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Sumário

Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Mercado de GIS

Mural GIS

Espaço do Leitor

Software Livre Também Faz

gvSIG: Um novo modelo de desen-volvimento

Personalizando o Kosmo SIG paraAplicações Portable

CapaMetadados Geoespaciais

Metatools: Plugin de criação e ediçãode metadados no QGIS

Entrevista

Por Dentro do Geo

Web GIS

Desktop GIS

Mobile GIS

Mapa da Vez

Page 4: Mercado GIS

Editorial

Publicação trimestral - Ano 1 - N° 04Diretor GeralFernando Quadro - [email protected]

EditorFernando Quadro - [email protected]

Jornalista ResponsávelJuliane Guimarães - [email protected]

RevisoresAndré Mendonç[email protected] Costa - [email protected] Silva - [email protected] Monteiro da Silva Freitas

Arte e DiagramaçãoEsdras Andrade - [email protected] Sadeck - [email protected]

CapaLuis Sadeck - [email protected]

O conteúdo assinado e as imagens que o integram,são de inteira responsabilidade de seus respectivosautores, não representando necessariamente aopinião da Revista FOSSGIS Brasil e de seusresponsáveis. Todos os direitos sobre as imagenssão reservados a seus respectivos proprietários.

METADADOS GEOESPACIAIS

Colaboraram nesta edição

Ana Paula Gioia

Anderson Maciel Lima de Medeiros

André Mendonça

Carlos Alberto Ribeiro

Esdras de Lima Andrade

Felipe dos Santos Costa

George Silva

Jorge de Jesus

José Pedro Gonçalves dos Santos

Luis Carlos Madeira

Luis Sadeck

Luiz Motta

Pieter De Graef

Ricardo Pinho

Sylvain Desmoulière

Fernando QuadroAnalista de [email protected]

Caros leitores,O antigo problema de armazenamento de dados que

existia há algum tempo foi resolvido com os avanços tecnológicospresentes. Todavia outro dilema surgiu: Como lidar com o grandevolume de informações que manipulamos?

Quando se fala em informações geográficas a questãonão é diferente, na verdade na nossa área essa situação agrava-se. Atualmente diversos órgãos e empresas armazenam umaimensidão de dados, mas em boa parte dos casos impera adesorganização, o que ocasiona uma dificuldade na hora derecuperá-los.

Nesta edição vamos falar um pouco sobre Metadados, ouseja, a informação que resume, enriquece ou complementa osobjetos ou serviços referenciados, produzindo assim maiorfacilidade na recuperação de informações. É importante destacarque há muita confusão sobre o termo, pois ele é utilizado emdiferentes contextos e por diferentes grupos profissionais, e esteartigo tenta ajudar você a entender um pouco melhor sobre esteassunto.

Para complementar a matéria de capa, você poderá leruma entrevista feita com Jeroen Ticheler, fundador e presidentedo projeto Geonetwork-opensource e um tutorial sobre a criaçãoe edição de metadados no QGIS com o plugin Metatools.

Nesta edição você pode não deixar de ler também osartigos falando sobre o novo modelo de desenvolvimento dogvSIG; como personalizar o Kosmo GIS para aplicaçõesportáteis; SPRING, Sensoriamento remoto, entre outros.

Essa revista existe por causa da união de esforços dacomunidade. Por isso convidamos todos a participarem darevista, enviando artigos, suas opiniões e sugestões que são defundamental importância para o nosso trabalho.

Boa leitura!

Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br4

Faleconosco Editor - [email protected]

Publicidade - [email protected]

Parcerias - [email protected]

Esta revista foi produzida graficamente utilizando

LibreOffice

Page 5: Mercado GIS

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Por Luís Carlos Madeira

Nesta coluna, confira alguns dos principaismovimentos do mercado FOSSGIS no últimotrimestre.

Anunciada a Realese2.11 do OpenLayers. OOpen Layers é uma

biblioteca JavaScript que permite aos utilizadoresdisponibilizarem sues dados geográficos empáginas web. Para mais informações acerca destabiblioteca e, inclusive, fazer o download consultehttp://tinyurl.com/7clus55

Mercado GIS

Setembro de 2011

Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012

Luís Carlos MadeiraGeógrafo, Consultor em SIG

[email protected]

A equipe responsável pelodesenvolvimento do Mapnikanunciou a realese 2.0.

Pode confirir aqui: http://tinyurl.com/89sj444

Já quase terminando o mês de Setembro,chegou à comunidade geo a notícia delançamento da nova versão do sofyware

SIG OpenJump. Para mais informações acessehttp://www.openjump.org

Lançada a versão 4.2.0 doTerraView. Confira todas asinformações e novidades em

http://tinyurl.com/7l3e25o. Para obter a versãoportable do TerraView sugerimos que consulte umdos nossos blogues parceiros:http://tinyurl.com/6nzxbsm

Outubro de 2011

O popular Quantum GISganhou uma nova versão, a1.7.3 que se encontra

disponível para download emhttp://tinyurl.com/87j7key

Liberado o gvSIG 2.0 alpha2para download e testes http://-tinyurl.com/7cft652

Encontra-se disponível a versãoestável do aplicativo SAGA GIS2.0.8. Confira aqui

http://tinyurl.com/86vc6fu

Dezembro de 2011

Disponível para downloadnova versão do aplicativowxGIS. Este aplicativo

assume-se como uma alternativa, livre, aoconhecido ArcCatalog da ESRI. Confira todas ascaracterísticas aquihttp://code.google.com/p/wxgis/

Liberada mais uma versãodo Geoserver 2.1.3. Confiraacessando

http://tinyurl.com/6rm4eu5

Foi anunciado o lançamento da novaRealese Candidate (1) da versão 4.0 doaplicativo MapGuide Maestro. Este RC vem

corrigir algumas falhas encontradas em versõesanteriores. Conheça toda a lista de característicasdesta nova versão em http://tinyurl.com/7woypa9

Novembro de 2011

Foi lançada a nova versão doVSceneGIS Desktop 0.9.2http://www.vscenegis.com O

twitter oficial do projeto é @vscenegis onde o leitorpode acompanhar todas as novidades referentes aeste aplicativo.

Janeiro de 2012

Page 6: Mercado GIS

GeoVoCamp Madrid 2012

Madrid (Espanha), de 4 a 5 de

Fevereiro de 2012

Mais informações:

http://tinyurl.com/875wkqa

PPoorr LLuuííss CCaarrllooss MMaaddeeiirraa

Mural GIS

LLuuííss CCaarrllooss MMaaddeeiirraaGGeeóóggrraaffoo,, CCoonnssuullttoorr eemm SSIIGG

lluuiissmmaaddeeiirraa@@ffoossssggiissbbrraassiill..ccoomm..bbrr

VIII Curso Avançado de

Sistemas de Informação

Geográfica

Valladolid (Espanha), de 25 de

Fevereiro a 31 deMarço de

2012Mais informações

:

http://tinyurl.com/7rfrblx

IV Jornadas de SIG Libre de

GironaGirona (Espanha)

, de 21 a 23

de Março 2012

Mais informações:

http://tinyurl.com/yhqv9oh

FOSS4G North America

Washington, DC (EUA), de 10 a

12 de Abril de 2012

Mais informações:

http://foss4g-na.org/

Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br6

Page 7: Mercado GIS

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Espaço do Leitor

Parabéns pela qualidade do conteúdo da Revista,abordando assuntos relevantes para agregar oconhecimento. (Diogo Moreno)

Amigo(a)s… atenção! Como Coordenador deInformática do Gabinete do Governador do RStenho acompanhado e colecionado algumasedições eletrônicas de Revistas de TIC,principalmente quando Software Livre é manchete.Então é o caso da Revista FOSSGIS Brasil,excelente iniciativa! (R.C. Lages)

Parabéns pela entrevista e pelo reconhecimentopúblico do Prof. Xavier como pioneiro doGeoprocessamento no Brasil. (Homero FonsecaFilho)

Estou participando de um curso de gvSIG pelocomitê de bacias hidrográficas do vale do ribeiraem SP, e para obter mais conhecimento fiz umapesquisa pelo Google e via a revista FOSSGISBrasil, gostaria de poder assinar para receber arevista impressa, não encontrei esta opção deassinatura no site, como devo proceder, pois emminha região ainda não encontrei a revista nasbancas? Obrigado. (Alexandre Ferreira)

Gostaríamos de aproveitar a pergunta do Alexandrepara salientar que a Revista FOSSGIS Brasil estádisponível para o público sem custos em modoonline (PDF), não possuindo por enquanto uma

versão impressa. (Equipe FOSSGIS Brasil)

Sinto-me na feliz obrigação de elogiar e agradecera todos vocês por seu excelente trabalho. Assimque sai cada edição eu devoro cada artigo. Minhascolunas preferidas são Desktop GIS e Mobile GIS,pois são os focos da empresa onde trabalhoatualmente. (Diego Maciel)

Como sugestão gostaria de pedir que fosse dadaatenção especial ao Spring, pois ele é um ótimoprograma e que tem plena relação com a Revista,pois ele é um FOSSGIS do Brasil. (Carla Almeida)

Prezada Carla, agradecemos por sua sugestão.Considere seu pedido atendido. Leia a colunaDesktop GIS nesta edição. Ficaremos no aguardode seus comentários sobre a matéria. (EquipeFOSSGIS Brasil)

A FOSSGIS Brasil é a publicação mais esperada nomundo da geotecnologia! (Murilo Cardoso)

Viva, já dei uma vista de olhos e todo o pessoalestá uma vez mais de parabéns. (Nelson Silva –Portugal)

Emails, Sugestões eComentáriosDesde o lançamento do primeiro número da RevistaFOSSGIS Brasil, recebemos através de nosso site epelas redes sociais inúmeros comentários de leitorescom suas opiniões sobre o que publicamos além deexcelentes sugestões. Selecionamos abaixo apenasalguns exemplos que representam a opinião denossos queridos “GeoLeitores”.A Revista FOSSGIS Brasil quer ouvir Você. Participe!

Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 8: Mercado GIS

Continue enviando seuscomentarios,

críticas e sugestões [email protected]

Page 9: Mercado GIS

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Mostrar o que os softwares livres para

geoprocessamento são capazes de fazer, não

deixando a desejar em relação aos principais

softwares comerciais. Essa é a filosofia que um

grupo de blogueiros de geotecnologias (@eliazerk,

@geojcarlos, @jpsantos2002, @geoluislopes,

@sadeckgeo, @geoparalinux, @ClickGeo)

encontrou para mostrar aos céticos, novatos e

entusiastas que é possível sim, usar programas

open source nas rotinas profissionais e

acadêmicas.

Nesta edição, indicamos dois

procedimentos que podem ser realizados em

diversos softwares livres de SIG: Orientação de

Declividade e Relevo Sombrado. Confira ao lado os

quadros contendo os links de acesso às matérias.

Na próxima edição vamos continuar

indicando a você os melhores tutoriais, para que

possa desenvolver as suas capacidades de

utilização de geotecnologias livres.

Contamos também com você, leitor, para

nos enviar suas matérias, a fim de que possamos

continuar enriquecendo este arquivo de

procedimentos.

QQUUEEBBRRAANNDDOO TTAABBUUSS

PPoorr EEssddrraass ddee LLiimmaa AAnnddrraaddee

Esdras de Lima AndradeGeógrafo, Gerente de Geoprocessamento do

Intituto do Meio Ambiente de [email protected]

SSooffttwwaarree LLiivvrree TTaammbbéémm FFaazz##SSLLGGeeooTTbbFFaazz

Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 10: Mercado GIS

IntroduçãogvSIG não é só um projeto com uma

comunidade crescente e consolidada a nívelinternacional; é também um novo modelo detrabalho.

A primeira versão do software gvSIGDesktop viu a luz do dia no final do ano 2004.Nascida dentro de um projeto de migração parasoftware livre de uma entidade da administraçãoregional espanhola - Conselleria de Infraestructurasy Transporte de la Comunidad Valenciana - essaversão surgiu perante a necessidade de dispor deum SIG livre que fosse capaz de substituir asmúltiplas licenças de software comercial existentesno intuito de, além de apostar no desenvolvimentosustentável e equilibrado, através da independênciatecnológica, abater as dinâmicas das despesas noinvestimento de software.

Fruto desse projeto inicial, surgiram doisSIG’s; um para PC de escritório (gvSIG Desktop) e

outro para dispositivos móveis (gvSIG Mobile).Ambos sob licença GNU/GPL, dando acesso abinários, documentação e código fonte, comliberdade de uso, distribuição, análise e adaptaçãodas ferramentas.

Desde suas origens que se vem estudandoa evolução de outros projetos livres, observando osêxitos e os fracassos, com o objetivo de definir umaestratégia que permita assegurar a continuidade eo crescimento do gvSIG, podendo ir mais além dasnecessidades iniciais de uma administraçãoregional.

Estratégia que não obedeça unicamente aaspectos técnicos, mas também que adicione aestes aspectos econômicos e de produtividade,sempre com a condição indispensável de conservaros valores do software livre: colaboração,solidariedade, partilha de conhecimentos,avançando em direção à expansão edemocratização de todas as áreas de projeto.

10 Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

PPoorr AAllvvaarroo AAnngguuiixx,, VViiccttoorriiaa AAggaazzzzii ee MMaannuueell MMaaddrriidd

ggvvSSIIGG:: UUmm nnoovvoo mmooddeelloo ddee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo

Page 11: Mercado GIS

Em pouco tempo, o projeto expandiu-se porrepartições públicas, universidades e empresas detodo o planeta, adquirindo um forte caráterinternacional. Nos finais de 2009, foi criada aAssociação gvSIG como reflexo último de toda estadinâmica.

No presente artigo, apresenta-se a evoluçãodo projeto, o seu estado atual e ainda um olharsobre o futuro do gvSIG, tanto do software, bemcomo da sua comunidade, da Associação gvSIG e omodelo de desenvolvimento que propõe.

Ecossistema do projeto gvSIG

Associação gvSIG: um novo modelo de trabalhoSem dúvidas podemos afirmar que a

evolução de gvSIG foi surpreendentemente rápida,mais ainda, se considerarmos que é um projeto quenão surge do mundo anglo-saxônico e que tem umaclara reivindicação de um mundo multipolar, sendo,assim, um tipo de ferramenta muito desejada pelascomunidades latino-americanas.

O projeto foi adquirindo inicialmente umaampla comunidade de usuários, e esta foi seguidapor programadores. Nesse momento, diversasempresas começam a ter um papel relevante noprojeto e a orientar seu modelo de negócio entornoa gvSIG e a geomática livre. De forma simultânea,vão aparecendo diversas comunidades de interesse(local, setorial, linguístico).

O projeto em 2008 já superava astendências de pesquisas no Google,comparativamente com a Geomédia(provavelmente o terceiro SIG privativo mais

utilizado, junto a ArcGIS e MapInfo). Foi traduzidoem mais de 25 línguas, registrou downloads emmais de 90 países e eventos que se multiplicarampor todo o planeta... Uma comunidade emexpansão que tornava necessária a existência deuma estrutura profissional que a coordenasse eque garantisse a qualidade do software, assimcomo uma infraestrutura que permitisse essacoordenação. E para pôr em marcha essaestrutura e infraestrutura era necessário ter ummodelo de produção atrás. Modelo que, semrenunciar os valores de gvSIG, garantisse suasustentabilidade e continuidade. Assim, nas 5asJornadas Internacionais de gvSIG se apresentavaa Associação gvSIG.

A Associação gvSIG partiu de um princípiobásico: Se, em torno ao projeto gvSIG e ageomática livre se geram benefícios, o justo é queparte desses benefícios sejam revertidos em prolda sustentabilidade do projeto. Sendo fiéis aosvalores do software livre, tal e como os entendegvSIG:

•Organizada em torno a valores democráticos.•Colaboração e solidariedade.•Conhecimentos partilhados frente à especulaçãocom o mesmo.•Igualdade de condições, desterrando práticasmonopolistas e de submissão.

Não se trata, então, de unicamentetrabalhar com software livre, mas sim, de adaptartodos os níveis à sua filosofia.

