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MERCADO AUTOMOBILÍSTICO NACIONAL: COMPETITIVIDADE, INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E PERSPECTIVAS Pedro Luiz Franco Ribeiro (LATEC / UFF) Resumo: O objetivo do presente trabalho foi abordar e esclarecer, a partir de uma pesquisa bibliográfica, alguns pontos relevantes relacionados ao mercado automobilístico nacional, incluindo a competitividade, inovações tecnológicas e perspectivas, com um enfoque no cenário atual da produção de veículos elétricos e híbridos bem como a busca por formas puras de propulsão para os veículos, decorrente da crescente preocupação com o efeito estufa e com a poluição em geral. O atual trabalho foi realizado a partir de uma revisão de literatura baseada em consultas de livros, artigos científicos e pesquisas na internet. Conclui-se que a indústria automobilística constitui um exemplo marcante do processo de globalização, estando em constantes transformações as quais estão direcionadas a garantir competitividade à indústria como, por exemplo, a introdução de novas tecnologias de base microeletrônica, medida estratégica para recuperar o ritmo de crescimento do setor automobilístico durante a década de 80. Atualmente, devido a crescente e preocupante degradação ambiental, a indústria automobilística vem passando por nova reestruturação e seu avanço tecnológico está cada vez mais aliado ao desenvolvimento sustentável, tendo em vista que a recente preocupação da sociedade com o seu bem estar, assuntos ligados à poluição atmosférica e consumo de energias não renováveis são de grande interesse para população mundial. Neste contexto, embora ainda haja necessidade de mais estudos e pesquisas direcionados a viabilização de combustíveis alternativos, o período é caracterizado por novas mudanças na indústria automobilística que visam atender as exigências legais, principalmente aquelas relacionadas à preocupação com o meio ambiente, e garantir a competitividade a nível mundial. Palavras-chaves: indústria automobilística; gestão de produção; tecnologia; tendências de mercado; sustentabilidade ISSN 1984-9354

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MERCADO AUTOMOBILÍSTICO NACIONAL:

COMPETITIVIDADE, INOVAÇÕES

TECNOLÓGICAS E PERSPECTIVAS

Pedro Luiz Franco Ribeiro

(LATEC / UFF)

Resumo: O objetivo do presente trabalho foi abordar e esclarecer, a partir de uma pesquisa

bibliográfica, alguns pontos relevantes relacionados ao mercado automobilístico nacional,

incluindo a competitividade, inovações tecnológicas e perspectivas, com um enfoque no cenário

atual da produção de veículos elétricos e híbridos bem como a busca por formas puras de

propulsão para os veículos, decorrente da crescente preocupação com o efeito estufa e com a

poluição em geral. O atual trabalho foi realizado a partir de uma revisão de literatura baseada em

consultas de livros, artigos científicos e pesquisas na internet. Conclui-se que a indústria

automobilística constitui um exemplo marcante do processo de globalização, estando em

constantes transformações as quais estão direcionadas a garantir competitividade à indústria

como, por exemplo, a introdução de novas tecnologias de base microeletrônica, medida estratégica

para recuperar o ritmo de crescimento do setor automobilístico durante a década de 80.

Atualmente, devido a crescente e preocupante degradação ambiental, a indústria automobilística

vem passando por nova reestruturação e seu avanço tecnológico está cada vez mais aliado ao

desenvolvimento sustentável, tendo em vista que a recente preocupação da sociedade com o seu

bem estar, assuntos ligados à poluição atmosférica e consumo de energias não renováveis são de

grande interesse para população mundial. Neste contexto, embora ainda haja necessidade de mais

estudos e pesquisas direcionados a viabilização de combustíveis alternativos, o período é

caracterizado por novas mudanças na indústria automobilística que visam atender as exigências

legais, principalmente aquelas relacionadas à preocupação com o meio ambiente, e garantir a

competitividade a nível mundial.

