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Metodologias para avaliação de alimentos para ruminantes domésticos 136 ISSN 0103-9865 Maio, 2010

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Metodologias para avaliao dealimentos para ruminantes domsticos 136 ISSN 0103-9865 Maio, 2010 Documentos136 Metodologias para avaliao de alimentos para ruminantes domsticos Porto Velho, RO 2010 ISSN 0103-9865Maio, 2010Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaCentro de Pesquisa Agroflorestal de RondniaMinistrio da Agricultura! Pecuria e A"astecimentoAna Karina Dias Salman Angela Cristina Dias Ferreira Joo Paulo Guimares SoaresJosilane Pinto e Sou!a "#em$lares esta $u%li&a'o $oem ser a(uirios na) Embrapa Rondnia *R +,- .m /,/, Cai#a Postal 120, C"P 0,11/2100, Porto Velho, RO 3ele4ones) 5,67 +60122/10, +22/26+10, Fa#) 5,67 +22220-06 8889&$a4ro9em%ra$a9%r Comit de Publicaes Presiente) Clberson de Freitas Fernandes Se&ret:ria) Marly de Soua Medeiros;em%ros) !badio "er#es $ieira !ndr %ostand %a#al&o 'u(iana )atto *rito Mi(&elliny de Matos *entes-)a#a $+nia *eatri $as(on(elos de ,li-eira iso gramati&al) /il#a In0s de Fran1a !ra23o 1 edio 1? im$resso 520107) 100 e#em$lares odos os direitos reservados9 A re$rou'o no autori!aa esta $u%li&a'o, no too ou em $arte, &onstitui >iola'o os ireitos autorais 5@ei nA 69,1079 CBP2*rasil9 Cataloga'o2na2$u%li&a'o9 "m%ra$a Ron=nia ;etoologia $ara a>alia'o e ruminantes C Ana Karina Dias Salman 999 Det alE922 Porto Velho, RO) "m%ra$a Ron=nia, 20109

21 $9 F 5Do&umentos C "m%ra$a Ron=nia, 010+261,/G 1+,7 19 CiHn&ia e te&nologia e alimentos9 29 Alimenta'o animal9 +9 *o>inos9 B9 Salman, Ana Karina Dias9 BB9 Ferreira, Ingela Cristina Dias9 BBB9 Soares, Joo Paulo Guimares9 BV9 Sou!a, Josilane Pinto e Sou!a9 V9 3Jtulo9 VB9 SKrie9

CDD 5219e97 ,+,921+ "m%ra$a 2 2010 !utores !na "arina #ias $alman Loote&nista, D9S&9 em Loote&nia, $es(uisaora a"m%ra$a Ron=nia, Porto Velho, RO a.salmanM&$a4ro9em%ra$a9%r !ngela Cristina #ias %erreira Loote&nista, D9S&9 em Loote&nia, Pro4essor ANunto, Oni>ersiae Feeral e Sergi$e, Ara&aNu, S"a&risiasMu4s9%r &oo Paulo 'uimares $oares Loote&nista, D9S&9 em Loote&nia, "m%ra$a Cerraos, Planaltina, DF N$9soaresM&$a&9em%ra$a9%r &osilane Pinto de $ou(a Loote&nista, ;estrana no Programa e PPs2Graua'o em Loote&nia, Oni>ersiae Feeral o Vale o Je(uitinhonha e ;u&uri, Diamantina, ;G NosilaneM!oote&nista9&om9%r $um)rio *ntroduo 9999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 0 Mtodos +u,micos 999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 6 Mtodo de -eende 9999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 6 $istema de nutrientes digest,veis totais ./#0 99999999999999999999999999999999999999999999999999999 11 Mtodo de 1an $oest 99999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 12 #eterminao de minerais 999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 12 ! tecnologia /*R$ ./ear *n2ra Red $3stem0 99999999999999999999999999999999999999999999999999 1+ Mtodos biol4gicos 99999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 1+ #igestibilidade 999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 1+ Mtodos diretos 9999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 1- Mtodos indiretos (o# uso de indi(adores ou #ar(adores 9999999999999999999999999999999 1, Mtodos indiretos in situ 99999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 