microrganismos na produção de vacinas

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Microrganismos na Microrganismos na produção de vacinas produção de vacinas Michele Pepe Cerqueira [email protected] 12 de abril de 201 Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana II

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Graduação em Biotecnologia Disciplina de Biotecnologia Microbiana II. Microrganismos na produção de vacinas. Michele Pepe Cerqueira [email protected]. 12 de abril de 2011. Conceito. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Microrganismos na produção de vacinas

Microrganismos na produção de Microrganismos na produção de vacinasvacinas

Michele Pepe [email protected]

12 de abril de 2011

Graduação em BiotecnologiaDisciplina de Biotecnologia Microbiana II

Page 2: Microrganismos na produção de vacinas

ConceitoVACINA Produto biológico produzido pelo homem que contém um ou mais agentes imunizantes capazes de induzir uma resposta imune em indivíduos suscetíveis

Aplicação “ A utilização de vacinas eficientes impede que um indivíduo seja acometido por uma determinada doença, além de ser o meio mais econômico para isso. Além disso, a vacinação beneficia também os indivíduos não imunizados”

Page 3: Microrganismos na produção de vacinas

A imunização profilática utilizada em programas de vacinação no mundo levaram a erradicação completa ou quase completa de muitas doenças nos paises desenvolvidos

Importância

Vacinas induzem proteção contra infecções estimulando o desenvolvimento de células efetoras e células de memória de vida longa

Resultado

Page 4: Microrganismos na produção de vacinas

A erradicação da varíola pela vacinação.

Janeway, 2010

Page 5: Microrganismos na produção de vacinas

Doença N° máximo de casos

(ano)

N° de casos 2004

Alteração percentual

Difteria 206.939 (1921) 0 -99,99

Sarampo 894.134 (1941) 37 -99,99

Caxumba 152.209 (1968) 236 -99,90

Coqueluche 265.269 (1934) 18.957 -96,84

Poliomielite 21.269 (1952) 0 -100,0

Rubéola 57.686 (1969) 12 -99,98

Tétano 1560 (1923) 26 -98,33

Haemophilus influenza tipo B

~20.000 (1984) 16 -99,92

Hepatite B 26.611 (1985) 6.632 -75,08Abbas et al., 2008

Page 6: Microrganismos na produção de vacinas

Por que não existem Por que não existem vacinas para todos vacinas para todos agentes infecciosos agentes infecciosos

importantes?importantes?

Page 7: Microrganismos na produção de vacinas

Doenças para as quais vacinas efetivas ainda são necessárias.

Janeway, 2010

Page 8: Microrganismos na produção de vacinas

Vacinas são eficazes quando o agente

infeccioso:Não estabelece latência

Não sofre muito ou nenhuma variação antigênica

Não interfere com a resposta imunológica do hospedeiro

Ex: HIV

Page 9: Microrganismos na produção de vacinas

Critérios para uma vacina

efetiva

Page 10: Microrganismos na produção de vacinas

Tipos de vacinaAtenuada ou replicanteInativada ou morta Subunidade Conjugadas Recombinante

Biotecnologia Biotecnologia convencionalconvencional

Biotecnologia Biotecnologia modernamoderna

“ “DNA DNA recombinante”recombinante”

Page 11: Microrganismos na produção de vacinas

Tipo de vacina Exemplos Bactérias vivas atenuadas ou mortas

BCG, cólera

Vírus atenuados vivos Pólio, raivaVacinas de subunidades (antígenos)

Toxóide tetânico, toxóide diftérico

Vacinas conjugadas Haemophilus influenzae, pneumococo

Vacinas sintéticas Hepatite (proteínas recombinantes)

Vetores virais Experiências clínicas de antígenos HIV em vetor canaripox

Vacinas de DNA Experiências clínicas em andamento para várias infecções

Exemplos de vacinas

Page 12: Microrganismos na produção de vacinas

Tipos mais comuns de vacinas bacterianas

Proteção contra MO empregado no preparo

Composição básica da vacina

Coqueluche (pertussis) Bordetella pertussis MO inativadoCólera Vibrio chlorea MO inativado ou

atenuadoFebre tifóide Salmonella typhi MO inativadoTuberculose Mycobacterium bovis MO atenuado

Difteria Corynebacterium diphteriae

Exotoxina inativada (toxóide)