Desde a criação da Associação gvSIG,procura-se afastar esquemas em que acolaboração dos voluntários seja a única forma decontribuir com o projeto, dando principal ênfasenas empresas para que estas possam trabalhar eorganizar seu modelo de negócio em redor dosoftware livre. Procura-se também, contribuir egerar um tecido industrial de qualidade,trabalhando pela independência tecnológica, eencontrando espaços comuns onde aadministração pública, as universidades e asempresas somam, então, todos ganham. Estamosfalando de colocar em marcha um novo modelo denegócio – produção – modelo este que deverá se

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Page 12: Mercado GIS

afastar dos velhos esquemas imperantes nosoftware comercial e dos que nem sempre sedestacam desde o mundo dos softwares livres.Falamos de um novo modelo que permita produzirmais, melhor e de forma mais justa.

Assim, escondidas por baixo da AssociaçãogvSIG, encontramos tantas entidades empresariaiscomo as não empresariais. São as empresas asque adotam compromissos econômicos, sempreem função do volume de negócio que geram.

Atualmente, a Associação gvSIG estáformada por membros (5 empresas), membros dehonra (perto de trinta entre universidades,administrações e institutos tecnológicos) ecolaboradores (mais de trinta empresascolaboradoras) oriundos de mais de vinte países;sendo a figura de colaborador criada como oprimeiro passo para avaliar as empresas quepodem passar a ser no futuro, sócias de plenodireito. Para formar parte de esta associação bastacom cumprir com os valores que defende.

Sem duvidas, até a data de hoje, aAssociação gvSIG constitui a maior rede deprofissionais em geomática livre, com espertos emtecnologia gvSIG, MapServer, GeoServer, PostGIS,Geonetwork, OpenLayers, Geomajas, etc. E compeso perante a sua juventude como organizaçãoum amplo conjunto de referencias que a elevam,com projetos em Argentina, Brasil, Espanha, Itália,México, Uruguay, Venezuela, entre outros lugares.

Comunidade gvSIGDesde a gvSIG, queremos que seja a

Comunidade que lidere o processo de crescimentodeste projeto de software livre, que decida seufuturo e que caminho deverá percorrer.Entendemos a Comunidade gvSIG em todo o seusentido amplo e inclusivo, com sendo composta portodos os diferentes perfis de colaboração, desdedistintas zonas geográficas, interessados emtemáticas diversas, para assim chegar a cada cantodo nosso planeta.

Quando falamos de Comunidade, referimo-nos aos usuários e aos programadores quevoluntariamente investem (e cuidado que não éinvestimento monetário, mas sim investimento doseu tempo em melhorar gvSIG). Sim, é claro que

referimo-nos a esses seguidores e defensores degvSIG, mas não só a estes. É de conhecimentopúblico que existe um ecossistema deadministrações públicas, empresas, universidades,institutos, laboratórios, ONGs, e muitos outros, quegeram informação geográfica, e que utilizam,personalizam e adicionam funcionalidades aogvSIG. Todos estes grupos entenderam que sãoparte substancial da Comunidade gvSIG, de formaque tudo o que se faça, melhore, reverta sobre osoutros.

Estamos convictos de que o interesse,quando é mútuo, é o motor que torna possívelcoordenar esforços entre instituições públicas eprivadas, bem como entre colaboradores em geral,de modo a poder tornar realidade a existência deuma forma mais justa, de trabalhar com ainformação geográfica, sendo consequentes comuma de nossas máximas: converter oconhecimento adquirido em conhecimentocompartilhado. Tal transformação precisa de outrosingredientes para chegar a bom porto, como, porexemplo, o respeito à diversidade, já que nãoexiste um grupo humano igual a outro: cada qualterá as suas necessidades, conhecimentos, formasde organização, etc.

Desde gvSIG, compreendemos que serãoos próprios utilizadores os mais indicados paraidentificar quais são suas necessidades e decidirem que sentido e de que forma se devetransformar à sua própria realidade. É assim comoqueremos ser capazes de acompanhar esseprocesso de expansão e transformação atravésdas pessoas que confrontam a Comunidade gvSIGorganizadas em grupos e liderando o projeto emseu entorno.

Dizemos que a participação ativa daspessoas interessadas em gvSIG é fundamental.Más não qualquer tipo de participação. Para poderatingir um objetivo comum, é necessário discutirprimeiramente qual é esse objetivo, os caminhos eas ferramentas que tornarão possível a suaprossecução e posteriormente fará falta esforço,horas de dedicação.

De esta forma existem atualmente mais de10 grupos de Comunidades (Itália, Argentina,Brasil, Costa Rica, Uruguay, Paraguay, Espaço

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Page 13: Mercado GIS

Francófono, Rússia, Chile, etc.) que estão a seorganizar, trabalhando em comum para poderdefinir de que forma se comunicariam entre eles(normalmente se promove a criação de listas decorreio), que tipo de contributos desejam realizarpara o projeto gvSIG e identificando objectivoscomuns para unir forças de modo a não duplicaresforços. Desde a área de Comunidades daAssociação gvSIG, promovemos a criação de umgrupo de coordenadores para cada grupo daComunidade, que sejam as pessoas referentes emdito entorno. Os primeiros passos para o trabalhoem Comunidade sendo relativo para difusão doprojeto, tanto em Universidades como em eventosem que o gvSIG tenha cabimento, tanto pela suacomponente SIG como pela sua componente desoftware livre.

Ainda nestes meses, estamos trabalhandopara criar grupos de Comunidades centrados emuma temática particular, como por exemplo:gvSIG Educativo: uma distribuição de gvSIGdedicada ao ensino da geografia, história, eciências afins aos SIG’s.gvSIG Woman: um espaço onde se potencializa opapel da mulher como protagonista no mundo dodesenvolvimento de software SIG, em suasdistintas facetas como o são o desenvolvimento, atestagem, as traduções, o uso, etc.gvSIG Campus: um grupo de Comunidade ondetanto os alunos de instituições terciárias (já seja anível de grau acadêmico ou pós-graduado) comoos tutores podem encontrar ideias inovadoras paraa realização de projetos finais de carreira centradosna temática gvSIG. Tais projetos podem ser dedesenvolvimento de novas funcionalidades, decomparações de rendimento, estudos deaplicações concretas de gvSIG, etc.

Entendemos a nossos grupos decomunidade como agentes de troca possuidores degvSIG que sejam capazes de resolver osproblemas relativos à gestão da informaçãogeográfica no seu entorno. Acreditamos que atransformação venha da mão da organização degrupos de pessoas reais (em contraposição apessoas virtuais na rede) com interesses comuns,que cada pessoa possa desenvolver-se como partede um grupo, sendo cada grupo parte do que

chamamos Comunidade gvSIG.Uma das Comunidades mais ativas é

composta por pessoas e instituições provenientesde América Latina e Caribe. gvSIG realizaanualmente as chamadas Jornadas Latino-americanas e do Caribe de gvSIG, que este anocomemoram a terceira edição em Foz de Iguaçú –Brasil, e que coincide com as 2º JornadasBrasileiras de gvSIG. É necessário explicar que oseventos gvSIG são principalmente organizadospela própria Comunidade de onde se realiza oevento, com um apoio muito importante por parteda Associação gvSIG em quanto a difusão ,inscrições, etc.

As jornadas gvSIG são uma festa feita por epara a Comunidade, onde o objetivo principal édar difusão a das atividades e os projetos querealizam na própria Comunidade. Para as 3ºJornadas Latino-americanas de Foz de Iguaçúrecepcionou-se 44 resumos de potenciais, onde sedescrevem projetos realizados em 6 países docontinente americano. Todo este materialapresentado está disponível para consulta napágina Web do evento.

A Comunidade Brasileira de gvSIG foicriada oficialmente no inicio de 2010, apresenta umcrescimento importante durante estes últimos 2anos. No presente, conta com uma lista decorreio10, onde estão inscritas aproximadamente200 pessoas e onde se fazem intercâmbios de tipotécnico de uso da ferramenta, e organizativoenquanto as atividades de difusão, traduções demateriais, cursos presenciais, etc. No marco daAssociação gvSIG existem já varias empresasbrasileiras que estão colaborando no projeto e quedão suporte a atual Comunidade. Estas empresasdedicam-se a dar serviços de formação epersonalizações de gvSIG, sendo este umelemento fundamental desde nosso ponto de vistapara o desenvolvimento da Comunidade Brasileira.

Tecnologia gvSIGA nível tecnológico, o projeto gvSIG consta

de dois produtos oficiais: gvSIG Desktop e gvSIGMobile. Na continuação mostraremos ascaracterísticas principais de ambas aplicações.

13Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 14: Mercado GIS

•Teledetecção (em desenvolvimento);•Topologia (em desenvolvimento);•Normalização;•LiDAR.

Uma das últimas funcionalidadesincorporadas é o administrador de complementosque permite instalar ou atualizar facilmenteextensões ou qualquer outro tipo de pacote comopode ser uma correcção de erro, desde a própriaaplicação, sem ter que esperar para a próximaversão da aplicação.

Todas estas funcionalidades fazem degvSIG uma das mais completas aplicações GIS deescritório na atualidade, aumentando capacidadese interoperabilidade.

Se levarmos em conta que a maioria destasfuncionalidades não estavam contempladas noinício do projeto dado que, como foi dito, o objetivoinicial foi o de cobrir única e exclusivamente asnecessidades do governo regional valenciano, eque o tempo de vida do mesmo é relativamentecurto, podemos dizer que o crescimento tem sidoespectacular. E precisamente a causa do seu

rápido crescimento tornou-se necessárioabordar um refactoring a nível da arquiteturapara maximizar a modularidade dos diferentescomponentes e facilitar assim, a integração defuturas novas funcionalidades aportadas pelaComunidade, algo imprescindível paraassegurar a vez o crescimento e a qualidadedo software.A causa do refactoring, desde algum tempo

está sendo trabalhado simultaneamente emduas linhas de desenvolvimento (1.x e 2.x.) jáque, enquanto evoluíamos a aplicação, não

podíamos deixar de manter a versão estável.A versão 1.x corresponde a atual versão

estável e sua evolução vem pautada pelaComunidade já que depende diretamente dascontribuições que recebemos em forma decorreções de erros ou pequenas melhorias. Graçasa estas contribuições, nas últimas versões fomosincorporando funcionalidades como: legendas dediagramas de barras e circulares, compatibilidadecom Windows Vista e 7, NavTable14 e Sextante15. Aúltima versão de esta versão é a 1.11 e na

gvSIG DesktopgvSIG Desktop é um completo GIS de

escritório distribuído baixo licença GNU GPL11 edesenvolvido em Java. Possui uma interfaceamigável a partir da qual se podem conduzir dadosnos formatos habituais de ficheiros GIS, tantovetoriais como raster. Mesmo assim, está dotadode um alto grau de interoperabilidade queimplementa clientes para os principais serviçosWeb OGC como WMS, WFS, WCS, Catalog eGazetteer, o que o faz especialmente útil no campodas Infra-estruturas de Dados Espaciais (IDE o SDIsiglas em inglês). Também permite trabalhar contraBases de Dados espaciais como PostGIS e MySQLsem esquecer a Oracle Spatial e ArcSDE.

Conta com um completo grupo deferramentas de edição vetorial e da capacidadepara realizar análise tanto vetorial como raster.Ainda, desde a versão 1.1012, conta com Sextanteo que adiciona no seu tudo (inclui acesso aalgoritmos de GRASS) mais de 500 algoritmos deGeoprocessamento raster e vetorial. Dispõetambém de um construtor de mapas comcapacidade para exportar a PDF e Postscript.

Diversas imagens de ecrã de gvSIG Desktop.

De forma alternativa pode-se instalarextensões13 que cobrem funcionalidades maisespecíficas. Estas são algumas das maisdestacadas:

•Visualização 3D e animação;•Análise de redes;•Publicação de mapas através de serviços WMS,WFS e WCS;

14 Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 15: Mercado GIS

atualidade está sendo trabalhado na futura versão1.12.

A versão 2.x corresponde com o jámencionado refactoring, o qual afeta principalmentea parte de aceso a dados, que melhorará emgrande medida a modularidade da aplicação. Estaversão é, na atualidade, nossa tarefa prioritária e aque temos dedicados praticamente 100% denossos recursos dado que consideramos que éalgo imprescindível para seguir crescendo. Em umapalavra, gvSIG 2.x é o futuro. Já têm sidodisponibilizadas numerosas variáveis dedesenvolvimento da versão 2.016. A versão finalestá prevista para inícios de 2012.

A partir da publicação da versão 2.0 final,pretendemos estabelecer um sistema dedistribuição com publicação de versões cada 6meses de maneira que os contribuidores possamplanificar melhor o seu trabalho. Neste sentido,gvSIG Desktop tem estabelecidos procedimentospara contribuições de código que se podemconsultar na Web do projeto17.

gvSIG MobileGvSIG Mobile é a versão de gvSIG para

dispositivos móveis, ideal para projetos de recolhae atualização de dados em campo. Estas sãoalgumas das suas características mais destacadasda atual versão estável (gvSIG Mobile 0.3)18:

•Desenvolvido em Java;•Suporte dados vectoriais: SHP, GML, KML(Google), GPX (GPS);•Suporte dados raster: ECW;•Aceso a serviços Web OGC: WMS;•Edição de geometrias vectoriais e atributos;•Conexão com dispositivos GPS;•Formulários personalizados.

De igual forma que em gvSIG Desktop, emgvSIG Mobile também esta se levando a cabo umrefactoring cujo objetivo é facilitar a participação dacomunidade de programadores. Resumidamente orefactoring consiste basicamente em reaproveitarpara gvSIG a maior quantidade de código possívelde gvSIG Desktop de forma que seja possívelreaproveitar simultaneamente muitos dos

desenvolvimentos que se façam para este.O refactoring se fará efetivo em uma futura

versão 1.0 que trará ainda outras novidades:

•Execução multi-fio;•Novo interface de usuário (independente de aJVM);•Integração da libraría libLocation#;•Melhoras em simbología e etiquetado;•Melhoras em edição;•Novo Soporte para sistemas de referencia;•Suporte WFS.

Não sendo ainda um produto oficial, merecea pena mencionar a gvSIG Mini19, uma versãoligeira de gvSIG para telefone celular com sistemaoperativo Andróide ou que suportam aplicaçõesJava CLDC / MIDP que permitem visualizarserviços de mapas baseados em tiles, comoOpenStreetMap, Yahoo Maps, Microsoft Bing eoutros. Também suporta serviços WMS. Outras dasfuncionalidades básicas são: pesquisas deendereços, consulta de pontos de interesse ecálculo de rotas. A partir da versão 1.0 é possíveldescarregar diretamente mapas, desde o telefonepara uma posterior utilização em modo off-line, ouseja, sem ligação à rede.

Como se pode apreciar, a evolução noaspecto tecnológico desde o nascimento do projetoé significativa, tanto no plano quantitativo como noplano qualitativo. Não obstante, merece a penaremarcar que o projeto gvSIG e a tecnologia não éo fim, mas um meio. O meio que nos deve permitir

15

Telas de gvSIG Mobile.

Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 16: Mercado GIS

implantar um novo modelo de produção desoftware. O modelo gvSIG.

