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MENTE E COMPORTAMENTO MÓDULO 304E MANUAL DO ESTUDANTE

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MENTE ECOMPORTAMENTO

MÓDULO 304E

MANUAL DO ESTUDANTE

ESCS - Escola Superior de Ciências da Saúde

MENTE ECOMPORTAMENTO

MÓDULO 304E

MANUAL DO ESTUDANTE

ESCS - Escola Superior de Ciências da Saúde

GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL

Agnelo Queiroz

SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL-SES-DF PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - FEPECS

Rafael de Aguiar

DIRETOR-EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE-FEPECS

Gislene Regina de Sousa Capitani

DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE-ESCS

Maria Dilma Alves Teodoro

COORDENADOR DO CURSO DE ENFERMAGEMLeonora de Araújo Pinto Teixeira

ESCS - Escola Superior de Ciências da Saúde

Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECSEscola Superior de Ciências da Saúde – ESCS

Mente e ComportamentoManual do Estudante

Módulo 304

Grupo de planejamento:

Daniela Martins MachadoDjalma Ticinani Couto

Leila GottemsLucia Manso

Marta PeralbaSuderlan Sabino

Coord.

Daniela Martins Machado

BrasíliaFEPECS/ESCS

2012

ESCS - Escola Superior de Ciências da Saúde

Copyright © 2012- Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS Curso de Enfermagem – 3ª sérieMódulo 304E: Mente e Comportamento - Período: 20 de agosto a 25 de setembro de 2012.A reprodução do todo ou parte deste material é permitida somente com autorização formal da FEPECS/ ESCS.Impresso no BrasilTiragem: 20 exemplaresCapa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECSEditoração Gráfica: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECSNormalização Bibliográfica: BCENFE/ESCS/FEPECS

Coordenadora do Curso de Enfermagem: Leonora de Araújo Pinto Teixeira

Grupo de elaboração:Daniela Martins MachadoDjalma Ticiani CoutoLeila GottemsLucia MansoMarta PeralbaSuderlan Sabino

Coordenadora do Módulo:

Daniela Martins Machado

Tutores:Daniela Martins Machado Lucia MansoDjalma Ticiani Couto Suderlan SAbinoLeila Gottems

Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)BCENFE/ESCS/FEPECS

Mente e Comportamento: Manual do estudante: Módulo 304. / Coord. Daniela Martins Machado. – Brasília: Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde / Escola Superior de Ciências da Saúde, 2011.

56 p.

Comportamento. I. Daniela Martins Machado (coord.) II. Escola Superior 1. de Ciências da Saúde. – ESCS.

CDU 159

Quadra 301 – Conjunto 4 – Lote 1 – Samambaia Sul - DFCEP: 72 300-537Tel/Fax: 55 61 3358-4208Endereço eletrônico: http://www.saude.df.gov.br/escsE-mail: [email protected]

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Loucura o que é? Quais são suas manhas e artimanhas? Como se a percebe? Como se lida com ela? O homem se sabe louco? A loucura se

sabe humana?Ali adiante estão um espelho e uma porta, são dois caminhos, mas

um único ponto de partida e um único ponto de chegada. O homem que empreende esta viagem sai de si para conhecer o mundo e segue pela porta. Ele volta a si para conhecer ainda melhor o mundo e segue pelo

espelho.

Aquele que ama o saber ama também a verdade, pois não se pode saber aquilo que não é. Por amor ao saber, o homem busca conhecer, usa seus sentidos para experimentar o mundo e trazer para dentro aquilo que aparentemente está fora. E, já não são dois os caminhos, mas apenas um;

porta e espelho se sobrepõem se confundem, se fundem...

A realidade, que viaja para dentro, de sensação se transforma em sentimento e pensamento, ao mesmo tempo se alimenta da razão que dá consciência ao pensar e ao sentir. A consciência, que viaja para fora,

devolve à realidade um existir repleto de agir humano. E, já não são dois o homem e a realidade, ambos se sobrepõem se confundem, se fundem.

Quanto mais para fora tanto mais para dentro.

Razão, consciência, pensamento, sentimento, sensação, realidade. Onde um começa? Onde outro termina? Quem dá a medida? Quem

decreta a verdade? Os sãos? Os loucos? E, já não são dois os caminhos...

Não há desafio em desvendar a loucura, pois não há desvendar possível para ela. Há, sim, um diálogo possível entre o homem que se

sabe louco e a loucura que se sabe humana. O desafio talvez esteja em fazer a loucura atravessar o caminho que vai para além do espelho e da

porta e que casa homem e realidade numa relação imanente.

Daniela Martins Machado

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Sumário

Introdução p.1 1. Árvore temática p.3 2. Objetivos p.5 3.

Objetivo geral p.5 3.1 Objetivo específico p.5 3.2

Cronograma p.7 4. Palestras e oficinas p.7 4.1 Semana padrão da terceira série p.7 4.2 Atividades do módulo 304E p.7 4.3

AVALIAÇÃO DA UNIDADE EDUCACIONAL p.11 5. RESENHA CRÍTICA p.13 6. VISITA TÉCNICA p.15 7. PRODUÇÃO VIDEOGRÁFICA E EAC p.17 8. PROBLEMAS p.23 9.

PROBLEMA 1 – MEU SAUDOSO JULIAN p.23 PROBLEMA 2 – DE GÊNIO E DE LOUCO TODO MUNDO TEM UM POUCO p.25PROBLEMA 3 – “AFASTA DE MIM ESTE CÁLICE” p.27 PROBLEMA 4 – “CALMA, ALMA MINHA, CALMINHA”p.29 PROBLEMA 5 – “DE VOLTA A TERRA DO NUNCA” p.31 PROBLEMA 6 – “BALADA DO LOUCO” p.33 PROBLEMA 7 – NO LIMITE p.35 PROBLEMA 8 – “NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM” p.37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS p.39. 10. REFERÊNCIAS VIDEOGRÁFICAS p.43 11. LINKS IMPORTANTES p.45 12. ANEXO I - SAE E PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR p.49 13. ANEXO II – ROTEIRO DE VISITA TÉCNICA p.53 14. ANEXO III – ELEMENTOS DO GUIA PARA PRODUÇÃO VIDEOGRÁFICA p.55 15.

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I. INTRODUÇÃO

Ao longo deste módulo, nosso maior desafio será subsidiar você, estudante para a identificação e compreensão dos elementos da Gestão/Atenção em Saúde Mental, bem como para sua atuação profissional neste cenário, com ênfase na construção de cidadania e na inclusão social da pessoa em sofrimento mental.

Para o alcance deste objetivo, é indispen-sável compreender as percepções acerca da lou-cura e do louco e das práticas profissionais que, a partir daí, se estabelecem. Veremos que estas práticas podem nos conduzir para abordagens que promovem exclusão das pessoas em sofri-mento mental ou que visam à inclusão social destes sujeitos.

A definição das formas de atenção em saúde mental tem matrizes sobre diferentes con-textos sócio-históricos e estão em permanente reconstrução. Os saberes e as práticas de aten-ção, neste sentido são produções sempre tempo-rais e transitórias.

Há, neste percurso histórico, um compo-nente etnográfico fundamental. A loucura tem tantos significados quantos são os grupos cul-turais no mundo. João Frayze-Pereira (2006) demonstra, em sua obra O que é loucura que “a determinação dos estados normal e patológico de-pende menos da ciência que da cultura e da socie-dade”.

Na história da loucura, vê-se que o lou-co, em alguns séculos, saiu do status de sujeito de poderes e dons especiais - numa abordagem mágica da loucura; passou pela abordagem cor-recional e violenta - quando se pensava que ele assim o era por uma opção, e, mais tarde, passou ao status de doente mental - numa abordagem manicomial da loucura.

No século XVIII Philippe Pinel foi o primeiro a lançar sobre a loucura um enfoque médico, estabelecendo uma nosografia para as doenças mentais e definindo o hospital como o lugar legítimo de tratamento. Esta perspectiva, ao longo dos anos, ensinou as famílias a deixa-rem no hospital os seus “doentes” e se desres-ponsabilizarem deles.

Este é, sem dúvida, um marco no sentido do isolamento e da exclusão social destes sujei-tos a quem, neste momento, se nega o direito de uma vida em comunidade, com todos os desa-fios e possibilidades que isto implica.

Evidencia-se que a forma de tratá-los acompanha a forma como se os vê: de sujeitos especiais a alienados, perigosos e não sujeitos e sendo submetidos a tratamentos hospitalocên-tricos tão violentos e desumanizadores quanto à percepção que se tinha dos doentes.

Na contemporaneidade, é fato, pretende-se que o louco seja visto, novamente, como pes-soa e, neste sentido, as abordagens terapêuticas vão se descentrando do modelo médico-hospi-talocêntrico, focado nas necessidades biológi-cas e avançando para o modelo humanista. Este último prioriza a escuta qualificada, o diálogo e o estabelecimento de relações interpessoais transformadoras, para as quais tem maior peso os recursos pessoais do terapeuta colocados à disposição do outro.

A dimensão racional do cuidado, com seus aspectos técnico-científicos, vai se mes-clando à dimensão sensível, em que pesam os aspectos humanos.

Contemporaneamente, falamos em re-abilitação da pessoa em sofrimento mental, numa abordagem psicossocial. Esta perspectiva da inclusão social não prevê para o usuário da saúde mental, até então institucionalizado, uma

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vida asséptica, sem riscos ou desencontros, pois também estes aspectos são constitutivos da vida social das pessoas; prevê sim é que os usuários estejam aptos a vivenciar o seu cotidiano com liberdade e responsabilidade diante de aconteci-mentos tanto positivos quanto negativos.

A efetivação do modo psicossocial deu-se a partir de Movimentos de Reforma Psiquiá-trica nos âmbitos internacional e brasileiro. No Brasil, a reorientação da atenção à saúde mental, apoiada por uma vasta legislação, tem contem-plado a extinção de leitos asilares e a criação de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico, tais como os dispositivos dos Centros de Aten-ção Psicossocial (CAPS), Unidades Psiquiátri-cas em Hospitais Geras e Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT).

A inclusão social pela via da reabilitação psicossocial é tarefa interdisciplinar, construída com o envolvimento não só dos profissionais da saúde mental, como dos usuários, de suas famí-lias, de instâncias governamentais, sociais, polí-ticas e outras.

