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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto DEEC > DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES DISCIPLINA: CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS “CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL” Trabalho elaborado por: Lúcio Santos Mário Sousa Pedro Landolt Porto, 9 de Julho de 2007

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

DEEC > DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE

COMPUTADORES

DISCIPLINA: CONCEPÇÃO DE INSTALAÇÕES

ELÉCTRICAS

“CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL”

Trabalho elaborado por:

Lúcio Santos Mário Sousa Pedro Landolt

Porto, 9 de Julho de 2007

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Concepção de Instalações Eléctricas 2006-2007

Centro de Formação Professional Página 1

ÍNDICE PARTE 1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 3 PARTE 1.1 DESCRIÇÃO DO PROJECTO .................................................................. 3 PARTE 1.2. OBJECTIVOS .......................................................................................... 3 PARTE 1.3 REGULAMENTOS E NORMAS A CUMPRIR .......................................... 4 PARTE 1.4 DESCRIÇÃO DE INSTALAÇÃO............................................................... 4

PARTE 2. CLASSIFICAÇÃO DE LOCAIS ....................................................................... 6 PARTE 3. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES .............................................................. 10 PARTE 3.1 ALIMENTAÇÃO EM ENERGIA .............................................................. 10 PARTE 3.2 ESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA................................. 10 PARTE 3.3 CABOS DE ALIMENTAÇÃO .................................................................. 11

PARTE 4. DESCRIÇÃO, CONSTITUIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS INSTALAÇÕES ELECTRICAS ....................................................................................... 12 PARTE 4.1 POTÊNCIA A CONTRATAR................................................................... 12 PARTE 4.2 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A UTILIZAR NA INSTALAÇÃO...... 13

PARTE 5. QUADROS ELÉTRICOS ............................................................................... 14 PARTE 5.1 QUADRO GERAL DE ENTRADA........................................................... 15 PARTE 5.2 QUADROS PARCIAIS ............................................................................ 16

PARTE 6 PROTECÇÕES DE PESSOAS E DAS INSTALAÇÕES ................................. 17 PARTE 6.1 PROTECÇÃO DE PESSOAS CONTRA CONTACTOS DIRECTOS ...... 17 PARTE 6.2 PROTECÇÃO DE PESSOAS CONTRA CONTACTOS INDIRECTOS .. 17 PARTE 6.3 CIRCUITOS DE PROTECÇÃO E RESPECTIVOS ELÉCTRODOS DE TERRA ........................................................................................................................ 18 PARTE 6.3.1 ELÉCTRODOS DE TERRA ............................................................. 18 PARTE 6.3.2. CONDUTORES DE TERRA ........................................................... 21 PARTE 6.3.3 CONDUTORES DE PROTECÇÃO .................................................. 21

PARTE 6.4 VALORES DA RESISTÊNCIA DE TERRA............................................. 22 PARTE 6.5 APARELHAGEM DE PROTECÇÃO ........................................................ 22 PARTE 6.5.1 INTERRUPTORES DE CORTE GERAL.......................................... 22 PARTE 6.5.2 INTERRUPTORES DIFERENCIAIS ............................................... 23 PARTE 6.5.3 DISJUNTORES ............................................................................... 23

PARTE 6.6 SINALIZADORES ................................................................................... 24 PARTE 6.7 BARRAMENTOS ..................................................................................... 24 PARTE 6.8 BORNES DE TERRA .............................................................................. 24

PARTE 7. CANALIZAÇÕES ........................................................................................... 25 PARTE 7.1 CANALIZAÇÕES ENTERRADAS ........................................................... 25 PARTE 7.2 REDE DE TUBOS, CABOS E CONDUTORES ...................................... 25 PARTE 7.3 CALHAS TÉCNICAS E CAIXAS DE PAVIMENTO................................ 27 PARTE 7.4 CAIXAS ................................................................................................... 28 PARTE 7.5 APARELHAGEM DE COMANDO ........................................................... 28 PARTE 7.6 TOMADAS .............................................................................................. 29

PARTE 8 ILUMINAÇÃO ................................................................................................ 31 PARTE 8.1 ILUMINAÇÃO NORMAL ........................................................................ 31 PARTE 8.2 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA E SINALIZAÇÃO ............................ 56

PARTE 9 EQUIPAMENTOS........................................................................................... 59 PARTE 9.1 AVAC ....................................................................................................... 59

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Concepção de Instalações Eléctricas 2006-2007

Centro de Formação Professional Página 2

PARTE 10 INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ESPECIAIS................................................. 62 PARTE 10.1 SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETECÇÃO DE INCÊNDIOS ............. 62 PARTE 10.2 SISTEMA DE DETECÇÃO DE INTRUSÃO......................................... 68

PARTE 11 REDE ESTRUTURADA DE TELECOMUNICAÇÕES (ITED) ..................... 72 PARTE 12 PREVISÃO DA POTÊNCIA A CONTRATAR .............................................. 75 PARTE 13 DIMENSIONAMENTO DAS CANALIZAÇÕES ........................................... 76 PARTE 14 CONDIÇÕES PRELEMINARES................................................................... 77 PARTE 14.1 CORRENTE DE SERVIÇO ................................................................... 77 PARTE 14.2 CORRENTE MÁXIMA ADMISSIVEL NA CANALIZAÇÃO.................. 77 PARTE 14.3 QUEDAS DE TENSÃO ......................................................................... 77 PARTE 14.4 PROTECÇÃO CONTRA SOBRETINTENSIDADES............................. 78 PARTE 14.4.1 PROTECÇÃO CONTRA SOBRECARGAS .................................... 78 PARTE 14.4.2 PROTECÇÃO CONTRA CURTO CIRCUITOS ............................. 79

PARTE 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 81

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Concepção de Instalações Eléctricas 2006-2007

Centro de Formação Professional Página 3

PARTE 1. INTRODUÇÃO

A memória descritiva e justificativa que se apresenta no seguinte documento retrata o

projecto de licenciamento e execução da instalação eléctrica em baixa tensão de um Centro

de Formação Profissional, expondo e justificando todas as acções tomadas, sendo

apresentadas esquematicamente todas as soluções concebidas nas plantas em anexo.

Com este projecto, pretende-se garantir a melhor funcionalidade e segurança, de modo

que todas as características dos equipamentos e materiais utilizados tenham como apoio, o

resumo a índices numéricos e determinadas condições de serviço necessárias de modo a obter

uma instalação eléctrica com um bom nível de exploração.

Este edifício encontra-se classificado, segundo a sua utilização, como sendo um

Estabelecimento Recebendo Público – 1º grupo (acima de 200 pessoas) de Estabelecimento de

Ensino, Cultura, Culto e Semelhantes, de acordo com o Regulamento de Segurança de

Instalações de Energia Eléctrica (R.S.I.U.E.E. pág. 187).

PARTE 1.1 DESCRIÇÃO DO PROJECTO

O actual projecto é constituído por:

• Termo de responsabilidade

• Ficha de Identificação

• Ficha Electrotécnica

• Memória descritiva e justificativa

• Componentes desenhados

PARTE 1.2. OBJECTIVOS

Este projecto tem como objectivo principal, garantir uma rede de energia eléctrica

capaz de a fornecer à totalidade dos aparelhos a serem instalados, para qualquer zona do

edifício, em excelentes condições de qualidade/fiabilidade/segurança para utentes e bens,

tendo sempre em conta a máxima eficiência energética possível.

De modo a cumprir estes objectivos, as instalações devem:

• Permitir que a instalação possua capacidade para ser expandida, a

médio/longo prazo, sem interferir no seu bom funcionamento

• Ser subdivididas convenientemente

• Garantir a utilização eficaz e segura de todos os aparelhos

Constatarão assim neste documento, no âmbito dos objectivos atrás referidos, os

equivalentes aspectos:

• Localização e alimentação dos quadros eléctricos e as suas interligações

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Centro de Formação Professional Página 4

• Circuitos de iluminação normal e emergência

• Circuitos de tomadas e uso geral

• Sinalização de saída e emergência

• Protecção de pessoas contra contactos directos e indirectos (termos de serviço

e protecção)

• Equipamentos

• Instalações eléctricas especiais:

1. Sistema Automático de detecção de incêndios (SADI)

2. Detecção de Intrusão (sistema de supervisão)

• Rede estruturada de Telecomunicações (ITED)

PARTE 1.3 REGULAMENTOS E NORMAS A CUMPRIR

No âmbito de regulamentação a cumprir, evidenciam-se:

• Regulamento de Segurança de Instalações Eléctricas Colectivas e Edifícios e

Entradas (R.S.I.C.E.E.)

• Regulamento de Segurança contra Incêndios

• Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (R.T.I.E.B.T.).

• Normas e Especificações Nacionais e Europeias, da Comissão Electrotécnica

Internacional (CEI) e do Comité de Normalização Electrotécnica (CENELEC)

• Legislação aplicável e possíveis recomendações do distribuidor local de energia

eléctrica

PARTE 1.4 DESCRIÇÃO DE INSTALAÇÃO

O complexo em questão é um Centro de Formação Profissional, sendo o objectivo deste

projecto, a sua instalação eléctrica.

Trata-se de um complexo constituído por um edifício principal, uma portaria, uma zona

polidesportiva e um anexo técnico.

O edifício principal é constituído por um piso apenas, composto por átrios, corredores,

sanitários, salas de informática, gabinetes, salas polivalentes, um auditório, salas de aula,

arquivos, salas de reuniões, oficinas diversas, um bar, cozinha, refeitório, despensas e um

pátio exterior.

A zona polidesportiva é constituída por um campo desportivo com pista de atletismo,

um campo de ténis e um ginásio, possuindo este balneários e ginásio.

O anexo técnico contém uma área técnica de instalações mecânicas e área de apoio à

cozinha.

Finalmente, a portaria, é composta por um sanitário e pela portaria.

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Centro de Formação Professional Página 5

No nosso caso, só o edifício principal é que vai ser alvo de projecto, com a respectiva

memória descritiva e justificativa.

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Centro de Formação Professional Página 6

PARTE 2. CLASSIFICAÇÃO DE LOCAIS

Os quadros, canalizações e aparelhos a instalar nas instalações de utilização do edifício

devem ser adequados às condições ambientes e de utilização do local.

Os materiais a aplicar na execução da instalação devem obedecer às Directivas NP,

CENELEC, CEI e abarcarem os respectivos certificados de conformidade. O índice de

protecção dos equipamentos a instalar deve estar em conformidade com as características

dos locais onde serão instalados. Existem dois códigos, IP e IK, que permitem caracterizar os

índices de protecção.

O código IP é composto por dois dígitos:

• o primeiro indica o grau de protecção contra presença de corpos sólidos

estranhos;

• e o segundo indica o grau de protecção contra a presença de água.

O código IK é composto por apenas dois dígitos que indicam o grau de protecção contra

impactos.

Quanto à sua utilização, segundo o R.T.I.E.B.T., este edifício é classificado como

estabelecimento recebendo público, com locais afectos a serviços técnicos.

Então, a classificação relativamente às zonas é a seguinte:

Zona I:

• Sala de Reuniões/Grupo

• Sala de Estágio/Jogos

• Sala Polivalente (3)

• Sala de Formação

• Sala de Formação de Informática

• Gabinete Assistente Social

• Gabinete Médico/Enfermagem

• Gabinete Psicólogo

• Gabinete Secretariado

• Gabinete Direcção

• Gabinete de Reuniões

• Gabinete de Apoio

• Gabinete de Coordenação de Formação

• Gabinete Técnico de Formação

• Gabinete Integração profissional

• Gabinete Informática

• Gabinete Áudio Visual

• Oficina de Limpezas

• Oficina Administrativa

• Serviços Administrativos

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Centro de Formação Professional Página 7

• Reuniões Direcção

• Recepção

• Portaria

Zona II:

• Armazém de Embalagem

• Armazém de Limpeza

Zona III:

• Carpintaria

• Oficina de Manutenção

• Oficina Áreas Formativas Teórica Jardinagem/Lav. Auto

Zona IV:

• Arquivo

• Arquivo de Formação

• Reprografia

Zona V:

• Auditório

Zona VI:

• Cabine de Som

Zona VII:

• Copa/Balcão e Bar

• Oficina de Restauração

• Refeitório

Zona VIII:

• Copa Suja

• Cozinha

Zona IX:

• Despensa Dia

• Despensa Geral

Zona X:

• WC

Zona XI:

• WC/Chuveiros

Zona XII:

• Corredores

• Átrios

Encontra-se em baixo, a tabela 1, com a classificação em relação às influências

externas, segundo o R.T.B.I.E.B.T., que vão ter influência nos índices de protecção mínimos e

canalizações.

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Concepção de Instalações Eléctricas 2006-2007

Centro de Formação Professional Página 8

Ambientes Zona

I

Zona

II

Zona

III

Zona

IV

Zona

V

Zona

VI

Zona

VII

Zona

VIII

Zona

IX

Zona

X

Zona

XI

Zona

XII

Temperatura

ambiente

AA 4 5 4 5 4 5 4 4 4 4 4 4

Condições

climatéricas

AB 4 5 4 5 4 5 4 4 4 4 4 4

Altitude AC 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Presença de água AD 1 1 1 1 1 1 2 3 1 3 7 1

Presença de

corpos sólidos

estranhos

AE 1 4 6 4 1 1 1 2 2 1 1 1

Presença de

substâncias

corrosivas ou

poluentes

AF 1 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Impactos AG 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Vibrações AH 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Outras acções

mecânicas

AJ - - - - - - - - - - - -

Presença de floras

ou bolores

AK 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Presença de fauna AL 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Influências

electromagnéticas,

electrostáticas ou

ionizantes

AM 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1

Radiações Solares AN 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Efeitos sísmicos AP - - - - - - - - - - - -

Descargas

atmosféricas

AQ - - - - - - - - - - - -

Movimentos do ar AR 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Vento AS 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Utilizações

Competência das

pessoas

BA 1 1 1 1 1 4 1 1 1 1 1 1

Resistência

eléctrica do corpo

humano

BB 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 1

Contacto das

pessoas com o

BC 2 2 2 2 1 3 2 3 1 3 3 1

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potencial da terra

Evacuação das

pessoas em caso

da emergência

BD 1 1 1 1 3 1 3 1 1 1 1 3

Natureza dos

produtos tratados

ou armazenados

BE 1 2 2 2 1 1 4 4 4 1 1 1

Construção dos

Edifícios

Materiais de

construção

CA - - - - - - - - - - - -

Estrutura dos

edifícios

CB - - - - - - - - - - - -

Tabela nº1- classificação dos locais em relação às influências externas

Na tabela 2, abaixo, encontra-se a classificação em relação aos índices de protecção (IP

e IK), segundo o R.T.B.I.E.B.T..

