mestrado em direito administrativo | 8ª edição | 2014-2015

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PARCEIRO DIREITO ADMINISTRATIVO 2014-2015 | 8ª edição Mestrado em Direito

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Mestrado em Direito Administrativo - Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. 8ª edição - 2014/2015

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Page 1: Mestrado em Direito Administrativo | 8ª Edição | 2014-2015

PARCEIRO

DIREITOADMINISTRATIVO2014-2015 | 8ª edição

Mestrado em Direito

Page 2: Mestrado em Direito Administrativo | 8ª Edição | 2014-2015

Mestrado em DireitoDIREITOADMINISTRATIVOO Direito Administrativo está em aceleradatransformação, com reflexos extensos na suaparte geral. A estabilidade antes inquestionadados princípios foi perturbada por novas pro-postas para a legalidade, a igualdade e a pro-porcionalidade e pela emergência de novosdiscursos, como o da precaução, até há poucoconfinados a domínios especiais.A cada vez mais inevitável alteração do papeldo Estado implica mudanças profundas naorganização administrativa, que estão em cursoe marcarão as próximas décadas. A revisão doCódigo do Procedimento Administrativo trazmodificações relevantes nas matérias nuclearesdo procedimento administrativo geral e do atoadministrativo.Noutro plano, seis anos após a entrada em vigordo Código dos Contratos Públicos, a UniãoEuropeia aprovou as novas diretivas sobre con-tratação pública, obrigando a revisitar toda estatemática. Também o contencioso administrativoestá na ordem do dia, com a primeira granderevisão legislativa na matéria desde a reformade 2004. Enfim, para referir apenas mais umaspeto relevante, a necessidade de equilíbriodas contas públicas, que paira sobre grandeparte das mudanças referidas, torna a práticaadministrativa cada vez mais dependente dodireito financeiro. As atuais transformações doDireito Administrativo afetam ainda muitos dosseus ramos especiais, em particular no domínioeconómico.Oito anos depois do lançamento do mestradoem Direito Administrativo, a Católica mantém aaposta na inovação, procedendo à sua refor-mulação de modo a responder às necessidadesdo estudo do Direito Administrativo nesta fasede transformação.

A aposta é numa formação avançada nas fer-ramentas essenciais que qualquer jurista quetrabalhe em assuntos de Direito Administrativodeve dominar.O mestrado está configurado de forma a serigualmente acessível para aqueles que tenhamconhecimentos menos profundos do DireitoAdministrativo, estando ainda aberto a todosaqueles que, não pretendendo enveredar pelacarreira académica, desejem valorizar o seuperfil profissional com uma dimensão maisorientada para a investigação.O objetivo último é completar de forma sólidaa formação jurídico-administrativa, quer derecém-licenciados, quer de profissionais quesintam necessidade de expandir os seus conhe-cimentos, procurando fornecer uma visão doDireito Administrativo que seja prática semprescindir de bases teóricas sólidas e que sejaatualizada sem deixar de fornecer os quadrosnecessários para a compreensão das mudançasque ainda se avizinham.Além de um major em Direito AdministrativoGeral, o mestrado procura ainda responder àsexigências de conhecimento do Direito Admi-nistrativo Económico, que são crescentes emtempo de crise e serão cruciais na desejadaretoma.

2014-20158ª edição

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Rui MedeirosProfessor Associado. Doutorado em Direito pela Universidade Católica Por-tuguesa (Ciências Jurídico-Políticas) em 1999. Membro do Grupo Europeu deDireito Público. Sócio fundador da Sociedade de Advogados Sérvulo & Associados.Presidente do grupo de trabalho incumbido da preparação do anteprojetodo Código dos Contratos Públicos. Tem colaborado na elaboração de diversosdiplomas legislativos, com destaque para a lei da responsabilidade civil dospoderes públicos, a lei da água, a lei da nacionalidade, a reforma do PEAASAR(Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de ÁguasResiduais Urbanas) e a revisão do estatuto político-administrativo da RegiãoAutónoma dos Açores.

