migrações ilegais na europaaa

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

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Para os mais de 300 mil imigrantes e refugiados que chegaram à Europa pelo Mar Mediterrâneo até agosto deste ano,

arriscar a vida em embarcações sem nenhuma infraestrutura não é pior do

que as circunstâncias que eles vivem em seus países.

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Ao fluxo mais tradicional de migrantes ilegais que atravessam o Mediterrâneo vindos da África, soma-se hoje uma leva crescentede pessoas que tentam escapar de conflitos na Ásia Central e no Oriente Médio.

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De todo o contingente que cruzou o Mar Mediterrâneo em direção a Europa durante os primeiros seis meses de 2015,um terço era formado por homens, mulheres e crianças da Síria, cujos cidadãos têm sido quase universalmente reconhecidoscomo refugiados ou elegíveis a outras formas de proteção internacional.

Os outros dois terços são majoritariamente originários de países como Afeganistão e Eritréia.

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Em abril de 2015, um barco com 80 migrantes ilegais naufragou na costa da Grécia, matando pelo menos três pessoas.

No mesmo mês, outra embarcação, saída da Líbia, com mais de 850 migrantes de diversas nacionalidades, afundou próximo à

Ilha de Lampedusa, na Itália. Apenas 28 sobreviveram. As arriscadas travessias do Mediterrâneo são a face mais visível de um

fenômeno que, em maior ou menor grau, envolve o mundo todo: as migrações humanas.

RESGATE - Migrantes recebem ajuda na ilha grega de Rodes, em abril de 2015, depois do naufrágio do barco em que atravessavam o Mediterrâneo

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Em abril de 2015, um barco com 80 migrantes ilegais naufragou na costa da Grécia, matando pelo menos três pessoas.

No mesmo mês, outra embarcação, saída da Líbia, com mais de 850 migrantes de diversas nacionalidades, afundou próximo à

Ilha de Lampedusa, na Itália. Apenas 28 sobreviveram. As arriscadas travessias do Mediterrâneo são a face mais visível de um

fenômeno que, em maior ou menor grau, envolve o mundo todo: as migrações humanas.

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A principal motivação para as migrações é econômica, a busca por melhores condições de trabalho e vida.

Daí que, tradicionalmente, países da União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA) despertam forte atração.

As nações ricas concentram quase 60% dos migrantes internacionais. Em 2012, eles representavam 10% da

população desses países, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As migrações ocorrem por várias causas: política, religiosa, ambiental, mas a mais decorrente é a econômica...

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Na cidade de Calais, na França, um campo de refugiados, aberto em 1999, abriga imigrantes vindos da África e do Oriente Médioe cresce diariamente. Mais de 4 mil pessoas já vivem na cidade, um amontoado de barracas que foi batizado de “a selva”.

Desde então, os migrantes continuam chegando a Calais, onde construíram acampamentos improvisados perto do porto.

Muitos dos que chegam ao continente, seguem por quase 3 mil quilômetros em caminhões, trens, a pé, até a cidade de Calais, no norte daFrança. Ali, encontram outra barreira: o Canal da Mancha que faz fronteira com a Inglaterra. O jeito de chegar é atravessar os quase 50quilômetros do Eurotúnel, que passa por baixo do mar, e por onde trafegam trens que carregam carros e caminhões e também um trem depassageiros, o Eurostar. A estação de Saint Pancras, no centro de Londres, é o ponto final do Eurostar.

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"Encontramos o traficante de pessoas num posto de gasolina às duas da manhã. Os caminhões indo para a Grã-Bretanhaestavam sempre estacionados ali, perto da estação de trem. Normalmente tentávamos entrar neles clandestinamente ànoite, quando os motoristas estavam dormindo e não havia muita polícia à volta.Éramos 25 pessoas, então o traficante nos dividiu em grupos. Cada grupo seria colocado num caminhão diferente. Otraficante escolheu os sete mais altos. Cinco de nós éramos sírios e os outros dois, egípcios. Com 25 anos, eu era o maisnovo do grupo.Sabíamos que nosso veículo, um caminhão-tanque, estava indo para a Grã-Bretanha porque o traficante viu essainformação colocada no para-brisa do veículo. Ele é um iraquiano de origem curda e trabalha com isso há anos. Eu saí daSíria sem dinheiro algum, então trabalhei com ele em Calais por quase dois meses para pagar a minha "passagem". Otraficante já tinha me dito que caminhões que transportam líquidos entram direto nos trens (que cruzam o Eurotúnel) sempassar pelo raio-x.

O motorista do caminhão escolhido para o nosso grupo ainda estava dormindo na boleia, então subimossobre o tanque em silêncio e o traficante cortou os arames que trancavam a escotilha. Não tínhamos ideia do que estavano interior, mas assim que a escotilha foi aberta o cheiro chegou até nós. Estávamos entrando num tanque cheio dechocolate líquido.

Fazia frio em Calais, então quando entramos no chocolate quente foi um sensação gostosa. Mas depoisde 15 minutos o calor começou a ficar desconfortável.Tenho cerca de 1,85 m de altura, mas não conseguia colocar os pés no fundo. Todos segurávamos o mecanismo deabertura da escotilha com uma das mãos enquanto apoiávamo-nos uns nos outros com a outra. Tudo isso com chocolateaté o pescoço. Se um de nós perdesse o apoio, afundaria no chocolate e não poderíamos fazer nada para tirá-lo de lá.Com a escotilha fechada, tínhamos pouco ar para respirar. O calor era terrível e precisávamos mexer as pernasconstantemente para não ficarmos presos no chocolate.

Mas resistimos, na esperança de que o caminhão se movesse logo. Era uma jornada de até meia-hora doposto de gasolina até o trem e assim que passássemos o controle de segurança poderíamos sair.Mas o caminhão continuou parado. Ficamos lá por mais de duas horas. Não havia o que dizer. Apenas xingamos (opresidente da Síria) Bashar al-Assad por nos colocar nessa situação.

