metodos de calculo 6ed

Upload: valeria-braga

Post on 10-Jan-2016

33 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Calculos

TRANSCRIPT

  • Presidenta da Repblica Dilma Rousseff

    Ministra do Planejamento, Oramento e Gesto Miriam Belchior

    INSTITUTO BRASILEIRO

    DE GEOGRAFIA E

    ESTATSTICA - IBGE

    Presidenta Wasmlia Bivar

    Diretor-Executivo Nuno Duarte da Costa Bittencourt

    RGOS ESPECFICOS SINGULARES

    Diretoria de Pesquisas Marcia Maria Melo Quintslr

    Diretoria de Geocincias Wadih Joo Scandar Neto

    Diretoria de Informtica Paulo Csar Moraes Simes

    Centro de Documentao e Disseminao de Informaes David Wu Tai

    Escola Nacional de Cincias Estatsticas Denise Britz do Nascimento Silva

    UNIDADE RESPONSVEL

    Diretoria de Pesquisas

    Coordenao de ndices de Preos Eulina Nunes dos Santos

  • Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE

    Diretoria de PesquisasCoordenao de ndices de Preos

    Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    Rio de Janeiro 2012

    Srie Relatrios Metodolgicos volume 14

    Mtodos de clculo6a edio

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGEAv. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

    ISBN 978-85-240-4262-1 (CD-ROM)

    ISBN 978-85-240-4261-4 (meio impresso)

    IBGE. 2012

    Elaborao do arquivo PDFRoberto Cavararo

    Produo de multimdia

    LGonzagaMrcia do Rosrio BraunsMarisa SigoloMnica Pimentel Cinelli RibeiroRoberto Cavararo

    CapaEduardo Sidney e Helga Szpiz - Coordenao de Marketing/Centro de Documentao e Disseminao de Informaes - CDDI

  • Sumrio

    Apresentao

    Introduo

    Aspectos metodolgicos bsicos

    Linhas gerais para a definio das populaes-objetivo no Snipc

    Motivao e objetivo para a criao dos ndices

    A populao-objetivo do INPC

    A populao-objetivo do IPCA

    Estruturas de ponderao

    Organizao das informaes

    Clculo dos pesos

    Definio das estruturas

    Base cadastral

    Cadastro de informantes

    Cadastro de produtos

    Coleta de preos

    Mtodos de clculo

    ndices regionais

    Clculo no nvel de produto

    Clculo no nvel de subitem

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    Clculo no nvel de item

    Clculo dos ndices regionais

    Clculo dos ndices nacionais

    Produo e divulgao dos ndices

    Anlise de preos

    Acompanhamento conjuntural

    Anlise e crtica

    Divulgao dos ndices

    Relatrios numricos

    Relatrio de comentrios gerais

    Referncias

    Apndice

    Revises metodolgicas, utilizao e vigncia dos ndices do Snipc

    Convenes- Dado numrico igual a zero no resultante

    de arredondamento;

    .. No se aplica dado numrico;

    ... Dado numrico no disponvel;

    x Dado numrico omitido a fim de evitar a individualizao da informao;

    0; 0,0; 0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numrico originalmente positivo; e

    -0; -0,0; -0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numrico originalmente negativo.

  • Aps a publicao da quinta edio deste Relatrio Metodolgico, em 2007, muitos foram os comentrios e sugestes realizados pelos diversos usurios dos ndices elaborados pelo IBGE, processo, alis, natural em trabalhos dessa natureza.

    Avaliando tais sugestes e beneficiando-se substancialmente da mais recente atualizao das estruturas de ponderao do Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor - Snipc, realizada a partir das informaes sobre as despesas das famlias, que foram obtidas atravs da Pesquisa de Oramentos Familiares - POF 2008-2009, o presente documento apresenta as relevantes modificaes em relao edio anterior, uma vez que j se encontram incorporados todos os aprimoramentos que se fizeram possveis.

    O IBGE, atravs da Coordenao de ndices de Preos, respon-svel pela elaborao dos indicadores de preos, torna disponvel ao pblico em geral a mais recente metodologia de clculo dos ndices produzidos pelo Snipc, estando estas informaes disponveis para acesso dos usurios no portal do IBGE na Internet.

    Marcia Maria Melo QuintslrDiretora de Pesquisas

    Apresentao

  • Introduo

    Entende-se por ndice de Preos ao Consumidor - IPC a medida-sntese do movimento de preos de um conjunto de mercadorias, chamado "cesta de mercadorias", representativo de um determinado grupo populacional, em um certo perodo de tempo.

    O Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor - Snipc, implantado e gerido pela Coordenao de ndices de Preos, consiste na produo mensal de ndices de preos segundo a mesma concepo metodolgica, no que diz respeito s pesquisas bsicas, montagem da estrutura de pesos, s bases cadastrais e aos mtodos de coleta e de clculo.

    Os ndices que compem tradicionalmente o Sistema so o ndice Nacional de Preos ao Consumidor - INPC e o ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo - IPCA. Alm desses, so produzidos ndices em cumprimento a determinaes legais. Esta publicao ter como foco a abordagem da metodologia dos ndices tradicionais, j que aos demais ndices dado tratamento metodolgico semelhante.

    As diferenas metodolgicas entre esses indicadores decorrem dos objetivos definidos para cada um, o que, em geral, implica em distinguir a populao-objetivo e/ou o perodo de coleta.

    Entre 1948 e 1978, esteve a cargo do Ministrio do Trabalho a pro-duo do ndice de Preos ao Consumidor para 13 capitais brasileiras (Belm, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Niteri, Rio de Janeiro, So Paulo, Curitiba, Florianpolis, Porto Alegre e Cuiab), alm de um indicador nacional.

    A partir de julho de 1978, o IBGE assumiu integralmente esta responsabilidade, por determinao legal.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    Para viabilizar a curto prazo a produo desses ndices pela Instituio, adotou-se, por algum tempo, o sistema utilizado pelo Ministrio do Trabalho, pouco aperfeioado, porm com a metodologia de clculo inalterada. Entretanto, ainda em 1978, o IBGE identificou uma fragilidade no sistema e, aps exame minucioso da metodologia utili-zada, evidenciou-se a necessidade da criao de um novo. Sendo assim, foi concebido pelo IBGE, no ano de 1978, o Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor - Snipc com o objetivo de produzir, contnua e sistematicamente, o ndice Nacional de Preos ao Consumidor - INPC e o ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo - IPCA, cujas diferenas bsicas sero abordadas na primeira parte deste documento, que trata dos aspectos metodolgicos.

    Em princpio, o Sistema abrangia as Regies Metropolitanas de Belm, Fortale-za, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, So Paulo, Curitiba, Porto Alegre, alm de Braslia. A partir de 1991, passou a integr-lo o Municpio de Goinia.

    A implantao do Snipc, incluindo as nove regies metropolitanas e Braslia, no foi simultnea. Por esta razo, para a construo dos ndices nacionais demandados oficialmente, entre maro de 1979 e setembro de 1980, o IBGE utilizou, tambm, os IPCs calculados pelo Ministrio do Trabalho, para as reas ainda no abrangidas pelo Snipc juntamente com os IPCs das reas em que o Sistema j havia sido implantado.

    A produo dos ndices regionais pelo IBGE iniciou-se em:

    janeiro de 1979, no Rio de Janeiro;

    junho de 1979, em Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife;

    janeiro de 1980, em So Paulo, Braslia e Belm;

    outubro de 1980, em Fortaleza, Salvador e Curitiba; e

    janeiro de 1991, em Goinia.

    A partir destes IPCs regionais, so obtidos os dois ndices de preos do Snipc. O INPC foi o primeiro a ser produzido, tendo sua srie iniciado em maro de 1979. O IPCA, por sua vez, comeou a ser produzido em dezembro de 1979. A srie Brasil encontra-se disponvel desde outubro de 1980.

    O Snipc compreende um bom nmero de funes definidas pela Coordenao de ndices de Preos e interligadas entre as Equipes de Campo, formadas por tcnicos treinados para o levantamento de preos, e as Equipes de Escritrio, constitudas por especialistas em anlise de preos, em construo de ndices de preos e, ainda, por tcnicos em processamento de dados.

    A descrio dos mtodos de clculo desses ndices o objetivo principal do presente documento, sendo fundamental para sua compreenso uma descrio detalhada de todo o processo de apurao. Nesse sentido, o texto encontra-se estruturado em trs partes:

    Aspectos metodolgicos bsicos apresenta as caractersticas bsicas dos ndices e a forma de obteno das informaes, enfocando aspectos relativos escolha da populao-objetivo, ao sistema de pesos, bem como ao sistema de preos;

    Mtodos de clculo descreve os processos de agregao dos dados indivi-duais at a obteno do ndice nacional. Portanto, aborda os mtodos de clculo dos ndices para produto, subitem, item, em geral, por rea pesquisada e, a partir destes resultados regionais, o ndice nacional; e

  • Introduo ________________________________________________________________________________________________

    Produo e divulgao dos ndices aborda aspectos da produo dos ndi-ces, priorizando a atividade de anlise de preos, essencial para assegurar a qualidade dos resultados divulgados, e descreve, em linhas gerais, a estrutura, o contedo e o objetivo dos relatrios de apresentao dos resultados e de comentrios gerais.

    Como informao adicional, encontra-se no final do documento um Apndice que registra, resumidamente, as principais modificaes tcnicas introduzidas no clculo dos ndices, alm de um histrico relacionado com sua utilizao. Apresenta, tambm, quadros-resumo com informaes sobre todos os indicadores de preos j produzidos atravs do Snipc e as alteraes ocorridas na moeda nacional.

  • Aspectos metodolgicos bsicos

    Linhas gerais para a definio das populaes-objetivo no Snipc

    A identificao da populao-objetivo ou, em outros termos, a de-terminao do grupo populacional de cuja cesta de compras medida a variao de preos atravs do ndice de Preos ao Consumidor - IPC, consequncia da utilizao dada ao ndice e de algumas restries de ordem prtica inerentes sua produo.

    Uma vez estabelecidos os objetivos dos ndices, citados mais adiante, faz-se necessrio dispor de dados de distribuio de rendi-mento para definir-se as populaes-objetivo.

    atravs da Pesquisa de Oramentos Familiares que se investigam os hbitos de consumo das famlias, segundo a distribuio de rendi-mento. Esses dados de rendimento so utilizados, ento, para definir as populaes-objetivo capazes de atender ao atributo preestabelecido, qual seja, o de contemplar a utilizao proposta para cada ndice.

    No caso do Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor - Snipc, quando de sua criao, os dados necessrios para a definio das populaes-objetivo, montagem da cesta de produtos e servios, bem como para a sua estrutura de pesos foram extrados do Estudo Nacional da Des-pesa Familiar - EndEf 1974-1975, de objetivo mais amplo que o da Pesquisa de Oramentos Familiares - POF, porm de caractersticas semelhantes.

