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METODOLOGIA E TÉCNICAS DE METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 PONTO III.4 Técnicas de Construção de Técnicas de Construção de Cenários Cenários

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Page 1: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

METODOLOGIA E TÉCNICAS DE METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOSCONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS

PONTO III.4PONTO III.4

Técnicas de Construção de CenáriosTécnicas de Construção de Cenários

Page 2: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Bibliografia

• Buarque, S.C. Metodologias e Técnicas de Construção de Cenários Globais e Regionais. Brasília: IPEA, 2003 (Texto para Discussão Nº. 939), p. 50-67

• Marcial E.C. e Grumbach, R. J. dos S. Cenários Prospectivos. Como construir um futuro melhor. Rio de Janeiro: 2002. p. 59-89

• Bas, Enric. Megatendencias para el Siglo XXI. Un estudio Delfos. Méxic: Fondo de Cultura Económica, 2006, p. 78-134

Page 3: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Tópicos de discussãoTópicos de discussão

1.1. Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

2.2. Identificação de condicionantesIdentificação de condicionantes

3.3. Classificação dos condicionantes e seleção Classificação dos condicionantes e seleção das incertezas críticasdas incertezas críticas

4.4. Definição de hipóteses plausíveisDefinição de hipóteses plausíveis

5.5. Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

6.6. Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

7.7. Consulta à socidadeConsulta à socidade

Page 4: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 5: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Identificação de condicionantesIdentificação de condicionantes

• A atividade fundamental e central do processo A atividade fundamental e central do processo de construção de cenários reside, como já foi de construção de cenários reside, como já foi dito, na identificação dos condicionantes do dito, na identificação dos condicionantes do futuro.futuro.

• O instrumento central para essa percepção dos O instrumento central para essa percepção dos condicionantes consiste na análise histórica e condicionantes consiste na análise histórica e no diagnóstico para conhecer o no diagnóstico para conhecer o movimento da movimento da realidade estudadarealidade estudada e levantar latências e os e levantar latências e os processos em curso que permitem antecipar processos em curso que permitem antecipar comportamentos futuros.comportamentos futuros.

Page 6: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Identificação de condicionantesIdentificação de condicionantes

• A identificação dos condicionantes pode A identificação dos condicionantes pode ser feita com base em uma reflexão e em ser feita com base em uma reflexão e em uma discussão estruturada dos técnicos uma discussão estruturada dos técnicos envolvidos no trabalho de formulação, envolvidos no trabalho de formulação, mas pode apoiar-se em alguns recursos mas pode apoiar-se em alguns recursos técnicos.técnicos.

• O mais importante é o O mais importante é o estudo estudo retrospectivo.retrospectivo.

Page 7: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Identificação de condicionantesIdentificação de condicionantes

• O O estudo retrospectivoestudo retrospectivo é um é um levantamento sistemático – com base em levantamento sistemático – com base em dados e informações secundárias e na dados e informações secundárias e na revisão das literaturas técnicas e revisão das literaturas técnicas e especializadas – para descrever o especializadas – para descrever o movimento e as eventuais tendências movimento e as eventuais tendências visíveis da realidade.visíveis da realidade.

• Correlação Correlação conjuntura - estruturaconjuntura - estrutura

Page 8: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Sistema-objeto: Integração Sul-americana

Variáveis Fatores (condicionantes do futuro)

Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio

Negociações Internacionais de Comércio

Resultado das negociações na rodada Doha na OMC

Consolidação e ampliação do MERCOSUL (CAN/ALALC)

Resultado das negociações do MERCOSUL com outros blocos comérciais (EU/Africa do Sul)

Descontentamento dos países menores em relação ao Brasil

Solidariedade do Brasil com os países pequenos

Tendências à regionalização na economia mundial

Resultados dos TLCs dos EUA com os países da América do Sul

Aumento dos fluxos de comércio entre os países da região

Aumento dos fluxos de comércio da China com os países da região

Integração física Integração produtiva

Integração financeira

Criação do Banco do Sul

Integração energética entre os países da América do Sul

Evolução dos conflitos entre Brasil, Venezuela e Bolívia com relação aos biocombustíveis

Interesse das empreiteiras em obras de infra-estrutura

Falta de infra-estrutura de integração territorial

Ativismo dos empresários brasileiros

Integração política Alinhamento ideológico

Criação do Parlamento do Mercosul

Ascensão dos governos de esquerda nos países da América do Sul

Disputa entre Lula e Chaves pela liderança regional

Criação de redes subnacionais

Disputas territoriais Conflitos externos

Fluxos migratórios

Resultados das políticas de combate ao narcotráfico

Pressões internacionais sobre a Amazônia

Presença militar dos EUA na América do Sul

Ausência de conflitos armados intraregionais

Evolução das disputas territoriais entre Equador/Colômbia; Bolívia, Peru e Argentina c/ Chile

