mem ria descritiva casa de s - cardomingues · a legislação sobre empreendimentos de turismo no...

67
INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO Curso de Turismo 3º Ano Projecto em Turismo Memória descritiva Projecto Casa de Sá Discentes Anabela Teixeira, nº 6227 Carlos Domingues, nº 6161 Lara Loureiro, nº 6225 Sofia Ribeiro, nº 5967 Ano lectivo: 2009-2010 Docente Dra. Goretti Silva Viana do Castelo, 30 de Junho de 2010

Upload: nguyenbao

Post on 25-Aug-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Curso de Turismo

3º Ano

Projecto em Turismo

Memória descritiva

Projecto Casa de Sá

Discentes

Anabela Teixeira, nº 6227

Carlos Domingues, nº 6161

Lara Loureiro, nº 6225

Sofia Ribeiro, nº 5967

Ano lectivo: 2009-2010

Docente

Dra. Goretti Silva

Viana do Castelo, 30 de Junho de 2010

INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Curso de Turismo

3º Ano

Projecto em Turismo

Ano lectivo: 2009-2010

Viana do Castelo, 30 de Junho de 2010

Agradecimentos

A realização deste projecto foi de enorme importância para a nossa formação.

Todos os seus atractivos, todos os desafios e todas as actividades em geral serviram para

fortalecer os nossos conhecimentos, e sem este projecto isso não teria acontecido.

Assim, gostaríamos de agradecer ao promotor deste projecto, o Sr. Vítor Alves,

pela confiança que depositou em nós e pela fantástica oportunidade que nos

proporcionou.

Gostaríamos igualmente de agradecer a colaboração do nosso colega Simão

Pires, aluno finalista do curso de Engenharia Civil e do Ambiente, pois sem a sua ajuda

não teria sido possível concretizar este projecto.

Por fim, mas não menos importante, não podemos deixar de agradecer os

ensinamentos, as explicações e as orientações da Professora Goretti Silva, docente da

disciplina de projecto e a colaboração do Professor Marco Rebelo.

Índice

1. Introdução ................................................................................................................. 1

2. Metodologia .............................................................................................................. 1

3. Entidade promotora .................................................................................................. 3

3.1. Quem são? ............................................................................................................. 3

3.2. Objectivos .............................................................................................................. 3

4. Descrição do imóvel ................................................................................................. 4

5. Modalidade de alojamento........................................................................................ 6

5.1. Enquadramento legal ............................................................................................. 7

5.2. Condicionantes ...................................................................................................... 9

6. Serviços e funcionalidade dos espaços ................................................................... 10

6.1 Distribuição de postos de trabalho........................................................................ 10

6.2. Proposta de funcionalidade dos espaços .............................................................. 10

6.2.1 Espaços interiores .......................................................................................... 11

6.2.2 Espaços exteriores ......................................................................................... 12

7. Proposta da fundação .............................................................................................. 14

8. Investimento ........................................................................................................... 14

9. Estudo e viabilidade económico-financeira ............................................................ 15

9.1. Pressupostos de vendas e demonstração de resultados ........................................ 15

9.2. Plano de financiamento ....................................................................................... 18

10. Estudo de mercado............................................................................................... 19

10.1. Enquadramento da região ................................................................................ 19

10.1.1.Benefícios do projecto para o concelho ....................................................... 23

10.2. Concorrência .................................................................................................... 24

10.3. Plano de marketing .......................................................................................... 26

10.3.1.Produto ......................................................................................................... 26

10.3.2.Preço ............................................................................................................ 27

10.3.3.Promoção ..................................................................................................... 27

10.3.4.Distribuição ................................................................................................. 28

11. Parcerias............................................................................................................... 29

12. Conclusão ............................................................................................................ 30

13. Bibliografia .......................................................................................................... 31

14. Anexos .................................................................................................................... I

Anexo 1 – Página do Igespar sobre a Casa de Sá ............................................................. II

15. Apêndices ............................................................................................................ IV

Apêndice 1: Plantas actuais da Casa de Sá ....................................................................... V

1.1 – Planta de Rés-do-chão ......................................................................................... V

1.2 – Planta do 1º Piso ................................................................................................ VI

1.3 – Planta do 2º Piso ............................................................................................... VII

Apêndice 2: Plantas da proposta para a Casa de Sá ..................................................... VIII

2.1 – Planta do Rés-do-Chão .................................................................................... VIII