    Para atender necessidade de reviso das populaes-objetivo com a finalidade de preservar-se, pelo menos, a representatividade inicialmente estabelecida para os ndices, sugere-se utilizar os dados provenientes de cada nova POF, onde so atualizadas as informaes referentes aos hbitos de consumo familiar segundo o rendimento

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    mensal das famlias. Desde a implantao do SNIPC, a definio das cestas de consu-mo e a atualizao das estruturas de ponderao dos ndices de preos foram obtidas a partir das informaes oriundas da realizao das seguintes POFs: POF 1987-1988, POF 1995-1996, POF 2002-2003 e POF 2008-2009.

    As estruturas de gastos geradas pela POF 2008 2009 foram empregadas na atualizao das estruturas de ponderao dos ndices, a partir do ms de referncia de janeiro de 2012. Os reflexos dessas atualizaes nas populaes-objetivo so apresentados ao longo desta primeira parte do texto.

    Motivao e objetivo para a criao dos ndicesAs motivaes para a criao do ndice Nacional de Preos ao Consumidor Am-

    plo - IPCA e de ndice Nacional de Preos ao Consumidor - INPC foram a obteno de medida geral de inflao e a indexao salarial, respectivamente. A partir da, foram estabelecidos os objetivos de cada ndice:

    - IPCA medir as variaes de preos referentes ao consumo pessoal; e

    - INPC medir as variaes de preos da cesta de consumo das populaes assalariadas e com baixo rendimento.

    A definio das populaes-objetivo vem sendo fundamentada, no caso do Snipc, nesses objetivos associados a cada um dos principais ndices produzidos. Alm disso, dois critrios tm sido adotados para definir o segmento populacional que melhor corresponde ao cumprimento daqueles objetivos:

    - robustez estatstica das estruturas de ponderao estimadas; e

    - estabilidade da estrutura de consumo.

    A populao-objetivo do INPC O Snipc foi implantado num contexto econmico em que o elevado grau de in-

    dexao requeria um sistema integrado de preos e de ndices de preos, coerentes e homogneos, a fim de atender s demandas da poltica salarial, em particular, e da poltica econmica, em geral.

    Naquele contexto, a razo essencial para a criao do INPC (ndice restrito) foi a poltica salarial, sendo seu objetivo indicar como as famlias cujos chefes so as-salariados e possuem baixos rendimentos so afetadas pelo movimento dos preos.

    Este ndice tem sido, na prtica, utilizado para alm de seu objetivo primeiro e tem fornecido, ao longo dos anos, subsdios para as decises de reajustes de re-muneraes, no apenas aos agentes diretamente afetados pelos dissdios, mas a qualquer categoria de trabalhadores, sindicalizados ou no. Tem sido usado, tambm, como indexador de outros preos da economia, especialmente daqueles com maior influncia sobre a capacidade de consumir das famlias de mais baixos rendimentos.

    No entanto, a populao-objetivo do INPC tem sido definida sem considerar esta aplicao mais ampla a ele atribuda e sendo focalizada no atendimento ao seu objetivo original: medir a variao agregada dos preos dos bens e servios consu-midos pelas famlias com baixos rendimentos e cujos chefes so assalariados.

    Os critrios de cobertura populacional e de estabilidade da estrutura de consumo tm sido aplicados segundo os parmetros que seguem:

  • Aspectos metodolgicos bsicos ____________________________________________________________________________

    - cobertura populacional foi arbitrado, desde a implantao do INPC, que o ndice assegurasse a cobertura populacional de cerca de 50% das famlias com pessoa de referncia assalariada; e

    - estabilidade da estrutura de consumo ao longo dos anos, foram excludas as famlias com rendimentos menores que 1 salrio mnimo, com base no argumento de que esse segmento tem rendimento e estrutura de consumo instveis ou atpicos. Apesar da constatao, no perodo recente, de um padro mais estvel e diversificado de consumo para os nveis inferiores de rendi-mento devido ao aumento do poder de compra dessas famlias, a excluso dessa faixa de rendimentos justifica-se tendo em vista a aplicao inicialmente proposta para o INPC, isto , a correo monetria de salrios, no implicando a incluso das famlias com rendimento inferior ao menor salrio legal do Pas.

    No processo de atualizao das estruturas de ponderao com base nas informa-es da POF 2008-2009, a mais recente, decidiu-se, dado o objetivo original do INPC:

    - manter a excluso das famlias com chefes assalariados e rendimentos infe-riores a 1 salrio mnimo; e

    - manter o parmetro histrico para o critrio da cobertura, ou seja, que aproxi-madamente 50% daquelas famlias com pessoa de referncia assalariada sejam cobertas, tomando-se as famlias com os rendimentos mais baixos desde que iguais ou superiores a 1 salrio mnimo.

    Na implantao do INPC, em 1979, o IBGE definiu como populao-objetivo as famlias cujos chefes eram assalariados e tinham rendimentos monetrios disponveis situados no intervalo de 1 a 5 salrios mnimos. Atualmente, segundo as informaes da POF 2008-20091, o intervalo tambm compreende a mesma faixa de rendimentos, ficando, assim, mantidas as propores inicialmente estabelecidas a partir dos dados do EndEf.

    Hoje, o critrio da estabilidade aplicado aos dados apresentados pela POF indica a excluso de 7,59% das famlias, ou seja, daquelas com rendimentos menores que R$ 415,00 (quatrocentos e quinze reais), valor equivalente a 1 salrio mnimo de 15 de janeiro de 2009.

    O critrio da robustez, pelo qual busca-se assegurar a cobertura de cerca de 50% das famlias com mais baixos rendimentos, leva a considerar as famlias com rendimentos de at R$ 2 075,00 (dois mil e setenta e cinco reais), ou 5 salrios mni-mos de 15 de janeiro de 2009.

    A Tabela 1 apresenta a distribuio do nmero de famlias com pessoa de re-ferncia assalariada em relao ao total das reas urbanas pesquisadas, segundo as classes de rendimento mensal familiar em janeiro de 2009.

    Na definio dos limites de rendimento, foram considerados alguns fatores:

    - fixou-se o limite inferior em 1 salrio mnimo a fim de no acarretar distores cesta, isto porque acredita-se que as famlias com rendimento mensal inferior a este valor tenham sua subsistncia complementada, pelo menos em parte,

    1 Nas POFs 1986-1987 e 1995-1996, esta faixa compreendia o intervalo de 1 a 8 salrios mnimos; na POF 2002-2003, o intervalo de 1 a 6 salrios mnimos.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    atravs de autoconsumo, doaes, trocas etc., no sendo possvel caracterizar suas cestas de compras; e

    - fixou-se o limite superior privilegiando os dois objetivos j mencionados:

    1 - a necessidade de pesquisar uma cesta que fosse, de fato, representativa de um maior nmero possvel de famlias com pessoa de referncia assalariada; e

    2 - o grupo contemplado ser aquele que tem a menor capacidade de defesa contra a inflao, ou seja, as famlias de baixo rendimento.

    Com esse procedimento, foram contempladas mais de 50% das famlias com pessoa de referncia assalariada.

    Total Acumulado Total Acumulado

    Total 20 226 594 .. 100,0 ..

    0,00 a 0,00 13 017 13 017 0,1 0,1

    0,01 a 414,99 1 521 894 1 534 911 7,5 7,6

    415,00 a 415,00 2 528 1 537 439 0,0 7,6

    415,01 a 830,00 3 674 225 5 211 664 18,2 25,8

    830,01 a 1 245,00 3 660 935 8 872 599 18,1 43,9

    1 245,01 a 1 660,00 2 613 661 11 486 260 12,9 56,8

    1 660,01 a 2 075,00 2 086 486 13 572 746 10,3 67,1

    2 075,01 a 2 490,00 1 403 344 14 976 090 6,9 74,0

    2 490,01 a 2 905,00 983 894 15 959 984 4,9 78,9

    2 905,01 a 3 320,00 712 773 16 672 757 3,5 82,4

    3 320,01 a 3 735,00 546 826 17 219 583 2,7 85,1

    3 735,01 a 4 150,00 452 181 17 671 764 2,2 87,4

    4 150,01 a 4 565,00 407 372 18 079 136 2,0 89,4

    4 565,01 a 4 980,00 290 803 18 369 939 1,4 90,8

    4 980,01 a 5 395,00 209 357 18 579 296 1,0 91,9

    5 395,01 a 5 810,00 209 156 18 788 452 1,0 92,9

    5 810,01 a 6 225,00 216 382 19 004 834 1,1 94,0

    6 225,01 a 6 640,00 159 006 19 163 840 0,8 94,7

    6 640,01 a 7 055,00 155 181 19 319 021 0,8 95,5

    7 055,01 a 7 470,00 87 702 19 406 723 0,4 95,9

    7 470,01 a 7 885,00 78 832 19 485 555 0,4 96,3

    7 885,01 a 8 300,00 95 550 19 581 105 0,5 96,8

    8 300,01 a 8 715,00 60 510 19 641 615 0,3 97,1

    8 715,01 a 9 130,00 50 701 19 692 316 0,3 97,4

    9 130,01 a 9 545,00 66 514 19 758 830 0,3 97,7

    9 545,01 a 9 960,00 44 936 19 803 766 0,2 97,9

    9 960,01 a 10 375,00 63 598 19 867 364 0,3 98,2

    10 375,01 a 10 790,00 46 377 19 913 741 0,2 98,5

    10 790,01 a 11 205,00 55 157 19 968 898 0,3 98,7

    11 205,01 a 11 620,00 8 854 19 977 752 0,0 98,8

    11 620,01 a 12 035,00 24 682 20 002 434 0,1 98,9

    12 035,01 a 12 450,00 8 313 20 010 747 0,0 98,9

    12 450,01 a 16 600,00 116 292 20 127 039 0,6 99,5

    16 600,01 ou mais 99 555 20 226 594 0,5 100,0

    Familiares 2008-2009.Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Oramentos

    Tabela 1 - Distribuio do nmero de famlias com pessoa de referncia assalariada,do total das reas urbanas pesquisadas, segundo as classes de

    Classes de rendimentomensal familiar (R$)

    rendimento mensal familiar - jan. 2009

    Nmero de famlias Percentual de famlias (%)

  • Aspectos metodolgicos bsicos ____________________________________________________________________________

    A Tabela 2 mostra, para cada regio pesquisada e para o total das reas, os percentu-ais que correspondem s famlias componentes da populao-objetivo do INPC, de acordo com a POF 2008-2009, em relao ao total de famlias assalariadas e ao total de famlias.

    A populao-objetivo do IPCAQuanto ao IPCA, a motivao para sua criao foi oferecer, para todos os fins

    prticos, a medida do movimento geral dos preos no mercado varejista e, tambm, o indicador da inflao segundo o consumo pessoal, sendo este utilizado pelo Banco Central do Brasil - BacEn, desde janeiro de 1999, como parmetro principal no moni-toramento do sistema de metas de inflao no Brasil.

