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Capitulo I: IntroduoO nosso trabalho de pesquisa situa-se no campo temtico da aprendizagem das cincias naturais como uma disciplina independente no 2 ciclo do ensino bsico. Neste mbito, o presente trabalho de pesquisa aborda as causas da fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos na EPC 4 de Outubro na 3 classe, as possveis recomendaes que possam ser teis na vida docente como forma de melhorar a qualidade de ensino bsico, especialmente na disciplina das Cincias Naturais. Fizemos a nossa pesquisa na provncia de Manica no distrito de Chimoio no bairro Nhamatsane, na EPC 4 de Outubro. A fraca assimilao da matria cincias Naturais, por parte dos alunos nota-se pela participao limitada na sala de aula; at algumas crianas ainda apresentam certas dificuldades de interpretar certos fenmenos que ocorrem na natureza. A pesquisa foi feita com base nas seguintes metodologias: Reviso bibliogrfica, observao e inqurito. Estes mtodos ajudaram-nos na recolha de dados concretos e facilitaram-nos a desenhar estratgias para fortificar a aprendizagem das cincias naturais no 2 ciclo do ensino bsico especificamente na 3 classe. O grande desafio neste trabalho foi de identificar solues acerca da problemtica da Fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos que tem influenciado negativamente no aproveitamento pedaggico dos alunos. Alm do capitulo I da introduo, onde est descrito o tema, o problema e sua caracterizao, os objectivos, a justificativa da escolha do tema e as hipteses, o presente trabalho contm ainda quatro captulos, sendo: Captulo II Metodologia e amostra, descrevemos a metodologia usada para a composio do presente trabalho e o grupo alvo; Captulo III Fundamentao terica, neste definimos as palavras-chaves do trabalho, baseando-nos nas abordagens de vrios autores que trataram sobre o tema em epgrafe; Captulo IV Apresentao e anlise de dados; Captulo V Concluses, Recomendaes e Bibliografia, neste apresentamos as nossas ilaes, recomendaes levantadas a partir dos resultados da pesquisa e a lista das obras consultadas para o desenvolvimento do presente trabalho.

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1.1. Problema: Fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos.

1.1.1. Caracterizao do problema Ao longo do processo de ensino-aprendizagem, tem se verificado problemas de fraca assimilao da matria de cincias naturais, por parte dos alunos. Os alunos da quela turma apresentam algumas dificuldades de conhecer o meio ambiente mesmo com ajuda do professor na explicao, elas demonstram a falta de coragem em comentar a cerca de certos assuntos como por exemplo elementos de um rio, seres vivos e no vivos, caracterstica dos seres vivos etc. Alm desta situao nota-se tambm a dificuldade de interpretao de fenmenos naturais que ocorrem na natureza, no s tambm a questo de leitura e escrita um problema para as crianas da quela turma. As aulas de cincias naturais esto desenhado para que os alunos apliquem os conhecimentos as experincias da sua vida diria, de modo a se prepararem para vida num mundo em constante mudanas, verificando os professores da quele ciclo nota se ainda o uso de mtodos tradicionais, optando por passar apontamento sem a prvia explicao da matria em estudo, predominando o empirismo, considerando a criana como um ser no pensante.

1.2. Objectivos: 1.2.1. Geral Conhecer as causas da fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos 3 Classes, EPC 4 de Outubro. 1.2.2. Especficos Identificar e mencionar as causas da fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos na 3 Classes; Indicar os mtodos usados frequentemente pelos professores de Cincias Naturais na sala de aula 3 classe, Propor ideias para o melhoramento da Fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos na 3 Classes

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1.3.Justificativa da escolha do tema J Porque razo escolhi a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos na 3 Classes? O principal motivo da escolha do tema foi devido sua relevncia na melhoria da qualidade do ensino para os educandos assim como para os pais, alm de que o conhecimento das cincias naturais considerado como base da vida. A seleco deste tema tem em vista buscar informaes prticas sobre a aprendizagem das cincias naturais no 2 ciclo concretamente na Escola Primria Completa 4 de Outubro na Cidade de Chimoio. Portanto, realizado este estudo e encontradas as concluses sobre o assunto, vai permitir que os professores melhorem a sua postura de trabalho no que concerne ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos nas escolas. H maior probabilidade de contribuir para a mudana de comportamento na prtica da actividade educativa, em particular a maneira de interpretar os fenmenos da natureza e as suas mudanas a partir do ensino aprendizagem, nas nossas escolas e de modo geral de todos actores que de forma directa ou indirecta esto ligados a educao aprende e, desperta a vontade de encarar e combater o pr-conceito, de conhecimento no cientifico para o saber cientifico proveniente da evoluo das cincias naturais com vista ao progresso da educao. Este projecto tambm servir de modelo de reflexo sobre as boas praticas educativas, minimizar o autoritarismo dos professores, uso de mtodos adequados, criao de um clima de liderana democrtica e o uso de mtodos activos, criao de oportunidade nas crianas para expressarem livremente. Contribuir do mesmo modo para a mudana de comportamento dos docentes e os prprios alunos, em particular a maneira de como -se transmite e assimila-se a matria com vista ao progresso da educao e melhoria da qualidade de ensino.

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1.4. Hipteses Se h constrangimentos no mbito da aprendizagem das cincias naturais ento pode ter a sua origem na: H0) -Falta de formao psico-pedaggica dos professores da EPC 4 de Outubro, pode influenciar na fraca aprendizagem de cincias naturais; H1) -Falta de uso de mtodos activos na sala de aulas pode influenciar na fraca aprendizagem de cincias naturais; H2) Fraca interaco entre professor-aluno na sala de aula pode dificultar a aprendizagem de cincias naturais; H3) Falta de estmulo e interesse pelos estudos por parte dos alunos pode influenciar na fraca aprendizagem de cincias naturais; H4) Insuficincia de livros para as cincias naturais pode dificultar aprendizagem de cincias naturais;

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Captulo II: Metodologia e Amostra2.1. Metodologia de Pesquisa Para a concretizao deste trabalho, usamos os seguintes mtodos: Observao ao longo do trabalho observou-se a aprendizagem dos alunos nas cincias naturais na sala de aulas, para melhor enquadramento do tema em estudo. Questionrio aplicamos para recolher dados fiveis ao trabalho foi elaborados fichas de perguntas que foram respondidas pelos professores e alunos para melhor inteirar se sobre a situao da dificuldades de aprendizagem, de Cincias Naturais 3 Classe. Leitura bibliogrfica para melhor fundamentar o tema na vertente metodolgica recorreu se algumas obras que abordam especificamente assuntos inerentes a aprendizagem, de Cincias Naturais 3 Classes, de modo a garantir a cientificidade do trabalho.

2.2. Definio da amostraNesta investigao, trabalhamos com a amostra de 67 pessoas sendo 18 Professores da escola Primria Completa 4 de Outubro, dos quais trs (3) da 3 classe, 47 alunos da turma B, Director da escola e Director adjunto Pedaggico.

2.2.1. Caracterizao da amostraO nosso questionado forneceu-nos dados que achamos confidencial num universo de 67 elementos dos quais, dois dirigentes mximo do sexo masculino Director da escola e director adjunto pedaggico, 18 professores sendo 13 professores e 5 professoras, 47 alunos dos quais 23 alunos e 24 alunas. Para concretizao dos dados apresentados no trecho passamos a apresentar o quadro da descriminao da amostra a seguir:

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Quadro 1: Descriminao da amostra Designao Professores Director Adjunto Directores Alunos classe TotalFonte: (EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Local de pesquisa EPC 4 de Outubro EPC 4 de Outubro EPC 4 de Outubro 3 EPC 4 de Outubro Turma B

Gnero H 13 1 1 23 M 5 24

HM 18 1 1 47

Total 18 1 1 47 67

da

2.3. Delimitao do campo de pesquisa A escola primria completa 4 de Outubro localiza-se na provncia de Manica, municpio de Chimoio no bairro Nhamatsane. Quanto a situao geogrfica Norte: Monte Chizombero Sul: Bairro Guebuza Este: Bairro 25 de Junho Oeste: Bairro agostinho Neto Esta instituio foi construda em 1997, e comeou a funcionar no mesmo com um bloco de 3 salas, actualmente existe 4 blocos com 3 salas por cada, a escola funciona com 3 turnos leccionando do 1 ciclo 3 ciclo, no perodo nocturno funciona o ensino secundrio, a 3 classe contm 3 turmas na qual as turmas A e B era leccionado no perodo de manh e turma C perodo de tarde. A pesquisa destinava-se fundamentalmente ao Director da Escola, professores do 2 ciclos do ensino Bsico e alunos da Turma B da 3 classe. 2.4. Limitaes da pesquisa Durante a realizao deste trabalho, deparamos com limitaes de diversa ordem das quais julgamos que so dignas de registo, dentre as quais passamos a mencionar: 2.4.1 A dificuldade do preenchimento das fichas por parte de alguns alunos. No decurso da recolha de dados, processo este que privilegiou o contributo dos alunos no preenchimento dos inquritos, para a recolha de informaes to relevantes e preciosas, vivemos situaes pouco satisfatrias em algumas fichas, pois, alguns apresentaram lacunas nas questes apresentadas, factos que dificultaram de certo modo a interpretao clara destes dados.

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Captulo III: MARCO TERICA3.1. Conceitualizao e conceitos chaves, (aprendizagem, cincias naturais, professor, aluno, escola).

