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Metas Curriculares de Português Ensino Básico Helena C. Buescu, Maria Regina Rocha, Violante F. Magalhães

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Page 1: Metas Curriculares de Português · Equipa Helena Carvalhão Buescu (Coordenadora) – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa José Morais (Coordenador) – Université Libre

Metas Curriculares

de

Português

Ensino Básico

Helena C. Buescu, Maria Regina Rocha, Violante F. Magalhães

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Equipa

Helena Carvalhão Buescu (Coordenadora) – Faculdade de

Letras da Universidade de Lisboa

José Morais (Coordenador) – Université Libre de Bruxelles

Maria Regina Rocha – Escola Secundária José Falcão, Coimbra

Violante F. Magalhães – Escola Superior de Educação João de

Deus, Lisboa

Metas Curriculares de Português

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Consultores

Ana Cristina Macário Lopes Universidade de Coimbra

Cristina Martins Universidade de Coimbra

Fernando Pinto do Amaral Plano Nacional de Leitura

Isabel Margarida Duarte Universidade do Porto

Isabel Pires de Lima Universidade do Porto

João Almeida Flor Universidade de Lisboa

João Costa Universidade Nova de Lisboa

José Cardoso Bernardes Universidade de Coimbra

Maria Alzira Seixo Universidade de Lisboa

Maria João Reis Professora do 1.º Ciclo

Maria de Lourdes Paixão Professora do Ensino Secundário

Natividade Pires ESE de Castelo Branco

Otília Costa e Sousa ESE Lisboa

Rui Marques Veloso ESE de Coimbra

Vítor Manuel Aguiar e Silva Universidade do Minho

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Metas Curriculares – características

• Homologação das Metas Curriculares

(Despacho n.º 10874/2012, de 10 de agosto)

• “As Metas Curriculares identificam a aprendizagem

essencial a realizar pelos alunos em cada disciplina (…),

realçando o que dos programas deve ser objeto primordial

de ensino.”

(Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro)

• São um referencial para a avaliação, articulando-se com o

Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE)

(Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro)

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Metas Curriculares – características

• Identificam os desempenhos que traduzem os

conhecimentos a adquirir e as capacidades a

desenvolver pelos alunos.

• Respeitam a ordem de progressão da aquisição dos

conhecimentos e das capacidades.

• Constituem um meio privilegiado de apoio à

planificação e organização do ensino.

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Aplicação das Metas Curriculares de Português

A aplicação obrigatória das Metas Curriculares de Português

concretiza-se a partir do ano letivo de 2013/2014 (inclusive),

articulando-se com as avaliações a realizar

(Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro)

• 2013-2014 – 1.º, 3.º, 4.º, 5.º, 7.º e 9.º anos;

• 2014-2015 – 2.º, 6.º e 8.º anos.

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Princípios relevantes

1. Referência Programa de Português do Ensino Básico

homologado em 2009.

2. Anualização

– Clarificação dos conteúdos por ano de escolaridade;

– Determinação do momento em que cada conteúdo entra

no processo escolar;

– Reforço da continuidade e da progressão entre diferentes

anos e ciclos.

3. Nuclearização do Programa e reforço do essencial.

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Estrutura das Metas – 1.º e 2.º Ciclos

4 domínios

Oralidade Junção de Compreensão do Oral e Expressão Oral;

Reforço da interdependência entre as duas dimensões.

Leitura e Associação dos dois domínios nos ciclos em que a

Escrita aprendizagem da Leitura e da Escrita e respetiva

consolidação estão em curso.

Educação Reforço da importância da literatura como parte

Literária integrante do património educativo;

Reorganização dos conteúdos literários, presentes no

Programa, nos domínios da Leitura e da Escrita.

Gramática Clarificação e reforço do estudo dos factos da língua

e das normas que os regem.

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Estrutura das Metas – 3.º Ciclo

5 domínios

Oralidade

Leitura

Escrita

Educação Literária

Gramática

Considerando que a aprendizagem da Leitura e da Escrita está

formalmente terminada no 2.º Ciclo, no 3.º Ciclo tais domínios

surgem separados, dada a sua especificação e a maior

complexidade dos objetivos.

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Estrutura das Metas – todos os ciclos

Lista de obras e textos literários

- Lista de obras e textos para leitura anual, válida a nível

nacional, dando cumprimento aos referenciais dos programas;

-Viabilização, em vários casos, da opcionalidade entre obras ou

textos;

- Referência às listagens do Plano Nacional de Leitura, para

promoção da leitura autónoma.

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Final da apresentação

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Metas Curriculares

de

Português

Ensino Básico

3.º Ciclo

O domínio da ESCRITA

Helena C. Buescu, Maria Regina Rocha, Violante F. Magalhães

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Objetivos

e

Descritores de Desempenho

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Objetivos Descritores de desempenho

Planificar a

escrita de textos.

1. Utilizar, com progressiva autonomia, estratégias de

planificação (por exemplo, recolha de informação e

discussão em grupo).

2. Estabelecer objetivos para o que pretende escrever, e

registar ideias.

3. Organizar a informação segundo a tipologia do texto.

Escrita – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Redigir

textos com

coerência

e correção

linguística.

1. Utilizar uma caligrafia legível.

2. Ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a

continuidade de sentido, a progressão temática e a coerência global

do texto.

3. Organizar a informação, estabelecendo e fazendo a marcação de

parágrafos.

4. Dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando

convenções tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas.

5. Adequar os textos a diferentes públicos e finalidades

comunicativas.

6. Diversificar o vocabulário e as estruturas sintáticas.

7. Utilizar adequadamente os sinais auxiliares da escrita e os

seguintes sinais de pontuação: o ponto final, o ponto de

interrogação, o ponto de exclamação, os dois pontos (em introdução

do discurso direto e de enumerações) e a vírgula (em enumerações,

datas, deslocação de constituintes e uso do vocativo).

8. Respeitar os princípios do trabalho intelectual: identificação das

fontes utilizadas.

Escrita – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Escrever para

expressar

conhecimentos.

1. Responder por escrito, de forma completa, a

questões sobre um texto.

2. Responder com eficácia e correção a instruções de

trabalho.

3. Elaborar resumos e sínteses de textos informativos.

Escrever textos

informativos.

Escrever textos informativos contemplando o seguinte:

uma introdução ao tópico; o desenvolvimento deste,

com a informação agrupada em parágrafos e

apresentando factos, definições, pormenores e

exemplos; e uma conclusão.

Escrever textos

argumentativos.

Escrever textos argumentativos com a tomada de uma

posição; a apresentação de razões que a justifiquem; e

uma conclusão coerente.

Escrita – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Escrever textos

diversos.

1. Escrever textos narrativos.

2. Escrever textos biográficos.

3. Fazer retratos e autorretratos.

4. Escrever comentários.

5. Escrever cartas.

6. Escrever o guião de uma entrevista.

7. Fazer relatórios.

Rever os textos

escritos.

1. Avaliar a correção e a adequação do texto escrito.

2. Reformular o texto escrito, suprimindo, mudando de

sítio e reescrevendo o que estiver incorreto.

Escrita – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Planificar a

escrita de textos.

Fazer planos: estabelecer objetivos para o que se

pretende escrever, registar ideias e organizá-las;

organizar a informação segundo a tipologia do texto.

Escrita – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Redigir

textos com

coerência

e correção

linguística.

1. Ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a

continuidade de sentido, a progressão temática e a coerência

global do texto.

2. Dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando

convenções tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas.

3. Adequar os textos a diferentes públicos e finalidades

comunicativas.

4. Diversificar o vocabulário e as estruturas sintáticas.

5. Utilizar adequadamente os seguintes sinais de pontuação: os

dois pontos (em introdução de citações e de uma síntese ou

consequência do anteriormente enunciado) e o ponto e vírgula.

6. Respeitar os princípios do trabalho intelectual: normas para

citação.

7. Utilizar com critério as potencialidades das tecnologias da

informação e comunicação na produção, na revisão e na edição

de texto.

Escrita – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Escrever para

expressar

conhecimentos.

1. Responder por escrito, de forma completa, a questões sobre

um texto.

2. Responder com eficácia e correção a instruções de trabalho,

detetando rigorosamente o foco da pergunta.

3. Elaborar planos, resumos e sínteses de textos informativos

e expositivos.

Escrever textos

expositivos.

Escrever textos expositivos sobre questões objetivas

propostas pelo professor, respeitando:

a) o predomínio da função informativa;

b) a estrutura interna: introdução ao tema; desenvolvimento

expositivo, sequencialmente encadeado e corroborado por

evidências; conclusão;

c) o uso predominante da frase declarativa.

Escrever textos

argumenta-

tivos.

1. Escrever textos argumentativos com a tomada de uma

posição; a apresentação de razões que a justifiquem, com

argumentos que diminuam a força das ideias contrárias; e uma

conclusão coerente.

2. Escrever textos de argumentação contrária a outros

propostos pelo professor.

Escrita – 8.º Ano

Page 21: Metas Curriculares de Português · Equipa Helena Carvalhão Buescu (Coordenadora) – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa José Morais (Coordenador) – Université Libre

Objetivos Descritores de desempenho

Escrever textos

diversos.

1. Escrever textos biográficos.

2. Escrever páginas de um diário e de memórias.

3. Escrever cartas de apresentação.

4. Fazer roteiros.

5. Fazer relatórios.

6. Escrever comentários subordinados a tópicos fornecidos.

Rever os textos

escritos.

Avaliar a correção e a adequação do texto e proceder a

todas as reformulações necessárias.

Escrita – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Planificar a

escrita de

textos.

Consolidar os procedimentos de planificação de texto já

adquiridos.

Escrita – 9.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Redigir

textos com

coerência e

correção

linguística.

1. Ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a

continuidade de sentido, a progressão temática e a coerência global

do texto.

2. Dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando

convenções tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas.

3. Adequar os textos a diferentes públicos e finalidades

comunicativas.

4. Diversificar o vocabulário e as estruturas sintáticas.

5. Consolidar as regras de uso de sinais de pontuação para delimitar

constituintes de frase e para veicular valores discursivos.

6. Respeitar os princípios do trabalho intelectual: produção de

bibliografia.

7 Utilizar, com progressiva autonomia, estratégias de revisão e

aperfeiçoamento de texto, no decurso da redação.

8. Utilizar com critério as potencialidades das tecnologias da

informação e comunicação na produção, na revisão e na edição de

texto.

Escrita – 9.º Ano

Page 24: Metas Curriculares de Português · Equipa Helena Carvalhão Buescu (Coordenadora) – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa José Morais (Coordenador) – Université Libre

Objetivos Descritores de desempenho

Escrever para

expressar

conhecimentos.

1. Responder por escrito, de forma completa, a questões

sobre um texto.

2. Responder com eficácia e correção a instruções de

trabalho, detetando rigorosamente o foco da pergunta.

3. Elaborar planos, resumos e sínteses de textos

expositivos e argumentativos.

Escrever textos

expositivos.

Escrever textos expositivos sobre questões objetivas

propostas pelo professor, respeitando:

a) o predomínio da função informativa documentada;

b) a estrutura interna: introdução ao tema;

desenvolvimento expositivo, sequencialmente encadeado

e corroborado por evidências; conclusão;

c) o raciocínio lógico;

d) o uso predominante da frase declarativa.

Escrita – 9.º Ano

Page 25: Metas Curriculares de Português · Equipa Helena Carvalhão Buescu (Coordenadora) – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa José Morais (Coordenador) – Université Libre

Objetivos Descritores de desempenho

Escrever textos

argumentativos.

1. Escrever textos argumentativos com a tomada de uma

posição; a apresentação de razões que a justifiquem,

com argumentos que diminuam a força das ideias

contrárias; e uma conclusão coerente.

2. Escrever textos de argumentação contrária a outros

propostos pelo professor.

Escrever textos

diversos.

1. Fazer um guião para uma dramatização ou filme.

2. Escrever comentários subordinados a tópicos

fornecidos.

Rever os textos

escritos.

Reformular o texto de forma adequada, mobilizando os

conhecimentos de revisão de texto já adquiridos.

Escrita – 9.º Ano

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3.º Ciclo

O Princípio da Progressão

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Anos Descritores de desempenho

5.º Registar ideias relacionadas com o tema, hierarquizá-las e articulá-las

devidamente.

6.º 1. Estabelecer objetivos para o que se pretende escrever.

2. Organizar informação segundo a tipologia do texto.

3. Registar ideias, organizá-las e desenvolvê-las.

7.º 1. Utilizar, com progressiva autonomia, estratégias de planificação (por

exemplo, recolha de informação e discussão em grupo).

2. Estabelecer objetivos para o que pretende escrever e registar ideias.

3. Organizar a informação segundo a tipologia do texto.

8.º Fazer planos: estabelecer objetivos para o que se pretende escrever,

registar ideias e organizá-las; organizar a informação segundo a tipologia

do texto.

9.º Consolidar os procedimentos de planificação de texto já adquiridos.

Escrita – Progressão

Objetivo: Planificar a escrita de textos.

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Anos Descritores de desempenho

5.º Escrever pequenos textos informativos com uma introdução ao tópico;

o desenvolvimento deste, com a informação agrupada em parágrafos;

e uma conclusão.

6.º Escrever pequenos textos informativos com uma introdução ao tópico;

o desenvolvimento deste, com a informação agrupada em parágrafos,

apresentando factos, definições e exemplos; e uma conclusão.

7.º Escrever textos informativos contemplando o seguinte: uma

introdução ao tópico; o desenvolvimento deste, com a informação

agrupada em parágrafos e apresentando factos, definições,

pormenores e exemplos; e uma conclusão.

Escrita – Progressão

Objetivo: Escrever textos informativos.

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Anos Descritores de desempenho

8.º Escrever textos expositivos sobre questões objetivas propostas pelo

professor, respeitando:

a) o predomínio da função informativa;

b) a estrutura interna: introdução ao tema; desenvolvimento

expositivo, sequencialmente encadeado e corroborado por

evidências; conclusão;

c) o uso predominante da frase declarativa.

9.º Escrever textos expositivos sobre questões objetivas propostas pelo

professor, respeitando:

a) o predomínio da função informativa documentada;

b) a estrutura interna: introdução ao tema; desenvolvimento

expositivo, sequencialmente encadeado e corroborado por

evidências; conclusão;

c) o raciocínio lógico;

d) o uso predominante da frase declarativa.

Escrita – Progressão

Objetivo: Escrever textos expositivos.

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Anos Descritores de desempenho

7.º Escrever textos argumentativos com a tomada de uma posição; a

apresentação de razões que a justifiquem; e uma conclusão

coerente.

8.º 1. Escrever textos argumentativos com a tomada de uma posição;

a apresentação de razões que a justifiquem, com argumentos que

diminuam a força das ideias contrárias; e uma conclusão coerente.

2. Escrever textos de argumentação contrária a outros propostos

pelo professor.

9.º 1. Escrever textos argumentativos com a tomada de uma posição;

a apresentação de razões que a justifiquem, com argumentos que

diminuam a força das ideias contrárias; e uma conclusão coerente.

2. Escrever textos de argumentação contrária a outros propostos

pelo professor.

Escrita – Progressão

Objetivo: Escrever textos argumentativos.

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Anos Descritores de desempenho

7.º 1. Escrever textos narrativos.

2. Escrever textos biográficos.

3. Fazer retratos e autorretratos.

4. Escrever comentários.

5. Escrever cartas.

6. Escrever o guião de uma entrevista.

7. Fazer relatórios.

8.º 1. Escrever textos biográficos.

2. Escrever páginas de um diário e de memórias.

3. Escrever cartas de apresentação.

4. Fazer roteiros.

5. Fazer relatórios.

6. Escrever comentários subordinados a tópicos fornecidos.

9.º 1. Fazer um guião para uma dramatização ou filme.

2. Escrever comentários subordinados a tópicos fornecidos.

Escrita – Progressão

Objetivo: Escrever textos diversos.

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Descritores de Desempenho

e

Atividades

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Objetivo

Escrever textos argumentativos.

Descritor de desempenho

Escrever textos argumentativos com a tomada de uma posição; a

apresentação de razões que a justifiquem; e uma conclusão coerente.

7.º Ano

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os

seus conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido

do desempenho acima descrito.

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Atividade em 5 passos

1.º Passo: Criar (nos alunos) a noção de argumento

A. Pensa e responde.

• Que efeitos produziria o desaparecimento repentino do papel?

• Seria possível vivermos sem papel?

• Porquê?

B. Pensa e responde.

• O que aconteceria se o preço do pão subisse cem vezes?

