metrologia e avaliação dimensional 2014 1parte 2 lsj

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  • METROLOGIA E

    AVALIAO

    DIMENSIONAL

    Prof. Luiz Soares Jnior

    Universidade Federal do Cear

    Departamento de Engenharia Mecnica e de Produo

    Parte 2 2014 1

  • Apresentao

    Carga horria: 48 h

    Nmero de crditos: 03

    Cdigo: TE 140

    Quarta 7h 30 min as 10 h

  • Sumrio

    Normalizao

    Fundamentos da Metrologia

    Sistema de Tolerncia e Ajuste

    Tolerncia Geomtrica (forma e posio)

    Introduo ao Controle da Qualidade

  • Objetivos

    O aluno dever ao final:

    Familiarizar-se com termos e definies metrolgicas;

    Identificar os elementos do processo de medio.

  • 5

    Terminologia e

    conceitos metrolgicos

    Fonte: http://2.bp.blogspot.com

  • Rastreabilidade metrolgica - Conceito

    Definio de rastreabilidade

    metrolgica - VIM/2012

    2.41 (6.10) - Propriedade de um

    resultado de medio pela qual tal

    resultado pode ser relacionado a uma

    referncia atravs de uma cadeia

    ininterrupta e documentada de

    calibraes, cada uma contribuindo

    para a incerteza de medio.

  • 7

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    Verificao (verification)

    Provimento de evidncia objetiva de que um dado item atende a requisitos

    especificados.

    EXEMPLO 1 Confirmao de que um dado material de referncia, como declarado,

    homogneo para o valor e para o procedimento de medio em questo, at uma

    poro, do material sob medio, com massa de 10 mg .

    EXEMPLO 2 Confirmao de que as propriedades relativas ao desempenho ou aos

    requisitos legais so atendidas por um sistema de medio.

    EXEMPLO 3 Confirmao de que uma incerteza alvo pode ser obtida.

    Verificao do volume indicado pela bomba de combustvel

  • 8

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    2.12 valor convencional (conventional value)

    Valor atribudo a uma grandeza por um acordo, para um dado propsito.

    EXEMPLO 1

    Valor convencional da acelerao da gravidade, gn = 9, 806 65 m.s-2.

    5.1 (6.1)

    Padro (measurement standard)

    Realizao da definio de uma dada grandeza, com um valor

    determinado e uma incerteza de medio associada, utilizada como

    referncia.

    EXEMPLO 1 Padro de massa de 1 kg com uma incerteza padro

    associada de 3 mg.

  • Ajuste de um sistema de medio (adjustment of a measuring system)

    Conjunto de operaes efetuadas em um sistema de medio, de modo que

    ele fornea indicaes prescritas correspondentes a determinados valores de

    uma grandeza a ser medida.

    NOTA 1 Diversos tipos de ajuste de um sistema de medio incluem a regulagem de

    zero, a regulagem de defasagem (s vezes chamada regulagem de offset) e a regulagem de amplitude (s vezes chamada regulagem de ganho).

    NOTA 2 O ajuste de um sistema de medio no deve ser confundido com calibrao, a

    qual um pr-requisito para o ajuste.

    NOTA 3 Aps um ajuste de um sistema de medio, tal sistema geralmente deve ser

    recalibrado.

    Terminologia e conceitos fundamentais

    9

  • Regulagem de zero (zero adjustment of a measuring system)

    Ajuste de um sistema de medio de modo que o mesmo fornea uma

    indicao igual a zero correspondente a um valor igual a zero da grandeza a

    ser medida.

    Terminologia e conceitos fundamentais

    10

  • Ajuste

    Terminologia e conceitos fundamentais

    11

    Regulagem de zero

    Mecanismo

    de ajuste

    Mecanismo de

    regulagem do zero.

    www.bringer.com.br

  • 12

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    Valor verdadeiro convencional (de uma grandeza) [conventional true value

    (of a quantity) / valeur conventionnellement vraie (dune grandeur)]

    Valor atribudo a uma grandeza especfica e aceito, s vezes por conveno,

    como tendo uma incerteza apropriada para uma dada finalidade.

    Observaes:

    1) Valor verdadeiro convencional as vezes denominado valor designado,

    melhor estimativa do valor, valor convencional ou valor de referncia. Valor de

    referncia.

    2) Freqentemente um grande nmero de resultados de medies de uma

    grandeza utilizado para estabelecer uma valor verdadeiro convencional.

  • 13

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    Fonte: Prof. Armando Albertazzi/UFSC

    erro de medio (measurement error )

    Diferena entre o valor medido de uma grandeza e um valor de referncia.

    NOTA 1 O conceito de erro de medio pode ser utilizado: a) quando existe um nico valor de referncia, o que ocorre se uma calibrao for realizada por

    meio de um padro com um valor medido cuja incerteza de medio desprezvel, ou se um

    valor convencional for fornecido. Nestes casos, o erro de medio conhecido.

    b) caso se suponha que um mensurando representado por um nico valor verdadeiro ou um

    conjunto de valores verdadeiros de amplitude desprezvel. Neste caso, o erro de medio

    desconhecido.

    NOTA 2 No se deve confundir erro de medio com erro de produo ou erro humano.

  • 14

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    Prof. Armando Albertazzi/UFSC

    Preciso de medio (measurement precision)

    preciso ; fidelidade

    Grau de concordncia entre indicaes ou valores medidos, obtidos por

    medies repetidas, no mesmo objeto ou em objetos similares, sob condies

    especificadas.

    NOTA 1 A preciso de medio geralmente expressa numericamente por

    indicadores de incerteza tais como: disperso, desvio-padro, varincia ou

    coeficiente de variao, sob condies de medio especificadas.

    NOTA 2 As condies especificadas podem ser, por exemplo, condies de repetitividade, condies de preciso intermediria ou condies de

    reprodutibilidade (ver ISO 57253: 1994).

  • 15

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    Exatido de medio (accuracy of measurement )

    (acurcia)

    Grau de concordncia entre um valor medido e um valor verdadeiro de um

    mensurando.

    NOTA 1 A exatido de medio no uma grandeza e no lhe atribudo um valor numrico.

    Uma medio dita mais exata quando caracterizada por um erro de medio

    menor.

    NOTA 2 O termo exatido de medio no deve ser utilizado no lugar de veracidade, assim como o termo preciso de medio no deve ser utilizado para expressar

    exatido de medio, o qual, entretanto, est relacionado a ambos os conceitos.

    NOTA 3 A exatido de medio algumas vezes entendida como o grau de concordncia

    entre valores medidos que so atribudos ao mensurando.

