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PÁGINA 1 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Curso de Oboé Oboé d’amore, Corne inglês INTRODUÇÃO NÍVEL DE GRADUAÇÃO O INSTRUMENTO INGRESSO NA ORQUESTRA INSTRUÇÕES GERAIS METODOLOGIA DE ENSINO CONHECIMENTOS GERAIS TABELA DE DIGITAÇÃO CURSO DE TÉCNICA INSTRUMENTAL ESCALAS MAIORES E ARPEJOS ESTUDO MELÓDICO DE HINOS CONSIDERAÇÕES FINAIS Autor: Marcos Oliveira Oboísta em São Paulo/SP Telefone: (11) 8033-3544 - 6430-8635 E-mail: [email protected] Oboés italianos: www.patricola.com.br NÃO-COMERCIAL ESTE MATERIAL NÃO PODE SER VENDIDO DEUS SEJA LOUVADO P P r r o o g g r r a a m m a a M M í í n n i i m m o o Técnica instrumental - Curso de Oboé para iniciantes Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Jacarandá Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha

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Page 1: Metodo oboe ccb

PÁGINA 1 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Curso de Oboé OObbooéé dd’’aammoorree,, CCoorrnnee iinnggllêêss INTRODUÇÃO NÍVEL DE GRADUAÇÃO O INSTRUMENTO INGRESSO NA ORQUESTRA INSTRUÇÕES GERAIS METODOLOGIA DE ENSINO CONHECIMENTOS GERAIS TABELA DE DIGITAÇÃO CURSO DE TÉCNICA INSTRUMENTAL ESCALAS MAIORES E ARPEJOS ESTUDO MELÓDICO DE HINOS CONSIDERAÇÕES FINAIS

Autor: Marcos Oliveira Oboísta em São Paulo/SP

Telefone: (11) 8033-3544 - 6430-8635 E-mail: [email protected]

Oboés italianos: www.patricola.com.br

NÃO-COMERCIAL – ESTE MATERIAL NÃO PODE SER VENDIDO DEUS SEJA LOUVADO

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PÁGINA 2 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

Aluno: _________________________________________________ Data de início: ___/___/_____ Localidade: ___________________

Sr estudante de Oboé, escreva o seu nome na linha acima e lembre-se: a primeira etapa começa com a organização das informações e um plano das aulas por nível para que perceba os avanços nas etapas de graduação, sendo honrado com isto com o seu ingresso na orquestra.

Capítulos:

NÍVEL DE GRADUAÇÃO Acompanhamento do instrutor aos níveis de graduação do aluno no programa mínimo proposto com indicação de datas de ingresso. O INSTRUMENTO Dicas mais importantes e esclarecimentos gerais sobre o instrumento, sua família e naipe. Guia de estudos para o aluno alcançar os seus objetivos com disciplina e assertividade. INGRESSO NA ORQUESTRA Etapas indicadas para cada fase de ingresso na orquestra de acordo o progresso do aluno nos estudos teóricos e práticos propostos. INSTRUÇÕES GERAIS Principais esclarecimentos sobre conceitos fundamentais do curso: comunhão e louvor, montando o oboé, palheta dupla, postura, respiração, técnica instrumental, primeiros sons e técnicas avançadas. METODOLOGIA DE ENSINO Explicação do programa e cada etapa do ensino prático com indicação de requisitos mínimos. CONHECIMENTOS GERAIS Instruções gerais que o oboísta iniciante precisa conhecer para seu enriquecimento intelectual. TABELA DE DIGITAÇÃO Tabela de fácil consulta para iniciantes com dicas e imagens de posição das notas musicais no oboé. PREFÁCIO e CURSO DE TÉCNICA INSTRUMENTAL Primeiras lições com os elementos essenciais da técnica do oboé com 7 (sete) níveis progressivos. ESCALAS MAIORES E ARPEJOS Exercícios de escalas maiores em sustenidos e bemóis em diferentes regiões (médias e agudas). ESTUDO MELÓDICO DE HINOS Seleção apurada dos principais hinos para a prática instrumental no oboé, classificado por nível de ingresso na orquestra de acordo as etapas do capítulo “ingresso na orquestra”. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nota de agradecimento, sobre o autor, a música na igreja e banner do site: www.escolinhamusical.com.br

Importante:

Este guia de estudo para técnica instrumental tem o simples objetivo de organizar as informações do programa mínimo para estudantes de música. Este material não é comercial e não pode ser vendido. Impressão é livre.

DEUS SEJA LOUVADO

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PÁGINA 3 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

NNÍÍVVEELL DDEE GGRRAADDUUAAÇÇÃÃOO

Anotações de progresso.

Tome nota no avanço dos estudos com as datas das etapas de graduação, ingresso na orquestra e de conclusão do curso de técnica instrumental.

Ensaio de Candidatos no Grupo de Estudos Musicais

A prática orquestral é o primeiro contato que o aluno tem com a orquestra, onde se familiariza com o conjunto orquestral e vive a música com sua harmonia completa.

Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____

Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ Data de ingresso no

primeiro ensaio musical: _____ / _____ /_____

Reunião de Jovens e Menores, Ensaio Local

Tocar na RJM permite novos descobrimentos como: afinação e sonoridade.

Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____

Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____

Data de Ingresso: _____ / _____ /_____

Culto Oficial e Ensaio Regional

Tocar no culto oficial é o segundo principal objetivo deste programa mínimo.

Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____

Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____

Data de Ingresso: _____ / _____ /_____

Avaliação local e Exame de Oficialização

A conclusão do pré-teste coincide com o término do programa mínimo.

Avaliação final do Instrutor: _____ / _____ /_____

Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____

Data do Teste: _____ / _____ /_____

Data de Apresentação: _____ / _____ /_____

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PÁGINA 4 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

OO IINNSSTTRRUUMMEENNTTOO

Oboé, oboé d’amore e corne inglês

Guia de introdução sobre os instrumento e esclarecimentos gerais.

O Oboé, Oboé d’amore e o Corne inglês

Todos possuem a mesma origem.

O oboé é um instrumento musical erudito, de sopro da família das madeiras caracterizado pelo uso da palheta dupla. Possui formato cônico e é dividido em 4 partes (palheta, registro alto/médio, registro baixo e campana).

Os harmônicos no Oboé têm intensidade superior à freqüência fundamental, isto permite a emissão de notas ricas; tornando as graves: densas; e as agudas: penetrantes. – O músico que toca o oboé é denominado "oboísta”. – Toca sempre na altura da voz soprano. – Oboé vem do francês “haut bois”, que significa madeira alta, devido ao registro agudo. – Foi incorporado às orquestras em meados do século XVII (período barroco).

A Família

Os instrumentos da família do Oboé são: Oboé piccolo (Mib e FÁ), Oboé (DÓ), Oboé d’amore (LÁ), Corne inglês (FÁ), Oboé baixo (FÁ) e Oboé contra-baixo (Sib). O Corne inglês é mais grave e o timbre mais escuro.

Dicas importantes

É aconselhado ao estudante de música começar diretamente no Oboé, pois se já tocou outro instrumento terá de reaprender tudo, eliminar os vícios e aplicar-se nas principais abordagens do estudo do oboé.

O domínio na digitação das notas no oboé requer estudo e disciplina do aluno e o acompanhamento de um instrutor oboísta.

Antes de comprar

Entre os instrumentos de palheta dupla existe muita diferença entre as marcas, os modelos, características, chaves e madeira. Recomendo a marca italiana: Patrícola, acesse o site: www.patricola.com.br

Os oboés italianos Patrícola são artesanais, feitos em madeira e possuem o melhor custo benefício. Peça informações sobre os oboés e orientações sobre o estudo de oboé por e-mail: [email protected] ou ligue (11) 8033-3544.

Acesse o site www.escolinhamusical.com.br e faça muitos downloads.

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PÁGINA 5 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Ao estudante:

Parabéns pela sua decisão! Este material é um planejamento de estudos organizado para você perceber os seus avanços com uma nova experiência em cada etapa, fazendo música de uma forma agradável por toda a vida. Dedique-se com seriedade e estude! Comunhão: ao tocar seu instrumento, desde as primeiras lições, esqueça tudo ao seu redor, deixe que seu corpo, mente e alma fale através do seu som, entoando assim um louvor com espiritualidade e suavidade que te permita sentir e transmitir paz e alegria aqueles que ouvem o seu instrumento.

A chave do sucesso!

O bom começo para a chave do sucesso é: praticar.

Dedicando-se: siga as orientações do seu instrutor e pratique o mínimo de 60 minutos por dia (na primeira semana) deve ser dedicado à prática do instrumento e 2 horas por dia a partir da 3ª. semana de estudos, mas sem excessos.

Antes de iniciar: aqueça o seu corpo/mãos e dedos, embocadura e comece a tocar. Faça as lições mais difíceis primeiro, e somente por último as divertidas e partituras fáceis. Disciplina: não faça nada sem orientação para não levá-lo a maus hábitos, que podem trazer situações irrecuperáveis, vamos evitá-las com inteligência e bom humo!

Com suor: A familiaridade com o instrumento e o progresso dos estudos irá conferir um entusiasmo crescente para enfrentar dificuldades e desenvolver sua expressão musical.

Ouvindo: a audição de músicas clássicas e eruditas para oboé permitirá que você encontre naturalmente o seu “som pessoal”, e muita auto-avaliação.

Saiba como progredir

Aceitando orientação: durante o aprendizado você precisa planejar o que fazer e como vai fazer sendo auto-crítico com a qualidade do seu som e a intensidade do seu som, pensar como corrigir e melhorar sempre; e em seguida, repetir os exercícios e lições com desejo permanente no sucesso, isto irá lhe conceder melhorias a cada dia.

E somente saberá se está ou não no caminho certo aceitando a orientação do instrutor.

Material de apoio: acompanha este programa mínimo um livro de “Estudos rítmicos e melódicos” e também, livro de “Partituras” a fim de desenvolvermos a sua confiança.

Sucesso começa com disciplina! Com o acompanhamento do instrutor, sua autocrítica e atenção aos detalhes deste programa mínimo de técnica instrumental, este guia irá lhe ajudar muito no seu desenvolvimento como músico e oboísta. Boa sorte!

Tire suas dúvidas e dê sugestões

Sempre pergunte: na dúvida sempre pergunte! Se a pergunta for simples, pergunte mesmo assim! Se achar que já sabe algo, mas falta ter certeza, pergunte! Se alguém afirmou, mas não provou que funciona, pergunte! Sempre podemos melhorar: não existe nada tão bom que não possa ser melhorado. Por isto, se você possui alguma sugestão de melhoria para este programa mínimo, envie agora a sua sugestão para o e-mail do instrutor indicado na capa do documento.

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PÁGINA 6 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Curiosidades e resumo histórico

Origem do nome

O nome “Oboé” vem do nome francês haut bois, que significa madeira alta, devido ao seu registro agudo. Embora a pronúncia atual de haut bois se assemelhe a “oboá”, até o século XVII à pronúncia era “Oboé”. Como o instrumento já havia se espalhado pelo mundo quando esta mudança ocorreu, o nome permaneceu assim em português e em algumas outras línguas. Pela mesma razão, em algumas línguas o instrumento é chamado de “oboa”.

Classificação

A definição do Oboé é do Naipe: madeiras. O termo madeiras, refere-se à forma de execução e não ao material de que o instrumento é feito. E estes por sua vez são subdivididos de acordo com a forma de produção de som.

Timbre característico

Devido ao seu timbre penetrante e ao fato de ser o único instrumento de sopro que não depende de regulagem para afinação, é o Oboé que toca a nota “Lá” antes de um concerto começar, para que todos os outros instrumentistas afinem seus instrumentos.

Origem do Oboé

Os instrumentos de palheta dupla são utilizados no mundo inteiro desde os tempos mais remotos. As provas mais antigas levam-nos à civilização Suméria, a primeira a utilizar a escrita, três mil anos a. C. Conhecemos sobretudo o Aulos grego e a Tibia romana, mas encontram-se ainda hoje "Oboés" que evoluíram muito pouco e que nos dão a ideia de como eram os instrumentos primitivos. Apesar de serem diferentes, estes apresentam algumas analogias.

Na "nossa" Idade Média, as Bombardas e Charamelas são usadas em diversas ocasiões. Mas foi na Renascença (Séc.XVI) e graças aos primeiros tratados de organologia que descobrimos a grande evolução que os instrumentos tiveram. O “espírito” inventivo da época trouxe melhoramentos consideráveis, por exemplo, a distância entre orifícios diminuiu, aparecem as primeiras chaves nos instrumentos, o apoio dos lábios fica mais curto permitindo assim um controle sobre a palheta, melhorando a sonoridade a afinação.

No fim do Séc. XVI princípio de XVII, dá-se a grande mudança com o aparecimento da ópera em que a voz é solista. Para esta nova forma, são precisos instrumentos que acompanhem (imitem) o que a voz canta, assim no decorrer deste século e no seguinte assiste-se à introdução de "novos" instrumentos nas orquestras. As Flautas de bisel são substituídas pela Flauta travessa ou alemã, alguns instrumentos de palheta dupla, pela sua ‘dureza’ ficam em desuso, mas em contrapartida o fagote ganha terreno. O controle do som já é feito pelos lábios e a sua sonoridade é aceite pelos compositores.

Só em 17 de Janeiro de 1657, Lully, utiliza o Oboé pela primeira vez no bailado "L'amour Malade", embora não haja uma alusão concreta ao instrumento, há uma indicação inglesa de aproximadamente 1695 que refere: "O presente Oboé com menos de 40 anos, é um aperfeiçoamento do (grande) Oboé francês, muito semelhante às Charamelas", aqui o adjetivo ‘grande’ não é para classificar o tamanho mas a tessitura, seria um Oboé grave. Neste comentário ao subtrair cerca de 40 anos à data, ficamos com mais certezas que o nosso Oboé entrou oficialmente na orquestra de Lully em 1657.

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Daqui em diante o Oboé só conheceu a glória.

No período Barroco e Clássico é utilizado por todos os compositores, tanto na orquestra como em solista, mas tecnicamente evolui pouco e Mozart começa a preferir o Clarinete, pela sua sonoridade doce e emissão fácil.

Em 1799 nasce Henri Brod, grande virtuoso e pedagogo, veio sobretudo inovar a construção do Oboé, melhorando a forma interior, modernizando o mecanismo, e a grande inovação: inventou os atuais "pratos" onde encaixam as sapatilhas, possibilitando uma maior precisão em toda a construção.

Também citar a importante contribuição da família Triébert, a partir de Guillaume Triébert(1770-1848) e seus filhos Charles-Louis(1810-1867) e Frédéric Triébert(1813-1878) que aprimoraram tanto a técnica quanto a mecânica dos oboés, tal qual o conhecemos hoje.

Beethoven escreveu um concerto para Oboé que se perdeu. No Romantismo só há lugar para o Oboé na orquestra. Robert Schumann compôs as "Drei Romanzen op.94" para oferecer a Clara Schumann, sua esposa, como prenda no Natal de 1849, sendo esta a única obra de um compositor representativo do período romântico escrita originalmente para Oboé.

