mercado financeiro

42
Significado de Spread Bancário O que é Spread Bancário: Spread bancário é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo para uma pessoa física ou jurídica. No valor do spread bancário estão embutidos também impostos como o IOF. Nesse contexto, o termo inglês "spread" significa "margem". Essa margem financeira cobrada pelo banco e outras instituições financeiras, é um valor que varia de banco para banco e acresce à habitual taxa de juro cobrada pelo empréstimo. Para os bancos, quanto maior o spread, maior é o lucro nas suas operações. O spread bancário brasileiro é um dos mais altos do mundo, o que gera muitas críticas, uma vez que é um dinheiro que poderia estar fazendo girar a economia e não ser totalmente utilizado pelos bancos. MERCADO MONETÁRIO A instituição social que resulta da relação entre os vendedores e os compradores que procuram realizar intercâmbios ou transacções conhece-se pelo nome de mercado. Monetário, do latim monetarĭus, é aquilo que pertence ou que é relativo à moeda (a peça de ouro ou de outro metal que se utiliza como meio de intercâmbio e, por extensão, a nota, o papel ou o curso forçado). O mercado monetário é, portanto, um ramo dentro do mercado financeiro onde se negoceiam activos financeiros (certificado de depósitos, etc.) a curto prazo. A sua finalidade é dar aos agentes económicos a possibilidade de transformar a sua riqueza em títulos ou valores com alto grau de liquidez. Exemplos: “A multinacional recorrerá ao mercado monetário para conseguir financiamento”, O mercado monetário cumpre um papel muito importante na economia local”.

Upload: valeria-sousa

Post on 05-Nov-2015

34 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Mercado Financeiro

TRANSCRIPT

Significado de Spread Bancrio

O que Spread Bancrio:

Spread bancrio a diferena entre o que os bancos pagam na captao de recursos e o que eles cobram ao conceder um emprstimo para uma pessoa fsica ou jurdica. No valor dospread bancrio esto embutidos tambm impostos como o IOF.Nesse contexto, o termo ingls "spread" significa "margem".Essa margem financeira cobrada pelo banco e outras instituies financeiras, um valorquevaria de banco para banco eacresce habitual taxa de juro cobrada pelo emprstimo.Para os bancos, quanto maior ospread, maior o lucro nas suas operaes. Ospread bancrio brasileiro um dos mais altos do mundo, o que gera muitas crticas, uma vez que um dinheiro que poderia estar fazendo girar a economia e no ser totalmente utilizado pelos bancos.

MERCADO MONETRIOA instituio social que resulta da relao entre os vendedores e os compradores que procuram realizar intercmbios ou transaces conhece-se pelo nome de mercado.Monetrio, do latim monetarus, aquilo que pertence ou que relativo moeda (a pea de ouro ou de outro metal que se utiliza como meio de intercmbio e, por extenso, a nota, o papel ou o curso forado).O mercado monetrio , portanto, um ramo dentro do mercado financeiro onde se negoceiam activos financeiros (certificado de depsitos, etc.) a curto prazo. A sua finalidade dar aos agentes econmicos a possibilidade de transformar a sua riqueza em ttulos ou valores com alto grau de liquidez.Exemplos: A multinacional recorrer ao mercado monetrio para conseguir financiamento, O mercado monetrio cumpre um papel muito importante na economia local.Os bancos, as caixas de depsitos e as administraes pblicas so os principais agentes que intervm no mercado monetrio. Outros participantes so as instituies financeiras no bancarias, como as companhias de seguros.A participao no mercado monetrio pode dar-se atravs de uma relao directa com as emissoras dos activos ou atravs de intermedirios especializados (como casas de bolsa ou bancos). Entre as razes para investir num mercado monetrio, h que mencionar a segurana, a alta liquidez e a flexibilidade.Os activos negociados no mercado monetrio caracterizam-se pelo seu baixo risco e pela sua elevada liquidez. possvel distinguir dentro deste mercado o mercado de crdito e o mercado de ttulos (primrio e secundrio).

MERCADO DE CRDITO

Mercado de crdito o nome dado a parte do sistema financeiro onde ocorre o processo de concesso e tomada decrdito.O mercado de crdito envolve duas partes, uma credora e outra devedora, que normalmente estabelecem uma relao contratual entre si, podendo ser formal ou informal. Esta situao sugere que uma das partes, a credora conceda liquidez outra, mediante um prmio de liquidez ou derisco, comumente intitulado de juros. Nesta relao parte credora oferece um bem a parte devedora, que nasociedadecapitalista amoedafiduciria ou escritural.1Segundo o novo dicionrio do Aurlio, crdito definido como cesso de mercadoria, servio ou importncia emdinheiro, para pagamento futuro. Assim sendo, ao dispormos a terceiro uma determinada mercadoria, mediante ao compromisso, formal (contrato) ou informal, de reembolso no futuro, estamos vendendo a crdito. Quando dispomos a terceiro uma importncia em dinheiro mediante o compromisso, formal ou informal, de pagamento no futuro, estamos emprestando a crdito.O mercado de crdito serve de alavancagem para a maioria das economias desenvolvidas domundo, j noBrasileste mercado ainda tem pouco expresso, devido a taxa de juros no Brasil estar entre as mais altas do mundo. No entanto o mercado de crdito est em grande expanso, segundo aFEBRABANem julho de2008o crdito alcanou o seu recorde histrico, chegando a 37% doPIBbrasileiro, ultrapassando a casa de 1 trilho de reais, onde o crdito destinado a pessoa fsica corresponde a cerca de 370 bilhes de reais.2No sistema capitalista os principais agentes de concesso de crdito so as instituies financeiras, embora existam vrios outros agentes, como as empresas para seus clientes e as pessoas fsicas para seus parentes e amigos. Asinstituies financeirasso os principais agentes pelo seu poder de arregimentar recursos, e pelo grau de especializao que alcanam no processo de emprestar e principalmente receber seus emprstimos.Existem muitas modalidades de crdito disponveis ao consumidor atualmente, as principais so:cheque especial;carto de crdito; emprstimo pessoal;crdito direto ao consumidor (CDC);crdito consignado;crdito habitacional;leasing.

COMPLEMENTO (MECARDO DE CRDITO)

O mercado de crdito composto por instituies financeiras e no financeiras que prestam servios de intermediao de recursos de curto, mdio e longo prazo para indivduos e empresas que necessitam de recursos para o consumo e capital de giro. O banco central do Brasil o principal rgo responsvel pelo controle e normatizao deste mercado. Quando o acesso ao crdito facilitado, as empresas tendem a investir mais na expanso de suas atividades e as famlias tendem aumentar o seu grau de consumo. Esse comportamento das empresas e famlias colabora para uma maior taxa de crescimento. O crdito bancrio deve ser apreciado como negcio alavancador do crescimento econmico, o caminho seguro para aumento da renda per capita. Agentes financeiros instituies financeiras que prestam servio financeiro as famlias e empresas. Agentes no financeiros as empresas, famlias, estado e resto do mundo. Empresas e famlias produzem bens e servios no financeiros; Estado administrao pblica para satisfazer as necessidades coletivas e redistribuio da renda. Resto do mundo= troca de bens, servios e capitais. Quando se referimos a um agente econmico em particular, estamos a falar de um micro agente- exemplo: Banco Bradesco. J quando nos referimos ao conjunto de agentes que desempenham as mesmas funes estamos a falar de macro gentes ou agentes agregados, exemplo instituies financeiras de uma economia.

MERCADO DE CMBIO - DEFINIES

1. O que cmbio?Cmbio a operao de troca de moeda de um pas pela moeda de outro pas. Por exemplo, quando um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de cmbio recebe do turista brasileiro a moeda nacional e lhe entrega (vende) a moeda estrangeira. J quando um turista estrangeiro quer converter moeda estrangeira em reais, o agente autorizado a operar no mercado de cmbio compra a moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe os reais correspondentes.

2. O que mercado de cmbio?No Brasil, o mercado de cmbio o ambiente onde se realizam as operaes de cmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes, diretamente ou por meio de seus correspondentes.O mercado de cmbio regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e compreende as operaes de compra e de venda de moeda estrangeira, as operaes em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no Pas e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e as operaes com ouro-instrumento cambial, realizadas por intermdio das instituies autorizadas a operar no mercado de cmbio pelo Banco Central, diretamente ou por meio de seus correspondentes.Incluem-se no mercado de cmbio brasileiro as operaes relativas aos recebimentos, pagamentos e transferncias do e para o exterior mediante a utilizao de cartes de uso internacional, bem como as operaes referentes s transferncias financeiras postais internacionais, inclusive vales postais e reembolsos postais internacionais. margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo. So ilegais os negcios realizados no mercado paralelo, bem como a posse de moeda estrangeira oriunda de atividades ilcitas.

3. Qualquer pessoa fsica ou jurdica pode comprar e vender moeda estrangeira?Sim, desde que a outra parte na operao de cmbio seja agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de cmbio (ou seu correspondente para tais operaes) e que seja observada a regulamentao em vigor, incluindo a necessidade de identificao em todas as operaes. dispensado o respaldo documental das operaes de valor at o equivalente a US$ 3 mil, preservando-se, no entanto, a necessidade de identificao do cliente.