16 Consideraes 2inais 999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 16 Re2erncias 999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 20 *ntroduo A $rin&i$al meta a $rou'o animal K $rou!ir alimento $ara o homem em (uantiae, (ualiae e ao menor &usto9 PorKm, &om os a>an'os mKi&os2&ientJ4i&os, as &oni'Qes e >ia a $o$ula'o humana melhoram &onsiera>elmente, resultano em &res&imento $o$ula&ional (ue su$erou a &a$a&iae e $rou'o e alimentos e in&itou $es(uisaores na %us&a $or solu'Qes $r:ti&as $ara aumentar a e4i&iHn&ia os sistemas e $rou'o animal, &om resultaos (ue seNam simultaneamente 4a>or:>eis o $onto e >ista e&on=mi&o, so&ial e am%iental9 Como a alimenta'o K res$ons:>el $or uma $ar&ela signi4i&ati>a o &usto total e $rou'o, a $ro&ura $or alimentos mais e4i&ientes e e&on=mi&os $ara serem utili!aos na alimenta'o animal K &onstante e, entre os alimentos $ara animais omKsti&os, os $rotKi&os so os e &usto mais ele>ao uma >e! (ue a maioria &on&orre &om a alimenta'o humana9 O ruminante $ossui um sistema igesti>o &om$osto $or &a>iaes $rK2g:stri&as em (ue mi&rorganismos sim%iPti&os $ermitem o a$ro>eitamento os nutrientes &ontios em alimentos 4i%rosos e grosseiros $or meio e um $ro&esso 4ermentati>o9 Por esse moti>o, so &onsieraos animais e grane e4i&iHn&ia igesti>a e es$e&iali!a'o $ara o%ter a energia ne&ess:ria $ara seus $ro&essos 4isiolPgi&os e, &onse(uentemente, $ara $rou'o e $routos e interesse e&on=mi&o &omo &arne, leite, &ouro e l9 Diante isso, so im$res&inJ>eis os estuos $ara a>alia'o e su%$routos e resJuos ligno&elulPsi&os &omo 4ontes alternati>as a serem utili!aas na alimenta'o e ruminantes9 A$esar e o esem$enho animal ser e$enente e 4atores genKti&os e am%ientais, sa%e2se (ue a e4i&iHn&ia alimentar K um 4ator im$ortante no esen>ol>imento os animais, so%retuo (uano se &onsiera o uso e ra'Qes (ue $ossi%ilitam o m:#imo &res&imento9 e2se le>ar em &onsiera'o no a$enas um Rni&o nutriente $resente na ra'o, mas seu &onNunto, suas intera'Qes, assim &omo, a ingesto m:#ima os mesmos9 Dentre os 4atores nutri&ionais (ue inter4erem no esem$enho animal, a &om$osi'o (uJmi&o2%romatolPgi&a os ingreientes e uma ieta, o &onsumo >olunt:rio, as &inKti&as e egraa'o e a igesti%iliae os nutrientes so os (ue normalmente so &itaos &omo mais limitantes9 De a&oro &om os resultaos as an:lises (uJmi&o2%romatolPgi&as, os alimentos $oem ser &lassi4i&aos a seguinte maneira) Ana #arina Dias $alman Angela Cristina Dias %erreira &o'o Paulo (uimar'es $oares&osilane Pinto de $ou)a Metodologias para avaliao de alimentos para ruminantes domsticos Metodolo4ias 5ara a-alia16o de ali#entos 5ara ru#inantes do#sti(os 1

1olumosos) a$resentam %ai#o teor energKti&o $or uniae e >olume, ou seNa, $ossuem teor e 4i%ra %ruta 5F*7 su$erior a 11S na matKria se&a 5;S7 e $oem ser i>iios em secos e 5midos9 Os 4enos e as $alhas so &lassi4i&aos &omo >olumosos se&os 5Bn4eriores 10S212S umiae7, en(uanto os &a$ins >eres, as silagens e a &ana2e2a'R&ar so &onsieraos >olumosos Rmios 5su$eriores a 10S212S umiae79 Concentrados) $ossuem alto teor energKti&o $or uniae e >olume, ou seNa, &om menos e 11S e F* na ;S e $oem ser &lassi4i&aos &omo proticos (uano a$resentam mais e 20S e $roteJna %ruta 5P*7 na ;S, &omo K o &aso os 4arelos e algoo, e soNaG ou energticos (uano a$resentam menos e 20S e P* na ;S &omo, $or e#em$lo, o milho, o sorgo, a rai! a