microsoft power point o treino das capacidades motoras no futebol - def. 2

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1 CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL NÍVEL I F.P.F./A.F.V/A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007 AS CAPACIDADES MOTORAS NO FUTEBOL CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL – NÍVEL I F.P.F./A.F.V./A.N.T.F. Viana do Castelo - 2007

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CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL

NÍVEL I

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AS CAPACIDADES MOTORAS NO

FUTEBOL

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Que futebol? Ou “futebóis”?

Que treino? Que treinos?

Que método? Que métodos?

GANHAR!!!

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« A quem apenas tem o martelo como ferramenta,

Todos os problemas parecem pregos...»

« A procura de respostas tem-

me levado muitas vezes a pôr

em causa um conjunto de ideias

que são dominantes.»

« O Futebol não é uma ideia

minha mas é minha a ideia que

tenho do futebol!»

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- Perfil fisiológico e características do esforço

- Tarefas Motoras Específicas

- Parâmetros Fisiológicos

- Tipo de esforço (sistemas energéticos)

- Treino Desportivo:

- Planeamento/organização do treino

- Fundamentação biológica do Treino Desportivo

- A fadiga e a recuparação

- Princípios do Treino Desportivo

- Planificação e Periodização

- Periodização convencional versus Periodização Táctica

- O Treino das Capacidades Motoras

- O Treino das Capacidades Motoras nos Guarda-redes

- O Treino das Capacidades Motoras em Crianças e Jovens

PERFIL FISIOLÓGICO

E

CARACTERÍSTICAS DO ESFORÇO

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Perfil fisiológico e características do esforço

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Desp.

Individ

uais

Desp.

Colectiv

os

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Perfil fisiológico e características do esforço

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Diferentes funções/diferentes modelos ���� esforços diferentes ���� treino diferenciado;

���� Necessidade de conhecer o jogo/modelo e o perfil fisiológico e características do esforço dos futebolistas

ANÁLISE DO JOGO

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Perfil fisiológico e características do esforço

A análise do jogo tem sido realizada de forma variada e imprecisa devido a :

���� Grande número de variáveis interactuantes no jogo;

���� O processo de análise do jogo utilizado pelos treinadores ser, usualmente, um processo não sistematizado, onde há constante perda de informação.

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Análise do Jogo

Caracterização do Jogo da Equipa (Jogo do Modelo -

MJA)

Caracterização do esforçoCaracterização Táctico-Técnica-Emocional

TREINO

JOGO

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A caracterização do esforço é realizada a partir de diferentes variáveis:

• estrutura do movimento – aspectos biomecânicos;• carácter do movimento – relação esforço/recuperação;

• volume do esforço – amplitude do esforço e sua variação;• intensidade do esforço – concentração do esforço no decorrer do tempo;

• complexidade do esforço – relação amplitude do esforço/técnicas desportivas.

Perfil fisiológico e características do esforço

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Perfil fisiológico e características do esforço

Importância da caracterização do esforço:

� Aumenta os conhecimentos acerca do jogo e da sua lógica;

� Fornece dados para o desenvolvimento do processo de preparação/modelação das situações de treino;

� Para a construção de um sistema de detecção e selecção de talentos;

� Para o conhecimento das exigências nutricionais e para a diminuição do risco de lesões.

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Perfil fisiológico e características do esforço

A caracterização do esforço na actividade desportiva tem sido realizada segundo dois tipos de parâmetros:

� Tarefas Motoras Específicas (distância percorrida; duração, intensidade e frequência dos deslocamentos e frequência das acções de jogo).

� Parâmetros Fisiológicos (FC, [La-], VO2 máx., etc.);

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Perfil fisiológico e características do esforço

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TAREFAS MOTORAS ESPECÍFICAS

Obs.: Mostrar “imagens”

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Perfil fisiológico e características do esforço - TME

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Actividade Física Específica do Futebolista depende:

� Do nível competitivo do Jogo;

�Do Modelo e estilo de jogo;

� Da função/posição que o jogador desempenha na equipa;

� Aspectos táctico/estratégicos particulares;

�Das condições do envolvimento.

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Indicadores externos da Actividade Física Específica do Futebolista:

� Distância percorrida;

� Tipo e intensidade dos deslocamentos ;

� Duração das acções, repartição dos esforços e pausas.

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Perfil fisiológico e características do esforço - TME

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Tentem responder…

- Qual o valor médio da distância percorrida no jogo?

- Qual a posição/função do jogador que mais distância percorre no jogo?

- Qual a percentagem relativa dos deslocamentos a passo/tempo parado, lentos/moderados, sub-máximos e máximos?

- Qual a duração média de um esforço de alta intensidade (sprint)?

- Em média, quantos contactos faz 1 jogador com a bola por jogo?

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Volume – Distância percorrida

12000Luhtanen1994

10800Bangsbo et al.1991

10000Ekblom1986

10000Talaga1985

5000-10000Losada1980

6000-8000Palfai1979

8700Reilly & Thomas1976

1600-5400Wade1962

Distância (m)AutorData

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Perfil fisiológico e características do esforço - TME

São os médios os que percorrem maiores distância seguidos dos avançados e dos defesas.

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Os médios ala percorrem cerca de 1000 metros mais que os laterais.

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Distância total percorrida no jogo por posição específica

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Distância (Km)

9

9,5

10

10,5

11

11,5

12

Posição Específica

Km

Distância (Km) 10,1 11,8 10,4

Defesas Médios Avançados

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Perfil fisiológico e características do esforço - TME

A distância percorrida na 2ª parte tende a ser menor que a percorrida na 1ª parte dos jogos (Bangsbo, 1994).

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Distância Total Percorrida

5250

5300

5350

5400

5450

5500

5550

5600

5650

5700

1ª Parte 2ª Parte

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Perfil fisiológico e características do esforço - TME

Dominância dos diferentes deslocamentos (intensidade):

���� Parado ou a caminhar – 55/60%

���� Jogging (ritmo moderado) – 30/35% (25´a 30´)

���� Velocidade sub-máxima – 3/6% (3´a 5´)

���� Velocidade máximal – 0,5/2% (22” a 170”)

Os esforços de máxima intensidade mais vezes repetidos são os de mais curta duração – 3 a 7 segundos / 10 a 20 metros!

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Perfil fisiológico e características do esforço - TME

Frequência e duração dos diferentes tipos de deslocamentos no jogo

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3”100Sprint

7”34Corrida média

intensidade

29”52Jogging

29”64Caminhar

DuraçãoFrequênciaTipos deslocamento

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A principal diferença entre jogadores de distinta qualidade não é só a distância que percorrem no jogo, mas principalmente a percentagem dessa distância que é percorrida em deslocamentos de elevada intensidade.

Existe uma relação entre a qualidade de jogo e os deslocamentos de elevada intensidade.

Volume – intensidade

1,9 KmMaréchal (1996)

2,1 KmBangsbo (1993)

0,8 KmEkblom (1986)

Esforços de elevada intensidade

Autor

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Os jogadores realizam cerca de 200 acções explosivas por jogo quase sempre traduzidas em sprints (90 a 100) – 3,6% do tempo total de jogo e 11% da distância total percorrida –intervalados por cerca de 55 segundos

… um trabalho que seria essencialmente aeróbio torna-se, em alguns momentos do jogo, fundamentalmente anaeróbio!!

Perfil fisiológico e características do esforço - TME

O médio tem uma actividade global mais importante, com percursos mais longos, enquanto os defesas e os avançados se caracterizam pela alternância de repouso relativo, de numerosas acções explosivas e de sprints.