Evolução da pretensão da Argentina com relação às Ilhas Malvinas

Integração cultural Evolução da integração cultural e linguística entre América espanhola e portuguesa

Page 9: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

1.1. Para assegurar a adequada Para assegurar a adequada compreensão do sistema objetocompreensão do sistema objeto e, ao e, ao mesmo tempo, a montagem de um mesmo tempo, a montagem de um referencial de análise prático e objetivo, referencial de análise prático e objetivo, pode ser utilizada uma ferramenta de pode ser utilizada uma ferramenta de trabalho chamada trabalho chamada análise estruturalanálise estrutural

Page 10: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

2. Essa técnica é um recurso de análise 2. Essa técnica é um recurso de análise utilizado para que se utilizado para que se compreenda e se compreenda e se delimite com precisão o sistema objetodelimite com precisão o sistema objeto, , por uma por uma hierarquização de variáveishierarquização de variáveis e e por uma por uma análise das suas interaçõesanálise das suas interações e e dos seus sistemas de causalidade.dos seus sistemas de causalidade.

Page 11: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

3. Por meio da análise estrutural é possível 3. Por meio da análise estrutural é possível estabelecer uma estabelecer uma linguagem comum ao linguagem comum ao grupogrupo que expresse seu que expresse seu “modelo “modelo mental”mental”..

4. Permite que se destaque o conjunto de 4. Permite que se destaque o conjunto de variáveis determinantesvariáveis determinantes e de maior e de maior relevância para relevância para explicarexplicar o o movimento do movimento do objetoobjeto de análise. de análise.

Page 12: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

5. O 5. O produtoproduto desse instrumento técnico é desse instrumento técnico é uma uma lista das variáveislista das variáveis de maior poder de maior poder de determinação do futuro do sistema-de determinação do futuro do sistema-objeto, definindo as objeto, definindo as bases causaisbases causais que que devem ser destacadas na identificação devem ser destacadas na identificação das incertezas críticas (mais relevantes e das incertezas críticas (mais relevantes e mais incertas.mais incertas.

Page 13: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

6. Por meio de uma 6. Por meio de uma matriz quadrada matriz quadrada (variável/variável)(variável/variável) – cruzamento de todas – cruzamento de todas as variáveis entre si – é possível dar as variáveis entre si – é possível dar pesos de influenciação de cada uma pesos de influenciação de cada uma sobre todas as outrassobre todas as outras, expressando, , expressando, aproximadamente, a intensidade aproximadamente, a intensidade diferenciada de influência delas e relação diferenciada de influência delas e relação de causalidade.de causalidade.

Page 14: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

7. Cada variável da matriz tem dois valores:7. Cada variável da matriz tem dois valores:

– Soma da linha que indica a Soma da linha que indica a influênciainfluência

– Soma da coluna que indica Soma da coluna que indica dependênciadependência

Page 15: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 16: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Grau de influência: alto = 3, médio = 2, baixo = 1, nulo = 0

Variáveis

Negociações

Internacionais de Comérci

o

Acordos Regionai

s de Comérci

o

Fluxos Regionais

de Comércio

Integração

física

Integração

produtiva

Integração

financeira

Integração polític

a

Alinhamento

ideológico

Disputas

territoriais

Instabilidade

Institucional

Conflitos

externos

Fluxos migrató

rios

Integração

cultural

Σ grau de influência

Negociações Internacionais de Comércio

  3 3 1 2 2 1 2 1 2 1 2 1 21  

Acordos Regionais de

Comércio3   3 3 3 2 2 1 1 2 2 2 2 26 2

Fluxos Regionais de Comércio

3 3   3 3 2 2 1 1 2 1 2 2 25  

Integração física

1 2 3   3 2 2 1 3 1 1 3 2 24  

Integração produtiva

2 2 3 2   2 2 1 2 2 2 2 2 24  

Integração financeira

2 2 3 1 2   1 1 1 2 1 1 1 18  

Integração política

2 3 3 2 2 2   2 2 2 2 2 2 26 3

Alinhamento ideológico

2 2 2 2 2 2 2   2 3 2 2 2 25  

Disputas territoriais

2 2 2 2 2 2 3 1   3 2 2 2 25  

Instabilidade Institucional

3 3 3 2 3 2 3 2 2   2 2 1 28 1

Conflitos externos

2 2 2 2 2 2 2 1 2 2   2 0 21  

Fluxos migratórios

1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2   3 21  

Integração cultural

1 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 3   22  

Σ grau de dependência

24 28 30 24 27 22 24 17 20 25 20 25 20  

  3 1   2                

Page 17: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

7. Para visualizar melhor o papel das 7. Para visualizar melhor o papel das variáveis do sistema é possível fazer variáveis do sistema é possível fazer uma uma classificação da posição mediante a classificação da posição mediante a combinação do poder de influência e o combinação do poder de influência e o grau de dependênciagrau de dependência..