Meus companheiros começaram a dizer que estava muito quente, que tínhamos de sair do tanque. Mas se qualquer um de nós deixasse caminhão, haveria marcas de chocolate do lado de fora. Seríamos todosdescobertos. Um ou dois homens começaram a chorar. Decidimos que todos sairíamos, mas o chocolate era tão grudento que foram precisos vários de nós para ajudar a abrir a escotilha e sair.O último foi o mais complicado, pois não havia ninguém para empurrá-lo para cima. Tentamos puxá-lo, mas ele estava sendo sugado pelo chocolate. Ele teve que se livrar dos sapatos para sair. Ficaram lá (no chocolate).Foi uma longa caminhada para o nosso acampamento. Estávamos coberto de chocolate da cabeça aos pés - mãos, pés, cabelos e olhos. Mas ao menos era chocolate de qualidade. Ainda estávamos lambendo-o de nossapele quando chegamos ao acampamento. Deixamos pegadas de chocolate na estrada. O narrador desta história acabou entrando na Grã-Bretanha posteriormente, escondido em uma carroceria carregando caminhõesnovos. Ele, se escondeu na boleia de um que estava com as portas destrancadas. O refugiado sírio hoje trabalha num restaurante árabe na cidade de Sheffield.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150331_siria_refugiado_chocolate_fd.shtml

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografiahttp://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/09/140905_carro_imigrante_lab

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Muitos querem solicitar asilo no Reino Unido. Outros querem entrar no país de forma incógnita e permanecer como trabalhadores ilegais.

Natacha Bouchart, prefeita de Calais, diz que os imigrantes ilegais veem o Reino Unido como um bom local para receberbenefícios sociais e um lugar melhor para encontrar emprego que a França - apesar da existência de estudos que não

comprovam isso.

A Cruz Vermelha britânica diz que a maioria dos migrantes quer cruzar o canal porque acredita que há mais chances de encontrar emprego no

Reino Unido ou porque fala inglês e quer usar o idioma.

Outros têm família no Reino Unido, ou têm a impressão de que há melhores condições de vida e de educação no país.

Mas o Reino Unido não é o principal destino dos migrantes na Europa.Segundo as estatísticas da Eurostat, a Alemanha foi o país que mais recebeu pedidos de asilo em 2014 (quase 203 mil), seguida por Suécia, Itália,França, Hungria e, só depois, Reino Unido.

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No Eurotúnel, foram bloqueadas 37 mil tentativas desde janeiro passado, segundo o governo britânico.

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A Câmara de Comércio de Calais é a encarregada da segurança do porto. No último trimestre do ano passado, o governo britânico prometeu maisde US$ 19 milhões nos próximos três anos para ajudar a França a lidar com o problema.

No início deste mês, o Reino Unido anunciou cerca de US$ 3 milhões adicionais para estabelecer em Calais uma nova zona de segurança para oscaminhões que cruzam o canal.Semanas depois, confirmou que daria mais US$ 11 milhões para medidas de melhoria da segurança em Calais e na entrada do túnel. O ReinoUnido também está enviando uma cerca, conhecida como "National Barrier Asset", para ser colocada ao redor do terminal em Coquelles.O porto é protegido por uma cerca de cinco metros coberta com arame farpado e câmeras de segurança. As portas e a área externa são vigiadaspor agentes fortemente armados da polícia antidistúrbios da França.

O Eurotúnel já gastou mais de US$ 14 milhões em segurançanos primeiros seis meses de 2015, incluindo o dinheiro para cercas,

câmeras, detectores infravermelhos e guardas adicionais.

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MOMENTOS DISTINTOS:

-1850 a 1950 Europa de EMIGRAÇÃO (Revolução Industrial).

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MOMENTOS DISTINTOS:

-1850 a 1950 Europa de EMIGRAÇÃO (Revolução Industrial).

-Pós 1950 até 1970 Europa atraiu (de 1950 a 1970 o continente quer esse imigrante, pra reconstruir o território, para fazer o processo de produção andar)

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MOMENTOS DISTINTOS:

-1850 a 1950 Europa de EMIGRAÇÃO (Revolução Industrial).

-Pós 1950 até 1970 Europa atraiu (de 1950 a 1970 o continente quer esse imigrante, pra reconstruir o território, para fazer o processo de produção andar)

-70 aos dias atuais Terceira Rev. Industrial (Globalização se acentuando - desindustrialização europeia, as fábricas que ficam se robotizando.) a Europa não quer mais esse imigrante e o discurso de aceite vira então a XENOFOBIA.

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MOMENTOS DISTINTOS:

-1850 a 1950 Europa de EMIGRAÇÃO (Revolução Industrial).

-Pós 1950 até 1970 Europa atraiu (de 1950 a 1970 o continente quer esse imigrante, pra reconstruir o território, para fazer o processo de produção andar)

-70 aos dias atuais Terceira Rev. Industrial (Globalização se acentuando - desindustrialização europeia, as fábricas que ficam se robotizando.) a Europa não quer mais esse imigrante e o discurso de aceite vira então a XENOFOBIA.

O IMIGRANTE NÃO É MAIS BEM VINDO

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A crise econômica global aberta em 2008 desencadeou uma mudança nas rotas migratórias.

Atingidos, no início, com mais força pela crise, os países ricos mergulharam em recessão – o que afugentou os imigrantes.

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Por outro lado, destinos antes pouco importantes tornaram-se mais atraentes. Um exemplo são países produtores de petróleo doGolfo Pérsico, como os Emirados Árabes Unidos e o Catar. Com um mercado de trabalho forte no setor da construção civil, essespaíses têm hoje os estrangeiros como maioria de sua população.

O México – antes, um ponto de passagem na principal rota de migração em direção aos EUA – passou a atrair mais estrangeiros.Entre 2000 e 2010, quase dobrou o número de imigrantes legais em território mexicano.

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Outro fator que explica as mudanças no fluxo das migrações é político: as decisões adotadas por vários países desenvolvidos,mesmo antes de 2008, de fechar cada vez mais severamente as fronteiras à entrada de estrangeiros vindos de nações pobres.

CISJORDÂNIA-ISRAEL: O Muro da Cisjordânia — ou "Muro da Vergonha", como é

chamado pelos críticos da ocupação israelense — começou a ser construído em 2002

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ESPANHA-MARROCOS: MUROS DE CEUTA E MELILLA

Ceuta e Melilla são o enclave espanhol na África e representam oresquício do colonialismo europeu no continente africano

EUA-MÉXICO

Barreira anti-imigração em fronteira dos Estados Unidos com o México se estende até a praia

A fronteira entre a Turquia e a Grécia era tida pela UE como a "porta dos fundos" para aentrada de imigrantes na Europa. Por esse motivo, a Grécia, o país europeu mais afetado pelacrise econômica de 2008 e alvo de severas medidas de austeridade, resolveu investir € 3,2milhões (R$ 10,15 milhões) para erguer em 2012 um muro de mais de 10 quilômetros deextensão ao longo de um trecho da margem do rio Evros, fronteira natural que separa a oterritório europeu dos vizinhos turcos.

GRÉCIA-TURQUIA: MURO DE EVROS

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A menos que sejam trabalhadores altamente qualificados, as chances de ingresso legal no mercado de trabalho do mundodesenvolvido diminuem progressivamente.

