minerais fÓsseis no mundo e no brasil carvÃo mineral, petrÓleo, gÁs natural, gÁs de xisto

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MINERAIS FÓSSEIS NO MUNDO E NO BRASIL CARVÃO MINERAL, PETRÓLEO, GÁS NATURAL, GÁS DE XISTO.

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MINERAIS FÓSSEIS NO MUNDO E NO BRASIL

CARVÃO MINERAL, PETRÓLEO, GÁS NATURAL, GÁS DE XISTO.

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COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS.

• Os combustíveis fósseis são recursos naturais:• não renováveis, pois sua reposição pela natureza

exige um tempo geológico muito longo e, por isso, são passíveis de esgotamento.

• em seu uso, liberam gases do efeito estufa, sendo considerados elementos que produzem energia suja ou poluente.

• O carvão mineral, o petróleo, o gás natural e o gás de xisto são os recursos minerais fósseis mais usados no mundo atual.

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Carvão Mineral• Origem orgânica – deposição de vegetais em bacias sedimentares, cujo

soterramento promoveu subsidência seguida de elevação de temperatura e pressão e transformação da madeira em carvão a partir da perda de todos os elementos e enriquecimento em carbono.

• Idade: Era Paleozoica – períodos Carbonífero e Permiano.• Sua formação exige: presença de vegetação, clima com temperaturas mais

baixas (para evitar que a matéria orgânica se decomponha antes do soterramento), condições geológicas mais instáveis (para favorecer a subsidência da bacia) e tempo geológico extenso para que a reação química se complete. Quanto mais antigo é o carvão, maior é o enriquecimento em Carbono e maior é o seu poder calorífico.

• São quatro os tipos de carvão: turfa, linhita, hulha e Antracito.• Turfa e Linhita possuem menor poder calorífico e a Hulha e Antracito, maior

poder calorífico em função do maior tempo de transformação.

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Tipos de carvão• Turfa – é o carvão menos transformado e de menor poder calorífico. Sua

queima gera muita impureza como água, cinzas, gás carbônico e enxofre que reduz sua utilização como combustível energético e inviabilizando sua utilização como carvão siderúrgico.

• Linhita – é um tipo de carvão mais transformado que a turfa, porém ainda de baixo poder calorífico. Apesar do menor grau de transformação é utilizado como carvão vapor em termelétricas para produção de eletricidade e como carvão siderúrgico na produção de aço, por exemplo.

• Hulha – é um carvão com alto grau de transformação e alto poder calorífico, com larga utilização em termelétricas, siderurgias e carboquímicas.

• Antracito – é o carvão mais transformado e o que possui o maior poder calorífico.

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Carvão mineral no Brasil

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Carvão mineral no Brasil• Em Santa Catarina, o carvão ocorre na

bacia Sul-Catarinense, indo de sul para norte do município de Araranguá ao de Lauro Müller, com cerca de 21% das reservas oficiais . É um carvão coqueificável pobre e energético pobre a médio, admitindo algum beneficiamento e transporte a curta distância. As partes a céu aberto e de subsolo rasas já foram quase todas mineradas, de modo que há uma crescente dificuldade dessa jazida em manter um ritmo intenso de lavra, com minas profundas estruturalmente difícil.

• No Paraná ocorre uma pequena jazida com um carvão energético médio, representando apenas cerca de 1% das reservas oficiais do País.

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Petróleo• É uma substância composta de hidrogênio e carbono

(hidrocarboneto), oleosa e inflamável e de origem orgânica – deposição de plâncton marinho.

• Formação: exige a presença de bacias sedimentares marítimas rasas e fechadas, onde a matéria-orgânica se deposita e sofre a transformação mediante a ação de bactérias anaeróbicas.

• O processo de formação é lento e as jazidas de combustíveis bem transformados datam da Era Cenozóica, Período Terciário, porém verifica-se a exploração de jazidas da Era Mesozóica.

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Estruturas acumuladoras

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Reservas de petróleo

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Reservas por países

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Produção de petróleo

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Produção de petróleo/países

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Geopolítica do Petróleo• O petróleo é um combustível que têm grande influência nas relações

geopolíticas contemporâneas, visto que é a principal fonte primária de energia na matriz energética mundial.