Coordenador

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André Salgado de MatosDocente do Mestrado

Ao contrário do que poderia pensar-se, a importância do Direito Admi-nistrativo não só não diminuiu como tende a aumentar no atual contextoeconómico, social e político, tanto português quanto europeu. Com efeito,independentemente das opções de fundo acerca do papel do Estado nasociedade, a presença do Direito Administrativo manifesta-se hoje em,virtualmente, todos os setores da ordem jurídica, mesmo aqueles quedesde sempre foram vistos como imunes à influência publicística.A necessidade de uma sólida formação jurídico-administrativa faz-se,portanto, sentir mais que nunca, quer no plano académico, quer naprática jurídica administrativa e forense. Em particular, a mutabilidadeconjuntural intrínseca do Direito Administrativo revela-se com clarezanestes tempos de mudança acelerada, com extensas revisões legislativasanunciadas em setores-chave da ordem jurídica administrativa, comosejam os da organização administrativa, do procedimento e do processoadministrativos, do regime substantivo das formas de atuação adminis-trativa e da contratação pública. Mais do que ter conhecimentos deDireito Administrativo é, assim, preciso aprofundá-los em permanência.No espírito da reforma do ensino superior despoletada pela Declaraçãode Bolonha, tal aprofundamento deve realizar-se através da obtençãode graus académicos pós-graduados, que, desejavelmente, permitirãoa quem os obtém adquirir novos fatores de diferenciação académica eprofissional. Para isso, é imprescindível a qualidade e a credibilidadedos ciclos de estudos no meio universitário e no mercado de trabalho.E, nestes aspetos, o Mestrado em Direito Administrativo da Católica, quefoi totalmente revisto para esta nova edição de modo a adequar-se àsexpetativas dos académicos e profissionais mais exigentes, é pratica-mente impossível de ultrapassar.

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O Mestrado em Direito Adminis-trativo da Universidade CatólicaPortuguesa reúne precisamente oconjunto de características que euprocurava num curso deste tipo:um plano curricular que conjugade forma equilibrada as basesteóricas do Direito Público com osnovos temas do Direito Adminis-trativo; um método que associaadequadamente as dimensõesteórica e prática e as vertentes ju-rídica e económica das matérias;um corpo docente de grande qua-lidade; um ensino diferenciado epersonalizado, com vocação paradar resposta às diferentes neces-sidades e expetativas de cadaaluno. Este Mestrado representou,para mim, uma importante opor-tunidade de valorização acadé-mica e profissional, revelando-se,em síntese, um excelente investi-mento.Eduarda FerrazLicenciada em Direito pela UniversidadeCatólica de Lisboa

É hoje percetível para qualquerlicenciado em Direito que o de-senvolvimento da sua formaçãoacadémica deverá envolver umaaposta num mestrado, assente nadiferenciação e, simultaneamente,na excelência de formação.O mestrado em Direito Adminis-trativo revelou-se um desafioenérgico e útil devido à sua proxi-midade com o pulsar da modernaatividade administrativa e cone-xão ao Direito da União Europeia.Com um plano curricular atual epluridisciplinar, verdadeiramenteenriquecido pela qualidade docorpo docente, este mestradocruza a contratação pública comos mais diversos domínios do Di-reito Público e restantes ciênciassociais, estimulando com entu-siasmo, diariamente, o desafio daconceptualização e da inovação.Metodologicamente, esta é umaaposta sublime, onde há espaçopara a palavra e tempo para opensamento, numa clara promo-ção de pluralidade, capacitandoos seus intervenientes para a for-mulação de novas soluções jurídi-cas aptas à complexidade dostemas tratados.Nuno Morgado PereiraLicenciado em Direito pela Universidadede Lisboa

