mercados & negocios - invista ms 01

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Revista de abrangência estadual, a Mercado & Negócios – Invista MS é voltada para executivos de médias e grandes empresas. Com circulação direcionada, o objetivo principal é cativar o público a partir da oferta de conteúdos informativos que valorizem as potencialidades e diferenciais do Estado de Mato Grosso do Sul.

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Page 1: Mercados & Negocios - Invista MS 01
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Page 3: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Sumário

2010

0226 Safra 2013/2014 revela números

animadores

Olhos voltados para Três Lagoas

Petróleo verde: soja mostra sua força

Puccinelli fala sobre potencialidades do Estado Biosul

Capa

Agronegócio

Entrevista

Page 4: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Considerado um dos melhores e mais promissores destinos para investimentos produtivos no Brasil, o Estado de Mato Grosso do Sul conta com uma economia que vem crescendo e se diversifi-cando. Prósperas fronteiras agrícolas mantêm o ritmo de expansão, aumentando a safra de grãos e ampliando o plantio de cana para produção de etanol, açúcar e energia elétrica, extraída da biomassa.

Entre tantas medidas, os incentivos fiscais que trocam impostos por empregos refletem uma realidade que deu certo. Nos últimos anos o Estado incentivou e atraiu investimentos de bilhões de re-ais, responsáveis pela geração de mais de 52 mil novos postos de trabalho, distribuídos em mais de 50 municípios.

André Puccinelli Governador de

Mato Grosso do Sul

2

COM A PALAVRA

Page 5: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Mercado & Negócios

Qual é a vocação de MS no que tange às

oportunidades de negócios?

Mato Grosso do Sul tem vocação para o desenvolvimento. Trazemos essa realidade na nossa história e atualmente po-demos apontar como conquistas as maiores plataformas in-dustriais de celulose, o maior frigorífico da América Latina, a fábrica de fertilizantes da Petrobras. São exemplos da opção que os grandes empreendimentos passaram a fazer por Mato Grosso do Sul, levando em conta nossas potencialidades, lo-calização estratégica, as oportunidades e os potenciais que oferecemos. Hoje podemos destacar como setores de maior interesse a produção de açúcar, álcool e bioenergia, a produção de madeira para a indústria de celulose e a agroindústria, mas estamos no mapa dos empreende-dores nacionais e internacionais como polo de desenvolvimento capaz de atrair também a metalurgia, a indústria auto-mobilística, sem contar os pequenos e médios empreendimentos ligados ao fornecimento de insumos, prestação de serviços, entre outros.

Mercado & Negócios

O que o Estado vem fazendo

para receber mais empresas?

Para atrair empresas sérias, parceiras de nosso crescimento, desenvolvemos o mais moderno e mais agressivo programa de incentivos, principalmente porque contamos com a parceria dos muni-cípios que dividem conosco os esforços. Os incentivos são importantes para Estados emergentes economicamente, e temos usado desse recurso com critério e dentro dos limi-tes da Lei, até para dar segurança aos empreendedores. Não é sem razão que a revista Veja, em publicação recente, nos incluiu entre os melhores destinos para investimentos, des-tacando que oferecemos o melhor ambiente político.

Mercado & Negócios

No que o MS se diferencia para atração de

investimentos na região?

O que podemos destacar são esses aspectos a que me re-feri e o claro sentimento de parceria, onde somos levados a caminhar juntos, lado a lado com os empreendedores. Mato Grosso do Sul tem interesse em atrair investimentos. Tem in-teresse na qualidade do empreendimento e na incorporação

dos seus resultados ao nosso desenvolvimento. E isso só é possível formando parcerias.

Mercado & Negócios

Na sua visão, que tipo de investimentos ainda

são necessários para o Estado?

Mato Grosso do Sul, na minha opinião, tem o desafio de con-solidar uma indústria de metalurgia que agregue valor ao nos-so potencial mineral. Tem ainda o desafio de implementar, de forma definitiva, a indústria de transformação, os empreendi-mentos de grande porte e grande valor agregado. Além disso

estamos trabalhando para atrair indús-trias de tecnologia e aprimorar o nosso setor de prestação de serviços. A partir desses novos setores, teríamos defini-tivamente consolidada a diversificação da nossa matriz econômica.

Mercado & Negócios

É possível citar situações

pontuais em que o Estado

pode trazer benefícios signi-

ficativos? Para quais regiões

e em quais setores?

Mato Grosso do Sul busca a diversifica-ção e, mais recentemente, temos recebi-do delegações de países da Europa e da

Ásia, interessados em investir no nosso Estado. Alguns desses entendimentos estão bastante adiantados e, como dependem de procedimentos legais em relação ao governo federal e à cap-tação de recursos, temos um pouco mais de reserva para adian-tar detalhes. Certo é que, a partir de nosso potencial e de nossa política de parceria, estamos nos consolidando como destino seguro para esses entendimentos.

Para atrair empresas

sérias desenvolvemos

o mais moderno e

agressivo programa

de incentivos

Mato Grosso do Sul tem vocação

para o desenvolvimento. Trazemos

essa realidade na nossa história.

3

COM A PALAVRA

Page 6: Mercados & Negocios - Invista MS 01

COM A PALAVRA

Mercado & Negócios

Recentemente, o senhor assinou um

decreto que trata da prorrogação de be-

nefícios e incentivos fiscais concedidos a

estabelecimentos industriais. Que impac-

tos serão gerados a médio e longo prazo na

industrialização do Estado?

Foi uma medida que consolida essas parcerias. Fizemos isso ouvindo o empresariado e tomando como norte os parâmetros legais. Os incentivos, é bom ressaltar, são uma via de mão du-pla, onde o esforço que o Estado faz, tem como contrapartida o emprego gerado, o desenvolvimento para toda a sociedade e o bem-estar de todos.

Mercado & Negócios

As fronteiras agrícolas privilegiadas têm

mantido o ritmo de expansão, aumentando a

safra de grãos, por exemplo?

Nossas fronteiras agrícolas estão praticamente consolidadas. O Zoneamento Ecológico Ambiental que realizamos no início do primeiro mandato mostra que, mesmo havendo ainda áreas a serem incorporadas, o desafio maior atualmente é o da produ-tividade e o da sustentabilidade. Mato Grosso do Sul deve bus-car sempre produzir mais sem gerar passivos ambientais, sem prejudicar os recursos naturais e, principalmente, garantindo que

O desafio maior atualmente

é o da produtividade e da

sustentabilidade

os resultados desses avanços sejam sempre compartilhados por todos. Isso, por sinal, vale para o que já conquistamos e para o que pretendemos conquistar em termos de desenvolvimento.

Mercado & Negócios

Quais são as maiores dificuldades enfren-

tadas pelo Estado atualmente?

Nosso maior desafio continua sendo o de assegurar infraestru-tura e logística de produção e transporte da produção, mão de obra qualificada e ambiente social e econômico sadio para que as dificuldades sejam superadas. E, pelos resultados de nosso crescimento, pelo desenvolvimento que já vivenciamos, temos certeza de que estamos no caminho certo. Mato Grosso do Sul é, portanto, uma terra de oportunidades, destino seguro para quem acredita no trabalho como ferramenta do desenvolvimen-to e da construção do bem-estar.

4

Page 7: Mercados & Negocios - Invista MS 01

COM A PALAVRA

Raio-XPanorama do Estado

357

362

9

292 mil

11010

231

7930.300

R$ 40 bilhões

de área

escolas estaduais

emissoras de TV

emissoras de rádio

fonte: governo MS

jornais diários

alunos

agências bancárias

mil km2mais de mais de

de habitantes

leitos

tropical quente semiúmido

127 hospitais 250 clínicas 460 unidades básicas

território:

bancos:

população:

clima:

saúde:

educação:

comunicação:

municípios:

capacidade hoteleira:

5

Page 8: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Quando há investimentos de grandes corporações, micro e pequenas empresas que precisam acompanhar o desen-volvimento dos municípios também acabam sendo benefi-ciadas direta e indiretamente. No Mato Grosso do Sul não é diferente. Para que os empresários possam acompanhar o crescimento das regiões, eles contam com um grande aliado: o Sebrae.

Trabalhando na capacitação de micro e pequenas empresas para se tornarem fornecedoras de grandes corporações, melhorando sua gestão, produção etc., o Sebrae ainda promove encontros de negócios, rodadas de negócios de créditos, além de levantar as necessidades de grandes em-presas e a oferta das micro e pequenas.

O diretor-superintendente do Sebrae em MS, Cláudio George Mendonça, explica que, quando uma grande empresa decide se instalar na região, o Sebrae, em parceria com o governo do Estado, organiza missões de negócios a outros países. Como exemplo, a recente missão à Itália e à China, para acompanhar o dinamismo econômico das regiões, pro-veniente da instalação de grandes empresas.

“Em Três Lagoas, por exemplo, fizemos parcerias com grandes indústrias de celulose instaladas na região para beneficiar pequenos apicultores. Recentemente firmamos convênio com a Petrobras para inserir micro e pequenas empresas da região na cadeia produtiva de energia e gás”.

O Sebrae ainda levanta as necessidades das grandes em-presas e a oferta das micro e pequenas para que estas possam acompanhar o desenvolvimento da região. Como exemplo, Mendonça cita que, muitas vezes, grandes em-presas precisam de todo tipo de fornecimento como uni-formes, refeições para funcionários, fornecimento de água, lavanderia, dentre outros. E é neste ponto que o Sebrae entra: orienta na abertura de novos negócios e na melho-

para quem querOportunidade

inve$tir

Cláudio George Mendonça, diretor-superintendente do Sebrae em MS

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Muitas pessoas pensam que

por serem empresários irão

trabalhar menos. Engano.