Page 18: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

8. Isso permite distribuí-las em um sistema 8. Isso permite distribuí-las em um sistema de coordenadas dividido em quatro de coordenadas dividido em quatro blocos (quadrantes do diagrama):blocos (quadrantes do diagrama):

– Variáveis explicativas (alta influência e baixa dependência).Variáveis explicativas (alta influência e baixa dependência).– Variáveis de ligação (alta influência e alta dependência)Variáveis de ligação (alta influência e alta dependência)– Variáveis autônomas (baixa influência e baixa dependência)Variáveis autônomas (baixa influência e baixa dependência)– Variáveis de resultado (baixa influência e alta dependência)Variáveis de resultado (baixa influência e alta dependência)

Page 19: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 20: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Gráfico Influência - Dependência

Integr Fís ica

Acor Reg Com

Flux Reg Com

Integ Prod

Integr Cult

A linh Ideol

Integração Política

Disp Ter

Neg Com Int

Conflitos ExtFluxos Migr

Integr Fin

Instab. Inst.

15

22

29

15 25 35

Depêndencia

Infl

nc

ia

Page 21: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

9. A análise estrutural pode ser também 9. A análise estrutural pode ser também utilizada para uma utilizada para uma hierarquização dos hierarquização dos atores sociaisatores sociais em que é interpretado o em que é interpretado o peso diferenciado que eles têm tanto na peso diferenciado que eles têm tanto na influência do sistema-objeto influência do sistema-objeto (matriz (matriz ator/variável)ator/variável), quanto no terreno , quanto no terreno estritamente político estritamente político (matriz ator/ator).(matriz ator/ator).

Page 22: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 23: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Grau de influência: alto = 3, médio = 2, baixo = 1, nulo = 0

MATRIZ ATOR VARIÁVEL

VariáveisNegociações Internacionais de Comércio

Acordos Regionais de

Comércio

Fluxos Regionai

s de Comérci

o

Integração física

Integração produtiva

Integração financeira

Integração política

Alinhamento ideológico

Disputas territoriais

Conflitos externos

Fluxos migratórios

Integração cultural

Σ poder de influência dos

atores

GOVERNOS

ATORES SUBNACIONAIS

EUA

CHINA

OMC

MERCOSUL

ALADI

CAN

EU

EMPRESAS NACIONAIS

MULTINACIONAIS

SINDICATOS

ONGS

IMPRENSA

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Compreensão do Sistema-ObjetoCompreensão do Sistema-Objeto

10. A influência dos atores resultará da sua 10. A influência dos atores resultará da sua capacidade de interferir nas variáveis de maior capacidade de interferir nas variáveis de maior influência na realidade.influência na realidade.

11. Para estimar essa influência e para montar a 11. Para estimar essa influência e para montar a hierarquia dos atores, multiplica-se o peso hierarquia dos atores, multiplica-se o peso deles pela densidade da variável e obtém-se a deles pela densidade da variável e obtém-se a síntese da capacidade deles de determinar a síntese da capacidade deles de determinar a realidade.realidade.

Page 25: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 26: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Classificação dos condicionantes e seleção Classificação dos condicionantes e seleção das incertezas críticasdas incertezas críticas

• Os condicionantes de futuro costumam Os condicionantes de futuro costumam ser amplos.ser amplos.

• Por isso é preciso classificá-los e Por isso é preciso classificá-los e selecioná-los de acordo com o selecioná-los de acordo com o grau de grau de relevância e incerteza.relevância e incerteza.

Page 27: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Classificação dos condicionantes e seleção Classificação dos condicionantes e seleção das incertezas críticasdas incertezas críticas

• Para tratar da relevância pode-se Para tratar da relevância pode-se recorrer diretamente à hierarquia definida recorrer diretamente à hierarquia definida para as variáveis (análise estrutural), para as variáveis (análise estrutural), destacando aqueles expressam destacando aqueles expressam movimentos nas movimentos nas variáveis explicativas variáveis explicativas e de ligação, e de ligação, ou seja, aqueles que ou seja, aqueles que pesam de forma mais decisiva sobre o pesam de forma mais decisiva sobre o comportamento do objeto de trabalho.comportamento do objeto de trabalho.

Page 28: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Gráfico Influência - Dependência

Integr Fís ica

Acor Reg Com

Flux Reg Com

Integ Prod

Integr Cult

A linh Ideol

Integração Política

Disp Ter

Neg Com Int

Conflitos ExtFluxos Migr

Integr Fin

Instab. Inst.