Palavras-chaves: indústria automobilística; gestão de produção; tecnologia;

tendências de mercado; sustentabilidade

ISSN 1984-9354

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1. INTRODUÇÃO

Na década de 90, o Brasil preparou-se para inserção no processo de produção global de

veículos, uma vez que recebeu vultosos investimentos estrangeiros e, portanto, modernizou seus

modos de produção e aumentou sua capacidade produtiva. Todavia, esta produção foi direcionada

para fabricação de carro 1.000, transformando o mercado interno no foco principal de sua

indústria, afetando a competitividade internacional da indústria automobilística brasileira que,

consequentemente, perdeu mercados para outros países emergentes, como o México e a Coréia do

Sul, os quais adotaram políticas completamente distintas.

Atualmente, a indústria automobilística vem passando por um processo de transformação

para acompanhar as mudanças e exigências econômicas de um mercado cada vez mais

competitivo. Essas mudanças englobam a necessidade de novos investimentos para modernizar o

parque industrial, novas exigências dos consumidores quanto à qualidade do produto, estratégias

locais orientadas pelas mundiais, entre outros pontos que redirecionaram as perspectivas do

mercado automobilístico brasileiro, delineando novos rumos para o mercado, impactando na

competitividade setorial. Além disso, os consumidores atuais de veículos automotores importam-

se cada vez mais com a questão do meio ambiente e também com o aumento do preço do

combustível.

Neste contexto, a produção de veículos híbridos e elétricos, por exemplo, torna-se uma

alternativa promissora devido a alguns fatores como mudanças climáticas, preços do petróleo,

maior demanda por mobilidade, novos desenvolvimentos tecnológicos para motores e baterias.

Este fato contribuiu para criação de uma nova tendência, como por exemplo, a produção de

veículos que consumam menos combustíveis e, consequentemente, promovam uma redução da

poluição ambiental.

2. OBJETIVO

Considerando os aspectos supracitados, o objetivo do presente trabalho foi abordar e

esclarecer, a partir de uma pesquisa bibliográfica, alguns pontos relevantes relacionados ao

mercado automobilístico nacional, incluindo a competitividade, inovações tecnológicas e

perspectivas, com um enfoque no cenário atual da produção de veículos elétricos e híbridos bem

como a busca por formas puras de propulsão para os veículos, decorrente da crescente

preocupação com o efeito estufa e com a poluição em geral.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 HISTÓRICO DA PRODUÇÃO AUTOMOBILÍSTICA NACIONAL

Em 1956, a política do governo nacional introduziu a indústria automobilística no Brasil

devido à atração de capital estrangeiro, tendo em vista o período de meados do processo de

internacionalização das indústrias mundiais de veículos. Além disso, a instalação desta indústria

no país também foi impulsionada pelo baixo custo da mão-de-obra brasileira, que proporcionava

certa vantagem quando comparada às demais indústrias situadas nos países desenvolvidos, sendo a

General Motors, a Volkswagen e a Ford, as primeiras montadoras multinacionais a se instalarem

no Brasil. Portanto, essas empresas dominaram o setor industrial automobilístico sem grandes

dificuldades, visto que não havia competitividade por parte das empresas nacionais existentes na

época. Todavia, no fim da década de 70 e no início dos anos 80, ocorreu uma crise do mercado

interno brasileiro e a chamada “revolução microeletrônica” (GUIMARÃES, 1982).

Desta maneira, a solução para a crise dos anos 80 baseou-se no reordenamento da

produção para o mercado externo, até o momento pouco explorado pelas montadoras, isto é,

baseou-se na política de diferenciação de produto que implicou a adoção de novas tecnologias de

base microeletrônica. Contudo, a modernização tecnológica das montadoras brasileiras estava em

processo de transição e as empresas mundiais transferiam tecnologia já retrógada (PORSSE,

1998). Com isso, no início da década de 90, a indústria automobilística nacional deparou-se com

um relativo atraso tecnológico nos veículos quando comparados aos fabricados internacionalmente

devido a baixa produtividade e a qualidade dos veículos nacionais, além da defasagem tecnológica

e de mão-de-obra. Neste período, a fabricação era fortemente baseada na produção em massa, com

altos níveis de estoque e retrabalho pós-linha, no entanto, havia baixa escala de produção

(FERRO, 1994).

