métodos de avaliação da composição corporal

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  • 7/25/2019 Mtodos de Avaliao Da Composio Corporal

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    BRASLIA-DF.

    MTODOSDEAVALIAODA

    COMPOSIOCORPORAL

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    Elaborao

    Smia Keller Luccas

    Produo

    Equipe Tcnica de Avaliao, Reviso Lingustica e Editorao

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    Sumrio

    APRESENTAO .................................................................................................................................. 4

    ORGANIZAO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5

    INTRODUO .....................................................................................................................................7

    UNIDADE NICA

    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL .......................................................................................... 9

    CAPTULO 1

    AVALIAO CORPORAL..........................................................................................................

    9

    CAPTULO 2

    SOMATOTIPO ........................................................................................................................ 28

    CAPTULO 3

    EQUAES DE PREDIO PROTOCOLOS............................................................................ 35

    CAPTULO 4

    PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL ................................................................................. 38

    CAPTULO 5MTODOS PARA AVALIAO DO GASTO ENERGTICO........................................................... 42

    PARA (NO) FINALIZAR...................................................................................................................... 44

    REFERNCIAS .................................................................................................................................... 46

    ANEXO .............................................................................................................................................. 47

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    Apresentao

    Caro aluno

    A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa rene elementos que se entendem

    necessrios para o desenvolvimento do estudo com segurana e qualidade. Caracteriza-se pela

    atualidade, dinmica e pertinncia de seu contedo, bem como pela interatividade e modernidade

    de sua estrutura formal, adequadas metodologia da Educao a Distncia EaD.

    Pretende-se, com este material, lev-lo reexo e compreenso da pluralidade dos conhecimentos

    a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos especcos da rea e atuar de forma

    competente e conscienciosa, como convm ao prossional que busca a formao continuada paravencer os desaos que a evoluo cientco-tecnolgica impe ao mundo contemporneo.

    Elaborou-se a presente publicao com a inteno de torn-la subsdio valioso, de modo a facilitar

    sua caminhada na trajetria a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na prossional. Utilize-a

    como instrumento para seu sucesso na carreira.

    Conselho Editorial

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    Organizao do Cadernode Estudos e Pesquisa

    Para facilitar seu estudo, os contedos so organizados em unidades, subdivididas em captulos, de

    forma didtica, objetiva e coerente. Eles sero abordados por meio de textos bsicos, com questes

    para reexo, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradvel. Ao

    nal, sero indicadas, tambm, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e

    pesquisas complementares.

    A seguir, uma breve descrio dos cones utilizados na organizao dos Cadernos de Estudos

    e Pesquisa.

    Provocao

    Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes

    mesmo de iniciar sua leitura ou aps algum trecho pertinente para o autor

    conteudista.

    Para refletir

    Questes inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faa uma pausa e reflita

    sobre o contedo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocnio. importante

    que ele verifique seus conhecimentos, suas experincias e seus sentimentos. As

    reflexes so o ponto de partida para a construo de suas concluses.

    Sugesto de estudo complementar

    Sugestes de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,

    discusses em fruns ou encontros presenciais quando for o caso.

    Praticando

    Sugesto de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didtico de fortalecer

    o processo de aprendizagem do aluno.

    Ateno

    Chamadas para alertar detalhes/tpicos importantes que contribuam para a

    sntese/concluso do assunto abordado.

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    Saiba mais

    Informaes complementares para elucidar a construo das snteses/concluses

    sobre o assunto abordado.

    Sintetizando

    Trecho que busca resumir informaes relevantes do contedo, facilitando o

    entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

    Exerccio de fixao

    Atividades que buscam reforar a assimilao e fixao dos perodos que o autor/

    conteudista achar mais relevante em relao a aprendizagem de seu mdulo (no

    h registro de meno).

    Avaliao Final

    Questionrio com 10 questes objetivas, baseadas nos objetivos do curso,

    que visam verificar a aprendizagem do curso (h registro de meno). a nica

    atividade do curso que vale nota, ou seja, a atividade que o aluno far para saber

    se pode ou no receber a certificao.

    Para (no) finalizar

    Texto integrador, ao final do mdulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem

    ou estimula ponderaes complementares sobre o mdulo estudado.

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    Introduo

    Mtodos de avaliao da composiocorporal de atletas

    A disciplina Mtodos de Avaliao da Composio Corporal de Atletas apresenta como meta principal

    capacitar nossos alunos da Ps-Graduao de Nutrio Esportiva para a utilizao, mediante os

    padres cientcos e atuais, dos diferentes mtodos de avaliao da composio corporal para

    atletas e desportistas.

    Antes de serem apresentados todos os mtodos para a avaliao da composio corporal, estadisciplina tem como objetivo a denio de composio corporal e sua utilizao prtica na rea da

    Sade e da Nutrio Esportiva.

    Uma vez entendido o conceito referente a composio corporal, torna-se necessrio o conhecimento

    dos diferentes mtodos atualmente usados para a avaliao da composio corporal, tanto para

    atletas como para no atletas (desportistas).

    Como so vrios os mtodos existentes para a avaliao da composio corporal, esta disciplina

    quer identicar, conhecer, analisar e discutir as vantagens, desvantagens, utilizao prtica e

    especicidade de cada procedimento estudado para que nossos alunos tenham o conhecimento

    necessrio para realizar um atendimento especializado e satisfatrio a seus pacientes/alunos.

    Nesse sentido, a disciplina alm de orientar, promove um diferencial no mercado de trabalho,

    principalmente na rea de Nutrio Esportiva, uma vez que a demanda por prossionais capacitados

    atuantes nesta rea ainda grande e escassa.

    Objetivos

    Denir composio corporal e sua utilidade para desportistas e atletas.

    Distinguir os diferentes mtodos de avaliao da composio corporal para

    desportistas e atletas e sua especicidade em relao a populao recorrente.

    Conhecer as individualidades das equaes de predio utilizadas como

    parmetros/padres cientcos de avaliao do percentual de gordura corporal

    total para desportistas e atletas.

    Denir somatotipia e sua relao prtica com a composio corporal.

    Conhecer e analisar os padres recomendados pela literatura cientca para osvalores de porcentagem de gordura corporal total de desportistas e atletas.

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    UNIDADE NICA

    AVALIAO DA

    COMPOSIOCORPORAL

    CAPTULO 1Avaliao corporal

    A composio corporal uma varivel de interferncia direta sobre o desempenho motor e a

    qualidade de vida, pois capaz de indicar o estado de sade de um indivduo.

    Outras variveis ou medidas podem tambm ser utilizadas como parmetros ou indicadores do

    estado nutricional ou do estado de sade de um indivduo, porm, o estudo da composio corporal

    torna-se mais especco e preciso, pois proporciona a visualizao e a diferenciao entre os

    diversos compartimentos do organismo, ou seja, favorece a distino de cada um deles.

    Dessa forma, o conceito de composio corporal justicado a partir do momento em que se

    tornaram necessrias avaliaes mais precisas e especcas sobre a estrutura corporal do indivduo

    a ser avaliado. Nesse sentido, atletas ou mesmo os indivduos praticantes de atividade fsica regular,

    os desportistas, comearam a utilizar a avaliao da composio corporal como forma de aperfeioar

    ou melhorar seu desempenho fsico, e tambm, outros fatores, diferenciando de acordo com o

    objetivo proposto, o treinamento e a alimentao.

    Por isso, quando se menciona avaliao da composio corporal subentende-se que sero

    estudados os compartimentos do corpo de um indivduo. O peso corporal total , ento, dividido

    em massa de gordura, massa ssea, massa muscular e massa residual, esta ltima, compreende

    rgos corporais e a pele. Para simplicar, esses compartimentos so, geralmente, divididos emdois grandes grupos: massa corporal magra e massa de gordura.

    A avaliao da composio corporal importante por que:

    Pode ser utilizada como objeto de pesquisa em diversas reas;

    Auxilia o diagnstico nutricional;

    Ajuda na elaborao de intervenes nutricionais;

    Auxilia na elaborao e planejamento de programas de treinamento fsico;

    Promove melhorias no desempenho fsico e na qualidade de vida.

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Mtodos de avaliao da composio corporal

    Os mtodos de avaliao da composio corporal surgiram com a nalidade de investigar da

    forma mais precisa possvel a estrutura do corpo humano e seus compartimentos, por isso, alguns

    mtodos so mais precisos que outros, mais trabalhosos, e consequentemente, mais difceis deserem efetuados.

    A classicao dos mtodos existentes para a avaliao da composio corporal foi elaborada

    levando em considerao a preciso dos dados obtidos; dessa forma, quanto maior a preciso dos

    resultados, mais direto pode ser considerado o mtodo. Portanto, foram assim denominados, por

    ordem de preciso e especicidade, de mtodos diretos, indiretos e duplamente indiretos.

    Alguns exemplos podem ser observados na tabela a seguir:

    Tabela 1. Classificao dos diferentes mtodos de avaliao da composio corporal.