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Da distância total percorrida, cerca de 98% é feita sem bola.

Volume – Acções táctico-técnicas

Com bola apenas são percorridos cerca de 300 metros sendo feitos +-60/65 contactos durante o jogo.

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Os defesas são os que contactam mais a bola com a cabeça seguidos dos avançados e dos médios.

Cerca de 35 passes por jogo e 15 intercepções.

1,1 remates por jogo por jogador e 1 golo em cada 12 tentativas

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Frequência de acontecimento das acções no jogo

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16-5435Disputas 1x1

1-95Disputas salto

4-149Travagens

10-2819Mudanças direcção/sentido

3-128Saltos

1-54Tackles

AmplitudeN.º Rept.Acções de jogo

Perfil fisiológico e características do esforço

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PARÂMETROS FISIOLÓGICOS

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A FC parece ser um meio de avaliação da intensidade do exercício relativamente rigoroso e adaptado ao futebol, devido à possibilidade de avaliação contínua;

Necessidade de ter em atenção que a resposta da FC pode ser influenciada por alguns factores: temperatura ambiente, idade, condição física, massas musculares e tipo de exercício;

A FC máxima só é atingida nas fases mais intensas do jogo, embora muitos atletas joguem durante largos períodos do jogo com a FC sub-máxima; A FC decresce no decorrer da 2ª parte dos jogos.

Perfil fisiológico e características do esforço – PF

167+-4Pirnay et al. (1991)172+-12Ali e Farraly (1991)170+-9Fornaris et al. (1989)

FC (bat./min)Autor

FREQUÊNCIA CARDÍACA

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Perfil fisiológico e características do esforço - PF

FREQUÊNCIA CARDÍACA

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A utilização do VO2máx. como indicador da intensidade do esforço deve ser feita com algumas limitações (pouca especificidade da avaliação) – alguns autores consideram que os valores do VO2 não são limitativos da prestação física do jogador de futebol;

Existem duas razões fundamentais para a necessidade de ter uma boa capacidade aeróbia: a diminuição do consumo de O2 nos períodos de trabalho e a possibilidade dum rápido restabelecimento da homeostasia nos períodos de recuperação;

Com o treino este valor pode aumentar cerca de 20 a 30% (50 ml/Kg/min no sedentário);

Perfil fisiológico e características do esforço - PF

59Faina et al., 198655/65Zelenka, 198264,7Marechal et al., 1979

VO2máx.(ml/kg/min)Autor

CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÉNIO (VO2 máx.)

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Perfil fisiológico e características do esforço - PF

CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÉNIO (VO2 máx.)

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Perfil fisiológico e características do esforço - PF

LACTATO SANGUÍNEO

As concentrações de lactato sanguíneo tem sido utilizadas como meio de avaliação da intensidade do jogo e da participação do metabolismo anaeróbio;

A utilização da lactacidémia como índice de avaliação da produção de lactato, é questionada por diversos autores, pelo facto de o aparecimento de lactato sanguíneo estar dependente da interacção entre a sua produção e a sua remoção;

Os estudos mostram grande variação nos valores obtidos – explicadas pelo tipo de actividade realizada antes da recolha, pela concepção táctica do jogo e do jogador e pela capacidade física e motivação do jogador;

4 +- 0.6Pirnay et al. (1991)

4.4 (2.1-6.9)Bangsbo (1991)7-8Ekblom (1986)

Lactacidemia (mmol/l)Autor

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Perfil fisiológico e características do esforço - PF

LACTATO SANGUÍNEO

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Perfil fisiológico e características do esforço - PF

Outros parâmetros podem ser utilizados para caracterizar o esforço específico do futebolista no jogo:

- Concentrações séricas de Amónia,

- Temperatura corporal,

- …

Perfil fisiológico e características do esforço - PF

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Apresentação Seminário ISMAI – Tese Mestrado

CARACTERIZAÇÃOCARACTERIZAÇÃODODO

ESFORÇO DO FUTEBOLISTA ESFORÇO DO FUTEBOLISTA NO NO

ESCALÃO “ESCOLAS”ESCALÃO “ESCOLAS”

Futebol de 7 versus Futebol de 11

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Perfil fisiológico e características do esforço

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TIPO DE ESFORÇO/FONTES ENERGÉTICAS

Fontes Energéticas

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Fontes Energéticas

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

� Sistema Anaeróbio Aláctico – Fosfagénios (ATP-CP) – Presentes nos músculos

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- ATP ���� ADP + Pi + Energia

- Assegura esforços com duração de 2 a 3 segundos;

- Tipo de movimentos: rápidos, muito potentes e curtos – saltos, remates, sprints curtos…

- CP + ADP ���� ATP + C + Energia

- Assegura esforços com duração – 5 a 15 segundos;

- Tipo de acções: um contra-ataque, uma prova de 100m, etc;

Fonte de energia mais rápida usada pelo músculo:

- Não depende de uma série de reacções químicas;

- Não depende do transporte de oxigénio para os músculos que estão a realizar trabalho;

- Tanto o ATP como a CP estão armazenados directamente nos músculos.

Conclusão:

Sem este sistema (fornece energia na ausência de O2 e sem formação significativa de ácido láctico), os movimentos rápidos e vigorosos (intensidade máxima) não poderiam ser realizados pois exigem um fornecimento rápido e não uma grande quantidade de energia!!!

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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O que acontece quando as reservas musculares de ATP e CP começam a

ficar esgotadas?

Terão que ser utilizadas outras fontes de energia para ressintetizar

o ATP…

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

�Sistema Anaeróbio Láctico – Glicólise – Hidratos de Carbono

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- Hidratos de Carbono são degradados em glicose e armazenados no músculos e no fígado sob a forma de glicogénio;

- Qd é necessária energia, o glicogénio transforma-se novamente em glicose que, através de diferentes reacções vai libertando energia para a ressíntese do ATP, resultando como produto final o ácido pirúvico que na ausência de 02 se transforma em ácido láctico;

Glicogénio ���� Glicose ���� Ácido Pirúvico ���� O2 insuf. ���� Ácido Láctico

Energia útil (ADP+Pi ���� ATP)

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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Temos um problema…

É que a energia fornecida por esta fonte não permite a ressíntese de um grande número de moles de ATP devido ao aumento das concentrações de ácido láctico…

A partir de determinados níveis de acumulo no músculo… impossibilita a continuidade do esforço!!!

Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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A via energética anaeróbia láctica é:

- Importante porque permite o fornecimento energético relativamente rápido;

- Responsável pelos esforços de intensidade elevada com duração entre 1 a 3 minutos;

Conclusão:- Resulta na formação de ácido láctico;

- Não requer a presença do O2;

- Utiliza apenas os hidratos de carbono;

- Liberta energia para a ressíntese de poucas moles de ATP.

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

� Sistema Aeróbio – Oxidação - lípidos/ácidos gordos e proteínas (aminoácidos)

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- As várias reacções deste sistema podem dividir-se em três subsistemas:

- Glicólise aeróbia;

- Ciclo de Krebs;

- Sistema transportador de electrões.

