mini curriculum - legale.com.br · enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes...

32
_______________________________________________________________________________________ Mini curriculum Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor Universitário, de Pós Graduação e de Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil. Contatos: E‐mail: [email protected] Facebook: b.com/custodio.nogueira Site: custodionogueira.com.br 2ª Fase OAB - 100% GRATUITO digite no you tube: custodio nogueira 2ª fase grátis 11/11/2017 – SÁBADO Entrevista com o Reclamante - Negociação Extrajudicial – Homologação de Acordo Extrajudicial 18/11/2017 – SÁBADO Técnicas e Estratégias na Confecção da Petição Inicial RECLAMAÇÃO TRABALHISTA REFORMA TRABALHISTA: COMO É: Art. 840 CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior. COMO FICARÁ: Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, QUE DEVERÁ SER CERTO, DETERMINADO E COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. § 3º OS PEDIDOS QUE NÃO ATENDAM AO DISPOSTO NO § 1º DESTE ARTIGO SERÃO JULGADOS EXTINTOS SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

Upload: buimien

Post on 27-Jan-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

_______________________________________________________________________________________

Mini curriculum

Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor Universitário, de Pós Graduação e de Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil.

Contatos: E‐mail: [email protected] Facebook: b.com/custodio.nogueira Site: custodionogueira.com.br 2ª Fase OAB - 100% GRATUITO digite no you tube: custodio nogueira 2ª fase grátis

11/11/2017 – SÁBADO

Entrevista com o Reclamante - Negociação Extrajudicial – Homologação de Acordo Extrajudicial

18/11/2017 – SÁBADO

Técnicas e Estratégias na Confecção da Petição Inicial

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA REFORMA TRABALHISTA: COMO É:

Art. 840 CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.

COMO FICARÁ:

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, QUE DEVERÁ SER CERTO, DETERMINADO E COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. § 3º OS PEDIDOS QUE NÃO ATENDAM AO DISPOSTO NO § 1º DESTE ARTIGO SERÃO JULGADOS EXTINTOS SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

Aumentarão as demandas do sumaríssimo em flagrante prejuízo as partes que terá as hipóteses de interposição de Recurso de Revista limitadas:

Art. 896, § 9º da CLT - Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.

Não pode simplesmente atribuir um valor a dano moral para alcançar 40 salários mínimos, por conta da sucumbência.

Possibilidade de Conversão de Ritos:

Jurisprudência do TST.

RECURSO DE REVISTA. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. NULIDADE. CONVERSÃO DE RITO SUMARÍSSIMO EM ORDINÁRIO. I. Esta Corte Superior já se manifestou no sentido de que o não atendimento dos requisitos previstos no art. 852-B, I, da CLT não importa necessariamente o arquivamento do feito, podendo o julgador, por questão de economia e celeridade processual e desde que não haja prejuízo às partes, determinar a conversão do rito sumaríssimo em ordinário. Tal entendimento advém da interpretação do art. 794 da CLT, segundo o qual "nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes". Precedentes. II. No presente caso, não consta das razões de recurso de revista a alegação de que houve prejuízo que possa ter sido causado pela conversão do rito sumaríssimo em ordinário. A Reclamada insiste no arquivamento do feito, entretanto não aponta nenhum prejuízo que pudesse justificar a declaração de nulidade da conversão do rito. III. Recurso de revista de que se conhece, por divergência jurisprudencial, e a que se nega provimento. Tribunal Superior do Trabalho TST - RECURSO DE REVISTA: RR 15002420105210008 - Inteiro Teor

ESTUDO INDIVIDUAL DOS REQUISITOS DA PEÇA INICIAL 1.º Endereçamento; 2.º Qualificação; 3.º Questões Processuais; 4.º Fatos; 5.º Pedido; 6.º Provas, e 7.º Valor da Causa. 1º ENDEREÇAMENTO: Regras de COMPETÊNCIA em razão da Matéria e do Local. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho (compentência em razão da matéria) da ___ª Vara do Trabalho de ________. (competência em razão do local) NOVIDADE - REFORMA TRABALHISTA:

Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento:

IV – “f” - decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho.

2º - QUALIFICAÇÃO: 3º QUESTÕES PROCESSUAIS: ATENÇÃO melhor não utilizar o título “Preliminar” na inicial, deixar implícito (Duplo Arquivamento, Distribuição por Dependência, Justiça Gratuita, CCP, CCT, Responsabilidade Civil das Reclamadas...).

FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITO NA VIA EXTRAJUDICIAL! NOVIDADE NA CLT – AUTOCOMPOSIÇÃO DAS PARTES

REFORMA TRABALHISTA

ARBITRAGEM NO DISSÍDIO INDIVIDUAL

Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja REMUNERAÇÃO seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, PODERÁ ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996

R$ 5.531,31 x 2 = R$ 11.062,62 QUITAÇÃO ANUAL DO CONTRATO DE TRABALHO

Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridasmensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas.

EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO VIA ACORDO

Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: I - por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (20%)

II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. (saldo salário, férias, 13º) § 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. § 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.

PDV – PDI – DISPENSA INDIVIDUAL, PLURIMA OU COLETIVA

Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.

Orientação Anamatra.

EFEITOS DE PAGAMENTOS EFETUADOS FORA DA ESFERA JUDICIAL. INDECLINABILIDADE DE JURISDIÇÃO. ART. 5º, XXXV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARBITRAGEM INDIVIDUAL. QUITAÇÃO PERIÓDICA, DISTRATO. PROGRAMA DE DEMISSÃO INCENTIVADA. ARTS. DA CLT 507-A, 507-B, 484-A E 477-B. EFEITOS LIMITADOS AOS VALORES PAGOS. AUSÊNCIA DE QUITAÇÃO GERAL. QUITAÇÃO LIMITADA A VALORES. DIREITO DE ACIONAMENTO DO JUDICIÁRIO TRABALHISTA PARA RESGUARDO DE LESÕES. Os pagamentos efetuados por conta de termo de compromisso arbitral, quitação anual de obrigações trabalhistas, extinção do contrato por mútuo acordo e plano de demissão voluntária ou incentivada podem produzir eficácia liberatória limitada aos valores efetivamente adimplidos. Em aplicação à garantia constitucional de acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV), mantém-se pleno direito de acesso ao Judiciário para solucionar situações conflituosas, inclusive para satisfação de diferenças sobre rubricas parcialmente pagas.

