memórias e trajetórias do golpe militar pelo brasil · ditadura militar no brasil. ao longo de 21...

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1 Arquivo Público do Estado de São Paulo – APESP Núcleo de Ação Educativa – NAE Luciana Oliveira Correia Sequencia Didática: Memórias e trajetórias do golpe militar pelo Brasil São Paulo – SP 2013

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Page 1: Memórias e trajetórias do golpe militar pelo Brasil · ditadura militar no Brasil. Ao longo de 21 anos, os governos militares, segundo Elio Gaspari, ... A Ditadura Militar, ou mais

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Arquivo Público do Estado de São Paulo – APESP

Núcleo de Ação Educativa – NAE

Luciana Oliveira Correia

Sequencia Didática:

Memórias e trajetórias do golpe militar pelo Brasil

São Paulo – SP

2013

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Tema da sequencia didática: O golpe militar de 1964

Apresentação e justificativa:

Em abril de 2014 completa-se cinquenta anos que o golpe de estado instaurou a

ditadura militar no Brasil. Ao longo de 21 anos, os governos militares, segundo Elio Gaspari,

combinaram “milagre brasileiro e anos de chumbo”. O grande número de mortos e

desaparecidos políticos (ainda que existam estudos/comentários que afirmem que a ditadura

militar no Brasil tenha sido mais “branda” que em outros países da América do Sul1) além dos

presos políticos e exilados que praticamente por todo país existiram já seria um motivo

suficiente para justificar o nosso interesse em refletir em apresentar ao processo de ensino

aprendizagem em História. Entretanto, em se trabalhar na perspectiva da Educação Histórica

de um ensino-aprendizagem em História para a construção da consciência histórica, apenas a

busca por uma memória monumental, ainda que seja dos oprimidos pela ditadura nos parece

pouco enquanto justificativa.

A Ditadura Militar, ou mais particularmente aspectos deste processo histórico é visto

aqui mais do que um conteúdo programático importante para o seu uso o vestibular ou ENEN,

digamos assim, usos práticos atribuídos à História na contemporaneidade. A proposta de

criação de uma sequencia didática para alunos de um projeto especial de regularização de

fluxo traz o desafio de se trabalhar distintas habilidades que auxiliem aos educandos adquirir

competências para a leitura em História, bem como o desafio de trabalhar o(s) conteúdo(s)

atitudinais, em especial fomentar a reflexão sobre o processo, seja através das temáticas

abordadas, das metodologias utilizadas, e mesmo de uma avaliação prévia dos conhecimentos

dos educandos com quem vamos trabalhar.

Pois bem, comecemos pelo final. O publico com quem se vai desenvolver o trabalho

são jovens matriculados no terceiro ano do ensino médio, mas que por haverem sido

reprovados em uma ou até três disciplinas devem frequentar, no turno oposto ao das aulas

regulares, o projeto de Ressignificação da Aprendizagem (que é uma forma de “aceleração”

da aprendizagem, ou pelo menos dos conteúdos, o Estado da Bahia). Todos estão na faixa

etária dos 16 aos 19 anos. Alguns já contam com reprovações no seu currículo escolar, e a

absoluta maioria tem dificuldade de compreensão dos textos didáticos, mas não de outros

recursos como cartas pessoais, textos de revistas ou de internet. Quando motivados a trabalhar

com outros recursos que não os livros didáticos, se saem razoavelmente bem (conseguem ler,

interpretar, embora tenham dificuldade de se expressar de maneira escrita) inclusive, alguns

conseguem “ler nas entrelinhas”. O trabalho com este público se justifica pelo fato de que, em

se tratando de um conteúdo que apresenta várias possibilidades de discussões e mesmo de

produção (escrita, iconográfica, vídeos, etc) acredita-se ser possível, apresentar uma reflexão

sobre os fatos acontecidos desde distintos pontos de vista ( o pessoal, o local, o regional, o

nacional) bem como avançar no trabalho de leitura (decodificação, interpretação e

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Em artigo publicado na Folha De São Paulo, o professor Marco Antônio Villa apresenta alguns aspectos para se refletir sobre a especificidade da Ditadura Militar no Brasil e do equívoco de certas análises em estabelecer comparações simplista. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0503200908.htm

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interpretação histórica).Para tanto a nossa intervenção será em torno dos seguintes

problemáticas: diferenciação entre “revolução de 1964” e “golpe de 64”, os “acontecimentos”

seguintes ao 01 de abril de 1964 em distintas partes do Brasil, e as semelhanças e

particularidades destes “acontecimentos” desde diferentes perspectivas, digamos, geográficas.

