método taguchi e poka-yoke

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SUMRIO

INTRODUO .......................................................................................................................... 3 1 1.1 2 2.1 2.2 2.3.1 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3 3.1 3.2 3.3 3.4 QUALIDADE EM SERVIOS ................................................................................... 5 Gurus da Qualidade ............................................................................................... 5 MTODO TAGUCHI .................................................................................................. 7 Conceito ................................................................................................................ 7 Funo Perda ......................................................................................................... 8 Obteno da Funo Perda ............................................................................. 9 Tipo de Tolerncias ............................................................................................. 10 Sinal / Rudo ........................................................................................................ 12 Desenvolvendo um produto ou Projeto Robusto................................................. 12 Fontes de Rudo ................................................................................................... 14 Relao Sinal-Rudo ............................................................................................ 15 Arranjos Ortogais ................................................................................................ 15 Anlise dos Resultados de Experimentos............................................................ 18 POKA-YOKE ............................................................................................................. 19 Definio ............................................................................................................. 19 Funes de Regulagem do Poka-Yoke................................................................ 20 Aceitao e Aplicao do Mtodo Poka-yoke .................................................... 21 Exemplo .............................................................................................................. 22

REFERNCIAS ....................................................................................................................... 25

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INTRODUO

Esta pesquisa pretende mostrar um breve relato sobre qualidade e conceito do mtodo Taguchi e Poka-Yoke. O objetivo fazer com que compreendemos melhor estes assuntos e como so aplicados nas empresas e qual sua utilidade. A qualidade na prestao de servios de imensa importncia, pois atravs dela conseguimos captar clientes em potencial, fazendo com que se tornem fixos. O mtodo Taguchi serve para melhorar as caractersticas do processo atravs de ajustes, que vo minimizar a variedade do produto ao seu objetivo final. J o Poka-Yoke um tipo de preveno de defeitos. Este mecanismo utilizado para previnir causas especiais que resultam em defeitos, ou para inspecionar com custo baixo cada item produzido, para verificar se aceitavel ou defeituoso. Porfim, para melhor entendermos este assunto e nos aprofundarmos no tema, iremos analisar esta pesquisa.

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QUALIDADE EM SERVIOS

A avaliao da qualidade surge ao longo do processo do servio, cada contato com cliente uma oportunidade de satisfaz-lo ou no. Segundo FITZSIMMONS (2004, p. 146):A satisfao do cliente com a qualidade do servio pode ser definida pela comparao da percepo do servio prestado com as expectativas do servio desejado. Quando se excedem as expectativas, o servio percebido como de qualidade excepcional.

J ENRIQUE G. (2006, p. 71) diz que:A American Society for Quality Control, possui uma definio informativa e til: Qualidade so todos os atributos e caractersticas de um produto ou servio que a capacidade de atender a uma necessidade particular. Como satisfazer uma necessidade uma questo individual, as pessoas sempre diferem quanto aos fatores que constituem a qualidade de um produto ou servio especfico.1

1 . 1 Gurus da Qualidade Com certeza j ouvimos falar de alguns destes nomes ou at mesmo de seus desenvolvimentos e/ou pensamentos, eles contriburam para a qualidade e suas ferramentas, eis abaixo listado alguns deles: Walter Shewhart: Conhecido pelo desenvolvimento do CEP (Controle Estatstico de Qualidade), que utiliza mtodos estatsticos para alcanar o estado de controle de um sistema e julgar quanto este estado foi alcanado Armand V. Feigenbaum: Definiu o controle da qualidade total como sendo um sistema eficiente para integrao do desenvolvimento da qualidade, da manuteno da qualidade e dos esforos de melhoramento da qualidade dos diversos grupos numa organizao, para permitir produtos e servios mais econmicos que levem em conta a satisfao total do consumidor. W. Edwards Deming: Adaptou o mtodo de abordagem sistemtica para resoluo de problemas conhecido como PDCA (Plan, Do, Check, Action), ou clico de Shewhart.

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La definicin que elaboro la American Society for Quality Control es informativa y util. Calidad son todos los atributos y caractersticas de un producto o servicio que influyen em su capacidad para satisfacer una necesidad determinada. Como la satisfacin de una necesidad es una asunto idividual, las personas siempre deferirn em cuanto a los factores que constituyen la calidad de un producto o servicio especficos.