2.2 – Planta do 1º Piso ................................................................................................ IX

2.3 – Planta do 2º Piso .................................................................................................. X

2.4 – Planta da sede da Fundação da Casa de Sá e entrada principal da Casa ............. X

2.5 – Vista geral da Quinta (2 imagens) ..................................................................... XI

Apêndice 3: Proposta de estatutos para a Fundação da Casa de Sá .............................. XII

Apêndice 4: Rubricas de investimento ...................................................................... XVIII

4.1 – Cenário de Turismo de Habitação com 15 quartos....................................... XVIII

4.2 – Cenário de Hotel Rural com 20 quartos ......................................................... XIX

Apêndice 5: Previsão de Vendas ................................................................................... XX

5.1 – Turismo de Habitação com 15 quartos ............................................................. XX

5.2 – Hotel Rural com 20 quartos .......................................................................... XXIII

Apêndice 6: Plano de Financiamento ....................................................................... XXVI

6.1 – Cenário de Turismo de Habitação com 15 quartos...................................... XXVI

6.2 – Cenário de Hotel Rural com 20 quartos ..................................................... XXVII

Índice de Fotografias

Fotografia 1 – Corpo central………………………………………………….………….4

Fotografia 2 – Portão armoriado……………………………………………………..…..4

Fotografia 3 – Capela de Santa Ana…………………………………………………......5

Fotografia 4 – Vista lateral e miradouro……………………………………………..…..5

Fotografia 5 – Biblioteca……………………………………………………...………....6

Fotografia 6 – Biblioteca………………………………………………………………...6

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Previsão de Resultados Turismo de Habitação com 15 quartos…………....16

Tabela 2 – Previsão de Resultados Hotel Rural com 20 quartos…………………….…17

Tabela 3 – Oferta de alojamento no concelho de Vizela…………………………….....23

Tabela 4 – Análise da concorrência………………………………………………….....24

Tabela 5 – Proposta de preços……………………………………………………….....27

1

1. Introdução

O projecto turístico da Casa de Sá surge no âmbito da disciplina de Projecto em

Turismo da Licenciatura em Turismo, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

A Casa de Sá representa uma peça fundamental na memória e no património

histórico-cultural do concelho de Vizela e da região envolvente, pelo que merece todos

os nossos esforços no sentido de a preservar. A sua monumentalidade, características

especiais e história fazem desta casa, e de toda a propriedade, património que deve ser

conservado e protegido. Desta forma, surge o projecto Casa de Sá, que procura

identificar formas de preservar e revitalizar a casa e a zona envolvente.

Irá ser este o foco ao longo de todo o trabalho. Constituir a Casa de Sá em

empreendimento turístico é aquilo que parece mais natural ser feito para que se consiga

reabilitar a casa e transformá-la num espaço em que pode ser usufruído por quem se

interessa pela história, pela região, ou, simplesmente quer uns dias de descanso num

local confortável.

Com este ponto de partida surge tudo o que aqui será apresentado, desde as

primeiras pesquisas bibliográficas sobre a casa e a sua história, até aos estudos de

viabilidades financeira e de marketing, passando pela descrição da casa e das suas

funcionalidades.

2. Metodologia

Para a realização do projecto aqui apresentado foi necessário recorrer a fontes

primárias e fontes secundárias.

Inicialmente, pesquisou-se alguma informação sobre a casa, a sua família e a sua

história de modo a que todo o grupo conhecesse mais profundamente a casa e a sua

essência e para adoptar a melhor solução possível em termos de projecto turístico . Esta

pesquisa foi realizada através de fontes secundárias, em livros disponíveis na Biblioteca

Municipal de Vizela. Esta pesquisa foi feita também no site da Câmara Municipal de

Vizela onde têm alguma informação sobre esta casa por ser tão mediática. Aqui teve-se

conhecimento de que a Casa de Sá e todas as suas dependências estão em vias de

classificação pelo IGESPAR desde 1995, facto que fomos consultar directamente ao

IGESPAR e se mostrou verdadeiro.

2

De seguida, recolheu-se informação sobre o terreno onde a casa se insere através

do PDM de Vizela para saber se existiam algumas condicionantes. Neste caso notou-se

que toda a propriedade estava inserida em REN e/ou RAN. Posteriormente foi

necessário saber informação sobre a classificação das zonas rurais e urbanas, que foi

consultada no site do PRODER.

