minha aula proteção radiológica

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Proteção radiológica Professora: Tayana Cardoso Cavalcante

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Page 1: minha aula Proteção radiológica

Proteção radiológicaProfessora: Tayana Cardoso Cavalcante

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Radiações   Radiações são ondas eletromagnéticas ou

partículas que se propagam com uma determinada velocidade. Contêm energia, carga elétrica e magnética. Podem ser geradas por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. Possuem energia variável desde valores pequenos até muito elevados.

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Raios-X :  Para obter-se raios-X, uma máquina acelera

elétrons e os faz colidir contra uma placa de chumbo, ou outro material. Na colisão, os elétrons perdem a energia cinética, ocorrendo uma transformação em calor (quase a totalidade) e um pouco de raios-X.

Estes raios interessantes atravessam corpos que, para a luz habitual, são opacos. O expoente de absorção deles é proporcional à densidade da substância. Por isso, com o auxílio dos raios X é possível obter uma fotografia dos órgãos internos do homem. Nestas fotografias, distinguem-se bem os ossos do esqueleto e detectam-se diferentes deformações dos tecidos brandos.

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EQUIPAMENTOS DE RAIOS X

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EFEITOS DAS RADIAÇÕES:

PODEM SER:

DETERMINÍSTICOS

ESTOCÁSTICOS

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DETERMINÍSTICO : Ocorrem acima de um determinado

valor de dose, quanto maior a severidade do efeito no caso de eritema, à medida que se aumenta a dose pode ocorrer, ulceração, radiodermite e necrose .

Exemplos: catarata, náuseas, anemia, esterilidade, hemorragia, eritema e necrose.

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Existe limiar de dose os danos só aparecem a partir de uma determinada dose.

A probabilidade de ocorrência e a gravidade do dano estão diretamente relacionadas com o aumento da dose.

Geralmente aparecem num curto intervalo de tempo; Exemplos: catarata, leucopenia, náuseas, anemia, esterilidade, hemorragia, eritema e necrose.

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Ulceração

Radiodermite

Necrose

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ESTOCÁSTICOS:

À medida que aumenta a dose, há aumento de risco de ocorrer o efeito. Há ocorrências mesmo em doses baixas.

Severidade independente da dose: no caso de carcinogênese, dose independente do tipo de tumor.

Leva à transformação celular. Sua causa deve-se a alteração aleatória no DNA de uma única célula que continua a se reproduzir. Quando o dano ocorre em célula germinativa, efeitos genéticos ou hereditários podem ocorrer.

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Não apresenta limiar de dose: o dano pode ser causado por uma dose mínima de radiação. Tumores altamente malignos podem ser causados por doses baixas e outros benignos por doses altas. A severidade é constante e independente da dose;

A probabilidade de ocorrência é função da dose; •São difíceis de serem medidos experimentalmente, devido ao longo período de latência.

Exemplos: câncer, (leucemia de 5 a 7 anos; tumores sólidos de 15 a 10 anos ou mais), efeitos genéticos.

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PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

“Conjunto de medidas que visam proteger o homem, seus descendentes e seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela radiação ionizante .”

PORTARIA 453/98 MS 98-.”

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Como minimizar os efeitos da radiação ionizante

 

A minimização dos efeitos da radiação nos trabalhadores inicia pela avaliação de risco, o correto planejamento das atividades a serem desenvolvidas, utilização de instalações e de práticas corretas, de tal forma a diminuir a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais.

Os equipamentos de proteção (EPI) devem ser utilizados por todos os trabalhadores, além de ser observado a otimização desta proteção pela elaboração e execução correta de projeto de instalações laboratoriais, na escolha adequada dos equipamentos e na execução correta dos procedimentos de trabalho.

Além disso, o controle das doses nos trabalhadores deve considerar três fatores:

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1. Tempo:

A dose recebida é proporcional ao tempo de exposição e à velocidade da dose

2.Distância:

A intensidade da radiação decresce com o a distância.