- Qd é necessária energia, o glicogénio transforma-se novamente em glicose que, através de diferentes reacções vai libertando energia para a ressíntese do ATP, resultando como produto final o ácido pirúvico… que, com a presença de O2, não leva à acumulação de ácido láctico mas sim à produção de CO2 e ATP – Glicóliseaeróbia;

- Ciclo de Krebs consiste num conjunto de reacções a que é submetido o ácido pirúvico (formado na glicólise aeróbia) – liberta-se CO2 (transportado pelo sangue e eliminado pelos pulmões), iões de hidrogénio (H+) e electrões (e-).

Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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- Os iões de hidrogénio e os electrões que foram removidos do Ciclo de Krebs na presença de O2 que respiramos, dão origem à formação de água em cujas reacções de produção se dá a libertação de energia que é utilizada para a ressíntese de ATP – Sistema transportador de electrões.

Considerações:

- O sistema aeróbio utiliza como combustível não só o glicogénio/hidratos de carbono como as gorduras e as proteínas;

- Fornece energia para actividades de longa duração e relativa baixa intensidade (maratona, 10000m, momentos de baixa intensidade do jogo de futebol…) – Fonte inesgotável!

- A exaustão acontece não por falência na produção energética mas por outros factores indutores de fadiga de origem neuromuscular!

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Fontes Energéticas

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Fontes Energéticas

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Sistemas Anaeróbios Alácticos

Sistema Anaeróbio Láctico

Sistema Aeróbio

Participação das diferentes vias metabólicas/duração do exercício

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Fontes Energéticas

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Capacidade de produção de energia em função do tempo

Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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Metabolismo Energético - Sistemas de fornecimento de energia

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- Potência limitada,- Tempo de demora na intervenção éconsiderável;- Capacidade limitada pelos exercícios que solicitam elevadas potências aeróbias.

- Utiliza todos os substratos orgânicos;- É rentável por unidade de substrato utilizado (produz mto. ATP por unidade de substrato);- Os produtos terminais não provocam problemas ao organismo: o dióxido de carbono é facilmente eliminado pelos pulmões, a água é reutilizada pelo organismo;- Funciona à base dos processos de recuperação; o seu funcionamento ésolicitado na recuperação activa.

Fonte Aeróbia

- A utilização desta fonte energética provoca um deficit de oxigénio;- Pouco rentável por unidade de substrato utilizado,- O ácido láctico produzido limita a capacidade;

- Maior potência que a potência aeróbia;- O tempo de demora na intervenção é mais curto do que na fonte aeróbia;

Fonte Anaeróbia Láctica

- A utilização desta fonte provoca um deficit de oxigénio;- A duração do seu funcionamento ébreve;

- O tempo de demora na intervenção é nulo;- A potência disponível é considerável;

Fonte AnaérobiaAláctica

DesvantagensVantagens

Perfil fisiológico e características do esforço

O FUTEBOL caracteriza-se por ser uma actividade em que os jogadores realizam diferentes tipos de acções de jogo, com intensidades muito variadas;

É um exercício intermitente em que existe um quociente entre momentos de alta intensidade, momentos de baixa intensidade e situações mais ou menos estáticas;

Em termos bioenergéticos, o jogo de FUTEBOL consubstancia um esforço aeróbio entrecortado por frequentes momentos anaeróbios de curta duração. Todos os tipos de metabolismo são recrutados.

Tipo de esforço

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Perfil fisiológico e características do esforço

Utilização das três fontes energéticas:

- Aeróbia – representada pela essência do jogo (duração);

- Anaeróbia láctica – destacada nas idas e voltas constantes do jogador no ataque e na defesa, com trabalho de alta intensidade e média de 36 sprints por jogo (4 a 6 mmol. de acúmulo de ácido láctico);

- Anaeróbia aláctica – em relação à aplicação dos fundamentos técnicos no jogo como o passe, remate, drible, saltos, tackle, etc.;

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TREINO DESPORTIVO

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Treino Desportivo

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Processo intencional, sistemático e planeado cujo objectivo é o

desenvolvimento do rendimento.

Treino Desportivo

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É a forma fundamental de preparação, baseada em exercícios sistemáticos, representando um processo organizado pedagogicamente com o objectivo de direccionar a evolução do desportista (Matweiew, 1983)

…evolução da equipa no sentido da identificação com o MJA – dimensão equipa!

…aumento do nível de jogo que apresenta –dimensão jogador!

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Treino Desportivo

Treino - é o desenvolvimento multifactorial e harmonioso das capacidades que condicionam o rendimento de um praticante ou de uma equipa, devendo reproduzir parcial ou integralmente, o conteúdo e a estrutura do jogo (Queirós, 1986);

Estádio inicial

Estádio Intermé-dio 1

Estádio Intermé-dio n

Estádio final (???)

ProcessoProcesso Processo

Treino Treino Treino

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Treino Desportivo

O processo de treino e/ou ensino-aprendizagem no futebol, pressupõe uma evolução no nível de conhecimentos a adquirir e no grau de eficácia das acções táctico-técnicas individuais e colectivas, com reflexo directo sobre a qualidade do jogo.

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Treino Desportivo

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Não é o treino que torna as coisas perfeitas, mas é antes o perfeito treino que permite obter a

perfeição!

Não basta treinar!!!

É preciso treinar bem!!!

Treino Desportivo

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Muito trabalha o burro e nunca chegou a cavalo!!!

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Treino Desportivo

Treino Asp. Psico-cognitivos

Asp. Tácticos

Asp. Físicos

Asp. Técnicos

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O treino deve contemplar mais do que o somatório de qualidades tácticas, técnicas, físicas e psico-cognitivas, apoiando-se numa criteriosa selecção de

métodos e situações adequadas de aprendizagem e aperfeiçoamento.

Treino Desportivo

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BOM TREINO MAU TREINO

MAU TREINO

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Treino Desportivo

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Objectivos (Gerais):

- Aumentar o desenvolvimento multilateral e físico;

- Assegurar e melhorar o desenvolvimento físico específico determinado pelas necessidades de cada desporto em particular;

- Realizar e aperfeiçoar as técnicas do desporto escolhido,

- Melhorar e aperfeiçoar as estratégias necessárias;

- Cultivar as capacidades volitivas;

- Assegurar e procurar uma preparação óptima para a equipa;

- Fortalecer o estado de saúde de cada atleta;

- Prevenir lesões;

- Incrementar o conhecimento teórico do atleta sobre a modalidade escolhida.

Treino Desportivo

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Rendimento Desportivo

… é determinado por um estado dinâmico complexo que se caracteriza por um elevado nível de eficiência física e psicológica, e pelo grau de aperfeiçoamento das aptidões técnicas, tácticas e conhecimentos teóricos da modalidade…

Rendimento Desportivo associado à noção de forma desportiva em FUTEBOL!

- Base técnica – Aplicação técnicas

- Base táctica - Adaptação ao MJA…

- Base Condicional – Adaptação atlética

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Treino Desportivo

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O Exercício de Treino é o meio prioritário e operacional de preparação dos praticantes e das equipas, consubstanciando adaptações físicas, técnicas, tácticas e psicológicas fundamentais para a consecução de um elevado desempenho quando em confronto directo.

O mais importante no treino é a selecção de exercícios e a execução dos que conduzem, sem falha, ao objectivo desejado (Ozolin, 1981)

Treino Desportivo

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O tornar viável uma série de adaptações adequadas ao jogo, parece estar relacionada com a construção/selecção dos mesmos…

“(…) a melhor adaptação

produzir-se-á somente em resposta ao melhor

exercício” (Castelo, 1996)

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Treino Desportivo

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A escolha e selecção dos exercícios devem, por isso, ser

alvo de uma reflexão por parte do treinador de forma a

potencializar as capacidades dos jogadores e da equipa!

