microeconomia a iii prof. edson domingues aula 4 externalidades
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Microeconomia A III
Prof. Edson Domingues
Aula 4Externalidades
Externalidades
Introdução: fumantes e não-fumantes
Preferências Quase-lineares e Teorema de Coase
Produção de externalidades
Recursos de Propriedade Comum
Protocolo de Quioto - Mercado de carbono
Referências
VARIAN, H. Microeconomia: princípios básicos. São Paulo, 2003. (sexta edição)
Capítulo 33
PINDYCK, R. S., RUBINFELD, D.L. Microeconomia. São Paulo: Prentice Hall, 2002. (quinta edição)
Capítulo 18
Externalidades Em geral, na microeconomia, interação dos
agentes feitas no mercado
Agentes só precisam conhecer os preços e suas próprias preferências (ou funções de produção, para as firmas)
E se alguns bens não estão no mercado? Ex. silêncio noturno, ar limpo
Falta de mercado para estes efeitos externos (externalidades) causa problemas na alocação de recursos
Externalidades Negativas
As ações de algum indivíduo ou empresa impõem custos a outro indivíduo ou empresa
Positivas As ações de algum indivíduo ou empresa geram benefícios para
outro indivíduo ou empresa
Produção Possibilidades de produção de uma empresa influenciada pelas
ações de outra empresa ou consumidor
Consumo Consumidor é afetado pela produção ou consumo de outro
agente
Fumantes e não-fumantes Dois colegas de quarto (A e B)
Preferências sobre dinheiro e cigarro (fumaça)
A: Fumante, preferência por fumaça (- ar puro) e $$
B: Não-Fumante, preferência por ar puro (- fumaça) e $$
Ambos têm que consumira a mesma quantidade de fumaça (ar puro)
$$ pode ser trocado, ambos possuem R$100 de dotação
Fumantes e não-fumantes
A
Fumaça,Fumante
Ar-Puro,Não-Fumante
BDinheiro, Não-Fumante
Dinheiro, Fumante
XXX’X’
E’E’
EE
Fumantes e não-fumantes E: A possui (100,0); B possui (100,0), não há
fumaça (ar puro)
E não é eficiente de Pareto: B pode trocar ar-puro por mais $$ e ir para X (A paga para fumar)
E’: A tem o direito de fumar. B pode pagar por ar-puro, ponto eficiente em X’
Direitos de propriedade sobre o ar-puro determinam a dotação (E ou E’)
X e X’: igualmente eficientes, com conseqüências distributivas diferentes (+ ou – ar-puro)
Fumantes e não-fumantes E se A acredita que pode fumar e B
acredita que tem direito ao ar-puro?
Direitos de propriedade mal-definidos: dificuldade para alcançar alocações eficientes
Produção ineficiente de externalidades: ambos poderiam melhorar com uma alocação diferente
Externalidades e direitos de propriedade
B possui o direito sobre o ar do quarto.
B pode vender “direitos de fumar”. Existirá alguma fumaça? Se existir, quanto de fumaça e qual o
preço por essa poluição?
Externalidades e direitos de propriedade
p(sA) preço pago pelo Agente A ao Agente B para poder fumar o montante de sA.
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
p(sA)
sA
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
p(sA)
Ambosmelhoram eexiste uma quantidadede fumaçasA
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
p(sA)
sA
Estabelecer um mercado
para transacionardireitos de fumar
possibilita alcançar uma
alocaçãoeficiente
Externalidades e direitos de propriedade
Mude o direito: agora A possui o direito sobre o ar do quarto.
B pode pagar A para ele reduzir a intensidade de fumaça.
Quanto existirá de fumaça? Quanto B pagará ao fumante (A)?