• O primeiro poço de petróleo foi perfurado em 1859 na Pensilvânia (EUA), mas a indústria petrolífera estabeleceu-se plenamente no início do século XX, época em que o grupo Rockfeller com a empresa Standar tOil detinha o monopólio da produção e oferta de petróleo no território estadunidense.

• A dissolução do monopólio do petróleo por parte do governo norte americano abriu caminho para a formação de um cartel de companhias de refino e distribuição de petróleo que ficou conhecido como “as sete irmãs do petróleo”, formado por cinco empresas americanas (Esso,Gulf, Texaco, Socony e Socal)e duas européias (Shell eBritishPetroleum ou BP).

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Geopolítica do petróleo• Após a Segunda Guerra Mundial o

petróleo diante dos baixos preços do petróleo, os países produtores e exportadores do combustível, resolveram, em 1960, organizar o cartel dos países exportadores de petróleo e, pelo Tratado de Bagdá criaram a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), cujos membros fundadores foram: Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Iraque e Venezuela. Atualmente, a OPEP apresenta doze países membros com a adesão do Qatar, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Nigéria, Líbia, Angola e Equador.

• A OPEP tem como objetivos principais: estabelecer cotas de produção para os seus membros e formular uma política comum de preços, de modo a reduzir a oferta do produto no mercado para elevar o preço.

• Seguindo esta política e insatisfeita com os baixos preços do petróleo associado à questão geopolítica no contexto da Guerra do Yom Kippur em 1973, a OPEP , em retaliação aos países que apoiaram Israel, desencadeou o primeiro choque do petróleo, ocasião em que o preço do barril saltou de US$2,70 para US$11,20 no mercado.

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Reação dos países frente ao choque do petróleo

• A economia mundial entrou em pane e os diversos países do mundo reagiram adotando várias medidas com o objetivo de economizar petróleo, como:

• uso maciço de carvão• pesquisa e prospecção de petróleo• construção de hidrelétricas e usinas nucleares• produção energia a partir da biomassa etc.• Muitos países passaram a ofertar petróleo fora da OPEP, constituindo os

países denominados de NOPEP, isto é, não participantes da OPEP. Entre estes se destacaram a Noruega e o Reino Unido conhecidos como produtores do Mar do Norte, Rússia, China e México.

• Diante da reação do mundo no seu propósito de economizar petróleo e da oferta dos países NOPEP, os preços do petróleo caíram e, por isso, em 1979, a OPEP desencadeou o Segundo Choque do Petróleo.

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A oscilação dos preços no pós- 1980

• Na década de 1980 os preços do petróleo sofreram oscilações, ora subindo e ora caindo, mas sem grandes sobressaltos.

• A década de 1990, porém, iniciou com elevação de preços em função da Primeira Guerra do Golfo, quando os EUA e aliados declararam guerra ao Iraque forçando a desocupação do Kuwait.

• A partir do ano 2000, outra vez os preços do barril de petróleo voltam a subir função de vários fatores, entre os quais citam-se:

• - aumento da demanda motivada pelo alto crescimento econômico da China;• - aumento do consumo pela economia dos EUA;• - diminuição da produção iraquiana motivada pela Segunda Guerra do Golfo, após os

atentados de 2001 ao WTC seguida da ocupação do País liderada pelas tropas norte americanos;

• - conflito religioso interno na Nigéria entre cristãos e islâmicos;• - turbulências políticas na Venezuela em função da primeira eleição de Hugo Chavez;• - catástrofes naturais na Indonésia em 2004 decorrente dos efeitos da tsunami que destruiu

as instalações petrolífera em Aceh, que era a principal região produtora do País.

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Petróleo no Brasil

• O Presidente da República Getúlio Vargas assina a Lei No. 2004 durante cerimônia no Palácio do Catete, em 3 de outubro de 1953, criando a Petrobras. A lei dispõe sobre a política nacional de petróleo e define as atribuições do Conselho Nacional de Petróleo. Institui a sociedade por ações do petróleo brasileiro como sociedade anônima e dá outras providências.