Entre dezembro de 1995 e final de 1999, vigorou o Regime Automotivo Brasileiro (RAB),

um exemplo de política setorial que provocou a retomada dos investimentos e a dinamização da

demanda, bem como a integração comercial com a Argentina. Simultaneamente, a produtividade

da indústria de autoveículos aumentou de forma expressiva em decorrência dos investimentos em

modernização das plantas industriais e a introdução dos novos processos produtivos e

organizacionais. Além disso, a introdução de novas técnicas intensificou o ritmo de trabalho e

reduziu o tempo ocioso das máquinas e dos operários (TIGRE et al., 1999).

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A evolução e as estratégias competitivas das principais montadoras da indústria

automobilística no Brasil basearam-se na reestruturação, integração e modernização que

representaram um marco neste setor da indústria nacional, particularmente na segunda metade dos

anos 90. Cabe salientar que este processo deveu-se, em grande parte, a evolução do próprio

mercado local, pelo processo de integração regional e pela política econômica nacional, sendo

evidenciada nesta última, a criação dos incentivos fiscais aos chamados carros ‘populares’, os

quais desempenharam função essencial nas vendas internas (SARTI et al., 2002).

No entanto, o desafio é continuar neste processo substitutivo, com maior inserção no

mercado externo e diversificação dos mercados destinos das exportações, onde México e

Argentina são responsáveis por mais de 50% das exportações nacionais. Contudo, esta inserção

dependerá das estratégias das montadoras no âmbito internacional, de acordos bilaterais e

integração regional com o comércio exterior, fatos que determinam a relevância das subsidiárias

locais e, consequentemente, podem continuar atraindo investimentos e impedindo o fechamento

de plantas decorrente da tendência global de concentração produtiva (ALMEIDA et al., 2006).

2.2 PANORAMA NACIONAL DA PRODUÇÃO DE AUTOMÓVEIS

As principais empresas montadoras do setor e as empresas fornecedoras de componentes e

peças instalaram-se na Grande São Paulo, em primeiro lugar a região do ABC paulista, em

particular São Bernardo do Campo e, em segundo, o Vale do Paraíba. Estas áreas eram

privilegiadas devido à qualificação e ao baixo custo da mão de obra, mercado consumidor

diversificado, infraestrutura urbana e de transportes, visto que, a partir de 1947, houve

investimento estatal na construção de rodovias pavimentadas nessas regiões. Além disso, algumas

das prefeituras de municípios da Grande São Paulo concederam às empresas interessadas alguns

incentivos e a disposição de realizar obras de terraplenagem com o intuito de instalar fábricas em

locais de relevo acidentado, mas geograficamente bem localizados (LANGENBUCH, 1971).

A partir do ano 2000, com a entrada de novos produtores de veículos no mercado nacional

e com o aumento da internacionalização da cadeia produtiva, 17 marcas de automóveis passaram a

atuar no mercado brasileiro, com tendência de localização fora da região da Grande São Paulo,

conforme os incentivos fiscais. Portanto, o Brasil posicionou-se como o primeiro do mundo em

número de montadoras instaladas, tornando a competição no mercado nacional mais acirrada

(BOTELHO, 2002).

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Atualmente, as indústrias automobilísticas brasileiras dispõem de um parque industrial

espalhado por oito estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul,

Bahia, Goiás e Ceará, isto é, apresentam-se bastante difundida em todo o país, sendo importante

enfatizar que existe forte concentração de fábricas de motores, componentes e centros logísticos

de distribuição nas Regiões Sudeste e Sul, especialmente nos estados de São Paulo, Rio de

Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Mundialmente, a produção de veículos, em 2009, atingiu

aproximadamente 61 milhões de unidades (ANFAVEA, 2010). Em 2010, alcançou cerca de 77,6

milhões de unidades, tendo como continente líder a Ásia, seguido por Europa e Américas,

enquanto África e Oceania possuem pequena proporção da produção mundial (ANFAVEA, 2011)

dando continuidade ao cenário do ano de 2009, como pode ser observado na figura 1 (ANFAVEA,

2010).