  • 16

    A B

    C D

    Ea

    Es

    Ea

    Es

    Ea

    Es

    Ea

    Es

    Prof. Armando Albertazzi/UFSC

    Terminologia e conceitos metrolgicos: Exatido

  • 17

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    Erro Sistemtico (systematic measurement )

    Componente do erro de medio que, em medies repetidas, permanece

    constante ou varia de maneira previsvel.

    NOTA 1 Um valor de referncia para um erro sistemtico um valor verdadeiro, ou um

    valor medido de um padro com incerteza de medio desprezvel, ou um valor

    convencional.

    NOTA 2 O erro sistemtico e suas causas podem ser conhecidos ou desconhecidos. Pode-

    se aplicar uma correo para compensar um erro sistemtico conhecido.

    NOTA 3 O erro sistemtico igual diferena entre o erro de medio e o erro aleatrio.

  • 18

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    Correo (correction, correction)

    Compensao de um efeito sistemtico estimado.

  • 19

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    2.18 Tendncia (measurement bias ; bias)

    Estimativa de um erro sistemtico.

    4.20 (5.25) Tendncia instrumental (instrumental bias)

    Diferena entre a mdia de repetidas indicaes e um valor de referncia.

  • 20

    Terminologia e conceitos metrolgicos

    Td C = -Td

    Fonte: Prof. Armando Albertazzi/UFSC

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    21

    2.26 (3.9)

    Incerteza de medio (measurement uncertainty)

    Parmetro no negativo que caracteriza a disperso dos valores atribudos

    a um mensurando, com base nas informaes utilizadas.

    NOTA 1 A incerteza de medio compreende componentes provenientes de efeitos

    sistemticos, tais como componentes associadas a correes e valores atribudos

    a padres, assim como a incerteza definicional.

    Incerteza definicional: componente da incerteza de medio que resulta da

    quantidade finita de detalhes na definio de um mensurando.

    NOTA 1 A incerteza definicional a incerteza mnima que se pode obter, na prtica,

    em qualquer medio de um dado mensurando.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    22

    Incerteza de medio [uncertainty of measurement / incertitude de

    mesure, f]

  • Valor de uma diviso [scale interval / chelon, m - valeur dune division (dchelle), f]

    Diferena entre os valores da escala correspondentes a duas marcas

    sucessivas.

    Observao:

    O valor de uma diviso expresso na unidade marcada sobre a escala, qualquer

    que seja a unidade do mensurando.

    Terminologia e conceitos fundamentais

    0 1 2 3 4

    23

  • 24

    Resoluo (de um dispositivo mostrador) [resolution (of a displaying

    device) / rsolution (dun dispositif afficheur), f]

    Menor diferena entre indicaes de um dispositivo mostrador que pode ser

    significativamente percebida.

    Observaes:

    1) Para dispositivo mostrador digital, a variao na indicao quando o

    dgito menos significativo varia de uma unidade.

    2) Este conceito tambm se aplica a um dispositivo registrador.

    Terminologia e conceitos fundamentais

  • 25

    Resoluo (de um dispositivo mostrador)

    Mostrador analgico Mostrador digital

    Terminologia e conceitos fundamentais

    VD = valor de uma diviso Fonte: Prof. Armando/UFSC

    R = VD Quando o mensurando apresenta flutuaes superiores ao prprio VD, ou no

    caso de tratar-se de uma escala grosseira, de m qualidade;

    R = VD/2 Quando o mensurando apresentar flutuaes significativas e/ou quando o

    erro de indicao direta no for crtico;

    R = VD/5 Quando tratar-se de SM de boa qualidade (traos e ponteiros finos, etc.) e a

    medio em questo tiver de ser feita criteriosamente;

    R = VD/10

    Quando o SM for de qualidade, o mensurando estvel, a medio for

    altamente crtica quanto a erros de indicao direta e a incerteza do SM foi

    inferior ao VD.

    A resoluo o

    incremento digital

  • 26

    Classe de exatido [accuracy class / classe dexactitude, f]

    Classe de instrumentos de medio que satisfazem a certas exigncias

    metrolgicas destinadas a conservar os erros dentro de limites especificados

    Observao: Uma classe de exatido usualmente indicada por um nmero ou

    smbolo adotado por conveno e denominado ndice de classe.

    Por exemplo, manmetro classe de exatido A3

    ndice de classe: 0,25% VFE (valor final de escala) (ABNT NBR 14105).

    Terminologia e conceitos fundamentais

  • 27

    Terminologia e conceitos fundamentais

    Erro fiducial (de um instrumento de medio) [fiducial error (of a

    measuring instrument) / erreur rduite conventionnelle (dun instrument de mesure), f]

    Erro de um instrumento de medio dividido por um valor especificado

    para o instrumento.

    Observao:

    O valor especificado geralmente denominado de valor fiducial, e

    pode ser, por exemplo, a amplitude da faixa nominal ou o limite superior

    da faixa nominal do instrumento de medio.

    Exemplo:

    Erro fiducial em relao ao valor final de escala (VFE):

    Aplicado normalmente a manmetros, voltmetros, etc.

    Exemplos:

    Emx = 1% do VFE

    Re (95%) = 0,1%

  • Histerese

    Desvio entre os valores do sinal de sada para o mesmo valor do sinal de

    entrada, quando medidos em sentido oposto do ciclo de medio. Usualmente

    determinada pela diferena entre o desvio mximo das curvas ascendente e

    descendente do ciclo de medio, expresso em porcentagem da amplitude da

    faixa expandida.

    Terminologia e conceitos fundamentais

    28

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    29

    Linearidade

    Diferena em valores de tendncia ao longo de uma faixa de operao de um

    instrumento. O maior (EL; EL) estabelece o erro de linearidade.

    A grande maioria dos sistemas de medio apresenta uma CRn (caracterstica de

    resposta nominal) linear. Entretanto, a CRr (caracterstica de resposta real) pode

    afastar-se deste comportamento ideal.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    30

    Deriva [drift, drive]

    Variao lenta de uma caracterstica metrolgica de um instrumento de

    medio.

    Na vida real, ocorre variao das condies ambientais no momento de

    uso do instrumento onde certas caractersticas estticas dos instrumentos

    podem se alterar lentamente. Essa alterao lenta comumente denominada

    de deriva (drift).

    A deriva pode ser de zero e deriva de sensibilidade.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    31

    Sensor [sensor / capteur, m]

    Elemento de um instrumento de medio ou de sensor uma cadeia de medio

    que diretamente afetado pelo mensurando.