Irão trabalhar mais do que

trabalhavam em qualquer

emprego. E se trabalharem

menos, irão quebrar

6

PARCERIA

Page 9: Mercados & Negocios - Invista MS 01

ria dos existentes para o atendimento da nova demanda e fornece os mais variados suportes, como cursos e ca-pacitações. “Somente para atender a uma única grande empresa, recentemente, o Sebrae capacitou 25 pequenos fornecedores”, comenta.

ProgramasDentre os inúmeros programas oferecidos pelo Sebrae, Mendonça destaca o Nascer Bem, que auxilia quem quer iniciar um negócio próprio com mais segurança no merca-do. “Ele orienta a estruturar a ideia de negócios prevendo custos, em um plano de negócios. Para empreender, suge-rimos que o futuro empresário escolha uma área em que tenha know how, conhecimento, experiência.”

Já para quem deseja ampliar sua atuação, o Sebrae Nacional criou, em 2011, um programa para empresários que buscam a evolução de seus negócios: o Sebrae Mais, em que é ofe-recido um conjunto de soluções: consultoria individualizada, workshops, capacitação, palestras e encontros empresariais,

Divisão dos setores econômicos de MS

Micro Empreendedor Individual (MEI)

até R$ 60 mil/ano

Microempresa (ME)

entre R$ 60 mil e R$ 360 mil/ano

Empresa de Pequeno Porte (EPP)

entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões/ano

Porte x Faturamento

Comércio

49%

Construção Civil

5%

Indústria

15%

Serviços

31%

que orientam a adotar novas estratégias, inovar produtos e processos, planejar para exportação, além de gestão finan-ceira avançada, gestão da qualidade, entre outras.

A instituição também oferece outros recursos como o ma-peamento de oportunidades, por exemplo. “No interior do Estado, mapeamos várias atividades que estão em falta ou com alta demanda para abrir novas empresas. Estas pos-suem fichas técnicas com informações sobre valor de in-vestimento, risco, necessidades de estrutura, entre outros”.

Futuros InvestidoresO cenário para quem deseja investir no Estado é de opor-tunidades. De acordo com o diretor, as chances estão em torno principalmente das cidades que estão desenvolvendo suas economias com a instalação de grandes empresas. E quem deseja investir também pode contar com a ajuda do Sebrae. A instituição dispõe de mapas dos principais municí-pios do Estado que apresentam o que está faltando nessas regiões, além de informações sobre como abrir empresas.

O comércio se destaca na quantidade de empresas: uma em cada duas micro e pequenas empresas está no comércio.

7

PARCERIA

Page 10: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Mas, Mendonça faz um alerta: “Mui-tas pessoas pensam que por serem empresários irão trabalhar menos. En-gano. Irão trabalhar mais do que tra-balhavam em qualquer emprego. E se trabalharem menos, irão quebrar.”

Para o diretor, um dos principais mo-tivos pelo qual uma empresa precisa fechar é a falta de planejamento. “Ela não se planeja para utilizar o recurso, por exemplo, e acaba usando o dinheiro do capital de giro na compra de equi-pamento; e mais à frente vai descobrir que poderia ter utilizado uma linha de crédito específica para aquisição de equipamentos, visto que capital de giro é o bem mais difícil para esta em-presa conseguir”, analisa.

E Mendonça ainda completa: “o Sebrae orienta e ajuda, pois cada vez que uma empresa fecha as portas, ela atrapalha a dinâmica do mercado e deixa de ge-rar emprego. Estamos com uma cam-panha nacional - Sebrae é especialista em pequenos negócios. Acompanha-mos estes pequenos negócios há mui-to tempo, podemos orientar a nascer e se desenvolver com mais segurança e chances de sucesso”.

Mapeamos várias

atividades que estão

em falta ou com alta

demanda para abrir

novas empresas

A oportunidade é a principal motivação do empreendedorismo de pequeno porte: 70% das micro e pequenas abrem por oportunidade de negócios visualizada e apenas 30% por necessidade.

Empreendedor Individual

Mato Grosso do Sul:

Dados nacionais:

empreendedores individuais, sendo que a maioria se concentra no comércio varejista de roupas; atividade de cabeleireira; estética e construção civil (mestre de obras, pintores, azulejistas etc.).

Em relação à geração de empregos, destaca-se o setor de serviços:

As micro e pequenas empresas são responsáveis por:

2012: novos empregos no país, divididos em:

novos empregos em 2012.

47.087

428,8 mil

52% 40%

891,7 mil

89,2 mil 127 mil 246,7 mil 428,8 mil ComércioConstrução CivilIndústria

dos empregos formais no país

da massa salarial

Serviços

Entre dez/2000 e dez/2011, houve um acréscimo de sete milhões de empregos com carteira assinada nos Pequenos Negócios. Isso signi-fica o dobro do aumento registrado pelas empresas de maior porte.

8

PARCERIA

Page 11: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Tributos, empregos, exportações, bi-lhões de reais. Assim é o agronegócio no Brasil. Fica atrás apenas dos EUA. Nossa pátria é a segunda maior expor-tadora agrícola mundial, e só as exporta-ções giram em torno de US$ 80 bilhões.

Por meio do empreendedorismo, o agronegócio da última década desponta como grande responsável pela estabili-dade dos preços, com crescimento de 3,5% ao ano, superando o PIB brasileiro, ressaltando que a produtividade indus-trial tem recuado -0,6% ao ano e o se-tor de serviços praticamente estagnou (0,5% ao ano). Apesar dos problemas de infraestrutura e de logística enfrentados pelos empresários, o agronegócio conti-nua em franca expansão.

O agronegócio ainda tem espaço para crescer. Vem sendo implementado por meio das cooperativas e associações, da agricultura familiar - com destaque aos pequenos produtores - e pelos grandes latifundiários produtivos, dotados de es-trutura e capacidade tecnológica.

Na região Centro-Oeste, a produção mos-tra-se eficiente e diversificada, destacan-do-se na produção o cultivo de grãos, soja e milho, o complexo sucroalcooleiro, a produção de carne, borracha (seringueira) e madeira (eucalipto e pinus).

O MS passa por período de mudança de perfil econômico no agronegócio. Antes,

nosso Estado detinha o título de maior rebanho bovino do país. Entretanto, o de-senvolvimento e adaptação da soja, cana e eucalipto transformaram o Estado em importante centro de produção diversifi-cada. As condições climáticas, logísticas e os incentivos fiscais foram e continu-am sendo os grandes responsáveis pela abertura de MS para esses setores.

A partir da instalação de fábricas de ce-lulose e papel, a região de Três Lagoas recebeu o título de maior produtora de celulose do mundo, e suas áreas, tradi-cionalmente ocupadas por pastagens, hoje se transformam em grandes plan-tações de pinus e eucalipto.

Todas essas mudanças fizeram e ainda fazem de Mato Grosso do Sul um Es-tado de economia consolidada e diver-sificada, na vanguarda do Brasil. Mas, aliado a todo esse crescimento, esbar-ramos na burocracia jurídica brasileira. O judiciário está atento às mudanças sociais e se faz cada dia mais presente na vida do campo, por meio da resolu-ção de conflitos e dúvidas, bem como regulação de situações, porém, a celeri-dade fica prejudicada, o que não se ad-mite frente ao dinamismo e expansão do agronegócio.

Visando contornar essas situações e evitar que o problema chegue ao con-tencioso (judiciário), deparamos com for-mas rápidas e eficazes de solucionar os

litígios surgidos, por meio de medidas alternativas de solução de conflitos, rea-lizadas através da mediação, arbitragem e acordos extrajudiciais.

O que se fala hoje é que, com as pro-porções alcançadas pelo agronegócio no Brasil, não dá mais para esperar o problema bater à porta. É necessá-ria uma atitude proativa, por meio de assessoria especializada que forneça informações, tire dúvidas, aponte al-ternativas e possibilite o resguardo ju-rídico dos empresários.

Por fim, não restam dúvidas de que o Brasil é o país do futuro - e o futuro é agora! Seja por sua localização geo-política, pela qualidade de suas terras, pelo seu clima, pela abundância de suas águas, pelo seu povo, e por sua importância estratégica. Em resumo: o agronegócio é um exemplo de um Brasil que dá certo!

&Agronegócioo Poder Judiciário

Rodrigo Pimentel Advogado, especialista em

Agronegócio e Direito Empresarial

9

OPINIÃO

Page 12: Mercados & Negocios - Invista MS 01

A menina dos olhos do desenvolvimento industrial

TRês LAgOAsCONhEçA

10

CAPA

Page 13: Mercados & Negocios - Invista MS 01

A instalação de grandes polos industriais, ligada ao rápido crescimento e desenvolvimento econômico transformou Três Lagoas em um cenário de oportunidades

Com excelente localização no Mato Grosso do Sul, na divisa do Estado de São Paulo, acesso privilegiado às regiões Centro--Oeste, Sudeste e Sul do país e sistema internacional de trans-porte com malhas viária, fluvial e ferroviária, Três Lagoas retém todas as atenções quando se fala em estratégia geográfica. Alia-do a isso, ainda há o potencial logístico de infraestrutura, que propicia a instalação de empresas de diversos segmentos, con-tribuindo não só para o desenvolvimento da região e do Estado, mas também para que investidores do mundo todo voltem os olhos para o Brasil.

