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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA Meta-análise do consumo de matéria seca de vacas leiteiras em condições tropicais Márcia Cristina de Souza Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia. Área de concentração: Zootecnia. Sinop, Mato Grosso Junho de 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

Meta-análise do consumo de matéria seca de vacas leiteiras em

condições tropicais

Márcia Cristina de Souza

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em

Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus

Universitário de Sinop, como parte das exigências para a

obtenção do título de Mestre em Zootecnia.

Área de concentração: Zootecnia.

Sinop, Mato Grosso

Junho de 2013

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MÁRCIA CRISTINA DE SOUZA

Meta-análise do consumo de matéria seca de vacas leiteiras em

condições tropicais

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em

Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus

Universitário de Sinop, como parte das exigências para a

obtenção do título de Mestre em Zootecnia.

Área de concentração: Zootecnia.

Orientador: Prof. Dr. André Soares de Oliveira

Sinop, Mato Grosso

Junho de 2013

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v

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por iluminar durante toda essa trajetória.

Agradeço a minha família pelo apoio para que eu sempre continuasse os estudos.

Agradeço a Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop, pela oportunidade do

Mestrado em Zootecnia.

Agredeço a banca examinadora por avaliar e contribuir para melhorias da dissertação.

Agradeço a todos os professores da UFMT- Campus de Sinop que contribuiram para que eu

adquirise novos conhecimentos.

Agradeço aos meus colegas que, direta ou indiretamente, fizeram parte do meu

desenvolvimento durante o mestrado.

Agradeço a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT) e a

Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (CAPES) pela concessão da bolsa de

estudo.

Agradeço a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT) pela

concesssão de suporte financeiro para condução da pesquisa (Projeto de Pesquisa Número

483724/2011, Edital PRONEM 006/2011).

A todos que, direta ou indiretamente, colaboram para realização deste trabalho.

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BIOGRAFIA

Márcia Cristina de Souza, filha de Claudecir de Souza e Doralice Gomes de Souza, nasceu

em São Paulo, Estado de São Paulo, em 09 de agosto de 1988.

Em 2007, ingressou na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus

Universitário de Sinop, no curso de graduação em Zootecnia.

No período letivo de 2009, participou como bolsista do Programa de Monitoria da

Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, na disciplina de Bioquímica

Aplicada.

Entre agosto de 2010 a julho de 2011, participou como bolsista PIBIC 2010-2011, do

projeto de pesquisa, intitulada como Torta de pinhão-manso na alimentação de vacas leiteiras.

Descrição: CNPq Edital: MCT/CNPq Nº 14/2009 Universal.

Em maio de 2011, participou da organização da III Semana Acadêmica da Universidade

Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop.

Em 2011, obteve o título de bacharel em Zootencnia, colando grau em 16 de dezembro de

2011.

Em março de 2012 iniciou o curso de mestrado no porgrama de pós graduação em

Zootecnia, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário de Sinop,

concentrando seus estudos na linha de pesquisa em Nutrição e Alimentação Animal, na área de

Ruminantes, defedendo dissertação em 28 de julho de 2013.

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vii

RESUMO

SOUZA, Márcia Cristina, Dissertação de Mestrado (Zootecnia), Universidade Federal de Mato

Grosso, Campus Universitário de Sinop, junho de 2013, 55 f. Meta-análise do consumo de

matéria seca de vacas leiteiras em condições tropicais. Orientador: Prof. Dr. André Soares de

Oliveira. Coorientadores: Prof. Cláudio Vieira de Araújo e Prof. Dr. Eduardo Henrique Bevitori

Kling de Moraes.

Uma meta-análise foi realizada para desenvolver modelo de predição do consumo de matéria seca

(CMS) de vacas leiteiras em condições tropicais, e avaliar a adequação comparado com cinco

modelos vigentes (NRC, 2001; CNCPS; AFRC 1993; Freitas et al., 2006, e Santos et al., 2009). Os

conjuntos de dados foram criados a partir de 1655 vacas oriundos de 100 estudos, os quais foram

divididos aleatoriamente em dois grupos para análise estatística: um para desenvolver equações de

predição (60 estudos, 309 média de tratamentos) e outro para a avaliar a adequação de modelos (40

estudos, 148 média de tratamentos). A equação de predição foi desenvolvida utilizando modelo

misto não-linear, considerando o experimento como efeito aleatório. Peso corporal (PC; 540 ± 57,6

kg), produção de leite corrigida a 4% de gordura (4% PLC; 21,3 ± 7,7 kg/d) e dias em lactação (DL;

110 ± 62) foram utilizados como variáveis independentes. Adequação dos modelos foi avaliada com

base no coeficiente de determinação (r2), quadrado médio do erro da predição (QMEP), raiz

quadrada do QMEP (RQMEP) e coeficiente de correlação de concordância (CCC). Foi proposto o

modelo CMS (kg/d) = (0,4762 (± 0,0358) × PLC + 0,07219 (± 0,00605) × PC0,75

) × (1 - e (-0,03202 (±

0,00615) × (DL + 24,9576 (± 5,909)). A média observada do CMS do conjunto de dados para avaliar modelos

foi 17,61 ± 3,20 kg/d. O modelo proposto explicou 93% da variação no CMS, e previu com menor

média de viés (0,11 kg/d), menor RQMEP (4,85% do CMS observado), a maior estimativa de

coeficiente de correlação (ρ de 0,965; precisão) e o fator de correção do viés (Cb de 0,999;

acurácia). O modelo NRC (2001) explicou 92% da variação no CMS, teve o segundo menor média

de viés (0,42 kg/d), a segunda menor RQMEP (5,80% do CMS observado), e segunda maior

precisão (ρ de 0,944) e acurácia (Cb de 0,985). Os modelos CNCPS e AFRC(1993) explicaram 93 e

85% da variação no CMS, mas subestimaram a média do CMS em 1,77 e 1,40 kg/dia, com RQMEP

de 11,34 e 10,66% do valores CMS observados, com precisão (ρ) de 0,806 e 0,822, e acurácia (Cb)

de 0,836 e 0,891. Os modelos de Freitas et al. (2006) e Santos et al. (2009) tiveram as piores

qualidades de predição, subestimando o CMS em 2,31 e 1,88 kg/d, com RQMEP de 22,75 e 14,85%

do CMS observado, precisão (ρ) de 0,494 e 0,762 e acurácia (Cb) de 0,810 e 0,861. O modelo

proposto fornece maior acurácia e precisão da predição do CMS de vacas leiteiras em condições

tropicais.

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viii

ABSTRACT

SOUZA, Márcia Cristina, MS Dissertation (Animal Science), Federal University of Mato Grosso,

Campus Sinop, june de 2013, 55 f. Meta-analysis of feed intake of dairy cows on tropical

condiction. Adviser: Prof. Dr. André Soares de Oliveira. Co-adivisers: Prof. Cláudio Vieira de

Araújo e Prof. Dr. Eduardo Henrique Bevitori Kling de Moraes.

A meta-analysis was conducted to develop a model for predicting dry matter intake (DMI) in dairy

cows under the tropical conditions of Brazil and to assess its adequacy compared with 5 current

available DMI prediction models [Agricultural and Food Research Council (AFRC), 1993; National

Research Council (NRC), 2001; Cornell Net Carbohydrate and Protein System (CNCPS), version 6;

Freitas et al., 2006; and Santos et al., 2009]. The dataset was created using 457 observations (n =

1,655 cows) from 100 studies, and it was randomly divided into 2 sub-datasets for statistical

analysis. The first sub-dataset was used to develop a DMI prediction equation (60 studies; 309

treatment means) and the second sub-dataset was used to assess the adequacy of DMI predictive

models (40 studies; 148 treatment means). The DMI prediction model proposed in the current study

was developed using a nonlinear mixed model analysis after reparameterizing the NRC (2001) DMI

prediction equation, but including study as a random effect in the model. Body weight (mean = 540

± 57.6 kg), 4% fat-corrected milk (mean = 21.3 ± 7.7 kg/d), and days in milk (mean = 110 ± 62 d)

were used as independent variables in the model. The adequacy of the DMI prediction models was

evaluated based on coefficient of determination, mean square prediction error (MSPE), root MSPE

(RMSPE), and concordance correlation coefficient (CCC). The observed DMI obtained from the

dataset used to evaluate the prediction models averaged 17.6 ± 3.2 kg/d. The following model was

proposed: DMI (kg/d) = (0.4762 (±0.0358) × 4% fat-corrected milk + 0.07219 (±0.00605) × body

weight0.75

) × (1 – e(-0.03202 (±0.00615) × (days in milk + 24.9576 (±5.909))

). This model explained 93.0% of the

variation in DMI predicting it with the lowest mean bias (0.11 kg/d) and RMSPE (4.9% of the

observed DMI), and highest precision [correlation coefficient estimate (ρ) = 0.97] and accuracy

[bias correction factor (Cb) = 0.99]. The NRC (2001) model prediction equation explained 92.0% of

the variation in DMI, and had the second lowest mean bias (0.42 kg/d) and RMSPE (5.8% of the

observed DMI) as well as the second highest precision (ρ = 0.94) and accuracy (Cb = 0.98). The

CNCPS 6.0 and AFRC (1993) DMI prediction models explained 93.0 and 85.0% of the variation in

DMI but underpredicted DMI by 1.8 and 1.4 kg/d, respectively. These 2 models (CNCPS and

AFRC) resulted, respectively, in RMSPE of 11.3 and 10.7% of the observed DMI with moderate to

high precision (ρ = 0.81 and 0.82) and accuracy (Cb = 0.84 and 0.89). Both Freitas et al. (2006) and

Santos et al. (2009) models resulted in the poorest results, underpredicting DMI by 2.3 and 1.9 kg/d

with RMSPE of 22.8 and 14.9% of the observed DMI, and moderate to low precision (ρ = 0.49 and

0.76) and accuracy (Cb = of 0.81 and 0.86). The new model derived from the current meta-

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analytical approach provided the best accuracy and precision for predicting DMI in lactating dairy

cows under Brazilian conditions.

LISTA DE FIGURAS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Figura 1 - Evolução anual das publicações científicas (indexadas na PubMed) tratando de meta-

análise (“meta-analysis’)....................................................................................................................04

Figura 2 - Evolução anual das publicações nos periódicos Revista Brasileira de Zootecnia, Journal

of Dairy Science e Journal of Animal Science tratando de meta-análise (“meta-

analysis’).............................................................................................................................................04

Figura 3 - Principais etapas de uma meta-análise..............................................................................05

Figura 4 - Esquematização da acurácia e da precisão........................................................................07

Figura 5 - Diagrama conceitual de teorias de regulação do consumo psicogênica, fisiológica e

física...................................................................................................................................................10

Figura 6 - Ilustração da relação de reciprocidade entre as características alimentares e consumo de

matéria seca........................................................................................................................................11

Figura 7 - Predição do consumo de matéria seca de vacas em lactação utilizando a equação proposta

pelo NRC (2001), atual e a proposta por Kertz et al. (1991)..............................................................23

Figura 8 - Consumo de matéria seca (a), produção de leite corrigida para 4% de gordura (b),

segundo NRC (2001)..........................................................................................................................24

Figura 9 - Mudança no peso corporal de vacas primíparas e multíparas durante 48 semanas de

lactação, segundo NRC (2001)...........................................................................................................24

Figura 10 - Relação entre o consumo de matéria seca estimados pelas equações propostas pelo NRC

(2001), NRC (1989) e por Freitas et al. (2006) (Eq 7) para vacas leiteiras e os valores

observados..........................................................................................................................................26

CAPÍTULO

Figure 1 – Relationship between observed (squares) and residual (observed – predicted; circles) dry

matter intake (DMI) with predicted values for dairy cows using proposed model, NRC (2001),

AFRC 1993 (Vadiveloo and Holmes, 1979), CNCPS (Tylutki et al., 2008), Freitas et al. (2006) and