São jovens matriculados no terceiro ano do ensino médio, mas que por haverem sido

reprovados em uma ou até três disciplinas devem frequentar, no turno oposto ao das aulas

regulares, o projeto de Ressignificação da Aprendizagem (que é uma forma de “aceleração”

da aprendizagem, ou pelo menos dos conteúdos, o Estado da Bahia). Todos estão na faixa

etária dos 16 aos 19 anos. Alguns já contam com reprovações no seu currículo escolar, e a

absoluta maioria tem dificuldade de compreensão dos textos didáticos, mas não de outros

recursos como cartas pessoais, textos de revistas ou de internet. Quando motivados a trabalhar

com outros recursos que não os livros didáticos, se saem razoavelmente bem (conseguem ler,

interpretar, embora tenham dificuldade de se expressar de maneira escrita) inclusive, alguns

conseguem “ler nas entrelinhas”. O trabalho com este público se justifica pelo fato de que, em

se tratando de um conteúdo que apresenta várias possibilidades de discussões e mesmo de

produção (escrita, iconográfica, vídeos, etc) acredita-se ser possível, apresentar uma reflexão

sobre os fatos acontecidos desde distintos pontos de vista ( o pessoal, o local, o regional, o

nacional) bem como avançar no trabalho de leitura (decodificação, interpretação e

interpretação histórica).Para tanto a nossa intervenção será em torno dos seguintes

problemáticas: diferenciação entre “revolução de 1964” e “golpe de 64”, os “acontecimentos”

seguintes ao 01 de abril de 1964 em distintas partes do Brasil, e as semelhanças e

particularidades destes “acontecimentos” desde diferentes perspectivas, digamos, geográficas.

Há que se destacar que esta temática tem sido, desde alguns anos, alvo do interesse do

professorado de História da escola básica: seja porque é um tema que envolve de uma certa

maneira afetivamente tanto a docentes quanto os alunos, seja porque o tema também mobiliza

uma variedade de linguagens para além do livro didático (pesquisas históricas, musicas de

protesto, jornais, cinema e mesmo depoimentos de pessoas que tiveram alguma vivência com

situações na cena política como militante ou como apoiador do regime, etc). Entretanto no

ambiente da sala de aula, ainda há uma hegemonia , um privilégio dos “grandes eventos” e

“grandes personagens” em detrimento de uma História mais local. Ao mesmo tempo, esta

variedade de materiais produzidos sobre a temática ditadura militar (com intencionalidade

didático-pedagógica ou não) traz ao processo de ensino-aprendizagem uma gama de novas

possibilidades dentro da educação Histórica. Assim o tempo maior de sala de aula garantida

no projeto de ressignificação traz uma possibilidade do trabalho dirigido também de formação

pela memória e para a memória, uma vez que a nossa proposta deve ser explorar não somente

os conteúdos ministrados no melhor estilo “grade curricular”, mas também trazer a

perspectiva pessoal, local e regional para a sala de aula, buscando assim mostrar uma certa

proximidade da História.

Para tanto, serão utilizadas distintos métodos e linguagens que vão desde a busca pela

memória próxima (depoimentos e documentos de arquivo familiar de pessoas próximas dos

educandos), cinema e análise documental, principalmente utilizando acervos de arquivos de

distintas partes do País. O objetivo é a produção de conhecimento e de materiais partindo da

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comparação entre o conhecimento prévio escolar dos educandos, o saber produzido no nível

local e regional (análise de memória e arquivos familiares bem como fontes locais e

regionais), os discursos oficiais e digamos subjetivos a partir da experiência daqueles que

viveram o golpe militar de 1964 e seus desdobramentos.

Objetivos:

Geral: Construir um processo de ensino-aprendizado da história para jovens buscando mediar

memórias e narrativas pessoais e locais, com os processos históricos ocorridos em âmbito

nacional e internacional.

Específicos: Trabalhar a partir dos princípios da educação histórica sobre os acontecimentos

seguintes de abril de 1964; Construir conhecimento com jovens do ensino médio; Trabalhar

distintas formas de leituras e linguagens no processo de ensino-aprendizagem da história.

