspeção e encerra-se com o

encaminhamento à ASOCEA do Relatório de Inspeção, pelo Chefe de

Equipe, e do Plano de Ações Corretivas, pela organização inspecionada.

4.5 PLANEJAMENTO DAS INSPEÇÕES PROGRAMADAS

4.5.1 Todo o planejamento do processo de inspeção de segurança operacional no SISCEAB

será coordenado pela ASOCEA.

4.5.2 Para tanto, a ASOCEA deverá consolidar um Plano Anual de Inspeções onde

constarão as Inspeções Programadas para cada ano.

4.5.3 O Plano Anual de Inspeções será elaborado a partir de propostas de inspeção nos

provedores de Serviços de Navegação Aérea apresentadas pelos Subdepartamentos do

DECEA, incluindo as demais organizações sistemicamente vinculadas, porém não

subordinadas às Organizações Regionais, compatibilizando-o com as periodicidades

estabelecidas no item 4.3.

4.5.4 Os eventos para a elaboração do planejamento das inspeções seguirão o cronograma

descrito na Tabela 3 a seguir.

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Tabela 3 - Eventos para a Elaboração do Plano Anual de Inspeções

EVENTO DATA

LIMITE*

RESPONSÁVEL

Remessa da Proposta de Cronograma de

Inspeções, incluindo as áreas a serem

avaliadas, à ASOCEA.

15 de setembro Subdepartamentos do

DECEA

Elaboração do Plano Anual de Inspeções. 10 de novembro ASOCEA

Aprovação do Plano Anual de Inspeções. 20 de novembro Chefe da ASOCEA

* ou no primeiro dia útil subsequente.

4.5.5 As organizações Classe 3 (Tabela 1 - item 4.2.2) que sejam selecionadas por

amostragem para a realização de Inspeção Regular, mediante proposição dos

Subdepartamentos do DECEA ou da própria ASOCEA, também constarão do Plano Anual de

Inspeções.

4.6 DEFINIÇÃO DA EQUIPE DE INSPEÇÃO

4.6.1 A ASOCEA definirá a composição das Equipes de Inspeção e será responsável pela

escala dos INSPCEA.

4.6.2 A ASOCEA manterá atualizada a relação dos INSPCEA e dos INSPCEA-

Credenciados que poderão ser escalados para compor as Equipes de Inspeção.

4.6.3 Os INSPCEA-Credenciados que não estiverem atuando junto a um órgão do

COMAER não poderão integrar uma Equipe de Inspeção designada para avaliar uma

organização do COMAER.

4.6.4 Para cada inspeção, será indicado um INSPCEA para atuar como Chefe de Equipe,

independentemente da composição desta.

4.6.5 Em situações excepcionais, a critério do Chefe da ASOCEA, poderá ser escalado

como Chefe de Equipe de Inspeção, um “INSPCEA-Credenciado” que esteja atuando junto a

um órgão do COMAER.

4.6.6 Os INSPCEA de qualquer organização do SISCEAB podem ser escalados como

membros de uma Equipe de Inspeção, no entanto, um INSPCEA não poderá integrar a Equipe

de Inspeção que avaliará a organização à qual pertence.

4.7 PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO

4.7.1 Os Protocolos de Inspeção são listas de verificação padronizadas, organizadas por área

do Serviço de Navegação Aérea, que orientam os questionamentos do Inspetor na avaliação

do cumprimento das normas nacionais e apresenta exemplos de evidências a serem coletadas,

para a confirmação da efetiva implementação dessas normas.

4.7.2 Os Protocolos de Inspeção são ferramentas de uso obrigatório nas inspeções, devendo

ter o formato do modelo constante do Anexo B. Tais ferramentas são fundamentais para a

aplicação do princípio da impessoalidade, assegurando a igualdade das avaliações mediante a

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padronização dos questionamentos a serem feitos pelos Inspetores durante as inspeções.

4.7.3 A ASOCEA coordenará a elaboração e manterá atualizados, em relação às normas

vigentes, os Protocolos de Inspeções das áreas ATS, SAR, MET, AIS, CNS, CTG, PANS-

OPS, SAU e ENS.

4.7.4 A ASOCEA deverá manter estreita coordenação com os Subdepartamentos do

DECEA para a elaboração e a permanente atualização dos Protocolos de Inspeção.

4.7.5 Nas Inspeções Sistêmicas, o titular da organização inspecionada é responsável pela

veracidade das informações registradas nos Protocolos de Inspeção, estando passível das

penalidades previstas no que dispõe o inciso V, do Artigo 299, da Lei no 7.565, de 19 de

dezembro de 1986.

4.8 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE

4.8.1 Com base nos Protocolos e na coleta de evidências durante a fase de Inspeção Local,

deverão ser preenchidas as correspondentes Fichas de Não conformidades, conforme modelo

do Anexo C, caso sejam encontradas não conformidades na avaliação de um provedor de

serviço.

4.8.2 Uma Ficha de Não conformidade deve ser preenchida em duas vias originais, para

cada pergunta ou conjunto de perguntas do Protocolo que implique em uma recomendação

corretiva e, quando aplicável, medida mitigadora. Uma via será entregue à organização

inspecionada e outra será anexada no Relatório de Inspeção.

4.8.3 A Ficha de Não conformidade deve ser assinada pelo Inspetor que a elaborou e pelo

técnico da organização inspecionada que acompanhou os levantamentos do Inspetor.

4.8.4 Nas Inspeções Sistêmicas, as Fichas de Não conformidades serão assinadas apenas

pelos Inspetores.

4.8.5 Nas Inspeções Regulares, a responsabilidade pelo conteúdo das Fichas de Não

conformidades será, sempre, de um INSPCEA ou INSPCEA-Credenciado, baseado nas

evidências observadas.