Figura 1: Produção de autoveículos por continente no ano de 2009 e 2010.

Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA, 2010).

Para o mercado automotivo brasileiro, desde 2005, 2010 foi mais um ano de crescimento

continuado do mercado e da produção, a qual se comportou bem (3,6 milhões de unidades) o que

representou uma expansão de 10%, enquanto a totalidade de veículos comercializados resultou em

3,51 milhões de unidades e crescimento de 11,9%. Em contrapartida, ocorreu uma redução das

exportações brasileiras de veículos. Em 2005 estas representaram 31% da produção, enquanto em

2010 o percentual foi igual a 15%, caracterizando uma queda da participação na produção

nacional. Vale ressaltar que, as exportações favorecem os consumidores, uma vez que tornam o

mercado mais competitivo, contudo, diminui-se a produção no país o que geraria mais

investimentos, produção, emprego e consumo, num círculo virtuoso (ANFAVEA, 2011).

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2.3 COMPETITIVIDADE NO SETOR AUTOMOTIVO

Em décadas anteriores, os elementos determinantes da competitividade eram o preço e

a qualidade dos veículos (CLARK; FUJIMOTO, 1991). No entanto, devido às transformações dos

anos 80 e 90, as nações contemporâneas desenvolveram uma nova visão e, portanto, o conceito

tradicional tornou-se ultrapassado. Competitividade para uma nação é o grau pelo qual ela pode,

sob condições livres e justas de comércio, produzir bens e serviços que se submetam

satisfatoriamente ao teste dos mercados internacionais enquanto, simultaneamente, mantenham e

expandam a renda real de seus cidadãos. Competitividade é a base para o nível de vida de uma

nação. É também fundamental à expansão das oportunidades de emprego e para a capacidade de

uma nação cumprir suas obrigações internacionais (COUTINHO; FERRAZ, 1994).

A principal estratégia das empresas automobilísticas consiste na habilidade em

fornecer respostas rápidas às demandas do mercado, a partir do desenvolvimento e introdução de

novos produtos. Conforme Clark e Fujimoto (1991) essa mudança pode ser explicada

parcialmente por três motivos: crescente competição internacional entre as empresas, o que tem

contribuído para globalização da escala dos produtos; crescente fragmentação do mercado e,

consequentemente, maior intensidade no lançamento de novos produtos e redução das vendas por

volume de modelo; diversidade, maior complexidade e ampliação da tecnologia incorporada nos

veículos; além da redução do ciclo de vida dos produtos, a qual possibilita maior vantagem para as

empresas, a substituição rápida de modelos e, consequentemente, novos lançamentos (CONSONI;

CARVALHO, 2002).

Outro fato importante é o investimento crescente em Pesquisa e Desenvolvimento,

sendo que mais de 80% desta é destinada às atividades de modelos específicos relacionadas à

preservação e ao melhoramento de técnicas tradicionais empregadas nos veículos, visto que

atualmente tais orçamentos de pesquisas estão destinados a atividades que visam ao

desenvolvimento e adaptação de novos modelos. Em contrapartida, pesquisas de mais longo

prazo, sem aplicação imediata às linhas de veículos representam menos de 20% deste total, devido

ao fato das estratégias das grandes empresas automobilísticas não estarem voltadas

exclusivamente para inovações tecnológicas radicais e de longo prazo (CHANARON, 1998).

Atualmente, a Fiat é a maior produtora de automóveis e comerciais leves nas vendas

internas de nacionais no atacado e vendas internas de nacionais e importados no atacado, seguida

das montadoras General Motors (GM), Ford, Honda e Hyundai. Em contrapartida, em termos de

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vendas internas de importados no atacado, em primeiro lugar, encontra-se a Hyundai, seguida da

GM, Fiat, Ford e Honda. Em relação às exportações, as posições no ranking por ordem

decrescente é GM, Ford, Fiat e Honda (ANFAVEA, 2011).