A transformação pela qual o município está passando com a instalação de grandes polos industriais, ligada ao rápido cresci-mento e desenvolvimento econômico, transformou Três Lagoas em um cenário de oportunidades. Para Idevaldo Garcia Leal Ju-nior, diretor da Project MS, empresa de consultoria em geren-ciamento de projetos e marketing, o processo representa muito para a população, que vê nestas mudanças chances de estudo, futuro, investimento e crescimento.

Antes da industrialização, Três Lagoas apresentava baixos índi-ces de infraestrutura pública como asfalto, drenagem e esgoto. A educação, a saúde e a segurança pública sofriam as mesmas condições de outras regiões do país.

Para Leal Junior, o processo da industrialização se iniciou atra-vés de um projeto político que ganhou adeptos e hoje forma uma grande coalizão política, econômica e social que permite ao município fazer obras públicas com recursos próprios, da iniciativa privada e dos governos estadual e federal, através do apoio de vários partidos. “Esse cenário permite que o mu-nicípio comemore a cobertura de esgoto em 53% da cidade, um índice alto, se comparado aos 17% que apresentava em 2006”, explica.

Três Lagoas conta com um conjunto de aspectos geográficos, econômicos e políticos fundamentais para o sucesso do pro-jeto de industrialização de Mato Grosso do Sul. Mas são os aspectos sociais que realmente viabilizam os investimentos. A

população de Três Lagoas, em sua maioria, quer e participa do processo, além de possuir um forte ritmo de adaptação à nova dinâmica da cidade. “Esse é o grande diferencial que, aliado aos incentivos municipais e estaduais, da logística de transpor-te intermodal, abundância de energia e água, forma esse cená-rio de oportunidades”.

Hoje, os maiores investidores estão divididos entre papel e ce-lulose. Seguidos pelo setor do petróleo, gás e energia, juntos somam aproximadamente R$ 12 bilhões. A expectativa para os próximos anos é positiva: Três Lagoas receberá grandes, médios e pequenos investimentos de empresas que compõem esses dois setores, sobretudo devido ao incentivo de programas e pro-jetos voltados ao adensamento e evolução das duas cadeias pro-dutivas instaladas. Os investimentos também abraçam as áreas têxtil, de alimentos, materiais de construção, confecção, couro, calçadista, metalurgia, siderurgia, eletricidade e biocombustíveis.

De acordo com o consultor, o cenário prevê grandes investimen-tos públicos em obras de infraestrutura e saneamento, com am-pliação de indústrias instaladas e novas propostas, buscando a diversificação da matriz econômica. Leal Junior também aponta que o varejo receberá grande atenção, sobretudo pela disputa por mercado entre a primeira unidade de Shopping Center da Costa Leste MS - que está em construção - e o tradicional polo comercial de rua do centro da cidade, que afetarão positivamen-te os serviços de comunicação, publicidade e propaganda.

Porém, a interligação da região industrial mais dinâmica de Mato Grosso do Sul aos principais aeroportos do país, pre-vista para este ano é que permitirá um desenvolvimento considerável do setor turístico. Haverá grandes oportunida-des em hospitalidade, lazer, refeições e entretenimento.

Agora, segundo Leal Junior, é hora de repensar a gestão do meio ambiente. Evoluir em práticas comuns, melhorar e ino-var para que o município passe a ser referência não só pelo PIB industrial, mas também pela qualidade de vida e eleva-ção de índices como o IDH.

11

CAPA

Page 14: Mercados & Negocios - Invista MS 01

ProjetosDentre as grandes corporações que se instalaram em Três Lagoas, Leal Junior destaca a implantação da Alpino Fi-bras, um projeto considerado estraté-gico do ponto de vista mercadológico e de importância elevada para o desen-volvimento da Costa Leste de Mato Grosso do Sul.

“A produção de banheiras de hidro-massagem e spas preenche uma la-cuna de mercado antes explorada somente por outros Estados. Esses produtos encontrarão um farto merca-do interno, sobretudo em Três Lagoas”. Dentre outros serviços ofertados pela empresa, há as lanchas em fibra de vidro, montadas, sendo a primeira do setor a ser instalada com foco na re-gião dos grandes lagos, formados pelo

Complexo Hidrelétrico de Urubupungá e de toda a extensão do rio Paraná e seus afluentes.

A Roomtek também ganha destaque, uma vez que permitirá ao município aumentar consideravelmente sua par-ticipação no mercado de produção de peças, máquinas, ferramentas e equi-pamentos utilizados pela cadeia pro-dutiva de papel e celulose. O mercado era atendido por empresas de outros Estados antes da estratégia agressiva de ampliação da indústria local.

ImpactosTodos os empreendimentos, independen-te do porte, impactam a cidade e a região de diversas maneiras. Como exemplos, o aumento da densidade populacional e de mortes de animais silvestres.

Por esse motivo, os projetos necessitam passar pelo processo de estudos e licen-ciamento ambiental junto ao órgão es-tadual ou municipal, pois este processo assegura que os impactos sejam mini-mizados e que sejam devidamente com-pensados, quando forem inevitáveis. “Os estudos reúnem os aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, ope-ração e ampliação das empresas e são exigidos na análise da licença”.

Idevaldo Garcia Leal Junior, diretor da Project MS

12

CAPA

Page 15: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Project MS Voltada para a área de consultoria espe-cializada em gerenciamento de projetos, a Project MS facilita às empresas a adoção das boas práticas em gerenciamento de projetos recomendadas pelo PMI – Pro-ject Management Institute. “Há cerca de dois anos, o mercado industrial encontrou em nossos serviços um excelente apoio na elaboração de processos para conces-são de incentivos municipais e estaduais, além de projetos de viabilidade econô-mica e financeira para financiamentos. Daí nasceu nossa participação no processo de implantação de indústrias”.

Terceiro setorPela característica de promover a melhoria da qualidade de vida local, as instituições do terceiro setor podem colaborar muito não só com grandes indústrias mas também com em-presas de todos os setores, independente do porte.

Para Leal Junior, é importante que as grandes indústrias pro-movam em toda sua cadeia produtiva a adoção de práticas de responsabilidades socioambientais. “Dessa forma, pequenas e microempresas passam a entender que além das obriga-ções legais e econômicas, também há responsabilidade com a sociedade e o meio ambiente onde estão inseridas”, explica.

Na prática, uma pequena empresa fornecedora de uma ca-deia produtiva pode apoiar uma ação de um programa maior, executado pela grande indústria do topo da cadeia. Mas, para isso, é necessário conhecer os problemas da localidade e in-tegrar esforços.

O consultor explica que em Três Lagoas e região há propos-tas de uma rede capaz de fortalecer a economia inclusiva,

articulada por uma instância participativa com representa-ção do governo, iniciativa privada e o terceiro setor; além de práticas para a introdução de ações de responsabilidade socioambiental no cotidiano das micro e pequenas empresas fornecedoras de produtos e serviços.

Mesmo com um ambiente promissor proporcionado pela iniciativa privada, Leal Junior destaca que o terceiro setor ainda encontra-se despreparado para o momento que vive a região. “Diante desse cenário que apresenta um grande volume de recursos disponibilizados por programas de gran-des empresas que podem ser acessados através de editais e outros processos seletivos, é preciso que a localidade se mobilize para oferecer apoio às iniciativas do terceiro setor”.

Leal Junior explica ainda que é necessário incentivar a forma-lização, a adoção de boas práticas na elaboração de projetos, participação em editais e prestação de contas. Esses são re-quisitos básicos exigidos com naturalidade pelo mercado e as instituições devem estar aptas para atendê-los.

Créd

ito: H

irosc

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édito

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13

CAPA

Page 16: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Inaugurada em 2009, a Fibria Unidade Três Lagoas tem capacidade para produ-zir mais de um milhão de toneladas de celulose por ano. Com o investimento de US$ 1,5 bilhão, o projeto foi elaborado de acordo com os conceitos de ecodesign, para a implantação de processos produ-tivos mais limpos e garantia de um am-biente de trabalho agradável e seguro.

Segundo a empresa, a Fibria tem o com-promisso com as melhores práticas de governança e de sustentabilidade. As-sim, entende que, como líder global em um negócio baseado em recursos flo-restais renováveis, tem a responsabilida-de de estabelecer e seguir um elevado padrão de conduta em seu negócio. Em 2012 a empresa anunciou as Metas de Longo Prazo com horizonte para 2025, que consistem em compromissos so-cioambientais diretamente ligados à es-tratégia de negócio da companhia.

“Para dar um exemplo do desafio, cita-mos as metas de longo prazo: duplicar a absorção de carbono da atmosfera, promover a restauração ambiental em 40 mil ha de áreas próprias, e ajudar a comunidade a tornar autossustentáveis 70% dos projetos de geração de renda, apoiados pela empresa”.

Desde o início de 2013, a unidade de Três Lagoas elevou sua produção de energia excedente, após autorização da ANEEL, de 30 para 50 megawatts/hora. “Isso foi possível a partir da evolução do projeto original da fábrica, possibilitan-do maior aproveitamento da biomassa sólida gerada no processamento da ma-deira. Com isso, a Fibria/MS sai de uma geração de 120 para aproximadamente 140 megawatts/hora. Desse total de energia, 90 megawatts/hora abaste-cem a produção da Fibria; o excedente é disponibilizado no Sistema Nacional.