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Petróleo no Brasil

• O Monopólio Estatal do Petróleo de 1953 incluía: pesquisa e lavra das jazidas, refino do petróleo e transporte marítimo e por oleodutos.

• Devido à manifestação popular de 1964, o Monopólio estatal é estendido à importação e exportação de petróleo e derivados, atividade até então aberta à iniciativa privada, nacional e estrangeira

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1º choque – reação do Brasil• Diante da elevação do preço por barril de petróleo, o governo adota várias

medidas para minimizar o déficit com as importações do combustível:• criação do pró-álcool• intensificação da produção de petróleo brasileiro• construção de hidrelétricas e• autorização de contratação de serviços com cláusulas de risco para a

exploração de petróleo em território nacional.• O contrato de risco permitia que as empresas nacionais e estrangeiras

realizassem pesquisa e prospecção de petróleo em território nacional sob a fiscalização da Petrobrás. Se as empresas encontrassem petróleo, a Petrobrás pagaria os investimentos e compraria o óleo a preço de mercado. Se não encontrassem, os prejuízos do investimentos seriam das empresas envolvidas

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1974 a 1996• 1974 a 1996 – novas descobertas• Em 1974, é descoberto petróleo na Bacia de Campos (RJ), no Campo de

Garoupa.• 1984 - Descoberto Albacora, primeiro campo gigante do País, na Bacia de

Campos (RJ). Alcançada a meta-desafio de produção de 500 mil barris diários de petróleo.

• 1985 -Descoberta do Campo de Marlim, o segundo campo gigante do País, na Bacia de Campos (RJ).

• 1988 - Entra em produção o Campo do rio Urucu, no Alto Amazonas.• 1994 - Começa a operar a primeira plataforma semissubmersível (P-18)

totalmente desenvolvida pelos técnicos da Petrobras, no Campo de Marlim, na Bacia de Campos (RJ).

• 1996 - Descoberta do campo gigante de Roncador, na Bacia de Campos (RJ)

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Fim do monopólio do petróleo

• Promulgação da Lei No. 9.478 (Lei do flexibilizou o monopólio estatal do petróleo, criou o Conselho Nacional de Política Petróleo), de 6 de agosto de 1997 e criou também a Agência Nacional do Petróleo (ANP), colocando sob a responsabilidade da ANP as concessões de exploração de petróleo, agora em regime de livre iniciativa.

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Primeiros sinais do Pré-sal• Encontrados os primeiros indícios de petróleo no Pré-Sal na

Bacia de Santos (SP). Conclusão das análises no segundo poço do bloco BM-S-11 (Tupi) indica volumes recuperáveis entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural.

• Em 2006 O Brasil atinge a autossuficiência sustentável na produção de petróleo, com a entrada em operação do navio-plataforma P-50 nas novas descobertas, ocorridas em águas cada vez mais profundas.

• No campo gigante de Albacora Leste, no norte da Bacia de Campos (RJ), a Petrobras alcança a marca de dois milhões de barris por dia.

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Importação de petróleo

• Apesar de o Brasil ocupar a 14ª posição mundial com 15,3 bilhões de barris de petróleo, o País em 2012 importou 113,9 milhões de barris de petróleo.

• A importação de petróleo ainda persiste no País porque parte do petróleo que é extraído em território nacional não é do tipo mais adequado às refinarias nacionais.

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Refinarias brasileiras

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Gás natural no Brasil

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Gás de xisto• O gás de xisto se refere ao gás natural encontrado em formações de

xisto. Xistos são rochas sedimentares de granulação fina que podem ser ricas fontes de petróleo e gás natural. Enquanto as tecnologias são conhecidas há décadas, tem sido apenas nos últimos anos que a combinação de perfuração horizontal e fratura hidráulica têm permitido o acesso a grandes volumes de gás de xisto que antes eram economicamente inviáveis de produzir. A produção de gás natural a partir de formações de xisto tem impulsionado a indústria de gás natural nos Estados Unidos, e as técnicas de produção de xisto, na atualidade, conseguem aumentar a produtividade.

• A técnica utilizada para extrair o gás do xisto é conhecida como Fraturação hidráulica (também chamada de fracking) que consiste em injetar água, areia e produtos químicos para quebrar o xisto e liberar o gás que fica encerrado nos poros da rocha.