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Joseph M. Juran: Gesto de qualidade possui trs pontos fundamentais, ou seja, a famosa trilogia: Planejamento da Qualidade (Identifica os clientes, acha as necessidades, cria caractersticas de produto que satisfaam as necessidades e transfere a liderana desses processos para o nvel operacional), Melhoria da Qualidade (Reconhece as necessidades de melhoria, transforma as oportunidades, cria conselho de qualidade, promove a formao da qualidade, avalia a progresso, premia as equipes, divulga resultados, rev os sistemas de recompensa e inclui os objetivos de melhoria) e Controle da Qualidade (Avalia o nvel de desempenho atual, compara com os objetivos fixados, toma medidas para reduzir a diferena entre o desempenho atual e previsto). Philip B. Crosby: Definiu a poltica de qualidade como o estado de esprito dos funcionrios da organizao sobre a forma de como devem fazer o trabalho. Kaoru Ishikawa: Sistematizou os sete instrumentos para controle de qualidade: Analise de Pareto, Diagramas causa-efeito, Histogramas, Folhas de controle, Diagramas de escala, Grficos de controle e Fluxos de controle. Tom Peters: Introduziu o conceito de Excelncia junto com Waterman, para eles as empresas excelentes tm oito caractersticas distintas: Inclinao para a ao, Proximidade do cliente, Autonomia individual, Produtividade atravs das pessoas, Criao de valores concretos, Centrar-se no essencial, Simplicidade formal e Existncia em simultneo de rigidez e flexibilidade. Genichi Taguchi: Existem quatro conceitos de qualidade atribudos a Taguchi. A qualidade do produto deve estar presente desde o inicio da fabricao e no atravs de inspees. Atinge-se melhor a qualidade minimizando os desvios em relao as metas. A qualidade no deve ser baseada no desempenho ou caractersticas do produto, isso varia de acordo com o preo e/ou mercado, mas no a qualidade. Os custos da qualidade devem ser medidos em funo dos desvios do desempenho do produto. Shingeo Shingo: Elaborador da estratgia para melhoria continua atravs do envolvimento criativo de todos os trabalhadores, de 1961 a 1964 ampliou a idia de controle de qualidade e desenvolveu o Poka-Yoke, teste de erro e conceito de zero defeitos.

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MTODO TAGUCHI

2 . 1 Conceito

A funo do mtodo Taguchi melhorar as caractersticas de um processo ou produto atravs da identificao e ajuste dos fatores controlveis, que iro minimizar a variedade do produto final relacionado ao seu objetivo. Ajustando os fatores com um nvel timo, os produtos podem ser produzidos de maneira mais robusta a toda e qualquer mudana que possa ocorrer incontrolavelmente. Segundo FITZSIMMONS (2004, p. 155) A idia de Genichi Taguchi como uma prova da qualidade de um produto que est no seu desempenho quanto submetido a condies extremas. Contudo ENRIQUE G. (2006, p. 72) menciona que: O design robusto significa que os engenheiros devem projetar a parte ou o processo, bem como, suportar as flutuaes na linha de produo sem qualidade ditrimento. O principal objetivo deste projeto evitar que no processo falhas quando usados por clientes.2 A definio de qualidade abordada pelo Dr. Taguchi era fundamentalmente o cliente final. A qualidade definida de maneira negativa: Qualidade a perda imposta a atividade a partir do momento em que o produto expedido Taguchi Com esta frase Taguchi queria dizer que esta perda inclui os custos da insatisfao dos cliente acarretantdo os custos de reputao da empresa. Essa definio meio contraria a tradicional que diz que para medir a qualidade necessrio incluir os custos do trabalho, sucata, garantia e custos do servio. O cliente a parte mais importante do fluxo desse processo, uma vez que possuindo produtos e servios de qualidade garantiriamos o retorno dos clientes, melhoramento da reputao e aumentanto a cota de mercado. Segundo FITZSIMMONS (2004, p. 155) Taguchi acreditava que a qualidade do produto era obtida atendendo as especificaes de projeto. Ele mostra o custo da m qualidade como o quadrado do desvio da meta.2

El diseo slido significa que los ingenieros deben disenr la pieza o el proceso tan bien, que pueda soportar las fluctauciones de la lnea de la produccin sin detrimento de la calidad. Una meta fundamental de este diseo consiste em previnir que los proceso fallen cuando sean utilizados por los clientes.

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No novidade que a qualidade de um produto ou servio associa-se a satisfao dos clientes que a chave para a sobrevivncia de qualquer empresa. Tambm podemos destacar o fato de que as experincias pr-produtivas corretamente projetadas, aps a analise contribuiro na melhoria da qualidade do produto. O metodo mais tradicional para a melhoria da qualidade consiste em ajustar o fator de cada vez durante a experincias pr-produtivas. Podemos destacar os quatro pontos prinipais da qualidade de Taguchi, como sendo: No mercado competivivo, a reduo de custos e necessrias para que a empresa sobreviva. O custo total que o artigo infringe na sociedade uma medida importante na qualidade. A perda de um consumidor decorrente da m qualidade aproximadamente igual ao quadrado do desvio da sua caracteristica de performance em relao ao seu objetivo ou valor nominal. A variao da performance do produto que um servio pode ser reduzido, se observar os efeitos no lineares que os fatores (parmetros) tm nas caracteristicas de performance. Qualquer desvio do valor objetivo, conduz a uma qualidade. mehoria continua da qualidade so