Naquela época o Oboé tem um papel de extrema importância na orquestra, nas sinfonias de Brahms, Mendelssohn, nas óperas de Rossini, Verdi, Wagner; sobretudo com os dois últimos, que também o Corne inglês tem um papel de destaque, basta citar alguns solos importantíssimos de óperas: (Verdi) "Baile de Máscaras", "Falstaff", "D. Carlos", (Wagner) "Tristão e Isolda" e em todas as Óperas o Corne inglês tem sempre algo a "cantar".

Ainda na segunda metade do Séc.XIX a 13 de Outubro de 1842, nasce em Palermo (Sicilia) Antonino PASCULLI Oboísta-compositor, achando que não havia obras que satisfizessem a sua virtuosidade, resolveu escrevê-las. Temos assim no nosso repertório e a título de exemplo: "Fantasia" Sull' Opera Poliuto di Donizetti, "Gran Concerto" su temi dall' Opera "I Vespri Siciliani" di Verdi, etc., podemos considerar estas obras ainda do período Romântico.

Devemos a Felix Mendelssohn o renascer do esquecido J.S.Bach, que é também o renascer da família dos OBOÉS, desde então votada a um imerecido esquecimento, sobretudo o Oboé d'Amore com a sua sonoridade entre o Oboé e o Corne inglês, tem o timbre ideal para acompanhar as vozes que Bach desejava que chegassem à Deus.

No virar do Séc. XIX para o Séc. XX assistimos à grande mudança já com Ravel, que no seu concerto para Piano em Sol, compôe no segundo andamento um dos solos mais belos para Corne inglês, seguindo por Stravinsky.

Desenvolvimento da construção e mecanismo

No que diz respeito ao aperfeiçoamento do instrumento, este, atingiu a configuração atual em 1906, com o modelo do Conservatório de Paris. Outros países criaram modelos próprios, mas sempre com base no sistema francês. As grandes melhorias dos últimos anos, centram-se na afinação, precisão e durabilidade do mecanismo, homogeneidade do som em todos os registos, facilidade de emissão sobretudo na região grave. Os fabricantes alemães permaneceram mais fiéis à tradição ao passo que os franceses e italianos estiveram sempre abertos a algumas melhorias técnicas.

Atualmente já é possível encontrar no mercado Oboés feitos de resina plástica, porém o som não possui as mesmas qualidades dos Oboés feitos em madeira, pois a madeira possui qualidades próprias que determinam sua sonoridade (densidade, presença de fibras e poros, melhor afinação, entre outras).

Recomendamos os Oboés italianos: Patrícola

Acesse o site e conheça os modelos de Oboés para estudantes e profissionais: www.patricola.com.br

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OORRQQUUEESSTTRRAA

Etapas e Requisitos de Ingresso na Orquestra

Detalhamento das etapas de ingresso na orquestra.

Nível 1 – Imersão de técnica instrumental

1. Objetivo: O candidato deve completar o nível 1 deste programa para iniciar o estudo do método do instrumento e os principais hinos.

Nível 2 – Ensaio de Candidatos no Grupo de Estudos Musicais

1. Bona: Clave de Sol – Até a lição 40. Clave de Fá – iniciada.

2. Teoria: Nível 3 da Apostila da Teoria Musical ou Módulo 3 “Bona CCB”

3. Método: Observação: Iniciar Hinário quando chegar na pág. 43. Até a página 58.

4. Hinário: 402 408 407 415 435 433 434 450

Nível 3 – Reunião de Jovens e Menores, Ensaio Local

1. Bona: Clave de Sol – Até a lição 80. Clave de Fá – Até a lição 50.

2. Teoria: Nível 4 da Apostila da Teoria Musical ou Módulo 11 “Bona CCB”

3. Método: Até a página 67.

4. Hinário: 401 402 404 409 410 418 420 422 424 426 438 440 442 444 447

Nível 4 – Culto Oficial, Ensaio Regional

1. Bona: Clave de Sol e Fá – Até a lição 70.

2. Teoria: Apostila da Teoria Musical cou Módulo 12 “Bona CCB”

3. Método: Até a página 74.

4. Hinário: 1 8 10 25 31 44 50 66 70 80 93 98 116 120 125 148 166 172 201 212 248 249 282 307 320 332 342 357 378 387 395

Nível 5 – Exame de Oficialização

1. Bona: Clave de Sol e Fá – Até a lição 90.

2. Teoria: Até a página 75.

3. Método: Apostila de Teoria Musical completa ou “Bona CCB” até lição 90.

3. Hinário: 9 14 25 29 71 88 112 116 125 135 140 148 159 161 195 201 229 276 280 289 307 325 356 376 424

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IINNSSTTRRUUÇÇÕÕEESS GGEERRAAIISS

A importância da música Dimensões do ser humano

O ser humano possui em sua vida sete "dimensões": Física, Espiritual, Intelectual, Social, Profissional, Afetiva e Familiar. De todas as realizações do Homem, a arte é a que possui mais influência em todas essas dimensões da existência humana. E de todas as artes, a mais antiga é a Música. Assim como o percurso da história do homem, na suas lutas e realizações, se desenvolve na medida de milênios, do

mesmo modo a arte, expressão espontânea, necessidade da humanidade, floresce em tempos igualmente amplos. É

uma exigência a tal ponto irresistível que não há momento do viver humano, por mais árduo que possa ser, que não se

empenhe na criação artística.

A música é nossa mais antiga forma de expressão, mais antiga que a linguagem falada.

De fato, a música é o Homem, muito mais que as palavras, pois estas são símbolos abstratos. A música toca nossos

sentimentos mais profundamente que a maioria das palavras e nos faz responder com todo nosso ser.

Muito antes do ser humano aprender a pintar, esculpir, escrever ou projetar algo, já sabia produzir e apreciar o som.

Obviamente esses sons seriam hoje considerados apenas ruídos, mas considerando que "música é a arte de

manipular os sons", o que o Homem primitivo produzia era música, ou um "embrião" musical.

O "instrumento" musical mais antigo que existe é a voz humana. Com ela, o homem aprendeu a produzir os mais

diversos sons, e a agrupar esses sons, formando as primeiras linhas melódicas. Depois inventou os instrumentos

musicais, que se multiplicaram e evoluíram ao longo da História. Muitos destes desapareceram, e a Música mudou

muito em todo este tempo. Mas o gosto do ser humano pela música permanece intacto.

Para se estudar a Música, é preciso antes saber o que é música.

Comunhão e louvor Aqui você já começou a entoar louvores a Deus

Parabéns pela sua decisão! Este material é um planejamento de estudos organizado para você perceber os seus avanços com uma nova experiência em cada etapa, fazendo música de uma forma agradável por toda a vida. Dedique-se com seriedade e estude! Comunhão em tudo! Desde o início ao tocar seu instrumento, desde as primeiras lições, enquanto “fazer som” esqueça tudo ao seu redor. Deixe que seu corpo, sua mente e a sua alma fale através do seu som, entoando assim um louvor com espiritualidade e suavidade que te permita sentir e transmitir paz e alegria aqueles que ouvem o som do seu instrumento musical.

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PÁGINA 10 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Encontrando um professor de Oboé Aqui é onde você começa a ter progresso realmente construtivo!

Aqui é onde tudo começa!

Um bom professor pode ajudar você a melhorar suas habilidades no Oboé mais rápido do que você seria capaz de

fazer sozinho. Por criticar construtivamente o seu desempenho e cobrar mais resultados a cada dia, ajudando você a

escolher estudos e o repertório adequado às suas necessidades, e dando-lhe dicas úteis de acordo com os desafios

específicos que você está enfrentando em qualquer parte do aspecto da técnica instrumental.

Se ficar atento e perspicaz durante suas sessões de prática nos estudos, você será capaz de ensinar a si mesmo a

forma mais eficaz de fazer muito progresso em seus estudos. Mas em certo ponto, é como você ser um “mestre

cabelereiro” e tentar cortar o seu próprio cabelo, isto não vai ser possível. Um professor, tal como seu cabeleireiro

particular, tem duas coisas que você não tem: experiência e perspectiva (pense nisto como o equivalente musical de

ter alguém para se certificar de que você não errou até a última tentativa de repetição!) Não importa quantos

espelhos você vai usar para ver o que está fazendo em sua própria cabeça ou a qualidade do seu equipamento,

objetivamente isto é extremamente difícil.

Quando você adiciona um alto nível de experiência para a perspectiva do professor, coisas “mágicas” podem

acontecer. O professor pode perceber um erro que você nunca percebeu, ou identificar algo em sua embocadura que

faz toda a diferença em como soar & soprar seu instrumento.

Não escolha o professor.

Você pode procurar um professor de Oboé de qualquer nível, seja você um novato ou um oboísta intermediário ou

mesmo avançado. Cada oboísta é diferente, porque cada pessoa é diferente, portanto, não há dois oboístas com a

mesma embocadura, técnica musical, idéias, pontos fortes ou fracos. E não há dois oboístas que conseguem

cometer os mesmos erros, sejam eles simples ou não. O trabalho do professor é orientá-lo através de sua própria

experiência pessoal como um oboísta.

A experiência de um professor e o seu constante treinamento pode ajudá-lo no desenvolvimento da sua técnica

instrumental e na questão musical de uma forma geral. Desde a sua técnica para a produção de som e melhorar

você para começar a estudar peças e partituras mais avançadas, nesta fase você provavelmente vai ser muito mais

interessados em estilos musicais e outros detalhes. Assim, vai dedicar-se em ter um som cada vez mais doce e

melodioso.

Por isto, um professor talentoso pode ajudá-lo a resolver seus desafios no Oboé. Vai fazê-lo tocar os estilos musicais

de sua preferência e lhe mostrar como interpretar a música para torná-la realmente bonita e encantar quem te ouve.

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PÁGINA 11 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

QUANDO COMEÇAR

Qualquer época é um bom momento para começar a ter aulas (não importa a sua idade), no entanto, um momento

particularmente bom para olhar para esta opção, é quando você sente que é a hora certa.

Talvez você "bateu de frente" em uma primeira dificuldade quando começou a estudar, por causa do mecanismo ou

embocadura, ou mesmo se a partitura está trazendo maiores desafios, e então começam várias perguntas e

pensamentos, como: "É isto mesmo possível?" ou então "Qual é o caminho para conseguir fazer corretamente?",

assim por diante.

Ou talvez um aspecto técnico de seu Oboé, como um sapatilhamento ou problema no mecanismo, ou uma parte da

técnica que você nunca soube fazer completamente bem, e não tem certeza por que, ou apenas está inseguro e sem

respostas precisas, enfim, não sabe tomar uma direção.

Estas são todas as grandes razões para procurar orientação de um profissional - um bom professor pode ajudar a

colocá-lo no caminho rápido para o sucesso (ou apenas dizer-lhe para estudar mais horas por dia, também é sempre

uma ótima opção!).

ENCONTRANDO UM PROFESSOR

Ao encontrar o professor, fale para ele sobre o seu nível atual e a sua área de interesses (o seu tipo de música, o

que pretende tocar e onde pretende tocar – o seu objetivo musical). Professores de oboé são especializados em

determinados níveis de técnica instrumental ou variados estilos.

Por exemplo, um professor pode ser principalmente dedicado a iniciantes, incentivando um conjunto a tocar em coros

e recitais de estúdio, enquanto outro pode ser um músico de orquestra e professor universitário que prefere ensinar

trechos avançados, pode possuir variados repertórios e ensaiar partes orquestrais ou preparar oboístas para

ingresso em orquestras profissionais.

Ou você pode encontrar um oboísta dedicado a parte pedagógica, outro professor oboísta envolvido com ensino de

grupo de estudos musicais de um projeto social ou ONG, ou um oboísta que toca Corne inglês, ou que executa

música antiga ou gosta de ensinar músicas do período Barroco e Clássico, assim por diante.

Suas chances são muito grandes.

Lembre-se, um grande número de músicos e orquestras estão ao nosso redor, por isso suas chances de encontrar

um professor de Oboé que compartilha os seus interesses e pode ser útil no tratamento específico de sua música e

desafios são realmente muito grandes. Então, você precisa pesquisar para encontrar.

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PÁGINA 12 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

� Para saber mais sobre os professores de oboé:

a) Fale com músicos e oboístas em sua região, bairro, cidade. Se você não conhece algum oboísta, você pode

conhecer um se participar do grupo de estudos musicais (da sua igreja, ou escola do bairro), ou um conservatório de

música, uma associação de oboístas, ou um grupo de oboístas na internet, vá assistir uma apresentação de oboé, ou

mesmo uma apresentação da orquestra sinfônica da sua cidade ou da banda & orquestra da igreja mais próxima.

b) Procure pelo maestro! Em sua igreja ou em seu bairro pode existir o encarregado da orquestra local responsável

pelo grupo de estudos musicais em sua região, este é um lugar comum. Outra boa dica é participar de ensaios

musicais, você pode achar oboístas ou fagotistas reunidos e no final do evento você pode abordá-los para questionar

a respeito de aulas de oboé ou se conhece quem ensina. Certamente vai ter sucesso!

c) Descubra quaisquer faculdades ou universidades perto de você que tenha curso de música.

- O departamento de música pode ter uma lista de professores diplomados em oboé.

- Ou você pode contatar um professor de oboé diretamente para consultar sobre aulas particulares.

- Ou certamente vai conseguir contatos ou recomendação de um ou mais músicos que possam lhe ajudar

a encontrar professores perto de você.

Outra boa estratégia é participar & assistir a recitais de oboé (que quase sempre são livres) e conversar com o

intérprete oboísta depois do término. (Dica: depois da apresentação você pode abordar os músicos, especialmente

para cumprimento o oboísta e então, apresentar suas necessidades musicais!) Se o artista é um professor, artista

convidado, ou estudante, você pode descobrir muito ouvindo a sua música e fazer perguntas relacionadas com esta

música ou com outro aspecto que você percebeu durante a sua apresentação.

Você pode achar um professor dessa forma - você nunca sabe quem você pode conhecer!

d) Entre em contato com uma escola de música perto de você e ver se eles podem colocá-lo em contato com o

diretor da banda ou o maestro da orquestra. Maestros às vezes ensinam em particular, porque eles têm que saber

tocar todos os instrumentos no conjunto, mas o seu conhecimento específico em clarinete pode ser limitado. No

entanto, eles são capazes de recomendar um professor de Oboé na sua região e alguns professores sempre estão

dispostos a lecionar aulas particulares para os alunos.

e) Muitas lojas de instrumentos musicais conhecem escolas de ensino de música e instrumentistas de vários bairros

e cidades onde há escolas que oferecem aulas de música e professores de Oboé. Pergunte.

f) Ligue para uma escola de música, ou ligue para a sua igreja, peça orientação ao maestro & ao encarregado da

orquestra, e solicite o contato de professores (telefones ou email). Pode até mesmo pesquisar em um site onde você

pode procurar os professores de cada instrumento musical. Se você mora em uma cidade pequena, vai encontrar

mais facilmente na cidade grande mais próxima.

Mecha-se, saia da zona de conforto: pergunte, questione, faça contatos e demonstre interesse!

Boa sorte e Deus abençoe.