Zona

I

Zona

II

Zona

III

Zona

IV

Zona

V

Zona

VI

Zona

VII

Zona

VIII

Zona

IX

Zona

X

Zona

XI

Zona

XII

IP 00 50 60 50 00 00 01 33 30 03 07 00

IK 01 02 07 02 01 01 02 02 02 01 01 02

Tabela nº2 – classificação em relação aos índices de protecção

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PARTE 3. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES

O projecto das infra-estruturas eléctricas englobará as seguintes instalações:

• Alimentação e distribuição de energia

• Instalação de tomadas de usos gerais e tomadas trifásicas

• Alimentação de equipamentos

• Iluminação

• Telecomunicações

• Caminho de dados

• Iluminação de emergência

• Sinalização de emergência

• Infra-estruturas para a chamada de emergência

• Detecção automática de incêndios

• Detecção automática de intrusão

• Ventilação mecânica

PARTE 3.1 ALIMENTAÇÃO EM ENERGIA

A energia eléctrica será fornecida em baixa tensão (400/230V), à frequência nominal de

50 Hz a partir de um posto de transformação de 630 kVA localizado junto ao campo de jogos,

utilizando um cabo H1XV-A-R 3x120+70 mm2 enterrados, capaz de garantir as necessidades

eléctricas do complexo.

Os aparelhos destinados à protecção da entrada contra sobrecargas, controle de

potência, serão instalados (em sitio próprio), junto ao Quadro Geral de Entrada (Q.G.E.), bem

como os aparelhos necessários à contagem de energia (sendo esta instalação da

responsabilidade da entidade distribuidora).

O complexo terá instalado o contador de energia eléctrica numa placa de material

isolante, alojado em caixa de dimensão adequada. Esta será dotada de tampa totalmente

transparente na face frontal, sendo a sua fixação à caixa devidamente selada, as faces

laterais e posteriores serão de compósito de polyester reforçado com fibra de vidro.

PARTE 3.2 ESTRUTURA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

A “entrada” é estabelecida a partir do Posto de Transformação, como referido

anteriormente, a condutor do tipo H1XV-A-R 3x120+70mm2.

Não é permitido fazer uniões nos condutores da “entrada” e nos condutores que

alimentam as instalações de utilização.

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A rede a construir destina-se a alimentar as seguintes cargas do edifício:

• Iluminação normal

• Iluminação de emergência e ambiente;

• Tomadas;

• Ventilação, ar condicionado e cortinas de ar quente;

• Exaustores;

• Secadores de mãos;

• Sistema de detecção de incêndios;

• Sistema de intrusão.

De maneira a localizar correctamente os quadros (de acordo com o art. 417º do

R.S.I.U.E.E.), é necessário ter em consideração: segurança, flexibilidade e eficiência de

exploração, de forma a limitar os efeitos de eventuais perturbações e a facilitar a procura e

reparação de avarias. Optou-se então, por uma alimentação individualizada aos quadros

parciais de cada zona.

O Quadro Geral de Entrada do complexo será instalado no átrio de entrada, como se

pode observar no desenho nº0007 tendo em conta a configuração do edifício, a acessibilidade

e as condições de segurança.

Certas zonas, como corredores, recepção, e outros locais, não deverão ter acessível

qualquer tipo de aparelhos de comando que possam ser accionados por parte dos utilizadores

dessas zonas, bem como os respectivos quadros, que serão dotados de porta com chave,

impedindo o acesso por parte dos utentes não autorizados.

PARTE 3.3 CABOS DE ALIMENTAÇÃO

Os cabos utilizados na alimentação dos quadros parciais a partir do Q.G.E. serão do tipo

XV 3*35+16, conforme consta no desenho nº0013 de dimensionamento de cabos que se

encontra.

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PARTE 4. DESCRIÇÃO, CONSTITUIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS INSTALAÇÕES ELECTRICAS

PARTE 4.1 POTÊNCIA A CONTRATAR

A avaliação da potência estimada para uma instalação eléctrica torna-se um factor de

enorme importância, principalmente pelo impacto que representa em economia de concepção

e por consequência nos custos globais do estabelecimento.

Foram usados como referência os equipamentos previstos para aplicação no complexo

para a estimativa do valor da potência a contratar, bem como através de diversas indicações

presentes nas regras técnicas definidas pela Direcção Geral de Energia (D.G.E.).

De notar que o R.S.I.U.E.E. fornece algumas indicações relativamente a factores de

simultaneidade (Ks) a serem utilizados.

O regime de exploração dos equipamentos previstos a instalar será caracterizado por

três coeficientes:

• Factor de Simultaneidade (fs ou Ks para normas).

• Factor de utilização (fu ou Ku para normas).

• Factor de evolução de cargas (fe ou Ke para normas).

O factor de simultaneidade caracteriza o regime de incerteza de funcionamento de uma

determinada instalação, ou seja, traduz a relação entre o somatório das potências estipuladas

de todos os equipamentos alimentados pelo mesmo circuito ou instalação.

Nos circuitos de iluminação e especiais, consideramos fs=1. Para os circuitos de

tomadas, consideramos 300 VA por tomada e aplicamos o correspondente factor de

simultaneidade dado por 0.9

0.1n

+ , onde n corresponde ao número de tomadas por circuito.

Para o cálculo da potência do quadro, também se aplica um factor de simultaneidade,

neste caso um factor de 0,8.

No que diz respeito ao factor de utilização este qualifica a possibilidade de os

equipamentos em funcionamento não se encontrarem constantemente em serviço à plena

carga. À posteriori, desconhecemos o valor do factor de utilização dos equipamentos a

instalar, atribuímos a este factor o valor 1.

Quanto ao factor de evolução de cargas caracteriza a evolução temporal das mesmas

para o tempo de vida útil esperado para a infra-estrutura eléctrica em causa. Também aqui

consideraremos 1.

Estamos agora em condições de calcular a potência instalada nos diferentes quadros

parciais da instalação, através da seguinte expressão:

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Centro de Formação Professional Página 13

Todos os cálculos efectuados estão apresentados no desenho nº0013.

Para referência prévia indicamos que a potência total obtida para a instalação foi de

249762VA, obviamente como todos os outros valores este resulta de suposições que

certamente incluem certos erros, erros estes que tentamos sempre minimizar e, por isso,

apresentamos valores superiores ao esperado, para que não exista um sub dimensionamento

da instalação obrigando a futuros melhoramentos.

PARTE 4.2 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A UTILIZAR NA INSTALAÇÃO

Como será de esperar todos os equipamentos e materiais a utilizar tem de respeitar as

normas, e consequentemente as seguintes condições:

• Cumprir os diferentes artigos dos Regulamentos, Normas e Especificações

Nacionais ou em caso de inexistência destas as da C.E.I.;

• Ser adequados à tensão, intensidade e tipo de corrente para os quais se prevê

que sejam submetidos;

• Ser adequados ao tipo de local quanto ao ambiente, utilização e modo de

instalação;

• Assim como todos os materiais metálicos a utilizar, incluindo acessórios, peças,

parafusos e similares deverão possuir tratamento contra a corrosão.

Também se terá de ter em atenção que qualquer fornecedor de equipamento e material

deverá ser detentor de documentação relativa aos Certificados de Aprovação e Normas

Portuguesas, ou na sua ausência, das Normas Estrangeiras reconhecidas pelas instituições

portuguesas, e que definem as características dos equipamentos e materiais a instalar na

obra.

Temos ainda de ter em consideração a qualidade dos materiais e equipamentos a

utilizar, que será definida por meio das características e marca ou tipo, sem esquecer que

qualquer substituição de equipamento deverá ser por um equipamento de eficiências e

características semelhantes.

Todo o equipamento terá de ser sujeito ainda a aprovação por parte da fiscalização

apropriada, do dono da obra e do projectista, procedendo-se só depois então a sua

instalação.

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PARTE 5. QUADROS ELÉTRICOS

Os quadros eléctricos vão ser metálicos, serão aplicados de forma saliente e terão

também de ser capazes de resistir a qualquer tipo de oscilações provocadas pelo

manuseamento da aparelhagem que estará lá instalada.

Temos também de tomar em atenção a protecção que deverá ser realizada através do

posicionamento de anteparos na parte frontal do quadro (painel frontal de protecção,

amovível por meio de parafusos, designado por “espelho do quadro”).

Todos os quadros que estejam acessíveis ao público deverão possuir um sistema de

fecho de tal forma que o mesmo não possa aceder ou abrir o quadro, que deverá possuir

também características de protecção não inferiores às definidas aquando da classificação dos

locais.

Caracteristicamente os quadros serão do tipo capsulado, construídos em chapa de aço

quinado com espessura não inferior a 1,5mm2 e com estrutura em perfilado, de modo a

possuírem a necessária rigidez. A electrificação destes será por meio de barras de cobre ou

fios condutores, com secções superiores às mínimas necessárias ou requeridas por normas.

Internamente serão instalados condutores rígidos do tipo H07V, que respeitam o art.

144º do R.S.I.U.E.E.. Todos os circuitos terão de ser bem identificados através de porta

etiquetas apropriados, assim como os condutores e os barramentos têm de ser identificados

pelas cores convencionais.

No que diz respeito às linhas de fuga e as distâncias no ar das partes nuas activas, no

interior dos quadros, não deverão ser inferiores a 12mm (distâncias no ar) e 18mm

(comprimento das linhas de fuga).

Temos ainda de equipar os quadros com barramentos trifásicos, neutro e terra, em

barras de cobre electrolítico pintadas com as cores regulamentares e com secção indicada nas

peças desenhadas, dispostas verticalmente relativamente à secção. O barramento de cobre

electrolítico duro deverá ser de secção rectangular com secções compreendidas entre

5x12mm a 5x32mm. Os suportes das barras deverão estar dimensionados para resistir a

esforços electrodinâmicos de curto-circuito, estas barras devem ter uma secção de tal forma

a que a densidade de corrente que as atravessa não seja superior a 2A/mm2, considerando

como base para o seu dimensionamento a intensidade de corrente nominal do interruptor

geral do respectivo quadro, pois será o máximo, logo pior caso, valor de intensidade de

corrente que aí circulará.

Os quadros deverão ainda ser equipados com interruptores gerais omnipolares de corte

brusco e com sinalizadores de fase com difusor e lâmpada de néon para 230V, nas cores

verde, laranja e vermelha, protegidos por fusíveis de 2A. Deverá ser também assegurada a

ligação à terra, entre o armário e a porta do quadro, por meio de trança de cobre adequada.

Temos também todas as canalizações protegidas contra sobre intensidades através de

disjuntores magneto térmicos unipolares ou tripolares (de corte omnipolar), conforme se

tratem de canalizações monofásicas ou trifásicas, respectivamente, considerou-se também

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desnecessária a aplicação de disjuntores com corte de neutro. Todo o dimensionamento será

apresentado no desenho nº 0013 nunca esquecendo os regulamentos.

A saída e entrada das canalizações será feita com tubos com batentes e bucins com

sede vedante e porca no caso de cabos à vista e as canalizações de entrada e saída deverão

ser directamente ligadas aos aparelhos e ainda serão instalados ligadores, adequados, fixos

em calha própria, de aperto por parafuso, na impossibilidade da ligação directa.

Ainda tem de ser tomado em consideração que todas as peças e estruturas metálicas

dos quadros terão as características adequadas para as suas funções, no cumprimento do

código de protecção mínimo definido e terá de ser tratado contra corrosão, e, por isso, todas

as peças deverão ser de material não oxidável ou facilmente corrosível.

PARTE 5.1 QUADRO GERAL DE ENTRADA

Todos os quadros, tanto o geral de entrada como os parciais, encontram-se projectados

no desenho nº 0007, sendo o Quadro Geral de Entrada (Q.G.E.) e os parciais (QP1 a QP8).

O quadro geral de entrada está localizado no átrio (ou foyer auditório), que é na

entrada principal do centro de formação, e será encastrado na parede a uma altura adequada

para o seu fácil acesso. Junto a este existirá um sistema de protecção e de contagem de

energia de acordo com as indicações da entidade distribuidora de energia.

Este quadro será do tipo múltiplo modulado PRISMA Plus G da MERLIN GERIN, sendo

constituído por celas metálicas fechadas, interligadas entre si e constituídas tendo em

atenção a norma CEI 439-1, assim como as características ditadas pelo código IP 54 segundo a

NP 999.

Vamos incluir cinco barramentos (as três fases, a terra e o neutro), todos em barra de

cobre electrolítico, devidamente pintados nas cores regulamentares e com a secção indicada,

dispostos verticalmente relativamente à secção e fixados

sobre suportes normalizados de matéria isolante de alta

resistência mecânica.

A estrutura, invólucro, compartimentos e acessórios

serão de estrutura modular, com as estruturas das celas

constituídas por perfilados em chapa de aço macio de 3mm

de espessura em forma de “U” e com perfuração regular de

modo a garantir a sua modulação.

Os diversos painéis e portas serão em chapa de aço

electrozincada com 1,5mm de espessura, cor bege RAL

1019 com resistência à intempérie classe 2 segundo NF-63-

100. Todos os componentes metálicos serão protegidos

contra a corrosão por pintura electrostática a pó epoxy +

polyester polimerizado a quente após total

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desengorduramento das superfícies.

O quadro possuíra moldura suporte de espelhos e porta exterior que garanta IP 307 e

elementos para saída de cabos ou montagem de barramentos.

Todos os componentes em plástico serão auto extinguíveis, em particular, os suportes

das peças metálicas sob tensão.

A constituição e instalação do quadro deverão ter em consideração o disposto

regulamentarmente, bem como as normas em vigor.

A montagem dos componentes destes quadros permitem cumprir instalações conforme

as normas IEC 439-1 e EN 60439-1, com as seguintes características eléctricas:

• Tensão estipulada de emprego 1000V

• Tensão estipulada de isolamento 1000V

• Corrente nominal máxima 630ª

• Corrente estipulada de crista admissível 53KA

• Corrente estipulada de curta duração admissível 25KA/1seg.

• Frequência 50/60Hz

• Quadro ensaiado segundo EN 60439-1

Sendo um foco de entrada de energia, obedecerá fundamentalmente à NP 1271 e será

constituída pela diversa aparelhagem:

• Um interruptor omnipolar, do tipo multicelular de corrente nominal

• Aparelhos de protecção (disjuntores magneto térmicos) para protecção das

saídas da corrente nominal

• Um ligador de massa, devidamente identificado, ao qual serão ligado os

condutores de protecção dos quadros respectivos

• Barramento em cobre electrolítico. Este terá uma densidade mínima de

corrente de 2A/mm2 envernizado nas cores regulamentares.

• Aparelhos de protecção contra sobretensões

• Luzes sinalizadoras de fase, protegidas

• Reservas não equipadas

Todos os armários ou quadros deverão ter mais de 20% de espaço livre, da aparelhagem

que já possuem, para eventuais casos de ampliação da instalação.