2 . 2 FUNO PERDA

Um componente chave da filosofia Taguchi a reduo da variabilidade em torno do valor nominal para cada produto ou processo. A base fundamental a definio da funo perda que se refere aos custos que incorre na sociedade quando o consumidor cuja qualidade diferente do valor nominal. FITZSIMMONS (2004, p. 155) menciona que Taguchi mensurou o custo da m qualidade como o quadrado do desvio da meta. Segundo Taguchi, a perda da qualidade ocorre quando a caracterstica funcional de um produto (designa por y) desvia-se do valor nominal (designado por m), no importa o tamanho do desvio. A figura (2.1) mostra a relao simplificada entre a perda da qualidade e valor do desvio.

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Ilustrao 1 Relao entre perda da qualidade e desvio do valor nominal (m)

FONTE: Disponvel em

A perda da qualidade causada por desvio equivale a zero quando y for igual a m; a perda aumenta o valor da caracterstica funcional se desloca de m tanto para valores maiores ou menores. Quando o valor da caracterstica funcional maior que qualquer um dos limites m + ou m - ( definido como tolerncia), a perda da qualidade igual ao custo de perda ou de fabricao.

2.3.1

Obteno da Funo Perda

A funo perda tem como objetivo determinar quantidade da perda de qualidade devido a variaes funcionais. Suponhamos que a perda de um item no-conforme, devido inutilizao, concerto ou reclassificao (segunda linha), seja A. neste caso, direciona a funo perda por L(y) e transforma-se a mesma numa srie de Taylor, ao redor do valor nominal m: L(y) = L (m + y - m) Sendo que L(y) igual a zero quando y for igual a m (perda da qualidade), e atingi-se o valor mnimo da funo neste ponto (ver figura 2.1) sua primeira derivada com relao m, L(m), zero. Os dois primeiro termos da equao so iguais a zero. Quando se despreza os termos de ordem superiro a 2, a equao reduzida a: L(y) = k (y - m)

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No caso, k uma constante de proporcionalidade desconhecida que se pode calcular por meio do conhecimento da L(y) para qualquer valor de y. normal obter a constante k pelo conhecimento das perdas causadas ao ultrapassar as tolerncias. A funo perda serve para especificar a tima das tolerncias. Quando y supera as tolerncias devido ao desvio de y, a perda do consumidor recorrente a um item no-conforme A unidades monetrias, assim substituindo y pelo intervalo (m - ) na equao (2.2) A = k (m - - m) Donde, K= A

2 . 3 TIPOS DE TOLERNCIAS

Utilizando o conceito da funo perda avaliamos o nvel da qualidade para os seguintes tipos de tolerncias: Nominal melhor (Tipo N) Quanto menor melhor (Tipo S) Quanto maior melhor (Tipo L) Nominal melhor (Tipo N)

Este tipo de tolerncia exigido para muitos produtos, peas, elementos e componentes quando referimos a um tamanho (caracterstica) nominal. Se retornarmos a funo perda, para a situao nominal melhor: PERDA = k (y m) Esta equao constituda por dois elementos: varincia e posio relativa da mdia da caracterstica de desempenho de uma srie de produtos. Portanto, para minimizar a perda da sociedade, a caracterstica do produto deve ser centralizada no valor nominal e a varincia da caracterstica precisa ser reduzida.

Quanto menor melhor (Tipo S)

Envolve uma caracterstica no-negativa, cujo o valor ideal zero. Exemplos prtico de tal caracterstica impureza, desgaste e encolhimento. A funo perda para a caracterstica menor melhor pode ser definida na figura 2.

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Ilustrao 2 Funo perda quanto menor melhor

FONTE: Disponvel em:

A constante de custo K calcula-se de modo similar situao anterior. Existe uma perda associada a um valor especifico de y. A perda pode ser calculada para qualquer valor de y baseado no valor de k. Esta funo perda idntica a anterior com m = 0, que o menor valor para a caracterstica menor melhor (sem valores negativos). Segue-se a equao abaixo: PERDA = k (y) Quanto maior melhor (Tipo L)

Existem casos que aplicvel a caracterstica tais como a resistncia dos materiais e o rendimento de combustveis. Nestes casos, h valores nominais pr-determinados e quanto maior for o valor da caracterstica, melhor ser. Novamente, podemos calcular a constante de custo, tomando como base a perda associada a um valor especfico de y:

Ilustrao 3 Quanto Maior Melhor

Fonte: Disponvel em: < http://www.eps.ufsc.br/teses98/glaucia/figura/Image101.gif>

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2 . 4 Sinal / Rudo

Os parmetros de controle contribuem na reduo de variao podem ser identificados se observando o quanto de variao aparece como resposta. Taguchi idealizou uma transformao dos dados da repetio em outro valor, isso representa a variao da medio existente. Refere-se a transformao em relao sinal-rudo (S/R). Esta relao combina diversas repeties (Exigindo no mnimo dois valores) em um valor que referimos o quanto de variao est presente.

