metodologia o nome da rosa

5
Gostaríamos que vocês assistissem o filme focados nos aspectos listados abaixo e as possíveis relações que eles guardam com o ambiente científico na atualidade. - a relação entre William e o jovem monge; A importância que o monge franciscano William concebe à natureza, fonte de muitas pesquisas do filósofo, quando diz que “Para comandar a natureza é preciso aprender a obedecê-la”. Mesmo sendo fisiológica. 05:15 “Não devemos nos deixar influenciar por boatos irracionais sobre o Anticristo (…)” ao contrário exercitar nossos cérebros e solucionar o enigma. (William dialogando com Adso, mostrando sua clara valorização à racionalidade, ao não acreditar nos boatos até que os possa ele mesmo comprovar. Assim, utiliza métodos de pesquisa sofisticados para que obtenha provas necessárias para chegar à verdade). 15:20 Em outro momento, Adso se refere a William: “O mestre se fiava em Aristóteles, nos filósofos gregos e em sua notável inteligência lógica”. Para Aristóteles a razão seria a característica mais importante do homem. 15:47 No filme todo, existia uma relação de ensino e aprendizado. De questionamentos, perguntas em buscas de respostas aos enigmas. - a busca, de William, por respostas para as mortes; Um olhar racional, exploratório e crítico dos acontecimentos como percebeu a morte de dos irmãos da igreja, pelo túmulo recente coberto e pelo corvo que sentia o cheiro da carne humana...07:40 Ele achava estimulante e desafiador o lugar e em busca de respostas pela morte. Através da lógica e da razão O pensamento racional e a fundamentação em Aristóteles e nos filósofos gregos permeavam o caráter investigativo de William, razão pela qual não acredita em fatos extranaturais e busca uma verdade embasada nos estudos científicos”. “O mestre retira da túnica uma peça óptica, causando espanto por parte dos presentes: “Olhos de vidro em aros gêmeos!”. Isso leva à suposição de William provavelmente estar à frente de seu tempo”. 33:30 - as explicações da Igreja para as mortes; A igreja não dava explicação natural e sim Explicações espirituais, de uma força sobrenatural, como obras do demônio e não como um acidente, ou como um acidente provocado. 09:38 “William apresenta Adso a Ubertino. Este pede que tire o noviço dali depressa,

Upload: marcio-finamor

Post on 16-Nov-2015

1 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

lol

TRANSCRIPT

Gostaramos que vocs assistissem o filme focados nos aspectos listados abaixo e as possveis relaes que eles guardam com o ambiente cientfico na atualidade.

- a relao entre William e o jovem monge;

A importncia que o monge franciscano William concebe natureza, fonte de muitas pesquisas do filsofo, quando diz que Para comandar a natureza preciso aprender a obedec-la. Mesmo sendo fisiolgica. 05:15

No devemos nos deixar influenciar por boatosirracionaissobre o Anticristo () ao contrrio exercitar nossos crebros e solucionar o enigma. (William dialogando com Adso, mostrando sua clara valorizao racionalidade, ao no acreditar nos boatos at que os possa ele mesmo comprovar. Assim, utiliza mtodos de pesquisa sofisticados para que obtenha provas necessrias para chegar verdade). 15:20

Em outro momento, Adso se refere a William: O mestre se fiava em Aristteles, nos filsofos gregos e em sua notvel inteligncia lgica. Para Aristteles a razo seria a caracterstica mais importante do homem. 15:47No filme todo, existia uma relao de ensino e aprendizado. De questionamentos, perguntas em buscas de respostas aos enigmas. - a busca, de William, por respostas para as mortes;

Um olhar racional, exploratrio e crtico dos acontecimentos como percebeu a morte de dos irmos da igreja, pelo tmulo recente coberto e pelo corvo que sentia o cheiro da carne humana...07:40

Ele achava estimulante e desafiador o lugar e em busca de respostas pela morte. Atravs da lgica e da razo