    DIRETOS INDIRETOS DUPLAMENTO INDIRETOS

    dissecao de tecidos estudos em animaisextrao lipdica

    hidrodensitometria pletismografia DEXAantropometria dobras cutneas bioimpedncia

    eltrica

    Mtodos diretos

    Os mtodos diretos ferecem alto nvel de preciso para a avaliao da composio corporal e o erro

    padro de estimativa (EPE) pequeno, por isso, o nome mtodo direto.

    A dissecao de cadveres e a extrao lipdica so os mtodos diretos mais conhecidos.

    A extrao lipdica, feita em soluo aquosa, pode ser considerada o melhor mtodo direto de avaliao

    da composio corporal quando comparada a dissecao de cadveres, pois nesta ltima, ainda h

    diculdade para a extrao total das gorduras existentes entre as bras e as vsceras. Alm disso, a

    dissecao de cadveres, embora um mtodo direto e preciso, no conseguia retratar elmente a

    realidade da composio corporal de um indivduo ativo (vivo), justamente devido a situao inerte

    do corpo do avaliado.

    Mtodos indiretos

    Os mtodos indiretos so validados atravs da comparao entre os resultados obtidos pelos mtodos

    diretos e respaldados por princpios qumicos e fsicos que visam extrapolao das quantidades de

    gordura e de massa corporal magra. Quando os valores nais so parecidos, aceita-se que o mtodo

    indireto em questo seja um bom instrumento para a anlise da composio corporal.

    Entre os mtodos qumicos indiretos podem ser citados a contagem de potssio radioativo (K40 e

    K42), diluio de xido de deutrio e excreo de creatinina urinria. J entre os mtodos fsicosdestacam-se o ultrassom, o raio X, o raio X de dupla energia, a ressonncia nuclear magntica e

    a densimetria.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Um dos princpios qumicos que originou algumas das tcnicas clssicas de mensurao da

    composio corporal, como a hidrodensitometria ou pesagem hidrosttica, o das diferentes

    densidades existentes entre a gordura e outras substncias qumicas presentes no organismo.

    A partir do conhecimento de que a densidade da gordura diferente da densidade da guatornou-se possvel desenvolver o modelo de dois compartimentos corporais distintos: os tecidos

    metabolicamente ativos, que compem a massa livre de gordura e a massa de gordura.

    Dependendo da fase de crescimento e desenvolvimento, sexo, nvel de atividade fsica e etnia, esses

    compartimentos corporais (a massa livre de gordura e a massa de gordura) podem variar.

    Devido a essas variaes e com o avano das pesquisas, foram criados modelos de trs, quatro ou

    mltiplos compartimentos, com o intuito principal de minimizar as mudanas estruturais dos seres

    humanos de acordo com a fase da vida em que se encontram.

    No modelo de trs compartimentos, divide-se a massa livre de gordura em contedo de gua (lquidos)

    e contedo protico e mineral (slidos) para que sejam usadas as densidades da gua, da gordura

    e dos slidos corporais para a avaliao. No modelo de quatro compartimentos a massa livre de

    gordura, ento, dividida em trs partes: massa celular, uido extracelular e slidos extracelulares.

    Para nalizar, existe ainda o mtodo de anlise da composio corporal que organizado em cinco

    nveis: atmico, molecular, celular, tecidual e de corpo inteiro.

    Para exemplicar, esses modelos levam em considerao os valores de densidade assim descritos:

    Densidade da gordura = 0,9 g/cm3

    Densidade da gua =1,0 g/cm3

    Hidrodensitometria pesagem hidrosttica ou subaqutica(padro ouro)

    A avaliao da composio corporal efetuada pelo mtodo de Hidrodensitometria baseada no

    princpio de Arquimedes no qual um corpo submerso desloca uma certa quantidade de gua queequivale ao volume corporal do indivduo. A gordura ocupa mais espao e desloca um volume maior

    de gua, porm, afunda menos. O contrrio acontece em relao massa corporal magra.

    Na avaliao por Hidrodensitometria, o indivduo ca submerso em um banco, situado no interior

    do aparelho; dentro da piscina existe um tubo que o conecta a parte externa. O indivduo, no interior

    da piscina, faz uma expirao forada para retirar o mximo de ar de dentro dos pulmes. O que

    sobra de ar nos pulmes corresponde ao volume residual.

    Aps a expirao forada, o indivduo pesado para que se compare seu peso corporal total dentroda gua com o peso corporal de fora da gua; o valor encontrado corrigido pela densidade da gua,

    nesta frmula:

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    D = Peso no ar _____________________________

    (Peso ar Peso gua) (VR + 100) _________________

    D. gua

    VR = volume residual

    100 = ar restante nos intestinos, seios nasais e outras localidades corporais

    Embora seja uma tcnica complexa, demorada e cara, que necessite de equipe especializada e

    que esbarre na resistncia de certos indivduos em relao ao teste de submerso e da exposio

    corporal, se for realizada em condies ideais, o erro padro de estimativa (EPE) baixo, variando

    entre 0,8 a 1,2%.

    A seguir, a ilustrao de como efetuado o teste por Hidrodensitometria:

    Figura 1. Avaliao da composio corporal por Hidrodensitometria.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Plestimografia (bod pod)O princpio do mtodo por plestimograa baseado no deslocamento de ar devido a presena do

    corpo do indivduo no interior de uma cmara.

    Os clculos efetuados para o deslocamento do volume de ar so computadorizados: compara-se o

    antes (cmara vazia) com o depois (cmara com o indivduo em seu interior).

    No h necessidade de calcular o volume residual, pois aferido apenas o volume pulmonar.

    Da mesma maneira que a avaliao por Hidrodensitometria, as desvantagens incluem exposio

    corporal do indivduo e o mtodo em si que dispendioso. No entanto, mais rpido e fcil de serefetuado, contando com pouca cooperao individual e demorando cerca de cinco a dez minutos. O

    erro padro de estimativa (EPE) semelhante a 1,8%.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    DEXA (absorciometria de raio x de dupla energia)

    Considerado um bom instrumento para avaliao da composio corporal, pois capaz de

    diferenciar o tecido sseo, a massa de gordura e a massa corporal magra.

    O princpio bsico da avaliao efetuada por DEXA consiste na utilizao de uma fonte de raio X

    com um ltro que converte um feixe de raio X em picos fotoeltricos de baixa e de alta energia que

    atravessam o corpo do indivduo. Para a obteno da composio corporal torna-se necessria a

    medida de atenuao dos picos fotoeltricos no corpo.

    Apresenta boa correlao com a pesagem hidrosttica; sua vantagem em relao a esta ltima

    que se trata de um procedimento mais rpido. Exige pouca cooperao do avaliado e considera a

    variabilidade individual.

    um mtodo caro, que expe o indivduo a radiao laboratorial (0,05 a 1,5 mrem), comdurao de 10 a 20 minutos aproximadamente. A medida realizada com o indivduo deitado

    em decbito dorsal, por meio de inmeras varreduras transversas efetuadas desde a cabea

    at o p, obtendo-se, assim, o rastreamento. Para o exame, no necessrio qualquer tipo de

    preparo anterior.

    Algumas marcas possuem programas diferentes para avaliao, o que compromete a reprodutibilidade

    do mtodo. Alguns indivduos obesos, com espessura transversa superior a 20-25cm, no conseguem

    ser avaliados corretamente, assim como indivduos muito altos, pois as mquinas apresentam

    comprimento e largura padronizados.

    Figura 2. Exemplo de avaliao da composio corporal efetuada pelo mtodo DEXA.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Mtodos duplamente indiretos

    A validao dos mtodos duplamente indiretos realizada com base nos mtodos indiretos, o que

    aumenta a chance de erro dos resultados obtidos.

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Antropometria

    Corresponde ao ramo das Cincias Biolgicas direcionado ao estudo dos caracteres mensurveis da

    morfologia humana (SOBRAL & SILVA, 1997 apudPITANGA).

    Hipcrates, cerca de 400a.C., na Antiga Grcia, a partir de estudos relativos a composio corporal

    dos homens de sua poca, apresentou os primeiros esboos de classicao biotipolgica: os homens

    avaliados foram divididos em dois grupos, os compridos e delgados, denominados Tsicos, e os

    curtos e encorpados, por ele chamados de Apoplticos.

    Essa diviso estrutural do corpo humano realizada por Hipcrates somente foi possvel graas aos

    seus mtodos baseados nos quatro elementos conhecidos naquela poca: terra, gua, fogo e ar.

    Dessa maneira e com base nesses elementos naturais que Hipcrates desenvolveu o seu exemplo

    de composio corporal, dividido em sangue, blis amarela, blis preta e muco. Esses quatro fatores

    orgnicos tambm eram utilizados para diferenciar sade e doena, segundo Hipcrates.

    Desde essa poca muitos autores estabeleceram classicaes antropomtricas para os seres

    humanos, como De Giovanni, por volta do ano de 1840. Seus discpulos, Viola e Pende, em 1905,

    aperfeioaram a classicao de seu mentor, distinguindo os indivduos em Normolneo, Brevilneo

    e Longilneo.