    Exemplos:

    a) Junta de medio de um termmetro termoeltrico;

    b) Rotor de uma turbina para medir vazo;

    c) Tubo de Bourdon de um manmetro;

    Um sensor nem sempre tem as caractersticas eltricas necessrias para ser

    utilizado de imediato em um sistema de controle. Normalmente o sinal de sada

    deve ser trabalhado antes do seu emprego.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    32

    Transdutor de medio [measuring transducer / transducteur de mesure, m]

    Dispositivo que fornece uma grandeza de sada que tem uma correlao

    determinada com a grandeza de entrada.

    Exemplos:

    a) termopar;

    b) transformador de corrente;

    c) extensmetro eltrico de resistncia [strain gauge];

    d) eletrodo de pH.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    33

    Transmissor

    Dispositivo que prepara o sinal de sada de um transdutor para utilizao

    distncia, fazendo certas adequaes ao sinal. Estas adequaes so os

    chamados padres de transmisses de sinais.

    Um exemplo bastante conhecido o loop (4 a 20) mA, um padro de transmisso de sinais em corrente. O termo transmissor utilizado tambm para

    dispositivos que integram um sensor, transdutor e transmissor no mesmo

    dispositivo.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    34

    Repetitividade (de um instrumento de medio) [repeatability (of a measuring

    instrument) / fidlit (dun instrument de mesure), f]

    Aptido de um instrumento de medio fornecer indicaes muito prximas,

    em repetidas aplicaes do mesmo mensurando, sob as mesmas condies de

    medio.

    Observaes:

    1) Estas condies incluem:

    - reduo ao mnimo das variaes devido ao observador;

    - mesmo procedimento de medio;

    - mesmo observador;

    - mesmo equipamento de medio, utilizado nas mesmas condies;

    - mesmo local;

    - repeties em um curto perodo de tempo.

    2) Repetitividade pode ser expressa quantitativamente em termos das

    caractersticas da disperso das indicaes.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    35

    Zona Morta [dead band, zone morte]

    Intervalo mximo no qual um estmulo pode variar em ambos os sentidos,

    sem produzir variao na resposta de um instrumento de medio.

    Observaes:

    1) A zona morta pode depender da taxa de variao.

    2) A zona morta, algumas vezes, pode ser deliberadamente ampliada, de

    modo a prevenir variaes na resposta para pequenas variaes no

    estmulo.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    36

    Estabilidade [stability, constance]

    Aptido de um instrumento de medio em conservar constantes suas

    caractersticas metrolgicas ao longo do tempo.

    Observaes:

    1) Quando a estabilidade for estabelecida em relao a uma outra grandeza que

    no o tempo, isto deve ser explicitamente mencionado.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    37

    Variao da resposta de um instrumento de medio dividida pela

    correspondente variao do estmulo.

    Observao: A sensibilidade pode depender do valor do estmulo.

    Sensibilidade (ou ganho) a razo entre sada e entrada para um dado sensor

    ou transdutor:

    Sb = (sinal de sada / sinal de entrada)

    No caso de sensores analgicos, a sensibilidade est ligada relao entre uma

    variao na grandeza em questo e a variao na medida fornecida pelo

    instrumento, ou seja, um sensor muito sensvel aquele que fornece uma grande

    variao na sada para uma pequena variao da grandeza medida.

    Sensibilidade

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    38

    Sensibilidade

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    39

    Faixa de medio [measuring range / tendue de mesure, f]

    Conjunto de valores de um mensurando para o qual se admite que o erro de

    um instrumento de medio mantm-se dentro dos limites especificados.

    Observaes:

    1) Erro determinado em relao a um valor verdadeiro convencional.

    Amplitude da faixa nominal [span / intervalle de mesure, m]

    Diferena, em mdulo, entre os dois limites de uma faixa nominal.

    Exemplo:

    Para uma faixa nominal de -10 V a +10 V a amplitude da faixa nominal 20 V.

    Observao: Em algumas reas, a diferena entre o maior e o menor valor

    denominada faixa.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    40

    Faixa de indicao [range of indication / tendue des indications, f ]

    Conjunto de valores limitados pelas indicaes extremas.

    Observaes:

    1) Para um mostrador analgico, pode ser chamado de faixa de escala;

    2) A faixa de indicao expressa nas unidades marcadas no mostrador,

    independentemente da unidade do mensurando e normalmente estabelecida

    em termos dos seus limites inferior e superior, por exemplo: -20 C a 40 C.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    41

    Reprodutibilidade ( dos resultados de medio ) [reproducibility ( of results of

    measurements) / reproductibilit ( des rsultats de mesurage), f]

    Grau de concordncia entre os resultados das medies de um mesmo

    mensurando, efetuadas sob condies variadas de medio.

    Observaes:

    1) As condies alteradas podem incluir:

    - princpio de medio;

    - mtodo de medio;

    - observador;

    - instrumento de medio;

    - padro de referncia;

    - local;

    - condies de utilizao;

    - tempo.

    2) Reprodutibilidade pode ser expressa quantitativamente em funo das

    caractersticas da disperso dos resultados.

  • Terminologia e conceitos fundamentais

    42

    Faixa nominal [nominal range / calibre, m]

    Faixa de indicao que se pode obter em uma posio especfica dos controles de

    um instrumento de medio.

  • 43

    Fundamentos

    da Metrologia

  • 44

    Medio

    Medio um procedimento experimental em que o valor momentneo de uma

    grandeza fsica (grandeza a medir ou mensurando) determinado como um mltiplo

    ou frao de uma unidade, estabelecida por um padro reconhecido.

  • 45

    A medio realizada com o auxlio de um instrumento de medio ou sistema de medio

    (SM). Desta operao de medio resulta a indicao, caracterizada por um nmero,

    acompanhado da unidade da leitura.

    RM Resultado da medio

    RB Resultado base

    Na vida real, o processo de medio afeado por inmeras fontes de incertezas

    que provm de erros do instrumento de medio, operador, mensurando,

    condies ambientais e do prprio mtodo de medio.

    Desse modo, o resultado da medio deve ser expresso da seguinte maneira:

    RC Resultado corrigido IM Incerteza de medio

    Medio

  • 46

    Mtodos de Medio

    Mtodo da indicao ou deflexo

    A indicao direta obtida no dispositivo mostrador, seja este um mostrador de

    ponteiro, indicador digital ou registrador grfico, medida que o mensurando

    aplicado sobre o sistema de medio (SM).

    Exemplos: termmetros de bulbo ou digital, manmetros e balanas com

    indicao analgica ou digital, balana de mola, etc.

  • 47

    Mtodos de Medio

    Uma variante deste mtodo a medio por substituio. Neste caso, substitui-

    se o mensurando por um elemento que tenha seu valor conhecido e que cause

    no SM o mesmo efeito que o mensurando. Quando estes efeitos se igualam,

    assume-se que os valores destas grandezas tambm so iguais.