3.Blindagem:

A espessura da blindagem depende do tipo de radiação, da atividade da fonte e da velocidade de dose aceitável após a blindagem. Para a proteção do trabalhador os comandos do equipamentos devem ter

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blindagem, assegurando que o técnico possa ver e manter o contato com o paciente no decorrer do exame. As próprias salas devem ter blindagem, por forma a assegurar e garantir a segurança radiológica tanto do técnico como do pessoal circunvizinho à sala. Estas proteções devem ter espessura suficiente para garantir a proteção contra a radiação primária e a radiação secundaria que pode atingir as paredes da sala.

No cálculo das blindagens leva-se em conta: a energia da radiação produzida; a quantidade de radiação produzida por determinado

período (carga de trabalho);

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grau de ocupação ou frequência do ponto de interesse;

material a ser usado como blindagem. Para a blindagem de raios X e Gama usa-se

geralmente o chumbo. Contudo outros materiais podem ser utilizados embora a espessura necessária para se obter a mesma atenuação que com o chumbo seja muito maior.

 

A garantia de que as condições de trabalho é adequada do ponto de vista da proteção pode ser obtida através do levantamento radiométrico da instalação

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Levantamento radiométrico O Levantamento Radiométrico é um teste realizado

na sala, não no aparelho. O objetivo é, a partir da medida dos níveis de radiação junto ao comando do aparelho e nas áreas circunvizinhas à sala de aplicação de raios X, avaliar se estes níveis são compatíveis com os Limites de Tolerância para as radiações ionizantes. Esses testes são exigidos pela legislação vigente (Resolução SS-625 de 14/12/94 e Portaria SVS - 453 do MS de 01/06/98) que estabelece as diretrizes básicas para disciplinar o uso de radiações ionizantes nos serviços de saúde.

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As medidas são feitas da seguinte forma: Utiliza-se um simulador (fantoma)

colocado no lugar do paciente, já que não é ético irradiar pessoas sem necessidade;

Utilizam-se tempos de exposição muitíssimos maiores do que os tempos de exposição para radiografias para compensar o tempo de resposta dos instrumentos de medida;

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Utiliza-se tensão do tubo de raios X acima do normalmente utilizado em diagnóstico médico.

Com a utilização de aparelhos eletrônicos apropriados e devidamente calibrados mede-se a alta-tensão, o tempo de exposição que será utilizado para avaliar os níveis de radiação e faz-se uma avaliação da corrente anódica do tubo.

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Com auxílio de instrumento de medição apropriado e calibrado medem-se os níveis de radiação em diversos pontos situados dentro da sala (dentro da cabine de comando do aparelho) e fora da sala de aplicação de raios X (andares acima e abaixo e em ambientes contíguos a sala).

De posse desses dados e com a estimativa da carga de trabalho da instalação avalia-se a dose que uma pessoa ali colocada receberia durante 1 ano para comparação com os Limites de Tolerância (que são anuais).

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Com isto é possível caracterizar se as atividades ali desenvolvidas são insalubres ou não.

Um novo relatório de levantamento radiométrico deve ser providenciado:

• Após a realização das modificações autorizadas.• Quando ocorrer mudança na carga de trabalho semanal ou na característica ou ocupação das áreas circunvizinhas.• Quando decorrer 4 anos desde a realização do último levantamento.

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Os assentamentos de levantamentos radiométricos devem incluir:

• croquis da instalação e vizinhanças, com o leiaute apresentando o equipamento de raios-x e o painel de controle, indicando a natureza e a ocupação das salas adjacentes;• identificação do equipamento de raios-x (fabricante, modelo, numero de série);

• descrição da instrumentação utilizada e da calibração;• descrição dos fatores de operação utilizados no levantamento (mA, tempo, kVp, direção do feixe, tamanho de campo, fantoma, entre outros);• carga de trabalho máxima estimada e os fatores de uso relativos às direções do feixe primário;

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• leituras realizadas em pontos dentro e fora da área controlada, considerando as localizações dos receptores de imagem;• estimativa dos equivalentes de dose ambiente semanais (ou anuais) nos pontos de medida, considerando os fatores de uso , de ocupação e carga de trabalho aplicáveis;• conclusões e recomendações aplicáveis;• data, nome, qualificação e assinatura do responsável pelo levantamento radiométrico.