Page 13: Metodo oboe ccb

PÁGINA 13 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

PPRRIIMMEEIIRROOSS CCOONNCCEEIITTOOSS

Vamos começar! Disciplina e muito estudo são fundamentais

O músico que toca o Oboé, Oboé d’amore ou Corne inglês é denominado: oboísta. Um iniciante pode começar diretamente no Oboé (a partir dos 9 anos de idade). O estudante que tem já um conhecimento básico de ritmo e divisão musical (a partir da lição 40 do Bona ou 5 do Pozzoli rítmico) pode concentrar-se melhor nas questões específicas do Oboé: que é a embocadura e a digitação. Entre outros objetos que formam a técnica: preparação, postura, flexibilidade, respiração, resistência, afinação, articulação, entonação, posição e movimento, controle da dinâmica, sensibilidade e concentração. E ainda: oitavas, vibrato, dinâmicas, entre outras. As posições da mão não requerem um grande esforço. A embocadura pode adaptar-se aos lábios pequenos e grandes. Os lábios maiores parecem adaptar-se mais facilmente. É importante que o estudante seja maduro o bastante para segurar o instrumento e manusear a palheta com cuidado. A manipulação cuidadosa é o básico para qualquer estudante progredir continuamente no estudo do Oboé e para alcançar o sucesso!

Montando o oboé Oboé é um instrumento frágil

O Oboé é um instrumento frágil, e deve ser manuseado com cuidado. Sempre se lembre disto! Se manuseado sem atenção, poderá ser muito suscetível a problemas nas chaves ou ou desgastes indesejáveis. Tanto durante a montagem do instrumento, nunca se deve usar força excessiva. As chaves são sensíveis e leves, e para executar as notas musicais também não é necessário esforço físico. Veja como montar o seu Oboé:

Dica importante: sempre use um lubrificante apropriado (sem exagero) na cortiça, toda vez que montar o Oboé. Se as junções estiverem muito apertadas, use pouca graxa, pois já será suficiente montar facilmente.

Passo 3. Segurar o Registro Alto com a Mão Esquerda

Passo 2. Colocar o polegar direito na Chave “Mi” da segunda junção. Manusear com cuidado as duas peças unindo-as delicadamente empurrando no sentido horário até que o mecanismo da ponta esteja alinhado corretamente.

Passo 1. Prender a campana no registro médio da mão esquerda. Colocar o seu polegar direito fechando a abertura da campana, e torcer até encaixar no eixo do registro médio.

REGISTRO ALTO REGISTRO MÉDIO/BAIXO CAMPANA

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O Oboé realiza a emissão de som com uma palheta dupla. A palheta dupla é composta por duas "lâminas" de cana, fixas a um tubo de latão (em inglês: staple) e firmemente amarradas, vibram quando o ar passa entre elas. Estas lâminas de cana vibram "livremente" no interior da boca, controladas pelos lábios, tal como uma câmara de pressão As vibrações obtidas no início produzem um som rouco, ainda longe dos sons melodiosos que precisamos buscar durante o aprendizado do Oboé. ANTES DE USAR - Mergulhe a palheta na água até a altura do início da linha (sem molhar a linha), por até 5 minutos antes de encaixá-la no bocal do oboé para tocar (o tempo depende do tipo da cana). Não é necessário deixar por muito tempo, pois a saliva também ajudará a deixá-la umedecida. Quando não estiver tocando o seu oboé, a palheta deve permanecer em local seco e protegido. Nunca toque com uma palheta totalmente seca ou parcialmente embebida, por isto pode causar rachaduras ou vazamentos. TIPO DE RASPAGEM - A matéria, a solidez, a forma e a raspagem das palhetas (tipo: americana, alemã, francesa), tem grandes variações de país para país, mas o seu uso é comum para a maioria dos oboístas (ilustração abaixo).

REQUISITOS DE UMA BOA PALHETA DUPLA

1. ESTABILIDADE: a palheta deve executar notas grave sem desafinar e sem falhas / ondulações no som.

Deve executar as outras notas em sintonia com todos registros com pouca mudança na embocadura.

2. RESPOSTA: a palheta deverá responder bem nos registros (graves e agudos) com pouco esforço dinâmico.

3. TIMBRE: a palheta deve produzir um timbre de qualidade, sem muito esforço labial, o que pode restringir a

estabilidade e resposta.

PREVENÇÃO

É muito importante ter uma ou mais palhetas de reserva, pois a ponta é muito fácil de ser danificada. Existem muitos

tipos de palhetas duplas para a venda no mercado, mas o ideal é que o oboísta faça a sua própria palheta.

SOBRE COMPRA DE PALHETAS

No início indicaremos as palhetas duplas adequadas para iniciantes, porém o ideal é aprender o “processo” para fazer

suas próprias palhetas, e manusear as ferramentas adequadamente. Aprenderemos juntos durante o curso.

CLASSIFICAÇÕES

As palhetas duplas são classificadas como: macia (soft), média (medium) ou dura (hard), porém há variações entre um

fabricante e outro. Mesmo assim, há palhetas macias ou duras demais. Experimente diversos fabricantes para

determinar qual é o mais consistente para o seu nível de estudo, a sua embocadura e o seu instrumento.

RESISTÊNCIA

Você deve verificar para que exista uma boa “resistência” na palheta que permita tocar o Oboé mantendo uma boa

sustentação da respiração, sem fazer esforço para manter a sustenção do “som”.

A palheta dupla A emissão do som

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PÁGINA 15 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

AJUSTANDO A PALHETA DUPLA

Em regra geral, o ajuste da palheta é determinado por:

1. COMPRIMENTO da palheta.

A palheta deve ser introduzida na abertura do Oboé até ao seu ponto de parada (nunca force).

2. ABERTURA da palheta (Vide as ilustrações ao lado).

A abertura da palheta é igualmente importante.

As aberturas podem ser facilmente ajustadas.

a) Muito aberta: geralmente ela pode inflar mais e deixar o som mais grave.

b) Muito fechada: possuem uma boa afinação, mas tende a ficar mais fechada.

c) Abertura ideal: ao longo do tempo tornam-se mais fechadas e pode perder afinação.

CONSIDERAÇÕES

A abertura da palheta é um fator muito importante também por outros motivos.

Se a palheta estiver demasiadamente aberta, o oboísta estará forçado a “morder”,

para identificar a afinação ideal, e com isto a embocadura será desgastada rapidamente.

Porém, se estiver fechada ou muito fechada, será impossível manter a sustentação adequada da respiração durante a

execução da partitura.

Cada oboísta possui suas preferências pessoais, e aqui estão apresentadas características

gerais para os seus primeiros descobrimentos.

Tipo de palheta?

Indicada para iniciantes é a palheta dupla com raspagem tipo: americana.

Peso de palheta?

Esta é uma característica da “palheta comercial”, mas o peso de cada palheta depende de cada oboísta. Se comprar

sem auxílio do seu instrutor vai se prejudicar pelo alto preço.

Palhetas duplas no início dos estudos

É indicado que você compre palhetas feitas pelo seu instrutor, ou pague pelos materiais (cana, tubo, linha) para que

ele confeccione uma palheta nova para você. A produção de palhetas é para etapas futuras, quando o seu estudo

estiver avançado e já possuir experiência com o uso das ferramentas.

MUITO ABERTA

MUITO FECHADA

ABERTURA IDEAL

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PPOOSSTTUURRAA

Introdução Mas o que é “postura”?

Definição: é a ação envolvendo a correção contínua de vários tipos de posições do corpo.

“O quê”

A postura é muito importante! É a primeira percepção do certo/errado está no sentido da respiração: a tomada de

fôlego e sopro para o ar 'correr' livremente e com facilidade através de seu instrumento. Se houver

obstruções na sua postura, você vai sentir muitas tensões desconfortáveis que dificultará o seu

aprendizado. Sua postura, em geral, não deve ser de uma 'estátua', isto cria tensões nas pernas,

quadris, tronco, braços, mãos, pescoço e cabeça.

“Como?”

Pergunte a si mesmo: “Eu me sinto confortável?”. Quando a resposta é “não”, é porque você está sentindo dor ou

cansaço. Encontre a melhor forma de tocar. Conscientize-se na diferença que existe entre o que é

natural usando o seu “padrão pessoal”, e sem maus hábitos.

“Quando?”

Você deve coordenar a parte superior do corpo para criar um padrão de respiração natural e fácil. Após praticar

sinta-se relaxado e confortável, lembre-se de não aperte os lábios, não adquirir hábitos incorretos ou

desabar sua postura. Cada indivíduo tem o seu padrão de movimento constante no espaço, por isto é

muito importante você tocar seu instrumento com a sua postura pessoal.

Seu instrutor existe para ser questionado, consulte-o sempre. Não deixe as dúvidas permanecerem. Pergunte!

“MÁSCARA FACIAL”

A “máscara facial” é uma técnica usada por cantores profissionais para manter a identidade da voz e

mostrar sensações – dor ou alegria, e outras – durante uma apresentação, e fazem isto sempre que

possível para demonstrar suas sensações pessoais.

Use este recurso para obter resistência muscular na face e apoiar o uso dos lábios na embocadura.

Esta ação divide as tensões naturais dos músculos labiais e ajuda na sustentação da embocadura.

Enquanto estiver tocando, nos “micro-intervalos” de respiração é possível fazer um rápido relaxamento facial e retomar

a posição original de apoio, para a próxima nota musical.

Isto não é um simples exercício, é uma prática e faz parte da embocadura no oboé. O amadurecimento da embocadura vem com o estudo e dedicação!

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PÁGINA 17 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

ARTICULAÇÃO

Uma partitura musical possui muitas variações no ataque e frases, e o compositor pede que elas sejam distintas entre

si. Mas estas variações na partitura não são suficientes sozinhas, elas necessitam que o músico interprete

corretamente no instrumento, percebendo claramente na audição a diferença entre elas, seja em uma ligadura ,

stacatto (simples ou martelatto) e assim por diante.

Ocorrem erros quando o músico antecipa ou atrasa muito a sua ação e ataque. A ilustração abaixo mostra a

posição correta e incorreta dos dedos em relação ao tempo da nota.

ARTICULAÇÃO CORRETA

ARTICULAÇÃO ERRADA

OS DEDOS

Desde o início dedique-se na relação entre dedos (a digitação) e a entonação do seu instrumento. O uso correto da

digitação não apenas ajuda o desenvolvimento da técnica, mas também a articulação (modo de tocar) e a entonação

(sustentação da afinação) dependem disto.

Como está ilustrado abaixo, o primeiro dedo (localize: A-1) está repousado sobre a chave, mas não apertou ainda,

apenas aperta e fecha quando está encostado na linha (localize: A-7). Note que há diferentes níveis de posição antes

de fechar, fechando e em repouso com a chave aberta, seqüência completa Linha A, de 1 até 7.

A sincronia dos dedos deve estar de acordo as nota musicais com precisão, para não haver atrasos, falhas nas notas e

outros problemas de inconsistência sonora, os dedos precisam estar levemente em repouso sobre as chaves, e a

posição dos dedos nas chaves das notas chaves Dó, Ré# devem se antecipar às notas, e vice-versa.

1 2 3 4 5 6 7

LINHA A

ARTICULAÇÃO

CORRETA

LINHA B

ARTICULAÇÃO

ERRADA

Observação: A “Linha B” ilustra as posições incorretas dos dedos de um principiante tenso e sem instrução.

Este exemplo ajudará você a desenvolver a educação da “articulação e postura dos dedos”, que vai fazer efeito na sua

capacidade de dominar o seu instrumento, e consequemente poderá prejudicar a sua postura e afinação.

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PÁGINA 18 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

EXERCÍCIOS PARA INICIANTES Sensibilidade – Com a definição deste programa mínimo sempre pratique as rotinas e séries de aquecimento no

instrumento antes de tocar qualquer partitura ou lição de método. Com atenção na sensibilidade a articulação dos

dedos sobre as chaves, sem afastar os dedos demasiadamente, para eliminar desde cedo os maus hábitos.

Porquê – Todas as tensões são eliminadas no início dos estudos, com notas longas e a respiração correta. Fazendo a

digitação de notas longas e praticando os músculos dos braços e das mãos para relaxarem e finalmente encontrar o

perfil ideal para tocar o instrumento.

Estudo – Estudar no mínimo 2 (duas) horas por dia irá desenvolvê-lo rapidamente na técnica do instrumento, o que

facilitará o avanço nas rotinas/séries do programa mínimo e do método de ensino, permitindo ao cérebro sempre

selecionar os hábitos corretos para a digitação, a respiração, a sincronia da digitação com o uso dos dedos.

Estas ações unidas formam a diferença na sensibilidade do músico e no desenvolvimento de sua embocadura.

NEUROLOGIA NA EDUCAÇÃO MUSICAL

Recentes pesquisas científicas na área da neurologia têm feito importantes descobertas sobre a reação do cérebro na

educação musical.

Precisamos estar atentos a não dar para o cérebro a oportunidade da dúvida. Pois são causas que nascem da:

conveniência, medo e preguiça.

Como nasce a insegurança: se estudarmos uma partitura ou lição em várias maneiras, tocando lento, moderado ou

rápido, errando e etc; sem orientação. Ou ainda, não saber a digitação das notas corretas no instrumento, etc;

estaremos dando a oportunidade do cérebro escolher a versão que ele quer, de forma inconsciente.

Por isto é importante “dizer” ao cérebro qual a informação correta desde o início.

Papel do instrutor: usaremos o material de apoio para sempre haver “surpresas” agradáveis no desenvolvimento do

estudo do aluno, com bom senso, entendendo as suas emoções musicais a cada nível, premiando-o sempre!

Isto é ideal para o aluno desenvolver os seus parâmetros pessoais com liberdade. Compreenda as características e

desafios pessoais de cada aluno, para sempre alinhá-lo no grupo de estudos musicais com os demais alunos, na

prática orquestral que é o objetivo inicial, ao fim do curso que é ingressar no conjunto orquestral principal.

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PÁGINA 19 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Movimento Principal abordagem sobre a técnica do

A principal abordagem sobre a técnica do Oboé inicia-se com o movimento.

Quando nós tocamos qualquer instrumento, tal como um Oboé, ou simplesmente quando estamos respirando, é uma

atividade que existe uma quantidade de movimento. E desde o início deste estudo, deve-se ter atenção na qualidade

do seu “movimento”, pois isto afetará drasticamente a qualidade do seu “aprendizado”, por isto lembre-se: faça o

controle de movimentos, pois tudo afetará sua performance.

PRINCÍPIOS BÁSICOS

Abaixo estão citados os princípios básicos para ter em mente enquanto estuda as técnicas do oboé.

• Desenvolver conhecimento sobre o mapeamento de movimentos de seu corpo. Explore a qualidade de seu

movimento, corrigindo os maus hábitos e aplicando-se a melhorar sempre.

• Aplicar a correção de postura, atentando para pescoço, coluna e braços, eliminando todas as formas de 'stress

muscular', eliminar a ansiedade para obter controle total da postura correta.

• Focar-se em um "local de centralização" e iniciar sua concentração, durante a execução musical.

• Eliminar de seu vocabulário o uso de palavras que têm conotação negativa, quer seja no seu ensino musical

ou no seu dia-a-dia.