Componente curricular: A sequencia Didática deverá ser trabalhada no eixo ciências

humanas do projeto de ressignificação da aprendizagem, no conteúdo específico Brasil

contemporâneo

Quantidade de aulas para o desenvolvimento da atividade: 09 horas/aula

Desenvolvimento e conteúdo das atividades:

Aulas 1 e 2

Tema/conteúdos Golpe Militar ou Revolução de 1964: conceitos e concepções

Procedimentos • Busca de conhecimentos prévios e contextualização sobre

o assunto;

• Exibição e discussão do Documentário “O Dia que Durou

21 Anos”2;

• “Atividade extra-classe”: Conversa com os pais e/ou avós

sobre o que se lembram sobre o golpe militar/revolução de

1964

Detalhamento • Exposição dialogada com os alunos sobre o assunto;

• A discussão do filme será feita com base em questões

2 O DIA que durou vinte e um anos. Direção: Camilo Galli Tavares. Roteiro: Flavio Tavares. São Paulo: pequi

Filmes, 2012. 1 DVD (Série para TV - 52 min.). “O documentário trata de um dos momentos de maior efervescência política de nossa recente história como sociedade democrática: os bastidores do golpe militar de 1964. É um retrato dos conflitos econômicos que geraram mobilizações populares desde a posse de João Goulart, até a cassação do seu mandato pelo golpe militar” (texto disponível em: http://www.pequifilmes.com.br/ , acesso em 18.10.2013).

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previamente apresentadas (Apêndice I)

• A atividade extra-classe terá o auxilio de um roteiro

(Apêndice II)

Aulas 3 e 4

Tema/conteúdos Golpe ou revolução de 1964 através dos jornais impressos

Procedimentos • Dividir a turma em equipes de 3 pessoas, para que as

mesmas possam colocar em comum entre si os relatos

solicitados na aula anterior.

• Utilizando as mesmas equipes, realizar busca na internet bem

como apresentação de imagens scaneadas de jornais de

distintos lugares (a princípio O Sertanejo – Vitoria da

Conquista, Fundo do Arquivo Público Municipal de Vitoria

da Conquista –; Ultima Hora – Rio de Janeiro acervo virtual

do APESP –do período para análise com anotação em fichas

de análise3 (apêndice III).

• Colocação em comum das anotações feitas nas fichas pelas

equipes

Detalhamento • Como motivador das discussões será perguntado o que há em

comum sobre os relatos feitos por seus pais e avós

• A aula será desenvolvida na sala de informática da escola e

será necessário computador com internet.

• A análise dos jornais serão feitas com o auxilio de ficha

específica

Aulas 5,6,7 e 8

3 Temos a intenção de se trabalhar com o Jornal A Tarde, principal jornal de circulação no Estado da Bahia

desde o início do século XX. Na Hermeroteca da Biblioteca central de Salvador há um acervo deste jornal, porém o mesmo não se encontra digitalizado e disponibilizado para consulta na internet, mas tão somente pesquisa in loco. Como não foi possível conseguir imagens do Jornal, o mesmo foi retirado da sequencia, mas para uma futura atividade a nossa intenção é conseguir cópias digitalizadas de maneira que o jornal possa ser um dos documentos analisados pelos alunos. Não substituímos o jornal A Tarde por um outro, porque não encontramos nenhum outro acervo de livre acesso (sem a necessidade de se fazer a assinatura) que pudesse substituir.

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Tema/conteúdos Golpe ou revolução de 1964 na perspectiva da política local de

Vitoria da Conquista.

Procedimentos

• Visita ao arquivo público Vitoria da Conquista

• Ainda utilizando a formação das equipes feitas na aula

anterior, realizar consulta nos seguintes fundos: Documentos

da Câmara Municipal – atas, correspondências expedidas e

correspondências recebidas;

• Análise de documentos com anotação em fichas (apêndice

IV)

• Colocação em comum do trabalho realizado

Detalhamento 1. Será realizada uma breve apresentação do arquivo publico e

dos fundos a serem consultados, além dos cuidados para se

pesquisar no arquivo público (uso de máscara, luvas, touca,

indumentária correta) pelo funcionário do Arquivo

2. Divisão em equipes com três pessoas para melhor

aproveitamento. Todos poderão olhar os documentos e cada

duas equipes escolherão um documento de cada fundo para

proceder a análise e anotar em ficha específica.