• Para quem é que essa medida seria boa?

• E para quem é que essa medida seria má?

• O que é que tu pensas a este respeito?

• Qual é o motivo que mais fortemente te leva a pensar assim?

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2.º Passo: Criar argumentos

Escrever um anúncio pessoal

Os anúncios são textos que têm simultaneamente características de

descrição e de argumentação.

Cada aluno escreve um texto (entre 20 a 30 palavras) a descrever-se,

mostrando as razões que levariam alguém a escolhê-lo como (em

alternativa) Bombeiro, Professor, Enfermeiro, Juiz, Advogado,

Jornalista, ou outra profissão.

(Os textos deste exercício poderão ser anónimos, postos num saco e

tirados à sorte, para a turma descobrir quem é o autor de cada um, ou

poderão ser lidos pelos próprios, ou preparados e ditos

expressivamente, em atividades de expressão oral.)

Atividade

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3.º Passo: Escrever um texto argumentativo em defesa do direito

dos mais fracos

Para uns animais viverem, outros têm de morrer: é a lei da vida na selva.

Mas… as presas não têm direito à vida?

Diálogo entre os alunos sobre as qualidades e a utilidade dos animais

que normalmente servem de alimento aos outros

O aluno põe-se na pele de uma dessas presas e tem como desafio

convencer o seu predador de que merece viver.

Exemplos: um cabrito apanhado por um lobo, ou uma galinha caçada

por uma raposa, ou uma garça apanhada por um crocodilo, ou um

coelho nas garras de uma águia, ou, ainda, um peixe no bico de uma

gaivota.

Atividade

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4.º Passo: Escrever um texto argumentativo em defesa de uma

personagem tradicionalmente considerada culpada

Os alunos leem dois textos cuja mensagem está em oposição:

- a fábula tradicional «A cigarra e a formiga»;

- o poema de Miguel Torga «Fábula da fábula», do Diário VIII (1956)

Atividade

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Era uma vez

uma fábula famosa,

Alimentícia

E moralizadora,

Que, em verso e prosa,

Toda a gente

Inteligente

Prudente

E sabedora

Repetia

Aos filhos,

Aos netos

E aos bisnetos.

À base duns insectos

De que não vale a pena fixar o nome,

A fábula garantia

Que quem cantava

Morria

De fome.

E, realmente …

Simplesmente,

Enquanto a fábula contava,

Um demónio secreto segredava

Ao ouvido secreto

De cada criatura

Que quem não cantava

Morria de fartura.

Fábula da Fábula

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Depois de os alunos discutirem as razões de um bicho e do outro,

são apresentadas outras personagens tradicionalmente consideradas

culpadas ou más (como a Bruxa Má, o Lobo mau, as irmãs da Gata

Borralheira, o Capitão Gancho, Lex Luthor, Draco Malfoy…), e os alunos

defendem a posição delas, mostrando que têm direito a defesa e que,

afinal, talvez não sejam assim tão más como sempre as consideraram.

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5.º Passo: Escrever um texto argumentativo sobre um tema atual

Propor aos alunos a atividade que se segue.

Agora que já aprendeste a argumentar, escreve um texto argumentativo

sobre um tema que te interesse, utilizando pelo menos dois motivos que

justifiquem a tua posição.

O teu texto deverá ter três partes: uma introdução com a posição que

vais defender, o desenvolvimento com razões pertinentes (pelo menos

duas) e uma conclusão coerente com o que defendeste.

´

Sugestões de temas:

É possível viver sem computador.

O telemóvel é perfeitamente dispensável.

É melhor viver no campo do que na cidade.

Atividade

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Final da apresentação

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Metas Curriculares

de

Português

Ensino Básico

3.º Ciclo

O domínio da GRAMÁTICA

Helena C. Buescu, Maria Regina Rocha, Violante F. Magalhães

Page 43: Metas Curriculares de Português · Equipa Helena Carvalhão Buescu (Coordenadora) – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa José Morais (Coordenador) – Université Libre

Objetivos

e

Descritores de Desempenho

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Objetivos Descritores de desempenho

Explicitar aspetos

fundamentais da

morfologia.

1. Identificar e conjugar verbos em todos os tempos

(simples e compostos) e modos.

2. Sistematizar paradigmas flexionais dos verbos

regulares da 1.ª, da 2.ª e da 3.ª conjugação.

3. Identificar as formas dos verbos irregulares e dos

verbos defetivos (impessoais e unipessoais).

4. Sistematizar padrões de formação de palavras

complexas: derivação (afixal e não-afixal) e

composição (por palavras e por radicais).

5. Formar o plural de palavras compostas.

6. Explicitar o significado de palavras complexas a

partir do valor do radical e de prefixos e sufixos

nominais, adjetivais e verbais do português.

Gramática – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Reconhecer e

conhecer classes de

palavras.

1. Integrar as palavras nas classes a que pertencem:

a) nome: próprio e comum (coletivo);

b) adjetivo: qualificativo e numeral;

c) verbo principal (intransitivo, transitivo direto,

transitivo indireto, transitivo direto e indireto),

copulativo e auxiliar (dos tempos compostos e da

passiva);

d) advérbio: de negação, de afirmação, de

quantidade e grau, de modo, de tempo, de lugar, de

inclusão e de exclusão; interrogativo e conectivo;

e) determinante: artigo (definido e indefinido),

demonstrativo, possessivo, indefinido, relativo,

interrogativo;

Gramática – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Reconhecer e

conhecer classes de

palavras.

(conclusão)

1. Integrar as palavras nas classes a que pertencem:

f) pronome: pessoal, demonstrativo, possessivo,

indefinido, relativo;

g) quantificador numeral;

h) preposição;

i) conjunção coordenativa: copulativa, adversativa,

disjuntiva, conclusiva e explicativa;

j) conjunção subordinativa: causal e temporal;

k) locução: prepositiva e adverbial;

l) interjeição.

Gramática – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Analisar e estruturar

unidades sintáticas.

1. Aplicar regras de utilização do pronome pessoal

em adjacência verbal: em frases afirmativas; em

frases que contêm uma palavra negativa; em

frases iniciadas por pronomes e advérbios

interrogativos; com verbos antecedidos de certos

advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só,

talvez…).

2. Consolidar o conhecimento sobre as funções

sintáticas estudadas no ciclo anterior: sujeito,

vocativo, predicado, complemento direto,

complemento indireto, complemento oblíquo,

complemento agente da passiva, predicativo do

sujeito, modificador.

3. Identificar o sujeito subentendido e o sujeito

indeterminado.

Gramática – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Analisar e estruturar

unidades sintáticas.

(conclusão)

4. Transformar frases ativas em frases passivas e

vice-versa (consolidação).

5. Transformar discurso direto em indireto e vice-

versa (todas as situações).

6. Identificar processos de coordenação entre

orações: orações coordenadas copulativas

(sindéticas e assindéticas), adversativas,

disjuntivas, conclusivas e explicativas.

7. Identificar processos de subordinação entre

orações:

a) subordinadas adverbiais causais e

temporais;

b) subordinadas adjetivas relativas.

8. Identificar oração subordinante.

Gramática – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Conhecer

classes de

palavras.

1. Integrar as palavras nas classes a que pertencem:

a) advérbio: de dúvida, de designação e relativo;

b) conjunção subordinativa: condicional, final,

comparativa, consecutiva, concessiva e completiva;

c) locução conjuncional.

Gramática – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Explicitar

aspetos

fundamentais da

sintaxe do

português.

1. Aplicar as regras de utilização do pronome pessoal em

adjacência verbal: em orações subordinadas; na

conjugação do futuro do indicativo e do condicional.

2. Identificar as funções sintáticas de modificador do

nome restritivo e apositivo.

3. Identificar processos de subordinação entre orações:

a) subordinadas adverbiais condicionais, finais,

comparativas, consecutivas e concessivas;

b) subordinadas substantivas completivas (função

de complemento direto).

4. Estabelecer relações de subordinação entre orações,

identificando os elementos de que dependem as

orações subordinadas.

5. Dividir e classificar orações.

Gramática – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Reconhecer

propriedades

das palavras e

formas de

organização do

léxico.

1. Identificar neologismos.

2. Identificar palavras polissémicas e seus significados.

3. Distinguir palavras polissémicas de monossémicas.

4. Determinar os significados que dada palavra pode ter

em função do seu contexto de ocorrência: campo

semântico.

5. Reconhecer e estabelecer as seguintes relações

semânticas: sinonímia, antonímia, hiperonímia e

holonímia.

Gramática – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Explicitar aspetos da

fonologia do português.

Identificar processos fonológicos de inserção

(prótese, epêntese e paragoge), supressão

(aférese, síncope e apócope) e alteração de

segmentos (redução vocálica, assimilação,

dissimilação, metátese).

Explicitar aspetos

fundamentais da sintaxe

do português.

1. Sistematizar as regras de utilização do

pronome pessoal em adjacência verbal em

todas as situações.

2. Consolidar o conhecimento de todas as

funções sintáticas (anteriormente

aprendidas).

3. Identificar orações substantivas relativas.

4. Dividir e classificar orações

Reconhecer propriedades

das palavras e formas de

organização do léxico.

Identificar neologismos e arcaísmos.

Gramática – 9.º Ano

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3.º Ciclo

O Princípio da Progressão

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Anos Descritores de Desempenho

6.º Aplicar regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal,

colocando-o corretamente nas seguintes situações: em frases que contêm

uma palavra negativa; em frases iniciadas por determinantes e advérbios

interrogativos.

7.º Aplicar regras de utilização do pronome pessoal em adjacência verbal:

em frases afirmativas; em frases que contêm uma palavra negativa; em

frases iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos; com verbos

antecedidos de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só,

talvez…).

8.º Aplicar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência

verbal: em orações subordinadas; na conjugação do futuro e do

condicional.

9.º Sistematizar as regras de utilização do pronome pessoal em adjacência

verbal em todas as situações.

Gramática – Progressão Objetivo: Analisar e estruturar unidades sintáticas.

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Descritores de Desempenho

e

Atividades

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Alguns princípios (1)

1. Cada professor, fazendo uso dos conhecimentos científicos,

pedagógicos e didáticos que possui, adquiridos não só pela sua

formação como pela sua experiência, adotará os procedimentos

que considerar mais adequados para que o ensino se faça de tal

modo que os alunos adquiram e revelem cada um dos

desempenhos descritos nas Metas Curriculares de Português.

Pontos prévios

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Alguns princípios (2)

2. No ensino da Gramática, não há metodologias únicas:

– em muitas situações, poderá ser feita uma oficina gramatical,

orientando os alunos em atividades de descoberta progressiva das

regularidades e, portanto, da formulação da regra;

– noutras, poderá ser útil a apresentação e análise de modelos ou

de exemplos e o fornecimento da definição ou da regra;

– em algumas situações, poderá ser necessária a memorização

para, depois, se proceder a exercícios de aplicação;

– em algumas situações, poderá o texto ou o discurso autêntico (de

autor ou dos próprios alunos) ser o ponto de partida da atividade,

mas noutras esse ponto de partida poderá ser constituído por

frases ou exemplos fabricados;

– …

Pontos prévios

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Alguns princípios (3)

Sem invalidar o atrás referido, segue-se um conjunto de princípios orientadores no sentido da eficácia do ensino da Gramática. 1. Em cada ano de escolaridade, os conteúdos gramaticais

(presentes nos descritores de desempenho) devem ser organizados numa sequência lógica, de modo a respeitar a precedência da aprendizagem dos aspetos estruturantes.

2. Cada descritor de desempenho exige ensino explícito.

3. A aprendizagem faz-se passo a passo.

4. O ensino faz-se pela afirmativa, pela positiva: como regra, em relação a cada conteúdo, ocorrência ou situação, deverá explicar-se o que é, as características que possui, e não o que não é ou o que não possui.

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5. Em geral, são necessários quatro momentos no processo de aquisição de um desempenho de natureza gramatical:

a) a ativação de conhecimentos dos alunos; b) a observação das ocorrências (e das regularidades); c) a descoberta da regra ou o fornecimento da informação; d) a aplicação. 6. Os exercícios propostos deverão ser em número elevado e de

natureza variada, de modo a solicitarem operações cognitivas de graus diversos de complexidade e exigência.

7. Os exercícios propostos deverão ter formatos diferentes, de modo a

proporcionarem a destreza dos alunos na resposta às diversas situações.

8. A fase de aplicação deve ser longa e ocorrer em mais do que uma

aula e em trabalho de casa.

Alguns princípios (4)

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Descritor de desempenho

Identificar processos de subordinação entre orações: orações

subordinadas adverbiais causais.

7.º Ano

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os

seus conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido

do desempenho acima descrito.

Segue-se uma sugestão de atividade conducente ao desempenho

acima descrito.

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1. Observação

1. Lê as seguintes frases complexas (retiradas de «Parábola dos 7 vimes»).

a) O pai chamou os filhos porque lhes queria dar um conselho.

b) Os filhos vieram logo porque ficaram preocupados.

c) O filho mais novo partiu facilmente o vime porque o vime era muito frágil.

d) Os filhos todos juntos não conseguiram partir o feixe porque o

conjunto de vimes era demasiado grosso.

e) Os sete irmãos foram sempre muito amigos porque nunca se

esqueceram daquela lição de vida.

2. Observa que em cada frase complexa existem 2 orações. Exemplos:

a) 1.ª oração: o pai chamou os filhos

2.ª oração: porque lhes queria dar um conselho

b) 1.ª oração: os filhos vieram logo

2.ª oração: porque ficaram preocupados

3. Divide também em duas orações as frases das alíneas c), d) e e).

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1. Observação

4. Essas orações são independentes uma da outra? Isto é: qualquer delas

pode existir sozinha, sem precisar da outra? Observa:

a) A oração O pai chamou os filhos pode existir sem a outra, mas a oração

porque lhes queria dar um conselho pode existir sem a anterior?

Resposta: Esta segunda oração não poderia existir sozinha:

* Porque lhes queria dar um conselho.

Tem de haver outra oração à qual ela se subordina: O pai chamou os filhos.

b) O mesmo acontece com as frases das restantes alíneas. Exemplo:

A oração Os filhos vieram logo tem sentido completo, mas a oração

porque ficaram preocupados não pode existir sozinha.

5. Verificas, pois, que a segunda oração está dependente da primeira;

só faz sentido se existir a primeira. Subordina-se à primeira.

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2. Informação, regra

1. Temos, assim, nestas frases, duas orações que estabelecem entre si uma

relação de subordinação:

- uma das orações é a subordinante e a outra é a subordinada.

Exemplos:

a) O filho mais novo partiu facilmente o vime porque o vime era muito

frágil.

Oração subordinante: O filho mais novo partiu facilmente o vime

Oração subordinada: porque o vime era muito frágil

b) Os sete irmãos foram sempre muito amigos porque nunca se

esqueceram daquela lição de vida

Oração subordinante: Os sete irmãos foram sempre muito amigos

Oração subordinada: porque nunca se esqueceram daquela lição de vida

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2. Informação, regra

5. A partícula “porque” tem o nome de conjunção subordinativa causal

porque é por meio dela que se estabelece a relação de causalidade entre

uma oração e a outra.

Exemplos:

a) O filho mais novo partiu facilmente o vime...

Porquê?

… porque o vime era muito frágil.

b) Os filhos todos juntos não conseguiram partir o feixe…

Porquê?

… porque o conjunto de vimes era demasiado grosso.

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2. Informação, regra

2. Observa que em cada frase as duas orações estão ligadas pela partícula

porque.

Exemplo: O pai chamou os filhos porque lhes queria dar um conselho.

1.ª oração: o pai chamou os filhos

2.ª oração: porque lhes queria dar um conselho

3. A segunda oração (iniciada pela partícula porque) apresenta o motivo, a

causa da ação enunciada na primeira.

O pai chamou os filhos: esta é a informação inicial que nos é dada.

Porquê? Porque é que o pai chamou os filhos?

Segue-se, então, o motivo: porque lhes queria dar um conselho.

4. Esta oração subordinada que indica a causa, o motivo, a razão pela qual

acontece o que vem referido na outra oração é uma oração subordinada

causal.

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3. Aplicação

1. Divide e classifica as orações das seguintes frases:

a) A Filipa calou-se porque não sabia a lição.

b) O Mário fez o trabalho depressa porque queria sair com os amigos.

c) A ponte caiu porque choveu torrencialmente.

d) O relógio parou porque a pilha está descarregada.

e) O condutor teve o acidente porque estava a falar ao telemóvel.