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Além da concorrência por postos de trabalho, as diferenças culturais ajudam a gerar tensão nos países ricos, onde ganham forçaos discursos de políticos da extrema direita, no geral com um viés nacionalista.

Qualificados ou não, diante dos escassos empregos e recursos sociais, os imigrantes são recebidos, em muitos países, comdesconfiança e aversão – xenofobia.

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Essa visão xenófoba vem acompanhada de um conteúdo abertamenteracista, pela cor da pele, ou de preconceito religioso – por exemplo,identificar muçulmanos com o terrorismo. Nas mais recentes eleições doParlamento Europeu, em 2014, partidos que defendem posições contráriasà imigração registraram expressivas votações.

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2105764

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Nossa liberdade e identidade nacional estão ameaçadas. É uma ameaça interna e externa, que se chama islã." Aafirmação de uma das lideranças do movimento Pegida (sigla em alemão para "Europeus patriotas contra aislamização do Ocidente") eleva os aplausos entre os cerca de 5 mil manifestantes em frente à igrejaFrauenkirche, na praça principal do centro histórico de Dresden.A brasileira R. Mildner (*), de 59 anos, grita em coro com a multidão: "Wir sind das Volk" – "Nós somos o povo".Ela saiu das montanhas de Altenberg, nos arredores de Dresden, com o marido e o filho para participar damanifestação. "Por três motivos principais: contra a corrupção internacional, pela preservação da cultura alemãe, principalmente, contra o extremismo religioso", argumenta a advogada.Os olhares são curiosos e cerceadores. O termo Lügenpresse ("imprensa da mentira"), utilizado pelos nazistaspara criticar a mídia, também ecoa nos protestos do Pegida. No fim da tarde, a polícia já chega para cercar aárea. Todas as segundas-feiras, às 18h, a praça da cidade do leste alemão é tomada pelas cores da bandeiranacional. A família Mildner carrega uma bandeira antiga do estado da Saxônia."Estou emocionada, porque me lembro de quando era jovem e liderava o movimento estudantil naUniversidade Federal do Espírito Santo. Hoje o Brasil passa por uma situação política difícil. Meu coração estáaqui, mas queria estar lá lutando pelo povo brasileiro", diz Mildner, natural de Vila Velha (ES).Entre cartazes que dizem "Não dê chance ao islã", aparecem outros pedidos: "Amizade com os russos em vezdos vassalos da América" e "Fora, refugiados"."A cidade é palco para a expressão de frustrações com a mudança do sistema político depois da Reunificaçãoalemã. Existe um complexo de inferioridade, e a islamofobia é apenas uma forma de extravasardescontentamentos mais profundos", analisa o sociólogo Karl-Siegbert Rehberg, da Universidade Técnica deDresden.Os Mildner estão incomodados com os frequentadores de um abrigo para refugiados, que fica próximo à casada família. "Eles estão roubando, mijando no ônibus. Não se trata de refugiados. São pessoas da Tunísia, doMarrocos, do Kosovo", afirma o alemão J. Mildner, marido da brasileira. "Eu penso que essas pessoas nãopodem vir para cá. Acho um perigo extremo. Há radicais entre os refugiados, são criminosos. Por isso, estamosaqui.""Durante a ditadura militar, professores, engenheiros, jornalistas e sociólogos tiveram uma dificuldade enormepara conseguir asilo político", pontua a brasileira. "Hoje, qualquer um consegue refúgio aqui na Alemanha. Essapolítica precisa ser reformada."Segundo A. Mildner, filho do casal, o movimento Pegida não tem natureza racista. "As pessoas tomam partidoporque nunca vieram conversar com os manifestantes e saber exatamente o que eles estão fazendo aqui",afirma o estudante de 25 anos, que tem nacionalidade alemã e brasileira. "Dizem que temos preconceito contratodo mundo e, como vocês podem ver, somos uma família que poderia ser tratada como estrangeira. Jamaissofri discriminação."A mãe diz que, desde que se casou, nunca teve problemas. "Sempre me adaptei e me integrei à sociedadealemã. Sou bem aceita, até já trouxe uma bandeira do Brasil aqui para o protesto", conta.O marido destaca que o Pegida é um movimento internacional. "Aqui tem muitos espanhóis, holandeses,portugueses, poloneses, tchecos, russos. Tudo depende de como você fala, vive e se articula com as pessoas.Assim você é aceito", diz, ressaltando que o Brasil precisa ter uma versão do Pegida. "Queremos um 'PegidaBrasil' contra a corrupção, principalmente, e para preservar os valores culturais, educativos e cristãos."O discurso acaba e, em meio a mais aplausos, começa a marcha nos arredores da praça. J. Mildner levanta abandeira da Saxônia, e a família sai em passeata. Um dos manifestantes vem em direção à equipe da DW Brasil etenta tapar a lente da câmera com a mão.A 500 metros do protesto do Pegida, na praça Postplatz, aproximadamente 200 pessoas estão reunidas. Noscartazes, uma mensagem diferente: "Refugiados, sejam bem-vindos." A única bandeira empunhada é formadapor retalhos coloridos, representando a diversidade de culturas.Em frente ao prédio do teatro, do século 19, um telão reproduz o apelo: "Por uma Dresden aberta ao mundo"."Não é apenas uma contramanifestação, mas um protesto a favor da convivência, da democracia e datolerância", diz Eric Hattke, do Movimento Dresden para Todos, grupo foi criado em resposta aos protestos doPegida.Jovens brasileiros já tocaram samba nas contramanifestações. "É apenas uma minoria que apoia ideiasxenófobas. Dresden tem um histórico de racismo, então é importante participar desses eventos", diz opercussionista Eduardo Mota, de Salvador, que vive há cinco anos na Alemanha.Às segundas-feiras, grupos se mobilizam para visitar casas e abrigos de refugiados. Eles oferecem amparo numdia que, para alguns estrangeiros, se tornou sinônimo de apreensão em Dresden.

http://www.cartacapital.com.br/internacional/uma-brasileira-no-pegida-247.html

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A advogada capixaba de 59 anos faz parte de um movimento extremista de direita que se alastra pela Europa e se declara contraa entrada de estrangeiros em seus países. Os Mildner relatam à reportagem que estão incomodados com os frequentadores deum abrigo para refugiados, que fica próximo à casa da família. "Eles estão roubando, mijando no ônibus. Não se trata derefugiados. São pessoas da Tunísia, do Marrocos, do Kosovo", afirma o alemão J. Mildner, marido da capixaba. "Eu penso queessas pessoas não podem vir para cá. Acho um perigo extremo. Há radicais entre os refugiados, são criminosos. Por isso, estamosaqui”, diz o patriarca

Uma imigrante fazendo protesto contra a entrada de imigrantes...