CAPÍTULO III-A DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início porpetição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. § 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum. § 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de suacategoria. Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6ºdo art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8ºart. 477 desta Consolidação. Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juizanalisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirásentença. Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazoprescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo.

Orientação Anamatra: Cabe Recurso da Decisão que NÃO Homologar?

Ação de homologação de acordo extrajudicial. Impossibilidade de recurso por inadequação da decisão que não homologar o acordo. Competência para homologação de acordo extrajudicial de caráter absoluto e natureza funcional da Vara do Trabalho. No caso de recurso da decisão que não homologar o acordo extrajudicial, o Tribunal não poderá retornar o processo para que o Juiz de primeiro grau homologue em razão do juízo de equidade permitido pela norma. Não há direito certo das partes quanto à homologação de acordo, cabendo-lhes tão-somente apresentar a ação trabalhista correspondente para discutir o objeto da petição do acordo de homologação extrajudicial não homologado.

Súmula nº 418 do TST MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.

Competência.

A competência territorial do processo de jurisdição voluntária para homologação de acordo extrajudicial segue a sistemática do art. 651 da CLT. Aplica-se analogicamente o art. 63, § 3º do CPC, permitindo que o juiz repute ineficaz de ofício a eleição de foro diferente do estabelecido no art. 651 da CLT, remetendo os autos para o juízo competente territorialmente, observando as regras do artigo celetista.

NOVIDADE CLT – CCT e ACT PREVALÊNCIA SOBRE A LEI

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

Orientação Anamatra:

CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. ADEQUAÇÃO DA AUTONOMIA DA VONTADE DIANTE DE DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS. ANÁLISE DA LEGALIDADE. VERIFICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL PELA AUDITORIA FISCAL DO TRABALHO. I- Normas autônomas devem integrar a legislação trabalhista a partir do princípio norteador da norma mais favorável. A autonomia da vontade coletiva, enunciada no art. 8º, paragrafo 3º da Lei nº 13.467/17, não pode se sobrepor a direitos fundamentais nem a preceitos constitucionais, tais como a valorização do trabalho, o respeito à dignidade humana e à saúde e segurança dos trabalhadores. II- Prevalece em todo caso em relação à matéria negociada, os princípios da proteção, da norma mais favorável e da inafastabilidade da tutela jurisdicional. III- A Auditoria Fiscal do Trabalho possui o dever de exigir o cumprimento das normas laborais mais favoráveis ao trabalhador, sejam elas constitucionais, infraconstitucionais ou negociadas, o que inclui a possibilidade de verificação da

aplicabilidade ou não de convenções e acordos coletivos de trabalho sob aquela sistemática.

Continua art. 611-A da CLT:

I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II – banco de horas anual; III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;

A Reforma Trabalhista NÃO alterou a CLT:

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

O que sofreu alteração foi a Indenização pela NÃO Fruição:

Art. 71 § 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Orientação Anamatra:

Direitos trabalhistas garantidos por normas de ordem pública, relativos a medidas de higiene, saúde e segurança do trabalho, são infensos à redução ou supressão mediante negociação coletiva, consoante a interpretação conjunta dos incisos XXII e XXVI do art. 7º da Constituição. É, portanto, inconstitucional a previsão do art. 611-A, III e XII, da CLT (com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017).

Continua art. 611-A da CLT: IV – adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189, de 19 de novembro de 2015; V – plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI – regulamento empresarial; VII – representante dos trabalhadores no local de trabalho; VIII – teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX – remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; X – modalidade de registro de jornada de trabalho; XI – troca do dia de feriado; XII – enquadramento do grau de insalubridade;

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 808

XII – enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença previa das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;

Orientação Anamatra:

Direitos trabalhistas garantidos por normas de ordem pública, relativos a medidas de higiene, saúde e segurança do trabalho, são infensos à redução ou supressão mediante negociação coletiva, consoante a interpretação conjunta dos incisos XXII e XXVI do art. 7º da Constituição. É, portanto, inconstitucional a previsão do art. 611-A, III e XII, da CLT (com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017).

Continua art. 611-A da CLT: XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; XIV – prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV – participação nos lucros ou resultados da empresa.

COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA – CCP - CONCILIAÇÃO

TÍTULO VI-A DA COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Art. 625-B § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de ConciliaçãoPrévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometeremfalta grave, nostermos da lei. Art. 625-E Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, nalocalidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria.

REFORMA TRABALHISTA – JUSTIÇA GRATUITA!!!!!

REDAÇÃO ANTERIOR:

Art. 790, § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, OU declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.

R$ 937,00 x 2 = R$ 1.874,00

NOVA REDAÇÃO Art. 790, § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

40% do teto do INSS = R$ 2.212,52

§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.

GRATUIDADE DA JUSTIÇA = JUSTIÇA GRATUITA

JUSTIÇA GRATUITA ≠ ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, instituição que dá às pessoas pobres os meios de pleitear em juízo.