• Através de sua auto-avaliação com sensibilidade, você estará mais preparado para avaliar todos os

movimentos ao seu redor, e aprenderá a reconhecer a diferença entre o movimento natural, o equilibrado, e de

respiração e circulação; julgando quando for necessário realizar mudanças e melhorias, como: equilíbrio,

leveza, potência, fluidez e liberdade. Sempre adotando o seu "padrão pessoal".

• No caso do Corne inglês, use o apoio da correia no pescoço para ter equilíbrio ao tocá-lo.

Importante: no futuro, pós-oficialização, lembre-se de dividir seus conhecimentos para outro músico iniciante.

A prática destes pontos faz a diferença no tocar, no seu desempenho, na sua etiqueta pessoal, e no seu

crescimento intelectual.

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PÁGINA 20 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Elementos da postura Desenvolvimento da sensibilidade do músico

A técnica do Oboé é constituída por: postura, técnica de respiração, técnica do dedilhado, articulação e

embocadura. Todas estas técnicas são os pilares para você extrair o seu melhor com a sua sensibilidade pessoal, tudo

o que puder fazer “de melhor” a partir dos elementos citados abaixo.

É muito interessante você explorar a extensão destas extremidades, e perceber como sua capacidade técnica irá

crescer e tornar-se expressiva!

Os 4 (quatro) elementos da postura (respiração, etc) se dividem assim entre as técnicas (espaço, peso, etc): ESPAÇO PESO TEMPO FLUXO

Direcionamento em todos os sentidos, ou ponto de concentração.

Elevação, ou definição do ponto de firmeza da força com os pés.

Duração da sustentação, velocidade de mudanças de expressão.

Considerar-se livre, sentido de liberdade, movimento musical.

Respiração

Condução do ar de forma flexível, modelagem do som, das notas e frases musiciais. Concentração do som em um ponto ou linha reta.

Condução do ar através do Oboé de forma leve com pouca pressão de ar ou com muita pressão de ar.

Condução do ar através de forma sustentada fazendo linhas longas/tocando legato, ou em formas súbitas com acentuações e mudanças bruscas de dinâmica.

Tocar o Oboé com uma respiração relaxada, livre, sentindo e controlando o fluxo de ar no interior do tronco (diafragma).

Dedilhado

Abrindo e fechando as chaves do Oboé com consciência, de forma direta, sabendo exatamente onde as pontas dos dedos vão tocar ou passar das chaves.

Usar os dedos de forma leve, no abrir/fechar as chaves tocando-as com suavidade e com sensibilidade, ou com força nas chaves para executar notas com outra sensibilidade.

Você pode mover os dedos lentamente de forma calma ou muito rápido quando houver passagens musicais velozes.

Você pode usar os dedos de forma muito leve, com menos controle ou ter mais firmeza para ter uma sensação de uso extremo de sua técnica.

Articulação

A articulação de notas pode ser muito flexível, usando diferentes vogais para moldar o espaço em sua boca ou garganta, ou usando a língua para criar expressões e tipos de ‘ataque’ na palheta.

A articução de peso é definida pelas consoantes que vão formar o tom, leves, forte ou pesados, com uma maior parte de uso da língua.

Em tempo, a articulação pode ser sustentada criando efeitos de ‘slow-motion’ e moldar o som, subidas com lentas ou rápidas mudanças na duração da articulação das notas.

No fluxo de ar a articulação pode ser livre, sentindo o espaço da boca e a expansão da garganta, que faz a sensação de estreitamento da boca e da garganta.

Embocadura

Um conjunto de sentidos forma uma embocadura flexível, e um conjunto de músculos faciais e sua tensão muscular para o controle e domínio da palheta.

Aqui é definida se há pouca pressão em torno da palheta para um som mais suave, ou mais forte com pressão para mais vibração e som forte.

Em tempo, a embocadura pode sustentar a qualidade sonora, com mudanças lentas ou rápidas dando ‘brilho’ para a execução da partitura musical.

Em fluxo, a embocadura precisa ser leve, permitindo a tensão reduzida dos músculos faciais, sendo sensível a correções da embocadura.

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PÁGINA 21 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

� RESULTADO Agora ficou mais fácil avaliar os padrões de esforço: cada um de nós possui as suas variações de espaço, peso, tempo

e fluxo.

� PADRÃO PESSOAL

A intensidade de expressividade da sua técnica instrumental é que formará o tipo de seu "padrão pessoal", formará a

sua 'marca', a ‘cor’ do seu som, aquilo que permitirá que conheçam você pela sua sonoridade e postura.

Ao estudar e analisar os padrões de seus movimentos pessoais, você saberá com facilidade como expandir suas

qualidades, explorando as extremidades do seu "padrão pessoal".

� VALORES INDIVIDUAIS

Tudo nasce de um impulso interior. Um movimento, uma sensação, um pensamento, um sentimento ou emoção - e

outros sentidos que constituem a nossa ação mensal e física, que formam os componentes do movimento.

Este impulso interior ou motivação, é expressa por meio do movimento de fatores coordenados, o ser humano

movimenta tudo, incluindo o pensamento, e portanto todos possuem (cada um ao seu modo e perspectiva) o potencial

de encontrar o melhor de si nos 4 (quatro) fatores de movimento - espaço, peso, tempo, fluxo.

Em particular, o princípio do sucesso de adotar e patricar estes padrões é de obebecermos as nossas características

pessoais; adotando atitudes que nós aceitamos, onde os músculos trabalham naturalmente à sua intenção sem

influenciar nas suas condições ou limitações físicas, para que não lutemos contra o que não conseguimos alcançar.

Por isto, nunca tente imitar, crie o seu próprio “padrão pessoal”.

APLICAÇÃO DOS FATORES DE MOVIMENTO

Vejamos no quadro a seguir como a atitudade das pessoas se movem na aceitação ou resistindo aos quatro fatores de

movimento.

Fatores de Movimento Aceitação de Elementos Resistência

Espaço Flexível Duro

Peso Leveza Força

Tempo Sustentação Súbito

Fluxo Liberdade Vinculado

Quadro de aceitação/resistência de fatores de movimento

FASES DA MOVIMENTAÇÃO PARTICIPATIVA

Os fatores de movimento estão associados com quatro fases da Movimentação interior participativa, e do poder do:

pensamento, sensores/sensibilidade, intuição e sentidos, como se segue:

Fatores de Movimento Progresso de Fases da aceitação... Capacidade adquirida

Espaço Fase 1: Atenção Pensamento

Peso Fase 2: Intenção Sensibilidade

Tempo Fase 3: Decisão Intuição

Fluxo Fase 4: Progressão Sensação

Quadro de fases da movimentação participativa.

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PÁGINA 22 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Postura das mãos Isto determinará a qualidade do aprendizado

Obedecer a postura correta irá determinar os resultados e a qualidade do seu aprendizado.

Maus hábitos Nunca pratique estes itens. Corrija-os.

Então vamos eliminar os maus hábitos antes de continuar, são eles:

• Alterar a sua postura natural quando pegar o seu instrumento, por exemplo, ao tocar o Oboé, arqueando suas costas ou levantando seus ombros.

• Ter uma postura que é demasiadamente estreita ou larga (tal como muito curvado), criando uma tensão desnecessária no tronco.

• Relaxar muito ou tensionar muito o tórax (movimentar-se) quando inalar ou exalar o ar.

• Tocar ou estudar com a boca machucada, você precisará se adaptar e criará vícios.

• Inalar (inspiração) a sua capacidade máxima de ar, pois isto prejudica o controle de saída (expiração) do fluxo de ar.

• Praticar estudo por mais de 6 horas por dia ou sessões práticas muito longas.

• Utilizar postura e/ou esforço que atrapalham sua técnica, tornando-o cansativo e/ou tenso.

• Fazer força para fechar as chaves do mecanismo.

• Fixar a postura em parte do seu corpo. Exemplos: encostado em uma parede, de perna cruza, em pé só com apoio do lado direito, olhando para baixo, entre outras posturas incabíveis, etc.

Corrija os maus hábitos antes de aparecerem em suas ações. Faça um check-up antes de começar.

Seja auto-crítico e esteja sempre atento.

POSIÇÃO CERTA

A posição correta dos dedos sobre as teclas começa com o primeiro dedo da mão esquerda, mantenha os dedos curvos, no centro das chaves e apontando levemente em direção a campanha da Oboé. - Mantenha as costas retas para facilitar a circulação da corrente de ar. - Traga o instrumento até você, não se curve para ir até o Oboé. - Segure o Oboé no ângulo de 45 graus ângulo do corpo. Mantenha seus ombros numa posição relaxada e cotovelos 10 a 15 cm de distância dos lados de seu corpo. - Sempre toque com os dedos próximos às chaves.

A posição errada dos dedos dificulta muito o aprendizado e a execução de notas agudas. O espaço largo entre os dedos e os dedos não-curvos impede o aprendizado da digitação do Oboé e impede o progresso nos estudos. A qualidade do som será ruim e irá prejudicar a técnica.

POSIÇÃO ERRADA

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RREESSPPIIRRAAÇÇÃÃOO DDIIAAFFRRAAGGMMÁÁTTIICCAA

Respiração com o uso do diafragma Etapas – Embocadura – Sopro

Vamos descobrir como usar o diafragma! Etapa 1:

Respire profundamente enchendo o fundo do seu pulmão (sem esgotar).

O seu diafragma (vide ilustração ao lado) deverá expandir em primeiro lugar,

depois o tórax e finalmente a parte superior do tórax.

Trata-se de criar a expansão da parte superior do corpo em que, em última

análise, irá te ajudar a soprar corretamente.

Etapa 2:

Exercite inalar “do diafragma” e não a partir do extremo superior da cavidade

toráxica.

Etapa 3:

O sopro do ar para dentro do instrumento deve ser feito de forma natural,

relaxada e sem esforço demasiado.

Estes passos são particularmente importantes para um oboísta.

Faça exercícios de notas longas no instrumento: apoie-se sempre nas rotinas e séries de aquecimento antes de tocar lições do método. A prática destes exercícios vão lhe permitir que isto seja algo natural e comum

ao longo do tempo. Sempre!

INSPIRAÇÃO Puxa o ar, enchendo o pulmão.

EXPIRAÇÃO Expulsa o ar usando o

diafragma.

Diafragma contraído

Diafragma relaxado

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ADVERTÊNCIAS 1. Os ombros não devem ser usados como forma de tomada de fôlego. Este movimento não contribui e ainda serve para desviar a atenção de ação do seu diafragma. 2. O oboísta deve ter na “mente” que vai soprar através do instrumento e não apenas para ele. 3. Devido à pequena dimensão da abertura da palheta dupla, o instrumento requer efetivamente menos fôlego do que a maior dos instrumentos de sopro. Porém, exige uma grande quantidade de “ar de apoio”, mas o volume de ar que atravessa o Oboé é relativamente pequeno. Portanto, o grande problema é o modo de eliminação do ar dos pulmões, com o total suporte do diafragma. Por isto a boa postura é fundamental, para que não haja tensão indevida, mas sim um equilíbrio para adquirir hábitos essenciais para um bom desempenho. 4. O importante no sopro é a qualidade de sustentação da coluna de ar que corre pelo instrumento, da palheta (entrada de ar) até a campana (saída de ar), e não é a força ou intensidade do sopro no instrumento. Portanto, o grande desafio é o modo de eliminação do ar dos pulmões, com o total suporte do diafragma. Por isto a boa postura é fundamental, para que não haja tensão indevida, mas sim um equilíbrio para adquirir hábitos essenciais para um bom desempenho. QUANDO USARMOS O DIAFRAGMA Atualmente os professores de música (vocais e instrumentais) advertem desde o início os seus alunos sobre a importância da respiração diafragmática na cavidade abdominal. Promovem exercícios para o controle da respiração, e praticam também no instrumento ou canto. A figura abaixo mostra uma pessoa dormindo e respirando com a cavidade abdominal, mantendo uma respiração regular - no diafragma.

A DIFERENÇA DE QUEM USA O DIAFRAGMA Assim como na natação, a diferença entre um “nadador campeão” e um “nadador sem medalhes” está na respiração, nas qualidade das braçadas, no salto de partida, na manutenção da energia para evitar desgaste físico e não perder velocidade na hora da linha de chegada. Todos aqueles que estão na competição conhecem estes elementos. Mas a dedicação do atleta em aplicar estes elementos, e a qualidade de suas ações, faz dele um campeão insuperável.

Espirramos, apagamos as velas, enchemos bexigas e gritamos com o apoio e uso do diafragma. Lembrou dele agora? No seu instrumento musical, o sopro deve ser acompanhado com a produção natural e livre do som, com consciência das ações, em combinação com todos os elementos de postura.

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PÁGINA 25 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

COMO FUNCIONA O DIAFRAGMA A respiração apoiada no diafragma é a salvação dos problemas de embocadura. Os estudantes de instrumentos de sopro iniciantes dedicam 80% de força labial e força de sopro, e apenas 20% de qualidade de embocadura; e é nesta fase que nascem os maus hábitos. A inversão destas porcentagens para 80% de técnica e respiração apoiada no diafragma e 20% de embocadura educada, maximiza os avanços do aluno. Apertando mais os lábios quando desejam tocar em volume alto ou o registro agudo, e assim, não conseguem estudar por muito tempo e fica muito desgastado, sem fôlego, com o corpo dolorido ou stress muscular em uma região ou outra do corpo. Veja na ilustração como o ar deve entrar e sair, com o uso do diafragma. “Efeito sanfona”.

INSPIRAÇÃO = Puxa o ar EXPIRAÇÃO = Expulsa o ar

O AR “PEDE PASSAGEM” Conhecendo a respiração com o apoio do diafragma, controlamos a saída de ar, agora o ar 'pede passagem', e a postura da cabeça é responsável por isto. Para tanto, a coluna de ar precisa estar livre - Figura A - permitindo a corrente contínua entre no instrumento e produza as notas musicais. Instrumentos de sopro requerem efetivamente menos fôlego do que se imagina, a postura incorreta criou esta “cultura”. Na Figura B o ar está engarrafado e sem regularidade e a produção de som no instrumento não é natural, a afinação é prejudicada, a embocadura é exigida sem necessidade, o corpo cria tensões, e de força inconsciente e gradual, o estudante adquire maus hábitos.

Figura A Figura B

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PÁGINA 26 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

A embocadura Modo correto de apoiar a palheta nos lábios

Siga as orientações a seguir para amadurecer a sua embocadura.

EMBOCADURA

Etapa 1: Coloca-se a extremidade da palheta dupla entre seus lábios

relaxados, alinhado ao centro, retraindo-os levemente para dentro da boca sem

tocar nos dentes – primeira figura.

Etapa 2: Puxe seus lábios criando uma tensão muscular nos cantos da boa,

como um assovio.

Etapa 3: Relaxe, inspire ar pelo nariz/boca e expire o ar fazendo

a articulação “hoo” para tocar a sua 1ª. nota no oboé.

Sempre mantenha os seus lábios relaxados e a ponta da palheta sem

tocar nos dentes ou gengiva.