Santos et al. (2009) models. Dataset of 148 means treatment from 40 studies..................................55

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LISTA DE TABELAS

Table 1 - Equations of dry matter intake (DMI, kg/d) predicted models for dairy cows...................52

Table 2 - Descriptive statistics of the data set used to develop and evaluate models to predict DMI

on dairy cows......................................................................................................................................53

Table 3 - Summary of statistical measures to assess adequacy of several models using regression

between observed (Y) and model predicted (X) DMI........................................................................54

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xi

SUMÁRIO

Página

INTRODUCÃO..................................................................................................................................01

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................................02

1. Meta-análise: conceito, breve histórico e aplicação na Zootecnia.................................................02

2. Modelagem matemática..................................................................................................................05

2.1. Conceitos fundamentais...............................................................................................................05

2.2. Métodos de avaliação da adequação de modelos matemáticos...................................................06

3. Consumo de matéria seca...............................................................................................................08

3.1. Importância.................................................................................................................................08

3.2. Mecanismo de regulação do consumo de matéria seca...............................................................08

3.3. Principais fatores reslacionados ao animal que afetam o consumo de matéria seca...................12

3.3.1. Peso corporal............................................................................................................................12

3.3.2. Produção de leite..... ................................................................................................................13

3.3.3. Período de lactação...................................................................................................................13

3.4. Principais fatores relacionados a dieta que afetam o consumo de matéria seca..........................13

3.4.1. Fibra em detergente neutro.......................................................................................................14

3.4.2. Umidade...................................................................................................................................15

3.4.3. Proteína....................................................................................................................................15

3.4.4. Relação volumoso:concentrado................................................................................................16

3.4.5. Lipídeos...................................................................................................................................16

3.4.6. Ingestão de água.....................................................................................................................17

3.5. Fatores ambientais, comportamentais e de manejo que afetam o consumo de matéria seca......17

3.5.1. Habitos alimentares e comportamentais...................................................................................17

3.5.2 Clima. ......................................................................................................................................18

3.5.3. Acesso a alimentação... ...........................................................................................................19

3.5.4. Método de arroçoamento. ........................................................................................................19

3.5.5. Frequência de alimentação.......................................................................................................20

4. Modelos de predição do consumo de matéria seca para vacas leiteiras.........................................20

4.1. Modelo NRC (2001) (americano)...............................................................................................21

4.2. Modelo adotado pelo CNCPS (americano) ................................................................................24

4.3. Modelo adotado pelo AFRC (1993) (britânico) .........................................................................25

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xii

4.4. Modelo proposto por Freitas et. al (2006) (brasileiro)................................................................26

4.5. Modelo proposto por Santos el al. (2009) (brasileiro)................................................................26

5. Refências bibliográficas.................................................................................................................27

CAPÍTULO - Meta-analysis of feed intake of dairy cows on tropical conditions.............................31

Abstract...............................................................................................................................................32

Introduction........................................................................................................................................33

Material and methods........................................................................................................................33

Results and discussion.......................................................................................................................35

Conclusion..........................................................................................................................................38

References..........................................................................................................................................39

Appendix 1 ........................................................................................................................................41

Appendix 2........................................................................................................................................48

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1

INTRODUÇÃO

O desempenho animal é uma função do consumo de matéria seca (CMS), do teor de nutrientes

digestíveis da dieta e da eficiência do animal em converter os nutrientes digestiveis em produto animal.

Sob mesmas condições de resposta animal, o CMS é o principal fator nutricional responsável pelas

variações existentes na produção animal (Crampton et al., 1960). Consequentemente, a predição do

consumo é um pré-requisito essencial para que respostas produtivas e econômicas sejam corretamente

previstas e impostas, em qualquer modelo nutricional.

Apesar da complexidade dos mecanismos de regulação do consumo de alimento, os principais

sistemas nutricionais norte americanos (NRC, 2001; Tylutki et al., 2004), britânico (AFRC, 1993) e

nacionais (Freitas et al., 2006; Santos et al., 2009) utilizam modelos de predição de base empírica e

com variáveis relacionadas ao animal. Embora tais modelos sejam mais simples de serem adotados que

os modelos teóricos (mecanicistas), a qualidade da predição depende da amplitude de condições

dietéticas, genéticas e de ambiente analisadas. Assim, espera-se que modelos construídos a partir de

observações em condições divergentes das encontradas no ambiente tropical gerem estimativas

viciadas do CMS. No entanto, há ainda carência de estudos desta natureza em condições tropicais,

apesar do incremento de experimentos com bovinos leiteiros publicados nas últimas décadas.

Hipotetizou-se que o modelo de predição de CMS proposto é mais adequado que os modelos vigentes

para vacas leiteiros em condições tropicais.

Objetivou-se desenvolver modelo de predição do consumo de matéria seca de vacas leiteiras em

condições tropicais e avaliar a qualidade da predição com principais modelos vigentes.

O artigo apresentado no Capitulo 1 foi formatado conforme normas do periódico Journal of

Dairy Science.

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2

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1. Meta-análise: conceito, breve histórico e aplicação na Zootecnia

Meta-análise pode ser definida como uma análise estatística de vários estudos com o propósito

de integração de resultados (Glass, 1976). Representa etapa de uma revisão sistemática. Todavia, a

meta-análise é superior às formas tradicionais de revisão de literatura, pois estima com maior precisão

os efeitos dos tratamentos por meio de métodos quantitativos específicos. Este método permite produzir

informação com menor custo, sendo útil principalmente em áreas onde a evidência disponível é

insuficiente ou onde são necessários novos estudos.

A razão para realizar a meta-análise foi discutido por Sauvant et al. (2008). Para a

transformação de resultados de pesquisa em um conhecimento utilizável um único experimento não

pode ser conclusivo para uma inferência. Isso porque os resultados de um experimento refletem as

condições experimentais. Embora as metodologias do experimento sejam estabelecidas para que os

resultados amostrais possam ser extrapolados à população, a comunidade científica geralmente

confirma os primeiros resultados através de experimentos adicionais. Dessa forma, para um mesmo

assunto, dezenas, ou até mesmo centenas de experimentos são realizados.

Os objetivos principais da utilização da meta-análise são (Lovatto et al., 2007):

- Obter novos resultados: Para poder evidenciar um efeito de um tratamento que,

individualmente, não permite estabelecer conclusões por falta de potência analítica. Nesta situação, a

meta-análise melhora o poder analítico do modelo, aumentando as chances de evidenciar diferenças

entre os tratamentos (caso exista);

- Síntese de resultados contraditórios: Em certos estudos, os dados disponíveis para uma decisão

são constituídos de tratamentos conclusivos e por alguns não conclusivos. A meta-análise permite fazer

uma síntese dos dados contraditórios por menor que seja sua potência analítica;

- Aumento da precisão analítica: O reagrupamento de vários experimentos induz a uma melhor

precisão na avaliação do tamanho do efeito do tratamento. Isso se deve a uma análise fundamentada em

uma quantidade maior de informação, acompanhada do aumento de comparações entre temas.

- Melhor representatividade: Reagrupando os tratamentos com características diferentes, a meta-

análise permite ajustar a média geral dos estudos aos fatores de variação. O efeito do tratamento é

avaliado levando em conta diferentes condições, o que aumenta sua aplicabilidade para a população.

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3

- Planificação e geração de hipótese nova: Durante a fase de planificação de um novo

experimento, a meta-análise fornece os meios para fazer uma síntese do conhecimento adquirido sobre

o tema. Ela permite assim reforçar a hipótese de que o tratamento produz um efeito. Os resultados

obtidos facilitarão o cálculo do número de repetições. A meta-análise pode identificar hipóteses

diferentes das que motivaram os experimentos incluídos na meta-análise. É necessário observar com

cuidado a validação de uma hipótese através de dados que serviram para gerar a mesma hipótese.

A primeira tentativa de se agrupar resultados de vários estudos foi creditada a Person (1904) no

estudo intitulado “Report on certain enteric fever inoculation statistics”. Yates & Cochran (1938) e

Cochran (1954) propuseram métodos para análise de grupos de experimentos. Todavia, a descrição

inicial do termo meta-análise é creditada à G.V. Glass, em 1976, em um artigo intitulado "Primary,

secondary and meta-analysis of research", na revista Educational Research. O mesmo autor publicou

então o considerado primeiro trabalho de meta-análise (Smith & Glass, 1977), em que ao agregar

estatisticamente resultados de 375 pesquisas sobre psicoterapia, concluiu que a psicoterapia tem efeitos

terapêuticos.

Apesar do método ser conhecido há mais de 30 anos, foi nos últimos 10 anos que o interesse

pela comunidade científica se intensificou (Figura 1), decorrente do avanço no desenvolvimento de

novos métodos meta-analíticos (St-Pierre, 2001) e softwares específicos (http://www.meta-

analysis.com/pages/why_do.html; http://www.cochrane.org). Na pesquisa agropecuária, em especial na

área de Zootecnia, o número estudos sobre meta-análise tem aumentado nos últimos anos (Figura 2),

sinalizando que este método também se popularizou na ciência animal.

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4

1 1 6 3 12

18

15

21

27 47

112

249 33

24

29

53

05

39

67

8

77

7841 10

93

113

3

1313 16

65

1784

19

12

2246

2563

32

68 3596 3987

44

115156

58

90

69

89

91

50

5257

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

1977

19

79

1980

1981

19

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1983

1984

19

85

1986

19

87

1988

1989

19

90

1991

1992

19

93

1994

19

95

1996

1997

19

98

1999

2000

20

01

2002

20

03

2004

2005

20

06

2007

2008

20

09

2010

20

112012

2013

Figura 1- Evolução anual das publicações científicas (indexadas na PubMed) tratando de meta-análise

(“meta-analysis’). Data de coleta dos dados: 17-06-2013.

1 2 4 6 41 2 3 2 4 5

2 3

12

20

2732 32

55

6571

92

52

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Figura 2- Evolução anual das publicações nos periódicos Revista Brasileira de Zootecnia, Journal of

Dairy Science e Journal of Animal Science tratando de meta-análise (“meta-analysis’).

Data de coleta dos dados: 17-06-2013.

A meta-análise é um poderoso recurso à disposição dos pesquisadores, que lhes permite reunir

os resultados de estudos realizados de forma independente (trabalhos publicados) e sintetizar as suas

conclusões ou mesmo extrair uma nova conclusão. Todavia, uma série de abordagens e boas práticas

deve ser aplicada para as conclusões possam ter validade e processo possa ser repetido (Figura 3).

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Figura 3 - Principais etapas de uma meta-análise (Lovatto et al. 2007; adaptado de Sauvant et al.,

2008).

2. Modelagem matemática

2.1 Conceitos fundamentais

Modelagem pode ser definida como a representação matemática de um sistema biológico que

integra o conhecimento científico gerado ao longo do tempo, e permite prever as consequências de

modificações de determinados parâmetros sobre o comportamento do sistema (Adaptado de Mertens,

1976). Assim, a compreeensão do funcionamento dos sistemas biológicos e a predição de respostas

para diferentes cenários são os principais objetivos da modelagem.

Especificamente para a nutrição de ruminantes, a modelagem é usada para compreender e

prever em diferentes condições genéticas, alimentares e de meio sobre consumo de alimentos,

exigências nutricionais, valor nutricional de alimentos, desempenho animal, excreção de nutrientes e

emissão de gases. Desta forma, representa uma poderosa ferramenta de entendimento da produção

animal o que possibilita melhorar o desempenho produtivo, reduzir os custos de produção e minimizar

a exceção de nutrientes.