2 . 5 Desenvolvendo um produto ou Projeto Robusto

Para alcanar a robustez, se faz necessarios esforos que comeam na fase de projeto e continua durante a engenharia de produo e fabricao. O projeto do produto passa por um programa de trs etapas: Projeto de Sistema

No projeto de produtos, o projeto do sistema denota desenvolvimento de um prottipo bsico que desempenha as funes que exige-se de um produto, com desvio minimo de valores nominais de desempenho. Incluindo a seleo de materiais, peas, componentes e sistema de montagem. O objetivo principal do projeto do sistema em processos industriais determinar processos que possam fabricar produtos dentro dos limites e tolerncias e com menor custo. Projeto de Tolerncias

Meios de reduzir a variao controlando as causas, mas aumentando o custo. o processo que determina as tolerncias em relao aos valores nominais selecionados na fase anterior. Esse projeto necessrio se o projeto robusto no conseguir produzir a performance desejada sem o uso de componentes especiais muito dispendiosos ou processo de grande preciso. O projeto de parmetros e o de tolerncias, tm como base a otimizao do Custo/Performance, utilizando a tecnologia do projeto/planejamento de experincias. Projeto de Parmetros

Meio de reduzir custos e melhorar as performances sem remover as causas da variao. Requer sempre uma experincia para avaliar os efeitos dos fatores de ruido nas caracteristicas da performance de um determinado produto. Seu objetivo selecionar os nveis timos dos

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parmetros do projeto, de maneira que o sistema seja funcional, que tenha um alto nvel de performance idenpendente do uso e que seja robusto aos fatores de rudo. Para se entender melhor esta importante etapa do proeto, a figura 4 mostra o diagrama dos parmetros que representam a funcionilidade de um sistema, segundo PHADKE (1989).Ilustrao 4 Diagrama dos Parmetros

FONTE: Disponvel em

Inumeros parmetros podem influenciar nas caracteristica de qualidade do produto. Estes parmetros classificam-se em trs classes: FATOR DE SINAL (M): Este grupo serve para o usurio expressar o valor pretendido para a resposta do produto. Algumas vezes dois ou mais fatores so usados combinados para expressar a resposta desejvel. FATORES DE RUDO (X): Os fatores de rudo causam a resposta desviada da meta especificada pelo fator de sinal M, levando a perda de qualidade. Eles mudam de uma unidade para outra, pode-se especificar apenas por caractersticas estatsticas. FATORES DE CONTROLE (Z): responsabilidade do projetista determinar o melhor valor destes parmetros. Cada fator pode ter mltiplos valores, chamados nveis. Quando muda os nveis de alguns fatores de controle, o custo de fabricao no muda; contudo, quando se muda o nvel dos outros, o custo de fabricao muda. Tratar-se- como fatores de controle que afetam o custo de fabricao como fatores de tolerncia, e os outros fatores se chamaro simplesmente fatores de controle.

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2 . 6 Fontes de Rudo

Taguchi demonstra uma grande nfase na aproximao entre a engenharia e a qualidade, ele afirma que quando se produz com determinados objetivos ou requisitos de forma com que miniminize a variao da performance de um determinado produto, aumenta-se a qualidade e satisfao do cliente. Essa variao ele chama de ruido. Ruidos so fatores de perturbao que causar a variabilidade da funo do produto. Esses ruidos podem se enquadrar em trs tipos: Ruidos Externos: Variveis ambientais ou condies de uso que interferem nas funoes corretas do produto (temperatura ambiente, humidade, poeira, etc). GROOVER (1997, p. 1041) diz que um fator externo de rudo uma fonte de variao que est relacionada ao produto ou processo, tais como temperatura externa, umidade, o fornecimento de matrias-primas e tenso de entrada.3 Ruidos Internos: So ligados a caracteristicas que o produto, processo ou servio sofre antes de chegar no mercado, procuram estabelecer valores (ou nveis) dos fatores (parmetros) que influncia no valor estabelecido para a saida do sistema, com pouca variao em torno do valor. GROOVER, Mikell P. (1997, p. 1041) defne:Os fatores de rudo interno, so fontes de variaes internas do produto ou processo. Entre eles esto: 1) Os fatores tempo-dependente, como o desgaste dos componentes mecnicos, o despedicio de matrias-primas e da fadiga do metal, e 2) Erros operacionais, tais como especificaes de produto incorreto ou mquinas-ferramentas.4