15

22

29

15 25 35

Depêndencia

Infl

nc

ia

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Classificação dos condicionantes e seleção Classificação dos condicionantes e seleção das incertezas críticasdas incertezas críticas

• Para a classificação dos condicionantes Para a classificação dos condicionantes segundo o segundo o grau de incertezagrau de incerteza de modo de modo que sejam destacadas as que sejam destacadas as incertezas incertezas críticascríticas, podem ser utilizadas entrevistas , podem ser utilizadas entrevistas com especialistas e/ou com especialistas e/ou brainstormingbrainstorming com conhecedores da realidade, o que com conhecedores da realidade, o que visa complementar a percepção da visa complementar a percepção da equipe técnica do projeto.equipe técnica do projeto.

Page 30: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Classificação dos condicionantes e seleção Classificação dos condicionantes e seleção das incertezas críticasdas incertezas críticas

• Como recurso técnico podem ser Como recurso técnico podem ser utilizados também diversas formas de utilizados também diversas formas de matriz de análise de condicionantes matriz de análise de condicionantes ((matriz impacto/incerteza) matriz impacto/incerteza) e com base e com base nelas os condicionantes são nelas os condicionantes são classificados segundo o grau de classificados segundo o grau de relevância (impacto) e de incerteza.relevância (impacto) e de incerteza.

Page 31: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 32: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 33: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários
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Classificação dos condicionantes e seleção Classificação dos condicionantes e seleção das incertezas críticasdas incertezas críticas

• O tratamento do grau de incerteza e da força do O tratamento do grau de incerteza e da força do impacto tem, contudo, uma limitação por não captar a impacto tem, contudo, uma limitação por não captar a diferença de intensidade manifestada por cada diferença de intensidade manifestada por cada condicionante na realidade atual.condicionante na realidade atual.

• É possível que um evento influencie uma variável de É possível que um evento influencie uma variável de alta relevância (tendo, portanto, alto impacto) mas não alta relevância (tendo, portanto, alto impacto) mas não apresente uma intensidade na realidade atual.apresente uma intensidade na realidade atual.

• Da mesma forma é possível um condicionante de Da mesma forma é possível um condicionante de muita intensidade que não altere o desempenho das muita intensidade que não altere o desempenho das variáveis, que por sua vez decidam de fato o destino variáveis, que por sua vez decidam de fato o destino do objeto de estudo.do objeto de estudo.

Page 35: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Classificação dos condicionantes e seleção Classificação dos condicionantes e seleção das incertezas críticasdas incertezas críticas

• Por conta disso, para identificar os condicionantes que Por conta disso, para identificar os condicionantes que deverão decidir os futuros alternativos, parece deverão decidir os futuros alternativos, parece pertinente considerar também na análise a intensidade pertinente considerar também na análise a intensidade com que o fenômeno se apresenta.com que o fenômeno se apresenta.

• É preciso, portanto, trabalhar com uma matriz que É preciso, portanto, trabalhar com uma matriz que combine os pesos representativos dos eventos em combine os pesos representativos dos eventos em termos de termos de relevância ou impacto relevância ou impacto (grande poder de (grande poder de influência causal no sistema), de influência causal no sistema), de incerteza incerteza (indefinição (indefinição sobre desempenho futuro), e de sobre desempenho futuro), e de intensidade intensidade (evidência e visibilidade do evento).(evidência e visibilidade do evento).

Page 36: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 37: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Classificação dos condicionantes e seleção Classificação dos condicionantes e seleção das incertezas críticasdas incertezas críticas

• Da análise da última coluna (densidade) Da análise da última coluna (densidade) pode-se selecionar os condicionantes pode-se selecionar os condicionantes fundamentais para a definição do futuro, fundamentais para a definição do futuro, de preferência aqueles que tenham, pelo de preferência aqueles que tenham, pelo menos, dois dos critérios com peso menos, dois dos critérios com peso médio.médio.

Page 38: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Definição de hipóteses plausíveisDefinição de hipóteses plausíveis

A definição de hipóteses sobre o A definição de hipóteses sobre o comportamento futuro das incertezas críticas é comportamento futuro das incertezas críticas é o momento central da construção dos cenários, o momento central da construção dos cenários, na medida em que delas dependem as na medida em que delas dependem as diversas alternativas futuras.diversas alternativas futuras.

Por isso, a formulação das hipóteses demanda Por isso, a formulação das hipóteses demanda um rigoroso e cuidadoso tratamento técnico um rigoroso e cuidadoso tratamento técnico para assegurar pertinência com o objeto e, para assegurar pertinência com o objeto e, principalmente, sua plausibilidade.principalmente, sua plausibilidade.