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Controle à Exposição

- Monitorização

Tipos de Monitorização:

* Pessoal - procura estimar a dose recebida pelo trabalhador durante as suas atividades envolvendo radiação ionizante. As doses equivalentes são determinadas pela utilização de um ou vários dosímetros que devem ser usados na posição que forneça uma medida representativa da exposição nas partes do corpo

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expostos à radiação. No caso do trabalhador usar diferentes tipos de radiação então diferentes tipos de dosímetros devem ser utilizados:

* Monitorização da radiação externa; * Monitorização da contaminação interna * De área - Tem por objetivo a avaliação das

condições de trabalho e verificar se há presença radioativa. Os resultados das medidas efetuadas com os monitores da área devem ser comparados com os limites padrões, a fim de se tomar ações para garantir a proteção necessária.

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Dosimetria Todo trabalhador com radiações ionizantes

deverá portar, durante o seu período de trabalho, um dosímetro que acumule a dose por ele recebida. Desta maneira, pode-se, com relativa precisão, avaliar esta dose. Normalmente estes dosímetros pessoais são filmes, pequenas câmeras de ionização ou cristais termoluminescentes.

Dosímetro pessoal:

A dosimetria é pessoal tem como finalidade determinar o nível de doses de radiação recebida pelo usuário em

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decorrência de seu trabalho. A dosimetria pessoal é uma medida de grande responsabilidade, pois alem de permitir ainda uma indicação das condições de funcionamento da aparelhagem utilizada. Dose elevada pode indicar maneira incorreta de trabalho, instalação com problemas de blindagem ou aparelhagem defeituosa. Além disso, a instituição cumpre a legislação do Ministério da Saúde com seus funcionários.

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Diversos métodos ou sistemas foram desenvolvidos a fim de possibilitar a determinação da dose de radiação. O objetivo é o de quantificar a energia absorvida, a fim de proporcionar um conhecimento mais profundo dos efeitos da radiação ionizante sobre a matéria.

Os requisitos são: * a resposta do dosímetro deve ser linear com a dose

absorvida; * o aparelho deve ser de alta sensibilidade, por forma

a medir doses baixas; * deve apresentar amplo intervalo de resposta;

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* a resposta deve ser independente da velocidade da dose;

*deve possuir estabilidade da resposta ao longo do tempo;

*De uma forma geral podemos classificar os dosímetros em: de leitura direta e de leitura indireta, os primeiros fornecem ao utilizador a dose ou velocidade da dose em qual quer instante, os segundos necessitam de um procedimento para a sua leitura.

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Tipos de dosímetros de cristal (TLD): é composto de cristais de fluoreto de cálcio

(CaF) ou fluoreto de lítio (LiF) que possuem uma propriedade, chamada de termoluminescência, ou seja, quando esses cristais são aquecidos durante um curto intervalo de tempo à uma certa temperatura, eles emitem luz ultravioleta, cuja a intensidade é proporcional a dose de radiação incidente. O crachá dosímetro é constituído de

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uma plaqueta de acrílico com alguns cristais termoluminescentes e utilizado para medir doses de radiações ionizantes, como as geradas por aparelhos de raios X ou fontes radioativas.

Dosímetro de filme

o filme fotográfico é geralmente usado como etiqueta presa à roupa de trabalho. Quando uma pessoa é exposta à radiação, os raios são “fotografados” no filme. Pelo grau de escurecimento observado no filme após a revelação, pode estimar-se o grau de radiação a que a pessoa se expôs.

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Dosímetro tipo caneta:

Contém uma pequena fibra, regada por uma bateria de forma a indicar a leitura “zero” numa escala especial. Quando a radiação atinge o dosímetro, a ionização resultante descarrega parcialmente a fibra, que se afasta do zero da escala. Colocando-se o dosímetro contra a luz e olhando-se através de uma lente situada em uma de suas extremidades, pode-se ler a escala e, assim, determinar a quantidade de radiação absorvida pela pessoa portadora.