Os modelos matemáticos podem ser classificados em cinco ou mais categorias dependendo da

sua natureza (Thornley & France, 2007):

- Dinâmico e estático: Modelos dinâmicos incorporam tempo (exemplo: taxa de degradação) e o

modelo estático não incorpora tempo;

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- Empírico e mecanicista: Os modelos empíricos se baseiam em dados de observações, ou seja,

se ajusta ao banco de dados e não necessario ao teórico e os modelo mecanicista incorporam conceitos

sobre efeitos biologicos e dados de baixo nível de agregação (exemplo: células, tecidos);

- Probabilísticos e determinísticos: o probabilistico inclui grau de incerteza, e o determinístico

são exatos;

- Contínuo e discreto: Ambos são dinâmicos, o contínuo representa o tempo continuamente e o

discreto representa intervalo de tempo;

- Homogêneo e hetereogêneo: o modelo homogêneo tem uma explicita representação do tempo

e o hetereogêneo o tempo não é essencial; e

- Fixo, modelo aleatório ou modelo misto. O uso de modelo misto que incluem efeito fixos de

tratamentos e aleatórios para estudos é um procedimento básico de uma meta-análise (St-Pierre, 2001).

2.2 Métodos de avaliação da adequação de modelos matemáticos

Segundo os princípios da modelagem e simulação, para que um modelo seja aceito e aplicado,

deverá cumprir etapas que envolvam desde a definição do problema até a avaliação da qualidade de

predição do modelo (Mertens, 1976). A avaliação da adequação de modelos é uma etapa essencial do

processo de modelagem por indicar o nível de precisão e acurácia dos modelos e devem ser feito com

conjunto de dados diferentes ao utilizados para construção do modelo.

A acurácia mensura a divergência do valor predito pelo modelo em relação ao valor real. A

precisão mensura a divergência de cada valor predito em relação aos outros valores preditos, ou seja, a

dispersão dos valores preditos. Na Figura 4 é ilustrada as possibilidades de esquematização de modelos

quanto à acurácia e precisão. Assim, um modelo pode ser acurado e impreciso ou vice-versa.

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Figura 4 – Esquematização da acurácia e da precisão. Caso 1 é inacurado e impreciso, o caso 2 é

inacurado e preciso, o caso 3 é acurado e impreciso e caso 4 é acurado e preciso (Tedeschi,

2006).

A análise gráfica dos valores preditos em relação aos observados constitui a primeira etapa da

avaliação da acurácia e precisão. Diversas análises podem e devem ser utilizadas conjuntamente para

avaliar a adequação dos modelos. A qualidade da predição pode ser verificada por meio de

ajustamentos de regressão linear simples dos valores preditos sobre os observados, estimativa do

quadrado médio do erro de predição (QMEP) e análise do coeficiente de correlação de concordância

(CCC).

A análise do QMEP é talvez o mais comum procedimento de estimativa da acurácia de modelos

matemáticos (Tedeschi, 2006). Quanto maior o QMEP pior é a qualidade da predição dos modelos. O

QMEP pode ser ainda decomposto em três componentes, o que permite identificar as principais causas

da inacurácia: erro devido ao viés, erro devido à regressão apresentar inclinação diferente de 1 e erro

aleatório. O erro devido ao viés representa erro central de tendência (média dos desvios) e o erro

aleatório representa erro não explicado pelo modelo. Assim, quanto maior a participação do erro

aleatório no QMEP melhor a qualidade de predição do modelo (Bibby & Toutenburg, 1977).

A precisão e a exatidão dos modelos também podem ser analisadas conjuntamente por meio da

estimativa do CCC (Lin, 1989). Este índice pode ser expandido em dois componentes: estimativa de

coeficiente de correlação (r), que mede a precisão; e (Cb) o fator de correção de polarização, que é

indicativo de acurácia. Assim, quanto maior o valor de r e Cb maior a precisão e exatidão do modelo

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3. Consumo de matéria seca (CMS)

3.1 Importância

O CMS é de fundamental importância na nutrição, pois estabelece a quantidade de nutrientes

disponíveis para a saúde e produção animal. Constitui o primeiro ponto determinante do ingresso de

nutrientes necessários ao atendimento das exigências de mantença e produção, sendo considerado o

parâmetro mais importante na avaliação de dietas volumosas devido a sua alta correlação com a

produção do animal (Noller, 1997).

O CMS real ou estimado é importante na formulação de dietas a fim de evitar a subalimentação

ou superalimentação de nutrientes, fazendo o uso de forma eficiente destes. Subalimentação de

nutrientes restringe a produção e pode afetar a saúde de um animal, já a superalimentação aumenta os

custos de alimentação e pode resultar em excreção excessiva de nutrientes no meio ambiente.

3.2 Mecanismos de regulação do consumo de matéria seca

A regulação do consumo é uma função de mecanismos de curto e longo prazo. Regulação de

curto prazo do consumo refere-se a eventos diários, que afetam a quantidade, frequência e o padrão das

refeições. Pesquisas nessa área tem se concentrado sobre as características químicas especificas,

estímulos endócrinos e nervosos que desencadeiam sinais de fome ou saciedade. O mecanismo de

longo prazo refere-se à regulação do consumo de médias diárias de alimentos em vários períodos de

tempo, durante o qual as exigências de mantença e produção são atendidas. É reflexo direto do

potencial genético do animal e engloba direcionamentos homeostáticos e homeorréticos que visam à

manutenção do status nutricional e energético (Mertens, 1987).

Embora as pesquisas sobre os mecanismos de regulação de curto prazo da refeição forneçam

valiosos conhecimentos sobre os processos especifícos e sinais envolvidos na regulação do consumo,

esta informação não tem sido usada para predizer o consumo diário. Em primeiro lugar, os processos e

os sinais não têm sido relacionados ao animal especificamente e as características da dieta que pode ser

medida e usada para predizer o consumo. Em segundo lugar, o uso de estímulos de produtos químicos

específicos, hormonais ou nervosos para predizer o consumo exigem complexos modelos dinâmicos

que ainda não foram desenvolvidos (Mertens, 1987).

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Teorias individuais baseadas no enchimento físico do retículo-rúmen (Mertens, 1994; Allen,

1996), fatores de feedback metabólico (Mertens, 1994; Illius & Jessop, 1996), lipostática (Kennedy,

1953), de consumo de oxigênio (Ketelaars & Tolkamp, 1996) e mínimo desconforto total (Forbes,

2007) têm sido propostas para determinar e predizer o consumo voluntário de matéria seca. Cada teoria

pode ser aplicada sob algumas condições, mas na maioria das vezes ocorre efeito aditivo de muitos

estímulos regulatórios que regulam o CMS (Forbes, 2007).

Teoria de feedback metabólico

A teoria de feedback metabólico sustenta que um animal tem uma capacidade máxima

produtiva e uma taxa máxima na qual os nutrientes podem ser utilizados para atender os requerimentos

produtivos (Illius & Jessop, 1996). Quando a absorção de nutrientes, principalmente proteína e energia,

excede as exigências ou quando a relação de nutrientes é incorreta, o feedback metabólico negativo

pode causar impactos negativos sobre o CMS.

Teoria lipostática

Há mais de meio século, Kennedy (1953) propôs que a regulação do balanço energético é

intermediada por um produto do metabolismo presente na circulação sangüínea que interage com

receptores associados com o sistema nervoso central. Neste modelo, quando as reservas energéticas

(tecido adiposo) estão elevadas, o centro da saciedade no hipotálamo é ativado, provocando a redução

do consumo de alimentos. Por outro lado, durante a restrição alimentar ou no jejum prolongado, as

reservas de tecido adiposo são mobilizadas para produção de energia, ocorrendo um aumento

concomitante do apetite, esta teoria foi denominada lipostática.

Teoria do consumo de oxigênio

Uma alternativa para a teoria metabólica é a teoria de Ketelaars & Tolkamp (1996) baseada no

consumo de oxigênio. Esta teoria sugere que os animais consomem energia líquida a uma taxa que

melhora o uso do oxigênio e reduz a produção de radicais livres que vêm com a idade.

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Teoria do mínimo desconforto total

Forbes (2007) propos uma teoria universal que os animais regulam o consumo de alimentos

para minimizar o desconforto total. Desconforto representa quaisquer condições metabólicas e

fisiológicas afetadas por fatores dietéticos e de meio.

Teoria integrada física-fisiológica-psicogênica

A teoria integrada de regulação física-fisiológica-psicogênica (Mertens, 1994) talvez seja a mais

difundida e aceita. De maneira geral, o consumo em ruminantes pode ser regulado por três mecanismos

básicos: físico, fisiológico e psicogênico que interagem entre si determinando o perfil ingestivo de um

animal a uma dada situação (Figuras 5 e 6).

Figura 5 - Diagrama conceitual de teorias de regulação do consumo psicogênica (1), fisiológica (2)

física (3). As linhas sólidas são os fluxos de nutrientes, enquanto as linhas tracejada são os

fluxos de informações ou estímulos. O símbolo X indica um ponto de regulação do fluxo de

nutrientes (Mertens, 1987).

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Figura 6 - Ilustração da relação de reciprocidade entre as características alimentares e consumo de

matéria seca. As duas relações não podem ser equiparadas com precisão por uma equação

única e contínua. Uma linha (a) representa o consumo limitado pelo efeito de enchimento da

dieta (limitação física); A linha (c) representa o consumo limitado pela demanda energética

do animal. As linhas tracejadas representam os consumos previstos extrapolando-se os

modelos teóricos (Mertens, 1987).

A direção básica para comer (apetite) de um animal é determinado pelo seu potencial genético e

estado fisiológico, os quais correspondem a taxa máxima de utilização de nutrientes pelos tecidos.

Quando o animal recebe rações palatáveis, com baixo efeito de “enchimento” no trato gastro intestinal

(TGI) e prontamente digestíveis, o consumo é regulado pela demanda energética do animal e pela

densidade energética da dieta (regulação fisiológica). As principais limitações deste modelo teórico

para avaliar o consumo de alimentos em ruminantes são: Para dietas de alta qualidade, os

requerimentos nutricionais e não as características do alimento determinam o consumo. Desta forma,

dificulta-se a mensuração do potencial real de consumo de alimentos ou da ração; Se a demanda

energética do animal excede o potencial de consumo do alimento ou da ração, outro fator além da

energia do alimento limita o consumo (Mertens, 1987).

Quando o animal recebe rações palatáveis, porém com alto efeito de “enchimento” no TGI e

baixa concentração energética, o consumo é limitado por alguma restrição na capacidade do trato

gastrintestinal (regulação física). A tolerância do animal ao enchimento ruminal aumenta para

acomodar o elevado crescente da demanda de nutrientes, mas o desempenho potencial é comprometido.

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Os estímulos psicogênicos modificam ou modulam as funções dominantes de regulação

fisiológica e limitação física. O mecanismo psicogênico representa as respostas comportamentais e

metabólicas do consumo a estímulos que não são relacionados à capacidade física ou da procura por

energia. Envolve respostas no comportamento do animal a fatores inibidores ou estimuladores

relacionados ao alimento ou ao ambiente que não são relacionados à energia ou enchimento da dieta.

Fatores como sabor, odor, textura, aparência visual de um alimento, status emocional do animal,

interações sociais e o aprendizado podem modificar a intensidade do consumo de um alimento

(Mertens, 1994). Mertens (1994) citou que esses fatores afetam o consumo e sugere que devam ser

agregados em uma classe de modeladores ou modificadores psicogênicos do consumo. A modulação

psicogênica é um fator de ajustamento escalar, que determina elevações ou reduções no consumo

predito, devido a interações entre o animal e o meio que ele vive.

3.3. Principais fatores relacionados ao animal que afetam o consumo de matéria seca

3.3.1 Peso corporal

O peso corporal (PC) é utilizado em muitas equações de predição do CMS pode refletir em

mudanças durante a lactação. O PC ao parto, uma medida estática, é útil na definição da relação de

CMS e mantença do corpo (Roseler et al., 1997a).