manio&a, o 4arelo e arro!9 1itaminas) so su%stTn&ias orgTni&as es$e&iais, (ue atuam 4re(uentemente &omo &oen!imas, ati>ano numerosas en!imas im$ortantes $ara o meta%olismo os seres >i>os9 So inis$ens:>eis ao %om 4un&ionamento orgTni&o9 Agem em (uantiaes mJnimas e se istinguem as emais su%stTn&ias orgTni&as $or(ue no so 4ontes e energia e no esem$enham 4un'o estrutural9 Classi4i&am2se a seguinte maneira) Classi2icao1itaminas/omes 6idrossol5veis *13iamina *2Ri%o4la>ina *,Pirio#ina PPori!ante, ionP4oro9 Fonte) Anrigueto et al9 516127 Metodolo4ias 5ara a-alia16o de ali#entos 5ara ru#inantes do#sti(os 6 Portanto, &onhe&er os alimentos e seu >alor na nutri'o animal K im$res&inJ>el e esta re>iso tem $or o%Neti>o reunir as $rin&i$ais metoologias e a>alia'o nutri&ional e alimentos $ara ruminantes omKsti&os en4ati!ano seus $rin&J$ios e suas limita'Qes, $ara (ue as mesmas seNam utili!aas e maneira mais &ons&iente $or estuantes e tK&ni&os e la%oratPrio9 Mtodos +u,micos Mtodo de -eende 3am%Km &onhe&io &omo mKtoo e an:lise &entesimal ou $ro#imal, 4oi $ro$osto $or Uenne%erg em 116-, &om %ase nos resultaos e in>estiga'Qes reali!aas na "sta'o "#$erimental e Weene, na Alemanha9 Dese ento, esse mKtoo >em seno utili!ao $ara se &onhe&er a &om$osi'o (uJmi&a a$ro#imaa os alimentos9 As tK&ni&as aina so (uase as mesmas, &om e#&e'o o nitrogHnio, (ue K eterminao $elo mKtoo KNelahl 5UORWB3L, 200079 De a&oro &om esse mKtoo, os &om$onentes os alimentos so i>iios em) !limento Matria seca8gua Matria org9nica Matria inorg9nica .cin(as0 Com$ostos no nitrogenaos Com$ostos nitrogenaos 5$roteJnas7 Car%oiratos"#trato etKreo Fi%ra"#trato no nitrogenao Fonte) Anrigueto el al9 516127 Dessa 4orma, as an:lises reali!aas no la%oratPrio so) Matria seca .M$0: 3oos os alimentos, (ual(uer (ue seNa o mKtoo e inustriali!a'o a (ue tenham sio su%metios, &ontHm :gua em maior ou menor $ro$or'o9 A ;S K toa 4ra'o o alimento e#&luJa a :gua ou umiae natural9 X um ao e e#trema im$ortTn&ia, $rin&i$almente (uano o%tio e alimentos >olumosos, (ue normalmente a$resentam umiae >ari:>el9 Assim, $or e#em$lo, uma amostra e milho em gro (ue tenha 1/S e umiae natural a$resenta, $or i4eren'a, 1/S e ;S9 O teor e umiae entre alimentos K muito >ari:>el 5e 0/S $ara gramJneas 4res&as, $or e#em$lo, atK 10S $ara 4arelos e 4enos79 itaminas79 Os resultaos a an:lise (uJmi&a so a$resentaos &om %ase na ;S $ara $ermitir (ue i4erentes alimentos seNam &om$araos (uanto as suas &ara&terJsti&as nutri&ionais, &usto e nutrientes, et&9, no le>ano em &onsiera'o a 4ra'o e :gua9 A &om$osi'o os alimentos em ta%elas, o &:l&ulo as ne&essiaes os animais e o &onsumo e alimentos so e#$ressos em $or&entagem e ;S 5Ae ser su%metia Y igesto &om uma solu'o :&ia e e$ois &om uma solu'o %:si&a 4ra&a, seguia e 4iltragem em &ainho e Goo&h, &uNo resJuo orgTni&o resultante K (ueimao em mu4la Y tem$eratura e //0 AC 5CA;POS et al9, 200-79 A sua $rin&i$al limita'o est: rela&ionaa &om o 4ato e no se$arar a &elulose a hemi&elulose e $ro>o&ar a $era e $arte a lignina 5(ue no K &onsieraa &ar%oirato7 e a hemi&elulose9 "ste mKtoo 4orne&e >alores %ai#os e>io Y utili!a'o e igesto muito r:sti&a, le>ano Y $era e alguns &om$onentes, no seno mais ae(uao $ara a an:lise e alimentos9 Eentes &omo, $or e#em$lo, o Kter em a$arelho o ti$o So#hlet, seguia a remo'o $or e>a$ora'o ou estila'o o sol>ente em$regao9 O resJuo o%tio no K &onstituJo