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
sB
p(sB)
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
p(sB)
Ambosmelhoram; a
quantidadede fumaça é
reduzida
sB
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
p(sB)
sB
Estabelecer um mercado
para transacionardireitos de fumar
possibilita alcançar uma
alocaçãoeficiente
Fumantes e não-fumantes
Direitos de propriedade bem definidos +
mecanismos de negociação:
externalidades podem ser trocadas e
eficiência atingida
Mas a quantidade de fumaça vai
depender da distribuição da dotação
(direitos de propriedade)
Externalidades e direitos de propriedade
OA
1
0
Fumaça
mA
OB
1
0
Fumaça
mB
yA yB
p(sB)p(sA)
sA sB
sB
sA
Externalidades e direitos de propriedade
Existe algum caso em que, no equilíbrio, ocorre o mesmo montante de fumaça, não importa a qual agente é dado o direito de propriedade?
Preferências Quase-lineares e Teorema de Coase
A
Fumaça,Fumante
Ar-Puro,Não-Fumante
BDinheiro, Não-Fumante
Dinheiro, Fumante
AlocaçõesEficientes dePareto
Curvas de Indiferença de A
Curvas de Indiferença de B
Preferências Quase-lineares e Teorema de Coase
Externalidade independe do direito de
propriedade
Para toda alocação eficiente de Pareto,
quantidade única de externalidade
Quantidade eficiente do bem com
externalidade independe da distribuição de
direitos de propriedade: Teorema de Coase
Preferências Quase-lineares e Teorema de Coase
A
Fumaça,Fumante
Ar-Puro,Não-Fumante
BDinheiro, Não-Fumante
Dinheiro, Fumante
AlocaçõesEficientes dePareto
EE
E’E’
Teorema de CoaseQuando as partes podem negociar sem
custos e com possibilidade de obter benefícios mútuos, o resultado das transações será eficiente, independentemente de como estejam especificados os direitos de propriedade (se as preferências dos agentes são quasilineares na moeda).
Externalidades e Direito de Propriedade
Produção de Externalidades
SIDERURGIA
PESCA
Externalidades de Produção
Siderurgia produz conjuntamente aço e poluição.
Poluição afeta adversamente a pesca.
Firma tomadoras de preço.
pS preço do aço.
pF preço da pesca.
Externalidades de Produção
cS(s,x) custo da siderurgia de produzir s unidades de aço conjuntamente a x unidades de poluição.
Se a siderurgia não sofre nenhum custo externo em poluir então sua função de lucro é
e o problema da firma é...
s s ss x p s c s x( , ) ( , )
Externalidades de Produçãomax ( , ) ( , ).,s x
s s ss x p s c s x
As condições de primeira ordem para maximizar o lucro são
Externalidades de Produçãomax ( , ) ( , ).,s x
s s ss x p s c s x
As condições de primeira ordem para maximizar o lucro são
pc s xss
s
( , )
0
c s xx
s ( , ) .e
Externalidades de Produção
pc s xss
s
( , )
Siderurgia deve produzir no nível quepreço = custo marginal de produção
Externalidades de Produção
pc s xss
s
( , )
c s xx
s ( , ) Taxa na qual o custo interno
de produção da firma se reduz com a elevação da poluição
Siderurgia deve produzir no nível quepreço = custo marginal de produção
Externalidades de Produção
c s xx
s ( , ) É o custo marginal da firma emreduzir a poluição.
pc s xss
s
( , )
c s xx
s ( , ) Taxa na qual o custo internode produção da firma se reduz com a elevação da poluição
Siderurgia deve produzir no nível que preço = custo marginal de produção
Externalidades de Produção
Qual o benefício marginal para a siderurgiaem reduzir a sua poluição?
c s xx
s ( , ) É o custo marginal da firma emreduzir a poluição.
Externalidades de Produção
Zero, já que a firma não enfrenta custosexternos.Então a escolha do nível de poluição é tal que:
c s xx
s ( , ) .0
Qual o benefício marginal para a siderurgiaem reduzir a sua poluição?
c s xx
s ( , ) É o custo marginal da firma emreduzir a poluição.