Ruido pea a pea ou Variaes na Produo: Correponde a diferena entre os produtos que, so fabricados com as mesmas especificaes. GROOVER, Mikell P. (1997, p. 1041):Fatores de rudo de unidade para unidade consistem em variaes aleatrias inerentes ao processo ou do produto causada por variabilidade de matrias-primas, mquinas e envolvimento humano. Estes so fatores de rudo que temos chamado antes de variaes aleatrias no processo. associado a um processo ou de produo que est dentro de controle estatstico. 5

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Los factores externos de rudo es una fuente de variacin que es ajena al producto o proceso, tal como la temperatura exterior, la humedad, la provisin de matria prima e el voltaje de entrada. 4 Los factores internos de rudo son fuentes de variaciones internas em el producto o proceso. Entre ellos estn: 1) los factores que dependen del tiempo, tales como el desgaste de los componentes mecnicos, el desperdicio de las materias primas y la fatiga de las partes metlicas; y 2) los errones operacionales, tales como las especificaciones incerrectas del producto o la mquina herramienta. 5 Los factores de rudo de unidad a unidad consisten em variaciones aleatrorias inherentes al proceso o al producto provocadas por la variabilidad en matrias primas, maquinaria y participacin humana. stos son factores de rudo que ya hemos llamado antes variaciones aleatrias en el proceso. Se asocian con un proceso de producin que est dentro de control estadstico.

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2 . 7 Relao Sinal-Rudo

As equaes adotadas para calculo da relao sinal-rudo para caractersticas so: Menor Melhor

Onde n = nmero de repeties de um ensaio (independente dos nveis de rudo). Nominal melhor

Inclui-se somente a varincia

Inclui-se a mdia e a varincia

Maior melhor

As relaes S/R para menor melhor e maior melhor so fceis de calcular, cada repetio est associada a uma equao. Diferente da relao S/R para nominal melhor se faz necessria uma explicao. A relao contem Ve (Varincia de erro) e Vm (Varincia de mdia). Estes valores so obtidos atravs da utilizao da ANAVA sem fator, em todas as repeties ocorridas num ensaio.

2 . 8 Arranjos Ortogais

Para se obter um projeto eficaz normalmente buscamos realizar alguns experimentos, observando o desempenho do produto e tomando uma deciso quando rejeitar ou aprovar um projeto. No possuindo estratgias de experimentos adequados, recorremos a conceitos como avaliao do efeito de um parmetro sobre o desempenho do produto e se isto falhar tende-se

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a experimentar outros fatores, se mesmo assim no conseguir, se apegam a qualquer coisa e alteram muitas outras simultaneamente. No experimento com fator nico, avalia-se o efeito de um parmetro sobre o desempenho, enquanto o restante mantm-se constante. Se houve infiltrao de um fator com outro, no poder examinar a interao. Estudando vrios fatores ao mesmo tempo fica impraticvel a separao dos efeitos dos valores principais. Fatores diferentes podem trazer respostas negativas e positivas, porm no trar alguma informao sobre o fato. Para evitarmos a utilizao ineficiente dos dados de um ensaio e uma situao no ortogonal, alm de estimar interaes mantendo a ortogonalidade, deve-se utilizar arranjos ortogonais especficos. Se o experimento por fatorial fracionado for utilizado h no mnimo combinaes possveis (2) que devem ser ensaiadas (TM= nmero de fatores cada um com dois nveis). Entanto, tempo e limitaes financeiras impedem a utilizao de experimentos fatoriais saturados. Os estatsticos desenvolveram planejamentos designados a fraes de fatorial mais eficientes para a investigao mais aprimorada destes fatores, ele utilizaram apenas uma parte de todas as combinaes possveis para estimar os efeitos principais do fator e alguns (no todos) efeitos das interaes. Certas condies so selecionadas a fim de manter a ortogonalidade entre os diversos fatores e interaes. Taguchi desenvolveu o arranjo ortogonal que pode ser empregado em vrias situaes. Este arranjo permite que todos os graus de liberdade do erro possam ser trocados com graus de liberdade que proporcionem combinaes especificas, que so compatveis com este conceito. Quando se atribui um fator a cada uma das colunas, designa-se isto como projeto saturado. O valor rela da utilizao do arranjo consiste em avaliar diversos fatores com numero mnimo de testes. Este experimento eficiente, visto que adquiri maior numero de informaes proveniente de poucos ensaios. Os arranjos ortogonais se constituem numa inveno matemtica, cujo o registro mais antigo data de 1897, por Jacques Hadamard, matemtico francs. A utilidade destes arranjos ainda no havia sido explorada, at que na Segunda Guerra Mundial, Plackett e Burman, estatsticos ingleses, empregaram o conceito de projeto saturado. As matrizes de Hadamard so matematicamente idnticas s matrizes de Taguchi, onde colunas e linhas so rearrumadas. A atribuio de fatores a um fatorial saturado no difcil; um fator atribudo a cada coluna. No entanto, os experimentos que no sejam totalmente saturados podem se tornar mais complexos para serem projetados.