    A definio da populao-objetivo do IPCA tem levado em conta o objetivo de medida da inflao sob a tica do consumo pessoal, sendo sempre considerados os seguintes critrios e parmetros:

    - cobertura acima de 90% das famlias residentes nas reas urbanas de abran-gncia do Snipc, qualquer que seja a fonte de rendimentos, de modo a assegurar cobertura prxima da totalidade, tendo em vista o objetivo do IPCA; e

    - estabilidade da estrutura de consumo excludos os extremos da distribuio, ou seja, aquelas famlias cujos rendimentos esto abaixo de 1 salrio mnimo e aquelas com rendimentos considerados muito altos. Os argumentos so a instabilidade e atipicidade dos hbitos de consumo das famlias componentes desses segmentos.

    A Tabela 3 apresenta a distribuio, obtida a partir da POF 2008-2009, do nme-ro de famlias segundo o rendimento familiar monetrio disponvel para o total das 11 reas do Snipc, considerando-se a distribuio das famlias para a rea urbana da Unidade da Federao.

    Total (1) Assalariado

    Total 30,9 59,5

    Belm 30,9 62,7

    Fortaleza 33,4 70,3

    Recife 34,2 68,0

    Salvador 33,5 63,5

    Belo Horizonte 31,0 64,0

    Rio de Janeiro 30,9 60,6

    So Paulo 29,5 53,3

    Curitiba 30,5 59,4

    Porto Alegre 29,8 59,7

    Goinia 34,2 66,6

    Distrito Federal 23,8 46,1

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Oramentos Familiares 2008-2009.

    (1) Total das famlias das reas pesquisadas.

    reas pesquisadasPercentuais de famlias (%)

    Tabela 2 - Distribuio percentual de famlias com rendimento entre 1 e 5 salriosmnimos na POF, com pessoa de referncia assalariada,

    segundo as reas pesquisadas - jan. 2009

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    O critrio da estabilidade aplicado aos dados apresentados na Tabela 3 indica a excluso de 8,47% das famlias, correspondendo a 7,79% daquelas com rendimentos menores que 1 salrio mnimo de 15 de janeiro de 2009 e 0,68% das famlias com rendimentos superiores a R$ 16 600,00 (dezesseis mil e seiscentos reais), ou seja, 40 salrios mnimos.

    Total Acumulado Total Acumulado

    Total 39 005 850 .. 100,0 ..

    0,00 a 0,00 83 504 83 504 0,2 0,2

    0,01 a 414,99 2 953 205 3 036 709 7,6 7,8

    415,00 a 415,00 129 078 3 165 787 0,3 8,1

    415,01 a 830,00 7 542 928 10 708 715 19,3 27,5

    830,01 a 1 245,00 7 012 202 17 720 917 18,0 45,4

    1 245,01 a 1 660,00 4 728 859 22 449 776 12,1 57,6

    1 660,01 a 2 075,00 3 750 114 26 199 890 9,6 67,2

    2 075,01 a 2 490,00 2 553 090 28 752 980 6,5 73,7

    2 490,01 a 2 905,00 1 815 275 30 568 255 4,7 78,4

    2 905,01 a 3 320,00 1 446 757 32 015 012 3,7 82,1

    3 320,01 a 3 735,00 969 545 32 984 557 2,5 84,6

    3 735,01 a 4 150,00 877 968 33 862 525 2,3 86,8

    4 150,01 a 4 565,00 866 295 34 728 820 2,2 89,0

    4 565,01 a 4 980,00 516 283 35 245 103 1,3 90,4

    4 980,01 a 5 395,00 409 755 35 654 858 1,1 91,4

    5 395,01 a 5 810,00 384 850 36 039 708 1,0 92,4

    5 810,01 a 6 225,00 357 184 36 396 892 0,9 93,3

    6 225,01 a 6 640,00 334 451 36 731 343 0,9 94,2

    6 640,01 a 7 055,00 260 772 36 992 115 0,7 94,8

    7 055,01 a 7 470,00 190 088 37 182 203 0,5 95,3

    7 470,01 a 7 885,00 174 764 37 356 967 0,4 95,8

    7 885,01 a 8 300,00 190 068 37 547 035 0,5 96,3

    8 300,01 a 8 715,00 117 763 37 664 798 0,3 96,6

    8 715,01 a 9 130,00 117 699 37 782 497 0,3 96,9

    9 130,01 a 9 545,00 117 041 37 899 538 0,3 97,2

    9 545,01 a 9 960,00 90 767 37 990 305 0,2 97,4

    9 960,01 a 10 375,00 129 566 38 119 871 0,3 97,7

    10 375,01 a 10 790,00 110 995 38 230 866 0,3 98,0

    10 790,01 a 11 205,00 95 450 38 326 316 0,2 98,3

    11 205,01 a 11 620,00 36 509 38 362 825 0,1 98,4

    11 620,01 a 12 035,00 57 259 38 420 084 0,1 98,5

    12 035,01 a 12 450,00 26 288 38 446 372 0,1 98,6

    12 450,01 a 16 600,00 293 667 38 740 039 0,8 99,3

    16 600,01 ou mais 265 811 39 005 850 0,7 100,0

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Oramentos Familiares 2008-2009.

    Percentual de famlias (%)Classes de rendimentomensal familiar (R$)

    Tabela 3 - Distribuio do nmero de famlias do total das reas urbanas pesquisadas, segundo as classes de rendimento mensal familiar - jan. 2009

    Nmero de famlias

  • Aspectos metodolgicos bsicos ____________________________________________________________________________

    O critrio da robustez para assegurar a cobertura de mais que 90% das famlias levou a considerar aquelas famlias com rendimentos de R$ 415,00 at R$ 16 600,00. Assim, a populao-objetivo do IPCA adotada desde janeiro de 2012 a que segue: famlias residentes nas reas urbanas das regies de abrangncia do Snipc com rendimentos de 1 a 40 salrios mnimos, qualquer que seja a fonte dos rendimentos.

    Estruturas de ponderao Definidas as populaes-objetivo de cada ndice produzido pelo IBGE, passa-se

    obteno das estruturas de ponderao que constituem o conjunto de bens represen-tativos do consumo destes grupos e dos valores de despesa que lhes so associados.

    Dependendo da populao-objetivo, so obtidas estruturas diferenciadas, por exemplo: a estrutura das famlias que integram a faixa de rendimento de 1 a 5 salrios mnimos diferente daquela cuja faixa de rendimento compreende 1 a 40 salrios mni-mos. Essas diferenas podem ser tanto para as espcies de bens e servios quanto para as despesas relativas efetuadas. No primeiro caso, como exemplo, tem-se os subitens estacionamento e aluguel de veculos que, em geral, constam da estrutura de maior faixa de rendimento, sendo mais difcil de serem encontrados na faixa de rendimento mais baixa. No segundo caso, o subitem arroz pode ser identificado nas duas estruturas, porm com propores de despesas, em relao ao total, diferenciadas.

    interessante notar, ainda, que alm das diferenas entre estruturas de uma mesma rea em funo da populao-objetivo pesquisada, existem diferenas entre as reas, como o caso do subitem aa emulso, cujo peso s tem relevncia na estrutura de Belm.

    Resumem-se, a seguir, os mtodos de determinao dos pesos e os principais critrios adotados na montagem das estruturas de ponderao dos ndices regionais2.

    Organizao das informaesNota-se que, atualmente, as estruturas de ponderao utilizadas para o clculo dos

    ndices resultaram da consolidao dos oramentos familiares levantados pela POF. De acor-do com a prtica internacional, algumas decises foram tomadas, a exemplo da excluso de despesas no consideradas de consumo: compra de imvel, impostos diretos, juros e prestao de emprstimos etc. Excluram-se, tambm, outras despesas que, embora carac-terizadas como sendo de consumo, apresentam-se de forma agregada, impossibilitando, dessa forma, o reconhecimento de qual preo coletar. Nesta situao, encontram-se as despesas com aniversrio, casamento, batizado, natal, carnaval e outras similares.

    As estruturas so montadas utilizando-se uma organizao de cdigos em grupa-mentos logicamente estabelecidos de forma que ficam juntas as categorias de consumo de mesma natureza, resultando nos seguintes nveis de agregao, assim hierarquizados:

    - grupo;

    - subgrupo;

    - item; e

    - subitem.

    2 Para o contedo do sistema de pesos, em vrios nveis, para as duas populaes-objetivo, bem como informaes adicionais, por rea geogrfica de pesquisa, ver: SISTEMA nacional de ndices de preos ao consumidor: estruturas de ponderao a partir da pesquisa de oramentos familiares 2008-2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. 269 p. (Srie re-latrios metodolgicos, v. 39). Disponvel em: . Acesso em: out. 2012.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    Exemplificando: laranja-pera um subitem do item frutas, que juntamente com outros itens formam o subgrupo alimentao no domiclio, o qual, unido ao subgrupo alimentao fora do domiclio, compe o grupo alimentao e bebidas.

    Portanto, o nvel mais desagregado para o qual associam-se informaes da POF e, consequentemente, para o qual h peso explcito, o subitem.

    Clculo dos pesosEm seguida organizao das estruturas de consumo, de acordo com a classi-

    ficao do Snipc, passa-se ao clculo dos pesos.

    Para tanto, definiram-se um tratamento geral, utilizado para determinar o peso da maioria dos subitens pesquisados no Snipc, e tratamentos especficos, utilizados para aqueles subitens cujas peculiaridades no possibilitam a obteno dos pesos atravs do critrio geral.

    Tratamento geral na determinao dos pesos O mtodo utilizado para a obteno das estruturas de pesos regionais de cada

    uma das populaes-objetivo consiste em:

    a) expandir, ao ano, os valores das despesas de consumo familiar provenientes da POF, coletados em diferentes perodos de referncia;

    b) deflacionar as despesas anuais para 15 de janeiro de 2009, ponto referencial para a transformao dos valores monetrios a preos constantes;

    c) somar, para cada subitem, as despesas realizadas pelas famlias pertencentes populao-objetivo; e

    d) calcular a razo entre a soma obtida em (c) e a despesa total (relativa a todos os subitens) de todas as famlias da regio em questo.

    Desse modo, o clculo do peso do subitem dado por:

    jW

    W j

    n

    X ej

    X e

    p e e .

    j no total das despesas da

    n

    1eee

    n

    1eeje

    Xp

    Xp= (I)

    onde:

    o peso do subitem j considerando todas as famlias;

    o nmero total de domiclios;

    a despesa da famlia e no subitem j ;

    a despesa total da famlia e ; e

    o fator de expanso da amostra da POF atribudo ao domiclio da famlia

    Observa-se, ainda, que o peso do subitem , por definio, dado por: famlia e , W ej

  • Aspectos metodolgicos bsicos ____________________________________________________________________________

    .e

    ejej X

    X=W (II)

    Considerando-se a expresso (II) e substituindo-se Xej na expresso (I)

    n

    1eee

    n

    1eeeje

    j

    Xp

    XWpW

    ou

    n

    1en

    1fff

    eeejj

    Xp

    XpWW (III)

    obtm-se:

    Observando-se a expresso (III), percebe-se que o peso agregado Wj ponderada, onde cada Wej ponderado pela participao de cada

    fator pe) no dispndio agregado de todas as famlias. uma mdia famlia e (expandida peloObservando-se a expresso (III), percebe-se que o peso agregado Wj uma

    (expandida pelo fator pe) no dispndio agregado de todas as famlias n

    1fff Xp .

    mdia ponderada, onde cada Wej ponderado pela participao de cada famlia e

    Tratamentos especficos na determinao dos pesos Os procedimentos descritos anteriormente mostram como so obtidos os

    pesos de quase todos os subitens que compem cada ndice regional. No entanto, tratamentos especiais so dispensados a alguns itens, a exemplo dos automveis usados, produtos farmacuticos e sazonais alimentcios, que esto descritos a seguir:

    a) Automveis usados

    Os gastos com bens usados devem ser apropriados lquidos.