2. Faz a associação entre os termos das duas colunas, formando frases

complexas cuja segunda oração seja uma subordinada causal.

1. O rio transbordou

2. A toalha molhou-se

3. O bebé começou a chorar

4. A mãe vestiu a gabardina

5. A luz faltou

a) porque caiu à água.

b) porque estava a chover.

c) porque choveu muito.

d) porque houve uma trovoada.

e) porque tinha medo da trovoada.

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3. Aplicação

3. Com cada par de frases, forma uma frase complexa cuja segunda

oração seja uma subordinada causal.

Presta atenção e escolhe adequadamente a subordinante.

a) Ele não vai ao cinema.

Ele não pode gastar dinheiro.

d) O Abel perdeu o autocarro.

O pai do Abel levou-o à escola.

b) Estava a chover muito.

O carro despistou-se.

e) Ela tem de beber muita água.

Ela está desidratada.

c) Ela é muito inteligente.

Interpreta tudo com facilidade.

f) Ela queria comprar umas sapatilhas.

Ela pediu dinheiro à mãe.

4. Em relação a cada alínea, cria uma oração subordinada causal adequada

à oração subordinante:

a) Ela foi-se deitar ________________________________________

b) A Maria fez uma reclamação _____________________________

c) Ele teve boas notas ____________________________________

d) O Manuel não apanhou o autocarro ________________________

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3. Aplicação

5. Em relação a cada alínea, cria uma oração subordinante adequada à

oração subordinada causal:

a) ____________________________ porque estava muito cansado.

b) ____________________________ porque já era tarde.

c) ____________________________ porque a irmã lho tinha pedido.

d) ____________________________ porque a paisagem era muito bela.

e) ____________________________ porque não tinha dinheiro.

6. Cada alínea que se segue contém dois verbos no Infinitivo. Constrói

frases complexas com uma oração subordinada causal, seguindo o

exemplo.

Escolher + gostar = Os alunos escolheram esta obra porque gostam de

livros de aventuras.

a) Ficar + ver = ________________________________

b) Abraçar + festejar = ___________________________

c) Ir + estar = __________________________________

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4. Nova informação

1. As orações subordinadas causais também podem ser introduzidas pela

conjunção como.

Exemplos:

a) Como o pai queria dar um conselho aos filhos, mandou-os chamar.

b) Como os filhos ficaram preocupados, vieram logo.

c) Como o vime era muito frágil, o filho mais novo conseguiu parti-lo.

d) Como o feixe de vimes era demasiado grosso, os filhos todos juntos

não o conseguiram partir.

e) Como os sete irmãos nunca se esqueceram daquela lição de vida,

foram sempre muito amigos.

2. A oração subordinada causal iniciada pela conjunção como precede a

oração subordinante.

Exemplo:

Como os filhos ficaram preocupados, vieram logo.

1.ª oração: como os filhos ficaram preocupados – oração subordinada

causal

2.ª oração: vieram logo – oração subordinante

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4. Nova informação

3. As orações subordinadas causais podem, ainda, ser introduzidas por

locuções conjuncionais: visto que, já que, uma vez que, dado que.

Exemplos:

a) Não te vou dar conselhos, visto que não os queres aceitar.

b) Já que te foste embora sem uma palavra, não quero ver-te de novo.

c) Uma vez que já estava tudo decidido, não pudemos fazer nada.

d) Não pudemos fazer nada, dado que já estava tudo decidido.

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5. Aplicação

1. No parágrafo que se segue (em que se evocam acontecimentos da

narrativa «O Castelo de Faria»), sublinha a verde três orações subordinadas

causais e a azul três orações subordinantes.

Uma vez que D. Fernando não cumpriu o acordo de casar com a filha

do Rei de Castela, acendeu-se a guerra entre os dois estados. Como D.

Fernando tomou D. Leonor Teles por mulher, o pai da princesa castelhana

resolveu vingar-se da injúria. A norte, Pedro Rodriguez Sarmento, a mando

do Rei de Castela, conseguiu vencer facilmente as forças portuguesas, dado

que o ataque foi inesperado.

2. Estabelece entre cada par de frases que se seguem uma relação de

causa. Utiliza conjunções (ou locuções conjuncionais) diferentes.

a) Ele calou-se.

Ele não tinha nada para dizer.

c) Ele gosta muito daquela matéria.

Ele estava muito atento.

b) Estava muito frio.

Ela foi comprar umas luvas.

d) Ela queria ter boa nota no exame.

Ela fartou-se de estudar.

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Descritor de desempenho

Determinar os significados que dada palavra pode ter em função

do seu contexto de ocorrência: campo semântico.

8.º Ano

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os

seus conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido

do desempenho acima descrito.

Segue-se uma sugestão de atividade conducente ao desempenho

acima descrito.

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1. Observa as seguintes frases em que se utiliza a palavra peça.

a) O mecânico disse que o carro precisava de levar uma peça nova.

b) Ontem assisti a uma peça no Teatro Académico Gil Vicente.

c) O talhante reservou a melhor peça para o cliente.

d) Ao que dizem, ele é uma boa “peça”.

e) O logista tirou a peça de tecido da prateleira.

f) Ela recebeu uma linda peça da Vista Alegre.

g) O menino apanhou a peça do jogo, que estava no chão.

1. Observação

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1. Observação

2. Como reparaste, a palavra peça adquire diferentes significados,

conforme o contexto em que surge.

peça

porção extensa de tecido

por cortar

componente

(do motor do automóvel)

pessoa de mau caráter

(sentido figurado)

porção, pedaço (de carne)

representação

artística

elemento, componente

(peça de jogo)

objeto, acessório

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O campo semântico de uma palavra é o conjunto de significados que uma

palavra pode ter nos diferentes contextos em que se encontra.

2. Informação, regra

Exemplos:

a) A senhora comprou um fio de ouro de 18 quilates.

b) A tecedeira fez o tapete de Arraiolos com fio grosso de lã.

c) Eu estive a ouvi-lo horas a fio.

d) A vida dele esteve por um fio.

e) Ele tratou do assunto de fio a pavio.

f) Com tanta conversa, já perdi o fio à meada.

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3. Aplicação

1. Completa cada par de frases com a palavra adequada do quadro abaixo.

a) Ele feriu-se na ______________ do dedo polegar.

Antigamente só o _____________ de casal é que tinha direito de voto.

b) Ele pôs um ________________ final no assunto.

Discordo do teu _____________ de vista.

c) O comboio para o Porto partiu da ______________ 1.

No futebol, Portugal anda em _____________ com o resto da Europa.

d) O meu irmão foi operado ao ________________.

Os acontecimentos deram-se mesmo no ______________ da cidade.

linha cabeça coração ponto

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2. Faz a correspondência.

3. Aplicação

a) Esta rua tem sentido único. significação

b) O que ele disse não tem sentido. faculdade sensorial

c) Na tropa aprende-se a a ficar em sentido. ideia fixa

d) Ele tem o sentido da visão muito apurado. direção

e) Não percebi o sentido do texto. de pé, perfilado

f) O ladrão estava com o sentido no cofre. lógica

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3. Escreve três frases que ilustrem o campo semântico de cada uma das

palavras.

nota __________________________________________________

__________________________________________________

__________________________________________________

braço __________________________________________________

__________________________________________________

__________________________________________________

frente __________________________________________________

__________________________________________________

__________________________________________________

3. Aplicação

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Descritor de desempenho

Sistematizar as regras de utilização do pronome pessoal em

adjacência verbal em todas as situações.

9.º Ano

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os

seus conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido

do desempenho acima descrito.

Segue-se uma sugestão de atividade conducente ao desempenho

acima descrito.

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1. Observa as seguintes frases:

a) Ela foi-se embora ontem.

b) Ela não se foi embora ontem.

c) Ela nunca me mentiria, pois é uma pessoa íntegra.

d) Jamais me diverti tanto!

1.1. Por que razão o pronome pessoal átono (se, me) foi colocado depois do

verbo na primeira frase, e antes do verbo nas outras três?

_________________________________________________________

1. Ativação de conhecimentos

Verifica-se que o pronome pessoal em adjacência verbal se coloca

antes do verbo quando a frase (ou a oração) está na negativa.

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2. Observa as seguintes frases:

a) Para escrever esta obra, o autor inspirou-se na Odisseia.

b) Onde é que o autor se inspirou para escrever esta obra?

c) Onde se inspirou o autor para escrever esta obra?

2.1. Por que razão na segunda e na terceira frase o pronome pessoal

reflexo se foi colocado antes do verbo? _________________________

2.2. A que classe e subclasse de palavras pertence a palavra onde?

_________________________________________________________

2.3. Na frase seguinte, coloca um pronome interrogativo adequado:

__________ é que se foi embora?

1. Ativação de conhecimentos

Conclui-se que, em frases iniciadas por advérbios ou ____________

interrogativos, o pronome pessoal átono se coloca antes do verbo.

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3. Observa as seguintes frases:

a) Eu vi-o no cinema.

b) Ambos o viram no cinema.

c) Alguém o viu no cinema.

d) Ninguém o viu no cinema.

e) Todos o viram no cinema.

3.1. Por que razão nas frases das alíneas b) a e) o pronome pessoal o foi

colocado antes do verbo? _______________________________________

3.2. Na frase seguinte, substitui o termo «o problema» por tudo antes do

verbo e faz as devidas alterações.

O problema resolve-se hoje. Tudo ___________________________.

1. Ativação de conhecimentos

Conclui-se que, quando o verbo é precedido de pronomes indefinidos,

o pronome pessoal átono se coloca ____________ do verbo.

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4. Observa as seguintes frases:

a) Eu vi-o no cinema.

b) Eu já o vi uma vez no cinema.

4.1. Por que razão na segunda frase o pronome pessoal o foi colocado

antes do verbo? _______________________________

4.2. Na frase seguinte, introduz o advérbio sempre antes do verbo e faz as

devidas alterações.

Ele disse-nos a verdade.

Ele sempre _________________________________________.

4.3. Altera e completa as frases que se seguem colocando adequadamente

os pronomes pessoais:

a) Hoje eu vi-o. Hoje, eu mal ______________

Hoje, eu bem _____________

b) Ele perde-se em Lisboa. Eu também ____________ em Lisboa.

Talvez ele ______________ em Lisboa.

1. Ativação de conhecimentos

Conclui-se que, quando o verbo é precedido de determinados advérbios,

o pronome pessoal átono se coloca ____________ do verbo.

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5. Observa as seguintes frases:

a) Ele vai-se embora amanhã e quer falar contigo.

b) Como ele se vai embora amanhã, quer falar contigo.

5.1. Em ambas as frases, há duas orações.

Na primeira frase, existe uma relação de coordenação.

E na segunda? _________________________________________

Por que razão na segunda frase o pronome pessoal reflexo se foi

colocado antes do verbo? ____________________________________

5.2. Observa as seguintes frases e sublinha as orações subordinadas:

a) Ele não viu a primeira parte do jogo porque se atrasou.

b) Quando ele se apresentou, ela sorriu.

c) Se não te apressas, perdes o comboio.

d) Comprei-te o livro para que o leias.

e) Eles estão tão atentos ao jogo de futebol que nem nos ouvem.

f) Embora me interesse por futebol, não sou fanática.

g) Quero que te comportes bem.

h) Quem lhe disse isso não sabe nada do assunto.

1. Ativação de conhecimentos

Conclui-se que nas orações subordinadas o pronome se coloca ___ do verbo.

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1. Ativação de conhecimentos

Presente do Indicativo Futuro do Indicativo

eu lembro-me eu lembrar-me-ei

tu lembras-te tu lembrar-te-ás

ele lembra-se ele lembrar-se-á

nós lembramo-nos nós lembrar-nos-emos

vós lembrais-vos vós lembrar-vos-eis

eles lembram-se eles lembrar-se-ão

6. Observa, no quadro abaixo de conjugação pronominal de um verbo, o que

acontece à colocação do pronome quando o tempo verbal muda.

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6.1. Verifica como foi colocado o pronome nas formas do futuro do

indicativo:

a) lembrarei = lembrar + ei;

eu lembrar-me-ei = lembrar + me + ei

b) lembrarás = lembrar + ás;

tu lembrar-te-ás = lembrar + te +ás

c) lembrará = lembrar + á;

ele lembrar-se-á = lembrar + se + á

d) lembraremos = lembrar + emos;

nós lembrar-nos-emos = lembrar + nos + emos

e) lembrareis = lembrar + eis;

vós lembrar-vos-eis = lembrar + vos + eis

f) lembrarão = lembrar + ão;

eles lembrar-se-ão = lembrar + se + ão

1. Ativação de conhecimentos

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1. Ativação de conhecimentos

Presente do Indicativo Condicional

eu lembro-me eu lembrar-me-ia

tu lembras-te tu lembrar-te-ias

ele lembra-se ele lembrar-se-ia

nós lembramo-nos nós lembrar-nos-íamos

vós lembrais-vos vós lembrar-vos-íeis

eles lembram-se eles lembrar-se-iam

7. Observa, no quadro abaixo de conjugação pronominal de um verbo, o que

acontece à colocação do pronome quando o tempo verbal muda.

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7.1. Verifica como foi colocado o pronome nas formas do condicional:

a) lembraria = lembrar + ia;

eu lembrar-me-ia = lembrar + me + ia

b) lembrarias = lembrar + ias;

tu lembrar-te-ias = lembrar + te +ias

c) lembraria = lembrar + ia;

ele lembrar-se-ia = lembrar + se + ia

d) lembraríamos = lembrar + íamos;

nós lembrar-nos-íamos = lembrar + nos + íamos

e) lembraríeis = lembrar + íeis;

vós lembrar-vos-íeis = lembrar + vos + íeis

f) lembrariam = lembrar + iam;

eles lembrar-se-iam = lembrar + se + iam

1. Ativação de conhecimentos

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Aprendemos que no futuro do indicativo e no condicional o pronome átono

se coloca no meio da forma verbal.

Mas, atenção:

Se, na frase onde essa forma verbal for utilizada, ocorrer uma das situações

em que o pronome se coloca antes do verbo (frase negativa, oração

subordinada, etc.), o pronome coloca-se antes do verbo, independentemente

de este estar no futuro do indicativo ou no condicional.

Exemplos:

Ele lembrar-se-á da nossa conversa…

Ele não se lembrará da nossa conversa…

Tu admirar-te-ias se o visses a falar daquela maneira.

Penso que tu te admirarias se o visses a falar daquela maneira.

1. Ativação de conhecimentos

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2. Sistematização

Completa a sistematização que se segue com a informação e os exemplos

adequados.

1. Regra geral:

O pronome pessoal átono (me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes)

coloca-se após o verbo.

Exemplo: _________________________________________________

2. Em frases negativas, o pronome átono coloca-se ________________

Exemplo: _________________________________________________

3. Em frases iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos, o pronome

átono coloca-se _______________________________________

Exemplo: ________________________________________________

4. Em frases iniciadas por pronomes indefinidos, o pronome átono coloca-se

__________________________

Exemplo: ________________________________________________

5. Com verbos antecedidos pelos advérbios bem, mal, ainda, já, sempre, só,

talvez, também, o pronome coloca-se __________________________

Exemplo de 8 frases (uma para cada advérbio): ______________________

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2. Sistematização

6. Em orações subordinadas, o pronome átono coloca-se ____________

a) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada causal:

________________________________________________________

b) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada temporal :

________________________________________________________

c) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada condicional:

________________________________________________________

d) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada final:

________________________________________________________

e) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada comparativa:

________________________________________________________

f) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada consecutiva:

________________________________________________________

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2. Sistematização

6. Em orações subordinadas, o pronome coloca-se… (conclusão)

g) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada concessiva:

________________________________________________________

h) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada relativa adjetiva:

________________________________________________________

i) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada relativa substantiva:

________________________________________________________

j) Exemplo de uma frase com uma oração subordinada completiva:

________________________________________________________

7. Como regra geral, quando o verbo está no futuro do indicativo ou

no condicional, o pronome átono coloca-se ________________________

a) Exemplo de uma frase com o verbo no futuro do indicativo:

__________________________________________________________

b) Exemplo de uma frase com o verbo no condicional:

__________________________________________________________

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Final da apresentação

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Metas Curriculares

de

Português

Ensino Básico

3.º Ciclo

O domínio da EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Helena C. Buescu, Maria Regina Rocha, Violante F. Magalhães

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Objetivos

e

Descritores de Desempenho

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Educação Literária – 7.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Ler e interpretar

textos literários.