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Figura 5 Arranjo de distribuio ortogonal

Numero do experimento Ou nmero de distribuio

Os alinhamentos verticais so chamados de colunas do arranjo ortogonal, e todas as colunas contm quatro vezes os numerais 1 e 2.

Fonte: http://www.eps.ufsc.br/teses98/glaucia/figura/Image108.gif

Desde a combinao dos numerais de qualquer coluna e aquelas de qualquer outra coluna so feitas com os numerais 1 e 2, e existem quatro combinaes possveis. Quando cada uma das duas colunas consiste de numerais 1 e 2 e as quatro combinaes (11), (12), (21) e (22) aparecem com a mesma freqncia, diz-se que estas duas colunas esto balanceadas ou ortogonais. Assume-se ento que o nmero de fatores , quando muito, sete e que cada um tem dois nveis para um arranjo ortogonal . Para estes sete fatores que so A, B, C, D, E, F, e G, e executa-se oito rodadas de

corresponde as colunas de 1 a 7 do arranjo ortogonal experimentos sucessivamente.

Visto que a combinao dos numerais de quaisquer duas colunas so combinaes de 1, 2 e 3 para arranjos de trs nveis, existem nove pares ordenados. As nove combinaes de duas colunas so (11), (12), (13), (21), (22), (23), (31), (32) e (33) aparecendo com a mesma freqncia. Duas colunas so ditas ortogonais ou balanceadas, tal como no caso de .

Existem vrias crticas eficincia dos arranjos ortogonais, considerados como experimentos fatoriais de repetio fracionada altamente saturados. O motivo desta crtica que para se usar as matrizes ortogonais, na maioria dos casos requer que todas as interaes de dois fatores sejam consideradas nulas, ou seja, os feitos principais podem ser confundidos pelo efeitos de interao.

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2 . 9 Anlise dos Resultados de Experimentos

Quando realizamos experimentos deste tipo, estamos sempre interessados que os resultados atinjam uma meta, ou alvo. Os tipos de problemas que precisamos resolver podem ser : Maior melhor: Quando queremos maximizar o resultado. Menor melhor: Quando queremos minimizar o resultado. Nominal o timo: Quando queremos aproximar o resultado ao mximo de um valor dado. Maximizar a relao sinal/rudo: Definida pelo usurio. Aps a execuo dos ensaios em experimentos fatoriais, deve-se proceder a uma anlise estatstica dos resultados. Os seus objetivos so: Determinar o quanto significativa a influncia de cada fator sobre o resultado; Calcular o erro cometido no experimento; Predizer qual seria a combinao tima de fatores; Estimar qual seria o resultado do experimento na condio tima. Existem duas maneiras de se fazer a anlise. A primeira usar os prprios valores coletados nos experimentos. Outro, realizar a situao sinal-rudo introduzida por Taguchi, fazendo com que os resultados sejam transformados em outra unidade, chamada de relao sinal/rudo.

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POKA-YOKE

3 . 1 Definio

Poka-Yoke uma palavra de origem japonesa referente a preveno de defeitos. Este mecanismo utilizado para previnir causas especiais que resultam em defeitos, ou para inspecionar com custo baixo cada item produzido, para verificar se aceitavel ou defeituoso.

COSTA JR. (2008, p. 39), relata que:Poka-yoke pode ser definido como uma ferramenta a prova de erros ou isenta de falhas, constitudas de tcnicas utilizadas para evitar simples erros humanos no trabalho. Esse mtodo pode ser entendido como qualquer dispositivo que auxilie na preveno de falhas ou erros em processos produtivos.