    O mtodo da zeragem ou compensao

    Esse mtodo consiste na gerao de uma grandeza padro com valor

    conhecido, equivalente e oposto ao mensurando, de forma que as duas,

    atuando sobre um dispositivo comparador, indiquem diferena zero.

  • 48

    Mtodos de Medio

    P adro de Com prim ento:B loco P adro = 50 m m

    1040

    30 20

    dA

    0

    O mtodo diferencial

    a combinao dos dois mtodos anteriores. O mensurando comparado a uma

    grandeza padro e sua diferena medida por um instrumento que opera segundo

    o mtodo da indicao.

    Normalmente o valor da grandeza padro muito prximo do mensurando de

    forma que a faixa de medio do instrumento que opera por indicao pode ser

    muito pequena. Como conseqncia, seu erro mximo pode vir a ser muito

    reduzido sem que seu custo se eleve.

    Exemplo: calibrao de blocos padro, medio com relgio comprador, etc.

  • 49

    Sistema Generalizado de Medio

    Mensurando

    Em contato com o mensurando

    Transformao de efeitos fsicos

    Sinal fraco

    Amplifica potncia do sinal do transdutor

    Pode processar o sinal

    Torna o sinal perceptvel ao usurio

    Pode indicar ou registrar o sinal

    SISTEMA DE MEDIO

    Em termos genricos, um SM pode ser dividido em trs mdulos funcionais: o

    sensor/transdutor, a unidade de tratamento do sinal e o dispositivo mostrador.

  • 50

    Sistema Generalizado de Medio

    Em termos genricos, um SM pode ser dividido em trs mdulos funcionais: o

    sensor/transdutor, a unidade de tratamento do sinal e o dispositivo mostrador.

    unidade de tratamento do sinal

    Sensor/transdutor

    dispositivo mostrador.

  • 51

    Erros na Medio

    O erro de medio caracterizado como a diferena entre o valor da indicao do

    instrumento de medio e o valor verdadeiro convencional, isto :

    E = I - VVC

    Onde

    E = erro de medio

    I = indicao

    VVC = valor verdadeiro

    convencional

  • 52

    Tipos de Erros

    E = Es + Ea + Eg E = erro de medio

    Es = erro sistemtico

    Ea = erro aleatrio

    Eg = erro grosseiro

    O erro sistemtico

    a parcela de erro sempre presente nas medies realizadas em idnticas

    condies de operao. O erro sistemtico, embora se repita se a medio for

    realizada em idnticas condies, geralmente no constante ao longo de toda

    a faixa em que o SM pode medir.

  • 53

    Tipos de Erros

    O erro grosseiro

    O erro grosseiro , geralmente, decorrente de mau uso ou mau funcionamento do

    SM. Pode, por exemplo, ocorrer em funo de leitura errnea, operao indevida

    ou dano do SM. Seu valor totalmente imprevisvel, porm geralmente sua

    existncia facilmente detectvel.

    O erro aleatrio

    a parcela de erro imprevisvel na medio.

    Fatores podem contribuir para o erro aleatrio: folgas, atrito, vibraes, flutuaes

    de tenso eltrica, instabilidades internas, das condies ambientais ou outras

    grandezas de influncia.

  • 54

    Estimativas dos Erros

    O erro sistemtico

    Es = erro sistemtico

    MI = mdia de infinitas indicaes do SM

    VVC = valor verdadeiro convencional

    Na prtica no se dispe de infinitas medies e portanto a estimativa do

    Erros Sistemtico a Tendncia:

    Es = MI - VVC

    Td = MI - VVC

  • 55

    Tipos de Erros

    O erro aleatrio

    Eai = erro aleatrio da i-sima indicao

    Ii = valor da i-sima indicao individual

    MI = mdia de infinitas indicaes

    O valor instantneo do erro aleatrio tem pouco ou nenhum

    sentido prtico, uma vez que sempre varivel e imprevisvel.

    Eai = Ii - MI

  • 56

    Tipos de Erros

    O erro aleatrio

    Re = t . s

    comum exprimir de forma quantitativa o erro aleatrio atravs da

    repetitividade (Re). A repetitividade de um instrumento de medio expressa

    uma faixa simtrica de valores dentro da qual, com uma probabilidade

    estatisticamente definida, se situa o erro aleatrio da indicao.

    Re = faixa de disperso dentro da qual se situa o erro aleatrio (normalmente

    para probabilidade de 95%)

    t = o coeficiente t de Student

    s = desvio padro experimental da amostra de n medidas

  • 57

    Erros na Medio

    Vamos acompanhar um exemplo?

    Na figura seguinte consta um exemplo onde so estimados os erros de uma

    balana eletrnica digital. Para tal, uma massa padro de 1,00000 0,00001 kg

    medida vrias vezes por esta balana. Sabe-se de antemo que o valor do

    erro da massa padro desprezvel em relao aos erros tipicamente esperados

    para esta balana.

    Neste caso, o valor desta massa pode ser assumido como o valor verdadeiro

    convencional (VVC) do mensurando.

  • Erros na Medio

    58

    Exemplo - Fase 1

  • 59

    Erros na Medio

    A primeira indicao obtida 1014 g, que difere do valor verdadeiro

    convencional que de 1000 g. Temos portanto um erro de medio de E = 1014 -

    1000 = + 14 g.

    Entretanto, ao medir-se uma nica vez no possvel identificar as

    componentes dos erros sistemticos e aleatrios. Os valores das indicaes

    obtidas nas onze medies adicionais apresentaram variaes.

    A distribuio dos valores das indicaes obtidas agrupa-se em torno do valor

    central mdio de 1015 g e tem uma forma que se assemelha a uma distribuio

    normal.

    Por observao direta nota-se que os valores das doze indicaes esto

    enquadradas na faixa de 1015 3 g.

    Exemplo Fase 2

  • 60

    Erros na Medio

    Exemplo Fase 3

    A tendncia e o desvio padro experimental foram estimados pelos dados da

    tabela b. O valor mdio das indicaes foi determinado (MI = 1015 g) e com este a tendncia foi estimada, sendo obtida:

    Td = 1015 - 1000 g ou seja, Td = 15 g

    O erro aleatrio obtido subtraindo-se o valor da tendncia do erro total (E),

    para cada ponto. Nota-se que, neste caso, este erro distribui-se aleatoriamente

    em torno do zero dentro do limite 3 g.