ReferênciasProjeto gvSIG: http://www.gvsig.org

Associação gvSIG: http://www.gvsig.com

Blog de gvSIG: http://blog.gvsig.org

Planet de gvSIG: http://planet.gvsig.org

gvSIG Outreach (Casos de uso e difusão):

http://outreach.gvsig.org

Twitter de gvSIG: http://twitter.com/#!/gvsig

gvSIG Training: http://gvsig-training.com/

Jornadas LAC gvSIG

http://www.gvsig.org/web/community/events/jornadas-lac/2011/

Comunidade gvSIG Brasil

http://www.gvsig.org/web/community/comm_groups/comm_gvsi

g_br/

[10] Lista de correio gvSIG Brasil

https://gvsig.org/lists/mailman/listinfo/gvsig_br

[11]Texto de licença GNU GPL http://www.gnu.org/licenses/old-

licenses/gpl-2.0.html

[12] Download gvSIG Desktop 1.11

http://www.gvsig.org/web/projects/gvsig-desktop/official/gvsig-

1.11/descargas

[13] Extensões gvSIG Desktop 1.11

http://www.gvsig.org/web/projects/gvsig-desktop/official/gvsig-

1.11/extensiones-gvsig-1.11

[14] Web oficial do projeto Navtable

http://navtable.forge.osor.eu/

[15] Web oficial do projeto Sextante

http://sextante.forge.osor.eu/

[16] Download gvSIG 2.0 https://gvsig.org/web/projects/gvsig-

desktop/devel/gvsig

[17] Como contribuir em gvSIG?

https://gvsig.org/web/projects/gvsig-desktop/docs/devel/como-

contribuir-en-gvsig

[18] Download gvSIG Mobile 0.3

https://gvsig.org/web/projects/gvsig-mobile/official/piloto-gvsig-

mobile-0.3/descargas

[19] Web de gvSIG Mini https://confluence.prodevelop.es

/display/GVMN/Home

Alvaro AnguixCEO da Associação gvSIG

[email protected]

Victoria AgazziGerente de Comunidades do Projeto gvSIG

[email protected]

Manuel MadridGerente de Produtos e Testes do Projeto

[email protected]

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Através da parceria recente firmada junto àUniversidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)e à FAPERJ, a GlobalGeo recebeu o desafio derealizar o mapeamento de uso e ocupação da Terraem uma área que cobria os 613 km² de parteimportante da zona oeste do município do Rio deJaneiro, projeto denominado T.I. Zona Oeste. Essazona está submetida a grandes transformaçõesdiante do crescimento acelerado emempreendimentos de médio e grande porte.

Uma vez feito o mapeamento, uma equipede pesquisadores da GlobalGeo, supervisionadapelo Eng. Cartógrafo Dr. Gilberto Pessanha Ribeiropassou a analisá-lo com a finalidade de subsidiarpesquisas aplicadas ao desenvolvimento eaperfeiçoamento de Sistema de InformaçãoGeográfica (SIG), cujo uso prevê suporte àsanálises espaciais integradas a partir de dadossociais e econômicos da zona oeste do Rio deJaneiro, compreendendo os bairros de CampoGrande, Santa Cruz e Guaratiba. O SIGinstitucional será destinado à gestão pública,visando aspectos funcionais relativos ao

desenvolvimento territorial, em escala regional.Os mapeamentos digitais apoiados por SIG

permitem potencializar a gestão deempreendimentos na indústria, com base emunidades territoriais, com forte oportunidade eminovação tecnológica, tanto na ferramenta do SIG,como em sua aplicação junto às plataformaspúblicas. O mapeamento teve apoio de processosde segmentação e classificação de imagensWorldView-2 com data de aquisição 10 de fevereirode 2010, fazendo parte da metodologiadesenvolvida com foco na espacialização deaspectos dinâmicos da localização, extensão edistribuição das indústrias hoje instaladas nessaporção oeste da Região Metropolitana do Rio deJaneiro.

Diante das intervenções de obras deengenharia com maior concentração no municípiodo Rio de Janeiro, o SIG tratará dos impactossocioeconônimos de grandes empreendimentos,com destaque: Arco Rodoviário Metropolitano doRio de Janeiro; obras do Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) do Governo Federal;

Kosmo SIGPPeerrssoonnaalliizzaannddoo oo KKoossmmoo DDeesskkttoopp ppaarraa AApplliiccaaççõõeess PPoorrttaabbllee

PPoorr GGiillbbeerrttoo PPeessssaannhhaa RRiibbeeiirroo,, ÍÍccaarroo BBrriittoo ee LLuuiizz MMoorreennoo

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Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA); Casada Moeda; Porto de Sepetiba; Usina Termoelétricade FURNAS / Santa Cruz; e empreendimentosrelativos às Olimpíadas de 2016 e a Copa doMundo de 2014.

A seguir é descrita, de forma sucinta, etapasno desenvolvimento do aplicativo SIG, ematendimento às demandas de consultas eatualizações sobre as bases de dados.

Uma necessidade primordial era apossibilidade de tornar informações domapeamento acessíveis à equipe de pesquisadoresenvolvida, permitindo a replicação dos dados emanipulação primária dos mesmos. Sendo assim,chegou-se a conclusão de que o ideal seria autilização de uma aplicação que pudesse seralocada em mídias móveis (portable) e que nãofosse um simples visualizador, dispondo deferramentas métricas e acesso a tabelas deatributos associadas às feições que compõe acamada do mapeamento.

Optou-se, então, pela utilização do KosmoDesktop na versão portable. O Kosmo é umsoftware desenvolvido pela empresa espanholaSAIG com base na plataforma OpenJump e vem seconsolidando como um dos mais completos domercado, além de possuir licença livre parautilização. Após baixar o programa, foi realizadauma série de personalizações a fim de garantir seufuncionamento dentro dos requisitos supracitados.

Foram feitas inicialmente personalizaçõesno layout do programa, com a inclusão de umsplash screen contendo o nome do projeto, assimcomo as logomarcas das instituições envolvidas emseu desenvolvimento (Figura 1).

Splash screen personalizada

Também foram alteradas a área de trabalhodo software e o título da barra superior (Figura 2).Para realizar as operações de alteração deimagens, é necessário alterar o arquivo kosmo.ini,localizado no diretório bin do projeto Kosmo. Nessearquivo, basta retirar os comentários das linhas 8 e9 (retirar a cerquilha '#' do início da linha) e alterarpara o caminho das imagens:

desktop_image=background.pngsplash_image=splash.png

Área de trabalho personalizada

Para realizar a alteração da barra de títulos,também é bastante simples. O Kosmo é um projetoque suporta i18n (internacionalização). Com isso,deve-se abrir os arquivos do idioma em que desejealterar e editar as linhas 267 e 268 para o títulodesejado, ficando assim:

JUMPWorkbench.about-app-name=Novo TituloJUMPWorkbench.app-name=Novo Titulo

Um detalhe importante é que o arquivoutiliza padrão UTF-8, sendo assim, para adicionarcaracteres acentuados é preciso inserir os códigosde cada caractere em unicode.

Após as alterações de ordem visual foramfeitas, as mudanças que permitiriam que o projetofosse aberto corretamente a partir do pendrive emqualquer computador em que fosse inserido. Osarquivos foram devidamente estruturados dentro doambiente do Kosmo GIS, com a criação dascamadas e inserção das feições pertinentes a cada

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uma delas (Figura 3) e definição de cores temáticaspara as classes de uso da Terra.

Estruturação do projeto no Kosmo GIS

Outra necessidade era que o projeto fossecarregado automaticamente ao iniciar a aplicação.Para implementação dessa funcionalidade, bastaadicionar a opção -proj nomedoprojeto.spr aoarquivo Kosmo.bat como vemos abaixo:

SET PATH=..\dlls;%PATH%start.\jre\bin\javaw -Djava.library.path="..\dlls;"-Dsun.java2d.d3d=false -cp .;./saig.jar-Xmx800Mcom.vividsolutions.jump.workbench.JUMPWorkbench -plug-in-directory ./ext -proj meuproje-to.spr

O exemplo acima abre um projeto chamado"meuprojeto.spr" que está no diretório /bin doKosmo Desktop (o mesmo diretório em que seencontra o Kosmo.bat), no qual podem serinseridos caminhos relativos e absolutos para osprojetos.

Por padrão, o Kosmo estrutura o projeto emseu arquivo nativo (.spr). A estrutura do arquivo sprutiliza-se do padrão de regras Extensible MarkupLanguage (XML). Este é separado por tag e cadaum tem a definição das propriedades específicasdo projeto, o que facilita no momento de realizarpossíveis alterações. Durante a criação de umprojeto diretamente pelo Kosmo, as tag referentes

aos shapes utilizados, utiliza-se caminhosabsolutos, o que pode gerar erros ao ser aberto em

outros computadores.Suponhamos que, ao criar

nosso projeto, o pendrive tenhaassumido o volume “E:” docomputador e, ao ser inserido emoutros computadores, este assumao volume “H:”. Logo o aplicativo irásolicitar os caminhos para osarquivos contidos no projeto,solicitando interação do usuário equebrando a fluidez decarregamento da aplicação.

Como inicialmente não foipossível realizar essas alteraçõesrecorreu-se ao grupo de discussão

da SAIG (http://lists.saig.es/mailman/listinfo/kosmo)e através de informações de Sergio Baños Calvo,chefe de desenvolvimento da empresa, soube-seque em versões anteriores era disponível afuncionalidade que permitia inserir caminhosrelativos nos projetos ao salvá-los. Entretanto, essafuncionalidade foi extinta, pois não estavafuncionando corretamente, o que deve ser corrigidono futuro.

Seguindo as orientações, foram alteradosos caminhos que apresentavam como absolutospara caminhos relativos, diretamente no arquivo.spr. É desejável que os arquivos referentes aoprojeto (.shp, .tif, etc...) estejam em uma pastaespecífica - aqui utilizada a “database” – dentro dodiretório /bin. No nosso caso, os arquivos foramarmazenados na seguinte disposição:

E:/bin/database/temas/afloramento.shp

Após a alteração o caminho se apresentavano formato abaixo:

database/temas/afloramento.shp

Para alterar o arquivo .spr, é imperativa autilização do bloco de notas ou qualquer outroeditor de texto em que seja possível o controle dacodificação de saída, que deve ser mantida comoANSI, uma vez que alterá-la para UTF-8 ou

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qualquer outra codificação pode danificá-lo.Feito isso, o último passo para que o projeto

ficasse como desejado era a geração de umarquivo executável que acionasse o Kosmo.bat apartir da raiz do pendrive, evitando, assim, que ousuário navegasse em pastas internas doaplicativo, diminuindo o riscos de danos a estruturadas pastas e arquivos.

Para a geração do executável, utilizou-se alinguagem C e a biblioteca <windows.h> quecontém a função GetCurrentDirectory(), de nomeinstintivo. Com a função de sistema system(),executamos o Kosmo.bat através do seu caminhoabsoluto. O executável gerado pela compilação docódigo foi adicionado na raiz do projeto atendendotodas as especificidades.

Todo projeto foi baseado em plataformaWindows uma vez que os usuários estão maisfamiliarizados e fazem uso corrente deste sistemaoperacional. Todas as modificações realizadasnesse projeto, exceto a geração do executável sãomultiplataforma, funcionando perfeitamente emtodos os sistemas nos quais o Kosmo opera.

Findado esse processo, a aplicação estavapronta para ser enviada aos pesquisadores daUERJ, para que o projeto T.I. Zona Oeste pudesseser desenvolvido. Neste contexto, o Kosmo semostrou um aplicativo bastante maleável e de fácilmanipulação.

Gilberto Pessanha RibeiroProfessor UERJ e UFF, Consultor Sênior da

Globalgeo Geotecnologias

Ícaro BritoGeógrafo, Globalgeo Geotecnologias

Luiz MorenoGlobalgeo Geotecnologias

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Atualmente existe uma enorme quantidadede dados geográficos disponível no mundo todo.Milhares de cenas e imagens coletadas por umsem número de satélites, com diferentes propósitosse juntam a milhares de dados vetoriaisdisponibilizados por instituições, empresas eprofissionais, de várias naturezas, ao alcance depoucos cliques de um mouse, e uma boa conexãode internet. Tal disponibilidade de informaçãocresceu exponencialmente junto com apopularização da internet, o que é ótimo, mas traznovos desafios aos geoprocessadores.

Existem termos que sempre estão pairandosobre nossas cabeças e as vezes, simplesmentenão temos tempo de conhecer sobre os mesmos.Neste artigo iremos discutir um tipo especial dedados muito importante para todo tipo de aplicaçãona área das geotecnologias: os metadados.

O que são Metadados?

É um termo complexo, mas podemosexplicá-lo da mesma maneira que nos explicaram oque era geografia quando pequenos: geografia,geo = terra; grafia = escrita, descrição, estudo. Aetimologia da palavra metadados segue a mesmalógica: meta = atrás, alterado, maior, além; data =dados (plural). Assim, podemos simplificar adefinição afirmando que os metadados são osdados por trás dos dados, ou ainda, os dadossobre os dados. Os metadados vão nos dizer umaporção de informações importantes sobre aquelesdados brutos que queremos utilizar. Informação époder, e conhecer seus dados é mais poder ainda.É um conceito simples, mas extremamentepoderoso.

É importante mostrar que o conceito demetadados não se aplica somente ao campo dasgeotecnologias, embora, atualmente, seja umaárea de destaque. Talvez a área do conhecimento

http://deepwebtechblog.com

CAPAMMeettaaddaaddooss GGeeooggrrááffiiccooss

PPoorr GGeeoorrggee SSiillvvaa ee AAnnddrréé MMeennddoonnççaa

21Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 22: Mercado GIS

que mais tenha propriedade em relação aosmetadados seja a biblioteconomia, uma vez que osmetadados são basicamente instrumentos deorganização e substituem, no ambiente digital, oque se conhecia como “descrição bibliográfica” emambientes físicos tradicionais. Nos mapastradicionais, especialmente em documentoscartográficos oficiais, os metadados já existiam naforma das informações marginais, anexadas juntoaos materiais impressos. Com a informatização detodos os processos de mapeamento, a informaçãogeográfica passou a ser digital. Isto obviamentetrouxe novas necessidades para a catalogação eorganização dos dados geográficos.

Pode-se dizer que os metadados ajudam aorganizar a vida de corporações e organizaçõesque se utilizam de dados espaciais. Versionamento,temporalidade, acurácia dos dados eresponsabilidade técnica são informações muitasvezes deixadas de lado pelos produtores de dadosgeográficos, mas são extremamente úteis para osusuários destes dados. Quantas vezes você, quese utiliza de dados advindos de várias fontes, nãose encontrou perguntando: “Mas de que ano sãoesses dados mesmo?” ou então: “Posso usar essedado para aferir medições numa escala 1:10.000?”Além do benefício para os usuários diretos destesdados, existem mecanismos de busca que indexamas informações dos metadados e permitem que seachem fontes de dados – e muitas vezes dadosque procurávamos havia bastante tempo - segundodiferentes critérios.

Podemos falar mais sobre os metadadosutilizando-se de alguns exemplos:

a) Imagine a seguinte situação: você necessitaanalisar a demografia de uma determinada região eseu cliente lhe entrega uma base de dados dapopulação do local, sem nenhuma informaçãosobre a data. Como descobrir a relevância daquelainformação? Será que os dados são fiéis eapurados? Ou será que são muito antigos e suaanálise será em vão?

b) Também podemos imaginar os metadados comoetiquetas em livros dentro de uma biblioteca. Temosuma enorme biblioteca de dados geoespaciais à

nossa disposição, portanto, surge a dúvida: qual éo melhor conjunto de dados a ser usado em cadasituação?

c) A ideia por trás dos metadados também estárelacionada ao contexto. Dados sem contexto tempouco valor. Você já viu fotografias antigas depessoas que não conhece? Se não tivermos umalegenda (contexto), não saberemos quem são aspessoas na fotografia, o que faz com que a mesmavenha a perder sua utilidade histórica.

Assim, depois do que aqui foi dito, podemosapresentar aos leitores a definição do U.S. FGDC,que é o Comitê norte-americano sobre dadosgeográficos, do termo:

“Um registro de metadados é um arquivo deinformação, usualmente apresentado como umdocumento no formato XML, que captura ascaracterísticas básicas de um dado ou de um meiode informações. Ele representa o “quem”, o “oque”, o “quando”, o “aonde”, o “porquê” e o “como”a respeito dos dados. Os metadados geográficossão usados para documentar recursos digitaisespaciais como os arquivos em um SIG (Sistemade Informação Geográfica), bancos de dadosespaciais e imagens de satélite. Um registro demetadados geográficos inclui elementoscatalográficos padrão, como por exemplo um título,um resumo e informações acerca da publicação;assim como elementos geoespaciais como aextensão geográfica e informações sobre o sistemade coordenadas; e, por fim, elementos relativos aobanco de dados, como as definições paraetiquetagem de atributos bem como o domínio paravalores de atributos”

Para que servem?Os metadados tem diversos objetivos

dentro de uma organização. Basicamente podemosdividi-los em: contexto, catálogo e comparativo.Assim, por meio das diversas informações sobre osdados reais disponíveis, podemos derivarinformações; criar novos conjuntos de dados (maisapropriados para determinadas situações);encontrar o que procurávamos de forma rápida(quem já não se perdeu em um diretório cheio de

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shapefiles?) e quiçá, comparar conjuntos, encontrarerros e solucionar dúvidas. Obviamente que, emúltima análise, os metadados acabam tendo comoprincipal função a redução dos custos em umaorganização que possui milhares de dados. Alémdisso, entende-se que o uso deste mecanismopermite que o mercado de uma maneira geral possase regular: é possível ter uma ideia da oferta,procura e da consequente valorização dedeterminados dados especiais.