Os exercícios determinam a linha de orientação das adaptações dos jogadores à especificidade do

jogo de futebol respeitando a sua lógica interna (Castelo, 1996)

Treino Desportivo

Critérios para a construção/selecção dos exercícios de treino:

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Utilidade

Especificidade

Eficácia

Objectivos

EXERCÍCIO

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Treino Desportivo

Exercício…

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Psicológicas

Tácticas

Técnicas

Físicas

ADAPTAÇÕES

Treino Desportivo

Classificação dos ExercíciosClassificação dos Exercícios

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Clas s if ic ação Caracter íst ic as

Compet it ivos

____________

Espec íf ic os

____________

Dirig idos

____________

Gera is

Prát i ca da c ompet i çã o em cond iç õe s re a is ou

simu ladas .

_______________________________________

Forma exter na muit o s im i l are s à sequênc ia de

mov imentos c ompet it i vos , mas que ap res entam

de sv ios na s car acter íst icas da carga e/ou apena s

abordam a lg uns e l emento s ou comb inações

comp lexas da c ompet içã o . Podem pr i v i l eg ia r

aspect os condi c i ona is , c oordenat i vos ou táct ic os

_______________________________________

Sol ic itam os g rup os muscu la res r esponsáv ei s pel o

rendimento c ompet it i vo , e /o u as capac idades

coordenat i vas que l he estão na bas e .

_______________________________________

Todos os re stantes não c ompreendidos na s

situa ções a nter ior es – Forma int erna e ext erna

sign if i cat i vamente d iferente da c ompet içã o.

Adaptada de: Bompa (1994), Manno (1990), Verjoshanski (1990), Platonov (1987), Matvéiv. (1986), Weineck (1988)

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Treino Desportivo

Classificação dos ExercíciosClassificação dos Exercícios (Carlos Queirós, 1986)

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Desenvolvem as capacidades motoras fundamentais contribuindo para o nível de preparação de forma indirecta.

Exercícios Gerais

Reproduzem lógica e parcialmente as exigências do próprio jogo e têm a vantagem de permitirem um controlo mais efectivo da carga.

Exercícios Especiais

Aqueles que se assemelham mais ànatureza e essência do jogo e produzem efeitos mais complexos.

Exercícios de Competição

CaracterizaçãoDesignação

Treino Desportivo

Dimensões que podem ser alteradas no sentido de configurar/objectivar os exercícios:

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Dimensão Variáveis de evoluçãoBola Peso

PerímetroNúmero de bolas

Balizas DimensãoPosição

Número de balizas

Espaço de jogo Dimensões Zonas de acesso limitado e interditas

N.º de jogadores Efectivo reduzidoDesiquilíbrio ataque-defesa

Utilização de jokers

Regras Banir o fora de jogoInterditar a comunicação verbal

Interditar o contacto físico

Outras Limitar o tempo entre a recuperação da bola e o remate à balizaLimitar o número de toques na bola (jogador/equipa)

Defesa à zona, individual ou mista

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Treino Desportivo

Os exercícios complexos de treino

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Treino Desportivo

… Importância da adopção de um Modelo de Jogo que oriente a concepção de um Modelo de Treino…

O rendimento no jogo é expresso pela forma como as equipas se adaptam às condições complexas que este lhes coloca, se ajustam e solucionam com inovação e eficácia as situações concretas de jogo;

���� É criado pelo universo mais ou menos vasto de soluções proporcionadas pelo treino e por anteriores experiências vividas.

Dupla realidade:

���� Tendência para comportamentos padronizados e previsíveis;

���� Necessidade de recurso a uma multiplicidade de “possibilidades extra” de resolução das situações de jogo.

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Treino Desportivo

É importante o desenvolvimento de padrões de jogo…

����

No entanto…

���� … a eficácia dos ET será tanto mais elevada quanto mais previr a possibilidade de colocar o jogador a decidir e a agir perante contextos que não estejam totalmente predeterminados e que incluam variabilidade.

… que estão ao serviço da consistência de comportamentos individuais e colectivos.

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Treino Desportivo

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Treino Desportivo

As situações de treino devem revelar padrões de tal forma perceptíveis que possibilitem uma identificação dos comportamentos desejáveis por todos os jogadores da equipa (convergência) e, simultaneamente, não impeçam opções estratégicas criativas por parte dos jogadores (contingência).

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É pois importante que no treino sejam criadas situações de jogo que privilegiem regularidades, que tenham como objectivo a exercitação/consolidação de determinados comportamentos individuais e colectivos julgados fundamentais (padrões de comportamento futebolístico/princípios e sub-princípios do MJA) e possibilidades de irregularidades, que consubstanciam a variabilidade requerida para respostas adequadas às situações de jogo.

Treino Desportivo

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Os exercícios designados por Exercícios Complexos de Treino são aqueles cujos conteúdos e objectivos contemplam a possibilidade de decisão não totalmente pré-determinada por parte dos jogadores. São exercícios situacionais com elevada ligação aos problemas do jogo, contemplam a presença do adversário e, pela modificação, de alguns parâmetros, fazem salientar determinados padrões de comportamento desejáveis com elevadas possibilidades de inovação e criação.

Treino Desportivo

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Porque são importantes?!

Porque desenvolvem sobremaneira a

criatividade e improvisação numa base táctica comum. Estas são determinantes para o desenlace dos jogos, pois, perante

distintas situações de jogo com múltiplas

possibilidades de resolução táctica, os jogadores que as tiverem mais resolvidas percebem uma jogada e rapidamente solucionam a

situação de jogo!!!

Treino Desportivo

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Exercícios de treino – A CargaCarga de treino

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Carga de TreinoCarga de Treino – Designa o estímulo ou stress que é imposto a um praticante desportivo no quadro da realização de exercícios de preparação ou de situações de competição.

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Estes estímulos procuram induzir estados de fadiga controlada orientados para a obtenção de adaptações especificas…

É a repetição dos estímulos de treino que torna possível a aquisição de adaptações estáveis, que se tornam capacidades presentes no momento do desempenho competitivo!

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Carga de TreinoCarga de Treino

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É a quantidade de efeitos que determinados exercícios corporais têm sobre o estado funcional do organismo (Matveiev)

É o trabalho muscular que implica em si mesmo o potencial de treino derivado do estado do desportista, que produz um efeito de treino que leva a um processo de adaptação (Verjonhanski).

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A CargaCarga é, então, o elemento central do processo de treino, e compreende, em sentido lato, o processo de confronto do atleta com as exigências táctico-técnicas, físicas, psíquicas e intelectuais que lhe são apresentadas durante o treino, com o objectivo de optimizar o rendimento.

Carga versus Exigência de Desempenho

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O desequilíbrio interno provocado pela aplicação de cargas de treino corresponde à adaptação específica pretendida, condicionado por:

- Potencial motor do atleta;

- Margem de evolução própria do estado de evolução em que se encontra.

Os processos de adaptação que ocorrem no organismo do atleta ocorrem em diferentes etapas:

���� Adaptações Permanentes

���� Adaptações Acumuladas/Crónicas

���� Adaptações Imediatas/Agudas

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São as reacções directas do organismo à carga física, e são influenciadas pelas variações bioquímicas e funcionais que se estabelecem durante e imediatamente a seguir ao esforço, no início da recuperação.