    O desvio padro amostral leva ao seguinte valor:

    s = 1,65 g

    1)(

    1

    2

    n

    II

    s

    n

    i

    i

  • 61

    Erros na Medio

    Exemplo Fase 4

    O coeficiente t de Student para 12 medidas, portanto 11 graus de liberdade

    (n-1), e confiabilidade 95% de 2,201.

    Logo, a repetitividade (Re), dentro da qual situa-se o erro aleatrio, resulta

    em:

    Re = (2,201 * 1,65) g que resulta em Re = 3,63 g

    Isto quer dizer que existe 95% de probabilidade do erro aleatrio se

    enquadrar dentro de uma faixa simtrica de 3,6 g centrada em torno do valor

    mdio 1015 g.

  • 62

    Erros na Medio

    Exemplo Uso do Excel

    Dicas no Excel

    Sintaxe

    =INVT(probabilidade;graus_liberdade) Probabilidade a probabilidade associada distribuio t de Student

    bicaudal (1-probabilidade)

    Graus_liberdade o nmero de graus de liberdade que caracteriza a

    distribuio (n-1)

    Aplicando no exemplo: =INVT(0,05;11)

    Resulta em 2,201

  • 63

    Erros na Medio

    Exemplo Fase 5

    A forma correta da determinao do resultado da medio (RM) ser exposta

    em mais detalhes aps o item que trata da incerteza de medio.

    Porm, pode-se adiantar que, desconsiderando as demais parcelas de

    incerteza, o RM poderia ser expresso por:

    onde:

    MI = valor mdio das indicaes

    Td = tendncia

    Re = repetitividade

    n = nmero de medidas efetuadas (12)

    RM = (1000 1) g

  • 64

    Os erros so provocados pela ao isolada ou combinada de vrios fatores que

    influenciam sobre o processo de medio, envolvendo o equipamento de medio, o

    procedimento de medio, a ao de grandezas de influncia, o mensurando, o

    ambiente e o operador.

    Fontes de Erros

  • 65

    Calibrao

    SISTEMA

    DE MEDIO A CALIBRAR - SMC

    GERADOR DA GRANDEZA

    SISTEMA DE MEDIO

    PADRO - SMP

    ISMC ISMP

    I Indicao Comparao

    Fonte: Albertazzi - UFSC

    2.39 (6.11) Operao que estabelece, numa primeira etapa e sob condies especificadas,

    uma relao entre os valores e as incertezas de medio fornecidas por padres e

    as indicaes correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda

    etapa, utiliza esta informao para estabelecer uma relao visando obteno de

    um resultado de medio a partir de uma indicao.

  • 66

    Objetivos de uma Calibrao

    Curva de erros visando determinar se, nas condies em que foi calibrado, o sistema de medio est em conformidade com uma norma, especificao legal

    ou tolerncia definida para o produto a ser medido.

    Levantamento detalhado da curva de erros e tabelas com valores da correo e sua incerteza, com o objetivo de corrigir os efeitos sistemticos e reduzir a

    incerteza do resultado da medio.

    Anlise do comportamento metrolgico e operacional dos sistemas de medio nas fases de desenvolvimento e aperfeioamento, incluindo a anlise das

    grandezas externas que influem no seu comportamento;

    Anlise do comportamento metrolgico e operacional dos sistemas de medio em condies especiais de operao (por exemplo: elevadas temperaturas, na

    ausncia de gravidade, em elevadas presses, etc.);

    Evidenciar o cumprimento dos requisitos constantes nas normas de garantia da qualidade.

  • 67

    Mtodos de Calibrao

    Calibrao Direta

    O mensurado aplicado sobre o sistema de medio por meio de medidas

    materializadas, cada qual com seu valor verdadeiro convencional suficientemente

    conhecido. So exemplos de medidas materializadas: blocos padro

    (comprimento), massas padro, pontos de fuso de substncias puras, entre

    outras.

  • 68

    Mtodos de Calibrao

    Calibrao Indireta

    O mensurado gerado por meio de um dispositivo auxiliar, que atua simultaneamente

    no sistema de medio a calibrar (SMC) e tambm no sistema de medio padro

    (SMP). O valor da grandeza no precisa ser bem conhecido, mas deve ser estvel.

  • 69

    2.41 (6.10)

    Rastreabilidade metrolgica (metrological traceability)

    Propriedade de um resultado de medio pela qual tal resultado pode

    ser relacionado a uma referncia atravs de uma cadeia ininterrupta e

    documentada de calibraes, cada uma contribuindo para a incerteza

    de medio.

  • 70

    Rastreabilidade com a Calibrao

    A rastreabilidade metrolgica na prtica conseguida na operao de calibrao por

    meio de uma cadeia contnua de comparaes, todas tendo incertezas estabelecidas.

    De uma maneira geral, essa relao de incertezas entre o padro e o que foi

    calibrado idealmente:

    Onde:

    Up a incerteza expandida associada ao padro de referncia

    Uc a incerteza expandida associada ao sistema de medio a calibrar

    10=

    UcUp

    Lembre-se de que a incerteza do seu padro ser sempre

    transferida para a incerteza do instrumento calibrado

  • 71

    Intervalo de Calibrao

    Alguns fatores podem influenciar na definio do intervalo de calibrao. So eles:

    O tipo de instrumento;

    As recomendaes do fabricante e severidade de uso;

    Os dados de tendncia obtidos de registros de calibraes anteriores;

    Os registros histricos de utilizao e manuteno;

    A freqncia de verificaes contra outros equipamentos padro;

    As condies ambientais como temperatura, umidade e vibrao;

    A exatido requerida do equipamento.

    O custo da calibrao.

    O risco do instrumento sair do intervalo de erro mximo, quando em uso.

  • 72

    Intervalo inicial calibrao

  • 73

    Intervalo inicial calibrao

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Desdobramentos do ISO GUM

    74

    ISO GUM (1993)

    Calibrao (EA- 4/02 Inmetro) - 1999

    Qumica analtica (EURACHEM) - 1995

    Ensaios mecnicos (UNCERT/NIST) - 2000

    Ambiente fabril (ISO14 253) - 1998

    Quando no est em nosso poder seguir o que verdadeiro, deveramos seguir o que mais

    provvel.

    Ren Descartes Matemtico e filsofo francs 1596-1650.

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Aplicao do ISO GUM

    75

    Na atividade laboratorial, a avaliao da incerteza de medio usual e

    constitui requisito bsico demonstrao formal da competncia tcnica de

    qualquer laboratrio de ensaio ou de calibrao.

    Constitui-se tambm na base para o estabelecimento do reconhecimento

    mtuo de atividades de acreditao de laboratrios entre os pases.

    No meio industrial ainda muito modesta a aplicao do ISO GUM.