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A Europa vive uma situação contraditória: apesar das políticas para frear a entrada de imigrantes, as nações europeias mais ricasdependem da mão de obra estrangeira para manter a economia em marcha.

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Isso acontece porque em muitos desses países a população está se reduzindo. Com a queda sistemática na taxa de natalidade

nos países industrializados, o crescimento demográfico dessas populações acontece unicamente pelaentrada de imigrantes.

Nos países mais pobres, ao contrário, continua ocorrendo o crescimento natural da população (ou seja, com mais nascimentos do que mortes),

ainda que num ritmo cada vez menor.

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As barreiras políticas à migração, que aumentaram nos últimos anos, acabaram levando a um crescimento da imigração ilegal emdiversos pontos do globo.

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São situações em que pessoas desesperadas arriscam tudo na tentativa de conseguir um futuro melhor, sujeitando-se, inclusive,a redes clandestinas de contrabando de imigrantes.

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2727471&seccao=%C1frica

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Nos primeiros seis meses do ano, o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) registra que pelo menos 1.868pessoas morreram ou desapareceram no Mediterrâneo. O aumento de mortes na região tem sido atribuído ao cancelamento,em novembro de 2014, do Mare Nostrum, um programa de patrulha e resgate gerido pela Itália, com financiamento da UE.

1.868 Mortos no 1° Semestre 2015Operação Mare Nostrum foi uma operação naval eaérea do governo italiano iniciada em 18 deoutubro de 2013 para enfrentar o aumento daimigração para a Europa durante o segundosemestre de 2013 após o naufrágio migratório offLampedusa . Durante a operação, pelo menos150.000 migrantes, principalmente da África e doOriente Médio, conseguiram chegar comsegurança à Europa. A operação foi nomeada deMare Nostrum, antigo nome romano para o MarMediterrâneo. A Comissão Europeia concedeuapoio financeiro para a operação com € 1,8 milhãodo Fundo para as Fronteiras Externas. MareNostrum foi conduzida pela Marinha italiana pertoda costa da Líbia.

O programa também buscava identificar e punir redes de tráfico humano no

Mediterrâneo.

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Entre as centenas de milhões de migrantes no mundo existe um grupo específico, de pessoas desalojadas por guerras ouperseguições políticas ou étnicas.

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O Acnur calcula que havia no mundo, em 2014, 59,5 milhões de pessoas nessa situação – um número que só encontraprecedente no período que se seguiu à II Guerra Mundial.

PERÍODO PESSOAS DESLOCADAS À FORÇA

2014 59,5 milhões

2013 51,2 milhões

2005 37,5 milhões

1995 14,9 milhõesFonte: ACNUR. Relatório Tendências Globais. Disponível em:http://unhcr.org/556725e69.html#_ga=1.135611124.494207447.1422577505. Acesso em: 07 set. 2015.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografiahttp://imgms.almanaque.abril.com.br/81/03-uniao-europeia1.jpg?1332959580

Muitos desses migrantes deslocam-seinternamente (mudam de região dentro dopróprio país em que têm cidadania); outrospedem refúgio ou asilo em países estrangeiros.

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Asilo e refúgio têm um mesmo objetivo – proteger quem foge de seu país por sofrer algum tipo de ameaça à vida ou à liberdade.

O refúgio é direito que consta da Declaração Universal dos Direitos do Homem e de protocolos e convenções da ONU.

Já o asilo é uma decisão soberana de cada nação.

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Asilo e refúgio têm um mesmo objetivo – proteger quem foge de seu país por sofrer algum tipo de ameaça à vida ou à liberdade.

O refúgio é direito que consta da Declaração Universal dos Direitos do Homem e de protocolos e convenções da ONU.

Já o asilo é uma decisão soberana de cada nação.

http://www.justica.gov.br/noticias/entenda-as-diferencas-entre-refugio-e-asilo

O refúgio é concedido ao imigrante por fundado temor de perseguição por

motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. Enquantotramita um processo de refúgio, pedidos de expulsão ouextradição ficam em suspensos. O refúgio tem regras mundiais bem definidas e

possui regulação pelo organismo internacional ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas paraos Refugiados. No Brasil, a matéria é regulada pela Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, que criou oComitê Nacional para os Refugiados – Conare, e pela Convenção das Nações Unidas sobre o Estatutodos Refugiados , de 28 de julho de 1951.

O Conare (Comitê Nacional para Refugiados) é o órgão colegiado,vinculado ao Ministério da Justiça, que reúne segmentos da áreagovernamental, da sociedade civil e das Nações Unidas. Cabe ao Conareanalisar e deliberar sobre o pedido sobre o reconhecimento dacondição de refugiado.

Quanto aos pedidos de asilo, esses estão previstosna Constituição Federal, no artigo 4º, que coloca oasilo político como um dos pilares que rege asrelações internacionais. Não existe uma leiespecífica para tratar os casos de asilo, que éavaliado diretamente pela Presidência da República.

No caso do asilo, as garantias sãodadas apenas após a concessão.Antes disso, a pessoa que estiver em territórionacional estará em situação de ilegalidade. O asilopode ser de dois tipos: diplomático – quando orequerente está em país estrangeiro e pede asilo àembaixada brasileira - ou territorial – quando orequerente está em território nacional. Seconcedido, o requerente estará ao abrigo do Estadobrasileiro, com as garantias devidas.

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A Síria, assolada pelos embates que opõem grupos pró e contra o governo de Bashar al-Assad desde 2011, é a maior responsávelpelo enorme crescimento no número de refugiados no mundo.

O país vive uma ditadura, desde a década de 1970 (ditadura familiar)

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A Síria, assolada pelos embates que opõem grupos pró e contra o governo de Bashar al-Assad desde 2011, é a maior responsávelpelo enorme crescimento no número de refugiados no mundo.

O país vive uma ditadura, desde a década de 1970 (ditadura familiar)

-Hafez al-Assad: Governo de 1971 à 2000-Bashar al-Assad: Governo de 2000 aos dias atuais

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

A Síria, assolada pelos embates que opõem grupos pró e contra o governo de Bashar al-Assad desde 2011, é a maior responsávelpelo enorme crescimento no número de refugiados no mundo.

