MercosulHoje: Perspectivas e Desafios

Alunas: Bianca Vital, Kadja Souza, Luciane Galvo, Mariana Oliveira e Marina Lopes

INTEGRAO REGIONAL

Com o fim da Guerra Fria, surge uma nova ordem mundial. O mundo bipolarizado deixado para trs e surge uma multipolarizao global.

GlobalizaoAbertura comercial;Livre circulao de capital;Preocupao com a concorrncia;Integrao para o desenvolvimento do comrcio regional.

Origem dos Blocos EconmicosBENELUXComunidade Econmica Europeia

Unio Europeia

Modalidades de Integrao RegionalZona de preferncia tarifriaZona de livre comrcioMercado comumUnio econmica e monetriaUnio aduaneira: Vantagens x Desvantagens

Mercosul: Origens e Formao

Mercado Comum do Sul ou Mercado Comum do Cone Sul;Unificao Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai;Tratado de Assuno, 26 de Maro de 1991;Constituir um mercado comum; Objetivo: livre circulao de bens, servios e fatores produtivos entre os pases-membros.

Tratado de Assuno Tratado para a constituio de um mercado comum entre a Repblica Argentina, a Repblica Federativa do Brasil, a Repblica do Paraguai e a Repblica Oriental do Uruguai (ASSUNO, 26/03/1991)

Artigo IOs Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que dever estar estabelecido a 31 de dezembro de 1994, e que se denominar "Mercado Comum do Sul" (MERCOSUL). (...)O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoo de uma poltica comercial comum em relao a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenao de posies me foros econmico-comerciais regionais e internacionais;A coordenao de polticas macroeconmicas e setoriais entre os Estados Partes - de comrcio exterior, agrcola, industrial, fiscal, monetria, cambial e de capitais, de servios, alfandegria, de transportes e comunicaes e outras que se acordem -, afim de assegurar condies adequadas de concorrncia entre os Estados Partes; e O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislaes, nas reas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de integrao.

(http://www.cade.gov.br/internacional/Tratado_de_Assuncao.pdf)

Mercosul Para o Brasil De acordo com Vazquez, os ganhos que do Mercosul so: Maior eficincia na produo; Altos nveis de produoUma melhor posio de barganha no plano internacional; Mudana positiva na eficincia econmica dos agentes; Transformaes tanto em qualidade quanto na quantidade dos fatores de produo; Mobilidade de fatores atravs das fronteiras entre pases membros; Coordenao de polticas monetrias e fiscais num sentido teoricamente mais racional lgica impessoal e do Mercosul; Metas comuns: pleno emprego, altas taxas de crescimento econmico e distribuio de renda.

Comparao entre os pases membros1. Economia A economia argentina representa da economia do Estado de So Paulo e da brasileira; Paraguai tem PIB no mesmo patamar qye Mato Grosso do sul (US$5,6 BI x US$ 5,1BI);Uruguai pode ser comparado com Pernambuco (US$ 7BI X 7US$ 7,5 BI)

Comparao entre os pases membros2. Recursos energticos: Argentina: predomnio das termoeltricas, com reservas naturais de gs. Produo de petrleo atende mais de 80% do mercado; Paraguai: exporta energia eltrica: Itaip e Yasiret; Uruguai: importa 100% da energia que consome do petrleo.

3. Disponibilidade Matria Prima: Argentina: Possui reservas de sal, alm de petrleo e gs; Paraguai: petrleo; Uruguai: ferro.

Comparao entre os pases membros4. Indicadores Sociais: 4.1. desemprego urbano: Argentina: 6,9%Brasil: 5,9%Paraguai: 6,0%Uruguai: 9,3%

4.2. analfabetismo: Argentina: 4,7%Brasil: 18,9%Paraguai: 9,9%Uruguai: 3,8%

4.3. mortalidade infantil: Argentina: 28,8%Brasil: 56,4%Paraguai: 47%Uruguai: 20%

Mercosul: Contexto Atual

DesafiosDificuldades estruturais: coordenao institucional (aprofundamento em temas no comerciais), diferena nas vises de mundo dos pases-membros, diversificao nas legislaes (resultando na dificuldade da adoo de normas unificadas e afetando os mecanismos de soluo de controvrsias)

Dificuldades Normativas: acordo inter-governamental (sem institucionalidade regional), sem criao de mecanismos efetivos para solucionar/tratar assimetrias estruturais dos pases-membros no Tratado de Assuno, sem mecanismos para gerao de novas regras.