4. Que instituies podem operar no mercado de cmbio e que operaes elas podem realizar?Podem ser autorizados pelo Banco Central a operar no mercado de cmbio: bancos mltiplos; bancos comerciais; caixas econmicas; bancos de investimento; bancos de desenvolvimento; bancos de cmbio; agncias de fomento; sociedades de crdito, financiamento e investimento; sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios; sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios e sociedades corretoras de cmbio.Esses agentes podem realizar as seguintes operaes: a) bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econmica Federal: todas as operaes previstas para o mercado de cmbio; b) bancos de desenvolvimento; sociedades de crdito, financiamento e investimento e agncias de fomento: operaes especficas autorizadas pelo Banco Central; c) sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios; sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios e sociedades corretoras de cmbio: c1.) operaes de cmbio com clientes para liquidao pronta de at US$100 mil ou o seu equivalente em outras moedas; e c2.) operaes no mercado interbancrio, arbitragens no Pas e, por meio de banco autorizado a operar no mercado de cmbio, arbitragem com o exterior.Alm desses agentes, o Banco Central tambm concedia autorizao para agncias de turismo e meios de hospedagem de turismo para operarem no mercado de cmbio. Atualmente, no se concede mais autorizao para esses agentes, permanecendo ainda apenas aquelas agncias de turismo cujos proprietrios pediram ao Banco Central autorizao para constituir instituio autorizada a operar em cmbio. Enquanto o Banco Central est analisando tais pedidos, as agncias de turismo ainda autorizadas podem continuar a realizar operaes de compra e venda de moeda estrangeira em espcie, cheques e cheques de viagem, relativamente a viagens internacionais.As instituies financeiras autorizadas a operar em cmbio podem contratar correspondentes (pessoas jurdicas em geral) para a realizao das seguintes operaes de cmbio: a) execuo ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferncia unilateral (ex: manuteno de residentes, transferncia de patrimnio, prmios em eventos culturais e esportivos ) do ou para o exterior, limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil dlares dos Estados Unidos, por operao; b) compra e venda de moeda estrangeira em espcie, cheque ou cheque de viagem, bem como carga de moeda estrangeira em carto pr-pago, limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil dlares dos Estados Unidos, por operao; e c) recepo e encaminhamento de propostas de operaes de cmbio.As operaes realizadas pelos correspondentes so de total responsabilidade da instituio contratante (para mais informaes sobre correspondentes, consulte: Perfis > Cidado > Perguntas frequentes, cartilhas e notcias > Perguntas frequentes >Correspondentes no pas).A Empresa de Correios e Telgrafos (ECT) tambm autorizada pelo Banco Central a realizar operaes com vales postais internacionais, emissivos e receptivos, para liquidao pronta, no sujeitos ou vinculados a registro no Banco Central do Brasil e de at o equivalente a US$50 mil, por operao.A relao dos agentes autorizados a operar no mercado de cmbio pode ser consultada em: Cmbio e Capitais Internacionais >Instituies que atuam no mercado de cmbio.

5. Que operaes podem ser realizadas no mercado de cmbio?Quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira podem ser realizados no mercado de cmbio, inclusive as transferncias para fins de constituio de disponibilidades no exterior e seu retorno ao Pas e aplicaes no mercado financeiro. As pessoas fsicas e as pessoas jurdicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferncias internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitao de valor, observada a legalidade da transao, tendo como base a fundamentao econmica e as responsabilidades definidas na respectiva documentao.Embora do ponto de vista cambial no exista restrio para a movimentao de recursos, os agentes do mercado e seus clientes devem observar eventuais restries legais ou regulamentares existentes para determinados tipos de operao. Como exemplo, relativamente colocao de seguros no exterior, devem ser observadas as disposies dos rgos e entidades responsveis pela regulao do segmento segurador.

6. Os bancos so obrigados a vender moeda em espcie?No. Normalmente, os agentes autorizados a operar em cmbio, por questo de administrao de caixa e estratgia operacional, procuram operar com o mnimo possvel de moeda em espcie.

7. Posso fazer aplicaes no exterior no mercado de capitais ou de derivativos?Veja a seoInvestimentos e emprstimos.8. O que mercado primrio e mercado secundrio?A operao de mercado primrio implica o recebimento ou a entrega de moeda estrangeira por parte de clientes no Pas, correspondendo a fluxo de entrada ou de sada da moeda estrangeira do Pas. Esse o caso das operaes realizadas com exportadores, importadores, viajantes, etc. J no mercado secundrio, tambm denominado mercado interbancrio quando os negcios so realizados entre bancos, a moeda estrangeira negociada entre as instituies integrantes do sistema financeiro e simplesmente migra do ativo de uma instituio autorizada a operar no mercado de cmbio para o de outra, igualmente autorizada, no havendo fluxo de entrada ou de sada da moeda estrangeira do Pas.

9. O que posio de cmbio?A posio de cmbio representada pelo saldo das operaes de cmbio (compra e venda de moeda estrangeira, de ttulos e documentos que as representem e de ouro-instrumento cambial) prontas ou para liquidao futura, realizadas pelas instituies autorizadas pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de cmbio.

10. O que posio de cmbio comprada?A posio de cmbio comprada o saldo em moeda estrangeira registrado em nome de uma instituio autorizada que tenha efetuado compras, prontas ou para liquidao futura, de moeda estrangeira, de ttulos e documentos que as representem e de ouro-instrumento cambial, em valores superiores s vendas.

11. O que posio de cmbio vendida?A posio de cmbio vendida o saldo em moeda estrangeira registrado em nome de uma instituio autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou para liquidao futura, de moeda estrangeira, de ttulos e documentos que as representem e de ouro-instrumento cambial, em valores superiores s compras.

12. O que operao pronta?A operao de cmbio (compra ou venda) pronta a operao a ser liquidada em at dois dias teis da data de contratao.

13. O que operao para liquidao futura?A operao de cmbio (compra ou venda) para liquidao futura a operao a ser liquidada em prazo maior que dois dias.

14. O que contrato de cmbio?Contrato de cmbio o documento que formaliza a operao de compra ou de venda de moeda estrangeira. Nele so estabelecidas as caractersticas e as condies sob as quais se realiza a operao de cmbio. Dele constam informaes relativas moeda estrangeira que um cliente est comprando ou vendendo, taxa contratada, ao valor correspondente em moeda nacional e aos nomes do comprador e do vendedor. Os contratos de cmbio devem ser registrados no Sistema Cmbio pelo agente autorizado a operar no mercado de cmbio.Nas operaes de compra ou de venda de moeda estrangeira de at US$ 3 mil, ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras, no obrigatria a formalizao do contrato de cmbio, mas o agente do mercado de cmbio deve identificar seu cliente e registrar a operao no Sistema Cmbio.

15. O que poltica cambial? o conjunto de aes governamentais diretamente relacionadas ao comportamento do mercado de cmbio, inclusive no que se refere estabilidade relativa das taxas de cmbio e do equilbrio no balano de pagamentos.

16. Qual o papel do Banco Central no mercado de cmbio?O Banco Central executa a poltica cambial definida pelo Conselho Monetrio Nacional. Para tanto, regulamenta o mercado de cmbio e autoriza as instituies que nele operam. Tambm compete ao Banco Central fiscalizar o referido mercado, podendo punir dirigentes e instituies mediante multas, suspenses e outras sanes previstas em lei. Alm disso, o Banco Central pode atuar diretamente no mercado, comprando e vendendo moeda estrangeira de forma ocasional e limitada, com o objetivo de conter movimentos desordenados da taxa de cmbio.