    O peso deste subitem foi calculado tendo como base as recomendaes sugeridas no Manual del ndice de precios al consumidor: teoria y prctica, elaborado em conjunto por vrios organismos internacionais, em 2006, no qual considera-se apenas o valor lquido das transaes, ou seja: do valor total das despesas na compra de automveis usados deduz-se o valor total da venda de automveis usados efetuada pelas famlias.

    b) Farmacuticos

    Na POF, as despesas com produtos farmacuticos so obtidas de forma agregada. Para desagreg-las, conforme os usos teraputicos, buscou-se adotar, em primeiro lugar, o mesmo procedimento adotado na implantao do Snipc, em 1979, utilizando-se dados da Associao Brasileira da Indstria Farmacutica - aBifarma. Como a Associa-

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    o no dispunha mais destes dados, da forma anteriormente utilizada, optou-se por empregar a participao de cada classe teraputica constante do Snipc, considerando-se, para isso, a ponderao de outubro de 1987; portanto, os produtos farmacuticos tiveram suas despesas desagregadas a partir de dados externos POF.

    c) Sazonais alimentcios

    Quanto aos itens sazonais alimentcios do Snipc, ou seja, frutas, tubrculos, razes e legumes e hortalias e verduras, estes deixaram de ser tratados de forma dife-renciada desde a implantao das estruturas de ponderao a partir da POF 2002-2003.

    As estimativas de variaes de preos eram calculadas atravs de frmula de Paasche com painel de pesos mensais. Com a implantao das estruturas de pon-derao em julho de 2006, passou-se a adotar a frmula geral do Snipc Laspeyres com pesos anuais. Sendo assim, desde ento, as ponderaes dos componentes dos referidos itens so calculadas segundo o procedimento geral descrito anteriormente.

    As motivaes para rever a frmula de clculo, a anlise das diversas frmu-las de clculo alternativas, o relato das experincias internacionais e as simulaes, indicando o impacto da alterao da frmula sobre os resultados dos ndices, foram divulgados em julho de 2005, quando o IBGE publicou volume metodolgico espe-cfico sobre o tema3.

    d) Seguro

    Apenas parte do gasto com os prmios de seguro considerada como sendo de consumo. Assim, o peso do subitem seguro voluntrio de veculo apropria a estimativa do total dos gastos familiares com o prmio pago por este tipo de seguro menos a estimativa do total das respectivas indenizaes recebidas.

    As indenizaes recebidas foram investigadas de forma agregada na POF, no sendo possvel identificar o montante daquelas correspondentes a cada tipo de seguro. Dessa forma, procedeu-se ao rateio das indenizaes de acordo com o percentual de gasto com o prmio de cada tipo de seguro em relao ao total dos prmios pagos por todos os seguros.

    Assim, a despesa apropriada no Snipc com o subitem seguro voluntrio de veculo foi o resultado do total dos prmios com esse seguro menos o valor rateado das indenizaes.

    e) Jogos de azar

    Tambm, neste caso, adota-se o peso lquido em que a estimativa do total das premiaes recebidas subtrada da estimativa do total das despesas com as apostas realizadas pelas famlias das populaes-objetivo.

    As premiaes na POF foram obtidas de forma agregada para todos os jogos de azar. Assim, foram rateadas, similarmente ao que se fez com os seguros, para cada tipo de jogo, segundo o respectivo percentual da estimativa do total das despesas com as apostas. Aps essa distribuio das premiaes, calculou-se o gasto lquido por tipo de jogo (apostas menos premiaes).

    3 Para informaes complementares, consultar a publicao: SISTEMA nacional de ndices de preos ao consumidor: mtodo de clculo dos itens sazonais alimentcios. Rio de Janeiro: IBGE, 2005. 57 p. (Srie relatrios metodolgicos, v. 32). Disponvel em: . Acesso em: out. 2012.

  • Aspectos metodolgicos bsicos ____________________________________________________________________________

    f) Manuteno e conservao da moradia

    Na POF, so definidos questionrios e instrues para o levantamento de gastos com a melhoria da habitao de modo a separar as despesas com manuteno e conservao, que so definidas como de consumo, daqueles gastos com reformas que implicam numa valorizao da moradia (aumento do ativo).

    Definiu-se essa investigao em quadros separados nos questionrios, mas, tendo em vista a complexidade do levantamento, para efeito dos IPCs, considerado que parte da informao relativa manuteno e conservao possui caractersticas mais similares a grandes reformas.

    g) Cartrios

    Considera-se como gasto de consumo quando a informao do domiclio in-dicava valor de despesa com cartrio de at R$ 300,00 (trezentos reais). A hiptese subjacente que os gastos superiores quele valor tendem a estar associados a transaes com imveis, caracterizando tal gasto como aumento do ativo.

    Definio das estruturasCalculados os pesos, so montadas as estruturas de consumo, podendo-se

    constatar, neste momento, que h subitens com participaes inexpressivas. Dessa forma, estruturas originais podero ser muito extensas, dificultando o acompanha-mento eficaz dos preos ms a ms.

    Quando isso ocorre, so realizados alguns estudos que resultam na simplificao das estruturas sem, contudo, comprometer sua representatividade.

    No caso das estruturas do INPC e do IPCA, necessita-se proceder a simplificaes. Assim, para a montagem das estruturas definitivas destes ndices, so necessrios alguns procedimentos para eleio de subitens, conforme explicado a seguir:

    - subitens com participao igual ou superior a 0,07% fazem parte das estruturas;

    - subitens com participao inferior a 0,01% em hiptese alguma fazem parte das estruturas. Os valores dessas despesas so distribudos, em geral, pro-porcionalmente entre outras despesas do mesmo gnero, ou seja, no item do qual fazem parte; e

    - subitens com ponderao igual ou superior a 0,01% e inferior a 0,07 % podem fazer parte da estrutura para assegurar que o item do qual fazem parte tenha cobertura de 70% dos gastos realizados com os componentes do item. Esta cobertura estabelecida em relao estrutura completa definida de incio.

    Cabe esclarecer o que significa no fazer parte da estrutura. Se determinado subitem no atinge o peso mnimo previsto para incluso (0,07%) ou no se faz ne-cessrio para garantir a cobertura do item (70%), seu peso agregado num nico subitem ou redistribudo por alguns subitens similares do mesmo item. Quando no h similaridade com outros subitens, a ponderao do subitem distribuda por todos os subitens do item. Naturalmente, esse subitem excludo deixa de ser explicitado na Classificao de Bens e Servios do Snipc.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    Constitudas as estruturas, observa-se que no nvel de subitem evidenciam-se as peculiaridades estruturais relativas a cada rea e populao-objetivo, podendo existir certo subitem numa rea e no existir em outra, ou existir em determinada rea para a estrutura de pesos do INPC e no para a do IPCA.

    Entretanto, no nvel de item, o processo de agregao e hierarquizao das despesas realizado de um modo que garanta a existncia da categoria em todas as estruturas de pesos. Assim, os itens so agregados em carter nacional e, por serem comuns s diver-sas reas, todos os resultados produzidos a partir deste nvel de agregao das despesas so passveis de comparao.

    Base cadastralA pesquisa sistemtica de preos realizada ao longo do tempo para a obteno

    de estimativas para os movimentos de preos dos bens e servios relativos cesta de mercadorias. Viabiliz-la implica em definir os cadastros de informantes e de produtos, alm dos mtodos de coleta. A seguir, sero descritos os procedimentos de montagem e manuteno dos respectivos cadastros.

    Cadastro de informantes

    MontagemNa gerao do cadastro de informantes, seguiram-se duas linhas de procedi-

    mentos, conforme a natureza das diversas mercadorias pesquisadas. A linha principal consistiu no levantamento de informantes atravs da Pesquisa de Locais de Compra - PLC4, que definiu onde coletar os preos da grande maioria dos subitens. Posterior-mente, o processo contnuo de reposio e a manuteno das amostras de locais passou a ser efetuado tanto pela consulta ao Cadastro Central de Empresas - cEmprE, do IBGE, quanto pela indicao intencional segundo critrios bem-definidos.

    A segunda linha buscou adotar procedimentos especficos para subitens cujas peculiaridades assim os exigiam os chamados subitens extra-PLC. Dadas suas caractersticas, esses subitens no se enquadram na metodologia da PLC, sendo necessrio tratamento especial, ou seja, mtodos especficos para determinar onde coletar preos. So exemplos de subitens extra-PLC o aluguel de moradia, condom-nio, servios pblicos e taxas.

    A Pesquisa de Locais de Compra foi realizada em 1988, nas 11 reas de abran-gncia do Snipc, atravs de visitas aos domiclios previamente selecionados em uma amostra, na qual as famlias indicavam os locais onde adquiriam os vrios produtos que consumiam. Como resultado, obteve-se um conjunto de estabelecimentos co-merciais de venda de produtos e prestadores de servios, a partir do qual efetuou-se a seleo dos locais a serem visitados mensalmente por ocasio da coleta de preos.

    O objetivo dessa pesquisa foi construir, para cada uma das reas, um painel de estabelecimentos representativo5, suficiente para se realizar, ao longo do tempo,

    4 Para informaes complementares, consultar a publicao: PESQUISA de locais de compra 1988. Rio de Janeiro: IBGE, 1994. 135 p.5 Para informaes complementares, consultar o documento: VIEIRA, M.; COUTO, A. C. Dimensionamento das amostras de locais de compras. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria de Pesquisas, 1991. 25 p.

  • Aspectos metodolgicos bsicos ____________________________________________________________________________

    a pesquisa mensal de preos e, ainda, proporcionar condies mais acessveis de atualizao dos cadastros de informantes, dado que os locais no selecionados para a coleta mensal, num primeiro momento, passaram, automaticamente, a constituir o chamado cadastro reserva destinado a repor, atravs de critrios estatsticos6, as naturais perdas de informantes.

    ContedoO cadastro de informantes formado por estabelecimentos comerciais varejis-

    tas de venda de produtos e prestadores de servios; domiclios alugados; empresas concessionrias responsveis pela prestao de servios; rgos oficiais; alm de profissionais autnomos, como mdicos e dentistas.