    Diversos so os fatores que contribuem para esse quadro, dentre eles

    podemos destacar: a falta de cultura metrolgica, a forma lacnica como as

    normas de garantia da qualidade abordam essa questo e carncia de guias

    simplificados para auxiliar os setores de metrologia nas empresas[1].

    [1]Opinio do autor.

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    76

    Fonte: Livro Fundamentos da Metrologia Cientfica e Industrial - Captulo 6 - (slide 76/45)

    Nmero de medies repetidas:

    Compensa erros sistemticos:

    Caso

    1

    n=1

    sim

    Caso

    2

    n>1

    sim

    Caso

    3

    n 1

    no

    Trs casos (mensurando invarivel quando a incerteza e correo combinadas

    so conhecidas)

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    77

    0 g 1014 g

    1

    (1000,00 0,01) g

    Re = 3,72 g

    Caso 1 - Exemplo

    C = -15,0 g

    RM = I + C Re

    RM = 1014 + (-15,0) 3,72

    RM = 999,0 3,72

    RM = (999,0 3,7) g

    Fonte: Livro Fundamentos da Metrologia Cientfica e

    Industrial - Captulo 6 - (slide 77/45)

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Caso 2

    Mensurando invarivel

    n > 1

    Corrigindo erros sistemticos

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Re = 3,72 g

    Caso 2 - Exemplo

    C = -15,0 g

    RM = 1015 -15,0 3,72 /12

    RM = 1000,0 1,07

    RM = (1000,0 1,1) g 0 g 1014 g

    1

    (1000,00 0,01) g

    1

    (1000,00 0,01) g

    1

    (1000,00 0,01) g

    1014 g

    1012 g

    1015 g

    1018 g

    1014 g

    1015 g

    1016 g

    1013 g

    1016 g

    1015 g

    1015 g

    1015 g

    1017 g

    1017 g

    I = 1015 g

    RM = I + C Re/n

    Fonte: Livro Fundamentos da Metrologia Cientfica e

    Industrial - Captulo 6 - (slide 79/45)

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Caso 3

    Mensurando invarivel

    n 1

    No corrigindo erros

    sistemticos

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    0 g 1014 g

    1

    (1000,00 0,01) g

    Caso 3 - Exemplo

    Emx = 18 g

    RM = I Emx

    RM = 1014 18

    RM = (1014 18) g

    Fonte: Livro Fundamentos da Metrologia Cientfica e

    Industrial - Captulo 6 - (slide 81/45)

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Representao grfica dos trs resultados

    1000 1020 1040 960 980

    mensurando [g]

    RM = (999,0 3,7) g

    RM = (1000,0 1,1) g

    RM = (1014 18) g

    Fonte: Livro Fundamentos da Metrologia Cientfica e

    Industrial - Captulo 6 - (slide 82/45)

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Fontes de incertezas

    83

    Basicamente, dois parmetros numricos devem ser estimados para cada fonte de

    incertezas: a incerteza padro (u), e a correo (C).

    A incerteza padro uma medida relacionada aos erros aleatrios trazidos pelas

    fontes de incerteza.

    A correo o parmetro que deve ser adicionado indicao para corrigir os

    efeitos sistemticos das fontes de incerteza.

    Devemos portanto conviver com os erros aleatrios

    (que no podemos corrigir) e as influncias dos erros

    sistemticos no corrigidos completamente.

  • 84

    Fontes de incerteza da rea dimensional

    Incerteza do SM ou Padro de Referncia (Certificado de Calibrao);

    Estabilidade do SM/Padro em funo do tempo, (grau de

    utilizao/agressividade do meio);

    Resoluo;

    Influncia das condies ambientais sobre o SM;

    Efeitos de Temperatura sobre o mensurando;

    Deformao elstica;

    Erros de cosseno;

    Erros geomtricos.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Fontes de incertezas

  • 85

    Fontes de incerteza da rea massa

    Incerteza dos padres de massa (Certificado de Calibrao);

    Estabilidade dos valores de massa em funo do tempo;

    Processo de medio/comparador/balana:

    Repetitividade das medies;

    Resoluo; Linearidade;

    Excentricidade e efeitos de temperatura;

    Erros nos comprimentos dos braos.

    Empuxo do ar e Condies Ambientais:

    Gradientes de temperatura e Umidade relativa do ar;

    Mudanas de temperatura na sala;

    Eletricidade elstica e Contaminao de partculas.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Fontes de incertezas

  • 86

    Fontes de incerteza da rea temperatura

    Incerteza do padro (Certificado de Calibrao);

    Estabilidade em funo do tempo;

    Equipamentos (Padres de Tenso ou Resistncia) e instrumentos de

    medio envolvidos;

    Auto-aquecimento (Termoresistores);

    Fios de compensao e juntas de referncia;

    Estabilidade trmica do mensurando;

    Imerso parcial/efeitos de colunas emergentes;

    Interpretao matemtica (tabelas de referncia e ajustes de curvas).

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Fontes de incertezas

  • 87

    Fontes de incerteza para rea eltrica

    Incerteza do SM e/ou Padro (Certificado de Calibrao);

    Estabilidade do SM em funo do tempo;

    Estabilidade do SM em funo das condies de uso;

    Resoluo;

    Interpolao de dados de calibrao;

    Interligao dos vrios mdulos do SM;

    Tenses termoeltricas;

    Efeitos de impedncia;

    Repetitividade devido conexo de condutores eltricos.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Fontes de incertezas

  • 88

    Fontes de incerteza comuns a todas as reas

    Incerteza do SM ou Padro de Referncia;

    Condies Ambientais;

    Repetitividade (Tipo A);

    Erros Matemticos:

    Aproximao;

    Ajuste de curvas e interpolaes em tabelas;

    Erros de arredondamento/truncamento;

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Fontes de incertezas

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

    89

    Determinar o modelo matemtico que relaciona a grandeza de entrada com a sada;

    y = f ( x1, x2 , ... , xn )

    Identificar as fontes de incerteza

    Todas as fontes de incerteza que tm maior ou menor influncia sobre o processo de

    medio devem ser relacionadas. Uma boa dica construir um grfico tipo espinha de peixe atribuindo um nome e smbolo para cada fonte.

    Caracterizar as incertezas padronizadas de cada fonte com base em conhecimentos

    experimentais prticos ou tericos;

    A contribuio aleatria de cada fonte de incerteza dever ser individualmente quantificada

    atravs da sua incerteza padronizada. Dois caminhos so usualmente seguidos:

    procedimentos estatsticos (tipo A) e procedimentos no estatsticos (tipo B).

  • 90

    Procedimento Tipo A:

    O procedimento tipo A para estimar a incerteza padronizada baseia-se em parmetros estatsticos, estimados a partir de valores de observaes

    repetitivas do mensurando.