O pensamento racional e a fundamentao em Aristteles e nos filsofos gregos permeavam o carter investigativo de William, razo pela qual no acredita em fatos extranaturais e busca uma verdade embasada nos estudos cientficos.O mestre retira da tnica uma pea ptica, causando espanto por parte dos presentes: Olhos de vidro em aros gmeos!. Isso leva suposio de William provavelmente estar frente de seu tempo. 33:30

- as explicaes da Igreja para as mortes;

A igreja no dava explicao natural e sim Explicaes espirituais, de uma fora sobrenatural, como obras do demnio e no como um acidente, ou como um acidente provocado. 09:38

William apresenta Adso a Ubertino. Este pede que tire o novio dali depressa,

pois o demnio est jogando belos jovens pela janela, numa referncia ao ocorrido.

Parece que no davam importncia a teorias cientficas ou a conhecimentos advindos da racionalidade humana. Costumavam explicar tudo atravs do sobrenatural: tudo era culpa do demnio, como uma maneira fcil e confortvel de justificar as situaes. A argumentao lgica parecia no ter tanta representatividade quanto os argumentos a favor do sobrenatural, porque se baseavam somente nas explicaes metafricas da Bblia. Havia alguma coisa defeminino, alguma coisa dediablicono jovem que morreu. Ele tinha os olhos de uma moa buscando uma relao com o demnio. Ubertino se refere ainda Virgem Maria, onde coloca que quando umafmea, por natureza toperversa, torna-se sublime por santidade, ento ela pode ser o nobre veculo da graa. 13:13A igreja rezava por acabar com os acontecimentos, achando que era coisas do demnio, assim escondia da sociedade e de outros monges os livros e a biblioteca. 18:05 Profecia do apocalipse para explicar as mortes 25:25.A prpria instituio (mosteiro) cria o demnio como explicao, para que seus fiis seguidores no possam olhar as questes implcitas.- a relao da Igreja com o conhecimento;

Preservar os princpios cristo e ocultar qualquer conhecimento que pusesse em dvida os dogmas catlicos.

No permitia, desenhos e imagens cmicas como o humor, retratado pela morte do desenhista irmo adelmo 07:53Comentava sobre a vida de William o chamado dos artifcios do demnio 08:52

Como era astuto, a igreja queria cobrir, e desejava que o william encobrisse tudo antes que o papa viesse. conhecedor dos livros proibidos, espiritualmente perigosos, tambm morreu envenenado. Encontramos um momento de divergncia no filme entre William e o monge beneditino Jorge, onde o segundo afirma que Um monge no deve rir! S os tolos riem toa! () Oriso um eventodemonacoque deforma as linhas do rosto e faz os homens parecerem macacos;O humor como sendo o pecado. 34:12

Aristteles dedicou o Segundo livro da Potica comdia como instrumento da verdade. A igreja dizendo que esse livro nunca foi escrito. 35:26William questiona a Jorge porque tal obra lhe causa tanto temor, respondendo esse: Porque de Aristteles e ainda O riso mata o temor, e sem temor no pode haver f. Mas no eliminara o riso eliminando o livro. 1:55:00 e 1:56:00

Mantinha escritas em segredo.1:02

Quando achou a biblioteca e ela continha sabedoria e conhecimento novo. E diferente deles. Ideias que podem fazer duvidar de Deus. Porque a dvida inimiga da f.1:14

William retira de sua sacola alguns objetos de uso cientfico. Ao ouvir barulho

de passos se aproximando, esconde-os, o que pode levar inferncia de que a presena

da cincia um tabu naquele local. Logo, fica claro que as verdades dogmticas tm

muito mais valor nesse local do que verdades comprovadas cientificamente. 06:12- a relao da Igreja com a sociedade;

Traduo de um livro grego que conflitava com as escrituras sagradas 1:28:00Conservar o conhecimento e no a busca: 1:48:09

No permitia que o conhecimento seja exposto tanto para os monges quanto par a sociedade.

Inquisio da igreja para combater a heresia e a aquisio de conhecimento que a igreja no permitia.o inquisidor, chega ao mosteiro disposto a pr fim ao mistrio torturando a todos os suspeitos de heresia, fazendo com que confessem sua ligao com o diabo.