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Dosímetro padrão:

Junto com o grupo de dosímetros de uma instituição segue um dosímetro especial chamado de padrão. Este dosímetro é a referencia “zero”, para todos os dosímetros do grupo. Sua finalidade pode ser resumida da seguinte maneira: os dosímetros são enviados pelo correio, e ao chegar à instituição são encaminhados ao setor correspondente para a sua utilização no período indicado.Durante todo esse percurso, os dosímetros estão sujeitos não

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só a exposição à radiação natural, mas também um possível transporte junto a materiais radioativos, que poderiam alterar as doses dando indicações que não são provenientes do trabalho. Portanto, após a leitura do dosímetro de cada usuário, será descontada a leitura do dosímetro Padrão.

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Dosimetro de filme

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Dosímetros de cristal (TLD):

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Para finalizar dosimetria devemos lembrar de alguns requisitos que compõem os procedimentos de segurança:

* delimitação de zonas e áreas (controladas e de vigilância),

* limitar o acesso

* utilizar equipamentos de proteção individual

* proibir a comida e a bebida, o fumar, mascar chicletes, manusear lentes de contato, a aplicação de cosméticos e ou produtos de higiene pessoal ou armazenar alimentos para consumo nos locais de

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uso de radiação e áreas adjacentes.

* lavar as mãos:

- antes e após a manuseio de materiais radioativos, após a remoção das luvas e antes de saírem do laboratório.

- antes e após o uso de luvas.

- antes e depois do contato físico com pacientes.

- antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.

- depois de usar o toalete, coçar o nariz, cobrir a boca para espirrar, pentear os cabelos.

- mãos e antebraços devem ser lavados cuidadosamente (o uso de escovas deverá ser feito com atenção).

-manter líquidos anti-sépticos para uso, caso não exista lavatório no local.

- evitar o uso de calçados que deixem os dedos à vista.

- não usar anéis, pulseiras, relógios e cordões longos, durante as atividades laboratoriais.

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- não colocar objetos na boca.

- não utilizar a pia do laboratório como lavatório.

- usar roupa de proteção durante o trabalho. Essas peças de vestuário não devem ser usadas em outros espaços que não sejam do laboratório (escritório, biblioteca, salas de estar e refeitório).

- afixar o símbolo internacional de "Radioatividade" na entrada do laboratório. Neste alerta deve constar o nome e número do telefone do pesquisador responsável.

- presença de kits de primeiros socorros, na área de apoio ao laboratório.

- o responsável pelo laboratório precisa assegurar a capacitação da equipe em relação às medidas de segurança e emergência.

-providenciar o exame médico periódicos;

-adoção de cuidados após a exposição à radiação.

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Filosofia da Proteção Radiológica

Princípios Básicos da Radioproteção

1.Princípio da Justificação.

2.Princípio da Otimização.

3.Princípio da Limitação das Doses.

4.Prevenção de Acidentes.

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1.Princípio da Justificação:

Qualquer técnica que faça uso da radiação ionizante tem que ser justificada em relação a outras técnicas de modo a produzir um benefício líquido positivo. Do ponto de vista médico, esse princípio aplica-se de modo que todo exame radiológico deve ser justificado individualmente, tendo em vista a necessidade da exposição e as características particulares do individuo envolvido. Também fica proibida toda a exposição que não

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possa ser justificada, incluindo a exposição deliberada de seres humanos às radiações ionizantes com o objetivo único demonstração, treinamento ou outros fins que contrariem o principio da justificativa. Exemplo: uso de tomógrafo computadorizado (emissão de raios-X) (ou de equipamento de ressonância magnética, para obtenção da mesma informação diagnóstica).

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2.Princípio da Otimização

As exposições à radiação ionizante devem ser mantidas “tão baixas quanto razoavelmente, quase insignificante”, levando em consideração fatores econômicos e sociais. A proteção radiológica é otimizada quanto às exposições empregam a menor dose possível de radiação, sem que isso implique na perda da qualidade da

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imagem.Exemplos:

a)Utilizar armário embaixo da bancada de manipulação para o armazenamento de rejeitos radioativos.

b)Acréscimo indefinido de placas de chumbo em paredes de sala onde se faz uso de equipamentos emissor de raios-X.

c)A colimação minimiza a radiação espalhada, a dose no paciente e otimiza o contraste.

