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MINICURSO SOCIOLOGIA DO CONFLITO E VIOLÊNCIA Luiz Fábio S. Paiva Doutorado em Sociologia Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência Ementa: Estudo da temática do conflito e da violência nas sociedades contemporâneas. Discussão de eixos teóricos, categorias sociais e perspectivas metodológicas a respeito da temática da conflitualidade e violência. Justificativa: A compreensão dos conflitos sociais e das plurais formas de violências é uma importante tarefa dos cientistas sociais contemporâneos. Ao trabalharem com fenômenos sociais em movimento e transformação, os pesquisadores do mundo social são desafiados a oferecem explicações a respeito de como as conflitualidades e as violências afetam o mundo social e as possibilidades de integração, reprodução e mudança das mais diversas formas de experiências coletivas. Descrição do Conteúdo: Unidades e Assuntos das Aulas Teóricas Dia e hora aula Perspectivas clássicas: Lutas de classes e dominação em Marx e Weber Conflito em Georg Simmel 4h 01.08 A violência como problema político: Violência em Walter Benjamin, Frantz Fanon e Hannah Arendt Processo civilizador em Norbert Elias e Biopolítica em Foucault 4h 01.08 Pesquisando Temas perigosos: Pesquisas qualitativas sobre conflito e violência Campo: negociações e dificuldades O pesquisador em territórios marcados pela violência 4h 02.08

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MINICURSO SOCIOLOGIA DO CONFLITO E VIOLÊNCIA

Luiz Fábio S. Paiva Doutorado em Sociologia Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência Ementa: Estudo da temática do conflito e da violência nas sociedades contemporâneas. Discussão de eixos teóricos, categorias sociais e perspectivas metodológicas a respeito da temática da conflitualidade e violência.

Justificativa: A compreensão dos conflitos sociais e das plurais formas de violências é uma importante tarefa dos cientistas sociais contemporâneos. Ao trabalharem com fenômenos sociais em movimento e transformação, os pesquisadores do mundo social são desafiados a oferecem explicações a respeito de como as conflitualidades e as violências afetam o mundo social e as possibilidades de integração, reprodução e mudança das mais diversas formas de experiências coletivas. Descrição do Conteúdo:

Unidades e Assuntos das Aulas Teóricas Dia e hora aula

Perspectivas clássicas:

Lutas de classes e dominação em Marx e Weber

Conflito em Georg Simmel

4h 01.08

A violência como problema político:

Violência em Walter Benjamin, Frantz Fanon e Hannah Arendt

Processo civilizador em Norbert Elias e Biopolítica em Foucault

4h 01.08

Pesquisando Temas perigosos:

Pesquisas qualitativas sobre conflito e violência

Campo: negociações e dificuldades

O pesquisador em territórios marcados pela violência

4h 02.08

Bibliografia Básica: ADORNO, Sérgio et al. Exclusão socioeconômica e violência urbana. Sociologias, v. 4, n. 8, p. 84-135, 2002. ARENDT, Hannah. Sobre a violência. Rio de Janeiro: civilização Brasileira, 2009. BARREIRA, César. Crimes por encomenda: violência e pistolagem no cenário brasileiro. Relume-Dumará, 1998. BENJAMIN, Walter. Escritos sobre mito e linguagem. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2011. BOURDIEU, Pierre. Meditações pascalianas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. CALDEIRA, Teresa Pires do R. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34, 2000. CANDIDO, Antônio. Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. São Paulo: Duas Cidades, V. 34, 2001. CARVALHO FRANCO, Maria Silvia. Homens livres na ordem escravocrata. São Paulo: Unesp, 1997. CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2013. COLLINS, Randall. Quatro tradições sociológicas. Petróplis: Vozes, 2009. COSTA PINTO, L de A. Lutas de famílias no Brasil. São Paulo: Cia Ed. Nacional, 1949. DAS, Veena. Fronteiras, violência e o trabalho do tempo: alguns temas wittgensteinianos. Revista brasileira de ciências sociais, v. 14, n. 40, p. 31-42, 1999. ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador 2: formação do Estado e civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: UFJF, 2005. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2015. FREITAS, Geovani Jacó. Ecos da violência: narrativas e relações de poder no nordeste canavieiro. Rio de Janeiro: Relume Dumará; Núcleo de Antropologia da Política/UFRJ, 2003. HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática dos conflitos sociais, 2.ed. São Paulo: Ed. 34, 2009. HOLSTON, James. Cidadania insurgente. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2013. MISSE, Michel. Sobre a construção social do crime no Brasil. Acusados e acusadores: estudos sobre ofensas, acusações e incriminações. Rio de Janeiro: Revan, 2008. PAIVA, Luiz Fábio S. Contingências da violência em um território estigmatizado. Campinas: Editora Pontes, 2014. PERALVA, Angelina. Democracia e violência: o paradoxo brasileiro. São Paulo: Paz e Terra, 2002. PIRES, Álvaro. A racionalidade penal moderna, o público e os direitos humanos. Novos Estudos Cebrap, v. 68, n. 3, p. 39-60, 2004.