O embate entre o dogmatismo e a razo

De repente, uma porta se abre e de l caem restos de alimentos provindos do mosteiro. William, ento, declara: Outra generosa doao da Igreja aos pobres e aqui a audincia pode inferir que o mestre parece no concordar com essa atitude ao utilizar-se dessa ironia: apesar de o povo doar para a Igreja o que tinha de melhor, os que mais precisavam recebiam as sobras. 16:20

Na cena de, Adso sai do mosteiro e vai at o local onde vive a camponesa.

L ele v a degradao, a misria e a imundcie. Ao se deparar com essa situao, louva

a Deus por sua condio de franciscano. 1:07:10

- a biblioteca e o acesso a ela;

Quando o bibliotecrio percebeu a chegada de Willian a primeira coisa que ele fez foi fechar a porta de entrada para a biblioteca. 32:32

A investigao das mortes sendo um pedido incomum. Como tambm a mortes dos irmos. 33:11

Somente o bibliotecrio e o auxiliar permitido entrar na biblioteca. Regra rgida do abade. 57:00

uma biblioteca secreta onde eram guardadas vrias obras clssicas, algumas delas condenadas pela Igreja Catlica.

Use as pessoas vulgares... aproveite-se de seus defeitos.... Aps ler, William sente um cheiro de suco de limo e, por isso, infere que algo possa estar escrito e no se pode ver a olho nu. Coloca o papel perto da chama da vela e v smbolos do zodaco, o que leva a concluir que este um cdigo com indicaes para algum lugar. Infere ser esta a pista a qual pode levar ao local onde esto os livros e, conseqentemente, esta poderia ser a chave para todas as mortes. 41:00

Entram em uma sala, a qual contm um altar com figuras cadavricas. Escolhem a figura mais assustadora e descobrem ser esta a chave para uma abertura embaixo do altar. Eles descem at as fundaes da torre e chegam biblioteca. L encontram milhares de livros, possivelmente escondidos por serem proibidos. 1:10:40

- a atmosfera sombria (e, muitas vezes, pesada) dos cenrios.

Os escritos de Aristteles, em sua maioria, eram de proibida leitura na poca, sendo inclusive o Segundo livro da Potica de Aristteles a causa das mortes ocorridas no mosteiro (onde morreram pelo envenenamento de suas pginas). Venncio, o tradutor de grego, morreu envenenado. Berengar, conhecedor dos livros proibidos, espiritualmente perigosos, tambm morreu envenenado.

Onde os monges no devem rir, deve ficar em silncio, falar s quando for questionado, somente os tolos rir 19:15O tradutor da obra de Aristteles, morreu.... onde as ideias aristotlicas afrontavam os dogmas religiosos por seu racionalismo crtico... 27:00

A cena da matana do porco, logo em seguida meno da Inquisio, parece

fortalecer a suposio de que a entidade era cruel, e essas imagens so propositadamente ligadas, como uma tentativa de reforar essa idia de perversidade das atitudes da entidade. O sangue, o corte e os gritos do animal so signos que representam a possvel ferocidade da instituio. 10:40

Na cena seguinte, Adso visita um pequeno santurio no qual h imagens

assustadoras, e seu temor aparenta ser to grande que as expresses faciais das figuras parecem mudar. De repente, surge da penumbra Salvatore (Ron Perlman), um monge corcunda que lhe causa temor, tanto por sua aparncia como tambm por gritar a palavra Penitenziagite. 27:45

Em suma, o filme nos mostra uma realidade onde as ideias aristotlicas afrontavam os dogmas religiosos por seu racionalismo crtico.O Nome da Rosatraa, assim, um painel da Idade Mdia: a questo da Inquisio, o povo pobre e explorado, o poder centralizador da Igreja (que detinha o conhecimento em suas restritas bibliotecas, onde at a maioria dos monges era distanciada de tal sabedoria), a questo do riso, entre diversas outras.