O país vive uma ditadura, desde a década de 1970 (ditadura familiar)

-Hafez al-Assad: Governo de 1971 à 2000-Bashar al-Assad: Governo de 2000 aos dias atuais

País multireligioso, de maioria muçulmana (que se divide e grupos: sunita (maioria), xiitas e alauitas (subdivisão dos xiitas)

que estão no governo, existem também os cristãos, drusos e até comunidades zoroastristas, da Antiga Pérsia.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

O governo Sírio, é alauita mas não pratica a imposição religiosa (que se trata de uma estratégia para afastar pequenos gruposreligiosos). É um Estado Laico.

As crenças dos alauítasA doutrina alauíta - uma variante heterodoxa e esotérica do xiismo - foielaborada no Iraque no século IX por Mohammad ben Nusseir,

discípulo do 10º imã Ali Hadi, que entrou em dissidência. Assimcomo os xiitas, que veneram Ali, primo e genro doprofeta Maomé, os alauítas o idolatram. Para eles, Maomé não é

mais que um véu que esconde "a essência" encarnada por Ali. Oterceiro personagem desta trindade é Salman Pak, um companheiro de

Maomé considerado a "porta" do conhecimento. Seus seguidoresacreditam na reencarnação, em geral carecem demesquitas, ignoram o jejum e a peregrinação a Meca,toleram o álcool e suas mulheres não utilizam véu.Celebram as festas muçulmanas e também as cristãs. A minoria étida por herética e mesmo como não-muçulmana pordiversas correntes sunitas.

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/alauitas-a-minoria-siria-que-mata-por-temer-ser-aniquilada/

Em 1971, o alauíta Hafez Assad - pai do atual governante,Bashar Assad - se tornou presidente, permanecendo como talpor longos 30 anos. Desde então, os alauítas, que representam

apenas 12% dos 22 milhões de sírios, passaram aprivilegiar outras minorias, fortalecendo suarelação com os cristãos ortodoxos (10% dapopulação) e os drusos (3%) e ofuscando a

importância dos sunitas, majoritários (74%) - o que despertou aira desses

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

Outro ponto conflituoso é no campo étnico.

A Síria é de maioria árabe, mas também é formada por curdos e existe o medo de que os curdos consigam independência.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

Outro ponto conflituoso é no campo étnico.

A Síria é de maioria árabe, mas também é formada por curdos e existe o medo de que os curdos consigam independência.

Os árabes são o maior grupo étnico doOriente Médio. São maioria no Egito,Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, nospaíses da península Arábica e nosterritórios sob a Autoridade Palestina.Também estão presentes nos países donorte da África, reunindo ao todo 350milhões de pessoas. O grupo éoriginário da península Arábica, deonde se espalharam, a partir do século7, em uma grande corrente migratóriaprovocada pela expansão do islamismo.O principal fator que os une, porém,não é a religião, mas a língua, quepertence ao tronco semítico (assimcomo o hebraico).

Os persas são descendentes depovos indo-europeus quechegaram à região do Irãatravés da Ásia Central porvolta do ano 1000 a.C. A línguaé escrita em caracteres árabes.“Sendo uma língua indo-européia, o persa é maispróximo do português que doárabe”, afirma Paulo DanielFarah, professor de Língua,Literatura e Cultura Árabes daUniversidade de São Paulo.

Os turcos são originários da Ásia Central,de onde migraram por volta do século 10.Eles formam mais de 80% dos habitantesda Turquia. O idioma era escrito emcaracteres árabes até 1929, quando seadotou o alfabeto latino. Não confundaárabe com turco. Durante seis séculos, atéa Primeira Guerra Mundial, os árabes doLíbano e da Síria foram dominados peloImpério Turco-Otomano. A confusão veiodos passaportes que eles usavam paraentrar no Brasil. O passaporte era turco,mas o portador era árabe.

Os 26 milhões de curdos são o maiorgrupo étnico sem Estado do mundo.Eles ocupam um território de cerca de500 mil quilômetros quadrados – maiorque o do Iraque – que engloba parte daTurquia, Irã, Iraque, Síria, Armênia eAzerbaijão. O idioma curdo é indo-europeu, como o persa, mas a grafiavaria. “Os curdos da Turquia usam oalfabeto latino. Os da Síria, Iraque e Irãusam o árabe”, diz Farah

Türk Dil Kurumuكوردی

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A ONU não tem se envolvido diretamente, muito pelos vetos da Rússia.-A Rússia vende armas para a Síria (possuem uma longa tradição militar, com longos contratos)Aliança favorece a Rússia, que não possui muitas saídas ‘utilizáveis’ para o mar. As saídas russas para o mar não são fáceis.

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A ONU não tem se envolvido diretamente, muito pelos vetos da Rússia.-A Rússia vende armas para a Síria (possuem uma longa tradição militar, com longos contratos)Aliança favorece a Rússia, que não possui muitas saídas ‘utilizáveis’ para o mar. As saídas russas para o mar não são fáceis.

Existe uma saída pelo mar báltico, pelo mar do norte, mas é necessário passar nas água de outros países.... cruzar outros países

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A ONU não tem se envolvido diretamente, muito pelos vetos da Rússia.-A Rússia vende armas para a Síria (possuem uma longa tradição militar, com longos contratos)Aliança favorece a Rússia, que não possui muitas saídas ‘utilizáveis’ para o mar. As saídas russas para o mar não são fáceis.

Outra saída é pelo Extremo Oriente (próximo da China)Mas é muito distante da Europa

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

A ONU não tem se envolvido diretamente, muito pelos vetos da Rússia.-A Rússia vende armas para a Síria (possuem uma longa tradição militar, com longos contratos)Aliança favorece a Rússia, que não possui muitas saídas ‘utilizáveis’ para o mar. As saídas russas para o mar não são fáceis.

Resta uma saída, pelo Mar Negro, passando por dentro de Istambul, mas A Turquia e a Rússia são inimigas desde os tempos mais antigos, inimigas militares e a Turquia pode fechar o mar para a Rússia a qualquer momento...

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

A ONU não tem se envolvido diretamente, muito pelos vetos da Rússia.-A Rússia vende armas para a Síria (possuem uma longa tradição militar, com longos contratos)Aliança favorece a Rússia, que não possui muitas saídas ‘utilizáveis’ para o mar. As saídas russas para o mar não são fáceis.

Uma base naval na Síria possibilita à Rússia uma saída direta para o Mar Mediterrâneo, mar bem próximo das principais potencias europeias e permite uma serie de saídas estratégicas interessantes...

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A Rússia também tem minorias em seu território (ela não pode agir de uma forma em seu interior e de outra em seu exterior) Como ela vai reprimir esses acontecimentos em outro país se ela mesma pratica isso em seu território?O país teria complicações em sua política interna..

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O Kremlin começa a se afastar do regime sírio.