Ex.: Redução da eficácia da coordenação inter e intramuscular; mobilização ventilatória máxima; aumento da concentração de lactato sanguíneo, activação máxima da actividade cardíaca…

���� Adaptações Imediatas/AgudasAdaptações Imediatas/Agudas

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São constituídas por alterações que perduram para além do tempo de exercício e da sua recuperação imediata.

���� Adaptações PermanentesAdaptações Permanentes

Os exercícios de treino responsáveis pelas adaptações imediatas quando repetidos de forma sistemática, são os responsáveis pelas adaptações permanentes!

Fase 1 – Mobilização sistemática dos recursos funcionais do organismo em simultâneo com a activação da componente genética dos recursos funcionais no decurso de um programa de treino.

Fase 2 – Produção de um conjunto de transformações estruturais e funcionais orgânicas especificas às solicitações ocorridas.

Fase 3 – Aparecimento de uma reserva imprescindível a um novo nível de funcionamento do sistema, equilibrando as diversas funções em situação de stress (exercício).

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Conjunto de variações bioquímicas e morfo-funcionais que ocorrem num período longo de tempo. Estas variações são o resultado do somatório de uma série de adaptações permanentes, resultantes dos exercícios de treino executados nas diferentes sessões de treino.

���� Adaptações Acumuladas/CrónicasAdaptações Acumuladas/Crónicas

Estas adaptações de longo curso ocorrem quando o treino provoca um conjunto de modificações funcionais que permanecem estáveis após o termo da estimulação!

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O atleta apresenta um aumento das cavidades do coração, principalmente do ventrículo esquerdo, obtendo assim um volume sistólico superior ao do sedentário!

Adaptações do Sistema CardiovascularAdaptações do Sistema Cardiovascular

Esta adaptação leva a que o atleta tenha uma menor frequência cardíaca em repouso provocada pela capacidade de o coração bombear mais sangue em cada sístole.

O treino ainda provoca um aumento do volume de sangue, do n.º de glóbulos vermelhos, bem como o efeito na capilarização, representando um aumento na capacidade de transporte de oxigénio ao coração.

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Com o treino, os pulmões apresentam-se maiores, mais pesados e com maior superfície interna.

Adaptações do Sistema RespiratórioAdaptações do Sistema Respiratório

O Treino provoca o aumento da ventilação pulmonar, diminuição da ventilação por minuto em repouso, aumento da eficiência respiratório, dos volumes pulmonares, da capacidade de difusão, do consumo máximo de oxigénio, do limiar anaeróbio…

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A actividade física contribui de forma importante para o

desenvolvimento da massa óssea.

Adaptações ÓsseasAdaptações Ósseas

Crescimento ósseo

Remodelação óssea

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O treino aumenta a capacidade de armazenamento de glicogénio, pelo que os atletas possuem maiores quantidades que os indivíduos

sedentários.

Adaptações MuscularesAdaptações Musculares

Crescimento

Função

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O objectivoobjectivo de um processo de treinoprocesso de treinobem organizado e planeado é a

transformação das adaptações imediatas e

permanentes da carga em adaptações

acumuladas, pois só estas criam as

condições para uma efectiva evolução da capacidade de desempenho do

atleta!

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Eu diria mais…

Conseguir que as “exigências de desempenho” permitam ao atleta adaptar-se ao MJA, numa perspectiva permanente de melhoria táctico-técnica e adaptação psico-emocional ao jogo, consubstanciadas na excelência de uma adaptação física face ao esforço especifico exigido pelo Modelo!

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Dimensões da CargaDimensões da Carga

Duração – É caracterizada pelo tempo que demora a executar um exercício ou uma série de exercícios, sem interrupção. Com efeito, a duração corresponde ao período efectivo de tempo que o exercício(s) actua(m) sobre o organismo, sem pausas, medindo-se em unidades de tempo (horas, minutos, segundos).

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Dimensões da CargaDimensões da Carga

Volume – Representa a quantidade total da carga efectuada pelos praticantes num exercício, numa unidade de treino, ou num ciclo de treino. Poderá ser expresso de muitas e diferentes formas (km, minutos, kg, n.º rept. …).

Volume (sem pausas) = Duração (com pausas)

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Dimensões da CargaDimensões da Carga

Intensidade – Definida pela quantidade de trabalho realizada na unidade de tempo. Caracterizada pela exigência com que um exercício ou série de exercícios são realizados em relação ao máximo de possibilidades do praticante ou da equipa, nesse ou nesses exercícios.

Frequência cardíaca

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Dimensões da CargaDimensões da Carga

Densidade –É definida como a relação temporal entre o

esforço e a fase de

recuperação dentro de uma sessão de treino. Pausas completas versus pausas incompletas

Pausas activas versus pausas passivas

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Baseia-se na capacidade do organismo vivo de recuperar não só as energias perdidas senão também em acumular potenciais de trabalho superiores ao nível em que se encontrava antes.

Princípio da SobrecompensaçãoPrincípio da Sobrecompensação

Para aumentar o nível funcional as cargas devem ser aplicadas durante a fase de sobrecompensação!!!

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Treino Desportivo

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Princípio da SobrecargaPrincípio da Sobrecarga

Apenas estímulos que perturbem de uma forma importante o equilíbrio metabólico ou de regulação de uma determinada função serão indutores do processo de reorganização interna conducente a uma capacidade de resposta superior.

Para haver aumento do rendimento é necessário que no treino se apliquem estímulos fortes (cargas), susceptíveis de causar alterações (adaptações) estruturais, que conduzam ao aumento da funcionalidade.

Treino Desportivo

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Princípio da EspecificidadePrincípio da Especificidade

Apenas as estruturas funcionais solicitadas pelas

cargas de treino são susceptíveis de melhorar a

sua funcionalidade.

Impõe que o treino deve ser concebido a partir dos requisitos próprios das características da disciplina atlética em termos das capacidades físicas envolvidas,

sistemas energéticos preponderantes, segmentos

corporais e coordenação motora utilizados.

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Princípio da ReversibilidadePrincípio da Reversibilidade

Níveis elevados de capacidade de desempenho necessitam de uma

solicitação contínua dos seus factores determinantes sob pena de ocorrer perda de uma ou mais capacidades e a consequente diminuição da forma

desportiva!

Todas as alterações do organismo conseguidas através do treino têm

uma duração definida.

Significa que são transitórias e necessitam de um trabalho contínuo de solicitação para se manterem.

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Princípio da RetardabilidadePrincípio da Retardabilidade

As adaptações ao esforço (efeito de

treino) não são imediatas,

demoram algum tempo a aparecer, sendo este variável e

dependem do tipo de esforço

realizado.

Treino Desportivo

EXERCÍCIOEXERCÍCIO

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Houve jogo no fim-de-semana…

Detectas-te que a equipa não conseguiu cumprir alguns dos princípios de jogo que definiste no teu Modelo e que tens vindo a treinar…

Projectas a nova semana de treinos…

Define o princípio que entendes não esteve bem e refere a que momento do jogo ele corresponde. Constrói um exercício de treino que te permita estimular esse princípio no sentido de a equipa e os jogadores o compreenderem e o poderem interpretar no jogo.

Refere em que dia da semana do Microciclo o realizarias e caracteriza a sua carga no que toca ao número de repetições e duração da exercitação.