    Seja q uma varivel aleatria. Sejam qk (para k = 1, 2, ..., n) n valores

    independentemente obtidos para a varivel q.

    Sua mdia pode ser estimada por:

    qn

    qkk

    n

    1

    1

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • 91

    s q

    q q

    n

    k

    k

    n

    ( )

    2

    1

    1

    s q

    s q

    m

    u q s q

    O desvio padro experimental da varivel q, representado por s, estimado por:

    Quando utilizado o valor mdio das indicaes, obtido a partir da mdia de um conjunto

    de m indicaes de q, o desvio padro experimental da mdia de q estimado por:

    Neste caso, a incerteza padronizada associada varivel q, representada por u(q),

    estimada pelo desvio padro da mdia das m observaes efetuadas. Assim:

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • 92

    Quando no so envolvidas mdias de indicaes, mas apenas um nico valor da

    indicao, a incerteza padronizada coincide com o desvio padro experimental s(q), que j

    deve ter sido determinado a priori.

    O nmero de graus de liberdade envolvidos na determinao u(q) dado pelo nmero de

    medies independentes efetuadas menos um. Ou seja:

    n 1

    o nmero de graus de liberdade com que a incerteza determinada

    n o nmero de medies usadas para estimar a incerteza padro

    O tipo de distribuio de probabilidade assumida para a fonte de incerteza tipo A a normal.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • 93

    Procedimento Tipo B:

    Nem sempre prtico ou economicamente vivel quantificar a influncia de certas fontes

    de incertezas em uma medio a partir da anlise de observaes repetitivas, ou seja,

    usando mtodos estatsticos.

    Nesses casos, utiliza-se procedimentos no estatsticos ou procedimentos tipo B.

    Em geral outras informaes conhecidas a priori so consideradas: medies anteriores,

    certificados de calibrao, especificaes do instrumento, de manuais tcnicos e outros

    certificados e mesmo estimativas baseadas em conhecimentos e experincias anteriores do

    experimentalista.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • 94

    Distribuies usuais para modelar fontes de incerteza.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • 95

    Alm de estimar a influncia individual de cada fonte de incerteza sobre o desempenho do

    processo de medio analisado, necessrio chegar a um nico nmero que estime a

    incerteza combinada destas vrias fontes de erro.

    Para incertezas no correlacionadas, a incerteza combinada (uc) pode ser estimada a

    partir das incertezas padronizadas de cada fonte de erro por:

    u u u uc n 12

    2

    2 2...

    Calcular a Incerteza Combinada (uc)

    uc normalmente calculada para um nvel da confiana de aproximadamente 68%.

    As incertezas padronizadas de cada fonte so expressas na mesma unidade do mensurando.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • 96

    Calcular a Incerteza Expandida (U).

    1 -Graus de liberdade efetivos

    Cada uma das incertezas padronizadas, separadamente estimadas para cada fonte de

    incertezas, tem um certo nmero de graus de liberdade associado. Para a incerteza

    combinada calculamos o nmero de graus de liberdade equivalente da combinao (ef).

    O nmero de graus de liberdade efetivo (ef) calculado pela equao de Welch-

    Satterthwaite:

    n

    n

    ef

    c

    u

    u

    u

    u 4

    2

    4

    2

    1

    4

    1

    4

    +...++=

    Onde:

    uc a incerteza combinada;

    ui (i = 1, 2, ... n) a incerteza padronizada associada i-sima fonte de incerteza;

    i (i =1, 2,... n) o n de graus de liberdade associado i-sima fonte de incerteza;

    n o nmero total de fontes de incertezas analisadas.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • 97

    U = k . uc

    Onde:

    Uc a incerteza combinada;

    k o fator de abrangncia ou t de student para o nmero de graus de liberdade efetivo (ef).

    U a incerteza expandida (aproximadamente 95%) para o processo de medio.

    Na engenharia comum trabalhar com nveis da confiana de 95%. Para atingir

    aproximadamente 95%, (uc) deve ser multiplicado por um coeficiente numrico denominado de

    fator de abrangncia (k) (coeficiente de student (t)), calculando-se a denominada incerteza

    expandida (U).

    Assim, a incerteza expandida calculada pela seguinte equao:

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • 98

    Identificao

    das fontes de incertezas

    Identificao

    das fontes de incertezas

    Quantificao

    das fontes de incertezas

    Quantificao

    das fontes de incertezas

    Tipo A

    ou

    Tipo B ?

    Tipo A

    ou

    Tipo B ?

    Clculo da incerteza

    padro combinada

    Clculo da incerteza

    padro combinada

    Clculo da

    incerteza expandida

    Clculo da

    incerteza expandida

    Avaliao

    Tipo B

    Avaliao

    Tipo BAvaliao

    Tipo A

    Avaliao

    Tipo A

    EspecificaoEspecificao

    A incerteza

    calculada

    satisfaz a

    incerteza requerida

    para o SM?

    A incerteza

    calculada

    satisfaz a

    incerteza requerida

    para o SM?

    Sim

    No

    FimFim

    Reavaliar as fontes

    significativas de

    incertezas

    Reavaliar as fontes

    significativas de

    incertezas11

    11

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Metodologia de Clculo

  • Avaliao da Incerteza de Medio

    Exerccio resolvido

    99

    Peso-padro

    Valor nominal de 20,000 g

    Correo no ponto: -0,005 g

    Incerteza da correo: 0,002 g (95%)

    Balana digital

    Resoluo: 0,02 g

    Temperatura ambiente: (20,0 1,0)C

    N Indicaes (g)

    1 20,16

    2 20,10

    3 20,14

    4 20,12

    5 20,18

    Mdia

    20,140

    Sx 0,0316

  • 100

    Passo 1 Compreendendo o processo de medio ou calibrao

    Analisar a validade do certificado do peso-padro.

    O procedimento de medio direto.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Exerccio resolvido

  • 101

    Condies gerais:

    A calibrao est sendo realizada em ambiente de laboratrio com condies estveis.

    A balana est nivelada e no h fluxos de ar indesejveis sobre o prato da balana.

    A temperatura ambiente est sendo mantida dentro de (20,0 1,0)C

    O operador treinado e tem pouca influncia sobre a medio.

    A indicao da balana digital e, portanto, no h erro de paralaxe.

    O sistema de medio a balana digital que neste caso o objeto da calibrao.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Exerccio resolvido

  • 102

    Passo 2 Identificao das fontes de incerteza

    As principais fontes de incerteza so:

    1 A repetitividade (Re) da balana, ou seja, o fato das indicaes de medies repetidas no mostrarem sempre o mesmo valor. Essa fonte possui, essencialmente, uma

    contribuio aleatria.