Dica importante: use o apoio de um “afinador digital” para tocar notas

longas e aplique-se em manter a afinação conforme indicar o “afinador”.

O SOPRO

Deve manter um sopro contínuo de ar na ponta da palheta

dupla, colocando-as assim em vibração uma contra a outra.

O importante é o sopro contínuo (coluna de ar), e não quantidade de ar (força do sopro).

A vibração das duas canas coloca a coluna de ar existente dentro do Oboé também em vibração contínua, produzindo

deste modo todas as notas. Execute os primeiros exercícios e as partituras do resto de sua vida, sempre com uma

respiração calma.

O Oboé é considerado um dos instrumentos de sopro de técnica mais difícil de respiração, já que requer um grande

controle da saída de ar para produzir cada nota, dedique-se para adquirir sensibilidade nos músculos abdominais

controlando com a respiração diafragmática.

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PÁGINA 27 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

TTÉÉCCNNIICCAA IINNSSTTRRUUMMEENNTTAALL

Primeiros sons 3-2-1. Praticar sempre

Agora vamos descobrir como fazer os primeiros sons no oboé!

Sabemos naturalmente que o tamanho e formas da cavidade (incluindo a boca, dentição, lábios) de cada pessoa diferem um para o outro, por isto, até mesmo o modo de tocar dos oboístas se difere um pouco jeito de tocar.

Mesmo assim, vamos sugerir a seguir algumas explicações gerais que podem ser feita sobre o processo de execução das notas – emissão do som no instrumento. Vejamos a seguir os passos que lhe ajudará a emitir os primeiros sons no oboé:

Passo 1: Deve-se colocar a ponta da língua levemente na ponta da palheta.

Passo 2: Em segundo lugar, ele deve soprar. Nenhum som será produzido, naturalmente, porque a língua ainda está

em contato com a palheta, mas é essencial que a ação da respiração diafragmática esteja presente antes da língua ser

retirada.

Passo 3: Deve-se puxar a língua par trás e para baixo rapidamente.

Esta ação é semelhante ao cuspir uma pequena partícula a partir da ponta da língua. Alguns oboístas preferem articular a passagem de ar (golpe de língua entre as notas musicais) colocando a ponta da língua apenas debaixo da ponta da palheta. Exercício: Em passagens rápidas de uma partitura musical, a língua deve estar tão relaxada quanto por possível, e que não deve mover-se mais do que necessário. Ataques demorados podem ser causa de não conseguir usar a língua com a rapidez suficiente. AFINAÇÃO

O oboísta precisa ter sensibilidade na emissão de seu som, pois em algumas vezes a solução é puxar a palheta ligeiramente para fora do boca, fechando a cana, ou colocar um pouco mais para dentro da boca (assim vai conseguir mais volume) para alcançar uma embocadura melhor, se isto realmente for satisfatório.

Muitas vezes a afinação destas notas podem ser corrigidas regulando a posição dos lábios, iniciando com uma respiração mais tranquila e suave. Faça exercícios de relaxamento e toque com os dedos próximos às chaves. Notas graves: No Oboé as seguintes notas graves: Dó, Si, Sib, são notas que são especialmente sensíveis e vulneráveis a qualquer inconsistência na embocadura. Peça orientação de um professor oboísta. Outras vezes são falham com frequência por hábitos incorretos de embocadura.

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PÁGINA 28 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Técnicas avançadas Expressão - Vibrato - Dinâmicas - Staccato

EXPRESSÃO MUSICAL Expressão não é o resultado de inspiração. Expressão é o resultado do estudo, da prática, ao longo da vida.

Executar uma expressão musical não tem nada com: estudar a música, tocar oboé, desempenhar papel de músico mas sim de olhar para a música, de admirar o que você está fazendo. Saborear as notas, sentir cada frase, deve-se ter na mente um 'plano' de como vai tocar: em cada nota, em cada frase.

Você também precisa de um plano para todo o seu movimento e postura. Por isto a importância do cuidado no estudo e a dedicação deve ser enfatizado ao oboísta. Preparação musical: A preparação musical deve ser muito cuidadosa, sem atropelos e ansiedades, pois só te levarão a adiantar-se erroneamente. Deve lembrar-se que: você pode não obter o que você quer se você não sabe o que você verdadeiramente quer. Leitura na Música: A Música é como uma língua/idioma: exige alfabetização. Você deve aprender a ler e dar-lhe vida. Configuração: - Aprenda a reagir de acordo cada figura musical na partitura (séries/lições/hinário). - Aprenda a respeitar as marcas (articulações, ritmo, harmonia, melodia, etc). Especialmente se houver regência. - Aprenda a alcançar resultados em grupo (prática orquestral), na “orquestra” formada outros músicos e você. Por isto, as séries de notas longas com diferentes expressões (piano e forte) são muito importantes para o iniciante. VIBRATO

Um "vibrato" agradável é um componente necessário para a qualidade de sua técnica no Oboé. Porém deve ser discreto, valorizando a parte essencial de uma nota ou uma passagem musical como algo que acontece em um segundo, nunca em todas as notas ou demasiadamente.

Não é preciso muito esforço, além de fazer a palheta vibrar com movimentos suaves. A demonstração e estudo do vibrato devem iniciar quando existir uma embocadura segura e firme, para que permaneça afinado. O vibrato é um efeito produzido pela respiração diafragmática. Advertência: Não é recomendada a prática de controlar a saída do fluxo de ar na garganta, pois tende a ter um efeito adverso na qualidade do som. O vibrato deve ser praticado muito lentamente no início, quando os estudos estiverem mais avançados. Embora você possa realizar o vibrato com a mandíbula&lábios, isto pode não trazer resultados idênticos. Exemplo de exercício: - Marcar o metrônomo para 88 pulsos por minuto, durante algumas semanas, fazer um 'vibrato' a cada pulso. - Avançar durante os próximos meses gradualmente até que consiga reproduzir 4 (quatro) pulsos de vibrato (na embocadura) a cada pulso do metrônomo fixado em 88 pulsos por minuto. - Em cada fase do exercício a taxa dos pulsos do metrônomo deve ser a mesma, porém se deve tentar sempre aumentar a quantidade e amplitude do seu 'vibrato' a cada pulso do metrônomo.

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PÁGINA 29 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

TÉCNICAS Visão geral - Não deve haver nenhum movimento da embocadura enquanto se toca, exceto o movimento da língua na divisão das notas, e naturalmente nas chaves. Por isto a correta posição das mãos e de todo o movimento do corpo, permitirá avanços rápidos no estudo do instrumento.

Iniciando pela postura, até a posição correta dos dedos, com movimentos de digitação suaves, fazem o conjunto de uma boa técnica. A posição dos dedos deve ser confortável para mover-se rapidamente e com o mínimo de movimento corporal por possível, evidentemente sem afetar a embocadura. Embora os dedos devam se mover rapidamente para o lugar certo, a precisão é imprescindível. Se o movimento for demasiadamente brusco quando os dedos se movimentam, torna-se a passagem de notas semi-ligadas impossível, prejudicando o som e a afinação do oboé. O primeiro dedo da mão esquerda deve “carimbar” suavemente o "meio-buraco" do Ré da segunda oitava e também voltar com o mínimo de movimento, movimento inverso, quando chegar para o Ré grave. Quanto menos teclas são necessárias para produzir uma nota, mais bem coordenado os seus dedos vão ficar para você tocar melhor. A forma da boca pronuncinar as notas "eee" tendem a elevar o volume, enquanto o "ooo" tenderão a baixar o volume. Advertência: o oboísta sempre poderá variar nos limites de sua embocadura, mas com responsabilidade, sem ir além do limite para não desafinar. DINÂMICAS

Para aumentar o volume do som, é preciso aumentar o volume da coluna de ar, expelindo-o mais rapidamente. Estes efeitos são controlados pela embocadura em conjunto com os músculos abdominais.

Particularmente no oboé, isto vai depender muito da habilidade alcançada no seu estudo e o “amadurecimento” de sua embocadura, e habilidade do “ouvido musical” para nunca desafinar, este é o grande desafio de “dinâmicas”. Exercício: toque notas longas iniciando de uma expressão “ppp” (pianíssimo) até uma “f” (forte), controlando a sua respiração e a saída de ar, corrigindo a embocadura de acordo cada faixa de notas (graves/agudas ou piano/forte). STACCATO

Staccato é uma palavra italiana que significa destacado, o som deve ser produzido de modo seco e destacado. Há três tipos: staccato simples, meio-staccato e grande staccato/martelado. Staccato não significa curto: significa desconectado.

Staccato diz respeito à liberação do som não tem nada a ver com o ataque/acentuação. Por isto, use a língua sem acentuar a nota (intensidade do som, sem força). Cada nota deve ser executada sem parar a respiração entre as nota. O ouvinte não deve perceber o som da língua atacando a palheta. Antes do som da nota desaparecer totalmente no fim de um período musical (na partitura), a embocadura deve relaxar gradativamente antes do fim do som, com um efeito de redução do volume do som. Caso contrário, o som pára de repente; o que dá um resultado desagradável, porém isto é comum no início do estudo. Exercício: toque rapidamente notas duplas, tercinas ou sextinas, o quanto mais rápido conseguir.

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PÁGINA 30 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA

Material Didático e Conteúdo Programático

Indicação do material didático, conteúdo do programa da cada etapa do ensino prático e indicação de requisitos mínimos.

1º. Nível – Os primeiros descobrimentos

• Atividades do nível 1 faz a imersão na técnica instrumental e método:

o Notas longas, Dinâmica e afinação.

o Articulação e independência de dedos.

o Exercícios para articulação (fácil).

o Células rítmicas.

o Escalas maior, menor e harmônica.

• Maiores objetivos:

o Adquirir os materiais para início dos estudos (métodos e apostilas).

o Desenvolver as habilidades musicais com dedicação e responsabilidade.

o Conhecer a história do oboé, sua origem e repertório.

• Habilidades mínimas:

o Os elementos da produção do som: postura, treinar a respiração

diafragmática, controle de embocadura/eliminar dúvidas.

o Os elementos da técnica de digitação: postura, posição de mão / braço

/ pulso / dedo, movimento dos dedos.

o Coordenação e independência de dedos.

• Desenvolvimento técnico:

o Conhecer as primeiras notas / acidentes usando o método de apoio.

o Treinar duas escalas maiores ou menores.

o Eliminar vícios de postura ou digitação incorreta.

• Desenvolvimento intelectual:

o Desenvolver biblioteca pessoal de CDs e DVDs. Consulte seu instrutor.

o Adquirir o material de apoio: naipes, vozes, canto e regência.

o Artigo: O Papel do Músico na Orquestra.

DESAFIO DO NÍVEL 1: Completar o estudo de habilidades mínimas do nível 1.

Inicia o estudo de primeiras lições do método para aprimorar a instrumento musical.

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PÁGINA 31 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

2º. Nível – A técnica

• Atividades do nível 2 prepara-o para tocar no conjunto orquestral do GEM:

o Notas longas, Dinâmica e afinação.

o Articulação e independência de dedos.

o Exercícios para articulação (fácil).

o Células rítmicas.

o Escalas maior, menor e harmônica.

o Escala cromática: preparação e exercícios.

o Estudo de Arpejo 1 e Mecanismo 1 e 2.

o Hinos mais fáceis RJM (soprano).

• Maiores objetivos:

o Demonstrar progresso da técnica instrumental mínima.

o Adquirir os métodos de apoio para aquecimento diário (opcional).

• Habilidades mínimas:

o Os elementos da produção do som com atenção na afinação!

Outros elementos: postura perfeita (mãos/corpo), respiração,

embocadura, aprimorar a articulação e intensidade do som.

o Aumento da flexibilidade e coordenação de articulações.

• Desenvolvimento técnico:

o Conhecer a tessitura do oboé do “Si bemol grave” ao “Mi-2”.

o Eliminar vícios de postura ou digitação incorretos.

• Desenvolvimento intelectual:

o Artigo: A importância da Musicalização na vida do Músico.

o Classificação dos Instrumentos – Naipe: Madeiras.

o Sugestão: assistir a um evento musical, work shop, recital, etc.

• Repertório solo:

o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 2.

• Teoria Musical – Proposta de acompanhamento:

o Atualmente cursando aula teórica de nível 3 ou superior .

• Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus:

o Estudo dos hinos propostos ao nível.

DESAFIO DO NÍVEL 2: Completar o estudo de habilidades do nível 2 vai lhe conceder

o ingresso na Prática Orquestral – Ensaio do Grupo de Estudos Musicais.

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PÁGINA 32 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

3º. Nível – A expressão

• Atividades do nível 3 prepara-o para tocar na Reunião de Jovens e Menores e

Culto oficial na comum:

o Melodias, Dinâmica e afinação.

o Articulação e independência de dedos.

o Exercícios de articulação - intermediário e difícil.

o Células rítmicas (semi-colcheias).

o Escalas maiores e menores (até 3 acidentes fixos).

o Escala cromática: preparação e exercícios.

o Estudo de Arpejo 1 e 2 e Mecanismo 1 e 3.

o Primeiros hinos da RJM (soprano).

• Maiores objetivos:

o Demonstrar as habilidades adquiridas e experiência no grupo orquestral.

o Desenvolver maiores progressos no método durante esta fase.

• Habilidades mínimas:

o Demonstrar afinação perfeita e coordenação motora.

o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som.

o Adquirir as ferramentas (faca, mandril) e acessórios (cana, linha, etc)

para iniciar curso de confecção de palhetas duplas.

• Desenvolvimento técnico:

o Tocar a tessitura do oboé (até o “Dó-3”) com exercícios diatônicos.

o Execução da escala cromática sem erros em figura de colcheia.

• Repertório solo:

o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 3.

• Prática Orquestral – Ensaio no Grupo de Estudos Musicais:

o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha.

• Teoria Musical – Proposta de acompanhamento:

o Atualmente cursando aula teórica de nível 4 ou superior .

• Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus:

o Estudo dos hinos propostos ao nível.

DESAFIO DO NÍVEL 3: Completar o estudo de habilidades do nível 3 vai lhe conceder o

ingresso na Reunião de Jovens e Menores e Ensaio Local.

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PÁGINA 33 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

4º. Nível – Revisão geral

• Atividades do nível 3 prepara-o para tocar no Ensaio Regional:

o Melodias, Dinâmica, afinação e expressão.

o Articulação e independência de dedos (revisão).

o Células rítmicas (todos).

o Exercícios de articulação - avançado.

o Escalas maior, menor e harmônica (todas).

o Escala cromática: exercícios em colcheia.

o Estudo de Arpejo e Mecanismo (todos).

o Principais hinos do Culto (soprano e outras vozes).

• Maiores objetivos:

o Demonstrar todas as habilidades e técnicas adquiridas.

o Concentração total no progresso de estudo do método.

• Habilidades mínimas:

o Demonstrar afinação e expressão na execução de lições e hinos.

o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som.

• Desenvolvimento técnico:

o Tocar a tessitura do oboé (até o “Dó-3”) com exercícios cromáticos.

o Execução da escala cromática em erros/dúvidas em figura de colcheia.

• Repertório solo:

o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 4.

o Opcional: estudar partituras de peças clássicas de fácil execução.