Art. 5º, LXXIV, CF - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

JUSTIÇA GRATUITA, prevista no art. 98 e 99 do CPC, refere-se à isenção do recolhimento de custas e despesas processuais. Podemos entender que a Assistência Jurídica prevista na CF é gênero que engloba a espécie Justiça Gratuita. Segundo a PGR, é possível entender que, aquele que receba até 40% teto (INSS) tem garantido a JG por simples pedido e quem receba + 40% teto (INSS = R$ 2.212,52) deverá comprovar. As fLs. 42 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

REFORMA TRABALHISTA Da Exigência de Comprovação do Estado de Pobreza àqueles que percebam SALÁRIO

superior a 40% do teto dos benefícios do INSS NOVA REDAÇÃO

Art. 790, § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.

O CPC NÃO EXIGE A COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE POBREZA!

Art. 99 – CPC - O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. § 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.

Art. 790, § 4º da CLT X

Art. 99, § 3º do CPC TESE PRINCIPAL, Controle de Constitucionalidade na Via Difusa: Qual é a Norma mais Favorável ao empregado? Art 99, §3º do CPC.

Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material.

Controle de Constitucionalidade na Via Difusa

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

TESE SUBSIDIÁRIA, requerer a aplicação do art. 99, § 2º do CPC, pois a CLT é omissa quanto a possibilidade da parte apresentar mais documentos para comprovar o pedido.

QUANTO AO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE JG, O CPC PREVÊ

Art. 99 – CPC - O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

A CLT é omissa, na omissão da CLT:

Art. 769 CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Art. 15 CPC - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.

E os processos que estão em andamento? …

REFORMA TRABALHISTA – SUCUMBÊNCIA NA PERÍCIA

REDAÇÃO REVOGADA:

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, SALVO se beneficiária de justiça gratuita.

NOVA REDAÇÃO:

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, AINDA que beneficiária da justiça gratuita.

Art. 98 CPC, § 3o - Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

Art. 790-B, § 4º - Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.

Súmula recente do TST:

Súmula nº 457 do TST HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA. A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.

Art. 2º da Resolução nº 66/2010 do CSJT - A responsabilidade da União pelo pagamento de honorários periciais, em caso de concessão do benefício da justiça gratuita, está condicionada ao atendimento simultâneo dos seguintes requisitos: I – fixação judicial de honorários periciais; II – sucumbência da parte na pretensão objeto da perícia; III – trânsito em julgado da decisão.

As fLs. 13 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

O §4º do art. 790-B da CLT - Desconsidera a condição de insuficiência de recursos que justificou o benefício. As fLs. 15 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

As fLs. 17 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

São estes os fundamentos constitucionais que a PGR utilizou na ADIN 5766 face a sucumbência quanto aos honorários periciais.

Art. 790-B, § 4º da CLT X

Art. 98, § 3º do CPC TESE PRINCIPAL, Controle de Constitucionalidade na Via Difusa: Qual é a Norma Mais Favorável ao empregado? Art. 98, §3º do CPC.

Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade

do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material.

Controle de Constitucionalidade na Via Difusa

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

TESE SUBSIDIÁRIA, requerer a aplicação do art. 98, § 1º, V e VI do CPC, pois a CLT é omissa quanto ao que compreende os benefícios da JG.

DA OMISSÃO DA CLT QUANTO AO QUE COMPREENDE A JG

Art. 98 - CPC - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

§ 1o A gratuidade da justiça compreende: V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;

Na omissão da CLT:

Art. 769 CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Art. 15 CPC - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e

subsidiariamente.

E os processos em andamento? …

Ainda Quanto aos Honorários Periciais:

Art. 790-B da CLT, § 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. § 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.

RESOLUÇÃO Nº 66/2010 do CSJT - Regulamenta, no âmbito da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, a responsabilidade pelo pagamento e antecipação de honorários do perito, do tradutor e do intérprete, no caso de concessão à parte do benefício de justiça gratuita. Art. 3º Em caso de concessão do benefício da justiça gratuita, o valor dos honorários periciais, observado o limite de R$ 1.000,00 (um mil reais), será fixado pelo juiz, atendidos:

Art. 790-B da CLT, § 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.

OJ 98 da SBDI-2 - MANDADO DE SEGURANÇA. CABÍVEL PARA ATACAR EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito.

REFORMA TRABALHISTA - HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIA NOVIDADE NA CLT

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Art. 791-A, § 4º, CLT - Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

Art. 98 CPC - § 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua

sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

As fLs. 19 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

O §4º do art. 791-A da CLT desconsidera a condição de insuficiência de recursos que justificou o benefício. As fLs. 15 e 17 da petição inicial da PGR na ADIN 5766, temos:

Art. 791-A, § 4º da CLT X

Art. 98, § 3º do CPC

TESE PRINCIPAL, Controle de Constitucionalidade na Via Difusa: Qual é a Norma Mais Favorável ao empregado? Art. 98, §3º do CPC.

Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito

O direito Material do Trabalho é marcado pela desigualdade entre as partes, daí o princípio protetivo na vertente NORMA MAIS FAVORÁVEL, servir para equilibrar a relação de Direito Material.

Controle de Constitucionalidade na Via Difusa

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Procedência Parcial do Pedido OU Procedência Parcial da Ação?

Art. 791-A, § 3º, CLT - Na hipótese de procedência parcial (do que?), o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.

Orientação Anamatra:

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PROCEDÊNCIA PARCIAL. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. SOMENTE OCORRE SUCUMBÊNCIA PELO RECLAMANTE QUANDO O PEDIDO POR ELE FORMULADO É REJEITADO. O ACOLHIMENTO DO PEDIDO, COM QUANTIFICAÇÃO INFERIOR AO POSTULADO NÃO CARACTERIZA SUCUMBÊNCIA PARCIAL, POIS A VERBA POSTULADA RESTOU ACOLHIDA. Assim, quando o legislador mencionou “sucumbência parcial”, referiu-se ao acolhimento de parte dos pedidos formulados na inicial, o que não se confunde com acolhimento de pedido, porém em quantificação inferior ao que se postulou.