Page 39: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Definição de hipóteses plausíveisDefinição de hipóteses plausíveis

A formulação de hipóteses deve contar, A formulação de hipóteses deve contar, sempre que possível, com o apoio de sempre que possível, com o apoio de especialistas que com sua sensibilidade especialistas que com sua sensibilidade para o desempenho dos eventos possam para o desempenho dos eventos possam ter segurança de imaginar ter segurança de imaginar comportamentos convincentes e comportamentos convincentes e plausíveis.plausíveis.

Page 40: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Definição de hipóteses plausíveisDefinição de hipóteses plausíveis

Para essa tarefa podem ser utilizados Para essa tarefa podem ser utilizados três recursos técnicos com diferentes três recursos técnicos com diferentes graus de sofisticação e de tratamento graus de sofisticação e de tratamento analítico:analítico:– Entrevistas estruturadas com especialistasEntrevistas estruturadas com especialistas– Brainstorming Brainstorming com técnicos conhecedores com técnicos conhecedores

da realidadeda realidade– Método Delfos (Método Delfos (DelphiDelphi).).

Page 41: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Definição de hipóteses plausíveisDefinição de hipóteses plausíveis

A A entrevista estruturadaentrevista estruturada é uma forma simples é uma forma simples de levantamento e de identificação dos de levantamento e de identificação dos técnicos e dos especialistas.técnicos e dos especialistas.

Ao empregar Ao empregar roteiros abertos roteiros abertos ou ou questionários mais estruturadosquestionários mais estruturados, a , a entrevista permite captar múltiplas percepções, entrevista permite captar múltiplas percepções, apoiando a equipe de cenários na delimitação apoiando a equipe de cenários na delimitação precisa da plausibilidade e da variabilidade da precisa da plausibilidade e da variabilidade da hipóteses de cada condicionante (incerteza hipóteses de cada condicionante (incerteza crítica).crítica).

Page 42: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Definição de hipóteses plausíveisDefinição de hipóteses plausíveis

O O brainstormingbrainstorming é uma técnica de é uma técnica de estruturação do livre pensar de um estruturação do livre pensar de um determinado grupo que visa construir determinado grupo que visa construir conjuntamente as percepções de conjuntamente as percepções de especialistas sobre as tendências das especialistas sobre as tendências das incertezas críticas por meio da troca de incertezas críticas por meio da troca de impressões e do confronto do impressões e do confronto do pensamento.pensamento.

Page 43: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Definição de hipóteses plausíveisDefinição de hipóteses plausíveis

A A técnica Delfostécnica Delfos é um mecanismo de consulta a especialistas é um mecanismo de consulta a especialistas por meio do qual se estrutura uma reflexão sobre as hipóteses por meio do qual se estrutura uma reflexão sobre as hipóteses plausíveis para o futuro das incertezas, procurando confrontar a plausíveis para o futuro das incertezas, procurando confrontar a percepção diferenciada sobre a probabilidade de determinados percepção diferenciada sobre a probabilidade de determinados eventos.eventos.

Consiste num consulta individualizada a especialistas e Consiste num consulta individualizada a especialistas e compreende diferentes rodadas de reflexão acerca dos relatórios compreende diferentes rodadas de reflexão acerca dos relatórios que expressam a visão convergente (ou divergente) dos técnicos.que expressam a visão convergente (ou divergente) dos técnicos.

O grupo consultado não se encontra e não discute diretamente, O grupo consultado não se encontra e não discute diretamente, mas acompanha a visão dominante entre os participantes e mas acompanha a visão dominante entre os participantes e posiciona diante dela, promovendo revisões e redefinições nas posiciona diante dela, promovendo revisões e redefinições nas diferentes rodadas.diferentes rodadas.

A consulta se inicia com uma pergunta-chave a ser respondida A consulta se inicia com uma pergunta-chave a ser respondida individual e isoladamente por todos os especialistas envolvidos.individual e isoladamente por todos os especialistas envolvidos.

Page 44: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

1.1. Definidas as incertezas críticas e as Definidas as incertezas críticas e as hipóteses de seu desempenho futuro, o hipóteses de seu desempenho futuro, o trabalho deve concentrar-se na trabalho deve concentrar-se na montagem das combinações possíveis montagem das combinações possíveis destas para gerar as diversas destas para gerar as diversas alternativas de comportamento do objeto.alternativas de comportamento do objeto.

Page 45: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

2. Para estruturar essas combinações de 2. Para estruturar essas combinações de modo que facilite o processo de análise modo que facilite o processo de análise de consistência delas, pode-se recorrer à de consistência delas, pode-se recorrer à técnica de técnica de investigação morfológicainvestigação morfológica, a , a qual procura cruzar todas as qual procura cruzar todas as possibilidades de articulação das possibilidades de articulação das incertezas críticas com suas hipóteses.incertezas críticas com suas hipóteses.