Tétano Clostridium tetani Exotoxina inativada (toxóide)

Meningite meningocócica C

Neisseria meningitidis

(Sorogrupo C)

Polissacarídeos capsulares

Meningite meningocócica B

Neisseria meningitidis

(Sorogrupo b)

Proteínas de membrana externa

Peste Yersinia pestis MO inativado

Page 13: Microrganismos na produção de vacinas

Tipos mais comuns de vacinas virais

Proteção contra

MO empregado no preparo

Composição básica da

vacinaGênero Família

Poliomielite Poliovirus Picornaviridae Vírus inativado (Salk)

Vírus atenuado (Sabin)

Varíola Poxvirus Poxviridae Vírus atenuadoRaiva Lyssavirus Rhabdoviridae Vírus inativado

Rubéola Rubivirus Togaviridae Vírus atenuadoInfluenza Influenzaviru

s Orthomyxovirid

ae Vírus vivo ou

inativadoSarampo Morbillivirus Paramyxovirida

eVírus atenuado

Caxumba Paramyxovirus

- Vírus atenuado

Febre amarela Flavivirus Togaviridae Vírus atenuado

Page 14: Microrganismos na produção de vacinas

Vacinas atenuadas e inativadas

Inativação: leva o microrganismo a incapacidade de replicação Atenuação: promove a perda da capacidade patogênica, mas mantém imunogenicidade

Vacinas bacterianas atenuadas: induzem proteção limitada, eficazes apenas por curto prazo

Vacinas virais atenuadas: induzem imunidade especifica de longa duração, dose única

Page 15: Microrganismos na produção de vacinas

Atenuação

Metodologia tradicional

Page 16: Microrganismos na produção de vacinas

Atenuação

Metodologia do DNA

recombinante

Page 17: Microrganismos na produção de vacinas

InativaçãoMétodos físicos

calorultravioleta

Métodos químicos FormaldeídoAgentes alquilantes (β-propiolactona,

etieneimina) Ligam cruzadamente as cadeias de ácido nucléico

Page 18: Microrganismos na produção de vacinas

Vacina de subunidadeUsa somente fragmentos antigênicos ou

produtos de um microrganismosMaior imunogenicidade

Normalmente administrado com adjuvantesToxóides: toxina bacteriana atenuada, que se

tornam inócuas, mas permanecem imunogênicas

Page 19: Microrganismos na produção de vacinas

Vantagens e desvantagens

Page 20: Microrganismos na produção de vacinas

Vacinas recombinantes Produzidas mediante tecnologia de DNA recombinante Tipos: Subunidade, Vetorizada ou Gênica (DNA) Para humanos: Hepatite B, HPV Para animais: Raiva (vaccinia virus), Leucemia felina (canarypox virus), Doença de Marek e Doença de Newcastle (herpesvírus de peru), Cinomose, Leishmaniose...

Page 21: Microrganismos na produção de vacinas

Vacinas de subunidade

Page 22: Microrganismos na produção de vacinas

Recombinant clones

Mais de 120 produtos terapêuticos recombinantesMais de 120 produtos terapêuticos recombinantes

Page 23: Microrganismos na produção de vacinas

Vacinas vetorizadas

Page 24: Microrganismos na produção de vacinas

Vacinas gênicas (DNA)

Page 25: Microrganismos na produção de vacinas

Produção de vacinasI. Seleção de cepas ou antígenosII. Preservação de cepasIII. MultiplicaçãoIV. PurificaçãoV. Inativação ou atenuação

Page 26: Microrganismos na produção de vacinas

1. Seleção de cepas ou antígenos

SorotiposSorotiposVírus da febre aftosa: Vírus da febre aftosa: O, A, CO, A, C, SAT-1, SAT-2, SAT-3 e , SAT-1, SAT-2, SAT-3 e Ásia-1Ásia-1Streptococcus pneumoniae: + 90 (4, 6B, 9V, 14, 18C, 19F e 23F)