• Prática Orquestral – Ensaio do GEM e Reunião de Jovens e Menores:

o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha.

o Demonstrar boa assiduidade e convivência com o grupo orquestral.

• Teoria Musical – Proposta de acompanhamento:

o Atualmente cursando aula teórica mínima de nível 4, o ideal é 5 .

• Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus:

o Estudo dos hinos propostos ao nível.

DESAFIO DO NÍVEL 4: Completar o estudo de habilidades do nível 4 vai lhe conceder

ingresso nos Cultos oficiais (da própria) comum.

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PÁGINA 34 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

5º. Nível – A técnica

• Atividades do nível 5 preparam-o para completar todos os seus estudos:

o Solos, melodias, Dinâmica, afinação e expressão.

o Células rítmicas (todos).

o Exercícios de articulação - avançado.

o Escalas maior, menor e harmônica (todas).

o Escala cromática: exercícios em colcheia.

o Estudo de Arpejo e Mecanismo (todos).

o Revisão dos hinos mais importantes.

• Maiores objetivos:

o Demonstrar todas as habilidades e técnicas adquiridas.

o Eliminar dúvidas e possíveis vícios de postura, embocadura ou fraseado.

• Habilidades mínimas:

o Demonstrar afinação e expressão na execução de lições e hinos.

o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som.

o Fazer suas próprias palhetas duplas (amarração e raspagem).

• Desenvolvimento técnico:

o Revisão completo do programa mínimo de técnica instrumental.

• Repertório solo:

o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 5.

o Opcional: estudar partituras de peças clássicas de fácil execução.

• Prática Orquestral – Grupo de Estudos Musicais:

o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha.

o Demonstrar boa assiduidade e convivência com o grupo orquestral.

o Permanecer com regularidade nos cultos oficiais e ensaios locais.

• Teoria Musical – Proposta de acompanhamento:

o Atualmente cursando aula teórica de nível 5 ou grupo: revisão.

• Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus:

o Revisão dos hinos dos níveis anteriores.

o Estudo dos hinos propostos ao curso de oficialização.

DESAFIO DO NÍVEL 5: Completar o estudo de habilidades do nível 5 vai lhe conceder

ingresso aos Ensaios Regionais. Início de revisão de exercícios práticos no Oboé e

preparação para o exame de oficialização.

Page 35: Metodo oboe ccb

PÁGINA 35 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

CCOONNHHEECCIIMMEENNTTOOSS GGEERRAAIISS

Enriquecimento intelectual

Elementos fundamentais para seu enriquecimento intelectual.

Repertório

• Concerto para Oboé / Solo: o Tomaso Albinoni: concertos para um e dois oboés. o Antonio Vivaldi: concertos para oboé. o George Frideric Handel: concertos e sonatas para oboé. o Johann Sebastian Bach: numerosos concertos, peças sacras e cantadas. o Georg Philipp Telemann: concertos e sonatas para oboé. o Domenico Cimarosa: Concerto para oboé em Dó maior.

• Concerto de Câmara para Oboé:

o Mozart Quarteto de Oboé, K. 370 o Beethoven Quinteto Piano e Madeiras o Mozart Quintet for Piano e Madeiras, K.452 o Danzi Quinteto de Madeiras, op. 56, no. 1 o Britten Quarteto Fantasia o Arnold Trio (flauta, oboé, clarinete) o Reicha Quinteto de Oboé em F, op. 107 o Hindemith Quinteto de Madeiras o Nielsen Quinteto de Madeiras

• Sonatas:

o Saint Saëns o Poulenc o Hindemith o Handel C m/G m o Handel Bb maior o Telemann A m o J.S. Bach G m, BWV 1020 o Vivaldi C m o Handel F maior

Métodos e Estudos mais importantes

• A Tune a Day • Rubank • Gekeler • Ferling • Barret – Oboe Method • Vade Mecum (Andraud) • Giampieri • Gillet Studies • Brod • The Art of Oboe Playing • Bozza Etudes • Rothwell • Prestini • Salviani • Sellner • Singer

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Page 36: Metodo oboe ccb

PÁGINA 36 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Principais intérpretes oboístas

• Atualidade

o Brasileiros

� Arcádio Minczuk, Joel Gisiger e Natan Albuquerque (todos da Osesp) � Alex Klein (mora no Brasil) � Israel Muniz (Orquestra Sinfônica de MG) � Washington Barella (mora na Alemanha) � Alexandre Ficarelli (USP/SP)

o Estrangeiros

� Albrecht Mayer � Santiago Araya (professor em SP) � J. Schellenberger � François Leleux � Jaime Martínez � Heinz Holliger � Diana Doherty

• Em memória (estrangeiros)

o Apollon M.R. o Henry Brod o Joseph Sellner o Fernand Gillet

Sites na internet

• Vendas de Palhetas, Ferramentas e Instrumentos (Oboés e Fagotes)

o Palheta Dupla Brasil – http://www.palhetaduplabrasil.com.br o Oboés – Patrícola (Itália) – http://www.patricola.com.br o Oboés – F. Lorée (França) – http://www.loree-paris.com.br o Fagotes Takeda (Japão) – http://www.fagotes-takeda.com.br

• Informações gerais

o Blog sobre Oboé - http://aprendaoboe.blogspot.com o Grupos – http://www.palhetaduplabrasil.com.br o Fagote – http://aprendafagote.blogspot.com

• Associações e instituições

o http://www.idrs.org o http://www.doublereed.org

• Download de teoria musical

o http://www.escolinhamusical.com.br o http://www.oboebrasil.com.br o http://www.oboefagote.com.br

Page 37: Metodo oboe ccb

PÁGINA 37 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

DDIIGGIITTAAÇÇÃÃOO NNOO OOBBOOÉÉ

Posição das notas no instrumento

Instruções para iniciantes com dicas e a tabela de posição das notas musicais no oboé e corne inglês.

NOTA ESCRITA DIGITAÇÃO

A 3 B 3

123Bb|123C

B3 C 4

123B|123C

B 3 C4

123|123C

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PÁGINA 38 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

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PÁGINA 39 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

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B 5 C6

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ATÉ AQUI PARA OFICIALIZAÇÃO NA CCB

C 6 D 6

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023|-–-C D6

023|---c

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PÁGINA 40 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Início do curso para estudantes iniciantes A essência dos estudos são exercícios para amadurecer a embocadura e prática de respiração (sopro, coluna de ar, retomada de ar, etc).

Dia-a-dia do oboísta:

Nesta etapa lembre-se dos cuidados para montar o oboé, molhar a palheta por 5 minutos antes de iniciar a tocar, seguir os parâmetros de postura, respiração diafragmática, sopro, e então, inicie os exercícios a seguir. As expressões de intensidade devem ser executadas e as lições devem ser repetidas muitas vezes. Legenda:

Pianíssimo pp Muito suave Piano p Suave Meio piano mo Meio suave

Meio forte mf Meio forte (som normal) Forte f Forte & Alto Fortíssimo ff Muito forte & altíssimo

Ao tocar seu oboé (exceto se houver uma expressão marcada) a intensidade do som deve ser mantido sempre no mesmo nível (mf) de volume, sem aumentar ou diminuir o volume de som. Este tipo de alteração será indicado pelos sinais de dinâmica para o som crescer ou diminuir gradualmente mantendo a plenitude de um som rico e afinado. SÉRIE DE AQUECIMENTO

Use as séries de aquecimento para iniciar seus estudos nos primeiros 3 meses.

SÉRIE DE HARMONIZAÇÃO Ao tocar este exercício harmônico fique atento nas mudanças de intensidade do som.

A 1

2

3

4

B

2

3

1

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PÁGINA 41 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Articulação e independência de dedos - fácil Mão esquerda e a mão direita e independência de dedos.

O estudante precisa de atividades para agilizar a digitação no instrumento com a independência de mãos e dedos.

Explicações antes de começar:

� MÃO ESQUERDA Dica: Quando livre, o dedo mínimo deverá estar levemente apoiado na chave do Mi bemol. Metrônomo 60 BMP.

� MÃO DIREITA Dica: Quando livre, o dedo mínimo deverá estar levemente apoiado na chave do Dó #.

Page 42: Metodo oboe ccb

PÁGINA 42 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Exercícios para articulação de embocadura Trabalhando com andamento em 60 batidas por minuto e aos poucos aumente a velocidade para alcançar 80 batidas por minuto.

A agilidade precisa ser treinada e para isto propomos exercícios para articulação de embocadura com notas fáceis.

Metrônomo em 60 batidas/minuto. Aumente gradativamente até 80 BMP:

Importante: é necessário manter o andamento de 60 batidas por minuto para que o ritmo não diminua e não ocorra perca de velocidade; sempre observando as indicações de dinâmica para crescer a intensidade do som.

1

2

3

4

5

6

ESTUDO DE EXPRESSÃO A digitação precisa, a respiração e a sua afinação serão avaliadas! Mantenha os dedos próximos as chaves.

1

2

1

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PÁGINA 43 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Exercícios de articulação – fácil, intermediário e avançado Diversos exercícios (simples e avançados) para treinar dedos e mãos.

A finalidade pedagógica destes exercícios é ter resultados rápidos e apresentam ótimos resultados ao estudante.

Articulações de nível: FÁCIL.

Importante: Defina o metrônomo com 60 BMP e aumente gradativamente a velocidade a cada repetição. Dica: mantenha os dedos não-usados relaxados, das duas mãos - e próximos às respectivas chaves. � MÃO ESQUERDA

� MÃO DIREITA

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PÁGINA 44 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Articulações de nível: AVANÇADO.

Importante: Defina o metrônomo com 60 BMP. Atenção para as alterações de figuras / células rítmicas. � MÃO DIREITA

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PÁGINA 45 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

���� MUDANÇA DE OITAVA

���� ESTUDO DE MOVIMENTO DO DEDO ANULAR DA MÃO DIREITA – Sem usar o forquilha.

���� TRANSIÇÃO DE OITAVAS

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PÁGINA 46 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Ligaduras: iniciação a escala natural.

Ligaduras com semínimas e mínimas.

1

2

3

45

55

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PÁGINA 47 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Giampieri - Seleção de estudos da escala Principais estudos de saltos, mecanismo e escala cromática.

Revisão do estudo da técnica de mecanismo com ligaduras.

B

C

D

B

C

D

B

A

A

A

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PÁGINA 48 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

C D

B

C

D

E

F

B C

D

A

A

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PÁGINA 49 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

6

7

8

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PÁGINA 50 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Mecanismo – 1ª parte: refinamento da técnica.

Mecanismo – 2ª parte: refinamento da técnica.

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PÁGINA 51 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Minha primeira escala. Diversos exercícios rítmicos em escalas.

Exercícios e estudos rítmicos para aplicação por nível. Amadurecimento instrumental e leitura de partituras.

Escalas para início de aquecimento:

Escalas para início de aquecimento:

Revisão do desenvolvimento rítmico:

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PÁGINA 52 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

G. Parès – Exercícios rítmicos Exercícios diários e escalas para Oboé – por Janet Craxton e Alan Richardson

G. Parès: Sol maior - aquecimento de escalas com sustentação prolongada e exercícios. Desafio do aluno: desempenhar as atividades com disciplina, cuidado e calma. Aumente a velocidade apenas quando as dificuldades estiverem totalmente superadas. 1 – Aquecimento:

2 – Exercício:

A

B

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PÁGINA 53 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

G. Parès: Fá maior - aquecimento de escalas com sustentação prolongada e exercícios. Desafio do aluno: desempenhar as atividades com disciplina, cuidado e calma. Aumente a velocidade apenas quando as dificuldades estiverem totalmente superadas. 1 – Aquecimento:

2 – Exercício:

A

B

C

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PÁGINA 54 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Curso de Técnica instrumental Llições para aprimorar os elementos essenciais da técnica do oboé (postura, embocadura, conhecer a palheta, coluna de ar, etc) e elementos melódicos.

Antes de pegar o oboé:

1. Tudo começa com uma boa conversa sobre o conteúdo do curso e o oboé com seu professor. 2. As palhetas, montar o oboé, ter cuidados com o seu instrumento e identificar a importância do estudo. 3. Praticar as primeiras séries para desenvolver a intimidade com o oboé e a leitura de notas musicais.

Seções de estudo:

Este material de introdução possui 7 (sete) deliciosas seções para você desenvolver sua técnica com o oboé, praticando lições fáceis você vai alcançar um nível de graduação melhor a cada dia. A cada novo nível você vai conhecer novas notas, ritmos, articulações, dinâmicas, etc; tudo em uma seqüência lógica baseada em um estudo longo de 4 anos sobre a metodologia de ensino de oboé (realizado na França). A experiência adquirida em cada seção vai lhe garantir: melhor afinação, melhor habilidade com as chaves do oboé, desenvolvimento de novas técnicas e melhor leitura das notas musicais. Leia as notas corretamente e dedique-se!

Seção 1 – use as notas SOL, LÁ, SI: ritmo e fórmula de compasso simples. Exercício melódico de frases com marcações simples de 1 tempo (semínima) usando notas e figuras repetidas. Seção 2 – introdução à nota DÓ, intervalos e ligaduras. Figuras de Colcheia. Notas DÓ e SOL são usadas. Seção 3 – extensão de RÉ (grave) até RÉ (agudo) passando pelo FÁ# e introdução a melodias com intervalos maiores. As lições ganham novas tonalidades para avaliar o desempenho do aluno: DÓ Maior, SOL Maior, LÁ menor e MI menor. Seção 4 – mantida a região RÉ (grave) até RÉ (agudo) adicionando: SIb, FÁ e SOL#, também lições com tonalidade FÁ Maior e LÁ menor. Acidentes e pontos de aumento foram incluídos juntamente com mudança-aumento de ritmos e pausas. Seção 5 – extensão até o SOL agudo, adicionando o DÓ# e RÉ# e a tonalidade RÉ menor. Compasso composto. Seção 6 – introdução nas fórmulas de compasso: 3 / 8, 6 / 8 e 9 / 8, com as novas notas MIb e LÁ agudo e as tonalidades RÉ Maior, MIb Maior e SOL menor. Seção 7 – extensão até o Sib agudo ao Si (grave). Ocorrem movimentos sincopados com articulações simples. Figuras de semicolcheia. Todos os elementos anteriores, fórmulas de compasso com acidentes adicionais (2 sustenidos e 2 bemóis), articulações, pausas e variações de ritmos e expressões.

Antes de começar:

Quando abrimos uma partitura pela primeira vez antes de tocar, precisamos examinar a partitura, verificar qual foi a fórmula de compasso, verificar se existem acidentes ou sinais durante os pentagramas e compassos, observar os tempos, acidentes, frases, etc, para que tudo dê certo, sempre usando o efeito de dinâmica. Qualquer músico profissional estuda muito qualquer pedacinho de compasso antes de se apresentar com a orquestra. Este prefácio vai ajuda você a ter disciplina para alcançar os seus objetivos musicais. Siga estas dicas e surpreenda seu professor com os seus avanços.

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PÁGINA 55 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Seção 1 – Primeiras notas: Sol, Lá, Si (mão esquerda)

Três passos para o sucesso:

1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais, figuras que têm repetições, frases e etc. 3. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros!