4.8.6 Nas Inspeções Sistêmicas, as Fichas de Não conformidades devem ser preenchidas

pela Equipe de Inspeção, com base nas informações transmitidas pela organização

inspecionada, através da remessa do(s) Protocolo(s) de Inspeção preenchido(s).

4.8.7 O Impacto na Segurança Operacional (IS) que a deficiência identificada representa

também deve constar da Ficha de Não conformidade.

4.8.8 De acordo com o grau de IS de uma não conformidade, a organização inspecionada

deverá adotar uma medida mitigadora, enquanto não se corrige a deficiência identificada.

4.8.9 A ASOCEA deverá estabelecer os diferentes níveis de IS e os procedimentos para sua

avaliação, incluindo as respectivas exigências quanto à adoção de medidas mitigadoras e

prazos máximos para a correção das não conformidades.

4.9 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

4.9.1 Os resultados de todas as inspeções deverão ser formalizados no Relatório de

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ICA 121-10/2017 27/52

Inspeção, conforme o modelo apresentado no Anexo D.

4.9.2 As Fichas de Não conformidades, devidamente preenchidas, devem integrar o

Relatório de Inspeção como anexos.

4.9.3 O Chefe da Equipe é o responsável por coordenar as atividades dos demais membros

da equipe e da organização inspecionada, com vistas à confecção do Relatório de Inspeção.

4.9.4 O Chefe de Equipe deverá encaminhar o Relatório de Inspeção original à ASOCEA,

em um prazo máximo de 15 dias corridos, a contar da data do término da fase local da

inspeção.

4.9.5 Para a elaboração do Relatório de Inspeção Sistêmica, os levantamentos realizados

pela organização inspecionada deverão ser concluídos até a data especificada na Comunicação

de Inspeção e remetidos ao Chefe de Equipe, em até 15 dias corridos, a contar do término da

avaliação.

4.9.6 Ainda nas Inspeções Sistêmicas, a organização inspecionada deverá remeter, ao Chefe

de Equipe, todas as informações ou documentos complementares por este solicitados, dentro

do mesmo prazo especificado em 4.9.5.

4.9.7 Os Relatórios de Inspeção originais deverão ser remetidos à ASOCEA, para controle e

para as demais providências de divulgação.

4.10 PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS

4.10.1 O Plano de Ações Corretivas consiste na juntada das Fichas de Ações Corretivas.

4.10.2 A Ficha de Ação Corretiva contém o detalhamento e o cronograma planejado pela

organização inspecionada para a eliminação de cada não conformidade.

4.10.3 As Fichas de Ações Corretivas deverão ser preenchidas pela organização inspecionada

conforme o modelo constante do Anexo E, sendo confeccionada uma ficha para cada uma das

Fichas de Não conformidades aplicadas pela Equipe de Inspeção.

4.10.4 No caso das Inspeções Regulares, ao concluir a fase de Inspeção Local, o Chefe de

Equipe deverá fornecer, à organização inspecionada, uma via de cada Ficha de Não

conformidade, contendo as respectivas recomendações, para que esta inicie a elaboração do

seu Plano de Ações Corretivas.

4.10.5 A organização inspecionada deverá remeter o seu Plano de Ações Corretivas à

ASOCEA, em arquivo físico e por meio eletrônico, em um prazo máximo de 15 dias corridos,

após a conclusão da fase de Inspeção Local.

4.10.6 No caso das Inspeções Sistêmicas, após receber as Fichas de Não conformidade

enviadas pelo Chefe de Equipe, a organização inspecionada terá que remeter o seu Plano de

Ações Corretivas à ASOCEA, em um prazo máximo de 15 dias corridos.

4.10.7 A ASOCEA deverá, em um prazo máximo de 15 dias corridos, a contar do

recebimento do arquivo físico, verificar se o Plano de Ações Corretivas abrange todas as

Fichas de Não conformidades elaboradas.

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28/52 ICA 121-10/2017

4.10.8 Quando o Plano de Ações Corretivas não contemplar todas as Fichas de Não

conformidades, ou quando os prazos para a implementação de cada ação não forem

compatíveis com o grau de impacto que a deficiência gera para a segurança operacional, a

ASOCEA restituirá o Plano à organização inspecionada para ajustes.

4.10.9 Ocorrendo o que prevê o item 4.10.8, a organização inspecionada deverá

providenciar os ajustes decorrentes das orientações da ASOCEA, restituindo seu Plano de

Ações Corretivas, em um prazo máximo de 15 dias corridos, a contar do momento em que

tomar conhecimento das discrepâncias.

4.10.10 Quando o Plano de Ações Corretivas estiver contemplando todas as Fichas de Não

conformidades e os prazos para a implementação de cada ação estiverem compatíveis com o

grau de impacto que a deficiência gera para a segurança operacional, a ASOCEA deverá

anexar o Plano de Ações Corretivas ao Relatório de Inspeção da organização inspecionada.

4.10.11 São responsabilidades da ASOCEA coordenar e documentar o eventual

envolvimento dos demais membros da Equipe de Inspeção, no que couber, para a verificação

do Plano de Ações Corretivas.

4.10.12 Em observância ao princípio da razoabilidade, que limita o poder discricionário do

INSPCEA, o Plano de Ações Corretivas é um documento cuja elaboração e cumprimento é de

exclusiva responsabilidade da organização inspecionada. Desta forma, a verificação do Plano

de Ações Corretivas pela ASOCEA não significa a sua aprovação e, sim, que as ações

propostas pela organização inspecionada abrangem todas as não conformidades identificadas

na inspeção, com prazos de execução compatíveis com o impacto da deficiência na segurança

operacional.

4.10.13 A responsabilidade pela eficácia das medidas constantes do Plano de Ações

Corretivas para a mitigação ou correção das não conformidades identificadas na inspeção

recai unicamente sobre a organização inspecionada.