17. Como obter mais informaes sobre o mercado de cmbio?Dados e notas sobre o setor externo da economia brasileira esto disponveis em nossa pgina emEconomia e finanas, por meio dos boletins do Banco Central do Brasil e das notas econmico-financeiras para a imprensa, assim como em textos tcnicos que podem ser consultados em: Cmbio e Capitais Internacionais > Legislao e normas >Textos tcnicos.J a regulamentao sobre o mercado de cmbio pode ser consultada em: Cmbio e Capitais Internacionais>Legislao e normas >Regulamentao do CMN e do Banco Central.A indicao da regulamentao referente a capitais internacionais, por assunto, pode ser consultada em: Cmbio e Capitais Internacionais>Legislao e normas >Resumo da legislao e regulamentao sobre capitais internacionais.Na moderna economia de mercado em que vivemos, h uma multiplicidade de agentes econmicos governos, empresas e famlias tomando as suas decises relacionadas produo e ao consumo. Enquanto alguns consomem menos do que produzem, e formam poupana disponvel para a utilizao de terceiros, outros consomem mais do que conseguem produzir em determinado perodo, e precisam utilizar recursos dos poupadores. Independente das razes que motivam cada uma dessas decises individuais, de alguma maneira, essa transferncia de recursos dos poupadores para os tomadores precisa ser viabilizada.Se cada poupador tivesse que encontrar um tomador de recursos com as mesmas necessidades de volume e prazo, para a realizao de um emprstimo, muito provavelmente nenhum negcio se concretizaria, j que as demandas dos agentes podem ser bem distintas. Com o tempo, e para suprir essa demanda do mercado, foram nascendo instituies para intermediar essas operaes. Ou seja, pegar emprestado daqueles que poupam e emprestar para os demais, atendendo, ao mesmo tempo, as necessidades de volume financeiro e prazo de cada um. Da mesma forma desenvolveram-se instrumentos, como tambm sistemas, regras e procedimentos, para organizar, controlar e desenvolver esse mercado. A todo esse sistema, chamamos de Sistema Financeiro.Dessa forma, o Sistema Financeiro pode ser caracterizado como o conjunto de instituies e instrumentos que possibilitam e facilitam o fluxo financeiro entre os poupadores e os tomadores de recursos na economia. No difcil perceber a importncia desse sistema para o correto funcionamento e crescimento econmico de uma nao. Se, por exemplo, determinada empresa, que necessita de recursos para a realizao de investimentos para a produo, no conseguir capt-los de forma eficiente, provavelmente ela no realizar o investimento, deixando de empregar e gerar renda.Esse fluxo, todavia, no ocorre sempre entre os mesmos tipos de agentes e com as mesmas caractersticas operacionais. Ele pode diferir em razo do prazo, tipo de instrumento utilizado para formalizar a operao, assuno de riscos, entre outros aspectos que, com o passar do tempo, foram delimitando o que se convencionou chamar de mercados financeiros. Atualmente, essa diferente classificao ajuda a compreender um pouco mais cada um desses mercados, suas peculiaridades, riscos e vantagens. As transferncias de recursos a curtssimo prazo, em geral de apenas um dia, como, por exemplo, as realizadas entre as prprias instituies financeiras ou entre elas e o Banco Central, so realizadas no chamado mercado monetrio.Trata-se de um mercado utilizado basicamente para controle da liquidez da economia, no qual o Banco Central intervm para conduo da Poltica Monetria. Resumidamente, se o volume de dinheiro estiver maior do que o desejado pela poltica governamental, o Banco Central intervm vendendo ttulos e retirando moeda do mercado, reduzindo, assim, liquidez da economia. Ao contrrio, caso observe que a quantidade de recursos est inferior desejada, o Banco Central intervm comprando ttulos e injetando moeda no mercado, restaurando a liquidez desejada.Por outro lado, as operaes em que as Instituies Financeiras captam recursos dos agentes superavitrios e, por sua conta e risco, emprestam esses recursos para os agentes deficitrios, caracterizam o chamado Mercado de Crdito. Esse Mercado o mais tradicional e utilizado pelas pessoas fsicas e empresas, quando utilizam os bancos para realizar emprstimos e financiamentos diversos. Quando uma pessoa, fsica ou jurdica, utiliza recursos do cheque especial, financia um carro, equipamento ou imvel est operando no mercado de crdito. Nele as instituies financeiras participantes tm como atividade principal a intermediao financeira propriamente dita. Essas operaes caracterizam-se, em geral, por operaes de curto e mdio prazo, formalizadas por contratos e onde as instituies financeiras assumem os riscos de inadimplncia da operao. So exemplos de instituies participantes desse mercado os bancos comerciais e as sociedades de crdito, financiamento e investimento, conhecidas como financeiras.O mercado de crdito fundamental para o bom funcionamento da economia, na medida em que as instituies financeiras assumem dois papis decisivos. De um lado, atuam como centralizadora de riscos, reduzindo a exposio dos aplicadores a perdas e otimizando as anlises de crdito. De outro, elas funcionam como um elo entre milhes de agentes com expectativas muito distintas em relao a prazos e volumes de recursos. Um agente pode, por exemplo, querer aplicar R$ 1.000,00 por um ano. Entretanto, pode no encontrar contraparte que deseje obter um emprstimo com as mesmas condies. Com o papel desempenhado pela instituio financeira, esse problema se reduz. Quando o sistema inexiste ou existe de forma ineficiente, muitas das necessidades de aplicaes e emprstimos de recursos ficariam empossadas, ou seja, no circulariam no mercado, o que inevitavelmente causaria uma freada brusca na economia.Entretanto, em alguns casos, o mercado de crdito no capaz de suprir as necessidades de financiamento dos agentes. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando um determinado agente, em geral uma empresa, deseja um volume de recursos muito superior ao que uma instituio poderia, sozinha, emprestar. Alm disso, pode acontecer de os custos dos emprstimos no mercado de crdito, em virtude dos riscos assumidos pelas instituies nas operaes, serem demasiadamente altos, de forma a inviabilizar os investimentos pretendidos. Surgiu, com isso, o que conhecido como Mercado de Capitais, ou Mercado de Valores Mobilirios.No Mercado de Valores Mobilirios, em geral, os investidores emprestam recursos diretamente aos agentes deficitrios, como as empresas. Caracterizam-se por negcios de mdio e longo prazo, no qual so negociados ttulos chamados de Valores Mobilirios. Como exemplo, podemos citar as aes, que representam parcela do capital social de sociedades annimas, e as debntures, que representam ttulos de dvida dessas mesmas sociedades.Nesse mercado, as instituies financeiras atuam, basicamente, como prestadoras de servios, assessorando as empresas no planejamento das emisses de valores mobilirios, ajudando na colocao deles para o pblico investidor, facilitando o processo de formao de preos e a liquidez, assim como criando condies adequadas para as negociaes secundrias. Elas no assumem a obrigao pelo cumprimento das obrigaes estabelecidas e formalizadas nesse mercado. Assim, a responsabilidade pelo pagamento dos juros e principal de uma debnture, por exemplo, da emissora, e no da instituio financeira que a tenha assessorado ou participado do processo de colocao dos ttulos no mercado. So participantes desse mercado, como exemplo, os Bancos de Investimento, as Corretoras e Distribuidoras de ttulos e Valores Mobilirios, as entidades administradoras de mercado de bolsa e balco, alm de diversos outros prestadores de servios.No que diz respeito ao Mercado de Valores Mobilirios, com o passar do tempo, foi sendo criada toda uma estrutura normativa e operacional, para permitir que as operaes fossem realizadas cada vez mais com segurana, transparncia e eficincia. Nesse sentido, foram editadas, em 1976, a Lei 6385, que disciplina o mercado de capitais e cria a Comisso de Valores Mobilirios, e a Lei 6404, que disciplina as sociedades annimas. Evidentemente, essas leis foram sofrendo alteraes no decorrer dos anos, de forma que o arcabouo jurdico do mercado fosse se adaptando realidade em que ele se inseria. Da mesma forma, foram sendo criados outros mecanismos que acabaram por contribuir com o desenvolvimento, como o novo sistema de pagamentos brasileiro. Ainda, algumas instituies privadas, em um esforo de autorregulao, tambm criaram regras que colaboraram fundamentalmente para o que hoje o Mercado de Valores Mobilirios. sobre esse Mercado de que este Menu do Investidor trata. Uma abordagem inicial dedicada Comisso de Valores Mobilirios, rgo responsvel pela regulao e fiscalizao do mercado. Em seguida, h um breve conceito de valor mobilirio, com alguns deles sendo apresentados separadamente. Foi elaborado tambm um contedo sobre o sistema de distribuio e intermediao de valores mobilirios e os prestadores de servio desse mercado. Em seguida, foi feita uma abordagem a respeito das ofertas pblicas de distribuio e das ofertas pblicas de aquisio, como tambm sobre os aspectos mais operacionais do funcionamento do mercado. Ateno especial foi dada aos acionistas, com respeito aos direitos e informaes, alm de um tpico especfico sobre fundos de investimento. Ainda que brevemente e apenas com o intuito de apresentao, desenvolveu- tambm contedo com uma introduo ao mercado de derivativos. Por fim, um breve resumo dos cuidados que o investidor deve ter ao aplicar no mercado de valores mobilirios, com algumas dicas para realizar um investimento mais consciente.

RESUMO 4 MERCADOS

Mercado monetrio um mercado formado por bancos comerciais e empresas financeiras de crdito e onde so negociados instrumentos que vencem em um prazo igual ou inferior a um ano. Em geral, pode-se dizer que no mercado monetrio que se controla a liquidez da Economia de um pas.

Mercado de crdito um mercado onde so realizadas operaes de financiamento a curto e mdio prazos, consumo corrente e de bens durveis, alm do capital de giro das empresas. Os contratos so feitos de forma individualizadas entre as duas partes e as obrigaes resultantes podem ou no ser transferveis.

No Brasil, mercado de cmbio o ambiente abstrato onde se realizam as operaes de cmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central (bancos, caixas econmicas, corretoras, distribuidoras, agncias de turismo e meios de hospedagem) e entre estes e seus clientes.