TESE SUBSIDIÁRIA, requerer a aplicação do art. 98, § 1º, VI do CPC, pois a CLT é omissa quanto ao que compreende os benefícios da JG.

DA OMISSÃO DA CLT QUANTO AO QUE COMPREENDE A JG

Art. 98 - CPC - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

§ 1o A gratuidade da justiça compreende: VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;

Na omissão da CLT:

Art. 769 CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Art. 15 CPC - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.

E os Processos que estão em andamento? Orientação Anamatra:

HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. INAPLICABILIDADE AOS PROCESSOS EM CURSO. PRINCÍPIOS DA CAUSALIDADE, DA VEDAÇÃO DA DECISÃO SURPRESA E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Não se pode aplicar a teoria do isolamento dos atos processuais quanto à condenação em honorários de sucumbência no processo do trabalho, por conta da sucumbência recíproca e principalmente pela possibilidade de “compensação” do crédito do trabalhador. Deve ser aplicado o princípio da causalidade, segundo o qual quem deu causa ao processo deve arcar com os honorários de sucumbência. Contudo, o momento de a parte sopesar os riscos do processo é o do ajuizamento da ação. Observância, ainda, do princípio da vedação da decisão surpresa, da garantia inerente ao mínimo existencial e do princípio da dignidade humana. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL. GARANTIA DE NÃO SURPRESA. Em razão da natureza híbrida dos honorários advocatícios (material e processual), a condenação à verba sucumbencial só poderá ser imposta nos processos iniciados após a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, haja vista a garantia de não surpresa, corolário do princípio constitucional da segurança jurídica;

DO PEDIDO: Trata-se do objeto da Reclamação Trabalhista, sempre com base em cada fato relatado, formulando os pedidos de forma clara e separadamente. A decorrência lógica da narrativa fática deve desaguar no pedido.

NOVA REDAÇÃO DO § 1º DO ART. 840 DA CLT No Rito Ordinário, artigo 840, §1º da CLT indica que a inicial deve conter “o pedido”:

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.

No Rito Sumaríssimo, os pedidos também devem ser liquidados. Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo OU determinado e indicará o valor correspondente;

O que significa pedido CERTO, DETERMINADO e COM INDICAÇÃO DE SEU VALOR?

* CERTO – De forma expressa, com precisão, de conteúdo explícito. (bem da vida); * DETERMINADO (aspectos qualitativos e quantitativos). * INDICAÇÃO DO VALOR (R$ ....,..)

E o Pedido Genérico?

Da Inépcia da Inicial:

Art. 330 do CPC - A petição inicial será indeferida quando: § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: II - o pedido for indeterminado, RESSALVADAS AS HIPÓTESES legais em que se permite o pedido genérico;

Rito Ordinário Trabalhista: Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. Art. 789 da CLT - Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais.

Rito Sumaríssimo Trabalhista:

Épossível sentença ilíquida? O Presidente da República vetou e, o Congresso Nacional não o derrubou o veto:

Art. 852- I, § 2º da CLT - (VETADO)

não admite sentença condenatória por quantia ilíquida, o que poderá, na prática, atrasar a prolação das sentenças, já que se impõe ao juiz a obrigação de elaborar cálculos, o que nem sempre é simples de se realizar em audiência. Seria prudente vetar o dispositivo em relevo, já que a liquidação por simples cálculo se dará na fase de execução da sentença, que, aliás, poderá sofrer modificações na fase recursal.

Jurisprudência:

PROCESSO SUMARÍSSIMO – SENTENÇA ILÍQUIDA – ARGUIÇÃO DE NULIDADE DO JULGADO PELO RECLAMADO – NÃO CABIMENTO. A faculdade de proferir sentença líquida insere-se dentro do poder diretivo do Magistrado, segundo preconiza o artigo 765 do Texto Consolidado. Se não houve convencimento do mesmo quanto aos valores apontados pelo reclamante, perfeitamente possível o deferimento de verbas, diferindo a apuração do quantum debeatur para a fase de liquidação de sentença. Ressalte-se que o artigo 852, I da CLT, cujo texto continha a proibição suscitada pelo reclamado foi vetado e, ainda, eventual argüição de vício do julgado caberia somente ao autor e não ao réu, consoante entendimento jurisprudencial sumulado – Súmula 318, do C. STJ. Preliminar rejeitada. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região TRT-15 – Recurso Ordinário: RO 75488 SP 075488/2010

Do Pedido Genérico:

Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;

III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. § 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.

Não há como apurar a extensão do dano provocado, não há como prever todas as consequencias e prejuízos causados ao autor, torna-se impossível determinar o valor de algo que ainda não foi apurado. Trata-se de pedido que demanda produção de prova pericial, Acidente de Trabalho (Típico ou Atípico), Insalubridade e Periculosidade. Não há como calcular o dano material (pensionamento, dano emergente e lucro cessantes), mas DEVEMOS pedir. 1ª Jurisprudência TRT:

INÉPCIA DA INICIAL. INÉPCIA. PEDIDO GENÉRICO. INEXISTÊNCIA. ART. 286, II, DO CPC. Alega o Reclamado a inépcia da petição inicial quanto ao pedido ao pagamento de horas extras em feriados, afirmando que o obreiro, ao formulá-lo, não o demonstrou de forma plena, eis que não declinou em quais feriados teria trabalhado, sendo aleatório e impreciso. Requereu, portanto, a extinção do processo sem julgamento do mérito, no que se refere ao pedido de labor em feriados. SEM RAZÃO. Analisada a exordial, denota-se que o pedido formulado proporcionou perfeitamente ao Reclamado a apresentação de razões de defesa, vez que formulado conforme a regra geral contida no art. 840, § 1º da CLT, sendo incabível a declaração de inépcia da inicial à medida em que esta, devido à singeleza do processo trabalhista, só se verifica quando do fato narrado não se conclui pela existência de um direito a ele aplicável (item 6 - fl. 04). Com efeito, o pedido formulado na peça inicial é certo (precisando exatamente a verba postulada, ou seja, horas extras em virtude do labor sobrejornada em feriados), sendo óbvio que não poderia, entretanto, possuir determinação e liquidez absoluta, uma vez que a demonstração de labor em feriados seria objeto da instrução processual. Seria, de fato, impossível exigir-se a plena demonstração de diferenças a serem pagas a título de horas extras quando as provas, como os cartões de ponto, estavam em mãos do Reclamado, e as demais provas idôneas a corroborar as alegações da peça inicial, tais como os depoimentos testemunhais, só poderia ser produzidas na fase de instrução processual, e não de postulação. No mesmo sentido, a lição de Manoel Antônio Teixeira Filho, em sua obra "Petição inicial e resposta do Réu", São Paulo: LTr, 1996. p. 78, ao explicar que:

"A maior incidência de pedidos genéricos, nas iniciais trabalhistas, tem como fundamento o inciso II, do art. 286, do CPC, pois nem sempre é possível ao trabalhador determinar (= definir) a quantidade de horas extras prestadas, de adicional noturno, o montante das comissões retidas e o mais. Aqui, justamente por isso, o pedido é apresentado de maneira ilíquida".

Logo, foi devidamente proporcionado o contraditório ao Reclamado, e não restou configurada nenhuma das hipóteses previstas no art. 295, parágrafo único do CPC, utilizado subsidiariamente nesta Justiça Laboral, não havendo, assim, que se falar em declaração de inépcia da inicial. Assim sendo, mantém-se a r. sentença que rejeitou o pleito de declaração de inépcia da inicial. TRT-PR-18436-2002-007-09-00-0-ACO-05739-2005-publ-08-03-2005

2ª – Jurisprudência TRT:

O fato de o empregado, em sua exordial, postular o pagamento de horas extras, sem apontar o seu quantum, não configura pedido inepto, na medida em que o art. 286 do CPC, de aplicação subsidiária ao Processo do Trabalho, possibilita a formulação de pedido genérico, principalmente quando se torna impossível quantificá-lo. Admite-se o pedido genérico, segundo os termos do art. 286, II, do CPC, quando se sabe o an debeatur (o que é devido), mas não o quantum debeatur (o quanto é devido). No caso das horas extras, a causa de pedir é o trabalho extraordinário e o pedido será o pagamento das horas extras, as quais serão apuradas de acordo com as provas produzidas.

Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região TRT-5 – RECURSO ORDINARIO: RECORD 935004920095050032 BA 0093500-49.2009.5.05.0032 - Inteiro Teor

3ª - Jurisprudência do TST:

INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. DANOS EMERGENTES. COMPROVAÇÃO DE VALORES NA FASE DE LIQUIDAÇÃO. A ausência de especificação do pedido é excepcional no contexto da teoria geral do processo. Porém, ao contrário, é comum o pedido genérico em casos de despesas médicas decorrentes de acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais, em que não se vislumbra, desde o ajuizamento da ação, os valores efetivamente devidos em decorrência dos tratamentos médicos (art. 286, II, do CPC). Trata-se de típico caso em que é aplicável, posteriormente, aliquidação por artigos, devendo a parte comprovar os gastos médicos relativos ao tratamento após a condenação. Portanto, não há violação dos artigos apontados. Recurso de revista não conhecido. TST - RECURSO DE REVISTA RR 300004520085150006 (TST) Data de publicação: 02/10/2015

4ª - Jurisprudência do TST:

RECURSO DE REVISTA. 1. JULGAMENTO "EXTRA PETITA". ACIDENTE DO TRABALHO. DANO MATERIAL. PENSIONAMENTO MENSAL. DESPESAS MÉDICAS. Caso em que o Reclamante pretende a condenação da empresa ao pagamento de danos morais, materiais e estéticos, em razão do grave acidente que sofreu durante o exercício de suas funções, quando um artefato bélico (granada) explodiu em uma de suas mãos, causando-lhe danos expressivos e reduzindo sua capacidade laborativa. Consta do acórdão regional que:

"Inicialmente, entende este Relator (TRT), que cabe acolher a alegação das recorrentes quanto à caracterização da sentença como"extra petita"quanto à condenação ao pagamento de pensão mensal vitalícia e de indenização por danos materiais relativas às despesas médicas que vier a realizar e realizadas a partir da data do ajuizamento da ação. Na petição inicial o reclamante requer apenas:" E) Sejam as requeridas responsabilizadas civilmente, pelos danos causados ao requerente, com a conseqüente condenação em danos morais, materiais e estéticos ", fl. 20. Não requer pensionamento vitalício, o que também não se verifica ao longo da exposição nas fls. 02 a 19. Cabe salientar que não se pode presumir que a pretensão de pensionamento vitalício esteja inserida no pedido genérico de danos materiais. Destaca-se que não houve apresentação de defesa quanto ao particular. Da mesma forma, o reclamante não busca o ressarcimento de danos materiais correspondentes às despesas futuras, ou seja, gastos com consultas médicas, cirurgias, fisioterapias e medicamentos desde o ajuizamento da ação e que vier a necessitar. Limita-se a referir a existência de danos patrimoniais (necessidade da realização de cirurgia) durante a explanação relativa ao dano estético (fl. 08). No item referente aos danos sofridos, ao tratar dos danos materiais, narra fatos que podem ser entendidos como pretensão de indenização da perda de uma chance, nada referindo quanto às despesas médicas já pagas, quanto menos às despesas futuras.