Page 27: Microrganismos na produção de vacinas

Antígenos víricos : envelope

PROJEÇÕES:HEMAGLUTININAS

NÚCLEO-CAPSÍDEO

ENVELOPE:GLICO/LIPO/PROTEINAS

PROJEÇÕES:PROJEÇÕES:CORONACORONA

Page 28: Microrganismos na produção de vacinas

Antígenos bacterianosAntígenos bacterianos

FLAGELOS

RIBONUCLEO-PROTEINAS

MEMBRANACELULAR

PAREDE CELULAR

CÁPSULAPILIPILI

Enzimas CelularesEnzimas Celulares

Page 29: Microrganismos na produção de vacinas

Liofilização

Ultrafreezer -80

Nitrogênio líquido -196

2. Preservação de cepas

Page 30: Microrganismos na produção de vacinas

3. Multiplicação

- Conhecimento das características biológicas do MOConhecimento das características biológicas do MO- Meios de cultivo (25 a 3500 L)Meios de cultivo (25 a 3500 L)- Fermentação (bioreatores); ampliação de escala (scale Fermentação (bioreatores); ampliação de escala (scale up)up)

Page 31: Microrganismos na produção de vacinas

Relação volume meio – capacidade do frasco

0,2 (20%)

Inóculo – 5 a 10%

Page 32: Microrganismos na produção de vacinas

Cultivo celular

Ovos entre 7 a 19 dias

EstáticoHomogênio

Page 33: Microrganismos na produção de vacinas

Células renais de bovino – cultivo primário

Efeito citopático – 30 h

Efeito citopático – 48 h

Page 34: Microrganismos na produção de vacinas

4. Purificação

Page 35: Microrganismos na produção de vacinas

4. Purificação

Centrífugas

Page 36: Microrganismos na produção de vacinas

4. Purificação

Cromatografia

Page 37: Microrganismos na produção de vacinas

Processo de produção da vacina da coqueluche

Bacilo gram-negativo Bordetella pertussisEtapas

Preparo do inóculo, Fermentação, Filtração, Destoxificação

Suspensão do MO liofilizado em soro fisiológico cultivo em Bordet-Gengou (35°C, 96h)

Recultivo em Bordet-Gengou (35°C, 48h)

Page 38: Microrganismos na produção de vacinas

Processo de produção da vacina da coqueluche

Pré-inóculoDuas etapas de cultivo em meio de Stainer-

Scholte (24hs, 35°C)Fermentação

Relação entre volume do inóculo e volume do meio é de 5%

FiltraçãoSeparação das bactérias do meio e

ressuspender em soro fisiológico

Page 39: Microrganismos na produção de vacinas

Processo de produção da vacina da coqueluche

DestoxificaçãoAtravés do uso de formaldeido, conservação

com mertiolato, em tanques de 2 a 8°CMistura com toxóide diftérico (vacina

conjugada)Provas para liberação final da vacina

ToxidezPotência em camundongos

Page 40: Microrganismos na produção de vacinas

Controle de vacinasControle de vacinasInocuidadePurezaEsterilidadeEficácia

sorologiadesafio

Page 41: Microrganismos na produção de vacinas

Vacina IdealBaixo CustoFácil estocagem (Temp. ambiente)Dose únicaProteção duradoura

Page 42: Microrganismos na produção de vacinas

ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DE VACINAS

-

~= 10-20 anos

Descoberta

- 1 -

Estudos Experimentais

- 2 -

Estudos Clínicos

- 3 -

Scale-up

- 4 -

Estudos ClínicosFase I- 5 -

Estudos ClínicosFase II- 6 -

Estudos ClínicosFase III

- 7 -

Registro- 8 -

Produto- 9 -

Fase IV - 10 -

Características: multidisciplinar; longo período de maturação; alto risco de investimento.

Page 43: Microrganismos na produção de vacinas
Page 44: Microrganismos na produção de vacinas
Page 45: Microrganismos na produção de vacinas
Page 46: Microrganismos na produção de vacinas
Page 48: Microrganismos na produção de vacinas

Calendário básico de vacinação da criança

Page 49: Microrganismos na produção de vacinas

Calendário básico de vacinação da criança

Page 50: Microrganismos na produção de vacinas

Trabalho sobre vacinaTrabalho individualEscolher um artigo – desenvolvimento

de novas vacinas ou otimização de vacinas comerciais

Relatar o papel da biotecnologia nesse artigo escolhido

Enviar por e-mail o trabalho e o artigo escolhido – data: 15/04/2011

[email protected]

Page 51: Microrganismos na produção de vacinas