Externalidades de Produção
s s x s s x( , ) ( ) 12 42 2
As condições de max do lucro são:
12 2 s 0 2 4 ( ).xe
Exemplo: cS(s,x) = s2 + (x - 4)2 epS = 12. Then
Externalidades de Produção
p ss 12 2 , determina a max do lucro Para o nível de produção de aço; s* = 6.
Externalidades de Produção
2 4( )x É o custo marginal da firmade redução da poluição. Como ela nãoobtém nenhum benefício, faz x* = 4.
p ss 12 2 , determina a max do lucro Para o nível de produção de aço; s* = 6.
Externalidades de Produção
s s x s s x( *, *) * * ( * )
( )$36.
12 4
12 6 6 4 4
2 2
2 2
O lucro máximo da siderurgia é, portanto:
2 4( )x É o custo marginal da firmade redução da poluição. Como ela nãoobtém nenhum benefício, faz x* = 4.
p ss 12 2 , determina a max do lucro Para o nível de produção de aço; s* = 6.
Externalidades de Produção
O custo da pesca de obter f unidades de peixe quando a siderurgia emite x unidades de poluição é cF(f,x). Dado f, cF(f,x) cresce com x; i.e. a siderurgia coloca uma externalidade negativa sobre a pesca.
Externalidades de Produção
O custo da pesca de obter f unidades de peixe quando a siderurgia emite x unidades de poluição é cF(f,x). Dado f, cF(f,x) cresce com x; i.e. a siderurgia coloca uma externalidade negativa sobre a pesca
O lucro da pesca é
então o problema da pesca éF F Ff x p f c f x( ; ) ( ; )
Externalidades de Produçãomax ( ; ) ( ; ).f
F F Ff x p f c f x
As condições de primeira ordem para maximizar o lucro são
pc f xfF
F
( ; )
.
Externalidades de Produçãomax ( ; ) ( ; ).f
F F Ff x p f c f x
Maior poluição eleva o custo marginal de produção da pesca e reduz tanto a sua produção como seu lucro. Este é o custoexterno da poluição.
As condições de primeira ordem para maximizar o lucro são p
c f xfF
F
( ; )
.
Externalidades de ProduçãoExemplo: Seja cF(f;x) = f2 + xf e pF = 10.O custo externo que afeta a pesca, geradopela siderurgia é xf. Como a pesca nãopossui controle sobre x deve tomar comodado a escolha de x. A função lucro da pesca é portanto
F f x f f xf( ; ) 10 2
Externalidades de Produção
Dado x, a condição de primeira ordem paramaximização do lucro é
F f x f f xf( ; ) 10 2
10 2 f x.
Externalidades de Produção
Portanto, dado o nível de poluição x sobrea pesca, seu nível de produção que maximizalucro é
fx
* . 52
F f x f f xf( ; ) 10 2
Dado x, a condição de primeira ordem paramaximização do lucro é
F f x f f xf( ; ) 10 2
10 2 f x.
Externalidades de ProduçãoF f x f f xf( ; ) 10 2
Note que a pesca produz menos, e tem lucromenor, quando a siderurgia aumenta a suapoluição.
Portanto, dado o nível de poluição x sobrea pesca, seu nível de produção que maximizalucro é f
x* . 5
2
Dado x, a condição de primeira ordem paramaximização do lucro é 10 2 f x.
Externalidades de Produção
A siderúrgica, ignorando seu custo externo sobre a pesca, escolhe x* = 4,portanto o nível de produção da pescaque maximiza seu lucro dada a escolha ótimada siderurgia é f* = 3, gerando um nível delucro para a pesca de
.9$343310*xf*f*f10)x*;f(
2
2F
Note o custo externo de $12.
fx
* . 52
Externalidades de Produção
A escolha das firmas é eficiente?
Quando a siderurgia ignora os custos externos de sua escolha, a soma dos lucros é $36 + $9 = $45.
$45 é o maior lucro total que pode ser alcançado?
