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Miguel Torga

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Trabalho de PT sobre Miguel torga

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Miguel Torga

Miguel TorgaPseudonimo literario de adolfo correio da rocha medico de profissao. Autor de um obra extensa e diversificada foi reconhecido atraves da atribuiao de varios premoisos

1Biografia1907: Adolfo Correia da Rocha nasceu em So Martinho de Anta.1920-1925: Emigra para o Brasil.1928: Ingressa na faculdade de medicina. 1928: Escreve e publica o livro Ansiedade ainda com o seu nome de batismo.tera-feira, 10 de Junho de 2014Miguel Torga2

Miguel torga (Adolfo Correia da Rocha), nasceu a 12 de Agosto de 1907, em S. Martinho da Anta, concelho de Sabrosa, Trs-os-Montes. Filho de gente do campo, no mais se desliga das origens, da famlia, do meio rural e da natureza que o circunda

Entra no Seminrio, donde sai pouco tempo depois, para emigrar para o brasil em 1920, onde trabalhou na fazenda do tio, mas l o tio apercebe-se das suas qualidades, pagando-lhe os estudos no liceu da Leopoldina. Em 1925, regressa a Portugal, e entra na universidade de medicina em Coimbra, onde acaba por publicar os seus primeiros livros ainda com o seu nome de Batismo, tendo acabado a formatura em 1933.

2Biografia1933: Formatura em Medicina1934: Escreve a obra (em prosa) Terceira voz passa a usar o pseudnimo Miguel Torga.1939: Abertura do seu consultrio mdico.tera-feira, 10 de Junho de 2014Miguel Torga3

As pessoas diziam que ele era um homem tmido, arrogante e no dava nada a ningum, mas as imensas consultas grtis que deu desmentem

Coimbra uma das ligaes de Torga vida, a estudou e trabalhou em medicina e onde a criatividade esteve sempre presente, l tinha as suas tertlias e os seus amigos e passava todos os dias umas horas de cavaqueira com o seu amigo Joo Fernandes, essa cidade suscitava-lhe sentimentos opostos

Origem do pseudonimo

Desprezava a praxe praxe e o uniforme3Biografia1940: Casa-se com Andre Cabre.1955: Nasce a sua filha Clara Rocha.1995: Morre devido a um cancro.tera-feira, 10 de Junho de 2014Miguel Torga4

Avida afectiva. A nica que vale a pena.

A famlia um dos pontos fulcrais da sua vida, tendo uma relao de ternura, amor e respeito com o seu pai e me e filha, mostrando isso nos seus poemas.Miguel torga casou-se com Andre Crabb em 1940, uma estudante belga que viera a Portugal fazer um curso de vero na Universidade de Coimbra. O casal teve uma filha, Clara Rocha, que nasceu a 3 de Outubro de 1955.

4Obrastera-feira, 10 de Junho de 2014Miguel Torga5

Da sua vasta bibliografia escolhemos estes 2 livros:

Bichos Dos mais conceituados livros do autor constitudo por contos tornou-se um clssico da literatura portuguesa Esta obra um testemunho singular da unio natural entre homens e bichos. Ta na biblioteca

O seu Dirio (1941 - 1994), em 16 volumes, mistura poesia, contos, memrias, crtica social e reflexes. No ltimo volume, diz: "Chego ao fim, perplexo diante de meu prprio enigma. Despeo-me do mundo a contemplar atnito e triste o espetculo de um pobre Ado paradoxal, expulso da inocncia sem culpa sem explicao." O poema q vamos analisar ta no 4 volume