Exemplo do que seriam metadados no seu dia-a-dia

Fonte: http://tinyurl.com/7tzssp5

Tipos de metadadosApesar de martelarmos na frase "dados

sobre os dados", o que é realmente importantesobre os metadados? Bem, existem inúmerascoisas que podemos guardar sobre cada tipo deinformação. Existem inclusive, subcategorias paraorganizar os tipos de metadados, descritas à seguir:

Metadados de descoberta (Discovery Metadata)Estes tipos de metadados são os mais

básicos que podemos coletar (e os maisimportantes) sobre nossas bases de dados erespondem às famosas perguntas:

- O que? O que é este conjunto de dados?Ex.: Estradas Vicinais;

- Por quê? Por que isto está aqui?Ex.: dado utilizado em mapas de roteamentourbano;

- Quando? Qual é o corte temporal destainformação?Possui extrema importância para avaliarmos aconfiabilidade da informação. Ex.: 2009-2012;

- Quem? Quem é o responsável pela informação?Ex: Origem externa, atualizado e mantido porFulano de tal;

- Onde? Qual é o limite geográfico da área?Ex.: Abrange região do Triângulo Mineiro e AltoParanaíba, em MG, Brasil;

- Como? Qual foi a metodologia utilizada paralevantamento?Este item é importante pois nos dá uma idéiaassociada à precisão do dado. Ex: levantamentofeito por GPS em campo, atualizações porimagens com 1m de resolução espacial;

Metadata de Exploração (ExplorationMetadata)

Nesta categoria caem informações maisdetalhadas sobre os datasets, como um dicionáriode dados, tipo de geometrias armazenadas, tipode digitalização realizada para construção, tipo dearmazenamento, formato, etc. Aqui conseguiremosresolver problemas do tipo: "este conjunto éapropriado para minhas análises"?. Para ilustrar,imagine que você deseja fazer uma análise deroteamento em áreas rurais, mas o conjunto dedados precisaria necessariamente ter informaçõesde custo ou topologia de rede, o que faz com quea utilização de um dado sem tal característicainviabilize a análise.

Estes dados são mais chatos de se coletar

Você sabia? Os metadados sãoagnósticos de plataforma. Ou seja, nãoimporta se você trabalha com ESRI, comAutoDesk ou com OpenSource, elespodem (e devem) ser levados em conta

em todos os casos.

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e manter pois, obviamente, uma mudança noformato, ou a adição de um campo na base,requerem mais atenção de seu "dono".

Metadata de Consumo (Exploitation Metadata)Não são diretamente relacionados com o

uso imediato de um conjunto de dados, mas aindaassim possuem função crucial. Este tipo demetadado fornece informações sobre a obtençãodos dados, quais propósitos podem servir,limitações (técnicas, éticas, comerciais, judiciais,etc), entre outros.

Esta categoria nos diz também comoacessar, transferir, carregar, interpretar e utilizar osdados de maneira geral, como um usuário final,seja para fazer mapas, álgebra de mapas ouderivação de dados em geral. Nesta categoria seencaixa um tipo de metadado especial e queusualmente “dá um nó” na cabeça de váriosgeoprocessadores: as informações sobre sistemade referência. Basta perguntar se alguém já tentouutilizar um conjunto de dados obscuro semconhecer o SR? Não é legal.

Como em muitas outras categorizações,existe um pouco de sobreposição entre ascategorias de metadata, mas isto não é prejudicial.Quanto mais informações sobre seus dados,melhor organizados eles estarão,consequentemente, mais rapidamente eles sãodescobertos e utilizados. Lembre-se: para grandesorganizações e pesquisadores isto se traduz emeconomia, eficiência e efetividade.

Como coletar metadados?Bem, em teoria, ter metadados é ótimo, mas

quem já trabalhou ou trabalha em grandesempresas de GIS (mineração, obras, topografia,etc.) sabe que o dia a dia é corrido e estressante.Os metadata são, aparentemente, um fardo à sercarregado pelos pobres trabalhadores oprimidos.Obviamente nós discordamos desta visão: naverdade eles são verdadeiras bóias salva-vidas.

Primeiramente, deve-se definir um processoclaro para cada organização, bem como o nível dedetalhamento desejável. Após a definição de umprocesso, deve-se determinar responsabilidades,de forma que deve ficar claro quem ou que setor

será responsável por criar e, principalmente,manter o processo funcionando. Pode-se inclusivecriar políticas internas acerca da validação dacriação e existência de metadados em bibliotecasde dados espaciais. Neste ponto não existe umareceita de bolo. Para cada caso, encontraremosuma condição mais apropriada, seja ela delegar aresponsabilidade para um gerente ou para umfuncionário que trabalha apenas com isto; ou talveza responsabilidade de que a cada "proprietário" deum conjunto de dados seja cobrada a organizaçãode seus dados por meio da criação e atualizaçãodos metadados.

O que coletar?Existem vários questionamentos sobre

como o processo de coleta deve ser conduzido,mas de forma geral, devemos ter um registro demetadata para cada conjunto de dados. Estarelação é basicamente obrigatória, mas temos umproblema: o que é um conjunto de dados? Estapergunta encontra uma analogia no nosso dia a dia:É mais proveitoso documentarmos as fotografiasuma a uma ou um álbum inteiro?

Este tipo de definição deve ser feita pelo"dono" da informação, levando em conta agranularidade dos dados e sua heterogeneidade,assim como o posterior uso dos dados. Este é umpasso extremamente importante para definição doconjunto e, uma vez bem-sucedido contribui-sediretamente com a eficiência do catálogo de dados.

Qual é o nível de detalhe?Catalogar bases é fácil. Difícil é catalogar as

bases com a precisão e com o número deinformações necessárias para aquele dado ser útil.Novamente, esta decisão irá depender daorganização e do tipo de informação geográfica quea mesma necessita. Empresas de engenhariatalvez não precisem de muita precisão nosmetadados, mas empresas que trabalham comsimulações e análises precisam de um nível maiorde detalhes.

Lembre-se também que detalhes demaispodem atrapalhar, embora a probabilidade dissoacontecer seja pequena. Detalhes de menos éperda de tempo. Antes de empreender um esforço

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para construir um catálogo, realize um estudo dadiversidade de geoinformação que sua empresa ouorganização possui.

A coleta em detalhes de meta-informações émorosa e trabalhosa. Com certeza uma tarefaenfadonha, mas necessária ao bom funcionamentode empresas médias/grandes.

Qual formato?Existem vários formatos para construção de

geocatálogos. Os formatos mais comunsatualmente são XML e texto puro, mas existemsoftwares que irão os armazenar em esquemasrelacionais (bancos de dados). De uma maneirageral, a escolha do formato deve ser pautadabasicamente pela simplicidade. Um arquivo texto"metadado.txt", em uma base relativamentepequena pode bastar, desde que possua o mínimode informação que a empresa necessita. Porémdeve-se pensar que, neste caso, será muito maisdifícil explorar o potencial associado a ummetadado, uma vez que a formação de catálogosfica prejudicada. Além disso, você deseja que aspessoas encontrem este dado espacial? Se sim,você deve considerar a utilização de um formatoque possa ser facilmente inserido em catálogos emecanismos externos de busca. A ideia é queconforme sua base cresça, o formato “cresça”também.

Qual padrão?Neste tópico, entramos no que chamamos

de normalização. Os padrões de metadados sãoum conjunto de regras e definições pré-existentessobre o que se deve registrar em nossas bases dedados. Estes conjuntos são bastante amplos edetalhados sobre os objetos do registro e com todacerteza um dos padrões encaixa no perfil de suaorganização.

Existem alguns padrões de metadadosdisponíveis, principalmente por conta da criação devárias IDE (Infraestrutura de Dados Geoespaciais)mundo afora. Esta escolha é a mais trivial, nãoimporta muito qual o padrão você usa, desde que

ele seja único dentro de sua organização e desdeque ele não seja criado por você. Sob hipótesealguma reinvente a roda. Já existem rodasredondas o suficiente neste quesito, criadas porespecialistas e organizações com muito tempo deestrada.

A seguir resumimos os principais padrõesexistentes no mercado:

ISO 19115:2003Este esquema de metadados foi instituído

em 2003 e idealizado para descrever informaçãogeográfica e serviços. Identifica, mede a extensão,afere a qualidade, define o corte geoespacial,temporal, define sistema de referência e adistribuição dos dados geográficos. É aplicável à acatalogação para repositórios de dados(Infraestuturas de Dados Espaciais, por exemplo) ea conjunto de dados geográficos, séries deconjuntos e feições individuais.

Este padrão define duas seções: obrigatóriae condicional, entidades de metadados e elementosde metadados, bem como o conjunto mínimonecessário para abertura de um registro na base demetadados. Além da seção condicional (que estácondicionada a algo), existe a seção opcional, paramaior detalhamento de cada registro e que defineum ponto de extensão para que outrasorganizações, caso necessário, possamcomplementar o padrão, de forma a este atendersuas necessidades.

É um padrão especificamente para dadosgeográficos, mas pode ser aplicado à mapas empapel, mapotecas, cartas ,documentos textuais eaté dados não geográficos.

A norma ISO 19115:2003 descreve cerca de92 classes, que abrigam 326 elementos, cada umdeles caracterizado por seis itens diferentes: Nome,definição, obrigatoriedade, multiplicidade (númerode ocorrências máximas), tipo e domínio. A figura 2reproduz uma tabela da norma que mostra adescrição de vários elementos, onde cada linha éum elemento e cada coluna um item que o descre-ve.

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Pedaço da ISO 19115:2003

Content Standard for Digital GeospatialMetadata (CSDM - FGDC)

Este padrão foi criado em 1994 pelos norte-americanos para suportar sua infraestruturanacional de dados espaciais (um bom tempo àfrente dos brasileiros). Apesar de ter sidodesenvolvido localmente é utilizado por diversospaíses, como África do Sul e Reino Unido. Umavantagem deste padrão é que o mesmo éextensível e pode ser adaptado segundo ànecessidade e critério do elaborador. O mesmo foivárias vezes modificado pelo próprio FDGC paralidar, com maior precisão, com dados geográficosespecíficos, como terras alagadiças, dadosgeológicos, entre outros.

Em geral a tendência do próprio FGDC étornar o CSDM uma norma em desuso, utilizando-se a norma ISO como padrão mesmo nos EUA. Istoporque a norma internacional é apoiada por outrospadrões internacionais, o que confere umarobustez, confiabilidade e flexibilidade à utilizaçãoda mesma, quer por grandes empresasamericanas, quer por pequenos órgãosgovernamentais das ilhas Faroe.

Porém os americanos atuam de formabastante incisiva na divulgação da importância daadoção para metadados. Em 2006 por exemplo, oFGDC publicou um documento listando os 10principais erros encontrados pelo órgão na hora de

validar metadados geoespaciais, os quais listamosabaixo, em ordem crescente de importância.

Fonte: FGDC (2006)

Padrões de Metadados CEN (CEN/TC287)Iniciativas para a padronização na criação,

distribuição e ordenamento de dados espaciaisforam efetivadas na Europa na década de 1990pelo CEN - Commission Europeennes deNormalisation (Comissão Européia deNormalização). Dentro deste contexto, a chamada“CEN /TC287” procurava estabelecer uma normatécnica européia para os dados geográficos. Dentrodesta norma, foram criadas em 1998 as prEN12657 e prENV 12657, que estabeleciam padrõespara metadados geográficos. O primeiro projetoprecede o segundo, e ambos são padrões quenunca chegaram a se oficializar como normaseuropeias (que possuem a sigla EN), tendo sido

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abandonados em 1999, uma vez que os envolvidosacreditavam que deveria ser adotado um padrãoglobal para dados geográficos. Assim, todo a normaCEN/TC287 foi considerada “adormecida” e seudesenvolvimento ficou parado até o ano de 2003,quando esta foi reativada, porém passando a seratrelada aos respectivos padrões ISO. Todos ospaíses signatários da CEN são obrigados a utilizara norma europeia vigente, e a mesma é totalmentebaseada nos atuais padrões da ISO.

Os padrões europeus servem de base parao projeto INSPIRE, que é a atual infraestrutura dedados utilizada conjuntamente nos países da UniãoEuropeia, e que possui prazo de implementaçãocompleta até o ano de 2019.

Outros padrões e protocolos- DIF – Directory Interchange Format- ESRI Profile of the FGDC Content Standardfor Digital Geospatial Metadata for GeospatialOne-Stop (GOS) Portal- Protocolo Jakarta Lucene para busca econsulta.- National Biological Information Infrastructure(NBII)- Dublin Core Metadata Initiative- Australia New Zealand Land InformationCouncil (ANZLIC)- ADN (ADEPT/DLESE/NASA) metadataframework- SAIF – Spatial Archive and InterchangeFormat- UK Gemini - Geo-spatial MetadataInteroperability Initiative

Infraestrutura de dados espaciais(em inglês: SDI – Spatial data infraestructure; em português:

IDE)

A era atual da informação geográfica podeser caracterizada, dentre outras coisas, porexistirem muitos atores envolvidos nos processosde coleta e distribuição de dados espaciais, o queocasiona uma dificuldade explícita na busca, trocae uso de dados, advindos quase sempre dediferentes organizações. A utilização de basescartográficas oficiais é legalmente necessária e ocenário é propício para os mais diversos casos de

má-fé na comercialização e produção de dadosgeográficos.

O conceito de interoperabilidade nasceucomo forma de solucionar parte do problema:procuram-se adotar padrões que garantam que ossistemas irão “conversar” entre si. Porém, estapadronização de formatos não eliminou umproblema crasso: Mesmos dados sendo produzidosem diferentes instâncias. Dinheiro público sendojogado fora na produção de dados que sesobrepõem, ou mesmo que poderiam serproduzidos por métodos mais baratos – exemplo éa generalização cartográfica: Se você possui cartasem escala 1:25.000, pode obter a partir delas, umacarta 1:50.000 sem precisar fazer novoslevantamentos.

Assim, a solução encontrada para resolverde vez todos estes problemas é a chamadaInfraestrutura de dados espaciais, ou simplesmenteSDI. Esta constitui-se numa solução tecnológica,organizacional e legal para coleta, distribuição, uso,manutenção e conservação/armazenamento dedados espaciais (FIGURA 3). Dada aresponsabilidade, o tamanho e o número de atoresque podem englobar uma SDI, as mesmasusualmente estão relacionadas à países (como aNSDI americana e a INDE brasileira) blocoseconômicos (como a INSPIRE, da união europeia),localidades específicas (como a CNSDI, que dizrespeito a dados da costa norte-americana) ouorganizações globais (como no caso da UNSDI, daONU). Para uma lista de iniciativas de SDI nomundo visite o link: http://www.gsdi.org/SDILinks

Componentes de uma SDI

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Em relação a estrutura tecnológica, umaSDI é constituída pelos dados em si, armazenadosem repositórios; pelos metadados que osdescrevem; por catálogos, que tornam os dadospassíveis de serem descobertos por meio dapesquisa nos metadados; e por ferramentas quepermitem a visualização dos dados na web(webmapping viewers) ou por meio dewebservices, que podem ser acessadosdiretamente em aplicações SIG. Junta-se a istooutros serviços, como serviços para processamentode dados, como o de reprojeção e conversão entresistemas de referência.

