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Mentruz - Coronopus didymus Nomes populares Mentruz, erva-de-santa-maria, erva-formigueira, erva- vomiqueira, mastruço, mastruço-dos-índios, mastruz, mastruz-miúdo, mentruz-rasteiro, mentrusto, menstruço, mestruço, mestruz Nome científico Coronopus didymus (L.) Sm. Basionônio Sinônimos Coronopus didymus var. macrocarpus Muschl. Lepidium didymum L. Senebiera didyma (L.) Pers. Senebiera incisa Willd. Senebiera pectinata DC. Senebiera pinnatifida DC. Família Brassicaceae Tipo Nativa, não endêmica do Brasil. Descrição Planta herbácea anual, prostrada, de caule ramificado horizontalmente a partir do colo, crescendo cerca de 40 a 50cm de comprimento. As folhas são alternas, verde intensas, glabras, pinatissectas, com 3 a 7 pares de segmentos laterais e um terminal, sendo que cada segmento se desdobra em 2 a 5 lobos. As folhas basais são curto pecioladas e as terminais sésseis. Inflorescência em racemos cilíndricos, reunindo flores

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Nomes Populares – Nome Científico – Basionômio – Sinônimos – Família – Tipo – Descrição – Característica – Floração/Frutificação – Dispersão – Hábitat – Distribuição Geográfica – Etimologia – Propriedades – Fitoquímica – Fitoterapia – Fitoeconomia – Injúria – Comentários – Bibliografia – Fotos da Espécie

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Page 1: Mentruz - Coronopus didymus -  Ervas e Frutas Comestíveis do Bioma Mata Atlântica – Ficha Completa Ilustrada

Mentruz - Coronopus didymus

Nomes populares

Mentruz, erva-de-santa-maria, erva-formigueira, erva-vomiqueira, mastruço, mastruço-dos-índios, mastruz, mastruz-miúdo, mentruz-rasteiro, mentrusto, menstruço, mestruço, mestruz

Nome científico

Coronopus didymus (L.) Sm.

Basionônio

Sinônimos

Coronopus didymus var. macrocarpus Muschl.

Lepidium didymum L.

Senebiera didyma (L.) Pers.

Senebiera incisa Willd.

Senebiera pectinata DC.

Senebiera pinnatifida DC.

Família

Brassicaceae

Tipo

Nativa, não endêmica do Brasil.

Descrição

Planta herbácea anual, prostrada, de caule ramificado horizontalmente a partir do colo, crescendo cerca de 40 a 50cm de comprimento. As folhas são alternas, verde intensas, glabras, pinatissectas, com 3 a 7 pares de segmentos laterais e um terminal, sendo que cada segmento se desdobra em 2 a 5 lobos. As folhas basais são curto pecioladas e as terminais sésseis. Inflorescência em racemos cilíndricos, reunindo flores muito pequenas, cuja corola é formada por 4 pétalas hialinas. O fruto é uma síliqua indeiscente, composta de duas valvas. As sementes são oblongo-reniformes, unisulcada, castanho-amarelada (PLANTAS MEDICINAIS, 2001).

Característica

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Floração / frutificação

Dispersão

Hábitat

Planta heliófita, ruderal, ocorrendo também nas Formações Campestres. Ocorre no Cerrado e na Mata Atlântica. É originária de regiões temperadas quentes, mas adapta-se bem às subtropicais.

Distribuição geográfica

Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (SOUZA, 2010).

Etimologia

Propriedades

Fitoquímica

Como alimento, possui altos valores de proteína, fósforo, potássio e zinco, tendo valores superiores ao das hortaliças comumente consumidas. Possui também óleos essenciais com composto sulfurado que age como antibiótico natural.

Fitoterapia

Na medicina popular é utilizada em infusão como excitante, fortificante, peitoral, diurética, vermicida, expectorante, digestiva, amarga, aromática, estimulante, anti-hidrópica, antiescorbútica, antituberculosa e contra escrófulos. Também é aplicada em dores nas juntas, gripes, catarros, resfriados, bronquite, tosse, raquitismo, machucaduras, ferimentos, problemas nos pulmões, reumatismo, flores brancas, infecções, hematomas, hemorróidas, febres palustres e intermitentes, alergias, problemas no estômago e picadas de insetos. É muito comum o consumo da planta na forma de garrafadas.

Fitoeconomia

Pode ser utilizada na alimentação humana, na forma de saladas, porém, como seu gosto é acre, é mais utilizada como aromatizante de bebidas alcoólicas.

Injúria

Planta daninha muito comum no inverno, onde infesta hortas, jardins, pastagens e terrenos baldios. Quando consumida pelo gado leiteiro, transmite ao leite o sabor da planta.

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Comentários

Bibliografia

Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -

Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.

CREPALDI, M. O. S. Etnobotânica na Comunidade Quilombola Cachoeira do Retiro, Santa Leopoldina, Espírito Santo, Brasil. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Escola Nacional de Botânica Tropical. Rio de Janeiro, 2007. 81p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/enbt/posgraduacao/resumos/2006/Maria_Otavia.pdf>.

KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.

KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de Proteína e Minerais de Espécies Nativas, Potenciais Hortaliças e Frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 846-857, out.-dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a13v28n4.pdf>.

LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.

MENTZ, L. A.; LUTZEMBERGER, L. C.; SCHENKEL, E. P. Da Flora Medicinal do Rio Grande do Sul: Notas Sobre a Obra de D’ÁVILA (1910). Caderno de Farmácia, v. 13, n. 1, p.25-48, 1997. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/farmacia/cadfar/v13n1/pdf/CdF_v13_n1_p25_48_1997.pdf>.

PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.

PLANTAS MEDICINAIS; CD-ROM, versão 1.0; PROMED – Projeto de Plantas Medicinais; EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.; Coordenação: Antônio Amaury Silva Junior; Itajaí, Santa Catarina. 2001.

SOUZA, V.C. 2010. Brassicaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB117492).

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STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>.

VENDRUSCOLO, G. S.; SIMÕES, C. M. O.; MENTZ, L. A. Etnobotânica no Rio Grande do Sul: Análise Comparativa Entre o Conhecimento Original e Atual Sobre as Plantas Medicinais Nativas. Pesquisas, Botânica nº 56: 285-322, São Leopoldo: In: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2005. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica56/botanica56.htm>.

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