Ganho não é somente monetário. Qualidade dos trabalhos desenvolvidos também soma pontos

Empresa cresce junto com a região

A população procurou

se informar e conhecer

o assunto. Participou

das qualificações, o que

hoje é essencial para a

operação da empresa

Vista aérea da Fibria

Créd

ito: F

ibria

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CAPA

Page 17: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Para a fase de construção, foram qualificadas 4 mil pessoas, incluindo

pedreiros, eletricistas, pintores e profissionais especializados no

segmento da celulose, entre outros

Como curiosidade, esse excedente é suficiente para abas-tecer uma cidade de aproximadamente 200 mil habitantes”.

Inserida no processo de desenvolvimento econômico e social da cidade de diversas formas, a empresa colabora na quali-ficação de mão de obra, desenvolvimento de fornecedores locais e apoio a projetos sociais. “Para a fase de construção, foram qualificadas 4 mil pessoas, incluindo pedreiros, eletri-cistas, pintores e profissionais especializados no segmento da celulose, entre outros”, afirma.

“Um dos pilares da Fibria é promover relações construtivas, e queremos focar numa produção que gere ganhos para a comunidade, população, mercado e segmento”. Por isso, para 2013, a Fibria irá apoiar 22 projetos sociais divididos entre os municípios de Três Lagoas, Brasilândia, Selvíria, Água Clara e Ribas do Rio Pardo. Esses projetos procuram atingir um público diversificado, como associações comunitárias, pe-quenos produtores rurais, comunidades indígenas, escolas e jovens moradores das comunidades.

Para a realização dessas iniciativas, a Fibria conta com con-sultores altamente especializados nesses processos. Portan-to, para eles, o ganho não é somente monetário e sim, da qualidade dos trabalhos que serão desenvolvidos na região.

Por que Três Lagoas? De acordo com a Fibria, a logística favorável, a disponibilidade de terras para a silvicultura e o acolhimento da comunidade, foram os fatores de destaque para a implantação do projeto em Três Lagoas. Apesar de o ramo da indústria ser relativamente novo no Estado, a população procurou se informar e conhecer o assunto. Participou das qualificações, o que hoje é essencial para a operação da empresa. “Desde o início da construção até a operação da Fibria fomos muito bem recebidos”.

Outro diferencial destacado pela empresa é a distância das flo-restas que estão localizadas a um raio médio de 66 km. Isso reduz os custos com transporte de madeira e torna o produto mais competitivo. “Atualmente, contamos com mais de 340 mil hectares de área plantada na região. Desse total, cerca de 230 mil hectares são compostos de florestas de eucalipto e cerca de 100 mil são de áreas de preservação ambiental”, conta.

Em cinco anos, a Fibria/MS conquistou oito certificações, dentre elas, a certificação da Indústria nas normas ISO 9001 e 14001, e as certificações de Manejo Florestal, CERFLOR e FSC®. “A conquista das certificações atesta o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável consideran-do três pilares: ambiental, econômico e social”, finaliza.

Capacidade de produção anual: mais de 1 milhão de toneladas de celulose

Produção 2012: 1.275.000 toneladas

Número de funcionários: 4 mil trabalhadores (60% dos empregados próprios da unidade industrial, são oriundos de Três Lagoas e região)

Unidade Florestal: 80% dos empre-gados próprios são do município

Investimento de US$ 1,5 bilhão garante um projeto com conceitos de ecodesign para a implantação de processos produtivos mais limpos

Créd

ito: F

ibria

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CAPA

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Mudanças. Esse é o processo que define a matriz econômica de Mato Grosso do Sul neste momento, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS). Saindo do binômio pecuária e grãos para a agregação de valores em seus produtos (industrialização), o Estado está receptivo a quaisquer tipos de investimento, principalmente no se-tor de comércio de bens, serviços e turismo para aten-der as demandas.

Os exemplos dessas transformações podem ser vistos na região do Bolsão (Três Lagoas), que recentemente instalou o maior complexo da indústria de celulose, dentre elas a Eldorado, maior indústria em linha reta de celulose do mun-do, e outras regiões do Estado que também agregam va-lores em seus produtos, como a Grande Dourados com a indústria sucroenergética, onde, dos 24 projetos instalados no Estado, encontram-se 16 deles.

Segundo o presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, o objetivo agora é construir um perfil industrial da região. “O Es-tado está empenhado em atrair indústrias para o local. Conse-quentemente, as indústrias necessitam de mão de obra e de serviços terceirizados. Aí temos mais emprego e aumento no consumo dos mais variados tipos de bens, gerando um círculo vicioso e aquecendo nossa economia”, conta.

Passos largos rumo ao desenvolvimento

O Estado está receptivo a

quaisquer tipos de investi-

mento, principalmente no

setor de comércio de bens,

serviços e turismo para

atender as demandas.

Para os investidores, o diretor-superintendente do Instituto de Pesquisa Fecomércio-MS (IPF), Thales de Souza Cam-pos e a economista Regiane Dedé de Oliveira, também do IPF, explicam que a Fecomércio/MS instalou o Instituto de Pesquisa Fecomércio que, desde 2009, realiza pesquisa em vários setores da economia. Por meio de publicações, pa-

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POTENCIALIDADEs

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TurismoCom grande potencial turístico, o Mato Grosso do Sul detém boa parte das bele-zas naturais do país. Para colaborar com o desenvolvimento do Estado nesta área e para ajudar os empresários a alavanca-rem essa atividade econômica, foi criada recentemente a Câmara Empresarial do Turismo de Mato Grosso do Sul – (CET), que tem como objetivo desenvolver e fomentar a atividade no Estado com o apoio das entidades empresariais do se-tor. O intuito é melhorar a qualificação dos prestadores de serviço e prepará-los para a geração de consumo.

FuturoDe acordo com Campos, o Estado pre-cisa de investimentos no setor de ser-viços. Um exemplo é a indústria sucro-energética da Grande Dourados, que necessita de aproximadamente 400 tipos de serviços para a manutenção do parque industrial no período da entres-safra, porém, o Estado fornece apenas 10% desses serviços, necessitando importar o restante de outros Estados. “Na área de bens temos perspectivas de instalações de grandes investimen-tos, dentre eles, o Shopping Bosque dos Ipês em Campo Grande, outros grandes shoppings em Três Lagoas e grandes lo-jas em Dourados”, ressalta.

Presidente do Sistema Fecomércio, SESC, Senac e IPF, Edison Araújo

Diretor-superintendente do IPF, Thales de Souza Campos e a economista Regiane Dedé de Oliveira, do IPF

Mato Grosso do Sul

está caminhando a

passos largos para o

desenvolvimento

lestras, workshops e oficinas para em-presários e gestores, a entidade ofere-ce técnicas e metodologias que geram resultados para os negócios.

“Acredito que Mato Grosso do Sul está caminhando a passos largos para o desenvolvimento, sem deixar de trazer junto com esse crescimento, a infraestrutura necessária para que todos os setores da economia desen-volvam-se igualmente”, acrescenta o presidente.

Regiões e investimentosO Estado é dividido em cinco grandes regiões com suas zonas de investi-mento: Bolsão com indústria de celu-lose; Grande Dourados com indústria sucroenergética; Pantanal com mine-ração e turismo natural. Já o norte do Estado continua com o processo agro-pecuário e produção de cerâmica com possibilidades de instalação do turis-mo. A região central de Mato Grosso do Sul abriga a maior densidade demo-gráfica do Estado, com quase 50% da população instalada em Campo Gran-de e cidades do entorno, provocando um centro de negociação e gestão dos grandes projetos do Estado, pois, até então, só se alcançava os grandes cen-tros do Brasil e do mundo partindo do aeroporto de Campo Grande.

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POTENCIALIDADEs

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AssomasulEntidade que congrega os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, trabalha com técnicos no papel de auxiliar os gestores pú-blicos na execução de projetos, visando a captação de recursos para investimentos em vários setores da administração pública. Para isso, criou uma estrutura denominada “banco de projetos” para contribuir com prefeituras de pequeno porte que muitas vezes deixam de receber verbas federais por falta de um projeto específico, de um engenheiro ou técnico especializado.

Investir em um município, conhecer suas potencialidades e situação socioeconômica e ter consciência dos retornos. Foi pensando nesta estratégia que a Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) desenvolveu o Plano de De-senvolvimento Regional – PDR.

Baseado em um modelo de gestão ancorado no Índice de Com-petitividade dos Municípios, que monitora periodicamente as potencialidades de desenvolvimento socioeconômico de cada região, o PDR oferece um raio-X da situação de cada cidade, complementando os indicadores.

De acordo com o presidente da Associação, Douglas Figueiredo, o intuito é apresentar aos investidores informações socioeconô-micas de determinadas localidades, além de obter um perfil da população, analisar como funciona a educação na cidade, a saú-de, questão ambiental e a infraestrutura do município.

SegurançaNa prática, o PDR levará às empresas interessadas em investir, o cenário atual da região, reduzindo os riscos do empreendimento. “O empresário que escolher o município “A” ou “B” não poderá dizer que foi enganado e nem vai criar falsas expectativas. Não poderá, depois de seis meses ou mais, dizer que se equivocou por optar por essa ou aquela cidade”, complementa Figueiredo.

Além de promover a industrialização e contribuir para que em-presas de fora – e as que já estão instaladas no Estado – possam conhecer o cenário em que pretendem investir, as prefeituras passarão a contar com orientações técnicas às empresas inte-ressadas em investir nos municípios sul-mato-grossenses, dan-do um norte a ser seguido.