Mercado de capitais um sistema de distribuio de ttulos mobilirios que proporciona liquidez aos ttulos de emisso de empresas e viabiliza o processo de capitalizao. No Brasil, constitudo pelas Bolsa da Valores de So Paulo (Bovespa), pelo Mercado de Acesso da Bovespa (Soma), pela Companhia Brasileira de Liquidao e Custdia (CBLC), pelas corretoras e distribuidoras de valores mobilirios (CCVMs e DTVMs, respectivamente) e pelos investidores em geral. Seu objetivo canalizar as poupanas (recursos financeiros) da sociedade para as empresas.

TAXA SELIC

Antes de iniciarmos o discurso sobre o tema central do presente artigo ataxa Selic faz-se necessrio entender e analisar o motivo que nos leva a tecer comentrios acerca de referida taxa, pois que no raro se ouve dizer nos noticirios e telejornais que oCopom se reuniu para estabelecer o percentual da taxa Selic para o ms, sendo esta uma das decises mais aguardadas do Governo para aEconomia.Mas por que ser que a taxa Selic tem tanta fora na Economia, e qual o motivo de ser to esperada a fixao desta taxa no campoeconmico, ou mesmo por que ser que tal taxa um referencial para toda a Economia do pas, como ela consegue regular as finanas do pas inteiro? Responder a essas perguntas o objetivo do presente artigo, que se prestar a num primeiro momento entender os aspectos definidores de tal taxa, e aps demonstrar sua influncia para o mercado financeiro.

Sendo assim, passemos anlise de tais pontos.

Aspectos definidores da taxa SelicPara iniciarmos a explicao acerca dos aspectos definidores da taxa Selic, vale destacar qual seja o conceito formulado peloBancoCentral do Brasil sobre referida taxa, uma vez que este rgo quem define por meio do Comitde Poltica Monetria a meta Selic mensal, para que, ento, a partir deste conceito tecermos comentrios acerca dos aspectos definidores da taxa Selic.Conceitua o Banco Central, com nossos destaques:A taxa Selic a taxa apurada no Selic, obtida mediante o clculo da taxa mdia ponderada e ajustada das operaes de financiamento por um dia, lastreadas emttulos pblicosfederais e cursadas no referido sistema ou em cmaras de compensao e liquidao de ativos, na forma de operaes compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as operaes compromissadas so operaes de venda de ttulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor, concomitante com compromisso de revenda assumido pelo comprador, para liquidao no dia til seguinte. Ressaltamos, ainda, que esto aptas a realizar operaes compromissadas, por um dia til, fundamentalmente as instituies financeiras habilitadas, tais como bancos, caixas econmicas, sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios e sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios.Estabelecido o conceito primrio da taxa Selic divulgado pelo Banco Central do Brasil, passemos aos comentrios pertinentes. Num primeiro momento, diz-se que a taxa Selic um ndice, que obtido por meio de uma mdia ponderada, sendo este ndice uma referncia para a Economia, ou seja, com a fixao deste ndice temos a taxa referencial para a poltica monetria, que serve de base para as demais taxas de juros da economia. obtido pela seguinte frmula1:

Lj: fator dirio correspondente taxa da j-sima operao;Vj: valor financeiro correspondente taxa da j-sima operao;n: nmero de operaes que compem a amostra.Num segundo momento, verifica-se que a formulao deste ndice manejada diariamente, por meio de operaes compromissadas, o que se denomina de overnight.De modo simples, a taxa Selic serve de taxa de juros de pagamento da dvida do Governo representada pelos ttulos pblicos, que so adquiridas diariamente especialmente pelas instituies financeiras (overnight), ou seja, com a emisso de ttulos pblicos, o Governo se compromete a pagar, a ttulo de juros, aos adquirentes destes, a taxa diria da Sistema Especial de Liquidao e Custdia. Sendo assim, a taxa Selic tem lastro nos ttulos pblicos e modificada diariamente, por meio dessas operaes de financiamento.Em outros termos, tambmpossvel dizer que a taxa Selic usada para operaes de curtssimo prazo entre os bancos, que ao tomarem recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem ttulos pblicos como garantia, a fim de reduzir risco e juros na transao.Assim, como o risco final da transao do Governo, pois seus ttulos servem de lastro para a operao e o prazo o de apenas um dia (prazo mais curto possvel), esta taxa acaba servindo de referncia para todas as demais taxas de juros da economia.No entanto, ressalta-se que muito embora a taxa Selic modifica-se diariamente de acordo com a overnigth, deve a mesma permear a meta Selic, que estabelecida mensalmente pelo Comit de Poltica Monetria do Banco Central, dela no se distanciando substancialmente.Destarte, do que restou exposto, conclui-se que a taxa Selic a taxa de financiamento no mercado interbancrio para operaes de um dia, ouovernight, que possuem lastro em ttulos pblicos federais, ttulos estes que so listados e negociados no Sistema Especial de Liquidao e Custdia, ou Selic.Finalmente, findando esta primeira etapa de conceituao da taxa Selic, demonstramos por meio do quadro abaixo, a evoluo histrica da taxa Selic desde janeiro de 2002 a setembro de 2010:

A taxa Selic e sua influncia na Economia

Passada a primeira fase de nosso trabalho, e entendido quais os aspectos definidores da taxa Selic, faz-se necessrio discorrer acerca de sua importncia para a Ecomomia, respondendo s questes sobre como que referida taxa tem o poder de regular as finanas do pas inteiro.Em termos simples, a taxa bsica de juros o instrumento utilizado pelo Banco Central para manter a inflao sob controle.Isto porque quando a taxa bsica de juros Selic bastante reduzida, os investimentos em aquisio de ttulos pblicos, que lastreiam a Selic, tornam-se menos atrativos populao, o que faz com que a populao tenha maiores sobras de dinheiro, tendo maior acesso ao crdito, aos investimentos em produo e ao consumo.Com o maior consumo e aumento da demanda, os preos tendem a subir, encadeando o processo inflacionrio da moeda (Para melhor entender essa sistemtica, recomedamos ao leitor ler artifo de nossa lavra, publicado no Info Escola sob o ttulo A problemtica da taxa de juros).Por outro lado, quando a taxa Selic aumentada, o que se faz mais atrativo a aquisio de ttulos pblicos, pois o Governo pagar mais para a populao que adquire tais ttulos, ou seja, com o aumento da taxa Selic, o dinheiro tende a ser retido nessas espcies de aplicao, fazendo com que no haja recursos disponveis no mercado para o consumo e investimentos em produo, por exemplo.Sendo assim, a populao consumir menos e os investimentos em produo tambm sero menores, a economia ir desacelerar e os preos sero reduzidos, podendo ocorrer o fenmeno inverso ao da inflao. por esse motivo que os empresrios pedem corte nas taxas, pois assim ser possvel viabilizar investimentos, sendo tambm por esse motivo que as Bolsas sobem, pois que redues da taxa de juros tambm viabilizam a migrao de recursos da renda fixa para a renda varivel.Portanto, do que restou exposto, possvel concluir que o principal instrumento que tm em mos as autoridades financeiras a taxa de juros bsica da Economia (taxa Selic), haja vista que ao alter-la, o Banco Central capaz de aquecer ou desaquecer a economia e influenciar nos principais indicadores de crescimento do pas.

Entenda as metas de inflao e seu papel na economia

Sistema foi adotado em 1999 para nortear a poltica monetria do pas.Piso e teto servem para evitar o risco de deflao ou hiperinflao.Do G1, em So PauloO sistema de metas de inflao um compromisso que o pas assumiu em 1999, para dar segurana ao mercado sobre os rumos da economia. Esse sistema prev que a inflao medida pelo IPCA (ndice de Preos ao Consumidor Amplo) deve ficar dentro de um limite de tolerncia; ou seja, dentro de uma faixa estabelecida.O governo estabelece, para cada ano, uma meta de inflao, que uma taxa fixa que deve ser buscado. A partir desse nmero, estabelecida uma faixa de tolerncia quanto a inflao real pode variar acima ou abaixo dessa meta.

Inflao fecha 2014 em 6,41%, abaixo do teto da meta

SeguranaO sistema de metas foi adotado como segurana para evitar o risco da hiperinflao, que atingiu o pas nas dcadas de 1980 e 1990 e s foi freada com o Plano Real em 1994 aps os preos terem chegado a subir 82,4% somente em maro de 1990.

A meta serve para dar previsibilidade ao mercado. uma garantia de que o BC no vai deixar a inflao fora de controle, explica o economista da LCA Investimentos, Francisco Pessoa. Ela importante como referncia, por exemplo, em contratos financeiros que preveem correo monetria pela inflao.

O que o governo faz para atingir a meta?O Conselho de Poltica Monetria (Copom), do Banco Central (BC), o responsvel por tomar as medidas necessrias para garantir que a inflao fique dentro deste patamar.O principal mecanismo para manter a inflao sob controle no Brasil a taxa de juros. Toda vez que os preos sobem acima do nvel esperado, o Banco Central intervm com a elevao da taxa Selic. Isso faz o crdito ficar mais caro, e incentiva as pessoas e as empresas a gastarem menos. Se todos gastam menos, a tendncia que os preos tambm subam menos.