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CAPACIDADES MOTORAS

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Capacidades Motoras

Capacidades versus qualidades físicas/motoras – treinabilidade versus elitismo;

Capacidades motoras (Manno, 1994) – são a condição prévia para que o atleta possa desenvolver as suas habilidades técnicas, sendo no valor do seu desenvolvimento que se baseiam a formação de numerosas e sofisticadas habilidades;

���� as habilidades táctico-técnicas…

Capacidades motoras

����Cap. Motoras Condicionais – eficiência depende de pressupostos fisiológicos/predominam os processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos (âmbito qualitativo);

Cap. Motoras Coordenativas – eficiência depende do controle nervoso (âmbito quantitativo);

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Capacidades Motoras

Capacidades Motoras

Condicionais Coordenativas

Resistência Cap. de OrientaçãoForça Cap. de Encadeamento

Velocidade Cap. de DiferenciaçãoFlexibilidade Cap. de Equilíbrio

Cap. de RitmoCap. de reacçãoCap. de mudança

Etc.

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Capacidades Motoras

Factores predominantes das capacidades motoras condicionais

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Capacidades Motoras

É na dificuldade de estabelecimento de algumas fronteiras que se define um terceiro grupo que se designa de “Capacidades Motoras Intermédias”;

Nesta divisão de carácter didáctico encontram-se algumas dificuldades ���� muitas vezes umas capacidades influenciam outras

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Capacidades Motoras

Modelo tridimensional das cap. motoras condicionais

Capac. Mot. Cond. Intermédias

Velocidade Resistente

Resistência de velocidade

Resistência de força

Força rápida

Força Resistente

...

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Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino

Se não basta despejar os exercícios dentro do período de tempo destinado ao treino, qual é então a ordem a que deve obedecer a distribuição dos conteúdos de treino na sessão?

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Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino

FADIGA ���� ESPECIFICIDADE

Os objectivos de treino devem ser colocados de forma a se iniciar com aqueles que devem ser treinados/aprendidos com o organismo num bom estado de rendimento e evoluindo para aqueles que produzem e que “vivem” da fadiga.

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Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino

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Capacidades Motoras – Ordem dos conteúdos na unidade de treino

Velocidade - +- 24 horas

Força rápida – 24/48 horas

Velocidade resistente – 48/72 horas

Resistência de força – +- 48 horas

Resistência – 72 a 96 horas

Períodos de recuperação

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Capacidades Motoras

Velocidade

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Capacidades Motoras - Velocidade

Velocidade – Capacidade de o atleta executar uma acção motora no mais curto espaço de tempo;

É clara a convicção de que os investimentos realizados no treino da velocidade não asseguram a mesma taxa de progresso que se observa noutras capacidades motoras;

A velocidade no FUTEBOL manifesta-se associada com outras capacidades:

- com a força (força de impulsão, de remate, de aceleração, etc.);

- com a resistência (velocidade resistente);

- com a tomada de decisão e a actuação táctica (acções colectivas rápidas);

- com o gesto técnico.

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Capacidades Motoras - Velocidade

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Capacidades Motoras - Velocidade

Tipos de velocidade

� Velocidade de reacção

� Velocidade de aceleração

� Velocidade máximal (de desl. e de exec.)

� Velocidade resistente

Métodos de treino

� Percursos com distâncias curtas;

� Estafetas;

� Reacções;

� Actividades lúdicas;

� Alternância de exercícios de velocidade e força explosiva;

� Alteração da frequência gestual;

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Capacidades Motoras - Velocidade

Orientações metodológicas gerais

�A motivação do praticante é fundamental para serem alcançados os resultados perspectivados;

���� Deve dar-se prioridade ao treino da velocidade até ao final da maturação;

� As pausas devem ser longas para assegurar a velocidade de execução bem como uma recuperação total;

� Deve ser treinada no início da unidade de treino;

� Deve haver uma ligação íntima entre o treino da velocidade com o processo de aperfeiçoamento técnico e táctico-técnico;

� O treino da velocidade deve realizar-se ao longo de todo o ano;

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Capacidades Motoras - Velocidade

� A velocidade deve ser aprendida – importância da aprendizagem da técnica;

� Importância da velocidade de aceleração – relação íntima com a força explosiva;

Treino da velocidade (Regime aláctico – até à velocidade máxima)

Como?Intensidade máxima;

Intervalos determinantes (tão grandes que proporcionem a recuperação completa);

Exercícios variados;

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Capacidades Motoras - Velocidade

Quando?Estado de recuperação – evitar a fadiga devido ao perigo de lesão;

Microciclo – 4ª-feira e sábado;

Época – ao longo de toda a época (evitar nos primeiros dias);

Quanto?Atenção à fadiga induzida;

Treino da velocidade (Regime láctico – Velocidade resistente)

Como?Intensidade próxima do máximo;

Intervalos relativamente curtos;

Exercícios – distâncias de +- 50m e recuperação 3 a 4x (no FUTEBOL - menor distância mas menor recuperação);

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Capacidades Motoras - Velocidade

Quando?Estado de recuperação – estado de relativa recuperação (atenção ao excesso de fadiga);

Microciclo – a meio do microciclo;

Época – sempre excepto quando há muitos jogos seguidos, lesões e fadigaacumulada;

Quanto?Ter em atenção os níveis excessivos de fadigo que este tipo de reino pode induzir;

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Capacidades Motoras - Velocidade

Importante:

No treino de velocidade do FUTEBOL devem ser utilizadas preferencialmente distâncias inferiores a 25 metros;

As distâncias a privilegiar deverão situar-se entre os 5-15 metros;

A duração destes deslocamentos não deverá nunca exceder +- os 6 segundos;

Na recuperação utilizar o repouso passivo, a marcha, os deslocamentos de baixa intensidade e os alongamentos;

A duração dos períodos de recuperação deverá ser variável, à semelhança do que acontece no jogo.

Os deslocamentos com bola a utilizar no treino devem ser de intensidade máxima;

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Capacidades Motoras - Velocidade

Importância do treino da velocidade (anaeróbio):

Aumento da sincronização entre o sistema nervoso e o sistema muscular, tornando os movimentos mais eficientes e, portanto, menos energia gasta para o mesmo trabalho;

Aumento da capacidade para realizar movimentos rápidos e mais potentes de forma continuada ao longo do jogo sem quebras acentuadas na performance;

Aumento da capacidade para recuperar mais rapidamente de esforços mais intensos – influência sobre a capacidade aeróbia;

Maior possibilidade de aumentar o volume de treino anaeróbio e, portanto, treinar mais em quantidade e alta intensidade.

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Capacidades Motoras

Flexibilidade

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Flexibilidade – é a capacidade que uma articulação possui para executar movimentos de grande amplitude, solicitando uma significativa elasticidade muscular, por intermédio de uma contracção muscular voluntária ou por acção de forças externas.