(v. Lista em

anexo)

1. Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de

diferentes épocas e de géneros diversos.

2. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e

universos de referência, justificando.

3. Explicitar o sentido global do texto.

4. Sistematizar elementos constitutivos da poesia lírica

(estrofe, verso, refrão, rima, esquema rimático).

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Objetivos Descritores de desempenho

Ler e interpretar

textos literários.

(cont.)

5. Detetar a forma como o texto está estruturado

(diferentes partes).

6. Identificar e reconhecer o valor dos seguintes recursos

expressivos: enumeração, personificação, comparação,

anáfora, perífrase, metáfora, aliteração, pleonasmo e

hipérbole.

7. Reconhecer o uso de sinais de pontuação para

veicular valores discursivos.

8. Comparar textos de diferentes géneros, estabelecendo

diferenças e semelhanças (temas e formas).

Educação Literária – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Apreciar textos

literários.

(v. Lista em anexo e

Listagem PNL)

1.Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de

diferentes épocas e de géneros diversos.

2. Reconhecer valores culturais presentes nos textos.

3. Exprimir, oralmente e por escrito, ideias pessoais

sobre os textos lidos ou ouvidos.

4. Escrever um pequeno comentário (cerca de 100

palavras) a um texto lido.

Educação Literária – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Ler e escrever para

fruição estética.

(v. Lista em anexo

e Listagem PNL)

1.Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando

progressivamente a extensão e complexidade dos

textos selecionados.

2. Fazer leitura oral (individualmente ou em grupo),

recitação e dramatização de textos lidos.

3. Escrever, por iniciativa e gosto pessoal, textos

diversos.

Educação Literária – 7.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Ler e interpretar

textos literários.

(v. Lista em anexo)

1.Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de

diferentes épocas e de géneros diversos.

2. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista

e universos de referência, justificando.

3. Explicitar o sentido global do texto.

4. Sistematizar elementos constitutivos do texto

dramático (ato, cena, fala e indicação cénica).

5. Distinguir diálogos, monólogos e apartes.

Educação Literária – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Ler e interpretar

textos literários.

(cont.)

6. Analisar o ponto de vista de diferentes personagens.

7. Detetar a forma como o texto está estruturado

(diferentes partes e subpartes).

8. Identificar e reconhecer o valor dos recursos

expressivos já estudados e, ainda, dos seguintes:

antítese, perífrase, eufemismo, ironia.

9. Distinguir a novidade de um texto em relação a

outro(s).

10. Estabelecer relações de intertextualidade.

Educação Literária – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Apreciar textos

literários.

(v. Lista em anexo e

Listagem PNL)

1.Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de

diferentes épocas e de géneros diversos.

2. Reconhecer valores culturais e éticos presentes

nos textos.

3. Exprimir opiniões e problematizar sentidos,

oralmente e por escrito, como reação pessoal à

audição ou à leitura de um texto ou de uma obra.

4. Escrever um pequeno comentário crítico (cerca de

120 palavras) a um texto lido.

Educação Literária – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Ler e escrever para

fruição estética.

(v. Listagem PNL)

1.Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando

progressivamente a extensão e a complexidade dos

textos selecionados.

2. Fazer leitura em voz alta (individualmente ou em

grupo), recitação e dramatização de textos lidos.

3. Analisar recriações de obras literárias com recurso

a diferentes linguagens (por exemplo: música, teatro

cinema, adaptações a séries de TV).

4. Escrever, por iniciativa e gosto pessoal, textos

diversos.

5. Desenvolver projetos e circuitos de comunicação

escrita.

Educação Literária – 8.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Ler e interpretar

textos literários.

(v. Lista em anexo)

1. Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de

diferentes épocas e de géneros diversos.

2. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e

universos de referência, justificando.

3. Reconhecer e caracterizar elementos constitutivos da

narrativa (estrutura; ação e episódios; personagens,

narrador da 1.ª e da 3.ª pessoa; contextos espacial e

temporal).

4. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.

Educação Literária – 9.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Ler e interpretar

textos literários.

(cont.)

5. Reconhecer a forma como o texto está estruturado,

atribuindo títulos a partes e a subpartes.

6. Identificar processos da construção ficcional

relativos à ordem cronológica dos factos narrados e à

sua ordenação na narrativa.

7. Identificar e reconhecer o valor dos recursos

expressivos já estudados e, ainda, dos seguintes:

anáfora, símbolo, alegoria e sinédoque.

8. Reconhecer e caracterizar textos de diferentes

géneros (epopeia, romance, conto, crónica, soneto,

texto dramático).

Educação Literária – 9.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Apreciar textos

literários.

(v. Lista em

anexo e Listagem

PNL)

1.Ler textos literários, portugueses e estrangeiros, de

géneros variados.

2. Reconhecer os valores culturais, éticos, estéticos,

políticos e religiosos manifestados nos textos.

3. Expressar, oralmente e por escrito, e de forma

fundamentada, pontos de vista e apreciações críticas

suscitados pelos textos lidos.

4. Escrever um pequeno comentário crítico (cerca de 140

palavras) a um texto lido.

Educação Literária – 9.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Situar obras

literárias em

função de

grandes marcos

históricos e

culturais.

1.Reconhecer relações que as obras estabelecem com o

contexto social, histórico e cultural no qual foram

escritas.

2.Comparar ideias e valores expressos em diferentes

textos de autores contemporâneos com os de textos de

outras épocas e culturas.

3. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no

plano do imaginário individual e coletivo.

Educação Literária – 9.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Ler e escrever para

fruição estética.

(v. Listagem PNL)

1.Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando

progressivamente a extensão e complexidade dos

textos selecionados.

2. Mobilizar a reflexão sobre textos literários e sobre

as suas especificidades, para escrever textos

variados, por iniciativa e gosto pessoal, de forma

autónoma e fluente.

Educação Literária – 9.º Ano

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Educação Literária

Lista de Obras e Textos Literários

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Educação Literária 7.º Ano

Escolher um mínimo de

3 narrativas de autores portugueses

Alexandre Herculano “O Castelo de Faria” in Lendas e Narrativas

Raul Brandão “A pesca da baleia” in As Ilhas Desconhecidas

Miguel Torga “Miúra”

OU

“Ladino” in Bichos

Manuel da Fonseca “Mestre Finezas” in Aldeia Nova

Teolinda Gersão “Avó e neto contra vento e areia” in A Mulher que

Prendeu a Chuva e outras Histórias

Luísa Costa Gomes A Pirata

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Teófilo Braga

Contos Tradicionais do Povo Português

Trindade Coelho

“As três maçãzinhas de oiro”

OU

“A parábola dos 7 vimes” in Os meus Amores

Alice Vieira Leandro, Rei da Helíria

Maria Alberta Menéres À Beira do Lago dos Encantos

Educação Literária 7.º Ano

1 conto tradicional

Educação Literária 7.º Ano

1 texto dramático de autor português

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José Eduardo Agualusa A Substância do Amor e outras Crónicas

Luís Sepúlveda

História de uma Gaivota e do Gato que a

Ensinou a Voar (trad. Pedro Tamen)

Robert Louis Stevenson A Ilha do Tesouro (adapt. António Pescada)

Michel Tournier Sexta-Feira ou a Vida Selvagem

Educação Literária 7.º Ano

1 texto de autor de País de Língua Oficial Portuguesa

Educação Literária 7.º Ano

1 narrativa de autor estrangeiro

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Irene Lisboa

Uma Mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma

Sophia de Mello

Breyner Andresen

O Cavaleiro da Dinamarca

Agustina Bessa-Luís Dentes de Rato

Odisseia Contada a Jovens por Frederico Lourenço

Educação Literária 7.º Ano

2 textos de literatura juvenil

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Florbela Espanca José Régio

Vitorino Nemésio António Ramos Rosa

António Gedeão Miguel Torga

Manuel da Fonseca Eugénio de Andrade

Sebastião da Gama Ruy Cinatti

Alexandre O’Neill David Mourão-Ferreira

Percy B. Shelley

Educação Literária 7.º Ano

16 poemas de pelo menos 10 autores diferentes

(v. Caderno de Poesia anexo às Metas Curriculares de Português)

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Educação Literária 8.º Ano

Escolher um mínimo de

3 narrativas de autores portugueses

Alexandre

Herculano

“A abóbada” in Lendas e Narrativas

José Gomes

Ferreira

“Parece impossível mas sou uma nuvem” in O Mundos

dos outros

Miguel Torga

“Vicente” in Bichos

OU

“Natal” in Novos Contos da Montanha

Jorge de Sena “Homenagem ao Papagaio Verde” in Os Grão-capitães

Mário Dionísio

“Assobiando à vontade” in O Dia Cinzento e Outros

Contos

Sophia de M. B.

Andresen

“Saga” in Histórias da Terra e do Mar

Mário de Carvalho

“A inaudita guerra da Av. Gago Coutinho” in A Inaudita

Guerra da Av. Gago Coutinho e outras Histórias

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Educação Literária 8.º Ano

2 textos dramáticos de autores portugueses

António Gedeão História Breve da Lua

Manuel António Pina Aquilo que os Olhos Vêem ou o Adamastor

Luísa Costa Gomes Vanessa Vai à Luta

Hélia Correia (adapt.)

A Ilha Encantada (A Tempestade, de W.

Shakespeare)

Educação Literária 8.º Ano

1 texto de autor de País de Língua Oficial Portuguesa

Mia Couto

Jorge Amado

Mar me Quer

OU

Contos do Nascer da Terra

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história

de amor

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J. R. R. Tolkien O Hobbit

Anne Frank O Diário de Anne Frank

Roald Dahl

Contos do Imprevisto

A Eneida de Virgílio Contada às Crianças e ao

Povo (adapt. João de Barros)

Ilse Losa O Mundo em que Vivi

Álvaro Magalhães O Último dos Grimm

Vasco Graça Moura Os Lusíadas para Gente Nova

Educação Literária 8.º Ano

1 texto de autor estrangeiro

Educação Literária 8.º Ano

2 textos de literatura juvenil

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Educação Literária 8.º Ano

(v. Caderno de Poesia anexo às Metas Curriculares de Português)

8 poemas

1 de Sá de Miranda

5 de Luís de Camões

2 de Almeida Garrett

Educação Literária 8.º Ano

8 poemas de 8 Autores diferentes

Cantiga

João Roiz de Castel Branco Nicolau Tolentino

Bocage João de Deus

Antero de Quental Guerra Junqueiro

Cesário Verde António Nobre

Petrarca

Shakespeare

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Educação Literária 9.º Ano

Luís de Camões Passos de Os Lusíadas

Gil Vicente

Farsa chamada Auto da Índia

Gil Vicente Auto da Barca do Inferno

Educação Literária 9.º Ano

1 peça de teatro

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Educação Literária 9.º Ano

Escolher um mínimo de

2 narrativas de autores portugueses

Pero Vaz de Caminha

Carta a El-Rei D. Manuel sobre o Achamento do

Brasil

Eça de Queirós A aia”

OU

“O suave milagre”

OU

“Civilização” in Contos

Camilo Castelo Branco

“Maria Moisés” in Novelas do Minho

Vergílio Ferreira

“A galinha”

OU

“A palavra mágica” in Contos

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Maria Judite de Carvalho “História sem palavras”, “Os bárbaros”, “Castanhas

assadas”, “As marchas” in Este Tempo

António Lobo Antunes “Elogio do subúrbio”, “A consequência dos

semáforos” in Livro de Crónicas; “Subsídios para a

biografia de António Lobo Antunes”, “Um silêncio

refulgente” in Segundo Livro de Crónicas

Machado de Assis “História comum”

OU

“O alienista”

Clarice Lispector “Felicidade clandestina”

Educação Literária 9.º Ano

2 crónicas

Educação Literária 9.º Ano

1 texto de autor de País de Língua Oficial Portuguesa

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Oscar Wilde “O Fantasma de Canterville”

Gabriel García Marquez “A sesta de 3.ª feira”

OU

“Um dia destes” in Contos Completos

John Steinbeck A Pérola

Peregrinação de Fernão Mendes Pinto

(adapt. Aquilino Ribeiro)

José Gomes Ferreira Aventuras de João sem Medo

José Mauro de Vasconcelos Meu Pé de Laranja Lima

Educação Literária 9.º Ano

1 texto de autor estrangeiro

Educação Literária 9.º Ano

1 texto de literatura juvenil

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4 poemas de Fernando Pessoa

+

12 poemas de pelo menos 10 Autores diferentes:

Camilo Pessanha Mário de Sá-Carneiro Irene Lisboa

Almada Negreiros José Gomes Ferreira Jorge de Sena

Sophia de M. B. Andresen Carlos de Oliveira Ruy Belo

Herberto Helder Gastão Cruz Nuno Júdice

Frederico García Lorca Carlos Drummond de Andrade

Educação Literária 9.º Ano

16 poemas

(v. Caderno de Poesia anexo às Metas Curriculares de Português)

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O Princípio da Progressão

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Educação Literária – Progressão

Objetivo: Ler e interpretar textos literários.

Anos Descritores de desempenho

4.º Reconhecer onomatopeias.

5.º Aperceber-se de recursos utilizados na construção dos textos literários

(linguagem figurada; recursos expressivos – onomatopeia, enumeração,

personificação, comparação) e justificar a sua utilização.

6.º Aperceber-se de recursos expressivos utilizados na construção dos textos

literários (anáfora, perífrase, metáfora) e justificar a sua utilização.

7.º Identificar e reconhecer o valor dos seguintes recursos

expressivos: enumeração, personificação, comparação, anáfora,

perífrase, metáfora, aliteração, pleonasmo e hipérbole.

8.º Identificar e reconhecer o valor dos recursos expressivos já

estudados e, ainda, dos seguintes: antítese, eufemismo, ironia.

9.º Identificar e reconhecer o valor dos recursos expressivos já

estudados e, ainda, dos seguintes: símbolo, alegoria e sinédoque.

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Educação Literária – Progressão

Objetivo: Ler e interpretar textos literários.

Anos Descritores de desempenho

7.º Detetar a forma como o texto está estruturado (diferentes

partes).

8.º Detetar a forma como o texto está estruturado (diferentes partes

e subpartes).

9.º Reconhecer a forma como o texto está estruturado, atribuindo

títulos a partes e a subpartes.

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Observações,

Descritores de Desempenho

e

Atividades

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“A Literatura obriga sempre o aprendiz – seja ele professor ou

aluno – à prova da leitura, à decifração, à regulação das associações

intertextuais, da imaginação, da memória, a uma resposta emocional,

a um juízo, a um acto verbal ou de outra natureza, i. é, a um gesto

desautomatizado, pessoal, avesso à repetição. O estatuto peculiar das

obras literárias como seres incompletos, ávidos de interpretação e

exigindo uma permanente revisão das categorias que aspiram a

descrevê-los, gera hábitos disciplinares de aprendizagem e de

produção de saber, fabrica atitudes que, por sua vez, marcam o

próprio modo do conhecimento, sacudindo fórmulas e ideias feitas.

Também a D. da L., que estuda e orienta a formação dos referidos

hábitos, se deixa contagiar por esse desassossego. É que o núcleo da

disciplina da D. da L. reside na arte de ensinar a ler textos, e ler

pertence ao domínio sempre instável da experiência vivida.”

(Margarida Vieira Mendes, “Didáctica da Literatura”, s/v, in Biblos – Enciclopédia

Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, vol. 2; p. 146)

Educação Literária

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Observações e sugestões metodológicas

1) A didática da literatura deve ser antecipada pela mobilização de

conhecimentos que permitam a compreensão do texto;

2) a interpretação do texto deve mobilizar um conjunto diversificado de

atividades e exercícios, não se reduzindo à apresentação de grelhas ou

questões de verdadeiro/falso;

3) a leitura orientada deve ser considerada apenas uma das formas de

abordagem dos textos literários propostos pela lista anexa às Metas, ou

dos recomendados quer pelo PNL quer pela Biblioteca Escolar.

Obs. Não exaustividade dos descritores relativamente a todos os textos e

livros indicados.

Educação Literária – 3.º Ciclo

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Objetivo: Ler e interpretar textos literários. (v. Lista em anexo)

Descritores de desempenho:

1. Detetar a forma como o texto está estruturado (diferentes partes).

2. Identificar e reconhecer o valor dos seguintes recursos expressivos:

enumeração, personificação, comparação, anáfora, perífrase, metáfora,

aliteração, pleonasmo e hipérbole.