O PC de um animal refere-se ao seu volume e é expresso em kg. Por outro lado, o peso

metabólico relaciona-se com a massa corporal e tem em conta crescimento alométrico do animal,

correspondendo ao peso vivo elevado a 0,75. A taxa metabólica basal (consumo de energia por unidade

de peso corporal por unidade de tempo; kcal calor/peso/dia) varia como uma função de uma potência

de expoente fracionário do peso corporal, que se determina habitualmente como o peso corporal

elevado a 0,75. As necessidades energéticas de um animal dependem muito mais do seu peso

metabólico do que do seu PC. Quanto mais elevado for o metabolismo, maior vão ser as necessidades

energéticas. Em um animal com um PC (volume) superior, as células aumentam em número. No

entanto, é pela área de superfície corporal que o calor por elas produzido é dissipado. Esta área

aumenta ao quadrado da dimensão linear, enquanto o volume (peso vivo) aumenta ao cubo. Ou seja, a

proporção área de superfície/volume diminui à medida que o tamanho do animal aumenta. Logo, o

metabolismo não aumenta proporcionalmente ao volume do animal.

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3.3.2 Produção de leite

Segundo o NRC (2001), há uma discusão se a produção de leite é influenciada pelo o consumo

ou o consumo é influenciado pela produção de leite. Na teoria da regulação do consumo de energia

(Conrad et al., 1964; Mertens, 1987) o consumo é influenciado pela produção de leite. Em vacas em

lactação tratadas com bST (a cada 14 dias), o CMS aumentou depois do aumento da produção de leite

(Bauman, 1992; Chalupa et al., 1996), confirmando que os animais consomem devido o requerimento

de energia.

3.3.3 Período de lactação

Durante o início da lactação, o CMS aumenta mais lentamente do que o aumento na produção

de leite por causa de adaptações metabólicas e enchimento do TGI. A sistemática de predição de CMS

para vacas no início da lactação é baseada no lapso de tempo entre a produção de leite diária máxima e

CMS máximo. Fatores de ajuste no início da lactação são métodos utilizados para reduzir o erro na

estimativa do CMS de vacas no início da lactação (Roseler et al., 1997b).

Uma função de ajuste (LAG) foi desenvolvido por Roseler et al. (1997a) para melhorar a

predição de CMS durante as primeiras 16 semanas pós parto. As vacas foram estratificadas por mês de

pico de produção de leite, e o ajuste por semana (em percentagem do consumo máximo) foi calculado.

Vacas que atingiram o pico de lactação mais rápido (1º mês de lactação) apesentaram um rápido

crescimento no CMS quando comparadas com vacas que atingiram o pico de produção de leite no 3º

mês de lactação. O LAG foi calculado como uma função exponencial da semana de lactação e o mês

pós parto (1, 2 ou > 3), quando o pico de produção de leite ocorreu. A equação para calcular o ajuste

foi: LAG = 1 - e-[(0,564-0,124 × MPL) × (SL + P)]

, onde MPL = mês pós parto quando pico de produção de leite

ocorreu (1, 2, ou> 3), SL = semana de lactação e P = pico de produção 2,36 para MPL = 1 e 2, ou P =

3,67 para MPL = 3. O valor de ajuste é usado como um multiplicador para a equação base para CMS

quando semana de lactação é ≤ 16 (Roseler et al., 1997a).

3.4. Principais fatores relacionados a dieta que afetam o consumo de matéria seca

As características físicas e químicas da dieta, tais como conteúdo de fibra da dieta, tamanho de

partícula, fonte da fibra, digestibilidade da fração fibra em detergente neutro (FDN), fragilidade da

partícula, facilidade de hidrólise do amido e fibra, produtos da fermentação de silagens, concentração e

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características da gordura suplementada, quantidade e a degradação da proteína podem afetar

expressivamente o CMS de animais ruminantes, ao determinarem a integração dos sinais envolvidos na

regulação do mesmo (NRC, 2001).

3.4.1 Fibra em detergente neutro

Os níveis de FDN em dietas para vacas em lactação são normalmente ajustados visando manter

o funcionamento normal do rúmen, otimizar o consumo e a digestibilidade dietética, bem como o

desempenho bioeconômico dos animais (Oliveira et al., 2011).

Devido às suas características químicas e físicas peculiares, a FDN compreende à fração do

alimento insolúvel em meio neutro lentamente degradável (em comparação ao conteúdo celular) e ou

indegradável, as quais respondem pela porção que ocupa espaço no trato digestivo dos ruminantes

(Oliveira et al., 2011). Em razão disso, em pesquisas pioneiras estabeleceu-se a fração fibrosa insolúvel

(FDN) como o componente do alimento de maior influência sobre o consumo e a digestibilidade

(Smith et al., 1972; Van Soest, 1994), estimulando-se o desenvolvimento de modelos de predição de

consumo e digestibilidade utilizando o teor de FDN como preditor único (Mertens, 1987). Todavia, em

diversos estudos posteriores evidenciou-se que seu uso como preditor único talvez seja inadequado, em

razão da elevada heterogeneidade química e física entre as fontes de FDN (Oliveira et al., 2011).

Fatores como a composição química da FDN (conteúdo e tipo de lignina e sua interação físico-

química com os demais componentes); dimensão das frações potencialmente degradável (FDNpd) e

indegradável (FDNi); tamanho inicial, densidade e fragilidade das partículas; bem como a atividade da

microbiota ruminal, afetam diretamente os parâmetros das dinâmicas de degradação e trânsito pelo

trato digestório, os quais modulam os efeitos da FDN sobre o consumo e digestão de nutrientes. Fontes

com o mesmo teor de FDN podem apresentar respostas diferentes, da mesma forma que fontes com

maior teor de FDN não necessariamente implicam em respostas mais negativas sobre o consumo e a

digestão (Oliveira et al., 2011).

Assim, para avaliação dos efeitos da FDN, discriminações devem ser feitas quanto à natureza e

características das fontes. Em geral, a FDN oriunda de forragens apresenta maior repleção ruminal do

que aquela oriunda de fontes não-forragens. Além disso, no grupo de forrageiras, diferenças entre

espécies, maturidade, condições climáticas, etc, implicam variações no teor e nas características

químicas e físicas da FDN (Oliveira et al., 2011).

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A utilização da FDN como variável em modelos de previsão de CMS foi comentada por

Rayburn & Fox (1993). Os autores concluíram que a predição de consumo foi mais preciso e menos

tendenciosa quando FDN na dieta, especialmente a partir de forrageiras, foi incluída em um modelo

com PC, produção de leite corrida (PLC) e dias em lactação. Todavia, a adoação do teor de FDN como

variável preditora do CMS é pouco prática, pois na formulação de rações, normalmente o CMS deve

ser conhecido antes da definição da dieta (NRC, 2001).

3.4.2 Umidade

Em estudos revisados por Chase (1979) e incluídos na publicação sobre exigências nutricionais

de bovinos de leite em 2001 (NRC, 2001) indicou-se relação negativa entre o CMS e dietas ricas em

conteúdo de umidade. Uma diminuição no CMS total de 0,02 % do PC para cada 1% no aumento do

teor de umidade da dieta acima de 50% foi verificada quando alimentos fermentados foram incluídos

na ração. Resultados de pesquisas publicados sobre a relação entre o teor de MS da dieta e do CMS são

conflitantes e há controvérsias a respeito da influência da umidade dos alimentos sobre o consumo. A

maioria dos alimentos com alta umidade utilizada em dietas de vacas leiteiras é fermentado, e a

diminuição do CMS pode ser resultante dos produtos finais de fermentação e não do próprio teor de

umidade (NRC, 2001).

3.4.3 Proteína

O teor de proteína na dieta tem correlação positiva com consumo em vacas lactantes, sendo este

efeito proveniente parcialmente do aumento da proteína degradável no rúmen e a melhoria da

digestibilidade dos alimentos. Allen (2000) sugeriu que a correlação positiva entre proteína bruta na

dieta e consumo pode ser efeito da redução da produção de propionato quando a proteína substitui o

amido.

Teores críticos do consumo de proteína provocam queda no consumo voluntário, sendo que

para ruminantes o limite crítico é mais baixo devido ao comprometimento do crescimento microbiano

e, consequentemente, a degradação da FDN, aumentando-se o efeito de repleção ruminal.

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3.4.4 Relação Volumoso:Concentrado

A influência exercida pela relação concentrado:volumoso da dieta sobre o CMS de vacas

leiteiras tem sido associado, principalmente, ao volume de alimento ingerido e à digestibilidade da fibra

da forragem, além de um efeito limitante da produção de ácido propiônico a nível ruminal, conforme

discutido por Allen (2000). Em dietas a base de alfafa, vacas alimentadas com 20% de concentrado

com base na MS da dieta produziram menos leite do que vacas alimentadas com dietas contendo 40 ou

60% de concentrado (Weiss & Shockey, 1991). O CMS aumentou linearmente com o aumento de

concentrado na dieta, independentemente do tipo de forragem. Como o CMS indigestível não foi

afetado pela quantidade de concentrado, as taxas de passagem e de digestão e as características físicas

dos alimentos são prováveis causas das diferenças no CMS.

Em geral, o aumento de concentrado na dieta até cerca de 60% de matéria seca aumenta o

CMS. Entretanto, observa-se que níveis excessivos de concentrados na dieta podem resultar em

problemas relacionados à fermentação ruminal, queda no teor de gordura do leite e distúrbios

digestivos que, por sua vez, irão limitar o CMS (NRC, 2001).

3.4.5 Lipídeos

Considerando que a demanda energética é um dos fatores determinantes do CMS, a

suplementação com lipídeos pode afetar o CMS, dependendo da fonte e o nível de lipídeo na dieta. A

ingetão de gorduras (ricas em ácidos graxos polinsaturados) pode também reduzir a fermentação

ruminal e a digestão de fibras e, consequentemente, contribuir para o enchimento do rúmen e redução

da taxa de passagem. A gordura pode inibir a digestão da fibra com possíveis efeitos na distensão do

rúmen-retículo causando o efeito de enchimento. A gordura também afeta o consumo voluntário pela

liberação de colecistoquinina por parte do animal, contribuindo para a saciedade do animal através da

inibição do esvaziamento do trato digestório total ou reduzindo a motilidade do rúmen-reticulo. Altas

concentrações de colecistoquinina no plasma estão relacionadas com dietas de alto valor lipídico (NRC,

2001).

Allen (2000) em estudo de revisão, verificou que na maioria dos trabalhos a adição de gordura

reduziu o consumo e digestibilidade da MS. Vários fatores podem estar envolvidos com a redução do

consumo e suplementação de lipídios, tais como: nível e fonte de ácidos graxos, fermentação ruminal

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da gordura, motilidade do intestino, liberação de hormônios intestinais, oxidação da gordura no fígado

e dentre outros que ainda são desconhecidos os seus mecanismos de ação.

Ácidos graxos insaturados podem estar relacionados com menor consumo e PLC. Este efeito

pode estar relacionado com a redução da digestão da fibra no rúmen aumentando a distensão no rúmen-

retículo ou da regulação metabólica do consumo devido maior absorção de ácido graxo insaturado

(Firkins & Eastridge, 1994). Drackley et al. (1992) sugeriram que ácidos graxos insaturados que

chegam ao intestino delgado de vacas em lactação diminui a motilidade gastrointestinal e CMS,

podendo esse efeito estar ligado à liberação de colecistoquinina e oxidação mais rápida desses ácidos

graxo no fígado.

3.4.6 Ingestão de água

A água é um nutriente essencial para todos os animais. Representa cerca de 50 a 80% do PC dos

animais e está envolvida em vários processos fisiológicos. O consumo de alimentos está diretamente

relacionada à ingestão de água. Desta forma, fatores que influenciam a ingestão de água podem afetar o

desempenho animal devido ao menor consumo de alimentos (NRC 2001).