    A cada unidade cadastrada associam-se os seguintes dados:

    - cdigo do estabelecimento;

    - nome do estabelecimento (no caso de locais de compra, escolas, hospitais etc.) ou nome do morador (no caso de domiclios);

    - endereo do estabelecimento;

    - telefone do estabelecimento;

    - perodo de pesquisa no ms; e

    - cdigo e descrio de cada produto pesquisado.

    O cadastro de informantes contm, portanto, todos os dados bsicos necessrios para que cada unidade cadastrada seja identificada para fins de pesquisa de preos.

    Cadastro de produtos

    MontagemO conjunto dos produtos que compem o cadastro deve, obviamente, ser repre-

    sentativo da totalidade dos produtos consumidos pela populao a que o ndice se refere. Sendo assim, o ponto de partida para a gerao do cadastro de produtos a relao dos subitens componentes da estrutura de pesos de cada rea e de cada faixa de rendimento.

    Como a descrio no nvel de subitem genrica e no possibilita identificar produtos para fins de coleta de preos, realizada uma pesquisa para identificao do nvel ideal de descrio que seja capaz de viabilizar a coleta, desde que sejam atendidos os preceitos de natureza terica e prtica necessrios construo das sries de preos utilizadas no Snipc.

    Para atender a esse objetivo, realiza-se uma Pesquisa de Especificao de Produtos e Servios - PEPS, que serve de base para a definio do cadastro de produtos, carac-terizando os nveis de especificao utilizados na coleta de preos. A atualizao deste cadastro se d continuamente ao longo do tempo7.

    6 e 7 Para informaes complementares, consultar o documento: COUTO, A. C. Implantao e manuteno das novas amostras dos subitens do Snipc. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria de Pesquisas, 1990. 24 p.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    A especificaoOs preos coletados precisam, necessariamente, referir-se ao mesmo produto

    ou servio, para que seja possvel medir suas variaes no perodo desejado. Entre-tanto, a especificao pode caracterizar o produto em vrios nveis de descrio, por exemplo: cala comprida, cala comprida de jeans, cala comprida de jeans marca x etc. Nesse sentido, um primeiro cuidado descrever de forma completa o produto ou servio cujo preo ser, periodicamente, coletado. Essa a principal caractersti-ca na qual baseia-se o trabalho de especificao. Uma outra questo diz respeito vida til da especificao em relao ao tempo mdio durante o qual o produto encontrado venda.

    Na prtica, classificam-se os nveis de descrio dos produtos pesquisados em dois tipos: especificao completa e especificao incompleta. Suas indicaes condicionam-se, principalmente, s possveis formas de apresentao e frequncia de disponibilidade do produto no mercado. A cada um desses tipos correspondem os procedimentos particulares na seleo dos produtos a serem cadastrados, os quais sero abordados a seguir.

    a) Especificao completaDeve contemplar todas as caractersticas determinantes do preo do produto

    pesquisado, ou seja, deve ser detalhada de tal maneira que descreva o produto de forma a individualiz-lo entre outros semelhantes. Assim, ao produto especificado de forma completa, estar associado apenas um nico preo.

    Com isso, fica garantido que, atravs da especificao completa, os preos pesquisados, ao longo do tempo, referem-se sempre ao mesmo produto. No entanto, alguns produtos, por se caracterizarem por constantes alteraes e/ou serem comer-cializados em uma grande variedade de modelos, tipos, tamanhos e qualidade, dificil-mente so identificados de forma completa. Portanto, para estes casos, recomenda-se a adoo da especificao incompleta ou abrangente.

    b) Especificao incompletaConsiste em descrever o produto sem levar em conta algumas caractersticas

    determinantes do preo. Dessa forma, ao contrrio do que acontece com a especifica-o completa, mais que um produto pode se enquadrar em uma especificao. Assim, so coletados n preos para cada especificao incompleta e calculado um valor que represente a distribuio, ou seja, a mdia aritmtica. Este valor ento atribudo ao produto definido de forma abrangente, constituindo-se, a rigor, na primeira etapa de agregao para clculo. Quanto coleta, so definidos procedimentos que levam em conta o registro dos preos dos produtos mais vendidos, contemplados na definio abrangente.

    O contedo do cadastro de produtos Os principais dados que se associam ao produto cadastrado so:

    - cdigo do produto, em seus diversos nveis de agregao;

    - descrio do produto, tal como utilizada no questionrio eletrnico para a coleta de preos;

  • Aspectos metodolgicos bsicos ____________________________________________________________________________

    - quantidade de preos a serem coletados em cada local; e

    - identificao da populao-objetivo que consome o produto.

    O cadastro de produtos contm, portanto, todos os dados que, associados ao cadastro de informantes, permitem a coleta de preos.

    Coleta de preosPara a produo dos ndices de preos, faz-se necessrio obter informaes

    sobre os preos do conjunto de produtos e servios de uso mais frequente, por parte das famlias. Do rigor e critrio na obteno destas informaes depende a qualidade do ndice.

    A coleta de preos dos produtos e servios para clculo dos ndices consiste em uma tarefa contnua, realizada mensalmente, nas reas de cobertura da pesquisa, ao longo do ms.

    Para viabiliz-la, o IBGE mantm em cada uma das 11 reas equipes de pesqui-sadores de campo dedicadas, exclusivamente, coleta de informaes necessrias produo dos ndices, cabendo Coordenao de ndices de Preos a organizao geral dos trabalhos e a responsabilidade de atualizao e aprimoramento de seus conhecimentos, bem como de todo o Sistema.

    O levantamento sistemtico dos preos segue um calendrio anual de coleta, no qual o ms apresenta-se dividido em quatro perodos, denominados remessas, que correspondem, aproximadamente, ao perodo de uma semana. A cada remessa est alocado um conjunto fixo de estabelecimentos que so visitados sempre no mesmo perodo mensal.

    Em princpio, tem-se um painel de produtos fixos, oriundo da PEPS, que pes-quisado periodicamente. No entanto, em decorrncia da dinmica de mercado e da especificidade de determinados subitens, torna-se necessrio, em alguns momentos, a atualizao desse painel.

    A cada local/informante corresponde um questionrio eletrnico de coleta de preos instalado no computador de mo, o Personal Digital Assistant - PDA, no qual esto descritas as caractersticas (especificaes) dos produtos ou servios nele in-vestigados.

    A coleta de preos realizada mediante um conjunto de critrios preestabeleci-dos, comuns s 11 reas8. Assim, com o objetivo de garantir a qualidade da informao ao longo do tempo, o IBGE estabeleceu algumas regras bsicas que determinam que cada preo coletado deve corresponder:

    a) exatamente ao produto ou servio descrito no questionrio;

    b) a apenas uma mercadoria;

    c) ao preo de venda vista, pago em dinheiro ou cheque, realmente cobrado ao pblico em geral;

    8 Para informaes mais detalhadas sobre a reespecificao de produtos e servios, consultar o documento: SISTEMA nacional de ndices de preos ao consumidor: mtodos para o trabalho de campo. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria de Pesquisas, 2001.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    d) no caso de produto: a uma mercadoria disponvel para venda, ou seja, toda mercadoria exposta e/ou em estoque, desde que seu preo seja conhecido e que a compra possa ser efetuada por qualquer consumidor; e

    e) no caso de servio: ao preo, como se o mesmo fosse praticado no momento da coleta.

    O nvel de detalhamento da especificao do produto determina quantos pre-os coletar. Assim, no caso de produto com especificao completa, coleta-se um s preo, ou seja, aquele que atende exatamente descrio do questionrio; e, no caso de produto com especificao incompleta, quando existe mais de um produto que corresponda quela descrio, a coleta de preos segue critrios preestabelecidos, os quais vm indicados no questionrio de campo da seguinte forma:

    - os preos de at cinco produtos mais vendidos; e

    - os preos de at dez produtos mais vendidos.

    Em geral, os produtos descritos nos questionrios eletrnicos de pesquisa encontram-se em condies normais de comercializao. Contudo, existem situaes em que os produtos no se encontram nestas condies, como, por exemplo, o local no comercializa o produto. Estes casos so registrados atravs das denominadas mensagens de campo, as quais, dependendo da situao, podem ou no conter re-gistros de preos.

    A visita aos locais cadastrados para a realizao da coleta possibilita, tambm, a observao de alteraes ocorridas na caracterstica do local e/ou produto, sendo essas identificadas e registradas pelo coletor. No sentido de manter as informaes cadastrais relevantes atualizadas, as alteraes so consolidadas e remetidas s equi-pes da Coordenao de ndices de Preos para que avaliem e efetuem as alteraes requeridas, quando julgarem cabveis, tanto em relao anlise de preos quanto s bases cadastrais, ou a ambas.

    Assim, a homogeneidade, em mbito nacional dos mtodos de campo, fica garantida pela uniformidade das instrues escritas e por serem as mesmas transmi-tidas a cada equipe de coletores de preos, sob uma mesma orientao, assegurando a consistncia do Sistema.

  • Mtodos de clculo

    Nesta parte, descrevem-se os mtodos de clculo dos ndices produzidos atravs do Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor - Snipc, isto , o conjunto de operaes atravs das quais so agregadas as informaes individuais do Sistema que resultam nos ndices regionais e nacional.

    Partindo-se dos preos coletados mensalmente, obtm-se, no primei-ro processo-sntese, as estimativas dos movimentos de preos referentes a cada produto pesquisado. Estes resultados so agregados por uma frmula elementar de clculo e geram a estimativa para variao de preos de cada subitem. As estimativas dos subitens, por sua vez, por outro processo agregativo, produzem os ndices referentes a itens, que, por fim, geram os ndices mensais das reas de abrangncia da pesquisa e nacional de cada populao-objetivo.

    ndices regionais

    Clculo no nvel de produtoA primeira fase no processo de clculo dos ndices trata dos resul-

    tados associados a cada produto. Entende-se por produto cada descrio completa ou incompleta existente nos questionrios eletrnicos de coleta de preos instalados no Personal Digital Assistant - PDA. Em outras palavras, os produtos so identificados pelas descries para as quais coletam-se preos mensalmente.

    O ponto de partida para o clculo mensal dos ndices a formao do relativo de preos referente a dois meses consecutivos respectiva-mente, ms de referncia da pesquisa e ms anterior. Para cada produto, o preo e/ou a mensagem de campo em relao a cada estabelecimento.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    Ressalta-se que para os produtos aos quais correspondem especificaes incompletas e cujos mtodos de coleta so de obteno de mais de um preo por local, o preo registrado na srie histrica corresponde mdia aritmtica dos pre-os obtidos no respectivo estabelecimento. Tal procedimento constitui-se, a rigor, na primeira etapa de agregao para o clculo dos indicadores dos produtos, subitens, itens, subgrupos e grupos com esta caracterstica.

    Assim, a partir das informaes da srie histrica de dois meses, a estimativa da variao mensal dos preos do produto j, ou o relativo do produto j, dado por9:

    9 Rigorosamente, a variao mensal dada por . Mantm-se no texto as duas expresses, variao e relativo, como sinnimos, no obstante a impreciso semntica, por serem corriqueiras e, tambm, porque a referncia sempre a movimentao de preos.