10 jun. 2015.http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,russia-longe-da-siria---imp-,1703313

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O Ocidente não pode (e não quer) entrar em um conflito armado agora.

Não há vontade política para ter soldados ocidentais invadindo países islâmicos.Não haverá “boots on the ground” (botas no chão), ou seja, invasão terrestre.

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Uma invasão ocidental a um país islâmico seria um grande presente para os radicais que pregam a “guerra santa”.

Profanar solo muçulmano é quase a garantia de que haverá uma resposta, ainda que não seja possível prever sua forma eintensidade.

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O Conselho de Segurança da ONU, paralisado pelo veto russo (e eventualmente chinês), assiste há dois anos o massacre semrealmente fazer um esforço para reverter o quadro.

The Destruction Of Aleppo, Seen From Above

http://www.huffingtonpost.com/2013/08/06/aleppo-satellite-images-reveal-destruction_n_3713640.html

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Alguns pontos a serem levados em conta:

1. A vitória dos rebeldes não necessariamente interessa aos EUA e aliados, já que há rebeldes radicais em grandenúmero que posteriormente podem se voltar contra os EUA/OTAN (vide Afeganistão contra URSS e a

formação do atual Taliban ou a presença de grupos assim na Líbia atual).

O atual governo, com todas as suas falhas e violência, é laico. É o caso de se perguntar até onde realmente interessa enfraquecero governo sírio. Um dos maiores grupos opositores é a Brigada Al Nusra, composta de “jihadistas” veteranos de outros conflitos.

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2. A queda de Assad não representa nenhuma garantia de resolução do conflito, já que o que pode se

seguir é um novo Iraque (no Iraque houve invasão e nem assim foi possível manter o país estável).

Nesse caso, o Oriente Médio poderia se desestabilizar como um todo, já que Iraque e Síria são vizinhos e em ambos, de formasdiferentes, estão presentes questões sectárias (sunitas e xiitas) e étnicas (árabes e curdos, os últimos presentes também no Irã ena Turquia).

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3. Uma guerra prolongada na Síria é algo com um potencial do tipo “caixa de Pandora”, podendo desestabilizar o Líbano,a fronteira com Israel, o Iraque (que não precisa ser desestabilizado pois já está) e todo o equilíbrio de poderregional (incluindo a já citada Turquia).

Não é o momento oportuno para algo assim, já que o Egito continua instável, o mundo está em crise (e não precisa de mais crise)

e os desdobramentos da Primavera Árabe ainda não são totalmente previsíveis na Líbia, Tunísia e

outras regiões. Isso sem considerar ainda que Israel vive em permanente tensão com os palestinos e provavelmente prefere tersua fronteira norte segura. Já basta o Hizbollah libanês (também presente na Síria).

Fonte: Historia on line, Disponivel em:<http://historiaonline.com.br/2013/08/27/perspectivas-sobre-a-crise-siria/> Acesso em: 08 set. 2015.

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Grupo ultrarradical, sunita, muçulmano, que surgiu comoresultado dos conflitos no Iraque e na Síria.

A maior preocupação atualmente é que não existe uma formaeficaz de lutar contra o EI, o governo Iraquiano é fraco e a crisena Síria não parece perto de acabar.

Existe a possibilidade do EI virar o que ele deseja, um estado.

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O grupo surgiu como um grupo terrorista jihadista (jihad, vulgarmente se traduz como guerra santa), os jihadistas do EIconseguiram conquistar boa parte da Síria e do Iraque, inclusive postos de petróleo, refinarias, bancos, cidades grandes, portantoesse é um grupo que consegue se financiar...

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O EI demonstrou uma grande capacitação de se gerenciar, vende petróleo, cobram impostos, prestam assistência social nas áreasque eles governam, criaram já, algo como um Estado (se aproxima já de um Talebã, no Afeganistão) mas são muito radicais, elesatacam os próprios muçulmanos que discordam de suas visões.

A Al-Qaeda considera esse grupo radical.

Imagem do vídeo divulgado na internet que mostra a decapitação de Jame Foley, em agosto de 2014 (Foto: Reprodução/Archive.org)

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Cristãos, Muçulmanos xiitas ou muçulmanos sunitas moderados são alvos do grupo.

O Iraque vive uma crise política e militar, desde a saída americana o Iraque nunca se tornou um país pacífico (já não era com apresença americana e não conseguiu se tornar depois).

A Guerra do Iraque foi um conflito que começou a 20 de Março de2003 com a invasão do Iraque, por uma coalizão militar multinacionalliderada pelos Estados Unidos.

Formalmente, foi encerrado a 15 de dezembro de 2011.Soldados americanos e kuwaitianos fechando um portão de fronteira entre o Kuwait e o Iraque, em 18 de dezembro de 2011.

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O governo iraquiano acabou exacerbando as diferenças internas.

Formado basicamente por árabes xiitas (60% da população iraquiana) e ajudados pelos 20% da população curdo-sunitas,

portanto 80% da população.

Os outros 20%, são árabes sunitas que ajudam a compor o EI.

Houve negligência e quase vingança em alguns aspectos pois os árabes sunitas eram o grupo do Saddam Hussein.

Esse grupo cresceu muito no Iraque, baseado num descontentamento da população sunita com o atual governo.

Iraque é composto por:-árabes xiitas-árabes sunitas-curdos sunitas

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A crise na Síria permitiu o ressurgimento de alguns focos, líderes da antiga Al-Qaeda romperam com a sua organização por seremmais radicais do que ela e passaram a disputar na Síria com aquele que é o grupo que a Al-Qaeda apoia na Síria chamada BrigadaAl Nusra, portanto o EI luta contra a Al Qaeda na Síria.

É uma divisão dentro do radicalismo

Militante da Frente al-Nusra participa da tomada de ponto estratégico para a luta, na Síria

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E conseguiu crescer no Iraque aproveitando esse vácuo de poder e essa negligência do governo curdo/árabe/xiita ao

não fazer um diálogo, ao não conseguir construir um governo de coalisão que incluísse também os árabes sunitas que tinhamapoiado o Saddan.

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Atualmente o EI tem atraído radicais dentro mesmo da Europa.

Esse não é um grupo que se possa trazer para uma mesa de negociação.

Não estão atrás de um acordo político. A única solução é militar.

São ultra-radicais, para eles, a única saída é a Guerra Santa.

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Sempre houve o medo de uma fragmentação no Iraque.

Existe no norte do Iraque uma região autônoma dos curdos, competróleo, com comércio exterior próprio e com sua própria forçade defesa.

A Europa extra-oficialmente tem fornecido armas para os curdos.