Shingeo Shingo define que Os mecanismos de controle da qualidade de baixo custo em processo. Observou que os erros aconteciam devido a incompetncia dos funcionrios e no era uma questo de ateno e defendeu a implementao do mtodo poka-yoke (mecanismos a prova de erros) que utilizam listas de verificao ou dispositivos manuais que permitam que o funcionrio no cometa enganos, o mtodo poka-yoke devem abordar os prestadores de servios e o cliente, pois de ambas as partes podem originar erros. FITZSIMMONS (2004, p. 156). O poka-yoke evita que o erro ocorra, ou que seja fcil identific-lo. De acordo com Shingo As causas de defeitos esto nos erros dos operrios, e defeitos so os resultados da negligncia sobre estes erros. Portanto, os erros no se tornaro defeitos se forem descobertos e eliminados com antecipao... Defeitos surgem devido a que erros so cometidos; os dois tm uma relao de causa e efeito... No entanto os erros no se tornaro defeitos se a ao e retroalimentao so realizadas no estgio de erro. Os prestadores de servios podem ser enquadrados em trs categorias: tarefas (lembra-se aos trabalhadores os passos esquecidos na pressa), tratamentos (os funcionrios devem se atentar aos detalhes dos clientes, quanto a aparncia, ateno, detalhes) e tangvel (implantao de espelhos nas salas de descanso dos empregados para incentivar a aparncia apropriada quanto eles retornam para na rea dos clientes). J os clientes tambm so responsveis por alguns erros, que so enquadrados em trs categorias: preparao (Assegura que as condies pr estabelecidas sejam aplicadas), encontro (So discretos, tais como o assegurar que os limites

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segurana sejam respeitados pelos usurios) e resoluo (ajudam a montar o comportamento do cliente quando deixam o servio). (FITZSIMMONS, 2004, p. 156).

3 . 2 Funes de Regulagem do Poka-Yoke

De acordo com Shingeo Shingo existem duas maneira nas quais os poka-yoke pode ser usado para corrigir erros, o qual o Mtodo de Controle e o Mtodo de Advertncia. SHINGO (1996, p. 55) defineO mtodo de controle quando o poka-yoke ativado, a mquina ou a linha de processamento para, de forma que o problema pode ser corrigido. E o mtodo de advertncia, quando o pokayoke ativado, um alarme soa, ou uma luz sinaliza, visando alertar o trabalhador.

J COSTA JR. (2008, p. 156), relata que:O poka-yoke corresponde ao dispositivo utilizado com a finalidade de selecionar e de identificar uma falha ou um erro aps um processamento. Neste caso, o sistema pode selecionar e eliminar o erro do processo ou parar este ultimo para que o produto seja corrigido ou eliminado, evitando a reincidncia.

O mtodo de advertncia utilizado para evitar o processamento ou o uso de uma mquina devido a existncia de uma falha potencial. Nesse caso, o sistema ativa sinais luminosos ou sonoros que indicam a anomalia na operao, podendo o processo ser (ou no) bloqueado para evitar que o erro seja gerado. O poka-yoke de controle um mtodo de correo mais poderoso, pois paralisa o processo at que a condio que causou o defeito seja reparada. Em relao ao poka-yoke de advertncia permite que o processo continue juntamente com o defeito, caso os trabalhadores no se atentem ao aviso. Dependendo do erro que ocorra pode-se decidir qual poka-yoke ser utilizado. Por exemplo, quando ocorre uma falha em parte da matria-prima causa defeitos nas peas produzidas, devido essa poro defeituosa, porm as peas seqentes sero boas. Defeitos mais freqentes exigem um Poka-yoke de controle, caso contrario, se o defeito de baixa freqncia o Pokayoke de advertncias. Existem trs tipos de Poka-yoke de controle, o mtodo de contato onde esclarece os defeitos e caractersticas ligada a dimenso do produto, mtodo de conjunto determinam o numero de

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tarefas previstas sero corretamente executadas. E mtodo de etapas confere se os estgios estabelecidos esto sendo aplicados. De acordo com SHINGO, (1996, p. 56)O mtodo de contato identifica os defeitos em virtude da existncia ou no de contato entre o dispositivo e alguma caracterstica ligada forma ou dimenso do produto... So tambm utilizadas diferenas de cor, e tcnicas nelas baseadas so consideradas extenses do mtodo de contato. O mtodo de conjunto determina se um dado numero de atividades previstas so executadas. O mtodo de etapas determina se so seguidos os estgios ou operaes estabelecidos por um dado procedimento.

Os poka-yoke so classificados de acordo com o mtodo de deteco de erros, podendo ser de contato, valores fixas ou etapas sucessivas. Os poka-yoke de contato baseiam-se nas caractersticas fsicas que indicam a dimenso, orientao ou o posicionamento inapropriados. Os valores fixos so mtodos ou dispositivos que sinalizam que determinadas quantidades de componentes esto disponveis ou ainda no foram usadas. Os poka-yoke de etapas sucessivas verificam se a seqncia de passos de um processo foi corretamente seguida.

3 . 3 Aceitao e Aplicao do Mtodo Poka-yoke

Antes de aplicar o mtodo poka-yoke na empresa deve-se garantir meios para aceitao e aplicao. A aceitao deve levar em considerao os critrios desejados da inspeo do processo, de acordo com os critrios estabelecidos pelas reas de qualidade e produo. Os dispositivos de Poka-yoke no um sistema de inspeo, mas um mtodo de deteco de defeitos ou erros que podem atender uma determinada funo da inspeo. SHINGO, (p. 58):Se a inspeo sucessiva (a qual detecta defeitos depois que eles ocorrem) no a maneira mais eficaz de eliminar os defeitos naquele processo especifico, ou outro sistema deve ser usado. E, claro, os mtodos Poka-yoke que satisfazem outras funes do sistema de inspeo podem ser bastante diferentes.