3 .1 .1

Aprendizagem um processo de aquisio e assimilao, mais ou menos consciente de novos padres e novas formas, de perceber ser, pensar e agir PILLETI (2004:30). Aprendizagem a progressiva mudana do comportamento que esta ligada, de

um lado, a sucessivas apresentaes de uma situao e, de outro, a repetidos esforos dos indivduos para enfrenta-la de maneira eficiente. (McConnell apud PILLETI 2008). Aprendizagem no sentido geral qualquer actividade humana praticada no ambiente em que vivemos podendo levar a um conhecimento. Aprendizagem ocorre no decorrer da vida LIBANEO (2006:81). - Para ns aprendizagem a mudana consecutiva do comportamento do indivduo resultante da experincia ao longo da vida do indivduo. 3.1.2 Ensino correspondem a aces e condies para a realizao da instruo (Libneo;1990,P:23). Ensino pode ser caracterizado como uma actividade que visa promover a aprendizagem e que praticada de modo a respeitar a integridade intelectual do aluno e a sua capacidade para julgar de modo independente, (Passmore John 1980, pp19-33) - Na nossa ptica ensino so conjunto de aces que visa promover a aprendizagem ou a realizao da instruo. 3.1.3 Cincias conjunto dos conhecimentos adquirido pelo homem a cerca do mundo que o rodeia atravs do estudo, da observao, da investigao e da experimentao, (FRACALANZA 1986, p17) Cincias e um conhecimento cujo finalidade consiste em descobrir as leis dos fenmenos. (Rosenbaum 1997,p2). - Na nossa ptica cincias o conjunto de conhecimentos estruturados adquirido atravs da investigao do mundo que nos rodeias. 3.1.4 Cincias naturais so um conjunto de actividades de pesquisa que visa soluo de um problema e busca de soluo que permite que sejam desenvolvidas vrias actividades: Experimentaes, observaes, entrevistas, visitas, excurses e

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pesquisas em livros, revistas e jornais (CORREIA, 1986:49). Naturais proveniente da natureza sem interveno humana. Cincias naturais est desenhado para que os alunos aplique os conhecimentos e as experincias da sua vida diria, de modo a prepararem se para a vida num mundo em constante mudanas PCEB, 2 ciclo (2003:377) - Na nossa ptica cincias naturais uma disciplina que estuda a natureza e a vida dos seres vivos e no vivos que nos rodeia.

3.1.5 Professor o orientador do ensino. Deve ser fonte de estmulo que leve o aluno a reagir para que se processe a aprendizagem. dever do professor procurar entender os alunos. (NERICE 1991:19). Professor todo aquele que tem como responsabilidade preparar os alunos para que se tornem cidados activos e participantes na famlia, no trabalho, nas associaes de classe, na vida cultural e poltica. (LIBNEO 2006: 47) - Para ns, professor todo aquele que nos transmite um certo conhecimento ou ensinamento quer cientifico, politico, cultural ou social e pode ocorrer em casa, na comunidade ou na escola. 3.1.6 Aluno quem aprende, aquele para quem existe a escola. Assim, claro que a escola deve adaptar-se a ele, e no ele escola. NERICE (1991:18). Aluno o sujeito possuidor de capacidades de avano e crescimento, s necessitando portanto da mediao da cultura elaborada, que possibilita a ruptura com o seu estado espontneo. LUCKESI (1993:118). - Na nossa ptica, aluno todo aquele que aprende algo de algum em qualquer lugar: em casa, na escola, na igreja e seminrios. 3.1.7 Motivao consiste em apresentar a algum estmulos e incentivos que lhe favoream determinado tipo de conduta. Em sentido didctico, consiste em oferecer ao aluno os estmulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz, PILETTI (2004:233). Motivao acto de motivar, conjunto de factores psicolgicos, conscientes ou no, de ordem fisiolgica, intelectual ou afectiva, que determinam um certo tipo de conduta em algum. DICIONRIO UNIVERSAL (2002:460). - Para ns motivao conjunto de estmulo capaz de criar uma boa disposio mental e fsica.

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3.1.8 A escola um lugar, um ambiente, em que as crianas ou jovens se renem entre si ou pais e com educadores profissionais (professor), para tomarem conscincia mais profunda de suas aspiraes e valores mais ntimos e mais legtimos, e tomarem decises mais esclarecidas sobre a sua vida, a partir de aprendizagens significativas. SCHMITZ, 1982-p.28, apud PILETTI (2004:17). A escola uma instituio que se prope a contribuir para a formao do educando como pessoa e como membro da sociedade mediante a criao de condies e oportunidades de aplicao e de sistematizao de conhecimentos, Cfr. FREIRE, (1986: 132). - Para ns a escola o segundo lar da criana, mas que deve ser um bom lar no qual existe um sentimento real de comunidade, de interesse, ajuda mtua e actividades comuns; uma sociedade em miniatura, um micro sociedade que reflecte a sociedade mais ampla.

3.1.9 O processo de ensino e aprendizagem visto, na maioria das vezes como transmisso da matria aos alunos, realizao de exerccios repetidos, memorizao de definies e frmulas. O professor passa a matria, os alunos escutam, praticam o que foi transmitido em exerccios de classe ou tarefas de casa e decoram tudo para a prova. LIBNEO (1994:78). - Na verdade, o professor tambm aprende enquanto ensina e o aluno enquanto aprende, tambm ensina, h uma interaco entre ambos. Devemos entender o processo de ensino como conjunto de actividades organizadas do professor e dos alunos, visando alcanar determinados resultados, tendo como ponto de partida o nvel actual de conhecimentos, experincias e de desenvolvimento mental dos alunos.

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3.2. Desenvolvimento das teoriasTratando-se de processos intimamente interligados, no faria sentido abordar sobre dificuldade na aprendizagem de cincias naturais antes de falarmos um pouco acerca de aprendizagem. Isso simplesmente porque a aprendizagem transmitida atravs de contedos traados a partir de objectivos para alcanar um determinado resultado. Neste contexto, vamos apresentar em linhas gerais as teorias de aprendizagem. Existem vrias teorias de aprendizagem, mas todas elas podem ser agrupadas em dois grandes grupos de acordo com a sua conexo ou pontos de encontros de suas ideias essenciais. Os cognitivistas representados por (AUSUBEL, s/d) definem aprendizagem como processo de organizao das informaes e integrao do material a estrutura cognitiva. A abordagem cognitivista diferencia a aprendizagem em dois cantos: a) Aprendizagem mecnica refere-se a aprendizagem de novas informaes com pouca ou nenhuma associao com conceitos j existentes na estrutura cognitiva. b) Aprendizagem significativa processa-se quando um novo contedo (ideias ou informaes) relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponveis na estrutura cognitiva, sendo assim assimilado por ela. Na mesma linha de Ausubel, concebeu o processo de aprendizagem como captar as relaes entre os factos, adquirindo novas informaes, transformando-as e transferindo-as para novas situaes. Partindo dai, ele formulou uma teoria de ensino. Para Bruner, o ensino envolve a organizao da matria de maneira eficiente e significativa para o aprendiz. Assim, o professor deve preocupar-se no s com a extenso da matria, mas, principalmente, com sua estrutura. O segundo grupo teoria de condicionamentos definem a aprendizagem, pelas suas consequncias comportamentais e enfatizam as condies ambientais como foras propulsoras da aprendizagem. Acrescentam ainda que, aprendizagem a conexo entre o estmulo e a resposta (BOCK.at.all; 2005. P: 114-118). Contrariamente a teoria de condicionamento e cognitivista (PILETTI; 1985:32) diz que aprendizagem a progressiva mudana do comportamento que est ligada, de um lado, a sucessivas apresentaes de uma situao e, de outro, a repetidos esforos dos indivduos para enfrent-la de maneira eficiente. Todavia, PILETTI,

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(1985) apresenta duas caractersticas de aprendizagem: 1. Aprendizagem mudana de comportamento. 2. Aprendizagem mudana de comportamento resultante da experincia. Para a realizao do processo de aprendizagem depende de trs elementos principais: Situao estimuladora; Pessoa que aprende; Resposta.

3.3. A performance do professor na sala de aulaO professor, em primeiro lugar, um ser humano e, como tal, construtor de si mesmo e da histria atravs da aco, determinado pelas condies e circunstncias que o envolvem. criador e criatura ao mesmo tempo. Sofre as influncias do meio em que vive e com elas se auto-constroi. LUCKESI (1993:115). O professor que tem entusiasmo, que optimista, que acredita nas possibilidades do aluno, capaz de exercer uma influncia benfica na classe como um todo e em cada aluno individualmente, pois sua atitude estimulante e provocadora de comportamentos ajustados. O clima da classe torna-se saudvel, a imaginao criadora emerge espontaneamente e atitudes construtivas tornam-se a tnica do comportamento da aula como grupo. Segundo FRANCES RUMMELL apud PILETTI, os melhores professores esto profissionalmente alerta. No vivem suas vidas confinados ou isolados do meio social. Tentam fazer da comunidade e particularmente da escola o melhor ambiente para os jovens. Esto convencidos do valor de seu trabalho. Seu desejo exercer cada vez melhor a profisso a que se dedicam. So humildes, sentem necessidades de crescimento e desenvolvimentos pessoais, porque compreendem a grande responsabilidade da funo que exercem. PILETTI (2004:19). Para que o professor possa exercer esse papel de educador, deve possuir algumas qualidades, tais como: compreenso da realidade com a qual trabalha, comprometimento poltico, competncia no campo terico de conhecimento em que actua e competncia tcnico-profissional. Esses elementos todos se completam com uma habilidade que chamamos arte de ensinar. preciso desejar ensinar, preciso

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querer ensinar. De certa forma, preciso ter paixo nessa actividade. LUCKESI, (1993:117). preciso estar em sintonia com aquilo que se faz. Um professor que faz de sua actividade apenas uma mercadoria, dificilmente ser um professor comprometido com a elevao cultural dos educandos. GRAMSCI in LUCKESI (1993:117). Para o sucesso do trabalho educativo, importante que o professor goste do que faz, acredite que est alcanando os resultados esperados e se sinta satisfeito e realizado. Um professor frustrado um factor de frustrao para os alunos. Sabe-se que uma atitude positiva do professor em relao a matria, aos alunos e a seu prprio trabalho de fundamental importncia para a eficincia da aprendizagem por parte dos alunos.

3.4. O professor e o aluno como intervenientes do processo de ensino e aprendizagemO processo de ensino e aprendizagem visto, na maioria das vezes como transmisso da matria aos alunos, realizao de exerccios repetidos, memorizao de definies e frmulas. O professor passa a matria, os alunos escutam, praticam o que foi transmitido em exerccios de classe ou tarefas de casa e decoram tudo para a prova. LIBNEO (1994:78). Na verdade, o professor tambm aprende enquanto ensina e o aluno enquanto aprende, tambm ensina. Devemos entender o processo de ensino como conjunto de actividades organizadas do professor e dos alunos, visando alcanar determinados resultados, tendo como ponto de partida o nvel actual de conhecimentos, experincias e de desenvolvimento mental dos alunos LIBNEO (1994:79). Para que o processo de ensino e aprendizagem na disciplina de cincias sociais decora da melhor maneira, necessrio que o professor e o aluno se relacionem como pessoas, assim sendo, na sala de aula, tanto o professor, como o aluno possuem o seu papel. Concordamos com as ideias dos autores porque para alcanar os objectivos planificados deve existir uma boa relao entre os intervenientes.