3.5. Fatores ambientais, comportamentais e de manejo que afetam o consumo de matéria seca

3.5.1 Hábitos alimentares e comportamentais

Quando se consideram os hábitos alimentares e o comportamento animal como fatores de

influência no CMS, vários são os aspectos a serem abordados. Considerando o tempo despendido em

cada refeição, bem como o número de refeições diárias, há evidências que não há diferença entre vacas

de alta e baixa produção (NRC, 2001). Contudo, o CMS das vacas de alta produção é substancialmente

maior. Além disso, o número de vezes que as vacas de alta produção ruminam é menor que as vacas de

baixa produção, entretanto, por mais tempo. A separação por lotes, de acordo com as necessidades

nutricionais dos animais, pode amenizar a redução do CMS observada em alguns animais quando se

mantêm todo rebanho em um mesmo lote, em primeiro lugar pela necessidade de dietas distintas, pela

capacidade de CMS e, também, pela diferença hierárquica existente entre animais jovens e animais

mais velhos (NRC, 2001).

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O comportamento nos comedouros é também frequentemente influenciado pela dominância

social. As vacas dominantes, normalmente, as mais velhas e maiores, gastam mais tempo comendo do

que as vacas hierarquicamente inferiores, em função de competição, e principalmente, em situações em

que há restrição de espaço nos comedouros. Além disso, nesta situação, as vacas dominantes, não

necessariamente com as maiores produções, normalmente apresentam um maior consumo de alimentos

(NRC, 2001).

A fim de evitar-se este tipo de competição, o NRC (2001) estabeleceu as seguintes

recomendações quanto a espaço de comedouro:

- Novilhas jovens (4 a 8 meses): 15 cm de espaço de cocho por animal;

- Novilhas maiores (17 a 21 meses): 45 cm de espaço de cocho por animal;

- Vacas 50 cm de espaço de cocho por animal.

Em confinamentos, por exemplo, é de fundamental importância que seja levado em

consideração no planejamento tópicos como espaço de cocho e lotes homogêneos (idade e/ou peso),

para que a disputa por alimento não ocorra, pois dessa forma animais dominantes prejudicariam o

consumo diário de animais submissos.

3.5.2 Clima

A zona de conforto térmico de bovinos leiteiros Bos Taurus é de cerca de 5º a 20ºC.

Temperaturas que fogem dessa zona de conforto podem alterar o consumo e a atividade metabólica dos

animais. Variações bruscas na temperatura do ambiente afetam de forma significativa o consumo

voluntário dos animais, pois pode desestabilizar a sua homeotermia, que é a capacidade de manter a sua

temperatura corporal em níveis constantes, ou seja, manter a “temperatura ótima” para consumo,

digestão, absorção e metabolismo. A produtividade ou mesmo a sobrevivência animal, depende

principalmente de sua capacidade em manter a temperatura corporal dentro de certos limites (NRC

2001).

Young (1983) afirmou que ruminantes para se adaptarem as condições de estresse ao frio

tendem a aumentar o isolamento térmico, a intensidade metabólica basal, CMS, a atividade de

ruminação, motilidade rumen-retículo e a taxa de passagem. Porém no frio extremo o CMS não

aumenta com a mesma intensidade como a do metabolismo, assim os animais que estão em balanço

energético negativo usam a energia de fins produtivos para a produção de calor.

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Já com a temperatura acima da zona térmica neutra, irá reduzir o CMS, conseqüentemente

diminuindo a produção de leite. O consumo de água aumenta à medida que aumenta a temperatura

ambiente até 35ºC. Após esta faixa, o consumo de água tende a diminuir devido à inatividade e o baixo

CMS (NRC 2001).

3.5.3 Acesso à alimentação

O consumo máximo de matéria seca só pode ser alcançado quando as vacas tenham tempo

suficiente para comer. Dado & Allen (1995) mostraram que vacas em lactação, produzindo de 23 a 44

kg de leite por dia, alimentadas à vontade, comeram em média de cinco horas/dia. O consumo de ração

ocorreu durante 11 vezes por dia, que representou uma média de 30 minutos por refeição. A média do

CMS em cada turno de alimentação foi de cerca de 10% do CMS total diário, que variou entre 15 a 27

kg/dia. Essas vacas foram alojadas em baias e tinha acesso à alimentação 24 horas por dia. Este estudo

demonstrou que há uma diferença considerável no comportamento alimentar entre vacas em um

ambiente onde a alimentação não é competitiva e que essa acessibilidade alimentar deve ser

consideravelmente mais do que cinco horas por dia. Martinsson (1992) verificou que a limitação ao

acesso de alimento por 8 horas/dia diminuiu a produção de leite de vacas de 25 kg/dia de 5 a 7%

comparando com vacas que tiveram acesso livre para se alimentar.

Entretanto, em situações de competição, em que os grupos animais englobam animais de

diferentes categorias, ou ainda, não há espaçamento de comedouro adequado, o comportamento

alimentar passa a ser diferente. Além disso, limitar o acesso ao alimento a períodos menores que oito

horas diárias, pode resultar em decréscimos na produção leiteira em torno de 5% (NRC 2001).

3.5.4 Método de arraçoamento

O sucesso em qualquer sistema ou método de alimentação é permitir aos animais o consumo de

um alimento específico em quantidade e com adequado valor nutritivo. A opção por um sistema de

fornecimento de alimentos deve levar em consideração as instalações nas quais os animais são

mantidos e alimentados, os equipamentos disponíveis, as condições animais, o trabalho despendido e o

custo.

Independentemente do sistema que se utilizam, seja dieta total misturada ou fornecimento

individual de forragem e concentrado, eles devem ser eficientes em atender as necessidades

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nutricionais dos animais a que se destina. Sabe-se, contudo, que a efetividade da dieta total misturada é

maior, por não permitir a seleção de ingredientes, observada quando se faz o fornecimento individual,

além de, em função da homogeneidade do alimento ingerido, permitir melhor fermentação ruminal

(NRC 2001).

3.5.5 Frequência da alimentação

O aumento da frequência alimentar oferecida para vacas de produção de leite tende a aumentar

a produção de leite e reduzir os problemas de saúde (NRC, 2001). Em uma revisão de 35 experimentos

de freqüência alimentar em vacas leiteiras, Gibson (1984) relatou que o aumento da frequência

alimentar para quatro ou mais vezes por dia, aumentou em 7,3% a gordura no leite e 2,7% a produção

leiteira. O benefício do aumento da frequência da alimentação pode ser mais estável e consistente na

fermentação ruminal. Robinson & McQueen (1994) analisaram vacas alimentadas com uma dieta basal

de duas vezes por dia e em seguida um suplemento de proteína de duas a cinco vezes por dia, a

composição e a produção do leite não foi afetada, pela frequência da suplementação de proteína, mas

tanto o pH e a concentração de proprionato no rúmen foram superiores com a maior frequência de

alimentação. Resultados semelhantes foram encontrados com alimentação de concentrado de duas a

seis vezes por dia, a produção de leite, produção de componentes do leite, o CMS e as características de

fermentação ruminal não foram afetados (Macleod et al., 1994).

Há evidência que o aumento na frequência de fornecimento de alimentos de duas para quatro

vezes ao dia, resultaram num incremento no ganho de peso diário de 16%, e no aproveitamento do

alimento de 19%. Ainda possibilita aumento no teor de gordura do leite, ao redor de 7%, e da produção

de leite, em torno de 2,5%. Estes resultados positivos se dão, principalmente, pelo acesso dos animais a

alimento mais fresco e estável bioquimicamente, permitindo incentivo ao consumo, bem como

melhores condições de fermentação ruminal (NRC 2001).

4. Modelos de predição do consumo de matéria seca para vacas leiteiras

Várias equações de predição de CMS têm sido desenvolvidas para uso no campo. As principais

equações foram baseadas no princípio de que os animais consomem alimentos para suprir as

necessidades energéticas, ou desenvolvidos por meio de regressão de vários fatores com o CMS

observado.

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O uso de apenas fatores associado ao animal (PC, produção de leite, teor de gordura e período

de lactação) permite prever com maior facilidade o CMS. Equações contendo os fatores dietéticos são

mais utilizados para avaliar pós consumo em vez de prever o que será consumido (NRC, 2001).

Modelos dinâmicos simplificados que predizem o consumo diário, somando-se, eventos de

refeição ou pela interação de soluções para se chegar ao estado estacionário, podem ser usado para

descrever as informações atuais sobre regulação do consumo e explicar as interações entre os

mecanismos. No entanto, os modelos dinâmicos têm utilidade limitada como sistemas de predição

porque não podem ser facilmente resolvidos por retrosolução, para obter as características da dieta e

dos animais que correspondem a um nível desejado de consumo (Mertens, 1987).

A abordagem mais comum para predizer o consumo é derivar equações empíricas pela seleção

das variáveis estasticamente apropriadas para o consumo de uma medida populacional. Causa e efeito

são implícitos, mas não estabelecida por esses modelos. Na forma mais simples, a regulação da

consumo é um sistema fechado. Alimentação e atributos dos animais são usados como variáveis de

entrada, que são relacionadas à ousadas abordagens estatísticas. Às vezes, as teorias da regulação do

consumo são utilizadas para selecionar a entrada das variáveis indepedentes para melhorar a sua

aplicabilidade geral. No entanto, os coeficientes de regressão de uma função dos dados especifícos,

usados para derivar a equação, predizem adequadamente apenas quando a situação a ser prevista é

semelhante ao conjunto de dados original, ou seja, ambos os conjuntos previstos e os dados originais

pertencem à mesma população (Mertens, 1987).

As equações relatadas na literatura são baseadas no princípio de que animais consomem dietas

para atender às necessidades de energia ou são desenvolvidas por meio de regressão de vários fatores

que controlam o CMS observado. Os principais modelos de predição do CMS de vacas leiteiras, foram

desenvolvidos utilizando variaveis relacionadas ao animal, à dieta e/ou ao ambiente.

4.1. Modelo NRC (2001) (americano)

As edições anteriores das tabelas americanas de exigências nutricionais de bovinos de leite

(NRC, 1989) predizem o CMS base na teoria da exigência de energia:

CMS (kg) = ENL exigida (Mcal) / concentração de ENL da dieta (Mcal/kg), em que: ENL =

energia líquida de lactação, que incluiu as exigências para mantença, produção de leite e reposição do

PC. Modificações sugeridas para o CMS são esperadas de 18% durante as três semanas de lactação e

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redução de 0,02 kg CMS por 100 kg de PC, para cada aumento de 1% no índice de umidade da dieta,

quando contém acima de 50% de alimentos fermentados.

Na edição vigente das tabelas americanas de exigências nutricionais de bovinos de leite (NRC,

2001), a predição do CMS foi baseada em dados reais com a inclusão de fatores único do animal, o que

seria facilmente medido ou conhecido. Componentes dietéticos não foram incluídos no modelo para

vacas em lactação, pois o método mais comum utilizado na formulação de dietas para gado leiteiro é

estabelecer as exigências nutricionais e uma estimativa de CMS, antes da definição dos ingredientes da

dieta.

Dados de CMS publicados no Journal of Dairy Science 1988-1998, da Ohio State University e

da Universidade de Minnesota foram utilizados para avaliar e desenvolver dados de uma equação para

vacas Holandesas em lactação pelo NRC (2001). O conjunto incluiu 17087 vacas em lactação (5962 na

primeira lactação e 11125 na segunda ou mais semanas de lactação). As semanas de lactação variaram

de 1 a 80, a maioria dos dados foram 1 a 40 semanas. As equações avaliadas foram de Roseler et al.

(1997b) e uma equação relatada por Rayburn & Fox (1993) com base em valores de CMS de 1989

exigências nutricionais de Gado de Leite (NRC, 1989). A melhor de todas as equação de predição foi

uma equação combinada de Rayburn & Fox (1993) e um ajuste para a semana de lactação,

desenvolvido pela Roseler et al. (1997a).

A seguinte equação para predição de CMS de vacas holandesas em lactação foi sugerido pelo

NRC (2001):

CMS (kg/d) = (0,372 × PLC + 0,0968 × PC0,75

) × (1 – e (-0,192 × (SL +3,67))

),

em que: PLC = produção de leite corrigida para 4% de gordura (kg/dia), PC = peso corporal (kg), e

SL=semana de lactação. PLC= produção de leite (kg/d) × 0,4 + 15 × produção de leite (kg/d) × teor de

gordura do leite (%) / 100.