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d)Repetição de exames, pela escolha inadequada da técnica a ser utilizada. Esse fato pode ser evitado pelo estabelecimento de uma carta de técnicas radiográficas para as salas de exames em função do tipo de paciente (magro, médio, obeso).

e)Inadequada limpeza de processadoras e a reutilização de componentes químicos de revelação que geram radiografias de baixa qualidade, necessitando assim novo exame e consequentemente maior dose para o paciente.

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f)Ausência de um programa de controle de qualidade que avalie o desempenho dos equipamentos de produção de imagens.

g)Equipamentos sem colimadores, sem filtros, com feixe desalinhado, sem grade, etc.

3.Princípio da Limitação das Doses:

Os limites de dose, tanto para trabalhadores com radiação como para indivíduos do publico, devem ser respeitados. As doses de radiação não devem ser superiores aos limites estabelecidos pelas normas de Radioproteção de cada

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país. Os limites de dose foram estabelecidos para evitar a ocorrência de efeitos determinísticos e minimizar as probabilidades de ocorrência de efeitos estocásticos a níveis considerados. Utiliza-se o valor limite anual de 50 mSv/ano para trabalhadores com radiação ionizante e os limites derivados de 4mSv/mês. Recomenda-se que a media da dose individual não ultrapasse 20mSv nos últimos5 anos.

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4.Prevenção de Acidentes.

Tomar medidas necessárias a fim de não causar acidentes.

Fatores determinantes na Radioproteção Tempo

Exposição é instantânea. Quanto menor o tempo de exposição, menor a dose recebida. A redução do tempo de exposição ao mínimo necessário, para a realização de um exame, é a maneira mais pratica de se reduzir à exposição à radiação. Exemplos: Utilização do rodízio dos técnicos durante procedimentos de radiografia em leitos de UTI.

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Blindagem

A blindagem deve ser adequada ao tipo de radiação: Chumbo para radiação gama e raios X. Acrílico ou lucite para radiação beta. Materiais hidrogenados para nêutrons. A eficiência da blindagem depende da energia da radiação incidente.

Blindagem para técnicos e pacientes

A proteção dos técnicos e pacientes, através do uso de acessórios blindados é obrigatória. Os protetores blindados para a tireóide, na forma de colar cervical, e os óculos plumbífero são muito úteis em fluoroscopia. Os protetores individuais (aventais) podem ser constituídos com lâminas de chumbo ou serem flexíveis, quando confeccionados em borracha enriquecida com

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chumbo. A espessura dos aventais plumbífero pode variar de 0,25 a 0,5 mm de chumbo, em função da necessidade de proteção radiológica e seu peso pode variar de 2,5 a 7 kg. Aventais de 0,5 mm de chumbo são altamente eficientes para baixas energias e permitem passar apenas 0,32% da radiação para uma faixa de 70 Kvp e 3,2% para 100 Kvp. O protetor de gônadas deve ser utilizado em pacientes em idade reprodutiva.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EPI’S

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Tireóide

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Blindagens das salas de raios X

As blindagens para fins de proteção radiológica são calculadas inicialmente para a exposição primária de feixe de radiação, da radiação espalhada e da radiação de fuga.As blindagens das salas de raios X devem ser contínuas, sem falhas e devem ser aplicadas até uma altura de parede de 2,10 m. Os materiais mais comumentes utilizados são o chumbo e a argamassa britada,que é uma composição de cimento, areia saibrosa, barita (sulfato de bário) e aditivos que

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Evitam rachaduras durante a secagem. Esta argamassa é usada quando a parede a ser revestida é construída em alvenaria com mais de 12 cm de espessura, e é equivalente a 1,9 mm de chumbo, suficiente como barreira de raios X de até 150 Kvp de energia. Pisos e tetos de concreto podem ser considerados como blindagem, dependendo da espessura da laje,tipo de concreto (vazado ou não), distância da fonte, geometria do feixe e fator de ocupação das áreas acima e abaixo da sala de raios X.O tipo de blindagem a ser utilizada está em geral relacionada à minimização de custo.

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Distância:

Quanto mais distante da fonte de radiação, menor a intensidade do feixe e consequentemente menor será a dose recebida de radiação. A intensidade da radiação é proporcional ao inverso do quadrado da distância entre o ponto e a fonte. Nos procedimentos radiológicos em unidades de terapia intensiva, onde são utilizados equipamentos portáteis, o operador deve permanecer a uma distância mínima de 2 metros do feixe primário (ou do tubo de raios X). Para manter a distância é requerido um cabo longo para o disparador.