3. Ao final da visita cada equipe deve apresentar o que anotou

na sua ficha

Aulas 9,10 e 11

Tema/conteúdos Avaliação: Golpe Militar ou Revolução

Procedimentos • Apresentação dos elementos abordados nas fichas

• Apresentação da técnica de História em quadrinhos (slides

apresentando elementos constituintes da HQ)

• Produção e apresentação nas mesmas equipes constituídas

desde o início da atividade de uma história em quadrinhos

sobre o assunto trabalhado

Detalhamento 1. Ainda mantendo as equipes que trabalharam nos dias

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anteriores, as mesmas devem apresentar o que as anotações

feitas nas fichas os levam a concluir

2. Apresentação rápida de um ppt abordado os principais

elementos da HQ (Requadro, Calha, Balão, Onomatopéia,

imagem, narrativa visual)

3. Desenvolvimento em equipe de uma HQ a partir do que os

documentos analisados e dos depoimentos dos seus avós e

pais.

4. Exposição das HQ produzidas para o publico externo da sala

de aula

Bibliografia Base: DIAS, Jose Alves. O Golpe de 1964 e as dimensões da repressão em Vitoria da Conquista. In:

ZACHARIADES; Grimaldo Carneiro. Ditadura Militar na Bahia: novos olhares, novos objetos, novos horizontes. Salvador: EDUFA, 2009. p. 69-88.

FERREIRA, R. F. S. Ensino de História com o uso de jornais: construindo olhares

investigativos. Travessias. v. 5, n. 1, 2011.

GASPARI, Elio. A Ditadura Envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

O DIA que durou vinte e um anos.. Direção: Camilo Galli Tavares. Roteiro: Flavio Tavares.

São Paulo: pequi Filmes, 2012. 1 DVD (Série para TV - 52 min.).

O SERTANEJO. Vitoria da Conquista, 21 de mai. de 1964.

ROCHA, Helenice Aparecida Bastos. Problematizando a organização do ensino de História. I

Seminário de Pesquisa e Prática Educativa: os desafios da Pesquisa no Ensino de História. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 2009

ROCHA, Helenice. A. B. A escrita como condição para o ensino e a aprendizagem de

história. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 30, nº 60, p. 121-142 - 2010.

SILVA, Vânia R. Estratégias de leitura e competência leitora: contribuições para a prática de

ensino em História. História, São Paulo, 23 (1-2): 2004.

ULTIMA HORA. Rio de Janeiro, 01 de abr de 1964. Disponível em: < http://www.arquivoestado.sp.gov.br/uhdigital/pdf.php?dia=1&mes=4&ano=1964&edicao=1&

secao=1>. Acesso em 10 de out. de 2013.

<http://tabernadahistoriavc.com.br/>. Acesso: 10 de out. de 2013.

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Apêndice I – Para reflexão durante a exibição do filme “O Dia que durou 21 anos”

a) Durante o filme observe o que se fala sobre:

• João Goulart

• Lincoln Gordon

• Humberto Castelo Branco

• C.I.A. / Estados Unidos

• Comunismo

• Cuba

• Revolução de 1964

• Golpe Militar de 1964

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Apêndice II – Roteiro para conversa com os ascendentes Para ser realizada com pessoas (da família ou não) que viveram em Vitoria da Conquista

entre os anos de 1960 e 1964

a) E você, o que fazia no ano de 1964 (estudava? Trabalhava?)

b) O que você se lembra sobre os acontecimentos de 1964? O termo “revolução” ou o

termo “golpe militar” te traz alguma lembrança? Se sim diga quais.

c) Você se lembra dos acontecimentos na cidade depois de 01 de abril de 1964 na

cidade? O que você achou destes acontecimentos?

d) O que você se lembra sobre:

• João Goulart

• Castelo Branco

• Lomanto Junior4

• Waldir Pires5

• José Pedral6

• Péricles Gusmão7

• José Gil Moreira8

• Orlando Leite9

• UDN

• MTR

• PSD

4 Governador do Estado da Bahia em 1964

5 Político baiano, candidato derrotado nas eleições para governador do Estado em 1962, chefe da casa civil do

Governo Joao Goulart. 6 Prefeito da Cidade de Vitoria da Conquista eleito em 1963, deposto pelo golpe de 1964