Fusão e Internalização
Suponha que as duas firmas se tornem uma só (fusão). Qual o maior lucro que essa empresa pode alcançar?
Fusão e Internalização
Suponha que as duas firmas se tornem uma só (fusão). Qual o maior lucro que essa empresa pode alcançar?
Qual a escolha de s, f e x que maximiza o lucro da nova firma?
m s f x s f s x f xf( , , ) ( ) . 12 10 42 2 2
Fusão e Internalização
m s f x s f s x f xf( , , ) ( ) . 12 10 42 2 2
As condições de primeira ordem para maximizar o lucro são
m
m
m
ss
ff x
xx f
12 2 0
10 2 0
2 4 0
.
( ) .
A solução é
s
f
x
m
m
m
6
4
2.
Fusão e Internalização
m m m m
m m m m m m m
s f x
s f s x f x f
( , , )
( )
( )$48.
12 10 4
12 6 10 4 6 2 4 4 2 4
2 2 2
2 2 2
O lucro da firma conjunta é
Maior que $45, a soma dos lucros dasfirmas separadas.
Fusão e Internalização
Fusão aumentou a eficiência.
Isoladamente, a produção de aço gera x* = 4 unidades de poluição.
Na firma conjunta, poluição é de apenas xm = 2 unidades.
Portanto a fusão levou tanto a aumento da eficiência como menor nível de poluição. Por quê?
Fusão e Internalização
s s x s s x( , ) ( ) 12 42 2A função lucro da siderurgia é
portanto o custo marginal de x unidades depoluição é )4(2)( xxMCs
Quando ela não tem que tratar do custo externo de poluir, a siderurgia aumentasua poluição até o custo margina serzero; logo x* = 4.
Fusão e Internalização
Na firma conjunta o lucro ém s f x s f s x f xf( , , ) ( ) . 12 10 42 2 2
Logo o custo marginal da poluição éMC x fm x( ) ( ) 2 4
Fusão e Internalização
Na firma conjunta o lucro ém s f x s f s x f xf( , , ) ( ) . 12 10 42 2 2
Logo o custo marginal da poluição éMC x fm x( ) ( ) 2 4 2 4( ) ( ).x MC xs
Fusão e Internalização
O custo marginal da firma conjunta émaior porque ela sofre todo o custo da suaprópria poluição através dos custos maiores da pesca, portanto menos poluição é geradapela firma conjunta.
Na firma conjunta o lucro ém s f x s f s x f xf( , , ) ( ) . 12 10 42 2 2
Logo o custo marginal da poluição éMC x fm x( ) ( ) 2 4 2 4( ) ( ).x MC xs
Fusão e Internalização Mas porque o nível de poluição da
firma conjunta xm = 2 é eficiente?
Fusão e Internalização Mas porque o nível de poluição da
firma conjunta xm = 2 é eficiente?
O custo externo sobre a pesca é xf, portando o custo marginal externo da poluição é MC fx
E .
Fusão e Internalização Mas porque o nível de poluição da
firma conjunta xm = 2 é eficiente?
O custo externo sobre a pesca é xf, portando o custo marginal externo da poluição é
O custo da siderurgia de reduzir poluição é
MC fxE .
MC x xm ( ) ( ).2 4
Fusão e Internalização Mas porque o nível de poluição da
firma conjunta xm = 2 é eficiente?
O custo externo sobre a pesca é xf, portando o custo marginal externo da poluição é
O custo da siderurgia de reduzir poluição é
Eficiência requer
MC fxE .
MC x xm ( ) ( ).2 4
MC MC x f xxE m ( ) ( ).2 4
Fusão e Internalização
Fusão portanto internaliza uma externalidade e induz eficiência econômica.
De que outras formas internalização pode ocorrer de forma a alcançar eficiência?
Coase e Externalidades de Produção
Coase argumenta que a externalidade existe porque nem a siderurgia nem a pesca possuem direitos sobre a água poluída.
