Suplemento semanal do DIÁRIO DO AÇO Quinta-feira, 3 de outubro de 2013

TurismoBonita até debaixo d’água...

Guarapari, no Espírito Santo, é um dos destinos prediletos dos turistas do Vale do Aço. O que muitos não sabem é que a cidade reserva mais do que as belezas das praias e atrativos urbanos. No fundo do mar há tesouros de grande valor histórico e biológico. Fernando Lara, do Rotas Verdes Brasil, esteve lá e trouxe imagens e informações preciosas. Confira.

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Nepal: umajoia rara

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Fabriciano: destaqueno ICMS Turístico

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Fernando Lara mergulha no mar de Guarapari

Quinta-feira, 3 de outubro de 2013 3Turismo

Mergulhar é preciso...Por Edlayne de Paula

Quem mora no Vale do Aço sabe que Guarapari, no Espírito Santo, é um dos destinos que há anos fazem a cabeça dos turistas da-qui. O que muitos viajantes não sabem é que a cidade reserva muito mais do que as belezas das praias e atra-tivos urbanos mostrados nas placas publicitárias. No fundo do mar há tesouros de grande valor histórico e biológico, que não pode-riam passar despercebidos nesta coluna da Rotas Ver-des Brasil e que podem ser comprovados pelas fotos publicadas nesta página.

Peixes coloridos, corais, rochas, embarcações sub-mersas, estrelas-do-mar. A biodiversidade e as surpre-sas são infinitas. Para o do-cumentarista de natureza Fernando Lara, que já mer-gulhou em várias partes do Brasil, “a região oferece re-cifes naturais e artificiais de grande biodiversidade. Para quem gosta de mer-gulhar, os naufrágios de Guarapari são um espetá-culo”. As ilhas Escalvada e Rasa são alguns destinos subaquáticos em Guarapa-ri, onde a visibilidade pode variar de 8 m a 25 m, de-pendendo do tempo. O mergulhador pode ver pol-

vos, lagostas e vários pei-xes. Perto da Ilha Escalva-da há golfinhos e arraias jamantas. Na Ilha Rasa, o destaque são os cânions – corredores de pedra de grande beleza natural.

NAUFRÁGIOSGuarapari também tem

recifes artificiais em que a visita de mergulhadores é comum. Um deles é o do navio Bellucia, que está no fundo do mar desde 1903.

A história conta que a em-barcação vinha de Santos (SP) com uma carga de café quando se chocou contra a Ilha Escalvada, ficando pre-so algumas horas. Na ten-tativa de desencalhar o na-

vio, a carga foi retirada, mas a ação foi em vão, e as va-riações de corrente e maré partiram a embarcação ao meio. O mergulho nessa área chega a uma profundi-dade de até 27 metros.

O naufrágio do navio grego Victory 8B é outro ponto procurado no local. A embarcação teve proble-mas com impostos e mul-tas e foi apreendida pelo governo do Espírito San-to, em 1997. Os responsá-veis pelo navio não toma-ram nenhuma providência e as dívidas foram se acu-mulando, até a tripulação de 22 homens, que esta-va no navio, pedir asilo ao governo brasileiro. O resul-tado é que, depois de seis anos, o Vicyory 8B foi do-ado ao projeto Recifes Ar-tificiais Marinhos (RAM), sendo naufragado em uma região entre as ilhas Rasa e Escalvada, assentando a 36 metros de profundidade.

MERGULHOAntes de se aventurar

nesse tipo de mergulho, es-colha uma operadora com profissionais habilitados e certificados pela Professio-nal Association of Diving Instructors (Padi). Para al-gumas profundidades, é preciso realizar cursos es-pecíficos, que são ofere-cidos por operadoras em todo o país. Escolha aquela que melhor agrade a você e comece logo a mergu-lhar. Saiba mais acessando o site: www.rotasverdesbra-sil.com.br.