3.4.1 O papel do professor na motivao dos alunosMonografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

Ao falarmos do papel do professor, pretendemos interrogar-nos sobre o que constitui a essncia da sua profisso, sobre o que significa afinal ser professor. O professor o orientador do ensino. Deve ser fonte de estmulo que leve o aluno a reagir para que se processe a aprendizagem. dever do professor procurar entender os seus alunos. O contrrio muito mais difcil ou mesmo impossvel. O professor deve distribuir seus estmulos, adequadamente entre seus alunos, de maneira que os leve a trabalhar segundo as suas particularidades e possibilidades NERICE, (1991:19). O professor existe porque existem os alunos. A sua actividade est, assim, centrada sobre o aluno que ele deve apoiar na tarefa de se fazer pessoa, para quem deve ser um facilitador da aprendizagem. Confrontando estas ideias com a situao actual vejamos que ainda existe professores detentor de conhecimento e no valorizam a ideia do aluno e a sua existncia. dever do professor, criar as condies e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e habilidades intelectuais de modo que dominem mtodos de estudo e de trabalho intelectual visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e independncia de pensamento. Deve ajudar os alunos a escolherem um caminho na vida, a terem atitudes e convices que norteiam suas opes dirias, dos problemas e situaes da vida real. Cfr. LIBNEO (1994:71) O professor muito mais do que algum que d aulas: ainda mais do que aquele que apenas se relaciona com os alunos. Ele chamado, no a cumprir de maneira acrtica as orientaes que lhe so dadas pela Administrao: no apenas, a transmitir conhecimentos que, previamente, lhe foram a ele transmitidos; o professor chamado a actuar de uma maneira critica, reflexiva e inovadora, TEIXEIRA (1995:90)

3.4.2 O papel do aluno no processo de aprendizagem O aluno quem aprende, aquele para quem existe a escola. Assim, sendo, a escola deve se adaptar ao aluno, e no ele a escola. Isto de um modo geral. Na realidade, o que deve haver, uma adaptao recproca que marche para a integrao, isto , para a identificao entre aluno e escola. Imprescindvel que a escola esteja em condies de receber o aluno como ele , segundo sua idade evolutiva e suas peculiaridades pessoais, a fim de lev-lo, sem choques excessivos nem frustraesMonografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

profundas e desnecessrias, a modificar seu comportamento em termos de aceitao social e crescimento de personalidade. NERICE (1991:18). O aluno caracterizado pelas mltiplas determinaes da realidade, ou seja, um sujeito activo que, pela aco ao mesmo tempo se constri e se aliena. Ele busca uma nova determinao em termos de patamar crtico da cultura, isto , busca adquirir um novo patamar de conhecimentos, de habilidades e modos de agir. para isso que busca a escola. LUCKESI (1993:117-18). O aluno no uma tbua rasa, ele traz consigo conhecimentos inatos, capazes de desenvolver com ajuda do professor. Ele no deve ser um elemento passivo na sala de aula. Dentro dessa perspectiva, o aluno no deve ser considerado pura e simplesmente, como massa a ser informada, mas sim como sujeito, capaz de construir-se a si mesmo, atravs da actividade, desenvolvendo seus sentidos e sua inteligncia. O aluno o principal no acto educacional, na educao, quando se trata de aprender, de actualizar suas potencialidades; no porm, quando se trata de outro lhe ensinar. No acto e no hbito de ensinar no o principal. TOBIAS (1967:189) De acordo com as ideias do autor acima, o aluno o principal no acto educacional quando se trata de aprender, isso significa que o aluno deve se preocupar mais em desenvolver as suas capacidades e habilidades.

3.5. Cincias naturais no 2 ciclo para ensino bsico Segundo PEB (2003;379) a educao um pr-requisito para o desenvolvimento de indivduo e da nao. A escola tem um papel fundamental na preparao do homem para o desempenho efectivo das suas funes no esforo de assegurar o desenvolvimento socio-econmico de um pas. O sistema de educao deve, portanto, responder as necessidades individuais e da sociedade. O ensino de cincias naturais tem como objectivo fundamental desenvolver a recepo cientfica do mundo natural. A percepo do mundo natural ajuda o homem a envolver-se em actividades com vista a satisfao das suas necessidades. O ensino de cincias naturais est desenhado para que os alunos apliquem os conhecimentos as experincias da sua vida diria, de modo a se prepararem para vida num mundo em constante mudanas.

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As cincias naturais como disciplina so introduzidas a partir da 3 classe e incluem contedo de quatro grandes reas temticas (universo, seres vivos, sade, populao e ambiente). Os contedos desta disciplina para o 1 ciclo esto transversalmente integrados nas disciplinas de lngua portuguesa e de matemtica.

3.5.1. Objectivos gerais do segundo ciclo

Conhecer o ambiente natural que rodeia a traves das observaes e interpretao; Ser cooperativo na procura de solues para as questes ambientais; Partilhar e divulgar informaes; Aplicar conhecimento cientfico na interpretao de fenmenos naturais mais comuns do seu meio;

Aplicar conhecimento cientfico bsico na gesto de recursos naturais e do ambiente na comunidade;

Manipular o mundo material de modo metdico; Aplicar o mtodo cientfico para gerar conhecimento sobre objectivos, explicar factos e fenmenos

Conhecer e aplicar as regras bsicas de higiene pessoal e colectiva; Dominar as principais tcnicas nas reas da agricultura gesto e proteco de recurso comunitrios

3.5.2. Metodologia geral de estudo das cincias no 2 ciclo O ensino de cincias naturais til s quando os conhecimentos e habilidades adquiridas pelos alunos so aplicveis para o melhoramento das suas condies de vida. As cincias que estudam a natureza, tem objectivo de desenvolver a percepo cientfica do mundo natural. Assim a tarefa do ensino das cincias naturais estender as experincias das crianas ajuda-las a desenvolver as suas habilidades cientficas e substituir as suas ideias intuitivas de aplicao restrita por ideias cientficas, eis alguns mtodos: Construtivismo essencial conhecer o ponto de partida dos alunos; existe vrias vias de aplicao das ideias de construtivismo para o processo de ensino de cincias naturais: - Estudos conceptuaisMonografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

- Transposio - Aliciao - Reforo - Desafio Mtodo cientifico Trabalho em grupo Ensino aprendizagem orientando a pratica

3.6. O Ensino de Cincias Naturais nos anos iniciais do ensino Fundamental ou BsicoSegundo FRACALANZA (1986:26-27), o ensino de cincias nos anos iniciais, entre outros aspectos, deve contribuir para o domnio das tcnicas de leitura e escrita; permitir o aprendizado dos conceitos bsicos das cincias naturais e da aplicao dos princpios aprendidos a situaes prticas; possibilitar a compreenso das relaes entre a cincia e a sociedade e dos mecanismos de produo e apropriao dos conhecimentos cientficos e tecnolgicos; garantir a transmisso e a sistematizao dos saberes e da cultura regional e local. Ainda de acordo com Fracalanza (1986), o ensino de cincias nos anos iniciais deve propiciar a todos os alunos, futuros cidados, os conhecimentos e oportunidades de desenvolvimento de capacidades necessrias para se orientarem nesta sociedade complexa, compreendendo o que se passa a sua volta, aprendendo a tomar posio diante das situaes. Ademais, no mbito dos anos iniciais do ensino bsico, que a criana aprimora, constri e reconstri seus conceitos e apreende de modo significativo sobre o ambiente que a rodeia, atravs da apropriao e compreenso dos significados apresentados no processo de ensino das Cincias Naturais. Logo, o professor tem que trabalhar estas questes, respeitando a faixa etria, o ritmo e o estilo de aprendizagem do aluno. Quanto aos objectivos especficos, propomos estimular a criatividade, a construo do raciocnio lgico e a coordenao motora; proporcionar aos alunos, atravs das actividades propostas, a oportunidade de perceberem a importncia da funo de cada rgo dos sentidos, atravs dos fenmenos relacionados ao corpo humano de forma efectiva, ldica e significativa para a vida.Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

A metodologia utilizada focada na realizao de jogos, exerccios prticos, actividades pedaggicas e ldicas, que visam despertar nos alunos o interesse pelas aulas de Cincias, favorecendo o processo de alfabetizao e o desenvolvimento dos alunos. Ao trabalharmos os sentidos, contribumos para o desenvolvimento da percepo sobre o prprio corpo e sobre o que o aluno capaz de reconhecer a partir dos cinco elementos bsicos que compem esse, sentir o mundo que nos cerca. Nas aulas devem se trabalhadas na leitura, dramatizao, produo de textos e vivncias para experimentaes dos cinco sentidos (tacto, olfacto, paladar, audio e viso). Para nos sustentamos as ideias dos autores na verdade deve se fazer uma reflexo sobre os saberes e prticas pedaggicas no processo de ensino-aprendizagem de Cincias Naturais, discutindo teorias que podem sustent-las, melhor-las, enriquec-las, qualific-las. Desta forma, buscaremos meios que contribuam para tornar a aprendizagem verdadeiramente significativa na vida dos alunos.

3.6.1 O ensino de Cincia Naturais Reproduo ou produo de conhecimentoNo caso especfico do ensino de Cincias Naturais, h necessidade de se romper com o ensino menortico e desenvolver um ensino autocrtico, trabalhando entre outros horizontes, a noo de pesquisa. E isso implica, necessariamente, educar para conhecer com autonomia. Nessa perspectiva, se ressalta a necessidade de se romper com a tradio e abrir possibilidades para o novo ensino. ZYLBERSZTAJN (1991), em relao s ideias de Kuhn, no que diz respeito ao ensino das cincias em geral, enfatiza que a obra desse autor evidenciou as limitaes da viso cumulativa e contnua da natureza do conhecimento cientfico, que ainda predomina na cincia curricular. (p. 47). O autor prope como estratgias a serem a dotadas no ensino de Cincias Naturais: a) Elevao do nvel de conscincia conceptual: partindo dos conhecimentos prvios dos alunos; b) Introduo de anomalias: sensao de insatisfao com as concepes existentes; c) Apresentao de uma nova teoria pelo professor: Aprendizagem de novos conceitos.