    2 As limitaes do peso-padro (PP). Aps corrigir o seu valor, a incerteza da correo deixar um resduo que trar incertezas ao processo de calibrao. Sua contribuio tem

    natureza aleatria.

    3 A resoluo (R) limitada da balana outra fonte de incerteza. As indicaes poderiam conter milsimos de grama, mas so arredondadas para o centsimo mais prximo. Sua

    contribuio tem natureza aleatria.

    Outras fontes como reprodutibilidade de operadores, drift com a temperatura etc. podem

    ser considerados desde que estimados suas variaes e efeitos sistemticos.

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Exerccio resolvido

  • 103

    Passo 3 Quantificao dos efeitos sistemticos

    A repetitividade e a resoluo so fontes de incerteza apenas com componentes aleatrias.

    O peso-padro (PP) possui uma componente sistemtica. A correo (C) de - 0,005 g a ser

    aplicada ao peso-padro.

    Passo 4 Quantificao dos efeitos aleatrios

    Repetitividade

    A incerteza padronizada da repetitividade da balana pde ser estimada a partir das cinco

    indicaes. O desvio padro (s(x)) calculado para a amostra das cinco indicaes de

    0,0316 g. O nmero de graus de liberdade igual ao nmero de medies menos um, logo

    = 4.

    Como a mdia das cinco medies est sendo considerada, a incerteza padronizada a ser

    adotada a incerteza da mdia de cinco medies, calculada como segue:

    ( )

    0141,0=5

    0316,0=

    5=

    xsurep

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Exerccio resolvido

  • 104

    Passo 4 Quantificao dos efeitos aleatrios Incerteza do peso-padro

    A incerteza declarada no certificado de 0,002 g (95%). Como no h informao sobre

    os graus de liberdade para o valor da incerteza declarada, no sabemos qual o valor de t

    de student para dividir essa incerteza. A favor da segurana assume-se um valor de t =

    2,00, o que produz o maior valor possvel para a incerteza padro. Neste caso, o nmero

    de graus de liberdade infinito. Temos:

    ( PP = )

    Resoluo da balana

    A incerteza padronizada proveniente da resoluo limitada da balana pode ser

    determinada assumindo uma distribuio retangular (ou uniforme) com a = R/2. Como a

    distribuio retangular est sendo assumida, o nmero de graus de liberdade infinito.

    Assim:

    ( PP = )

    001,0=2

    002,0==

    t

    UppuPP

    00577,0=3

    01,0=

    3

    2/=

    3=

    Raures

    g

    g

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Exerccio resolvido

  • 105

    Passo 5 Clculo da correo combinada

    A correo combinada calculada pela soma algbrica das correes individuais coincide, neste

    caso, com a nica fonte de incerteza com contribuio sistemtica. Logo:

    Cc = Cpp = -0,005 g

    Passo 6 Clculo da incerteza combinada e do nmero de graus de liberdade

    222

    1 ++= respprepc uuuu2

    )00577,0(+2

    )0010,0(+2

    )0141,0(=cu0153,0=cu

    O nmero de graus de liberdade efetivo calculado:

    )00577,0(+

    )0010,0(+

    4

    )0141,0(=

    )0153,0( 4444

    ef

    ef = 5,49.

    O valor inteiro imediatamente inferior 5. Esse o valor que vamos utilizar na tabela t de

    student.

    g

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Exerccio resolvido

  • 106

    Passo 7 Clculo da incerteza expandida

    U95% = 2,571 . 0,0153 = 0,0393 4 g

    Passo 8 Expresso do resultado completo da medio

    Com esses parmetros, possvel calcular o valor do resultado corrigido, a correo da

    balana (Cbalana) e sua respectiva incerteza para o ponto calibrado.

    Cbalana = (20,000+(-0,005) -20,140) = - 0,15 g

    Incerteza da correo: 0,04 g

    O peso-padro considerando o valor mdio indicado pela balana e realizando a devida

    correo no ponto est no seguinte intervalo:

    RM = (19,99 0,04) g

    Avaliao da Incerteza de Medio

    Exerccio resolvido

  • 107

    O papel do controle de qualidade medir o produto, comparar o resultado com a

    respectiva tolerncia e classificar o produto como aprovado, quando obedece a

    tolerncia, ou rejeitado, caso contrrio.

    J sabemos que toda medio imperfeita, produzindo resultados com incertezas.

    Ento como tomar decises

    seguras sobre a aceitao ou

    no de produtos na presena

    da incerteza da medio?

    ?

    Avaliao da Conformidade com a Especificao

  • 108

    A Norma ISO 14253 - 1

    Avaliao da Conformidade com a Especificao

  • 109

    Do ponto de vista metrolgico, quanto menor a incerteza do sistema de medio

    usado para verificar uma dada tolerncia, melhor.

    Na prtica, o preo deste sistema de medio pode se tornar proibitivo. Procura-

    se ento atingir um ponto de equilbrio tcnico-econmico.

    A experincia prtica mostra que um ponto de equilbrio razovel atingido

    quando a incerteza de medio da ordem de um dcimo do intervalo de

    tolerncia, ou seja:

    10

    =IT

    IM

    Avaliao da Conformidade com a Especificao

  • Bibliografia pesquisada

    110

    ABNT NBR ISO 10012-1, Sistemas de gesto de medio Requisitos para os processos de medio e equipamento de medio. 2004.

    ABNT, NBR ISO/IEC 17025 - Requisitos gerais para a competncia de laboratrios de ensaio e calibrao.

    2005.

    INMETRO - Vocabulrio Internacional de Termos Fundamentais e Gerais em Metrologia. 2007

    LAPPONI, J. C. Estatstica usando Excel Quarta Edio, Editora Campus, 2005.

    ABNT/INMETRO - Guia para a Expresso da Incerteza de Medio. Terceira Edio Brasileira (Guide to

    the Expression of Uncertainty in Measurement). Edio Revisada. Rio de Janeiro, Agosto, 2003.

    ISO 14253- 1, Geometrical Product Specifications (GPS) Inspection by measurement of workpieces and measuring equipment Part 1: Decision rules for proving conformance or non-conformance with specifications, 1998.

    DONATELLI, G. D. Material para Curso de Graduao UFSC.

    SOARES, JR. L - Confiabilidade Metrolgica Apostila Curso Tcnico em Instrumentao Controle de Processo - SENAI CE, Agosto de 2007.

    Gonalves, A, A, Metrologia - Parte 1, UFSC, Florianpolis, 2004 Apostila utilizada nos cursos de graduao e ps-graduao.