PARTE 5.2 QUADROS PARCIAIS

Foram previstos quadros parciais distribuídos de forma a alimentar os diversos centros

de carga, de forma a garantir uma melhor utilização e operacionalidade da rede, para uma

melhor distribuição da potência e uniformidade dos circuitos. Estes quadros serão

alimentados pela rede a partir do quadro geral e terão as mesmas características que os

quadros anteriores.

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PARTE 6 PROTECÇÕES DE PESSOAS E DAS INSTALAÇÕES

PARTE 6.1 PROTECÇÃO DE PESSOAS CONTRA CONTACTOS DIRECTOS

A protecção das pessoas contra contactos directos com peças em tensão, será feita

através da colocação de anteparos, afastamento de partes activas, isolamento apropriado

dessas mesmas partes, impedindo o acesso a quadros eléctricos nas zonas habituais de

circulação dos utentes do edifício, através do cumprimento do regulamento de segurança do

R.S.I.U.E.E..

De acordo com os regulamentos de segurança (R.S.I.U.E.E.), todas as partes activas da

instalação irão ter protecção contra contactos directos, quer no que diz respeito aos níveis de

isolamento dos condutores, quadros eléctricos, caixas e restante aparelhagem, bem como

pela sua protecção mecânica.

PARTE 6.2 PROTECÇÃO DE PESSOAS CONTRA CONTACTOS INDIRECTOS

A protecção de pessoas contra contactos indirectos será efectuada conforme os termos

indicas na alínea a) do nº 2 do art. 598º do R.S.I.U.E.E., que delibera a forma de protecção

através da ligação directa das massas à terra e uso de um aparelho de corte associado. Nos

termos referidos nos comentários do ponto 2 desse mesmo artigo, é-nos indicado que esse

aparelho de corte deverá ser de corte automático por sensibilidade à corrente diferencial

residual. Este procedimento acima referido, está de acordo com o art. 452º do R.S.I.U.E.E.,

ao definir que nos estabelecimentos recebendo público, a protecção das pessoas deverá ser

efectuada pelo emprego de aparelhos de protecção sensíveis à corrente diferencial.

Para esta instalação, o regime de neutro a utilizar será o regime TT: o neutro encontra-

se ligado à terra de serviço no posto de transformação e as massas metálicas susceptíveis de

ficarem sob tensão são ligadas directamente à terra de protecção. Como tal, este sistema

implica a existência de duas terras, a terra de serviço e a terra de protecção, e requer como

exigências operacionais, o controlo frequente das condições de disparo dos aparelhos

diferenciais e o controlo dos sistemas de terra da protecção das massas (art. 599º a 601º do

R.S.I.U.E.E.), medindo o seu valor regularmente. Vai existir um circuito de terra de protecção

único, o qual vai permitir a ligação das massas à terra de toda a instalação eléctrica de

utilização.

Deverá ser igualmente utilizado, para os casos necessários e para garantia de uma

maior eficiência no âmbito da segurança das pessoas, o sistema de ligações equipotenciais de

elementos estranhos à instalação eléctrica, das massas metálicas acessíveis a pessoas cujos

pés assentem numa superfície condutora (instalações sanitárias, canalizações de agua ou gás,

se estas forem do tipo metálico e acessíveis).

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Os prováveis contactos, serão eliminados automaticamente através da utilização de

dispositivos de corte dos circuitos, sensíveis à existência de defeitos de isolamento. Estes

aparelhos são usados geralmente para a protecção de pessoas, e em alguns casos, na

protecção contra incêndios de origem eléctrica em qualquer regime de neutro.

Os aparelhos de protecção contra sobre intensidades, podem assegurar

simultaneamente a protecção de pessoas contra contactos indirectos, desde que as situações

de defeito fomentem correntes de defeito passíveis de fazer operar o corte nos tempos

requeridos pela curva de segurança definida pela publicação CEI 479-1. No entanto, esta

metodologia não é eficaz, uma vez que a maioria dos defeitos de isolamento não permite gera

tais correntes. No caso particular do sistema TT, a corrente de defeito não é suficiente para

garantir as anteriores condições, pelo que estes aparelhos não podem ser usados para o

defeito em questão, e consequentemente, a necessidade do uso generalizado de aparelhos

sensíveis a defeitos de isolamento que conduzem ao estabelecimento de correntes de fuga

para a terra, sensíveis à corrente diferencial residual – interruptores diferenciais.

PARTE 6.3 CIRCUITOS DE PROTECÇÃO E RESPECTIVOS ELÉCTRODOS DE TERRA

Devido à importância da segurança de pessoas e bens, recomenda-se uma escolha

atenta dos eléctrodos e na execução das terras. Os circuitos de protecção deverão ter

continuidade eléctrica e mecânica assegurada e deverão ser identificáveis ao longo de todo o

percurso.

O sistema de terra apresenta uma estrutura radial arborescente, acompanhando o

desenvolvimento das instalações, sendo constituído:

• Eléctrodo ou sistema de eléctrodos de terra

• Condutores de terra

• Condutores de protecção

O sistema de terras de protecção das massas deve obedecer aos requisitos: deverão ser

únicos e distribuídos tão uniformemente quanto possível – a instalação será apenas dotada de

um sistema de terra de protecção – serem equipotenciais e serem interligados.

PARTE 6.3.1 ELÉCTRODOS DE TERRA

Como eléctrodo de terra, vamos utilizar um anel de terra colocado no perímetro das

fundações do edifício. Este tipo de eléctrodo é normalmente realizado em cabo de cobre nu

com uma secção mínima de 25mm2, ou em fita de aço galvanizado, com uma secção mínima

de 100mm2, montados em vala.

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No caso da instalação com fita utilizam-se espaçadores cada 2 ou 3m, para fixação e

orientação da fita com a maior secção ao alto, protegendo-a de seguida com cerca de 5 cm

de betão pobre.

A profundidade mínima de instalação deverá ser de 80cm.

Por outro lado é recomendado anel de terra esteja a cerca de 1m das fundações do

edifício.

A figura seguinte representa a realização de um anel de terra, na qual:

1. vala com uma profundidade mínima de 80cm

2. condutor de terra

3. canalizações de água

4. canalizações de alimentação

5. canalizações de gás

6. barra de ligação equipotencial

7. condutores de protecção

8. condutores de equipotencialidade

9. condutores de terra

A ligação do anel de terra à estrutura metálica do ferro do betão das fundações, da

forma representada na figura seguinte, pode melhorar bastante a resistência de terra deste

tipo de eléctrodo. Este sistema oferece uma óptima garantia de uma baixa resistência de

terra, e principalmente realiza uma boa equipotencialidade entre a estrutura do pavimento

do edifico.

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Os pilares metálicos interligados por estruturas metálicas e enterrados a uma certa

profundidade no solo podem ser utilizados como eléctrodos de terra. A resistência de terra de

um eléctrodo de terra deste tipo pode ser calculada aproximadamente pela seguinte

expressão:

LR

ρ×= 2

Em que, no nosso caso:

R = resistência do eléctrodo de terra em Ω.

Ρ = resistividade do terreno em Ω.m, igual a 500 Ω.m

L = o comprimento da vala ocupada pelo condutor em m, igual a 312m.

O que no nosso caso equivale a uma resistividade de 3,20ΩΩΩΩ.

O conjunto de pilares interligados e repartidos pelo perímetro de um edifício, apresenta

uma resistência da mesma ordem de grandeza que a do anel constituído por condutores nus

estabelecidos no fundo das fundações.

O eventual envolvimento dos pilares com betão não impede a utilização destes como

eléctrodos de terra, nem modifica sensivelmente o valor da sua resistência como eléctrodo.

Os eléctrodos de terra serão dotados de ligadores destinados a receber o condutor de

protecção e ligados ao eléctrodo por meio de soldadura forte aluminotérmica e/ou fixados

por rebitagem ou então por meio de aperto mecânico e com dispositivo de segurança contra

desaperto acidental.

A ligação do eléctrodo de terra ao ligador amovível será feita em cabo de cobre de 50

mm2 enfiado em tubo PVC Ø 25mm/6kgf. A ligação do quadro geral ao ligador amovível será

igualmente em cabo de cobre de 50 mm2 enfiado em tubo VD 32mm de diâmetro. Este

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circuito será dotado de ligador amovível, colocado no exterior e acessível somente a pessoas

qualificadas para o efeito, e que se destina a medir a resistência de terra.

Este circuito deverá ser implantado nas condições regulamentares de maneira a obter-

se um valor de resistência inferior a 20 Ω.

PARTE 6.3.2. CONDUTORES DE TERRA

Os condutores de terra que estabelecem a ligação entre o eléctrodo de terra do edifício

e o ligador amovível de terra, devem ser constituídos por um cabo de aço galvanizado de

secção não inferior a 50 mm2, protegido contra a corrosão. A ligação deverá ser realizada de

forma a evitar desapertos acidentais. Sempre que necessário, esta ligação será desfeita por

instrumento adequado, para proceder à medição da resistência do eléctrodo de terra. Esta

ligação amovível de terra deverá estar localizada no quadro geral de entrada. A remoção do

ligador amovível, para medição da resistência de terra do eléctrodo, só poderá ser feita

depois de desligado o aparelho de corte geral da instalação.

Todas as massas da instalação deverão ser ligadas à terra, nomeadamente estruturas

metálicas das vigas, pilares e fundações, canalizações metálicas enterradas ou embebidas,

antenas de radiotelecomunicações ou de televisão/satélite, bem como o sistema de

protecção contra descargas atmosféricas. Como é utilizado para eléctrodo de terra da

instalação um anel de terra, a ligação à terra de antenas e sistemas de protecção contra

descargas atmosféricas terá de ser feita a uma terra distinta.

PARTE 6.3.3 CONDUTORES DE PROTECÇÃO

Destinam-se a ligar electricamente algumas das seguintes partes: massas, elementos

condutores, terminal principal de terra, eléctrodo de terra, ponto de alimentação ligado à

terra ou a um ponto de neutro artificial. Ao condutor principal de protecção, são ligados os

condutores de protecção das massas, os condutores de terra e, fortuitamente, os condutores

de ligações equipotenciais. O estabelecimento do condutor de protecção principal é feito

entre todos os quadros e o quadro a montante, estes são estabelecidos juntamente com os

condutores activos (fase e neutro), não sendo inferiores às indicadas no art. 615º do

R.S.I.U.E.E.

Os condutores de protecção deverão ser do mesmo tipo e material dos condutores

activos da canalização a que dizem respeito e devem fazer parte integrante da mesma. Os

condutores de protecção deverão ter continuidade eléctrica e mecânica perfeitamente

asseguradas ao longo o seu percurso, não sendo permitido intercalar partes metálicas em

série no seu circuito.

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PARTE 6.4 VALORES DA RESISTÊNCIA DE TERRA

Quando a instalação for alimentada por uma rede de distribuição em baixa tensão e for

protegida, na sua origem, por um disjuntor de entrada que inclua função diferencial, a

resistência global de terra à qual estão ligadas as massas da instalação deve ser inferior a

100Ω, a instalação eléctrica deve ser protegida por meio de dispositivos diferenciais de valor

de corrente estipulada adequada ao valor da resistência de terra efectiva, tendo em conta as

eventuais variações sazonais, segundo o R.T.I.E.B.T.(Regras Técnicas das Instalações

Eléctricas de Baixa Tensão). O emprego de dispositivos diferenciais, de corrente diferencial

estipulada não superior a 30mA, é reconhecido como medida de protecção complementar em

caso de falha de outras medidas de protecção contra os contactos directos ou em caso de

imprudência dos utilizadores. A corrente de sensibilidade mínima dos relés diferenciais ou

disjuntores = 1A, logo 25V/1A=25Ω. Que é o valor mínimo que a nossa resistência de terra

deve ter. Como a resistividade de terra pode variar sazonalmente, por precaução reduzimos

este valor para a sua metade. O valor do eléctrodo de terra é 3,2Ω, valor este mais do que

suficientemente para garantir as condições de segurança da instalação.

PARTE 6.5 APARELHAGEM DE PROTECÇÃO

PARTE 6.5.1 INTERRUPTORES DE CORTE GERAL

Os aparelhos de manobra são apropriados a uma instalação embebida e para a

intensidade de corrente de 10A a 250V. São constituídos por interruptores, comutadores de

lustre e comutadores de escada. Os espelhos de protecção são de material isolante. A altura

de montagem deve ser à mesma altura dos puxadores das portas: 1,10m do pavimento. Outros

aparelhos de comando utilizados serão os interruptores modulares instalados nos quadros

eléctricos. Estes destinam-se a comandar a iluminação dos locais comuns ou de acesso do

público. Os interruptores de comando devem ficar montados em fila distinta da dos

disjuntores, de modo a não serem confundidos com aqueles, e deverão estar inequivocamente

identificados nas suas funções.

O interruptor de corte geral será omnipolar (3 fases mais neutro), da MERLIN GERIN,

classe 1, permitindo abertura e fecho em carga de um circuito. A sua intensidade nominal é

de 630A, e foi propositadamente sobredimensionado para que este tipo de equipamento possa

suportar, sem aquecimento exagerado, a corrente prevista para a instalação.

Estes interruptores são dimensionados para suportarem a intensidade máxima

admissível da canalização respectiva.

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Os circuitos de iluminação de corredores e zonas comuns estão ligados nos quadros

através de interruptores horários.

PARTE 6.5.2 INTERRUPTORES DIFERENCIAIS

Os interruptores diferenciais serão tetrapolares, da MERLIN GERIN, classe AC, com as

intensidades nominais indicadas no desenho nº13 , dimensionadas para suportarem a

intensidade máxima admissível da canalização respectiva e equipados com relé sensível a

correntes de defeito de alta ou baixa sensibilidade. Os interruptores diferenciais instantâneos

estarão protegidos contra disparos intempestivos devido a sobretensões passageiras e terão

resistência às correntes de curto-circuito.

PARTE 6.5.3 DISJUNTORES

Os disjuntores têm por função proteger as canalizações e, por isso, devem ser

escolhidos de acordo com o condutor a proteger. Os valores a utilizar nos disjuntores estão

especificados no desenho nº13.

Os disjuntores utilizados apresentam uma construção modular, e respeita as normas NF

EN 60898 e IEC 60947-2.

Nos quadros gerais e nos quadros parciais utilizamos disjuntores equipados com relés

térmicos e electromagnéticos e também interruptores diferenciais. O interruptor diferencial

tem como função principal proteger as pessoas ou bens contra defeitos à terra:

• Evitar choques eléctricos (protecção de pessoas);

• Evitar incêndios (protecção de bens).

O dispositivo diferencial não substitui um disjuntor, pois não protege contra sobrecargas

e curto-circuitos. Para este tipo de protecções devem-se utilizar os disjuntores em

associação.