Flexibilidade versus alongamentos

Alongamentos – tipo de exercícios que visa manter os níveis de flexibilidade ganhos e cuja incidência é o músculo;

Flexibilidade – tipo de exercícios que têm como objectivo a melhoria da amplitude de realização dos movimentos articulares;

Métodos de treino

Activo ou dinâmico – representa a flexibilidade e elasticidade máximas obtidas ao nível de uma articulação, sem ajuda e como resultado da contracção muscular (contracção voluntária do agonista);

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Passivo – representa a amplitude máxima ao nível de uma articulação, obtida pela intervenção duma força externa (companheiro, aparelho, etc.);

Exercícios estáticos – manutenção da posição em determinada amplitude;

PNF (facilitação neuromuscular proprioceptiva) – alternância de contracções isométricas de +- 5 seg. no grupo muscular envolvido, seguida imediatamente do alongamento, permanecendo +- 10 seg. na posição máxima;

Exercícios balísticos – movimentos rítmicos, balanceiros ou de ressalto;

Importância do treino da flexibilidade

� Influencia outras capacidades motoras, especialmente a velocidade e a força;

� Condiciona a prestação no aspecto cinemático (gesto) e fisiológico (irrigação, tónus muscular e postura);

� Desempenha papel importante na prevenção de lesões;

� Serve de aquecimento;

� Controla e relaxa as tensões musculares;

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

���� Facilita a recuperação muscular após sessões de desenvolvimento da força;

� Compensa as perdas de flexibilidade associadas ao aumento da força muscular com o aumento da idade;

Orientações metodológicas gerais

� As crianças e os jovens devem ser educados no sentido de terem consciência dos limites articulares;

� Com atletas jovens deve dar-se prioridade aos métodos activos (exercitação sem ajuda externa);

� Toda a realização do exercício deverá ser lenta, suave e sem insistências evitando-se grandes velocidades e carga excessivas;

� A respiração não deve ser bloqueada;

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

� O treino da flexibilidade deve ser incluído em praticamente todas as sessões;

� No inverno deve ser escolhido um local com temperatura agradável;

� No início procurar o volume e só depois a amplitude;

� Os exercícios passivos antecedem os activos e os balísticos;

� Não realizar flexibilidade em estados de grande fadiga/tonificação – realizar apenas alongamento de curta duração;

� A dor é sempre um “semáforo vermelho” – trabalhar no seu limiar;

� Este tipo de exercitação só deve iniciar-se após os músculos estarem “quentes”;

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Factores limitadores

- estrutura osteo-articular (sup. art., cartilagens, cápsulas e ligamentos);- capacidade de estiramento;- temperatura;- tónus muscular (extensibilidade e elasticidade);- idade;- sexo;- composição corporal;- fadiga.

Flexibilidade deficiente

- Dificulta/impede a aprendizagem;- Favorece o aparecimento de lesões;- Dificulta o desenvolvimento de outras capacidades;- Limita a amplitude dos movimentos;- Limita a velocidade e a qualidade da execução;

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Alguns exercícios de alongamento/flexibilização

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana; coluna vertebral.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da coxa e da perna e região poplítea; adutores.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana; coluna vertebral; adutores.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da coxa e da perna e regiões poplítea e aquiliana; coluna vertebral.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Anteriores e posteriores da coxa e da perna e região poplítea.

Anteriores da coxa.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Anteriores da coxa. Anteriores da coxa.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Adutores. Adutores.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da coxa e adutores.Posteriores da perna e da coxa, região poplítea e aquiliana e adutores.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Adutores � �

Anteriores e posteriores da perna e coxa e região poplítea.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Recto abdominal.

Recto abdominal.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Abdominal oblíquo �

Recto abdominal.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Abdominal oblíquo. Abdominal oblíquo.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Nadegueiro.

Recto abdominal.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da perna e da coxa, região poplítea e aquiliana e coluna vertebral.

Coluna vertebral.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da perna e da coxa, região poplítea e abdominal.

Anteriores da coxa e abdominal.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da perna e da coxa, região poplítea e abdominal.

Psoas-ilíaco e nadegueiro.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Posteriores da perna e da coxa, região poplítea e

aquiliana e coluna vertebral.

Posteriores da perna e da coxa, região poplítea e abdominal e

coluna vertebral.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Adutores.

Posteriores da perna e da coxa, região poplítea e

nadegueiro.

Posteriores da perna e da coxa, região

poplítea.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Adutores. Adutores.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Nadegueiros. Recto Abdominal.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Articulação escápula-úmeral e musculatura adjacente.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

Articulação escápula-úmeral e musculatura adjacente �

Articulação escápula-úmeral e musculatura adjacente.

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Capacidades Motoras - Flexibilidade

� Art. escápula-úmeral e musculatura adjacente.

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Capacidades Motoras

Força

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Capacidades Motoras - Força

Força – Capacidade que o indivíduo possui que lhe permite vencer uma determinada resistência.

Formas de expressão da força:

- Força máxima – quantidade máxima de força que um músculo pode desenvolver com uma máxima contracção voluntária (ex.: quantidade máxima de peso levantada numa repetição – RM);

- Força explosiva (potência) – relação da força com a velocidade;

- Força resistente – número máximo de vezes que conseguimos repetir um exercício com uma determinada carga.

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Capacidades Motoras - Força

Importância do treino da força:

- Permite o desenvolvimento harmonioso dos principais grupos musculares;- Oferece contributo para o treino da velocidade;- É factor de prevenção da ocorrência de lesões;- Permite compensar deficiências posturais e desequilíbrios musculares;

- Constitui um estímulo biológico favorável ao crescimento e desenvolvimento;- Favorece a aquisição de novas e mais complexas aprendizagens técnicas.

Meios e métodos para o treino da força:

- Trabalho em circuito;- Exercícios com o peso do próprio corpo;- Exercícios com pequenas cargas adicionais;- Exercícios de luta (força estática);- Exercícios do atletismo;- Exercícios da ginástica;- Bolas medicinais e halteres;- Máquinas de musculação.

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Capacidades Motoras - Força

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Capacidades Motoras - Força

Desenvolvimento da Força (crianças e jovens)

- Treino dos músculos da postura (abdominais e dorso-lombares);

-Treino da força rápida – precoce treinabilidade da velocidade (coordenação inter e intra-muscular);

- Primeiro os saltos a pés juntos, os steps, os hops/coxinhos e a pliometria;

- Ter atenção à correcta execução técnica;

- Gerir cuidadosamente a progressão das cargas;

- Nas idades mais baixas os exercícios devem ser informais e divertidos utilizando-se, sempre que possível, as formas jogadas e os circuitos;

- Quando se usam cargas adicionais dá-se prioridade aos exercícios executados nas posições de sentado e deitado;

- Atenção ao “aquecimento” e aos alongamentos.

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Capacidades Motoras - Força

Desenvolvimento da Força (adultos)

- Como?- multisaltos, pliometria e máquinas de musculação para reforço de alguns músculos e em situações particulares;

- Quando?

- Estado de recuperação – depende da forma de manifestação da força que queremos treinar;

- Microciclo – Multisaltos e técnica de corrida em quase todos os treinos (como exercícios preparatórios de esforço);

- Época – toda;

- Quanto?

- Ex.: em 10 m (para um lado executa-se o exercício e para o outro recupera-se);

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Capacidades Motoras

Resistência

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Capacidades Motoras - Resistência

Resistência – é a capacidade que permite manter uma dada performance durante um período de tempo (intensidade do exercício).

Influência sobre a capacidade de resistência

- economia e variabilidade das técnicas de movimento;- taxa elevada do metabolismo energético;- taxa elevada de consumo de oxigénio;- peso corporal óptimo;- musculatura de suporte correctamente desenvolvida;- força de vontade;- disposições genéticas favoráveis.