Mas há que se considerar que não são as leis ou os novos dispositivos que asseguram a superação do modo manicomial e o alcance do modo psicossocial de atenção em saúde mental. A transposição de um modelo para o outro se dá muito menos externamente que internamente, é mais subjetiva que objetiva. E como?

A superação do manicômio passa pelo investimento nos sujeitos: resgate de suas iden-tidades perdidas; pela produção de subjetividade singularizada, com horizontes de significações interna e externa cada vez mais amplos; pela promoção de vivências transformadoras e pelo aumento de seu poder de negociação.

A abordagem psicossocial requer a su-peração de barreiras institucionais (serviços

substitutivos), técnicas (repensar de saberes e práticas), relativas aos usuários (reabilitação para a vida no cotidiano) e, sobretudo, barreiras subjetivas (onde nasceu e se perpetuou o mani-cômio).

De nada servem as reformas externas, como a derrubada de muros e a humanização da assistência, quando estas práticas não vêm acompanhadas de reformas internas, capazes de mudar a forma de ver e sentir o outro e de agir diante dele.

O manicômio subjetivo se supera quando o outro, de louco, passa a ser um igual, a quem se deve respeito, consideração e zelo; que se quer resguardado da negligencia, dos maus tratos e da exclusão e a quem se dedicam ações éticas e solidárias no sentido da sua inclusão social.

Dada esta compreensão, é fundamental que se deem os próximos passos: desconstruir o manicômio a partir de si mesmo, comprometer-se com a perspectiva psicossocial e manifestar este compromisso a partir de sua prática de cui-dado.

Tenham uma excelente aproximação com o campo da saúde mental!...

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ÁRVORE TEMÁTICA – MENTE E COMPORTAMENTO2.

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Objetivos:3.

Objetivo geral: 3.1Subsidiar o estudante para a identificação e compreensão dos elementos da Gestão/Atenção em Saúde Mental, bem como para sua atuação profissional neste ce-nário, com ênfase na construção de cida-dania e na inclusão social da pessoa em sofrimento mental.

Objetivos específicos:3.2

Analisar os modos históricos de atenção 3.2.1em saúde mental, considerando a pers-pectiva manicomial e a psicossocial;

Discutir os aspectos éticos relacionados 3.2.2ao cuidado (gestão/atenção) à pessoa em sofrimento mental;

Explicar o Movimento de Reforma Psi-3.2.3quiátrica Brasileira e os marcos regula-tórios que a sustentam;

Discutir o significado de autonomia e 3.2.4protagonismo dos sujeitos em sofrimen-to mental na perspectiva da reabilitação psicossocial;

Descrever a rede de atenção integral 3.2.5com ênfase nos dispositivos de atenção em saúde mental e sua articulação com os diversos níveis de cuidado;

Vivenciar ferramentas terapêuticas em 3.2.6saúde mental e cenários de atenção em saúde mental;

Discutir sobre psicoterapias e terapias 3.2.7integrativas e ferramentas de inclusão social como, oficinas de produção, coo-perativismo (economia solidária);

Analisar os processos subjetivos huma-3.2.8nos e abordagens em saúde mental, com ênfase nas funções psíquicas/parâme-tros de saúde e sofrimento mental;

Discutir o sofrimento mental relacio-3.2.9nado aos diferentes quadros psicopato-lógicos, na perspectiva da Clínica Am-pliada, do Projeto Terapêutico Singular e da Sistematização da Assistência de

Enfermagem;

Propor o cuidado relacionado ao uso de 3.2.10substâncias psicoativas;

Propor o cuidado relacionado aos trans-3.2.11tornos de ansiedade;

Propor o cuidado relacionado aos trans-3.2.12tornos psicóticos;

Propor o cuidado relacionado aos trans-3.2.13tornos de humor;

Propor o cuidado relacionado aos trans-3.2.14tornos de alimentação;

Propor o cuidado relacionado ao sofri-3.2.15mento mental intenso, com ênfase no comportamento suicida e no episódio psi-cótico com agitação psicomotora;

Distinguir as principais categorias de psi-3.2.16cofármacos, seus usos e desdobramentos;

Analisar os processos intersubjetivos em 3.2.17saúde mental, com ênfase nas vivências e significados da história de vida e da rela-ção de ajuda;

Analisar os processos intersubjetivos em 3.2.18saúde mental, com ênfase nas vivências e significados do morrer e do Luto;

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CRONOGRAMA:4. 4.1 PALESTRAS:

Data Horário Local Atividade Responsável

22/08 8h-12h Serviços de Saúde Mental

Visita Técnica aos serviços de Saúde Mental Daniela Martins Machado

28/08 14h-16hAuditório

Fund. Hemocentro

Painel: Atenção à Saúde Mental no Brasil e no DF –

panorama e perspectivas

Roberto Tikanori - COSAM/MSAugusto Cesar – DISAM/SES/DF

04/09 14h-16h Auditório ESCS/Sam.

Exibição do filme “Uma mente Brilhante” Daniela Martins Machado

12/09 8h-17h

Casa do Cerrado - SAIN Parque

Rural s/nº 3274-9608

Vivências terapêuticas em saúde mental

Alexandre StaerkDaniela M. MachadoTodos os Tutores

18/0914-16h Auditório

ESCS/Sam.

Exibição do Filme “Uma Janela para a Lua” Daniela M. Machado e Tutores

16-18h Preparatório para o EAC – Produção Videográfica

4.2 SEMANA PADRÃO: de 20 de agosto a 25 de setembro (Duração: 5 semanas)Semana Padrão do Estudante da 3ª Série*

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

Manhã8h às12h HPE DT

Horário Protegido para

EstudoHPE DT

Tarde14h

às16h

Atividades Complementares Horário Protegido para

Estudo

4.3 ATIVIDADES DO MÓDULO 304E1ª Semana do Módulo 304E – 3ª Série*

2ª – 20/08/12 3ª – 21/08/12 4ª - 22/08/12 5ª - 23/08/12 6ª - 24/08/12

Manhã8h às12h HPE

Exibição do filme “Vermelho

como o céu”DT – Abertura do Problema 1 – Meu saudoso

Julian

Visita Técnica aos serviços de saúde mental

Horário Protegido

HPE

DT – Abertura do Problema

2 – De gênio e de louco todo

mundo tem um pouco

Tarde14h às16h

Exposição Dialogada

sobre Funções Psíquicas

(Participação Livre)

Horário Protegido

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2ª Semana do Módulo 304E – 3ª Série*

2ª - 27/08/12 3ª - 28/08/12 4ª – 29/08/12 5ª – 30/08/12 6ª – 31/08/12

Manhã8h às12h HPE

DT – Abertura do Problema 3 – “Afasta de mim este cálice”

(salas de aula da FECES)

Horário Protegido -(9h-11h) Exibição do filme “Quando

um homem ama uma mulher”

(Participação livre)

HPEDT – Abertura do

Problema 4 – “Calma, alma minha, calminha”

Tarde14h às16h

Painel: Modos Históricos de atenção

em saúde mental

Horário Protegido -(14-16h) Exibição do filme “Melhor

impossível”(Participação livre)

3ª Semana do Módulo 304E – 3ª Série*

2ª – 03/09/12 3ª - 04/09/12 4ª – 05/09/12 5ª – 06/09/12 6ª – 07/09/12

Manhã8h às12h HPE

DT – Abertura do Problema 5 – “De volta a terra do nunca”

Horário Protegido HPE FERIADO

Tarde14h às16h

Exibição do filme “Uma mente Brilhante”

4ª Semana do Módulo 304E – 3ª Série*2ª – 10/09/12 3ª - 11/09/12 4ª – 12/09/12 5ª – 13/09/12 6ª –14/09/12

Manhã8h às12h HPE

DT – Abertura do Problema

6 – “Balada do louco”

Horário Protegido

Vivências Terapêuticas em Saúde Mental

HPEDT – Abertura do Problema 7 – No

limite -

Tarde14h às18h

R1 305 Horário Protegido

5ª Semana do Módulo 304E – 3ª Série*

2ª - 17/09/12 3ª - 18/09/12 4ª - 19/09/12 5ª - 20/09/12 6ª - 21/09/12

Manhã8h às12h HPE

DT – Abertura do Problema 8 – “Nem só de pão vive o homem”

Horário Protegido HPE

Seminário Educação em

Enfermagem da ABEn-DF

Tarde14h às18h

Exibição do Filme “Uma Janela para

a Lua”

Discussão sobre EAC - Produção

Videográfica

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6ª Semana do Módulo 304E – 3ª Série*

2ª - 24/09/12 3ª - 25/09/12 4ª - 26/09/12 5ª - 27/09/12 6ª - 28/09/12

Manhã8h às12h HPE

DT – Fechamento do Problema 8 e Avaliações

Horário Protegido HPEPreparação para o

EAC

Tarde14h às18h

Preparação para o EAC Horário Protegido

6ª Semana do Módulo 304E – 3ª Série*

2ª - 01/10/12 3ª - 02/10/12 4ª - 03/10/12 5ª - 04/10/12 6ª - 05/10/12

Manhã8h às12h HPE

Exercício de Avaliação

Cognitiva - EAC

Horário Protegido HPE MÓDULO 306

Tarde14h às18h

- Horário Protegido

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AVALIAÇÃO DA UNIDADE EDUCA-5. CIONAL

A avaliação do estudante no Módulo 304E será formativa e somativa.

Avaliação formativa5.1

A auto-avaliação, avaliação interpares e ava-liação do estudante pelo tutor serão realizadas oralmente ao final de cada sessão de tutoria.

Serão avaliadas as resenhas críticas de filmes exibidos e recomendados e realizadas devoluti-vas aos estudantes.

Avaliação somativa5.2

Os estudantes serão avaliados pelos docentes, com base nos seguintes formatos e instrumen-tos:

Formato 3ST: Avaliação do desempenho nas sessões de tutoria. No final do Módulo 304E, o tutor realizará, utilizando-se do formato 3ST, uma síntese do desempenho dos estudantes nas sessões de tutoria, principalmente quanto à ha-bilidade de explorar problemas e às atitudes em relação ao trabalho de grupo e nas relações in-terpessoais. Será considerada, também, a elabo-ração de resenhas críticas de filmes exibidos e recomendados.