Suponha que os direitos de propriedade sobre a água são atribuídos a uma das firmas. Isso induz eficiência?
Externalidades de Produção
Siderurgia:
cS (S, x): custo de produção de aço (S)
x: poluição associada à produção de S
>> diminuir poluição aumenta o custo de produzir aço
0 ),(
x
xScS
Externalidades de Produção
Pesca:
cF (F, x); custo de produção de peixe (F)
x: poluição (associada à produção de aço)
>> aumento da poluição aumenta o custo da pesca
0 ),(
x
xScF
Externalidades de Produção
Criação de mercados para externalidades
Siderurgia:
max pS S – q x – cS (S, x)S, x
Pesca:
max pF F + q x – cF (F, x)F, x
q: preço da poluição por unidade de x
Pesca obtém receita com a poluição “paga” pela siderurgia
Externalidades de Produção
Criação de mercados para externalidades
Condições de primeira ordem
(2) ),(
(1) ),(
x
xScq
S
xScp
S
SS
(4) ),(
(3) ),(
x
xFcq
F
xFcp
F
FF
Siderurgia: Pesca:
Externalidades de Produção
Criação de mercados para externalidades
De (2) e (4)
Mesma condição da firma conjunta.
Resultado eficiente com a criação de um mercado para poluição
x
xFc
x
xSc FS
),(),(
Externalidades de Produção
Criação de mercados para externalidades
E se a siderurgia tivesse o direito de poluir até e a firma de pesca tivesse que pagar por água limpa?
Siderurgia:
max pS S + q( -x) – cS (S, x)S, x
Pesca:
max pF F – q( -x) – cF (F, x)F, x
x
x
x
Externalidades de Produção
Criação de mercados para externalidades
Condições de primeira ordem
(6) ),(
(5) ),(
x
xScq
S
xScp
S
SS
(8) ),(
(7) ),(
x
xFcq
F
xFcp
F
FF
Siderurgia: Pesca:
Externalidades de Produção
Criação de mercados para externalidades
De (6) e (8)
Mesma condição da firma conjunta e do direito de propriedade “inverso”.
Resultado eficiente com a criação de um mercado para poluição
x
xFc
x
xSc FS
),(),(
Externalidades de Produção
Criação de mercados para externalidades
1) Resultado eficiente para a externalidade independe dos direitos de propriedade
2) Padrão ótimo de produção (aço, peixe) e de poluição independe dos direitos de propriedade
3) Distribuição dos lucros vai depender dos direitos de propriedade
(1) É uma versão do Teorema de Coase
Teorema de CoaseSob certas circunstâncias, quando as
partes podem negociar sem custos e com possibilidade de obter benefícios mútuos, o resultado das transações envolvendo externalidades será eficiente, independentemente de como estejam especificados os direitos de propriedade.
Externalidades e Direito de Propriedade
Recursos de Propriedade Comum
Recursos de Propriedade ComumTodos têm livro acesso aos recursos.Os recursos serão, provavelmente,
utilizados em excessoExemplos
Ar e águaPeixes e populações animaisMinerais
A Tragédia dos Comuns
Considere uma área de pastagem “comunal” de todos os membros de uma vila.
Locais criam vacas na área comum. Quando c vacas são criadas,
produção total de leite é f(c), para f’>0 e f”<0.
Como os locais deveriam criar vacas de forma a maximizar a renda total?
A Tragédia dos Comuns
c
Leite
f(c)
A Tragédia dos Comuns
Tome o preço do leite $1 e o custo relativo de criar uma vaca $pc. Então o lucro do conjunto da vila é
e o problema da vila é maximizar
( ) ( )c f c p cc
max ( ) ( ) .c
cc f c p c
0
A Tragédia dos Comunsmax ( ) ( ) .c
cc f c p c
0
O número de vacas que maximiza a renda,c*, satisfaz
f c pc( )
i.e. o ganho marginal de renda da última vaca criada iguala o custo marginal de sua criação.