O que o centro da meta? a inflao a ser perseguida no centro da faixa de tolerncia criada para a oscilao dos preos, explica Pessoa (a taxa exata de inflao na qual o BC 'mira'). Desde 2005, o centro da meta se mantm em 4,5% ao ano no Brasil.

O que a margem de tolerncia?A regra diz que a inflao pode ficar at dois pontos acima ou dois pontos abaixo do centro da meta.Na prtica, por essa regra a inflao anual no pode ficar abaixo de 2,5%, nem ultrapassar 6,5%. Em 2005, o pas esteve mais prximo do centro da meta para o ano (4,5%), com inflao anual de 4,46%.

O que o piso da meta? a variao mnima tolerada dentro do sistema de metas inflacionrio. Serve para prevenir o risco de uma inflao muito baixa ou at uma deflao (queda de preos), o que pode indicar um desequilbrio entre a oferta e demanda no mercado, com mais produtos disponveis do que consumidores dispostos a compr-los.Esse desequilbrio pode afetar a indstria por excesso de capacidade produtiva e provocar demisses, aumentando o risco de maior desemprego. Ao contrrio do Brasil, os Estados Unidos e pases da zona do euro lutam para combater a baixa inflao aps a crise internacional de 2009.

O que o teto da meta? o limite ao qual a inflao pode chegar dentro do sistema de metas em um determinado perodo. Atualmente, ele est 2 pontos percentuais acima do centro da meta (4,5%). Se a inflao estourar esse teto, o presidente do BC tem obrigao de divulgar uma carta aberta ao ministro da Fazenda justificando o descumprimento e informando quais medidas sero adotadas para que a inflao volte a nveis tolerados.

O que acontece se a meta no atingida?O IPCA estourou o teto da meta entre 2001 e 2004. No h punio quando se ultrapassa o teto, mas serve como uma advertncia moral que gera insegurana nos investidores, que aumentam a exigncia por juros para investir no pas, explica Pessoa.Nesse caso, o presidente do BC, no entanto, deve divulgar uma carta aberta ao ministro da Fazenda justificando o descumprimento e informando quais medidas sero adotadas para que a inflao volte a nveis tolerados.

IPCAProduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) desde 1979, o ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo (INPCA) - tambm conhecido comoIPCA- o indicador oficial do Governo Federal para aferio das metas inflacionrias.Ele mede a variao do custo de vida das famlias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido entre 1 e 40 salrios mnimos mensais.Os preos obtidos so os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento vista. A Pesquisa realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de servios, domiclios e concessionrias de servios pblicos.

O ndice IPCAO IPCAfoi institudo inicialmente com a finalidade de corrigir as demonstraes financeiras das companhias de capital aberto.Desde junho de 1999, o ndice utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflao, sendo considerado o ndice oficial de inflao do pas.

IPCA - IBGEO IPCA foi desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) em 1979 e comeou a ser divulgado a partir de Janeiro de 1980.O IBGE tambm produz alguns indicadores de variao de preos com objetivos especficos, como o caso atualmente doIPCA-E(ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo Especial) e doIPCA-15(ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo 15).Assim como o IPCA tradicional, ambos verificam as variaes dos gastos das pessoas que ganhamde um a quarenta salrios mnimos nas regies metropolitanas de Belm, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, So Paulo, Goinia e Distrito Federal.

IPCA 2015O ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo(IPCA) acumula no ano, at o momento,uma valorizaode 1,24%,contra um avano de 6,41% apurado no ano anterior. Nos ltimos doze meses do ano, a alta acumulada de 7,14%.

IPCA 2014O ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo(IPCA)fechou o ano de 2014 com uma alta acumulada de 6,41%,contra um avano de 5,91% aferido no ano anterior.

INFLAO

Ondice IPCA oficialmente utilizado pelo Governo Federal para verificar se os preos praticados no Brasil esto de acordo com as metas de inflao estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.A inflao um processo de elevao de preos que ocorre sempre que h procura maior do que a capacidade de uma economia produzir determinado bem ou servio. Em resumo, a inflao pode ser de oferta quando h escassez de produto ou de demanda quando a procura maior do que a quantidade ofertada.O controle da inflao vital para a manuteno do valor da moeda. Quando o IPCA divulgado pelo IBGE aponta que a inflao real encontra-se mais elevada do que a meta estipulada pelo Governo, o Banco Central comea a lanar mo deseus instrumentos de controle da elevao dos preos, dando incio a um ciclo de alta da taxa bsica de juros.

Clculo do IPCA

O Sistema Nacional de Preos ao Consumidor (SNIPC) efetua a produo contnua e sistemtica de ndices de preos ao consumidor, tendo como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestao de servios, concessionria de servios pblicos e domiclios (para levantamento de aluguel e condomnio).O perodo de coleta estende-se, em geral, do dia 01 ao dia 30 do ms de referncia. A populao-objetivo abrange as famlias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (um) e 40 (quarenta) salrios-mnimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas reas urbanas das regies.Os dados so coletados junto as famlias nas regies metropolitanas deBelm, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, So Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Braslia e Goinia.O ndice divulgado mensalmente pelo IBGE.A partir de Janeiro de 2012 o ndice passou a ser calculado com base nos valores de despesa obtidos na Pesquisa de Oramentos Familiares - POF de 2008/2009. A POF realizada a cada cinco anos pelo IBGE em todo o territrio brasileiro o que permite atualizar os pesos (participao relativa do valor da despesa de um item consumido em relao despesa total) dos produtos e servios nos oramentos das famlias. De Julho de 2006 Dezembro de 2011 a base dos ndices de preos ao consumidor era a POF de 2002/2003.

OPERAES DE MERCADO ABERTO (OPEN MARKET)

AsOperaes de Mercado Aberto(tambm conhecidas comoOpen Market) so o instrumento mais eficiente de poltica monetria, aquele que a economia sente efeito mais rpido.

Para entender seu funcionamento, primeiro aconselhvel que se entenda o que soTtulos Pblicos.

Funciona assim: quando o BaCen acha que precisa tirar dinheiro da economia (por exemplo pra conter a inflao) ele coloca ttulos pblicos a venda. Ao comprar esses ttulos, a economia (ou seja, as pessoas, os bancos ou qualquer outra instituio) entrega dinheiro pro governo ao invs de gastar em produtos ou servios. Quando ele faz isso, ele 'enxuga' a economia.

Por outro lado, quando o BaCen acha que existe pouca moeda na economia, ele comea a comprar ttulos (os mesmos que ele j vendeu antes). Quando ele compra, as pessoas que venderam recebem dinheiro em troca do ttulo, o que faz a economia ser 'inundada' de dinheiro.

Nas operaes de Open Market, o BaCen usa em geral Ttulos Pblicos Federais (TPF), que so emitidos pelo Tesouro Federal [alm disso ele usa ttulosantigosemitidos pelo prprio BaCen, mas hoje em dia ele no pode mais emitir]. Mas a Constituio define que o BaCen no pode financiar o Tesouro Federal nem diretamente nem indiretamente. Ento como ele faz pra conseguir esses ttulos? O BaCen pode comprar os TPF de outra entidade que j comprou TPF no Tesouro Federal. Mas isso no pode ser no mesmo dia, se no a regra caracteriza essa operao como "financiamento indireto". Por exemplo, se o Ita comprar TPFs do Tesouro segunda-feira, o BaCen s pode comprar esses TPFs do Ita tera, se no financiamento indireto.

Alm disso, no caso de os TPFs que o BaCen tem estarem pra vencer, o BaCen pode ir ao Tesouro Federal trocar os seus TPFs vencidos por novos. Portanto, se a prova perguntar se o BaCen pode ter fazer transferncias com o Tesouro Federal nomercado primrio- ou seja, na primeira negociao do ttulo - a resposta "sim, PODE".

Operaes com Ttulos PblicosTambm conhecido comoOpen Market(Mercado Aberto),as operaes com ttulos pblicos mais um dos instrumentos disponveis de Poltica Monetria. Este instrumento, considerado um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa de juros em curto prazo.A compra e venda dos ttulos pblicos se d pelo Banco Central. De acordo com a necessidade de expandir ou reter a circulao de moedas do mercado, as autoridades monetrias competentes resgatam ou vendem esses ttulos.Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulao de moedas, o Banco Central compra (resgata) ttulos pblicos que estejam em circulao.Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a circulao de moedas, o Banco Central vende (oferta) os ttulos disponveis.Portanto, os ttulos pblicos so considerados ativos de renda fixa, tornando-se uma boa opo de investimento para a sociedade.Outra finalidade dos ttulos pblicos a de captar recursos para o financiamento da dvida pblica, bem como financiar atividades do Governo Federal, como por exemplo, Educao, Sade e Infraestrutura.