A opção pelo aprofundamento daformação académica através darealização de um mestrado nuncapoderá ser tomada levianamente.É preciso tempo de introspeçãopara saber o que melhor se ade-qua àquilo que consideramos bompara nós. Mas esta ideia pressu-põe uma outra: há que conheceras opções que nos são dadas – e éaqui que eu posso ajudar!Ora, o Mestrado em Direito Admi-nistrativo apresenta-se como umaverdadeira graduação em DireitoPúblico, tal é a variedade e mul-tidisciplinariedade dos temasabordados. Além disso, este é umMestrado que fomenta a sinergiade esforços e que dá primazia aodebate de ideias e à construçãoconcertada de soluções. A dinâ-mica das aulas, lecionadas porum corpo docente de enormequalidade, pressupõe um cons-tante confronto de ideias, parti-lhando da máxima de MargaretMead: “Children must be taughthow to think, not what to think”.Este é, pois, um Mestrado que nosconcede conhecimentos sólidos –quer técnicos quer práticos – fun-damentais à compreensão dadinâmica da atividade adminis-trativa e, em particular, das rela-ções jurídicas administrativas con--tratuais. Por tudo isto, este está aser para mim “um investimentocom retorno garantido”.Luís Alves DiasLicenciado em Direito pela UniversidadeNova de Lisboa

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Programa

Parte Letiva - 1º e 2º semestres [60 ECTS] Elaboração e discussão do Trabalho Final - 3º semestre [35 ECTS]

Início Fim Entrega do Trabalho Final Discussão em Provas Públicassetembro de 2014 julho de 2015 até 31 de março de 2016 a definirfevereiro de 2015 fevereiro de 2016 até 30 de setembro de 2016 a definir

Estrutura

1º + 2º semestres

Cada estudante tem que realizar o mínimo de 50 ECTS em disciplinas deste curso. Os restantes 10 ECTS podemser livremente preenchidos com disciplinas de qualquer um dos outros programas, dependendo das vagas disponí-veis e da existência de compatibilidade de horários. Os alunos têm acesso à disciplina de Regulação e Concorrênciaoferecida nos programas de Mestrado em Direito Empresarial (1º semestre) e em Direito e Gestão (2º semestre).

1º Semestre

Unidade curricular

Princípios Fundamentais de Direito Administrativo [5 ECTS]

Direito Administrativo Institucional [5 ECTS]

Proteção Administrativa de Direitos Fundamentais [5 ECTS]

Procedimentos Administrativos Pré-Contratuais [5 ECTS]

Ato Administrativo [5 ECTS]

Contrato Administrativo [5 ECTS]

Responsabilidade Civil dos Poderes Públicos [5 ECTS]

Seminários

Regulamentos e atividade normativa da Administração [2,5 ECTS]

Mérito, legalidade e controlo da proporcionalidade da atividade administrativa[2,5 ECTS]

Docente

Maria da Glória Garcia| André Salgado de Matos

Margarida Olazabal Cabral

Jorge Pereira da Silva

João Amaral e Almeida

Pedro Machete

Luís Fábrica

Rui Medeiros

Gonçalo MatiasTiago Macierinha

2º Semestre

Unidade curricular

Procedimento Administrativo Geral [5 ECTS]

Direito da Atividade Financeira Pública [5 ECTS]

Questões fundamentais do Direito Processual Administrativo [5 ECTS]

Direito Administrativo Empresarial [5 ECTS]

Direito Administrativo da Concorrência [5 ECTS]

Regulação das Telecomunicações [5 ECTS]

Direito da Energia [5 ECTS]

Seminários

A aplicação descentralizada do Direito da União Europeia pelas administraçõespúblicas nacionais: a autonomia nacional e os direitos procedimentais funda-mentais [2,5 ECTS]

Regulação económica - ideias fundamentais [2,5 ECTS]

Docente

Filipa Urbano Calvão

José F. F. Tavares| Maria Oliveira Martins

Mário Aroso de Almeida

Pedro Siza Vieira | Bernardo Ayala

Vera Eiró

Margarida Couto

Lino Torgal | Rui de Oliveira Neves

Patrícia Fragoso Martins

João Confraria

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Princípios Fundamentais de Direito AdministrativoMaria da Glória Garcia | André Salgado de MatosEm todos os Estados europeus, em particular naquelescom maiores dificuldades económicas, a necessidadede reequacionar a extensão da intervenção administra-tiva está a pressionar a reequação de princípios outroraintocáveis como a igualdade e a proporcionalidade.As situações de exceção orçamental e financeira desafiamcada vez mais a legalidade. Uma preocupação crescentecom a corrupção exige mudanças na imparcialidade.O discurso da precaução saltou as barreiras do Direito doAmbiente e invadiu o Direito Administrativo Geral. Nestecontexto, o Tribunal Constitucional trouxe os princípiospara a dianteira do controlo da atividade legislativa e ostribunais administrativos decidem cada vez mais comrecurso a princípios. Nunca o aprofundamento dos prin-cípios fundamentais de direito administrativo foi tãonecessário.