Avaliação de Resenhas críticas: Serão consi-derados aspectos como conteúdo e formato da resenha (conforme roteiro – item 6) e a coerên-cia de seu teor crítico-reflexivo aos temas abor-dados nos filmes.

Exercício de Avaliação Cognitiva (EAC) – Constituir-se-á de uma produção videográfica grupal que deverá seguir roteiro previamente disponibilizado. Na data estabelecida será feita a exibição dos vídeos produzidos. Estes serão considerados satisfatórios, na medida em que contiverem elementos crítico-reflexivos sobre

gestão/atenção em saúde mental, de forma coe-rente com o recorte teórico-conceitual trabalha-do durante o módulo. Essa avaliação será reali-zada no 25/09/12 (3ª. Feira) das 08h às 12h.

5.3 Critérios para obtenção de conceito “sa-tisfatório” no módulo 304E

Ao final do Módulo 304E, obterá conceito “sa-tisfatório” o estudante que:

Tiver freqüência mínima obrigatória de 75% nas sessões de tutoria, nas palestras e nas atividades práticas;

Tiver conceito “satisfatório” em todas as avalia-ções somativas do módulo;

Tiver conceito satisfatório nas resenhas críticas.

O estudante que não obtiver conceito “satisfató-rio” no Módulo 304E será submetido ao plano de recuperação. Esse plano, elaborado pelo co-ordenador do módulo, será cumprido na unidade subseqüente.

5.4 Avaliação dos docentes e do Módulo 304E pelo estudante

O Módulo 304E e os docentes serão avaliados pelos estudantes, utilizando-se dos seguintes formatos:

Formato 4ST: Avaliação do desempenho do tu-tor / instrutor. O estudante realizará, por meio do formato 4ST, uma síntese das observações sobre o desempenho do tutor/instrutor, ao longo do módulo.

Formato 5MT: Avaliação do Módulo 304E. Os estudantes realizarão, ao final do módulo, por meio do formato 5MT, a avaliação do Módulo 304E, considerando os seguintes aspectos: ob-jetivos, estratégias educacionais, palestras, con-sultorias, recursos educacionais e organização geral.

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RESENHA CRÍTICA6. (Daniela Martins Machado)

Uma Resenha Crítica (RC) caracteriza-se pela elaboração de um texto que resume uma obra literária, videográfica ou outra; explici-tando a avaliação do resenhista sobre a obra. A resenha crítica contém, portanto, uma opinião e uma análise da obra, de modo a levantar seus as-pectos instigantes e relacioná-los ao arcabouço teórico-conceitual e vivencial do resenhista.

A RC objetiva explicitar a compreensão do resenhista sobre determinado tema a partir de sua argumentação sobre a obra na qual o mesmo está contido. A RC é sempre temporária e tran-sitória, pois o resenhista sempre pode voltar à obra e agregar a sua análise novos elementos.

Os elementos fundamentais de uma re-senha são:

Título da Resenha (dado pelo resenhis-• ta);

Dados técnicos da obra – referência bi-• bliográfica ou videográficos (título da obra e título original, gênero, direção, roteiro, atores principais, local de produ-ção, ano de produção...);

Resumo ou síntese do conteúdo – pontos • essenciais da obra;

Análise Crítica da obra – a Crítica deve • estar presente desde a escolha do título da resenha – opinião, análise, argumen-tação na qual se mescla a obra e o arca-bouço teórico-concetual e vivencial do resenhista.

Quanto ao formato de elaboração:

Texto manuscrito ou digitado em fon-1. te Arial 12, espaço simples, margens 2,5cm, corpo do texto justificado. No máximo 3 laudas.

Quanto ao conceito satisfatório na Rese-nha:

Será considerada satisfatória a resenha 1. crítica que apresentar os elementos fun-damentais de uma resenha – conteúdo e formato (conforme descrição acima), guardando coerência entre seu teor crí-tico-reflexivo e o tema abordado no fil-me.

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VISITA TÉCNICA7.

A Visita Técnica é uma atividade que se caracteriza pela observação de procedimentos técnicos, assistenciais e/ou gerenciais que não envolvam a manipulação direta de materiais, equipamentos e atendimento ao paciente. (Mi-nistério da Saúde).

Esta ferramenta possibilita rever os con-ceitos teórico-metodológicos e expressar o diá-logo produzido em sala de aula. Atividade com-plementar aos componentes curriculares que visa analisar, avaliar, observar e participar de atividades práticas desenvolvidas por entidades públicas ou privadas (Instituto Federal de Edu-cação e Tecnologia de Tocantins)

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PRODUÇÃO VIDEOGRÁFICA E EAC8. GUIA PARA A PRODUÇÃO

VIDEOGRÁFICA* INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA:

Este é um guia para a produção videográ-fica, formato escolhido para o Exame de Ava-liação Cognitiva referente ao Módulo Temático 304 “Mente e Comportamento”.

Neste módulo, estabeleceu-se como principal objetivo educacional: subsidiar o es-tudante para a identificação e compreensão dos elementos da Gestão/Atenção em Saúde Mental, bem como para sua atuação profissional neste cenário, com ênfase na construção de cidadania e na inclusão social da pessoa em sofrimento mental.

A perspectiva da inclusão social é de sin-gular importância para a operacionalização da abordagem psicossocial de atenção em saúde mental, substitutiva à abordagem manicomial que a antecedeu. Esta última, tendo a medicali-zação como foco terapêutico e o hospital psiqui-átrico como lugar legítimo de tratamento, pro-moveu, ao longo de décadas, a exclusão social das pessoas em sofrimento mental, diagnostica-das como doentes mentais e mantidas em mani-cômios, não raramente, por toda uma vida.

Promover a inclusão social significa, en-tão, devolver às pessoas institucionalizadas a possibilidade de uma vida social. No entanto, ela adquire contornos bem mais amplos que a desospitalização, ela deve ser entendida como o movimento que visa:

Tornar a pessoa excluída novamente parti-cipante da vida social, econômica e política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da sociedade, pelo Estado e pelo po-der público, reconhecendo suas necessidades especiais, geradoras de direitos específicos, cuja proteção e exercício dependem do cum-primento dos direitos humanos fundamentais. (OLIVEIRA, 2000, p. 13).

Lobosque (1997) nos fala que a cultura é fator limitante para a inclusão social, na medida em que rotula tudo o que considera excessivo e desordenado. Ela reforça que trilhar o caminho da inclusão, exige que se possa rever a maneira como a cultura compreendeu e agiu com rela-ção à loucura. Dentre os princípios que a autora cita para uma clínica antimanicomial, está o da singularidade que fala da necessidade de reco-nhecer o que há de próprio em cada sujeito e de singular no coletivo que é composto a partir de várias individualidades.

Contemporaneamente, fala-se da pro-dução de subjetividade singularizada, com este idêntico princípio, podendo-se reconhecer nele também um aspecto ético que respeita o uni-verso interno de cada sujeito, enfatizando que é possível resgatar aquilo que a pessoa, acome-tida de sofrimento mental, tenha de próprio, de valoroso e de instrumental para uma vida de in-clusão na esfera da família e da sociedade em todas as suas dimensões, reabilitando-o para a vida social.

Reconhecendo estes aspectos fundamen-tais, relacionamo-los à proposição de um Exame de Avaliação Cognitiva no formato de produção videográfica.

O principal argumento para esta propos-ta é que uma educação arejada e alinhada com a contemporaneidade deve, no mesmo movimen-to de inclusão, trazer para seu arcabouço me-todológico novas tecnologias de informação e comunicação, hoje, imprescindíveis às relações humanas.

A produção de imagem - quer televi-siva, cinematográfica ou plástica, é espelho da realidade e vem aproximando culturas e multi-plicando saberes antes inalcançáveis, tamanhas as distâncias físicas, políticas e mesmo culturais das diferentes sociedades humanas e extratos

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sociais. Por outro lado, é também espaço de fo-mento ao inventivo, ao criativo, ao imaginário, contribuindo para o alargamento da produção de subjetividades singularizadas, que, como já vimos, torna cada sujeito um ser único e valo-roso.

Vê-se que a produção de imagens tem, portanto, uma dimensão racional (registro histó-rico e cultural), outra sensível (registro do ima-ginário e do inventivo) e outra que se poderia denominar estética e de cunho artístico.

Arantes Filha (2004) argumenta que a imagem é primordialmente um signo, que re-conhecido provoca reações interpretativas em quem o percebe e acrescenta “encontramos na dimensão polissêmica da imagem um modo de colocar prioritariamente o tema da construção do conhecimento, tornando a imagem um objeto cultural”.

Aqui, evidencia-se que a produção de imagens pode ser considerada não só como fe-nômeno estético, mas também epistemológico, pois conduz á produção de conhecimento. Vale notar que, neste cenário, não só a imagem, como produto final, deve ser levada em conta, mas também o processo de sua produção, pois ele é preenchido por significação e aprendizagem e é, ele próprio, ferramenta de produção de conhe-cimento.

Freire (1999) argumenta que o verdadei-ro conhecimento se estabelece na medida em que mais criticamente se exerça a capacidade de aprender e acrescenta “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (1999, p.52).

Fica, assim, demonstrado que arte e edu-cação dialogam facilmente entre si. Este diálo-go, no entanto, estende-se ao campo da atenção à saúde mental, quando reconhecemos que pro-cessos subjetivos humanos constituem-se como

processos criativos, possuindo, uma dimensão estética que os aproxima da arte. TORRE e AMARANTE (2001) referem que a subjetiva-ção funciona forjando modos de existência, que modelam as maneiras de sentir e de pensar dos indivíduos.

Transpondo esta argumentação para o nosso objeto que é a produção videográfica como exercício de avaliação cognitiva, tem-se que o processo de produção videográfica envol-ve processo de produção de subjetividade sin-gularizada e, ambos ancoram-se numa dimensão estética (artística) e noutra epistemológica (pro-dução de conhecimento).

À estas, acrescenta-se uma outra dimen-são, a do cuidado, pois, como vimos, a produção de subjetividade singularizada é ferramenta de reabilitação dos sujeitos em sofrimento mental para uma vida socialmente inclusiva e, portanto uma ferramenta de atenção em saúde mental.

Lembramos, aqui, que a Política Nacio-nal de Humanização (BRASIL, 2006) reforça o respeito e a inclusão da singularidade quando propõe a construção de Projetos Terapêuticos Singulares na perspectiva da Clinica Ampliada.