POLTICAS ECONMICAS

POLTICAS MONETRIAS

A moeda possui, como j foi visto at agora, um papel fundamental sobre a atividade econmica. O governo sempre procura alguma forma de adapt-la vida econmica atravs de um sistema monetrio que melhor corresponda necessidade da economia.A poltica monetria, segundo Rossetti (1998, p.253), pode ser definida como o controle da oferta de moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da poltica econmica global do governo. As autoridades monetrias podem exercer o controle da oferta de moeda para agir sobre a atividade econmica em diversas situaes.Quando em certa situao existem tendncias deflacionistas, as autoridades monetrias podem expandir a oferta de moeda para evitar a queda da atividade econmica, estimulando o investimento e provocando a queda da taxa de juros. Em uma tendncia inflacionista, procura-se diminuir a circulao de moeda para deprimir a atividade econmica, evitando o desenvolvimento da inflao. O efeito da diminuio da circulao monetria uma elevao da taxa de juros, diminuindo o investimento.A moeda pode tambm ser utilizada como instrumento de poltica fiscal e de poltica comercial internacional. Como instrumento fiscal, as autoridades podem emitir moeda para cobrir dficits oramentrios. E como poltica comercial internacional, a moeda poder ser superavaliada ou subavaliada em sua relao com as moedas estrangeiras, para favorecer as importaes ou exportaes do pas.

OS INSTRUMENTOS DAS POLTICAS MONETRIAS -

Quanto mais um pas desenvolvido economicamente e seu povo mais esclarecido sobre seus direitos e deveres, o uso dos instrumentos monetrios se torna mais eficiente, permitindo cada vez mais o aperfeioamento da utilizao pela autoridade monetria de mecanismos de controle da oferta de moeda na economia.Alm dos instrumentos mais utilizados como a taxa de redesconto, dos encaixes bancrios compulsrios e das operaes de mercado aberto, no Brasil so utilizados tambm instrumentos complementares, como o controle da taxa de juros, seleo de crditos e at limitao da capacidade de expanso de emprstimos.A anlise da oferta de moeda tem o principal objetivo de explicar o processo de criao e destruio dos meios de pagamentos (moeda em poder do pblico mais depsitos vista nos bancos comerciais). A oferta monetria afetada atravs das aes das autoridades monetrias, que possuem o poder de emisso, e tambm pelos bancos comerciais que emprestam dinheiro ao pblico, ofertando assim recursos economia captados sob a forma de depsitos vista.At 1964 no existia ainda um controle monetrio rigoroso no Brasil. Era o Banco do Brasil que exercia o papel de autoridade monetria, arrecadando encaixes compulsrios e autorizando redesconto aos bancos. A base monetria ficava fora de seu controle, pois as decises de programao oramentria eram do governo federal. S com a lei n 4.595 de 31 de dezembro de 1964, que criou o Banco Central e organizou o mercado financeiro, que esse controle passou a ser feito pelo Banco Central do Brasil.O Banco Central elaborou a programao monetria, estabelecendo metas de expanso ou contrao dos meios de pagamentos, para determinar nveis desejados de crditos e de oferta de moeda. O oramento monetrio, a partir de 1986, deixou de ser uma pea isolada da poltica econmica. No ano de 1988, surgiu o oramento global da Unio em que foram determinados os limites oramentrios de expanso da moeda e do crdito.Recolhimento compulsrioConsiste em fixar uma cobertura obrigatria para os depsitos e, atravs do Banco Central, fazer variar a proporo das reservas que os bancos privados depositam em seus cofres. um meio eficaz para controlar a emisso da moeda escritural. Quando h uma expanso da taxa de reservas compulsrias exigidas pelo Banco Central, reduz-se a proporo dos depsitos que podem ser convertidos em emprstimos, reduzindo ento os meios de pagamentos. O inverso tambm possvel, ou seja, se a taxa de reserva diminui, aumentam os emprstimos e consequentemente os meios de pagamentos tambm aumentam.O redesconto ou emprstimo de liquidezEste instrumento um emprstimo que os bancos comerciais recebem do Banco Central para cobrir problemas de liquidez quando ocorre um aumento da demanda por emprstimos por parte do pblico. Seus reflexos sobre os meios de pagamentos se caracterizam por meio da variao das reservas bancrias. O aumento da taxa de juros para essas operaes, a reduo dos prazos de resgate dos ttulos redescontados, a reduo dos limites operacionais e a imposio de restries reduzem os meios de pagamentos e vice-versa.As operaes de mercado abertoConsiste na compra e venda de ttulos pblicos por parte do Banco Central com o objetivo de aumentar ou diminuir a quantidade de moeda em circulao e o volume do crdito. Se o governo observar uma grande quantidade de crdito e se for preciso diminu-lo, o Banco de emisso se apresenta como vendedor de ttulos no mercado de valores. Essas vendas anularo uma quantidade de notas de bancos correspondente ao valor dos ttulos e poder retirar nas contas correntes dos bancos o montante das vendas efetuadas se o pagamento for feito por cheques. O efeito dessa operao ser uma reduo da circulao monetria.O controle e a seleo do crdito o controle na fixao pelo Banco Central de um limite mximo de seus crditos para os setores da produo ou empresrios. Permite controlar o crdito de acordo com seus empregos produtivos e s condies da economia do pas.No Brasil esse controle usado de forma generalizada. Os emprstimos dos bancos comerciais destinados agricultura, indstria, ao comrcio e a outras finalidades so fixados pelo Banco Central.A lgica do funcionamento desse instrumento, segundo Rossetti (2002), que ao existir interesse mtuo das autoridades monetrias e do sistema bancrio, aquelas esclarecem os objetivos da Poltica Monetria aos banqueiros para que estes venham agir na direo desejada pelo Banco Central.Como esse instrumento decorre da interdependncia de diversos setores da economia, difcil para as autoridades monetrias ter a certeza da utilizao final de crdito, isto , se o mesmo atingir os objetivos esperados pelas autoridades monetrias.Poltica fiscal, cambial e de rendaDe acordo com Fortuna (1998), as polticas fiscal, cambial e de renda causam impactos sobre a poltica monetria.A poltica fiscal a poltica de receitas e despesas do governo; a aplicao da carga tributria sobre os agentes econmicos e a definio dos gastos do Governo, que so os tributos captados. Tem forte impacto sobre a poltica monetria e tambm sobre o crdito quando os prazos de recolhimento de impostos afetam o fluxo de caixa dos agentes econmicos. Se o Governo gasta mais do que arrecada, ele recorre ao endividamento, captando recursos do setor privado, prejudicando a formao da poupana interna necessria ao financiamento do investimento produtivo. Portanto, um quadro fiscal deficitrio um grande problema para a poltica monetria.A poltica cambial est baseada na administrao da taxa de cmbio e no controle das operaes cambiais. Esta poltica est indiretamente ligada poltica monetria, devendo ser cuidadosamente administrada em relao ao seu impacto sobre a poltica monetria. Um desempenho muito forte das exportaes pode ter grande impacto monetrio na medida em que a entrada de divisas significa converso para a moeda nacional, causando a expanso da moeda que ter um enorme efeito inflacionrio futuro. Essa entrada de divisas realizada atravs do cmbio comercial. O mesmo acontece quando aumenta o volume de recursos captados pela emisso de ttulos no exterior ou pela entrada de recursos para aplicao nas bolsas de valores. Este aumento da oferta monetria via cmbio prejudica o controle de juros, aumentando o custo do Governo, onde o mesmo ser obrigado a aumentar a dvida pblica mobiliria (em ttulos) para reduzir a quantidade de moeda que entra circulao atravs da troca de divisas por moeda nacional.A poltica de renda a que o Governo exerce, estabelecendo o controle direto sobre a remunerao dos fatores diretos de produo na economia, como salrios, depreciaes, lucros, dividendos e preos dos produtos intermedirios e finais. As polticas de rendas so normalmente usadas durante perodos de aumento da procura, para tentar prevenir o aumento de preos.

POLTICA FISCAL

Entende-se por poltica fiscal, a atuao do governo na arrecadao de impostos e seus gastos. Neste caso, o governo atua sobre o sistema tributrio de forma alterar as despesas do setor privado.

A arrecadao de impostos afeta o nvel da demanda ao influir na renda disponvel que os indivduos podero destinar para o consumo e poupana. Dado um nvel de renda, quanto maiores os impostos, menor ser a renda disponvel e, portanto o consumo. Os gastos so diretamente um elementos da demanda; dessa forma, quanto maior o gasto pblico, maior a demanda e maior o produto.

Assim, se a economia apresenta tendncia para a queda no nvel de atividade, o governo pode estimul-la, cortando impostos e/ou elevando gastos. Pode ocorrer o inverso, caso o objeto seja diminuir o nvel de atividade. Qualquer aumento de imposto ou a criao de um novo, somente poder entrar em vigor no ano seguinte sua promulgao.

A carga tributria total no Brasil no particularmente alta, menor que a dos EUA e muito menor que a da Europa. Porm sua distribuio bastante anormal. Apenas 6.2% do arrecadado se refere ao Imposto de Renda de Pessoas Fsicas, participao essa que nos pases industrializados varia geralmente entre 18% e 26% e nos EUA chega a 38%.