Dificuldades nas polticas comercial e setorial: falta convergncia das polticas setoriais, falta assegurar neutralidade na tributao, persistem barreiras no-tarifrias, comrcio ainda afetado pelo protecionismo dos pases-membros (legislaes nacionais de defesa comercial).

Dificuldades de Coordenao Macroeconmica: histrias e estruturas federativas distintas Esperana no Protocolo de Olivos (em vigor em2004, com o objetivo de solucionar controvrsias e de minimizar as suas diferenas. Criou-se, atravs desse protocolo, oTribunal Permanente de Reviso(TPR), com o fim de controlar alegalidadedas decises arbitrais. Um estgio seguinte poder ser a criao de umacortepermanente do Mercosul).

Fundos de IncentivoFundo para a Convergncia Estrutural do MERCOSUL (FOCEM): Contribuio para a melhoria em setores como habitao, transportes, incentivos microempresa, biossegurana, capacitao tecnolgica e aspectos sanitrios. O Brasil o maior contribuinte (70%), Argentina (27%), Uruguai (2%), Paraguai (1%). As duas economias menores so as principais beneficirias dos projetos aprovados pelo FOCEM (Paraguai o destinatrio de 48 e o Uruguai, 32%)

Fundo Mercosul

Aprovado em 2008, o Fundo Mercosul para Micro, Pequenas e Mdias Empresas (Fundo Pymes) dever entrar em funcionamento no prximo ano (Manual operativo do Fundo Mercosul ainda est sendo estruturado).Instrumento dos pases-membros do Mercosul, destina-se a garantir operaes de crdito contratadas para financiar projetos de integrao produtiva. Os recursos do Fundo sero liberados prioritariamente para projetos de integrao produtiva, criao de joint ventures e operaes de comrcio exterior no mbito do Mercosul.

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Cone Sul

BRICS

O que ?Pases que se destacaram no cenrio mundial pelo rpido crescimento das suas economias em desenvolvimento.

Caractersticas do Brics

Mo-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificao;Nveis de produo e exportao em crescimento;Boas reservas de recursos minerais;Investimentos em setores de infraestrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidreltricas, etc);PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;ndices sociais em processo de melhorias;Diminuio, embora lenta, das desigualdades sociais;Rpido acesso da populao aos sistemas de comunicao como, por exemplo, celulares e Internet (incluso digital);Mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros;Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia.

BRICS e Bloco Econmico

BRICS: Grupo de pases que se destacaram entre os considerados economicamente emergentes, que possuam caractersticas em comum e potencial econmico para superar as grandes potncias mundiais em um perodo de, no mximo, cinquenta anos.

Bloco econmico: So grupos de pases que estabelecem relaes econmicas entre si de vrias formas segundo cada tipo de bloco, visando criar zonas de livre comrcio, unies aduaneiras, mercado comum e unio econmica ou monetria.

Trajetria dos BRICS

Nos ltimos 50 anos foram laterais, com exceo da Rssia e China;No cenrio da economia mundial dos ltimos 20 anos, os BRICS interagiram pouco, enquanto que entre os pases do grupo houve uma maior interao;Rssia, ndia e China so grandes potncias militares, sempre engajados em termos armamentistas. frica do Sul embora tenha participado de um programa nuclear na dcada de 70, desmantelou o programa em 1991, aps assinar Tratado de No-Proliferao de Armas Nucleares;Se diferem em questes como recursos naturais, graus de industrializao e capacidade de impacto na economia mundial.

Dados do BRICS

Brasil PIB (2012): US$ 2,246 trilhes PIB per capita (2012): US$ 11.171 Desemprego (2012): 6,1% Populao (2013): 201 milhes Capital: Braslia Moeda: RealRssia PIB (2013): US$ 2,096 trilhes PIB per capita (2013): US$ 14.604 Desemprego (2013): 5,5% Populao (2013): 144 milhes Capital: Moscou Moeda: Rublondia PIB (2013): US$ 1,726 trilho PIB per capita (2013): US$ 1.418 Desemprego (2012-2013): 5,3% Populao (2011): 1,211 bilho Capital: Nova Delhi Moeda: Rpia