uni&amente $or li$Jios, mas $or toos os &om$ostos (ue, nas &oni'Qes a etermina'o, $ossam ser e#traJos $elo sol>ente9 "stes &onNuntos in&luem os :&ios gra#os li>res, Ksteres e :&ios gra#os, as le&itinas, as &eras, os &arotenPies, a &loro4ila e outros $igmentos, alKm os esterPis, 4os4atJios, >itaminam A e D, Pleos essen&iais, et&9 5L":rios &om$ostos nitrogenaos, &omo a am=nia, alKm os amino:&ios9 Da mesma 4orma, o "" no in&lui a$enas trigli&erJeos, mas tam%Km outros &om$ostos solR>eis em Kter &omo &eras e $igmentos sem >alor nutri&ional9 ;as, a $rin&i$al &rJti&a K &om rela'o Y F* (ue no se$ara a hemi&elulose a &elulose e &onsiera somente a lignina insolR>el em :l&ali9 Parte a lignina $assa a 4a!er $arte o "el, ou seNa, os &om$onentes estruturais o alimento9 O "eis9 Dessa maneira, os eis 5PD7, e#tratos no nitrogenaos igestJ>eis 5"el 5""D79 O ""D K multi$li&ao $or uma &onstante e &on>erso e goruras em energia 52,2/79 A 4Prmula e &:l&ulo os amente, e solR>eis em etergente :&io e FDA9 A $or'o solR>el K integralmente a$ro>eitaa $or ruminantes ou outros her%J>oros e $ar&ialmente $or monog:stri&os no her%J>oros9 A FDA K a $or'o menos igestJ>el a $aree &elular as 4orrageiras $elos mi&rorganismos o rRmen, &onstituJa (uase na sua totaliae $or ligno&elulose, ou seNa, lignina e &elulose9 @ogo, a $ro$or'o e hemi&elulose K eterminaa $ela i4eren'a entre FD< e FDA9 A &elulose &ontia na 4ra'o FDA, (ue K $arte solR>el em etergente :&io, (uano le>aa a 4orno mu4la, K totalmente (ueimaa9 Com isso, $oemos, tam%Km $or i4eren'a entre os $esos, o%ter a 4ra'o e &elulose a amostra9 #eterminao de minerais A etermina'o e minerais em amostras e alimento $oe ser (uanti4i&aa $or es$e&tro4otometria &om relati>a $re&iso9 A an:lise e ma&ro e mi&rominerais K reali!aa $or igesto nitro$er&lPri&a seguia e leitura em es$e&tro4ot=metro e a%sor'o at=mi&a &om %ase em &ur>as2$aro &onstruJas $ara &aa elemento9 Os ma&rominerais 5&:l&io2Ca, 4Ps4oro2P, magnKsio2;g, $ot:ssio2K, &loro2Cl, sPio2ermelho 5BV7 K em$regaa $ara &ara&teri!ar su%stTn&ias orgTni&as9 O es$e&tr=metro
e! montaa a &ur>a e $rei'o, a an:lise o es$e&tro torna2se e#tremamente sim$les e r:$ia, sem a ne&essiae e reagentes ou ilui'Qes9 A tK&ni&a $ermite aumentar signi4i&ati>amente o nRmero e aos a &om$osi'o os ingreientes, a um &usto muito %ai#o e em tem$o &urto o su4i&iente $ara (ue o ao seNa utili!ao na 4ormula'o as ietas9 Oma >e! &riaa e >aliaa a %i%liote&a e es$e&tros, sua 4a&iliae e uso e o %ai#o &usto tornam o mKtoo su$erior Ys metoologias &on>en&ionais9 aria%iliae su4i&iente $ara re$resentar toa a 4ai#a e tra%alho, alKm as &on&entra'Qes os &onstituintes re4letino sem$re nas mesmas 4re(uHn&ias 5CA;P"S3RBo e su%stTn&ias enPgenas o organismo animal &omo en!imas igesti>as, &Klulas e es&ama'o o trato igestPrio, sais %iliares e sais e Ca2_ e ;g2_ 5so% a 4orma e sa%o &om%inao &om li$Jeos7, K es&onsierao a 4ra'o 4e&al9 Como o resJuo meta%Pli&o K mais ou menos &onstante, se e#$resso $or uniae e &onsumo, a i4eren'a entre as igesti%iliaes a$arente e >eraeira so re$resentaas $ela $ro$or'o e material meta%Pli&o 4e&al9 @ogo, o termo igesti%iliae a$arente no se a$li&a $ara a &elulose ou a lignina, uma >e! (ue esses &om$onentes no so en&ontraos na 4ra'o meta%Pli&a 4e&al e a igesti%iliae a$arente re$resenta um >alor su%estimao, $ois alKm o resJuo inigestJ>el a ieta 5$rin&i$almente $aree &elular ligni4i&aa7 