• A utilização de gás de xisto é recente e os EUA se destacam como o grande produtor deste combustível.

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Reservas de gás de xisto

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Produção e consumo de gás de xisto

• Os maiores consumidores de gás de xisto são os Estados Unidos e Canadá, pois são os países que aplicaram as tecnologias de extração do recurso em primeiro lugar no mundo e, porque os países da União Europeia, detentores de reservas, como a Polônia e o Reino Unido perfuram poços exploratórios e a França e a Bulgária, por ora, proibiram a extração comercial do produto em função do impacto ambiental nas áreas de exploração.

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Impactos ambientais • - risco de vazamentos decorrentes da localização das reservas de xisto, abaixo de

1500 m de profundidade e abaixo do lençol freático. Tal localização pode contaminar aquíferos se as tubulações de extração de gás apresentar vazamentos e, neste caso, os produtos químicos usados na técnica de fraturamento podem contaminar a água subterrânea. Além disso, na região de extração de gás de xisto nos EUA, a água foi contaminada por metano, etano e propano.

• - consumo de água – o fraturamento hidráulico consegue quebrar o xisto com a injeção de grande quantidade de água (misturada com areia e produtos químicos). A utilização de grande quantidade de água, que ao final do processo fica poluída, pode prejudicar os ecossistemas nas regiões de extração do produto.

• - poluição – apesar do gás de xisto ser menos poluente que o carvão e o petróleo ele, em sua queima, emite gases do efeito estufa, pois é um combustível fóssil.

• - risco de terremotos – a técnica de fraturamento hidráulico, em função da pressão que a água atinge as camadas de rocha, pode gerar ondas sísmicas que em regiões instáveis, podem causar terremotos.

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Razões da exploração do gás de xisto nos EUA

• Os EUA realizam a extração de gás do xisto, apesar dos problemas ambientais decorrentes da atividade por três motivos:

• 1º - o gás natural é o menos poluente dos combustíveis fósseis, uma vantagem para um país que usa carvão e petróleo para gerar energia. A Agência Ambiental Americana (EPA, na sigla em inglês) credita a melhora geral da poluição atmosférica no país nos últimos anos ao aumento no uso do gás de xisto.

• 2º- vantagens econômicas, pois o gás de xisto fez o preço do insumo cair nos EUA de US$12 para US$3 por milhão de BTU (sigla para british termal unit, “unidade térmica britânica”, medida para gás). Para comparar, o preço do gás convencional no Brasil custa entre US$ 12 e US$ 16 por milhão de BTU. A queda de preços faz os EUA importarem menos petróleo .

• 3º - razão é geopolítica: a autossuficiência energética livraria os EUA da dependência de fornecedores problemáticos e/ou potencialmente hostis, como os países árabes e a Venezuela. Como efeito colateral, a saída do mercado do mega comprador norte-americano baixaria os preços do petróleo e diminuiria o poder dos grandes exportadores do produto.

• (Fonte: http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/ambiente/esta-pedra-vai-mudar-o-mundo, adaptado. Acessado em 30-05-2014.

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Gás de xisto no Brasil• As reservas de gás de xisto no Brasil,

também chamado de gás não convencional ou gás de shale, estão entre as maiores do mundo (10º lugar) com cerca de 6 trilhões de m³, segundo o relatório da Agência Internacional de Energia que indica a presença de reservas tecnicamente recuperáveis.

• A Agência Nacional de Petróleo estima que as reservas de gás de xisto no Brasil podem ser o dobro das estimativas da AIE e estão concentradas em sete bacias sedimentares:

• Acre, Parecis, São Francisco, Paraná, Parnaíba, Recôncavo e de Sergipe-Alagoas, todas com potencial para gás convencional e não convencional.

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ANP – Leilão de gás de xisto• A ANP realizou, em novembro de 2013,

um leilão para exploração de gás em território brasileiro:

• das 72 áreas para exploração de gás natural arrematadas durante a 12ª Rodada de Licitações promovida pela Agência, 54 apresentam alto potencial para a produção do chamado gás não convencional, também conhecido como gás de xisto ou, no termo em inglês, shalegas.