4.10.14 As organizações inspecionadas poderão solicitar, ao Chefe da ASOCEA, a revisão

dos prazos estabelecidos para a correção das não conformidades, pela Equipe de Inspeção,

bem como o cancelamento de uma não conformidade aplicada, apresentando as justificativas

que amparem sua solicitação.

4.10.15 A solicitação da revisão de prazos não suspende a obrigação de a organização

inspecionada cumprir os prazos informados nas Fichas de Não conformidades.

4.10.16 Os eventuais novos prazos concedidos passam a vigorar, somente, a partir da

expedição de manifestação formal favorável ao pleito, por parte da ASOCEA.

4.10.17 A documentação que amparar a alteração de prazo estabelecido em uma Ficha de

Não conformidade deve ser anexada ao Relatório de Inspeção.

4.10.18 A ASOCEA apresentará o Relatório da Inspeção, incluindo o Plano de Ações

Corretivas da organização inspecionada, ao DGCEA, num prazo máximo de 15 dias corridos,

após o recebimento do material encaminhado pelo Chefe de Equipe e pela organização

inspecionada.

4.10.19 Atendendo ao princípio da oportunidade e com o objetivo de agilizar a eliminação

das não conformidades, as ações corretivas identificadas pela organização inspecionada

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poderão ser implementadas de imediato, não sendo necessário percorrer todo o processo de

confecção do Relatório de Inspeção e do Plano de Ações Corretivas. Entretanto, é importante

ressaltar que, com base na mesma premissa do item 4.10.12, a correta identificação das

medidas a adotar é de inteira responsabilidade do inspecionado, devendo o mesmo assumir as

conseqüências decorrentes de eventuais dispêndios de recursos com medidas que não

cumpram a finalidade de eliminar ou mitigar as deficiências apontadas na fase de Inspeção

Local.

4.10.20 É dever da organização inspecionada cumprir com as determinações da Equipe de

Inspeção, caso a mesma julgar necessária a adoção de uma medida urgente, corretiva ou

mitigadora, diante da constatação de existência de nível de segurança operacional abaixo dos

níveis mínimos desejáveis.

4.10.21 A ASOCEA deverá manter um banco de dados das não conformidades, mantendo

um controle sobre cada uma das deficiências e correspondentes ações corretivas, bem como

acompanhar as implementações por parte da organização inspecionada.

4.10.22 A ASOCEA deverá coordenar a atuação das organizações inspecionadas, quanto à

inserção e à atualização de informações no banco de dados das não conformidades.

4.10.23 A organização inspecionada deverá manter a ASOCEA informada sobre a execução

dos seus Planos de Ações Corretivas e eventuais alterações. Tais informações deverão indicar

o cumprimento das etapas parciais e totais de cada ação, porém, a declaração do cumprimento

total de uma dada ação pelo inspecionado não é o ato formal que elimina a não conformidade

do banco de dados.

4.10.24 Se um fator superveniente, imprevisível e alheio à vontade do responsável pela

organização inspecionada vier a comprometer o cumprimento do cronograma estabelecido

para a implementação das ações corretivas, a organização inspecionada deverá formalizar

uma solicitação de extensão do prazo à ASOCEA, com as justificativas pertinentes e

apresentando nova proposta de cronograma.

4.10.25 A ASOCEA poderá acolher a solicitação de que trata o item 4.10.24 apenas uma vez

e por período máximo igual ao estipulado anteriormente, caso a justificativa apresentada

comprove a ocorrência do fator superveniente e contenha uma declaração formal do

responsável pela organização inspecionada de que a extensão do prazo não compromete a

segurança operacional das atividades, em razão de medidas alternativas ou mitigadoras

adotadas.

4.10.26 Compete exclusivamente à ASOCEA eliminar formalmente uma não conformidade

registrada no respectivo banco de dados.

4.11 CRÍTICAS DO INSPETOR E DA ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA

4.11.1 A crítica consiste na coleta de informações sobre a eficácia do processo de inspeção e

a adequabilidade das normas vigentes, além de sugestões que proporcionem o

aperfeiçoamento do processo de inspeção.

4.11.2 Após cumprir com suas obrigações no atendimento às recomendações da Equipe de

Inspeção, com a elaboração do Plano de Ações Corretivas, a organização inspecionada poderá

apresentar suas críticas sobre o processo de inspeção à ASOCEA.

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30/52 ICA 121-10/2017

4.11.3 Todos os membros da Equipe de Inspeção deverão efetuar suas críticas e o Chefe de

Equipe é responsável por coletá-las e encaminhá-las, juntamente com o Relatório de Inspeção,

à ASOCEA.

4.11.4 Através das críticas, tanto o Inspetor, quanto a organização inspecionada podem

apresentar suas sugestões para a melhoria do processo de inspeção, bem como relatar as

carências porventura existentes na regulamentação nacional.

4.11.5 Na crítica, o Inspetor deverá relatar, com a pertinente fundamentação, eventuais não

conformidades que não possam ser solucionadas pela organização inspecionada, por depender

de ação do DECEA.

4.11.6 As críticas do Inspetor devem conter apenas suas contribuições ao processo de

inspeção. Eventuais críticas de técnicos da organização inspecionada deverão ser apresentadas

na ficha de crítica que a referida organização encaminhará à ASOCEA.

4.11.7 A ASOCEA avaliará as críticas recebidas como subsídio para o aperfeiçoamento do

processo de inspeção e encaminhará ao DECEA aquelas que versem sobre a adequabilidade

das normas, bem como as que envolvam a situação descrita em 4.11.5.

4.12 REGISTRO DAS INSPEÇÕES

4.12.1 Os registros produzidos nas inspeções, incluindo o Relatório de Inspeção, deverão ser

arquivados na ASOCEA, pelo prazo mínimo de dez anos.

4.12.2 Em cumprimento ao princípio da publicidade, os resultados das inspeções deverão ser

disponibilizados eletronicamente pela ASOCEA à organização inspecionada, ao DGCEA e

aos Subdepartamentos do DECEA, em até trinta dias após o recebimento do Relatório de

Inspeção e do Plano de Ações Corretivas.