A produção videográfica possibilitará a manifestação crítica e criativa, dos estudantes, explicitada, através de imagens e sons, de pro-dução própria, a integração de conceitos, refle-xões e vivencias apreendidos no decurso do mó-dulo temático.

Diante disso, fortalece-se a convicção de que a produção videográfica, como formato de Exercício de Avaliação Cognitiva, está tripla-mente legitimada, por ser processo de produção de conhecimento, por ser instrumento de ex-plicitação do conhecimento adquirido e por ser exercício de produção de subjetividade singula-rizada - subsídio e ferramenta do cuidado.

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* OBJETIVOS DA PRODUÇÃO VIDEO-GRÁFICA COMO EAC:

Ultrapassar o exercício cognitivo e 1. crítico reflexivo, alcançando a expe-rimentação;

Promover vivências singulares a par-2. tir do diálogo entre educação, arte e os princípios da clínica antimanico-mial;

Fazer da estratégia de avaliação um 3. ponto de convergência entre a apren-dizagem significativa e a abordagem psicossocial de atenção em saúde mental.

* ETAPAS DO PROCESSO DE PRODU-ÇÃO VIDEOGRÁFICA:

Dois elementos fundamentais de uma produção videográfica são a forma e o conteú-do.

Quanto ao conteúdo:

Destacam-se temas transversais que deverão ser trabalhados por todos os grupos de produção videográfica:

Saúde & Sofrimento Mental enquan-• to processos subjetivos e intersubje-tivos;

Autonomia e protagonismo dos su-• jeitos na perspectiva da reabilitação psicossocial;

Clínica Ampliada e Projeto Terapêu-• tico Singular para a construção de cidadania e inclusão social da pessoa em sofrimento mental.

Dispositivos e ferramentas terapêuti-• cas em saúde mental;

Destacam-se temas específicos que se-rão sorteados para os diferentes grupos de produção videográfica:

Modo Manicomial & Modo Psicosso-• cial de atenção em saúde mental;

Dispositivos e ferramentas terapêuti-• cas em saúde mental;

Sofrimento mental relacionado ao • uso abusivo de substâncias psicoati-vas / Álcool;

Sofrimento mental relacionado ao • transtorno de ansiedade;

Sofrimento mental relacionado ao • transtorno psicótico / Esquizofrenia;

A relação de ajuda frente às vivências • de morrer e de luto;

Sofrimento mental intenso relaciona-• do ao comportamento suicida;

Sofrimento mental intenso relaciona-• do ao transtorno de humor / Episódio maníaco.

Quanto à forma:

Cada vídeo deverá ter duração de no • mínimo 5 minutos e no máximo 08 minutos;

A captação de imagens e sons poderá • ser feita por qualquer meio de registro áudio-visual (câmeras de vídeo, celu-lares, webCam, ipod, DS, PSP...);

Recursos de sonorização mínimos • para assegurar a audição clara e am-pla;

Recursos de iluminação mínimos para • assegurar a nitidez das imagens.

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O processo de produção videográfica envolve:

Elaborar um roteiro prévio, onde se • estabeleça o enredo do vídeo. Devem constar do roteiro:

Titulo do vídeo;o

Linguagem clara e objetiva;o

Fundamentação teórica e técnica o do roteiro escolhido e abordagem crítica, com conteúdo coerente com o abordado durante o módu-lo temático;

Descrição do cenário e da logísti-o ca necessária;

Distribuição de tarefas entre os o membros do grupo;

Cronograma de atividades, con-o siderando a data de apresentação do vídeo;

Assegurar assinatura do Termo de • Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) sobre o uso de imagens de todos os participantes do vídeo, con-forme modelo anexo;

Realizar a gravação, assegurando • imagens nítidas e som audível;

Inserir créditos com o nome de todos • os participantes e suas funções na produção (elenco, editoração, filma-gem, iluminação, apoio...), identifica-ção de cenários, agradecimentos (se for o caso);

Realizar a editoração do vídeo – se • necessário e conveniente;

Arquivar, em DVD, a filmagem;•

Elaborar relatório do processo de pro-•

dução videográfica. O relatório deve constar de:

Descrição pormenorizada do de-o senvolvimento do vídeo (nº de encontros, nº de horas em cada encontro, atividade desenvolvi-da, quem participou;

Avaliação da experiência, expli-o citando:

- Como foi desenvolver a produ-ção videográfica como forma-to avaliativo;

- Vantagens da experiência em relação ao EAC tradicional;

- Desvantagens da experiência em relação ao EAC tradicio-nal;

- Sugestões para iniciativas futu-ras de produção videográfica

Preencher instrumentos de avaliação • do processo de produção videográfica (auto-avaliação e avaliação interpa-res);

Entregar ao coordenador do módu-• lo, na data de apresentação do vídeo, DOSSIÊ contendo:

Capa com título do vídeo e iden-o tificação dos membros do grupo,

Roteiro,o

Relatório, o

TCLEs,o

Instrumentos de avaliação e o

DVD com a produção videográ-o fica.

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CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:

O roteiro e o relatório deverão ser • digitados, em fonte Arial 12, espaço simples, margens 2,5cm, corpo do texto justificado.

É vetado o uso de imagens já veicu-• ladas em quaisquer meios de comu-nicação.

É vetado o uso de legendas e textos • auxiliares, inclusive Power Point.

Casos excepcionais serão avaliados • particularmente.

A apresentação dos vídeos:

Será realizada na data de 25 de setem-• bro de 2012, de 8h às 12h;

Cada grupo terá até 8 minutos para • uma exposição oral sobre o processo de produção videográfica e entre 5 e 8 minutos para a exibição do vídeo.

O estudante obterá conceito Satisfató-rio no Exame de Avaliação Cognitiva / Pro-dução videográfica, mediante:

Entrega de • Dossiê completo - 1 por grupo;

Obtenção de conceito satisfatório:•

Na avaliação da produção video-o gráfica pelo tutor;

Na autoavaliação; o

Na avaliação interpares – 50% o dos membros do grupo + 1;

Na avaliação do Dossiê comple-o to

CONSIDERAÇÃO FINAL:

A não entrega do Dossiê completo ou • a não apresentação do vídeo na data prevista implicarão em avaliação in-satisfatória do EAC.

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9. PROBLEMAS:PROBLEMA 1: MEU SAUDOSO JULIAN

Enfermeira, recém chegada ao ISM, vi Julian pela 1ª vez. Ele estava sentado no meio fio de uma estradinha curva que dá acesso ao hospital-dia, seus olhos azuis profundos como o céu fitavam a fumaça do cigarro de palha. “Olá, Julian, sou Damaris, enfermeira...”.

Numa de suas muitas histórias, Julian descreveu os anos que passou no Hospital Psi-quiátrico de Barbacena. Ele contou que, ainda moço, ficou como que possuído e, de tanta ago-nia, o levaram, no “trem de doido” para o hos-pício - ele e outros infelizes que lá morreram ou foram esquecidos... Ele falou das paredes frias e úmidas dos pavilhões; do cheiro insuportável de mijo que os banhos de mangueira não tiravam do lugar; dos estrados de madeira sobre os quais dormiam, seminus; do ensopado de bucho; da violência sexual; das fezes por todos os cantos... Contou que se urinava só de medo da hora de ter os miolos fritados pelo eletrochoque semanal; lembrou que uma vez, voltou a si na frente do posto, onde uma enfermeira grosseirona gritava e batia nele para ele sair da frente... Ele, ai, fa-lou do pátio, onde o melhor da vida inteira era esquentar-se no sol de Deus - única hora em que se sentia menos bicho...

Fiquei em silêncio, segurando sua mão... Pensava sobre a sanidade dele e a minha loucu-ra: como não agradeço a Deus pelo sol? Encer-rei a conversa, lembrando que, em seguida, ele teria oficina de música e psicoterapia de grupo. Pedi que lembrasse Laura, sua irmã, da reunião de família no dia seguinte. Foi ela que o trouxe para o DF e o levou para tratar no ambulatório de psiquiatria do HRG e depois para o ISM.

... Os muitos Julians foram a razão dos Movimentos de Reforma Psiquiátrica pelo mundo, o que contribuiu para a reorientação do

modelo de atenção que supera o manicômio e avança para a perspectiva da reabilitação psicos-social...

Ah, esqueci de dizer que Julian é poeta. Quando discutíamos seu PTS, ele dizia “meu re-médio é encontrar gente feliz”. Há sete anos, ele foi com a irmã para Salvador. Mariângela, do ESF de lá, deu notícias de que ele estava mo-rando numa Residência Terapêutica com dois amigos do CAPS.

Que seus dias sejam leves, Julian...

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DISPARADOR TEMÁTICO –PROBLEMA 1

Carta aos Médicos-chefes dos Manicômios (Antonin Artaud, 1896-1948)

Senhores, As leis e os costumes vos concedem o direito de medir o espírito. Essa jurisdição soberana e temível é exercida com vossa razão. Deixai-nos rir. A credulidade dos povos civilizados, dos sábios, dos governos, adorna a psiquiatria de não sei que luzes sobrenaturais. O processo da vossa profissão já recebeu seu veredito. Não pretendemos discutir aqui o valor da vossa ciência nem a duvidosa existência das doenças mentais. Mas para cada cem supostas patogenias nas quais se desencadeia a confusão da matéria e do espírito, para cada cem classificações das quais as mais vagas ainda são as mais aproveitáveis, quantas são as tentativas nobres de chegar ao mundo cerebral onde vivem tantos dos vossos prisioneiros? Quantos, por exemplo, acham que o sonho do demente precoce, as imagens pelas quais ele é possuído, são algo mais que uma salada de palavras? Não nos surpreendemos com vosso despreparo diante de uma tarefa para a qual só existem uns poucos predestinados. No entanto nos rebelamos contra o direito concedido a homens - limitados ou não - de sacramentar com o encarceramento perpétuo suas investigações no domínio do espírito. E que encarceramento! Sabe-se - não se sabe o suficiente - que os hospícios, longe de serem asilos, são pavorosos cárceres onde os detentos fornecem uma mão-de-obra gratuita e cômoda, onde os suplícios são a regra, e isso é tolerado pelos senhores. O hospício de alienados, sob o manto da ciência e da justiça, é comparável à caserna, à prisão, à masmorra. Não levantaremos aqui a questão das internações arbitrárias, para vos poupar o trabalho dos desmentidos fáceis. Afirmamos que uma grande parte dos vossos

pensionistas, perfeitamente loucos segundo a definição oficial, estão, eles também, arbitrariamente internados. Não admitimos que se freie o livre desenvolvimento de um delírio, tão legítimo e lógico quanto qualquer outra seqüência de idéias e atos humanos. A repressão dos atos anti-sociais é tão ilusória quanto inaceitável no seu fundamento. Todos os atos individuais são anti-sociais. Os loucos são as vítimas individuais por excelência da ditadura social; em nome dessa individualidade intrínseca ao homem, exigimos que sejam soltos esses encarcerados da sensibilidade, pois não está ao alcance das leis prender todos os homens que pensam e agem. Sem insistir no caráter perfeitamente genial das manifestações de certos loucos, na medida da nossa capacidade de avaliá-las, afirmamos a legitimidade absoluta da sua concepção de realidade e de todos os atos que dela decorrem. Que tudo isso seja lembrado amanhã pela manhã, na hora da visita, quando tentarem conversar sem dicionário com esses homens sobre os quais, reconheçam, os senhores só têm a superioridade da força.