• Todavia a produção de gás de xisto no País precisa vencer a resistência civil antes de se tornar uma alternativa energética viável no País em função dos graves riscos ambientais decorrentes do processo de extração, qual seja, o fraturamento hidráulico.

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Geração de energia no mundo e no Brasil

• A geração de energia no mundo varia de país para país de acordo com a matriz energética do mesmo.

• A matriz energética representa o conjunto de fontes de energia primária e secundária usadas em um país. As fontes de energia primárias são representadas pelos recursos naturais e podem ser classificadas em não-renováveis e renováveis.

• As fontes não-renováveis são aquelas provenientes de recursos naturais finitos, com reservas limitadas e que quando são esgotadas não podem ser repostas, em função do longo tempo que a natureza utiliza para transformá-los, como o carvão mineral, petróleo, gás natural e urânio.

• As fontes de energia renováveis são rapidamente repostas pela natureza, ou que são inesgotáveis, como por exemplo: biomassa, água, ventos, sol,calor da terra e hidrogênio.

• A energia secundária é obtida a partir de uma fonte primária de energia a partir de uma infraestrutura para transformá-la. Ex: petróleo (energia primária), em refinarias (infraestrutura) se transforma em gasolina, diesel, querosene (fonte secundária de energia) para suprir o mercado consumidor.

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Energia Elétrica• A energia elétrica é

produzida no mundo e no Brasil com a utilização de fontes convencionais e alternativas.

• Entre as fontes convencionais, as mais utilizadas para produção de energia elétrica são: a água - em hidrelétricas, os combustíveis fósseis – em termelétricas; e o urânio – em termonucleares.

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Geração de energia elétrica no mundo e por fontes em 2010

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Termelétricas convencionais• A geração de energia elétrica em termelétricas é predominante no mundo

e usam os combustíveis fósseis para gerar energia: carvão, petróleo, gás natural e mais recentemente, o gás do xisto.

• Nas termelétricas, os combustíveis fósseis são queimados para gerar calor, aquecer a água, produzir vapor e movimentar turbinas que acionam os geradores.

• As usinas termelétricas apresentam vantagens, como:• instalação com maior proximidade do mercado consumidor,• menor custo com linhas de transmissão que são mais curtas, • menor custo de construção, • menor tempo de maturação do projeto.• Suas desvantagens se referem ao custo da produção, que ficam bem mais

alto, pois a sua geração depende da queima de combustíveis fósseis 24 horas por dia, gastos com o transporte dos combustíveis e grandes emissões de gases do efeito estufa.

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Geração termelétrica em 2010/mundo: carvão e petróleo

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Geração térmica de gás natural

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Hidrelétricas• A geração de energia em hidrelétricas apresenta vantagens como:• geração de energia limpa e de baixo custo, já que a água não emite gases

do efeito estufa e não tem custo na produção de energia.• Pontos negativos:• o tempo de maturação do projeto, o custo de construção da usina, • a localização da usina que depende do curso do rio e nem sempre fica

próximo ao mercado consumidor exigindo extensas linhas de transmissão, • o alagamento de áreas com submersão de cidades ou florestas ou terras

cultiváveis,• o deslocamento de pessoas das áreas inundadas, • A redução da biodiversidade,• Dificuldades no deslocamento de peixes, entre outros.

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Hidrelétrica

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Capacidade instalada de geração hidrelétrica no mundo/2010

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Geração hidrelétrica no mundo/países/2010/ Twh

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Termonucleares• As usinas nucleares utilizam minerais radioativos para gerar energia elétrica, visto que os

átomos de alguns elementos químicos apresentam a propriedade de, através de reações nucleares, transformar massa em energia.

• As formas de aproveitar esta energia são duas: fissão e fusão nuclear.• Na fissão, o núcleo atômico se divide em duas ou mais partículas, e • na fusão nuclear, dois ou mais núcleos se unem para produzir um novo elemento.• A fissão do átomo de urânio é a principal técnica empregada para a geração de eletricidade

em usinas nucleares. É usada em quase de 440 centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coréia do Sul, Paquistão e Índia, entre outros.