China PIB (2013): US$ 9,185 trilhes PIB per capita (2013): US$ 6.768 Desemprego (2013): 4,1% Populao (2013): 1,357 bilho Capital: Pequim Moeda: Yuan

frica do Sul PIB (2012): US$ 382 bilhes PIB per capita (2011): US$ 7.810 Desemprego (2012): 25,1% Populao (2011): 52 milhes Capital: Pretria Moeda: Rand

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

Aspectos Populacionais e Econmicos

BRICS = 2,9 bilhes de pessoas44% da populao mundial

China 1,3 bilhesndia 1,1 bilhesBrasil 194 milhesRssia 141 milhesfrica do Sul 49 milhes

PIB = 21% mundial

Destaques da Participao Brasileira em Acordos Internacionais

Demandas do BRICS: Poder econmico e maior influncia geopoltica, oportunidade de influenciar e comercializar em 4 continentes diferentes;

Os acordos internacionais tm como objetivo criar organismos que dinamizem as relaes comerciais, sociais e polticas entre os pases membros.

Acordos dos quais o Brasil faz parte:Preferncia Tarifria Regional entre pases da ALADI (PTR-04)Acordo de Sementes entre pases da ALADI (AG-02)Acordo de Bens Culturais entre pases da ALADI (AR-07)Brasil - Uruguai (ACE-02)Brasil - Argentina (ACE-14)Mercosul (ACE-18)Mercosul - Chile (ACE-35)Mercosul - Bolvia (ACE-36)

Brasil - Mxico (ACE-53)Mercosul - Mxico (ACE-54)Automotivo Mercosul - Mxico (ACE-55)Mercosul - Peru (ACE-58)Mercosul - Colmbia, Equador e Venezuela (ACE-59)Brasil - Guiana (ACE-38)Brasil - Suriname (ACE-41)Brasil - Venezuela (ACE-69)

Mercosul - Cuba (ACE-62)Data: Firmado em 21/07/2006, entrou em vigor bilateralmente para o Brasil e Cuba em 02/07/2007.

Caractersticas: Programa de Liberao Comercial

Mercosul/ ndia

Data: Vigente desde 01/06/2009 Ampliao do ACP Mercosul ndia

Caractersticas: O Acordo de Preferncias Tarifrias Fixas (APTF) Mercosul-ndia foi o primeiro que o bloco sulamericano celebrou com pas fora de nosso continente. Este APTF a primeira etapa de uma futura rea de livre-comrcio.

Mercosul/ Israel

Data: 17/12/2007, durante a XXXIV reunio de cpula do Mercado Comum do Sul e Estados associados realizada em Montevidu, os presidentes dos pases partes do Mercosul assinaram um Tratado de Livre Comrcio (TLC) com Israel.

Caracterstica: Trata-se do primeiro acordo de Livre Comrcio assinado pelo Bloco do Cone Sul, com um pas no-membro da Associao Latino Americana de Integrao (ALADI), e foi negociado durante dois anos. O tratado cobre 90% do fluxo comercial, com um cronograma de quatro fases para remoo de restries (imediata, 4, 8 e 10 anos). Prev-se que o intercmbio comercial entre o Mercosul e Israel fique em torno de 5 bilhes de dlares em 2017. Os principais produtos de exportao do Mercosul so commodities, gros, calados, automveis, maquinaria pesada e avies, j Israel exporta software, agroqumicos e produtos de alta tecnologia.

Mercosul/ SACU (ainda sem vigncia)

Data: Em 15/12/2000, foi assinado com a Repblica da frica do Sul o Acordo Marco entre as partes. Posteriormente, em outubro de 2003 as negociaes evoluram para envolver a South African Customs Union (SACU), unio aduaneira formada pela frica do Sul, Nambia, Botsuana, Lesoto e Suazilndia. O Acordo de Comrcio Preferencial Mercosul-SACU foi assinado pelos Estados-Partes do Mercosul durante o encontro de cpula do bloco na Costa do Saupe, em dezembro de 2008. Os pases-membros da SACU assinaram em 3 de abril de 2009, na capital do Lesoto. Sua entrada em vigor ocorrer aps a finalizao dos trmites internos de ratificao por todas as partes signatrias.