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PROBLEMA 2: DE GÊNIO E DE LOUCO TODO MUNDO TEM UM POUCO

Anos depois, já trabalhando no CAPS-ad, recebi, no acolhimento, Van Gogh da Silva, 33 anos que estava acompanhado de Joana, sua mãe. Durante o atendimento, feito por mim e por Aquiles - psiquiatra, Joana, informou sobre outras internações dele “Desde menino é meio fraco do juízo”. Contou que ele começou a be-ber há 5 anos, quando se separou; ainda sem ter filhos e que estava em abstinência do álcool há pelo menos 4 dias.

Apresentei-me a Van Gogh, perguntando como estava “Oi dona menina, não to a fim de conversa, eu vim, cheguei, tem três noites sem dormir, minha mãe quis, ela pediu, falou, eu vim, mas ela falou, eu vim”. Van Gogh estava com aparência desleixada, fumava durante a conver-sa, gesticulava muito e levantava-se frequente-mente, demonstrava impaciência, distraía-se a qualquer barulho, mudando sempre a direção do olhar.

Aquiles lhe fez outras perguntas a fim de aprofundar o exame das funções psíquicas. “Hoje é dia 21, 22, 23 é primavera, é verão”. “Eu sou Van Gogh, Van Gogh, eu sou meu ir-mão, minha mãe, meu irmão” “Ontem, eu fui no parque, no parque Olhos d’água de Nova York, Espanha” “No quarto que eu dormi, passou ba-rata, passou bicho, passou gente, gente ruim, a rua tava cheia de gente, no carnaval é cheio de gente” “Esse cara disse que você não é gente não, é vagabunda, ele mandou eu dar o dedo para você, esse cara é sem vergonha, não vale nada”. Quando perguntei se ele estava vendo o cara, respondeu “é esse cara aqui, eu vejo, ele é feio, ele fala, ele fala”. “Da mãe eu gosto mui-to, gosto dos meus filhos, gosto da mãe, mas eu vou matar ela, essa desgraça” “Esse cara falou que eu sou ruim demais, eu sei, eu sou ruim, sou

uma desgraça também”. Parecia evidente seu sofrimento mental,

era um clássico quadro psicopatológico. Ele recebeu cuidados e demos orientações sobre o CAPS, combinando seu retorno para o dia se-guinte....

... Chegando em casa, fitei na parede a reprodução de “A noite estrelada”. O que aque-la obra extraordinária desvelava sobre o homem ou sobre o “gênio” ou sobre o “louco” que fôra seu autor? Comparei-o com o homônimo que conhecera pela manhã.

Sanidade e loucura. Que medidas podem medi-las com exatidão?

... Continua...

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DISPARADOR TEMÁTICO –PROBLEMA 2

Cartas de Van Gogh ao seu irmão ThéoCarta 133 – julho 1880 “Meu caro Théo,É um pouco a contragosto que lhe escrevo, não o tendo feito há tanto tempo, e isto por muitos motivos.[...] Sou um homem de paixões, capaz de, e sujeito a fazer coisas mais ou menos insen-satas, das quais às vezes me arrependo mais ou menos. Muitas vezes me ocorre falar ou agir um pouco depressa demais, quando seria melhor esperar com um pouco mais de paciência. Acre-dito que outras pessoas também possam às ve-zes cometer semelhantes imprudências. Agora, sendo assim, o que se deve fazer, devo conside-rar-me como um homem perigoso e incapaz de qualquer coisa? Penso que não. Mas trata-se de por todos os meios tirar destas paixões o melhor partido. [...] Agora, uma das causas pelas quais eu estou agora deslocado – e por que durante tantos anos estive deslocado – é simplesmente porque tenho idéias diferentes das desses senho-res que dão cargos àqueles que pensam como eles. Não se trata de uma simples questão de asseio, como hipocritamente me censuraram, é uma questão mais séria que isto, posso lhe ga-rantir.[...] O sonhador às vezes cai num poço, mas dizem que logo ele se reergue. E o homem abstraído, em compensação, por vezes também tem sua presença de espírito. Um pássaro na gaiola durante a primavera sabe muito bem que existe algo em que ele pode ser bom, sente muito bem que há algo a fazer, mas não pode fazê-lo. O que será? Ele não se lembra muito bem. Tem então vagas lembranças e diz para si mesmo: “Os outros fazem seus ninhos, têm seus filhotes e criam a ninhada”, e então bate com a cabeça nas grades da gaiola. E a gaiola continua ali, e o pássaro fica louco de dor. “Ve-jam que vagabundo”, diz um outro pássaro que passa, “esse aí é um tipo de aposentado”. No entanto, o prisioneiro vive, e não morre, nada exteriormente revela o que se passa em seu ín-timo [...] Aquele homem vagabundo assemelha-se a este pássaro vagabundo… Você sabe o que faz desaparecer a prisão? E toda afeição profunda, séria. Ser amigos, ser irmãos, amar isto abre a porta da prisão por poder soberano,

como um encanto muito poderoso. Mas aque-le que não tem isto permanece na morte. Mas onde renasce a simpatia, renasce a vida. [...]” Do seu,VINCENT “Disponível em http://ailhadosamores.wordpress.com/textos-linkados-nos-postais/carta-de-van-gogh-julho-1880-carta-133/, em 18/05/2011

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PROBLEMA 3 – “AFASTA DE MIM ESSE CÁLICE” (Marcos, 14:36)

... Continuação... No dia seguinte, Joana traz Van Gogh ao CAPS. Ela chega um pouco constrangida e assustada. Nossa equipe o rece-beu e ele apresentava-se obnubilado e desorien-tado, braços com escoriações e hematomas no rosto, discurso desconexo, referia dormência em extremidades e pirose gástrica intensa, referiu, ainda, estar vendo e sentindo baratas andando pelo seu corpo e começou a agitar-se. Pegou um pedaço de telha no jardim raspando a pele, de-pois a atirou em nossa direção e de alguns usu-ários que já se aglomeravam ali. “Sai de mim desgraça, capeta, inferno. Seus demônio. Oh, meu Deus, me ajuda”.

Marcelo e Rodrigo, auxiliares de enferma-gem, se aproximaram dele, segurando seus bra-ços e conversando na tentativa de acalmá-lo. Ele resistiu muito e precisou ser contido de forma mais efetiva. Foi conduzido à sala de intercor-rências clínicas com um clássico quadro de de-lirium tremens. Aquiles orientou medicação e hidratação venosa.

Num segundo momento, fomos conversar com Dona Joana que chorava copiosamente “Já não sei mais o que fazer, não tenho mais gosto de nada. O Van tenta, mas não consegue lar-gar a bebida. No começo ele achava que ficava mais forte, que podia parar quando quisesse, depois, mesmo tomando os remédios, nada...” Ela mostra uma receita antiga: acamprosato e naltrexona. “Sei que ele já andou usando outras coisas piores... Já pensei em trancar ele, mas ele quebra tudo quando fica sem a bebida. Coi-tado, ta se acabando e eu não posso fazer nada. Os amigo sumiram... Ele é bom carpinteiro, mas perdeu o serviço. O pessoal não quer saber, diz que ele é doido ou diz que é safado... Já quase morreu dirigindo bêbado... Já to sem saúde, já

to velha... Só não peço a Deus pra me levar por-que quem ia cuidar dele?” O menino não come, já ta seco e amarelo, tadinho...”. “Oh, minha filha, me ajude...”.

Van Gogh adormecera; sua mãe ficou ao seu lado, enquanto Rodrigo o acompanhava. Reunimo-nos um momento para discutir seu Projeto Terapêutico Singular. Discutimos sobre a complexidade do cuidado ao usuário de álcool e outras drogas. Rosete, assistente social, come-çou a conversa sobre intersetorialidade, redução de danos e recursos da comunidade, citando o AA. e o ALANON.