O termo (1 – e (-0,192 × (SL +3,67))

) ajusta o CMS para a depressão no início de lactação. Para vacas

no ínicio da lactação, foi comparada com aquelas desenvolvidas por Kertz et al. (1991) usando os

dados de validação de Kertz et al. (1991). Previsões de CMS para as 14 semanas de lactação são

mostradas na Figura 7. Equação do NRC (2001) prediz o CMS mais próximo do CMS real para as

primeiras 10 semanas de lactação. A partir de 10 semanas de lactação, subestimou-se mais o CMS.

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Figura 7 - Predição do consumo de matéria seca de vacas em lactação utilizando a equação proposta

pelo NRC (2001), atual e a proposta por Kertz et al. (1991).

Equação adotada pelo NRC (2001) é inteiramente baseada em vacas da raça Holandesa. Não

havia dados publicados no qual o CMS estava disponível para desenvolver ou modificar a equação

atual para uso com outras raças.

Nenhum ajuste para número de lactações na equação de predição do CMS foi necessário. O erro

de predição e o do modelo para as primíparas (-0,16 kg/dia e 3,05kg²/dia) e multíparas (0,12 kg/dia e

3,20 kg²/dia) foram semelhantes. No entanto, os dados de PC e produção de leite adequada para os

animais de primeira lactação e segunda, devem ser usados para estimar adequadamente o CMS.

Ilustração do comportamento da semana de lactação sobre o peso corporal, produção de leite e

CMS de vacas leiteiras primíparas e multíparas predito pelo NRC (2001) pode ser visualizada na

Figuras 8 e 9.

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Figura 8 - Consumo de matéria seca (a), produção de leite corrigida para 4% de gordura (b), segundo

NRC (2001).

Figura 9 - Mudança no peso corporal de vacas primíparas e multíparas durante 48 semanas de lactação,

segundo NRC (2001).

4.2. Modelo adotado pelo CNCPS (americano)

O “Cornell Net Carbohydrate and Protein System” – CNCPS é um modelo que estima as

exigências para lactação a partir da produção e composição do leite. Os valores preditos são

dependentes da dieta e de sua disponibilidade em energia metabolizável e proteína metabolizável. No

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entanto, a aplicação de tais modelos em condição tropical necessita de ajustes para sua otimização,

considerando-se que foram desenvolvidos utilizando sistemas de produção típicos de regiões de clima

temperado. O sistema foi desenvolvido a partir de princípios básicos da função do rúmen, do

crescimento microbiano, da passagem de alimentos, digestão e da fisiologia animal.

O CNCPS foi publicado pela primeira vez em 1992 em uma série de outros artigos (Russell et

al., 1992; Sniffen et al., 1992; O'Connor et al., 1993; Fox et al., 2004; Tylutki et al., 2008) mas o

modelo tem sido continuamente aperfeiçoado e melhorado ao longo dos últimos anos.

O CNCPS utiliza equações de base empírica para a predição do CMS. São adotadas equações

desenvolvidas especificamente para bovinos de corte (NRC, 2000), bovinos de dupla aptidão (Traxler,

1997), e gado leiteiro (Milligan et al. 1981; Roseler et al, 1997 a,b).

Para vacas leiteiras em lactação, o sistema CNCPS utiliza a equação desenvolvida por Milligan

et al. (1981), com ajuste para semana de lactação proposto por Roseler et al. (1997a):

CMS (kg/dia) = ((0,0185 × PC x 0,95 + 0,305 × PLC) × Lag,

em que: PC = peso corporal (kg); PLC = produção de leite corrigida para 4,0 % de gordura; Lag = fator

de ajuste para semana de lactação.

Se semana em lactação ≤ 16, então Lag = (1 – e (-(0,564 - 0,124 × 2)x(SL + 2))

). Se não, lag = 1.

4.3. Modelo adotado pelo AFRC (1993) (britânico)

O AFRC (1993) utiliza o modelo desenvolvido por Vadiveloo & Holmes (1979), a partir de

análise de regressão múltipla de dados recolhidos a partir de 385 vacas alimentadas com dietas

baseadas em silagem de gramínea, num total de 26 experimentos realizados em cinco diferentes centros

experimentais no Reino Unido. Os componentes mais importantes do modelo são o nível de

concentrado para alimentação animal, PC, estágio de lactação e produção de leite. Fatores como

qualidade da forragem, efeito de substituição do concentrado ou o número de lactação não foram

componentes importantes deste modelo e, portanto, foram excluídas do modelo final:

CMS (kg/d) = 0,076 + 0,404 × CC + 0, 013 × PC – 0,129 × SL + 4,12 x log10 (SL) + 0,14 × PL,

em que: CC = consumo de concentrado (kg de MS/d), PL = produção de leite (kg/d), PC = peso

corporal (kg) e SL = semana de lactação.

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4.4. Modelo proposto por Freitas et al. (2006) (brasileiro)

Freitas et al. (2006) desenvolveram equações de predição de CMS, consumo e exigências de

energia e proteína e validaram as equações, bem como as do NRC (1989, 2001), para predizer o

desempenho de vacas de leite. Foram analisados 132 dados referentes a 33 vacas com grau de sangue

variando de Holandês puro por cruza (HPC) a ¾ HZ. Os dados referentes ao PC, produção de leite,

teores de gordura e de proteína do leite e CMS, e seus respectivos desvios padrões foram de 499,1 ±

37,0 kg; 21,1 ± 3,2 kg/dia; 3,89 ± 0,44%; 3,16 ± 0,32%; e 16,8 ± 2,0 kg/dia, respectivamente. O CMS

correlacionou-se positivamente com o PC e produção de leite e, negativamente, com as porcentagens

de NDT e de FDN da dieta consumida. Foi proposta a seguinte equação para predição do CMS:

CMS (kg/d) = - 100 + (0,116 × PC) + (2,91 × PL) + (22,8 × G) - (2,6 × G2) - (0,00483 × PC × PL),

em que: PC = peso corporal (kg), PL = produção de leite (kg/d) e G = teor de gordura no leite (%).

Os autores avaliaram a eficiência da nova equação proposta com as equações adotadas pelo

NRC (1989) e NRC (2001) (Figura 10). Os mesmos concluíram que as três equações foram eficientes

em estimar o CMS, embora a equação do NRC (1989) tendeu a superestimar o consumo por vacas de

menor capacidade de consumo.

Figura 10 - Relação entre o consumo de matéria seca estimados pelas equações propostas pelo NRC

(2001), NRC (1989) e por Freitas et al. (2006) (Eq 7) para vacas leiteiras e os valores

observados (Freitas et al. 2006).

4.5. Modelo proposto por Santos et al. (2009) (brasileiro)

Santos et al. (2009) visaram reparametrizar o modelo de predição de CMS do NRC (2001),

utilizando dados obtidos de vacas F1 holandês x zebu, sob condições de pastejo. Foram utilizadas 18

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vacas F1, sendo seis holandês x Gir, seis holandês x guzerá e outras seis holandês x nelore, recém-

paridas, distribuídas em amostras aleatórias simples sob as mesmas condições de alimentação. Os

dados obtidos neste trabalho também foram utilizados para avaliar o modelo original do NRC (2001).

Foi proposta a seguinte equação de predição do CMS:

CMS (kg/dia) = (0,6089 × LCG + 0,0244 × PC0,75

) × (1 – e(-0,2919 × (DL+5,5772))

),

em que: LCG = leite corrigido para gordura; PC = peso corporal em kg; DL = dias de de lactação.

Segundo os autores, para vacas leiteiras holandês x zebu em condições de pastejo o modelo de

predição de consumo do NRC (2001) não é adequado para explicar o comportamento dos dados.

Entretanto, os mesmos afirmaram que após reparametrização da estrutura do modelo os dados se

ajustaram de forma satisfatória, mas ainda há necessidade de mais estudos para avaliação do modelo.

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CAPÍTULO

Meta-analysis of feed intake of dairy cows under tropical condiction1

M. C. Souza*, A. S. Oliveira*2, C. V. Araújo*, A. F. Brito†, R. M. A. Teixeira‡, E. H. B. K.

Moares*, D. C. Moura*

* Institute of Agriculture and Environmental Science, Federal University of Mato Grosso, Sinop, MT,

Brazil, 78557-267.

† University of New Hampshire, Durham, New Hampshire, USA.

‡ Federal Institute of Education Science and Technology, Uberaba, MG, Brazil.

1Support Mato Grosso Research Foundation (FAPEMAT, project number 483724/2011/PRONEM

006/2011).

2 Corresponding author: Avenida Alexandre Ferronato, 1200, Bairro Industrial, Sinop, MT, 78557-267,

Brazil.

2e-mail: [email protected]

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ABSTRACT: A meta-analysis was conducted to develop a model for predicting dry matter intake

(DMI) in dairy cows under the tropical conditions of Brazil and to assess its adequacy compared with 5

current available DMI prediction models [Agricultural and Food Research Council (AFRC), 1993;

National Research Council (NRC), 2001; Cornell Net Carbohydrate and Protein System (CNCPS),

version 6; Freitas et al., 2006; and Santos et al., 2009]. The dataset was created using 457 observations

(n = 1,655 cows) from 100 studies, and it was randomly divided into 2 sub-datasets for statistical

analysis. The first sub-dataset was used to develop a DMI prediction equation (60 studies; 309

treatment means) and the second sub-dataset was used to assess the adequacy of DMI predictive

models (40 studies; 148 treatment means). The DMI prediction model proposed in the current study

was developed using a nonlinear mixed model analysis after reparameterizing the NRC (2001) DMI

prediction equation, but including study as a random effect in the model. Body weight (mean = 540 ±

57.6 kg), 4% fat-corrected milk (mean = 21.3 ± 7.7 kg/d), and days in milk (mean = 110 ± 62 d) were

used as independent variables in the model. The adequacy of the DMI prediction models was evaluated

based on coefficient of determination, mean square prediction error (MSPE), root MSPE (RMSPE),

and concordance correlation coefficient (CCC). The observed DMI obtained from the dataset used to

evaluate the prediction models averaged 17.6 ± 3.2 kg/d. The following model was proposed: DMI

(kg/d) = (0.4762 (±0.0358) × 4% fat-corrected milk + 0.07219 (±0.00605) × body weight0.75

) × (1 – e(-

0.03202 (±0.00615) × (days in milk + 24.9576 (±5.909))). This model explained 93.0% of the variation in DMI predicting

it with the lowest mean bias (0.11 kg/d) and RMSPE (4.9% of the observed DMI), and highest

precision [correlation coefficient estimate (ρ) = 0.97] and accuracy [bias correction factor (Cb) = 0.99].

The NRC (2001) model prediction equation explained 92.0% of the variation in DMI, and had the

second lowest mean bias (0.42 kg/d) and RMSPE (5.8% of the observed DMI) as well as the second

highest precision (ρ = 0.94) and accuracy (Cb = 0.98). The CNCPS 6.0 and AFRC (1993) DMI

prediction models explained 93.0 and 85.0% of the variation in DMI but underpredicted DMI by 1.8

and 1.4 kg/d, respectively. These 2 models (CNCPS and AFRC) resulted, respectively, in RMSPE of

11.3 and 10.7% of the observed DMI with moderate to high precision (ρ = 0.81 and 0.82) and accuracy

(Cb = 0.84 and 0.89). Both Freitas et al. (2006) and Santos et al. (2009) models resulted in the poorest

results, underpredicting DMI by 2.3 and 1.9 kg/d with RMSPE of 22.8 and 14.9% of the observed

DMI, and moderate to low precision (ρ = 0.49 and 0.76) and accuracy (Cb = of 0.81 and 0.86). The new

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model derived from the current meta-analytical approach provided the best accuracy and precision for

predicting DMI in lactating dairy cows under Brazilian conditions.