    Em seguida, Sigaud e MacAuliffe propuseram uma classicao dividida em quatro categorias o que

    representaria os quatro sistemas fundamentais: muscular, respiratrio, digestivo e cerebral.

    At que Sheldon, por volta de 1940, apareceu sustentando a ideia de que cada folha blastodrmicano indivduo corresponderia a um tipo temperamental e morfolgico o que reetiria, ento, em

    determinados temperamentos e em determinada estrutura corporal que foi denominada de

    Endomorfo, Mesomorfo e Ectomorfo (vide Captulo SOMATOTIPO).

    A antropometria corresponde, portanto, a medida do tamanho corporal e de suas propores;

    assim sendo, um dos indicadores diretos do estado nutricional uma vez que compreende o peso,

    a estatura, as pregas cutneas e as circunferncias/permetros como as medidas mais usadas na

    avaliao antropomtrica.

    O monitoramento constante do perl antropomtrico, especialmente para atletas, permite oacompanhamento linear e a evoluo do indivduo em questo, alm da avaliao dos resultados do

    treinamento, da dieta e de outras intervenes realizadas durante os perodos de avaliao.

    A antropometria um instrumento de avaliao da composio corporal importante,

    pois:

    Permite avaliar as condies da sade da populao em questo;

    Oferece dados relevantes para o estudo da variabilidade morfolgica

    humana;

    Permite avaliar o estado nutricional da populao;

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Apresenta informaes sobre outros fatores que podem interagir com os

    resultados apresentados pela avaliao, como sexo, idade, meio ambiente,

    gentica/hereditariedade;

    Fornece subsdios para o acompanhamento de todos os aspectosrelacionados a performance esportiva e, consequentemente, seu

    aprimoramento.

    Peso corporal ou massa corprea

    Corresponde somatria de todos os componentes corporais como ossos, vsceras, rgos, msculos

    e pele. utilizado como instrumento na avaliao nutricional, pois capaz de reetir a presena ou

    no de um bom estado nutricional do indivduo.

    Importante ressaltar que na prtica clnica, o peso corporal no pode ser considerado como nicomtodo de avaliao j que esta medida pode ser extremamente varivel: o clima (calor); a ingesto

    excessiva de lquidos ou a desidratao; o excesso de sdio na alimentao; a ingesto excessiva

    de alimentos ou bebidas alguns dias antes da pesagem; o ciclo menstrual e outros fatores podem

    mascarar o peso real do indivduo.

    A avaliao nutricional efetuada apenas pelo peso corporal de um indivduo pode ser realizada por

    meio de sua relao com a altura, originando assim os valores padronizados do ndice de Massa

    Corporal (IMC), que sero vistos na sequncia desta apostila.

    Uma avaliao nutricional mais precisa, principalmente para indivduos em constante treinamentoe que precisam entender as mudanas estruturais que seus corpos podem apresentar como

    consequncia de um determinado treinamento, deve relacionar o peso corporal a outras medidas,

    como a circunferncia da cintura e dobras cutneas, por exemplo.

    Estatura

    a medida relativa a altura ou ao comprimento do indivduo. Para medir a estatura de um

    indivduo, usa-se o estadimetro ou antropmetro, posicionando o indivduo em p, descalo, com

    os calcanhares juntos e com as costas retas; os braos cam em repouso ao lado do corpo.

    Para indivduos impossibilitados de utilizar os meios convencionais de aferio da estatura foram

    elaborados mtodos alternativos utilizando-se apenas algumas regies do corpo, como a altura do

    joelho e a extenso de braos.

    Altura do joelho

    Para a avaliao, o indivduo deve estar em posio supina ou sentado na extremidade de uma

    cadeira, exionando o joelho esquerdo em um ngulo de 90C. A medio pode ser feita com uma

    rgua ou calibrador especco entre o calcanhar e a superfcie anterior da perna.

    Esse mtodo comumente utilizado para avaliao de idosos e conta com as equaes de Chumlea,

    distinguindo o gnero:

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Homens = [64,19 (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho em cm)]

    Mulheres = [84,88 (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho em cm)]

    Extenso dos braos

    Para a avalio por este mtodo, os braos devem estar estendidos totalmente formando um ngulo

    de 90C com o corpo; dessa forma, medida a distncia entre os dedos mdios das mos por meio de

    uma ta mtrica. O valor encontrado pode ser entendido como a estimativa da estatura do indivduo.

    ndice de Massa Corporal (IMC)

    Corresponde a relao entre o peso corporal do indivduo em quilogramas e a sua estatura em

    metros elevada ao quadrado.

    um instrumento de avaliao do estado nutricional frequentemente utilizado pelos prossionais darea da sade devido a sua praticidade e facilidade, e tambm por no ser um mtodo dispendioso;

    contudo, no um bom parmetro de avaliao da composio corporal, j que no diferencia a

    massa de gordura da massa corporal magra.

    Portanto, em alguns casos como em indivduos com ndice de massa corporal acima do ideal para

    sua estatura interessante utilizar outros mtodos de avaliao da composio corporal com o

    objetivo de facilitar a interpretao dos resultados obtidos ou correlacion-los a outras medidas

    efetuadas em diferentes regies corporais.

    A seguir, pode ser visualizada a classicao do estado nutricional de adultos, segundo os padres

    do IMC:

    Tabela 2. Classificao do estado nutricional de adultos, segundo avaliao efetuada com base no ndice deMassa Corporal (IMC).

    IMC (Kg/m2) CLASSIFICAO

    < 16,0 magreza grau III

    16,0 - 16,9 magreza grau II

    17,0 - 18,4 magreza grau I

    18,5 - 24,9 eutrofia

    25,0 - 29,9 pr-obeso

    30,0 - 34,9 obesidade grau I

    35,0 - 39,9 obesidade grau II

    > 40,0 obesidade grau III

    (Transcrita de CUPPARI, 2002 fonte: Organizao Mundial da Sade (OMS), 1995-1997)

    A avaliao da composio corporal efetuada pelo IMC em crianas e adolescentes diferenciadada realizada em adultos, uma vez que naquela populao a caracterizao da obesidade encontra-se

    menos padronizada do que nos adultos.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Um dos mtodos de anlise amplamente aceito a utilizao do IMC, assim como em adultos,

    porm expresso em percentis. Dessa forma, os percentis entre 85 a 95 indicam sobrepeso, e o

    percentil acima de 95, expressa obesidade.

    Tabela 3. Classificao do estado nutricional de crianas e adolescentes baseada em percentis.

    PERCENTIL CLASSIFICAO

    P < 05 desnutrio

    P > 06 e < 15 indicativo de desnutrio

    P > 16 e < 84 eutrofia

    P > 85 e < 94 sobrepeso

    P > 95 obesidade

    (Tabela transcrita de DMASO, 2003).

    Vale ressaltar que a classicao para indivduos idosos, ou seja, com idade entre 60 anos ou mais,

    diferente da usual descrita anteriormente, uma vez que nesta populao, justamente devido ao

    processo de envelhecimento, ocorre uma variao siolgica da composio corporal.

    Tabela 4. Classificao do estado nutricional para indivduos idosos de acordo com o ndice de Massa Corporal (IMC).

    IMC (kg/m2) CLASSIFICAO NUTRICIONAL

    < 22,0 abaixo do peso

    22,0 a 27,0 peso adequado (eutrofia)> 27,0 excesso de peso

    (Tabela transcrita de SAVIOLI, 2010)

    Circunferncias

    As circunferncias determinam o tamanho total de determinada regio, ou seja, inclui a soma das

    reas constitudas pelos tecido sseo, tecido muscular e tecido gorduroso da regio aferida. Efetuadas

    de forma isolada, as medidas de circunferncias no conseguem denir o tecido predominante,

    porm, para esse m, podem ser correlacionadas a outras medidas, como as dobras cutneas.

    Circunferncia do brao

    Para sua obteno, o brao avaliado deve estar exionado em direo ao trax, formando um ngulo

    de 90C. O ponto mdio entre o acrmio e o olcrano o lugar onde ser executada a medida da

    circunferncia do brao. Para que esta medida seja feita de forma correta, o indivduo deve voltar o brao

    na posio relaxada, com a palma da mo voltada para a coxa, sem fazer fora ou pressionar os punhos.

    Circunferncia da cintura

    Para que a medio desta regio seja executada de forma correta, a ta mtrica deve circundar o

    indivduo, que estar em p, na regio da cintura, no ponto mdio entre a ltima costela e a crista

    ilaca. A leitura da circunferncia da cintura deve ser feita no momento da expirao.

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Por meio da mensurao apenas da circunferncia da cintura tem sido possvel determinar a

    extenso da obesidade abdominal e de suas alteraes envolvidas.

    A tabela 5 mostra os valores recomendados dessa medida para indivduos caucasianos.

    Tabela 5. Indicadores de risco sade para homens e mulheres segundo a medida da circunferncia da cintura.