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A reflexo acerca dessas estratgias oferece a possibilidade de romper com prticas tradicionais no ensino de Cincias Naturais, possibilitando um ensino mais significativo, activo e produtivo para as crianas. Contrapondo-se s prticas pedaggicas tradicionais, os efeitos polticos e sociais do processo de democratizao do ensino favoreceram o surgimento de novas propostas e prticas para o campo educacional. No campo do ensino de Cincias Naturais, h propostas como a Alfabetizao Cientfica e Cincia, Tecnologia e Sociedade (CTS), que visam promover a formao de alunos crticos e conscientes de sua actuao enquanto cidados. No podemos negar o impacto que essas ou outras propostas tiveram e tm na maneira de ensinar Cincias Naturais na escola. Dessa forma, um novo olhar direccionado aos estudos nessa rea possibilita a configurao de novas prticas pedaggicas. No contexto actual, esses princpios esto presentes nas propostas oficiais, como o caso dos Parmetros Curriculares Nacionais, os quais propem que o ensino de Cincias Naturais deve ser organizado de forma a colaborar para a compreenso do mundo e de suas transformaes, situando o homem como um indivduo crtico, participativo e transformador. Nesse aspecto, no se pode pensar no ensino de Cincias como um ensino propedutico, voltado para uma aprendizagem efectiva em momento futuro. A criana no cidad do futuro, mas j cidad de hoje, e, nesse sentido, conhecer cincia ampliar a sua possibilidade presente de participao social e viabilizar sua capacidade plena de participao social no facturo (BRASIL, 2001:25).

3.7. Importncia de ensino de cincias naturais conhecida com os pesquisadores da rea.A importncia do ensino de Cincias reconhecida por pesquisadores da rea, em todo o mundo e h uma concordncia relativa incluso de temas relacionados Cincia e Tecnologia nos anos iniciais do Ensino bsico. Apesar da convergncia de opinies e de sua incorporao pelas propostas curriculares e planejamentos escolares, ainda, hoje em dia, o aluno sai da escola com conhecimentos cientficos insuficientes para compreender o mundo que o cerca. Confrontando com essas ideias verificamos na verdade maior parte de criana ainda com alguns problemas depois de transitar no ensino bsico.

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Quais aspectos devem ser enfatizados ao se ensinar Cincias Naturais? Quais as demandas da sociedade em decorrncia do desenvolvimento cientfico e tecnolgico? Como as pessoas e as escolas deveriam agir perante o amplo desenvolvimento da cincia e da tcnica? Considerando que a Cincia e a Tecnologia desempenham um papel importante na escola elementar, em 1983, a UNESCO apresentou algumas justificativas para a incluso desses temas nos currculos escolares, sendo que algumas delas propem que o ensino de Cincias, pode ajudar o aluno a pensar de maneira lgica sobre os factos cotidianos e a resolver problemas prticos simples.

3.7.1 Reconhecimento do ensino das cincias naturaisSegundo MARIA (2003:1) o processo de ensino de Cincias naturais nas sries iniciais, fundamenta se basicamente em duas concepes distintas a reproduo e a produo de conhecimentos. Tais concepes do sustentao epistemolgica prtica pedaggica dos professores. A constatao de que os paradigmas conservadores, respaldados na reproduo do conhecimento, prevalecem nas prticas pedaggicas dos professores, requer colocar em discusso essas prticas, sendo essa atitude importante quando a questo melhor-las. Assim, pretende-se, neste artigo, propor a reflexo acerca destas concepes de educao e sua influncia nas prticas pedaggicas docentes, tomando como referencial Paulo Freire e Thomas Kuhn, que fundamentam suas concepes numa perspectiva crtica contempornea e concebem o conhecimento enquanto produo do sujeito em relao intrnseca com objecto. A educao, nessa concepo, deve ser consolidada no ambiente das escolas, onde ainda tropeamos nas artimanhas dos modelos tradicionais e mecanicistas, o que revela que precisamos ainda superar muitos obstculos para avanarmos em busca de situaes inovadoras e crticas.

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3.7.2. As Razes Para Ensinar Cincias Naturais As cincias podem ajudar as crianas a pensar de maneira lgica sobre os factos cotidianos e a resolver problemas prticos simples. As cincias, e suas aplicaes tecnolgicas, podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas. As cincias e a tecnologia so actividades socialmente teis que esperamos sejam familiares s crianas. Dado que o mundo tende a orientar-se cada vez mais num sentido cientfico e tecnolgico, importante que os futuros cidados se preparem para viver nele. As cincias podem promover o desenvolvimento intelectual das crianas, e ainda podem ajudar positivamente as crianas em outras reas, especialmente em linguagem e matemtica. Numerosas crianas de muitos pases deixam de estudar ao acabar a escola primria, sendo esta a nica oportunidade de que dispem para explorar seu ambiente de um modo lgico e sistemtico. As cincias nas escolas primrias podem ser realmente divertidas . (UNESCO apud HARLEN, 1994:28-29). As razes apontadas acima se contrapem ao ensino livresco, memorstico, acrtico e a-histrico ministrado na maioria das escolas. Para mudar esta realidade, torna-se necessrio desenvolver um ensino de Cincias que tenha como foco, nas Sries iniciais de escolaridade, a aco da criana, a sua participao activa durante o processo de aquisio do conhecimento, a partir de desafiadoras actividades de aprendizagem. (FRIZZO & MARIN, 1989, p. 14).

GOUVEIA (1986) afirma tambm que o ensino de Cincias, alm dos conhecimentos, experincias e habilidades inerentes a esta matria, deve desenvolver o pensamento lgico e a vivncia de momentos de investigao, convergindo para o desenvolvimento das capacidades de observao, reflexo, criao, discriminao de valores, julgamento, comunicao, convvio, cooperao, deciso, aco, entendidos como sendo objectivos do processo educativo. Estas habilidades descritas so instrumentos de suma importncia para a vida do educando pois, em muitas situaes de sua existncia, estas habilidades estaro presentes e, em nvel elementar que estasMonografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

habilidades podem ser iniciadas, permitindo ao aluno discutir e analisar o conhecimento que est sendo construdo. Confrontando esta ideia o ensino de Cincias nas sries iniciais dever propiciar a todos os cidados os conhecimentos e oportunidades de desenvolvimento de capacidades necessrias para se orientarem nesta sociedade complexa,

compreendendo o que se passa sua volta, tomando posio e intervindo na sua realidade.

3.7.3. Trs argumentos para a introduo de temas relativos s cincias naturais na escola. HARLEN (1989) apresenta trs argumentos para a introduo de temas relativos s cincias naturais na escolarizao bsica: a) As crianas constroem ideias sobre o mundo que as rodeia, independentemente de estarem estudando ou no cincias na escola. As ideias por elas desenvolvidas no apresentam um enfoque cientfico de explorao do mundo e, podem, inclusive, obstaculizar a aprendizagem em cincias nos graus subsequentes de sua escolarizao. Assim, se os assuntos de cincia no forem ensinados s crianas, a escola estar contribuindo para que elas fiquem apenas com seus prprios pensamentos sobre os mesmos, dificultando a troca de pontos de vista com outras pessoas. b) A construo de conceitos e o desenvolvimento do conhecimento no so independentes do desenvolvimento de habilidades intelectuais. Portanto, difcil ensinar um enfoque cientfico, se no so fornecidas s crianas melhores oportunidades para conseguir tratar (processar) as informaes obtidas. c) Se as crianas, na escola, no entrarem em contacto com a experincia sistemtica da actividade cientfica, iro desenvolver posturas ditadas por outras esferas sociais, que podero repercutir por toda a sua vida. Nos concordamos com as ideias do autor e vimos que o maior trabalho esta com os professores, criar ambiente favorvel para ela entrar no ambiente de cincias naturais.

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3.7.4 Necessidades de mudana sinalizando possibilidades de ensino de cincias naturais. Analisando a literatura educacional sobre o ensino de Cincias Naturais, constata-se a existncia de inmeras crticas relacionadas, em especial, aos procedimentos de ensino empregados pelos professores, formao inicial e continuada dos professores e utilizao do livro didctico no magistrio das sries iniciais do ensino fundamental. De incio, deve-se considerar que as crianas adoram aprender. Portanto, vital que os professores levem em considerao que as crianas, mesmo antes de frequentarem a escola, manifestam um interesse muito grande pelas coisas da natureza, apresentando curiosidades, demonstrando interesse para descobrir como as coisas funcionam e repetindo incansavelmente suas dvidas e os porqus. A criana mostra curiosidade pelo ambiente em que vive. Assim, ao estudar o ambiente, ela estar se envolvendo em situaes reais com as quais est familiarizada. Por outro lado, dependendo das suas vivncias na escola, esta curiosidade da criana pode-se perder medida que ela avana na escolaridade. O entusiasmo e o gosto por saber, especialmente relacionado com as coisas da cincia, vai declinando. O gosto pela cincia vai diminuindo e frequentemente se extingue. Muitas vezes aquilo que era gosto inerente ao jovem, acaba por se transformar em averso (CANIATO, 1997: 46). De facto, notrio o descompasso que existe entre o ensinado em sala de aula e a realidade dos alunos, o que torna as aulas de Cincias Naturais irrelevantes e sem significado, pois o que se veicula nas escolas quase nunca se relaciona com os conhecimentos anteriormente construdos pelos educandos. Na maioria das escolas, o ensino de cincias no trabalha com a identificao, o reconhecimento e a compreenso do mundo fsico e do mundo dos seres vivos, no faz relao entre o dia-a-dia da criana e a cincia que se estuda (GOUVEIA, 1986:8). - Concordamos com a ideia dos dois autores, na verdade verifica se uma divergncia no que a criana aprende na sala de aula com o que aprende fora da sala (senso comum).