Direito Administrativo InstitucionalMargarida Olazabal CabralO impacto da redefinição do papel do Estado regista-seem todo o Direito Administrativo, mas tem maior magni-tude na organização administrativa. O monopólio públicoda atividade administrativa há muito foi quebrado.O mito do carácter necessariamente público da Admi-nistração Pública também já se desfez. O desafio hoje éresponder a uma série de interrogações prementes.Quais são os critérios da privatização da AdministraçãoPública? Por que meios deve ocorrer? Quais os seus limi-tes? E qual é, no plano institucional, o melhor modo deprossecução das tarefas que devam continuar entreguesa entidades públicas? As respostas podem ser dadas pornovas correntes de pensamento, como a escola da NewPublic Governance.

Proteção Administrativa de Direitos FundamentaisJorge Pereira da SilvaA sociedade apresenta-se hoje claramente como umasociedade de risco global, caracterizada por um lado pelaincerteza quanto às consequências da atividade humanano médio e longo prazo – desde logo no plano econó-

mico –, e por outro lado pela falibilidade da intervençãoreguladora e conformadora do Estado. As decisões quea Administração é chamada a tomar volvem-se assimem decisões de risco, com inevitáveis reflexos em matériade provisoriedade e revisibilidade dos atos administrativos.Em contrapartida, os cidadãos revelam uma preocupaçãocrescente com a segurança dos seus bens fundamentais– a vida, a integridade pessoal, a saúde, o ambiente –exigindo da Administração, no quadro das relações mul-tipolares em que se inserem, atuações estruturadas deproteção dos correspondentes direitos.

Procedimentos Administrativos Pré-ContratuaisJoão Amaral e AlmeidaOs procedimentos pré-contratuais, matéria nuclear nodomínio da contratação pública, são objeto de porme-norizada e complexa disciplina no Código dos ContratosPúblicos, ainda não inteiramente absorvida, quer noplano teórico, quer no plano da prática administrativa.No entanto, foi já publicada uma profunda revisão dasdiretivas sobre a matéria, tendo em vista uma maioreficácia da contratação pública, a obter, precisamente,através da simplificação e flexibilização dos procedimen-tos pré-contratuais, tendo sido aprovada, pela primeiravez, uma diretiva sobre concessões de serviços públicos.Impõe-se, portanto, uma atenção redobrada a esta matériade todos quantos se dedicam ao direito administrativo.

Ato AdministrativoPedro MacheteApesar da sua decadência irreversível já ter sido procla-mada inúmeras vezes, o ato administrativo conseguiuadaptar-se a todas as transformações do Direito Admi-nistrativo do último século, continua hoje a ser a formaestatisticamente mais relevante da atuação administrativae tudo leva a crer que assim continuará a ser. No entanto,como demonstra o número de trabalhos científicos quelhe são dedicados e a constante vivificação pela jurispru-dência, não se trata de um instituto jurídico monolítico.A reforma do Código do Procedimento Administrativo traznovidades na disciplina do ato administrativo, simulta-neamente reconhecendo e renovando a sua atualidade.

ConteúdosprogramáticosMajor emDIREITO ADMINISTRATIVO GERAL

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Contrato AdministrativoLuís FábricaNos dias de hoje, o contrato administrativo rivaliza emimportância com o ato administrativo. Na verdade, as re-lações contratuais entre a Administração e os particularestêm um significado económico e financeiro de tal montaque, no atual contexto económico, não podem deixar deadquirir grande visibilidade. Em particular, a necessidadede redução da despesa pública suscitou processos derenegociação de contratos administrativos, sobretudoconcessões, nas quais se discutem questões-limiterelativas aos poderes de autoridade da administração nafase de execução contratual, ao equilíbrio financeiro e àvalidade dos contratos, em termos que testam os limitesdas disciplinas legais e exigem um esforço acrescido decompreensão.