    Risco de Complicaes Metablicas Associadas a Obesidade

    ELEVADO MUITO ELEVADO

    HOMEM > 94 cm > 102 cm

    MULHER > 80 cm > 88 cm

    (Tabela transcrita de CUPPARI, 2002)

    Atualmente, a circunferncia da cintura considerada uma medida extremamente importante paraavaliao da concentrao de gordura visceral (tecido adiposo visceral), e apresenta boa correlao

    com o IMC, como pode ser visualizado na tabela 6.

    Tabela 6. Relao do IMC, circunferncia da cintura e dos fatores de risco para ambos os sexos.

    IMC (Kg/m2)Homens > 94cm

    Mulheres > 80cm

    Homens > 102cm

    Mulheres > 88cm

    25,0 - 29,9 aumentado alto

    30,0 - 34,9 alto muito alto

    35,0 - 39,9 muito alto muito alto

    > 40 extremamente alto extremamente alto

    (Tabela transcrita com modificaes de DMASO, 2003)

    Circunferncia do quadril

    Para que a medida seja aferida corretamente, a ta mtrica dever circundar o quadril do indivduo

    em p, na regio de maior permetro entre a cintura e a coxa.

    Razo cintura-quadril (RCQ)

    A relao cintura-quadril o indicador mais freqentemente utilizado para identicar

    o tipo de distribuio de gordura corporal. Este ndice denido como a razo entre

    a menor circunferncia da cintura e a maior circunferncia do quadril.

    Corresponde ao mtodo antropomtrico mais utilizado para mensurar a distribuio

    regional de gordura (tecido adiposo), pois capaz de caracterizar se a obesidade

    central ou perifrica.

    RCQ =circunferncia da cintura

    circunferncia do quadril

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Se a relao obtida for superior a 0,90 para os homens e 0,85 para mulheres denota

    risco aumentado para o desenvolvimento de alteraes metablicas.

    Figura 3. Aferio da circunferncia da cintura e do quadril.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    DICA: a avaliao antropomtrica no idoso deve levar em considerao a especicidade desse grupo

    etrio e as referncias desenvolvidas a partir de amostras representativas de idosos.

    Dimetros

    Os dimetros corporais compreendem, na maioria dos casos, medidas lineares transversais, e so

    divididos em dimetros do tronco e dimetros sseos.

    Os dimetros de tronco so caracterizados pelo comprimento de linhas imaginrias que unem dois

    pontos simtricos do tronco. As medidas podem ser realizadas com um compasso de pontas rombasou com um antropmetro de deslizamento.

    Os dimetros sseos so obtidos pela distncia entre duas estruturas de um determinado osso,

    situada transversalmente. As medidas so efetuadas geralmente com o paqumetro sseo.

    Convencionalmente, os dimetros so medidos do lado direito do indivduo avaliado. Segue uma

    relao dos dimetros que podem ser utilizados como medidas adicionais a avaliao da composio

    corporal:

    Biacromial;

    Torcico transverso;

    Torcico ntero-posterior;

    Biiliocristal;

    Bitrocanteriano;

    Biepicondiliano umeral;

    Biestiloide;

    Bicondiliano femural;

    Bimaleolar.

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Dobras cutneas

    So utilizadas como medidas isoladas para simples acompanhamento das medidas ou como

    somatria das dobras, o que permite um acompanhamento mais preciso.

    As medidas isoladas servem para acompanhar, num determinado perodo de tempo, a evoluo

    do indivduo e os locais em que pode ocorrer mais depsito ou acmulo de gordura corporal; e a

    somatria das dobras nos oferece o percentual de gordura corporal total que pode ser obtido por

    meio de equaes especcas ou generalizadas.

    Para esse tipo de avaliao so necessrios avaliadores experientes j que as medidas precisam ser

    efetuadas de forma correta em cada regio corporal.

    Alm disso, existem muitas equaes de predio para avaliao da porcentagem de gordura

    corporal total, fato que pode aumentar a probabilidade de erro nos resultados obtidos, tornando-osmenos precisos.

    Algumas complicaes que contribuem para elevar ainda mais a estimativa de erro nesse tipo de

    avaliao incluem o nvel de hidratao do indivduo avaliado, edema ou inchao por ele apresentado

    no dia da avaliao, grande acmulo de gordura como em indivduos obesos e a estrutura da pele,

    em idosos. Por todos esses fatores, o erro padro de estimativa (EPE) de 3,5%.

    Lembre-se:

    Para aferio das dobras cutneas necessrio:

    Identificar e marcar o local a ser medido;

    Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos

    polegar e indicador da mo esquerda;

    Pinar a prega exatamente no local marcado, usando o adipmetro;

    Manter a prega entre os dedos at o trmino da aferio.

    Tambm importante relembrar que para o sucesso de uma avaliao antropomtrica, principalmente

    a realizada por dobras cutneas, os indivduos devem ser orientados a prestar ateno em alguns

    detalhes antes de realizar o procedimento de avaliao, pois alguns fatores podem alterar os resultados

    obtidos, tais como:

    No treinar (musculao ou aerbio) antes (1 hora ou 2 horas) de realizar a avaliao

    antropomtrica;

    Alimentar-se, com moderao (normalmente), 1 dia antes da avaliao;

    No fazer a avaliao nos dias do ciclo menstrual e nem 7 dias antes (TPM);

    Usar, preferencialmente, shorts curtos; top ou suti para as mulheres.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Para a estimativa da porcentagem de gordura corporal total utilizando-se a tcnica de dobras

    cutneas podem ser utilizadas equaes especcas ou generalizadas (vide Captulo EQUAES DE

    PREDIO), ou por meio da somatria de quatro pregas cutneas (bicipital, tricipital, subescapular

    e suprailaca) de acordo com a equao de Durnin e Womersley (1974):

    Densidade corporal (DC) = (AB) x log somatria das 4 pregas

    Os coecientes A e B podem ser visualizados no APNDICE DENSIDADE CORPORAL e variam de

    acordo com a idade e o gnero para o clculo da densidade corporal. Aps ser encontrada a DC, a

    porcentagem de gordura corporal total determinada pela frmula de Siri (1961):

    Gordura corporal (%) =4,95

    - 4,50 x 100DC

    A seguir, alguns dos compassos, piclmetros ou adipmetros utilizados comumente para a aferiodas dobras cutneas:

    compasso tipo Harpenden;

    compasso tipo Lange;

    compasso tipo Cescorf: de fabricao nacional (pode ser estudantil, clnico e cientco);

    compasso Slim Guide;

    compasso Ross;

    compasso Skyndex (digital)

    Figura 4. Tipos variados de compassos/adipmetros utilizados para aferio das dobras cutneas.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Dobras cutneas

    Trceps

    Corresponde a medida na face posterior do brao, realizada paralelamente ao eixo

    longitudinal, no ponto mdio da distncia entre a borda spero-lateral do acrmio

    e o olcrano.

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Figura 5. Dobra cutnea do trceps.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    A prega do trceps comumente utilizada na prtica clnica uma vez que sua medida

    isolada pode servir de instrumento para avaliao do estado nutricional. Para tal

    m, a medida da prega tricipital comparada ao padro de referncia de Frisancho.

    A adequao calculada com base na seguinte equao:

    Adequao da PCT (%) =PCT obtida (mm)

    x 100PCT percentil 50

    A tabela a seguir relaciona o estado nutricional, de acordo com a porcentagem de

    adequao da prega cutnea tricipital:

    Tabela 7. Porcentagem de adequao da prega do trceps e sua relao com oestado nutricional.

    Estado Nutricional Prega Trceps

    desnutrio grave < 70%

    desnutrio moderada 70 a 80%

    desnutrio leve 80 a 90%

    eutrofia 90 a 110%

    sobrepeso 110 a 120%

    obesidade > 120%

    Subescapular

    Corresponde a medida efetuada de forma oblqua em relao ao eixo longitudinal, deacordo com a orientao dos arcos costais, localizada a dois centmetros abaixo do

    ngulo inferior da escpula.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Figura 6. Dobra cutnea subescapular.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Bceps

    Corresponde a medida da face anterior do brao, no sentido do eixo longitudinal, no

    ponto de maior circunferncia aparente do ventre muscular do bceps.

    Figura 7. Dobra cutnea do bceps.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Torcica/Peitoral

    Corresponde a medida oblqua em relao ao eixo longitudinal, na metade da

    distncia entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens e, para as mulheres,a um tero da linha axilar anterior.

    Figura 8. Dobra cutnea torcica ou peitoral.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Axilar medial

    Corresponde a medida efetuada no ponto de interseco entre a linha axilar mdia

    e uma linha imaginria transversal situada na altura do apndice xifide do esterno,

    de forma oblqua ao eixo longitudinal. O brao do avaliado deve estar deslocadopara trs, para facilitar a obteno da prega.

    Figura 9. Dobra cutnea axilar mdia.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Suprailaca

    Corresponde a medida obtida obliquamente em relao ao eixo longitudinal, nametade da distncia entre o ltimo arco costal e a crista ilaca, sobre a linha axilar

    medial. importante que o avaliado afaste o brao para trs para a execuo

    da prega.