Apesar disso, a Corte Regional (2x1) deferiu o pensionamento mensal vitalício e os danos materiais decorrentes do ressarcimento das despesas médicas futuras e daquelas realizadas a partir da data de ajuizamento da ação. De acordo com a legislação processual em vigor, cabe ao Autor deduzir, de forma certa e determinada, a natureza, o conteúdo e o alcance das pretensões que pretende sejam reparadas pelo Réu (CPC, art. 286 c/c o art. 840, § 1º, da CLT), as quais estão sujeitas a interpretação estrita (CPC, art. 293 c/c o art. 769 da CLT). No caso de reparações de ordem material decorrentes de acidente do trabalho, no entanto, quando não se mostra possível definir desde logo os efeitos patrimoniais que decorrem do dano experimentado, em razão da necessidade futura de aquisição de medicamentos ou de submissão a exames ou a procedimentos médicos ou fisioterápicos, a dedução de pedido genérico é possível (CPC, art. 286, II), garantindo-se, em qualquer caso, a comprovação futura das despesas e o regular exercício do direito de defesa por parte do Reclamado (CF, art. 5º, LV). Mesmo nessa hipótese, todavia, deve o Autor formular a pretensão de maneira expressa, assegurando à parte contrária o exercício do direito de defesa e permitindo ao magistrado a regular compreensão e instrução da causa. Por isso, deixando o Autor de informar, na causa de pedir, o conteúdo e o alcance das pretensões deduzidas a título de danos materiais ou circunscrevendo-os a eventos certos e específicos, não se mostra possível extrair consequências jurídico-patrimoniais outras, sem clara ofensa ao art. 460 do CPC. Ainda que os ideais da informalidade e simplicidade assumam especial relevo no âmbito do direito processual do trabalho, em face não apenas da possibilidade de exercício do "jus postulandi" (CLT, art. 791), mas também da própria natureza alimentar dos créditos debatidos (CF, art. 100, § 1º), a indicação objetiva dos pedidos pela parte autora configura providência indispensável, que não pode ser suprida pelo magistrado, inclusive com sérios riscos ao próprio postulado da isonomia (CPC, art. 125). Configurado o julgamento extra petita no tópico alusivo ao ressarcimento das despesas médicas, o recurso de revista merece ser conhecido por violação do aludido dispositivo legal e provido para adequação da condenação aos exatos limites do pedido inicial. Recurso de revista conhecido e provido. Tribunal Superior do Trabalho TST - RECURSO DE REVISTA: RR 1852004720065040030 - Inteiro Teor

TESE SUBSIDIÁRIA.

Súmula nº 263 do TST. PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015).

Jurisprudência:

RITO ORDINÁRIO. PEDIDOS ILÍQUIDOS. VALOR INFERIOR A 40 SALÁRIOS MÍNIMOS. A Lei 9.957/2000, ao estabelecer o limite de 40 salários mínimos para as lides submetidas ao rito sumaríssimo, com formulação de pedidos líquidos, não

excluiu do jurisdicionado a possibilidade de propor ação no rito ordinário com pedidos ilíquidos, ainda que não atinjam aquele limite de valor. Data vênia do entendimento esposado pelo Juízo a quo, não vislumbro a obrigatoriedade do rito sumaríssimo, por dois motivos. Inicialmente, registre-se que o procedimento sumaríssimo de rito especial, em que a lei limita a liberdade processual das partes, tem por objetivo a celeridade do processo. Penso que, embora a lei não faculte as partes a escolha do procedimento, não pode o julgador restringir a modalidade de tutela, ademais quando esta contém disposições diferenciadas que tornam mais estreitas as vias percorridas. Outrossim, no presente caso, o autor não trouxe aos autos os pedidos liquidados, um dos requisitos necessários para a adoção do rito sumaríssimo, conforme art. 852-B, I da CLT, in verbis:

Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;

O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho com o objetivo de tornar a entrega da prestação jurisdicional mais célere. Se o autor da ação deixa de se valer de tal benesse porque não formula pedidos líquidos, deve sua ação correr no rito ordinário. É que a Lei 9.957/2000, ao estabelecer o limite de 40 salários mínimos para as lides submetidas ao rito sumaríssimo, com formulação de pedidos líquidos, não excluiu do jurisdicionado a possibilidade de propor ação no rito ordinário com pedidos ilíquidos, ainda que não atinjam aquele limite de valor. Penso que arquivar a ação proposta em rito ordinário porque a liquidação dos pedidos resultaria em valor inferior a 40 salários mínimos seria apenar o jurisdicionado por ter deixado de se valer da celeridade processual que o rito sumaríssimo propõe ao processo. O contrário sim, resultaria em arquivamento, acaso optasse o reclamante pelo rito sumaríssimo na forma como formulou seus pedidos, sem liquidação. Não bastasse, o princípio da instrumentalidade das formas permite ao magistrado, como condutor do processo (art. 765 da CLT), a conversão do rito acaso entenda ou conclua pela inviabilidade legal da utilização do rito inadequado. Nestes termos, ao invés de arquivar o processo, caberia ao autor a concessão de prazo de 10 dias para emendar a inicial, nos termos da Súmula 263 do C. TST, liquidar os pedidos e converter o rito. Portanto, dou provimento ao apelo do reclamante para reformar a sentença, determinando o retorno dos autos à MMª. Vara de origem para regular processamento da ação, pelo rito ordinário, e julgamento conforme entender de direito. TRT-17 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO 00016425420155170011 (TRT-17) Data de publicação: 29/06/2016

Fundamento Legal para que a Reclamada traga aos autos a Documentação A CLT não regula o tema, sendo aplicável o CPC (art. 769 da CLT). Procedimento:

Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.

Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá: I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa; II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa; III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.

Válido inclusive, para a liquidação do pedido face a Reforma Trabalhista.

Princípio do Contraditório: Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação. Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.

Decisão do Juízo e seus Efeitos:

Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se: I - o requerido tiver obrigação legal de exibir; II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova; III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes. Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se: I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398; II - a recusa for havida por ilegítima. Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.