Page 46: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

3. Apenas as combinações consideradas 3. Apenas as combinações consideradas consistentes, cujas hipóteses consistentes, cujas hipóteses combinadas constituem uma realidade combinadas constituem uma realidade teoricamente robusta, poderiam ser teoricamente robusta, poderiam ser chamadas de cenárioschamadas de cenários

Page 47: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

4. Há pelo menos três formas diferentes de 4. Há pelo menos três formas diferentes de tratamento da investigação morfológica: tratamento da investigação morfológica: duas baseadas em matrizes e uma que duas baseadas em matrizes e uma que forma uma rede de combinação das forma uma rede de combinação das hipóteses.hipóteses.

Page 48: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 49: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Fonte: Buarque, 2003

Page 50: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

5. 5. Quando se trabalha com um número muito grande de incertezas, o instrumento Quando se trabalha com um número muito grande de incertezas, o instrumento (matriz ou rede) perde operacionalidade.(matriz ou rede) perde operacionalidade.

Para contornar essa limitação, pode-se utilizar uma matriz de investigação Para contornar essa limitação, pode-se utilizar uma matriz de investigação morfológica simplificada que combina as incertezas com suas hipóteses.morfológica simplificada que combina as incertezas com suas hipóteses.

Em vez de formar combinações de hipóteses nas colunas, elas vão se distribuir Em vez de formar combinações de hipóteses nas colunas, elas vão se distribuir nas células da matriz, acompanhando as linhas correspondentes de incertezas.nas células da matriz, acompanhando as linhas correspondentes de incertezas.

Uma vez concluída a montagem da matriz, a análise processa-se de cima para Uma vez concluída a montagem da matriz, a análise processa-se de cima para baixo, tentando formar as combinações mais consistentes das hipóteses baixo, tentando formar as combinações mais consistentes das hipóteses distribuídas nas células, compondo alguns conjuntos que constituem as bases dos distribuídas nas células, compondo alguns conjuntos que constituem as bases dos cenários (idéias-força).cenários (idéias-força).

Em vez de analisar todas as combinações possíveis e de excluir as que não são Em vez de analisar todas as combinações possíveis e de excluir as que não são consistentes, procura-se compor diretamente apenas as combinações de mais alta consistentes, procura-se compor diretamente apenas as combinações de mais alta consistência.consistência.

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Fonte: Buarque, 2003

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Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

7. 7. Quando se trabalha com um número reduzido de Quando se trabalha com um número reduzido de incertezas e de hipóteses, pode-se partir diretamente incertezas e de hipóteses, pode-se partir diretamente para a identificação das alternativas futuras (cenários), para a identificação das alternativas futuras (cenários), recorrendo a uma técnica conhecida como recorrendo a uma técnica conhecida como matriz de matriz de impactos cruzadosimpactos cruzados..

Considerando apenas duas incertezas, o processo Considerando apenas duas incertezas, o processo consiste em cruzar as suas hipóteses nas colunas consiste em cruzar as suas hipóteses nas colunas (primeira incerteza) e nas linhas (segunda incerteza) (primeira incerteza) e nas linhas (segunda incerteza) de modo que cada célula da matriz represente a de modo que cada célula da matriz represente a combinação dos seus diferentes comportamentos combinação dos seus diferentes comportamentos prováveis futuros.prováveis futuros.

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Fonte: Buarque, 2003

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Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

8. Na alternativa de apenas duas incertezas e 8. Na alternativa de apenas duas incertezas e duas hipóteses, a matriz pode ser substituída duas hipóteses, a matriz pode ser substituída por um diagrama formado por dois eixos que por um diagrama formado por dois eixos que formam quatro quadrantes; cada um deles formam quatro quadrantes; cada um deles constitui uma combinação.constitui uma combinação.

Essas combinações representam a base de Essas combinações representam a base de quatro cenários diferentes, gerados pelo efeito quatro cenários diferentes, gerados pelo efeito conjunto dos comportamentos das incertezas.conjunto dos comportamentos das incertezas.

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Fonte: Buarque, 2003

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Fonte: Buarque, 2003

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Combinação de hipóteses e análise de Combinação de hipóteses e análise de consistênciaconsistência

8. Trabalhando com três incertezas e duas 8. Trabalhando com três incertezas e duas hipóteses os cenários hipóteses os cenários Mont Fleur Mont Fleur fizeram um tratamento ligeiramente fizeram um tratamento ligeiramente diferente.diferente.

As características diferenciadas desse As características diferenciadas desse esquema decorrem do fato de que as esquema decorrem do fato de que as três incertezas apresentam uma três incertezas apresentam uma dependência seqüenciada.dependência seqüenciada.