5Caractersticas lingusticasSimplicidade do discurso

Mtrica irregular

Metforas

Antteses

Estrofes irregulares

Comparaes

tera-feira, 10 de Junho de 2014Miguel Torga6

6TemticasHumanismoRevolta contra a divindadeLiberdadeBuclica

tera-feira, 10 de Junho de 2014Miguel Torga7A obra de Torga tem um carcter humanista: criado nas serras transmontanas, entre os trabalhadores rurais, assistindo aos ciclos de perpetuao da natureza, Torga aprendeu o valor de cada homem, como criador e propagador da vida e da natureza: sem o homem, no haveria searas, no haveria vinhas, no haveria toda a paisagem duriense, feita de socalcos nas rochas, obra magnfica de muitas geraes de trabalho humano. Ora, estes homens e as suas obras levam Torga a revoltar-se contra a Divindade Transcendente a favor da imanncia: para ele, s a humanidade seria digna de louvores, de cnticos, de admirao: (hinos aos deuses, no/os homens que merecem/que se lhes cante a virtude/bichos que cavam no cho/actuam como parecem/sem um disfarce que os mude).

Para Miguel Torga, nenhum deus digno de louvor: na sua condio omnisciente -lhe muito fcil ser virtuoso, e enquanto ser sobrenatural no se lhe ope qualquer dificuldade para fazer a natureza - mas o homem, limitado, finito, condicionado, exposto doena, misria, desgraa e morte tambm capaz de criar, e sobretudo capaz de se impor natureza, como os trabalhadores rurais transmontanos impuseram a sua vontade de semear a terra aos penedos bravios das serras. E essa capacidade de moldar o meio, de verdadeiramente fazer a natureza, mal-grado todas as limitaes de bicho, de ser humano mortal que, ao ver de Torga, fazem do homem nico ser digno de adorao.

Bucolica=poesiapastoral, que descreve a qualidade ou o carter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e danatureza pag 115 manual

7Poema: "MeEscrito aps a morte da sua me em 1945.Poema publicado no quarto volume de Dirio.Declamado por Eduardo Mesquita e acompanhado pela musica de Michael Ortega Its hard to say goodbye.tera-feira, 10 de Junho de 2014Miguel Torga88Me:Que desgraa na vida aconteceu,Que ficaste insensvel e gelada?Que todo o teu perfil se endureceuNuma linha severa e desenhada?

9Como as esttuas, que so gente nossa Cansada de palavras e ternura, Assim tu me pareces no teu leito. Presena cinzelada em pedra dura, Que no tem corao dentro do peito.

10Chamo aos gritos por ti no me respondes. Beijo-te as mos e o rosto sinto frio. Ou s outra, ou me enganas, ou te escondes Por detrs do terror deste vazio.

11Me:Abre os olhos ao menos, diz que sim!Diz que me vs ainda, que me queres. Que s a eterna mulher entre as mulheres. a.12Que nem a morte te afastou de mim!Analise formal: 2 redondilhas menores e 2 quadras ritmo:13 abcbc defef ghgh aijji

MeMe: Que desgraa na vida aconteceu, Que ficaste insensvel e gelada? Que todo o teu perfil se endureceu Numa linha severa e desenhada?

Como as esttuas, que so gente nossa Cansada de palavras e ternura, Assim tu me pareces no teu leito. Presena cinzelada em pedra dura, Que no tem corao dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti no me respondes. Beijo-te as mos e o rosto sinto frio. Ou s outra, ou me enganas, ou te escondes Por detrs do terror deste vazio.

Me: Abre os olhos ao menos, diz que sim! Diz que me vs ainda, que me queres. Que s a eterna mulher entre as mulheres. Que nem a morte te afastou de mim!

Miguel Torga, in 'Dirio IV' fimAnalise formal: 2 redondilhas menores e 2 quadras Rima: Verso branco-2 cruzadas 3 primeiras verso brnco Interpolada e emparelhadaComparao e meaforaInformal:Tristeza dor da morte da me em 45 5 estados da perda: Negao no diz q a mae morreu Raiva Chamo aos gritos por ti Depresso Terror deste vazio Aceitaao que nem a morte te separou de mimComovedora idei q a mae continua viva embora esteja morta 14tera-feira, 10 de Junho de 2014Miguel Torga15Fimnull144594.05