    Figura 10. Dobra cutnea suprailaca.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Supraespinal

    Corresponde a dobra efetuada entre cinco a sete centmetros acima da espinha

    ilaca anterior, sobre uma linha que vai da borda axilar anterior para baixo e para a

    regio medial formando um ngulo de 45.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Figura 11. Dobra cutnea supraespinal.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Abdominal

    Corresponde a medida obtida paralelamente ao eixo longitudinal, cerca de dois

    centmetros direita da cicatriz umbilical.

    Figura 12. Dobra cutnea abdominal.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Coxa

    Corresponde a medida efetuada paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o

    msculo reto femural a um tero da distncia do ligamento inguinal e a borda

    superior da patela, segundo protocolo de Guedes (1985). Outra referncia, Pollock

    & Wilmore (1993), recomenda que a medida seja efetuada na metade da distncia

    do ligamento inguinal e a borda superior da patela.

    Para facilitar a aferio, o avaliado deve deslocar o peso de seu corpo para a perna

    esquerda e a perna direita deve estar semi-exionada a frente.

    Figura 13. Dobra cutnea da coxa.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Panturrilha medial

    Corresponde a medida realizada no ponto de maior permetro da panturrilha. Para

    a medio, o avaliado deve estar sentado, com a articulao do joelho em exo de

    90, o tornozelo em posio anatmica e o p sem apoio.

    Figura 14. Dobra cutnea panturrilha medial.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Bioimpedncia eltrica

    Esse mtodo de avaliao da composio corporal leva em considerao o princpio da

    condutividade eltrica para estimar os compartimentos corporais.

    O mtodo convencional dispe de eletrodos pletismgrafos nos quais dois so colocados nos ps do

    indivduo e os outros dois, nas mos. Assim, o indivduo ca deitado numa maca, de forma que as

    pernas e os braos no se toquem ou encostem uns nos outros e nem no tronco.

    Por meio dos eletrodos transferida uma corrente eltrica (de 500 a 800 microA e 50kHz)

    imperceptvel pelo corpo do indivduo. Os tecidos magros so altamente condutores de corrente

    eltrica, pois apresentam grande quantidade de gua e de eletrlitos, no entanto, nos tecidos em

    que a gordura predominante, assim como nos ossos, no h boa condutividade eltrica, ou seja,

    apresentam alta resistncia a corrente eltrica.

    No nal do processo, os valores de reactncia e resistncia apresentados pelos tecidos so utilizados

    para o clculo dos percentuais de gua corporal, massa magra e gordura corporal, de acordo com

    o softwarefornecido pelo fabricante do aparelho de bioimpedncia. Para tornar mais dedigna a

    avaliao, alguns aparelhos trazem equaes especcas ou generalizadas que melhor se adaptem a

    realidade do avaliado.

    O mtodo de avaliao da composio corporal por bioimpedncia aceito pela comunidade

    cientca, porm, como qualquer outro mtodo de avaliao passvel de erro. Fatores como

    alimentao, estado de hidratao ou desidratao, atividade fsica, reteno hdrica (edema), ciclo

    menstrual e outros fatores individuais podem comprometer o resultado desse teste, por isso, o

    indivduo deve estar bem orientado antes de se submeter a esse procedimento.

    O erro-padro de estimativa (EPE) semelhante ao das dobras cutneas (3,5%).

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    A seguir, a gura 15 demonstra o procedimento de avaliao da composio corporal efetuado por

    bioimpedncia eltrica.

    Figura 15. Teste de bioimpedncia eltrica.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    Antes da realizao da bioimpedncia, o avaliado deve seguir as seguintes

    recomendaes:

    No usar medicamentos diurticos nos sete dias que antecedem o teste;

    Manter-se em jejum por volta de quatro horas antes do teste ser efetuado;

    No ingerir bebidas alcolicas nas 48 horas anteriores ao teste;

    No realizar atividades fsicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste;

    Urinar pelo menos 30 minutos antes o teste;

    Permanecer por volta de 5 a 10 minutos deitado em decbito dorsal em

    repouso antes da execuo do teste.

    Infravermelho prximo ou raios infravermelhos (Futrex)

    O analisador geralmente utilizado o Futrex, um aparelho porttil, razoavelmente caro, composto

    por um mini computador, um protetor de luz e um sensor em forma de microfone, por onde

    ocorre a emisso da luz.

    O mtodo baseia-se no princpio de emisso de raios infravermelhos em padres de radiao com

    dois comprimentos de ondas diferentes, sendo que a massa magra e a massa gorda absorvem e

    reetem essa luz de maneira distinta.

    O mini computador importante para a insero dos dados do indivduo, como gnero, idade, peso,

    estatura e compleio fsica. Uma vez inseridos os dados do indivduo no aparelho, o sensor do

    Futrex apoiado sob o ponto mdio do bceps do indivduo, que informa, em seguida, os valores de

    gua corporal, gordura corporal e massa magra do avaliado.

    Embora tenha sido muito criticado por avaliar apenas um ponto do corpo, a aferio do bceps peloFutrex mostrou melhor correlao com o padro ouro, a hidrodensitometria, quando comparada a

    aferio pelo mesmo aparelho de outras regies corporais.

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    CAPTULO 2Somatotipo

    O termo somatotipo expressa a ideia de trs componentes corporais primrios determinados nos

    seres humanos segundo suas caractersticas genticas, que podem ser modicados pelo meio

    ambiente e estilo de vida, o que inclui alimentao e atividade fsica. Foi desenvolvido por Sheldon,

    em 1941, a partir da anlise de homens por ele fotografados, de frente, lado e costas.

    Em seus estudos, Sheldon pde perceber que trs pers extremos destacaram-se estatisticamente:

    arredondado, macio, gordo; alongado, magro; corpulento, angular, largo.

    Baseado nessas categorias, Sheldon relacionou seus pers de estudo as folhas blastodrmicasembrionrias uma vez que estas originam certos sistemas e rgos, denindo desta forma, os trs

    componentes: endomorfo, mesomorfo e ectomorfo.

    Esses trs componentes contribuem para a composio do somatotipo e foram calculados por

    Sheldon a partir da observao de fotograas. A estimativa do somatotipo realizada por meio do

    clculo de cada um destes componentes, numa escala de 1 a 7.

    Este conceito original sobre o somatotipo de Sheldon foi aperfeioado por Heath e Carter em 1971,

    com a incluso de medidas antropomtricas.

    Segundo os prprios autores, Heath e Carter (1971) ...somatotipo a descrio da congurao

    morfolgica atual do indivduo. Sheldon, por sua vez, descrevia que ...somatotipo a trajetria

    seguida pelo indivduo desde o crescimento at a sua morte, em condies normais mdias de

    nutrio, e em ausncia de doena muito perturbadora.

    A partir de ento, esta tcnica tem sido utilizada como forma de avaliao do tipo e da composio

    corporal para descrio de grupos de atletas de elite. Alm disso, o somatotipo permite acompanhar

    a inuncia da alimentao, dos treinos, do clima, do estresse siolgico e mental, dos perodos de

    competio e de repouso que cada indivduo possa apresentar durante um determinado perodode tempo.

    O mtodo de Heath e Carter (1971) considera o tipo fsico do indivduo no momento da avaliao,

    diferentemente do mtodo proposto por Sheldon, que entendia que o somatotipo possua inuncia

    gentica e dicilmente seria modicado no decorrer do tempo de vida do indivduo.

    Os componentes predominantes so: endomora, mesomora e ectomora.

    Endomora: corresponde ao primeiro componente. O termo originado do

    endoderma, que no embrio d origem ao tubo digestivo e seus sistemas auxiliares,como as vsceras. Representa a predominncia do sistema vegetativo e certa

    tendncia ao acmulo de gordura, e a obesidade.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Mesomora: corresponde ao segundo componente. No embrio, o mesoderma

    origina tecidos como ossos, msculos e tecido conectivo. Indica predominncia de

    massa musculoesqueltica.

    Ectomora: indica o terceiro componente. Os tecidos predominantes soderivados da camada ectodrmica, por isso apresenta predomnio de formas

    lineares. Corresponde aos tipos longilneos.

    Na verso original cada componente pode variar de 1,0 a 7,0, o que permite denir trs tipos extremos:

    7-1-1 que corresponde ao endomorfo puro ou extremo; 1-7-1, que corresponde o mesomorfo puro, e

    1-1-7, indicando o ectomorfo puro.

    Os pers extremos ou puros so muito contrastantes; por exemplo, o endomorfo puro alm de

    obesidade, apresenta, predominantemente, volume abdominal e acidez muscular. J o mesomorfo

    puro, possui desenvolvimento muscular e massa ssea acentuados, medidas torcicas maiores deabdome e aspecto enrgico. Contrastando com os demais, o ectomorfo puro lembra fragilidade, pois

    magro e seu comprimento predomina sobre os dimetros e circunferncias.

    Para determinar o somatotipo so necessrios medidas e clculos com o intuito exclusivo de

    estabelecer ao indivduo avaliado o valor numrico dos trs componentes do somatotipo (endomora,

    mesomora e ectomora) que ele apresenta.