4.12.3 A ASOCEA deverá manter um banco de dados contendo as não conformidades

existentes em todas as organizações inspecionadas, para efeito de acompanhamento e de

avaliação global do estágio de adequação do SISCEAB à normativa nacional.

4.12.4 Todas as organizações que atuam no processo de inspeção deverão seguir as

orientações da ASOCEA com respeito às participações e responsabilidades na inserção,

manutenção e atualização de dados nos registros das inspeções.

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5 HABILITAÇÃO DO INSPCEA E PODERES DELEGADOS

5.1 PODERES DELEGADOS AO INSPCEA

5.1.1 O INSPCEA, possuidor de carteira funcional dentro da validade e no exercício de suas

funções, tem o poder delegado pela Autoridade Aeronáutica para:

a) acessar, a qualquer momento, as instalações dos órgãos integrantes do

SISCEAB;

b) acessar qualquer documento, independentemente do seu grau de sigilo, que

possa contribuir para a avaliação de um provedor de serviço, no que tange à

segurança operacional;

c) suspender, preventivamente, as atividades de um detentor de licença ou

certificado expedido pelo DECEA, quando constatar que o mesmo não

reúne as condições mínimas necessárias para o exercício de suas funções,

submetendo o assunto ao DECEA, através da ASOCEA;

d) determinar, a um provedor de serviço, a adoção de providências imediatas

para a correção ou mitigação de uma deficiência que comprometa a

manutenção do nível de segurança operacional desejado;

e) solicitar a expedição de PRENOTAM para a notificação ou solução de uma

deficiência de um provedor de serviço que comprometa a manutenção do

nível de segurança operacional desejado;

f) emitir Relatórios de Inspeções; e

g) relatar à ASOCEA as não conformidades que possam constituir infração por

parte de um provedor de serviço, visando à expedição de Notificação de

Infração, a critério do Chefe da ASOCEA.

5.1.2 A carteira funcional do INSPCEA é o documento único, necessário e suficiente para o

exercício de suas funções, não sendo exigida a apresentação de qualquer outro documento

para a comprovação de que está no exercício de suas responsabilidades.

5.1.3 O INSPCEA possui responsabilidade individual pelo correto uso de sua carteira

funcional.

5.1.4 Ainda que a habilitação esteja em vigor, a delegação de poderes descrita no item 5.1.1

só é aplicável quando o Inspetor possuir carteira funcional dentro da validade.

5.2 CLASSES DE HABILITAÇÃO

5.2.1 Ficam estabelecidas duas classes de habilitação, de acordo com o vínculo do inspetor

com a União:

a) militar (da ativa ou da reserva) ou servidor público civil do COMAER; e

b) todos os demais técnicos que atuem no SISCEAB.

5.2.2 Os Inspetores definidos pela letra “a” do item 5.2.1 são designados “INSPCEA”.

5.2.3 Os Inspetores definidos pela letra “b” do item 5.2.1 são designados “INSPCEA-

Credenciados”.

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5.2.4 A delegação de poderes descrita no item 5.1.1 não se aplica aos INSPCEA-

Credenciados.

5.2.5 Os INSPCEA-Credenciados que integrarem uma Equipe de Inspeção, conforme

descrito na Comunicação de Inspeção, têm o direito de acesso às áreas restritas e aos

documentos pertinentes, independentemente do grau de sigilo, para a realização da inspeção

para a qual forem designados.

5.2.6 Atendido ao que dispõe o item 4.6.5, o INSPCEA-Credenciado que desempenhar as

tarefas de Chefe de Equipe será o responsável pela assinatura do respectivo Relatório de

Inspeção.

5.3 REQUISITOS ESSENCIAIS PARA HABILITAÇÃO

5.3.1 São requisitos para a inclusão de um profissional na programação da ASOCEA,

visando à formação de Inspetores do Controle do Espaço Aéreo, ser oficial, graduado ou civil

indicado pela cadeia sistêmica ou de comando, com pelo menos três anos de experiência em

sua área de especialidade no Serviço de Navegação Aérea e receber parecer favorável do

Chefe da ASOCEA.

5.3.2 Para receber a habilitação de INSPCEA ou INSPCEA-Credenciado, o candidato

deverá:

a) concluir com aproveitamento o Curso de Inspeção de Segurança

Operacional do Controle do Espaço Aéreo; e

b) concluir com aproveitamento o Treinamento no Posto de Trabalho (TPT).

5.3.3 Atendidos os requisitos de habilitação estabelecidos em 5.3.2, o Chefe da ASOCEA

habilitará o candidato como INSPCEA e autorizará a confecção de sua carteira funcional,

através da expedição de Portaria conforme o modelo do Anexo F.

5.3.4 A carteira funcional identificará o INSPCEA e o INSPCEA-Credenciado no exercício

de suas atribuições e será expedida de acordo com o modelo do Anexo G.

5.3.5 O Inspetor é responsável pela guarda de sua carteira funcional e, no caso de extravio

ou inutilização da mesma, deverá comunicar o fato ao Chefe da ASOCEA, por intermédio de

documento formal que apresente as devidas justificativas.

5.3.6 O Chefe da ASOCEA deliberará sobre as providências a adotar em decorrência do

extravio ou inutilização de uma carteira funcional de Inspetor.

5.4 VALIDADE, RENOVAÇÃO E REVOGAÇÃO DA HABILITAÇÃO

5.4.1 A habilitação do INSPCEA tem validade indeterminada. Por outro lado, a carteira

funcional do Inspetor será emitida com validade de 2 anos.

5.4.2 A critério do Chefe da ASOCEA, a habilitação de um Inspetor que realizar menos de

duas inspeções no período de um ano, poderá ser revogada.