    ( ) 10011 j

    ,ttR

    A frmula (IV), que constitui um relativo de preos mdios, foi adotada a partir de junho de 198010. Essa passagem expressa a evoluo natural na fase de consolidao do Sistema e tem respaldo na literatura e prtica internacionais, com a vantagem de ser consistente com as sries histricas de preos mdios11.

    10 At maio de 1980, aplicou-se a mdia aritmtica simples dos relativos de preos dos locais da amostra.11 Para informaes mais detalhadas acerca da concepo do subitem, suas diversas alternativas de clculo, vantagens e simulaes, consultar o documento: MELO, F. de A. M. INPC - os ndices dos subitens ou os estimadores dos subitens. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria de Pesquisas, 1983, 70 p.

    =

    =

    ==

    1

    11

    1

    1

    11

    1

    1

    t

    t

    n

    L

    j,Lt

    t

    n

    L

    j,Lt

    tj

    t

    jtj

    ,tt

    pn

    pn

    P

    PR (IV)

    onde:

    jttR ,1 a medida da variao de preos do produto j entre os meses t-1 (ms

    anterior) e t (ms corrente);

    jtP o preo mdio do produto j no ms t;

    j1tP o preo mdio do produto j no ms t-1;

    Ljtp, o preo do produto j, no local L , no ms t;

    j,Ltp 1 o preo do produto j, no local L , no ms t-1;

    tn o nmero de locais que compem a amostra do produto t (ms

    corrente); e

    1tn o nmero de locais que compem a amostra do produto no ms t-1 (ms

    anterior).

    (IV)

  • Mtodos de clculo ________________________________________________________________________________________

    Observe-se que a expresso depende do nmero de locais que compem a amostra do produto do ms anterior, do ms corrente e dos preos coletados em cada um dos locais no ms corrente e no ms anterior. Como o objetivo medir va-riaes de preos em um mesmo painel de locais, o ideal seria ter um conjunto fixo de locais que, uma vez definido, informasse ad eternum os preos de cada produto pesquisado a cada ms.

    A inviabilidade prtica do paradigma ideal ocorre, quer por impossibilidade defi-nitiva da coleta de preos do produto (locais que encerram suas atividades ou mudam de ramo de comercializao), quer por impossibilidade momentnea (produtos que no so encontrados no momento da coleta ou locais que fecham temporariamente).

    Nesses casos, para manter-se o painel de informantes fixo, por dois meses consecutivos, aplica-se, como recurso, a imputao de preos.

    Imputar o preo de um produto, em determinado local, significa atribuir um preo na ausncia do dado de campo. Assim, se no ms t corrente, certo local L* no informar o preo do produto j, o preo ser imputado segundo um dos seguintes critrios:

    a) Imputao pela mdia de preos dos locais que apresentam informaes no ms corrente, isto :

    jttR ,1

    =

    = t n

    L

    L j t

    t

    L j t p n

    p 1

    , , * 1 * (V)

    onde:

    * , * L j t p o preo imputado do produto j, para o local L

    *, no ms t ;

    L j t p

    , o preo coletado do produto j, no local L no ms t ; e

    t n o total de locais que indicaram preo para o produto j no ms t .

    b) Imputao a partir da repetio do preo do ms anterior do local L* para o produto j.

    * * , 1

    , * L j t

    L j t p p =

    onde:

    * , * L j t p o preo imputado do produto j, para o local L

    *, no ms t ; e

    * , 1 L j

    t p o preo com o qual o local L * participa do clculo do relativo produto j ,

    no ms t -1.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    A imputao pelo preo mdio do ms corrente faz com que o local de preo ausente tenha o seu preo determinado pelos locais restantes. Assim, parte do painel de locais define a estimativa da variao mensal dos preos do produto. Admite-se, como hipteses, que o produto tenha sido adquirido nos locais que apresentaram informaes ou que para o consumidor seria indiferente adquirir o produto neste ou naquele estabelecimento. Utiliza-se esse procedimento para os produtos cujos preos no apresentem grandes diferenas no padro de locais, sendo razovel supor as interpretaes mencionadas anteriormente.

    Por outro lado, observa-se que existem certos produtos cujos preos entre lo-cais apresentam grandes diferenas. fcil perceber que, nesses casos, no correto atribuir ao consumidor um comportamento indiferente quanto ao local de aquisio. Para os produtos com tal caracterstica, imputa-se o preo do local no ms anterior, ou seja, supe-se, na ausncia de preo, que no estabelecimento no houve variao.

    Clculo no nvel de subitemO passo seguinte no processo de clculo dos ndices a agregao no nvel de

    subitem. Antes, porm, cabe esclarecer dois aspectos: a composio do subitem e a natureza do preo utilizado para o clculo.

    Com relao ao primeiro aspecto, deve-se enfatizar que os subitens so com-postos por produtos e que cada um dos produtos retrata as diferentes formas de comercializao do subitem. Portanto, os produtos que compem um determinado subitem devem, no mnimo, representar suas caractersticas determinantes de preo.

    Por exemplo, o subitem manteiga deve possuir um conjunto de mercadorias que representem as marcas mais consumidas no mercado. Existem subitens cujo grau de heterogeneidade maior, como no caso do subitem artigos de papelaria, que inclui mercadorias do tipo lpis, papel, apontador e outros, nas diversas marcas e formas de comercializao.

    Portanto, o clculo das estimativas das variaes de preos dos subitens deve levar em conta, alm das caractersticas mercadolgicas de cada um, a composio desses agregados. Assim, percebe-se, facilmente, que a forma correta de calcular a variao de preos do subitem combinar as variaes individuais dos componen-tes, pois no faz sentido, por exemplo, obter o preo mdio do subitem manteiga somando os preos das embalagens de 200 g, 500 g e 1 kg e dividir este somatrio pelo total de preos coletados.

    Quanto ao segundo aspecto, relativo natureza do preo, destacam-se trs tipos de tratamentos especficos atribudos a trs grupos de subitens, a saber:

    - para os subitens aluguel, condomnio, transporte escolar, mensalidade de cl-nica, clubes, cursos regulares, cursos diversos e creches, os quais revestem-se da caracterstica de serem mensalidades, para efeito do clculo de suas varia-es, consideram-se os valores das mensalidades cobradas do ms anterior ao ms corrente;

    - para o subitem IPVA, que se reveste da caracterstica de um movimento anual e possui opo de pagamento parcelado, apropriam-se as variaes mensais atravs de procedimentos especficos de clculo que sero vistos mais adiante; e

  • Mtodos de clculo ________________________________________________________________________________________

    - para os subitens taxa de gua e esgoto, gs de botijo, gs encanado, energia eltrica, nibus urbano, nibus intermunicipal, nibus interestadual, txi, avio, metr, correio, trem, automveis novos, motocicletas e telefone fixo residencial, cujos preos so coletados diretamente no rgo responsvel pela fixao da tarifa, na concessionria do servio, ou no prprio revendedor, conforme o caso, consideram-se os reajustes apropriados a partir de suas respectivas da-tas de vigncia, obedecendo-se o calendrio de coleta do Snipc. Por exemplo, supondo-se que um preo tenha aumentado de R$ 100,00 (cem reais) para R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), no dia 28 de outubro, e considerando-se que o perodo corrente do ndice de 1o a 29 de outubro, o novo valor, R$ 150,00, apenas ser computado nos dias 28 e 29 do ms, apropriando-se, assim, parte do reajuste. Neste exemplo, o percentual complementar ser apropriado em novembro.

    Pelo fato de alguns subitens apresentarem certas particularidades que influen-ciam diretamente o processo de clculo, a descrio dos mtodos para este nvel de agregao foi dividida em dois segmentos: critrio geral, adotado para a maioria dos subitens; e critrios especficos, definidos para os chamados subitens especiais12.

    Critrio geralEstima-se a variao de preos de um subitem, tambm chamada de relativo

    do subitem ou de ndice do subitem, pela mdia geomtrica dos resultados obtidos para cada produto que o compe.

    Assim:

    12 O subitem aluguel, a partir de fevereiro de 1995, passou a ser calculado segundo o critrio geral; antes, o subitem era calculado por critrio especfico. Para informaes mais detalhadas, consultar o documento: NOTAS sobre o aprimora-mento do subitem aluguel. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria de Pesquisas, 1995.

    Como se observa, atravs da frmula (VI), todos os produtos participam do resultado do subitem com a mesma ponderao.

    No que diz respeito aos resultados, ao longo do tempo, evidencia-se a impor-tncia de manter-se o painel de produtos fixos, a exemplo do que ocorre com o painel de locais, sob pena de incorporar falsas variaes de preos.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    Portanto, surge uma limitao de ordem prtica, pois impossvel garantir que os produtos sejam mantidos eternamente no mercado, principalmente aqueles descritos de forma completa. Sendo assim, a exemplo do que adotado para ausncia de preos em locais, necessrio o recurso da imputao para o caso de falta temporria de um produto.

    O mtodo de imputao no nvel de subitem consiste em atribuir ao produto sem cotao a variao mdia dos demais produtos do subitem. Operacionalmente, trabalha-se no nvel de local/produto, de modo que para todos os locais, tem-se:

    Logo, imputar o preo mdio de um produto pela frmula anterior significa estimar o movimento de preos do subitem, considerando-se, apenas, as variaes dos preos mdios dos produtos para os quais obteve-se informao.

    Cumpre observar que a imputao de preos, tanto para um local quanto para um produto, embora seja o recurso que torna possvel fixar o conjunto de locais e produtos que fornecem mensalmente a estimativa da variao de preos de cada subitem pesqui-sado, no se justifica em ampla escala, ou seja, quando se torna necessrio fazer muitas imputaes o momento ou a indicao para que sejam reavaliados os painis desses subitens, devendo ser acionados os esquemas de realimentao dos cadastros.

    Critrios especficos

    a) IPVA O Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores - IPVA um tributo

    anual de competncia estadual, cujo fato gerador a propriedade de veculos auto-motores, com alquota determinada pelas Secretarias de Fazenda, sendo a base de clculo o valor venal dos veculos.

  • Mtodos de clculo ________________________________________________________________________________________

    Para efeito de clculo, considera-se o IPVA dos veculos de marcas e modelos mais comercializados do Pas, a partir das informaes obtidas atravs da Associao Nacional dos Fabricantes de Veculos Automotores - Brasil - anfavEa. O IBGE considera tambm no clculo o ano de fabricao, por este ter-se mostrado fator determinante na variao de alquotas para veculos de mesma marca e modelo.

    Para estimar a variao mensal para clculo do ndice deste subitem, define-se um painel representativo dos veculos para os quais so pesquisados os valores dos impostos efetivamente cobrados, atravs da constituio de estratos individualizados por montadoras, considerando-se os principais modelos comercializados e, tambm, o ano de fabricao.