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Fonte: Buarque, 2003

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Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

1.1. Os cenários dependem, normalmente, da Os cenários dependem, normalmente, da ação de atores sociais responsáveis pela ação de atores sociais responsáveis pela implementação de políticas ou decisões implementação de políticas ou decisões que influenciam o desempenho futuro da que influenciam o desempenho futuro da realidade estudada.realidade estudada.

2.2. Por isso, torna-se necessário estudar a Por isso, torna-se necessário estudar a sustentabilidade política dos cenários. sustentabilidade política dos cenários.

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Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

3. A matriz de sustentação política dos 3. A matriz de sustentação política dos cenários é uma das técnicas que cenários é uma das técnicas que consiste, em linhas gerais, em um consiste, em linhas gerais, em um cruzamento dos atores sociais cruzamento dos atores sociais envolvidos e interessados no objeto de envolvidos e interessados no objeto de análise com as alternativas de futuro análise com as alternativas de futuro obtidas mediante a investigação obtidas mediante a investigação morfológicamorfológica

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Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

• Os atores são listados na primeira coluna e formam as diversas Os atores são listados na primeira coluna e formam as diversas linhas da matriz.linhas da matriz.

• As alternativas são distribuídas nas colunas.As alternativas são distribuídas nas colunas.

• Antes dessas colunas é incluída uma primeira coluna com a Antes dessas colunas é incluída uma primeira coluna com a potência que expressa o poder dos atores na estrutura política da potência que expressa o poder dos atores na estrutura política da região.região.

• Procura-se interpretar a posição que cada um dos atores Procura-se interpretar a posição que cada um dos atores assumiria diante das idéias-força dos cenários preliminares assumiria diante das idéias-força dos cenários preliminares definidas por meio da identificação de cinco posturas distintas: definidas por meio da identificação de cinco posturas distintas: patrocínio, apoio, neutralidade, oposição e rejeição.patrocínio, apoio, neutralidade, oposição e rejeição.

• Posem ser atribuídos valores numéricos (positivos e negativos) Posem ser atribuídos valores numéricos (positivos e negativos) para expressar essas posturas (+2, +1, 0, -1, -2)para expressar essas posturas (+2, +1, 0, -1, -2)

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Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

• Concluída a análise de todas as linhas que Concluída a análise de todas as linhas que representam atores, pode-se ter ao final o representam atores, pode-se ter ao final o somatório das colunas que indicam o resultado somatório das colunas que indicam o resultado síntese dos apoios ou das oposições dos síntese dos apoios ou das oposições dos atores aos cenários preliminares.atores aos cenários preliminares.

• Chega-se, assim, a uma hierarquia de Chega-se, assim, a uma hierarquia de cenários em termos de apoio relativo, o que cenários em termos de apoio relativo, o que permite identificar aqueles com maior base permite identificar aqueles com maior base política e aqueles que, eventualmente, não têm política e aqueles que, eventualmente, não têm sustentabilidade.sustentabilidade.

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Fonte: Buarque, 2003

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Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

• Outra forma de análise da sustentabilidade dos Outra forma de análise da sustentabilidade dos cenários leva à montagem de um diagrama cenários leva à montagem de um diagrama que distribui no espaço bi-dimensional o que distribui no espaço bi-dimensional o interesse (interesse (stakestake) e o poder ) e o poder ((powerpower).).

• Os cenários com base política contam com Os cenários com base política contam com grande parte dos grupos sociais entre os grande parte dos grupos sociais entre os playersplayers e os sujeitos e os sujeitos (subjects)(subjects) que podem que podem constituir alianças e formar o suporte político.constituir alianças e formar o suporte político.

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Fonte: Buarque, 2003

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Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

• Da mesma forma que análise estrutural Da mesma forma que análise estrutural ator/ator pode ser feita também um ator/ator pode ser feita também um interpretação do jogo de poder dos interpretação do jogo de poder dos atores sociais, procurando indicar as atores sociais, procurando indicar as estratégias de cada um deles diante dos estratégias de cada um deles diante dos outros.outros.

• O instrumento técnico dessa análise é a O instrumento técnico dessa análise é a matriz estratégica dos atores.matriz estratégica dos atores.

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Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

• Tal matriz tem o objetivo de analisar as Tal matriz tem o objetivo de analisar as diferentes ações e iniciativas que os diversos diferentes ações e iniciativas que os diversos atores implementariam sobre os outros, como atores implementariam sobre os outros, como jogos de estratégias, ao mesmo tempo em jogos de estratégias, ao mesmo tempo em procura identificar seus objetivos e procura identificar seus objetivos e instrumentos.instrumentos.