Abbreviations: CCC concordance correlation coefficient; MSPE, mean prediction square error;

RMSPE, root mean prediction square error.

Keywords: body weight, equation, modeling, milk, prediction

INTRODUCTION

Accurate prediction of feed intake by dairy cows is essential for optimizing nutrient utilization

in dairy diets, which can potentially increase the productive, economic, and environmental

performances of dairy systems in both tropical and temperate regions. Despite the complexity of the

mechanisms regulating feed intake, several currently available models [e.g., Agricultural and Food

Research Council (AFRC, 1993); NRC, 2001; Freitas et al., 2006; Cornell Net Carbohydrate and

Protein System (CNCPS version 6.0; Tylutki et al., 2008); Santos et al., 2009] use empirical

approaches to predict DMI with animal-related variables such as BW, milk production and

composition, and DIM as fixed effects in the models. It is important to note, however, that application

of empirical models is population-dependent, thus restricting their use to specific environmental and

geographical conditions. Therefore, it can be hypothesized that models constructed with observations

obtained in conditions different from those commonly found in tropical environments may lack

accuracy and precision to predict DMI.

The objectives of the current study were: 1) to develop a model to predict DMI in lactating

dairy cows under Brazilian conditions with BW, milk production and composition, and DIM as

independent variables in the model, and 2) to evaluate and compare the adequacy of the proposed

model with 5 currently available DMI prediction models (2 American-based: NRC, 2001 and CNCPS

6.0; 1 British-based: AFRC, 1993; and 2 Brazilian-based: Freitas et al., 2006 and Santos et al., 2009)

using an independent dataset.

MATERIAL AND METHODS

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Data-set

The dataset used in the current study was built from observations reported in 100 studies (457

treatments means; 1,655 cows) published in Brazilian journals from 1991 to 2013 (76 studies) or

reported in graduate student theses (24 studies). The criteria adopted for data inclusion in the dataset

were: 1) experiment conducted under the tropical conditions of Brazil; 2) cows under different feeding

management systems and production levels; 3) individual measurements of DMI; 4) estimation of

pasture intake using external and internal markers to determine fecal output of DM; and 5) adequate

description of cows (e.g., BW, DIM, milk yield and composition) and experimental diets (e.g.,

ingredient and chemical composition). Specifically, the dataset was composed by Holstein cows

(72.6%) and Holstein × Zebu crosses (27.4%) fed either TMR (86%) or pasture (14%). Forages used by

TMR-fed cows included corn silage (75.5%), sugarcane (12.7%), spineless cactus (Opuntia ficus

indica, Mill) or spineless cactus plus corn silage (6.3%), sugarcane silage (1.4%), sorghum and

sunflower silages (2.4%), and alfalfa silage or hay (1.7%). Forages grazed by pasture-fed cows

included Pennisetum purpureum, Schum (35.3%), Brachiaria spp. (29.4%), Panicum maximum

(21.6%), and Cynodon spp. (13.7%).

For statistical analysis the dataset was randomly divided into 2 sub-datasets with the first sub-

dataset (60 studies; 309 treatments means; Appendix 1) used to develop a DMI prediction model and

the second sub-dataset (40 studies; 148 treatments means; Appendix 2) to assess the adequacy of the

new developed DMI prediction model in comparison with 5 currently available models (Table 1).

Model Development

The DMI prediction model proposed herein was developed using a nonlinear mixed model

analysis of repametrized NRC (2001) model, but including study as a random effect in the model.

Specifically, the proposed nonlinear model was adjusted using metabolic BW (BW0.75

), 4%FCM, and

DIM as fixed effects. Because the dataset was built using observations from 60 studies in which

different breeds, feeding systems, environmental conditions, and experimental methodologies were

used, it was necessary to quantify the variance associated with study as well as to predict fixed effects

adjusted for study effect. Therefore, each study in the dataset was treated as a random sample from a

larger population of studies (St-Pierre, 2001; Sauvant et al., 2008). Inclusion of study effects required

estimation of both the fixed effects associated with the nonlinear model parameters and the random

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effects of study similar to the approach described in Vyas and Erdman (2009). The Nonlinear Mixed

(i.e., NLMIXED) procedure (Littell et al., 2006) of SAS 9.1 (SAS Inst. Inc., Cary, NC) was used to fit

the model:

Yij = (β1 × BW0.75

ij + β2 × 4% FCMij ) × ( 1 – e(-β

3 × (DIMij + β

4)) ) + expj + eij,

Where, Yij = DMI of the ith

DMI at the jth

study with i ranging from 1 to 309, and j ranging from

1 to 60, (β1 × BW0.75

ij + β2 × 4% FCMij ) × ( 1 – exp(-β

3 × (DIM + β

4)) ) = fixed effect of model; expj =

random effect of study assuming a normal distribution; and eij = random error associated with each

observation assuming a normal distribution. Data points were removed if the studentized residual was

outside the range of -2.5 to 2.5 (Neter et al., 1996). The critical level of probability for type I error was

set at α = 0.05.

Models Evaluation

The adequacy of the DMI predictive model developed in the present study and that of currently

available models (Table 1) were assessed for precision and accuracy using graphic analysis, coefficient

of determination, mean square prediction error (MSPE), root MSPE (RMSPE), and concordance

correlation coefficient (CCC) analyses using the Model Evaluation System (College Station, TX;

http://nutritionmodels.tamu.edu/mes.html) as described by Tedeschi (2006).

The RMSPE value was expressed relative to the observed mean. The MSPE is comprised by 3

sources of errors expressed as percentage of MSPE: 1) the error due to bias, 2) the error due to

deviation of the regression slope from 1, and 3) the random error. The random error represents the error

that is not explained by the model (Bibby and Toutenburg, 1977). The precision and accuracy of the

DMI prediction models were assessed by estimating the CCC as described by Lin (1989). The CCC

was divided into correlation coefficient (ρ) or precision and bias correction factor (Cb) or accuracy. The

ρ and Cb values ranges from 0 to 1 with values closer to 1 indicating more precision and accuracy (Lin,

1989; King and Chinchilli, 2001; Liao, 2003). In addition, the Kolmogoroff–Smirnov’s D test

(Kolmogoroff, 1933; Smirnov, 1933) was used to assess the probability whether or not 2 datasets (e.g.,

observed and predicted values) have same distribution.

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RESULTS AND DISCUSSION

The sub-datasets used for developing and evaluating the DMI prediction models represented a

wide range of dairy cow and diets characteristics. The descriptive statistics of cows and diets used in

both sub-datasets were similar, thus indicating that they were adequately randomized (Table 2).

Moreover, the dataset was representative of the dairy cattle systems commonly used in Brazil (Oliveira

et al., 2007; Stock et al., 2007).

Model Development

The fit model to predict DMI included 4% FCM, BW, and DIM as independent variables:

An adjustment factor for DIM (1 – e(-0.03202x (DIM + 24.9576)

) was included to improve the prediction

of DMI during the first 120 DIM (Roseler et al., 1997). This adjustment was necessary during early

lactation because the increase in DMI is slower than the increase in milk production in response to

metabolic adaptations and gut fill in early lactation (Ingvartsen and Andersen, 2000). Based on the

adjustment factor, it was estimated that DMI at the first week of lactation averaged 65% of that at 120

DIM when using fixed FCM and BW in the model predictions.

The DMI prediction model proposed in the present study was also adjusted for the effect of

study. Consequently, the potential effects of breed (i.e., Holstein vs. Holstein × Zebu cows) and feeding

systems (i.e., TMR vs. pasture) on DMI among studies were accounted for in the model predictions (St-

Pierre, 2001; Sauvant et al., 2008), thus explaining the selection of a single DMI prediction model. The

chemical composition of diets was not included as an independent variable in the present model

because according to the NRC (2001) the most common approach for formulating dairy cattle diets is

to establish nutrient requirements first followed by estimation of DMI before considering the inclusion

of dietary ingredients. Furthermore, equations containing dietary factors are best used to predict animal

production rather than feed intake (NRC, 2001).

DMI (kg/d) = [0.4762 ± 0.0358 (P < 0.001) × 4% FCM (kg/d) + 0.07219 ± 0.00605 (P < 0.001)

× BW (kg)0.75

) × (1 – e(-0.03202 ± 0.00615 (P< 0.001) × (DIM + 24.9576 ± 5.909 (P < 0.001)

)

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It is well established that heat stress negatively impact the performance of lactating dairy cows

(West, 2003). For instance, when environmental conditions are outside the thermal neutral zone due to

increased air temperature and temperature-humidity index, DMI, milk yield, and feed efficiency all

decrease substantially (West, 2003). Thus, adjustment for environmental conditions is needed to predict

DMI (NRC, 2001). However, because of the insufficient environmental data reported in the studies

selected for the current meta-analysis, climate variables (e.g., air temperature, temperature-humidity

index, etc.) were not used as fixed effects in the model.

A positive relationship (P < 0.001) between DMI and FCM (0.476 ± 0.036 kg/kg of FCM) was

observed (see proposed equation), due to increased energy demand for milk production. According to

the NRC (2001), it is not conclusive whether milk production is driven by intake or whether intake is

driven by milk production. Based on the energy intake regulation theory (Conrad et al., 1964; Mertens,

1987), intake is driven by milk production. For instance, the increase in DMI in cows treated with bST

followed that of milk yield (Bauman, 1992; Chalupa et al., 1996) confirming that animals consume

more OM intake to meet their energy requeriments. It was also observed a positive relationship (P <

0.001) between DMI and BW0.75

(0.072 ± 0.006 kg DMI/kg BW0.75

) likely in response to enhanced

energy needs for maintenance.

Models Evaluations

The reparametrization of the model NRC (2001) using model the nonlinear mixed, with random

error to experiment, provided the most accurate and precise prediction of DMI (Table 3; Figure 1)

when compared with the 5 currently available DMI prediction models (Table 1). In fact, the DMI

prediction model developed in the present meta-analysis explained 93.0% of the variation in DMI, and

yielded the lowest bias (mean overprediction of DMI = 0.11 kg/d) and RMSPE (4.9% of observed

DMI) and the largest participation (95.0%) of the random error in the RMPSE, indicating that most of

the model error was not associated with fixed variables. In addition, the proposed model resulted in the

highest precision (ρ = 0.97) and accuracy (Cb = 0.99) reinforcing its robustness for predicting DMI of

lactating dairy cows under the tropical conditions of Brazil.

The NRC (2001) model equation for predicting DMI explained 92.0% of the variation in DMI

and overpredicted DMI by 0.41 kg/d. It also resulted in the second lowest RMSPE (5.8% of the

observed DMI) and second best precision (ρ = 0.94) and accuracy (Cb = 0.98) (Table 3; Figure 1).

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However, compared with the model proposed herein, the NRC (2001) equation resulted in greater

dispersion of observed and residue values relative to the equality line (Y = X) (Figure 1). On the other

hand, only the NRC (2001) model and the model developed herein showed the same distribution

between predicted vs. observed DMI values.

The better adequacy of the new equation vs. that of the NRC (2001) model for predicting DMI in

lactating dairy cows raised under tropical conditions is likely explained by 2 major factors: 1) the data

used for developing the new DMI prediction model were obtained from cows raised in the tropics; and

2) the use of study as a random effect in the model, which is known to improve predictions in

biological systems and to provide a more accurate description of prediction errors (St-Pierre, 2001).

The CNCPS model (Tylutki et al., 2008) explained 93.0% of the variation in DMI but

underpredicted it by 1.8 kg/d with RMSPE of 11.3% of the observed DMI (Table 3). In addition, the

error due to mean bias was relatively high (79.0% of the MSPE). The CNCPS model uses the equation

developed by Milligan et al. (1981) with adjustment for week of lactation (Roseler et al., 1997) for

predicting DMI. Similar to the NRC (2001) model, the CNCPS model was developed using

observations collected from US Holstein cows fed TMR, which could explain their higher biases

compared with the proposed model. Thus, the differences in environmental and dietary conditions

between Brazil and US limit the use of the NRC and CNCPS models to predict DMI under tropical

conditions.

