microempreendedor individual

22
Microempreendedor Individual A formalização dos empreendedores do Complexo Artesanal de Aquiraz-CE Francisco Sávio de Oliveira Barros XVI ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Universidade de Fortaleza - 17 a 20 de outubro de 2016

Upload: profsaviobarros

Post on 14-Feb-2017

22 views

Category:

Business


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Microempreendedor Individual

Microempreendedor Individual

A formalização dos empreendedores do Complexo Artesanal de Aquiraz-CE

Francisco Sávio de Oliveira Barros

XVI ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISAUniversidade de Fortaleza - 17 a 20 de outubro de 2016

Page 2: Microempreendedor Individual

Microempreendedor IndividualA formalização dos empreendedores do Complexo Artesanal de Aquiraz-CE

Francisco Sávio de Oliveira BarrosMestre Administração – UNIFOR

Professor do Centro Universitário Estácio do Ceará

Cristine Amora Santos de AragãoMestre Administração – UNIFOR

Professora do Centro Universitário Estácio do Ceará

Jéssica Maria Chaves MenesesAluna de Administração do Centro Universitário Estácio do Ceará

Apresentação

Page 3: Microempreendedor Individual

Estrutura do trabalho

Introdução

Referencial teórico Fundamentos do empreendedorismo

LC 128/2008 – Microempreendedor Individual - MEI

Percurso metodológico

Estudo de caso: Complexo Artesanal de Aquiraz

Apresentação dos dados coletados e análise dos resultados

Considerações finais

Referências bibliográficas

Page 4: Microempreendedor Individual

Objetivo geral

Analisar o processo de formalização dos empreendedores do Complexo Artesanal de Aquiraz – CE no intuito de identificar as características do perfil dos artesãos, as ações desenvolvidas e os benefícios

resultantes.

Page 5: Microempreendedor Individual

Fundamentos teóricos

Capítulo 2

Fundamentos do

empreendedorismo

Características,

perfil e origem.Estatuto da ME e EPP

Drucker (2002), Dolabela (2000),

Bom Ângelo (2003), Dornelas

(2005), Brito e Wever (2003) e

Barros (2004).

Capítulo 3

LC 128/2008

Microempreendedor Individual –MEI

Processo de formalização

Obrigações

Benefícios

Brasil (2008), Sebrae (2016), Portal

do Empreendedor.

Page 6: Microempreendedor Individual

Percurso metodológico

Estudo exploratório-descritivo

Período: abril e maio de 2016.

Tipo: estudo de caso

Unidade de análise: Complexo Artesanal de Aquiraz

Fontes de evidência: análise documental, entrevista, questionários e

observação direta.

Page 7: Microempreendedor Individual

Percurso metodológico

População:

60 artesãos atuantes no complexo artesanal.

Amostra:

46 empreendedores presentes no território (76,6% da

população), dos quais 35 já formalizados e 11 ainda não

formalizados.

Para análise do processo de formalização foram

selecionados apenas os 35 artesãos que já atuam na

condição de MEI.

Para identificar o perfil dos artesãos, foram considerados atotalidade da amostra pesquisada (46 empreendedores).

Page 8: Microempreendedor Individual

Percurso metodológico

Análise das informações (questionários e entrevistas)

Categorias analisadas:

Para identificação do perfil dos artesãos:

Sexo, idade e nível de escolaridade

Para análise do processo de formalização:

Ocupação anterior, origem do negócio, apoio institucional, conhecimento anterior e tempo de formalização.

Para análise das consequências da formalização

Benefícios que motivaram

Benefícios conquistados

Page 9: Microempreendedor Individual

Estudo de casoComplexo Artesanal de Aquiraz

Page 10: Microempreendedor Individual

Estudo de casoCanoa Quebrada

Breve histórico:

O Complexo Artesanal de Aquiraz fica localizado no município de Aquiraz no estado do Ceará. Foi fundado por Antônio Moreira Menezes e inaugurado no dia 17 de novembro de 2001, contando incialmente com 20 (vinte) lojas.