• Atualmente, cerca de 13% da energia elétrica no mundo, é gerada através de fonte nuclear e este percentual tende a crescer com a construção de novas usinas, principalmente nos países em desenvolvimento (China, Índia, etc.). Os Estados Unidos, que possuem o maior parque nuclear do planeta, com 104 usinas em operação e estão ampliando a capacidade de geração. França, com 59 reatores, e Japão, com 55, também são grandes produtores de energia nuclear, seguidos por Rússia (31), Coréia do Sul (20), a Índia (17) e a China (11).

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Geração de energia nuclear no mundo/países/2010/Twh

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Energia nuclear• vantagens da geração de energia nuclear:• não utilização de combustíveis fósseis, evitando o lançamento na atmosfera dos

gases responsáveis pelo aumento do aquecimento global e outros produtos tóxicos;

• utilização de espaços menores para a instalação; • podem ser construídas próximas ao mercado consumidor, diminuindo os custos

com linhas de transmissão;• não dependem de fatores climáticos na geração; • usam menos combustível (urânio) para produzir a mesma quantidade de energia

em relação às quantidades utilizadas de petróleo, carvão e gás natural. • desvantagens de tais usinas são intensas:• o processo de fissão nuclear gera muito resíduo, tanto de alta quanto de baixa

radioatividade que demora milhares de anos para dissipar e ainda existem os riscos de acidentes por falhas técnicas e fatores naturais, como terremotos e tsunamis, por exemplo. É conveniente lembrar que o acidente com a Usina Nuclear de Fukushima no Japão foi causado pelo tsunami que atingiu o País em 2011.

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Usinas hidrelétricas no Brasil• O potencial hidrelétrico brasileiro é estimado em 260 GW, dos

quais:• 40,5% estão localizados na Bacia hidrográfica do Amazonas;• 23% na Bacia do Rio Paraná;• 10,6% no Rio Tocantins e • 10% na Bacia do Rio São Francisco. • Contudo, apenas 63% do potencial foram inventariados.• A Região Norte, em especial, tem um grande potencial ainda

por explorar. • A maior potência instalada se encontra na Bacia do Rio Paraná,

seguida pela Bacia do Rio São Francisco.

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Hidrelétricas/Brasil• Na Região Norte estão em processo de licitação e ou em obras alguma

usinas hidrelétricas que vão participar do ranking das dez maiores do Brasil:

• Belo Monte no Rio Xingu (11.233 MW), São Luíz do Tapajós (8.381 MW), Jirau (3.750 MW) e Santo Antônio (3.150MW), ambas no Rio Madeira.

• Entre as maiores em funcionamento estão Itaipu no Rio Paraná (14 mil MW) Tucuruí no Rio Tocantins(8.730 MW), Ilha Solteira no Rio Paraná (3.444 MW), Xingó (3.162 MW) e Paulo Afonso IV (2.462 MW), no Rio São Francisco.

• A construção de nova usinas na Região Norte apresenta como desafio a questão da transmissão para os grandes centros consumidores, já que ficarão muito distantes do mesmo. Tal problema, porém poderá ser solucionado pelo Sistema Integrado Nacional – uma rede composta por linhas de transmissão que operam de forma integrada abrangendo a maior parte do território brasileiro. O SIN garante a exploração nacional de 96,6% de toda energia produzida no País.

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Energia Termelétrica no Brasil• O Brasil encerrou o ano de 2012 com uma geração de 12,9% de

eletricidade a partir de usinas termelétricas, sendo que o gás natural contribuiu com 8,5%, os derivados de petróleo com 2,9% e o carvão mineral com 1,5% do total produzido.

• O impulso à produção termelétrica convencional no Brasil, ou seja, as que usam combustíveis fósseis para gerar energia, foi dado em 1999 após o blecaute provocado pela redução contínua dos níveis de armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas.

• A diminuição da geração nas hidrelétricas em função de questões climáticas associado ao aumento de consumo de energia após o plano de estabilização da economia – o Plano Real – ampliaram os riscos de novas crises no setor elétrico, dependente em 90% de geração hidrelétrica. Tal situação levou o governo a lançar, em 2000, o Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT).