A maior parte da nossa carga tributria se concentra nos impostos indiretos (46% da arrecadao total), contra l5% a 30% nos pases industrializados e sobre as operaes financeiras, cuja arrecadao total de 4.4% do total, conta 0.1% a 2.3% nos pases desenvolvidos.

No que se refere aos impostos diretos, sonegao pblica e do conhecimento de todos, principalmente nas camadas mais alta. Empresrios fazendeiros e altos executivo camuflam seus ganhos e superestimam sua despesas, usando todos os tipos de filigranas e engodos. A classe mdia, no assalariada - profissionais liberais microempresrios e mdios proprietrios rurais - tambm ignora, na prtica, o Imposto de Renda.Todo brasileiro que j pagou um dentista ou mdico do seu prprio bolso sabe que tratamento com recibo bem mais caro. Um grande nmero de assalariados razoavelmente bem pagos, mas includos na economia informal geralmente na qualidade de prestadores de servios tambm no contribui. Estimar o tamanho da nosso economia informal um exerccio de adivinhao.

A maioria dos brasileiros, mesmo participando da economia formal, deixa de pagar Imposto de Renda, pelo simples fato de no ter renda para isso, pois o mesmo cobrado sobre salrios a partir de R$ 1.372,81 mensais, mais de 46% da populao tem renda inferior a R$ 824,00 mensais e outros 31% esto da faixa de R$ 824,00 a R$ l.500,00 mensais, tambm praticamente isentos em razo das dedues e do fato que muitas vezes essa renda familiar provm de mais de um salrio, nenhum dos qual superior a R$ l.372,81. Desta forma, no Brasil de Lula, quem paga IR essencialmente a classe mdia assalariada e com carteira assinada.

Para se ter uma ideia da brutalidade do atual sistema tributrio brasileiro, o chamado, Take Home Salary, que a parcela do salrio que o trabalhador leva para casa, no caso brasileiro, em mdia menor que 40%, em consequncia dos encargos sociais que elevam muito o custo da mo-de-obra.

por isso que comumente afirmamos que o Brasil um pas de salrios miserveis e de custo da mo-de-obra altssimo. Enquanto isso em Taiwan (Ilha de Formosa), ou a Coria, o trabalhador recebe cerca de 90% a 95% do que custa para seu empregador. O economista Jos Pastore, chega afirmar que os encargos sociais chegam a 102% no Brasil, contra apenas 9% nos EUA. Para Pastore, encargo social aquilo que se acrescenta por lei ao salrio bsico.

Diante disto, afirmamos com total convico e segurana que o Brasil tornou-se uma ilha de tributos e loterias. Alis, as loterias so as melhores maneiras de tributar a populao de baixa renda.

GLOSSRIO

Imposto Direto- Mede a riqueza dos contribuintes, incidindo diretamente sobre seus capitais ou suas rendas, e depende da importncia das riquezas possudas ou das rendas ou salrios recebidos.

Imposto Indireto- Decorre da produo e comercializao. Em suma, incide sobre vendas, produo, importao. etc.

POLTICA CAMBIAL

Instrumento da poltica de relaes comerciais e financeiras entre um pas e o conjunto dos demais pases. Os termos em que se expressa a poltica cambial refletem as relaes vigentes entre os pases, com base no desenvolvimento econmico alcanado por eles.

A poltica cambial constituda pela administrao das taxas (ou taxas mltiplas) de cmbio, pelo controle das operaes cambiais, tendo como objetivo central o mercado externo, no sentido de manter equalizado o poder de compra do pas em relao aos outros com os quais este mantenha relaes de troca.

Da mesma forma que todo bem tem um valor, as moedas nacionais tambm tm seu valor, seu preo - que a taxa de cmbio - que expressa o preo da moeda externa em relao moeda nacional. Se a taxa de cmbio hoje 2.34 R$/US$, significa dizer que o preo do dlar americano, em termos do real brasileiro, de R$ 2,34 para cada dlar.

Como todo preo, a taxa de cmbio basicamente determinada pela lei da oferta e da procura. Se a procura maior que a oferta, o preo do dlar, em reais, sobe. Se a oferta maior que a procura, consequentemente, o preo cai. So vrios os fatores que podem influenciar a oferta/demanda por dlares, da a dificuldade que os economistas tm em prever o comportamento da taxa de cmbio.

O Banco Central quem define o que os economistas chamam de poltica ou regime cambial.Existem duas polticas cambiais extremas.

Na primeira, chamada de poltica de cmbio fixo, que uma taxa com que os pases se comprometem a manter o mesmo poder de paridade, comprometendo-se o Banco Central a satisfazer qualquer oferta ou demanda por dlares que o mercado possa necessitar. Isto , o Banco Central entra no mercado de cmbio e diz que, para ele, o dlar vale dois reais e trinta e quatro centavos (2.34 R$/US$), e garante a compra ou venda de qualquer quantidade de dlares que o mercado ofertar a esse preo. Neste caso o dlar fica parado em 2.34 R$/US$, porque o Banco Central anula, comprando ou vendendo dlares, qualquer seja a presso de aumento ou queda de seu preo. A principal vantagem da taxa de cmbio fixo est na integrao dos mercados internacionais em uma rede de mercados conexos, que no tm incerteza e nem so especulativos.

O outro tipo de poltica cambial definido pela ausncia do Banco Central no mercado de cmbio. As taxas flutuam livremente, respondendo aos efeitos da oferta e da procura. Temos, neste caso, o regime de cmbio flutuante, que possibilita o equilbrio contnuo do balano de pagamento.

Existe, ainda, um outro tipo de poltica cambial, que seria intermediria entre o cmbio fixo e o cmbio flutuante, que a poltica de bandas cmbio, na qual o Banco Central no define um preo nico para o dlar, e sim um intervalo (banda), dentro do qual ele pode flutuar livremente. Se a banda, por exemplo, for fixada entre 2.20 R$/2.50 R$, o Banco Central s entra no mercado se o dlar cair a 2.20 R$, entra comprando dlares, ou subir a 2.50 R$, entra vendendo dlares.

Quando um pas, atravs do seu Banco Central, faz opo por um regime de cmbio fixo ou flutuante, de suma importncia que se tenha uma noo abalizada do valor correto do cmbio para a economia naquele momento. O conhecimento desse valor (que os economistas chamam de cmbio de equilbrio) o referencial que pode definir o sucesso de um regime de cmbio fixo, ou mesmo o bom funcionamento de um regime de cmbio flutuante.

POLTICA DE RENDA

A poltica de rendas consiste na interferncia do governo nos preos e salrios praticados pelo mercado. No intuito de atender a interesses sociais, o governo tem a capacidade de interferir nas foras do mercado e impedir o seu livre funcionamento. o que ocorre quando o governo realiza um tabelamento de preos com o objetivo de controlar a inflao.

Ressalta-se que nem sempre esse instrumento funciona de forma adequada. Como exemplo, cita-se que na segunda metade dos anos 80, o Brasil estava iniciando suas experincias econmicas de combate inflao, o tabelamento de preos foi largamente utilizado. Muitos produtores que se julgaram lesados pelo fato do preo do seu produto ter sido fixado em um patamar muito baixo, simplesmente deixaram de ofertar o produto.

Como consequncia, observou-se um desabastecimento de vrias mercadorias. Em determinados setores, particularmente no automobilstico, as mercadorias at poderiam ser adquiridas mediante o pagamento de um gio, ou seja, uma diferena a mais sobre o valor oficial do produto.

O governo tambm pode controlar o valor dos salrios pagos em uma sociedade. No Brasil o melhor exemplo se d pela fixao do salrio mnimo. Porm, conforme destaca Costa (2009), esta interferncia j foi muito maior no passado. Nos anos 80, por exemplo, durante o Plano Cruzado, foi criado um dispositivo legal que garantia um reajuste automtico dos salrios de todas as categorias trabalhistas sempre que a inflao atingisse 20%.

O objetivo dessa poltica era a de garantir o poder de compra dos trabalhadores contra os efeitos da inflao. Conforme destaca o autor, este se constituiu em um objetivo louvvel, porm trouxe um efeito colateral negativo. Com o recrudescimento da inflao, o gatilho salarial passou a disparar mensalmente, iniciando um processo de indexao da economia, gerando um fenmeno conhecido como inflao inercial.Constata-se que a partir da implantao do Plano Real, em 1994, o governo foi reduzindo gradativamente sua atuao por meio da poltica de rendas. Atualmente, a interferncia, conforme se observa, do governo nos preos e salrios, tem sido muito reduzida, quando comparada a interferncia realizada ao longo dos anos 80 e 90.

BALANA DE PAGAMENTO

Conceito:Registro de todas as transaes comerciais e financeiras realizadas entre residentes e no-residentes de um pas.

Funes:>> Documento contbil: regras de contabilidade e suas finalidades.>> Documento histrico: registra as relaes de um pas com o mundo durante vrios anos.>> Documento econmico: registra as relaes comerciais internacionais.