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O Washington Post, publicou um editorial no início da semana (07/09/15) afirmando que “não se pode esperar que a Europaconsiga resolver sozinha um problema originado no Afeganistão, no Sudão, na Líbia e, acima de tudo, na Síria”. O New York Timesusou o mesmo raciocínio, escrevendo: “As raízes desta catástrofe estão em crises que a União Europeia não pode resolversozinha: as guerras na Síria e no Iraque, o caos na Líbia...”

Quais são, por sua vez, as "raízes" das crises nestes países, que deram origem a esta "catástrofe"?

( )http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Quem-e-responsavel-pela-crise-de-refugiados-na-Europa-/6/34421

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O que o mundo testemunha hoje, com os milhares de refugiados desesperados na tentativa de chegar à Europa, é efeito de umapolítica de força, implementada pelas potências ocidentais.

A estratégia foi resumida de forma simplificada numa frase do Wall Street Journal, logo após a primeira guerra contra o Iraque,

em 1991: "O uso da força funciona".

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Em mais de uma década, as guerras do Afeganistão e do Iraque, travadas com o pretexto de serem "contra oterrorismo", e justificadas com mentiras infames sobre "armas iraquianas de destruição em massa", só foram capazes de

devastar sociedades inteiras, matando centenas de milhares de homens, mulheres e crianças.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

A AMÉRICA GENEROSA NÃO EXISTE E NUNCA EXISTIU.

Os Estados Unidos têm:

-roubado, pedaço a pedaço, grandes territórios de povos impotentes ou quaseimpotentes;-têm posto sua vontade sobre inúmeras nações, contra o desejo e interesses delas,-têm violado centenas de tratados e acordos;-têm cometido crimes de guerras tão chocantes quanto numerosos.-têm manejado um chicote militar e o dólar como isca para construir um impériojamais visto pela humanidade..(...)(A FABRICAÇÃO DO IMPÉRIO AMERICANO, p.22)

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

A AMÉRICA GENEROSA NÃO EXISTE E NUNCA EXISTIU.

Os Estados Unidos têm:

-roubado, pedaço a pedaço, grandes territórios de povos impotentes ou quaseimpotentes;-têm posto sua vontade sobre inúmeras nações, contra o desejo e interesses delas,-têm violado centenas de tratados e acordos;-têm cometido crimes de guerras tão chocantes quanto numerosos.-têm manejado um chicote militar e o dólar como isca para construir um impériojamais visto pela humanidade..(...)(A FABRICAÇÃO DO IMPÉRIO AMERICANO, p.22)

EFEITO BUMERANG, apoio à déspotas em lugares distantes acaba inevitavelmenteafetando sua própria casa.-2002 os EUA invadem o Iraque (armas químicas no país)-EUA haviam ajudado a sustentar Saddam Hussein numa época em que ele usavaarmas químicas ativamente (final década 70, início década 80.)(CORRUPÇÃO À AMERICANA, p.36)

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

O revolucionário JOSÉ MARTÍ certa vez afirmou que: “Ver um crime comcalma é cometê-lo.”

Diante dos constantes crimes cometidos contra a humanidade pelo imperialismo americano,

assassinando e matando milhões de inocentes em todos os continentes do planeta, soacomo covardia nosso silêncio um tanto alienado.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

Quando eu ingressei como redator na editoria de assuntos internacionais da Folha de S.Paulo, um colega veterano me ensinou como se fazia para definir quais, entre as centenas de notícias que recebíamos diariamente, seriam merecedoras de destaque no jornal do dia seguinte. "É só olhar os telegramas das agências e ver o que elas acham mais importante", sentenciou. Pragmático, ele adotava esse método como um meio seguro de evitar que o noticiário da Folha destoasse dos jornais concorrentes, os quais, por sua vez, se comportavam do mesmo modo. Na realidade, portanto, quem pautava a cobertura internacional da imprensa brasileira era um restrito grupo de três agência noticiosas -- Reuters, Associated Press e United Press International, todas afinadíssimas com as prioridades geopolíticas dos Estados Unidos. Passadas mais de duas décadas, a cobertura internacional da mídia brasileira ainda se orienta por diretrizes estrangeiras. A única diferença é que agora as agências enfrentam a competição de outros fornecedores de informação, como a CNN e os serviços de empresas como a BBC e o New York Times, oferecidos pela internet. Mas o conteúdo é o mesmo. O resultado é que as informações internacionais que circulam pelo planeta, reproduzidas com mínimas variações em todos os continentes, são quase sempre aquelas que correspondem aos interesses de Washingon.

Quem confia nessa agenda está condenado uma visão parcial e distorcida, uma ignorância que só se revela quando ocorrem "surpresas" como a rebelião popular que derrubou o governo da Tunísia. De repente, o mundo tomou conhecimento de que a Tunísia -- um país totalmente integrado à ordem neoliberal e um dos destinos favoritos dos turistas europeus -- era governada há 23 anos por um ditador corrupto, odiado pelo seu povo. Como é que ninguém sabia disso? A mídia silenciou sobre o despotismo na Tunísia porque se tratava de um regime servil aos interesses políticos e econômicos dos EUA. O ditador Ben Ali nunca foi repreendido por violações aos direitos humanos e, mesmo quando ordenou que suas forças repressivas abrissem fogo contra manifestantes desarmados, matando dezenas de jovens, o presidente estadunidense Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, permaneceram em silêncio. Não abriram a boca nem mesmo para tentar conter o massacre. Só se manifestaram depois que Ben Ali fugiu do país, como um rato, carregando na bagagem mais de uma tonelada de ouro.

O caso da Tunísia não é o único na região. No vizinho Egito, outro regime vassalo dos EUA, Hosni Mubarak governa ditatorialmente desde 1981. Suas prisões estão lotadas de opositores políticos e as eleições ocorrem em meio à fraude e à violência, o que garante ao governo quase todas as cadeiras parlamentares. Mas o que importa, para o "Ocidente", é o apoio da ditadura egípcia às posições estadunidenses no Oriente Médio, em especial sua conivência com o expansionismo israelense. Por isso, a ausência de democracia em países como a Tunísia e o Egito nunca recebe a atenção da mídia convencional, ao contrário da condenação sistemática de regimes autoritários não-alinhados com os EUA, como o Irã e o Zimbábue. É sempre assim: dois pesos, duas medidas.

*Artigo publicado originalmente no Brasil de Fato. Igor Fuser é jornalista, doutorando em Ciência Política na USP, professor na Faculdade Cásper Líbero e membro do Conselho Editorial do Brasil de Fato.