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Doses Máximas Permissíveis para Trabalhadores e Indivíduos do Público:

A comissão internacional de proteção radiológica estabeleceu doses máximas permissíveis tanto para o trabalhador com radiações ionizantes, como também para o público em geral.Em janeiro de 1994, a Comissão Reguladora Nuclear (CNR) modificou alguns padrões relacionados

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às doses permissíveis máximas. O termo correto agora para dose permissível máxima é recomendações delimitação da dose. A recomendação de limitação de dose para trabalhadores sujeitos à exposição ocupacional de 5 rem (50 mSv) da dose efetiva corporal por ano. Estes 5 rem ou 50mSv algumas vezes são denominados como limite de dose efetiva anual para exposição ocupacional de todo o corpo.

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As doses máximas permissíveis não devem ser excedidas em um período de 1 ano; mas a dose em um trimestre do ano poderá ser no máximo a metade do valor permissível para todo o ano. Para todo o corpo, gônadas e órgãos formadores do sangue, a dose máxima permissível em um trimestre é de 3 rem que a dose nos últimos 12 meses não exceda a 5 rem.A dose acumulada de ate 3 rem por trimestre, não se aplica a mulheres em idade de procriação. Neste caso, a dose máxima trimestral passa a ser de 1,3 rem.Se não for conhecida a dose anteriormente acumulada por um trabalhador com radiações ionizantes,admite-se que este trabalhador recebeu a dose máxima permissível.

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Pode acontecer que o profissional se exponha sob controle a doses maiores que os limites máximos, desde que não ultrapasse 2 vezes o máximo anual numa única exposição ou 5 vezes este limite em toda a vida profissional.

Restrições para Trabalhadores em Radiologia Menores

Menores de 18 anos de idade não podem trabalhar com raios X diagnósticos, exceto em treinamentos. Para estudantes com idades entre 16 e 18 anos, em estagio de treinamento

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profissional, as exposições devem ser controladas de modo que os seguintes valores não sejam excedidos: Dose efetiva anual de 6 mSv; Dose equivalente anual de 150mSv para extremidades e 50mSv para o cristalino. É proibida a exposição ocupacional para menores de 16 anos.

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Trabalhadoras Grávidas:

A gravidez deve se notificada ao titular do serviço tão logo que seja constatada. A tecnóloga/radiologista e outras trabalhadoras submetidas à exposição ocupacional grávidas devem tomar todas as precauções possíveis para manter a exposição do embrião/ feto menores possível. As condições de trabalho devem ser revistas, para garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2mSv durante todo o período restante da gravidez, tornando pouco provável que a dose adicional no embrião ou feto exceda de 1 mSv neste período.

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Organização de um serviço de Radioproteção em Estabelecimentos de Radiodiagnósticos

Os serviços de radiodiagnósticos devem implantar uma estrutura organizacional de modo a facilitar o desenvolvimento de uma cultura de segurança radiológica.A equipe de radioproteção de um estabelecimento de radiodiagnostico é composta dos seguintes profissionais:

1) Supervisor de Proteção radiológica (SPR): responde pelas ações relativas ao programa de proteção radiológica de um estabelecimento. Para desempenhar a função de SPR é necessário possuir certificação de especialista em física de

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radiodiagnóstico. Pode assessorar-se de consultores externos, conforme a necessidade e o porte de serviço.

2) Responsável Técnico (RT): responsabiliza-se pelos procedimentos radiológicos a que são submetidos os pacientes, levando em conta os princípios e requisitos de proteção radiológica. Para responder pela função de RT é necessário possuir formação em medicina ou em odontologia, no caso de radiologia odontológica, alem de qualificação para a pratica que avalie também o conhecimento necessário em física de radiodiagnóstico, incluindo proteção radiológica.