A INDEA SDI brasileira é chamada de INDE.

Depois de vários anos de discussões e reuniões, amesma foi instituída oficialmente em 2008, pormeio do decreto Nº 6.666 de 27/11/2008. Adefinição que consta no decreto é aqui reproduzida:

“conjunto integrado de tecnologias; políticas;mecanismos e procedimentos de coordenação emonitoramento; padrões e acordos, necessário

para facilitar e ordenar a geração, oarmazenamento, o acesso, o compartilhamento, adisseminação e o uso dos dados geoespaciais deorigem federal, estadual, distrital e municipal.”

É importante notar que dados e metadadossão a força-motriz que possibilitam a implantaçãode um projeto grandioso como a INDE. É semprebom lembrar que esta é uma políticagovernamental Brasileira, em consonância compadrões mundiais. E justamente pelo aspectopolítico, a mesma possui planos de ação previstos,com estratégias de atividades e prazos bemdefinidos. A adoção da INDE é, obviamente,gradual e deve abranger todas as instâncias dopoder público. Cabe a nós, geoprocessadores,cobrarmos sua adoção e recursos para tal, além decolaborar com o processo utilizando-se de dadosespaciais disponibilizados por meio da INDE,produzindo e disponibilizando informaçãogeográfica de qualidade e apoiando as iniciativasde distribuição de dados livres e mapeamento pormeio de ferramentas open-source.

Ferramentas para metadadosExistem diversas maneiras de se utilizar dos

metadados. Existem ferramentas que auxiliam naprodução, edição e conversão de metadados,ferramentas para ajudar na organização dosmesmos e ferramentas para extrair metadados deoutras fontes. Também existem programas queimplementam mecanismos de busca sobmetadados. Em geral, para escolher a ferramentamais adequada para começar o trabalho commetadados na sua empresa ou organização, éimportante que se considere as seguintesquestões:a) Seu programa de SIG já não possui umaestrutura interna ou plugin para gerenciarmetadados ? Em geral estes programas possuemfunções de captura de propriedades relativas aodado, convertendo-as em metadados segundopadrões suportados.b) Você precisa de metadados em que padrão ?c) Você precisa de uma ferramenta colaborativapara outras empresas parceiras ou colegas?d) Quais funcionalidades são mais importantespara o seu uso?

- Captura e conversão automática deinformação?

- Agrupamento dos metadados com osdados?

- Criação e utilização de templates(modelos)?

- Interface intuitiva?- Sistemas de ajuda e tutoriais?

Precisa de ajuda para conhecer ferramentasque lidem com metadados? Abaixo vamos listarduas grandes iniciativas de ferramentas parametadados, totalmente open source.

GeonetworkA aplicação mais usada na comunidade

Mais informações sobre a INDE:http://tinyurl.com/ydlglolhttp://www.inde.gov.br/

http://wiki.cinde.ibge.gov.br/

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open source mundial é o GeoNetwork. Isto porqueele é um programa que provê uma gama enormede funcionalidades, desde a edição e criação demetadados até a implementação de mecanismosde busca, tudo em conjunto com uma aplicaçãonativa de visualização de mapas na web.

Interface do geoportal da FAO, rodando o geonetwork

O grande benefício de se usar umaferramenta como o Geonetwork está na facilidadede uso e no potencial associado ao programa. Épossível, por exemplo, criar o seu geoportal e neleinstalar um mecanismo que combina a busca emdiversos repositórios de dados apoiado por umaferramenta que agenda a busca por novos dados enovos repositórios, de acordo com critériospreestabelecidos.

GeonodeO GeoNode é uma plataforma para criação,

compartilhamento e uso colaborativo de dadosespaciais. Ela está presente neste texto portransformar a experiencia “comum” dos geoportaise SDI's para um novo nível, uma vez que procurautilizar-se neste meio de ferramentas antesvoltadas exclusivamente para redes sociais.

Constituído por componentes conhecidos dopúblico FOSS em geral, como o Django, e dopúblico FOSSGIS, como o GeoNetwork, GeoServere GeoExt, a ferramenta impressiona por tornarextremamente simples o compartilhamento dedados espaciais e introduzir mecanismos paracomentários e avaliações destes dados. É possívelavaliar, por exemplo, se um dado “cumpre o quepromete “ nos seus metadados, por meio daopinião de outros usuários que já tiveram acesso

ao mesmo. Um mecanismo de busca que se utilizade vários catálogos assim como de outrosmecanismos de busca na web, um sistema dereputação para usuários e ferramentas decomentários, além da criação automática demetadados e a integração com outras ferramentasem GIS completam o plantel de funcionalidades daaplicação.

Precisa de outras ideias? Abaixo listamos várioslinks com iniciativas de ferramentas parametadados, ordenadas pela nossa ordem deinteresse no projeto, considerando a comunidadede fossgis lusófona:

CatMDEdithttp://tinyurl.com/737b69y

Ferramentas para metadados do USGShttp://tinyurl.com/84emxcg

GVSIG metadatahttp://tinyurl.com/774lm2d

METADhttp://tinyurl.com/7sfmqy9

ISO Metadata Editorhttp://tinyurl.com/6oj5emz

INSPIRE geoportalhttp://tinyurl.com/84rnzgc

GeoKettlehttp://tinyurl.com/43w5en

MIG editorhttp://tinyurl.com/bkyg84

Metacathttp://tinyurl.com/78bnqzf

Open data Profilerhttp://tinyurl.com/7phujtd

Metadata Extraction toolhttp://tinyurl.com/2s3veo

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George R. C. SilvaGeógrafo, Esp. em SIG e desenvolvimento deaplicações geoespaciais. Atualmente trabalhana Atech S.A. em projetos de sistemas críticos

[email protected]

Shamehttp://tinyurl.com/6tcjqmq

Omekahttp://omeka.org

M3CAThttp://tinyurl.com/7rlx4sl

Preludiohttp://tinyurl.com/6t8n8x2

Metalitehttp://tinyurl.com/75smkce(Funciona em conjunto com o CORPSMET)

Metavisthttp://tinyurl.com/7tw7mcv

CatálogosGMCD – Global Global Change Master

DirectoryEste repositório, mantido pela agência

espacial norte-americana, possui cerca de 25.000descrições de conjuntos de dados e webservicesgeográficos

Banco de Metadados IBGEProjeto do IBGE para busca de dados

espaciais que se utiliza de uma plataformaconstruída via Geonetwork. É totalmente integradocom o portal da INDE, constituindo-se um doschamados nós do chamado Diretório Brasileiro dedados Geoespaciais. Nos testes realizados, foramencontrados cerca de 538 resultados de busca paradados no território brasileiro, resumindo-se aosdados constantes no ftp do órgão. O portal tambémpossui acesso a dados estatísticos.

Catálogo de metadados do MMAProjeto do MMA para busca de dados

somente no Brasil. Também utiliza-se da plataformaGeonetwork. Nos testes realizados, foramencontrados 536 dados espaciais catalogados peloórgão, dentre mapas interativos, dados vetoriais,imagens e serviços.

André MendonçaEngenheiro florestal, MsC. Ciências

Geodé[email protected]

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Existem pelo menos dois excelentessoftwares livres dedicados à edição de metadadose que são amplamente divulgados neste meio. Elessão o Geonetwork e o Geonode. Por seremferramentas completas tornam-se muitas vezescomplexas de se instalar e operar para os usuárioscomuns de SIG. Mas em contrapartida há um bomplugin para o Quantum GIS (também conhecidocomo QGIS) que pode ser uma alternativa aosaplicativos mencionados anteriormente. Trata-se doMetatools.

O Metatools é uma solução livre paravisualização, criação e edição de metadados noambiente GIS. É um plugin escrito na linguagemPython que roda dentro do Quantum GIS, a partirda versão 1.5, e para que isto seja possível requera instalação prévia das dependências Qt 4.6.0 ouPyQt e da biblioteca GDAL.

Esta extensão é financiada pela empresasulaficana Linfiniti Consulting1 e a responsabilidadepela construção e manutenção do software é daempresa russa de soluções geoespaciais open

source Nextgis2.Atualmente, encontra-se na versão 0.2.3 e

está em pleno desenvolvimento suportando ospadrões ISO 19115; ISO 19139 e FGDC. Emversões futuras pretende-se suportar outrospadrões como Dublin Core, por exemplo.

No que diz respeito ao suporte a formatos,na atual versão apenas os shapefiles e algunsdados raster (TIF, JPG, BMP e PNG) admitem queos metadados sejam criados/alterados.

Segundo o desenvolvedor, as principaiscaracterísticas do programa são:- Suporta vetor e raster;- Exibir metadados no formato HTML;- Dois modos de edição: árvore de metadados totale campos necessários filtrados;- Modelos para as seções: tipo de organização, delicença, de fluxo de trabalho, e tipo de dados;- Atualizar ou criar metadados em lote;- Incorporação de logs de processamento emmetadados e- Geração de visualização dos Metadados.

MMeettaattoooollssPPlluuggiinn ddee ccrriiaaççããoo ee eeddiiççããoo ddee mmeettaaddaaddooss nnoo QQGGIISS

PPoorr EEssddrraass ddee LLiimmaa AAnnddrraaddee

CAPA

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Para instalar os plugins basta clicar nomenu Complementos e selecionar BuscaComplemento Pyton.

Em seguida, na aba Opções, deve-seselecionar Mostrar todos os complementos, mesmoaqueles marcados como experimentais.

Na mesma janela, sendo que na abaComplementos, digita-se o termo meta,selecionando-os e clicando em Instalarcomplemento.

Após a conclusão do processo deinstalação, serão criadas duas barras deferramentas com as respectivas funcionalidades doplugin. Também é possível acessar esses recursosatravés do submenu Metatools no menu

Complementos.

Para iniciar o processo de criação de ummetadado usando o plugin Metatools presente noQGIS, deve-se clicar na ferramenta ConfigurarPlugin (7) e no campo Default profile na abaGeneral selcionar uma das duas opçõesdisponíveis, clicando em OK na sequência.

De volta à barra de ferramentas doMetatools, clica-se sobre a ferramenta EditarMetadados (4). Logo em seguida aparecerá a caixade diálogo informando que a camada selecionadanão possui metadados e pergunta se deseja criá-lo.Responde-se Sim.

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Na sequência, na aba Full View, se acessaa árvore de metadados, clicando nos camposeditáveis. Para inserir as informações solicitadas,digita-as no campo Edit Value (a direita) e clica-seem Apply. Repete-se este passo o quanto fornecessário, clicando em Gravar quando se chegarao final da inserção das informações.

Após finalizada a edição, deve-se clicar naferramenta Validar Metadados (5). O programa,então, fará uma verificação se os campos foramdevidamente preenchidos. Se tudo estiversatisfatório será criado o arquivo XML contendo osmetadados referente ao layer selecionadopreviamente. Caso contrário, será apresentado umrelatório contendo os campos que deixaram de serpreenchidos.

Para visualizar o XML, clica-se sobre oícone Visualizar Metadados (3) e o resultado devese parecer com a próxima figura.

Mesmo sendo considerado imaturo pelosdesenvolvedores, o plugin tem se mostradofuncional e pode atender satisfatoriamente àsnecessidades daqueles que lidam diretamente com

metadados.Vale ressaltar que graças ao formato XML e

a versatilidade do plugin em reconhecer estaextensão, é possível personalizar um arquivopadrão contendo os campos recomendados peloperfil MGB.

Referências[1] http://linfiniti.com/

[2] http://www.nextgis.ru/

Fontehttp://gis-lab.info/qa/metatools-eng.html

Esdras de Lima AndradeGeógrafo, Gerente de Geoprocessamento do

Intituto do Meio Ambiente de [email protected]

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FOSSGIS: Como seu trabalho na Food andAgriculture Organization (FAO) evoluiu para acriação do Geonetwork?

Jeroen Ticheler: Entrei na FAO1 como umprofissional júnior para ajudar com o sistemaARTEMIS de recepção e processamento deimagens de satélite. As imagens de satélite sãousadas em sistemas de alerta preventivos para asegurança alimentar e para o controle degafanhotos do deserto. Éramos uma equipe dequatro na época e no meu tempo livre eu comecei aorganizar outros dados geoespaciais que a FAOcoletava em sua sede e nos países. Havia umpequeno aplicativos desktop de catálogo quearmazenava os metadados FGDC em um banco dedados MS Access. Eu queria uma aplicação webque armazenasse os metadados em ISO 19115. Naépoca (2001) esse padrão de metadados foidisponibilizado apenas em forma de rascunho. Osistema também tinha que ser independente deplataforma, escrito em Java e independente debanco de dados. Para fazer isso nós construímosum protótipo do sistema que chamamos de

GeoNetwork, destinado a ser lançado como umproduto de código aberto para que pudesse serusado em qualquer lugar do mundo. Minha idéiaera que isso iria gerar negócios locais, atraircolaboradores de todo o mundo, permitir que asorganizações em qualquer lugar pudessemcomeçar a usá-lo e, finalmente, construir o melhorcatálogo de metadados geoespaciais disponível.O protótipo foi a base para começar a discussãosobre a adequação do sistema e a arquitetura desoftware com os engenheiros de software. Eurealmente melhor me refiro a eles como amigos!Nós, então, construímos a primeira versão que foilançada como software de código aberto. Conseguiconvencer um colega do Programa AlimentarMundial (WFP) para financiar o primeirovisualizador de mapa interativo, InterMap que foicapaz de combinar serviços WMS a partir deservidores de mapas distribuídos.

FOSSGIS: Como foi a negociação dentro daFAO para a disponibilização como softwarelivre?

PPoorr FFeelliippee CCoossttaa

Jeroen Ticheler(www.ticheler.net)Fundador e presidente doprojeto GeoNetwork Open-source.

EntrevistaArquivopessoal

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Jeroen Ticheler: Eu estava convencido de que aestratégia de software de código aberto funcionariamelhor. Nós seríamos capazes de lançar o projetoe apoiá-lo por algum tempo com um financiamentopequeno e muita energia. Projetos sempre têm umavida limitada dentro de uma organização, após oqual as pessoas seguem adiante, o dinheiro acaba,e os gestores querem algo novo. Uma vez quechegássemos a esse estágio, o projeto morreria amenos que houvesse uma saída. A criação de umaampla comunidade de usuários e desenvolvedorespoderia evitar que isso acontecesse, e isso foiexatamente o que aconteceu. O GeoNetworkopensource foi desenvolvido como um projetosustentável, com uma grande comunidadeapoiando-o e usando-o.

FOSSGIS: Quais são os casos de sucesso maisdestacados na utilização do Geonetwork?

Jeroen Ticheler: A primeira foi dentro do própriosistema das Nações Unidas. O GeoNetwork estáem uso na maioria das agências especializadas eestas agências compartilham dados espaciais pormeio dessa rede. Este sistema foi seguido peloConsórcio para Informação Espacial dos Institutosde Pesquisa em Agricultura (CGIAR). Então ascoisas mudaram rapidamente na Austrália, França,o GeoPortal FAO & ESA para o GEOSS (Sistemade Sistemas de Observação Global da Terra). Hojena Europa Ocidental a empresa GeoCat dá apoio a10 “georegistros” nacionais que disponibilizamdados geoespaciais nacionais para a infraestruturaeuropeia de dados espaciais chamada INSPIRE.Austrália e Nova Zelândia usam o Geonetworkcomo seu catálogo base. A lista continua. Ainda nãoestou ciente da ISS Estação Espacial Internacionalusando-o. ;-)

FOSSGIS: O Geonetwork foi desenvolvido comosoftware de catálogo de dados geográficos maspode também catalogar outros tipos dedocumentos e dados. Você tem conhecimentode utilizações diferenciadas do software?

Jeroen Ticheler: Tenho na maioria das vezes vistosendo usado para conteúdo geoespacial. Quetambém é o foco do projeto. Lentamentecomeçamos a ver pedidos para que ele tambémsuporte outros tipos de informação. Open Data

como um conceito é mais amplo que os dadosgeoespaciais e nós pensamos que o GeoNetworkoferece oportunidades enormes para isso.Protocolos de acesso de metadados e catálogosão todos baseadas em padrões no GeoNetwork,tornando-o perfeito para servir Open Datautilizando padrões abertos. Para isso nóscombinamos o Geonetwork com o GeoServer quefornece os serviços Open Data geoespaciais.Obviamente, o mesmo poderia ser feito usandooutras aplicações de serviços de dados.