Estrutura do Balano de Pagamento1 TRANSAES CORRENTESA BALANA COMERCIALExportaesImportaesB BALANO DE SERVIOS E RENDASSERVIOSTransportesViagens internacionaisSegurosServios financeirosComputao e informaoRoyalties e licenasAluguel de equipamentosJuros da dvidaComunicaesConstruoRelativos ao comrcioEmpresariais, profissionais e tcnicosPessoais, culturais e recreaoServios diversosRENDASSalrio e ordenadoRenda de investimentosLucros reinvestidos no BrasilJuros de emprstimo intercompanhiaRenda de investimento em carteiraRenda de outros investimentos (juros)C TRANSFERNCIAS UNILATERAIS CORRENTES2 CONTA CAPITAL E FINANCEIRAA CONTA CAPITALTransferncias Unilaterais de Patrimnio de MigrantesBens no financeiros e no produzidosB CONTA FINANCEIRAINVESTIMENTO DIRETOInvestimento brasileiro diretoEmprstimo intercompanhiaInvestimento estrangeiro diretoEmprstimo intercompanhiaINVESTIMENTO EM CARTEIRAInvestimento brasileiro em carteiraInvestimento estrangeiro em carteiraDerivativosOutros Investimentos3 ERROS E OMISSES

ACERCA DO BALANO DE PAGAMENTO

O Balano de Pagamento uma demonstrao contbil, funciona com o mecanismo de partilhas dobradas, ou seja, registra o ativo e o passivo das contas. Toda sada financeira registrada com valor negativo, toda entrada registrada com valor positivo.

Balana Comercial:Registra o comrcio de bens e entre residentes e no-residentes. As exportaes so os valores monetrios que representam as vendas dos produtos nacionais para outros pases. As importaes so os valores monetrios que representam a compra dos produtos de outros pases. Quando a Balana Comercial superavitria isso significa que as exportaes superam as importaes, quando deficitria as importaes superam as exportaes.

Balana de Servios e Renda:Antes denominada apenas por servios.

Servios:Relaciona os servios relativos a transportes, viagens internacionais, seguros, financeiros, computao e informaes, royalties e licenas, aluguel de equipamentos, servios governamentais e outros servios. Os servios financeiros compreendem as intermediaes bancrias, tais como corretagens, comisses, garantias e fianas, e outros encargos acessrios sobre o endividamento externo. Em outros servios esto consolidadas as informaes referentes a servios de corretagens e comisses mercantis, servios tcnicos profissionais, pessoais, culturais e recreao.

Renda:Registra a remunerao do trabalho assalariado (salrios e ordenados) e as rendas de investimentos, que correspondem remunerao das modalidades de aplicao detalhadas na conta financeira. Assim, as rendas de investimento direto abrangem os lucros e dividendos relativos a participaes no capital de empresas e os juros correspondentes aos emprstimos intercompanhias nas modalidades de emprstimos diretos e ttulos de qualquer prazo. No incluem os ganhos de capital, classificados como investimento direto na conta financeira.Transaes Unilaterais:So as transaes realizadas sem contrapartida. Por exemplo, doaes, depsitos feitos entre familiares, no significando uma troca. Corresponde s transferncias unilaterais, na forma de bens e moeda, para consumo corrente. Excluem-se as transferncias relativas a patrimnio de migrantes internacionais, alocadas na conta capital.Saldo de Transaes Correntes:As transaes correntes correspondem a soma dos resultados da Balana Comercial, Balana de Servios e Renda e as Transaes Unilaterais. Esse resultado muito importante para um pas, pois representa o que de fato este produz.

Conta Capital e Financeira:Registram o fluxo de entrada e sada de capital que no se destina a compra e venda de bens e servios. A conta de capital registra as transferncias de capital relacionadas com patrimnio de migrantes e a aquisio/alienao de bens no financeiros no produzidos, tais como cesso de patentes e marcas. A conta financeira registra fluxos decorrentes de transaes com ativos e passivos financeiros entre residentes e no-residentes. A conta financeira dividida em quatro grupos.

Erros e Omisses:As partidas a crdito e a dbito lanadas no balano de pagamentos provem de diversas fontes de informaes, gerando, na prtica, um total lquido diferente de zero. A principal razo est nas discrepncias temporais das diversas origens dos dados utilizados. Com isso, torna-se necessrio o lanamento de partida equilibradora para o balanceamento das contas. Os erros e omisses se prestam, portanto, a compensar toda sobrestimao ou subestimao dos componentes registrados.

BALANO DE PAGAMENTOS REPRESENTA A POUPANA DO PAS

(O BP rene o dinheiro que sai e entra no Pas em forma de servios, vendas e compras de produtos, emprstimos, entre outras)Ms aps ms o Banco Central divulga ao mercado uma srie de saldos de transaes realizadas pelo Brasil com o resto do mundo. Todos eles so compilados em uma conta chamada Balano de Pagamentos. O BP rene o dinheiro que sai e entra no Pas em forma de servios, vendas e compras de produtos, emprstimos, entre outras.Se o BP positivo em um perodo, significa que ingressaram mais recursos do que saram do Pas. Ou seja, houve um acmulo de reservas. Em caso de dficit, preciso usar parte das reservas disponveis para compensar a sada de recursos maior do que o ingresso.Entenda melhor a estrutura do Balano de Pagamentos:

COMPLEMENTO (Balano de pagamentos)

Se divide em trs contas: Transaes Correntes, Conta Capital e Financeira e Erros e Omisses.

1. Transaes CorrentesRegistra o saldo das transaes comerciais, de bens e servios, e de transferncias (doaes).

1.1.Balana comercialSaldo das exportaes menos as importaes.

1.2.Balana de servios e rendas1.2.1.Balana de serviosContabiliza o ingresso e sada de dinheiro em servios como seguros, viagens internacionais, royalties, licenas e frete de transporte.1.2.2.Balana de rendasPagamentos de salrios a empregos no residentes que prestam servio no Brasil ou a brasileiros que prestam servio no exterior. Compreende tambm a renda enviada de estrangeiros e recebida de brasileiros no resto do mundo. Lucros reinvestidos no Brasil tambm entram nessa conta.

1.3.Transaes UnilateraisTransferncia de recursos sem envolver uma troca por servios ou bens. So doaes de recursos feitas entre pases.

2. Conta Capital e FinanceiraRegistra as transaes envolvendo a transferncia de ativos e de passivos entre pases, como emprstimos.

2.1.Conta capitalTransferncias unilaterais de ativos fixos, no financeiros.

2.2.Conta financeiraTransaes que envolvem ativos financeiros.2.2.1.Investimentos DiretoRecursos aplicados por estrangeiros no Pas em negcios e empresas e, em contrapartida, realizados por brasileiros no exterior. Tambm envolve emprstimo entre empresas.2.2.2.Investimento em carteiraTtulos de renda fixa e aes comprados e vendidos por estrangeiros no Brasil. Os papeis comprados e vendidos por brasileiros no exterior tambm entram nesta conta.2.2.3.DerivativosTotal de operaes com ativos derivativos.2.2.4.Outros investimentosSegundo o Banco Central, inclui os crditos comerciais, emprstimos, moeda e depsitos, outros ativos e passivos e operaes de regularizao. Emprstimos, de longo e curto prazos, por exemplo, esto aqui.

3. Erros e OmissesA diferena na Balana de Pagamento que no pode ser identificada devido a algum erro de lanamento aparece nesta conta.Resultado da BP e conta haveres

A soma dos itens 1, 2 e 3 (Conta Corrente, Conta Capital e Financeira e Erros e Omisses) resulta no Balano de Pagamentos. A conta haveres registra a variao das reservas internacionais. Assim, se h dficit no BP, registrado o mesmo nmero, positivo, na conta haveres. Ou seja, houve um aumento da dvida externa, naquele valor. Se h supervit no BP, registrado o nmero negativo (houve diminuio da dvida naquela soma).

Reservas cambiais

As reservas cambiais refletem o montante de moeda estrangeira (e ouro) acumulado pelo pas. O resultado do Balano de Pagamentos, que reflete o resultado monetrio das transaes de bens e servios realizadas pelos brasileiros com o exterior (saldo em transaes correntes), assim como o fluxo de capitais entre o pas e o exterior (sejam emprstimos, financiamentos, aplicaes em mercado financeiro, investimento direto em plantas industriais, etc), vai exprimir se houve acmulo ou perda de moeda estrangeira no perodo, refletindo, portanto a variao das reservas cambiais. Vale lembrar que o Balano de Pagamentos registra somente um fluxo monetrio dentro de um determinado perodo (em geral os resultados so apresentados em trimestres ou anuais), enquanto que as Reservas Cambiais revelam o estoque de moedas estrangeiras em um determinado momento. Assim, podemos dizer que o Brasil, em dezembro de 1995, contava com um estoque de 52 bilhes de dlares em moeda estrangeira (Reservas Cambiais),e que, ao longo de 1995 houve um acmulo de 13.5 bilhes de dlares no pas