A legislação sobre empreendimentos de Turismo no Espaço Rural e de turismo

de habitação foram, também, ferramentas essenciais em todo o projecto. Foi através da

internet que a ela podemos aceder.

As plantas são fundamentais e base de trabalho num projecto deste tipo mas,

neste caso em particular, não existiam. Para a sua elaboração recorreu-se à ajuda de um

aluno de Engenharia Civil e do Ambiente, Simão Pires, que procedeu ao levantamento

topográfico e permitiu assim obter a planta da Casa de Sá. Foi um desafio muito grande

para o grupo, uma vez que foi o ponto de partida para o início do trabalho. Pode dizer-se

que esta fonte é considerada primária.

Finalmente, após a elaboração da planta, iniciou-se a proposta da divisão da

Casa de Sá e dos espaços exteriores. Esta proposta foi realizada pelos elementos do

grupo pelo que não existiram fontes a ser consultadas em relação a este aspecto. No

entanto, a pesquisa efectuada sobre outros empreendimentos já existentes deu alguma

ajuda.

Foi ainda necessário pesquisar informação sobre o estudo de mercado, ou seja, a

concorrência, a oferta complementar, em particular no que se refere a padrões de

qualidade e preços praticados. Esta pesquisa foi efectuada através de vários sites de

Câmaras Municipais dos concelhos limítrofes a Vizela e em sites de outros

empreendimentos de alojamento rural.

De referir ainda, em termos metodológicos, que ao longo de todo o processo

foram realizadas várias reuniões com o promotor para acompanhamento e validação das

decisões. Foram ainda feitas reuniões no local (Casa de Sá) e na Escola Superior de

Tecnologia e Gestão com entidades/pessoas responsáveis pela orçamentação do

projecto. A orçamentação foi aliás o elemento mais complexo em todo o processo pois

as componentes a orçamentar são muitas e muito diversas e identificar fornecedores e

obter os respectivos orçamentos é muito demorado.

3

3. Entidade promotora

3.1. Quem são?

Actualmente a Casa de Sá e os seus terrenos pertencem a três herdeiros da

Família de Sá. O representante ou responsável do projecto chama-se Victor Avelar,

conjugue de uma das herdeiras directas da Casa de Sá.

3.2. Objectivos

Os objectivos dos herdeiros são recuperar a Casa de Sá, dando-lhe um uso digno

que a valorize e preserve. Desta forma, concordaram que converter a Casa de Sá em

alojamento turístico seria a melhor solução, pois para além de ir ao encontro do

objectivo já referido também se apresenta como uma excelente oportunidade de negócio

que poderá ainda contribuir para a criação de postos de trabalho e constituir uma mais-

valia para a economia do concelho.

Para além de recuperar a Casa de Sá, os objectivos dos herdeiros são a

preservação da história e património da Família de Sá, uma das famílias mais

emblemáticas do concelho e até da região. Associada ao projecto turístico está o

projecto de recuperação do património literário presente na casa em duas bibliotecas. A

recuperação deste património será melhor explicada durante o trabalho que aqui se

apresenta.

Por fim, e no âmbito da visão e dos objectivos deste projecto, é importante

referir o assunto da certificação. A certificação visa valorizar os recursos das empresas e

diminuir o desperdício, aumentando ao mesmo tempo a qualidade dos serviços. Os

turistas estão cada vez mais conscientes para a realidade da certificação, pois representa

um conjunto de valores éticos por parte das empresas e que os consumidores procuram

cada vez mais. Assim, é importante considerar a certificação da Casa de Sá, por

exemplo através do projecto “Chave Verde - "The Green Key" - que é um galardão

internacional de Educação Ambiental que promove o turismo Sustentável através do

reconhecimento das boas práticas”1.

1 Associação Bandeira Azul da Europa (acedido em Julho de 2010), Programa Chave Verde; [on-line]; disponível em: http://www.abae.pt/programa/ChaveVerde/oque.php

4

4. Descrição do imóvel

A propriedade da Casa de Sá tem características especiais que a diferenciam de

outros empreendimentos deste tipo. A propriedade da Casa de Sá é constituída por

portão armoriado, capela de Santa Ana anexa ao portão armoriado, dois jardins (um

Romântico e outro Barroco) e várias dependências anexas que serviam o propósito de

apoio a actividades agrícolas. Além disso, na sua envolvência (dentro dos limites da

propriedade), passa a Ribeira de Sá2.

