meteorito serra do magé

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Meteorito Serra do Magé A história do meteorito que caiu em Alagoinha, PE, no dia 1º de outubro de 1923. Imagem de um meteorito no céu Caiu um meteorito mais ou menos as 11 horas do dia 1º de outubro de 1923, na Serra do Magé, Alagoinha, PE, que era distrito de Pesqueira, também no Sítio cacimbinha, situado ao norte da mesma serra, e outros lugares, ocorreu queda de fragmentos do mesmo meteorito. “O meteorito, numa distância de 60 km, seguiu uma trajetória sudeste para noroeste, passando por cima de Garanhuns e indo explodir na Serra do Magé”. “As pessoas que presenciaram o fenômeno afirmaram ter ocorrido primeiro um clarão como se fosse um relâmpago, seguido de uma forte trovoada, um grande estrondo e outros menores. Tudo isso durou cerca de três minutos”. “Ao explodir, este meteorito, que é essencialmente pedregoso, pertencente ao grupo dos assideritos, denominados de pedras meteóricas ou aerólitos, se

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Page 1: Meteorito serra do magé

Meteorito Serra do Magé

A história do meteorito que caiu em Alagoinha, PE, no dia 1º de outubro de 1923.

Imagem de um meteorito no céu

Caiu um meteorito mais ou menos as 11 horas do dia 1º de outubro de 1923, na Serra do Magé, Alagoinha, PE, que era distrito de Pesqueira, também no Sítio cacimbinha, situado ao norte da mesma serra, e outros lugares, ocorreu queda de fragmentos do mesmo meteorito.“O meteorito, numa distância de 60 km, seguiu uma trajetória sudeste para noroeste, passando por cima de Garanhuns e indo explodir na Serra do Magé”.“As pessoas que presenciaram o fenômeno afirmaram ter ocorrido primeiro um clarão como se fosse um relâmpago, seguido de uma forte trovoada, um grande estrondo e outros menores. Tudo isso durou cerca de três minutos”.“Ao explodir, este meteorito, que é essencialmente pedregoso, pertencente ao grupo dos assideritos, denominados de pedras meteóricas ou aerólitos, se dividiu numa enorme quantidade de fragmentos, que caíram como se fosse uma chuva de pedras. Durante a queda, eles desprendiam gases, uma espécie de fumaça”.“Os fragmentos do referido meteorito são de tamanho variável, medindo os maiores de 7 a 10 centímetros de lado. A maioria das amostras tem menos de 5 centímetros de lado”.

Page 2: Meteorito serra do magé

“Esse fenômeno foi observado no trecho entre Garanhuns, Alagoinha e Pesqueira, tendo sido notado em diversas outras cidades, vilas, povoados e sítios da região e, até em Serra Talhada (à época vila Bela)”.“O efeito da queda deste meteorito foi bastante notável. Nos lugares próximos a Serra do Magé e Garanhuns, o gado se espantou e deixou a correr. O povo ficou tomado de pânico e saiu de casa apavorado”.“Em Garanhuns, devido ao grande deslocamento de ar produzido pela explosão, diversos prédios tiveram as vidraças partidas e objetos derrubados das prateleiras. Na Serra do Magé e em Cacimbinha, em algumas casas caíram fragmentos do meteorito em cima dos Telhados que, via de regra, rolavam para o chão. Apenas em uma casa houve telhas quebradas”.Essa pesquisa foi tirada do livro de Estudos Geológicos de Pernambuco, do professor João de Deus de Oliveira Dias, publicado em janeiro de 1957.

Page 3: Meteorito serra do magé

Meteorito Serra de Magé Nome oficial: Serra de Magé

Queda observada: Sim

Data da queda: 1923

Localidade: Pesqueira/PE e arredores

Coordenadas geográfica: aproximadamente 8° 23' Sul e, 36° 46'

Oeste

Sinônimos: Pesqueira e Serra do Magé

Peso total: 1800 g

Município de Pesqueira/PE

Local da queda

Page 4: Meteorito serra do magé
Page 5: Meteorito serra do magé

Fragmento do Meteorito Serra de Magé

Imagem sem escala

     Histórico

IDENTIFICAÇÃO DE UM METEORITO

A precisa identificação e caracterização de um meteorito é

realizada em laboratórios especializados. Tais estudos envolvem

inúmeros equipamentos sofisticados e análises petrográficas,

mineralógicas e químicas, dentre outras e são imprescindíveis para o

posterior reconhecimento oficial do meteorito.

Diante da complexidade, custo e tempo que demandam estes

estudos, para que uma rocha suspeita seja submetida a tais análises

é recomendável que ela preencha alguns quesitos que a torne uma

boa candidata a ser reconhecida como um meteorito.