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3) Técnico em raios x diagnósticos: realiza exposições médicas autorizada por um médico do serviço, ou odontólogo. Em se tratando de radiologia odontológica, é necessário possuir formação de técnico em radiologia na área especifica de radiodiagnóstico, além de conhecimento e experiência em técnicas radiográficas em medicina, considerando os princípios e requisitos de proteção radiológica.Obs: Nenhum indivíduo pode administrar, intencionalmente, radiações

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ionizantes em seres humanos amenos que tal indivíduo seja médico ou odontólogo qualificado para a pratica, ou que seja um técnico,enfermeiro ou outro profissional de saúde treinado e que esteja sob a supervisão de um médico ou odontólogo.

PRINCÍPIOS ALARA:

Há um princípio de proteção denominado ALARA que vai muito além à proteção do trabalhador do que o nível da Dose Efetiva (DE). Este princípio afirma que a exposição ocupacional deve ser mantida

“AsLow As Reasonably Achievable”

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(Tão baixo quanto razoavelmente alcançável). Este é um importante princípio pelo qual todos os tecnólogos/radiologistas, devem esforçar-se e a seguir é fornecido um resumo de quatro formas pelas quais ele pode ser alcançado:6

1)Sempre usar dosímetro ou outro dispositivo de monitoração. Embora o dosímetro não diminua a exposição do usuário, registros preciosos em longo prazo das leituras do dosímetro são importantes para determinar práticas de proteção.

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2) Se for necessário conter os pacientes, isso deve ser feito por uma outra pessoa que não seja um trabalhador sujeito a exposição ocupacional.

Esta pessoa nunca deve ficar na frente do feixe primário ou útil e sempre deve usar aventais e luvas de proteção. Devem se utilizar aparelhos ou faixas de contenção sempre que possível, e apenas como último recurso, deve alguém permanecer na sala para conter pacientes - esta pessoa nunca deve pertencer à equipe de radiologia.

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3) Praticar o uso da colimação, filtração do feixe primário, técnicas de Kvp ótimo, écrans e filme de alta velocidade, e mínima repetição de exames.

Proteção do Paciente:

Todo profissional tecnólogo/radiologista está sujeito a um código de ética que inclui responsabilidade pelo controle e limitação da exposição à radiação dos pacientes sob seus cuidados. Esta é uma responsabilidade séria, e cada uma das oito formas específicas, apresentadas a seguir, para reduzir a exposição do paciente conforme descrito adiante.

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A exposição do tecnólogo/ radiologista é devida basicamente à radiação dispersa do paciente e outras fontes. Portanto, a redução da exposição do paciente resulta também em redução da exposição do tecnólogo/ radiologista.

4)Seguir a regra cardinal de três partes de proteção radiológica, o princípio do tempo, distância e proteção.

O tecnólogo/radiologista deve minimizar seu tempo em um campo de exposição, ficar o mais distante possível da fonte e utilizar proteção de chumbo quando estiver no campo de exposição.

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são:1)Repetição mínima de radiografias;

2)Filtração correta;

3)Colimação precisa;

4)Proteção de área específica (proteção das gônadas e mamas femininas);

5)Proteção para as gestações;

6)Uso de fatores de exposição ótimos e combinações écran-filme de alta velocidade.

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Fluoroscopia A Fluoroscopia é uma técnica de imagem

comumente utilizada por médicos para obter imagens em tempo real em movimento das estruturas internas de um paciente através do uso de um Fluoroscópio. Na sua forma mais simples, um Fluoroscópio consiste de uma fonte de raios-x e de uma tela fluorescente entre a qual o paciente é posicionado.

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Como é feito O exame de fluoroscopia consiste em um método de

imageamento que permite ver o paciente através de raios-X com alta resolução temporal. São feitas imagens a 30 frames por segundo, o que permite gravação das imagens com alta qualidade, caso seja necessário. O procedimento de fluoroscopia também é utilizado em exames de cateterismo durante angiografia, permitindo a visualização do contraste sendo injetado e circulando nos vasos sangüíneos. A diferença deste procedimento e da radiografia convencional é o modo de aquisição das imagens. Enquanto a radiografia convencional utiliza filmes de raios-X e necessita de processo de revelação, a fluoroscopia possui um sistema dinâmico de aquisição de imagens, e estas são vistas em tempo real durante o exame.