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3.8. Educao concepo de processo MARIA (2003) afirma que um dos grandes mritos do sculo XX foi o despertar a mente da criana para a conscincia da educao como condio imprescindvel do desenvolvimento pleno do indivduo como pessoa e como cidado. No mundo da informao, da tecnologia, no mais admissvel que indivduos fiquem margem desse processo, enquanto outros privilegiados detenham o domnio das informaes cientficas e tecnolgicas, usando-as como instrumento de poder. As mudanas significativas ocorridas no incio do sculo XX, especialmente no Brasil, vo influenciar novas concepes sobre a educao concretamente nas cincias naturais durante todo o decorrer desse quinto sculo, acenando para novas compreenses acerca da natureza humana, do sentido da educao, do ensino e da aprendizagem. No mundo contemporneo globalizado, interligado, perto e distante ao mesmo tempo, parece no haver sistema educacional que fique alheio aos inmeros desafios que se anunciam na sociedade e na educao. Assim, a educao deve ser entendida como a formao plena do indivduo, por compreender que a aprendizagem resulta da aco consciente de quem aprende. Nessa perspectiva, cabe ressaltar elementos como o dilogo, a crtica, a reflexo e o respeito como condies essenciais da formao humana. Acerca disso, Paulo Freire, um dos precursores da educao progressista no Brasil, afirma que transformar a experincia educativa em puro treinamento tcnico amesquinhar o que h de fundamentalmente humano. Ao educar, deveremos fundamentar nossas prticas numa compreenso crtico-dialgica; dessa forma, a educao entendida como prtica de liberdade, como um acto poltico. O educando no uma tbua rasa, um recipiente vazio que se deva encher de contedos, o que chama de educao bancria. Para ele, educar constituir o sujeito em transformao, sendo isso o que consideramos educao plena. Nesse sentido, a priorizao da relao dialgica no ensino que permite o respeito cultura do aluno, valorizao do conhecimento que o educando traz, enfim, um trabalho a partir da viso do mundo do educando sem dvida um dos eixos fundamentais sobre os quais deve se apoiar a prtica pedaggica de professores e professoras, (FREIRE, 1995:82). Por isto ele repudia a pedagogia bancria e proponho e defendo uma pedagogia crtico-dialgica, uma pedagogia da pergunta. A escola pblica que desejo a escola onde tem lugar de destaque a apreenso crtica do conhecimento significativo atravs da relaoMonografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

dialgica. a escola que estimula o aluno a perguntar, a criticar, a criar; onde se prope a construo do conhecimento colectivo, articulando o saber popular e o saber crtico, cientfico, mediados pelas experincias no mundo (FREIRE, 1995:83). Nessa viso, concebe-se que a complexidade da actividade docente deixa de ser vista como obstculo eficcia e um factor de desnimo para tornar-se um convite a romper com a inrcia de um ensino montono e sem perspectivas (CARVALHO, 2003:18). Todavia, considerando que o mundo apresenta hoje possibilidades variadas em termos tecnolgicos e cientficos, na realidade de nossas escolas, ainda se d pouca importncia ao ensino de Cincias Naturais, especificamente nas sries iniciais, conforme explicita Santos (2005) em seu trabalho sobre alfabetizao cientfica nas sries iniciais do Ensino Fundamental. Em funo disso, as contribuies de Freire, ao defender uma educao crtico-dialgica, so essenciais para a reflexo sobre as prticas pedaggicas, especialmente de Cincias Naturais. Na verdade conceber a educao, no ensino como espao de produo do conhecimento e de compreenso do mundo no qual se est inserido, rompe as vises do homem como simples coadjuvante da histria.

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Captulo IV: APRESENTAO E ANLISE DE DADOS4.1. Apresentao e anlise de dado referente o inqurito dirigido ao Director Adjunto Pedaggico da escola.

P (1) Assinale com X a sua formao profissional? A pergunta tinha como objectivo saber, logo a priori, o nvel de formao profissional do dirigente mximo daquela escola. A pessoa indicada para responder este inqurito foi o director adjunto pedaggico. Portanto, respondendo a questo ele diz que formado do currculo de 10+2,5 anos. Comentrios: Face a esta resposta e atendendo que a escola em referncia uma escola primria Completa, pode se concluir que com a formao que tem capaz de dirigir a mesma e tem o mnimo domnio das modalidades processo de ensino aprendizagem de cincias naturais. Pois, como diz NOVOA (1997:37) no h ensino de qualidade nem reforma educativa e inovao pedaggica sem uma adequada formao de professores, pois o educador o centro das relaes na situao educativa que rene a turma. necessrio portanto, que tenha conscincia das atitudes que toma no exerccio da sua profisso, para assumir a sua funo essencial de disponibilidade para com os alunos. P (2) Preencha os espaos com os respectivos nmeros de efectivos de professores da sua escola por sexo (gnero). A questo tinha como objectivo ver o efectivo dos docentes da escola assim com descobrir a presena do gnero no conselho de professores daquela escola. Quanto a esta pergunta foi nos fornecidos o seguinte quadro de resultados: Quadro 1. Efectivos de professores por gnero Professores 28 68,3% Professoras 13 31,7% Total 41 100%

Fonte: (Director adjunto pedaggico da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

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O nosso questionado1 forneceu nos dados que confere o universo de professores da quela instituio, estatisticamente, tem 41 professores sendo 28 so homens, correspondendo 68,3% e 13 so mulheres perfazendo 31,7%. Comentrios: Conforme os dados acima leva nos a concluir que a escola tem nmero suficiente de professores, portanto, o nmero de mulheres neste caso 2 vezes menor que o dos homens, com muita possibilidade de apoio pedaggico, isto cada grupo de 2 homens 1h pelo menos uma mulher, facto que no sustenta a fraca assimilao da matria por parte dos alunos nas cincias naturais na quela escola.

P (3) Indique os nmeros por grupo de formao dos professores nas categorias abaixo: A pergunta tinha o objectivo de saber o nmero de professores com e sem formao psicopedaggica com vista a descobrir as razes da fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. No que concerne a esta pergunta, colhemos o seguinte resultado: Quadro 2. Efectivos de professores por categorias de formao Professores Com formao psicopedaggica Sem formao Total psicopedaggica 10 12Classe Classe 11 10 21 26% 25,2% 51,2%7+3 anos 10+ 2 anos 10+2,5 anos 10+1 ano Total Total geral

10 24,4%

2 4,9%

8 19,5%

0 0%

20 48,8%

41 100%

Fonte: (Director adjunto pedaggico da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Conforme os dados que fomos apresentados no quadro 2 acima, mostram claramente que no total so 41 professores, um universo com e sem formao psicopedaggica sendo: 11 professores contratados com 10 classe, sem formao psicopedaggica que correspondendo 26%, 10 professores contratado com 12 classe que corresponde 25,25%, 10 professores de 7+3anos que corresponde 24,4%, 2 professores de 10+2anos que corresponde 4,9%, 8 professores de 10+2,5anos que corresponde 19,5%, e dizer que a escola ainda no recebeu professores de 10 +1ano.

1

Director adjunto pedaggico da EPC 4 de Outubro. Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

Feita a interpretao do quadro deu-nos a indicao no total de 21 professores sem formao psicopedaggica, perfazendo assim 51,2%, e 20 professores com formao psicopedaggica que corresponde 48,8%. Portanto, a comparao dos dados obtidos levam-nos a concluir que de facto a fraca assimilao da matria por parte dos alunos nas cincias naturais est ligada a falta de formao psicopedaggica, confirmando se assim a hiptese do presente trabalho de pesquisas. Confrontando com LUCKESI, (1993:117). Afirma que Para que o professor possa exercer esse papel de educador, deve possuir algumas qualidades, tais como: compreenso da realidade com a qual trabalha,

comprometimento poltico, competncia no campo terico de conhecimento em que actua e competncia tcnico-profissional. Esses elementos todos se completam com uma habilidade que chamamos arte de ensinar.

P (4) Tem existido colquios pedaggicos sobre implementao de mtodosactivos? Os professores tm participado nesses debates? A pergunta tinha o objectivo de explorar o grau de conhecimento e aplicao dos mtodos activos na sala de aula, como do conhecimento que a escola tem professores com e sem formao psicopedagogica razo pela qual h necessidade de capacitar os professores na matria de aplicao de mtodos na aula. -Feita anlise das respostas fomos obter dados no satisfatrios, nunca teria havido colquios pedaggicos assim como seminrios sobre mtodos activos. Comentrios: Face a esta resposta e atendendo que a escola em referncia uma escola primria Completa e alberga muitos alunos e professores o director deveria proporcionar colquios pedaggicos, podendo ser sobre mtodos activos para capacitar os professores. Assim podemos concluir que a falta de capacitao e debates dos professores da quela escola influencia na fraca assimilao da matria nas cincias naturais por parte dos alunos da EPC. Alm disso esta afirmao levou-nos a recordar o que foi dito na fundamentao terica: a mudana educacional no depende s dos professores e da sua formao, depende tambm da transformao das prticas pedaggicas na sala de aula, isto , necessrio que sejam promovidos seminrios de capacitao para que os professores possam transformar as suas prticas educativas (PILETTI 2004:19).Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

P (5) Os livros foram suficientes para todos os alunos? A pergunta tinha como objectivo ter o universo dos alunos da classe se na verdade tem livros ou manuais suficiente para a disciplina de cincias naturais, pelo contrrio no h material suficiente como livro do aluno, e que no bastou na distribuio gratuita. Quadro 3 Distribuio de livros de cincias naturais 3 classe turma B Alunos da turma Alunos que receberam livros CN Alunos que no tiveram livro de CN TOTAL 25 22 47 47 54% 46% 100%

Fonte: (Director adjunto pedaggico da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Feita a leitura do quadro podemos observar dados diferentes no total de 47 alunos sendo: 25 alunos receberam o livro de cincias naturais que corresponde 54% e 22 aluno no tiveram acesso ao livro correspondendo 46%. Comentrios: Perante esta situao, pode se concluir que h uma influncia na fraca assimilao da matria da disciplina em estudo, os alunos podem tornar passivo, ps no tem livros suficientes para se prepararem em caso de reviso nem trabalho para casa. Podendo confrontar com LUCKESI (1993:118) ao afirmar que Aluno sujeito possuidor de capacidades de avano e crescimento, s necessitando portanto da mediao da cultura elaborada, que possibilita a ruptura com o seu estado espontneo.

P (6) Cincias naturais exigem aulas prticas e tericas, alguma vez j deslocaram a um local de estudo? A essncia desta pergunta era simplesmente saber a situao das aulas de excurso ou aulas tericas e praticas se alguma vez j teria feito. Feita anlise das respostas, verificamos que nunca houve uma excurso desde que arrancou o ano lectivo.

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Comentrios: Sabemos que maior dos casos as cincias naturais como estudam a natureza, necessitam de excurso, debates e visitas. Portanto, esta resposta leva-nos a concluir que os professores daquela escola optam em leccionar cincias naturais em quatro paredes, como resultado no h relacionamento com a observao da natureza que rodeia as crianas criando dificuldades de interpretao da prpria disciplina alm da disciplina agora ser independente a partir da 3 classe; porm, no h ligao entre a teoria e a prtica, factor que confirma a fraca assimilao da matria por parte dos alunos em cincias naturais.