Caractersticas: Tem o objetivo de fortalecer as relaes existentes, promover o incremento do intercmbio comercial e estabelecer as condies para a pretendida rea de livre comrcio vistas a um acordo para a criao de uma rea de livre comrcio e maior cooperao econmica e de investimentos. A SACU pretendia ir diretamente para um acordo de livre comrcio, mas aceitou iniciar com um acordo de preferncias fixas. Os setores contemplados pelo acordo foram: agrcola, pesqueiro, txtil e vesturio, aparelhos de tica, autopeas, plsticos e suas obras, qumicos, siderrgicos, eletro-eletrnicos, mveis, BIT, BK, e ferramentas, entre outros.

Mercosul/Egito (ainda sem vigncia)Data: ocorreu em San Juan, Argentina, entre os dias 31 de julho e 2 de agosto de 2010, reunio tcnica que finalizou as negociaes para o Acordo de Livre Comrcio.

Caracterstica: Tal Acordo destina-se abertura ao mercado bilateral de bens, alm de conter clusula evolutiva sobre a possibilidade de entendimentos, no futuro, para acesso em servios e investimentos. O acordo abrir um mercado de 76 milhes de consumidores para produtos primrios e industrializados do bloco sul-americano. A maior parte das exportaes do bloco entrar no pas rabe livre de alquotas de exportao. O Egito um pas estritamente importador e registrou em 2008 um dfice comercial de US$ 23,471 bilhes, segundo dados divulgados pelo Ministrio de Indstria da Argentina.

Mercosul/Palestina (ainda sem vigncia)

Data: 20/12/2011, na cidade de Montevidu, Uruguai.

Caracterstica: O Acordo reafirma o interesse dos pases-membros do Mercosul em ampliar entendimentos com parceiros no Oriente Mdio e no mundo rabe. Na regio, o Mercosul j possui Acordos de Livre Comrcio com Israel, j vigente, e Egito, assinado em agosto de 2010

DEBATE

Perguntas1) At que ponto a crise entre Brasil e Argentina pode afetar negativamente o Mercosul? E como?

2) Diante da exposio da matria Alemanha quer acelerar livre-comrcio entre Mercosul e UE, (Exame.com em 13/02/2015), vocs ainda consideram que a participao do Brasil no Mercosul vantajosa para o pas ou ele teria mais oportunidades fora do Mercosul?

Link: http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/alemanha-quer-acelerar-livre-comercio-entre-mercosul-e-ue

RefernciasVAZQUEZ, Jose Lopes. Comrcio Exterior brasileiro. 9. ed. So Paulo: Atlas, 2009. http://macacogeografico.blogspot.com.br/2012/08/os-blocos-economicostipos.htmlhttp://macacogeografico.blogspot.com.br/2012/08/o-mercosul.htmlhttp://macacogeografico.blogspot.com.br/2012/11/uma-historia-do-mercosul-1.htmlhttp://jus.com.br/artigos/14338/os-diferentes-niveis-de-integracao-economica-entre-estados-e-o-estagio-atual-do-mercosulhttp://www.cade.gov.br/internacional/Tratado_de_Assuncao.pdf) https://www.youtube.com/watch?v=IiTuVdbodWUhttps://www.youtube.com/watch?v=RMgBsdXiQ08http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=374

http://www.mercosul.gov.br/index.php/fundo-para-a-convergencia-estrutural-do-mercosul-focemhttp://www.cepal.org/brasil/noticias/noticias/4/25914/apresentacaolicoesdonafta.pdfhttp://www.sociedadegarantiacredito.com.br/comunicacao/noticias/fundo-mercosul-entra-em-operacao-em-2014http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/12/america-latina-precisa-reinventar-seu-comercio-regional-diz-fmi.htmlhttp://ndonline.com.br/florianopolis/colunas/opiniao/230883-golpe-mortal-no-mercosul.html#http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/rbs-noticias/videos/t/edicoes/v/argentina-volta-a-barrar-entrada-de-sapatos-produzidos-no-brasil/2951141/http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-anuncia-embargo-a-macas-e-peras-argentinas--2

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/alemanha-quer-acelerar-livre-comercio-entre-mercosul-e-uehttp://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/02/140219_brasil_uniao_europeia_mercosul_mb_mmhttp://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/03/crise-no-brasil-preocupa-os-paises-do-mercosul-4725280.htmlhttp://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=166;http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=173;http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=167;http://www.suapesquisa.com/pesquisa/bric.htm;http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/07/entenda-brics.html;http://revistaeletronicardfd.unibrasil.com.br/index.php/rdfd/article/viewFile/118/117http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/

Muito obrigada!