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Capacidades Motoras - Resistência

Importância do treino da resistência

Existe uma relação entre o grau de desenvolvimento da resistência e a saúde e o bem-estar;

Existe uma correlação entre a capacidade de prestação de resistência e a velocidade, a força e a agilidade;

Uma boa capacidade de prestação de resistência é um factor de aceleração da recuperação;

Estão comprovados efeitos positivos sobre as qualidades psíquicas;

O domínio das habilidades motoras e das técnicas desportivas é facilitado;

A resistência tem um lugar fundamental na formação da condição física geral e específica;

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Capacidades Motoras - Resistência

Orientações metodológicas

Para o desenvolvimento da resistência não devemos contar apenas com a corrida; através dos jogos a resistência pode ser estimulada a níveis bastante aceitáveis;

É fundamental a variedade dos conteúdos; é possível contrariar a monotonia do treino;

A treinabilidade da resistência não tem qualquer limitação em crianças e jovens;

Procurar a economia nas fases iniciais e a amplitude após a puberdade;

Deve haver uma aproximação à realidade da competição na construção dos exercícios;

Aumentar primeiro o volume e só depois a intensidade;

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Capacidades Motoras - Resistência

Deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano;

É uma capacidade que “joga” com a fadiga no seu desenvolvimento;

Valores abaixo das 140 b.p.m. dificilmente induzirão adaptações em crianças e jovens;

Métodos para desenvolvimento da resistência

Método de duração;

Método combinado (inclui pequenos jogos com bola e jogos desportivos colectivos);Método de intensidade variável;Métodos intervalados.

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Capacidades Motoras - Resistência

Tipos de treino aeróbio

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Capacidades Motoras

Capacidades

Coordenativas

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Capacidades Motoras – Cap. Coordenativas

Coordenação – É uma boa motricidade geral de todo o corpo, uma boa execução dos gestos motores;

Principais capacidades coordenativas

� Capacidade de orientação – é a capacidade de determinar e alterar a situação e o movimento do corpo no espaço e no tempo (coordenação espaço-temporal); ex.: identificar e resolver uma situação de vantagem numérica –contra-ataque;

� Capacidade de encadeamento – é a capacidade de encadear simultaneamente ou sucessivamente os movimentos de partes do corpo entre si, que se manifestam na interacção dos parâmetros espaciais, temporais e dinâmicos; ex.: acções durante situações de jogo tais como recepção da bola, finta e passe;

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Capacidades Motoras – Cap. Coordenativas

� Capacidade de diferenciação – é a capacidade de alcançar uma grande precisão e economia de diferentes movimentos parciais, fase de movimento e do gesto global; ex.: passe preciso, parado ou em movimento, pelo ar ou pelo chão, etc.;

� Capacidade de equilíbrio – é a capacidade de conservar o equilíbrio do corpo, de mantê-lo e restabelecê-lo durante e depois das acções motoras; ex.: disputa a dois pela posse da bola, salto e disputa aérea da bola;

� Capacidade de ritmo – é a capacidade de perceber e executar as alterações dinâmicas típicas do gesto; ex.: driblar;

� Capacidade de reacção – é a capacidade de iniciar e executar acções motoras rápida e eficazmente a um sinal determinado; ex.: desmarcação de ruptura no ataque organizado;

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Capacidades Motoras – Cap. Coordenativas

� Capacidade de alteração/adaptação – é a capacidade de corrigir/alterar durante a execução de um movimento, o programa de acção original, no caso da alteração de situações; ex.: adaptação motora após um ressalto de bola;

Importância do treino das capacidades coordenativas

� Assegura a eficiência do trabalho conjunto de diferentes órgãos, sistemas e partes do corpo, orientados para a resolução de uma tarefa motora;

� Articula as diferentes capacidades motoras condicionais, os vários músculos entre si, as fibras musculares de um mesmo músculo, os vários segmentos corporais, diferentes acções de forças externas e internas, etc.;

���� Atenção à precoce maturação do sistema nervoso ���� treino precoce das capacidades coordenativas;

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Capacidades Motoras – Cap. Coordenativas

Treino das capacidades coordenativas

O treino das capacidades coordenativas deverá assumir diferentescaracterísticas, em função das etapas de formação desportiva em que o futebolista se encontrar:

crianças e jovens – utilizar situações gerais, variadas e complementares relativamente à modalidade de base; recomenda-se uma formação ampla e multidisciplinar;

praticantes mais evoluídos – procuram-se soluções de treino de capacidades coordenativas específicas, segundo as exigências da modalidade e segundo as carências reveladas pelo jogador – treino de complemento técnico (utilização de conteúdos não específicos da modalidade); preconiza-se a prática autónoma de outra modalidade complementar;

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Capacidades Motoras – Cap. Coordenativas

Formas de desenvolvimento

- jogos de deslocamento diversos e variados;

- jogos com bola de tamanhos variados;

- exercícios de oposição por pares ou em grupo;

- exercícios em circuito ou em estação;

- variação de saltos;

- combinações de exercícios;

- lançamentos e recepções;

- solicitações de equilíbrios diversos;

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Capacidades Motoras – Cap. Coordenativas

Regras metodológicas para aumentar as exigências de coordenação

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FADIGA VERSUS RECUPERAÇÃO

Fontes Energéticas

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Fontes Energéticas

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« A resposta não se encontra na acumulação de mais e mais conhecimento: é necessário a sagacidade, o discernimento! ».

« Nenhum de nós poderá, num momento qualquer, garantir que a suadoutrina seja a que encerra a verdade ».

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Obrigado pela atenção prestada !!!

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Capacidades Motoras

Desenvolvimento das capacidades motoras ���� rendimento desportivo

2 desafios ao treinador:

���� Quais são as capacidades motoras e quais as que influenciam o rendimento?

���� Quando, como e com que meios as deve desenvolver, no sentido deoptimizar o rendimento desportivo e assim alcançar os objectivos traçados?

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Capacidades Motoras – Fases Sensíveis

O jovem em crescimento passa por períodos em que os seus ritmos de crescimento e desenvolvimento se modificam. Essas modificações alteram a sua receptividade aos estímulos de treino.

As adaptações atingem a grandeza devida quando os estímulos são aplicados na altura ideal.

Quando os estímulos são inadequados ao estadio desenvolvimental do jovem os danos causados podem ser irreparáveis.

“O que o Joãozinho não aprendeu o João dificilmente irá aprender!”

“Burro velho não aprende letras”

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Capacidades Motoras – Fases Sensíveis

Teoria das Fases Sensíveis – existem períodos de tempo delimitados no desenvolvimento do ser humano, nos quais ele reage, adaptando-se aos estímulos externos, de forma mais intensa que noutros períodos.

Torna-se indispensável, em determinados períodos do processo de maturação, colocar os estímulos adequados, sem os quais se “colocaria em risco” a futura prestação desportivo-motora.

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Capacidades Motoras – Fases Sensíveis

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Capacidades Motoras – Fases Sensíveis

Capacidades Coordenativas – têm a fase sensível desde a entrada para a escolaridade até a puberdade, altura em que se inicia a maturação do SNC;

Flexibilidade – a puberdade marca o final do estádio de desenvolvimento óptimo desta capacidade devido às alterações dos sistemas de suporte e locomotor (passagem dos tecidos moles a duros e desenv. das grandes massas musculares);

Velocidade – depende também um pouco da puberdade e do desenvolvimento doutras capacidades, uma vez que é influenciada pelas melhorias coordenativas e energético-funcionais (desenv. capacidade anaeróbia aláctica);

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Capacidades Motoras – Fases Sensíveis

Força – é importante a puberdade, pelo desenvolvimento muscular geral epelas melhorias coordenativas aduzidas (coordenação inter e intra-muscular) bem como pelo aumento da capacidade de suporte das cargas;

Resistência – tem um grande período para manifestação de efeitos de treino e apresenta melhorias de treinabilidade no final da puberdade devido ao início da produção de enzimas fundamentais para o metabolismo aeróbio;

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