Visto que o valor do eléctrodo de terra é bastante baixo, optou-se por utilizar

dispositivos diferenciais com o valor de corrente residual de 300mA, atendendo a que existem

muitos equipamentos informáticos e outras máquinas que com perdas consideráveis.

Decidiu-se utilizar dispositivos diferenciais do tipo A, visto que estes dispositivos são

capazes de detectar defeitos de componente alternada e de componente contínua, sendo já

capazes de proteger satisfatoriamente os aparelhos instalados.

Os disjuntores serão unipolares (circuitos de iluminação e tomadas de uso geral,

equipamentos monofásicos) e tripolares (equipamentos trifásicos), da MERLIN GERIN, classe

C60N, curva C, com um poder de corte dependente do quadro onde serão instalados e com a

intensidade nominal no desenho nº 0013. É necessário garantir a selectividade das protecções,

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devido ao facto de existirem dispositivos de protecção contra sobreintensidades em

diferentes níveis da estrutura de distribuição.

A selectividade entre dispositivos de protecção em cascata (selectividade vertical)

exige a coordenação a nível amperimétrico (a corrente de não funcionamento do dispositivo a

montante deverá ser superior à corrente de funcionamento do dispositivo a jusante), ou

cronométrico (o tempo total de funcionamento do dispositivo a jusante deverá ser inferior à

temporização dos dispositivos a montante). Existe selectividade total entre dois dispositivos e

protecção quando, para qualquer corrente de defeito inferior ou igual ao poder de corte do

dispositivo a jusante, só este intervém na abertura do curto-circuito.

PARTE 6.6 SINALIZADORES

Os sinalizadores serão da MERLIN GERIN, classe V, fornecido com difusor e lâmpada

néon de 230V, nas cores convencionais e serão protegidos por corta-circuitos fusíveis de

intensidade nominal de 2A.

PARTE 6.7 BARRAMENTOS

Os barramentos serão de barra de cobre, apoiadas em isoladores, dimensionados no

mínimo para a intensidade nominal dos aparelhos de corte geral, ou parcial de cada um dos

quadros.

PARTE 6.8 BORNES DE TERRA

Todos os quadros possuirão barramento de terra onde conectarão todos os condutores

de protecção.

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PARTE 7. CANALIZAÇÕES

PARTE 7.1 CANALIZAÇÕES ENTERRADAS

A canalização de alimentação normal e de alimentação de emergência do quadro geral

de entrada do edifício, derivam do Quadro Geral de Baixa Tensão do Posto de Transformação

e é constituído pelo cabo H1XV-A-R 3x120+70 mm2.

São canalizações a ser estabelecidas de forma enterrada, numa mesma vala, com

profundidade mínima de 0,7 metros.

PARTE 7.2 REDE DE TUBOS, CABOS E CONDUTORES

A rede de distribuição de energia eléctrica do edifício tem início no quadro geral e

termina nas entradas dos quadros eléctricos parciais. Esta rede foi criada para suportar as

canalizações actuais e possíveis ampliações futuras, e que permitam flexibilidade de

exploração. Sempre que seja permitido, esta rede será realizada, em caminhos de cabos

devidamente dimensionados. Estes serão em montagem suspensa ao tecto, sendo possível o

seu acesso em todo o seu percurso.

A ligação entre quadros será feita por cima do tecto falso das respectivas áreas, onde

os condutores circulam dentro do caminho de dados, sendo que pode ser considerado um

troço principal nos corredores e as respectivas derivações para os vários quadros.

Os cabos utilizados, terão características não inferiores às dos classificados no

R.T.I.E.B.T.. Para isso utiliza-se o cabo do tipo H07V-R .

As tubagens, devem respeitar as seguintes indicações:

• Todas as tubagens serão não metálicas, a não ser que atravessem pilares ou

vigas, o que não é o caso.

• Deverá ser evitado traçados oblíquos, devendo, estabelecer-se troços

horizontais ou verticais a partir dos aparelhos intercalados nas canalizações

• Nas zonas onde não existe caminhos de cabos, os mesmos deverão ser enfiados

em tubos do tipo VD, da marca Legrand. As curvas deverão ter raios adequados

aos respectivos diâmetros e deverão ser instaladas caixas de derivação e de

passagem de modo a permitir a introdução dos condutores. O raio de curvatura

dos tubos não será inferior a seis vezes o diâmetro exterior ou a maior dimensão

da secção transversal do tubo. O diâmetro a aplicar irá variar de acordo com a

secção dos condutores de acordo com o ponto 803.4.5.2 das R.T.I.E.B.T.

• Nas tubagens de comprimento elevado ou onde existam mudanças de direcção

acentuada, deverão ser instaladas caixas de passagem, com as dimensões de

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acordo com os tubos instalados para permitirem uma fácil introdução dos

condutores ou cabos

• A ligação dos tubos entre si será feita por uniões de plástico apropriadas

devidamente unidas por cola do celulósico

• Os tubos serão fixos ao tecto por braçadeiras de plástico

• Nas baixadas aos aparelhos de manobra e tomadas, os cabos também deverão

ser introduzidos em tubo do tipo VD

• Em caso de canalizações embebidas no pavimento, o tubo será do tipo ERE

Todos os tubos utilizados na instalação deverão ter as seguintes indicações:

• Norma de fabricante ou marca de fabrico

• Indicação de norma NFC 68-171

• Identificação do produto e diâmetro

• Data de fabricação: mês/ano

Cada tubo deve conter apenas os condutores pertencentes a um mesmo circuito, de

forma a evitar avarias de causas mútuas, facilitando a pesquisa, detecção e identificação de

avarias. No caso dos condutores tenham que ficar juntos de circuitos independentes, ambos

têm de ser isolados, no mínimo para maior tensão aplicada nessa conduta.

A secção Sc, em mm2, necessária para um caminho de cabos pode ser calculada através

da expressão:

sR

KSC ×+

×=100

100

em que K é um coeficiente de enchimento e s é a secção recta total requerida pelos

cabos e R é a percentagem da possibilidade de ampliação:

• K=1,4 para cabos de potência de BT

• K=1,2 para cabos de manobra ou de sinalização

A secção recta total requerida pelos cabos é o somatório da secção recta exterior de

cabo.

A carga, em kg/m, prevista sobre o caminho de cabos por metro é dada por:

pR

q ×+

=100

100

em que R é a percentagem da possibilidade de ampliação e p é o peso dos cabos, por

metro.

Teremos dois tipos de caminhos de cabos, fortes e fracas.

Correntes Fortes:

• Iluminação normal

• Sinalização de Saídas

• Distribuição de energia

• Tomadas de usos gerais

• Equipamentos eléctricos

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Correntes fracas:

• Telecomunicações (I.T.E.D.)

• Sistema de detecção de intrusão

• Sistema de detecção de incêndio (S.A.D.I.)

As canalizações de energia e comunicações serão realizadas em caminhos de cabos

independentes.

As ligações de alimentação entre o Quadro Geral e os restantes cabos será efectuada

por cabos com um nível de isolamento de tensões superior ao realmente necessário, de modo

a garantir um isolamento classe II, e assim garantir a protecção contra contactos indirectos.

A tabela com as características dos cabos está no desenho nº 0013.

Os condutores que constituem as canalizações deverão ser revestidos de isolamento nas

cores convencionais, definidas no art. 180º do R.S.I.U.E.E., de modo a facilitar a

identificação.

• Fase: preto-preto-castanho ou castanho-castanho-preto

• Neutro: azul claro

• Condutor de protecção: verde/amarelo

As secções mínimas dos condutores a utilizar nunca serão inferiores às seguintes:

• 1,5 mm2 para circuitos de iluminação

• 2,5 mm2 para a interligação de tomadas

• 4 mm2 para alguns equipamentos de maior potência

• 6 mm2 para a interligação de quadros

PARTE 7.3 CALHAS TÉCNICAS E CAIXAS DE PAVIMENTO

A instalação de calhas técnicas de rodapé será prevista em oficinas, gabinetes e salas

de reuniões. Nestes locais, indicados nos desenhos, a passagem de condutores para as

tomadas de usos gerais, de telefones e de rede será feita no interior das calhas. As mesmas

serão da marca Legrand série DLP. Nos locais com numero reduzido de cabos (salas e

gabinetes), a calha tem as dimensões de 100x50mm (CTR). Em locais com maior número de

cabos (corredores e reprografia), utilizar-se-á um caminho de cabos de 300x60mm relativo às

correntes fortes e 200x35mm para as fracas.

Serviços administrativos, auditório, carpintaria e oficina de manutenção foi prevista a

instalação de caixas de pavimento de modo a melhorar a aproximação das tomadas tanto para

usos gerais como de telefones e rede de aparelhos a ligar. Segundo o ponto 555.7 das

R.T.I.E.B.T., as tomadas instaladas no pavimento deverão ter, no mínimo IP24 e IK07. As

caixas de chão utilizadas serão da Legrand, cumprindo os códigos IP e IK especificados e estão

de acordo com a norma NF C 15-100.

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PARTE 7.4 CAIXAS

A colocação das caixas de derivação e passagem deverá ser a mais conveniente possível

em relação ao percurso dos circuitos e ao seu acesso para as ligações, devendo respeitar a

estética da arquitectura.

Na instalação da aparelhagem de manobra, serão utilizadas caixas de aparelhagem, não

sendo permitido, em caso algum, a instalação de caixas fundas funcionando como caixas de

derivação.

Todas as tampas das caixas de derivação deverão ser etiquetadas. Segundo o

R.T.I.E.B.T., estas etiquetas serão em trafolite e deverão conter as informações referentes à

rede, quadro, o circuito a que pertence e a sua utilização.

As caixas de passagem e derivação dos vários circuitos de iluminação, força motriz,

sinalização, etc., deverão ser agrupadas em caixa com tampa única, colocada a meio das

soleiras da portas, janelas e do vãos. Dento de cada dependência, as caixas situam-se à

mesma altura.

Quando as caixas se destinam a permitir derivação para alimentação de um ponto luz

colocado em tecto falso, deverão ser colocadas na perpendicular, baixada a partir do ponto

luz a estabelecer.

Nas caixas de derivação ou de aparelhagem, o dispositivo de aperto não deverá apertar

mais de quatro condutores, para secções nominais iguais ou inferiores a 4mm, ou dois

condutores de secções nominais ou contíguas na escala das secções normalizadas superiores a

4mm. Em cada caixa não será permitido deixar aberturas além das utilizadas pelos tubos. Não

será permitido, em caso algum, deixar caixas com acesso ao seu interior sem uso o uso de

ferramentas.

Dimensões:

• Caixa de aplique – 40mm de diâmetro

• Caixas de aparelhagem – 60mm de diâmetro

• Caixas de derivação e de passagem – 80x80x40mm

• Caixas de derivação e de passagem – 120x80x40mm

As caixas a utilizar e respectivos acessórios serão da série Batik e Plexo (caixas de

derivação) da Legrand, auto extinguíveis a 850ºC. As caixas a utilizar nas instalações

embebidas serão de plástico (IP55, IK07), referência 35002 da Legrand.

PARTE 7.5 APARELHAGEM DE COMANDO

Nas instalações embebidas, a aparelhagem de comando a utilizar em locais de

utilização normal (salas, gabinetes, etc.), será em baquelite, do tipo basculante, com o

espelho em baquelite, da série Galea Life da Legrand. Quando dois ou mais aparelhos

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formarem um conjunto, deverá ser montado um único espelho, também em baquelite que os

suporte.

Os aparelhos fixos utilizados não poderão ter uma intensidade nominal inferior a

10A/250V, sendo o seu índice de protecção idêntico ao anteriormente indicado para os

quadros.

Toda a aparelhagem de corrente alternada deverá ser própria para as tensões mínimas

de 230V/400V e frequência de 50 Hz.

A localização de aparelhagem de comando, dependerá sempre do sentido de abertura

das portas, devendo ser colocada a 1,2m do pavimento.

Nos locais onde as exigências mecânicas são rigorosas (oficinas, cozinha, copa suja,

etc.), os aparelhos de comando a instalar nestas zonas, serão salientes e estanques, do tipo

Plexo 55s Branco (IP55, IK08) da Legrand.

PARTE 7.6 TOMADAS

Todas as tomadas monofásicas deverão ser dotadas de terminal terra e serão 2P+T,

“schucko”, de alvéolos protegidos, da série Mosaic DLP (para utilizar nas calhas) da Legrand.

As restantes serão 2P+T, do tipo “schucko”, de alvéolos protegidos, da série Galea Life da

Legrand. Nas casas de banho são usados transformador de isolamento de 300VA da Legrand.

O seu número é o considerado necessário e está indicado no desenho nº 0005, para cada

local, de modo a evitar utilizações abusivas de um mesmo circuito e com a preocupação de

permitir uma distância entre elas que facilite a sua utilização nas operações de limpeza e na

utilização de vários receptores de utilização comuns em ambiente académico (computadores,

projectores).

Nas oficinas e no auditório, são utilizadas tomadas de pavimento, de forma a aumentar

o número de pontos de ligação.

Por regra, cada circuito de tomadas de usos gerais não terá mais de oito pontos de

utilização. Locais como WC’s, cozinha, copa suja (locais temporariamente húmidos), serão

alimentados por circuitos próprios e serão protegidos contra contactos directos e indirectos,

através da instalação de disjuntores diferenciais de elevada sensibilidade. As tomadas de uso

geral estabelecidas nas dependências que não sejam WC’s deverão ser instaladas a cerca de

30cm do pavimento. Na montagem embebida, todas as tomadas de uso geral são para a

intensidade de 16A, 250V, com ligação por aperto mecânico e fixação por parafusos de latão

cromado.

As tomadas monofásicas dos WC’s, serão previstas para uma intensidade nominal de

16A, 250V, instaladas a uma altura de 1,2m do pavimento e com protecção mecânica. Estas

tomadas, bem como as dos corredores, serão embutidas.

As tomadas trifásicas a estabelecer nos locais indicados no desenho nº 0005, serão da

série Plexo da Legrand (IP44, IK09), apropriadas para fixação à parede. A sua intensidade

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nominal será de 32A, 400V. Por construção, este tipo de tomadas trifásicas apresenta

característica de resistência a curto-circuitos até 10KA, o que se adapta às características dos

locais para onde se prevê a sua instalação.

Vão ser preparadas a instalação para a alimentação de equipamentos especiais:

• Forno misto

• Grelhador

• Placa eléctrica

• Banho Maria

• Placa de indução

• Balcão frigorifico

• Maquina lavar loiça

• Grupo múltiplo

• Máquina café 4 grupos

• Estufa

• Microondas

• Equipamento frio

• Secadores de mão

• Central do Sistema de Detecção de intrusão

• Central do Sistema Automático de Detecção de incêndios

• UPS

A UPS a utilizar será da série 1600EP de 18kVA da Toshiba, ou equivalente. Este

valor assegura os valores mínimos necessários, incluindo o sistema automático de detecção de

incêndios, controlo de detecção de intrusão e uma parte dos serviços administrativos.