    O valor do IPVA para as diferentes marcas, modelos e anos de fabricao, para pagamentos vista, verificado junto s Secretarias de Fazenda de cada uma das Unidades da Federao onde h pesquisas de preos para o Snipc.

    A frmula de clculo para a estimativa da inflao do subitem IPVA compre-ende as seguintes etapas, descritas abaixo:

    - definio dos veculos cujos impostos sero pesquisados;

    - os veculos so agrupados por montadora e ano de fabricao, considerando-se carros com dois, trs, quatro e cinco anos de idade;

    - calcula-se um relativo de preos para cada produto (definido pela marca e ano);

    - aplica-se uma mdia geomtrica desses relativos e chega-se variao anual do IPVA para cada montadora;

    - identifica-se a participao de mercado de cada montadora;

    - calcula-se uma mdia geomtrica ponderada de relativos, onde a ponderao dada pela participao de mercado da montadora. Este resultado o resul-tado anual; e

    - finalmente, com a extrao da raiz 12 do resultado anual, obtm-se a variao mensal.

    Matematicamente, pode-se representar o mtodo de clculo acima descrito atravs da seguinte frmula:

    20

    5

    1

    5

    2 1-

    = ==

    m n Tmn,

    Tmn,A a

    aI

    onde:

    AI o ndice da montadora A;

    Tmn,a o valor da tabela do IPVA do ano T para a montadora A, para o modelo m, com n anos de fabricao; e

    1-Tmn,a o valor da tabela do IPVA do ano T-1 para a montadora A, para o modelo m, com n anos de fabricao.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    Sendo Ap a participao percentual no mercado da montadora A, Bp ano mercado da montadora B e assim por diante, o resultado anual

    DCBA pD

    pC

    pB

    pAanual IIIII = , cuja extrao da raiz 12 fornece o resultado mensal.

    participao dado por:

    Exemplo:

    A Tabela 4, a seguir, representa o painel de produtos (veculos) cujos valores de IPVA so computados pelo IBGE. No exemplo, so apresentados valores para o IPVA informados pela Secretaria de Fazenda estadual para os seguintes anos subsequentes t e t+1. Os nomes V1A, V2A, V3A, V4A e V5A, das colunas da tabela indicam que os veculos tm um, dois, trs, quatro ou cinco anos de idade, respectivamente, onde idade a diferena, em anos, entre o ano de fabricao do automvel e o ano corrente.

    A partir dos valores da Tabela 4, so calculados os relativos de preos para todos os modelos e idades, bem como a mdia geomtrica dos relativos para cada montadora. Estas informaes esto computadas na Tabela 5. Os ttulos das colunas R2A, R3A, R4A e R5A referem-se aos relativos para veculos com dois, trs, quatro ou cinco anos de fabricao. Assim, por exemplo, R2A representa a diviso do valor da coluna V2A da tabela 2007 pelo seu respectivo valor VA2 na tabela 2006.

    Assim, se as participaes das montadoras A, B, C e D forem, respectivamente, 0,350, 0,097, 0,288 e 0,263, o ndice calculado para o IPVA 0,58%.

    V1A V2A V3A V4A V5A V2A V3A V4A V5A V6A

    Montadora A 1 121,52 1 026,26 942,73 860,24 779,94 1 069,07 982,64 911,80 849,50 761,82

    Veculo A1 1 871,04 1 644,12 1 454,52 1 352,72 1 213,60 1 722,36 1 509,16 1 352,52 1 316,72 1 137,36Veculo A2 646,72 590,52 539,68 497,20 448,48 667,84 603,96 557,08 520,35 491,28Veculo A3 746,20 684,60 636,08 609,16 588,56 741,28 703,28 652,40 616,44 589,32Veculo A4 1 432,72 1 343,92 1 251,40 1 081,04 914,28 1 308,36 1 227,24 1 171,04 1 009,52 841,40Veculo A5 910,92 868,16 832,00 761,08 734,80 905,52 869,56 825,96 784,48 749,72

    Montadora B 1 098,24 989,68 886,73 786,24 700,90 1 039,79 957,92 893,21 798,40 670,55Veculo B1 1 467,96 1 319,96 1 156,16 1 045,92 944,96 1 342,35 1 221,28 1 127,12 1 066,88 886,52Veculo B2 749,04 659,04 612,96 584,72 537,92 729,54 692,44 655,84 619,72 574,64Veculo B3 1 075,28 960,52 882,84 854,72 712,44 1 012,56 914,12 857,24 812,08 578,32Veculo B4 986,08 875,36 761,48 531,84 497,52 931,08 892,84 851,64 552,50 521,32Veculo B5 1 212,88 1 133,56 1 020,24 914,00 811,68 1 183,44 1 068,92 974,20 940,80 791,95

    Montadora C 1 239,11 1 115,76 1 034,13 934,44 831,75 1 168,66 1 079,18 985,73 943,73 822,37Veculo C1 1 734,88 1 621,36 1 401,40 1 305,20 1 156,32 1 628,76 1 508,96 1 298,52 1 241,04 1 095,40Veculo C2 1 958,48 1 675,36 1 593,40 1 474,52 1 273,16 1 777,40 1 623,04 1 482,52 1 429,40 1 201,88Veculo C3 862,20 785,76 747,56 631,12 575,84 834,08 773,80 734,52 710,04 633,92Veculo C4 777,80 710,60 680,76 630,28 577,04 770,56 716,40 684,24 632,56 589,32Veculo C5 862,20 785,76 747,56 631,12 576,40 832,48 773,72 728,84 705,60 591,32

    Montadora D 1 276,28 1 181,85 1 049,68 935,49 864,56 1 226,27 1 099,21 1 007,78 912,82 847,46Veculo D1 1 092,80 1 021,32 953,80 814,80 788,76 1 042,40 976,80 896,40 789,72 755,92Veculo D2 1 792,80 1 664,08 1 395,16 1 256,12 1 179,32 1 651,00 1 482,12 1 321,56 1 181,16 1 135,28Veculo D3 762,88 692,28 647,64 603,56 555,28 737,36 702,88 958,92 633,96 570,32Veculo D4 1 374,52 1 284,60 1 104,44 995,20 889,04 1 386,64 1 132,78 1 076,96 937,84 882,64Veculo D5 1 358,40 1 247,00 1 147,40 1 004,80 910,40 1 313,96 1 198,48 1 085,04 1 024,44 893,16

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de ndices de PreosNota: Valores fictcios, a ttulo de ilustrao.

    Montadora

    Tabela 4 - Valores do IPVA para alguns modelos, por ano de referncia

    2006 2007

    Valores do IPVA, por ano de referncia e idade do veculo (R$)

    e idade do veculo, segundo a montadora - 2006-2007

  • Mtodos de clculo ________________________________________________________________________________________

    b) Assinatura de jornalA estimativa para a variao de preos deste subitem gerada a partir das in-

    formaes de preos coletadas mensalmente nas centrais de atendimento dos jornais de maior circulao em cada rea.

    O cadastro, neste subitem, contempla produtos representativos. Assim, pode-se captar o valor do reajuste anual relativo a cada ms do ano para esses jornais. No ms pesquisado, se houver reajuste, a variao ser diferente de 1. Nos demais meses, nos quais no se verifica vencimento para a assinatura, no h variao (o reajuste foi captado no ms devido).

    c) Taxa de gua e esgoto Este subitem composto pelos servios de abastecimento de gua e tratamento

    de esgoto, cujos valores cobrados so estimados conforme uma conta-padro, ou seja, de acordo com o mtodo de cobrana efetuado pelas empresas concessionrias presta-doras destes servios.

    O valor da taxa de esgoto, segundo as empresas do setor, derivado do valor da taxa de gua e, por esta razo, para calcular o valor da taxa de esgoto, calcula-se, primeiro, o valor da taxa de gua para, finalmente, chegar ao valor da taxa de esgoto.

    Para calcular o valor da taxa de gua, coleta-se, ms a ms nas concessionrias de cada rea, o preo do metro cbico da gua para cada faixa de consumo estabelecido pela prpria concessionria. Posteriormente, calcula-se o preo mdio para o nvel de consu-mo mdio, definido para as reas a partir da Pesquisa de Oramentos Familiares - POF.

    Montadora R2A R3A R4A R5AMdia geomtricada montadora

    1,047588 1,037566 0,999852 1,084970

    1,130935 1,119108 1,120434 1,160252

    1,082793 1,105647 1,070983 1,047370

    0,973540 0,980694 1,083253 1,104169

    1,043034 1,045144 1,085247 1,067610

    1,016930 1,056324 1,077635 1,129021

    1,106974 1,129666 1,121631 1,152067

    1,054179 1,035431 1,002948 1,139857

    1,063654 1,172506 1,601309 1,110508

    1,044003 1,047714 1,065864 1,159077

    1,004564 1,076752 0,994882 1,073267

    1,060906 1,018602 1,005425 1,122718

    1,061495 1,035101 1,163836 1,233051

    1,084379 1,052353 1,085613 1,096215

    1,059458 1,034994 1,154836 1,224150

    1,020640 1,024114 1,100147 0,997414

    0,992140 1,064480 1,049590 1,001560

    1,065118 1,085294 1,091722 1,141694

    1,079433 1,025660 1,082154 1,054891

    1,053697 1,044518 1,079857 1,125264

    Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenao de ndices de PreosNota: Valores fictcios, a ttulo de ilustrao.

    Tabela 5 - Participao relativa e mdia geomtrica, segundo a montadora - 2007

    1,10885908

    1,08018190

    1,05821882

    A

    B

    C

    D

    1,06843002

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    Assim, o clculo do preo mdio referente ao consumo preestabelecido para cada rea de abrangncia do Sistema feito conforme o exemplo a seguir:

    Faixas de consumo (3m /ms) Preo por

    3m

    0 --------------------| b pfaixa 1

    b ------- z ----------| c pfaixa 2

    c --------------------| d pfaixa 3

    Supondo-se que o consumo mdio mensal de z metros cbicos, situado entre os nveis b e c, tem-se:

    2 faixa 1 faixa p b z p b p A t

    onde:

    p t A o preo da taxa de g ua no ms t ;

    b o limite superior de consumo estabelecido para a primeira faixa;

    z o consumo mdio;

    p faixa 1 o preo do metro cbico na primeira faixa de consumo; e

    p faixa 2 o preo do metro cbico na segunda faixa de consumo.

    Vale observar que, nas regies metropolitanas onde o preo mdio do subitem pesquisado em mais de uma rea de cobertura, apropriam-se os respectivos preos mdios atravs de uma mdia aritmtica ponderada pela populao residente, segundo os dados do Censo Demogrfico 2010. Matematicamente, tem-se:

    faixa2 B faixa1 B faixa2 A faixa1 A gua t b)p (z p b w b)p (z p b w (RM) p onde:

    z

    z

    w

    w

    (RM)p

    B

    A

    B

    A

    guat o preo mdio do subitem na RM;

    o peso populacional da rea A;

    o peso populacional da rea B;

    o consumo mdio na rea A; e

    o consumo mdio na rea B.