7 Vereador da cidade de Vitoria da Conquista, morto em 1964 em operação dos militares pelo reconhecimento

do governo militar. 8 Presidente da câmara municipal de Vitoria da Conquista nos dias do golpe Militar, até o dia 6 de maio de

1964, quando foi eleito para presidência da câmara o vereador Orlando Leite. Pai do Compositor Gilberto Gil. 9 Presidente da Camara de Vereadores depois do mandao de Gil Moreira, e e logo em seguida eleito pelos

vereadores prefeito da cidade de Vitoria da Conquista.

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Apêndice III – Ficha para análise dos jornais

Ficha de análise:

Anote o nome do jornal analisado10

– Vocês vêem ou lêem jornais com certa frequência? Se sim quais partes vocês gostam? Se

não diga porque.

– Enumere três coisas que vocês acharam interessantes no jornal encontrado na busca

realizada.

– Comparando com o roteiro da entrevista solicitada na aula anterior o quais são as

semelhanças e novidades que você encontrou na análise deste jornal

– Localize nomes de pessoas responsáveis pela produção deste documento. Sabe qual a

função que elas exercem? Enumere.

– Você consegue dizer onde o documento foi produzido e onde você conseguiu encontrá-lo?

Também consegue localizar a data de produção do documento?

_Você consegue perceber a quantidade de jornais produzidos e o valor? Consegue identificar

a quem se destinava?

_ Onde estava localizada a sede do jornal? Ela ainda existe? O jornal ainda é editado?

Você consegue identificar onde está guardado o jornal pesquisado? Onde ele está guardado

existem outras edições anteriores e posteriores?

– Você consegue identificar qual data da edição analisada? Se sim diga qual.

– Quais assuntos em destaque nesta edição?

– Existem imagens junto com as noticias principais? Como você analisa as imagens que

aparecem junto com a notícia?

– Busque na internet mais informações que levem você a ter mais conhecimento sobre o

jornal analisado

10

Serão apresentados para análise os Jornais O Sertanejo datado de 23 de maio de 1964, fundo do arquivo público de Vitoria da Conquista (algumas fotos do jornal serão apresentadas no anexo), o jornal Ultima Hora de 01 de abril de 1964, acervo digital do Arquivo Público do Estado de São Paulo.

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Apêndice IV – Ficha para análise da documentação do Arquivo

Bloco I -

• O que está escrito na caixa/pasta/pacote/livro que você retirou os documentos

• Do que se trata o(s) documento(s) analisado(s) pela sua equipe (tipo de documento,

data da sua produção, local da sua produção)

• Vocês sabem por qual instituição foi produzido e com que finalidade (s)?

• Vocês conseguem identificar/supor nomes e funções de pessoas diretamente ligadas à

produção deste documento? Se sim indique quais.

Bloco II

• O documento fala algo importante sobre algo ligado à historia nacional? Em caso

positivo diga o que.

• O que se fala sobre a cidade de Vitoria da Conquista nos documentos analisados.

Bloco III

• Baseado no que foi lido nos documentos, quais as suas suposições sobre os fatos e

pessoas citadas na narração.

• Baseado nas discussões feitas nas aulas anteriores diga como o apresentado no(s)

documento(s) se relacionam com as discussões das aulas anteriores

Para ser analisado no momento da colocação em comum:

• O que há de específico e de comum entre os documentos analisados

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ANEXO V – Documentos a serem analisados

O Sertanejo – 23.05.1964 – Fundo do Arquivo Público de Vitoria da Conquista.

Este documento será utilizado na atividade de analise da ditadura através dos

jornais.

Correspondências expedidas pela Câmara de vereadores de Vitoria da

Conquista. Caixa Correspondencias expedidas/década de 1960 – Arquivo

Público Municipal de Vitoria da Conquista

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Correspondências recebidas pela Câmara de vereadores de Vitoria da Conquista.

Caixa Correspondencias recebidas/década de 1960 – Arquivo Público Municipal

de Vitoria da Conquista

Ata da 30ª Sessão extraordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista,

registrada o Livro de Atas da câmara Municipal - Arquivo Público Municipal de

de Vitoria da Conquista