• baterias substituíveis

• transformador de isolamento

• display LCD digital

• ampla janela de tensões de entrada

• ampla janela de frequência de entrada

• correcção do factor de potência

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PARTE 8 ILUMINAÇÃO

PARTE 8.1 ILUMINAÇÃO NORMAL

A iluminação da instalação de utilização tem por objectivo, assegurar condições de

conforto e de segurança aos utilizadores, quer sejam alunos ou funcionários em causa. Assim,

o cálculo luminotécnico referente a este projecto, teve como valores de referência das

grandezas luminotécnicas adequadas ao tipo de utilização de cada espaço, procurando melhor

relação entre qualidade de iluminação e uma boa economia de energia, procurando a maior

eficiência energética possível.

Em tectos falsos, optamos por colocar luminárias embutidas, e em tectos normais,

luminárias salientes. As luminárias foram escolhidas de acordo com as características

arquitectónicas de cada espaço.

As superfícies ópticas das armaduras serão em alumínio, com elevado coeficiente de

reflexão.

As luminárias serão equipadas com balastros electrónicos, em vez dos convencionais

uma vez que tais dispositivos oferecem o conjunto seguinte de vantagens:

• Poupança de 20% a 30% de energia em comparação com os balastros

convencionais

• Ausência de cintilação durante o funcionamento devido à alta frequência de

operação ( ± 30khz) o que leva a um aumento do conforto visual

• Desliga automaticamente as lâmpadas em caso de anomalias

• Religação automáticas das lâmpadas após correcção de anomalias – função

stanby

• Baixo campo magnético

• Alto factor de potência (cos ϕ > 0.95), dispensando assim o condensador de

correcção

• Vida útil da lâmpada aumenta aproximadamente 50%

• Baixa temperatura de funcionamento

• Fluxo constante independentemente da tensão de alimentação

• Índice de eficácia energética – IEE > A3

A seguir apresenta-se o diagrama de electrificação dos balastros:

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A utilização de balastros electrónicos nas luminárias, é mais dispendioso no acto de

aquisição, mas é amortizado a curto prazo (2 a 3 anos) devido à poupança referente ao seu

menor consumo de energia, como também aumenta o tempo entre manutenções.

Poderíamos ter projectado um sistema EIB, domótica, para melhor gestão da iluminação

e facilidade de utilização, mas como se trata de um centro de formação profissional, pequeno

complexo de ensino, apenas contém um auditório, chegámos à conclusão que não seria a

melhor opção, pois trata-se um investimento caro e convém ser muito bem ponderado. Como

uma instituição de ensino contrata sempre contínuos e outro tipo de funcionários como

guarda nocturnos, estes acabam por realizar o trabalho que o sistema iria fazer.

O projecto foi elaborado com a ajuda do software de cálculo WinElux, da E.E.E., sendo

as luminárias utilizadas todas pertencentes ao catálogo de produtos da E.E.E., excepto

sinalização de saídas de emergência, e luminárias energia solar para exterior. Esta aplicação

utiliza o método ponto a ponto e pode ser aplicada em áreas regulares interiores.

Para as várias zonas de utilização, a iluminância estimada através de várias tabelas foi:

• 500 lux – salas polivalentes, gabinetes, serviços administrativos, salas de

formação informática, mediateca, salas estágio/jogos

• 300 lux – recepção, oficina de restauração, copa suja, cozinha, arquivo,

arquivo de formação, oficina áreas formativas teórica jardinagem/carpintaria,

salas de reunião, auditório

• 250 lux – oficinas administrativas, oficinas limpeza

• 200 lux – despensa geral, despensa dia, depósito lixo, copa/balcão, refeitório

• 150 lux – sala pessoal, WC’s, corredores, salas de espera, área de espera,

armazém de limpeza, armazém embalagem, átrio/foyer auditório, bar

• 25 lux – pátrio interior

Sendo assim, as armaduras serão equipadas com lâmpadas fluorescentes, com balastro

electrónico, de IP adequado ao local onde serão instaladas.

No caso dos pátio interiores, optamos por utilizar uns candeeiros exteriores alimentados

através de painel fotovoltaico, sem necessidade de cabos e fornecimento de energia por

parte de algum quadro eléctrico.

Tratando-se de um local público, foi considerada a iluminação normal, bem como a

iluminação de emergência e segurança.

Abaixo, encontra-se um cálculo luminotécnico de uma divisão (Oficina de Manutenção)

a título de exemplo:

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Em primeiro lugar, tendo em conta a utilização do local, indicámos o nível de

iluminância, o factor de manutenção escolhido é de 0,7 (medianamente limpo), no programa

é 1/0,7. Consultámos o catalogo E.E.E. e escolhemos uma luminária.

Considera-se uma altura de 2,5m com uma altura do plano de trabalho de 0,85m.

Quanto aos índices de reflexão:

• Para janelas, 0,1 (janelas de cima a baixo) ou 0,3 (janelas normais)

• Parede 0,5

• Tecto 0,7

• Plano de trabalho 0,1

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Neste caso, optámos por uma luminária saliente, estanque MHPP 06 236 (2x36W).

De seguida, seleccionámos cálculo automático, especificando a iluminância que

pretendemos, cruzando os dados que já temos e o programa encarrega-se de distribuir as

luminárias pela divisão e calcular automaticamente várias grandezas.

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Como se pode observar na figura abaixo, as luminárias são colocadas em paralelo com

as janelas da divisão.

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Obtemos então, a Iluminância no plano de trabalho, Iluminância mínima, média e

máxima.

Este programa permite-nos também realizar o cálculo económico da instalação na

divisão, se fizermos o download dos preços das luminárias do site, tal não fizemos porque não

nos foi pedido.

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Em baixo, encontra-se a tabela de dimensionamento das sancas, para tal, utilizámos os

seguintes dados:

Rendimento da armadura: 79%

Rendimento da lâmpada: 70%

Factor de manutenção 0,7

de 18W 1350

de 36W 3350 Fluxo das Lâmpadas:

de 58W 5200

)( bah

baK

+××

=

Em que:

• K – Coeficiente de forma

• a – largura

• b – comprimento

• h – altura

S

FUnlE ml

m

**** ηφ=

Em que:

• Em - Iluminância (lux)

• nl – número de lâmpadas

• φl – fluxo luminoso (lm, lumen)

• η - rendimento de iluminação

• U – factor de utilização

• Fm – factor de manutenção

• S – superfície (m2)

Número de lâmpadas:

Divisão Comprimento Largura Pé direito de 58W de 36W de 18W Fluxo total K U Em (lux)

Área de Espera 2,65 2,9 1,65 8 0 0 41.600 0,84 0,146 305,7

Atrio 12,7 10,2 2,15 33 0 15 191.850 2,63 0,263 150,6

Auditório 17,3 8,8 2,15 15 0 0 78.000 2,71 0,264 52,4

Bar 4,5 4,8 1,65 6 0 0 31.200 1,41 0,203 113,5

Corredor entre o atrio e sala de reuniões de grupo 15,16 2,7 1,65 10 0 0 52.000 1,39 0,202 99,2

Espaço de circulação 15,16 2,7 1,65 14 0 0 72.800 1,39 0,202 138,9

Gabinete de Apoio 2,6 7,3 1,65 2 0 0 10.400 1,16 0,186 39,5

Gabinete de Assistente Social 2,8 5,8 1,65 2 0 0 10.400 1,14 0,184 45,7

Gabinete de Audio-visual 2,8 4,3 1,65 2 0 0 10.400 1,03 0,173 57,8

Gabinete de Coordenação da Formação 4,3 5,8 1,65 4 0 4 26.200 1,50 0,209 84,8

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Gabinete de Direcção 4,3 5,4 1,65 3 0 0 15.600 1,45 0,206 53,5

Gabinete de Informática 2,8 4,3 1,65 2 0 0 10.400 1,03 0,173 57,8

Gabinete de Integração Profissional 5,7 2,6 1,65 0 0 2 2.700 1,08 0,178 12,6

Gabinete de Reuniões 5,6 3 1,65 2 0 0 10.400 1,18 0,188 45,1

Gabinete de Secretariádo 2,8 4,3 1,65 2 0 0 10.400 1,03 0,173 57,8

Gabinete Técnico da Formação 2,8 4,3 1,65 2 0 0 10.400 1,03 0,173 57,8

Mediateca 8,8 4,6 1,65 4 0 0 20.800 1,83 0,229 45,6

Oficina Administrativa 8,8 5,7 1,65 0 0 8 10.800 2,10 0,244 20,3

Oficina de Áreas Formativas 5,8 8,6 1,65 0 0 8 10.800 2,10 0,244 20,4

Oficina de Limpeza 8,8 6 1,65 0 0 8 10.800 2,16 0,246 19,5

Oficina de Manutenção 8,8 8,6 1,65 0 0 12 16.200 2,64 0,263 21,8

Oficina de Restauração 5 6 1,65 7 0 0 36.400 1,65 0,218 102,5

Recepção 5 3 1,65 8 0 0 41.600 1,14 0,184 197,1

Refeitório 15 8,8 1,65 18 0 0 93.600 3,36 0,277 76,1

Reuniões / Direcção 5,3 5,8 1,65 5 0 0 26.000 1,68 0,220 72,0

Sala de Espera 2,5 2,9 1,65 8 0 0 41.600 0,81 0,142 315,5

Sala de Estágio e Jogos 11,8 5,8 1,65 5 0 0 26.000 2,36 0,254 37,4

Sala de formação 4,125 8,65 1,65 3 0 0 15.600 1,69 0,221 37,4

Sala de Formação Informática 8,8 5,75 1,65 5 0 0 26.000 2,11 0,244 48,6

Sala de Reuniões de Grupo 5,8 9 1,65 23 0 0 119.600 2,14 0,246 217,7

Sala Pessoal 3,95 2,95 1,65 2 0 0 10.400 1,02 0,172 59,5

Salas Polivalente 4,2 7,3 1,65 3 0 0 15.600 1,62 0,216 42,5

Serviços Administrativos 6 13 1,65 12 0 0 62.400 2,49 0,260 80,4

Os valores de U em cima apresentados, foram obtidos através de uma interpolação

linear da tabela a seguinte:

K U

0,8 0,14

1 0,17

1,2 0,19

2 0,24

2,5 0,26

3 0,27

4 0,29

5 0,3

Não vamos descrever todos cálculos de todas as divisões pois seria muito extenso,

apenas vamos expor todas as luminárias utilizadas no projecto e as suas características,

estando as mesmas projectadas em todo o complexo, no desenho 0008.

Abaixo, encontra-se a tabela de todas as divisões do complexo, com as luminárias

utilizadas, iluminância média conseguida para cada divisão e uniformidade no plano de

trabalho.

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Divisão Lâmpadas Utilizadas

Iluminância Média [lux]

Uniformidade do plano de trabalho [min/méd]

Armazém de Limpeza TLJ 01 128 151 1:1.6

Armazém Embalagem

TLJ 01 128 151 1:1.6

Arquivo da Formação

LTRB 01 128 326,9 1:3.4

Arquivo LTRB 01 128 348,9 1:3.6

Arrumo de Limpeza TLF 01 124 156,2 1:1.3

Atrio Principal DKG 590 02 218 207,2 1:8.9

Auditório LTRB 01 249 e TRAL 01 249

491,8 1:14.3

Bar DKG 590 02 218 192,2 1:2.0

C. Informática TLF 01 124 156,2 1:1.3

Copa Suja MHPD 05 158 317,9 1:2.4

Copa / Balcão DKG 890 02 226 218,1 1:2.8

Corredores (exemplo 7x2,6m)

TFUK 07 236 220,1 1:1.7

Cozinha MHPD 05 236 336,2 1:1.7

Depósito do Lixo TSP 04 128 178,1 1:1.2

Despensa de Dia TSP 04 128 178,1 1:1.2

Despensa Geral TSP 04 128 240,8 1:1.3

Gabinete de Apoio LTRB 01 128 e

TRAL 01 128 393,6 1:2.6

Gab. Coord. da Formação

LTRB 01 128 373,4 1:8.1

Gab. de Reuniões LTRB 01 139 361,6 1:13.1

Gab. De Direcção LTRB 01 139 455,8 1:14.1

Gab. De Informática LTRB 01 128 372,8 1:2.5

Gab. Integr. Prof. LTRB 01 128 402,9 1:1.8

Gab. Médico / Enfermagem

LTRB 01 139 393,7 1:9.6

Gab. Secretariado LTRB 01 128 480,2 1:1.8

Gab. de Som LTRB 01 239 528,1 1:2.1

W.C. DK 800 02 213 218,3 1:1.4

Mediateca LTRB 01 149 388,3 1:3.5

Oficina Áreas Formativas Teóricas

TLJ 01 239 373,5 1:1.6

Oficina Administrativa

LTRB 01 149 255,8 1:18.2

Oficina de Limpezas LTRB 01 149 255,8 1:18.2

Oficina de Manutenção

MHPP 06 236 463 1:1.7

Oficina de Restauração

LTRB 01 128 329,9 1:10.9

Refeitório MHPD 05 236 307,8 1:1.9

Reprografia LTRB 01 139 326,5 1:2.6

S. Estag. e Jogos LTRB 01 180 555,9 1:4.5

Sala de Espera DK 800 02 213 182,9 1:1.6

Sala de Formação LTRB 01 128 e TRAL 01 128

461,4 1:3.9

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Sala de Reuniões / Direcção

LTRB 01 139 456,2 1:16.6

Sala de polivalente LTRB 01 128 e TRAL 01 128

427,7 1:3.0

Serviços Administrativos Parte

1 LTRB 01 128 358,7 1:7.4

Serviços Administrativos Parte

2 DKG 890 02 226 531,5 1:4.1

Apresenta-se a seguir, as luminárias utilizadas mais pormenorizadamente, com

respectivas informações, gráfico do fluxo luminoso e memória descritiva fornecida pelo

software:

TRAL 01 – 128/249, luminárias de encastrar assimétricas:

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Luminária assimétrica de encastrar para lâmpadas T5, ref. TRAL da E.E.E. ou

equivalente.

ÓPTICA

Reflector assimétrico em alumínio anodizado mate de alto rendimento, com elevado

coeficiente de reflexão e sem irisação.

EXECUÇÃO

Armadura em chapa de aço macio, estampada, com tratamento prévio anticorrosivo de

alta qualidade. Termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster de cor branca com

aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V..

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para lâmpadas fluorescentes lineares do tipo T5, casquilho G5.