Exemplo:

Alexandre Herculano, “O Castelo de Faria”, in Lendas e Narrativas

(distribuição do texto impresso)

Educação Literária – 7.º Ano

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Educação Literária – 8.º Ano

Objetivo: Ler e interpretar textos literários. (v. Lista em anexo)

Descritor de desempenho:

Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,

justificando.

Camões, “Descalça vai para a fonte” (tema: descrição da figura feminina;

universo de referência: episódio do quotidiano)

Tolentino, “Chaves na mão….” (tema: crítica social – a subserviência à

moda; ponto de vista: satírico)

Bocage, “Auto-retrato” (ideias principais: retrato físico, retrato psicológico,

comparação com Camões; ponto de vista: centralidade no sujeito)

Guerra Junqueiro, “A moleirinha” (universo de referência: o mundo rural

antigo, episódio do quotidiano)

Cesário Verde, “A débil” (universo de referência: a cidade moderna; ponto

de vista: centralidade na observação social)

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Objetivo: Ler e interpretar textos literários. (v. Lista em anexo)

Descritor de desempenho:

Explicitar o sentido global do texto.

Tema: Amor / separação (concretização nos “olhos”)

João Roiz de Castel Branco, “Senhora, partem tão tristes”

Camões, “Aquela triste e leda madrugada”

Almeida Garrett, “Seus olhos”

Educação Literária – 8.º Ano

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Objetivo: Ler e interpretar textos literários. (v. Lista em anexo)

Descritores de desempenho:

1. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.

2. Reconhecer a forma como o texto está estruturado, atribuindo títulos a partes e a

subpartes.

Objetivo: Apreciar textos literários.

Descritor de desempenho:

Reconhecer os valores culturais, éticos, estéticos, políticos e religiosos

manifestados nos textos.

Texto dramático Auto da Índia

Educação Literária – 9.º Ano

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Objetivo: Ler e escrever para fruição estética.

Descritor de desempenho:

Comparar ideias e valores expressos em diferentes textos de autores

contemporâneos com os de textos de outras épocas e culturas.

Relação entre:

“O Mostrengo” e “Mar Português”, de Fernando Pessoa

“Luís, o poeta, salva a nado o poema”, de Almada Negreiros

“Camões dirige-se aos seus contemporâneos”, de Jorge de Sena

“Camões e a tença”, de Sophia de M. B. Andresen

“Vilancete castelhano de Gil Vicente”, de Carlos de Oliveira

“O conceito de metáfora com citações de Camões e Florbela”, de Nuno Júdice

e

Episódios d’Os Lusíadas

Carta a El-Rei D. Manuel sobre o Achamento do Brasil

Auto da Índia

Educação Literária – 9.º Ano

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Objetivo: Ler e escrever para fruição estética.

Descritor de desempenho:

Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e

coletivo.

“O Mostrengo” e “Mar Português”, de Fernando Pessoa

Valorização da História de Portugal

“Luís, o poeta, salva a nado o poema”, de Almada Negreiros

“Camões dirige-se aos seus contemporâneos”, de Jorge de Sena

“Camões e a tença”, de Sophia de M. B. Andresen

Valorização da figura do Poeta como símbolo

1) da identidade nacional e 2) da independência moral.

“Vilancete castelhano de Gil Vicente”, de Carlos de Oliveira

A perceção individual da esperança como fator de crença na vida.

Educação Literária – 9.º Ano

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Final da apresentação

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Metas Curriculares

de

Português

Ensino Básico

3.º Ciclo

O domínio da LEITURA

Helena C. Buescu, Maria Regina Rocha, Violante F. Magalhães

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Objetivos

e

Descritores de Desempenho

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Leitura – 7.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Ler em voz alta. Ler expressivamente em voz alta textos variados, após

preparação da leitura.

Ler textos

diversos.

Ler textos narrativos, textos biográficos, retratos e

autorretratos, textos informativos, textos expositivos,

textos de opinião, críticas, comentários, descrições,

cartas, reportagens, entrevistas, roteiros, texto

publicitário.

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Leitura – 7.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Interpretar

textos de

diferentes

tipologias e

graus de

complexi-

dade.

1. Formular hipóteses sobre os textos e comprová-las com a

respetiva leitura.

2. Identificar temas e ideias principais.

3. Identificar pontos de vista e universos de referência.

4. Identificar causas e efeitos.

5. Fazer deduções e inferências.

6. Distinguir facto de opinião.

7. Reconhecer a forma como o texto está estruturado (diferentes

partes).

8. Detetar elementos do texto que contribuem para a construção

da continuidade e da progressão temática e que conferem

coerência e coesão ao texto:

a) repetições;

b) substituições por pronomes (pessoais, demonstrativos e

possessivos);

c) substituições por sinónimos e expressões equivalentes;

d) referência por possessivos;

e) conectores; f) ordenação correlativa de tempos verbais.

9. Explicitar o sentido global do texto.

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Leitura – 7.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Utilizar procedimentos

adequados à

organização e

tratamento da

informação.

1. Tomar notas e registar tópicos.

2. Identificar ideias-chave.

Ler para apreciar

textos variados.

Expressar, de forma fundamentada e sustentada,

pontos de vista e apreciações críticas suscitados

pelos textos lidos em diferentes suportes.

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Leitura – 8.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Ler em voz alta. Ler expressivamente em voz alta textos variados, após

preparação da leitura.

Ler textos

diversos.

Ler textos narrativos, textos biográficos, páginas de

diários e de memórias, textos expositivos, textos de

opinião, críticas, comentários, descrições, cartas de

apresentação, currículos, reportagens, entrevistas,

roteiros.

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Leitura – 8.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Interpretar textos de

diferentes tipologias

e graus de complexi-

dade.

1. Identificar temas e ideias principais, justificando.

2. Identificar pontos de vista e universos de

referência, justificando.

3. Identificar causas e efeitos.

4. Fazer deduções e inferências, justificando.

5. Reconhecer elementos de persuasão.

6. Reconhecer a forma como o texto está

estruturado (diferentes partes e subpartes).

7. Identificar relações intratextuais: semelhança,

oposição, parte – todo, causa – consequência e

genérico – específico.

8. Explicitar o sentido global do texto.

Utilizar procedimen-

tos adequados à

organização e trata-

mento da informação.

1. Tomar notas, organizando-as.

2. Identificar ideias-chave.

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Leitura – 8.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Ler para apreciar

textos variados.

1. Expressar, de forma fundamentada e

sustentada, pontos de vista e apreciações críticas

suscitados pelos textos lidos em diferentes

suportes.

2. Reconhecer o papel de diferentes suportes

(papel, digital, visual) e espaços de circulação

(jornal, internet…) na estruturação e receção dos

textos.

Reconhecer a

variação da língua.

1. Identificar, em textos escritos, a variação nos

planos lexical e sintático.

2. Distinguir contextos históricos e geográficos em

que ocorrem diferentes variedades do português.

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Leitura – 9.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Ler em voz alta. Ler expressivamente em voz alta textos variados, após

preparação da leitura.

Ler textos

diversos.

Ler textos narrativos, textos expositivos, textos de

opinião, textos argumentativos, textos científicos,

críticas, recensões de livros, comentários, entrevistas.

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Leitura – 9.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Interpretar textos de

diferentes tipologias

e graus de

complexidade.

1. Reconhecer e usar em contexto vocábulos

clássicos, léxico especializado e vocabulário

diferenciado da esfera da escrita.

2. Explicitar temas e ideias principais, justificando.

3. Identificar pontos de vista e universos de

referência, justificando.

4. Reconhecer a forma como o texto está

estruturado, atribuindo títulos a partes e subpartes.

5. Analisar relações intratextuais: semelhança,

oposição, parte – todo, causa – consequência,

genérico – específico.

6. Relacionar a estruturação do texto com a

construção da significação e com a intenção do

autor.

7. Explicitar o sentido global do texto, justificando.

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Leitura – 9.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Utilizar procedi-

mentos adequados

à organização e

tratamento da

informação.

1. Identificar ideias-chave.

2. Organizar em tópicos a informação do texto.

Ler para apreciar

textos variados.

1. Expressar, de forma fundamentada e sustentada,

pontos de vista e apreciações críticas suscitados

pelos textos lidos em diferentes suportes.

2. Reconhecer o papel de diferentes suportes (papel,

digital, visual) e espaços de circulação (jornal,

internet…) na estruturação e receção dos textos.

Reconhecer a

variação da língua.

1. Identificar, em textos escritos, a variação nos

planos fonológico, lexical, e sintático.

2. Distinguir contextos históricos e geográficos em

que ocorrem diferentes variedades do português.

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O Princípio da Progressão

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Anos Descritores de desempenho

1.º Ler um texto com articulação e entoação razoavelmente corretas e

uma velocidade de leitura de, no mínimo, 55 palavras por minuto.

2.º Ler um texto com articulação e entoação razoavelmente corretas e

uma velocidade de leitura de, no mínimo, 90 palavras por minuto.

3.º Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma

velocidade de leitura de, no mínimo, 110 palavras por minuto.

4.º Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma

velocidade de leitura de, no mínimo, 125 palavras por minuto.

5.º Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma

velocidade de leitura de, no mínimo, 140 palavras por minuto.

6.º Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma

velocidade de leitura de, no mínimo, 150 palavras por minuto.

7.º Ler expressivamente em voz alta textos variados, após

preparação da leitura.

Leitura – Progressão

Objetivo: Ler em voz alta (palavras e textos).

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Velocidade de leitura medida em número de palavras por minuto

Anos

Kent State

University, 2004

University of

Oregon, 2006

(percentil 50)

Instituto Alfa e Beto,

Brasil,

2012

Metas

1.° 30-60 53 (60-80) 55

2.° 70-100 89 80-90 90

3.° 80-110 107 90-100 110

4.° 100-140 123 110-130 125

5.° 110-150 139 130-140 140

6.° 120-160 150 140-170 150

7.° 130-170 150 160-190 ---

8.° 140-180 151 190-220 ---

9.° --- --- 210-250 ---

Velocidade de Leitura

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A definição das metas por ano de escolaridade teve em

vista a clarificação dos conteúdos de aprendizagem em cada ano,

a responsabilização pelo seu ensino num momento determinado

do percurso escolar (naturalmente sem prejuízo da sua

consolidação nos anos seguintes), e a opção por formas de

continuidade e de progressão entre os diferentes anos de um

ciclo e também entre os vários ciclos. Estes três objetivos

determinaram, em casos pontuais, uma nova arrumação de

alguns conteúdos, de modo a reforçar a coerência dos conteúdos

de aprendizagem por ano e por ciclo.

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16

«A fluência de leitura, ou seja, a precisão e rapidez na

descodificação, constitui um dos factores responsáveis pela

compreensão daquilo que é lido, sendo determinante não

apenas nas fases iniciais de aprendizagem da leitura, mas

continuando a assumir um importante papel na compreensão

mesmo para os leitores não principiantes. (…)

São a rapidez e precisão na descodificação que determinam a

compreensão, e não o contrário.»

Snow, Burns and Griffin (1998), Preventing reading difficulties in young children,

citados por Inês Sim-Sim, Ler e Ensinar a Ler (2006), p. 53

A fluência de leitura

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A fluência de leitura é a ponte entre a leitura e a compreensão.

É avaliada por três indicadores:

1. velocidade (palavras por minuto, num texto);

2. precisão (ausência de erros);

3. prosódia (cadência, entoação, ritmo).

Um aluno fluente lê

– com desembaraço;

– com entoação adequada;

– com ritmo e cadência;

– sem errar, gaguejar ou silabar.

A fluência de leitura

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Anos Descritores de desempenho

5.º Pôr em relação duas informações para inferir delas uma terceira.

6.º 1. Antecipar o assunto, mobilizando conhecimentos prévios com

base em elementos paratextuais (por exemplo, deteção de

título, subtítulo, autor, ilustrador, capítulos, configuração da

página, imagens).

2. Pôr em relação duas informações para inferir delas uma

terceira.

3. Extrair o pressuposto de um enunciado.

7.º Fazer deduções e inferências.

8.º Fazer deduções e inferências, justificando.

Leitura – Progressão

Objetivos: Fazer inferências. (5.º e 6.º ano)

Interpretar textos de diferentes tipologias e

graus de complexidade. (7.º e 8.º ano)

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1. Lugar

2. Agente

3. Tempo

4. Ação

5. Instrumento

6. Categoria

7. Objeto

8. Causa e Efeito

9. Problema e Solução

10. Sentimento e Atitude

Maria Regina Rocha (2007), A Compreensão na Leitura, págs. 119-123

Tipos de inferência

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1. Sensações visuais: a referência a flores, a um canteiro ou a

um banco exposto ao sol.

2. Sensações olfativas: o cheiro a um café; o cheiro a ácidos; o

cheiro a eucaliptos.

3. Elementos do espaço, um móvel, um objeto, um instrumento

que se utilize, uma peça de vestuário: o quadro negro; o

fogão; a cama; a tesoura de poda; a canoa; o pijama.

4. As pessoas que aí se movimentam ou trabalham: o juiz; o

empregado de mesa; o nadador-salvador.

5. Uma ação que aí decorra: a aula de português; a missa; um

cozinhado (a sopa); o jogo de futebol; o campeonato de

natação.

Onde se passa a ação?

Inferências – Lugar

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1. Utensílios característicos da sua profissão: um pente na

mão e uma tesoura; um estetoscópio; uma pasta escolar.

2. A ação: quem ensina; quem receita um medicamento; quem

apaga um incêndio; quem conduz um comboio; quem

decide se o jogador é expulso do campo.

3. O local em que se encontra: no altar; na sala de aula,

sentado à secretária; numa maca; na baliza; num navio;

num campo de batalha.

Quem?

Inferências – Agente

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O momento em que algo acontece, o século, o ano, a época, a estação

do ano, o mês, os diversos momentos do dia, a hora, a data, ou ainda as

condições atmosféricas, tudo isto pode ser inferido por meio da

interpretação de diversos elementos, como, por exemplo,

a) acontecimentos históricos ou culturais relativos a determinadas épocas

da humanidade ou a determinados séculos ou anos;

b) atividades ou acontecimentos característicos de certas épocas do ano;

c) ações relativas a certos momentos do dia;

d) peças de vestuário ou acessórios utilizados em função do momento do

dia ou das condições atmosféricas;

e) consequências ou efeitos dessas condições atmosféricas;

f) recursos, instrumentos ou objetos utilizados em determinados

momentos do dia.

Quando? Em que momento?

Inferências – Tempo

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1. A referência à Restauração da Independência diz-nos que estamos a falar

de 1640, do século XVII (acontecimento).

2. As vindimas levam o aluno à inferência do mês de setembro (atividade).

3. A missa do galo revela que a ação se passa em dezembro (atividade,

acontecimento);

4. O chapéu-de-chuva aberto é revelador de que está a chover (acessório).

5. Um leque a abanar indicia que está calor (acessório).

6. O uso de um casaco de lã comprido sugere que está frio (vestuário).

7. Se se aciona o interruptor da luz ao chegar a casa, é natural que já seja

noite fechada (ação).

8. Se a manteiga derrete em cima da mesa do jardim mal lá foi colocada, isso

é revelador de que o dia está quente, de que se estará no verão (efeito).

Quando? Em que momento? – Exemplos

Inferências – Tempo

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A ação (o que acontece ou o que alguém faz) pode ser inferida pelo

aluno, por exemplo, se tiver em conta aspetos como os que se seguem:

a) os intervenientes

O que faz um camionista? O que faz um pedreiro?

b) as características de determinadas ações, de determinados

acontecimentos

Se, das mãos da mãe, curvada sobre a tábua, os lençóis vão

saindo impecavelmente lisos e agradavelmente quentes, o que é que a

mãe está a fazer?

c) os procedimentos

Se o pai juntou os ovos, a farinha e o açúcar, bateu tudo,

deitou numa forma e a pôs no forno, o que é que ele esteve a fazer?

O que está a acontecer? Qual é a ação?

Inferências – Ação

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O instrumento, ou seja, aquilo que a pessoa utiliza como utensílio ou

ferramenta, é inferido por informação sobre

a) a sua função

Se o menino está a comer a sopa, o que é que ele tem na mão?

Se alguém está a cavar, que alfaia está a utilizar?

b) quem o utiliza

Antigamente, qual era o instrumento de trabalho de um escritor?

E hoje?

c) as suas características ou as consequências da sua utilização

Se o pai sobe ao escadote para colocar o varão do cortinado e

instantes depois se ouve um barulho inconfundível e se sente a fina

parede a estremecer, o que é que ele estará a usar?