5.4.3 A permanência no Quadro de Inspetores por parte daqueles que ficarem mais de 18

meses sem realizar inspeções será avaliada pelo Chefe da ASOCEA.

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ICA 121-10/2017 33/52

5.4.4 O Chefe da ASOCEA poderá, a qualquer tempo, revogar a habilitação do Inspetor que

não corresponder ou não cumprir com os princípios da inspeção e objetivos preconizados, ou,

ainda, que não obtiver aproveitamento no treinamento de reciclagem ministrado pela

ASOCEA.

5.4.5 A carteira funcional do INSPCEA será automaticamente renovada, com uma

antecedência mínima de 15 dias corridos antes de sua expiração, mantendo-se o mesmo

número de controle da carteira anterior, desde que observadas as disposições dos itens 5.4.2,

5.4.3 e 5.4.4.

5.4.6 Quando revogada a habilitação do INSPCEA ou expirada a validade de sua carteira

funcional, o Inspetor deverá restituí-la à ASOCEA.

5.4.7 Uma nova habilitação de INSPCEA que teve sua habilitação revogada dependerá da

realização, com aproveitamento, de reciclagem, na modalidade à distância ou presencial, à

critério da ASOCEA.

5.4.8 O Chefe da ASOCEA estabelecerá um Conselho para assessorá-lo nas decisões de

habilitação e revogação de habilitação dos INSPCEA, mediante avaliação do desempenho dos

Inspetores e com base no disposto nesta Instrução.

5.5 HABILITAÇÕES ESPECIAIS

5.5.1 Em virtude das responsabilidades inerentes aos cargos que ocupam ou funções que

desempenham, estão automaticamente habilitados como INSPCEA:

a) o Diretor-Geral do DECEA; Subdepartamentos

b) o Vice-Diretor do DECEA;

c) os Chefes dos do DECEA; e

d) os Adjuntos do VICEA e dos Chefes dos Subdepartamentos do DECEA.

5.5.2 As carteiras funcionais expedidas de acordo com o item 5.5.1 terão validade

indeterminada e deverão ser automaticamente revogadas pelo Chefe da ASOCEA na data de

transmissão do cargo, ou na data em que o profissional for transferido da Unidade.

5.5.3 Apesar do exposto no item 5.5.1, somente poderão chefiar Equipes de Inspeção os

INSPCEA que atenderem ao disposto no item 5.3.2.

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6 PROCESSO DE INSPEÇÃO NO DECEA

6.1 FASES DA INSPEÇÃO

6.1.1 O processo de Inspeção no DECEA é composto de três fases:

a) pré-inspeção: inicia-se com a definição sobre o período de realização da

inspeção, mediante coordenação entre a ASOCEA e o DECEA. É a fase de

preparação da inspeção, onde cada membro da equipe, sob a coordenação do

Chefe de Equipe, reúne as informações necessárias à realização da Inspeção.

Encerra-se no momento em que é concluída a reunião de coordenação entre

os componentes da Equipe de Inspeção;

b) inspeção local: é a fase de coleta de evidências objetivas e observadas, por

meio da aplicação dos Protocolos de Auditoria da OACI, e de apresentação

das recomendações do INSPCEA originadas das não conformidades. A

juntada das Fichas de Não conformidades constituirá o Relatório de

Inspeção. Nesta fase, são apresentadas as orientações complementares para

as providências dos setores inspecionados, na fase de Pós-Inspeção. Esta

fase tem início com a reunião de abertura e encerra-se ao término da reunião

de encerramento da inspeção; e

c) pós-inspeção: é a fase caracterizada pela elaboração do Plano de Ações

Corretivas, pelo DECEA, e da consolidação do Relatório de Inspeção. Tem

início ao término da reunião de encerramento da Inspeção Local e encerra-

se com a remessa, pela ASOCEA, do Relatório de Inspeção e do Plano de

Ações Corretivas ao Comandante da Aeronáutica.

6.2 PERIODICIDADE DAS INSPEÇÕES NO DECEA E SEGUIMENTO

6.2.1 A ASOCEA deverá coordenar a realização de inspeções no DECEA, em intervalos

máximos de 2 anos.

6.2.2 A implementação do Plano de Ações Corretivas decorrente de uma inspeção realizada

no DECEA deverá ser avaliada pela ASOCEA, através da realização de uma Inspeção de

Seguimento, no máximo, 12 meses após a confecção do referido Plano.

6.2.3 As auditorias da OACI no Brasil cumprem com o objetivo pretendido pelo item 6.2.1,

não sendo necessária a realização de inspeção por INSPCEA, no ano em que aquela

organização internacional avaliar as áreas de competência do DECEA. No entanto, persiste a

necessidade de realização de Inspeção de Seguimento, conforme descrito em 6.2.2, com base

no Plano de Ações Corretivas aceito pela OACI.

6.3 DEFINIÇÃO DA EQUIPE DE INSPEÇÃO NO DECEA

6.3.1 A ASOCEA estabelecerá a Equipe de Inspeção, utilizando-se do Quadro de

INSPCEA.

6.3.2 A critério do Chefe da ASOCEA, poderão ser designados INSPCEA-Credenciados

para compor a Equipe de Inspeção no DECEA, inclusive, na qualidade de Chefe de Equipe.

6.3.3 Os INSPCEA-Credenciados que não estiverem atuando junto a um órgão do

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ICA 121-10/2017 35/52

COMAER não poderão integrar uma Equipe de Inspeção designada para avaliar o DECEA.

6.4 FERRAMENTAS PARA INSPEÇÃO NO DECEA

6.4.1 Em princípio, nas inspeções no DECEA, deverão ser aplicados os Protocolos da

OACI, atualizados até a data da fase de Inspeção Local.

6.4.2 A ASOCEA poderá estabelecer Protocolos adicionais, conforme modelo do Anexo B,

na medida em que a análise dos resultados das inspeções no DECEA indique a existência de

avaliações não contempladas pelos Protocolos da OACI.