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DISPARADOR TEMÁTICO –PROBLEMA 3

Heroin Velvet Underground

I don’t know just where I’m going But I’m gonna try for the kingdom if I can ‘Cause it makes me feel like I’m a man When I put a spike into my vein Then I tell you things aren’t quite the same When I’m rushing on my run And I feel just like Jesus’ son And I guess that I just don’t know I have made the big decision I’m gonna try to nullify my life ‘Cause when the blood begins to flow When it shoots up the dropper’s neck When I’m closing in on death And you can’t help me, not you guys Or all you sweet girls with all your sweet talk You can all go take a walk And I guess I just don’t know I wish that I was born a thousand years ago I wish that I’d sailed the darkened seas On a great big clipper ship Going from this land here to that On a sailor’s suit and cap Away from the big city Where a man cannot be free Of all the evils of this town And of himself and those around Oh, and I guess that I just don’t know Heroin, be the death of me Heroin, it’s my wife and it’s my life, Because a mainer to my vein Leads to a center in my head And then I’m better off than dead Because when the smack begins to flow I really don’t care anymore About all the Jim-Jims in this town And all the politicians making crazy sounds And everybody putting everybody else down And all the dead bodies piled up in mounds Ah, when that heroin is in my blood And the blood is in my head Man thank God that I’m as good as dead And thank your God that I’m not aware And thank God that I just don’t care And I guess that I just don’t know

Tradução – Vander Colombo

Eu só não sei pra onde estou indo Mas eu hei de tentar o reinado, se eu puder Pois isso faz sentir-me um homem Quando eu ponho uma agulha em minha veia Então eu te digo coisas que não são sempre as mesmas Quando eu apresso minha corrida E me sinto como um filho de Jesus E eu acho que simplesmente não sei Eu tomei a grande decisão Eu vou tentar negar a minha vida Pois quando o sangue começa a correr Quando injeta a seringa Quando eu me aproximo da morte E vocês não podem me ajudar, não vocês, caras Ou todas as doces garotas de fala macia vocês todos podem ir dar uma volta E eu acho que simplesmente não sei Eu queria ter nascido há mil anos atrás Eu gostaria de ter navegado por mares escuros Num grande e rápido barco à vela Indo de terra em terra Com uma roupa de marinheiro e um chapéu Longe da cidade grande Onde um homem não pode ser livre De todos os demônios desta cidade De si mesmo e dos que o rodeiam E eu acho que simplesmente não sei Heroína, seja minha morte Heroína, é minha esposa e minha vida, Pois adentra minha veias e vai ao centro da minha cabeça e então estou melhor do que morto Pois quando a dose começa a fluir Eu realmente não me importo mais Com todos os Jim-Jims nessa cidade E todos os políticos fazendo estranhos barulhos E com todos os que pisam sobre os outros E com todos os corpos mortos empilhados Ah, quando a heroína está em meu sangue E o sangue está na minha cabeça Cara, agradeço a Deus por estar bem como um morto E graças a Deus eu não estou ciente E graças a Deus eu simplesmente não me importo E eu acho que simplesmente não sei

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PROBLEMA 4 – “CALMA, ALMA MINHA, CALMINHA!”

Marlene abriu a porta de casa, na terça-feira de manhã, para ir à escola. Quando olhou para fora, sentiu uma vertigem enorme e um medo paralisante; seu coração parecia que ia explodir, sentia um buraco no estômago, suas mãos suavam frio, ela empalideceu e o ar não chegava aos seus pulmões. Ana Maria, sua mãe, que era enfermeira no CAPS, a levou para den-tro e ligou para alguns amigos do serviço.

... Alguns meses depois, noutro lugar da cidade, Gustavo começava a reunião do Grupo Força e Vida dando boas vindas a todos e se-guindo com seu testemunho “Esta é minha 17ª reunião e eu sou um neurótico em recuperação. Minha vida tava um inferno há 3 anos atrás. Mi-nha cabeça era povoada de números, eu tinha que contar tudo, como os azulejos do banheiro de casa sempre que tomava banho e isso aconte-cia umas 6 ou 7 vezes por dia; contava as listras da toalha de mesa no café, quantos passos eu dava até escritório. E, quando eu chegava lá, tinha que sentar e levantar pelo menos 3 vezes antes de começar o trabalho. Não sei o que era pior, a obsessão pelos números ou pela limpeza, eu tinha que passar álcool em tudo, toda hora. Eu comecei a brigar demais. Ninguém mais aguentava minhas manias. Se alguém mexia nas minhas coisas, eu entrava em pânico, parecia que o mundo inteiro tava fora do lugar. Hoje eu tomo clomipramina, minha psicóloga me ajuda muito, mas toda vez que eu venho aqui eu saio mais forte para enfrentar esse problema...”.

A próxima a pedir a palavra foi Marle-ne que estava acompanhada de Ana Maria “Sou Marlene, é a minha primeira vez aqui, tenho 19 anos e sofro de...”

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DISPARADOR TEMÁTICO –PROBLEMA 4

PARANÓIA (Raul Seixas)

Quando esqueço a hora de dormirE de repente chega o amanhecerSinto a culpa que eu não sei de quePergunto o que que eu fiz?Meu coração não diz e eu...Eu sinto medo!Eu sinto medo!

Se eu vejo um papel qualquer no chãoTremo, corro e apanho pra esconderMedo de ter sido uma anotação que eu fizQue não se possa lerE eu gosto de escrever, mas...Mas eu sinto medo!Eu sinto medo!

Tinha tanto medo de sair da cama à noite pro banheiroMedo de saber que não estava ali sozinho porque sempre...Sempre... sempre...Eu estava com Deus!Eu estava com Deus!Eu estava com Deus!Eu tava sempre com Deus!

Minha mãe me disse há tempo atrásOnde você for Deus vai atrásDeus vê sempre tudo que cê fazMas eu não via DeusAchava assombração, mas...Mas eu tinha medo!Eu tinha medo!

Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro,

com vergonhaCom vergonha de saber que tinha alguém ali comigoVendo fazer tudo que se faz dentro dum ba-nheiroVendo fazer tudo que se faz dentro dum ba-nheiro

Para...nóia

Dedico esta canção:Para Nóia!Com amor e com medo (com amor e com medo)Com amor e com medo (com amor e com medo)...

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PROBLEMA 5 – “DE VOLTA À TERRA DO NUNCA”

Pai, hoje eu resolvi sair da terra do nunca, onde você fala que eu moro, para te escrever. Ontem a gente brigou feio, nem sei por quê. Ah, acho que é porque eu não tomei a clor-promazina. Acho que você não queria que eu fosse esquizofrênica, como disse o pessoal do CAPS. Fazer o que? Eles ficaram até aliviados por achar este diagnóstico pra mim. Dentro da caixa e com o rótulo, parece que tá mais fácil de me olhar. Mas, sinceramente, não sei se essa esquizofrenia dá conta do que está acontecendo comigo, acho até ridículo querer traduzir numa doença o que eu estou passando.... Vi você e a mãe chorando... É que eu fiquei desse lado do mundo. Só que você, a mãe, os meus irmãos, e todo mundo que eu conheço, vocês estão aí, do outro lado.... Estou meio chapada dos remédios, pai, então desculpa a bagunça das palavras... Só que hoje, ainda não vi o Peter Pan, nem o Gan-cho, mas tem muita gente gritando na minha ca-beça... Eu tentei seguir a faculdade e ser arquite-ta como o senhor, mas aquela névoa passa e leva tudo da gente, mata a gente, mas o corpo fica... Estou presa aqui no escuro da minha cabeça e só essa gente daqui sabe do que estou falando. Hoje, cristo me disse que eu tenho uma missão, que meu pensamento vai se conectar com todas as antenas de TV e TV a cabo e internet e os homenzinhos vão fazer tudo o que eu penso, e vai correr sangue, vai purificar e os fortes vão se perder com o meu poder. Você e a mãe, não... Naquele lance do hospital, logo que eu comecei na firma; eu sei que eu fui para o hospital para o meu bem, mas, lá, eles tiraram minha alma e eu derreti umas cinco vezes, não posso mais en-gravidar, por isso que eu não consegui aprender a tocar violão e tocar pra você aquela música do Pink Floyd que você gosta... Ele fez pro Syd

Barrett, o primeiro líder da banda, ele também ficou louco, seja lá o que isso for.... Pai, olha, o pessoal está me ajudando, vocês estão me aju-dando e, mesmo de “dentro do aquário”, como diz a música, a gente está fazendo o melhor que pode.... Me deu sono agora....

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DISPARADOR TEMÁTICO –PROBLEMA 5

Wish You Were Here David Gilmour / Roger Waters - Pink Floyd

So,So you think you can tell,Heaven from Hell,Blue skies from pain,Can you tell a green fieldFrom a cold steel rail?A smile from a veil?Do you think you can tell?

Did they get you to tradeYour heroes for ghosts?Hot ashes for trees?Hot air for a cool breeze?Cold comfort for change?Did you exchangeA walk on part in the warFor a lead role in a cage?

How I wish, how I wish you were hereWe’re just two lost soulsSwimming in a fish bowl,Year after year,Running over the same old ground.What have we found?The same old fearsWish you were here

Queria Que Você Estivesse AquiEntão,Então você acha que consegue distinguirO paraíso do infernoCéus azuis da dorVocê consegue distinguir um campo verdede um frio trilho de aço?Um sorriso de um véu?Você acha que consegue distinguir?

Fizeram você trocarSeus heróis por fantasmas?Cinzas quentes por árvores?Ar quente por uma brisa fria?Conforto frio por mudança?Você trocouUm papel de coadjuvante na guerraPor um papel principal numa cela?

Como eu queria, como eu queria que você estivesse aquiSomos apenas duas almas perdidasNadando num aquárioAno após anoCorrendo sobre este mesmo velho chãoO que encontramos?Os mesmos velhos medosQueria que você estivesse aqui

OS NEURÓTICOS CONSTROEM CASTELOS, OS PSICÓTICOS MORAM NELES”.

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PROBLEMA 6 – “BALADA DO LOUCO”

Tereza, enfermeira e Alzira, auxiliar de enfermagem iniciaram a oficina de Tarde Lite-rária, com a presença de sete usuários do CAPS. Marcílio chegou depois, estava cabisbaixo e permaneceu calado quase todo o tempo. Quando estimulado a falar, referiu: “Estou meio anes-tesiado... Parece que não tem nada para mim nesse mundo... Estou morrendo... Eu não con-sigo nem existir... Não to lembrando direito dis-so...”.

Sua aparente tristeza e lentificação mo-bilizaram tanto o grupo que Tatiana lhe disse: - Olha, Marcílio, eu já tive assim, a gente não tem vontade nem de respirar... Mesmo tomando a fluoxetina, eu só queria me afundar na cama e chorar essa dor que vem não sei de onde... Eu queria ficar surda e invisível para não ter que ouvir lá em casa “isso é vagabundagem. Levan-ta daí, Tatiana, vai trabalhar que isso passa”. Me chamavam de come e dorme, parasita... Se a pessoa não teve depressão não sabe o que a gente passa.

Nesse momento, Cláudio olhou para Marcílio e falou: - Mano, eu prefiro quando tu ta doidão, andando e falando sem parar, vendo ET, comprando Ferrari e vendendo supermercado. Prefiro tu na fase Profeta, mandando uns papo do além prá nós. “Te entucharam de remédio e o profeta “cantou pra subir” (risos). Desse jeito que tu ta, mano, cê não sobrevivia na rua”.