2.4 TECNOLOGIA APLICADA AOS AUTOVEÍCULOS

Ao longo da história da indústria automobilística, mudanças vêm ocorrendo como as novas

relações entre montadoras e empresas de autopeças que devido a fatores como tecnologia,

competitividade e custos estão forçando as empresas a utilizarem melhor a competência técnica

dos fornecedores e, portanto, novas tendências começaram a surgir no relacionamento comprador-

fornecedor como renovação mais frequente tanto do produto como da tecnologia utilizada

(CUSUMANO; NOBEOKA, 1992). Diante desse cenário, tem-se observado, principalmente a

partir de meados dos anos 1990, um crescente empenho das empresas automobilísticas, não

somente das montadoras, no desenvolvimento das chamadas tecnologias automotivas avançadas

(DOC, 2006), visto que as inovações possuem a capacidade de agregar valor aos produtos,

proporcionando vantagens competitivas, tornando-se, futuramente, essencial para a

sustentabilidade das empresas e dos países. Esta afirmação é válida, principalmente, em mercado

com alto nível de competição, onde os produtos oferecidos são praticamente equivalentes, logo,

aqueles que inovam o produto, o processo ou o modelo de negócio, de forma incremental ou

radical, ficam em posição de vantagem em relação aos demais (TEMUDO; BROZOLLI, 2010).

A utilização de novas tecnologias, a eletrônica, a tecnologia de informação e os novos

materiais, exceto as formas alternativas de propulsão (motores elétricos, híbridos e células de

combustível), são indiscutivelmente as variáveis-chave. Atributos como aceleração, frenagem,

controles de tração, de estabilidade e de injeção de combustível, segurança, ajuste da posição da

direção e dos bancos, navegação, proteção antichoque, telemática, sistemas de controle de voz e

entretenimento consistem em funções dos autoveículos modernos sofisticados e praticamente

todas essas já são controladas e/ou viabilizadas pela eletrônica embarcada (FINE et al., 1996).

Após alguns anos, a telemática foi associada ao desenvolvimento do chamado Sistema de

Transporte Inteligente (SIT), fato que permitiu a viabilização de sistemas de controle de voz para

várias funções do veículo como, por exemplo, informação de tráfico, em tempo real, e acesso à

internet no veículo. Uma das pretensões da utilização do SIT é que o mesmo possibilite o ajuste da

distância entre os carros, em uma rodovia, através de controles automáticos, permitindo, desta

forma, aumentar a velocidade média dos veículos sem comprometer a segurança e,

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consequentemente, haveria também redução dos gastos de energia. Simultaneamente, reduziriam

as emissões de dióxido de carbono, possibilitando ganhos ambientais potencialmente expressivos

(FUJIMOTO; TAKEISHI, 2001).

Atualmente, avalia-se que a parcela da eletrônica embarcada no custo corrente dos veículos

automotores já tenha alcançado 20%, esperando-se que no ano de 2015 a mesma salte para

aproximadamente 40%. Neste cenário, o setor automobilístico é caracterizado por uma

dinamização no comportamento tecnológico devido à intensificação da concorrência e a maior

oportunidade tecnológica associada aos avanços na tecnologia do motor a combustão interna, às

novas tecnologias microeletrônicas, de materiais, de informação e, mais recentemente, às

tecnologias emergentes e inovadoras como técnicas de propulsão dos autoveículos (CARVALHO,

2008).

2.5 TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DAS INDÚSTRIAS AUTOMOTIVAS

Existe um número crescente de pesquisas direcionadas para busca de novas fontes

energéticas devido a grande preocupação com a escassez dos recursos naturais e procura por

alternativas de fontes renováveis e limpas para a obtenção de energia. Portanto, levando em

consideração as questões ambientais e o interesse com a seguridade no fornecimento energético,

renovou-se a atenção para combustíveis alternativos como, por exemplo, veículo solar, híbrido,

elétrico, entre outros e, consequentemente, a energia proveniente de células a combustível vem

destacando-se a nível mundial (RANESES et al., 1999).