Em 2010 teve sua última ampliação, passando de 30 lojas para 60 lojas. Com essa atual estrutura, tem capacidade para atender aproximadamente 5 (cinco) mil visitantes mensalmente.

O funcionamento de complexo ocorre todos os dias, no horário das 08:00 às 17:00 horas. No local os visitantes têm a oportunidade de ver como é feita a renda de bilro, labirinto, ponto de cruz, entre outros artesanatos.

Page 11: Microempreendedor Individual

Apresentação dos resultados

Page 12: Microempreendedor Individual

Análise do perfil dos artesãos

Sexo: 37 são mulheres (80,5%). 9 são homens (19,5%) Ainda característica do setor, porém com novas tendências

(participação masculina).

Idade: De 41 a 50 anos - 09 (19,5%) De 31 a 40 anos – 24 (40,0%) De 18 a 30 anos – 12 (26,1%) Atividade com origem em costumes regionais, porém com mudança

no perfil (continuidade).

Nível de escolaridade: Ensino superior completo – 02 (4,4%) Ensino superior incompleto – 03 (6,5%) Nível médio completo – 12 (26,1%) Ensino médio incompleto – 07 (15,2%) Ensino fundamental completo – 16 (34,8%) Ensino fundamental incompleto – 6 (13%) Baixo nível de escolaridade (fator não impeditivo para a

formalização)

Page 13: Microempreendedor Individual

Processo de formalização

(amostra de 35 empreendedores)

Ocupação anterior: Artesão informal – 18 (51,5%) Empregados de outros artesãos – 07 (20%) Desempregados – 10 (28,5%) A maioria já atuando na atividade (identidade regional)

Origem do negócio: Necessidade – 10 (28,5%) Oportunidade – 25 (71,5%) Resultado superior à média nacional (50%)

Apoio institucional: Orientação do Sebrae – 22 (62,8%) Ajuda de contadores e amigos – 08 (22,9%) Nenhuma ajuda – 05 (14,3%) Desconhecimento da simplificação do processo e

influência da baixa escolaridade.

Page 14: Microempreendedor Individual

Processo de formalização

(amostra de 35 empreendedores)

Conhecimento anterior sobre o MEI: Ações do Sebrae – 18 (51,5%)

Divulgação do Governo Federal – 07 (20%)

Outros meios – 10 (28,5%)

O desconhecimento levou a uma maior busca de ajuda para se formalizar.

Tempo de formalização: Mais de 02 anos – 17 (48,6%)

De um ano até 02 anos – 16 (45,7%)

Menos de um ano – 2 (5,7%)

Processo já consolidado.

Page 15: Microempreendedor Individual

Benefícios do processo de formalização

(amostra de 35 empreendedores)

Benefícios que motivaram: Direitos previdenciários – 18 (51,4%)

Acesso ao crédito – 13 (37,2%)

Não soube explicar – 04 (11,4%)

Principais benefícios destacados nas ações de divulgação.

Benefícios que alcançaram (principal): Acesso ao crédito – 14 (40,1%)

Direitos previdenciários – 11 (31,4%)

Emissão de nota fiscal – 06 (17,1%)

Redução de impostos – 04 (11,4%)

Outros citados: aumento do faturamento, ter conta bancária, e ter máquina de cartão de crédito.

Resultados não-conclusivos

Page 16: Microempreendedor Individual

Benefícios do processo de formalização

(amostra de 35 empreendedores)

“[...] pois depois da formalização do meu negócio consegui aumentar meu faturamento, por meio do número do CNPJ, tive a

oportunidade de abrir uma conta empresarial e, com isso consegui uma maquina de cartão, motivo que fez com que minhas vendas aumentassem”. (CL, artesã do Complexo Artesanal de Aquiraz).

“Recomendo, pois através da formalização sinto meu negócio assegurado, o processo de formalização tem pouca burocracia e

oferece muitos benefícios como direitos previdenciários, emissão de nota fiscal, redução dos impostos, garantindo um bom

funcionamento da lojinha”. (RC, artesã do Complexo Artesanal de Aquiraz.)