A Tragédia dos Comuns
c
Leitef(c)
pcc
incl. =f’(c*)
c*
incl.= pc
A Tragédia dos Comuns
c
Leitef(c)
pcc
slope =f’(c*)
c*
slope= pc
Renda Máximaf(c*)
A Tragédia dos Comuns
Para c = c*, o ganho médio por vaca criada é
dado que f’ > 0 e f” < 0.
( *)*
( *) **
( *)*
cc
f c p cc
f cc
pcc
0
A Tragédia dos Comuns
c
Leitef(c)
pcc
incl. =f’(c*)
c*
f cc
pc( *)*
f(c*)
A Tragédia dos Comuns
Para c = c*, o ganho médio por vaca criada é
dado que f’ > 0 e f” < 0. Portanto o lucro econômico de introduzir uma vaca adicional é positivo.
Como ninguém possui a propriedade comum, entrada não é restrita.
( *)*
( *) **
( *)*
cc
f c p cc
f cc
pcc
0
A Tragédia dos Comuns
Entrada continua até que o lucro econômico de criar uma vaca adicional é zero; i.e., até
( ) ( ) ( ).
cc
f c p cc
f cc
pcc
0
A Tragédia dos Comuns
c
Leitef(c)
pcc
incl. =f’(c*)
c*
f cc
pc( )
f(c*)
c
A Tragédia dos Comuns
c
Leitef(c)
pcc
incl. =f’(c*)
c*
f cc
pc( )
f(c*)
A área comum é super-utilizada, tragicamente.
c
A Tragédia dos Comuns
A razão para esta tragédia é que quando um criador adiciona mais uma vaca sua renda sobe (em f(c)/c - pc) mas a renda de todos os outros cai.
O criador que adiciona uma vaca extra não leva em conta o custo que inflige sobre o resto dos criadores.
A Tragédia dos Comuns
“Tragédia dos Comuns” modernas incluem:
– pesca predatória em águas internacionais
– uso excessivo de terras públicas
– uso excessivo de parques públicos
– congestionamento urbano de tráfego.
Recursos de Propriedade Comum
Peixe por mês
Benefícios,custos($ porpeixe)
Demanda
Mas os custos privados subestimam os
verdadeiros custos.O nível eficiente de peixe/mês
é F* e CMgS = BMg (D)
Custo Social Marginal
F*
Custo Privado
FC
Na ausência de controle, o número de peixes por mês
é FC e CP = BMg.
Recursos de Propriedade Comum
SoluçãoPropriedade privada do recurso
PerguntaSob que circunstâncias a propriedade
privada do recurso não é viável?
• Países do Anexo I devem, individual ou Países do Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que suas conjuntamente, assegurar que suas emissões agregadas dos gases de efeito emissões agregadas dos gases de efeito estufa não excedam suas quantidades estufa não excedam suas quantidades atribuídas.atribuídas.
• Objetivo: reduzir as emissões totais Objetivo: reduzir as emissões totais desses gases em pelo menos 5 por desses gases em pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990 no cento abaixo dos níveis de 1990 no período de compromisso de 2008 a período de compromisso de 2008 a 2012. 2012.
Protocolo de Quioto (1997):
redução de emissões dos gases de efeito estufa
Comércio de emissões:Comércio de emissões:
A fim de cumprir os compromissos A fim de cumprir os compromissos assumidos, qualquer país do Anexo I assumidos, qualquer país do Anexo I pode transferir para ou adquirir de pode transferir para ou adquirir de qualquer outro país unidades de redução qualquer outro país unidades de redução de emissõesde emissões
Os países podem participar do comércio Os países podem participar do comércio de emissões com o objetivo de cumprir de emissões com o objetivo de cumprir os compromissos assumidos.os compromissos assumidos.