O que é que se está a utilizar?

Inferências – Instrumento

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Inferir uma categoria exige uma certa capacidade de generalizar, de

estabelecer relações entre palavras ou conceitos que levem à

construção do conceito genérico que as abrange.

Os conceitos agrupam-se por afinidades semânticas.

Orientar os alunos no estabelecimento destas associações e

inferência do conceito genérico é um procedimento a adotar com os

alunos, que desde muito cedo poderão fazer associações e

generalizações adequadas à sua idade.

Por exemplo, o que há de comum entre as rosas, os cravos e os

malmequeres é o facto de serem flores; cereal é a categoria que engloba

o arroz, o trigo e o milho.

Qual o termo geral que designa tudo isso?

Inferências – Categoria

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Em relação ao objeto, os alunos devem aprender a inferir alguma

coisa de que se fala e que pode ser vista ou tocada. Os indícios que a tal

conduzem podem dizer respeito

a) ao seu aspeto;

b) às suas características;

c) ao uso que se faz desse objeto.

Exemplos:

Se, nas mãos do menino, o lápis vai ficando com o bico fininho, pronto

para voltar a escrever, que outro objeto é que a criança tem na mão?

Se, dos lados do fogão, se ouve um silvo que faz com que a mãe se

levante a correr e para lá se dirija, o que é que estará ao lume?

Qual o objeto?

Inferências – Objeto

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A inferência da causa e a do efeito (causa – efeito ou efeito – causa)

são fundamentais para a boa compreensão do que se lê.

Para este tipo de inferência, avulta a importância dos conhecimentos e

dos esquemas do leitor, pois há causas mais fáceis de inferir e outras

mais difíceis.

Por exemplo, se, ao acordar, a mãe se apercebeu de que toda a casa

estava inundada e que a banheira transbordava, o que se poderá inferir?

Pelo efeito, pode facilmente inferir-se a causa.

Trata-se de um tipo de inferência a ser trabalhado por excelência, dado

a relação de causa – efeito ser permanente nas situações do quotidiano.

Qual foi a causa? O que é que vai acontecer de seguida?

Inferências – Causa e Efeito

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Para consubstanciar a inferência do problema – solução, poderá

pedir-se aos alunos que apresentem uma solução para um problema,

que infiram qual a solução a adotar a propósito do problema enunciado.

Se o menino está com dor de dentes, qual a solução que vai ser

adotada?

Também se poderá pedir o oposto, ou seja, ser mencionada uma

solução e o aluno ter de equacionar o respetivo problema.

Se o pai diz que vai partir para França para resolver os problemas

da família, que problemas poderão ser esses?

Qual é o problema? Qual poderá ser a solução?

Inferências – Problema e Solução

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A relação entre o sentimento e a atitude é observada pelas

crianças desde tenra idade. As atitudes são reveladoras de

sentimentos.

Assim, poderão deduzir-se sentimentos de atitudes

Quem se ri (comportamento), revela satisfação, alegria

(sentimento que se infere).

ou atitudes de sentimentos

Quem ama (sentimento), perdoa (comportamento a inferir).

As atividades que permitem inferir o sentimento a partir da atitude ou

a atitude a partir do sentimento preparam o aluno não só para a

compreensão do texto como para o conhecimento do outro.

O que é que está a sentir? Qual será a atitude?

Inferências – Sentimento e Atitude

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Anos Descritores de desempenho

5.º Indicar os aspetos nucleares do texto, respeitando a articulação dos

factos ou das ideias, assim como o sentido do texto.

6.º 1. Relacionar a estrutura do texto com a intenção e o conteúdo do

mesmo.

2. Indicar os aspetos nucleares do texto de maneira rigorosa,

respeitando a articulação dos factos ou das ideias assim como o

sentido do texto e as intenções do autor.

7.° Reconhecer a forma como o texto está estruturado (diferentes

partes).

8.°

Reconhecer a forma como o texto está estruturado (diferentes partes

e subpartes).

9.°

1. Reconhecer a forma como o texto está estruturado, atribuindo

títulos a partes e subpartes.

2. Relacionar a estruturação do texto com a construção da

significação e com a intenção do autor.

Objetivo: Interpretar textos de diferentes tipologias e graus de complexidade.

Leitura – Progressão

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Descritores de Desempenho

e

Atividades

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Alguns princípios

Cada professor, fazendo uso dos conhecimentos científicos,

pedagógicos e didáticos que possui, adquiridos não só pela sua

formação como pela sua experiência, adotará os procedimentos

que considerar mais adequados para que o ensino se faça de tal

modo que os alunos adquiram e revelem cada um dos

desempenhos descritos nas Metas Curriculares de Português.

Ponto prévio

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Alguns princípios

Sem invalidar o atrás referido, seguem-se alguns princípios orientadores, no sentido da eficácia do ensino no que diz respeito à aquisição dos desempenhos indicados no domínio da Leitura.

1. Em primeiro lugar, deverá salientar-se a importância da fluência de

leitura. A rapidez e precisão na leitura condicionam a compreensão

dos textos.

2. Cada descritor de desempenho exige ensino explícito.

3. As atividades de leitura devem ser orientadas para uma determinada

finalidade, correspondente ao descritor selecionado (por exemplo:

«Identificar pontos de vista e universos de referência.»; «Identificar

causas e efeitos.»; «Fazer deduções e inferências.»; «Reconhecer a

forma como o texto está estruturado (diferentes partes).»; «Explicitar

o sentido global do texto.»).

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4. Em geral, são necessários quatro momentos no processo de aquisição de um desempenho de compreensão de leitura:

a) a ativação de conhecimentos dos alunos;

b) a observação do conteúdo em causa (por exemplo: mostrar ao aluno, no texto, como se pode fazer uma dedução; mostrar como se verifica qual é a ideia principal; mostrar como é que um determinado texto está estruturado);

c) sempre que necessário, o fornecimento de informação clarificadora do conceito (por exemplo: explicitar a diferença entre uma dedução e uma inferência; referir o que é uma ideia principal; referir marcas indiciadoras da estruturação de um texto);

d) a aplicação (a leitura de outra passagem do texto ou de outros textos com os quais se possa pôr em prática o conhecimento adquirido) .

Alguns princípios

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5. No caso de textos de determinados géneros, poderá ser necessário o fornecimento de informação específica sobre as marcas do género em causa.

6. Em relação a cada descritor de desempenho, as atividades propostas deverão ser de natureza variada, de modo a solicitarem operações cognitivas de graus diversos de complexidade e exigência.

7. As atividades propostas deverão ter formatos diferentes, de modo a proporcionarem a destreza dos alunos na resposta às diversas situações.

8. A fase de aplicação deverá ocorrer em mais do que uma aula e em trabalho de casa.

Alguns princípios

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Objetivo

Interpretar textos de diferentes tipologias e graus de complexidade.

Descritor de desempenho

Distinguir facto de opinião.

7.º Ano

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os seus

conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido do

desempenho acima descrito.

Segue-se a sugestão de uma atividade conducente ao desempenho

descrito.

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Atividade – proposta

1. Leitura de um texto informativo.

2. Observação de que algumas passagens do texto traduzem factos,

que podem ser verificados objetivamente, enquanto outras se

constituem como opiniões, baseadas nas ideias e nos valores de

quem escreve ou de quem assume a palavra no texto.

3. Distinção entre facto e opinião por meio de um exercício de

tipificação de passagens selecionadas.

4. Reflexão sobre as razões que levam à classificação de uma

afirmação como facto ou opinião.

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Texto

A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) quer que os

portugueses se comprometam a utilizar este meio de transporte um dia por

semana durante todo o ano de 2013. A iniciativa “Sexta de Bicicleta” tem

subjacente a ideia de que “grandes mudanças nos nossos hábitos conseguem-se

muitas vezes através de pequenas mudanças”.

O plano é simples. “Em cada sexta-feira de 2013 levamos a bicicleta connosco”,

seja “para o trabalho, para a universidade, para as compras, para o jardim ou para

o café com amigos ao fim do dia”. O convite dirige-se não só a quem já pedala

regulamente, mas também a quem estava à espera de um pretexto para começar

a fazê-lo.

Para os novatos, a MUBi disponibiliza uma série de conselhos, como preparar a

bicicleta antecipadamente e estudar vários trajectos alternativos antes de optar por

um, mas também um Manual de Utilização Urbana de Bicicleta.

“Surpreenderemos as nossas cidades, governantes, vizinhos e colegas. De uma

forma divertida e natural, mostraremos como um futuro com mais bicicletas nas

ruas poderá ser mais humano e confortável para todos”, diz a MUBi na página do

“Sexta de Bicicleta”, onde os interessados em participar na iniciativa podem fazer a

sua inscrição. João Barreto, da direcção da associação, explica que andar de

bicicleta à sexta-feira será “o primeiro passo” para que este meio transporte amigo

do ambiente acabe por se transformar num companheiro de todos os dias. Inês Boaventura, in Público,11.04.2013 - 16:07 (texto adaptado, consultado em 11.5.2013 em

http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/sextafeira-e-dia-de-andar-de-bicicleta-1590965)

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Atividade – ficha de trabalho

Passagem do texto Facto Opinião

1. A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi)

quer que os portugueses se comprometam a utilizar este meio

de transporte um dia por semana.

2. Grandes mudanças nos nossos hábitos conseguem-se muitas

vezes através de pequenas mudanças.

3. O plano é simples.

4. O convite dirige-se não só a quem já pedala regulamente, mas

também a quem estava à espera de um pretexto para começar

a fazê-lo.

5. Surpreenderemos as nossas cidades, governantes, vizinhos e

colegas.

6. De uma forma divertida e natural, mostraremos como um futuro

com mais bicicletas nas ruas poderá ser mais humano.

7. Andar de bicicleta à sexta-feira será “o primeiro passo” para

que este meio transporte amigo do ambiente acabe por se

transformar num companheiro de todos os dias.

Classifica cada passagem do texto como um facto ou uma opinião.

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Atividade – informação

Facto Opinião

um acontecimento, uma ação um modo pessoal de ver um determinado

acontecimento; uma ideia que se tem acerca de

uma ação realizada

pode provar-se é discutível

uso de vocabulário e de formas

verbais que traduzem a

modalidade epistémica com

valor de certeza: dizer, fazer,

ver; concretamente, nomeada-

mente; exemplificando…

uso de vocabulário, de formas verbais e de

adjetivos valorativos que traduzem a modalidade

apreciativa ou a epistémica com valor de

possibilidade (incerteza): gostar de, pensar que,

achar que, crer; bom, mau, ótimo, admirado,

surpreendente; possivelmente, talvez…

números, percentagens, datas,

locais…

ideias, emoções, possibilidades…

uso do presente ou do pretérito

perfeito do modo indicativo

uso do futuro, do condicional e do conjuntivo

1. Como se deteta que uma determinada passagem é um facto ou uma opinião?

2. Analisar o texto com os alunos e enunciar objetivamente as marcas textuais

que levam a essa distinção. Exemplos:

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Atividade – aplicação

Fornecer aos alunos um novo texto informativo e repetir o exercício.

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Objetivo

Interpretar textos de diferentes tipologias e graus de complexidade.

Descritores de desempenho

1.Formular hipóteses sobre os textos e comprová-las com a respetiva leitura.

2. Identificar causas e efeitos.

3. Fazer deduções e inferências.

4. Reconhecer a forma como o texto está estruturado (diferentes partes).

5. Detetar elementos do texto que contribuem para a construção da

continuidade e da progressão temática e que conferem coerência e coesão ao

texto:

a) substituições por pronomes;

b) substituições por sinónimos e expressões equivalentes.

7.º Ano

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os seus

conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido dos

desempenhos acima descritos.

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Atividade

Segue-se a sugestão de uma atividade conducente aos desempenhos

descritos.

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Maria Regina Rocha 45

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Vai passar a procissão.

Festa na Aldeia

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Maria Regina Rocha 46

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Vai passar a procissão.

Mesmo na frente, marchando a compasso,

De fardas novas, vem o solidó.

Quando o regente lhe acena com o braço,

Logo o trombone faz popó, popó.

Olha os bombeiros, tão bem alinhados!

Que se houver fogo vai tudo num fole.

Trazem ao ombro brilhantes machados,

E os capacetes rebrilham ao sol.

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Vai passando a procissão.

Olha os irmãos da nossa confraria!

Muito solenes nas opas vermelhas!

Ninguém supôs que nesta aldeia havia

Tantos bigodes e tais sobrancelhas!

Ai, que bonitos que vão os anjinhos!

Com que cuidado os vestiram em casa!

Um deles leva a coroa de espinhos.

E o mais pequeno perdeu uma asa!

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Vai passando a procissão.

Pelas janelas, as mães e as filhas,

As colchas ricas, formando troféu.

E os lindos rostos, por trás das mantilhas,

Parecem anjos que vieram do Céu!

Com o calor, o Prior vai aflito.

E o povo ajoelha ao passar o andor.

Não há na aldeia nada mais bonito

Que estes passeios de Nosso Senhor!

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Já passou a procissão.

António Lopes Ribeiro

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Perguntas sobre informação explícita

1. Onde tocam os sinos?

2. O que é que há no chão?

3. O que é que vai passar?

4. Quando é que o trombone faz popó, popó?

5. Como é que os bombeiros vão?

6. O que é que um dos anjinhos leva?

7. Quem é que perdeu uma asa?

8. Onde é que estão as mães e as filhas?

9. Porque é que o prior vai aflito?

10. O que é que o povo faz quando o andor passa?

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Observações

As perguntas anteriores incidem apenas sobre a informação literal.

A observação da imagem e o diálogo com os alunos sobre os seus

conhecimentos acerca de procissões permitirão formular hipóteses

sobre o conteúdo do texto, para, depois, se verificar se esses aspetos

estão contemplados no texto.

As perguntas que se seguem têm em vista a verificação dos

desempenhos em função dos quais esta atividade foi concebida.

Normalmente, não se propõe que sobre um qualquer texto se

formulem tantas perguntas. Tal acontece por uma questão de

exemplificação, dado este texto possibilitar o tratamento de diversos

descritores de desempenho.

Pressupõe-se que cada um dos descritores selecionados tenha sido,

previamente, objeto de ensino explícito por meio de atividades com

outro(s) texto(s).

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Maria Regina Rocha 49

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Vai passar a procissão.

Mesmo na frente, marchando a compasso,

De fardas novas, vem o solidó

Quando o regente lhe acena com o braço,

Logo o trombone faz popó, popó.

Olha os bombeiros, tão bem alinhados!

Que se houver fogo vai tudo num fole.

Trazem ao ombro brilhantes machados,

E os capacetes rebrilham ao sol.

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Vai passando a procissão.

Outras perguntas (1)

1. Porque é que os sinos tocam? 2. O que é o rosmaninho e o alecrim? 3. Porque puseram rosmaninho e alecrim no

chão? 4. Repara na exclamação «que Deus a proteja!» a) A que se refere o pronome «a»? b) Que sentimento é que essa exclamação revela? 5. Observa a palavra «solidó». Ela é essencial-

mente formada por duas notas musicais. a) Quais são elas? b) Tendo em conta os elementos da palavra «solidó» e o conteúdo do resto da estrofe, o que será o solidó? 6. Quem é que está a usar fardas novas? 6.1. Porque é que essas pessoas estão a usar fardas novas? 7. O que significa a expressão «vai tudo num

fole»? 8. Quem é que traz ao ombro machados? 8.1. Para que servem esses machados? 9. Porque é que os capacetes brilham ao sol? 10. Qual a diferença entre brilhar e rebrilhar?

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Maria Regina Rocha 50

.

Olha os irmãos da nossa confraria!

Muito solenes nas opas vermelhas!

Ninguém supôs que nesta aldeia havia

Tantos bigodes e tais sobrancelhas!

Ai, que bonitos que vão os anjinhos!

Com que cuidado os vestiram em casa!

Um deles leva a coroa de espinhos.

E o mais pequeno perdeu uma asa!

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Vai passando a procissão.

Pelas janelas, as mães e as filhas,

As colchas ricas, formando troféu.

E os lindos rostos, por trás das mantilhas,

Parecem anjos que vieram do Céu!

Outras perguntas (2)

11. Os irmãos da confraria são crianças? 11.1. Como é que sabes se o são ou

não?

12. Quem terá vestido os anjinhos? 12.1. Porque é que alguém os vestiu e

não foram eles próprios a vestir-se?

13. Que sentimento está presente na

frase «Com que cuidado os vestiram em casa»?

