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Metodologia de Dissertação II Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

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Metodologia de Dissertação II

Renata Lèbre La Rovere

IE/UFRJ

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 2

Bibliografia desta aula

FLICK, U. Introdução à Pesquisa Qualitativa. São Paulo:Artmed,

2009. Caps. 16, 19,21,23

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 3

1- Comparar os Métodos

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 4

1- Comparar os Métodos

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 5

2 – Seleção do Método

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 6

Dados Verbais

3. Apropriabilidade do Método ao Tema

A pesquisa qualitativa dirige-se à análise de casos

concretos em suas peculiaridades locais e temporais,

partindo das expressões e das atividades das pessoas em

seus contextos locais (Flick, , cap.2)

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 7

Dados Verbais

4. Ajuste do método ao processo de pesquisa

Por exemplo, não faz sentido usar entrevistas narrativas caso a

técnica de tratamento dos dados seja a análise de conteúdo.

O método de coleta de dados deve ser compatível com o

método de amostragem e com o contexto teórico do próprio

estudo

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Utilização de documentos como dados

Documentos podem ser usados:

•de forma quantitativa => p.ex. número de reuniões realizadas

pelos integrantes de determinado órgão executor de uma

política pública

•de forma qualitativa => como os documentos analisados

informam sobre um determinado tema

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 9

Utilização de documentos como dados

Critérios de seleção:

•Autenticidade – documento genuíno e de origem

inquestionável

•Credibilidade – livre de erros e de distorções

•Representatividade

•Significação - clareza

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 10

Utilização de documentos como dados

Recomendações:

•O pesquisador deve sempre questionar-se sobre quem

produziu o documento e com que objetivo

•Os documentos devem ser vistos como dispositivos

comunicativos produzidos, utilizados e reutilizados para

objetivos práticos específicos, e não como dados sem viés

•Os documentos podem ser instrutivos para a compreensão de

realidades sociais em contextos institucionais, desde que o

pesquisador considere o contexto

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 11

Uso de dados multifocais

•Dados multifocais são dados visuais gerados a partir de

técnicas de observação participante ou etnografia, ou dados

gerados a partir da internet (pesquisa em bases de dados,

pesquisa qualitativa online ou análise de vídeos e filmes)

•Podem ser utilizados na pesquisa qualitativa, desde que sejam

definidos critérios claros de seleção dos materiais e dos

participantes

•Podem gerar problemas de acessibilidade, confiabilidade e de

ética

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 12

Uso de dados multifocais

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 13

Uso de dados multifocais

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 14

Uso de dados multifocais

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Do texto à teoria- codificação

•Codificação pode partir do texto para desenvolver um conjunto

de categorias ou pode partir de categorias pré-definidas pela

revisão da literatura

•Combinação dos dois tipos pode enriquecer o trabalho: parte-

se primeiro de categorias pré-definidas e numa segunda rodada

de análise busca-se categorias emergentes (que estão

presentes nas falas ou nos documentos e que não constavam

da revisão da literatura ou não tinham sido selecionadas

previamente)

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Do texto à teoria- análise de conteúdo

•Pode ser feita manualmente ou com auxílio de software

Procedimentos:

Definição da categoria de análise

Estabelecimento de relações entre as categorias

Busca dos trechos onde aparece a categoria

Análise do texto seguindo as perguntas básicas sugeridas

Definição de Análise de Conteúdo Análise de Conteúdo se define como um "conjunto de técnicas de

análise das comunicações” e aposta no rigor do método como forma de não se perder na heterogeneidade de seu objeto.

Refere-se ao estudo de textos e documentos. É uma técnica de análise de comunicações, tanto associada aos significados, quanto aos significantes da mensagem.

Utiliza tanto procedimentos sistemáticos e ditos objetivos de descrição dos conteúdos, quanto inferências e deduções lógicas.

Pratica tanto a hermenêutica, quanto categorias numéricas. Um olhar hermenêutico busca a compreensão de significados, muitos deles, ocultos.

Principal referência é Laurence Bardin, no livro L'analyse de Contenu (Paris: PUF, 1995)

Enfoque quantitativo e qualitativo • A análise de conteúdo sofreu as influências da busca da

cientificidade e da objetividade recorrendo a um enfoque quantitativo que lhe atribuía um alcance meramente descritivo.

• A análise das mensagens se fazia pelo cálculo de freqüências. Essa deficiência cedeu lugar à análise qualitativa, possibilitando a interpretação dos dados, pela qual o pesquisador passou a compreender características, estruturas e/ou modelos que estão por trás das mensagens.

• A análise de conteúdo é um método que pode ser aplicado tanto na pesquisa quantitativa como na investigação qualitativa, sendo que, na primeira, o que serve de informação é a freqüência com que surgem certas características do conteúdo, enquanto na segunda é a presença ou a ausência de uma dada característica de conteúdo ou de um conjunto de características num determinado fragmento de mensagem que é levado em consideração.

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 19

Do texto à teoria- análise de conteúdo (ex. Matos, 2016)

Figura 1 Frequência de

citações dos códigos

da Família

Conhecimento

Protegido

Figura 2 Frequência de

citações dos códigos

da Família

Conhecimento

Tácito

Figura 3 Frequência de

citações dos códigos

da Família

Conhecimento

Exógeno

Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 20

Do texto à teoria- análise de conteúdo (ex. Matos, 2016)

Figura 1 Frequência dos códigos no discurso das instituições, em números absolutos.

Fonte: Elaboração própria.