Hoje, de acordo com Figueiredo, não se busca o atendimento individualizado de cada município, e sim, de forma regional, por meio de consórcios públicos, e a Assomasul pretende fo-mentar o exercício constante dessas ferramentas. Figueiredo também pontua que existe uma dificuldade dos municípios para atrair indústria, porque há uma falta de organização aliada à ausência de parcerias.

“Cada município parte, de forma isolada, na busca de investido-res e, dessa forma, não se consegue nada. Partindo de forma re-gionalizada e envolvendo um número expressivo de municípios, as possibilidades de atrair mais investidores aumentam expo-

nencialmente. Por isso, a Assomasul está mudando o conceito de buscar projetos e recursos em Brasília. Nós não vamos mais procurar por recursos pensando apenas numa cidade, mas em muitas”, explica.

ConsórciosOs consórcios públicos são o instrumento legal visando o de-senvolvimento regionalizado, e o Mato Grosso do Sul é um dos primeiros Estados brasileiros a se organizar nessa direção. Atu-almente, existem cinco consórcios constituídos.

Segundo o presidente da Associação, a formação de um consór-cio, além de baratear custos, garante a oportunidade de municí-pios de pequeno porte se estruturarem e investirem em várias áreas da administração pública. “Entendo que o grande desafio dos demais municípios é se associar, criando um instrumento permanente de discussão dos assuntos de interesse regional, buscando diagnosticar os problemas e instituindo regras claras para a formação de consórcios públicos no Estado”.

(Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Inte-grado das Bacias dos Rios Miranda e Apa)

(Consórcio Municipal de Desenvolvimento da Região Sul de Mato Grosso do Sul)

(Conselho Intermunicipal para o Desenvolvimento Susten-tável da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari)

(Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Colônia)

(Consórcio Público de Desenvolvimento do Vale do Ivinhema)

Cidema

Conisul

Cointa

Cideco

Codevale

PDR reduz riscos de investimento

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MUNICÍPIOs

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Industrialização requer avanços

São aproximadamente 4.000 quilôme-tros de malha rodoviária asfaltada e pelo menos quatro principais rodovias que conectam Mato Grosso do Sul a algumas das principais cidades e por-tos do país, colaborando com o escoa-mento do que é produzido no Estado. Mesmo dispondo de três modais ope-rantes – rodoviário, ferroviário e hidro-viário – o primeiro ganha destaque: é o mais flexível e capaz de ligar o Esta-do aos quatro cantos do país de for-ma direta. E, com o desenvolvimento industrial que vem atingindo o Mato Grosso do Sul nos últimos anos, há uma classe que merece atenção, pois também é peça fundamental para o crescimento da região: as empresas de transportes rodoviários.

O presidente do Sindicato das Empre-sas de Transporte Rodoviário de Car-gas do Estado de Mato Grosso do Sul (Setcems), Claudio Cavol, conta que a industrialização traz a necessidade da especialização. Para isso, explica que cada empresa deve rever seus conceitos para conseguir penetrar no mercado de cargas industriais, pois estas possuem maior valor agregado. “É preciso um serviço diferenciado, que leve o empresário do transporte a melhorar a qualidade do seu aten-dimento e, consequentemente, poder cobrar um valor justo pelo transporte, que seja adequado ao seu custo e à necessidade da carga”.

Mesmo com o desenvolvimento in-dustrial no Estado, Cavol faz um alerta frente às condições estruturais rodovi-árias. De acordo com ele, não houve avanços na infraestrutura do transpor-te rodoviário e as estradas continuam as mesmas há mais de 30 anos. Com isso todos saem prejudicados. “Em nossa região, temos poucas rodovias federais, e dessas, todas são de pista simples, não possuindo o mínimo de condições para cumprir o que a legis-lação pede”.

Na contramão, Cavol pontua que há mu-danças na fabricação de veículos, com material de primeiro mundo, mas estra-das degradadas. “Os recursos captados pela CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), criada com a finalidade específica de recuperar a in-fraestrutura dos modais do transporte, já ultrapassam R$ 150 bilhões, e não vemos a aplicação desses recursos em nossas rodovias”.

Para buscar melhorias, o presidente aponta que uma saída é a união das em-presas. “Somente com toda a categoria unida teremos condições de enfrentar as dificuldades. O transporte rodoviá-rio é essencial para o desenvolvimen-to dos setores, pois o agronegócio, o comércio e a indústria necessitam do transporte para realizar seus ciclos de produção. Portanto, temos de agregar valor à necessidade”.

DesenvolvimentoSegundo Cavol, a instalação de grandes indústrias na região colabora com o au-mento da produção local. “Quanto maior a exigência do produto a ser transporta-do, maior será a necessidade de espe-cialização por parte das empresas na prestação de serviços. E quanto maior a qualidade exigida, mais preparados de-vem estar os colaboradores”, expõe.

Cavol explica que o sindicato é a casa do Transportador Rodoviário de Cargas, onde o empresário tem vez e voz nos caminhos a serem traçados para en-frentar as dificuldades que vêm com o avanço da competição acirrada entre os setores da economia.

Claudio Cavol, presidente do Setcems

Transporterodoviário

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LOgÍsTICA

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Promover o desenvolvimento sustentá-vel do agronegócio, representando os interesses dos produtores e sindicatos rurais de Mato Grosso do Sul. Este é um dos objetivos da Federação da Agricultu-ra e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Fa-masul). Tornar-se uma instituição de re-ferência na organização do agronegócio, com sólidas relações políticas e de mer-cado, fornecendo aos produtores rurais acesso a informações e serviços para a conquista de negócios globais, são obje-tivos que também estão incluídos.

Quanto aos investimentos que poderão ser trazidos ao Estado no que diz respeito à agricultura, pecuária e agronegócio, o presidente da entidade, Eduardo Riedel, aponta que Mato Grosso do Sul possui condições de solo e clima favoráveis ao desenvolvimento da agricultura e pecuá-ria nas mais diversas formas e culturas.

As principais cadeias de produção de-senvolvidas no Estado são a cultura da soja e milho como culturas temporárias, a cana-de-açúcar e o eucalipto como cul-turas semi perenes, e a bovinocultura de corte, leite, avicultura e suinocultura.

“Os investimentos industriais dos últimos anos têm sido direcionados às indústrias sucroalcooleiras e de papel e celulose, destacando o Estado como um dos prin-cipais produtores de álcool, açúcar e celu-lose do país”, afirma.

Nas três últimas safras, o Estado vem crescendo fortemente na pro-dução do milho safrinha, tornando-se o terceiro maior produtor do Brasil e atraindo o interesse de capital estran-geiro para o processamento da pro-dução, bem como produção de pro-dutos mais elaborados.

Novos nichos Para Riedel, o Estado tem grande poten-cial para a piscicultura, porém a atividade tem que ser melhor explorada, assim como a elaboração de projetos de irriga-ção para o desenvolvimento de agricultura de maior valor agregado como a produção de hortaliças, por exemplo.

“Fazem-se necessários maiores investi-mentos em tecnologia na produção pe-cuária, visando aumentar a produtividade

Soja: petróleo verde do Estado Famasul

e rentabilidade da atividade, que nos úl-timos anos têm perdido competitividade se analisarmos a produção da porteira para dentro”.

Dados do Ministério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam alta no volume das exportações brasileiras de farelo de soja, totalizando 816,15 mil toneladas até a terceira se-mana de abril. Diante desta questão, a expectativa de aumento no volume das exportações de farelo de soja é muito positiva para o Estado, por se tratar do principal produto na pauta de exportação sul-mato-grossense.

Eduardo Riedel

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OPORTUNIDADEs

Page 23: Mercados & Negocios - Invista MS 01

SojaAtualmente, a soja se tornou uma das matérias-primas mais con-sumidas pela população brasileira. É possível encontrá-la através de vários alimentos como o óleo, margarina, sorvete, biscoitos, temperos, iogurtes, entre outros. Na alimentação animal, atra-vés de farelos e rações. Na produção do biodiesel e até mesmo em produtos voltados à saúde (por ser um antioxidante, diminui o risco de doenças cardiovasculares).

A soja chegou ao Brasil através dos Estados Unidos em 1882. Na época não era potencializada como uma planta produtora de grãos para a indústria de farelos e óleos vegetais, mas utilizada apenas para consumo animal e estudada mais como cultura for-rageira.

A partir da década de 60 a soja se estabeleceu como cultura economicamente importante para o país. Sua produção foi mul-tiplicada por cinco, e na década seguinte, já estava consolidada como principal produto do agronegócio brasileiro.

Presença no Estado Dois fatores foram fundamentais para o crescimento da ole-aginosa em MS. O primeiro, diz respeito à expansão da área produtiva que cresceu aproximadamente 247% desde 1977, e o segundo, refere-se aos ganhos de produtividade das lavouras sul-mato-grossenses. Hoje, o Estado é o 6º maior produtor de soja do Brasil, responsável por cerca de 4 milhões de toneladas, em 1,8 milhão de hectares plantados.

O ano de 2011 foi considerado bom se comparado aos anterio-res, segundo dados da Unidade Técnica da Famasul. Naquele ano, o Estado arrecadou cerca de US$ 695,5 milhões com ex-portação de soja em grão, 36% mais que em 2010.

ParceriaA Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul é uma das 27 entidades sindicais que integra a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Possui sede na cidade de Campo Grande e base territorial no Estado de Mato Grosso do Sul, congregando atualmente 69 sindicatos rurais.