a$resenta tam%Km resJuos e material meta%Pli&o a 4ra'o 4e&al9 Mtodos diretos Digesti%iliae a$arente in >itro 2 tK&ni&a e ois est:gios "ssa tK&ni&a &onsiste em se ei#ar as amostras em &ontato &om o &onteRo lJ(uio o rRmen no interior e um tu%o e ensaio, one se tenta re$rou!ir as &oni'Qes $reominantes o rRmen 5$resen'a e mi&rorganismos, anaero%iose, tem$eratura e +6 ZC, $oer tam$o e $U ,,67 urante 2- horas a -1 horas $ara so4rer o $ro&esso e 4ermenta'o9 A ai'o e uma seguna eta$a e -1 horas ao mKtoo &on>en&ional 4oi $ro$osta $or 3ille` e 3err` 516,+7 e K re&omen:>el $rin&i$almente $ara 4orrageiras e alta igesti%iliae e ri&as em $roteJna9 as 4oram $ro$ostas &om o o%Neti>o e iminuir o tem$o e an:lise e sim$li4i&ar o $ro&eimento, uma >e! (ue o longo tem$o e an:lise e o nRmero e eta$as so as $rin&i$ais es>antagens o mKtoo e ois est:gios $ro$osto $or 3ille` e 3err` 516,+79 Assim, Van Soest 5166-7 $ro$=s a su%stitui'o a seguna eta$a o $ro&esso 5-1h &om $e$sina7 in >itro $elo tratamento o resJuo a 4ermenta'o o etergente neutro9 a a igesti%iliae >eraeira9 Com esta moi4i&a'o, o mKtoo mantKm a $re&iso, alKm e re(uerer metae o tem$o es$enio no mKtoo e 3ille` e 3err` 516,+79 Digesti%iliae in >itro e $rou'o e gases X um mKtoo inireto $ara a>aliar o esa$are&imento a ;S e alimentos >olumosos $elo resJuo remanes&ente a igesto mi&ro%iana9 X $ela &ur>a e $rou'o e g:s o%tia $ela igesto o alimento (ue K $ossJ>el estimar as ta#as e egraa'Qes as 4ra'Qes solR>eis 5a'R&ares solR>eis e amio $rontamente is$onJ>el7 e insolR>eis 5&elulose, hemi&elulose79 as o tem$o e &oloni!a'o, a ta#a e egraa'o e a e#tenso a egraa'o mais ra$iamente (ue em outras tK&ni&as 5CA;POS et al9, 200179 A tK&ni&a utili!a lJ(uio ruminal ou en!imas igesti>as, >isano re$rou!ir as &oni'Qes 4a>or:>eis Y 4ermenta'o o rRmen2retJ&ulo, &omo o $U e a$ro#imaamente ,,6, $oer tam$o, tem$eratura e +6 AC, anaero%iose e $resen'a e mi&rorganismos $ara estimar a igesti%iliae a ;S e 4i%ra 5CA;POS et al9, 200-79 Metodolo4ias 5ara a-alia16o de ali#entos 5ara ru#inantes do#sti(os 1/ "ste mKtoo tem sio %astante utili!ao e a$er4ei'oao >isano maior $re&iso &om rela'o aos resultaos in -i-o, (ue $or serem reali!aos no $rP$rio animal -i-o so &onsieraos mais &on4i:>eis, $orKm a$resentam in&on>enientes, &omo ele>aa (uantiae e ra'o, grane nRmero e re$eti'Qes e alto &usto, aumentano a $ro&ura $elas tK&ni&as in >itro 5*"RCUB"@@B et al9, 200,79 A o%ten'o os $arTmetros e $rou'o e gases K reali!aa $or leituras em tem$os $rK2esta%ele&ios, $or meio e um a$arelho transutor e $resso, &om os >alores o%tios &on>ertios em >olume e gases $rou!ios9 "sta tK&ni&a $ossi%ilita a estima'o a igesti%iliae o alimento $or &orrela'o entre a $rou'o mi&ro%iana e g:s e a matKria orgTni&a 4ermentaa e (uano se utili!a um sistema &om$utaori!ao $ara monitoramento autom:ti&o a igesto, esse mKtoo torna2se $r:ti&o e $re&iso 5CA;POS et al9, 200179 Consierano as >antagens a$resentaas $ela tK&ni&a e igesti%iliae in >itro e as (uestQes e %em2estar animal, se tem im$ulsionao a estimati>a a $rou'o e gases urante o $ro&esso 4ermentati>o in >itro $ara a>alia'o e alimentos $ara ruminantes, >isano a o%ten'o e resultaos a&uraos, gerano menor im$a&to am%iental e reu!ino a ne&essiae e animais nos e#$erimentos9 Digesti%iliae a$arente in -i-o ias e &omeouros, saleiros, %e%eouros e is$ositi>os $ara &oleta e urina 5Figura +7, no &aso os estuos e %alan'o