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As intervenções predatórias na Líbia e na Síria foram feitas em nome dos "direitos humanos" eda "democracia", recebendo o apoio de uma série de organizações de pseudo-esquerda que representam camadas

privilegiadas da classe média – o Partido da Esquerda, na Alemanha, o Novo Partido Anticapitalista (NPA), na França, aOrganização Internacional Socialista, nos EUA, entre outros. Alguns chegaram a saudar as ações de milícias islamistas armadas efinanciadas pela CIA e chamá-las de "revoluções".

Quando são os “amigos” os que cometem crimes, o tom das denúncias muda de figura.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

A situação atual e a pressão insuportável de morte e destruição que leva centenas de milharesde pessoas à fuga desesperada e fatal representam a confluência de todos estes crimes doimperialismo.

A ascensão do ISIS (EI) e as guerras civis sectárias e sangrentas em curso no Iraque e na Síria são o produto dadevastação do Iraque pelos EUA, seguida do apoio da CIA e dos aliados regionais do imperialismoamericano ao ISIS e às milícias islamistas semelhantes na Síria

Page 82: Migrações ilegais na europaaa

Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

O tempo não altera a condição de migrante de uma pessoa.

Mesmo que ela tenha migrado ainda bebê, permanecerá

migrante até o final da vida. Por isso, os dados de migração,

quando não definem o número de pessoas em um período de

tempo, são cumulativos.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

Depois que os imigrantes forem distribuídos, e se incrustarem, em guetos, ou forem – ao menos parte deles – integrados, em longo e doloroso processo, que deverá durar décadas, aos países que os acolherem, a Europa nunca mais será a

mesma.

http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Europa-colhe-o-que-plantou-no-Oriente-Medio-e-Norte-da-africa/6/34426

Por enquanto, continuarão chegando a suas fronteiras, desembarcando em suas praias, invadindo seus trens, escalando suas montanhas, todas as semanas, milhares de pessoas, que, cavando buracos, e enfrentando jatos de água, cassetetes e gás lacrimogêneo, não tendo mais bagagem que o seu sangue e o seu futuro, reunidos nos corpos de seus filhos, irão cobrar seu quinhão de esperança e de destino, e a sua parte da primavera, de um continente privilegiado, que para chegar aonde chegou, fartou-se de explorar as mais variadas regiões do mundo.

É cedo para dizer quais serão as consequências do Grande Êxodo. Pessoalmente, vemos toda miscigenação como bem-vinda, uma injeção de sangue novo em um continente conservador, demograficamente moribundo, e envelhecido.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

Segunda, 30 de novembro de 2009 Suíça proíbe construção de minaretes Numa decisão política surpreendente, os suíços votaram – em um plebiscito realizado neste domingo – pela proibição da construção de minaretes no país. A iniciativa de políticos populistas de direita conquistou o apoio de 57,5% dos eleitores. Além de ter obtido 5 milhões de votos, a proposta de proibição foi aprovada pela maioria necessária de 26 dos 30 cantões da Suíça.

A reportagem é do sítio Deutsche Welle, 29-11-2009.http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/27962-suica-proibe-construcao-de-minaretes

A iniciativa popular "Contra a construção de minaretes", lançada pelos conservadores de direita do Partido Popular Suíço (SVP), parece ter encontrado respaldo da população apesar dos debates inflamados que precederam a votação. A outra questão a ser decidida no plebiscito deste domingo, a proibição da exportação de armas requerida por um grupo de esquerda, foi rejeitada pelos eleitores suíços, segundo indicam as primeiras projeções.

Comprometida a imagem de tolerância da Suíça

Os defensores da proibição da construção de novos minaretes consideram as torres das mesquitas um sinal político do risco de hegemonia por parte do islamismo. Os opositores, por outro lado, temem grandes prejuízos para o país, pois a proibição não apenas compromete a liberdade de religião, mas também pode gerar um conflito com o mundo árabe e prejudicar a economia do país.

O governo suíço se opõe energicamente à proibição. O presidente Hans-Rudolf Merzargumentou que a tolerância religiosa tem tradição na Suíça e que a maioria dos muçulmanos é bem integrada e respeita a ordem social.

A ministra da Justiça, Eveline Widmer-Schlumpf, teme que isso prejudique a imagem da Suíça no exterior. Ela se remeteu ao exemplo da Dinamarca e às ameaças de morte motivadas pela publicação das caricaturas de Maomé. Além disso, a ministra conta com represálias por parte dos parceiros econômicos árabes.

"Uma cruzada contra o islamismo"

O sociólogo suíço Jean Ziegler advertiu do surgimento de uma "atmosfera de pogrom" no país. Para ele, o plebiscito sobre a proibição de minaretes é, na verdade, um referendo sobre o islamismo. "Muitos muçulmanos temem atentados, violência e estigmatização", explica o ex-deputado social-democrata. "Inicialmente só havia um pequeno grupo dentro do Partido Popular Suíço, beirando ao fascismo, que exigia que se proibisse a construção de minaretes." E esse grupo acabou iniciando uma campanha gigantesca.

Para Ziegler, o SVP vive do medo das pessoas. Eles sempre precisam da imagem de novos inimigos. "Agora o partido iniciou uma cruzada contra o islamismo; e os muçulmanos são os novos bodes expiatórios." O sociólogo prevê que o plebiscito seja só o começo dessa "cruzada" contra o islã e teme que ela ainda possa se acirrar. Além disso, Ziegler adverte que isso poderá transformar os suíços nos "novos inimigos" no mundo islâmico.Quatro minaretes para 340 mil muçulmanos

Na Suíça vivem hoje 340 mil muçulmanos, em grande maioria provindos da antiga Iugoslávia e da Turquia. De aproximadamente 130 mesquitas e centros religiosos e culturais islâmicos, apenas quatro têm minarete. Estes se situam em Genebra, Zurique, Winterthur e nas proximidades de Olten. O que impulsionou a iniciativa de um plebiscito foram novos requerimentos para construção de minaretes em mesquitas até então pouco aparentes. O minarete é a torre ou plataforma elevada de onde os muezins chamam os fieis para a oração. Etimologicamente, a palavra provém do termo árabe "manara" (farol).

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES, disciplina de Geografia

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Ceuta e Melilla, dois pequenos enclaves espanhóis na costamediterrânea do Marrocos, são ambos destinos frequentes deimigrantes interessados em chegar à Europa. A foto feita por JoséPalazón, mostra um golfista em meio a uma tacada, observado por umgrupo de imigrantes (e um policial) sobre a cerca de arame farpadoque demarca a fronteira continental. Palazón disse ao jornal espanhol'El País' que fez a foto ao perceber o simbolismo da imagem.