Balastro electrónico incluído.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE

LTRB 01 – 128/139/149/180/239/249, luminárias de encastrar para linha contínua:

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Luminária para linha contínua de encastrar de baixa luminância, classe 1, ref. LTRB da

E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Reflectores parabólicos em alumínio anodizado especular de alto rendimento, com

elevado coeficiente de reflexão e sem irisação.

Óptica de baixa luminância, menos que 200 cd/m2 aos 60º, fotometria de classe 1.

EXECUÇÃO

Armadura em chapa de aço macio, estampada, com tratamento prévio anticorrosivo de

alta qualidade. Termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster de cor branca com

aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para lâmpadas fluorescentes lineares T5, casquilho G5.

Balastro electrónico incluído.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE

TFUK 07 – 236, luminárias de encastrar para lâmpadas compactas:

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Luminária de encastrar de ref. TFUK da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Reflectores parabólicos em alumínio anodizado especular, com elevado coeficiente de

reflexão.

EXECUÇÃO

Armadura em chapa de aço macio, estampada, com tratamento prévio anticorrosivo de

alta qualidade. Termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster de cor branca com

aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para lâmpadas fluorescentes compactas, casquilho 2G11.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE

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DK 800 – 213, downlights de encastrar lâmpadas na horizontal:

Downlight de encastrar de ref. DK800 da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Reflector em alumínio especular com orla areada, e de elevado coeficiente de reflexão.

EXECUÇÃO

Estrutura do downlight e caixa de alojamento dos acessórios em chapa de zinco, com

tratamento prévio anticorrosivo de alta qualidade.

Aro em chapa de aço macio com termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster

de cor branca, com aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para 2 lâmpadas fluorescentes compactas, casquilho G23 e G24d/q, na

horizontal.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE + PRODUTO CERTIFICADO + ENEC

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DKG 590 – 218, downlights de encastrar lâmpadas na horizontal:

Downlight de encastrar com grelha, ref. DKG590 da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Reflector facetado em alumínio especular vaporizado, com elevado coeficiente de

reflexão.

Grelha de 4 favos em alumínio especular.

EXECUÇÃO

Estrutura do downlight e caixa de alojamento dos acessórios em chapa de zinco, com

tratamento prévio anticorrosivo de alta qualidade.

Aro em chapa de aço macio com termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster

de cor branca, com aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para 2 lâmpadas fluorescentes compactas, casquilho G24d/q, na horizontal.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE + PRODUTO CERTIFICADO + ENEC

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DKG 860 – 226, downlights de encastrar lâmpadas na horizontal:

Downlight de encastrar com grelha, ref. DKG860 da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Reflector em alumínio especular liso, com elevado coeficiente de reflexão.

Grelha de 6 favos em alumínio especular.

EXECUÇÃO

Estrutura do downlight e caixa de alojamento dos acessórios em chapa de zinco, com

tratamento prévio anticorrosivo de alta qualidade.

Aro em chapa de aço macio com termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster

de cor branca, com aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para 2 lâmpadas fluorescentes compactas, casquilho G24d/q, na horizontal.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE + PRODUTO CERTIFICADO + ENEC

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DKG 890 – 226, downlights de encastrar lâmpadas na horizontal:

Downlight de encastrar com grelha, ref. DKG890 da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Reflector em alumínio especular liso, com elevado coeficiente de reflexão.

Grelha de 4 favos em alumínio especular.

EXECUÇÃO

Estrutura do downlight e caixa de alojamento dos acessórios em chapa de zinco, com

tratamento prévio anticorrosivo de alta qualidade.

Aro em chapa de aço macio com termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster

de cor branca, com aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para 2 lâmpadas fluorescentes compactas, casquilho G24d/q, na horizontal.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE + PRODUTO CERTIFICADO + ENEC

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TLJ 01 – 235, luminárias tipo régua:

Luminária do tipo régua de ref. TLJ da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Sem óptica.

EXECUÇÃO

Armadura em chapa de aço macio, estampada, com tratamento prévio anticorrosivo de

alta qualidade. Termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster de cor branca com

aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

Topos em policarbonato V0.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para lâmpadas fluorescentes lineares T5, casquilho G5.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE

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TLF 01 – 124, luminárias com reflector do tipo industrial:

Luminária do tipo industrial de ref. TLF da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Reflector plano em chapa de aço macio termolacada em resina epoxy-poliéster, de cor

branca com aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

EXECUÇÃO

Armadura em chapa de aço macio, estampada, com tratamento prévio anticorrosivo de

alta qualidade. Termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster de cor branca com

aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

Topos em policarbonato V0.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para lâmpadas fluorescentes lineares T5, casquilho G5.

Classe I IP20

Fio incandescente: 960º C

Marcas: CE

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MHPD 05 – 158/236, luminárias estanques:

Luminária saliente estanque, ref. MHPD da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Difusor acrílico injectado. Reflector interior em chapa termolacada, onde são alojados

os componentes eléctricos.

EXECUÇÃO

Base em poliéster, reforçado com fibra de vidro. Junta vedante de neopreno. Fechos do

difusor em poliamida de fecho suave.

Topos providos de passa fios estanques.

Possível aplicação de fechos do difusor em aço inox.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para 1 e 2 lâmpadas fluorescentes lineares, casquilho G13.

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Classe I IP65

Fio incandescente: 750º C

Marcas: CE + PRODUTO CERTIFICADO + ENEC

MHPP 06 – 236, luminárias estanques:

Luminária saliente estanque, ref. MHPP da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Difusor em policarbonato injectado. Reflector interior em chapa termolacada,

onde são alojados os componentes eléctricos.

EXECUÇÃO

Base em poliéster, reforçado com fibra de vidro. Junta vedante de neopreno.

Fechos do difusor em poliamida.

Topos providos de passa fios estanques.

Possível aplicação de fechos do difusor em aço inox.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para lâmpadas fluorescentes lineares, casquilho G13.

Classe I IP65 IK10

Fio incandescente: 750º C

Marcas: CE + PRODUTO CERTIFICADO + ENEC

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TSP 04 – 128, luminárias estanques tipo régua:

Luminária estanque do tipo régua de ref. TSP da E.E.E. ou equivalente.

EXECUÇÃO

Base injectada em poliéster, reforçado com fibra de vidro.

Junta vedante em neopreno.

Topos providos de passa fios estanques.

Porta arrancador estanque.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para lâmpadas fluorescentes lineares T8 e T5, casquilho G13 e G5.

Classe II IP65

Fio incandescente: 750º C

Marcas: CE + PRODUTO CERTIFICADO + ENEC

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TMS 07 – 118/158: luminárias estanques tipo régua, a utilizar nas sancas:

Luminária do tipo régua de ref. TMS da E.E.E. ou equivalente.

ÓPTICA

Sem óptica.

EXECUÇÃO

Armadura em chapa de aço macio, estampada, com tratamento prévio anticorrosivo de

alta qualidade. Termolacagem electrostática em resina epoxy-poliéster de cor branca com

aditivo contra o envelhecimento provocado pela radiação U.V.

Suportes e porta arrancador estanques.

ELECTRIFICAÇÃO

230V/50Hz, para lâmpadas fluorescentes lineares, casquilho G13.

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Classe I IP20

Fio incandescente: 750º C

Marcas: CE + PRODUTO CERTIFICADO + ENEC

Em relação à iluminação exterior (os dois pátios interiores) utilizaram-se luminárias

alimentadas através de energia solar, SOLAR BUD de Ross Lovegrove.

A energia solar é captada através de uma célula policristalina de

silicone fotovoltaica, carregando as baterias recarregáveis. Na ausência de luz, o circuito

piloto electrónico, liga automaticamente 3 LEDS vermelhos de alto rendimento. É composto

por:

• Tronco de alumínio

• Cabeça de policarbonato translúcido

• Resistente aos raios UV

As armaduras devem ser fixadas convenientemente de modo a garantir a solidez do

conjunto e seu constante nivelamento através do sistema de fixação recomendado pelo

fabricante, no nosso caso, o catálogo 2004 da E.E.E. contém os fixadores para todas as

luminárias.

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Estas luminárias serão alimentadas em 230V/50Hz, e em quase todas elas haverá

hipótese de instalar um condensador para correcção de factor potência. A electrificação

interna das luminárias será efectuada em condutor rígido com secção não inferior a 1,5mm2

(H07V).

Os circuitos eléctricos de iluminação serão realizados de um modo geral em condutores

do tipo H07V-U, protegidos por tubos termoplásticos do tipo VD (referenciados

anteriormente), sobre tecto falso, embebidos ou em calhas. Em nenhum caso, os condutores

deverão ser inferiores a 1,5 mm2.

Nos WC’s, os aparelhos de iluminação devem ser fixos, isolamento classe II, não

apresentar qualquer parte metálica acessível, de modo a negarem qualquer contacto com

artes activas na retirada ou instalação de lâmpadas.

Todos os circuitos de iluminação estarão equipados com circuito de terra de protecção,

onde serão ligados os elementos metálicos passivos dos aparelhos, comandados a partir dos

respectivos quadros parciais.

O comando dos diferentes pontos de luz será efectuado por intermédio de aparelhos de

manobra, colocados nos compartimentos respectivos, com excepção das zonas de circulação

(corredores, átrios), onde o público tenha acesso, em que não é permitido qualquer tipo de

comando. Nestes locais, a iluminação é comandada a partir do respectivo quadro a que estão

ligados. Nos sanitários, a iluminação será ligada e desligada automaticamente através de

detectores de movimento.

PARTE 8.2 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA E SINALIZAÇÃO

Para um óptimo funcionamento deste circuito, convém subdividir os circuitos de

iluminação, pelo menos dois circuitos distintos em cada zona, pois em falha da alimentação

normal, uma parte dos circuitos de iluminação se mantenha em funcionamento. Trata-se de

um tipo de iluminação direccionada para situações de emergência, em situações de pânico

com a presença de um numero elevado de pessoas.

Visto que o complexo não têm grupo de socorro, a iluminação de emergência será por

módulos de emergência (kits de conversão Legrand, TL-18W), em alguma luminárias, de modo

a manter uma luminância mínima em caso de falha de energia. Estes kits são utilizados

em algumas luminárias dos corredores, auditório, refeitório de modo a garantir um nível

de luminância mínima suficiente para uma evacuação em segurança das instalações. São

constituídos por um balastro electrónico e uma bateria de acumuladores recarregável. Estes

kits têm as seguintes características principais:

• alimentação: 230V/50/60Hz;

• tempo de carga: 24 horas;

• consumo optimizado para maior economia de energia;

• acumuladores Ni-Cd de alta temperatura;

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• aptos para montagem sobre superfícies inflamáveis;

• invólucro em material plástico auto-extinguível;

• dimensões reduzidas para instalação em qualquer tipo de armadura.

A sinalização de emergência nas saídas, serve para encaminhar as pessoas. Apesar de

garantidos os níveis de iluminação mínimos em caso de falha, encontram-se espalhados pelo

edifício estes blocos autónomos, também responsáveis pela iluminação de emergência, em

caso de falha da fonte de recurso.

A sua localização é necessária em todas as saídas de emergência e trajectos de

evacuação de tal modo que o posicionamento de qualquer saída ou trajecto seja facilmente

reconhecido.

As luminárias de iluminação destinadas às saídas dos edifícios para o exterior, são

designadas como letreiros de saída, possuindo estas uma sinalização do tipo pictográfica de

modo a permitir fácil leitura. Estas armaduras serão instaladas por cima das portas de saída,

hall e saídas do edifício em questão, conforme se pode observar no desenho nº0004.

As armaduras utilizadas serão do modelo C3 da Legrand. Tem como características

principais:

• de acordo com a norma NP EN 60598-2-22;

• isolamento classe II;

• alimentação 230V~ – 10%, 50 Hz;

• aptos para instalação em superfícies inflamáveis;

• lâmpada com fluxo luminoso de 160 lm, com autonomia de 1h e

lâmpada de 6W;

• acumuladores de Ni-Cd de alta temperatura;

• invólucro auto-extinguível e reciclável;

• IP 42 e IK 04.

Os blocos autónomos devem estar sempre desligados, entrando em funcionamento em

caso de corte de energia.

De notar que esta iluminação terá que garantir uma iluminância média de 1 lux.

Para assegurar que o sistema continua em plena operacionalidade deve ser definida

assistência técnica essencial. Esta deve ser efectuada como parte da rotina de teste, mas

para o caso dos elementos consumíveis como lâmpadas de substituição deverá existir uma

reserva que permita uma substituição imediata.

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De referir que as etiquetas sinalizadoras utilizadas serão da marca Legrand.

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PARTE 9 EQUIPAMENTOS

O centro de formação necessita de equipamentos a ser alimentados por circuitos

apropriados à potência de cada um.

Os equipamentos a alimentar são o forno misto, grelhador, placa eléctrica, banho

Maria, placa de indução, balcão frigorifico, máquina de lavar loiça, grupo múltiplo, máquina

café 4 grupos, estufa, microondas, equipamento frio, secadores de mão. Há ainda que

alimentar circuitos especiais tais como a central do Sistema de Detecção de intrusão e a

Central do Sistema Automático de Detecção de incêndios.

PARTE 9.1 AVAC

Ar condicionado

Os sistemas AVAC englobam o aquecimento, ventilação e ar condicionado e são

previstos nas instalações.

Os equipamentos de ar condicionado foram previstos nas salas polivalentes, auditório e

salas de reuniões, na zona de gabinetes de serviços médicos e administrativos.

Os cálculos de dimensionamento dos equipamentos de ar condicionado estão na folha

de cálculo em anexo. Foram tidos em atenção diversos aspectos, como por exemplo as áreas

de janelas, paredes, tectos, pavimentos, número de ocupantes, entre outros aspectos.

Os modelos seleccionados foram S172, S252 e S302.

Cortinas de ar quente

As cortinas de ar quente são uma parede de ar através de um sistema de ventilação

tangencial, separando dois ambientes, com livre trânsito de pessoas.

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Para a escolha destes equipamentos tivemos o cuidado de assegurar que a largura de

entrada é completamente tapada pela cortina de ar quente para evitar perdas de eficiência.

Foram colocadas cortinas de ar quente em três locais: átrio de entrada, entrada oeste e

norte. Os modelos utilizados foram, respectivamente, AC 210 e AC209 para os dois últimos.

Também os cálculos para o dimensionamento destes aparelhos estão em anexo na folha

de cálculo.

Ventilação Mecânica

A ventilação mecânica será assegurada por ventiladores de extracção colocados na

cobertura do edifício e conectados a uma rede de condutas e pontos de extracção

devidamente distribuídos.

Os ventiladores serão de baixo consumo, pois o seu funcionamento contínuo durante as

horas de utilização do edifício representariam um encargo económico e dispendioso caso não

o fossem. A sua escolha prende-se ao baixo consumo, baixo ruído de funcionamento e terão

de extrair um caudal 20% superior ao somatório de todos os pontos de extracção da rede de

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condutas que lhe é adjacente, a fim de compensar perdas mecânicas e mantendo a qualidade

do funcionamento global nos níveis que um edifício de recebimento público exige.