Toque observando o desenho melódico:

1

2

3

4

5 6

7

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PÁGINA 56 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Seção 2 – Introdução à Nota Dó e ligaduras

Quatro passos para o sucesso:

1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 3. Aviso sobre ligaduras: as ligaduras que aparecem estão em uma seqüência lógica, muito fácil de tocar. As frases são similares com as mesmas articulações da seção anterior. 4. Continue avançando!

Cuidado para não “correr” nas colcheias. Mantenha sempre o ritmo: 8, afinado em Sol Maior

9, observe as ligaduras

10

11, observe as colcheias

12

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PÁGINA 57 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Seção 3 – De RÉ (grave) até RÉ (agudo) e ao FÁ# (mão direita)

Seis passos para o sucesso:

1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 3. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 4. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar). 5. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! 6. Continue avançando!

Aplique os efeitos de expressão marcados: 13, nova Nota: Fá#

14, nova Nota: Mi grave

15, nova Nota: Ré grave

16, defina bem cada nota

17, mudança repentina de dinâmica

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PÁGINA 58 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

18, compasso ternário: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar

19, atenção na mudança: “dim.”

20, escala pentatônica: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar

21, compasso ternário (3/4), dueto: toque com seu professor

22, compasso ternário: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar

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PÁGINA 59 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Seção 4 – Introdução ao Sib, Fá de forquilha e Sol #

Sete passos para o sucesso:

1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 3. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 4. Observe os acidentes: verifique quais são os acidentes que existem antes de tocar a nota. Sempre que aparecer a indicação “F” no pentagrama você pode usar o recurso: Fá de forquilha (consulte o professor). 5. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar). 6. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! 7. Continue avançando!

Combine tudo o que aprendeu até aqui: 23, nova Tonalidade: Fá maior e, nova Nota: Si bemol

24, usando o recurso: Fá de forquilha

25, nova Nota: Sol# e, nova Tonalidade: Lá menor

26, usando o recurso: Fá de forquilha

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PÁGINA 60 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

27, introdução a figura pontuada em compasso quaternário (4/4)

28, figura pontuada em compasso quaternário (4/4)

29

30

31

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PÁGINA 61 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

32, dueto: notas agudas

33, dueto: ré de meio buraco, notas pontuadas e dinâmica

34 dueto: acidente fixo

35, atenção na contagem de tempos

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PÁGINA 62 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Seção 5 – Introdução ao Sol agudo e ao Dó# e Ré#

Sete passos para o sucesso:

1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 3. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 4. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar). 5. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! 6. Expressões de performance: lento, cânon, ralentando e ‘sempre’: são modos sentidos de sentimento. 7. Continue avançando!

Sua expressão é muito importante. Controle sua embocadura: 36

37, nova Nota: Ré# em lições afinadas em Mi menor

38, nova Nota: Dó# em lições afinadas em Ré menor, aviso “F” para fá de forquilha

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PÁGINA 63 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

39, compasso incompleto (anacruze)

40, lição com escala menor melódica

41, duas peças em Lá menor

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42, duetos

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PÁGINA 64 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Seção 6 – Composições em compassos de formato 3/8 e introdução ao Mi bemol e Lá agudo

Três passos para o sucesso:

1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 3. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar).

Sua precisão é muito importante. Concentre-se: 43, compasso 3/8, unidade de tempo é a colcheia = equivale a 1 (um) tempo

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44, nova Nota: Mi bemol, peça afinada em Si bemol maior, aviso “F” para fá de forquilha

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PÁGINA 65 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

45, nova Nota: Dó#, peça afinada em Ré Maior

46, nova assinatura de fórmula de compasso: 6 / 8

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PÁGINA 66 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

47, nova assinatura de fórmula de compasso: 9 / 8

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48, duetos para revisão de exercícios

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PÁGINA 67 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Seção 7 – Extensão até o Si e Si bemol agudo, semicolcheias

Cinco passos para o sucesso:

1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 3. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 4. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar). 5. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros!

Sua interpretação, assertividade e expressão são importantes para completar a última seção: 49, nova Nota: si agudo

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

50, staccato

51, intervalos

52, ritmo caprichoso e staccato

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PÁGINA 68 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

53, expressão cantável e ligada

54, expressão de brincadeira

55, veloz, atenção ao piano e crescente

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56, acidentes ocorrentes, ligaduras, expressões

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PÁGINA 69 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

57, expressão viva, quente

58, expressão respeitosa, pouco graciosa

59, “com muito”, mais veloz e vivo possível: mantendo o grau de acerto e afinação

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PÁGINA 70 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

60, semicolcheias

61, não muito lento e expressivo

62, nova Nota: Dó #

63, extensão de ré grave até lá agudo

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PÁGINA 71 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

FFUUNNDDAAMMEENNTTOOSS DDAA TTÉÉCCNNIICCAA Importante: Defina o metrônomo com 70 BMP e aumente gradativamente a velocidade a cada repetição. Dica: mantenha os dedos não-usados relaxados - das duas mãos - e próximos às respectivas chaves. � DUAS MÃOS SIMULTANEAMENTE – Atenção ao meio buraco e notas ligadas.

1

2

3

ATENÇÃO: RÉ AGUDO & MEIO BURACO

ATENÇÃO: LIGADURAS

REVISÃO DE SALTOS FÁCEIS

4

5

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PÁGINA 72 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Estudos melódicos e revisão rítmica:

GEKELER E BANDFOLIO 1 – Estudo melódico: compasso quaternário 4/4 – barra de repetição – figuras: semínima e mínima.

2 – Estudo rítmico preparatório com intervalos, mais: barra de repetição simples e acidentes ocorrentes.

3 – Estudo melódico em Mi bemol maior, mais: barra de repetição dupla.

4 – Estudo rítmico com dinâmicas repentinas (forte e piano) em Mi bemol maior, com: aplicação de fermata.

5 – Estudo rítmico com dinâmicas em Si bemol maior em compasso 3/4, com: aplicação de fermata e repetições:

. 6 – Estudo de ligaguras em Si bemol maior em figuras de semínima e fermata.

7 – Estudo de ligaguras em Mi bemol maior em figuras de mínima e dinâmicas repentinas. BANDFOLIO

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PÁGINA 73 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

8 – Estudo de ligaguras em Mi bemol maior em figuras de semínima e mínima com dinâmicas repentinas e fermata.

9 – Estudo de articulação em staccato: O que é articulação? Resposta: é a forma como a nota é tocada.

10 – Estudo sincopado - Fá maior: síncopa e staccato.

11 – Estudo revisão de articulações: pausas, staccato e ligaguras. BANDFOLIO

Page 74: Metodo oboe ccb

PÁGINA 74 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

12 – Estudo de divisão em compasso composto:

13 – Estudo de tercinas e semínimas.

14 – Estudo de tercinas e colcheias.

15 – Estudo de tercinas com notas e pausas.

16 – Escala cromática em tercinas

17 – Exercícios rítmico misto com tercinas.

18 – Exercícios com intervalos de Quarta. GI GIAMPIERI AMPIERI

Page 75: Metodo oboe ccb

PÁGINA 75 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

19 – Exercícios com intervalos de Quinta. GIA MPIERI

20 – Exercícios com intervalos de Oitava. GIAM PIERI

21 – Introdução às escalas maiores (Sib – Mib – Fá – Dó e Láb).

Execute vagarosamente obedecendo as expressões. Inicie com um som baixo “piano” e aumente o volume até um “forte” e a partir do arpejo diminua a intensidade até o “piano”. BANDFOLIO_ESCALAS

Page 76: Metodo oboe ccb

PÁGINA 76 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Escalas maiores, menores e harmônicas. Principais escalas para prática de exercícios rítmicos diatônicos.

Estas as escalas mais importantes para o desenvolvimento da técnica instrumental deste programa.

Dó maior e Lá menor:

1 – Dó maior: Arpejo de Dó maior:

2 – Lá menor: Lá harmônica menor:

Ré maior e Sib maior:

1 – Ré maior: Arpejo de Ré maior:

2 – Si bemol maior: Arpejo de Si bemol maior:

Revisão:

1 – Lá maior: Arpejo de Lá maior:

2 – Lá bemol maior: Arpejo de Lá bemol maior:

3 – Si maior: Arpejo de Si maior:

Page 77: Metodo oboe ccb

PÁGINA 77 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Escala cromática: preparação e exercícios Atividades fáceis para praticar a escala cromática.

A escala cromática com intervalos ascendentes de semi-tom com sustenido (#) e com intervalos descendentes de bemol (b).

Preparação para a escala cromática – 76 BMP:

Instruções: propomos a execução das figuras de colcheia. Intensidade piano e manter o andamento constante. Dicas: o dedilhado leve e dedos aproximados das chaves são pré-requisitos para que a expressão doce e expressiva obedeça os sinais de dinâmica.

Revisão: tocar em andamento 90 BPM.

Page 78: Metodo oboe ccb

PÁGINA 78 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Preparação para a escala cromática – 60 BMP:

Preparação para a escala cromática – 76 BMP:

Page 79: Metodo oboe ccb

PÁGINA 79 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Escala cromática – 60 BMP:

1 – Figura: semínima.

2 – Figura: colcheia.

3 – Figura: semicolcheia.

4 – Figura: tercinas (quiálteras). Começa piano/aumentando a intensidade do som e termina diminuindo.

Page 80: Metodo oboe ccb

PÁGINA 80 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

5 – Figura: tercinas (quiálteras). Começa forte/diminuindo a intensidade do som e termina aumentando.

6 – Exercícios de acordes. Definir metrônomo entre 60 a 72 Batidas por minuto (BMP).

Page 81: Metodo oboe ccb

PÁGINA 81 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Arpejos e Estudo de Mecanismo Principais lições de técnicas e estudo mecanismo do Giampieri.

Este material ajudará o estudante com o amadurecimento da técnica de digitação do oboé e articulações difíceis.

Estudo de Arpejos:

1 – Dó Maior.

2 – Mi bemol Maior.

3 – Ré Maior.

Estudo de mecanismo:

-

1

2

3

4

5 6

Page 82: Metodo oboe ccb

PÁGINA 82 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Estudo de mecanismo – melódico:

1ª. parte – Semicolcheia com ligaduras longas e staccato e com intervalos de terça.

2ª. parte – Semicolcheia com ligaduras longas e staccato e diversos intervalos.

3ª. parte – Semicolcheia com ligaduras e staccato com muitas variações.

1

1

2

3

1

2

3

2

3

Page 83: Metodo oboe ccb

PÁGINA 83 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Estudo de articulações e saltos.

34 – 7 – Cr omática 36 – 7 – Cr omática

SALTOS DE QUINTAS COM ACIDENTES OCORRENTES Execute o desenvolvimento de mecanismo com 76 BPM Saltos

40 – 7

SALTOS MISTOS COM ACIDENTES OCORRENTES

Execute os saltos mistos com andamento de 60 BPM

42 –

44 –

7 ARTICULAÇÃO DE FIGURAS PONTUADAS

Execute o exercício com andamento de 60 BPM

1

2

3

4

5

Page 84: Metodo oboe ccb

PÁGINA 84 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Estudo de saltos, escala cromática e diversas articulações.

B

C

B

C D

E

F

B

A

A

A

5

2

8 9

15

12

18

1ª.

ATÉ AQUI PARA REUNIÃO DE JOVENS E MENORES e ENSAIO LOCAL

Page 85: Metodo oboe ccb

PÁGINA 85 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Salviani Estudo para oboé, volume 2.

Inicie o metrônomo no andamento de 60 BMP e repita até 90 BMP. Mantenha o andamento sem erros.

4

3

2

1

Page 86: Metodo oboe ccb

PÁGINA 86 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Revisão da técnica de dedilhado: escala cromática, arpejos e prova.

ATÉ AQUI PARA CULTO OFICIAL NA IGREJA LOCAL (COMUM)

B C D

B

C

D

E

F

G

H

A

A

2ª.

Page 87: Metodo oboe ccb

PÁGINA 87 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Avaliação de dedilhado, tempo, intensidade, embocadura e afinação.

Desafio: executar as articulações com atenção para a afinação e variações de embocadura.

ATÉ AQUI PARA ENSAIO REGIONAL

Dó Maior – Região média e aguda

Sol Maior – 1 Sustenido: F#

Dó Maior – 2 Sustenidos: F# & C#

Lá Maior – 3 Sustenidos: F# , C# & G#

Fá Maior – 1 Bemol: Bb

Si Bemol Maior – 2 Bemóis: Bb & Eb – Região grave

Si Bemol Maior – 2 Bemóis: Bb & Eb – Região aguda

Mi Bemol Maior – 3 Bemóis: Bb , Eb & Ab

ESCALA CROMÁTICA

Page 88: Metodo oboe ccb

PÁGINA 88 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Gekeler – Acidentes fixos e intervalos mistos. Exercícios de escalas e saltos com sustenido e bemol.

Execute as escalas com andamento Adagio até Moderado (44 a 76 BPM no metrônomo). Exercício de digitação – SUSTENIDOS:

Exercício de digitação – BEMÓIS:

ATÉ AQUI PARA EXAME DE OFICIALIZAÇÃO

O ESTUDANTE DE OBOÉ DEVE CONCLUIR O CURSO DE TÉCNICA INSTRUMENTAL DE OBOÉ COM MÉRITOS RECONHECIDOS NOS PRINCIPAIS FUNDAMENTOS, COMO: POSTURA CORRETA, ARTICULAÇÃO E DEDILHADO SUAVES, RESPIRAÇÃO APOIADA NO DIAFRAGMA, SOPRO LEVE - EDUCADO - EXPRESSIVO, EXECUÇÃO DE NOTAS COM INTENSIDADE MODERADA E AFINADO.

Page 89: Metodo oboe ccb

PÁGINA 89 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Escalas Maiores - Bemol Bemóis ( b ).

Ordem dos acidentes bemóis = SI, MI, LÁ, RÉ, SOL, DÓ, FÁ

Dó Maior (C)

FÁ Maior (F)

Si Bemol Maior (Bb)

Mi Bemol Maior (Eb)

Lá Bemol Maior (Ab)

Ré Bemol Maior (Db)

Sol Bemol Maior (Gb)

Dó Bemol Maior (Cb)

NOTAS

ENHARMÔNICAS:

Page 90: Metodo oboe ccb

PÁGINA 90 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Escalas Maiores - Sustenido Sustenidos ( # ).

Ordem dos acidentes sustenidos = FÁ, DÓ, SOL, RÉ, LÁ, MI, SI

Dó Maior (C)

Sol Maior (G)

Ré Maior (D)

Lá Maior (A)

Mi Maior (E)

Si Maior (B)

Fá# Maior (F#)

Dó Sustenido Maior (D#)

NOTAS ENHARMÔNICAS:

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Estudo melódico de Hinos Principais hinos para a prática instrumental no oboé.

