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O Mercado De Ações E O Senso Comum: Ponderações sobre a autorreferência da BM&FBOVESPA

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Muitos estudos se desenvolvem dentro do Mercado de Ações, mas a existência da BVMF3 tem passado despercebido para a situação que criou: autorreferência. Utilizando como referência primordial os dados disponíveis no site da BM&FBOVESPA – empresa que procura diferenciar empresas que apresentam um modelo de gestão eficiente e incentivar pequenos investidores a entrar no Mercado –

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O Mercado De Ações E O Senso Comum:

Ponderações sobre a autorreferência da BM&FBOVESPA

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São Paulo 2012

O Mercado De Ações E O Senso Comum:

Ponderações sobre a autorreferência da BM&FBOVESPA

Denise Maria Maldonado da Cunha

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Copyright © 2012 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa e Projeto GráficoAline Benitez

DiagramaçãoThaís Santos

Revisão Bianca Brione

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

_______________________________________________________________C977m Cunha, Denise Maria Maldonado da O mercado de ações e o senso comum: ponderações sobre a autorreferência da BM&FBOVESPA / Denise Maria Maldonado da Cunha. - São Paulo: Baraúna, 2012. ISBN 978-85-7923-597-9 1. Mercado financeiro 2. Ações (Finanças). I. Título.

12-5687. CDD: 332.6 CDU: 336.76

10.08.12 17.08.12 038044 _______________________________________________________________

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Glória, 246 — 3º andar CEP 01510-000 Liberdade — São Paulo — SP

Tel.: 11 3167.4261www.editorabarauna.com.br

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Prefácio

Uma simbiose entre ingenuidade e esperteza, ou-sadia e inteligência? Ou o exercício puro e simples da ganância, movido pela psicologia de massa e pelo medo?

Com certeza tudo isso, mais uma boa dose de per-cepção, análise, paciência e, sobretudo, capacidade de relacionar informações de múltiplas fontes e arrojo na to-mada de decisões. Claro que também um pouco de algo que o senso comum chama de sorte.

Isso é o mercado financeiro, um lugar onde pessoas físicas e jurídicas se reúnem para negociar, no mais puro e genuíno exercício do capitalismo. Um lugar onde um engraxate pode se tornar um milionário e um bilionário pode torrar sua fortuna em um lance mal sucedido. Um lugar complexo onde se fundem a coragem e a racionali-dade, a Filosofia e a Lógica. Nada mais paradoxal.

O senso comum é algo banal, mas essencial para conduzir as pessoas no dia a dia, quando estas decidem o que vestir, como se comportar com a família e com colegas de trabalho, como se portar no trânsito na di-reção de um veículo, como obedecer as leis e normas

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e mesmo quando transgredi-las, o que nem sempre é bom ou saudável.

O que leva uma pessoa ao jogo financeiro do mer-cado de ações? Mas será que é um jogo? Será que esta en-tidade virtual obedece ao senso comum da sociedade ou tem suas próprias regras ou seu próprio senso? A autor-referência seria um senso próprio ou mais um paradoxo?

Duncan J. Watts, no livro “Tudo é óbvio desde que você saiba a resposta” (como o senso comum nos enga-na), nos ensina a questionar nossas crenças e a suspeitar delas, desafiar nossos pressupostos, como primeiro passo para a formação de crenças novas, talvez mais acertadas. Nem sempre o que serve “a todo mundo” nos serve. Isso permite entender aqueles que fazem as coisas de maneira diferente. Quando esse alguém age dessa forma não esta-ria criando uma autorreferência sem criar uma situação embaraçosa? Afinal, o senso comum não deve eximir nin-guém de pensar e ter seu próprio juízo de valor.

No “O Mercado de Ações e o Senso Comum: pon-derações sobre a autorreferência da BM&FBOVESPA”, a autora Denise Maria Maldonado da Cunha, a quem tive a satisfação de orientar em seu trabalho monográfico, se dis-põe a ponderar como a entidade, cujo propósito é conduzir o complexo processo de compra e venda de ações, o qual pode ser uma referência em relação à saúde financeira das empresas e, ao mesmo tempo, um ambiente de apostas em um futuro que não se pode chamar de nada muito além de plausível, pode também ser um player nesse universo.