    Segundo o mtodo antropomtrico de Heath e Carter so necessrias as seguintes medidas:

    Peso;

    Estatura;

    Dobras Cutneas (trceps, subescapular, suprailaca e perna medial);

    Dimetros sseos (fmur e mero);

    Circunferncias (brao e perna).

    Para o clculo da endomorfiaENDO = - 0,7182 + 0,1451 (x) 0,00068 (x) + 0,0000014 (x)

    Onde:

    x = somatrio das dobras trceps, suprailaca e subescapular

    Para correo das dobras pela estatura:

    Somatrio das dobras corrigido = somatrio das dobras x 170.18/Estatura

    A tabela 8 expressa outra maneira de determinar o valor do componente endomora mediante

    somatrio das trs dobras cutneas.

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Tabela 8. Determinao do componente endomorfiasegundo os valores do somatrio das dobras cutneas trceps, suprailaca e subescapular.

    Somatrio dobras cutneas

    (trceps + suprailaca + subescapular)Componente ENDO

    7.0 10.9 0,5

    11.0 14.9 1,0

    15.0 18.9 1,5

    19.0 22.9 2,0

    23.0 26.9 2,5

    27.0 31.2 3,0

    31.3 35.8 3,5

    35.9 40.7 4,0

    40.8 46.2 4,5

    46.3 52.2 5,0

    52.3 58.7 5,5

    58.8 65.7 6,0

    65.8 73.2 6,5

    73.3 81.2 7,0

    81.3 89.7 7,5

    89.9 98.9 8,0

    99.0 108.9 8,5109.0 119.7 9,0

    Para o clculo da mesomorfia

    MESO = 0,858 (U) + 0,601 (F) + 0,188 (B) + 0,161 (P) 0,131 (H) + 4,50

    Onde:

    U = dimetro do meroF = dimetro fmur

    B = circunferncia de brao corrigido

    P = circunferncia de perna corrigida

    H = estatura

    Para excluir o tecido adiposo da medida da massa muscular, tornam-se necessrias correes:

    CBC = CB (DCTR / 10)

    CPC = CP (DCPM / 10)

    Onde:

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    CBC = circunferncia de brao corrigida

    CPC = circunferncia da perna corrigida

    CB = circunferncia de brao

    CP = circunferncia de perna

    DCTR = dobra cutnea do trceps

    DCPM = dobra cutnea de perna medial

    Para o clculo da ectomorfia

    IP (ndice Ponderal) = estatura/raiz cbica do peso corporal

    Se IP > 40,75

    Ectomora = (IP x 0,732) - 28,58

    Se IP estiver entre 38,25 e 40,75

    Ectomora = (IP x 0,463) -17,63

    Para IP < 38,25 atribui-se 0,1 ao valor do componente ectomora.

    Tambm, como alternativa as frmulas acima, pode ser calculado o valor aproximado do componente

    ectomora a partir do IP e sua pontuao como descrito na tabela 9.

    Tabela 9. Determinao do componente ectomorfia segundo valores do ndice Ponderal (IP).

    IP Componente ECTO

    39.11 0,5

    40.20 1,0

    41.09 1,5

    41.79 2,0

    42.48 2,5

    43.14 3,0

    43.84 3,5

    44.50 4,0

    45.19 4,5

    45.89 5,0

    46.32 5,5

    47.24 6,0

    47.94 6,5

    48.60 7,049.29 7,5

    49.99 8,0

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Para nalizar este adendo sobre determinao dos componentes corporais, o somatograma, como

    ilustrado abaixo, uma forma de representao grca de como os somatotipos se distribuem no

    interior de uma amostra.

    Figura 16. Somatograma ilustrando os trs componentes corporais: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia.

    Fonte: (Pitanga, 2004)

    O Tringulo de Reuleux um tringulo de lados curvos, representando o somatograma.

    Cada componente corporal forma um eixo que se intersecta no centro desse tringulo: no vrticeinferior esquerdo tem-se o primeiro componente endomora; no vrtice superior tem-se o segundo

    componente mesomora e, no vrtice inferior direito o terceiro componente ectomora.

    Para insero dos componentes corporais no somatograma so necessrias as seguintes frmulas:

    X = III I

    Y = 2 x II (I + III)

    Onde:

    I, II e III primeiro, segundo e terceiro componentes, respectivamente.

    Classificaes do Somatotipo

    Endomorfo equilibrado: o primeiro componente predominante e os demais ou so iguais ou

    no diferem mais de 0,5.

    Meso-endomorfo:o primeiro componente dominante e o segundo maior que o terceiro.

    Mesomorfo-endomorfo:o primeiro e o segundo componentes so iguais ou no diferem mais

    que 0,5; o terceiro componente apresenta valor mais baixo.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    Endo-mesomorfo:o segundo componente dominante e o primeiro maior que o terceiro.

    Mesomorfo equilibrado:segundo componente dominante e o primeiro e o terceiro so iguais

    ou no diferem mais de 0,5.

    Ecto-mesomorfo:o segundo componente dominante e o terceiro maior que o primeiro.

    Mesomorfo-ectomorfo:o segundo e o terceiro componentes so iguais ou no diferem mais que

    0,5, e o primeiro componente apresenta valor mais baixo.

    Meso-ectomorfo: o terceiro componente dominante e o segundo componente maior que

    o terceiro.

    Ectomorfo equilibrado:o terceiro componente dominante, o primeiro e o segundo so iguais

    ou no diferem mais de 0,5.

    Endo-ectomorfo:o terceiro componente dominante e o primeiro componente maior que

    o segundo.

    Endomorfo-ectomorfo:o terceiro e o primeiro componentes so iguais ou no diferem mais que

    0,5; o segundo componente tem o valor mais baixo.

    Central:nenhum dos componentes corporais excede em mais de um ponto os demais; os valores

    de todos os componentes cam entre 3 e 4.

    A seguir, as tabelas 10 e 11 demonstram a somatotipia de atletas de diferentes modalidadesesportivas.

    Tabela 10. Somatotipo de campees olmpicos, de acordo com as modalidades esportivas.

    Modalidade Esportiva EndomorfiaSomatotipoMesomorfia

    Ectomorfia

    Atletismo (100, 200, 4x100m) 1,7 5,0 2,8

    Atletismo (400m) 1,5 4,5 3,3

    Atletismo (3000, 5000, 10000m) 1,4 4,1 3,6

    Maratona 1,4 4,3 3,5

    Saltos (distncia, altura) 1,7 4,4 3,4

    Arremesso (peso, martelo) 3,3 7,1 1,0

    Natao (livre) 2,2 4,7 2,9

    Natao (peito) 2,2 5,3 2,8

    Natao (costas) 2,1 4,6 3,4

    Natao (golfinho) 2,0 5,2 2,6

    (Transcrita de PITANGA, 2004)

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    Tabela 11. Somatotipo de atletas brasileiros de futebol de salo.

    Futebol posio EndomorfiaSomatotipoMesomorfia

    Ectomorfia

    goleiro 3,16 3,87 2,67

    fixo 2,33 2,65 3,64

    ala 2,97 3,40 2,73

    piv 2,41 3,41 2,87

    (Transcrita de PITANGA, 2004)

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    CAPTULO 3Equaes de predio protocolos

    Considerando que os componentes corporais que mais sofrem inuncia do exerccio fsico e da

    alimentao so a massa muscular e a gordura, tende-se a simplicar o estudo da composio

    corporal fracionando-a em dois compartimentos, a massa corporal magra e a massa gorda ou massa

    de gordura.

    Dessa forma, vrios so os protocolos que podem ser adotados para a estimativa do percentual de

    gordura corporal total obtido por meio de uma avaliao antropomtrica, pois cada um leva em

    considerao fatores distintos, como sexo, idade, fase de maturao e outros, para elaborar suas

    equaes especcas.

    Por isso, fundamental que o avaliador esteja atento a que populao seu avaliado melhor

    corresponde, garantindo, dessa forma, a obteno de resultados mais precisos e dedignos.

    Uma vez aferidas as medidas corporais, incluindo as dobras cutneas, os valores obtidos precisam

    ser utilizados em equaes de predio que estejam adequadas a populao em questo, para que

    possam ser visualizados os valores que correspondem a porcentagem de gordura corporal total, a

    massa de gordura e a massa corporal magra.

    O primeiro aspecto a m de se evitar erros acentuados nesse tipo de avaliao conhecer a populao

    de estudo que originou a equao de predio: homens ou mulheres, crianas, jovens ou idosos,

    indivduos ativos sicamente ou atletas e qual a modalidades esportiva praticada. Outro fator que

    prejudica a especicidade do resultado que grande parte das equaes de predio tiveram origem

    em outros pases, ou seja, levaram em considerao para a adequao dos resultados bitipos, culturas

    e hbitos de seus habitantes.