6.4.3 Também devem ser considerados nas avaliações do DECEA, juntamente com os

Protocolos de Auditoria da OACI, os Planos de Ações Corretivas de inspeções anteriores, os

resultados das Inspeções de Seguimento e os resultados das inspeções realizadas nos

provedores de serviços.

6.4.4 Deverão ser utilizados os mesmos modelos aplicados no Processo de Inspeção,

descritos no Capítulo 4, com os ajustes pertinentes, para o registro das não conformidades e a

elaboração do Relatório de Inspeção e do Plano de Ações Corretivas.

6.5 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS

6.5.1 Sob a coordenação do Chefe de Equipe, a Equipe de Inspetores deverá elaborar o

Relatório de Inspeção, contendo as Fichas de Não conformidades identificadas,

encaminhando-o ao Chefe da ASOCEA, no prazo máximo de 15 dias corridos, após concluída

a fase de Inspeção Local.

6.5.2 A ASOCEA deverá encaminhar o Relatório de Inspeção ao DECEA, no prazo máximo

de 15 dias corridos, após o seu recebimento.

6.5.3 O DECEA deverá elaborar o Plano de Ações Corretivas e encaminhá-lo à ASOCEA

no prazo máximo de 15 dias corridos.

6.5.4 O Chefe da ASOCEA deverá encaminhar o Relatório de Inspeção e o Plano de Ações

Corretivas do DECEA ao Comandante da Aeronáutica, no prazo máximo de 15 dias corridos,

após o recebimento do Plano de Ações Corretivas daquele Departamento.

6.6 REGISTRO DAS INSPEÇÕES NO DECEA

6.6.1 Os registros produzidos nas inspeções no DECEA, incluindo o Relatório de Inspeção e

o Plano de Ações Corretivas, deverão ser arquivados na ASOCEA, pelo prazo mínimo de dez

anos.

6.6.2 Os resultados das inspeções deverão ser disponibilizados eletronicamente pela

ASOCEA ao DECEA e ao GABAER, em até trinta dias, após o recebimento do Plano de

Ações Corretivas.

6.6.3 A ASOCEA deverá manter um banco de dados contendo as não conformidades

identificadas, para efeito de acompanhamento e de avaliação global do estágio de adequação

do SISCEAB frente às provisões da OACI.

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7 NOTIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO

7.1 Independentemente das providências decorrentes da tramitação dos resultados das

inspeções, um INSPCEA deverá relatar as situações que possam representar uma infração da

legislação por parte do provedor de serviços.

7.2 O relato do INSPCEA deverá ser apresentado ao Chefe de Equipe, que avaliará a situação

relatada e complementará com seus comentários e o encaminhará à ASOCEA para as

providências pertinentes.

7.3 O Chefe da ASOCEA, como Autoridade Notificadora, avaliará o relato e decidirá sobre a

pertinência da expedição de Notificação à organização inspecionada, conforme modelo do

Anexo H, ou de outra providência administrativa para tratamento da situação relatada.

7.4 O Chefe da ASOCEA deverá também expedir Notificação à organização inspecionada

que não cumprir com os prazos para correção das suas não conformidades.

7.5 Em caso de expedição da Notificação, a organização notificada deverá encaminhar suas

justificativas ao Chefe da ASOCEA, em um prazo máximo de 15 dias corridos, a contar do

recebimento da Notificação.

7.6 A ausência de manifestação da organização provedora de serviços, dentro do prazo

mencionado, implicará no reconhecimento dos termos da Notificação e ensejará a aplicação

das sanções que o DECEA julgar adequadas.

7.7 O Chefe da ASOCEA submeterá ao DECEA as justificativas apresentadas pela

organização notificada, para as providências a cargo daquele Departamento.

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8 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

8.1 Para efeito de planejamento financeiro, cada organização regional deverá considerar, em

seu Plano de Trabalho Anual, a previsão de despesas com diárias e passagens aéreas para os

INSPCEA de seu efetivo, considerando que cada inspetor participará de cerca de duas

inspeções por ano, com uma duração média de 4 dias, acrescida de uma reserva de

contingência para custear as despesas de Inspeções Não-Programadas.

8.2 O disposto no item 8.1 perdurará até que o orçamento do DECEA passe a contemplar

recursos para atender ao Plano Anual de Inspeções no SISCEAB, proposto pela ASOCEA.

8.3 Antes da implementação do planejamento das Inspeções Sistêmicas, a ASOCEA deverá

ministrar palestras, em coordenação com as Organizações Regionais, para orientação aos

provedores de serviço, de modo a capacitá-los no preenchimento da documentação pertinente

à fase de Inspeção Local.

8.4 Enquanto não for concluída a informatização do processo de inspeção, a ASOCEA

deverá estabelecer a sistemática a ser seguida para o cumprimento do previsto nesta Instrução.

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38/52 ICA 121-10/2017

9 DISPOSIÇÕES FINAIS

9.1 Os casos não previstos nesta Instrução deverão ser submetidos à apreciação do Chefe da

ASOCEA.

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ICA 121-10/2017 39/52

REFERÊNCIA

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Estado-Maior da Aeronáutica, Inspeção no Comando da

Aeronáutica. NSCA 121-1. [Brasília-DF], 2002.

CANADÁ. International Civil Aviation Organization (OACI). Resolução A32-11 da 32a

Assembléia da OACI. Universal Safety Oversight Audit Programme (USOAP). [Montreal],

1999.

_________. _________. Resolução A35-6 da 35a Assembléia da OACI. Universal Safety

Oversight Audit Programme (USOAP). [Montreal], 2004.