Estes deverão assentar em maciços de área não inferior ao seu perímetro e

devidamente aparafusados, numa superfície plana e o mais próxima possível da prumada

vertical ao qual estarão conectados.

A rede de condutas é do tipo Spiro e de diâmetros variados de acordo com o caudal

necessário. As condutas de diferentes diâmetros serão conectadas por meio de reduções

simples ou em T.

Os pontos de extracção são realizados por válvulas de 125 milímetros de diâmetro e

caudal de 150 m3/h. Estas estão ligadas à rede de condutas por tubo Spiro de diâmetro igual,

e a picagem deverá ser devidamente isolada, para evitar quer perdas de caudal, quer odores

que poderiam advir de isolamentos insuficientes.

Deverão ainda ser previstas grelhas para as portas dos WCs de dimensões 500x300

milímetros, conforme o desenho 0014.

Propomos o uso de ventiladores, condutas e válvulas do fabricante e distribuidor System

Air.

Serão necessários 5 ventiladores e os modelos são: 190EZ, 225EZ, 311EV 355DV. A sua

correspondência com as prumadas verticais estão identificadas no desenho 0009.

Secadores de mão

Os secadores de mão foram previstos para todas as casas de banho, cozinha, oficina de

restauração e oficina de limpezas. Foi prevista uma saída de reserva no quadro da cozinha

para alimentar um secador de mãos para o refeitório, junto de um lavatório.

Os secadores de mãos propostos são do fabricante Bosch, modelo THT 9200.

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PARTE 10 INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ESPECIAIS

PARTE 10.1 SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETECÇÃO DE INCÊNDIOS

Integrado nos sistemas de segurança, o Sistema Automático de Detecção de Incêndio

(SADI) será encarregado de monitorizar, detectar, localizar e accionar os meios previstos para

combate a possíveis deflagrações de incêndios, a fim de motivar uma rápida intervenção e

minimizar as consequências que um fogo poderia causar.

O sistema é constituído por:

- Central de detecção de incêndios (CDI)

- Detectores de incêndio:

- Detectores termovelocimétricos

- Detectores ópticos de fumos

- Botoneiras de acção manual

- Sirene

Estes elementos estão interligados por uma rede de cabos devidamente canalizada, no

caminho de cabos de correntes fracas.

Os vários detectores devem estar dispostos por circuitos que identifiquem zonas

geográficas distintas, a fim de restringir a localização da anomalia e mais rapidamente

identificar o local exacto do fogo, dando seguimento aos procedimentos a adoptar nestas

situações.

Princípio de funcionamento

Foi escolhida uma central analógica do tipo endereçável, e será instalada na recepção,

onde habitualmente, estão funcionários permanentemente.

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À central de detecção de incêndio são ligados circuitos com vários detectores dispostos

em anel (loop), sendo os diferentes anéis que identificam as zonas geográficas monitorizadas.

As sirenes de alarme são colocadas em locais amplos destinados à circulação dos

usufrutuários das instalações, e de mais fácil propagação do alarme sonoro.

Os detectores (ópticos de fumos e termovelocimétricos) são instalados no tecto,

normalmente afastados das paredes ou outros obstáculos à sua actuação, como por exemplo,

pilares.

As botoneiras de acção manual estão localizadas em locais de passagem, de fácil e

rápido acesso para que o intencional uso da botoneira seja eficaz.

O disparo de algum alarme automático ou manual, não impede o contínuo

funcionamento do sistema, permitindo a activação de mais alarmes.

A central deverá dispor de um sistema de autoteste, quer ao seu funcionamento, quer

aos detectores, botoneiras ou sirenes nos diferentes loops. A central deverá também detectar

a interrupção dos circuitos, quer por avaria, quer por acção intencional, evitando situações

de sabotagem. Mesmo quando identificadas situações de sabotagem, as situações de alarme

têm prioridade.

A central é programável, e dispõe de um teclado para o efeito, e porta de comunicação

série, permitindo a conectividade com outros equipamentos de programação, tais como

computadores.

A programação é armazenada numa memória RAM ou E2PROM, memória esta que auxilia

um microprocessador que gere todo o sistema. Este sistema permite ainda programar

diferentes alarmes, sinalizações e formas de actuação de acordo com diferentes origens de

situações anómalas.

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A alimentação do sistema é feita a partir da tensão da rede, a 230VAC, sendo o seu

funcionamento interno de corrente contínua assegurada por um transformador e conversor

AC/DC.

A central dispõe ainda de uma saída com uma linha de comunicação com a linha

telefónica, permitindo a ligação à Voice Gateway da Infra-estrutura de telecomunicações do

edifício, permitindo o aviso automático de entidades externas à instalação, como bombeiros

ou funcionários responsáveis, quando programada para tal.

Existe a funcionalidade de memorização de eventos, e funcionamentos de acordo com

regimes horários, permitindo inclusivamente a variação da sensibilidade dos sensores de

acordo com os diferentes modos de funcionamento.

O funcionamento deve ser assegurado mesmo com falha da tensão de rede, sendo para

tal ligado o sistema de detecção de incêndio à UPS da instalação.

Ainda relativo à protecção do sistema de detecção de incêndio, deverão ser previstas

medidas de protecção de variações de tensão ou sobrecargas.

O sistema deverá ser ainda dotado de baterias próprias, que assegurem o

funcionamento no caso de falha de rede pública e da rede de socorro por, pelo menos, 72

horas.

Alimentação da CDI

A CDI deverá ser alimentada a partir do Quadro Geral de Entrada, a partir de um

circuito independente. A tensão da rede é rectificada de 230V à frequência industrial para

24V em corrente contínua.

Será previsto um bloco autónomo de baterias capaz de manter o funcionamento do

sistema de detecção de incêndio durante 72 horas.

Modos de operação

Operação diurna

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Durante as horas de normal funcionamento das instalações, se um detector for

activado, são disparados alarmes sonoros e luminosos na central, e é cronometrado um tempo

de 5 minutos para permitir a verificação humana do incêndio. Findo este tempo, o alarme é

transmitido aos bombeiros e são activados os alarmes sonoros da instalação.

Em caso de verificação de falso alarme, existe a possibilidade de anular o alarme na

central.

Caso o alarme seja activado por uma botoneira de acção manual, são activados de

imediato os alarmes sonoros e luminosos da central, os alarmes sonoros da instalação e é

transmitido o alarme aos bombeiros.

Operação nocturna

No modo de operação nocturna, qualquer activação de alarme de incêndio é de

imediato transmitida aos bombeiros, e são activados os alarmes sonoros e luminosos da

central, bem como são activadas as sirenes.

Prioridade de alarmes

Na possibilidade de serem activados diferentes alarmes, são definidas prioridades entre

os alarmes:

Nível 1: alarmes de incêndio

Nível 2: tensão de alimentação

Nível 3: mensagens de utilização

Testes de alarme

Será prevista a função de teste do alarme, tendo esta função como objectivo a

verificação do bom funcionamento da central. Este teste permite verificar situações anómalas

no funcionamento dos diversos elementos dos circuitos, tais como avarias ou necessidade de

manutenção.

O teste de um loop não impede o funcionamento dos restantes loops.

Detectores

Detector óptico de fumos

Este é o tipo de detector mais usado em instalações deste tipo, pela sua capacidade de

detecção precoce de uma vasta variedade de incêndios e custo inferior face a outros

detectores.

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O seu funcionamento baseia-se no princípio da luz difusa, e é sensível a partículas

visíveis do fumo (aerossóis). Dentro do detector é emitida luz, que é recebida por um foto

elemento. Se a difusão de luz for superior ao limite pré-determinado, o detector reconhece a

situação de alarme.

É normalmente usado em fogos de combustão lenta e sem chamas.

Estes detectores têm um correcto funcionamento em intervalos de temperatura e

humidade elevados (entre -20ºC e 60ºC, e entre 0% a 95% hr), e o período de amostragem é de

0,5 segundos. Pode ser alimentado por tensões contínuas entre 16V e 26V.

Terão de respeitar a norma europeia EN 54-7/9.

Detector termovelocimétrico

A sua aplicação é destinada a locais onde a possibilidade de incêndios de rápida

propagação é elevada, e é menos sensível a poeiras ou fumos que o detector anterior, pelo

que a sua fiabilidade face a falsos alarmes é muito elevada.

O principio de funcionamento deste detector assenta na verificação de variações

rápidas de temperatura, através de dois sensores de temperatura, um dentro, e outro fora da

câmara do detector.

Estes detectores têm um correcto funcionamento em intervalos de temperatura e

humidade elevados (entre -20ºC e 70ºC, e entre 0% a 95% hr), e o período de amostragem é de

0,5 segundos. Pode ser alimentado por tensões contínuas entre 16V e 26V.

Terão de respeitar a norma europeia EN 54-8/9.

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Botoneira de acção manual

Estes dispositivos sinalizam a acção manual e voluntária humana de um incêndio.

São instalados a 1,5m do pavimento, e são activados pela quebra do vidro frontal,

sendo o material não cortante.

Terão de respeitar a norma europeia EN 54-11.

Sirene de alarme

São instaladas a uma altura mínima de 2 metros do pavimento, minimizando a

acessibilidade por parte das pessoas.

Estes dispositivos têm um correcto funcionamento em intervalos de temperatura e

humidade elevados (entre -40ºC e 80ºC, e entre 0% a 95% hr), e activam o alarme sonoro

quando recebem indicação da central para tal. Podem ser alimentado por tensões contínuas

entre 16V e 26V.

A intensidade sonora deverá ser de 100dB.

Cablagem

O cabo a utilizar será do tipo H07V de secção 1,5 mm2, e dois pares. A circulação desta

cablagem será num caminho de cabos denominado de correntes fracas.

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Solução proposta

É proposta uma solução composta por diferentes fabricantes, não havendo

incompatibilidade alguma entre elementos.

Para a central propomos o fabricante Nibble, modelo Firewall 4, e permite todas as

funcionalidades descritas anteriormente.

Para o detector óptico de fumos, termovelocimétrico e botoneira de acção manual

propomos o fabricante Vigilarme, série XP95.

A configuração do sistema encontra-se nas peças desenhadas, bem como a localização

dos elementos e o traçado dos loops.

PARTE 10.2 SISTEMA DE DETECÇÃO DE INTRUSÃO

As instalações deverão também ser protegidas contra intrusões, preservando a

segurança dos bens e das instalações colectivas.

Para tal, é dimensionado um sistema de detecção de intrusão, constituído por:

• Central de detecção de intrusão

• Detectores de dupla-tecnologia

• Detectores de quebra de vidros

• Sirenes interiores anti-intrusão

• Sirenes exteriores anti-intrusão

• Teclados remotos de activação e desactivação

Os dispositivos de alarme são dispostos num circuito em anel fechado, sendo assim

possível detectar situações de sabotagem por interrupção voluntária do circuito pois a

resistência vista da central passa de um valor muito baixo para uma resistência infinita.

Central de intrusão

Propomos para central de Intrusão o fabricante Ademco e gama 238. Esta central é

micro processada e bidireccional e conta com as seguintes características:

• Teclado atractivo, de baixo perfil, retro iluminado com LEDS que indicam o

estado das zonas;

• Ecrã alfanumérico de 32 caracteres para mensagens;

• Inclui 8 zonas totalmente programáveis;

• Entradas/saídas temporizadas;

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• Indicação do estado da central: falha de rede, bateria baixa, falha de

comunicação, falha do fusível da sirene;

• Memória dos últimos 128 eventos com data e hora acessível através de

software de bidireccionalidade, comandado em ambiente Windows;

• Mínimo 4 dígitos por código, com o máximo de 32 utilizadores;

• Código de convidado válido por 8 dias consecutivos;

• Tampa móvel;

• Dimensões: 115 x 164 x 30 mm;

• Alimentação à tensão de 16,5 V e corrente de 500 mA;

• Saída para sirene 9,5-14Vcc @1,5A;

• Consumo de cada teclado 35 mA, podendo ligar-se no máximo quatro.

Esta será localizada na recepção, junto dos serviços permanentes.

Detectores de dupla tecnologia

Estes detectores de alta fiabilidade são apenas activados quando os dois sensores que

dispõem detectam uma intrusão. São estes sensores sensíveis a infravermelhos e a

microondas.

O sensor de infravermelhos detecta a presença de temperatura emitida por corpos.

O sensor piezoeléctrico sensível a microondas detecta o movimento de corpos.

Uma vez que só quando estes dois sensores são activados é que o alarme é assinalado,

os detectores de dupla tecnologia têm elevada imunidade a falsos alarmes, sem comprometer

a missão para a qual foram destinados.

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Estes detectores serão colocados nas zonas de possíveis acessos às instalações, quer por

portas, ou janelas, capazes de permitir visitas indesejadas.

Detectores de quebra de vidros

Os detectores de quebra de vidros detectam sons de baixas frequências (pancadas nos

vidros) seguidos de sons de altas frequências (estilhaçar de vidros) e eliminam ruídos externos

aleatórios, pelo que são de alta fiabilidade.

Estes detectores são colocados em zonas onde a violação das instalações possa ocorrer

por meio de zonas envidraçadas, seja por janelas, ou outras fachadas de vidro.

São usados neste projecto apenas como auxiliares dos detectores de dupla tecnologia,

pois seriam possíveis acessos nos locais onde são aplicáveis por outros meios que não a quebra

de vidros.

Sirenes anti-intrusão

As sirenes anti-intrusão, quer sejam interiores ou exteriores, destinam-se a emitir

alarmes sonoros de sinalização de intrusão nas instalações.

As sirenes interiores e exteriores são colocadas em locais amplos de fácil propagação

sonora. A sirene exterior será colocada num local alto e de boa visibilidade da via pública. A

potência sonora é elevada.

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Deverão ser autoalimentadas e protegidas contra abertura e cortes dos fios de

alimentação.

Teclados remotos

Serão colocados teclados destinados à activação e desactivação do sistema de detecção

de intrusão nos locais de normal acesso ao edifício e junto à central.

Cablagem

O cabo a utilizar será do tipo H07V-U de secção 1,5 mm2, e dois pares. A circulação

desta cablagem será num caminho de cabos denominado de correntes fracas.

Solução proposta

Propomos para os detectores uma solução Ademco, gama Dual Tec DT-700.

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PARTE 11 REDE ESTRUTURADA DE TELECOMUNICAÇÕES (ITED)

A infra-estrutura de Telecomunicações será baseada numa solução de tecnologia IP,

enquadrável com vários fabricantes. Permitirá a introdução de aplicações imprescindíveis na

actualidade, permite escalabilidade, versatilidade, mobilidade, e retorno de investimento.