Já a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, que faz parte do Sistema Famasul, foi criada com o objetivo de atender aos anseios dos produtores de soja, milho, sorgo, aveia, trigo, entre outros, a favor do desenvolvi-mento do setor e implementação de novas estratégias.

Primeiro trimestre de 2013

Foram exportadas

Contribuíram para o desenvolvimento da soja:

• mercado internacional em alta

• correção de fertilidade dos solos

• incentivos fiscais

• topografia favorável à mecanização na

região central

• substituição de gordura animal pela vegetal

Países que mais importam:

Receita gerada ao Estado:

de farelo de soja378 mil toneladas

US$ 206 milhões

China Alemanha Holanda21

OPORTUNIDADEs

Page 24: Mercados & Negocios - Invista MS 01

A história do Zagaia Eco Resort, localizado em Bo-nito (MS), começa em 1995, como empresa fami-liar. A experiência veio do outro empreendimento localizado no Paraná, Termas de Jurema.

A atmosfera do hotel, formada a partir de elementos pictóricos e artísticos da tribo kadiwéu, que utilizavam as lanças zagaias para a caça, está associada à tecnolo-gia e a uma moderna rede de facilidades e de serviços.

Mais do que uma opção de hospedagem confortável, o Zagaia Bonito Eco Resort proporciona a seus hós-pedes experiências marcantes envolvendo gastrono-mia, ecologia, aventura e esporte em seus 600.000 m2 de área exclusiva.

ServiçosOs hóspedes do resort podem desfrutar de serviços com dois restaurantes, bar da piscina, sauna, acade-mia, banheiras aquecidas, piscina coberta, biribol, tê-nis, futebol, pesca esportiva, caminhadas, recreação dirigida, massagens, conveniência, agência de turismo, apartamentos com ar quente e frio, tvs de LCD, cama box, serviços de apoio a eventos, shows e festas.

O público corporativo corresponde a 35% da ocu-pação do Zagaia, e a expectativa é de crescimento, devido aos voos diretos de São Paulo, maior emissor de turistas para Bonito.

Em 2008 a proporção de visitantes nos resorts brasi-leiros era de 57% - visitantes domésticos contra 43% - hóspedes estrangeiros. Em 2011 a relação mudou para 80% e 20%, respectivamente. Na visão de Gui-lherme Poli, proprietário do resort, as classes em geral são consumidoras de produtos e serviços de luxo. Na contramão, por conta dos inúmeros obstáculos, como a violência , falta de estrutura receptiva, e irrisória capta-ção de estrangeiros para o Brasil, essa fatia realmente acaba ficando reduzida.

para quem busca

• Quadriciclo no Zagaia • Abismo Anhumas • Bike Tour Rio Sucuri • Boia Cross

• Balneário do Sol • Balneário Municipal

• Trilha dos Animais • Buraco das Araras

• Gruta do Lago Azul • Grutas de São Miguel

• Boca da Onça Ecotour • Cachoeiras do Rio do Peixe• Estância Mimosa Ecoturismo

• Aquário Natural • Parque Ecológico Rio Formoso• Recanto Ecológico Rio da Prata

Aventura

Balneários

Flutuação

Cavernas

Cachoeiras

Contemplação

• Circuito Arvorismo • Rapel na Boca da Onça • Ybirá Pe Canopy Tour Brasil • Cavalgada no Rio Sucuri

• Praia da Figueira

• Projeto Jiboia

• Ceita Corê • Parque das Cachoeiras

• Rio Sucuri• Bonito Aventura

22

TURIsMO

Page 25: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Apetite de crescimento“A perspectiva em 2013 é de crescimento devido a novos investimentos em captação, Copa de 2014 e aos novos apartamentos, mais 34 unidades habitacionais (UH) que irão incrementar o faturamento e a ocupação”, adianta.

“Sempre buscamos o crescimento sustentável, por ques-tões ambientais e sociais. Pensamos sempre no futuro. Em relação a crescimento, buscamos ações para incre-mentar a baixa temporada, investindo em eventos e atra-ções para este período.”

Questionado sobre incorporações, fusões e aquisições almejando um crescimento consistente, o empresário diz não descartar aquisições.

Sobre o Brasil ser considerado um destino caro, ele aponta a falta de bom senso político. “Sofremos o mesmo pesadelo das indústrias: a carga tributária. Bonito ainda tem sorte de não ter concorrente, pois o destino é singular no mundo de-vido a suas belezas.”

Quanto à capacitação dos funcionários e co-laboradores, periodi-camente o resort pro-porciona treinamentos internos com consulto-res externos. “Para par-ticipar da família Zagaia, o funcionário tem que ser prestativo, hábil na sua função e ter como principal característica a simpatia”, afirma.

Desempenho 2012

Font

e: R

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Res

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Faturamento do setor: R$ 1,4 bi (+8%)

Diária média: R$ 533 (-2%)

Taxa de ocupação: 57% (+9%)

Turistas estrangeiros: 10%

Turistas brasileiros: 90%

Empresa familiarComo administrar os conflitos de interesses, já que se trata de empresa familiar? A resposta é simples: Sempre com procedi-mentos profissionais, respeitando hierarquia, planejamento, re-alizando reuniões periódicas, distribuição de responsabilidades, preservando o bom relacionamento familiar, evitando conflitos.

Sobre o mix entre a experiência de quem começou a em-presa e a postura e pensamento modernos das novas gera-ções a assumir os cargos e dar continuidade, Poli conta que a administração atual faz parte da segunda geração. “Apren-demos muito com a prática, e o principal fator é a geração pioneira aceitar as mudanças e gestões modernas. Claro que tudo isso sempre planejado, assim pode ser comprova-da a eficácia de uma gestão moderna”, defende.

Quanto à receita para um processo de sucessão alcançar o resultado esperado, o empresário é enfático: “Acredito que a relação entre os familiares seja o pilar de tudo. Se tiver bem claro a função, responsabilidades e benefícios de cada um, o processo já estará bem encaminhado.”

Guilherme Poli, proprietário do Zagaia Bonito Eco Resort

Público corporativo: cresce a cada dia e pode representar até 60% do faturamento

Perspectivas 2013: crescimento de até 5% no faturamento

Número de associados: 47 resorts

Unidades Habitacionais (UHs) 2012: 12.389

Empregos Diretos: 18.665

Capacidade: 360 leitos Unidades Habitacionais: 100Colaboradores: 160

23

TURIsMO

Page 26: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Montadas por pessoas com interesses comuns e economicamente organiza-das de forma democrática, as coopera-tivas estão abertas às potencialidades e demonstram a cada dia que com a união é possível superar barreiras e ul-trapassar limites.

De acordo com a Organização das Co-operativas Brasileiras (OCB), no mun-do, mais de um bilhão de pessoas estão envolvidas em cooperativas. So-mente no Mato Grosso do Sul, atual-mente são 91 cooperativas registradas no Sistema OCB/MS - Sindicato e Or-ganização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul. Distribuídas por diversos segmentos econômicos, abrange setores como transportes, agropecuário, crédito, consumo, in-fraestrutura, saúde, turismo e lazer, produção, educação, entre outros. São aproximadamente 125 mil cooperados e cinco mil funcionários.

O presidente da OCB/MS, Celso Ra-mos Régis, explica que os principais desafios do setor no Estado estão na difusão do cooperativismo para abran-ger um número maior de pessoas, vi-sando sua participação neste modelo econômico. “Quanto mais pessoas aderirem ao cooperativismo, mais su-cesso teremos. Quando as pessoas se

tornam bem-sucedidas, a sociedade como um todo evolui, pois está com-provado que nos lugares onde há co-operativismo, o IDH-Índice de Desen-volvimento Humano da comunidade em que ele atua é superior. O maior desafio é ampliar a cultura do coopera-tivismo entre as pessoas”.

Régis expõe que, de acordo com os últimos levantamentos da instituição, cerca de 80% do algodão e mais de 60% da soja e do milho são produzi-dos por cooperados, cujas cooperati-vas armazenam e comercializam esses

Celso Ramos Régis, presidente da OCB/MS

Diversos grupos

estrangeiros vêm

se reunindo com

as cooperativas do

Estado, seja para

fornecimento de

insumos ou para a

compra de produtos

união e bons resultados

atraem grupos estrangeiros

24

COOPERATIVIsMO

Page 27: Mercados & Negocios - Invista MS 01

produtos. “Por outro lado, praticamente 100% da suinocultura e 25% do leite produzido no Estado são de cooperativas”.

A união dos cooperativistas e os bons resultados apresenta-dos têm chamado a atenção do exterior: “diversos grupos es-trangeiros vêm se reunindo com as cooperativas do Estado, seja para fornecimento de insumos ou para a compra de pro-dutos, cujos encontros têm o apoio técnico da OCB/MS em parceria com a Aprosoja e Famasul”, conta Régis.

Para 2013, as estratégias são as frentes que visam o desen-volvimento do cooperativismo no Estado, destacando-se o incentivo à diversificação das atividades das cooperativas, modernização dos processos administrativos e operacio-nais e a adoção de modernas práticas de governança nas cooperativas, buscando sempre uma maior eficiência e me-lhores resultados dos empreendimentos cooperativos, para atingir a excelência nos negócios.

“Temos conhecimento de diversas cooperativas que am-pliaram seus parques industriais, seus armazéns e unida-des de atendimento, especialmente do setor agropecuário, saúde e crédito, por isso, há a expectativa de gerar mais de 500 empregos diretos no cooperativismo”.