Em um mundo repleto de paradoxos, especialmente no campo econômico, a autora discute com proprieda-

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de mais um deles, o da autorreferência da BOVESPA, através da listagem da BVMF3. Como ela mesma afirma, autorreferência são ótimas para a geração de situações paradoxais, ponderando a respeito das implicações desse processo: há algum atalho para se investir no mer-cado de ações? E uma vez que a BVMF3 está disponível pode-se dizer que o mercado está “a venda”?

Estes e outros questionamentos estão vivos neste ex-celente trabalho que a autora conduziu.

Transitando com maestria no mundo da informa-ção, do conhecimento, da estratégia, da Matemática; e da Filosofia, Denise leva o leitor a desvelar o imenso poder de uma entidade abstrata — o mercado — que pode ser-vir de exemplo a governos de como tirar da instabilidade a sustentação para construir um mundo melhor, menos corrupto, com mais oportunidades iguais e com menos chance de tropeçar nas pedras que, às vezes, amarramos em nossos próprios sapatos.

Boa leitura.Prof. Dr. Marco Antonio dos Santos.

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Agradecimentos

O presente estudo foi desenvolvido diante do “chute inicial” de incentivo das Professoras Gilza Medeiros e De-nise Raposo. No decorrer de seu desenvolvimento, agrade-ço à tarde de conversa com o Prof. Walter Carnielli.

Diante da compreensão, conversas, amor da minha família; sou muito grata a eles e à vida.

Com o suporte e confiança do Professor Marco Antonio dos Santos foi possível escrever, amadurecer as ideias e finalizar o estudo.

Para todos vocês, o meu, muito obrigado.

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Lista dos gráficos e tabelas

Gráfico I: Índices do Mercado de Ações, no período de 20/08/2008 até 29/07/2011. ..................................... 40

Gráfico II: IBOVn, SMLLn, IGCTn; e BVMF3, no pe-ríodo de 20/08/2008 até 29/07/2011. ....................... 41

Gráfico III: IBOVn, SMLLn; e BVMF3n, no período de 20/08/2008 até 29/07/2011. ..................................... 41

Tabela 1: Valor de Mercado da Bolsa. ........................ 56

Gráfico IV: Cotações da BVMF3. ............................. 61

Gráfico V: Volume de negócios para BVMF3. ........... 62

Gráfico VI: Volume BVMF3, com pontos destacados. ......63

Gráfico VII : Cotações da BVMF3, pontos destacados. .....64

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Sumário

Introdução ................................................................ 15

1. Uma analogia para a autorreferência em questão ........ 19

1.1. Resumo histórico ...................................... 21

1.2. Uma analogia entre o MERCADO DE AÇÕES à vista e a BVMF3. ............................. 29

2. Índices do Mercado de Ações ...................................... 33

2.1. Os Índices Do Mercado. ........................... 34

2.2. Os Comportamentos dos Índices. ............. 39

3. Afinal, existe um paradoxo? ................................... 45

4. A composição acionária da BM&FBOVESPA. .......... 49

4.1. A Posição Acionária da BM&FBOVESPA 51

4.2.O valor de mercado de uma empresa.......... 55

4.3. As Aquisições pelo BlackRock Inc. e do Oppe-nheimerfunds Inc. ............................................ 57

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4.4. O programa de recompra de ações da BM&FBOVESPA. ........................................... 65

5. Considerações Finais ............................................. 73

Referências ................................................................ 79

Páginas da Internet .................................................... 81

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Introdução

Em 02 de novembro de 2007 foi a estréia das ações da Bovespa Holding, com o código BOVH3, na BO-VESPA. Quase um ano depois, no dia 15 de outubro de 2008, essas ações seriam substituídas pela BVMF3, em decorrência da fusão da BOVESPA e da Bolsa de Merca-dorias e Futuro, na BM&FBOVESPA.

“A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital brasilei-ro formada, em 2008, a partir da integração das operações da Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros. Como principal instituição brasileira de inter-mediação para operações do mercado de capitais, a com-panhia desenvolve, implanta e provê sistemas para a nego-ciação de ações, derivativos de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e commodities agropecuárias.” (Disponível em http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/intros/intro-sobre-a-bolsa.aspx?idioma=pt-br, acessado em 29 de julho de 2011).

Para muitos esse passo pôde representar apenas a necessidade de conciliação de Bolsas (promissoras)