Page 17: Microempreendedor Individual

Benefícios do processo de formalização

(amostra de 35 empreendedores)

“A formalização em meu negócio vale a pena, porque através da modalidade do MEI, tive a chance de formalizar meu negócio e com

isso adquiri vários benefícios, ter acesso ao crédito, com isso consegui aumentar meu negócio, o direito previdenciário, onde no futuro posso me aposentar, entre outros benefícios”. (AC, artesão

do Complexo Artesanal de Aquiraz.)

“A formalização de meu negócio valeu muito a pena, porque possuiu pouca burocracia, o que facilitou minha formalização, por não ser

necessária uma contabilidade formal. Também foi possível a redução dos tributos, pois pago mensalmente um pequeno valor e

tenho direito a vários benefícios”. (GM, artesã do Complexo Artesanal de Aquiraz).

Page 18: Microempreendedor Individual

Críticas ao processo de formalização

(amostra de 35 empreendedores)

“Que pelo fato de ter-se legalizado como MEI não poderia ter sócio ou contratar mais de um funcionário”. (AP, artesã do Complexo

Artesanal de Aquiraz.)

“Antes da sua formalização não pagava nada, e com sua formalização todos os meses tem que pagar, mesmo que eu venda

ou não”. (AP, artesã do Complexo Artesanal de Aquiraz.)

Page 19: Microempreendedor Individual

Considerações finais

Pelo estudo de caso realizado, ficou evidenciada que a falta de informação dos empreendedores do Complexo Artesanal de Aquiraz sobre o processo de formalização pode ter limitado o processo de registro como MEI.

Em relação aos benefícios, evidenciou-se a possibilidade de passarem a ter direitos previdenciários e o acesso ao crédito, a segurança legal e a oportunidade de acesso aos serviços dos agentes financeiros.

A segurança jurídica dos empreendedores que passaram a ser protegidos e aparados por lei, contribuiu para o êxito de suas atividades.

Em face dos resultados obtidos na presente pesquisa, é possível concluir que o processo de formalização como MEI proporcionou benefícios para os empreendedores do Complexo Artesanal de Aquiraz e para suas atividades comerciais.

Page 20: Microempreendedor Individual

Referências bibliográficas

BARROS, F. Sávio de O. et al. O empreendedorismo como estratégia emergente de gestão: histórias de sucesso. In: ENCONTRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO – ENEO, II, 2004. Atibaia-SP. Anais...Atibaia: 2004, 1 CD-ROM.

BOM ÂNGELO, Eduardo. O movimento empreendedor no Brasil. In. Britto, Francisco e Wever, Luiz. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003a.

BRITTO, Francisco e WEVER, Luiz. Empreendedores brasileiros: vivendo e aprendendo com grandes nomes. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

DOLABELA, Fernando. A vez do sonho. São Paulo: Cultura, 2000. DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. Trad. Carlos Malferrari. São Paulo: Pioneira,

2002. BRASIL. Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa

de Pequeno Porte. Brasília-DF. BRASIL. Lei Complementar nº. 128, de 19 de dezembro de 2008, institui a figura jurídica do Microempreendedor Individual.

Brasília-DF. DORNELAS, Jose Carlos Assis. Empreenda sem ser criativo. São Paulo, 2012

http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/colunistas/2012/04/02/empreenda-sem-ser-criativo.htm. Acesso em 19 de março de 2016.

DORNELAS, Jose Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando Ideias em Negócios. 2 Ed. Rio de Janeiro: Campus,2005. HAQUETTE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 1999. PORTAL DO EMPREENDEDOR. Microempreendedor Individual. Disponível em http://www.portaldoempreendedor.gov.br/.

Acesso em 22 de abril de 2016. SEBRAE, EI Empreendedor Individual. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/uf/cearal/acesse/mei-micro-empreendedor-

individual. Acesso em 16 de maio de 2016. YIN, R. K. Case Study Research: design and methods. 2 ed. Newburry Park: Sage Publications, 1994.

Page 21: Microempreendedor Individual

Microempreendedor Individual

A formalização dos empreendedores do Complexo Artesanal de Aquiraz-CE

Francisco Sávio de Oliveira Barros

Obrigado !

Page 22: Microempreendedor Individual