InvestimentosO presidente explica que o principal investimento para atender melhor os cooperados acontece na capacitação e treinamento de todas as pessoas envolvidas na vida da cooperativa, sejam funcionários, cooperados, executivos

Quanto mais pessoas aderirem

ao cooperativismo, mais

sucesso teremos

ou dirigentes. “Oportunidade em que a atuação do “S” do cooperativismo, o SESCOOP/MS-Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de MS, ofer-ta cursos e treinamentos para todos os setores, desde classificação de grãos a modernas práticas para a profis-sionalização da gestão através de MBAs e outros cursos de longa duração”.

Ano Internacional das CooperativasEm 2012, comemorou-se o Ano Internacional das Coope-rativas, declarado pela ONU. Marcado pela visibilidade, discussões e impactos no movimento cooperativista, Celso destaca que o mundo todo pôde conhecer melhor a doutrina e a filosofia do cooperativismo e, principalmente, conhecer os benefícios econômicos e sociais para a socie-dade. “De forma especial, fez com que os agentes públicos reconhecessem a importância de uma cooperativa para o desenvolvimento das comunidades”.

Indústria da Copasul em Navirai

Agropecuário

Número de cooperativas por setor

581

1

1

10

2

514

27

Educacional

Infraestrutura

Consumo

Produção

Saúde

Crédito

Turismo e lazer

Trabalho

Transporte

25

COOPERATIVIsMO

Page 28: Mercados & Negocios - Invista MS 01

A Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de MS), divulgou os dados de produção do primeiro mês da safra 2013/2014. Os números são animadores. Só a safra de cana-de-açúcar deslanchou já no primeiro mês de produção. Dados de acompanhamento do setor sucroenergético do Estado revelam que a cana processada no mês de abril foi de mais de 3 milhões de toneladas, número 273% maior com relação ao mesmo período da safra anterior.

Em entrevista à Mercado & Negócios, o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, apresenta as perspectivas para o setor no Estado.

Mercado & Negócios - É possível traçar um com-

parativo de lucratividade entre a usina e outros

segmentos, levando em conta que o sucroálcool,

além de criar o álcool e o açúcar, também gera

energia, criando novas oportunidades para empre-

sas de resíduos?

Todos os resíduos da produção de açúcar e etanol são reu-tilizados, quer seja na produção de bioeletricidade, quer seja na adubação e ferti-irrigação, com a vinhaça, palha, torta de filtro e cinzas.

Mercado & Negócios - Como o Estado encara

a equação expansão das lavouras x preservação

ambiental?

A expansão da lavoura canavieira no MS ocorre em total sin-tonia com a preservação ambiental. Nosso setor cresce, so-bretudo, em áreas de pastagens subaproveitadas, converten-do-as em terras produtivas e sem nenhum desmatamento.

Mercado & Negócios - A produção sucroener-

gética conta com um ambiente institucional har-

monioso com o governo do Estado?

Sim. O governo reconheceu no nosso setor um dos vérti-ces de industrialização do MS, que vem conseguindo mu-dar o perfil de sua matriz econômica.

Mercado & Negócios - Políticas públicas estão pre-

sentes? Quais os incentivos do Estado para o setor?

Existe uma política de incentivos, com desoneração de alguns tributos, mas esse é um tema que vem sendo per-sonagem de um grande debate nacional

Mercado & Negócios - Quais são os fatores que

colocam a região na rota de oportunidades?

Principalmente o grande estoque de terras disponíveis para a produção, e que apresentam condições favoráveis de clima e solos.

Moagem supera 3 milhões de toneladas de cana

26

BIOENERgIA

Page 29: Mercados & Negocios - Invista MS 01

Mercado & Negócios - Há gargalos no setor?

Como vencê-los?

O setor investe pesado em qualificação profissional e precisa de mais infraestrutura de transporte. Para a capacitação é fun-damental a parceria com as federações, como a Fiems (Fede-ração das Indústrias de MS) e Famasul (Federação da Agricul-tura e Pecuária de MS), bem como com os governos estadual e federal. As próprias usinas realizam cursos de capacitação e requalificação. Por fim, também existem instituições privadas que são parceiras. No que tange à logística, políticas públicas federais de longo prazo e parcerias público-privadas são instru-mentos indispensáveis para superar os gargalos.

Mercado & Negócios - O que fazer para au-

mentar a competitividade? Há privilégios para o

plantio por causa do solo e planície da região?

O setor tem sofrido pesados castigos climáticos nas últi-mas quatro safras e tem investido na recuperação de suas

Mato Grosso do Sul tem 24 usinas que produzem etanol, açúcar e bioeletricidade. Do total, duas já estão em funcio-namento e sua produção já passa a contabilizar na safra 2013/2014.

O Estado também é o mais mecanizado do Brasil. Dados do Centro Tecnológico Canavieiro apontam que 94,3% da produção do setor sucroenergético no Estado são feitos por meio de máquinas. Isso exige um profissional mais quali-ficado e, por consequência, melhor remuneração.

“Mesmo o fato de a safra passada ter tido um abril muito ruim, não diminui o impacto tão positivo desses dados. Ainda se compararmos com a safra 11/12, a retrasada, a posição em 30 de abril é 40% maior”, aponta o presidente.

lavouras. A pesquisa é também uma forte aliada para re-cuperar os índices de produção e quebrar paradigmas tra-dicionais. Praticamente todas as instituições de pesquisa do nosso setor conduzem trabalhos no MS.

Mercado & Negócios - Quais as vantagens do Es-

tado por sua localização no escoamento da safra?

A localização do Estado é privilegiada, porém o escoa-mento da safra precisa melhorar. Ainda mais se conside-rar o potencial de crescimento.

Mercado & Negócios - Que investimentos po-

deriam ser feitos e em quais áreas, que hoje não

recebem atenção?

Todas as áreas recebem atenção, mas o setor tem seus desafios para crescer. Focamos nossas atenções em ampliar investimen-tos em capacitação e pesquisa. Esperamos que o mercado e o governo federal sejam sensíveis às oportunidades em logística.

Cana processada

Açúcar

Etanol Anidro

Etanol Hidratado

Etanol total

Açúcares Totais Recuperáveis por tonelada de cana

3.147.000 toneladas

105,4 mil toneladas

28,2 milhões de litros

107,4 milhões de litros

135,6 milhões de litros

108,73 kg/tonelada de cana

273% maior

608% maior

0 na safra anterior

145% maior

209% maior

1,96% maior

Produção do primeiro mês da safra 2013/2014

Produtos Produção Comparativo com igual período da safra anterior 27

BIOENERgIA

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Dados atuais mantêm o MS na 5ª posição entre os Estados produtores de cana. “Esta-mos numa evolução de produção. Logo deve-mos chegar à 4ª colocação”, declara Hollanda. Nesta safra São Paulo colheu 330 milhões de toneladas; Goiás, 53; Minas Gerais, 52 e o Paraná, 40.

Quanto ao mix de produção, o Estado conti-nuou, nessa safra, destinando a maior parte das suas canas para a produção do etanol, 64,14%, acima da média da Região Centro--Sul, que é de 51,25%.

Safra 2012/2013

• MS moeu 37,25 milhões de toneladas

• crescimento de 33,85 milhões de toneladas em relação ao período anterior

• crescimento esperado: 38,6 milhões de toneladas

• aumento percentual pequeno se relacionado às safras anteriores

• crescimento da produção foi 10,04%

• na safra 2011/2012 o Estado teve um volume de 33,85 milhões de toneladas

ExpectativaMato Grosso do Sul deve moer na safra 2013/2014, 18,3% a mais de cana-de-açúcar do que na anterior. A expectativa é colher 44,1 milhões de toneladas de cana. Na safra 2012/2013, esse número foi de 37,29 milhões de toneladas; na anterior (2011/2012), MS moeu 33,8 milhões e em 2010/2011 o Estado produziu 33,5 milhões de toneladas.

A área cultivada deve crescer em 15%, atingindo 738 mil hectares no Estado. Já a área de corte vai passar de 542,8 mil hectares para 626,5 mil ha, um aumento de 15,4% em relação à safra anterior.

O mix de produção revela quanto da cana foi destinado à produção de eta-

nol ou açúcar. Para a próxima safra, o mix deve se voltar à produção de eta-nol, saindo dos 64% (safra 2012/2013) passando para 66%.

Com relação ao etanol, nesta safra, a produção deve ultrapassar os 2 bi-lhões de litros. A estimativa da enti-dade é que a produção total seja de 2,35 bilhões de litros, um crescimen-to de 22,8% em relação a 2012/2013, quando foram processados 1,915 bi-lhão de litros. Do total, 685 milhões de litros serão para a produção do etanol anidro, enquanto 1,667 bilhão de litros de hidratado.

A produção de açúcar deverá aumen-tar 26,1% na safra 2013/2014, na comparação com o ciclo anterior, com a oferta de 2,19 milhões de toneladas.

BioeletricidadeO setor sucroenergético em Mato Grosso do Sul fechou a sa-fra 2012/2013 com a exportação de 1.292 Giga Watts hora (GWh) de energia. Um crescimento de 17% em relação à safra passada (2011/2012). Para a safra 2013/2014, o Estado deve entregar para o siste-ma interligado nacional, 1.682 Giga Watts hora, um aumento de 27%.

Das 24 usinas que já estão operan-do em MS, 13 vão produzir açúcar e etanol, e 11 exclusivamente etanol.