As fotografias 1, 2, 3 e 4, produzidas pelos autores deste relatório, mostram

algumas das características principais do exterior da Casa de Sá. Os apêndices 1.1, 1.2 e

1.3 correspondem às plantas do rés-do-chão, 1º Piso e 2º Piso. Neles é possível ter uma

pequena noção da grandiosidade e da complexidade da estrutura da Casa de Sá. Note-se

que a grande maioria das suas paredes são paredes-mestras, com cerca de 90

centímetros de largura.

Estas características fazem com que esta propriedade tenha vários atractivos e

várias opções de aproveitamento tanto de terreno como de todos os anexos nas

dependências. Considerando uma área total de 12 hectares, a área de construção actual é

de 2500 metros quadrados e a restante área corresponde a jardins e espaço agrícola.

2 IGESPAR; (acedido em Junho de 2010); Casa de Sá, portão armoriado, capela de Santa Ana, dependências anexas, terreiro e

jardim; [on-line]; disponível em: http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/156070/

Fotografia 1- Corpo Central Fotografia 2 - Portão armoriado

5

Além das características físicas, como um corpo central rectangular e corpos

laterais mais salientes e miradouro no centro, esta Casa distingue-se também pelas suas

características históricas. Neste caso deve salientar-se a construção de uma fábrica de

papel (das primeiras da Europa) que pelas suas dimensões obrigou a que Moreira de Sá,

proprietário da Casa de Sá na altura, vendesse muitas das suas propriedades3. Estas

propriedades eram tantas que ligavam Vizela a Guimarães apenas em terrenos da

família de Sá. Além disso, muitos membros desta família foram escritores de renome,

dos quais se pode destacar Miguel de Sá e Melo e Ana de Sá, que para além do seu

legado literário, é também conhecida pela sua ligação com o escritor Camilo Castelo

Branco.

Outra característica essencial nesta casa e que é extremamente marcante é o

facto de ter duas grandes bibliotecas repletas de livros que datam desde finais do século

XVI até ao século XX (Fotografias 5 e 6). São milhares de obras com importância

histórica e cultural e que não se devem perder, dai que a requalificação e transformação

desta propriedade em empreendimento turístico será uma mais-valia para que este

espólio se conserve e possa ser disponibilizado para usufruto por parte de vários

públicos.

3 Pinto (1988), p. 77

Fotografia 3 - Capela de Santa Ana Fotografia 4 - Vista lateral e miradouro

6

5. Modalidade de alojamento

Ao considerar o potencial da casa de Sá o empreendimento que de imediato

surgiu foi um Hotel Rural. Contudo, e uma vez que a Casa de Sá está numa freguesia

urbana, foi constatado que esta hipótese estaria dependente de uma autorização por

parte da Câmara Municipal de Vizela e da Direcção Geral do Desenvolvimento Rural

do Norte (DGDR Norte).

Assim sendo, a solução alternativa seria classificar a Casa de Sá como Turismo

de Habitação, uma solução perfeitamente enquadrável em termos legais, porém com o

limite máximo de 15 quartos4.

Embora a aprovação de um Hotel Rural numa zona urbana seja difícil,

considerou-se que neste caso a classificação pode ser positiva uma vez que em todo o

concelho de Vizela apenas há dois estabelecimentos de alojamento, e um Hotel Rural é

igualmente uma óptima forma de preservar o valor arquitectónico da Casa de Sá.

Por este motivo, em termos de adaptação dos edifícios, e em particular em

termos económico-financeiros foram estudadas duas realidades: a Casa de Sá Turismo

de Habitação e a Casa de Sá Hotel Rural.

4 Portaria nº 937/2008

Fotografia 5 - Biblioteca

Fotografia 6 - Biblioteca

7

5.1. Enquadramento legal

Para a vertente de Turismo de Habitação, o alojamento enquadra-se no Dec. Lei

nº39/2008, Secção VII, artigo 17.º:

” 1 — São empreendimentos de turismo de habitação os estabelecimentos de

natureza familiar instalados em imóveis antigos particulares que, pelo seu valor

arquitectónico, histórico ou artístico, sejam representativos de uma determinada

época, nomeadamente palácios e solares, podendo localizar -se em espaços

rurais ou urbanos.

2 — Nos empreendimentos de turismo de habitação o número máximo de

unidades de alojamento destinadas a hóspedes é de 15.”