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Termelétricas/Brasil• Motivos que levaram o governo federal a investir em

termelétricas convencionais no País:• esgotamento do potencial hidrelétrico nas proximidades dos

grandes centros consumidores; • presença de rigorosas exigências ambientais contribuindo

para aumentar os custos com a construção de usinas hidrelétricas e aumento do tempo de maturação do projeto.

• As termelétricas podem ser construídas próximas aos centros consumidores e também em menos tempo. Todavia, não se pode esquecer que queimam combustíveis fósseis 24 hora/dia para gerar e emitem gases do efeito estufa.

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Energia Nuclear no Brasil• A energia nuclear no Brasil é gerada em duas usinas

termonucleares da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). São denominadas de Usinas: Angra 1, Angra 2, que respondem por 2.9% da eletricidade total produzida no País.

• Angra 1 - A primeira usina nuclear brasileira entrou em operação comercial em 1985, dez anos depois do início de sua construção. Opera com um reator de água pressurizada (PWR), o mais utilizado no mundo. Com 640 megawatts de potência, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Porto Alegre ou São Luís.

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Angra 1• Nos primeiros anos de sua operação, Angra 1 enfrentou problemas com

alguns equipamentos que prejudicaram o funcionamento da usina, sofrendo 20 paralisações em cinco anos. Essas questões foram sanadas em meados da década de 1990, fazendo com que a unidade passasse a operar com padrões de desempenho compatíveis com a prática internacional. Em 2010, a usina bateu seu recorde de produção, fato que se repetiu novamente em 2011.

• Esta primeira usina nuclear foi adquirida da empresa americana Westinghouse sob a forma de “turnkey”, como um pacote fechado, que não previa transferência de tecnologia por parte dos fornecedores. No entanto, a experiência acumulada pela Eletrobrás Eletronuclear em todos esses anos de operação comercial, com indicadores de eficiência que superam o de muitas usinas similares, permite que a empresa tenha, hoje, a capacidade de realizar um programa contínuo de melhoria tecnológica e incorporar os mais recentes avanços da indústria nuclear.

• Um exemplo disso foi a troca dos geradores de vapor – dois dos principais equipamentos da usina – realizada em 2009. Com a substituição, a vida útil de Angra 1 poderá ser estendida, permitindo que a usina esteja apta a gerar energia para o Brasil por décadas.

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Angra 2• Segunda usina nuclear brasileira começou a operar

comercialmente em 2001. Com potência de 1.350 megawatts, Angra 2 é capaz de atender ao consumo de uma cidade de 2 milhões de habitantes.

• A usina conta com um reator de água pressurizada (PWR) de tecnologia alemã da Siemwns/KWU (hoje Areva NP), fruto de acordo nuclear entre Brasil e Alemanha, assinado em 1975. Angra 2 começou a ser construída em 1981, mas teve o ritmo das obras desacelerado a partir de 1983, devido à crise econômica que assolava o país naquele momento, parando de vez em 1986. A unidade foi retomada no final de 1994 e concluída em 2000.

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Angra 2• A performance da usina tem sido exemplar desde o início.• No final de 2000 e no início de 2001, sua entrada em

operação permitiu economizar água dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, amenizando as consequências do racionamento de energia, especialmente na região Sudeste, maior centro de consumo do país.

• A construção de Angra 2 propiciou transferência de tecnologia para o Brasil, o que levou o país a um desenvolvimento tecnológico próprio, do qual resultou o domínio sobre praticamente todas as etapas de fabricação do combustível nuclear.

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Angra 3• Será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto

(CNAAA), localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Quando entrar em operação comercial em maio de 2018, a nova unidade, com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do estado do Rio de Janeiro.

• A energia gerada pela usina será de grande importância para impulsionar o crescimento da economia do país, garantindo a eletricidade necessária para abastecer os lares, as empresas e a indústria nacional.

• Angra 3 será irmã gêmea de Angra 2. Ambas contam com tecnologia alemã Siemens/KWU (hoje, Areva ANP).

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Local de construção de Angra 3

• Local definido para a construção de Angra III, na Praia de Itaorna (Ponta Grande) – Angra dos Reis (RJ).• http://www.eletronuclear.gov.br/aempresa/centralnuclear/angra2.aspx, acessado em 16-06-2014.•

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