Protocolo de Quioto
Parte Emissões(Gg) Porcentagem Parte Emissões(Gg) Porcentagem
Alemanha 1.012.443 7,4 Irlanda 30.719 0,2
Austrália 288.965 2,1 Islândia 2.172 0
Áustria 59.200 0,4 Itália 428.941 3,1
Bélgica 113.405 0,8 J apão 1.173.360 8,5
Bulgária 82.990 0,6 Letônia 22.976 0,2
Canadá 457.441 3,3 Liechtenstein 208 0
Dinamarca 52.100 0,4 Luxemburgo 11.343 0,1
Eslováquia 58.278 0,4 Mônaco 71 0
Espanha 260.654 1,9 Noruega 35.533 0,3
Estados Unidos da América
4.957.022 36,1 Nova Zelândia 25.530 0,2
Estônia 37.797 0,3 Países Baixos 167.600 1,2
Federação Russa
2.388.720 17,4 Polônia 414.930 3
Finlândia 53.900 0,4 Portugal 42.148 0,3
França 366.536 2,7 República Checa
169.514 1,2
Grécia 82.100 0,6 Romênia 171.103 1,2
Hungria 71.673 0,5 Suécia 61.256 0,4
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
584.078 4,3 Suíça 43.600 0,3
Total das emissões de dióxido de carbono das Partes do Anexo I em 1990, para os fins do Artigo 25 do Protocolo de Quioto
Anexo B- Parte Compromisso de redução ou limitaçãoquantificada de emissões (porcentagem do ano base ou período)
Alemanha Alemanha 92 92 Austrália Austrália 108 108 Áustria Áustria 92 92 Bélgica Bélgica 92 92 Bulgária* Bulgária* 92 92 Canadá Canadá 94 94 Comunidade Européia 92 Comunidade Européia 92 Croácia* Croácia* 95 95 Dinamarca Dinamarca 92 92 Eslováquia* Eslováquia* 92 92 Eslovênia* Eslovênia* 92 92 EspanhaEspanha 92 92 Estados Unidos da América 93 Estados Unidos da América 93 Estônia* Estônia* 92 92 Federação Russa* Federação Russa* 100 100 Finlândia Finlândia 92 92 França França 92 92 Grécia Grécia 92 92 Hungria* Hungria* 94 94
IrlandaIrlanda 92 92 Islândia Islândia 110 110 ItáliaItália 92 92 Japão Japão 94 94 Letônia* Letônia* 92 92 Liechtenstein Liechtenstein 92 92 Lituânia* Lituânia* 92 92 Luxemburgo Luxemburgo 92 92 MônacoMônaco 92 92 Noruega Noruega 101 101 Nova Zelândia Nova Zelândia 100 100 Países Baixos Países Baixos 92 92 Polônia* Polônia* 94 94 PortugalPortugal 92 92 Reino Unido da Grã-Bretanha eReino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte Irlanda do Norte 92 92 República Tcheca* República Tcheca* 92 92 Romênia* Romênia* 92 92 Suécia Suécia 92 92 Suíça Suíça 92 92 Ucrânia* Ucrânia* 100 100
•Países em desenvolvimento podem criar Países em desenvolvimento podem criar “reduções certificadas de emissões” (CER), “reduções certificadas de emissões” (CER), elaborando projetos com baixas emissões de elaborando projetos com baixas emissões de gases do efeito estufa. gases do efeito estufa.
•CER’s podem ser vendidos como créditos de CER’s podem ser vendidos como créditos de carbono aos países industrializados que carbono aos países industrializados que necessitem reduzir seus níveis de poluição para necessitem reduzir seus níveis de poluição para cumprir as metas de emissões.cumprir as metas de emissões.
•O comércio de títulos ligados a emissões de O comércio de títulos ligados a emissões de gases do efeito estufa poderia propiciar tanto a gases do efeito estufa poderia propiciar tanto a receita necessária quanto soluções ambientais receita necessária quanto soluções ambientais para a América Latina e o Caribe.para a América Latina e o Caribe.
Protocolo de Quioto - Mercado de carbono
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