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40/52 ICA 121-10/2017

Anexo A - Formulário de Comunicação de Inspeção

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ICA 121-10/2017 41/52

Anexo B - Modelo de Protocolo de Inspeção

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FICHA DE NÃO CONFORMIDADE

Anexo C - Modelo de Ficha de Não conformidade

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE

DATA SETOR INSPECIONADO

IMPACTO NA

SEGURANÇA – IS

PERGUNTAS DO PROTOCOLO (Versão)

RECOMENDAÇÃO DO INSPETOR

______________________________________________________________________

<NOME DO RESPONSÁVEL PELO SETOR INSPECIONADO>

______________________________________________________________________

<NOME DO INSPETOR> – INSPCEA No ______

NÃO CONFORMIDADE

NÚMERO

<assinatura> <assinatura>

1 2 3 4 5

ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA

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ICA 121-10/2017 43/52

Continuação do Anexo C - Modelo de Ficha de Não conformidade

Instruções para preenchimento - Ficha de Não conformidade

SETOR INSPECIONADO: Nome ou sigla do setor avaliado da organização inspecionada.

Exemplos:

Seção MET do GNA-ABC, MET/GNA-ABC, etc.

DATA: Data (dd/mm/aa) da formalização da Ficha de Não conformidade, com assinatura do

INSPCEA e do responsável do setor.

NÃO CONFORMIDADE NÚMERO: Número sequencial atribuído pelo INSPCEA para a

não conformidade, precedido pela abreviatura da área avaliada e o ano da Inspeção. Cada área

terá sua própria sequência numérica.

Exemplos:

ANS-2017001, ANS-2017002, ANS-2017003, MET-2017001, MET-2017002, CNS-2017001,

CNS-2017002, CNS-2017003, CNS-2017004, etc.

PERGUNTAS DO PROTOCOLO (Versão): Transcrição dos números que identificam as

perguntas do protocolo que geraram a não conformidade, na seguinte ordem sequencial: pela

abreviatura da área de avaliação, número da questão do protocolo, versão do Protocolo que foi

aplicado e data de publicação do Protocolo. Toda não conformidade deve estar associada a

somente uma pergunta do protocolo e uma pergunta não-satisfatória não poderá constar em

mais de uma Ficha de Não conformidade.

Exemplos: ANS 1.001 versão 4 de 25/02/17, CNS 3.121 versão 4 de 25/02/17, MET 7.033

versão 4 de 25/02/17, etc.

IMPACTO NA SEGURANÇA OPERACIONAL (IS): Indicação do valor do IS, entre 1 e

5, identificado após a aplicação dos procedimentos descritos no Capítulo 11, do MCA 121-2.

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE: Texto explicativo gerado pelo INSPCEA que

contemple o(s) aspecto(s) abordado(s) pela(s) correspondente(s) pergunta(s) não-

satisfatória(s) do protocolo. A redação deve ser clara e concisa, sendo conveniente que seja

incialmente explanado o aspecto positivo encontrado, quando existir, seguindo-se a ressalva

que se constitui na não conformidade.

Exemplo:

Embora a Organização possua um Plano de Manutenção Preventivo, o GNA-ABC não

realiza a manutenção periódica dos equipamentos NAV/COM sob a sua responsabilidade.

RECOMENDAÇÃO DO INSPETOR: Texto que oriente a ação da organização

inspecionada no sentido de eliminar a não conformidade relatada. Deve-se descrever “o que”

deverá ser feito. A identificação de “como” será feito é responsabilidade da organização

inspecionada. Deve ser informado o prazo máximo para a correção e a necessidade de

aplicação de medida mitigadora, conforme descrito na Tabela 4 do MCA 121-2.

Exemplo:

O GNA-ABC deverá realizar a manutenção periódica dos equipamentos NAV/COM sob a sua

responsabilidade.

Prazo máximo para a correção: 6 meses;

Prazo máximo para implementação de medida mitigadora: 10 dias.

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Anexo D - Modelo de Relatório de Inspeção

COMANDO DA AERONÁUTICA

ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO

AÉREO

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

Nº / ASOCEA / <Ano da Inspeção>

ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA PERÍODO

<Nome Fantasia>

EQUIPE DE INSPEÇÃO

<Nome do Inspetor> – Chefe de Equipe

<Nome do Inspetor> – <Área de atuação>

<Nome do Inspetor> – <Área de atuação>

<Nome do Inspetor> – <Área de atuação>

<Nome do Inspetor> – <Área de atuação>

Serviços Inspecionados Qtd Perguntas do

Protocolo Aplicáveis

Qtd Respostas não

Satisfatórias

AIS Informação Aeronáutica

ATS Tráfego Aéreo

CNS Comunicação, Navegação e Vigilância

CTG Cartografia

ENS Ensino

EPTA-B

Estação Provedora de Svç de Telecom. e ATS Classe B

JSAU Juntas de Saúde

MET Meteorologia Aeronáutica

PANS-OPS Procedimentos de Navegação Aérea

SAR Busca e Salvamento

SGSO Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional

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ICA 121-10/2017 45/52

Continuação do Anexo D - Modelo de Relatório de Inspeção

DADOS DA ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA <Razão Social>

ENDEREÇO

RESPONSÁVEL

TEL. FUNCIONAL FAX E-MAIL

I – FINALIDADE

II – DESENVOLVIMENTO DA INSPEÇÃO

III – FICHAS DE NÃO CONFORMIDADE

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Continuação do Anexo D - Modelo de Relatório de Inspeção

IV – COMENTÁRIOS FINAIS

Aprovo:

_______________________________

______

_______________________________

______ <Nome do Inspetor> - INSPCEA Nº _____ Brig Ar XXXXXXXXXXXXXXXX

CHEFE DA EQUIPE DE INSPEÇÃO CHEFE DA ASOCEA

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Anexo E - Modelo de Ficha de Ação Corretiva

FICHA DE AÇÃO CORRETIVA

MEDIDA MITIGADORA ADOTADA

SETOR INSPECIONADO

DATA

TRANSCRIÇÃO DA RECOMENDAÇÃO

AÇÃO CORRETIVA DO(A) _______________________________________________

PERGUNTAS DO PROTOCOLO (VERSÃO)

IMPACTO NA

SEGURANÇA – IS

NÃO CONFORMIDADE

NÚMERO

1 2 3 4 5

______________________________________________________________________

<NOME DO RESPONSÁVEL DA ORGANIZAÇÃO>

<assinatura>

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Continuação do Anexo E - Modelo de Ficha de Ação Corretiva

Instruções para preenchimento da Ficha de Ação Corretiva

SETOR INSPECIONADO - Nome ou sigla do setor avaliado da organização inspecionada.