Responsabilidade Civil dos Poderes PúblicosRui MedeirosA responsabilidade civil dos poderes públicos, em parti-cular da Administração, é uma exigência de proteção dosdireitos fundamentais dos particulares e, como tal, umelemento estruturante do Estado de Direito. A disciplinalegal vigente desta matéria no Direito Português é recentee ainda não foi completamente explorada. A sua atuali-dade é aumentada pela visível tendência para a ultra-passagem definitiva dos dogmas que, em nome darazão de Estado, limitaram durante séculos a responsa-bilização dos poderes públicos.

Procedimento Administrativo GeralFilipa Urbano CalvãoA procedimentalização da atividade administrativa é umatendência que veio para ficar. Mas o procedimento nãopode ficar à margem da evolução social. A melhor pros-secução do interesse público, em particular na gestãodos recursos públicos, exige ganhos de eficiência. O res-peito dos direitos dos particulares exige simplificação egarantias acrescidas de participação. O acelerado progressotecnológico exige a permanente abertura a novas formasde comunicação. A reforma do Código do ProcedimentoAdministrativo impõe um esforço de adaptação por parteda Administração e dos privados.

Direito da Atividade Financeira PúblicaJosé F. F. Tavares | Maria Oliveira MartinsNo atual contexto de redução dos encargos públicos, aimportância do Direito Financeiro para o dia a dia daAdministração cresceu exponencialmente, sobretudo naparte relativa à despesa pública, deixando de se limitara aspetos marginais da contratação para se estender avirtualmente todas as esferas da atividade administra-tiva. Tudo leva a crer que esta tendência é duradoura,podendo mesmo vir a conhecer desenvolvimentos.O Direito da Atividade Financeira Pública é, portanto, umdomínio de relevância nuclear no Direito AdministrativoGeral contemporâneo.

Questões Fundamentais do Direito ProcessualAdministrativoMário Aroso de AlmeidaCom a reforma de 2004, o contencioso administrativoportuguês ultrapassou finalmente os limites seculares esituou-se, a nível internacional, na vanguarda da proteçãodos direitos subjetivos dos particulares perante a Admi-nistração. Todavia, o lastro do passado é ainda pesado etem impedido a jurisprudência de extrair todas asconsequências dos regimes vigentes. Por outro lado,paradoxalmente, os tribunais administrativos têm sidocriticados por algum excesso de garantismo, sobretudona decretação de providências cautelares, que hojeconstituem grande parte das pendências judiciais. A re-forma do direito processual administrativo em curso nãodeixará de incidir sobre alguns destes aspetos.

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ConteúdosprogramáticosMinor emDIREITO ADMINISTRATIVOECONÓMICODireito Administrativo EmpresarialPedro Siza Vieira | Bernardo AyalaUm dos domínios da Administração Pública em que oimpacto do novo paradigma financeiro se manifesta deforma mais clara é o setor empresarial público, seja eledo Estado, das regiões autónomas ou das autarquias lo-cais, no seu conjunto responsável por parte significativado défice orçamental e da dívida pública. O desafio paraos próximos anos será o de racionalizar as empresas pú-blicas, tendo em vista a prestação de melhores serviços àsociedade e a diminuição dos encargos que, em últimaanálise, sobre ela recaem. Este será um longo processo,já com implicações jurídicas nas recentes reformaslegislativas do setor empresarial do Estado e do setorempresarial local, que importa acompanhar de modoinformado.

Direito Administrativo da ConcorrênciaVera EiróNum momento em que a consciência pública danecessidade de garantias de bom funcionamento dosmercados atingiu o seu máximo histórico, a atualidadedo Direito da Concorrência demonstra-se por si mesma.No entanto, num mercado que é não apenas nacionalou europeu, mas verdadeiramente global, e em que osatores públicos e privados são cada vez mais e se inter-relacionam de formas cada vez mais complexas, osdesafios são significativos e exigem um permanenteesforço de atenção e atualização.