    Nesse sentido, com o intuito de garantir especicidade aos resultados de avaliaes realizadas em

    nosso pas, surgiram algumas alternativas a partir de estudos organizados por Guedes (1985) e

    Petroski (1995), com participao exclusivamente brasileira. No entanto, estes estudiosos avaliaram

    habitantes do sul do Brasil, populao que no reete a maioria da populao brasileira, j que estasofre uma miscelnea de culturas e origens externas.

    Segue a relao das equaes de predio mais conhecidas e a populao a que se destinam:

    Durnin & Womersley (1974)

    Essa equao leva em considerao quatro pregas cutneas (trceps, bceps, subescapular e

    suprailaca) e a idade do avaliado para o clculo da densidade corporal e a porcentagem de gordura

    corporal total para homens e mulheres.

    Foi criada com base em um estudo feito com 209 homens de 17 a 72 anos de idade e 272 mulheres

    na faixa etria entre 16 a 68 anos.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    So frmulas distintas para os sexos usadas para obteno da porcentagem de gordura corporal

    total; para homens, so consideradas as dobras do trceps, subescapular e abdominal; permetros

    abdominal, do antebrao e do brao estendido.

    Para mulheres: dobras do trceps, subescapular, suprailaca e coxa; permetros abdominal,antebrao, coxa e brao estendido, alm do dimetro biepicndio umeral.

    Petroski (1995)

    Estudo tambm brasileiro efetuado com 213 homens e 304 mulheres de 18 a 66 anos de idade,

    provenientes da regio central do Rio Grande do Sul e da regio litornea de Santa Catarina.

    Para a avaliao so necessrias as pregas trceps, subescapular, suprailaca, panturrilha medial e a

    idade, para homens. Para as mulheres, axilar medial, suprailaca, coxa , panturrilha medial e a idade.

    Slaughter et al. (1988)

    Equao indicada para a predio de gordura corporal em crianas e adolescentes, com idade entre

    7 a 18 anos, pois leva em considerao o nvel maturacional e o aspecto racial.

    Para a obteno dos resultados so necessrias duas pregas cutneas: trceps e subescapular, alm

    da denio do estgio maturacional em que se encontram os avaliados.

    Thorland et al. (1984)

    Indicada para atletas jovens de ambos os sexos, utilizando trs ou sete dobras cutneas (trceps,

    subescapular, axilar medial, suprailaca, abdominal, coxa e panturrilha medial), alm da

    diferenciao pelo sexo.

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    CAPTULO 4Percentual de gordura corporal

    A Organizao Mundial da Sade (OMS) estabelece a obesidade quando o valor do IMC (peso (Kg) /

    altura (m2)) superior a 30kg/m2. Como esse mtodo no capaz de indicar a proporo de gordura

    corporal existente no corpo de um indivduo tornaram-se necessrios mtodos de avaliao mais

    especcos para diferenciar os tecidos corporais.

    Dessa forma, foram estabelecidos os meios de avaliao da composio corporal levando em

    considerao a porcentagem de gordura corporal total, dado que pode ser correlacionado a outras

    medidas ou variveis para melhor interpretao dos resultados obtidos.

    Convm ressaltar que o estudo da obesidade, doena multifatorial, est em evidncia primeiro

    porque grande parte da populao mundial encontra-se com algum tipo de sobrepeso, segundo

    porque a obesidade traz consigo outras alteraes metablicas, que certamente prejudicam a sade

    e a qualidade de vida do indivduo.

    A OMS calcula que desde a dcada de 1980, a obesidade tenha mais que triplicado em todo o mundo,

    inclusive em pases em desenvolvimento.

    A estimativa em 2005 era de que 1,6 bilho de adultos (considerando os adultos com idade superior a 15

    anos) estariam com sobrepeso, e cerca de 400 milhes de pessoas, obesas.

    Para 2015, a OMS estimou que aproximadamente 2,3 bilhes de adultos estaro com sobrepeso e

    mais de 700 milhes com obesidade.

    Alm do crescimento da obesidade, crescem tambm as doenas a ela associadas, como diabetes e

    hipertenso arterial, que juntas potencializam o desenvolvimento de doenas cardiovasculares, as

    que mais matam no mundo.

    Se anteriormente no Brasil, o problema nutricional era a desnutrio, atualmente, preocupamo-

    nos muito mais com a epidemia de obesidade. Dessa forma, a procura por prossionais da sade

    capacitados a orientar os indivduos com excesso de peso (excesso de gordura corporal) aumentar

    e, o papel fundamental desses prossionais justamente conhecer os diferentes mecanismos

    que levam ao ganho de peso (tanto endcrinos como ambientais) e as diferentes estratgias

    para o controle do ganho de gordura ou, melhor, para a reduo da porcentagem de gordura

    corporal total.

    Com a nalidade de compreender os padres e as recomendaes da literatura cientca sobre os

    valores de porcentagem de gordura corporal total para indivduos, sejam eles adultos, jovens ou

    idosos; homens ou mulheres; praticantes de atividade fsica, atletas ou sedentrios, seguem abaixo,algumas das referncias e protocolos internacionais e nacionais mais conhecidos sobre gordura

    corporal e sua relao com o estado nutricional.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    1 - Classicao do percentual de gordura corporal para indivduos no atletas de ambos os sexos,

    segundo Guedes, 1985:

    Classificao Sexo Masculino Sexo Feminino

    Normalidade 3 a 20% 12 a 25%

    Excesso de peso > 20% 25 a 30%

    Obesidade > 25% > 30%

    2 - Classicao do percentual de gordura corporal para indivduos no atletas de ambos os sexos,

    segundo McArdle, 1975:

    Classificao Sexo Masculino Sexo Feminino

    Normalidade At 20% At 30%

    Excesso de peso > 20% > 30%

    3 - Classicao do percentual de gordura corporal para adultos atletas, segundo Faulkner, 1986:

    Categoria Esportiva Sexo Masculino Sexo Feminino

    Nadadores 9% ------

    Futebolistas 12% ------

    Demais esportes 14% 14%

    4 - Classicao do percentual de gordura corporal para mulheres atletas, segundo Jackson, Pollock

    & Ward, 1980:

    Classificao Sexo Feminino

    Normalidade 12 a 18%

    Excesso de peso 20 a 25%Obesidade > 25%

    5 - Classicao do percentual de gordura corporal para homens atletas, segundo Jackson &

    Pollock, 1978:

    Classificao Sexo Masculino

    Normalidade 6 a 14%

    Excesso de peso 20 a 25%

    Obesidade > 25%

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    UNIDADE NICA AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL

    6 - Classicao do percentual de gordura corporal para indivduos ativos de ambos os sexos,

    segundo Lohman, 1992, transcrita de Cuppari, 2002.

    Gordura corporal (%)

    HOMENS MULHERES

    risco de doenas associadas a desnutrio < 5,0 < 8,0

    abaixo da mdia 6,0 - 14,0 9,0 - 22,0

    mdia 15,0 23,0

    acima da mdia 16,0 - 24,0 24,0 - 31,0

    risco de doenas associadas a obesidade > 25,0 > 32,0

    7 - Classicao mdia geral do percentual de gordura corporal para indivduos ativos, segundo

    fonte de diversos estudos:

    Classificao Sexo Masculino Sexo Feminino

    abaixo da normalidade at 12% at 16%

    normalidade 12 a 18% 16 a 25%

    acima da normalidade 18 a 25% 25 a 33%

    tendncia a obesidade > 25% > 33%

    8 - Classicao do percentual de gordura corporal para atletas adultos, de alto rendimento, de

    acordo com o esporte praticado:

    Modalidade Esportiva Sexo masculino Sexo Feminino

    Basquete 7 a 11% 20 a 27%

    Ciclismo 8 a 10% 15%

    Natao 9 a 12% 14 a 24%

    Voleibol 11 a 12% 16 a 25%

    Corrida de fundo 6 a 13% 10 a 19%

    Triathlon 5 a 11% 7 a 17%

    Tnis 15 a 16% 20%Fonte: POLLOCK, SCHIMIDT & JACKSON, 1980.

    9 - Classicao do percentual de gordura ideal para atletas, de acordo com a modalidade esportiva

    praticada:

    Modalidade Esportiva % de gordura ideal

    Sexo feminino

    basquete: armador 10 a 12%

    basquete: ala 12 a 14%

    basquete piv at 16%

    outros esportes 14%

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    CAPTULO 5Mtodos para avaliao do

    gasto energticoComo necessidade de conhecer o consumo de energia do corpo humano ao realizar determinadas

    atividades do cotidiano, ou mesmo durante a prtica de exerccios fsicos programados, surgiram

    vrios mtodos para a avaliao do gasto energtico, tais como amostras do consumo de oxignio,

    anlise da variao da frequncia cardaca, questionrios retrospectivos dos padres de atividades

    do dia a dia, entre outros, apresentando cada um deles vantagens e desvantagens nos valores

    encontrados considerando as diculdades de cada mtodo em relao a especicidade do resultado.

    Atualmente, as necessidades energticas de um indivduo podem ser avaliadas por calorimetria

    direta, calorimetria indireta e tcnica da gua duplamente marcada.

    Calorimetria direta e indireta

    A quantidade de energia produzida pelo corpo humano pode ser quanticada de forma direta

    ou indireta.