Então, Cláudio começa a falar de si: - Família, nem sei. Eu saí fora. Tenho que viver meus lance é no oco do mundo, levando cacete da polícia. Eu fico doido é na rua, sozinho. No CAPS, eu como, eu me banho, tomo a tal da car-mazepina e lítio radioativo, é isso mermo? Mas os albergue eu não topo, prefiro a rua.

Tereza, acolhendo as falas, fez devoluti-vas importantes e leu com eles a música “Bala-da do louco”, propondo que escrevessem sobre o tema... Ela atentou-se para as condições de Francisco que deambulava no canto da sala. Ele apresentava sialorréia, hipertonia, acatisia e tre-mores de extremidades. Ela pediu a Alzira para acompanhá-lo e verificar como vinha usando suas medicações (haloperidol e prometazina).

Havia muitos elementos a serem levados para a discussão de equipe.

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DISPARADOR TEMÁTICO –PROBLEMA 6

BALADA DO LOUCO(Ney Mato Grosso)

Dizem que sou louco por pensar assim Se eu sou muito louco por eu ser feliz Mas louco é quem me diz E não é feliz, não é feliz Se eles são bonitos, sou Alain Delon Se eles são famosos, sou Napoleão Mas louco é quem me diz E não é feliz, não é feliz Eu juro que é melhor Não ser o normal Se eu posso pensar que Deus sou eu Se eles têm três carros, eu posso voar Se eles rezam muito, eu já estou no céu Mas louco é quem me diz E não é feliz, não é feliz Sim sou muito louco, não vou me curar Já não sou o único que encontrou a paz Mais louco é quem me diz E não é feliz Eu sou feliz

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PROBLEMA 7 – NO LIMITE

Entre uma intercorrência e outra, no Box de Emergência do HRT, Túlio realiza a evolução de enfermagem de seus pacientes, duas delas tratavam-se de emergências psiquiátricas:- Às 23h40, de 06/04/2011, recebi Janete, mu-lher, branca, 40 anos, dona de casa, trazida ao hospital por Márcia e Tenório. Apresentava-se inconsciente, vestes ensanguentadas, escoria-ções nos pulsos, compatíveis com o uso de ob-jeto cortante e sinais de choque hipovolêmico. Os acompanhantes relataram que, por volta das 22h, ouviram as crianças da vizinha (6, 5 e 3 anos) gritando e foram até lá, pois sabiam que o marido de Janete não estava em casa - o que era comum. Encontraram-na caída no banhei-ro, junto a um estilete, uma cartela de diazepan quase vazia e um bilhete “Meus filhos, me per-doem. Não aguento mais. Amo vocês.” Márcia acrescentou que Janete havia passado por uma depressão, há alguns meses. Foram realizados os cuidados e encaminhamentos necessários.- À 1h30, de 07/04/2011, recebi Damaceno, homem, pardo, 36 anos. Trazido pelo corpo de bombeiros. Na admissão, encontrava-se conti-do por amarras nos pulsos e nas pernas, várias escoriações e hematomas pelo corpo. Entre ou-tras coisas, ele repetia “Vão me dá um sossega leão, vão me dá um sossega leão”. Observado hipervigilância; hiperprosexia/distraibilidade; desorientação auto e alopsíquica; hipermnésia; pensamento desagregado, com ideação perse-cutória; logorreico, com discurso desconexo e coprolalia; alucinação auditiva e visual; hiper-timia e agitação psicomotora intensa. Solicitado parecer psiquiátrico, medicado e mantido sob contenção mecânica.

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DISPARADOR TEMÁTICO –PROBLEMA 7

Adeus, meus sonhos!

(Alvarez de Azevedo)

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!

Não levo da existência uma saudade!

E tanta vida que meu peito enchia

Morreu na minha triste mocidade!

Misérrimo! Votei meus pobres dias

À sina doida de um amor sem fruto,

E minh’alma na treva agora dorme

Como um olhar que a morte envolve em luto.

Que me resta, meu Deus?

Morra comigo

A estrela de meus cândidos amores,

Já não vejo no meu peito morto

Um punhado sequer de murchas flores!

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PROBLEMA 8 – NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM (Lucas, 4:4)

Mariana (18 anos) e Dona Filó (92 anos) dividiam uma enfermaria na clínica médica do Hospital Stª Guadalupe. Enquanto elas dormiam, suas acompanhantes conversavam. Ivonete con-tou “Minha filha era tão linda, alta, mas tá com 42 Kg... Quando eu trouxe ela pro hospital, tava parecendo uma boneca de pano... Eu notei que ela saía cedo, sempre em jejum e falava que era pressa... No almoço, era um tomate e um alface e já corria pro banheiro. Às vezes eu ouvia ela vomitar. Quando perguntava se tava tudo bem, ela dizia que não era nada... Ela tava sempre correndo, escola, estágio e academia e toman-do uns remédios estranhos... Era um palito e ainda se achava gorda. Só usava blusa e calça comprida... De repente, começou a ficar muito fraquinha, reclamou que não tava menstruando, que o cabelo tava feio. Eu só fui saber que ela tava doente quando a doutora me falou que ela podia até morrer... Oh, Kátia, to com muito medo de perder minha filhinha....” Mariana que ouviu o final da conversa; com voz débil, disse “Eu não to doente, mãe, e nem vou morrer, vai ficar tudo bem...”

Ao lado, Kátia olha para Dona Filó, internada por pneumonia severa, e sai corren-do para o posto de enfermagem “Acode minha mãe...”. Momentos depois, constatado o óbito da paciente, Kátia se desespera e é consolada por seu irmão mais velho que chegara ao hospi-tal: “Kátia, a mãe já era velha, tava doente, era hora dela partir”.

Sandro, enfermeiro do andar, procurou acolher a família em seu luto e ficou mobiliza-do, pensando nos próprios lutos que vivenciara, o último deles, uma separação recente....

... Soube-se, mais tarde, que Mariana - depois de ter batalhado três meses contra a ano-rexia, faleceu durante o banho de sol no jardim de sua casa.

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DISPARADOR TEMÁTICO – ROBLEMA 8

Morrer é preciso (Fernando Pessoa)

Nós estamos acostumados a ligar a pa-lavra morte, apenas à ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte. E preci-samos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação.

Não existe planta sem a morte da semen-te, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio a morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro.

Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional? Então mate den-tro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas.

Quer ter um bom relacionamento? En-tão mate dentro de você o jovem inseguro, ciu-mento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém.

Quer ter boas amizades? Então mate den-tro de si a pessoa insatisfeita e descompromissa-da, que só pensa em si mesmo. Mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. Respeite seus amigos, cole-gas de trabalho e vizinhos, enfim todo processo de evolução exige que matemos o nosso “eu” passado, inferior.

E qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mes-mo tempo, perdendo o nosso foco, comprome-tendo essa produtividade, e, por fim prejudican-do nosso sucesso. Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam.

Acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos infantilizados. Po-demos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não mantemos as virtudes de crian-ça, que também são necessários anos, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, cria-tividade, tolerância, etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitu-des infantis, para passarmos a agir como adul-tos.

Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído? Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o “egoísmo” é o “ego-centrismo”, para que nasça o ser que você tanto deseja ser. Pense nisso e morra. Mas, não esque-ça de nascer melhor ainda.

O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem, por isso existem momentos inesque-cíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incompa-ráveis.

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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_________. Portaria no 106, de 11 de fevereiro de 2000. Essa Portaria tem papel crucial na consoli-dação do processo de substituição do modelo tradicional. Pois possibilita desenvolver uma estrutura que se contrapõe à “hospitalidade” do hospital psiquiátrico. Legislação em saúde mental: 1990-2004. Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Secretaria de Atenção à Saúde. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. p. 100-104.

__________. Portaria no 336, de 19 de fevereiro de 2002. Acrescenta novos parâmetros aos defini-dos pela Portaria no 224/92 para a área ambulatorial, ampliando a abrangência dos serviços subs-titutivos da atenção diária, estabelecendo portes diferenciados a partir de critérios populacionais, e direcionando novos serviços específicos para área de álcool e outras drogas e infância e adolescên-cia. Cria, ainda, mecanismos de financiamento próprio, para além dos tetos financeiros municipais, para a rede de CAPS. Legislação em saúde mental: 1990-2004. Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Secretaria de Atenção à Saúde. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. p. 125-136.

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11. REFERÊNCIAS VIDEOGRÁFICAS

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12. LINKS IMPORTANTES

A DESCONSTRUÇÃO DO MANICÔMIO INTERNO COMO DETERMINANTE PARA A IN-CLUSÃO SOCIAL DA PESSOA EM SOFRIMENTO MENTAL – Daniela Martins Machado http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=559

ALCOOL E REDUÇÃO DE DANOS http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/alcool_redu-cao_danos.pdf

ALCOOLICOS ANÔNIMOS ON LINE BRASIL www.alcoolicosanonimos.org.br

ALGUNS CONCEITOS DE LOUCURA ENTRE A PSIQUIATRIA E A SAUDE MENTAL: DIÁ-LOGOS ENTRE OS OPOSTOS

http://www.scielo.br/pdf/pusp/v18n1/v18n1a04.pdf

CAMINHOS PARA A SAÚDE MENTAL INFANTO-JUVENIL http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/caminhos_infantojuv.pdf

CARTILHA DE ORIENTAÇÃO EM SAÚDE MENTAL – SES/DF http://www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00009775.pdf

COMUNICAÇÃO E ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL http://www.scielo.br/pdf/rlae/v8n5/12369.pdf

CONSENSO SOBRE A SINDROME DE ABSTINÊNCIA DO ALCOOL (SAA) E SEU TRATA-MENTO http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22n2/a06v22n2.pdf

DEVANEIOS DO OLHAR: UMA EXPERIÊNCIA DE PRODUÇÃO E LEITURA DA IMAGEM ATRAVÉS DO VÍDEO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA http://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/ElizeteVAF.pdf

ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL COMPETÊNCIAS http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672010000400025

ENSINO DA SAÚDE MENTAL E DIRETRIZES CURRICULARES http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342009000400031

HISTÓRIA DE BETA http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/a_historia_de_beta.pdf

INVERSO – ONG EM SAÚDE MENTAL http://www.inverso.org.br/index.php/content/view/13.html

LEGISLAÇÃO EM SAÚDE MENTAL http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/legislacao_1990_2004.pdf