Exemplos: Seção MET do GNA-ABC, MET/GNA-ABC, etc.

DATA - Data (dd/mm/aa) da formalização da Ficha de Ação Corretiva.

NÃO CONFORMIDADE NÚMERO - Extrair o número da correspondente Ficha de Não

conformidade.

Exemplos: ANS-2017001, ANS-2017002, ANS-2017003, MET-2017001, MET-2017002, CNS-2017001, CNS-2017002,

CNS-2017003, CNS-2017004, etc.

PERGUNTAS DO PROTOCOLO - Transcrever as perguntas do protocolo lançadas pelo

INSPCEA na correspondente Ficha de Não conformidade.

Exemplos: AIS 1.001, CNS 3.121, MET 7.033, etc.

IMPACTO NA SEGURANÇA - IS - Indicação do valor do IS, entre 1 e 5, identificado após

a aplicação dos procedimentos descritos no Manual do Inspetor. Transcrever o IS atribuído

pelo INSPCEA na correspondente Ficha de Não conformidade.

TRANSCRIÇÃO DA RECOMENDAÇÃO - Transcrever a Recomendação lançada pelo

INSPCEA na correspondente Ficha de Não conformidade.

Exemplo: O GNA-ABC deverá realizar a manutenção periódica dos equipamentos NAV/COM sob a sua responsabilidade.

Prazo máximo para a correção: 4 meses;

Prazo máximo para implementação de medida mitigadora: 48 horas.

AÇÃO CORRETIVA DO(A) - Descrição das ações que empreenderá a organização

inspecionada para eliminar a não conformidade. Exemplo:

Implantação de um Plano de Manutenção dos Equipamentos NAV/COM e contratação de empresa

especializada para sua execução, conforme detalhamento a seguir:

Detalhamento da Ação Implementação

Início Fim

Elaboração do Plano de Manutenção dos Equipamentos

NAV/COM 05/03/2008 31/03/2008

Contratação de Empresa Especializada para a execução do

Plano de Manutenção 01/04/2008 15/05/2008

Inclusão no procedimento de programação financeira da

Empresa de provisão para a renovação anual do contrato de

manutenção dos equipamentos NAV/COM

16/05/2008 20/05/2008

Atividade da Empresa contratada para a manutenção dos

equipamentos NAV/COM 20/05/2008 19/05/2009

MEDIDA MITIGADORA ADOTADA Contratado, em caráter emergencial, a Empresa MNTNAVCOM Ltda para realizar um diagnóstico dos

equipamentos sob a responsabilidade do GNA ABC e executar ações corretivas das discrepâncias

identificadas.

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Anexo F - Modelo de Habilitação do INSPCEA

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Anexo G - Modelo de Carteira Funcional do INSPCEA

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ICA 121-10/2017 51/52

Anexo H - Modelo de Notificação de Infração

NOTIFICAÇÃO No /ASOCEA/<ANO> Rio de Janeiro, <dia> de <mês> de <ano>.

Ao Responsável pela __________________________________________

DADOS DO PROVEDOR DE SERVIÇOS NOTIFICADO

Endereço:

Município: UF:

Telefones:

Data da Observação:

RELATO DA POSSÍVEL INFRAÇÃO

Dispositivos infringidos:

Encaminho para as providências de Vossa Senhoria, alertando quanto à

necessidade de serem prestados os esclarecimentos devidos e solicitando, após o

preenchimento do quadro abaixo e sua assinatura, a remessa de cópia desta Notificação para o

Fax ________ ou para o e-mail ____@______.gov.br.

____________________________________________________

Brig Ar XXXXXXXXXXXXX

Chefe da ASOCEA

DADOS DO RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO PROVEDORA DE SERVIÇOS

Nome:

Identidade: CPF:

Telefones de contato:

E-mails: Estou ciente de que, tendo em vista o disposto no item 7.4 da ICA 121-10, esta Organização deverá, em um

prazo máximo de 15 dias corridos a contar da data do recebimento desta Notificação, encaminhar suas justificativas à

ASOCEA sobre o relato acima (Av. Marechal Câmara 233, 12º andar, Rio de Janeiro/RJ – CEP 20.020-080). Tenho

conhecimento de que a ausência de manifestação desta organização provedora de serviços, dentro do prazo estabelecido,

implicará no reconhecimento dos termos desta Notificação e ensejará a aplicação das sanções que o DECEA julgar

pertinentes.

_____ / ______/ _____ Data de recebimento

_______________________________________________________ Assinatura

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ÍNDICE

Elementos Críticos, 1.1.3, 1.3.2, 1.3.12, 1.3.33

Ficha,

de Ação Corretiva, 4.10.2, Anexo E

de Não conformidade, 4.8, Anexo C

Impacto na Segurança Operacional, 3.6.5

Inspeções,

Programadas, 4.1.3

Regulares, 4.1.5

Específicas, 4.1.6

Sistêmicas, 4.1.7

Plano,

Anual de Inspeções, 4.5.3

de Ações Corretivas, 4.10

Princípio,

da legalidade, 2.1.1

da impessoalidade, 2.1.2

da moralidade, 2.1.3

da publicidade, 2.1.4

da eficiência, 2.1.5

da oportunidade, 2.2.1

da razoabilidade, 2.2.2

Protocolo(s),

de Inspeção, 4.7

Relatório de Inspeção, 4.9