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Ilustrao 6 Sistema de Inspeo

FONTE: SHINGO, Shingeo, 1996, p. 57

O primeiro passo para a aplicao do mtodo de controle de qualidade efetivos identificar o sistema de inspeo que melhor satisfaz as necessidades de um determinado processo. Depois s identificar o mtodo Poka-yoke se de controle ou advertncia que seja adequada para satisfazer a funo de inspeo desejada. Somente depois ser definido o mtodo mais apropriado, deve-se tambm atentar-se a que tipo do dispositivo poka-yoke. Se de conjunto, contato ou etapas.

3 . 4 Exemplo

Segue-se abaixo um exemplo que Shigeo Shingo relata em seu livro, a aplicao do Pokayoke em um fornecedor da Toyota: Na Arakawa Shatai, fabricantes de carroceria de automveis, a chapa de revestimento interno das portas de determinado modelo consiste de uma prancha revestida em couro, a qual presa por 20 fixadores. Varias vezes por ms, ocorriam defeitos, quando era esquecida a colocao de 1 ou 2 desses fixadores. Os trabalhadores eram avisados para que fossem mais cuidadosos, o que fazia com que casse a taxa de defeitos por algum tempo, mas esta taxa logo retornava ao nvel anterior. Como isso parecia ser um defeito crnico, um Poka-yoke de advertncia foi instalado para alertar os trabalhadores no caso de 1 dos fixadores no ser colocado. Foram instalados 20 sensores de aproximao no dispositivo da prensa no processo subseqente. Se um fixador estivesse faltando, uma campainha soava e os trabalhadores paralisavam a operao da

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prensa. A placa de revestimento defeituosa seria imediatamente devolvida ao anterior e o fixador faltante, colocado.

processo

A taxa de rejeio caiu a zero. Nesse caso, um Poka-yoke executa inspeo 100% sucessiva. Em outro processo nesta fbrica, certos acessrios de metal eram fixados em assentos de automvel. O sistema de produo requeria produo mista, o que significava que 8 tipos de assentos para o Corona, Mark II, Celica, etc., eram fabricados no mesmo fluxo de linha. Os trabalhadores seguiam instrues no Kanban que acompanhava os acessrios e fixavam-nos aos assentos dos modelos aos quais eram destinados. Vrias vezes por ms, no entanto, havia acessrios de determinado automvel colocados em outro. Um Poka-yoke foi introduzido para resolver o problema. Pequenos discos flexveis so agora anexados parte inferior do Kanban. Quando esse chega juntamente com o assento do carro, o trabalhador coloca-o em uma caixa especialmente projetada que est equipada com uma chave refletora fotoeltrica para cada modelo. Os discos acionam a chave. Essa acende uma lmpada e abre a tampa da caixa de peas que contm os acessrios para aquele modelo. O trabalhador retira as peas necessrias da caixa e instala-as no assento. Como as caixas se mantm fechadas, a menos que sejam ativadas pelo Kanban, impossvel retirar acessrios da caixa errda por engano. Esse mtodo eliminou completamente os defeitos. Quando a um dos trabalhadores foi perguntado o que achava do novo procedimento, ele respondeu na gria local: Poka-yoke? Ah, anki ou seja, sopa. Nesse caso, um dispositivo Poka-yoke executa a funo de auto inspeo e libera os trabalhadores da necessidade de prestar ateno na seleo dos acessrio metlicos. Isso permite que os trabalhadores se concentrem totalmente na fixao dos parafusos.

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REFERNCIAS

COSTA JR., Eudes Luiz. Gesto em processo produtivo. Curitiba PR: Ibpex. 2008.DESIDSIO. Gurus da qualidade. [S.l.]. Disponvel em: . Acesso em: 10/11/2010.

ENRIQUE G., Alonso Munguia; MELGOZA, Vicente Ocegueda. Teora de las organizaciones. Mxico: Umbral. 2006. FITZSIMMONS, James A.; FITZSIMMONS, Mona J. Administrao de servios: operaes, estratgias e tecnologia da informao. 4. ed. Porto Alegre: Artmed Editora. 2004. GROOVER, Mikell P. Fundamentos de manufactura moderna: materiales, procesos y sistemas. Mxico: Pearson Prentice Hall. 1997. SHINGO, Shingeo. O sistema Toyota de produo: do ponto de vista da engenharia de produo. 2. ed. Porto Alegre: Artmed. 1996.