nitrogenao9 ol>ia &onsierano2se a im$ossi%iliae e se 4a!er a &oleta total e 4e!es, es$e&ialmente no &aso e animais mantios em sistemas e $asteNo9 O uso e ini&aores em e#$erimentos K im$ortante $ara se estimar o &onsumo e a e#&re'o 4e&al, e &om %ase nesses $arTmetros eterminar a igesti%iliae9 A $rin&i$al &ara&terJsti&a e um %om mar&aor K (ue o mesmo seNa &om$letamente re&u$erao nas 4e!es9 Se no hou>er uma %oa re&u$era'o o mar&aor, o esa$are&imento o alimento ser: a soma a $assagem mais a a$arente igesto9 o9 De>e misturar2se uni4ormemente &om o alimento a ser testao9 De>e ser e 4:&il (uanti4i&a'o analJti&a9 De $re4erHn&ia, ser um &om$onente natural o alimento a ser testao9 O ini&aor e#terno mais utili!ao K o o#io &r=mi&o 5Cr2O+79 A$esar e ser o ini&aor mais utili!ao, a$resenta &omo es>antagem no se misturar %em Y ieta9 Os ini&aores internos mais utili!aos so) lignina, sJli&a e &in!a insolR>el em etergente :&io 5CBA7, a$resentam as >antagens e o&orrHn&ia natural nos alimentos e no so4rem >aria'Qes a&entuaas na e#&re'o 4e&al, &omo no &aso e ini&aores e#ternos9 A estimati>a a igesti%iliae 5D7, nesse &aso, K reali!aa a seguinte maneira) D ^ 100 F &on&entra'o o ini&aor no alimento # nutriente nas 4e!es # 100 &on&entra'o o ini&aor nas 4e!es # nutriente no alimento ;ar&aores internos Os mar&aores internos so &om$onentes (uJmi&os (ue o&orrem naturalmente na ieta o animal9 De>em ser inigestJ>eis e (uantitati>amente re&u$er:>eis nas 4e!es9 "ste mKtoo se %aseia no 4ato e (ue, a meia (ue o alimento $assa $elo trato igesti>o, a &on&entra'o o ini&aor aumenta $rogressi>amente $ela remo'o e outros &onstituintes $or igesto e a%sor'o9 O aumento a &on&entra'o K $ro$or&ional Y igesti%iliae 5D7 e, $ortanto, esta Rltima $oe ser &al&ulaa a $artir as &on&entra'Qes o mar&aor no alimento e nas 4e!es, $or meio a seguinte e(ua'o) D ^ 1 2 &on&entra'o o mar&aor no alimento &on&entra'o o mar&aor no alimento Como mar&aores internos tHm sio utili!aos os seguintes &om$onentes) 7ignina: A lignina K um $olJmero e uniaes e 4enil$ro$anPies (ue o&orre na $aree &elular as $lantas 4orrageiras9 3eori&amente a igesti%iliae a lignina K igual a !ero 5lignina >eraeira79 "ntretanto, em gramJneas No>ens e em outras es$K&ies &om %ai#o &onteRo e lignina, $oe2se en&ontrar uma a$arente igesti%iliae $ara lignina, o (ue resulta em erros na estimati>a a Metodolo4ias 5ara a-alia16o de ali#entos 5ara ru#inantes do#sti(os 10 igesti%iliae a 4orrageira9 A e4i&iHn&ia a re&u$era'o a lignina nas 4e!es, K e&orrente e alguns 4atores, tais &omo) em gramJneas No>ens a lignina $ossui menor grau e $olimeri!a'o e os 4ragmentos e %ai#o $eso mole&ular so a%sor>ios e e#&retaos >ia urinaG a lignina %ruta $oe so4rer &ontamina'o e outros &om$onentes o alimento 5rea'o e ;ailar7G $oe o&orrer 4orma'o e material 4enPli&o solR>el, alKm e (ue, 4ra'Qes muito $e(uenas so $erias urante o $ro&esso e 4iltragem9 a os >alores e igesti%iliae e &onsumo9 !lcanas: Al&anas so hiro&ar%onetos e &aeia longa 5212+0 C7 (ue 4a!em $arte a &utJ&ula as 4orrageiras9 So ra!oa>elmente inigestJ>eis e re&u$er:>eis nas 4e!es9 A sim$li&iae relati>a a an:lise estes &om$ostos $or &romatogra4ia e g:s e sua relati>a inKr&ia, 4oram as ra!Qes $rin&i$ais $ara &onsierar sua utili!a'o &omo mar&aores, ini&ialmente &om o $ro$Psito e eterminar a igesti%iliae a ieta e, $osteriormente, $ara etermina'o o &onsumo e 4orragem9 Como as al&anas &om nRmero $ar e &ar%onos re$resentam menos e ,S e toas as al&anas $resentes nas $lantas, ;a`es et al9 5161,7, $ro$useram um mKtoo $ara estima'o ireta o &onsumo %aseao na &om%ina'o o uso e uma al&ana &omo mar&aor interno e uma al&ana &omo mar&aor e#terno, &om tamanho e &aeia similar9 O $rin&J$io se %aseia no uso as al&anas Jm$ares &omo mar&aores internos e osi4i&a'o e al&anas $ares &omo mar&aores e#ternos9 Os resultaos e ;a`es et al 5161,7, sugeriram (ue uma estimati>a a&uraa o &onsumo e 4orragem 4oi $ossJ>el &om o uso simultTneo e al&anas C+2, &omo mar&aor e#terno, e C++ &omo mar&aor interno 5$resente no alimento79 ">ien&iou2se, tam%Km, (ue a re&u$era'o o mar&aor nas 4e!es 4oi $ro$or&ional ao tamanho a &aeia e &ar%onos a al&ana9 Para (ue o &onsumo e 4orragem seNa estimao &om a&ur:&ia, tem sio re&omenao (ue a &on&entra'o e al&anas na 4orragem e>a e#&eer /0 mgCKg e ;S 5@AR"DO et al9, 166179 "ntretanto, algumas 4orrageiras tro$i&ais &ontHm (uantiaes insu4i&ientes e al&anas C++, nestas es$K&ies, al&anas e &aeia &urta $oem ser usaas, o&asionano, &ontuo, reu'o na a&ur:&ia a estimati>a 5@AR"DO et al9, 166179 Portanto, a$esar e re&ente, esta tK&ni&a $are&e $romissora, le>ano2se em &onta a %oa $re&iso e suas estimati>as, &omo emonstrao na literatura 5@AR"DO et al9, 166179 "ntretanto, K ne&ess:rio maior &onhe&imento a &on&entra'o e al&anas e &aeia C++ nas i4erentes es$K&ies e gramJneas 4orrageiras, $ara (ue uma reu'o e a&ur:&ia a etermina'o a igesti%iliae e o &onsumo, no &om$rometa a utili!a'o esta tK&ni&a9 Celulose potencialmente indigest,vel e cin(a insol5vel em )cido: ;inerais insolR>eis na ieta animal a$are&em e uas 4ormas) na 4ra'o mineral %iogHni&a a 4orragem e a &ontamina'o o solo9 Animais (ue ingerem solo urante o $asteNo tenem a reter $artJ&ulas minerais no rRmen, (ue $oem $osteriormente mas&arar a estimati>a e &in!as nas 4e!es9 Portanto essa K uma im$ortante 4onte e erros (uano se utili!a a &in!a insolR>el em :&io $ara etermina'o a igesti%iliae9 Penning e Johnson 5161+7 relataram i4eren'as nas $rei'Qes a igesti%iliae a al4a4a 5Medi(a4o sati-a7 e o a!e>Km 5'oliu# #ulti@loru#7, estimaa $or meio a &in!a insolR>el em :&io, (uano &om$araas &om a igesti%iliae \in >i>o]9 "m al4a4a as $rei'Qes 4oram in&onsistentes, en(uanto (ue $ara o a!e>Km 4oram o%tias melhores estimati>as a igesti%iliae9 "m e&orrHn&ia a alta >aria%iliae en&ontraa na estimati>a a igesti%iliae $ara animais re&e%eno al4a4a, os autores &on&luJram $ela no re&omena'o a &in!a insolR>el em :&io &omo mar&aor interno9 Metodolo4ias 5ara a-alia16o de ali#entos 5ara ru#inantes do#sti(os 11A &elulose $oten&ialmente inigestJ>el K um mar&aor interno (ue $ermite %oa $rei'o a igesti%iliae 5P"aa $re&iso na etermina'o e igesti%iliae e 4orrageiras, K relati>amente sim$les, a$esar e ne&essitar e animais 4istulaos no rRmen9 Van Soest 5166-7, $ro$Qe um mKtoo sim$les, no (ual a$enas a analise 4e&al K ne&ess:ria $ara se eterminar a igesti%iliae a ieta animal9 el oriuno o alimento, K en&ontraa uma (uantiae resiual e origem meta%Pli&a, >ari:>el &om a es$K&ie e &oni'Qes 4isiolPgi&as o animal e &om o &onsumo, e se 4i#aa Y es$K&ie, o >alor meta%Pli&o resiual se torna mais ou menos &onstante9 Pes(uisas o%tias $or Van Soest 5166-7, tHm mostrao (ue o >alor a &onstante meta%Pli&a 5;i7 >aria e 11,6 a 12,69 A seguinte rela'o K utili!aa $ara &:l&ulo a inigesti%iliae 5Ra7) Ra ^ &onstante