MANUAL CAPS

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_caps.pdf

MANUAL DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS NA SES/DF http://www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00009775.pdf - PROTOCOLOS - PROTO-COLOS SOB CONSULTA PÚBLICA - MANUAL DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS

MORTE E MORRER NO COTIDIANO DOCENTE http://www.facenf.uerj.br/v16n2/v16n2a17.pdf

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MORTE E MORRER NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO http://www.seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/viewFile/5580/3191

O ENFERMEIRO E A MORTE

http://www.webartigos.com/articles/11422/1/O-Enfermeiro-e-a-Morte/pagina1.html

O ENFERMEIRO E AS AÇÕES DE SAÚDE MENTAL NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n1/pdf/v10n1a16.pdf

PADRÕES DE CONSUMO DE ALCOOL E OUTRAS DROGAS http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_padroes_consumo_alcool.pdf

PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM SOBRE MORTE E MORRER http://www.puccampinas.edu.br/pesquisa/i_semana_cientifica/iniciacao_resumos/F54E0E20-C34C-11D7-9663-009027F704C7.pdf

PREVENÇÃO DO SUICÍDIO – EQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manu_prevencao240111.pdf

PREVENÇÃO DO SUICÍDIO – EQUIPES DE SAÚDE MENTAL http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_prevencao_suicidio_saude_mental.pdf

REFORMA PSIQUIÁTRICA – DO MANICÔMIO À INCLUSÃO SOCIAL http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_15_anos_caracas.pdf

RELATÓRIO DE GESTÃO http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_gestao_sau-de_mental_2003_2006.pdf

SAÚDE MENTAL E ECONOMIA SOLIDÁRIA http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/sau-de_mental_economia_solidaria.pdf

SAÚDE MENTAL EM DADOS 010 http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/smdados.pdf

SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA SIAB http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/diretrizes.

SAÚDE MENTAL PARA USUÁRIOS DE ALCOOL E OUTRAS DROGAS http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/politica_de_ad.pdf

SECRETARIA DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL – SAÚDE MENTAL http://www.saude.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=6839EM

SITE GERAL DE SAÚDE MENTAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=925

VISITA DOMICILIAR EM ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL http://www.fen.ufg.br/revis-ta/revista4_2/pdf/visita.pdf

Para vários vídeos http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/videos.html

Para vários livros e artigos http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/leitu-ras.html

Entre a saúde coletiva e a saúde mental: um instrumental metodológico para avaliação da rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde http://www.scielo.br/scielo.

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php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000500018

Esquizofrenia. Disponível em: http://www.psicosite.com.br/tra/psi/esquizofrenia.htm. Acesso em: 25/10/2010.

MARTINS, Gabriel. A interpretação da loucura. 2007. Disponível em: http://www.cinemaemcena.com.br/estamira/blog.asp. Acesso em 25/10/2010.

Saúde mental e esquizofrenia. Disponível em: http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=24443. Acesso em: 01/11/2010.

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MATRIZ – PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR* Lembrar que o PST deve ser formulado interdisciplinarmente, com a participação do usuário e da família

e que este é um exercício cognitivo.

DIAGNÓSTICO INTERVENÇÕES / CUIDADO FUNDAMENTAÇÃOFragilidades Potencialidades Contemplando apoio diagnóstico, terapêutica

medicamentosa, abordagem psicossocial, educação para a saúde...

Relacioanda ao agravo clínico (implicações subjetivas, familiares e sociais)

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ANEXO II – ROTEIRO DE ENTREVISTA E OBSERVAÇÃO PARA VISITA TÉCNICA AOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL DA SES/DF

Como está organizado este serviço?1.

Setores de trabalho... • Horário de funcionamento... • Categorias profissionais...•

Qual o modelo de gestão desta unidade? Explique.1.

Verifica-se trabalho multiprofissional desenvolvido com foco interdisciplinar?2.

Quais ferramentas Terapêuticas estão disponíveis aos usuários do serviço? 3.

Oficinas terapêuticas - música, artes, artesanato, literatura....• Oficinas de produção - com finalidade de gerar renda além da finalidade terapêutica – mosaico, • serigrafia...Atendimento médico, psicológico, nutricional, social.... • Atendimento em grupo e/ ou individual...•

Que papeis o enfermeiro desempenha neste serviço? 4.

Como este serviço se articula com outros dispositivos de saúde da Rede SES/DF5.

RT, ESF, NASF, CS, Hospitais Gerais...;•

Como este serviço se articula com outros recursos da comunidade: 6.

Grupos de convivência, grupos de autoajuda....•

Verifica-se construção de Projeto Terapêutico Singular na perspectiva da Clínica 7. Ampliada?

Quanto à terapêutica medicamentosa, há fornecimento da medicação na unidade?8.

Quais os cuidados com relação à orientação do usuário/família para o uso dos 9. psicotrópicos?

Há projetos voltados ao investimento na autonomia e protagonismo dos sujeitos no sentido 10. de sua inclusão/reinserção social?

Vagas de trabalho, cursos de capacitação, Benefício de Prestação Continuada...;·

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LISTA DE SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL PARA VISITA TÉCNICA

DATA E HORÁRIO DA VISITA TÉCNICA: 22 de agosto de 2012, de 8h às 12h

LOCAIS

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS PARANOÁENDEREÇO: Q. 02, Conj. K – AE 01 – Setor Hospitalar do ParanoáTELEFONES: 3369-9933, 3369-9939GERENTE DO CAPS: Ricardo (9676-8785)CHEFE DE ENFERMAGEM: Ana Maria (9146-4126)

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS SAMAMBAIAENDEREÇO: QR 615 AREA ESPECIAL 01TELEFONES: 3459-1254, 3458-9874, 3458-9839,GERENTE DO CAPS: LAILA (8459-4679)CHEFE DE ENFERMAGEM: LUCIANA (9907-4959)

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS TAGUATINGAENDEREÇO: QSA 09 CASA 09 TAGUATINGA SULTELEFONES: 3351-5512, 3351-7332GERENTE DO CAPS: Girlene Marques (9979-1636)CHEFE DE ENFERMAGEM: Maria Henrique Oliveira (8175-6456)

INSTITUTO DE SAÚDE MENTALENDEREÇO: Estrada Park Núcleo Bandeirante Km 04 Área Especial Sem Número - Granja Do Riacho Fundo 1, (Próximo A Estação De Tratamento Da Caesb)TELEFONES: 3399-3600, 3399-3666, 3399-6554DIRETOR DO ISM: Ulysses (9643-9892)CHEFE DE ENFERMAGEM: Edmar (9977-4614)

HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULOENDEREÇO: QSC 01, Área Especial 01 – Taguatinga Sul - Taguatinga - DF.TELEFONES: 3563-6111, 3451-9746, 3451-9705DIRETOR DO HSVP: Ricardo Lins (9973-2505)CHEFE DE ENFERMAGEM: Olane Herédia (9100-3052)

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ANEXO III – ELEMENTOS DO GUIA PARA A PRODUÇÃO VIDEOGRÁFICA

MODELO DE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE

Você está sendo convidado(a) a participar de uma produção videográfica enquanto uma das atividades educacionais do módulo temático 304 “Mente e Comportamento”, da 3ª Série do Curso de Graduação em Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (ESCS/FEPECS/SES/DF)A produção do vídeo, cujo título é _________________________________________objetiva possibilitar a manifestação crítica e criativa, dos estudantes, explicitada, através de imagens e sons, de produção própria, a integração de conceitos, reflexões e vivencias apreendidos no decurso do módulo temático. O Referido Módulo está sob a coordenação da Docente Daniela Martins Machado e a produção videográfica está sob a supervisão dos docentes da área tutorial da 3ª Série.Informamos que você pode se recusar a participar da produção videográfica ou mesmo desistir de sua participação no decurso desta produção, sem nenhum prejuízo para você.O vídeo resultante desta produção será exibido no dia 25 de setembro de 2012, no auditório da ESCS FEPECS – Campus Samambaia, podendo ser exibido noutros espaços acadêmicos ou comunitários para fins educacionais.Poderão ser produzidos artigos ou outros documentos de caráter científicos acerca da experiência, conforme agenda acadêmica específica. Se tiver qualquer dúvida em relação à produção videográfica, por favor, contate a coordenadora do módulo ou os estudantes responsáveis pelo presente trabalho, coforme relação abaixo.Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com você e outra com o estudante_____________________________, Matrícula:_______________________.

Obs.: O ítem 4 deste TCLE só se aplica à pessoas externas ao grupo de estudantes responsáveis pelo presente trabalho.

____________________________________________

Estudante responsável pela coleta da assinatura no TCLENome por extenso__________________________________

Eu ___________________________________________, identidade nº_____________,

Declaro que li, compreendi e concordo em participar da produção videográfica, considerando o exposto neste termo de consentimento livre e esclarecido.

____________________________________________Nome e assinatura

Brasília, ___ de __________de _________

Cotatos ESCS/FEPECS: 3358-4208, 3358-3108.Professora Daniela Martins Machado: 9976-9986Estudante responsável pelo TCLE:

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Secretaria de Estado de Saúde do Distrito FederalFundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde

Escola Superior de Ciências da SaúdeCurso de Graduação em Enfermagem

Módulo 304E – “Saúde do adulto - Mente e Comportamento”INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO – EAC – PRODUÇÃO VIDEOGRÁFICA –

ESTUDANTE

EAC 304 – MENTE E COMPORTAMENTO - CHECK LIST

ITENS REQUERIDOS NO DOSSIÊ:

Número Item Presente Ausente 1 Capa com título do vídeo identificação dos

membros do grupo2 Roteiro com:

2.1 Título do vídeo – tema específico2.2 Linguagem clara e objetiva2.3 Fundamentação teórica e técnica do roteiro

escolhido e abordagem crítica, com conteúdo coerente com o abordado durante o módulo temático

2.4 Descrição do cenário e da logística necessária2.5 Distribuição de tarefas entre os membros do

grupo2.6 Cronograma de atividades, considerando a data

do vídeo3 Relatório do processo de produção videográfica,

contendo:3.1 Como foi desenvolver a produção videográfica

como formato avaliativo3.2 Vantagens da experiência em relação ao EAC

tradicional3.3 Sugestões para iniciativas futuras de produção

videográfica4 Termos de Consentimento Livre e Esclarecido

(de todos os participantes)5 Instrumentos de avaliação (um para cada

estudante do grupo)6 DVD com a produção videográfica