O biodiesel evita várias formas de agressão ao meio ambiente, as quais são inevitáveis com

o uso de combustíveis derivados do petróleo como, por exemplo, redução da liberação de diversas

substâncias prejudiciais, normalmente encontradas no escapamento dos veículos, e também evita a

utilização de um combustível fóssil, com reservas limitadas e são essas características que

constituem a grande vantagem do uso do biodiesel. Além das vantagens citadas, é importante

salientar que o biodiesel pode substituir o diesel de petróleo praticamente em qualquer motor, sem

requerer maiores modificações, mantendo a qualidade da potência do motor e do rendimento

térmico do combustível dos veículos que utilizam combustível derivado do petróleo (PLÁ, 2002).

As células a combustível representam outra alternativa promissora e de fundamental

importância na geração de energia elétrica, devido ao baixo nível de ruído; alta eficiência

energética, uma vez que possui a capacidade de produzir eletricidade diretamente a partir de

reações eletroquímicas, gerando como produtos água e calor; além do baixo impacto ambiental,

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com emissões 10 vezes menor quando comparadas aquelas especificadas nos regulamentos

ambientais mais restritos (SIMADER; KORDESCH, 2005).

Outra tecnologia é o veículo solar cuja sua aplicação possibilita praticamente autonomia

das fontes de energia tradicionais, onde sua escassez consiste em uma grande preocupação atual.

A energia solar desses veículos solares é captada por painéis fotovoltaicos e convertida em energia

elétrica, que será posteriormente condicionada para ser devidamente utilizada por máquinas

elétricas capazes de induzir movimento ao veículo (FERREIRA, 2008).

O veículo híbrido é considerado o veículo de passeio (leve), o qual apresenta dois motores:

elétrico e de combustão interno movido exclusivamente à gasolina. Embora possua este tipo de

motor, a energia é convertida em eletricidade, que é estocada em uma bateria até o início do

funcionamento do motor elétrico, promovendo uma economia da energia requerida pelo motor de

combustão interna e, consequentemente, necessitando de menor quantidade de combustível e

menor produção de poluentes (QUEIROZ, 2006).

2.6 ENGENHARIA SIMULTÂNEA

A Engenharia Simultânea consiste em uma das metodologias para obter sucesso no

processo de eficácia e rapidez, que é necessário para enfrentar a competitividade na área de

desenvolvimento de produto. O conceito da Engenharia Simultânea surgiu na década de 90 e é

aplicada em diversas áreas profissionais, em especial na indústria de produção em massa. O seu

principal objetivo é sugerir mudanças gerenciais, sendo utilizada no processo de desenvolvimento

ou alteração de novos produtos visando aumentar a qualidade do produto, diminuir o ciclo de

desenvolvimento e a diminuição do custo de produção (ANUMBA; EVBUOMWAN, 1997).

O surgimento da filosofia da Engenharia Simultânea é o resultado do acúmulo de

experiências e conhecimentos, ao longo dos anos, em decorrência da necessidade de evolução dos

conceitos e paradigmas da indústria, num processo contínuo no decorrer de sua história.

Consiste em uma ferramenta gerencial aplicável em substituição ao modelo mais

difundido, baseado na alocação sequencial das etapas de trabalho, onde o início de determinada

etapa depende da finalização da anterior. Diante da percepção de que este método resulta em um

processo de baixa produtividade, custos de produção elevados, retrabalhos e baixa qualidade final

dos produtos, a Engenharia Simultânea se apresenta na forma de um desenvolvimento de todas as

especialidades de projeto em paralelo, através de times multidisciplinares de projeto interagindo,

alocados precocemente na linha de tempo do empreendimento, de forma a proporcionar uma

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concepção participativa e que não necessite de ajustes e compatibilizações, obtendo prazos e

custos reduzidos (VARGAS, 2008).