Regulação das TelecomunicaçõesMargarida CoutoA tendência atual, ainda sem fim à vista, é para a privati-zação de tarefas que antes se encontravam no domínioda administração. Todavia, este movimento é acompa-nhado do reconhecimento de que tais tarefas não deixamde se revestir de interesse para a coletividade. Elas con-tinuam, por isso, a ser objeto do Direito Administrativo,já não da ótica da intervenção económica do Estado,mas da regulação. O Direito da Regulação apresenta-se,portanto, como um setor normativo verdadeiramentenuclear para a adequada prossecução do interesse públicona era da privatização e, portanto, como capítulo funda-mental do Direito Administrativo contemporâneo, aquiestudado à luz do domínio exemplar das comunicaçõeseletrónicas.

Direito da EnergiaLino Torgal | Rui de Oliveira NevesNum contexto em que os Estados Unidos caminham apassos largos em direção à autossuficiência energética eem que, sobretudo no mundo ocidental, crescem aspreocupações com a salvaguarda do ambiente e o de-senvolvimento sustentável, o Direito da Energia surgecomo domínio incontornável. Isto é particularmenteclaro em Portugal, país que fez uma aposta estratégicanas energias renováveis e no qual o setor económicoda energia se mostra pujante.

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André Salgado de MatosAssistente da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa. Consultor da Campos Ferreira, Sá Carneiro eAssociados.

Bernardo AyalaSócio da Uría Menéndez - Proença de Carvalho em Portugal.

Filipa Urbano CalvãoProfessora da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa. Presidente da Comissão Nacional de Proteção deDados.

Gonçalo MatiasProfessor da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa.

João Amaral e AlmeidaSócio da Sérvulo & Associados. Membro do Grupo de Trabalhoque elaborou o Código dos Contratos Públicos.

João ConfrariaProfessor da Católica Lisbon School of Business & Economicsda Universidade Católica Portuguesa. Membro do Conselho deAdministração da ANACOM.

Jorge Pereira da SilvaProfessor da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa.

José F. F. TavaresJuiz Conselheiro do Tribunal de Contas.

Lino TorgalManaging Partner da Sérvulo & Associados. Membro do Grupode Trabalho que elaborou o Código dos Contratos Públicos.

Luís FábricaProfessor da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa. Consultor da Abreu Advogados.

Margarida CoutoSócia da Vieira de Almeida & Associados.

Margarida Olazabal CabralSócia da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Asso-ciados.

Maria Oliveira MartinsAssistente da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa.

Maria da Glória GarciaReitora da Universidade Católica Portuguesa e Professora daFaculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.

Mário Aroso de AlmeidaVice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa e DiretorNacional e Professor da Faculdade de Direito da UniversidadeCatólica Portuguesa.

Patrícia Fragoso MartinsProfessora da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa. Consultora da Campos Ferreira, Sá Carneiro eAssociados.

Pedro MacheteProfessor da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa e Juiz Conselheiro do Tribunal Constitucional.

Pedro Siza VieiraManaging Partner da Linklaters.

Rui MedeirosCOORDENADOR

Rui de Oliveira NevesDiretor Geral da Galp Energia, responsável pela DireçãoCentral de Serviços Jurídicos e Secretaria Societária do GrupoGalp Energia.

Tiago MacieirinhaAssistente da Faculdade de Direito da Universidade CatólicaPortuguesa. Assessor Jurídico do Primeiro-Ministro.

Vera EiróDoutora em Direito. Advogada.

Corpo docente

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• Advocacia no domínio do direito administrativa• Carreiras superiores da administração pública• Assessoria em empresas públicas ou em empresas com relaçõescom a Administração Pública

Recém-licenciados e juristas com experiência profissional na advocacia, naadministração pública e nas magistraturas.

João Amaral e Almeida | Sócio, Sérvulo & Associados“A Sérvulo & Associados assume como marca genética e identitária,claramente diferenciadora da sua posição no mercado da advocacia, umaforte ligação à Academia. Na verdade, a nossa convicção – e a nossaexperiência – é a de que só um sólido conhecimento teórico potencia umaassessoria jurídica de excelência, num mercado de advocacia crescente-mente complexo, competitivo e global. Os apoios a este renovado mestrado,que alia uma vertente de teoria geral do direito administrativo às dimensõesmais práticas do direito empresarial e do direito económico, são expressãodesta convicção e contribuem para dotar os participantes nestes cursos decompetências especializadas, indispensáveis a uma carreira profissionalbem sucedida.”