• Nas células em diagonal se registram os Nas células em diagonal se registram os objetivos do autor quanto ao objeto e os meios objetivos do autor quanto ao objeto e os meios com que conta para defender seus interesses.com que conta para defender seus interesses.

• Nas outras células deve-se indicar o que cada Nas outras células deve-se indicar o que cada ator pode fazer para influenciar os parceiros.ator pode fazer para influenciar os parceiros.

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Análise dos atores sociaisAnálise dos atores sociais

• Essa matriz permite desenhar as Essa matriz permite desenhar as diversas alianças e convergências diversas alianças e convergências possíveis entre os interesses e possíveis entre os interesses e estratégias dos atores – assim como as estratégias dos atores – assim como as divergências e conflitos – ao mesmo divergências e conflitos – ao mesmo tempo em que ajuda a avaliar os tempo em que ajuda a avaliar os instrumentos efetivos que eles possuem instrumentos efetivos que eles possuem para influenciar as decisões.para influenciar as decisões.

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Consulta à sociedadeConsulta à sociedade

• No processo de consulta aos atores sociais No processo de consulta aos atores sociais sobre seus desejos em relação ao futuro da sobre seus desejos em relação ao futuro da realidade estudada, podem ser utilizadas realidade estudada, podem ser utilizadas diversas técnicas.diversas técnicas.

• Podem ser utilizadas três formas diferenciadas Podem ser utilizadas três formas diferenciadas e mesmo complementares de consulta à e mesmo complementares de consulta à sociedade sobre o desejo futuro: sociedade sobre o desejo futuro: oficina de oficina de trabalho, entrevistas estruturadas, delfos trabalho, entrevistas estruturadas, delfos político.político.

Page 71: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PONTO III.4 Técnicas de Construção de Cenários

Oficinas de TrabalhoOficinas de Trabalho

• As oficinas são espaços de interação e As oficinas são espaços de interação e de diálogo direto entre os atores sociais, de diálogo direto entre os atores sociais, que organizam a que organizam a construção coletivaconstrução coletiva da da sociedade sobre o futuro desejado.sociedade sobre o futuro desejado.

• A oficina de trabalho pode utilizar vários A oficina de trabalho pode utilizar vários métodos de trabalho (Zoop, PES).métodos de trabalho (Zoop, PES).

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Entrevistas estruturadasEntrevistas estruturadas

• Apoiada em um roteiro ou em um Apoiada em um roteiro ou em um questionário de consulta, a entrevista questionário de consulta, a entrevista pode gerar um conjunto de informações pode gerar um conjunto de informações que deve ser processado e organizado que deve ser processado e organizado para identificar a visão convergente da para identificar a visão convergente da sociedade sobre o futuro desejado.sociedade sobre o futuro desejado.

• Perde força por não criar o diálogo.Perde força por não criar o diálogo.

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Delfos políticoDelfos político

• Constitui uma técnica de consulta Constitui uma técnica de consulta estruturada a atores sociais baseada estruturada a atores sociais baseada num processo de num processo de coleta individualizadacoleta individualizada – – em que são utilizados questionários – e em que são utilizados questionários – e de reflexão coletiva por meio de várias de reflexão coletiva por meio de várias rodadas de manifestação e análise dos rodadas de manifestação e análise dos participantes.participantes.

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Propostas de cenários para o Propostas de cenários para o trabalho de conclusão do cursotrabalho de conclusão do curso

• Internacionalização das empresas brasileirasInternacionalização das empresas brasileiras• Mudanças nas estrutura industrial brasileiraMudanças nas estrutura industrial brasileira• Mudanças no sistema financeiro internacionalMudanças no sistema financeiro internacional• Evolução do sistema internacional de comércioEvolução do sistema internacional de comércio• Papel dos BRICS na economia mundial.Papel dos BRICS na economia mundial.• Impactos do uso dos biocombustíveisImpactos do uso dos biocombustíveis• Relações bilaterais Estados Unidos–ChinaRelações bilaterais Estados Unidos–China• Relações bilaterais Brasil-China Relações bilaterais Brasil-China • Crise do euro e futuro da UECrise do euro e futuro da UE• Criação do Estado PalestinoCriação do Estado Palestino

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Bibliografia

BAS, Enric. Megatendencias para el Siglo XXI. Un estudio Delfos. México: Fondo de Cultura Econômica, 2004, p.78-134.BUARQUE, S. C. “Metodologia e Técnicas de Construção de Cenários”. Textos para Discussão N.º 939. Brasília: IPEA, 2003, p.50-67GODET, M. Creating Futures. Scenario Planning as Strategic Management Tool. Paris: Economica. 2006, p.107-159MARCIAL, E. C. e GRUMBACK, R. J. Cenários Prospectivos. Como construir um futuro melhor. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. p.43-89