NÍVEL 1 - CURSO DE OBOÉ: Não existem hinos para estudar nesta fase do curso de oboé. NÍVEL 2 - PREPARAÇÃO PARA REUNIÃO DE JOVENS E MENORES PRINCIPAIS HINOS DE RJM (estude todos os hinos de RJM). Tocar o soprano, escolha até 10 e toque o contralto: 401 402 404 407 408 409 410 418 420 422 424 426 428 433 435 438 440 442 444 447 450

Conclusão desta fase oferece ingresso para tocar nos Cultos de Reunião de Jovens e Menores. NÍVEL 3 - PRINCIPAIS HINOS DE CULTO Tocar na voz: soprano, escolha até 10 hinos para tocar a voz do: contralto: 04 11 15 322 360 411 425 196 363 231 77 03 05 06 09 10 11 12 13 14 16 17 18 19 22 25 26 29 30 31 32 33 34 35 46 47 50 52 54 61 64 66 68 1 8 10 25 31 44 50 66 70 80 93 98 116 120 125 148 166 172 185 201 212 248 249 282 307 320 332 342 357 378 387 395

Conclusão desta fase oferece ingresso para tocar no CULTO OFICIAL e ao ENSAIO LOCAL.

NÍVEL 4 - COMPLEMENTO DE HINOS DE CULTO Tocar na voz: soprano, escolha até 10 hinos para tocar o contralto: 01 08 10 25 31 44 50 66 70 80 93 98 116 120 125 148 166 172 201 212 248 249 282 307 320 332 342 357 378 387 395 168 311 227 352 365 373 298 392 121 87 134 55 164 415 35 27 69 84 105 327 344 90 Hinos de Santa Ceia: 396 276 194 294 395 394 315 393 359 228 176 275 161 133 202 369

Conclusão desta fase oferece ingresso para tocar em ENSAIOS REGIONAIS.

NÍVEL 5 - COMPLEMENTO DE HINOS DE CULTO, REVISÕES Aqui estão classificados os hinos pelo tipo de recurso que deve ser usado no oboé. Assim é mais fácil compreender o desafio para tocar cada hino. Sempre que necessário, use o fá de forquilha ou "Mib bemol" de mão esquerda em hinos que têm 4 ou 5 acidentes assinados na clave.

O oboé precisa da chave para a nota "Si bemol grave” que é essencial e necessária para executar os hinos. a) Fá de mão esquerda: 09 30 88 90 256 325

b) Mi bemol de mão esquerda: 29 112 125 135 159 161 171 201 229 340 342 356 361 362 404 440

c) Si / Si bemol grave: 25 71 280 307 334 357 418 424

c) Estudo é preciso: 14 25 44 71 75 116 127 140 148 158 173 211 276 376 402 409 438

Hinos com maior grau de dificuldade para execução: 108 292 103 348 195 49 197 207 186 286 214 27 262 332 93 317 Hinos de batismo/outros: 108 195 286 218 154 148 259 240 289 46 37 131 81 203 143 257 149 380

Hinos de Funeral: 400 141 397 67 398 399

Conclusão desta fase oferece o pré-agendamento para o EXAME DE OFICIALIZAÇÃO. Pela seleção detalhada feita ao estudo de hinos no oboé, compreende-se que o candidato estará apto a executar todos os demais hinos não citados na lista desta página.

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PÁGINA 92 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Expressão musical Caminhos para a interpretação da “música na igreja”.

INTERPRETAÇÃO DE MÚSICA ERUDITA

Abrimos a página de uma partitura musical ou um hino de louvor de sentido sacro, olhamos a fórmula de compasso

aguardamos a orquestra estar pronta e inicia-se unidos a primeira nota com o som de toda a orquestra.

Ops, você lembrou do compositor?

Quais emoções o compositor escolheu dividir com a transformação de seus sentimentos para a arte musical – a

partitura? Foi amor, tristeza, alegria, pesar? Qual o motivo da tonalidade, vozes, articulações e intervalos?

É de força, energia, raiva, doçura ou um hino de louvor? Explore os “o quê”, “como”, e “por quês”?

Se for uma música (melodia) erudita com o objetivo de exaltar à Deus, é sacro.

E assim, estamos certos de que o compositor não quis: gritar, sair correndo, desesperar-se por algo, expressar raiva

ou ódio, nem tão pouco criou algo vazio ou improvisado.

Mas fez tal partitura com: atenção, equilíbrio dividindo vozes e sons.

Escolheu a “cor” do som com tonalidades e acidentes, ouviu críticas e sugestões, adaptou sons e combinações

sonoras na harmonia, tocou e alterou repetidas vezes o que compôs antes de concluir, refez tudo com novas idéias, e

enfim, ele termina a obra!

Esta história merece muita atenção, respeito e sensibilidade do intérprete (o músico) e com importante papel, o

regente é responsável por gesticular estes sentidos com doçura e delicadeza para a orquestra.

Interpretação é respeitar o compositor.

Tudo isto é a estrutura, harmonia e desenho da música. Esta expressão é de responsabilidade do músico para dar a

formação com sons musicais regulares, definidos e afinados; conforme o seu ritmo, melodia e harmonia.

Conclusão: Lembre-se do compositor. Avalie o que é que você vai interpretar e faça a música interpretando a leitura

com respeito. Expresse todo o sentimento e sentido da melodia, transforme a sua música em algo que o ouvinte

possa sentir.

CAMINHOS PARA A INTERPRETAÇÃO

Você deve sozinho escolher os caminhos para a interpretação, dividindo as emoções e organizando-as com a sua

sensibilidade (e não com sua técnica). Estas soluções para a interpretação musical são frutos de: inspiração,

imaginação e intuição do ser humano; e por isto a maneira de “fazer / tocar” não pode ser ensinadas ou determinadas

por meio de métodos. Escolha os parâmetros pessoais.

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PÁGINA 93 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

O lado esquerdo do cérebro é responsável pelas artes, nossas emoções (raiva, dor, medo, luto, tristeza, felicidade e

amor), a criatividade e a imaginação. E agora, se você aprender a chorar ou a cantar igual seu amigo; você fez um

aprendizado com uma técnica, você planejou fazer. E praticando isto você está usando o lado direito do cérebro, que

é responsável pela técnica de um aprendizado específico. E por isto, a interpretação musical deve ser

espontânea e sem aviso prévio (mas pode ser ensaiada para ser).

Na música usamos várias técnicas e metodologia – sob o comando do lado direito do cérebro – para aprendermos a

técnica (matemática de tempos, contagem, afinação), o instrumento (tocar, montar a palheta na boquilha, raspar

palhetas, consertar), as articulações (legato, dinâmicas, duração, volume, crescendo diminuindo). Use materiais de

apoio (partituras, áudio, vídeo) para desenvolver o bom senso e as emoções (lado esquerdo).

É muito importante, na arte musical, escolher como combinar as emoções e transportar estes sentidos para emissão

da sua música no instrumento musical.

Nós temos alguns aspectos de uma partitura musical para analisar, e sobre eles aplicar as nossas emoções – sob o

comando do lado esquerdo do cérebro – usando toda inspiração e imaginações pessoais. Avalie os itens a seguir e

tire suas próprias conclusões.

• Obra: Analisar as frases da partitura, moldes, articulações, ascendências, andamentos, respirações e etc. • Frases: Verificar os pontos importantes para aplicar um efeito, melhor nota para um trinado ou appogiatura. • Motivos: Escolher sentimento (um ou mais) com um motivo para aplicar (se é alegre, se é expressivo, etc). • Articulações: Escolha de momento de atenção (ex: aquela nota ou passagem que encanta, alegra, acelera).

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA

O ser humano possui em sua vida sete "dimensões": Física, Espiritual, Intelectual, Social, Profissional, Afetiva e

Familiar. De todas as realizações do Homem, a arte é a que possui mais influência em todas essas dimensões da

existência humana. E de todas as artes, a mais antiga é a Música.

A música é nossa mais antiga forma de expressão, possivelmente até mais antiga que a linguagem. De fato, a

música é o Homem, muito mais que as palavras, pois estas são símbolos abstratos. A música toca nossos

sentimentos mais profundamente que a maioria das palavras e nos faz responder com todo nosso ser.

Muito antes de o ser humano aprender a pintar, esculpir, escrever ou projetar algo, já sabia a produzir e apreciar os

sons. Obviamente esses sons seriam hoje considerados apenas ruídos, mas considerando que "música é a arte de

manipular os sons", o que o Homem primitivo produzia era música, ou um "embrião" musical.

O instrumento musical mais antigo que existe é a voz humana. Com ela, o homem aprendeu a produzir os mais

diversos sons, e a agrupar esses sons, formando as primeiras linhas melódicas.

Depois inventou os instrumentos musicais, que se multiplicaram e evoluíram ao longo da História. Muitos destes

desapareceram e a Música mudou muito em todo este tempo. Mas o gosto do ser humano pela música permanece

intacto.

Música: estudo, dedicação e expressão!

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PÁGINA 94 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Considerações finais Agradecimentos, Quando você “terminar”..., Autor, “A música na igreja”

AGRADECIMENTOS Dedico este trabalho inteiramente a Deus, pela sua obra na minha vida e oportunidade de aprendizado da música! Ao Senhor Deus por tornar tudo isto possível, me indicando caminhos com a Sua luz, alegrando-me com os novos descobrimentos e por afirmar continuamente a Sua graça em meu coração; e a Ele por abrir caminhos para compartilhar com você leitor ou aluno, informações sobre a arte musical, especificamente ao Oboé – os elementos do instrumento musical em foco – e o principal propósito: de O louvarmos com toda a força do nosso ser.

QUANDO VOCÊ “TERMINAR”... Sr. Músico de Jesus Cristo: seu trabalho nunca termina!

TEM GENTE DO SEU LADO PRECISANDO DE VOCÊ! CRIANÇAS, JOVENS, ADULTOS E IDOSOS! Depois que você terminar os estudos e ser graduado com a oficialização, alguém vai entrar sem orientação e cheio de esperanças, pela mesma “porta” que você saiu cheio de conhecimento e segurança, com mais vontade de aprender do que você. Pois bem, chegou sua vez de compartilhar amor! FAÇA A SUA METODOLOGIA Chegou à hora de você orientar, se comunicar ativamente, dividindo tudo o que aprendeu. Demonstre a ética com igualdade – também na música e, estabeleça como professor de qualquer técnica instrumental, suas ações e regras de comportamento pessoais – lembre-se que seu exemplo será seguido. Crie desafios e metas claras que podem ser alcançados sem sacrifício humano ou intelectual, de acordo os objetivos individuais de cada pessoa. Isto é metodologia. Se você tem acesso e abertura de caminhos para adquirir mais conhecimento, avance e divida-o sempre! PALAVRAS POSITIVAS, MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS Mantenha uma atitude firme, serena e educada e seja equilibrado no meio das "tormentas". Escolha as palavras para corrigir, sempre demonstrando que possui confiança no sucesso do aluno. Permaneça sereno, e assim exercerá uma tremenda influência no desempenho do aluno. Ame-o! Visite o site: www.escolinhamusical.com.br

A MÚSICA NA IGREJA:

Os Artistas: São aqueles que amam a música, mas que não se satisfazem apenas ouvindo-a, porém, só se realizam plenamente, quando as melodias saem de seus próprios dedos. Os Materiais: Aqueles que discutem a música como um fenômeno acústico, sempre com problemas técnicos de melodia, harmonia e andamento, encontrando sempre necessidade de correção quando ouvida. Os Espirituais: Todos quantos verdadeiramente amam a música de todo o coração, e se expressam através da alma levando a mais alta comunhão do espírito, no qual se encerra todos os sentimentos humanos, traduzindo com toda fidelidade os sentimentos mais sublimes, que tanto aproximam o homem de '''DEUS''.

“Louvai ao SENHOR, pelos seus atos poderosos, louvai-o conforme a Excelência da sua Grandeza” (Salmos 150-2)

DEUS SEJA LOUVADO

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PÁGINA 95 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Instrumentos musicais feitos cuidadosamente a mãos na

Itália, o lugar da arte.

Oboé Afinado em Dó

Oboé d’amoreAfinado em Lá

Corne inglêsAfinado em Fá

Clarinetes: Peça o catálogo.

Fabricados pela Família Patrícola na ItáliaOboé Profissionais S 7 Evoluzione:Corpo em Rosewood e Granadilha

Madeira naturalmente preparada por 11 até 13 anos

Chaves revestidas em prata e opcionalmente em ouro 24k

Fabricação artesanal, cada detalhe feito a mão pela família Patrícola

Site oficial: www.patricola.com.br

Atendimento: (11) 2059-5852

8033-3544 oi / 6430-8635 tim 9823-3544 vivo / 8807-8998 claro

E-mail:

[email protected]

Skype: marcos_oboista

MSN:

[email protected]

YouTube:

youtube.com/marcosoboista

Facebook: patricola.oboes.clarinetes

www.patricola.com.br

Deus seja louvado

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PÁGINA 96 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

Corpo dos instrumentos Os instrumentos musicais estão disponíveis na madeira: Granadilha, com origem no país de Moçambique (continente africano). Apenas os modelos profissionais estão disponíveis em jacarandá (“rosewood”, madeira brasileira). A madeira é naturalmente temperada entre 11 e 13 anos antes da fabricação.

Mecanismos Os mecanismos e peças de todos os modelos são revestidos em prata de alta espessura. Todos os instrumentos são totalmente feito a mãos com cuidados em todos os detalhes. Solicite o catálogo com as especificações dos instrumentos musicais com fotos.

Qualidade em tudo A família italiana “Patrícola” faz atualizações constantes em seus instrumentos para sempre estar preparada a oferecer a melhor qualidade para os seus clientes.

Granadilha e Jacarandá As imagens a seguir representam oboés fabricados respectivamente com o corpo de madeira: granadilha (preto) e pau rosa (rosewood).

Diferenciais no atendimento Todos os instrumentos são acompanhados do estojo tipo luxo italiano acompanhando do kit completo de acessórios: - 1 pano especial para secar a umidade interna - 1 palheta dupla respectiva ao instrumento - 1 porta-palheta de 3 unidades - 1 pano para limpeza das chaves - 1 escova secoradora interna - Bocais (no caso de corne inglês ou oboé d’amore) - 1 suporte para descanso de chão do instrumento - E mídias: CD-Rom áudio e materiais didáticos DVD com vídeos de concertos.

Acessórios para oboístas Consulte o preço de palhetas, ferramentas, tubos, canas e diversos acessórios para artesãos.

Serviços profissionais Sapatilhamento e reforma de oboés, regulagens e serviços de lutheria em geral.

Novo detalhe na campana dos instrumentos: placa de metal dourada com logotipo Patrícola.

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PÁGINA 97 OBOÉ ● Curso de Técnica Instrumental ● Marcos Oliveira

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Materiais didáticos para estudantes de música, organistas e regentes.

Instrumentos Musicais, Categorias, Naipes, Seções musicais, Assuntos musicais.

Piano, Teclado, Órgão eletrônico

Apostila, Regência Orquestral, Hinário

Violino

Clarinete

Flauta transversal

Violoncelo

Oboé, Oboé d'amore, Corne inglês

Fagote, Contrafagote

Viola

Saxofones

Trombone

Contrabaixo

Trompete & Fliscorne

Trompa

Eufônio & Tuba

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