Os indicativos que recomendam que uma rocha seja analisada

em laboratório são:

Crosta de Fusão, Presença de Regmalitos e Atração

Magnética;

Densidade e;

Presença de Níquel.

Page 6: Meteorito serra do magé

Preenchidos alguns dos quesitos acima, recomenda-se que

amostras da rocha sejam enviadas para análise em laboratório

especializado, para possível confirmação e, se for o caso, posterior

reconhecimento oficial.

Recomenda-se ainda registrar todas as informações possíveis

relativas ao provável meteorito, tais como local em que o mesmo foi

localizado; quem o encontrou, número de espécimes encontrados e

peso; data da queda ou achado e quaisquer outras informações

relacionadas com o evento.

O reconhecimento oficial é que permitirá a valoração do

meteorito, já que poucos são aqueles que se interessam em adquirir

ou trocar amostras não oficialmente reconhecidas.

Tradicionalmente, no Brasil, a instituição que realiza testes para

reconhecimento oficial é o Museu Nacional/RJ. 

© Copyright 2010-2013 DNSilva

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LISTA DE METEORITOS BRASILEIROS*

N° Nome / Estado de origem Ano Classificação

01 Bendegó / BA 1784 Ferro, IC

02 Macau / RN 1836 H5

03 Angra dos Reis / RJ 1869 Angrito

04 Santa Bárbara / RS 1873 L4

05 Santa Catharina / SC 1875 Ferro, IAB

06 Itapicuru-Mirim / MA 1879 H5

07 Minas Gerais / MG 1888 L6

08 Pirapora / MG 1888 Ferro, IIAB

09 Uberaba / MG 1903 H5

10 Sete Lagoas / MG 1908 H4

11 Cratheús (1950) / CE 1909 Ferro, IIC

12 Barbacena / MG 1918 Ferro, sem grupo def.

13 Santa Luzia / GO 1921 Ferro, IIAB

Page 7: Meteorito serra do magé

14 Piedade do Bagre / MG 1922 Ferro, sem grupo def.

15 Serra de Magé / PE 1923 Eucrito

16 Patos de Minas (hexa) / MG 1925 Ferro, IIAB

17 Patos de Minas (octa) / MG 1925 Ferro, complexo IIAB

18 Morro do Rocio / SC 1928 H5

19 Cratheús (1931) / CE 1931 Ferro, IVA

20 Pará de Minas / MG 1934 Ferro, IVA

21 Rio Negro / PR 1934 L4

22 Putinga / RS 1937 L6

23 Mafra / SC 1941 L3-4

24 Casimiro de Abreu / RJ 1947 Ferro, IIIAB

25 Patrimônio / MG 1950 L6

26 Avanhadava / SP 1952 H4

27 Palmas de Monte Alto / BA 1954 Ferro, IIIAB

28 Paranaíba / MS 1956 L6

29 Cacilandia / MS 1956 H6

30 Ibitira / MG 1957 Eucrito

31 Governador Valadares / MG 1958 Marciano (nakhlito)

32 Itutinga / MG 1960 Ferro, IIIAB

33 São João Nepomuceno / MG 1960 Ferro, IVA

34 São José do Rio Preto / SP 1962 H4

35 Bocaiúva / MG 1965 Ferro, sem grupo def.

36 Conquista / MG 1965 H4

37 Veríssimo / MG 1965 Ferro, IIIAB

38 Parambu / CE 1967 LL5

39 Nova Petropólis/ RS 1967 Ferro, IIIAB

40 Buritizal** / SP 1967 L3-L4

41 Marília / SP 1971 H4

42 Sanclerlândia / GO 1971 Ferro, IIIAB

43 Ipiranga / PR 1972 H6

44 Balsas / MA 1974 Ferro, IIIAB

45 Iguaraçu / PR 1977 H5

46 Itapuranga / GO 1977 Ferro, IAB-MG

47 Paracutu / MG 1980 Ferro, complexo IAB

48 Quijingue / BA 1984 Palasito, PMG

49 Lavras do Sul / RS 1985 L5

Page 8: Meteorito serra do magé

50 Soledade / RS 1986 Ferro, IAB-MG

51 Blumenau / SC 1986 Ferro, IVA

52 Maria da Fé / MG 1987 Ferro, IVA

53 Indianópolis / MG 1989 Ferro, IIAB

54 Ipitinga / PA 1989 H5

55 Rio do Pires / BA 1991 L6

56 Campos Sales / CE 1991 L5

57 Uruaçu / GO 1992 Ferro, IAB-MG

58 Campinorte / GO 1992 Ferro, sem grupo def.

59 Minas Gerais (b) / MG 2001 H4

60 Santa Vitória do Palmar / RS 2003 L3

61 Porto Alegre / RS 2005 Ferro, IIIE

62 Vitória da Conquista / BA 2007 Ferro, IVA

63 Varre-Sai / RJ 2010 L5

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