    O sistema de calorimetria capaz de medir a quantidade de calor produzido pelo corpo em um

    determinado perodo de tempo.

    Para que esse procedimento seja efetuado, o indivduo deve ser mantido em uma cmara fechada

    contendo uma tubulao de cobre, por meio da qual a gua circula.

    O calor dissipado pelo corpo do indivduo acontece por meio de vapor de gua que irradiado para

    as paredes da cmara, esquentando a gua que circula na tubulao.

    Todos os fatores ambientais dentro deste ambiente so controlados e tambm, so registradas as

    alteraes da temperatura da gua e do ar que entra e sai da cmara, conforme o indivduo respira.

    Esse tipo de avaliao comumente realizado em Centros de Pesquisas e Universidades,

    apresentando, porm, alto custo e rgidas condies experimentais, limitando a aplicabilidade do

    mtodo, alm de no permitir a identicao do tipo de nutriente predominantemente oxidado.

    A Calorimetria Direta provavelmente o mtodo que prov maior acurcia realizao de medidas

    do gasto energtico, pois mensura de maneira direta o calor gerado pelo organismo. Apresenta um

    erro padro de estimativa (EPE) com variao de 1 a 2%.

    A Calorimetria Indireta tem a nalidade de estimar o gasto energtico levando em considerao a

    determinao da quantidade de oxignio consumido e do dixido de carbono produzido (denominada

    quociente respiratrio, conhecido como QR) pelo corpo em um determinado perodo de tempo.

    Essa tcnica permite, basicamente, determinar o tipo de substrato energtico ou a mistura de

    substratos oxidados como fonte de energia que esto sendo utilizados no momento da avaliao.

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    AVALIAO DA COMPOSIO CORPORALUNIDADE NICA

    O clculo do QR efetuado dividindo-se o CO2/O

    2, expresso em litros (a quantidade de CO

    2produzido

    pela quantidade de O2consumido). As trocas gasosas so mensuradas em equipamentos especcos

    denominados espirmetros.

    Para a oxidao da glicose, por exemplo, a quantidade de oxignio consumida a mesma que aquantidade de dixido de carbono produzida, determinando uma relao nal de 1.

    Para lipdios a relao nal de 0,69 aproximando-a para o valor de 0,7; e para protenas a relao

    nal de 0,8.

    Dessa forma, esses nmeros produzidos pela relao CO2/O2 (QR) reetem em estado estvel o

    metabolismo dos nutrientes na clula.

    O valor energtico de 4,825 kcal/l de oxignio denominado de equivalente metablico (MET),

    aproximado para o valor de 5 MET, usado como fator para estimativa do gasto energtico baseadono consumo de oxignio.

    Por exemplo, a quantidade de energia gasta durante o sono equivale a 1,0 MET; para a atividade

    fsica moderada so gastos 4,0 MET, para a intensa, 6,0 MET e muito intensa, 10,0 MET.

    Alm das outras tcnicas para avaliao do gasto energtico, a Calorimetria Indireta apresenta

    ainda, como vantagem, o fcil transporte e o menor custo, possibilitando a estimativa do gasto de

    energia especco para cada tipo de atividade fsica. Sua acurcia varia entre 2 a 5% de erro-padro.

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    PARA (NO) FINALIZAR

    Gostaria de expor a voc, caro aluno, duas palavras que considero fundamentais em minha vida

    prossional, e que certamente me ajudam a seguir frente as diculdades que eu tambm enfrento,

    assim como voc, seja no trabalho ou seja na vida pessoal:

    O conhecimento

    O reconhecimento

    Interessante brincar com esse jogo de palavras: conhecimento e reconhecimento. Para mim

    elas so, na verdade como causa e conseqncia: para que um indivduo possa ser reconhecido

    pelo trabalho honesto, tico e prossional que exerce, a ferramenta mais importante que possui o conhecimento. No apenas o conhecimento adquirido de anos de colgio e de faculdade, mas

    menciono aqui todo o conhecimento que um ser humano possa ter devido as experincias de vida

    pelas quais passou.

    Explicando melhor, o conhecimento que sempre me interessou e espero muito que tambm os

    interesse, aquele respectivo a responder os porqus da vida.

    Nas crianas, por exemplo, podemos j perceber as mais interessadas em obter respostas e as que

    no aparentam se incomodar com os acontecimentos que as rodeiam... As respostas aos porqus,

    que as crianas questionadoras, desde muito cedo, vo obtendo, formam uma rede de conceitos,

    teorias, paradigmas, mitos, que podem favorecer cada vez mais a vontade de esclarecer os outros

    porqus decorrentes das respostas obtidas, criando assim, um ciclo vicioso de perguntas e respostas.

    Acredito que esse questionamento desde muito cedo, associado ao no conformismo, mais a vontade

    de aprender, crescer, evoluir e com uma pitada de criatividade seja, talvez, uma frmula mgica

    para o sucesso, ou seja, para o reconhecimento.

    O meu conceito de sucesso, caros alunos, o reconhecimento, e para que ele acontea, asseguro que

    sero necessrios anos e anos de estudo, de leituras, de cursos, pesquisas... Palavras que uso nesse

    texto como sinnimo de conhecimento, que pode e deve ser instigado em cada pessoa por meio de

    seus professores.

    Os meus professores, desde que me lembro, sempre foram muito dispostos e interessados a estimular

    seus alunos a estudar e a aprender. Por isso, os bons professores que tive durante todos esses anos

    marcaram a minha vida e me ajudaram a ser quem sou hoje, como pessoa e como prossional.

    Por essas experincias positivas que tive desde a infncia, sinto-me responsvel, agora como

    professora, para motivar, incentivar e instigar meus alunos a aprender, a estudar, a ler, a trabalhar,

    e a sonhar!

    No deixe os sonhos morrerem, no perca a iluso das coisas que voc ainda pode fazer com o seu

    conhecimento para melhorar o seu mundo. No desista, reveja sempre as suas metas e objetivos,

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    PARA (NO) FINALIZAR

    exera a pacincia, tenha fora e coragem para seguir em frente em suas lutas pessoais e amplie

    sempre seus conhecimentos, pois assim estar inuenciando diretamente, mesmo que voc ainda

    no perceba, no seu futuro e no to almejado reconhecimento.

    Prof Smia Keller LuccasNutricionista CRN3 20382

    Especialista em Fisiologia do Exerccio

    Aperfeioamento em Obesidade

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    REFERNCIAS

    CARRAZA, F.; MARCONDES, E. Nutrio clnica em Pediatria.So Paulo: Sarvier, 1991.

    COMITEE ON SPORTS MEDICINE AND FITNESS. Promotion of healthy weight-control practices

    in young athletes.American Academy of Pediatrics, 1995.

    COSTA, R. F. Composio corporal.Teoria e Prtica da Avaliao. 1. ed. So Paulo: Manole,

    2001.

    DAMASO, A. R. Nutrio e exerccio na preveno de doenas. Rio de Janeiro: Medsi/

    Guanabara Koogan, 2001.

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    GHORAYEB, N.; NETO, T. L. B. O exerccio.Preparao siolgica, avaliao mdica, aspectos

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    GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Controle do peso corporal: composio corporal, atividade

    fsica e nutrio. 2. ed. Rio Janeiro: Shape, 2003.

    GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Mdica de Guyton & Hall.11. ed. Elsevier,

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    KATCH, F. I. Nutrio, exerccio e sade.4. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1996.

    MAHAN, L. K. et al.Alimentos, nutrio e dietoterapia.9. ed. So Paulo: Rocca, 1998.

    McARDLE, W. D. et al. Nutrio para o desporto e o exerccio.1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

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    PITANGA, L. R. Testes, medidas e avaliao em educao fsica e esportes. 3. ed. So Paulo:

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  • 7/25/2019 Mtodos de Avaliao Da Composio Corporal

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    ANEXO

    Densidade corporal

    Clculo da Densidade Corporal (DC) para homens e mulheres, desenvolvido por Durnin & Womersley

    (1974), segundo o somatrio das dobras cutneas bicipital, tricipital, subescapular e suprailaca.

    Homens

    17 19 anos DC = 1,1620 0,0630 x (log somatria pregas cutneas)

    20 29 anos DC = 1,1631 0,0632 x (log somatria pregas cutneas)

    30 39 anos DC = 1,1422 0,0544 x (log somatria pregas cutneas)

    40 49 anos DC = 1,1620 0,0700 x (log somatria pregas cutneas)

    50 ou mais anos DC = 1,1715 0,0779 x (log somatria pregas cutneas)

    Mulheres

    17 19 anos DC = 1,1549 0,0678 x (log somatria pregas cutneas)

    20 29 anos DC = 1,1599 0,0717 x (log somatria pregas cutneas)

    30 39 anos DC = 1,1423 0,0632 x (log somatria pregas cutneas)

    40 49 anos DC = 1,1333 0,0612 x (log somatria pregas cutneas)

    50 ou mais anos DC = 1,1339 0,0645 x (log somatria pregas cutneas)