14. Porque será que foi o anjinho mais pequeno que perdeu uma asa?

15. De quem são os «lindos rostos por trás das mantilhas»?

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Maria Regina Rocha 51

.

1.ª estrofe: Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja! Vai passar a procissão.

4.ª e 7. ª estrofes:

Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja!

Vai passando a procissão. Duas últimas estrofes: Com o calor, o Prior vai aflito.

E o povo ajoelha ao passar o andor.

Não há na aldeia nada mais bonito

Que estes passeios de Nosso Senhor! Tocam os sinos na torre da igreja,

Há rosmaninho e alecrim pelo chão.

Na nossa aldeia, que Deus a proteja! Já passou a procissão.

Outras perguntas (3) 16. Lê a penúltima estrofe. Em que época do ano se estará? Porquê?

17. Se está calor para toda a gente, porque é que só o prior é que vai aflito?

18. Qual o sentimento do poeta ao dizer que «Não há na aldeia nada mais bonito que estes passeios de Nosso Senhor»?

19. Que palavra do texto significa o mesmo que «estes passeios de Nosso Senhor»?

20. Como já reparaste, há uma estrofe que se repete, embora com ligeiras alterações. Partindo dessa observação, diz quantas partes podes considerar no texto e porquê.

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Objetivo

Interpretar textos de diferentes tipologias e graus de complexidade.

Descritor de desempenho

Detetar elementos do texto que contribuem para a construção da continuidade

e da progressão temática e que conferem coerência e coesão ao texto:

a) repetições;

b) substituições por pronomes (pessoais, demonstrativos e possessivos);

c) substituições por sinónimos e expressões equivalentes;

d) referência por possessivos..

9.º Ano

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os seus

conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido dos

desempenhos acima descritos.

Segue-se a sugestão de uma atividade conducente ao desempenho

descrito.

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Atividade (1)

1. Poderá começar por se explicar aos alunos como se

constrói a progressão temática de um texto: o fornecimento

de uma informação inicial que é retomada, sendo a ela

ligada nova informação, que por sua vez é retomada,

ligando-se-lhe nova informação… E assim sucessivamente.

2. Leitura atenta do texto que se segue, que é o início do conto

«A Aia», de Eça de Queirós.

3. Interpretação, pelos alunos, do facto de algumas palavras e

expressões estarem assinaladas com cores diferentes.

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Era uma vez um rei, moço e valente, senhor de um reino abundante em

cidades e searas, que partira a batalhar por terras distantes, deixando solitária e

triste a sua rainha e um filhinho, que ainda vivia no seu berço, dentro das suas

faixas.

A Lua cheia que o vira marchar, levado no seu sonho de conquista e de fama,

começava a minguar, quando um dos seus cavaleiros apareceu, com as armas

rotas, negro do sangue seco e do pó dos caminhos, trazendo a amarga nova de

uma batalha perdida e da morte do rei, trespassado por sete lanças entre a flor da

sua nobreza, à beira de um grande rio. A rainha chorou magnificamente o rei.

Chorou ainda desoladamente o esposo, que era formoso e alegre. Mas,

sobretudo, chora ansiosamente o pai, que assim deixava o filhinho desamparado,

no meio de tantos inimigos da sua frágil vida e do reino que seria seu, sem um

braço que o defendesse, forte pela força e forte pelo amor.

Desses inimigos o mais temeroso era seu tio, irmão bastardo do rei, homem

depravado e bravio; consumido de cobiças grosseiras, desejando só a realeza por

causa dos seus tesoiros, e que havia anos vivia num castelo sobre os montes,

com uma horda de rebeldes, à maneira de um lobo que, de atalaia no seu fojo,

espera a presa. Ai! a presa agora era aquela criancinha, rei de mama, senhor de

tantas províncias, e que dormia no seu berço com seu guizo de oiro fechado na

mão!

Ao lado dele, outro menino dormia noutro berço. Mas este era um

escravozinho, filho da bela e robusta escrava que amamentava o príncipe.

Texto

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Atividade (2)

Os alunos poderão ser orientados na seguinte análise: A informação a verde do primeiro parágrafo é a informação essencial fornecida como ponto de partida: um rei parte para uma batalha e deixa a mulher e o filho. No segundo parágrafo, é retomada a azul essa informação da partida («o vira marchar»), aparecendo de seguida a informação nova (assinalada a lilás): o rei morre. No terceiro parágrafo, é retomada a morte do rei (que fora informação nova no segundo parágrafo), por meio do choro da rainha, surgindo agora como nova a informação de que há inimigos da vida do príncipe. No quarto parágrafo, retoma-se a referência aos inimigos, e o que surge como novo é que um dos inimigos é o tio, que deseja a morte do menino adormecido no seu berço. No quinto parágrafo, retoma-se a imagem do menino a dormir no berço, para se introduzir como novo outro menino que dorme ao lado do principezinho, filho da escrava que amamenta o príncipe. Assim, o que está assinalado a azul é a informação retomada, e a lilás a informação nova. Com a ligação entre ambas se constrói a progressão temática do texto.

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Atividade (3)

Em princípio, os alunos descobrirão o jogo entre o que se retoma e o que

se acrescenta, mas, se tiverem dificuldade na compreensão de que em

cada parágrafo se retoma uma informação do parágrafo anterior

(assinalada a azul) e que se introduz uma nova informação (assinalada a

lilás) que, por sua vez, será retomada no parágrafo seguinte, o professor

poderá orientar essa descoberta, por exemplo, da seguinte forma:

– A passagem sublinhada no primeiro parágrafo será uma informação

importante? Porquê?

– Quem é que a Lua viu marchar? A informação dessa partida aparece

só no segundo parágrafo ou já aparecera antes?

– O que aparece, então, como informação nova no segundo parágrafo?

– De que modo a morte do rei é retomada no terceiro parágrafo?

– E o que aparece como informação nova no terceiro parágrafo?

– Se a informação nova do terceiro parágrafo é a de que há inimigos do

pequeno príncipe, o que poderá surgir como novo no quarto parágrafo?

(…)

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Atividade (4)

Poderá, depois, propor-se aos alunos a leitura dos restantes parágrafos

do conto «A Aia» e a descoberta da forma como se constrói a progressão

temática da narrativa:

6.º parágrafo: retoma da referência à aia e à morte do rei;

novo – os valores da aia (veneração pelos seus senhores

crença na vida eterna, sentido do dever).

7.º parágrafo: retoma da veneração da aia pelos seus senhores (o

senhor agora é o principezinho que a aia aperta

nos braços, com ternura);

novo – amor mais profundo pelo seu próprio filho.

8.º parágrafo: retoma da imagem da aia que segura o príncipe nos

braços;

novo – o tio descera à planície, originado um sulco de

matança e ruínas; reforço das portas do palácio.

(…)

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Atividade (5)

Depois da compreensão da forma como o texto se constrói, poderá,

então, passar-se à análise dos mecanismos de coesão textual.

Relê o início do conto e observa as palavras sublinhadas. O que é que

essas palavras têm em comum?

Era uma vez um rei, moço e valente, senhor de um reino abundante em cidades e searas, que partira a batalhar por terras distantes, deixando solitária e triste a sua rainha e um filhinho, que ainda vivia no seu berço, dentro das suas faixas. A Lua cheia que o vira marchar, levado no seu sonho de conquista e de fama, começava a minguar, quando um dos seus cavaleiros apareceu, com as armas rotas, negro do sangue seco e do pó dos caminhos, trazendo a amarga nova de uma batalha perdida e da morte do rei, trespassado por sete lanças entre a flor da sua nobreza, à beira de um grande rio. A rainha chorou magnificamente o rei. Chorou ainda desoladamente o esposo, que era formoso e alegre. Mas, sobretudo, chora ansiosamente o pai, que assim deixava o filhinho desamparado, no meio de tantos inimigos da sua frágil vida e do reino que seria seu, sem um braço que o defendesse, forte pela força e forte pelo amor.

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3.º Ciclo

Se houver dificuldade na resposta por parte dos alunos, formular

perguntas que os levem a verificar:

– a repetição da palavra «rei»;

– a referência ao rei por meio de possessivos (sua, seu, seus, sua);

– a substituição da palavra «rei» por pronomes (que, o);

– a substituição da palavra «rei» por palavras que também

designam aquela personagem (esposo, pai).

Atividade (6)

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3.º Ciclo

Concluímos que a continuidade de sentido de um texto é assegurada por diversos processos: . Repetição de palavras Exemplo: o rei – o rei

. Substituição de palavras por sinónimos ou hiperónimos Exemplo: o rei – o monarca, o soberano

. Substituição por outro termo que, no contexto, se refere à mesma entidade Exemplo: rei – esposo – pai

. Substituição de palavras por advérbios ou expressões que designam o espaço ou o tempo de referência Exemplo: o quarto – ali; meia-noite – naquele momento

. Substituição de palavras por pronomes (pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos) ou por determinantes Exemplo: o rei – ele morreu entre a flor da sua nobreza

Atividade – conclusão

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Fornecer aos alunos um novo texto narrativo e repetir o tipo de

exercícios.

Atividade – aplicação

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Final da apresentação

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Metas Curriculares

de Português

Ensino Básico

3.º Ciclo

O domínio da Oralidade

Helena C. Buescu, Maria Regina Rocha, Violante F. Magalhães

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Objetivos

e

Descritores de Desempenho

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Oralidade – 7.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Interpretar

discursos orais

com diferentes

graus de

formalidade e

complexidade.

1. Identificar o tema e explicitar o assunto.

2. Distinguir o essencial do acessório.

3. Fazer deduções e inferências.

4. Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas

(informar, narrar, descrever, exprimir sentimentos,

persuadir).

5. Manifestar ideias e pontos de vista pertinentes

relativamente aos discursos ouvidos.

Registar, tratar e

reter a

informação.

1. Identificar ideias-chave.

2. Tomar notas.

3. Reproduzir o material ouvido, recorrendo à síntese.

Participar

oportuna e

construtivamente

em situações de

interação oral.

1. Respeitar as convenções que regulam a interação

verbal.

2. Pedir e dar informações, explicações, esclarecimentos.

3. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a

interação.

4. Apresentar propostas e sugestões.

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Oralidade – 7.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Produzir textos orais

corretos, usando

vocabulário e

estruturas gramaticais

diversificados e

recorrendo a

mecanismos de

coesão discursiva.

1. Planificar o texto oral a apresentar, elaborando

tópicos.

2. Utilizar informação pertinente, mobilizando

conhecimentos pessoais ou dados obtidos em

diferentes fontes, com a supervisão do professor.

3. Usar a palavra com fluência e correção, utilizando

recursos verbais e não verbais com um grau de

complexidade adequado às situações de

comunicação.

4. Diversificar o vocabulário e as estruturas

utilizadas no discurso.

5. Utilizar pontualmente ferramentas tecnológicas

como suporte adequado de intervenções orais.

Produzir textos orais (4

minutos) de diferentes

tipos e com diferentes

finalidades.

1. Narrar.

2. Fazer a apresentação oral de um tema.

3. Apresentar e defender ideias, comportamentos,

valores, justificando pontos de vista.

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Oralidade – 8.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Interpretar

discursos orais

com diferentes

graus de

formalidade e

complexidade.

1. Identificar o tema e explicitar o assunto.

2. Identificar os tópicos.

3. Distinguir informação objetiva e informação subjetiva.

4. Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas

em diversas sequências textuais (informar, narrar,

descrever, explicar e persuadir).

5. Manifestar ideias e pontos de vista pertinentes

relativamente aos discursos ouvidos.

Registar, tratar e

reter a

informação.

1. Identificar ideias-chave.

2. Tomar notas, organizando-as.

3. Reproduzir o material ouvido, recorrendo à síntese.

Participar

oportuna e

construtivamente

em situações de

interação oral.

1. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a

interação.

2. Solicitar informação complementar.

3. Estabelecer relações com outros conhecimentos.

4. Debater e justificar ideias e opiniões.

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Oralidade – 8.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Produzir textos orais

corretos, usando

vocabulário e

estruturas

gramaticais

diversificados e

recorrendo a

mecanismos de

organização e de

coesão discursiva.

1. Planificar o texto oral a apresentar, elaborando

tópicos a seguir na apresentação.

2. Utilizar informação pertinente, mobilizando

conhecimentos pessoais ou dados obtidos em

diferentes fontes, com a supervisão do professor,

citando-as.

3. Usar a palavra com fluência e correção, utilizando

recursos verbais e não verbais com um grau de

complexidade adequado ao tema e às situações de

comunicação.

4. Diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas

no discurso.

5. Utilizar pontualmente ferramentas tecnológicas

como suporte adequado de intervenções orais.

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Oralidade – 8.º Ano

Objetivos Descritores de desempenho

Produzir textos orais

(5 minutos) de

diferentes tipos e

com diferentes

finalidades.

1. Informar, explicar.

2. Fazer a apresentação oral de um tema, justificando

pontos de vista.

3. Apresentar e defender ideias, comportamentos,

valores, argumentando e justificando pontos de vista.

Reconhecer a

variação da língua.

1. Identificar, em textos orais, a variação nos planos

fonológico, lexical e sintático.

2. Distinguir contextos geográficos em que ocorrem

diferentes variedades do português.

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Objetivos Descritores de desempenho

Interpretar discursos

orais com diferentes

graus de formalidade e

complexidade.

1. Identificar o tema e explicitar o assunto.

2. Identificar os tópicos.

3. Distinguir informação objetiva e informação

subjetiva.

4. Manifestar ideias e pontos de vista pertinentes

relativamente aos discursos ouvidos.

Consolidar processos

de registo e tratamento

de informação.

1. Identificar ideias-chave.

2. Reproduzir o material ouvido recorrendo à

síntese.

Participar oportuna e

construtivamente em

situações de interação

oral.

1. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar

a interação.

2. Estabelecer relações com outros conhecimentos.

3. Debater e justificar ideias e opiniões.

4. Considerar pontos de vista contrários e

reformular posições.

Oralidade – 9.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Produzir textos orais

corretos, usando

vocabulário e

estruturas

gramaticais

diversificados e

recorrendo a

mecanismos de

organização e de

coesão discursiva.

1. Planificar o texto oral a apresentar, elaborando

tópicos a seguir na apresentação.

2. Utilizar informação pertinente, mobilizando

conhecimentos pessoais ou dados obtidos em

diferentes fontes, citando-as.

3. Usar a palavra com fluência e correção, utilizando

recursos verbais e não verbais com um grau de

complexidade adequado ao tema e às situações de

comunicação.

4. Diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas

no discurso.

5. Utilizar ferramentas tecnológicas com adequação e

pertinência como suporte adequado de intervenções

orais.

Oralidade – 9.º Ano

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Objetivos Descritores de desempenho

Produzir textos orais

(5 minutos) de

diferentes tipos e

com diferentes

finalidades.

1. Fazer a apresentação oral de um tema, justificando

pontos de vista.

2. Argumentar, no sentido de persuadir os

interlocutores.

3. Fazer apreciações críticas.

Reconhecer a

variação da língua.

1. Identificar, em textos orais, a variação nos planos

fonológico, lexical e sintático.

2. Distinguir contextos geográficos em que ocorrem

diferentes variedades do português.

Oralidade – 9.º Ano

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O Princípio da Progressão

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Anos Descritores de desempenho

7.º 1. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.

2. Apresentar propostas e sugestões.

8.º 1. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.

2. Solicitar informação complementar.

3. Estabelecer relações com outros conhecimentos.

4. Debater e justificar ideias e opiniões.

9.º 1. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.

2. Estabelecer relações com outros conhecimentos.

3. Debater e justificar ideias e opiniões.

4. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.

Oralidade – Progressão Objetivo: Participar, oportuna e construtivamente,

em situações de interação oral.

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Anos Descritores de desempenho

7.º

(4 minutos)

1. Narrar.

2. Fazer a apresentação oral de um tema.

3. Apresentar e defender ideias, comportamentos, valores,

justificando pontos de vista.

8.º

(5 minutos)

1. Informar, explicar.

2. Fazer a apresentação oral de um tema, justificando pontos

de vista.

3. Apresentar e defender ideias, comportamentos, valores,

argumentando e justificando pontos de vista.

9.º

(5 minutos)

1. Fazer a apresentação oral de um tema, justificando pontos

de vista.

2. Argumentar, no sentido de persuadir os interlocutores.

3. Fazer apreciações críticas.

Oralidade – Progressão

Objetivo: Produzir textos orais de diferentes tipos

e com diferentes finalidades.