FOSSGIS: Quem são os maiores concorrentesdo Geonetwork e quais as principais vantagensdele em relação aos demais?

Jeroen Ticheler: Concorrentes vêm e vão. Háalguns projetos de código aberto que servemmetadados através da interface CSW OGC(Serviço de Catálogo para a Web). Várioscatálogos de metadados proprietários no mercadofocam em comunidades de usuários muitoespecíficas, como observação da Terra. A Esrilançou seu toolkit Geoportal como um produto decódigo aberto há um ano atrás, percebendo queperderam grandes contratos devido ao caraterfechado de sua solução.A principal vantagem do GeoNetwork sobre asoutras aplicações de catálogo é a sua enormecomunidade de usuários. Todos os usuáriosdemandam que o software estejam emconformidade com os padrões que criam umaInfraestrutura de Dados Espaciais (IDE).Performance, conformidade e funções degerenciamento de metadados foram todos testadose utilizados em sistemas de produção por anos. Ovalor dessa experiência é frequentementesubestimado por pessoas começando a partir dozero. Nos dez anos que eu trabalhei noGeoNetwork eu ainda não vi um único catálogo demetadados geoespaciais chegar perto em termosde funcionalidades oferecidas. Isso não significaque nós tenhamos nossa posição de liderançagarantida. A lista de novas funções que sãoadicionadas ao GeoNetwork cada ano éincompreensível para mim. Os desenvolvedorestrabalhando no projeto aparecem com a maisincrível nova funcionalidade o tempo todo.

FOSSGIS: Qual o futuro do Geonetwork? Que

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mudanças estão previstas?

Jeroen Ticheler: A interface do usuário (GUI) foicompletamente redesenhada e implementada apartir do zero. isso irá oferecer funcionalidades deacordo com o observado em aplicações webmodernas. A interface antiga ainda estarádisponível por algum tempo, mas a nova é baseadaem widgets escritos em ExtJS, permitindo aosdesenvolvedores criar novas e flexíveis interfacespara o usuário final que são fracamente acopladascom os serviços subjacentes do GeoNetwork.Edição de metadados multilingue já faz parte daversão 2.6, mas a próxima versão 2.8 terá pesquisae indexação multilingue também. Além disso,estamos trabalhando no versionamento demetadados, melhorias no fluxo de trabalho demetadados, um sistema de plugin de perfis demetadados e muito mais.

FOSSGIS: Certamente o serviço de catálogo dedados é uma importante ferramenta nadescoberta de dados. Mas o que mais pode serfeito em relação a melhoria nos padrões eimplementação dos padrões nos SIG?

Jeroen Ticheler: Um grande problema nadescoberta de dados é que os sistemas de hojeainda não realmente conhcecem um ao outro.Conectar catálogos ainda é um processo manualna maioria dos casos e motores de busca comoGoogle e Bing focam apenas marginalmente emdescoberta de serviços de dados geoespaciais.Padrões geográficos são bastante avançados,enquanto eles ainda não estabilizaram muito. Oresultado é uma infraestrutura de Dados Espaciaisonde Web Map Services (WMS-OGC) funcionammuito bem em muitas plataformas SIG e emaplicações web. Mas quando se trata de qualqueroutro serviço as coisas parecem muito piores. WebFeature Services (WFS) e Sensor ObservationServices (SOS) servindo dados GML formatados,bem como Serviços de Catálogo (com metadadosISO) estão lentamente chegando lá. Outrospadrões tem suporte fraco ou muito fragmentado nacomunidade SIG. Uma vez que os principaispadrões estabilizarem, é bem provável que aInfraestrutura Global de Dados Espaciais cresceráem uma velocidade incrível. Aplicativos que usamum pouco de dados geoespaciais e serviços estão

lentamente começando a reutilizar os serviçosgeoespaciais disponíveis. São estas aplicaçõesque realmente irão impulsionar a demanda porconteúdo geoespacial.

FOSSGIS: Como foi a decisão de fundar aGeocat e que tipos de serviços e soluçõesvocês oferecem?

Jeroen Ticheler: Depois de fantásticos nove anostrabalhando com as Nações Unidas eu queria umnovo desafio. O GeoNetwork estava bemestabelecido no sistema das Nações Unidas eexistia cada vez mais demanda fora da ONU. Comos orçamentos muito limitados com que tínhamosde trabalhar na FAO era impossível atender asexpectativas e necessidades da comunidadeGeoNetwork. Eu estava há muito tempo esperandooutras empresas começarem a fazer negócios como GeoNetwork e algumas empresas começaram afazer trabalhos de catálogo paralelamente. Foiquando eu pensei que tinha chegado a hora decomeçar minha própria empresa e dar aodesenvolvimento do projeto um impulso sério. Euacho que essa decisão foi boa para o projeto. Aempresa GeoCat oferece serviços de consultoria edesenvolvimento para os Governos que precisamestabelecer sistemas sólidos de catálogogeoespacial.Nós oferecemos agora até contratos de suportepara o GeoNetwork opensource para ajudar osclientes a executar confiavelmente seus catálogose corrigir problemas quando eles aparecem. Temosuma parceria com a OpenGeo para oferecer apoiosemelhante em GeoServer, PostGIS e muito mais.Também desenvolvemos uma extensão para oArcGIS Desktop da Esri chamado GeoCat Bridge.Ele faz exatamente o que deve ser esperado deuma ponte: transferir os seus dados geoespaciais apartir do desktop para uma Infraestrutura de DadosEspaciais. Ele criará os serviços de mapanecessários no GeoServer e em breve noMapServer também. Os dados são transferidospara a plataforma de servidor, armazenando-os emdisco ou carregando-os em um banco de dadosPostGIS. A estilização é retirada do projeto ArcGIS,gerando os documentos SLD mais incríveis emsegundos. Os metadados também são mantidos nafonte e transformados em metadados ISO 19115válidos que são publicados em um catálogo

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Felipe dos Santos CostaAnalista de sistemas, Mestre em engenhariada Computação com ênfase em Geomáticapela UERJ e Tecnologista em Saúde Públicano Instituto Leônidas e Maria Deane - Fiocruz

Amazô[email protected]

GeoNetwork. Ligações entre o serviço e osmetadados são configuradas devidamente e sãogeradas automaticamente as imagens de pré-visualização. Em suma, um SDI é criado comapenas o clique de um botão. Ainda que a extensãoseja proprietária, tenho orgulho de um produto queconstrói uma ponte sólida entre soluções de códigoaberto e software proprietário usando o melhor dosdois mundos.

FOSSGIS: Que tipo de organização são seusprincipais clientes?

Jeroen Ticheler: Nós trabalhamos principalmentecom agências de governo, daí o nosso slogan "AEmpresa de Publicação dos Dados Geográficos doGoverno". Cerca de 75% da nossa receita vem declientes internacionais que servimos no mundotodo. Somos uma empresa pequena, mas nósoferecemos experiência com implementações tantode IDE e desenvolvimento de software de códigoaberto o que é difícil de encontrar. A maioria donosso trabalho é feito através de colaboraçãoonline, tentamos limitar viajar o tanto quantopudermos. Embora eu obviamente gostaria de ir aoBrasil um dia :-)

FOSSGIS: Você sabia que o Geonetwork é osoftware recomendado pela Comissão Nacionalde Cartografia (CONCAR) para uso em órgãospúblicos e privados para implantação daInfraestrutura Nacional de Dados EspaciaisINDE? Que mensagem você gostaria de dar aosusuários brasileiros?

Jeroen Ticheler: Não, eu não sabia disso. Isso éfantástico, é uma honra para nossa equipe!Gostaria de convidar você para ser ouvido emnossas listas de discussão e contribuir com suasexperiências e trabalho de volta ao projeto.GeoNetwork prospera por causa de todos osusuários individuais que dão apenas um passoextra para contribuir de volta. Essas contribuiçõespodem ser tão pequenas como corrigir um erroortográfico ou melhorar um parágrafo ultrapassadona documentação. A maioria dos usuários nãopercebem o quão importante é seu trabalho para acomunidade como um todo.

FOSSGIS: Mudando um pouco de assunto. Você

é o organizador da Bolsena Code Sprint, umevento de uma semana de desenvolvimento emum mosteiro na Itália. Como surgiu a ideia?Fale-nos um pouco sobre o evento e osresultados até agora.

Jeroen Ticheler: Nathan, o mesmo amigo e antigocolaborador que começou a desenvolver InterMapcomigo na ONU agora dirige um mosteiro juntocom sua esposa Sabrina. Eu os visitei um dia emBolsena, a norte de Roma e tive a idéia dehospedar uma semana de Code Sprint lá. É o lugarmais incrível que você pode imaginar paratrabalhar intensamente em conjunto. O ambiente,os quartos pequenos, o jardim, a comida italiana ea vista criam uma atmosfera inspiradora onde 25desenvolvedores de uma série de projetos OSGeose encontram e compartilham idéias, que começamimediatamente a implementar durante a semana.Nós temos duas sessões de apresentação durantea semana onde as pessoas são livres paraapresentar o seu trabalho e suas novas ideias.Obviamente, nós rimos, bebemos e comemosmuito! Todos os anos surgem novas iniciativasentre os projetos que inspiram as pessoas acolaborar até meses após o evento ter acontecido.A semana também permite que às pessoas seencontrem pessoalmente e façam o trabalho queeles nunca fariam ao voltar para casa em seusescritórios. O tempo disponível e a atmosferadescontraída criam um ótimo ambiente para osdesenvolvedores que não querem serincomodados enquanto eles pensam, discutem etrabalham em problemas complexos. Espero querepresente um real valor agregado para acomunidade OSGeo. Este ano será a quinta vez. Otempo voa quando você está se divertindo!

[1] Organização das Nações Unidas para Alimentação eAgricultura

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“A Terra é azul!” – Bem antes de estaspalavras serem ditas por Yuri Gagarin ao se tornaro primeiro homem a viajar para o espaço o serhumano já anelava o desejo de ter informaçõessobre seu planeta de um “ângulo” que só seriapossível de fora de nossa atmosfera.

Anseios como este contribuíram para ocrescimento espantoso da Geotecnologia queconhecemos como Sensoriamento Remoto (SR).Nesta matéria iremos conhecer mais de perto estatecnologia tão empolgante!

O objetivo deste artigo não é explicar cadaaspecto conceitual relacionado ao SensoriamentoRemoto, nem isso seria possível em vista dagrande abrangência desta Geotecnologia. Por hora,vamos nos concentrar nos seguintes pontos:- O que é sensoriamento remoto;- Dúvidas e confusões comuns sobre este tema;- Aplicações em projetos de Geoprocessamento;- Softwares livres e sensoriamento remoto;

O que é Sensoriamento Remoto?É sempre bom começar entendendo o que é

aquilo que estamos estudando. Assim, o que vem aser sensoriamento remoto (SR)? Vamos entenderentão, por partes, a razão do nome destatecnologia.

O termo “sensoriamento” em geral éempregado quando se deseja fazer referência àalguma atividade onde se obtém dados ouinformações sobre algo (objeto ou entidade). Esteprocedimento, em geral, envolve o uso dedispositivos comumente chamados de sensores.Por sua vez, a palavra “remoto” transmite a ideiade algo feito à distância, sem a necessidade detocar (entrar em contato direto) com o objeto, queem nosso caso será o alvo da coleta de dados. Umdos usos mais populares deste termo é noconvencional “controle remoto” que todos temosem nossas casas para controlar os diferenteseletrodomésticos.

Logo, podemos concluir que o SR é oconjunto de atividades, que permite a obtenção deinformações dos objetos que compõem a superfícieterrestre sem a necessidade de contato direto coma mesma, ou seja, remotamente. No contexto das

GeoOptics2010

DDeessmmiissttiiffiiccaannddoo oo sseennssoorriiaammeennttoo rreemmoottoo

PPoorr AAnnddeerrssoonn MMaacciieell LLiimmaa ddee MMeeddeeiirrooss

PPOORR DDEENNTTRROO DDOO GGEEOO

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Geotecnologias o SR explorado é o orbital, ondesatélites postos em órbita trabalham utilizandosensores específicos para gerar imagens e/ououtros tipos de dados, por meio da captação e doregistro de energia refletida ou emitida pordiferentes superfícies.

Entendido o que é Sensoriamento Remoto,torna-se necessário desmistificar alguns mitos edúvidas bem comuns sobre este tema.

Dúvidas, mitos e confusões1. Qual é o melhor satélite?

Depende! Não se pode dizer que um satéliteé melhor que outro, pois conforme será comentadoem um tópico à frente, os diferentes satélitespossuem aplicações variadas. A escolha sobre qualsatélite e sensor atenderá da melhor forma suasnecessidades deve levar em conta a aplicaçãoespecífica de seu projeto.

2. Qual a diferença entre satélite e sensor?No item anterior mencionamos sobre

escolha de satélite e sensor. Realmente a confusãoentre estes termos é mais comum do que seimagina. Mas a questão é bem simples:

Um satélite (artificial) é uma estruturacolocada em órbita e que comporta, integrada a si,inúmeros equipamentos entre os quais, distintossensores, que podem ou não ser imageadores epossuírem diferentes qualidades. Assim, um satélitepode transportar vários sensores.

A imagem a seguir (Fig.1) mostra uma fotode um dos satélites da série LANDSAT (LandRemote Sensing Satellite), composto de váriosequipamentos, inclusive um painel solar.

Exemplificando o que foi dito acima, quandoo satélite LANDSAT 5 foi lançado, contava com ossensores MSS (Multispectral Scanner System), queparou de funcionar em 1995, e o sensor TM(Thematic Mapper), este último com a capacidadede separação espectral adequada a oferecersubsídios para mapeamentos temáticos na área derecursos naturais.

Gostaria de obter informações detalhadassobre a história e características dos váriossatélites (QuickBird, Spot, NOAA, GeoEye, etc) eseus respectivos sensores? Acesse a página daEmbrapa Monitoramento por Satélite que tratadeste assunto <http://www.sat.cnpm.embrapa.br/>.

3. Os sensores remotos geram imagens coloridas?Não! Eis um mito dos piores sobre

sensoriamento remoto! Muitos se enganam aopensar que as imagens produto do sensoriamentoremoto já são geradas coloridas. Quais são, naverdade, os fatos sobre isso?

Quando um sensor remoto, apósdeterminados processos físicos, gera uma imagemesta é gravada em tons, escalas de cinza. Algunssensores fazem o registro em mais de uma “bandaespectral”. Apenas após o devido processamentodigital desta imagem, através do que chamamos decomposição colorida, é que a imagem atinge aaparência com cores variadas.

Para uma fixar a ideia descrita acima,observe as imagens abaixo, onde temos duascomposições coloridas distintas.

A figura 2 mostra uma composição coloridautilizando as bandas TM-1 (azul), TM-2 (verde) eTM-3 (vermelho) do sensor ETM+ do satéliteLANDSAT-7 (órbita 224, ponto 78) de 05 de agostode 1999.

Faça o download gratuito do e-book“Os Satélites e Suas Aplicações” emhttp://www.sindct.org.br/files/livro.pdf

Satélite da série LANDSAT

Fonte: NASA (2008)

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Primeiro exemplo de composição colorida

Fonte: http://www.inpe.br/

Já na figura 3 temos uma imagem emcomposição colorida utilizando as bandas TM-2(verde), TM-3 (vermelho) e TM-4 (infravermelhopróximo), do mesmo satélite, mesma órbita, ponto edata.

Terceiro exemplo de composição colorida

Fonte: http://www.inpe.br/

Note que a partir de variações na ordem decombinação das bandas gravadas em escala decinza se obtêm diferentes resultados de coloraçãoda imagem, que pode deixá-la mais próxima ou nãoda considerada “cor real”.