A Engenharia Simultânea possui algumas vantagens como redução do número de

problemas de produção, especialmente problemas de qualidade, redução dos custos de

desenvolvimento, e um retorno mais rápido sobre o investimento (SLACK, 2007). Ademais, é

uma metodologia focada no cliente e centrada em uma equipe se preocupa com as necessidades

dos setores envolvidos no processo de desenvolvimento e integra os atributos financeiros e

técnicos para diminuir ou acabar com os custos ocultos (BALASUBRAMANIAN, 2001). É

importante desenvolver atitudes que valorizem o trabalho em equipe, propiciar treinamentos que

capacitem os técnicos a trabalhar em grupo e introduzir nos sistemas de avaliação de desempenho,

dimensões que levem em conta não só a competência técnica e a criatividade, mas também o

sucesso como participante de equipes (KRUGLIANSKAS, 1992).

A equipe de Engenharia Simultânea deve realizar análises, estudos, troca de experiência e

conhecimentos prévios com o intuito de prever para que todos os desperdícios sejam evitados.

Todavia, esse processo não pode alterar a qualidade do produto e não deve comprometer a

finalidade para qual o mesmo foi produzido (atender as necessidades do cliente). Basicamente, a

Engenharia Simultânea propõe a criação de equipes multifuncionais ou multidisciplinares que

acompanham o produto desde sua concepção até o apoio fornecido aos consumidores após a

entrega deste (HARTLEY, 1998), podendo, desta forma, ser aplicação com grande êxito na

indústria automobilística.

3. METODOLOGIA

O presente trabalho foi constituído por pesquisa exploratória, baseada em estudo

qualitativo através de análise bibliométrica, onde foram utilizadas ferramentas como a internet,

livros, dissertações, teses, papers e, especialmente, artigos selecionados nas bases de dados dos

principais periódicos nacionais e internacionais disponíveis no Portal de Periódicos CAPES, com

o objetivo de permitir um melhor entendimento e interpretação dos fenômenos estudados das áreas

de interesse da pesquisa, extinguindo-se, portanto, a utilização de quaisquer instrumentos

estatísticos para análise de dados, como ocorre na pesquisa quantitativa. Conforme, Cervo e

Bervian (2003) a pesquisa bibliográfica apresenta como fator relevante de contribuição, as

observações de outros pesquisadores pautados em estudos realizados sobre o assunto em

discussão, fato que favorece a consistência de desenvolvimento e a solidez da fundamentação.

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4. CONCLUSÕES

A indústria automobilística constitui um exemplo marcante do processo de globalização,

estando em constantes transformações as quais estão direcionadas a garantir competitividade à

indústria. Atualmente, devido a crescente e preocupante degradação ambiental, a indústria

automobilística vem passando por nova reestruturação e seu avanço tecnológico está cada vez

mais aliado ao desenvolvimento sustentável, tendo em vista que a recente preocupação da

sociedade com o seu bem estar, assuntos ligados à poluição atmosférica e consumo de energias

não renováveis são de grande interesse para população mundial. Neste contexto, embora ainda

haja necessidade de mais estudos e pesquisas direcionados a viabilização de combustíveis

alternativos, o período é caracterizado por novas mudanças que visam atender as exigências

legais, principalmente aquelas relacionadas a preocupação com o meio ambiente, e garantir a

competitividade a nível mundial.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, C. C. R.; CARIO, S. A. F.; MERCÊS, R.; GUERRA, O. F. Indústria automobilística

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<http://www.anfavea.com.br/>. Acesso em: 12 fev. 2014.

ANFAVEA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS

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<http://www.anfavea.com.br/>. Acesso em: 12 fev. 2014.

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São Paulo, v. 15, p. 55-64, 2002.

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Evolução Recente. Em pauta - Economia e Sociedade, Revista do Instituto de Economia da

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