Saídasprofissionais

Destinatários

Parceiro

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Os programas de mestrado da Católica são exigen-tes, com um número limitado de alunos e muitovalorizados pelo mercado profissional.

• Inovação: novas temáticas, métodos de ensino ino-vadores, internacionalização e interdisciplinaridade.

• Exigência: personalização do ensino, apenas possívelpelo número reduzido de alunos em cada disciplina;seleção rigorosa na admissão aos programas; cargaletiva exigente e necessidade de trabalho intenso foradas aulas.

• Flexibilidade: em cada programa, os alunos podemescolher as disciplinas mais adequadas à área em quese pretendem especializar, bem como inscrever-seem algumas disciplinas de outros cursos de mestrado,desde que haja vagas e compatibilidade de horários.

• Ligação ao mundo profissional: ensino adequadoà prática profissional; vários docentes com largaexperiência como profissionais de referência; colabo-ração estreita com os escritórios de advogados patro-cinadores e com outras entidades.

• Integração profissional facilitada: a experiênciademonstra o enorme interesse dos recrutadores porquem frequenta os programas de Mestrado emDireito da Católica, especialmente das sociedades deadvogados. O Gabinete de Saídas Profissionais pro-porciona uma ligação privilegiada com os futuros em-pregadores e o Jobshop facilita este contacto.

• Acesso ao Mestrado de Investigação: em dadascondições, os alunos podem transitar para o mestradoorientado para a investigação, com uma dissertaçãode dimensão alargada.

• Novo programa de Doutoramento: a conclusãocom excelência do Mestrado facilitará o acesso aoinovador programa de Doutoramento recentementelançado.

Mestrado em Direitona Católica

Perfil dos alunos2013-2014Empregabilidade

Os alunos da Católica são os maisprocurados pelas grandes socieda-des de advogados que contratamcada vez mais juristas com estu-dos pós-graduados: Mestrado, LL.M.ou pós-graduação.

De acordo com um estudo realizadoentre 2012 e 2103, os mestradosem direito da Católica apresentamuma taxa de empregabilidade supe-rior a 90%.

Idade

Universidade de origem

21-22

23

24-25

26-30

>30

FDUL

UCP - Lisboa

UNL

U. Lusíada

U. Coimbra

UCP - Porto

Outras

U. estrangeiras

FDUP

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ABR

.2014

Os programas de LL.M. da Católica Global School of Law estão, pelo quartoano consecutivo, entre os melhores e mais inovadores do mundo:Financial Times, Innovative Law Schools Report.

DIREITOADMINISTRATIVO2014-2015 | 8ª edição

Mestrado em Direito

Horário

As disciplinas semestrais – exceto os seminários – de-correrão, habitualmente, às sextas-feiras à tarde e sábadosde manhã. Excecionalmente, poderão ser agendadasaulas noutros dias da semana em horário pós-laboral.

Propinas *

e 18,20 por ECTS por mês

1º semestre: 30 ECTS x e 18,20= 5 mensalidades de e 546,00

2º semestre: 30 ECTS x e 18,20= 5 mensalidades de e 546,00

3º semestre: 35 ECTS - Elaboração do trabalho final

= 5 mensalidades de e 330,00

Propina global dos 3 semestres: e 7.110,00

* Valores sujeitos a atualização no ano letivo 2014-2015.

Bolsa de méritoO aluno mais bem classificado na parte curricular domestrado beneficiará de uma bolsa de mérito cobrindoa propina da dissertação.

Candidatura

Licenciatura em Direito.

A aceitação da candidatura está dependente do perfilacadémico do candidato.

Os candidatos deverão apresentar os seguintes docu-mentos:

- Boletim de candidatura

- Carta pessoal de motivação

- Certificado de habilitações discriminado

- Curriculum vitae

- 2 fotografias

- Fotocópia do documento de identificação

[email protected]

Telefone 217 214 174

Faculdade de Direito - Escola de Lisboa

Universidade Católica Portuguesa

Palma de Cima,1649-023 LISBOA

www.fd.lisboa.ucp.pt/posgrad

Informação geral