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Descritores de Desempenho

e

Atividades

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Alguns princípios

Cada professor, fazendo uso dos conhecimentos científicos,

pedagógicos e didáticos que possui, adquiridos não só pela sua

formação como pela sua experiência, adotará os procedimentos

que considerar mais adequados para que o ensino se faça de tal

modo que os alunos adquiram e revelem cada um dos

desempenhos descritos nas Metas Curriculares de Português.

Ponto prévio

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Alguns princípios

Sem invalidar o atrás referido, seguem-se alguns princípios orientadores, no sentido da eficácia do ensino no que diz respeito à aquisição dos desempenhos indicados no domínio da Oralidade.

1. Cada descritor de desempenho exige ensino explícito.

2. As atividades de oralidade devem ser orientadas para uma

determinada finalidade, correspondente ao descritor selecionado

(por exemplo: «Distinguir o essencial do acessório.»; «Fazer

deduções e inferências.»; «Reproduzir o material ouvido,

recorrendo à síntese.»; «Retomar, precisar ou resumir ideias, para

facilitar a interação.»; «Planificar o texto oral a apresentar,

elaborando tópicos.»).

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3. Para o bom desempenho em situações do oral formal, é indispensável o visionamento de documentos áudio e vídeo e sua análise, no sentido da deteção dos desempenhos depois exigidos aos alunos.

4. No caso de discursos de determinada tipologia, poderá ser necessário o fornecimento de informação específica.

5. Em relação a cada descritor de desempenho, as atividades propostas deverão ser de natureza variada, de modo a solicitarem operações cognitivas de graus diversos de complexidade e exigência.

6. As atividades propostas deverão ter formatos diferentes, de modo a proporcionarem a destreza dos alunos na resposta às diversas situações.

Alguns princípios

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Objetivo

Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e

complexidade.

Descritor de desempenho

Distinguir o essencial do acessório.

7.º Ano

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os

seus conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido

do desempenho acima descrito.

Segue-se uma sugestão de atividade conducente ao desempenho

acima descrito.

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A compreensão de um texto (ouvido ou lido) depende, entre

vários fatores, do interesse que o aluno tem na sua leitura, da

sua intenção de leitura.

A maneira como o leitor (ou o ouvinte) aborda o texto

influenciará o que ele vier a compreender e a reter dele.

Um exemplo clássico provém de uma experiência de Pichet e

Andersen (Taking Different Perspectives on a Story, 1977),

referidos por Jocelyne Giasson (A Compreensão na Leitura,

pág. 40), que podemos adaptar à Oralidade.

A intenção do leitor ou do ouvinte

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Proposta:

Dividir a turma em dois grupos de alunos que vão ouvir ler um

texto (os dois diapositivos seguintes) cujo assunto é a descrição

de uma casa.

a) Um grupo de alunos assume a posição de um eventual

comprador;

b) O outro grupo assume a posição de um assaltante.

Depois de ouvir ler o texto, cada aluno deverá descrever tudo

o que tiver retido do texto.

Atividade – 1.º passo

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Os dois rapazes correram até à entrada de casa. “Eu bem te tinha dito

que hoje era bom dia para faltar à escola”, disse Marco. “A minha mãe

nunca está em casa à quinta-feira”, acrescentou. Uma sebe muito alta não

deixava ver a casa da rua, o que permitiu aos dois amigos explorarem à

vontade o enorme terreno. “Não pensava que a tua casa fosse tão

grande”, disse o Pedro. “É, e está bem mais bonita desde que o meu pai

acabou o terraço e a lareira de granito”.

A casa tinha três portas: uma à frente, outra atrás e uma de lado que

dava para a garagem. Esta estava quase vazia; apenas se viam três

bicicletas de 10 velocidades, bem arrumadas. Os dois amigos entraram

pela porta do lado. O Marco explicou ao Pedro que esta porta estava

quase sempre aberta para as irmãs entrarem quando chegavam a casa

antes da mãe.

O Pedro quis visitar a casa. O dono da casa começou por lhe mostrar a

sala que, como o resto do rés-do-chão, estava pintada de fresco. Marco

pôs a aparelhagem estereofónica no máximo. O amigo pareceu ficar

aborrecido com este gesto. “Não te preocupes, os vizinhos mais próximos

estão a 500 metros daqui!”, gritou-lhe Marco. Pedro sentiu-se melhor

quando verificou que não se via nenhuma casa perto do enorme quintal.

O texto

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A sala de jantar, onde havia porcelanas chinesas, pratas e cristais, não

era sítio para brincadeiras. Os miúdos foram então para a cozinha fazer

sanduíches. Marco disse ao Pedro “Não te vou mostrar a cave. Apesar de

a canalização ter sido substituída, é muito húmida e cheira a mofo!”

“É aqui que o meu pai guarda os seus famosos quadros e a sua

colecção de moedas”, disse Marco, entrando no imponente escritório do

pai. E acrescentou a brincar: “Eu podia gastar o dinheiro que quisesse

porque o meu pai guarda-o na gaveta da secretária”.

Havia três quartos no andar de cima. Marco mostrou ao Pedro o

guarda-roupa da mãe, que estava cheio de casacos de peles e era onde

guardava o cofre das jóias sempre fechado à chave. No quarto das irmãs

não havia nada de interessante, a não ser uma televisão a cores que elas

lhe emprestavam de vez em quando. Gabou-se a seguir de que a casa de

banho do corredor era só dele porque tinha sido feita outra para as irmãs.

Uma clarabóia dava um belo efeito no quarto do Marco, mas via-se que o

tecto tinha apodrecido por causa da infiltração da água da chuva.

O texto (conclusão)

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Pedir aos alunos de cada grupo que digam o que retiveram do

texto.

Com apoio nos quadros dos dois diapositivos seguintes, pedir

que expliquem por que razão selecionaram determinada

informação e não retiveram outra.

Atividade – 2.º passo

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Comprador

Uma sebe muito alta não deixa

ver a casa da rua.

A casa é muito grande.

Tem terraço e uma lareira de

granito recentemente arranjados.

A casa tem três portas.

A sala e o rés-do-chão estão

pintados de fresco.

A casa não tem vizinhos

próximos: os mais próximos

estão a 500 metros e não se vê

nenhuma casa perto do quintal.

O quintal é enorme.

Assaltante

A dona da casa nunca está em

casa à quinta-feira.

Uma sebe muito alta não deixa

ver a casa da rua.

A casa tem três portas: uma à

frente, outra atrás e uma de lado

que dá para a garagem.

Na garagem: três bicicletas de 10

velocidades.

A porta do lado está quase

sempre aberta.

Na sala: uma aparelhagem

estereofónica.

Os vizinhos mais próximos estão

a 500 metros da casa e não se vê

nenhuma casa perto do quintal.

A perspetiva de cada grupo de ouvintes (1)

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Comprador

A canalização foi substituída.

A cava é muito húmida e cheira

a mofo.

O escritório é imponente.

O andar de cima tem três

quartos.

Tem duas casas de banho.

Um dos quartos tem uma

claraboia.

O teto desse quarto apodreceu

por causa da infiltração da água

da chuva.

Assaltante

Na sala de jantar: porcelanas

chinesas, pratas e cristais.

No escritório: quadros famosos e

coleção de moedas; dinheiro na

gaveta da secretária.

Três quartos no andar de cima:

– no da dona da casa, dentro do

guarda-roupa estão casacos de

peles e um cofre de jóias fechado

à chave;

– no das meninas, está uma

televisão a cores;

– no do rapaz, há uma claraboia. Motivações:

Tamanho da casa, privacidade,

perigo, número de divisões, pintura,

canalização, luz, infiltrações.

Motivações:

Entrada e saída (fuga) da casa;

objetos de valor.

A perspetiva de cada grupo de ouvintes (2)

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Concluir que a deteção do essencial de um texto varia de

acordo com a interesse do leitor, com a sua intenção de leitura.

Na audição de um texto oral, passa-se o mesmo.

Motivações do comprador:

Tamanho da casa, privacidade, perigo, número de

divisões, pintura, canalização, luz, infiltrações.

Motivações do assaltante:

Entrada e saída (fuga) da casa;

objetos de valor.

Atividade – Conclusão (1)

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De notar, ainda, que, sendo o texto essencialmente de

natureza descritiva, os alunos de ambos os grupos

selecionaram características definidoras do espaço e dos

objetos descritos.

• Assim, esta atividade pode ainda servir para compreender que

a deteção do essencial num texto está também diretamente

relacionada com a sua tipologia.

Exemplos:

- num texto descritivo são essenciais as características da

pessoa, do objeto ou do espaço descritos;

- num texto narrativo, são essenciais as personagens e a ação

(situação inicial, peripécias, conclusão);

- num texto informativo, são essenciais os aspetos que

respondem às questões de quem fez o quê, onde, quando,

como e porquê.

Atividade – Conclusão (2)

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Objetivo

Produzir textos orais (4 minutos) de diferentes tipos e com

diferentes finalidades.

Descritores de desempenho

1. Narrar.

2. Apresentar e defender ideias, comportamentos, valores, justificando

pontos de vista.

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aperfeiçoar os

desempenhos acima descritos.

Segue-se uma sugestão de atividade conducente ao desempenho

acima descrito.

7.º Ano

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Apresentação de um objeto memória: apresentação de um

objeto que tenha sido importante na infância do aluno e

justificação.

O aluno traz para a aula um objeto de estimação e produz uma

narrativa sobre um episódio em que esse objeto entrara.

Atividade

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Objetivo

Produzir textos orais (4 minutos) de diferentes tipos e com diferentes

finalidades.

Descritor de desempenho

Apresentar e defender ideias, comportamentos, valores, justificando

pontos de vista.

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aperfeiçoar o

desempenho acima descrito.

7.º Ano

Segue-se uma sugestão de atividade conducente ao desempenho

acima descrito.

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• O professor escreve, num conjunto de cartões, nomes abstratos que

designem conceitos, características ou sentimentos (um nome por

cartão).

• O professor entrega um cartão a cada aluno, ou coloca os cartões

num saco e os alunos tiram à sorte um cartão.

Notas: (1) pode haver cartões repetidos;

(2) cada aluno só sabe o que o seu cartão contém.

• O professor pede que cada aluno leia o cartão só para si e que tente

explicar em 3 frases a palavra escrita, sem que se refira à mesma na

sua definição.

• Os colegas da turma tentarão adivinhar de que palavra (de que

conceito) se trata.

Sugestões de nomes: amizade; amor; angústia; coragem; desânimo;

entusiasmo; esperança; estudo; guerra; inteligência; inveja; justiça;

lealdade; ódio; paixão; raiva; saudade; solidão; solidariedade; vingança.

Atividade

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Objetivo

Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e

complexidade.

Descritores de desempenho

1. Identificar o tema.

2. Explicitar o assunto.

3. Fazer deduções e inferências.

4. Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas (informar, narrar,

descrever, exprimir sentimentos, explicar, persuadir).

Tarefa

Conceber uma atividade que permita aos alunos aprofundar os seus

conhecimentos e desenvolver as suas capacidades no sentido dos

desempenhos acima descritos.

8.º Ano

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Atividade

Visionamento de uma curta-metragem animada,

cuja identificação só será feita no final da atividade.

Resolução de uma ficha de trabalho.

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Vamos ver uma curta-metragem animada que ganhou vários

prémios em festivais de cinema.

Antes da audição e do visionamento, leitura da seguinte ficha de

trabalho (a distribuir em suporte de papel).

Ficha de Trabalho

Num primeiro momento, vamos ouvir a parte sonora de um filme,

sem as imagens. Vamos tentar compreender.

• Que tema sobressai?

• Qual o assunto desta curta-metragem?

• O que se pode deduzir da frase inicial «No princípio era o

negro absoluto.»?

• Refere três sentimentos revelados ou sugeridos pelo EU.

• Quem poderão ser o EU e o ELA?

• Qual poderá ser o título do filme?

1. Informação sobre a Ficha de Trabalho

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Passar a banda sonora do vídeo.

2. Passagem do sonoro do filme, sem imagem

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1. OUVIR o sonoro do filme, sem imagens, tentando encontrar, no

que ouvir, as respostas às perguntas da ficha distribuída (o

filme tem a duração de 5 minutos e 4 segundos).

2. Em alternativa, ouvir apenas o primeiro minuto e meio do filme

e ler o texto que se segue, que constituiu todo o texto que o

filme contém.

3. Preencher a ficha de trabalho após a audição (sem que os

alunos saibam mais nada sobre o filme: sobretudo, não lhes

pode ser fornecido o título do filme).

2. Passagem do sonoro do filme, sem imagem

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No princípio, era o negro absoluto, a imensidão calma da noite. Depois, ela surgiu e tudo mudou. Há muito que deixei de a procurar.

Agora tudo é mais calmo. Aprendi que o melhor é esperar. Ela virá quando puder… ou quiser. Sei que um dia virá ter comigo. Senão, porque passaria horas a fio, noites inteiras, a observar-me? Nada mais importa. Eu espero.

Mas nem sempre fui assim. Depois de a conhecer, a minha vida mudou. Procurei segui-la. E por ela atravessei mares, corri oceanos, cheguei mesmo a andar à deriva. Tudo fiz para a encontrar. E quando julguei estar perto, estava ainda bem longe. Senti-me perdido, sem saber o que fazer no meio de tanto mar: o barco tornava-se cada vez mais apertado, o mundo cada vez mais pequeno para toda aquela paixão.

Foi então que mudei de vida: arranjei casa e, confortavelmente instalado, julguei irrecusável a minha proposta. Mas… de novo, ela fugiu. Desesperado, fui, então, de telhado em telhado, atrás dela, escravo daquele desejo, prisioneiro daquela atração que pouco a pouco me deixava cada vez mais só.

E o tempo passou. Agora já não corro; espero apenas. O resto não importa.

3. O texto

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1. Passar de novo o filme, agora com imagem.

2. Após o visionamento do filme (com imagem), proceder a um

diálogo com os alunos, comparando as respostas dadas às

perguntas da ficha de trabalho (as expectativas) com a realidade

encontrada.

3. Concluir por que motivo foram feitas determinadas deduções e

inferências antes do visionamento do filme.

4. As expectativas, as deduções e as inferências

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Ficha técnica da curta metragem

Título do filme: Estória do Gato e da Lua

Produtor: Jorge Neves

Realizador: Pedro Serrazina

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1. Além do tema referido na Ficha de Trabalho, pedir aos alunos a

identificação de um outro tema presente no filme.

2. Mostrar que motivos levam a que se chegue à conclusão da

presença de um determinado tema.

Por exemplo, o tema do Amor é visível pelo emprego de palavras e

expressões como «ela surgiu e tudo mudou», «um dia virá ter

comigo», «paixão», «a minha proposta», «escravo daquele desejo»,

«atração».

3. Clarificar o conceito de tema, apresentar aos alunos uma lista e

pedir que acrescentem alguns. Exemplos:

Desigualdade social Viagem

Vida Morte

Conflito de gerações Educação

Desporto Família

Adolescência Alimentação

5. O tema

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1. Clarificar o conceito de assunto e pedir aos alunos que leiam as

respostas que deram a este respeito na Ficha de Trabalho.

2. Apresentar um modelo de assunto (nomeadamente o que diz

respeito a este texto).

3. Ensinar aos alunos como se apresenta o assunto de um texto.

Exemplos:

a) Diálogo entre uma mãe e um filho sobre as vantagens e os

inconvenientes das saídas à noite.

b) Relato de um episódio de infância, em que o narrador recorda a

primeira vez que se encontrou com uns primos que tinham vindo do

Brasil e lhe deram a comer mangas verdes.

c) Descrição da chegada de um jovem à Madeira e da impressão

que a bela cidade do Funchal lhe provocou.

d) Notícia de um cão que salvou uma criança e foi homenageado

por todos os habitantes da vila, que disputam a primazia de lhe dar

de comer todos os dias.

6. O assunto

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1. Identificar as possíveis intencionalidades comunicativas

presentes neste filme:

a) Narrar (Existe uma história?)

b) Descrever (Existe alguma passagem descritiva?)

c) Exprimir sentimentos (Foram expressos sentimentos?)

d) Explicar (Existe alguma explicação?)

e) Persuadir (Alguém pretende convencer o público de alguma

coisa?)

f) Informar (Existe informação?)

2. Mostrar aos alunos como se verifica a existência de uma

determinada intencionalidade comunicativa. No caso deste

filme, explorar como se materializa a intenção de narrar, de

descrever e de exprimir sentimentos.

7. A intencionalidade comunicativa

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Final da apresentação