E ainda na Portaria nº937/2008, Secção I, artigo 2.º:

“Artigo 2.º

Noção de empreendimentos de turismo de habitação

1 — São empreendimentos de turismo de habitação os estabelecimentos de

natureza familiar instalados em imóveis antigos particulares que, pelo seu valor

arquitectónico, histórico ou artístico, sejam representativos de uma determinada

época, nomeadamente palácios e solares, podendo localizar -se em espaços

rurais ou urbanos.

2 — A natureza familiar é caracterizada pela residência do proprietário ou

entidade exploradora ou do seu representante nos empreendimentos de turismo

de habitação durante o período de funcionamento.”

Conforme é possível constatar, a Casa de Sá enquadra-se em empreendimentos

de Turismo de Habitação pois é um imóvel com valor arquitectónico e histórico,

comprovado pelo facto de estar em vias de classificação pelo IGESPAR. O facto de

estar numa zona urbana não é condicionante, pois os empreendimentos de Turismo de

Habitação não têm a obrigatoriedade de estar em zonas rurais.

Para a vertente de Hotel Rural, o alojamento enquadra-se no Dec. Lei nº39/2008,

Secção VIII, artigo 18.º:

“1 — São empreendimentos de turismo no espaço rural os estabelecimentos que

se destinam a prestar, em espaços rurais, serviços de alojamento a turistas,

dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalações,

8

estruturas, equipamentos e serviços complementares, tendo em vista a oferta de

um produto turístico completo e diversificado no espaço rural.

2 — Os empreendimentos de turismo no espaço rural previstos nas alíneas a) a

c) do número seguinte devem integrar -se nos locais onde se situam de modo a

preservar, recuperar e valorizar o património arquitectónico, histórico, natural

e paisagístico das respectivas regiões, através da recuperação de construções

existentes, desde que seja assegurado que esta respeita a traça arquitectónica

da construção já existente.

3 — Os empreendimentos de turismo no espaço rural podem ser classificados

nos seguintes grupos:

a) Casas de campo;

b) Agro -turismo;

c) Hotéis rurais.

(…)

7 — São hotéis rurais os estabelecimentos hoteleiros situados em espaços rurais

que, pela sua traça arquitectónica e materiais de construção, respeitem as

características dominantes da região onde estão implantados, podendo instalar-

se em edifícios novos.”

E ainda na Portaria nº937/2008, Secção I, artigo 8.º:

“Noção de hotel rural

São hotéis rurais os hotéis situados em espaços rurais que, pela sua traça

arquitectónica e materiais de construção, respeitem as características

dominantes da região onde estão implantados, podendo instalar -se em edifícios

novos que

ocupem a totalidade de um edifício ou integrem uma entidade arquitectónica

única e respeitem as mesmas características.”.

Como é possível constatar, Hotéis Rurais têm a obrigatoriedade de estarem

situados em espaços rurais. Como já foi dito, uma vez que a Casa de Sá está numa

freguesia urbana, para obter a classificação de Hotel Rural necessita da autorização da

DGDR Norte.

9

Podemos ainda referir que os hotéis rurais visam recuperar e valorizar o

património, tornando-se numa solução tão boa quanto o turismo de habitação, mas com

o beneficio de apenas ter um limite mínimo de 10 quartos e sem limite máximo.

Para além do Decreto-lei nº 39/2008 e da Portaria nº 937/2008, os Hotéis Rurais

têm de seguir a Portaria nº 327/2008 que estabelece os requisitos obrigatórios e ainda os

necessários para obter a classificação de 3, 4 ou 5 estrelas.

5.2. Condicionantes

Ao longo deste projecto deparámo-nos com diversos aspectos ou condicionantes

que influenciaram a elaboração deste projecto.

Ao pesquisar sobre a Casa de Sá verificou-se que esta está em vias de

classificação pelo IGESPAR com Despacho de abertura de 2-10-19955. Este aspecto

implica que o IGESPAR autorize a utilização da Casa de Sá para fins turísticos e ainda

qualquer alteração que se pretenda realizar na estrutura da casa e dos seus anexos.

Ao analisar o PDM, que nos foi disponibilizado pela Câmara Municipal de

Vizela, pudemos constatar que parte do terreno da Casa de Sá está classificado como

Reserva Ecológica Nacional6 (REN) devido à passagem da Ribeira de Sá, e que o

restante terreno está classificado como Reserva Agrícola Nacional7 (RAN). A

classificação dos terrenos com RAN e REN condiciona o projecto em alguns aspectos,

em particular o volume de construção nova ou ampliação das áreas já construídas, que

não pode exceder 20%.