meta%Pli&a 511,6 F 12,67 4ra'o meta%Pli&a as 4e!es A 4ra'o meta%Pli&a K o%tia $elo tratamento a ;S 4e&al &om etergente neutro9 el o alimento 5resJuo e origem alimentar7 e a (uantiae solu%ili!aa re$resenta a 4ra'o meta%Pli&a oriuna e su%stTn&ias enPgenas e e %a&tKrias o $ro&esso 4ermentati>o9 O%teno2se a inigesti%iliae o alimento, $oe2se &hegar Y igesti%iliae a$arente su%traino2se e 100 o >alor a igesti%iliae9 A igesti%iliae >eraeira K o%tia ai&ionano2se o >alor a igesti%iliae a$arente Y &onstante meta%Pli&a, ou seNa, o >alor e 11,6 ou 12,69 "sta K uma metoologia sim$les e r:$ia, e ser>e, $rin&i$almente $ara &om$arar i4erentes tratamentos e#$erimentais9 ;ar&aores e#ternos Oma su%stTn&ia ai&ionaa Y ieta &omo mar&aor K &onhe&ia &omo mar&aor e#terno9 Poe ser usao $ara estuo a igesti%iliae, (uano ai&ionao em nJ>el &onstanteG ou $ara estuo so%re ta#as e $assagem e 4lu#o a igesta, (uano ai&ionao em oses >ariaas9 O mar&aor e#terno e>e ser re&u$erao &om$letamente nas 4e!es 5logo, e>e ser inigestJ>el7 e no $oer ser a%sor>io $elas $arees o trato igesti>o9 AlKm isso, no e>e a4etar o animal ou a igesti%iliae o alimento, e e>e estar ausente o alimento e o solo9 V:rios mar&aores inigestJ>eis tHm sio usaos em estuos e igesto, entretanto o material mais &omumente utili!ao K o#io &r=mi&o 5Cr2O+79 A &on&entra'o o o#io &r=mi&o nas 4e!es al&an'a o e(uilJ%rio seis a sete ias a$Ps a aministra'o as oses ini&iaas e sua ta#a e re&u$era'o $oe ser &onsieraa e 100S9 O moo e 4orne&imento $oe ser uma ou uas >e!es ao ia em &:$sulas e 1 g a 10 g e P#io &r=mi&o9 Metodolo4ias 5ara a-alia16o de ali#entos 5ara ru#inantes do#sti(os 16 Como relatao anteriormente, $ara mar&aores internos, K $ossJ>el estimar &onsumo e animais em $asteNo $elo mKtoo a rela'o $rou'o 4e&alCinigesti%iliae9 aas em :gua &orrente atK a :gua sair lim$a9 "m seguia, so se&as em estu4a a // ZC $or 2- horas9 Analisa2se o &onteRo o nutriente 5"#) ;S, FDelG b, a 4ra'o $oten&ialmente egra:>elG (, a ta#a e egraa'o a 4ra'o bG e t, o tem$o e in&u%a'o9 A egraa%iliae e4eti>a 5D"7 K &al&ulaa seguno o moelo matem:ti&o $ro$osto $or brs.o> e ;&Donal 516067) D" ^ a _ 55%c&7C5& _ .77 One) A K a ta#a estimaa e $assagem e sPlios no rRmen 52, / ou 1SCh79 Os $arTmetros no2lineares a, b e ( so estimaos $elo $ro&eimento algorJtmi&o e Gaus iao $ara rota e e#&re'o9 Atualmente os &omitHs e Kti&a no uso e animais 5C"OAs7 os &entros e $es(uisas e uni>ersiaes atuam &aa >e! mais, estimulano a iminui'o o uso e animais em e#$erimento $or (uestQes rela&ionaas a m: mani$ula'o e uso e nRmero e#&essi>o e Metodolo4ias 5ara a-alia16o de ali#entos 5ara ru#inantes do#sti(os 20animais9 Bsso torna &aa >e! mais >i:>el a %us&a $or tK&ni&as e a>alia'o e alimentos in >itro, o (ue im$li&a em esen>ol>imento e tK&ni&as mais ela%oraas $ara tais an:lises, $ois re>istas &ientJ4i&as e alto $aro N: e#igem (ue os tra%alhos su%metios, a$resentem na metoologia o $roto&olo e en>io a C"OA e li%era'o $ara e#e&u'o o e#$erimento9 Re2erncias A9 2, n9 /, $9 2-022/1, 200/9 Dis$onJ>el em) ehtt$)CC8889nutritime9&om9%rCar(ui>osfinternosCartigosC0-2V-itroCg:s e >olumosos e#&lusi>os ou &om%inaos a>aliaos $elo resJuo remanes&ente a igesto a matKria se&a e $rou'o e g:s9 Revista ;rasileira de Aootecnia, Vi'osa2;G, >9 +0, n9 /, $9 1/0621/16, 20019 Dis$onJ>el em) ehtt$)CC8889s&ielo9%rC$4Cr%!C>+0n/C,,669$4g9 A&esso em) 11 mar9 20109 CA;POS, F9 P9 eG