  • Mtodos de clculo ________________________________________________________________________________________

    Para algumas regies metropolitanas, o valor da taxa de esgoto igual ao da taxa de gua, sendo necessrio apenas calcular o dobro do valor desta ltima. Para as demais reas, apropria-se um valor lquido, ou seja, um percentual do valor total da taxa de gua.

    d) Energia eltrica residencial

    O custo da energia eltrica calculado pelo IBGE atravs de uma conta-padro que leva em considerao um consumo mdio13. Existe um consumo mdio para a faixa restrita (ndice Nacional de Preos ao Consumidor - INPC) e um consumo mdio para a faixa ampla (ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo - IPCA). O nvel de consumo para cada rea geogrfica, por faixa de rendimento, foi determinado a partir de informaes coletadas junto s empresas concessionrias e, tambm, pro-venientes das estatsticas da POF.

    A despesa mdia de energia eltrica residencial determinada calculando-se o valor do quilowatt com impostos multiplicado pela quantidade mdia consumida. A primeira parcela obtida a partir da apropriao dos valores do PIS/cofinS e do ICMS ao valor do quilowatt sem impostos. Por ltimo, adiciona-se ao valor da despesa mdia de energia eltrica a Taxa de Iluminao Pblica - TIP, tambm encontrada em outras reas da pesquisa com as seguintes denominaes: Contribuio para o Custeio do Servio de Iluminao Pblica - coSip ou Contribuio de Iluminao Pblica - CIP.

    Considerando-se as 11 reas de abrangncia do Snipc, h trs Regies Metro-politanas Rio de Janeiro, So Paulo e Porto Alegre - com mais de uma empresa responsvel pelo fornecimento de energia eltrica. Portanto, para cada uma dessas reas, a estimativa da variao de preos do subitem obtida a partir de uma mdia aritmtica ponderada dos valores das despesas de energia eltrica cobradas pelas empresas prestadoras deste servio. Esses ponderadores expressam a importncia relativa da concessionria no mercado e tm por base a quantidade de quilowatts de energia eltrica consumidos pela populao urbana residencial no mbito das Regies Metropolitanas do Rio de Janeiro, So Paulo e Porto Alegre.

    Os ponderadores referentes ao consumo foram obtidos com base nas informaes prestadas pelas seguintes empresas estaduais: Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados - SEadE, em So Paulo; Centro Estadual de Estatsticas, Pesquisas e Formao de Servidores Pblicos do Rio de Janeiro - cEpErj, no Rio de Janeiro; e Fundao de Economia e Estatstica Siegfried Emanuel Heuser - FEE, no Rio Grande do Sul.

    e) Telefone fixo

    A estimativa para a variao de preos deste subitem obtida a partir da com-parao entre o valor de uma conta-padro no ms corrente e o seu respectivo valor no ms anterior.

    A conta-padro foi obtida com base nos dados de 2002, fornecidos pela Agn-cia Nacional de Telecomunicaes - anatEl, decorrente de um levantamento junto s concessionrias, e est estruturada da seguinte forma:

    13 Os descontos dados aos consumidores de baixa renda no sero apropriados, uma vez que o teto de consumo dessa classe, em cada regio, situa-se abaixo desse nvel de consumo.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    - assinatura - direito franquia mensal de 200 minutos, que corresponde a um plano representativo do consumo de telefonia fixa da populao;

    - minutos excedentes franquia (com base nos dados da anatEl);

    - chamadas locais de fixo para mvel, tendo-se como referncia os minutos consumidos e a tarifa com impostos;

    - chamadas de longa distncia nacional, LDN, de fixo para fixo, apropriando-se os minutos utilizados no sistema de discagem direta a distncia, DDD, e tarifa com impostos para os horrios reduzidos; e

    - chamadas de longa distncia internacional, LDI, para os Estados Unidos, via EmBratEl, de fixo para fixo, considerando-se os minutos do sistema de disca-gem direta internacional/EmBratEl pelo valor da tarifa com impostos em horrio reduzido.

    O reajuste das tarifas apropriado nos clculos a partir do dia de sua vigncia e no na data efetiva do pagamento da conta por parte do consumidor, conforme o regime de competncia.

    f) TxiPara o subitem txi, acompanha-se o preo de uma corrida-padro, definida

    como a distncia percorrida com maior frequncia conforme informaes colhidas junto aos Sindicatos de Condutores Autnomos, de modo que, para a composio do preo, tomam-se o preo da bandeirada inicial e o preo do quilmetro rodado na bandeira 1. Deve-se observar que a bandeira 2 (em geral, utilizada nos feriados, finais de semana e no ms de dezembro) no apropriada nos ndices. Obtidas essas informaes, constri-se o preo da corrida-padro.

    Desta forma, tem-se:

    )pC(+p=p kpbt

    g) Gs encanado

    A estimativa do preo do subitem gs encanado tem como base o consumo

    mdio, em metros cbicos, nas reas pesquisadas, fornecido pelas concessionrias.

    As tarifas so expressas em reais por metros cbicos, estabelecidas por faixas de

    consumo que compreendem duas parcelas: uma fixa e outra varivel. A aplicao dos

    encargos variveis se d em cascata; o encargo fixo incide na classe de consumo

    determinada. Cabe acrescentar, ainda, que as alquotas referentes ao PIS/cofinS j

    onde:

    p t o preo do subitem txi para o ms corrente t ;

    p b o preo da bandeirada inicial;

    C p a corrida-padro; e

    p k o preo do quilmetro rodado na bandeira 1.

  • Mtodos de clculo ________________________________________________________________________________________

    Classe de consumo 3m /ms Fixo (R$/ms) Varivel (R$/m3)

    12 b----------|c p2 pv23 c---- z ----|d p3 pv34 Acima de d p4 pv4

    0----------|b p1 pv1

    A frmula para o clculo do preo corrente aplicada considerando, por exem-plo, um valor mdio de consumo z situado na classe 3. Matematicamente, tem-se:

    se encontram embutidas no valor das tarifas restando a apropriao do ICMS, que feita a posteriori.

    O exemplo a seguir apresenta de maneira geral as faixas de consumo e os seus respectivos preos e encargos fixos para uma determinada rea da pesquisa:

    ICMS -

    p p c z p b) - (c p b p 3 v3 v2 v1 t 1

    onde:

    p t o preo corrente o preo;

    pv1 o preo varivel do m3 na primeira classe de consumo;

    pv2 o preo varivel do m3 na segunda classe de consumo;

    pv3 o preo varivel do m3 na terceira classe de consumo;

    p3 o preo fixo do m3 na terceira classe de consumo;

    dc,b, So os limites das classes de consumo;

    z o consumo mdio; e

    ICMS o imposto sobre mercadorias e servios.

    h) Plano de sadeCom vistas a estimar a variao das mensalidades dos contratos individuais e

    familiares dos planos de sade para clculo dos ndices de preos ao consumidor, o IBGE, desde 2001, apropria os percentuais de reajuste incidentes sobre os contratos assinados num perodo de um ano ou mais, abrangendo a maioria dos usurios.

    A pesquisa consiste em visitar, a cada ms, as operadoras mais representativas, ou seja, aquelas que, notoriamente, agregam o maior nmero de clientes. Em cada uma delas, obtm-se a informao do percentual de reajuste aplicado sobre as mensalidades dos contratos que esto fazendo aniversrio no ms da pesquisa. O percentual informado, em geral, baseia-se no reajuste fixado pela Agncia Nacional de Sade Suplementar - ANS. Um reajuste anual normalmente fixado no ms de maio com vistas a vigorar nos 12 meses seguintes. A aplicao tem incio para os usurios de acordo com a data de aniversrio de cada plano. Assim, se o incio da aplicao ocorre em junho de um ano, em julho do ano seguinte todos os contratos sero reajustados.

  • Sistema Nacional de ndices de Preos ao Consumidor

    _____________________________________________________________________ Mtodos de clculo - 6 edio

    O reajuste a incidir sobre os contratos passa pelas seguintes etapas:

    - pesquisa-se a amostra de operadoras em cada regio considerada;

    - identificam-se quais os planos novos (aqueles posteriores a 1o de janeiro de 1999) e os planos antigos (anteriores a essa mesma data);

    - calcula-se, por operadora, a variao total mdia anual ponderada pelas parti-cipaes dos planos novos e antigos, conforme informao obtida junto ANS;

    - extrai-se a raiz 12 do valor obtido no item anterior, chegando-se, assim, va-riao mdia mensal, por operadora; e

    - aplica-se a mdia geomtrica sobre as variaes mensais de todas as opera-doras da regio.

    i) Empregado domsticoConsidera-se trabalhador domstico aquele que presta servio domstico remune-

    rado para uma ou mais unidades domiciliares. Trata-se do empregado domstico propria-mente dito, capaz de executar qualquer tarefa no domiclio, alm de outras categorias, tais como: faxineiro, arrumador, lavador de roupa, passadeira e diarista no servio domstico, podendo ter ou no carteira assinada. Esta descrio corresponde ao cdigo de ocupao 95000 na Pesquisa Mensal de Emprego - PME, realizada pelo IBGE.

    A remunerao percebida o rendimento bruto mensal habitualmente recebi-do, referente a um ms completo de trabalho. Trata-se do rendimento bruto mensal usualmente recebido pelo trabalhador domstico, excluindo-se aqueles recebimentos que no tenham carter contnuo, alm das contribuies para a previdncia social.

    A estimao da variao mensal do subitem em questo obtida atravs da comparao da estimativa da tendncia da srie de rendimentos brutos mensais habitualmente recebidos no ms t com a tendncia da srie de rendimentos brutos mensais habitualmente recebidos no ms t-114.

    A opo pela tendncia foi determinada pela presena de fortes perturbaes aleatrias nas sries observadas no condizentes com a teoria dos ndices de preos ao consumidor. Adicionalmente, apesar da srie estudada ser a de rendimentos habi-tuais, existem, ainda, flutuaes sazonais que dificultam a compreenso do fenmeno a ser mensurado.

    Obtm-se a suavizao de sinal (tendncia suavizada) atravs da abordagem em espao de estados. A suavizao est relacionada recuperao da informao sobre quantidades no observveis (tendncia, por exemplo) do Sistema, utilizando-se medies obtidas tanto antes como depois do tempo t. Consequentemente, a recupe-rao da informao no ocorre no tempo t, mas aps. A srie de tendncia obtida considerando o ms de agosto de 2002 como ponto inicial (em funo de os meses de abril, maio, junho e julho apresentarem comportamento atpico, considerando-se todo o processo temporal) e o ltimo ms informado como final.

    14 Para informaes mais detalhadas sobre a metodologia, consultar o documento: ESTIMATIVAS mensais de tendn-cia do valor mdio dos rendimentos habituais dos empregados domsticos e dos trabalhadores em mo de obra para reparos do domiclio para o Snipc utilizando dados da pesquisa mensal de emprego. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria de Pesquisas, 2007. 24 p. Disponvel em: . Acesso em: ou