RIFIOTIS, Theophilos. Alice do outro lado do espelho: revisitando as matrizes das violências e dos conflitos sociais. Revista de Ciências Sociais, v. 37, n. 2, 2006. SIMMEL, Georg. Coleção Grandes Cientistas Sociais: Sociologia. FILHO, E. M. et. al. (org.). São Paulo: Ática, 1983.

Bibliografia Complementar: ALMEIDA, Rosemary de Oliveira. Mulheres que matam: universo imaginário do crime no feminino. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. ASSIS, Gláucia de Oliveira. A fronteira México-Estados Unidos: entre o sonho e o pesadelo-as experiências de e/imigrantes em viagens não-autorizadas no mundo global. Cadernos Pagu, n. 31, p. 219-250, 2008. BARREIRA, César. Trilhas e atalhos do poder: conflitos sociais no sertão. Rio de Janeiro: Rio Fundo Editora, 1992. BRASIL, Glaucíria Mota. Formação e inteligência policial: desafios à política pública de segurança. O Público e o Privado, n. 4, 2012. BOZARSIAN, Hamit. Radicalismos, violências e integração política na Turquia. Tempo Social. Revista de Sociologia da USP, p. 67-80, 2001. BOURDIEU, Pierre. Sobre o Estado. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. CALDWELL, Kia Lilly. Fronteiras da diferença: raça e mulher no Brasil. Estudos feministas, v. 8, n. 2, p. 91, 2000. CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Estudos avançados, v. 17, n. 49, p. 117-133, 2003. CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado: pesquisas de Antropologia política. São Paulo: Cosac Naify, 2003. DAS, Veena; POOLE, Deborah. El estado y sus márgenes: etnografias comparadas. Cuadernos de antropología social, n. 27, p. 19-52, 2008. DIAS, Camila Caldeira Nunes. Da pulverização ao monopólio da violência: expansão e consolidação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema carcerário paulista. 2011. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. ELIAS, Norbert. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000. FELTRAN, Gabriel de S. Margens da política, fronteiras da violência: uma ação coletiva das periferias de São Paulo. Lua Nova, v. 79, p. 201-233, 2010. FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 1985. _________. Resumo dos Cursos do Collège de France (1970-1982). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça na era pós-socialista. Democracia hoje: novos desafios para a teoria democrática contemporânea. Brasília: Editora Universidade de Brasília, p. 245-282, 2001. GARLAND, David. A cultura do controle: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Revan, 2008.

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada, 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. GUSMÃO, NM M. Os filhos da África em Portugal: Antropologia, multiculturalidade e educação. In: A questão social no novo milénio. 2004. p. 206. MACHADO, Eduardo Paes; NORONHA, Ceci Vilar. A polícia dos pobres: violência policial em classes populares urbanas. Sociologias, v. 4, n. 7, p. 188-221, 2002. MARX, Karl. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo Editorial, 1968. MÉNDEZ, Juan E.; O'DONNELL, Guillermo A.; PINHEIRO, Paulo Sérgio de Moraes Sarmento. Democracia, violência e injustiça: o não-estado de direito na América Latina. Paz e Terra, 2000. MELLO, Luiz; BRITO, Walderes; MAROJA, Daniela. Políticas públicas para a população LGBT no Brasil: notas sobre alcances e possibilidades. Cadernos pagu, v. 39, p. 403-429, 2012. RUDZIT, Gunther. O debate teórico em segurança internacional: mudanças frente ao terrorismo? Civitas-Revista de Ciências Sociais, v. 5, n. 2, 2006. SAID, Edward. A questão da Palestina. São Paulo: Editora UNESP, 2012. SOUZA, Jessé. Uma teoria crítica do reconhecimento. Lua nova, v. 50, p. 133-158, 2000. TAVARES DOS SANTOS, José Vicente. Conflitos sociais agrários: formação e lutas dos camponeses meridionais. Cadernos de Sociologia, n. 6, p. 135-153, 1994. TOURAINE, Alain. Os novos conflitos sociais para evitar mal-entendidos. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n. 17, p. 05-18, 1989. WACQUANT, Loic. Os condenados da cidade: estudos sobre marginalidade avançada. Rio de Janeiro: Revan, 2005. WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. v. 1. Brasília: UnB, 1999. ZALUAR, Alba. Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2004. ZALUAR, Alba. A máquina e a revolta: as organizações populares e o significado da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 2000.