The AFRC (1993) model equation explained 85.0% of the variation in DMI but underpredicted it

by 1.4 kg/d; it was the third most accurate equation for predicting DMI with RMSPE of 10.7% of the

observed DMI and ρ and Cb of 0.82 and 0.89, respectively (Table 3). The mean bias error was the

major component of the MSPE averaging 56%. The AFRC (1993) equation was based on Vadivello

and Holmes (1979) who used 26 experiments with 385 cows fed grass silage-based diets in the UK.

Thus, the differences in environmental and dietary conditions between Brazil and UK limit the use of

the AFRC equation to predict DMI under tropical conditions.

Although the models proposed by Freitas et al. (2006) and Santos et al. (2009) were developed

using observations from lactating dairy cows raised in Brazil, the quality of their DMI predictions were

poor. For instance, their equations explained 37.0 and 78.0% of the variation in DMI and

underpredicted it by 2.31 and 1.88 kg/d with RMSPE of 22.9 and 14.9% of the observed DMI,

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respectively. In addition, the precision (ρ = 0.49 and 0.76) and accuracy (Cb = 0.81 and 0.86) were

lowest (Table 3; Figure 1) among the DMI prediction equations evaluated in the present study.

It is conceivable that the poorest precision and accuracy to predict DMI with the models proposed

by Freitas et al. (2006) and Santos et al. (2009) may be related to the low number of studies used to

develop the datasets. Freitas et al. (2006) used 9 experiments to build their empirical model to predict

DMI in Holstein and Holstein × Zebu cows. Santos et al. (2009) reparameterized the NRC (2001) DMI

prediction equation with data obtained from 1 experiment only in which 18 Holstein × Zebu cows (6

Holstein × Gir, 6 Holstein × Guzera, and 6 Holstein × Nelore) were fed pasture supplemented with

concentrate. These authors (Santos et al., 2009) concluded that the reparameterization of the NRC

(2001) equation was appropriate to estimate DMI, but the accuracy and precision were not evaluated

with an independent dataset.

CONCLUSION

The model proposed in the present study [i.e., DMI (kg/d) = [0.4762 × 4% FCM (kg/d) +

0.07219 × BW (kg)0.75

) × (1 – e(-0.03202 × (DIM + 24.9576

)] provide most accuracy and precision of

prediction of DMI in dairy cows on tropical conditions that currents models (NRC, 2001; CNCPS;

AFRC, 1993; Freitas et al., 2006; and Santos et al., 2009).

ACKNOWLEDGMENTS

The authors thank Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT,

project number 483724/2011 PRONEM 006/2011), Coordenação de Aperfeçoamento de Pessoal de

Nível Superior (CAPES) and Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Sinop for finantial

support. The authors also thank Prof. Norman R. St-Pierre (The Ohio State University) for his valuable

contributions and suggestions.

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APPENDIX 1

List of publications describing the experiments used in the development model

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42

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Bras. Zootec. 34:1408-1417.

Silva, R. M. N., R. F. D. Valadares, S. C. Valadares Filho, P. R. Cecon, J. M. S. Campos, G. A.

Oliveira, and Oliveira, A. S. 2001. Urea for Dairy Cows. 1. Intake, digestibility, milk production

and composition. Rev. Bras. Zootec. 30:1639-1649.

Souza, A. L., R. Garcia, S. C. Valadares Filho, F. C. Rocha, J. M. S. Campos, L. S. Cabral, and K. F.

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composition of lactating dairy cows. R. Bras. Zootec. 34:2496-2504.

Souza, S. M. 2011. Performance and milk fatty acid composition of dairy cows fed sugar cane-based

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Viçosa.

Vargas, L. I. M. 2011. Levels of energetic and protein concentrate in diets of milking cows. MS

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Vilela, M. S., M. A. Ferreira, A. S. C. Véras, M. V. F. Santos, I. Farias, A. A. S. Melo, R. P. Ramalho,

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Wanderley, W. L., M. A. Ferreira, D. K. B. Andrade, A. S. C. Véras, I. Farias, and L. E. Lima, A. M.

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(Sorghum bicolor (l.) moench) in the dairy cows feeding. R. Bras. Zootec. 31:273-281.

Santiago, A. M. F., J. M. S. Campos, A. S. Oliveira, S. C. Valadares Filho, S. A. Santos, S. M. Souza,

and I. F. Santiago. 2013. Urea in sugarcane-based diets for dairy cows. Rev. Bras. Zootec. 42:456-

462.

Page 60: Meta-análise do consumo de matéria seca de vacas leiteiras ... · universidade federal de mato grosso campus universitÁrio de sinop instituto de ciÊncias agrÁrias e ambientais

48

APPENDIX 2

List of publications describing the experiments used in the evaluation models

Araújo, P. R. B., M. A. Ferreira, L. H. A. Brasil, D. C. Santos, R. M. B. Lima, A. S. C. Véras, M. V. F.

Santos, S. V. Bispo, and M. Azevedo. 2004. Replacement of corn by forage cactus in the total

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Costa, M. G. 2008. Rations with diferente sources of fat for lactating dairy cows. MS Thesis.

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Eifert, E. C., R. P. Lana, D. P. D. Lanna, P. B. Arcuri, M. I. Leão, S. C. Valadares Filho, W. M.

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49

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Melo, A. A. S., M. A. Ferreira, A. S. C. Véras, M. A. Lira, L. E. Lima, R. A. S. Pessoa, S. V. Bispo, A.

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Mendonça, S. S., J. M. S. Campos, S. C. Valadares Filho, R. F. D. Valadares, C. A. S. R. P. Lana, A. C.

Queiroz, A. J. Assis, and M. L. A. Pereira. 2004. Intake, apparent digestibility, milk production

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52

Table 1 – Equations of dry matter intake (DMI, kg/d) predicted models for dairy cows

Models Equations1

NRC (2001) DMI = (0.372 × 4% FCM + 0.0968 × BW0.75

) × (1 – e (-0.192 × (WOL + 3.67))

)

CNCPS (Tylutki et al., 2008) DMI = (0.0185 × BW × 0.95 + 0.305 × 4% FCM) × (1 – e ((-(0.564- 0.124 × 2) x (WOL +2)

)

AFRC 1993 (Vadiveloo and Holmes, 1979) DMI = 0.076 + 0.404 × CI + 0.013 x BW – 0.129 × WOL + 4.12 × Log10 (WOL) + 0.14 × MY

Freitas et al. (2006) DMI = -100 + 0.116 × BW + 2.91 × MY + 22.8 × MF – 2.6 × MF2 – 0.00483 × BW × MY

Santos et al. (2009) DMI = (0.6089 × 4% FCM + 0.0244 × BW0.75

) × (1 - e(-0.2919 × (DIM +5,5772)

)

1 4%FCM = 4% fat-corrected milk (kg/d); BW = Body weight (kg); WOL = week of lactation; CI= concentrate intake (kg DM/d); MY= milk yield

(kg/d); MF= fat milk (%) and DIM = days in milk.

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53

Table 2 - Descriptive statistics of the data set used to develop and evaluate models to predict DMI

on dairy cows

Item Mean Median Maximum Minimum SD

Develop (n = 309)1

Forage diet, % DM 59.4 60.0 100.0 35.0 13.6

NDF diet, % DM 41.1 40.4 78.8 26.9 10.3

CP diet, % DM 15.1 14.6 19.6 8.0 2.4

Ether extract, % DM 3.1 3.1 7.3 0.8 1.6

DMI, kg/d 16.3 15.8 25.3 3.2 3.7

Milk yield, kg/d 21.3 15.3 37.3 3.4 7.7

Milk fat, % 3.71 3.55 5.56 2.20 0.58

4% FCM, kg/d 20.1 15.5 37.3 3.1 6.8

BW, kg 540.4 516.0 675.4 409.2 57.6

Days in milk 110 140 304 7 62

Evaluate (n = 148)2

Forage diet, % DM 60.0 59.4 100.0 40.0 13.2

NDF diet, % DM 40.0 37.4 72.8 25.5 8.1

CP diet, % of DM 15.6 16.0 19.6 8.5 2.5

Ether extract, % DM 3.5 2.8 7.5 1.3 1.6

DMI, kg/d 17.61 17.81 24.27 10.07 3.2

Milk yield, kg/d 23.1 24.5 35.6 8.4 7.3

Milk fat, % 3.46 3.50 4.58 2.25 0.50

4% FCM, kg/d 21.0 22.7 31.3 7.9 6.3

BW, kg 551.8 558.8 663.1 394.4 60.9

Days in milk 121 120 230 7 55

1 Appendix 1

2 Appendix 2

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54

Table 3 - Summary of statistical measures to assess adequacy of several models using regression

between observed (Y) and model predicted (X) DMI

Item

Models

Proposed NRC

(2001) CNCPS

AFRC

(1993)

Freitas et

al.

(2006)

Santos et

al.

(2009)

Y, kg 17.61 17.61 17.61 17.61 17.61 17.61

X, kg 17.72 18.02 15.84 16.20 15.30 15.72

Mean bias (Y – X), kg -0.11 -0.41 1.77 1.41 2.31 1.89

Coefficient of determination (r2) 0.93 0.92 0.93 0.85 0.37 0.78

MSEP1, kg × kg 0.73 1.04 3.98 3.52 16.04 6.83

Root MSPE, % observed DMI 4.85 5.80 11.34 10.66 22.75 14.85

Partition of MSPE, %

Error due to mean bias 1.64 16.63 78.50 55.98 33.31 51.91

Error due to slope not equal to 1 3.63 3.21 3.95 0.98 26.89 15.97

Random error 94.73 80.16 17.55 43.05 39.80 32.12

CCC2 (0 a 1) 0.9640 0.9302 0.6737 0.7325 0.4003 0.6563

ρ (0 a 1) 0.9647 0.9440 0.8063 0.8220 0.4941 0.7623

Cb (0 a 1) 0.9993 0.9854 0.8355 0.8911 0.8103 0.8609

1Mean squared error of prediction.

2CCC = concordance correlation coefficient; ρ = correlation coefficient estimate (precision); and Cb

= bias correction factor (accuracy).

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55

-5

0

5

10

15

20

25

30

5 10 15 20 25 30

DM

I (k

g/d

)

Predicted DMI (kg/d)

Proposed Model

Y = X

-5

0

5

10

15

20

25

30

5 10 15 20 25 30

DM

I (k

g/d

)

Predicted DMI (kg/d)

NRC (2001) Model

Y = X

NRC (2001) Model

Y = X

NRC (2001) Model

Y = X

NRC (2001) Model

Y = X

-5

0

5

10

15

20

25

30

5 10 15 20 25 30

DM

I (k

g/d

)

Predicted DMI (kg/d)

CNCPS Model

Y = X

-5

0

5

10

15

20

25

30

5 10 15 20 25 30

DM

I (k

g/d

)

Predicted DMI (kg/d)

AFRC (1993) Model

Y = X

-5

0

5

10

15

20

25

30

5 10 15 20 25 30

DM

I (k

g/d

)

Predicted DMI (kg/d)

Freitas et al. (2006) Model

Y = X

-5

0

5

10

15

20

25

30

5 10 15 20 25 30

DM

I (k

g/d

)

Predicted DMI (kg/d)

Santos et al. (2009) Model

Y = X

Figure 1 – Relationship between observed (squares) and residual (observed – predicted; circles)

DMI with predicted values for dairy cows using the proposed model, NRC (2001),

AFRC 1993 (Vadiveloo and Holmes, 1979), CNCPS 6.0 (Tylutki et al., 2008), Freitas et

al. (2006), and Santos et al. (2009) models. Dataset of 148 means treatment from 40

studies.