4.2. A presentao e anlise de dado referente o inqurito dirigido aos

professores.P (1) Marque com X o que corresponde a sua habilitao profissional? A pergunta tinha o objectivo de saber o nmero de professores com formao psicopedaggica e seus grupos ou categoria. Quanto a esta questo os 18 professores que foram submetidos ao inqurito, responderam conforme ilustra o quadro seguinte: Quadro 4. Distribuio de professores inqueridos por categoria de formao Sem formao psicopedaggica Total 10classe 11 % 8 61,1% 4 22,2% 1 5,6% 2 11,1% 0 0% 10 38,9% Professores com formao psicopedaggica7+3 anos 10+ 2 anos 10+2,5 anos 10+1 ano Total Total geral

18100%

Fonte: (Professores da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Os nossos questionados2 forneceram nos dados presentes no quadro tendo o total de 18 professores sendo: 11 professores contratados com 10classe,sem formao psicopedaggica que corresponde 61,1%, 4 professores de 7 + 3anos que corresponde 22,2%, 1 professor de 10 +2anos que corresponde 5,6%, 2 professores de 10 +2,5anos que corresponde 11,1%, e a escola ainda no recebeu professores de 10 +1 ano. Feita anlise dos dados do quadro levam nos concluir que dos 18 professores inqueridos 11 professores no tem formao psicopedaggica corresponde 61,1% e 7Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

professores inqueridos com formao psicopedaggica corresponde 38,9%. Comentrios: Com isso pode se dizer que a falta de formao psicopedaggica um facto real naquela escola o que de certo modo pode contribuir na fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. Portanto, o facto mais curioso neste ponto que dos trs professores que leccionam a 3 classe, dois no tem formao psicopedaggica, um fez o curso de 7 classe+3anos e os dois professores so contratados sem formao psicopedaggica.2

P (2a) J participou no seminrio sobre mtodos activos? O objectivo desta pergunta para sabermos a verdade dos professores sobre a participao deles nos seminrios de capacitao sobre mtodos activos na sala de aulas, atendendo que muitos professores desta escola no tm formao psicopedaggica. Nesta pergunta, os professores responderam segundo a realidade que encaram na turma ou escola, como ilustra o quadro a seguir: Quadro 5. Distribuio de professores inqueridos por categorias de resposta sobre seminrios realizado. Participao no seminrio de capacitao sobre mtodos activos na sala de aulas Escritos Total de 18 respostas Total de 18 Fonte: (Professores da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010) Feita a leitura do quadro no universo de 18 professores podemos observar 8 professores que j participaram em outros seminrio sobre mtodos activos que corresponde 44,4% e 10 professores sem a participao nos seminrios sobre mtodos activos. Isto significa que h insuficincia nas habilidades de conhecimento a cerca de implementao de mtodos activo. Comentrios: Portanto, estes dados mostram claramente que h uma diferena entre os resultados que adquirimos podendo observar que h poucos professores que2

Participaram (capacitados) 8 44,4%

Sem participao nos seminrios 10 55,6%

Percentagem

100%

Professores da EPC4 de Outubro Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

participam nos seminrios motivo que leva nos a concluir que este um factor que influencia na fraca assimilao em cincias naturais na quela EPC 4 de Outubro.

P (2b) Todos alunos participam activamente na aprendizagem das cincias naturais? O objectivo desta pergunta era essencialmente saber a motivao das crianas ao aprender as cincias naturais no s como grau de assimilao da prpria matria visto que quando h motivao encontramos tambm assimilao da matria em estudo. Nesta pergunta, os professores responderam segundo a realidade que encaram na sua turma ou escola, como ilustra o quadro a seguir: Quadro 6. Distribuio de professores com alunos que participam activamente na sala de aula. Participao dos alunos na sala de aula

Escrito s Total de 18 respostas Total de 18

Todos alunos nas aulas 14

participam

Todos alunos no Percentagem participam nas aulas 4 22% 100%

78%

Fonte: (Professores da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Feita a leitura do quadro 6 acima, levam-nos a concluir do universo de 18 professores inqueridos, s 14 professores confirmam a participao activa dos alunos nas suas aulas dado que correspondentes 78%, e 4 professores confirma que h fraca participao dos alunos nas suas aulas correspondendo 22%. Comentrios: Com os dados obtidos pode se dizer que h insuficincia de motivao por parte dos alunos. Os professores no criam ambiente favorvel para os alunos aprenderem, sendo assim, influenciam a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. Segundo (NERICE 1991:19), diz que Professor o

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orientador do ensino. Deve ser fonte de estmulo que leve o aluno a reagir para que se processe a aprendizagem. dever do professor procurar entender os alunos. P (2c) Quantos mtodos usam numa aula? A pergunta tem por objectivo saber o nmero de mtodos que os professores usam numa dada aula, tomando em considerao que muitos professores nem planificam ou mesmo nem consideram as metodologias como veculo da aprendizagem. Quanto a esta questo os 18 professores que foram submetidos ao inqurito responderam conforme ilustra o quadro seguinte: Quadro 7. Distribuio de professores pelo uso de mtodos na sala de aulas Professores Inqueridos Professores 18 N mtodos Percentagem Total 5 28% 28% 9 50% 50% 4 22% 22% 100% 5 de 1 9 2 4 3 100% Uso de mtodos na sala de aula

Fonte: (Professores da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

De acordo com os nossos questionados3 no total de 18 professores encontramos vrias respostas tais como: 5 professores afirma usar 1 mtodo por cada aula correspondendo 28%, 9 professores que usam 2 mtodos por cada aula que corresponde 50%, 4 professores afirmam usar 3 mtodos por cada aula que corresponde 22%. -Comparando os dados verificamos que nove professores correspondentes a 50% usam dois mtodos situao que nos leva a considerar como problema no processo ensino e aprendizagem, 5 professores usam um mtodo por cada aula situao com 28% podendo considerar grave no processo ensino e aprendizagem e 4 professores com 22% achamos razovel a situao podendo superar algumas dificuldades no processo de leccionao. Comentrios: Feita a leitura dos dados observamos dos 5 professores que usam um mtodo por cada aula, alguns leccionam a 3 classe, e est patente que as cincias naturais uma disciplina independente que parte neste segundo ciclo, o que nos leva a3

Professores da EPC 4 de Outubro. Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

concluir que h fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos aluno, no s em cincias naturais mais assim como em outras disciplinas.

P (2d) Quantas aulas de excurso j tiveram desde incio do ano lectivo? A pergunta tinha o objectivo de descobrir se os professores j teriam planificado umas excurses nas cincias naturais, como o caso de visita de estudo. Relativamente a esta questo, os professores responderam da seguinte maneira: Quadro 8. Distribuio de professores inqueridos por categorias de resposta sobre as aulas de excurso nas cincias Naturais.

Nmero de aulas de excurso planificadas e realizadas Professores 3 % 5 % 4 % 6 % Total

Aulas Total de inqueridos

1

17%

2

28%

3

22%

0

33%

100%

18 Fonte: (Professores da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Feita a leitura do quadro acima dos 18 professores inquerido, 3 professores que realizaram uma aula de excurso, corresponde 17%, 5 professores afirmam terem realizado 2 aulas que em termo percentual corresponde 28%, 4 professores realizaram 3 aulas de excurso que corresponde a 22%, e 6 professores afirmam no terem planificado nenhuma aula dado que corresponde 33%. Comentrios: Analisando a estatstica percentual, podemos concluir que h um pequeno desequilbrio no que diz respeito as aulas prticas de cincias naturais, o que nos deixa preocupados, pois, um dos professores que lecciona a 3 classe nunca teria planificado uma aula de excurso, visto que nas aulas de cincias naturais no so todas tericas pois, tambm existem algumas aulas que pela exigncia e necessidade precisam que a criana v o encontro da realidade na natureza. - Esta nossa anlise deixa uma brecha para com os 6 professores que do cincias naturais e nunca tiveram privilgio de planificar uma aula de excurso; normalmente deviam ter aulas prticas, por exemplo, estudo da natureza, poderia ser no ar livre, elementos de um rio, pode se visitar um rio prximo da regio. Na viso de FRACALANZA (1986) no ensino de Cincias, afirma que alm dos conhecimentos,

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experincias e habilidades inerentes a matria, deve desenvolver o pensamento lgico e a vivncia de momentos de investigao, convergindo para o desenvolvimento das capacidades de observao, reflexo, criao, discriminao de valores, julgamento, comunicao, convvio, cooperao, deciso, aco, entendidos como sendo objectivos do processo educativo. Estas habilidades descritas so instrumentos de suma importncia para a vida do educando, pois, em muitas situaes de sua existncia estaro presentes e, num nvel elementar que estas habilidades podem ser iniciadas, permitindo ao aluno discutir e analisar o conhecimento que est sendo construdo.

P (2e) Todas aulas usam material didctico?A questo tinha como objectivo saber aos docentes inqueridos se usam o material didctico em todas aulas. Quanto a esta pergunta foi nos fornecidos o seguinte quadro de resultados: Quadro 9. Distribuio dos professores no uso de material didctico na sala de aula Professores material todas aulas que usam Professores que no Total em usam didctico aulas 10 56% 8 44% 18 100% material em todas

didctico

Fonte: (Professores da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010) Feita a leitura do quadro Relativamente a pergunta (2e), dos 18 professores inqueridos, 8 correspondentes a 44% desde do incio do ano lectivo afirmam que nem todas aulas usaram o material didctico para auxiliar as suas aulas, e 10 que correspondem a 56% afirmam que usava o material didctico nas aulas. Comentrios: Na nossa opinio os dados da tabela acima, mostram que ainda h desafio com os professores para poderem elaborar o material4 concretizador das suas

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Material didctico Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

aulas. O facto que nos deixa preocupados do nmero de professores que no usam o material didctico em suas aulas, isto leva-nos a afirmar que a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos influenciado com a falta do uso de material didctico por parte dos professores nas suas aulas. P (3a) Os alunos tem comparecido ao professor para uma dada explicao? O objectivo desta pergunta era essencialmente para saber a interaco professor aluno na sala de aula. Realizada anlise das respostas, muitos professores argumentaram dizendo que as crianas sentem medo, e ainda tem pouca coragem de falar o que sentem perante o seu professor. - Portanto, situaes acima descritas, levam-nos a reagir com LUCKESI (1993:118) que diz aluno o sujeito possuidor de capacidades de avano e crescimento, s necessitando portanto da mediao da cultura elaborada, que possibilita a ruptura com o seu estado espontneo. Comentrios: Na nossa ptica a falta de inteirao professor-aluno, aluno professor influencia na fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos, pois como diz muitos autores (aluno aluno todo aquele que aprende algo de algum em qualquer lugar: em casa, na escola, na igreja e seminrios). Para isso o professor deve desenvolver uma colaborao respeitando as ideias dos alunos e dando tempo a eles tirarem as suas dvidas. P (3b) Todos alunos se expressam livremente com professor na sala de aulas? Esta pergunta tinha como objectivo fundamental saber o grau de relao entre professor e alunos dentro e fora da sala de aulas no processo de ensino e aprendizagem. Quanto a esta pergunta foi nos fornecidos o seguinte quadro de resultados: Quadro 10. Distribuio dos professores segundo os dados obtidos no aparecimento dos alunos para esclarecimento das suas dvidas nos seus professores.