4. O que são dados SRTM?Muito se comenta sobre dados SRTM e é

bem comum lermos na internet dúvidas sobre autilidade destes. Em fevereiro do ano 2000 foi

executada a chamada missão SRTM, onde aNational Imagery and Mapping Agency (NIMA) e aNational Aeronautics and Space Administration(NASA) coletaram, através de equipamentosdotados da tecnologia de radar, informações paraprodução de um banco de dados digitais,necessários na elaboração de um Modelo Digitalde Elevação (MDE) das terras continentais.

Os dados foram produzidos para a regiãodo planeta posicionada entre os paralelos 56° S e60° N, que inclui a área onde o Brasil está inserido.

Dito de forma simples, os dados produzidospela missão SRTM podem ser bem aplicados emestudos envolvendo análise de relevo, desde quecompatível com a resolução das imagens que é de30 m de resolução vertical para os Estados Unidose 90 m de resolução vertical para as outraslocalidades.

5. Onde posso obter imagens de sensoresremotos?

A resposta depende das característicasnecessárias da imagem que irá atender suademanda. Para ilustrar, caso você queira fazer umestudo sobre vegetação, o uso de imagensgratuitas geradas por um satélite da sérieLANDSAT, com resolução espacial 30 m x 30 mdeve ser mais que suficiente.

Em outros casos é necessário adquirir,comprar, imagens que são comercializadas porempresas detentoras dos direitos sobre os dadosobtidos pelos satélites. Um exemplo disso, seria aaquisição de uma imagem QuickBird comresolução espacial centimétrica, que pode serempregada para cálculo de área de imóveis.

Aplicações do SR em projetos degeoprocessamento

Se fossemos listar em detalhes aqui todas

Baixe facilmente dados da missão SRTMatravés do Mapa índice TOPODATA

http://www.webmapit.com.br/inpe/topodata

40 Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 41: Mercado GIS

as possibilidades de aplicações do sensoriamentoremoto esta matéria teria de ocupar muito mais queuma edição inteira desta revista. Prova disso é oinfindável número de livros publicados e que aindanão esgotaram por completo este tema.

Algo que chama a atenção no uso deprodutos do SR em um projeto deGeoprocessamento é que esta Geotecnologia nãotem seu uso limitado à apenas uma etapa do inteiroprocesso. Explicando melhor: O SR está presentena chamada fase de coleta e processamento dedados (obtenção das imagens e vetorização), bemcomo na análise espacial (sobreposição decamadas de informação), entre outrascircunstâncias, dependendo das especificidades desua aplicação.

Citando brevemente algumas áreas onde oSR tem aplicação maciça podemos destacar:

Administração públicaFacilitando atividades como planejamento

viário, monitoramento do uso e ocupação do solo,análise das redes, elaboração de planos diretores,projetos de expansão urbana e arrecadaçãoadequada do IPTU. Some a isso as questõesligadas a fiscalização governamental como nocombate a plantação de drogas e proteção aolitoral, mar e fronteiras.

Meio AmbienteÉ forte a aplicação no monitoramente de

matas ciliares, nascentes, assoreamento de corposd'água, áreas de queimadas, desertificação, erosãocosteira, derramamentos de substâncias nocivas,áreas de preservação, etc.

TurismoDivulgação da paisagem local, espaços c

ulturais, localização monumentos históricos, alémde opções de passeio.

GeomarketingEm projetos deste tipo os produtos do

sensoriamento remoto são empregados paradeterminação da localização mais adequada de umestabelecimento comercial, além de estudo sobrevias de acesso, mapa rodoviário e estudos decrescimento.

Softwares livres e sensoriamento remotoDepois da obtenção das imagens de satélite

é necessária a realização de alguns procedimentostais como georreferenciamento e tratamento digitalda imagem (classificação, contraste, etc). Paraestas tarefas precisaremos contar com programascomputacionais específicos.

No mercado há softwares comerciais quecumprem bem sua proposta de trabalhar com todasas fases de processamento das imagens geradaspelos sensores remotos. Entretanto, é digno denota que há dezenas de programas de códigoaberto (open source) e/ou de uso gratuito quesuprem com qualidade satisfatória as mesmasdemandas. Destacamos na tabela abaixo apenasalgumas das mais robustas.

Muito material sobre fundamentos eaplicações do sensoriamento remoto,com ênfase no estudo do meio ambiente

está em:http://www.dsr.inpe.br/vcsr/apostilas.html

Page 42: Mercado GIS

Para obter vasto material sobre estessoftwares e suas aplicações em projetosenvolvendo sensoriamento remoto fazendo umabusca na internet por artigos, apostilas, livros etutoriais publicados por estudantes e profissionais.

Como falamos no início deste artigo, não épossível nesta ocasião tratar de tudo sobre osensoriamento remoto, mas esperamos que oconteúdo abordado aqui seja útil ao passo quevocê caminha na longa estrada do conhecimentosobre Geotecnologias.

O que você achou desta matéria da sériePOR DENTRO DO GEO? Envie suas opiniões esugestões para nosso [email protected].

Sites consultadosAlém dos endereços citados ao longo do texto, énecessário destacar que os seguintes endereçostambém foram consultados durante a elaboração

deste artigo.STEFFEN, C. A. Introdução ao SensoriamentoRemoto. Disponível em<http://www.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm> Acesso 06 de dezembro de2011.CUELLAR, M. Z. Sensoriamento Remoto e suasAplicações. Disponível em:<http://www.dgi.inpe.br/siteDgi/usr/eusisser-2/miguel/SR_aplica/sld001.htm> Acesso em 6 dedezembro de 2011.

Anderson Maciel Lima de MedeirosTecnólogo em Geoprocessamento e consultor

em Geotecnologias [email protected]

Page 43: Mercado GIS

A partir da versão 4.0, o Mapserverapresentou uma funcionalidade chamada “RunTime Substitution”, que é muito interessante paradestacar determinadas feições do mapa que estásendo exibido no navegador.

O seu funcionamento é bastante simples enão requer conhecimentos sobre programaçãoMapScript, sendo necessário apenas fazer algunsajustes no arquivo mapfile e inserir os parâmetrosna url que indicarão qual ou quais feições devemser destacadas.

Para demonstrar a utilização desse recurso,imagine o seguinte cenário: um aplicativo WebGISexibe o mapa estadual e após a realização de umaconsulta, deve-se mostrar o município que foiselecionado com uma cor diferente das demaisfeições que compoẽm a camada. Este é umexemplo simples de como podemos utilizar o RunTime Substitution.

Neste tutorial, será demonstrado como

montar um mapfile com este recuro, utilizandodados do estado do Ceará. O ambiente dedesenvolvimento utilizado será o Ubuntu 11.10. Noentanto, nada impede que o desenvolvedor realizeeste tutorial em outro sistema operacional, desdeque sejam realizadas as devidas modificações dospaths das pastas e da url.

Downloads dos dados e criação das pastasFaça o download dos dados no link abaixo:

Dados do Estado do Ceará:http://dl.dropbox.com/u/13408510/shp.zip

Em seguida cria-se uma pasta com o nomece na pasta raiz do seu servidor Web, no meu casoela fica em /var/www. Descompacte a pastacontendo os dados dentro da pasta “ce” criada. AFigura 1 mostra como ficou esta estrutura no meucomputador:

RRuunn TTiimmee SSuubbssttiittuuttiioonn nnoo MMaappsseerrvveerr

PPoorr MMaarrcceelllloo BBeenniiggnnoo BB.. ddee BBaarrrrooss FFiillhhoo

WWEEBB GGIISS

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Page 44: Mercado GIS

Organização das pastas no servidor Web no Ubuntu

Criação do arquivo mapfileUtilizando o editor de texto qualquer, crie

dentro da pasta ce o arquivo ceara.map, com oseguinte conteúdo:

Para testar o mapfile criado, abra o browser edigite a seguinte url:http://localhost/cgi-bin/mapserv?map=/var/www/ce/ceara.map&mode=map

MAPNAME 'ceara'EXTENT 168894 9143291 801185 9695478SIZE 650 600UNITS metersSHAPEPATH 'shp'

PROJECTION'init=epsg:29185'

END

IMAGECOLOR 255 255 255IMAGEQUALITY 95IMAGETYPE agg

OUTPUTFORMATNAME aggDRIVER AGG/PNGIMAGEMODE RGB

END

LAYERNAME 'oceano'STATUS DEFAULTTYPE POLYGONDATA 'oceano.shp'

CLASSNAME 'Oceano Atlântico'STYLEWIDTH 1.0OUTLINECOLOR 0 0 255COLOR 85 170 255

ENDEND

END

LAYERNAME 'vizinhos'STATUS DEFAULTTYPE POLYGONDATA 'vizinhos.shp'CLASSNAME 'Estados Vizinhos'STYLEWIDTH 1.0OUTLINECOLOR 100 100 100COLOR 199 199 199

ENDEND

END

LAYERNAME 'municipios'STATUS DEFAULTTYPE POLYGONDATA 'municipios.shp'CLASSNAME 'Limite Municipal'STYLEWIDTH 0.6OUTLINECOLOR 0 0 0COLOR 255 255 127

ENDEND

END

END #Fim do mapfile

44 Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 45: Mercado GIS

Caso o seu sistema operacional dodesenvolvedor seja outro, será necessário digitarapós “map=” o caminho até o mapfile. No Windows,considerando o pacote ms4w instalado na raiz daunidade C:\, teríamos a seguinte url:

http://localhost/cgi-bin/mapserv.exe?-map=/ms4w/apache/htdocs/ce/ceara.map&mo-

de=map

Deverá aparecer uma imagem no navegadorsemelhante a da figura 2.

Teste do Mapfile criado

Preparando o Run Time SubstitutionAdicione a camada que terá o recurso de

substituição em tempo de execução, para isso,altere o mapfile anterior, adicionando antes daúltima linha (Fim do mapfile) as instruções a seguir:

Temos então alguns novos elementos,primeiro, dentro do objeto METADATA aparece umaregra de validação (construída com o uso deexpressão regular), que é necessária para ofuncionamento correto deste recurso, pois casoseja passado algum valor na url que não sejanumérico e que não possua de um a três dígitos,não será exibido nada de diferente no mapa. Onome da regra deve ser construído com o nome docampo seguido de “_validation_pattern”, neste casoidmun é uma coluna que contém valoresincrementais de 1 a 184. Ou seja, cada municípiopode ser representado por um código deste campo.

O outro novo elemento é o objeto FILTER,nele deve-se especificar as feições que serãoexibidas no mapa, através de uma expressão, nonosso caso, a expressão contém apenas o nomeda coluna id_mun entre os caracteres de máscara‘%’. Mais detalhes sobre como utilizar os filtrospodem ser encontrados na documentação doMapserver.

O resultadoPara testar o funcionamento deste recurso,

adicionamos mais uma variável na url, contendo onome da coluna que definimos em FILTER (idmun),da seguinte forma:

http://localhost/cgi-bin/mapserv?map=/var/www/ce/ceara.map&idm

un=63&mode=map

No MS4W a url deverá ficar assim:

LAYERNAME 'municipios_selecao'STATUS DEFAULTTYPE POLYGONDATA 'municipios.shp'FILTER ([idmun] = %idmun%)METADATA

'idmun_validation_pattern' '^[0-9]{1,3}$'ENDCLASSNAME 'Seleção'STYLEWIDTH 2OUTLINECOLOR 218 0 0COLOR 240 60 0

ENDEND

END

45Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 46: Mercado GIS

http://localhost/cgi-bin/mapserv.exe?map=/ms4w/apache/htdocs/ce/

ceara.map&idmun=63&mode=map

Se não houve nenhum erro de digitação,deverá ser exibido o mapa anterior com a feiçãocom o idmun igual a 63 destacada, como mostra aFigura 3.

Resultado da aplicação com o Run Time Substitution

Variando os valores de 1 a 184 vemos queo recurso funciona perfeitamente, destacandooutras feições. Agora é usar a criatividade paradesenvolver as aplicações Mapserver explorandoeste recurso. Uma sugestão é combiná-lo com avariável mapext na url onde são passados ascoordenadas do retângulo envolvente da feiçãoselecionada, da seguinte forma:&mapext=xmin+ymin+xmax+ymax.

Chegamos então ao fim do nosso tutorial,espero que tenham gostado e conseguido atingir omesmo resultado mostrado aqui. Caso algo tenhadado errado, fiquem a vontade em nos escrever.Aqui também está disponibilizado um link com aaplicação final:http://dl.dropbox.com/u/13408510/ce.zip

Um abraço a todos e até a próxima.

Referências

Mapserver Run Time Substitution - http://goo.gl/BvmBe

Mapserver Filter - http://goo.gl/XRV4F

Tutorial do Blog Linfiniti Geo - http://goo.gl/Ik2T1

Marcello Benigno B. de Barros FilhoProf. do Curso Superior de Tecnologia em

Geoprocessamento - IFPBConsultor da Acesso Livre Consultoria

[email protected]

Page 47: Mercado GIS

A coluna Desktop GIS desta edição édedicada ao Spring, um software brasileiro paraSistemas de Informações Geográficas (SIG) queteve seu berço no Instituto Nacional de PesquisasEspaciais (INPE), uma das principais instituições depesquisa do Brasil.

O software Spring faz parte de um projetoda Divisão de Processamento de Imagens (DPI) doINPE com a participação de outras entidades quecontribuíram para o desenvolvimento de seu códigoe também apoiando financeiramente. O nome doprograma vem de Sistema de Processamento deInformações Georreferenciadas.

Os objetivos do projetoDesde sua concepção o projeto estabeleceu

entre seus objetivos construir um aplicativo SIG quefosse eficiente para aplicações em campos comoagricultura, floresta, gestão ambiental, geologia,geografia e planejamento (urbano e regional).

É excelente ver que ao longo de cerca de20 (vinte) anos de desenvolvimento as expectativasiniciais foram superadas, pois muitas áreas alémdas citadas acima fazem uso do sistema do INPE.As particularidades do programa nos ajudam a

SSPPRRIINNGGTTeeccnnoollooggiiaa bbrraassiilleeiirraa ppaarraa SSIIGG

PPoorr AAnnddeerrssoonn MMaacciieell LLiimmaa ddee MMeeddeeiirrooss

entender por que o Spring tem se mostrado umgrande sucesso.

Algumas características do SpringDesde sua primeira versão, lançada em

1991, o Spring possui versões para as plataformasMicroSoft (MS) Windows e baseadas em sistemasUnix, suportando grande volume de dados, emdiferentes formatos vetoriais e matriciais semenfrentar limitações no tocante a projeção, fator deescala ou fuso. Conta com um sem número demaduros algoritmos e ferramentas paraprocessamento digital de imagens, interpolação eanálise espacial, modelagem numérica de terrenoe interação com bancos de dados espacialmentereferenciados.

Outra característica que contribui para oSpring se destacar com um poderoso programapara Geoprocessamento é o fato de ele serbaseado em um modelo de dados orientado àobjetos com a combinação de janelas e menus queutilizam a Linguagem Espaço Geográfica baseadaem Álgebra (LEGAL), considerada de fácilutilização para programação do ambiente detrabalho.

DDEESSKKTTOOPP GGIISS

47Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 48: Mercado GIS

Imagine um programa que em sua mesmaversão é capaz de operar, com plenafuncionalidade, em ambientes tão distintos comoum microcomputador e uma estação de trabalho dealto desempenho. Se necessário o Spring realizaeste feito sem qualquer problema (decompatibilidade ou de outra natureza) graças a suacompleta escalonabilidade.

Some ao já exposto a vantagem da base dedados ser única. Dito de forma simples o programafoi desenvolvido de forma tal que sua estrutura dedados não exigisse a conversão de dados para queestes pudessem ser manipulados em diferentesSistemas Operacionais (SO). Além disso, ainterface gráfica é idêntica independente daplataforma computacional utilizada, sendo, portantosingular o modo de operacionar o Spring.

Spring – Um conjunto de programasO Spring também pode ser considerado

como um ambiente composto de vários programasou módulos com funções específicas, sendo eles:

SPRING: Módulo que agrupa um conjunto deferramentas para Geoprocessamento comotratamento digital de produtos de sensoriamentoremoto, análise espacial, manipulação de dadosgeográficos, e assim por diante (Fig. 1).