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Intensificador de imagem No início dos anos 1950, a invenção do

intensificador de imagem revolucionou a fluoroscopia. O intensificador de imagem utiliza a radiação que atravessa o paciente e torna a imagem 1.000 a 6.000 vezes mais brilhante, comparada com a imagem das máquinas mais antigas, através de processos eletrônicos. A imagem produzida pelo intensificador tem brilho suficiente para ser vista em visão direta na luz do dia. As luzes das salas de exame são suaves, e o exame fluoroscópico é realizado num ambiente confortavelmente

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iluminado.O intensificador de imagem fica localizado na torre de fluoroscopia, acima da mesa de exames, enquanto a válvula produtora de raios X fica localizada embaixo da mesa de exames.Uma placa protetora de chumbo é colocada em posição, funcionando como um escudo protetor para o operador.

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Como o exame de fluoroscopia necessita de muitas imagens, é necessário que estas sejam feitas com uma baixa dose de radiação ao paciente, ou seja, boas imagens precisam ser produzidas com um baixo número de fótons de raios-X, então é preciso um detector muito sensível. O intensificador de imagem converte raios-X em luz visível, que pode ser captada por uma TV, câmara fotográfica ou filmadora.

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Os principais componentes do intensificador de imagem são:• Tubo de vácuo;• Camada de entrada que converte raios-X em elétrons;• Lentes eletrônicas que focalizam os elétrons;• Fósforo na saída que converte os elétrons acelerados em luz visível.

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A unidade Fluoroscopia convencional não-digital é equipada com um compartimento porta-filme de modo a permitir o registro de imagens sempre que necessário. Chassis de vários tamanhos podem ser selecionados para permitir uma exposição convencional. Quando a fluoroscopia esta sendo realizada, o porta-filme fica protegido pelo chumbo em determinada posição dentro do equipamento, estando pronto para uso quando o radiologista deseja registrar em filme uma imagem fluoroscópica específica.

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A televisão fluoroscópica, Câmara de vídeo ou dispositivo de acoplamento de cargas:

O monitor de televisão é mostrado, com a câmera localizada na torre da unidade fluoroscópica, em combinação com o intensificador de imagem. Como esses sistemas de imagem são um circuito fechado, os monitores também podem ser colocados na parte externa, para visualização simultânea durante um procedimento.

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A função básica da televisão fluoroscópica é a de produzir um sinal eletrônico proporcional à quantidade de luz enviada pelo intensificador de imagem.

O sinal gerado pela câmara de vídeo é um sinal de tensão que varia em tempo e que é enviado até o monitor por meio de um processo de varredura que pode ser de 525 ou de 1.023 linhas.

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Tubo de raios X: O tubo consiste em dois eletrodos metálicos,

o catodo e o anodo, contidos dentro de um encapsulamento de vidro a vácuo. O catodo emite elétrons por emissão termoiônica. Estes elétrons são acelerados até o anodo e atingem um ponto denominado ponto focal do alvo, produzindo raios X e calor.

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Proteção Profissional durante a FluoroscopiaPadrões de Exposição e Proteção Profissional

A equipe é exposta à radiação espalhada pelo paciente e por outros objetos que estão sendo irradiados. A exposição à radiação dispersa cai drasticamente quando o profissional se afasta do paciente e da mesa.A torre intensificadora, os aventais de chumbo da torre, a proteção da fenda de Bucky, a mesa de raios-X,o suporte para os pés do paciente (se houver) e mesmo o radiologista fornecem ao técnico/radiologista alguma forma de proteção.

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Práticas de Proteção ao Profissional Mesmo com as corretas práticas de proteção e

a torre intensidade bem próxima do paciente, alguma quantidade de radiação dispersa ocorre durante a rotina fluoroscópica. A dispersão é maior na região imediatamente próxima ao paciente em cada lado do radiologista, que tem a torre chumbada de proteção entre ele e o paciente. Por esse motivo, o técnico e/ou radiologista e outros funcionários na sala podem reduzir a sua exposição apenas não ficando próximo à mesa ou mesmo próximo ao radiologista, mas ficando o mais distante possível dos campos de dispersão da radiação.

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necessário o uso de proteção de chumbo adicional usando luvas, óculos de chumbo, aventais de chumbo especiais pelos técnicos durante os procedimentos