PROTESTO INTERRUPTIVO DA PRESCRIÇÃO:

OJ 392 SDBI-1 do TST - PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO DE PROTESTO JUDICIAL. MARCO INICIAL. O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da ação, por si só, interrompe o prazo prescricional, em razão da inaplicabilidade do § 2º do art. 240 do CPC de 2015 (§ 2º do art. 219 do CPC de 1973), incompatível com o disposto no art. 841 da CLT.

Jurisprudência:

RECURSO DE REVISTA. PRESCRIÇÃO. MARCO INICIAL. PROTESTO JUDICIAL INTERRUPTIVO. A jurisprudência deste Tribunal é firme no sentido de que o protesto judicial interrompe tanto a prescrição bienal quanto a quinquenal, sendo o marco inicial

para a contagem do quinquênio prescricional a data do ajuizamento do protesto judicial, e não a propositura da reclamação trabalhista, conforme disposto na Orientação Jurisprudencial nº 392 da SBDI-1 do TST. O protesto judicial interruptivo da prescrição, previsto no artigo 202, inciso II, do Código Civil (artigo 172, inciso II, do CC/1916), é aplicado subsidiariamente no processo do trabalho para interromper o prazo prescricional, posto que omissa a lei processual trabalhista neste sentido e compatível com as normas pertinentes. Assim, admite-se o direito processual comum como fonte subsidiária (artigo 769 da CLT). Na ação de protesto judicial, o requerente deve dizer claramente a finalidade interruptiva da prescrição em curso, isto é, deve declarar expressamente na ação de protesto judicial qual o alegado direito violado pelo empregador, decorrente de contrato de trabalho, conforme prevê o artigo 868 do Código de Processo Civil, quando diz que na petição dirigida ao Juiz o requerente "exporá os fatos e os fundamentos do protesto". Assim, correta a decisão de origem que pronunciou a prescrição das parcelas vencidas e exigíveis anteriores a 05-11-2002, uma vez que o protesto antipreclusivo foi ajuizado em 05-11-2007 (fl. 65). Tribunal Superior do Trabalho TST - RECURSO DE REVISTA: RR 10451420105040661

DOS FATOS: deverá expor os fatos (art. 840, § 1º da CLT), sintetizando os mesmos sempre dividindo por tópicos.

INICIAL TRABALHISTA - § 1º art. 840 CLT X

INICIAL CÍVEL art. 319 CPC Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.

BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS - art. 840, § 1º da CLT X

CAUSA DE PEDIR - art. 319 do CPC Art. 319. NCPC - A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

A exposição dos fatos DEVE ser simples e sintética, enquanto a causa de pedir é acoplada à formulação da pretensão, da exigência de algum direito e da motivação.

O adjetivo “breve” do § 1º do art. 840 da CLT, não foi lançado a esmo pelo legislador e objetiva realmente desonerar o empregado de maiores detalhamentos técnicos. Tanto que se admite o Pedido Implícito: 1ª – hipótese - Multa do artigo 467, CLT: Jurisprudência:

PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO. MULTA DO ART. 467 DA CLT. A possibilidade de aplicação do "Princípio da Extrapetição" encontra amparo no parágrafo 4º do artigo 461 do CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho nos termos do art. 769 da CLT. E, fato é que referido princípio autoriza o juiz a conferir, de oficio, pedidos não constituídos na inicial, mas que, pela autorização do legislador, podem ser exercidas dentro do seu poder dispositivo, sendo exemplos, a condenação em litigância de má-fé, a multa do artigo 467 da CLT, a correção monetária e os juros. TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO RO 00006904420135020373 SP 00006904420135020373 A28 (TRT-2) Data de publicação: 10/10/2014

Art. 537 nCPC - A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.

2ª hipótese - Pagamento da reintegração, quando esta se tornar inviável (art. 496, CLT; Súmula 396, II, TST);

Súmula nº 396 do TST. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT.

3ª hipótese - Juros legais e Correção monetária (Súmula 211, TST);

Súmula nº 211 do TST JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação.

DICA: Sessão da Tarde – Prof. Joseval e Custódio Nogueira. https://www.youtube.com/watch?v=SBR2BgfFDqw&t=120s

DA DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA

REFORMA TRABALHISTA - NOVO ART. 818 DA CLT

Art. 818. O ônus da prova incumbe:

I – ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II – ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

§ 3º A decisão referida no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

O processo do trabalho conta com amplo espaço para a adoção da tese da distribuição dinâmica do ônus da prova, especialmente pelo fato de que nas demandas judiciais é justamente o empregador, e não o empregado, que se encontra em melhor condição de produzir a prova.

Na peça inicial:

Na peça inicial, deverá protestar pelas provas que pretende produzir (art. 845 e 787 da CLT c/c 319, VI e 330 do NCPC). Súmula 74, I do c. TST MODELO - Tese Inicial:

DAS PROVAS Requer seja a Reclamada compelida a juntar toda a documentação pertinente ao Reclamante, sendo:

Holerites;

Fichas de entrega de EPIs com as especificações dos equipamentos, datas de trocas, higienização e devoluções, do certificado de aprovação dos equipamentos entregues, com a data de expedição e validade, bem como do comprovante de treinamento da Reclamante, com oposição de assinatura da obreira, sempre dentro do prazo de validade indicado pelo fornecedor do equipamento, juntando aos autos 01 (uma) amostra do EPI que fornecia, o que desde já se requer.