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Distino respostas professores

das Professores

com Professores

sem Total dos para de

pelos recepo dos alunos recepo para esclarecimento alunos esclarecimento dvidas

de dvidas

Frequencia Percentagem

12 72%

6 18%

18 100%

Fonte: (Professores da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Feita a leitura do quadro veremos que dos 18 professores, 12 correspondes a 72% na qual tiveram uma recepo dos alunos para esclarecimento de dvidas e 6 corresponde 18% que constituem um universo de professores que no tem acesso aos alunos para esclarecimento das suas dvidas. Comentrios: Analisando a percentagem vejamos que 6 professores afirmam categoricamente que os seus alunos nunca vieram pedir uma explicao de uma dvida, suscita nos uma dvida para ns estes factores so verdadeiros obstculos na aprendizagem dos alunos, influenciam na fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos, Cfr (LIBNEO 2006: 47) Professor todo aquele que tem como responsabilidade preparar os alunos para que se tornem cidados activos e participantes na famlia, no trabalho, nas associaes de classe, na vida cultural e poltica.

P (3c) Quantos alunos participam em mdia na sua aula? Esta pergunta tinha como objectivo saber a participao de alunos por cada aula que o professor deu em responder ou contribuio em ideias. Comentrios: Feita anlise das respostas obtidas maior parte dos professores responderam que, numa turma de 45 alunos participam em mdia 15 alunos, factor que deixa preocupante no processo ensino e aprendizagem. A instituio 5 tem poucos professores formados, e este mais um factor que

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EPC4 de Outubro Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

influencia para a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos na quela escola.

P (4a) os alunos mostram interesse ao aprender cincias da natureza? A pergunta Tinha como objectivo saber por parte dos alunos, desempenho pessoal de cada aluno ao aprender a disciplina. Comentrios: feita anlise das respostas foram legtimas, poucos professores sustentaram uma participao significativa. Ao nosso ver no basta que se use o mtodo em que o aluno participativo para que haja uma boa interaco pedaggica na sala de aula ou uma boa participao na aula. necessrio adicionar ainda mais outros factores tais como a motivao para que haja o interesse pelos estudos por parte dos alunos; o desenvolvimento da auto-estima por parte dos alunos, pois, sem a adio desses factores, por mais que o professor tente insistir, a participao do aluno no ser activa porque ele se sentir inibido. P (4b) Qual tem sido a motivao nas suas aulas? O objectivo desta pergunta de conhecer tipos de motivao que os professore usam na disciplina de cincias da natureza, sabendo que existem motivaes adequadas para determinadas disciplinas. Comentrios: Feita anlise das respostas vem a coincidir com as que tivemos em conversa com alguns professores em relao ao uso de uma boa motivao no processo de ensino e aprendizagem, teramos tirado a concluso de que h uma interdependncia entre motivao e o processo de ensino aprendizagem confrontando com, (PILETTI 2004:233) diz que a motivao em sentido didctico, consiste em oferecer ao aluno os estmulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz.

P (4a) Onde os alunos mostram mais interesse de aprender entre a teoria e a prtica? O objectivo desta pergunta para saber de facto onde os alunos mostram a participao activa entre a teoria e a prtica sabemos que na algumas vezes as cincias naturais requerem que se avance para o encontro da realidade na natureza.

Quadro 11. Distribuio dos professores segundo os dados na pergunta onde os alunos mostram mais interesse de aprender entre a teoria e a prtica? Quanto a esta pergunta foi nos fornecidos o seguinte quadro de resultados:Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

Os alunos mostram mais Os alunos mostram Total interesse em aprender na mais prtica 11 61% interesse em

aprender na teoria 7 39% 18 100%

Fonte: (Professores da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010) Feita a leitura do quadro observamos os seguintes dados no universo de 18 professores 11 docentes afirmam que os alunos mostram mais interesse em aprender na prtica dado que corresponde 61%, e 7 professores responderam que os alunos mostram interesse em aprender na teoria. Comentrios: Analisando a percentagem obtida relativamente a esta pergunta, dos 18 professores inqueridos podemos confirmar que h um sinal positivo por parte dos alunos mais os professores no criam condies favorveis para esses alunos influenciando na fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. Segundo HARLEN, Wynne (1989), a partir da observao, os alunos percebem termos atingindo alguns objectivos como o de despertar o interesse, a motivao dos alunos pelas aulas de Cincias.

P (5a) Todos alunos tem materiais/ livros para aprendizagem de cincias naturais? Objectivos desta pergunta era para saber a realidade de materiais de ensino se esto disponiveis para os alunos. Os resultados das respostas obtidos afirmaram nos que os livros no foram suficiente para todos alunos. Comentrios: Feita anlise da situao de insuficincia de livro para os alunos conclumos que a fraca assimilao da matria de cincias naturais por parte dos alunos provocado pela insuficincia de manuais dos alunos. Pois dificulta a realizao de alguns trabalho de casa, assim como a leitura. De acordo com Fracalanza (1986:26-27), o ensino de cincias nos anos iniciais, entre outros aspectos,

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deve contribuir para o domnio das tcnicas de leitura e escrita; permitir o aprendizado dos conceitos bsicos das cincias naturais e da aplicao dos princpios aprendidos a situaes prticas; possibilitar a compreenso das relaes entre a cincia e a sociedade e dos mecanismos de produo e apropriao dos conhecimentos cientficos e tecnolgicos; garantir a transmisso e a sistematizao dos saberes e da cultura regional e local. P (5b) A escola dispe de cantina de material de cincias naturais? O objectivo desta pergunta para saber se a EPC, ao produzir o seu material didctico, predispe de cantina para a sua conservao. Feita a anlise das respostas a escola no dispe de cantina de conservao de material didctico. Comentrios: Tomando em conta a afirmao veremos que esta afirmao sustenta a ideia de produo de material didctico. Nas questes acima respondidas recolhemos a informao de que maior parte das aulas no usam material didctico, assim podemos concluir que sendo assim tambm, vai ser difcil ter uma cantina de material didctico, factor que sustenta o nosso caso da fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. P (5c), Alguma vez j produziram materiais nas aulas de cincias Naturais? O objectivo desta pergunta era para saber se na verdade os professores produzem material didctico para o uso nas suas aulas. Nesta pergunta poucos professores produziram material didctico ao longo do ano lectivo. Comentrios: Na nossa ptica, so poucos professores que produziram material para as aulas, podemos considerar este aspecto que na verdade h um caso que para verificar neste processo de ensino e aprendizagem, pois o nosso aluno, deve terMonografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

habilidade de saber fazer querendo concretizar com as ideias dos autores como, GOUVEIA (1986) ao afirmar que o ensino de Cincias, alm dos conhecimentos, experincias e habilidades inerentes a esta matria, deve desenvolver o pensamento lgico e a vivncia de momentos de investigao, convergindo para o desenvolvimento das capacidades de observao, reflexo, criao, discriminao de valores, julgamento, comunicao, convvio, cooperao, deciso, aco, entendidos como sendo objectivos do processo educativo. Partindo desta ideia do autor a insuficincia do uso de material didctico influencia na fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos.

4.3. Apresentao e anlise de dados referente a inqurito feita aos alunos da EPC 4 de Outubro

P (1) Como tem sido a explicao da matria com o teu professor? O objectivo desta pergunta era para saber a forma como o professor transmite a matria para os alunos. Quadro12. Distribuio das respostas obtidas nos alunos segundo os dados abaixo: Respostas dadas Compreensvel Complicada S apontamentos Total Frequncia 20 22 5 47 Percentagem 42% 47% 11% 100%

Fonte: (Alunos da 3 classe da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Segundo os nossos questionado6 forneceu nos os dados num universo de 47 aluno distribudos em 20 alunos afirmam que a explicao do professor compreensvel dado que corresponde 42%, 22 alunos afirmam que a explicao do professor complicado que corresponde 47%, e 5 alunos dizem que o professor s dita6

Alunos da EPC 4 de Outubro Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

apontamento com 11%. Perfazendo juzo de valores podemos verificar que h grande desnvel na percentagem podendo ser maior com explicao complicada com 42%. Comentrios: Portanto, podemos concluir que a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos influenciado por falta de boa metodologia dentro da sala de aula e maior parte de professores vem na sala de aula para cumprir o tempo, provocando problemas no processo ensino e aprendizagem, principalmente nas cincias de natureza. P (2) As aulas do teu professor divertido, ___________, ou cansativas ___________. Quadro 13. Distribuio das respostas obtidas nos alunos segundo os dados abaixo: O objectivo desta pergunta era de saber a qualidade das aulas dadas pelos professores a nvel da escola especialmente de cincias naturais. Respostas dadas Aulas divertidas Aulas cansativas Total Frequncia 15 32 47 Percentagem 32% 68% 100%

Fonte: (Alunos da 3 classe da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Feita a leitura do quadro no universo de 47 alunos verificamos 15 alunos que dizem as aulas do professor so divertida correspondendo a 32%, 32 alunos que afirmam no gostar das aulas do professor com 68%. Comentrios: analisando estes resultados levam-nos a concluir que na Escola Primria Completa 4 de Outubro em Chimoio, ainda reina no seio dos professores a pedagogia tradicional, de leccionar aulas cansativas no brilhantes que no levam a criana at ao centro da sua prpria aprendizagem. Alm disso concordamos com as respostas obtidas e as observaes feitas durante as aulas e percebemos que os alunos no se sentiam a vontade com a presena do professor (mesmo porque, eles tentavam, talvez pela nossa presena, manter um clima de liberdade com os alunos) devido ao seu autoritarismo. Segundo LIBNEO (1994) diz que uma aula cansativa no contribui para o crescimento dos alunos. dever do professor, criar condies e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e habilidades intelectuais.