Interface do módulo Spring

IMPIMA: Este módulo permite a conversão deimagens de satélite de diversos formatos, para otipo de arquivo nativo do Spring (Fig. 2).

Interface do módulo Impima

SCARTA: É o módulo com finalidade na produçãode produtos cartográficos (mapas e cartas, porexemplo) em vários formatos gráficos, prontos paraimpressão.

Além destes três aplicativos principaistemos a os módulos auxiliares Iplot paravisualização das cartas e Teste Mesa, que como opróprio nome já diz, serve para testar ofuncionamento de mesas digitalizadoras.

Um software gratuito que se tornou livreNa maior parcela de sua história o Spring

foi um software proprietário não comercial. Emborasempre tenha sido de uso gratuito, ele não atendiade forma integral às quatro liberdades quecaracterizam os softwares livres (SL), pois o seucódigo fonte não era aberto.

Felizmente esta situação mudou. No fim de2010 o Spring passou a ser um programa opensource, cerca de duas décadas depois de suaconcepção a equipe de desenvolvedores liberou ocódigo para a comunidade internacional.

VOCÊ SABIA?O código fonte do Spring já ultrapassou amarca de 1 (um) milhão de linhas geradas

ao longo de vinte anos!

Porque o Spring não era um SL desde suacriação? Descubra lendo a Entrevista comGilberto Câmara (INPE) na Ed.1 da Revista

FOSSGIS Brasil:http://www.fossgisbrasil.com.br/download

48 Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 49: Mercado GIS

Para obter o código fonte acessehttp://www.spring-gis.org/ ouhttp://www.spring.org.br/. Nestes endereços vocêserá apresentado em detalhes à arquiteturacompleta, as definições da estrutura de pastas, asnecessidades e os processos necessários para amontagem do ambiente de desenvolvimento doprograma. Estão disponíveis também nestes sítiosa documentação básica de algumas classes evariáveis, bem como exemplos de funcionalidadenos quais estas terão aplicação prática.

Detalhes importantes sobre as versões da série5.1.x

Como era de se esperar, com a evolução doprograma e o lançamento de suas atualizações ainterface do Spring foi significativamenteaprimorada. As melhorias foram muito mais queapenas visuais.

Para manter o software compatível com asmais recentes arquiteturas e SO, o pacote deaplicativos da versão 5.1 foi adaptado paraplataformas de 64 bits. Isso ampliou a capacidadedo programa de trabalhar com um volume aindamaior de informações.

Entretanto, é importante citar que para estetipo de SO (64 bits) alguns Sistemas Gerenciadoresde Bancos de Dados (SGBD) não são suportados ea linguagem LEGAL está indisponível. No Windowsapenas o MySQL está disponível e para Linux asopções são o MySQL, PostgreSQL e Oracle.

Estas restrições foram definidas tendo emvista que os SO de 32 bits ainda são os maisutilizados. Assim, caso haja a intenção e/ounecessidade de utilizar o PostgreSQL (talvez porconta da integração do Spring com o pluginPostGIS) no MS Windows o recomendado é nãoutilizar a versão para 64 bits.

Um ponto positivo é que na série 5.1.x osuporte a novos formatos de dados geográficos foiincorporado ao programa, o que proporciona que oSpring ofereça maior interoperalibilidade com osoutros aplicativos. Entre os novos tipos de dadosaceitos estão o DXF, DWG, KML e JPEG2000.

Outro fator atraente no Spring, ainda nãopresente em outros programas considerados por

muitos como sendo mais “amigáveis”, é que agoraele pode atuar como um sistema multiusuário. Ouseja, diversos usuários com perfis distintos podemacessar um determinado banco de dados aomesmo tempo desde que possuam permissão paraisso.

Estas são apenas algumas das novidades emudanças implementadas nesta nova série deversões do Spring. Para obter mais informaçõesneste sentido veja a documentação oficial que ébem completa. Por sinal, o site[http://www.dpi.inpe.br/spring/] inteiro do projeto ébastante rico.

Onde aprender mais sobre o SpringConforme já mencionado, se bem

explorado, o sítio do projeto Spring é a maiscompleta fonte de informações sobre o programa.Muitas das informações publicadas neste artigoforam extraídas e adaptadas do conteúdodisponível no portal.

Na seção Manuais você encontrará materialdidático em diferentes formatos. Por exemplo, estádisponível um arquivo executável que “instala” umasérie de tutoriais na forma de 10 (dez) aulas queabrangem desde uma apresentação sobre o que éo Spring até a geração de produtos paraimpressão.

No mesmo setor do site você poderáacessar outro tutorial online sobre aspectosconceituais de Geoprocessamento, análiseespacial, sensoriamento remoto e modelagemnumérica do terreno. Explorando ainda mais o siteé possível ter acesso e realizar o download dedezenas de publicações científicas sobre projetosonde o Spring foi utilizado.

O portal oficial não é o único canaldisponível para se aprender mais sobre oprograma. Além de tutoriais publicados em

O livro digital Spring 5.1.2 Passo a Passo:Aplicações Práticas e os dados usados nosprocedimentos ilustrados estão disponíveis

gratuitamente em:http://www.mundogeomatica.com.br/spring5x.htm

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diversos blogs e sites confiáveis especializados emGeotecnologias os usuários do sistema sãoconvidados a participar da Comunidade VirtualSpring [http://www.comunidadespring.com.br/].

Um software robusto e confiávelEmbora o Spring repetidas vezes seja

criticado por sua interface pouco amigável, poucosprogramas para SIG oferecem suporte a tantosformatos diferentes de dados geográficos

(matriciais e vetoriais) e um conjunto tão completoe maduro de algoritmos para tratamento eapreciação da informação espacial.

Conforme comentado em 2011 por GilbertoCâmara, numa entrevista para Revista FOSSGISBrasil, o “Spring poderá evoluir bastante pormelhorar o classificador orientado à objetos. OINPE tem o compromisso de mantê-lo semprerobusto, aperfeiçoando suas funcionalidades deprocessamento de imagens”.

Com certeza o Spring continuará sendouma referência em tecnologia para SIG. Podemoster muito orgulho deste software 100% brasileiro,tão poderoso e confiável!

Anderson Maciel Lima de MedeirosTecnólogo em Geoprocessamento e consultor

em Geotecnologias [email protected]

Page 51: Mercado GIS

Não é mais novidade que os smartphones eos tablets estão se popularizando numa velocidadeespantadora em todo mundo; principalmente nospaíses emergentes, mais conhecidos como BRIC(Brasil, Rússia, Índia e China). E isto se deve a doisfenômenos que estão ocorrendoconcomitantemente e se completando. São eles: a)o aumento considerável no poder aquisitivo daspopulações devido a estabilização de suaseconomias e b) a grande aceitação por esses tiposde tecnologias. Isto tem permitido um consumocada vez crescente desses produtos e, atrelados aeles os serviços oferecidos, como é o caso dainternet com tecnologia 3G e a iminente 4G.

Paralelamente a essa questão econômica-comercial, é fato que o mercado dasgeotecnologias vem crescendo de formaexponencial, no Brasil, particularmente. E isto éobservado não só através da venda de licenças desoftwares e serviços de cunho geográfico mastambém em universidades e instituições públicas eprivadas. Não obstante, o uso não-comercial, não-profissional ou até mesmo amador também vem seintensificando e até em maiores proporções que oscitados acima.

Pra se ter uma ideia da importância dessetipo de tecnologia no mercado, o site de notíciassobre economia, negócios, marketing e mídiaAdvillage[1] apresenta números importantes sobreos diversos tipos de serviços baseado nanavegação GPS ou localização como sendo asfunções mais utilizadas nos aparelhos de telefoniamóvel, superando até as mensagens instantâneas.

Porcentagem da navegação GPS em relação às demais

funções presentes em smartphones, por país.

OOSSMM TTrraacckkeerr::CCrriiee mmaappaass aa ppaarrttiirr ddee uumm ddiissppoossiittiivvoo mmóóvveell

PPoorr EEssddrraass ddee LLiimmaa AAnnddrraaddee

MMOOBBIILLEE GGIISS

51Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 52: Mercado GIS

Ao juntar numa mesma fórmula os gadgets,a boa situação econômica do país, o poder decompra das pessoas, a internet móvel e asgeotecnologias livres; têm-se uma expressão desucesso que serve tanto para uso profissionalquanto pessoal.

É neste cenário que a coluna Mobile GISdesta edição traz para você um análise do projetoOpenStreetMap Tracker. Se você ainda não éusuário dessas tecnologias, prepare-se para entrarde cabeça neste fascinante universo dasgeotecnologias móveis. Tenha uma ótima leitura.

O projeto OSMTrackerÉ uma App desenvolvida sob a liderança do

francês Nicolas Guillaumin que permite criar mapasde pontos, linhas e polígonos destinado adispositivos móveis como PDA, smartphones eTablets. Roda sobre os sistemas operacionaisAndroid e Windows Mobile. A lista completa dosmodelos e sistemas operacionais que suportam oOSMTracker pode ser conferida em:http://goo.gl/kjVpx.

Distribuição e instalaçãoEsta App é Open Source e por isso

distribuída livremente sob a terceira versão dalicença GPL. Para instalar o aplicativo no SOAndroid basta acessar o Android Market, aceitar ostermos e clicar em instalar. Também é possível noato da instalação marcar a opção de auto-atualização para as versões mais recentes.

Interface gráfica

O programa mostrou-se nos testes muitoestável, sem travamentos ou reinicializações,permitindo o controle total de todos os recursosatravés da boa interface gráfica; no qual a divisão,posição e tamanho dos botões permitem umaagradável interação entre o usuário e o aplicativo.

Conexão aos satélitesO fator que mais chama a atenção é a

possibilidade de usar o programa sem anecessidade de habilitar a conexão 3G ou WiFi. Osistema demora entre 2 e 5 minutos para seconectar com a constelação de satélites. Claro queisto depende das condições atmosféricas e dalocalização, ou seja, se o usuário está no campoou cercado por edifícios, por exemplo. Todos estesfatores influenciam diretamente na precisão darecepção do sinal; que durante os testes variouentre 3 e 24 metros numa mesma sessão.

Formato universalOutra questão que merece destaque é a

capacidade de salvar os dados no formato abertoGPX; facilitando e muito a sua importação e usoem SIG desktops ou outros programas detratamento de dados de GPS, como por exemplo oQLAndkarteGT, o GPS Trackmaker e o Easy GPS.O diretório de saída dos arquivos GPX é/osmtracker no cartão de memórias do dispositivoutilizado.

52 Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 53: Mercado GIS

Qlandkarte: Programa de tratamento de dados GPS.

Aos arquivos GPX, além das informaçõesdas coordenadas geográficas, constam outrasinformações como a altitude, data e hora (início efim) do registro da entidade mapeada; permitindouma análise básica dos dados em escritório.

Detalhes de data, hora e perfil do terreno com base na

elevação.

Opções de registros pontuaisDestaca-se ainda a capacidade que esta

App tem para registrar elementos pontuais atravésde fotos, notas de texto e até através de uma curtagravação de voz de até 2 segundos. Nos casos dagravação de voz e tirar fotos, o processo éconhecido como geottaging, pois associa a esses

registros as coordenadas geográficas do local deonde foram feitas.

Visualização das entidades mapeadasAo acessar a função de Exibição da trilha, é

apresentado ao usuário a sua posição geográficasobre o mapa elaborado em forma de Wiki pelacomunidade e disponibilizado nos servidores doOpenStreetMap. Este função tem como recursoprincipal posicionar o usuário em um mapa derolagem automática com indicação de rumo, ouseja, centraliza a posição do usuário no display doaparelho, movendo-se e mudando a orientaçãoautomaticamente, na medida em que se está emmovimento.

Configurações

Quanto às configurações, o menu écompleto, permitindo configurar desde informações

53Revista FOSSGIS Brasil | Janeiro 2012 | www.fossgisbrasil.com.br

Page 54: Mercado GIS

do GPS, Arquivos de saída GPX até a Interfacegráfica do usuário divididos nos os seus múltiplossubmenus, mostrando-se ser bastante configurávele personalizável.

ConclusãoConsiderando que o Brasil é um país de

proporções continentais; possuindo uma populaçãode quase 200 milhões de pessoas e sendo 85%destas vivendo em centros urbanos, estima-se queexistem cerca de 19 milhões de smartphones noBrasil, o que corresponde a cerca de 9% domercado nacional de telefonia móvel[2], percebe-seque ainda existe pouca informação geográfica ecartográfica, do território brasileiro, principalmentedas cidades. Mapear o local onde se vive significaconhecê-lo e, pelo visto, ainda não o conhecemosbem.

Mas como este é um mercado promissorpois, na medida em que a tecnologia for baixandode preço, tanto dos dispositivos quanto da conexãoà internet associadas às e geotecnologias livres egratuitas, vislumbra-se que o Brasil poderácomeçar a dar um salto na quantidade decolaboradores voluntários no projetoOpenStreetMap.

Após esta breve análise, conclui-se que aApp OSM Tracker é uma excelente ferramenta de

mapeamento em campo, não só pela ausência decusto tanto na aquisição do aplicativo quanto nadesnecessidade de uso da internet para o registrodos dados, mas principalmente pela facilidade demanuseio e a integração destes dados com outrossoftwares de geoprocessamento.

Fica a dica. Experimente. Use.

As informações prestadas na análise do OSMTracker

basearam-se na seguinte tecnologia: Dispositivo móvel:

Samsung Galaxy 5; Sistema Operacional: Android 2.1; Versão

do OSMTracker: 0.5.6.

Referências[1] http://www.advillage.com.br

[2] http://goo.gl/fDRsA

ConsultasContribuintes OpenStreetMap Wiki ", OSMtracker (Android),"

OpenStreetMap Wiki,

http://wiki.openstreetmap.org/w/index.php?title=OSMtracker_

(Android) & oldid = 710043 (acessado em 15 dez 2011).

Esdras de Lima AndradeGeógrafo, Gerente de Geoprocessamento do

Intituto do Meio Ambiente de [email protected]

Page 55: Mercado GIS

Robson José Alves BrandãoGeógrafo, Diretor de Geoprocessamento da

Secretaria de Estado do Planejamento eDesenvolvimento de Alagoas

[email protected]

O Estado de Alagoas é a segunda menorunidade da federação, ocupando uma área depouco mais de 27.700 km² onde cerca de 60% doterritório está em altitudes inferiores a 200 metrossendo as maiores altitudes situadas no Planalto daBorborema, porção centro-norte do estado.

O mapa da vez desta edição traz arepresentação cartográfica da hipsometria destaunidade federativa e foi elaborado usando softwareslivres em todas as suas etapas, as quais sãodescritas na metodologia abaixo.

As imagens de radar da missão SRTM, comresolução de 90 metros, foram importadas para oSPRING onde foi realizado o mosaico epreenchimento dos pixels vazios. A partir daí,utilizou-se o shapefile do limite do Estado deAlagoas, correspondente ao ano de 2010,disponibilizado no website do IBGE, a fim de limitara área de abrangência através da função Clip.

A etapa seguinte consistiu na extração dascurvas de nível com equidistância de 50 metros apartir do mosaico do raster SRTM, sendo exportado

no formato SHP. Dentro do TerraView, foi gerado orelevo sombreado que ficou como fundo no mapa.A partir do shape das curvas de nível, deu-seprocedimento a geração do mapa temático com assuas respectivas classes. Este foi sobreposto àcamada correspondente ao relevo sombreado comaplicação de transparência de 15%, permitindo,desta forma, que a camada ao fundo fossevisualizada, dando textura ao mapa. Sobrepôs-sesobre estas camadas o shapefile, dos principaisrios e corpos d'água, dos estados limítrofes eoceano atlântico, bem como a localização dasprincipais cidades do Estado.

Na etapa de acabamento, o mapa foieditado no software de manipulação de imagensGIMP. O layout foi gerado fora de programas SIG,sendo realizado no Inkscape.

Por Robson José Alves Brandão

Mapa da vezSEÇÃO

AndyAldridge@flickr

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