o PPP (Perfil Profissional Profissiográfico),

o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais),

o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional),

o LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho) e ainda,

o laudo de que trata o artigo 160 da CLT. Deverá ainda a Reclamada demonstrar que cumpriu integralmente as obrigações do artigo 157 da CLT, notadamente pela juntada das ordens de serviços para comprovar ter oferecido orientação ao Reclamante sobre o fiel cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho, sem prejuízo de outros que se fizerem

necessários ao deslinde da causa. Referido pedido é para que este d. Juízo determine que a Reclamada junte a lista de documentos acima referida, sob pena de não o fazendo ser aplicado o artigo 400 do CPC, requerendo seja apontado tal condição na notificação que se expedir a empregadora. Fundamenta ainda, no art. 3º, VII da IN 39 do TST, requerendo aplicação do art. 373, § 1º do nCPC (art. 818, § 1º da CLT) eis que a distribuição dinâmica do ônus da prova, revela-se mais eficaz, já que a excessiva dificuldade do obreiro cumprir o encargo nos termos do caput, bem como à maior facilidade de obtenção da prova, já referenciada acima, pela Reclamada. Protestando ainda, por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada sob pena de confissão e sem prejuízo de aplicação da Súmula 74, I do Colendo TST, e ainda inquirição de testemunhas, perícia técnica, juntada das provas emprestadas e outras que se fizerem necessárias no decorrer do processo.

Jurisprudência:

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CULPA "IN VIGILANDO". ÔNUS DA PROVA. Embora a doutrina clássica centralizasse nos arts. 333 do CPC de 1973 e 818 da CLT a normatividade aplicável à divisão do ônus probatório, na seara processual hodierna, encontra-se amplamente aceita a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, pela qual retira-se o peso da carga da prova de quem se encontra em evidente debilidade de suportá-lo, impondo-o sobre quem se encontra em melhores condições de produzir a prova essencial ao deslinde do litígio. Nessa esteira, seguindo os influxos do pensamento pós-positivista e neoconstitucionalista, o art. 373, § 1º, do CPC de 2015, positivou a Teoria da Distribuição Dinâmica do Ônus da Prova, na busca de garantia por maior efetividade dos direitos subjetivos, restando ultrapassado o sistema estático adotado pelo CPC de 1973, que desconsiderava as eventuais peculiaridades do caso concreto. Dessa forma, no caso dos autos, a inversão do ônus quanto à necessária prova da fiscalização estatal sobre a prestadora de serviços atende ao devido processo legal substancial, pois à Municipalidade cumpria apresentar em juízo documentos que demonstrassem atuação tempestiva em defesa dos direitos dos trabalhadores terceirizados. Recurso conhecido e não provido. TRT-7 - RECURSO ORDINÁRIO RO 00001744620155070007 (TRT-7) Data de publicação: 26/10/2016

NOTIFICAÇÃO/CITAÇÃO: É o chamamento do empregador (contraditório, possibilitando a ampla defesa). A CLT usa do termo NOTIFICAÇÃO. Citação aparece na CLT na fase de execução, nos arts. 880 a 882. No Conhecimento – Notificação:

Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao

reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. Súmula nº 16 do TST NOTIFICAÇÃO (nova redação) - Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.

Citação Oficial de Justiça: A CLT é omissa, por cautela deve o advogado requerer a diligência. Citação na Pessoa de Sócio: Quando o estabelecimento já estiver com as portas fechadas antes mesmo do início do processo. A solução mais adequada é tentar a citação na pessoa dos sócios. (Junta Comercial). REFORMA TRABALHISTA:

Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 – Código de Processo Civil. § 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: I – na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1º do art. 893 desta Consolidação; II – na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo; III – cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no tribunal. § 2º A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).

Jurisprudência:

RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS. TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. A teoria da despersonalização da pessoa jurídica é admitida no processo trabalho para, superando o princípio da autonomia patrimonial da empresa, prevenir fraudes ou abusos de direito. Sendo assim, quando o Reclamante teme frustração ao direito que pleiteia, deve incluir, desde o processo de conhecimento, os sócios, na qualidade de litisconsortes passivos. TRT-5 - Recurso Ordinário RecOrd 00010891020145050291 BA 0001089-10.2014.5.05.0291 (TRT-5) Data de publicação: 26/01/2016

No Rito Sumaríssimo:

Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;

6º - PROVAS: deverá protestar pelas provas que pretende produzir (art. 845 e 787 da CLT c/c 319, VI e 330 do NCPC). Súmula 74, I do c. TST 7º- VALOR DA CAUSA: (art. 319, V e 291 do CPC). A CLT sequer prevê o valor da causa nas RTs, sendo utilizado para determinação de rito: Sumário:

Art. 2º, §3º da Lei 5.584/70 - Quando o valor fixado para a causa, na forma dêste artigo, não exceder de 2 (duas) vêzes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de fato.

Sumaríssimo:

Art. 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.

MAS todas as hipóteses abaixo são aplicadas ao processo do trabalho. a) Litigância de má-fé do art. 77, § 2º do CPC – Dever das Partes e dos Procuradores!

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. § 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.

b) Litigância de má-fé do art. 81 do CPC;

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

c) Multa para o perito desidioso no art. 468, § 1º, do CPC;

§ 1o No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo. II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.

d) Depósito prévio para a ação rescisória art. 968, II, do CPC, que será entregue à parte contrária em caso de rejeição do pedido por unanimidade; e) Embargos de declaração protelatórios de que cuida o art. 1.026, § 2º e § 3º, do CPC.

Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. § 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. § 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.

A CLT passou a utilizar o valor da causa como parâmetro para alguns assuntos, esquecendo-se ela mesmo de que não o exige no rol do art. 840, § 1.º, ora em estudo: a) cálculo das custas em caso de improcedência ou extinção do feito, sem resolução de mérito (art. 789, II, o que foi reforçado pelo rito sumaríssimo, consoante art. 852-B, § 1º);

Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas: II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa;

Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: § 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo

importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado;

b) depósito prévio em ação rescisória (art. 836, com redação dada pela Lei 11.495/2007).

Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor.

Portanto, se as próprias normas trabalhistas recorrem a VALOR DA CAUSA, temos de nos atentar para este requisito da peça inicial.