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P (3) Nas aulas de cincias naturais tem expressado teus sentimentos perante uma situao de dvidas? A pergunta tinha como objectivo avaliar at que ponto os alunos se expressam durante a aula Quadro 14 Distribuio das respostas obtidas nos alunos segundo os dados abaixo: Respostas dadas Frequncia Percentagem 32%

S falo quando o professor me indicar ou 15 quando mandar me ao quadro. No levanto sem voz do professor Total 32 47

68% 100%

Fonte: (Alunos da 3 classe da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Feita a leitura dos dados no quadro para total de 47 alunos a maior parte dos nossos entrevistados, 32 alunos representa 68% dizem que no levantam, sem a voz do professor e 15alunos correspondentes a 32% dizem que s falavam durante as aulas quando o professor indica para falar. Comentrio: Feita analise, chegamos a concluso de que naquela escola no h liberdade de expresso por parte dos alunos fazendo com que (como referimos na justificativa) no haja interaco positiva entre os professores e alunos ou criao de um clima de liberdade na sala de aula provocando a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. P (4) Tem feito TPC, tempo e hora? ___ Tem chegado cedo na sala de aula? ___, L quantas vezes o livro de cincias Naturais? ___. A pergunta tinha por objectivo avaliar o grau de auto-estima dos alunos no que diz respeito a realizao de trabalhos de casa, leitura do livro e a pontualidade. Quadro 15. Distribuio das respostas obtidas nos alunos segundo os dados abaixa:

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Perguntas Tem feito TPC, tempo e hora?

Resposta No Sim Total

Frequncia 20 27 47 18 29 47 20 27 47

Percentagem 43% 67% 100% 38% 62% 100% 43% 57% 100%

Tem chegado cedo na sala de aula?

Sim No Total

L quantas vezes o livro de cincias Naturais?

Uma vez p/s No l

Total

Fonte: (Alunos da 3 classe da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Feita a leitura do quadro na primeira questo tivemos 20 Entrevistados que afirma no fazer o TPC representando 43%, e 27 disseram que tem feito TPC dado que representa 67%. Na segunda questo tivemos 18 alunos que dizem que tem chegado cedo na escola dado que corresponde 38% e 18 alunos que afirmam no ter chagado cedo na escola por vrios motivos como: Machambas e trabalhos de casa. Na terceira questo tivemos 20alunos que afirmam ler o livro uma vez por semana dado que corresponde 43% e 27 alunos que no l o livro por diversos motivos, por no ter o manual.

Comentrios: feita anlise percentual e as observaes vimos que de facto o professor no ltimo trimestre enfrentou muito trabalho, pois os alunos chegavam muito tarde alm da entrevista feita, e por insuficincia de livros o professor dando TPC quase todos no faziam, alegando que no havia livros suficientes. Para a situao de leitura do livro o motivo igual, sendo mesma resposta de que h insuficincia de livros, motivo que leva alguns a no fazer. Para ns estes casos so dramticos porque o grfico de insuficincia maior pois contribuem na fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos.

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P (5) Recebeu o livro de cincias naturais no incio do ano? A pergunta tinha por objectivo saber quantos alunos receberam o livro no incio do ano lectivo. Feita a leitura das respostas 25 alunos que correspondentes a 54% afirmaram que receberam o livro no incio do ano, e 22 que correspondem a 46% disseram que no tiveram o livro at do momento. Comentrios: Analisando os dados percentual e as observaes efectuada podemos concluir que de facto havia alunos sem livro, conforme os dados observados na percentagem de 46%, e confrontando com as outras questes j dadas veremos caso resultante da ausncia do manual do aluno, provocando problemas de leitura, realizao de trabalhos de casa, e so factores eminentes no problema de aprendizagem provocando a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos.

P (6) Quantas aulas prticas ou de excurso j fizeram desde o incio do ano? O objectivo desta pergunta para saber as aulas dadas, prtica e de excurso que concretizam o ensino de cincias naturais. Quadro 16. Distribuio de dados por categorias de resposta sobre as aulas de excurso nas cincias Naturais realizados Nmero de aulas de excurso planificada e realizadas1 Aulas Total de respostas Total de inqueridos % 2 % 3 % Nunca

% 47%

Total

47

15

31%

5

11%

5

11%

22

100%

47Fonte: (alunos da EPC 4 de Outubro, Trabalho de pesquisa, 2010)

Feita o estudo do quadro relativamente ao universo de 47 alunos, 15 inqueridos, correspondentes a 31% afirmam ter assistido uma aula de excurso ou prtica, cinco correspondentes a 11%, disseram que tiveram duas aulas prticas, ainda 5 que correspondem a 11% afirmam terem assistido trs aulas prticas e 22 que correspondem a 47% afirmam no terem assistido nenhuma aula de excurso.

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Comentrios: feita anlise percentual dos dados do quadro leva nos a concluir que h um pequeno desequilbrio no que diz respeito as aulas prticas de cincias naturais, provocando a fraca assimilao da matria por cincias naturais por parte dos alunos, entrando em confronto com o FRACALANZA (1986) afirma que no ensino de Cincias naturais, alm dos conhecimentos, experincias e habilidades inerentes a matria, deve desenvolver o pensamento lgico e a vivncia de momentos de investigao, convergindo para o desenvolvimento das capacidades de observao, reflexo, criao, discriminao de valores, julgamento, comunicao, convvio, cooperao, deciso, aco, entendidos como sendo objectivos do processo educativo

P (7) A escola est perto de um rio? De um museu? Ou de um jardim zoolgico? Com esta pergunta pretendamos exactamente saber se h um local especial onde podemos levar as nossas crianas a observar, alm da natureza da nossa volta. - Das respostas recolhidas a instituio no esta perto de museu, jardim zoolgico mais sim de um riacho, assim tivemos dois resultados de 7 alunos que corresponde a 6% afirmam terem ido a uma pocilga 7 , perto da escola para concretizar o que aprenderam sub ordem do professor e 40 que correspondem a 94% afirmam no existir um local especial para realizao de uma de aula cincias naturais. Comentrios: Feita as anlise percentual na nossa observao vimos que de factos o local onde se localiza a escola no existe um rio perto, museu, nem jardim zoolgico, factor que influencia na fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. Mais alm da questo podia se fazer uma parceria para os tais locais onde podemos encontrar um rio perto como Rivu, Pungu, assim podamos ajudar os alunos a aprender melhor a partir da observao ou mesmo a experimentao.

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Pocilga da EPF-Chimoio Monografia Aprendizagem das Cincias Naturais.

Captulo V: ConclusesEm concordncia com os resultados obtidos atravs da pesquisa, observao no terreno e a respectiva anlise, chegamos nas concluses de que a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos o reflexo das seguintes situaes: 1. Insuficincia de seminrios de capacitao para os professores, porque a mudana educacional no depende s dos professores e da sua formao, depende tambm da transformao das prticas pedaggicas na sala de aula, isto , necessrio que sejam promovidos seminrios de capacitao para que os professores possam transformar as suas prticas educativas; 2. Falta da arte de liderana democrtica por parte dos professores na sala de aula, porque se formos a fazer uma retrospectiva da realidade factual, podemos observar que os alunos ficavam inibidos com a presena do professor ao leccionar as Cincias naturais na sala que consequentemente, provocou a fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. 3. Insuficincia de produo e uso de material didctico na sala de aula. 4. Fraca interaco pedaggica entre professor-aluno na sala de aula pois, o professor toma a funo de transmissor e no mediador de conhecimentos. 5. A falta de formao psicopedaggica dos professores, visto que a formao psicopedaggica o suporte para a prtica docente, isto , no h ensino de qualidade nem reforma educativa e inovao pedaggica sem o professor formado; 6. A superlotao das turmas, dificulta a comunicao entre os intervenientes do processo de ensino-aprendizagem na sala de aula; 7. A falta de motivao e interesse pelos estudos, gerada pela fraca auto-estima dos alunos, uma das causas da fraca assimilao da matria cincias naturais por parte dos alunos. 8. Insuficincia de material escolar como o livro do aluno de cincias naturais.

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5.1. Recomendaes Em conformidade da melhoraria de aprendizagem das cincias naturais no processo de ensino e aprendizagem com vista ao alcance de melhores resultados nas realizaes, propomos como sugestes os seguintes pontos:

5.1.1. Aos servios Distritais da Educao Juventude e Tecnologia Que contrate mais professores com formao psicopedaggica, especialmente de Cincias naturais. Para professores em exerccio que no possuem a formao psicopedaggica, devem ser encaminhados aos centros de formao para adquirirem as noes bsicas da psicopedaggica; Que promova mais seminrios de capacitao para os professores e abordem mais sob aprendizagem das cincias naturais como disciplina independente nas classes inicias a partir do 2 ciclo.

5.1.2. Direco da Escola e aos professores Desenvolva a criatividade de executar pequenos debate a cerca da metodologia activa na prtica do ensino para evitar que haja uma distncia entre o professor e o aluno e matria, que consequentemente gera um fraco relacionamento dos intervenientes do processo de ensino-aprendizagem. Que se estabelea um programa que envolva a troca de experincias entre professores de escolas circunvizinhas, com vista a encontrar a metodologia mais adequada que promova uma boa aprendizagem de cincias naturais, e no s, bem como nas vrias vertentes do processo de ensino; Que se construam mais salas de aulas, usando material local de modo a reduzir a superlotao nas salas, formando mais turmas; A distribuio dos livros dos alunos deve ser a tempo e hora pois facilita o processo de ensino aprendizagem. Que criem uma habilidade de saber fazer, arte de leitura, pontualidade.

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5.1.3 Aos Alunos Que treinem mais as habilidades na leitura e escrita; Que desenvolvam a sua auto-estima e deixem de se sentir inibidos durante a aula, tendo em mente que eles no so uma tbua-rasa, mas que j possuem um certo conhecimento que deve ser desenvolvido durante o processo de ensino e aprendizagem, contudo, necessrio que o professor conhea os pr-requisitos dos alunos segundo a interveno de cada um durante a aula. Que treinem os alunos a serem pontuais na sala assim como em outras actividades curriculares e extra-curriculares.

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5.2. Bibliografia 1. BRASIL, Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais: Cincias Naturais. Braslia, 1997. 2. CANIATO, Rodolpho. Com cincia na educao: idearia e prtica de uma alternativa brasileira para o ensino de cincias. 3 Reimpresso, Campinas, SP. 3. DICIONRIO UNIVERSAL, (2002), Dicionrio de Lngua Portuguesa Mais Gramtica, Moambique Editora, LDA; 4. FRANCALANZA, Hilrio. O Ensino de Cincias no Primeiro Grau. So Paulo: Actual, 1986. 5. FREIRE, Paulo, (1996), Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessrios Pratica Educativa. So Paulo: Paz e Terra; 6. FRIZZO Marisa N. MARIN, Eullia B. O ensino de cincias nas sries iniciais. 3 ed. Iju: UNIJU, 1989. 7. GOUVEIA, Mariley S. Flria. O ensino de cincias no primeiro grau. So Paulo: Atual, 1986. 8. HARLEN, Wynne. Ensino e Aprendizagem das Cincias. Madri/Esp. Norata, 19