EtanolO hidratado, usado nos veículos flex e dedicados a etanol, teve um crescimen-to de 18,41% em relação à safra ante-rior, com uma produção de 1,42 bilhão de litros. Já o anidro, que é misturado à gasolina, teve crescimento de 13,62%, com o total de 484 milhões de litros.

Já a produção do açúcar cresceu 9,70% em relação à safra anterior, com um vo-lume de 1,74 milhão de toneladas.

Para a safra 2012/2013 foram cultivados 648 mil hectares, sendo 540 mil ha de colheita, 29 mil ha para renovação, 64

mil ha de expansão e 15 mil ha para se-mentes e mudas. Do total de toda área cultivada de MS, apenas 3% são desti-nados ao setor sucroenergético.

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BIOENERgIA

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Ms conta com o melhor rebanho bovino para exportaçãoPara o dono da Nelore 42, Campo Grande é a capital mundial da pecuária

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PECUÁRIA

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“Para se criar nelore, não bastam os três “Rs”: Raça, Ra-ção e Relacionamento. Eu acrescento mais um, o “R” do amoR”. Assim se resume a paixão de Cícero de Souza, dono da marca Nelore 42 - uma das mais conceituadas e respeitadas do Brasil - pelo que faz há mais de 30 anos: criar, entre outras raças, o imponente gado nelore.

Além de dono da marca, é também conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul e conhecido por fazer a melhor festa de leilão de gado de elite do país, geralmente no mês de novembro. Os cantores sertanejos Zezé Di Camargo e Leandro, amigos pessoais do pecua-rista, são presenças garantidas em todas as edições.

Um pouco da históriaO pai de Cícero de Souza era fazendeiro, e antigamente as marcas não eram conhecidas pelas iniciais dos nomes,

A marca Nelore 42 existe há mais de três décadas

como hoje, por um símbolo ou alguma predileção. A tra-dição era usar números. A marca do pai era o número 10. O irmão mais velho nasceu em 1940, portanto ficou com a marca 40. Já o do meio nasceu em 1941, ficando com a marca 41. Cícero, pela própria força da sequência, seria 42, embora tenha nascido em 1944.

Em homenagem ao pai e à tradição antiga, permaneceu com a marca 42. “Graças a Deus e aos amigos que nes-ses 31 anos de nelore nos prestigiaram, tornamos a mar-ca conhecida em todo o território nacional.”

Quanto ao critério de seleção do gado, esta é feita por Souza e pelos técnicos. Quando há as desmamas, come-ça a separação. Há controle de peso, qualidade, racial e tudo o que implica o melhoramento da genética, fator in-dispensável no processo de seleção.

Investimento genéticoHoje, dentro da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu – da qual o nelore é responsável por 80%) há mais de 20 mil associados. Todos estão procurando me-lhorar geneticamente os seus rebanhos. A melhoria ge-nética está estabelecida em diversos pontos. São levados em conta: fertilidade, precocidade, caracterização racial, carcaça, aprumo e circunferência escrotal, quesito que, na visão de Cícero, atualmente não vem recebendo o devido valor e que é fundamental para os touros que vão transmi-tir essa genética para outros rebanhos.

“A melhoria você vai buscar lá fora, e a sua, você vai le-var para fora. Então, é através dessa permanente troca de ideias e animais nos próprios leilões e nas compras esta-belecidas, que fazemos a melhoria genética. Hoje o Brasil tem a melhor genética do mundo dentro da raça nelore”.

1.500 cabeças de nelore PO (Puro de Origem)

80 doadoras

1.000 embriões produzi-dos por ano

Nelore 42

Para se criar nelore, não

bastam os três “Rs”: Raça,

Ração e Relacionamento.

Eu acrescento mais um, o

“R” do amoR

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PECUÁRIA

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O pecuarista aponta a necessidade de buscar novas opções para touros para que possa ser feito, dentro do rebanho, um refinamento de sangue. “Hoje temos oito linhagens dentro da raça nelore. O pessoal que está fazen-do os embriões na Índia, será muito bem-vindo, porque é uma nova manei-ra de concretizar e efetivar o melho-ramento genético de um rebanho tão grande como o nosso, que é o maior do mundo”, revela.

Receita de sucessoQuestionado sobre a receita de su-cesso da marca Nelore 42, resume: qualidade excelente e amigos since-ros. E lembra que Campo Grande de-tinha o maior rebanho bovino nacional em qualidade e quantidade, com 26 milhões de cabeças. Hoje esse nú-mero foi reduzido porque novas fon-tes econômicas foram estabelecidas dentro do Estado, como a cana e o eucalipto, que tomaram grande parte das pastagens.

O Estado continua com a melhor qua-lidade e conta com o melhor rebanho bovino para exportação – MS é o que mais exporta carne bovina. “Campo Grande é a capital mundial da pe-cuária, porque aqui tudo se vende - gado de corte, leiteiro, de elite. Por isso defino: Campo Grande está para o mundo como a capital mundial da pecuária assim como Uberaba está para o mundo como a capital do zebu. Temos leilões todos os dias - sempre lotados - e ninguém volta com o reba-nho para casa.”

No último leilão de prenhezes, foi obti-da uma média de R$ 78 mil com lotes individuais. Não houve lotes duplos como se pratica hoje em alguns seto-res de mercado em relação ao nelore. Souza é contra esta prática, por acredi-tar que desvaloriza a doadora. A marca carrega a tradição de quebra de recor-des dentro do Estado a cada edição.

“O investimento é constante, nunca para. O dia que parar, não estaremos melhorando geneticamente. Tem que estar sempre investindo. Quem não fizer genética, não faz investimento. Hoje o desafio chama-se comida. Precisamos ter comida não só para

o nelore, mas para todas as outras raças. A comida é fundamental. Ou-trora levávamos o gado a pastar; hoje temos que trazer o pasto para o gado comer. Solução: plantando, fazendo comida”, conclui.

O Brasil tem a melhor genética do

mundo dentro da raça nelore

Cícero de Souza com os sertanejos Zezé Di Camargo e Leonardo

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PECUÁRIA

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TecnologiaCom o intuito de facilitar a leitura de dados de consumo, a Companhia de Gás do Mato Grosso do Sul (MSGÁS) instalou nos estabelecimentos de al-guns clientes um sistema de medi-ção inteligente de consumo de gás natural AnyQuest, em um projeto co-mandado pela Itron. Agora, a medi-ção, que antes era feita de forma ma-nual, pode ser realizada a qualquer momento. O projeto teve início em novembro de 2012 com 96 pontos instalados em dois condomínios resi-denciais da capital, e a expectativa é ampliar o projeto em breve, inclusive para segmentos além do residencial.

ExpansãoA Coamo Cooperativa Agroindustrial, a maior das Américas, está investindo R$ 13 milhões em Dourados, na construção de um comple-xo de armazenagem de soja e milho, venda de insumos e máquinas. As instalações ficam no Anel Rodoviário Norte, próximo ao trevo da BR-163 com a BR-376, e a capacidade de arma-zenamento, após a primeira fase da obra, será de 42 mil toneladas (700 mil sacas). Mas, a ca-pacidade projetada para o futuro é de 120 mil toneladas (dois milhões de sacas). Para isto, os armazéns estão sendo instalados numa área de 20 hectares. Já na fase inicial será um dos maiores armazéns do Estado. Além da armaze-nagem, a Coamo vai instalar em Dourados loja de insumos e máquinas.

Expansão IIO grupo Automar, concessionário da Volkswagen, assegurou a construção de uma sede própria da filial em Nova Andradina (MS). As concessionárias estão distribuídas nos Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, sendo sete da Volkswagen e quatro da Ford. Em Nova Andradina, a revendedora foi instalada no ano de 2010. De acordo com os empresários, a sede própria da concessionária no município contará com uma oficina completa e atenderá a todos os padrões mundiais da Volkswagen. A previsão é de que as obras sejam iniciadas já no segundo semestre deste ano. O es-paço adquirido pela empresa conta com 7.040 m². Depois de pronta, a concessionária deverá gerar aproximadamente 60 empregos diretos.

Fontes: site baguete, g1.globo.com, mshoje.com

Tecnologia IIMato Grosso do Sul conta agora com uma nova tecnologia que promete melhorar a forma como são monito-radas as principais culturas agrícolas do Estado, como os grãos, a cana--de-açúcar e as florestas plantadas. O Sistema de Informação Geográ-fica do Agronegócio (Siga Web) uti-liza imagens captadas por meio de sensoreamento remoto (via satélite) e amostragens a campo. Todas as in-formações obtidas pelo sistema estão disponíveis em uma página na inter-net. O banco de dados poderá ser consultado por produtores, técnicos, estudantes, pesquisadores e empre-sários. Os boletins sobre as safras de grãos, por exemplo, serão atualizados todas as semanas.

AbateA Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul prevê que o Estado encerre 2013 com abates de 146 milhões de aves, mesmo volume de 2011. Se confirmado, o número será 2,1% maior do que as 140 milhões de cabeças de aves abatidas no ano passado. No primeiro quadrimestre do ano, os frigoríficos de MS abateram cerca de 50 milhões de aves.

InvestimentosOs investimentos no Estado não param. Empresários do mundo todo têm voltado sua atenção para Mato Grosso do Sul que é destaque quando se trata de desenvolvimento industrial. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico recebe, constantemente, empresários interessados em investir em Três La-goas, como bolivianos e até da Arábia Saudita, assim como outro grupo de empresários interessados em investir na implantação de um grande centro de distribuição de produtos da Indonésia.

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RADAR Ms

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