Sobre ela podem correr todas as aplicações informáticas, incluindo, dados, voz e vídeo.

As aplicações de voz e vídeo terão de ser suportadas por equipamento que permita suficiente

qualidade de serviço, para apresentarem boa performance em tempo real.

Para tal é proposta uma rede LAN com estrutura hierarquizada, e dividida em Core e

Acesso, como se vê na figura seguinte. Nestes níveis, serão colocados Switchs com

capacidades de routing, isto é Layer 2/3.

No Core teremos um switch com capacidade de processar grandes capacidades de

tráfego IP, e a grande velocidade. A este switch de core estarão conectados todos os

equipamentos aplicacionais, como por exemplo os servidores de mail, os servidores de voz, e

as plataformas de videoconferência, e de videovigilância, se os houver.

Propõe-se também que os switch de core sejam redundantes, quer a nível de

processamento, que a nível de fontes de alimentação de forma a garantir elevados níveis de

serviço.

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Na área de acesso teremos os switch de acesso, que estarão geograficamente

distribuídos de forma a estarem perto dos pontos de utilização. Estes switch de acesso serão

colocados dentro de pequenos bastidores, adequados a este fim, e a partir deles nascem os

cabos de cobre que vão terminar nos pontos de rede necessários e distribuídos pelo edifício.

Os bastidores dos switch de acesso serão colocados nas paredes a 20 centímetros do

tecto, permitindo a livre circulação de pessoas, e fácil acesso para intervenções técnicas.

A rede de cabos de cobre deve ser efectuada com cabos de cobre UTP categoria 6, e

terminar em tomadas do tipo RJ45. No bastidor estes cabos ligam a painéis de distribuição

suficientes para ligar os patch-cords em número pelo menos igual às portas disponibilizadas

nesse switch de acesso. Os switch de acesso devem ser dimensionados de acordo com o

número de pontos de rede previstos para a sua área de distribuição. Existem switch de 12, 24,

e 48 portas. Caso se justifique numa mesma zona, podem obter-se mais portos agrupando dois

ou mais switchs em cascata.

Os switch de acesso propostos disponibilizam portas Gigabit para interligar com os

switch de core. Estas interligações de alto débito podem ser efectuadas em cobre, mas a

nossa solução aponta para ligações e interfaces de fibra óptica multimodo.

Os switch de acesso propostos serão switch com PoE (power over ethernet),

obedecendo à norma 802.3af, o que permite a auto-alimentação de telefones IP directamente

pelos próprios switchs.

Este requisito permite que a solução de voz para os utilizadores seja uma solução IP,

sendo os telefones propostos do tipo IP, e ligando directamente à tomada de rede RJ45. O PC

do utilizador, por sua vez, liga por trás do telefone num mini-switch por este disponibilizado.

Aos switch acesso também serão ligadas algumas antenas Wireless, que permitirão a

cobertura rádio de todo o edifício, permitindo grande mobilidade.

Esta solução permite a coexistência de PC’s e telefones Wi-Fi e PDA’s.

O contacto com o mundo exterior será efectuado através de uma ligação com um router

a partir do Switch de Core. Este router de alto débito poderá estar ligado a um ISP através de

uma ligação Ethernet ao operador. Entre este router e a LAN do Centro de Formação estará

colocada uma FireWall para protecção dos ataques externos.

Ao Core também estará ligado o servidor de voz, que controla toda os telefones IP e as

respectivas Gateway de voz. Estas últimas servem de interface entre o mundo IP e o mundo

tradicional de voz, permitindo o acesso à rede pública telefónica, e ainda a ligação de

aparelhos analógicos, como é o caso dos Fax’s.

Sobre o core também propomos a ligação de um servidor de Radius, para autenticação e

securização da WLAN.

Todas os outros servidores do Centro, como sejam o servidor de mail, e outros devem

ser ligados na rede sobre os switch de core.

Esta estrutura de rede e estes equipamentos permitem pensar em novos serviços a

implementar em breve, como é o caso de câmaras de videovigilância em IP, soluções de

videoconferência e de videotelefone.

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A estrutura da rede que propomos está ilustrada na figura seguinte:

Para esta solução propomos os seguintes equipamentos de um fabricante Cisco Systems

e depois uma alternativa com outro fabricante (Alcatel-Lucent).

Para o Core:

Cisco – Catalyst 6500

Alcatel – Omniswitch 7800

Para o Acesso:

Cisco – Switch Access 2960

Alcatel – OmniSwitch 6124

Servidor de voz

Cisco – Call Manager 7815

Alcatel – Omni PCX Enterprise

Voice Gateway:

Cisco – Series 2800

Alcatel – Séries 4400

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Telefones:

Cisco Ip Phones – 7940, 7960

Alcatel – IP Touch 4028, 4038

Telefones Wi-Fi:

Cisco – 7920

Alcatel – MIPT 300

Antenas Wi-Fi:

Cisco – AIRONET 1300

ALCATEL – AP1100 HKJH

Firewall :

Cisco Asa 5050

Router de WAN:

Cisco – Router series 3800

Alcatel – Omni Switch Router 7000

PARTE 12 PREVISÃO DA POTÊNCIA A CONTRATAR

A determinação da potência a contratar foi feita com o auxílio de quadros de cálculo,

os quais não só identificam os circuitos e a respectiva canalização e protecção, como também

indicam o valor da potência consumida e corrente de serviço. Através deles fez-se a análise

das potências de uma forma ascendente na rede de distribuição do Edifício (dos diversos

quadros parciais para o Quadro de Entrada).

No desenho 13, encontram-se os referidos quadros bem como os cálculos efectuados

para o dimensionamento das canalizações.

Para cada quadro calculou-se a potência instalada e a efectiva, tendo em conta o factor

de potência e o coeficiente de simultaneidade fs .

Os factores de potência e coeficientes utilizados no cálculo foram escolhidos segundo a

especificidade das instalações e/ou circuitos. Na escolha dos coeficientes de simultaneidade

teve-se como referência os valores mínimos aconselhados no R.S.I.U.E.E., no R.S.I.C.E.E. e

em tabelas próprias. Os factores de potência foram escolhidos de acordo com as

características dos aparelhos de utilização previstos para os diversos circuitos. Sempre que

em dúvida, optou-se pelo caso mais desfavorável: factor de potência de 0,8 e coeficiente de

simultaneidade unitário.

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A potência a considerar foi calculada de acordo com a expressão:

si

e fP

P ×=αcos .

Pi - potência instalada;

cos α - factor de potência global;

fs - coeficiente de simultaneidade.

Estimou-se para valor da potência a contratar pela instalação 250 kVA.

PARTE 13 DIMENSIONAMENTO DAS CANALIZAÇÕES

O dimensionamento das canalizações e respectivas protecções contra sobreintensidades

foi efectuado tendo em conta o disposto nos art. 128º e 131º do R.S.R.D.E.E.B.T. e nos art.

567º a 583º do R.S.I.U.E.E..

O objectivo do processo de dimensionamento e protecção de canalizações, é a

determinação da secção do cabo a instalar e do calibre da protecção respectiva, considerando

critérios de ordem económica e a satisfação das condições técnicas e regulamentares

aplicáveis.

O dimensionamento das canalizações, compreendendo, como referido, a definição do

tipo e secção do cabo, e das respectivas protecções, no tocante à selecção das intensidades

nominais e poder de corte, foi realizado tendo em conta os seguintes pontos:

Condições preliminares:

• Corrente de serviço;

• Corrente máxima admissível na canalização;

• Queda de tensão.

• Protecção contra sobreintensidades;

• Protecção contra sobrecargas;

• Protecção contra curto-circuitos.

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PARTE 14 CONDIÇÕES PRELEMINARES

PARTE 14.1 CORRENTE DE SERVIÇO

A corrente de serviço, é aquela que, sob condições normais de funcionamento, é veiculada

pela canalização. O processo de cálculo desta corrente, difere, conforme se trate de uma

canalização trifásica ou monofásica.

Considerando a alimentação de uma carga absorvendo uma potência aparente, S, à tensão

nominal composta, Unc, ou à tensão nominal simples, Un, a corrente de serviço será dada por:

nc

sU

SI

×=

3 ou

n

sU

SI =

PARTE 14.2 CORRENTE MÁXIMA ADMISSIVEL NA CANALIZAÇÃO

O valor da corrente máxima admissível na canalização, está relacionado com a secção e

natureza do cabo escolhido, é obtida directamente da consulta das tabelas fornecidas pelos

fabricantes de cabos eléctricos; estes valores são eventualmente afectados por um ou mais

factores de correcção, que dependem das condições de instalação do cabo e condições

ambientes.

PARTE 14.3 QUEDAS DE TENSÃO

A imposição de critérios, relativos às quedas de tensão verificadas nos diversos circuitos

de uma instalação eléctrica, tem por finalidade estabelecer parâmetros, que permitam

assegurar a qualidade da tensão de alimentação dos equipamentos de utilização, assim com

minimizar as perdas eléctricas nos circuitos.

De acordo com o art. 425º do R.S.I.U.E.E., a queda de tensão admissível não deverá ser

superior a 3% (circuitos de iluminação) ou a 5% (tomadas e outros usos) da tensão nominal da

instalação.

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PARTE 14.4 PROTECÇÃO CONTRA SOBRETINTENSIDADES

PARTE 14.4.1 PROTECÇÃO CONTRA SOBRECARGAS

As canalizações, podem suportar, embora que temporariamente, correntes superiores à

corrente máxima admissível em regime permanente. No entanto, em face de tal situação, as

protecções deverão actuar num tempo inferior ao tempo convencional de funcionamento.

No que se refere à selecção das secções nominais dos condutores, constituintes de um

circuito, esta deverá ser efectuada para que a correspondente intensidade máxima admissível

de corrente seja, pelo menos igual à intensidade de corrente de serviço desse circuito.

Segundo o art. 577.º do R.S.I.U.E.E.:

ZnS III ≤≤

znf II 15.1≤

O significado das grandezas é o seguinte:

Is – Intensidade de corrente de serviço;

In – Intensidade nominal do aparelho de protecção;

Inf – Intensidade limite de não funcionamento do aparelho de protecção;

Iz – Intensidade de corrente máxima admissível na canalização.

Nos cálculos de dimensionamento das canalizações, recorreu-se ao disposto no artº 128

do R.S.R.D.E.E.B.T., utilizando-se desta forma, em detrimento da última restrição:

Zf II 45,1≤

Na fórmula acima representada If é a corrente convencional de funcionamento do

aparelho de protecção. O motivo que determinou a preferência sobre esta última equação,

prende-se com a circunstância desta ser mais restritiva, na medida que conduz a critérios de

selecção mais rigorosos.

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PARTE 14.4.2 PROTECÇÃO CONTRA CURTO CIRCUITOS

No dimensionamento das canalizações de uma instalação eléctrica devem ser previstos

os valores para as correntes de curto-circuito nos diversos pontos da rede. Estes valores

dependem, não só, das características das canalizações, como também são condicionados

pela potência curto-circuito no ponto de interligação desta com rede de distribuição local.

A verificação desta protecção envolve dois aspectos:

• poder de corte adequado do aparelho de protecção;

• garantia de que o corte é realizado antes da deterioração, por efeitos

térmicos, da canalização

Da aplicação desta condição, decorre a necessidade de se proceder ao cálculo das

correntes mínimas e máximas de curto-circuito, nos diversos circuitos constituintes da rede.

Como elementos de protecção serão utilizados disjuntores.

Os disjuntores são caracterizados por apresentarem tempos de resposta aos curto-

circuitos praticamente constantes (variação dos tempos de actuação, de apenas algumas

milésimas de segundo, em face de uma corrente de curto-circuito máxima ou mínima).

Na selecção das protecções das canalizações, sendo esta realizada por disjuntores e

considerando o exposto no parágrafo precedente, a intensidade de curto-circuito máxima,

que surge como a mais desfavorável para a canalização, condicionará o limite máximo de

tempo para actuação da protecção.

Os valores assumidos pelas correntes de curto-circuito mínimas servirão como objecto

de teste à garantia de actuação da protecção face à menor das correntes de curto-circuito

presumida. O valor desta corrente condiciona a escolha da curva de actuação da protecção.

A corrente de curto-circuito mínima corresponde a um curto-circuito fase-neutro,

ocorrido no ponto mais distante da canalização:

)(5,1

95.0

º20º20

min

~1 Cn

Cf

scc

RR

UI

×=

As correntes de curto-circuito máximas, correspondentes aos curto-circuitos trifásicos

simétricos, e eventualmente aos curto-circuitos fase-neutro, no inicio das canalizações

(próximas dos postos de transformação), serão calculadas respectivamente através de:

base

eq

pumáxcc

IZ

UI

pu

×=~3

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Concepção de Instalações Eléctricas 2006-2007

Centro de Formação Professional Página 80

Onde Zeqpu representa a impedância, em pu, da rede a montante, relativamente ao

ponto de ocorrência do curto-circuito.

O tempo de fadiga térmica das canalizações para as correntes de curto-circuito fase-

neutro no início da canalização será dado, por:

2

min

~1

×=

ccI

neutroSkftt

No final, procede-se à comparação dos tempos de fadiga térmica das canalizações com

as curva característica de funcionamento do aparelho de protecção, assim é possível verificar

a satisfação, ou não, da condição de curto-circuito, que consiste em:

<

sprotecçãot

ftprotecçãot

5

Na aplicação da condição de curto-circuito, no dimensionamento das canalizações e

protecções, deverá ser observado o disposto no artº 580 do RSIUEE e no art. 130.º do

RSRDEEBT.

No que diz respeito ao poder de corte e de acordo com o art. 571.º do RSIUEE, os

aparelhos destinados a assegurar a protecção contra curto-circuitos deverão ter poder de

corte, pelo menos, igual à corrente de curto-circuito máxima previsível no ponto da

instalação em que são instalados os aparelhos.

De acordo com a normalização corrente, o poder de corte é entendido como a corrente

inicial simétrica de curto-circuito, quando a protecção é realizada por disjuntores.

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PARTE 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na elaboração deste projecto foram tidos em consideração os regulamentos em vigor,

as boas normas de execução, bem como as necessidades e comodidades que as instalações

devem proporcionar, tendo em conta os aspectos técnico – económicos, de forma a atingir a

fiabilidade da instalação projectada. Para se conseguir atingir alguns destes objectivos,

propõe-se a utilização de material de qualidade e certificado.

Deverá obedecer-se às recomendações da entidade responsável que, obrigatoriamente,

terá que ser previamente avisada do início dos trabalhos para efeitos de Fiscalização.

Todos os desenhos são os mais claros e elucidativos, de forma a facilitar a interpretação

da instalação.

Observações:

Em qualquer caso omisso na presente Memória Descritiva e Justificativa prevalecerá o

Regulamento em vigor e a decisão da Fiscalização da Obra.