Posteriormente constatou-se que a freguesia de Santa Eulália, onde se situa a

propriedade, está classificada como zona urbana8. Este aspecto impede a criação e

classificação de um empreendimento de Turismo Rural, mais concretamente um Hotel

Rural. Isto porque os Hotéis rurais só podem ser criados em zonas rurais e neste caso,

para que possa ser criado um Hotel Rural na Casa de Sá é necessário obter autorização

da Câmara Municipal de Vizela e da Direcção Geral do Desenvolvimento Rural do

Norte.

5 C.O. (s.d.) Casa de Sá, portão armoriado, capela de Santa Ana, dependências anexas, terreiro e jardim – detalhe, disponível

em:

http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/156070/ 6 Portaria nº1356/2008 7 Portaria nº 1403/2002 8 PRODER (s.d.)

10

6. Serviços e funcionalidade dos espaços

O principal serviço que se pretende ter no empreendimento é o de vender

quartos. Mas, nos empreendimentos turísticos é necessário que existam outros serviços

complementares. Assim, este empreendimento englobará a venda de quartos, a venda de

refeições (mediante marcação) e a existência de um bar. Todos estes serão serviços que

irão ser vendidos aos clientes e através dos quais se obterá rendimento. Estes serão

todos disponibilizados na casa principal. Na parte exterior existirá (num dos anexos já

existentes) um espaço reservado a eventos que será alugado por pessoas externas

(empresas, associações, etc). Este será outro ponto fulcral de venda de serviços e

obtenção de rendimentos.

Estes serviços foram pensados, principalmente, para dois mercados específicos.

Um deles é as famílias que procurarão este empreendimento para o lazer e diversão e,

até, por interesse cultural, tanto pelo espólio literário da própria casa, como pela

proximidade desta com Guimarães, capital europeia da cultura 2012. Outro mercado

para o qual este empreendimento será voltado é o turismo de negócios, isto devido ao

edifício que irá ser preparado para os eventos e, principalmente, pela proximidade com

Guimarães e por ser uma zona com muitas empresas já que, tanto o concelho de Vizela

como os seus limítrofes são muito industrializados.

6.1 Distribuição de postos de trabalho

Para a proposta de aproveitamento turístico que é apresentada para a Casa de Sá

serão necessários 5 funcionários. Este número pode aumentar caso seja permitida a

classificação de Hotel Rural e o número de quartos o exija.

As necessidades iniciais serão então de um Chefe de Recepção, um

recepcionista, um cozinheiro, um empregado de mesa/bar e uma empregada de andares.

6.2. Proposta de funcionalidade dos espaços

O projecto da Casa de Sá pretende ser um empreendimento inovador no

concelho de Vizela e ainda na região circundante. Propõe-se que seja um

empreendimento característico que represente a história da Família de Sá, tão

emblemática no concelho de Vizela. Assim, sugere-se que a decoração dos quartos e

espaços comuns seja baseada nesta temática.

11

Ao realizar o projecto da Casa de Sá pensou-se desde o inicio que este deveria

ser um investimento que englobasse algumas actividades e serviços que possam divertir

e entreter os seus clientes, para assim não ser apenas mais um serviço de alojamento

entre tantos. A criação destes serviços chega mesmo a ser uma necessidade, uma vez

que no concelho de Vizela não há uma oferta variada e suficiente de actividades.

Iremos passar agora à descrição das propostas para os diversos espaços,

começando pelos espaços exteriores e por fim pelos espaços interiores.

6.2.1 Espaços interiores

Para descrever a proposta de utilização dos espaços interiores vamos descrever

piso a piso. Comecemos pelo rés-do-chão.

Rés-do-chão (Apêndice 2.1)

Para a sala de refeições propomos a utilização do espaço actual para assim dar

um sentido de continuidade ao uso do espaço e também pois este parece de facto o local

ideal para este serviço. Junto à sala de refeições ficará a cozinha, equipada para

confeccionar os pequenos-almoços e as refeições para os hóspedes. Também no rés-do-

chão fica o bar, com um espaço para jogos, por exemplo bilhar, e com serviço de

esplanada, que fica junto à piscina.

No rés-do-chão fica também um quarto para pessoas com mobilidade reduzida,

uma vez que não apresenta qualquer desnível desde a recepção até ao quarto. Apenas é

necessário colocar uma rampa removível para acesso ao restaurante.

Também no rés-do-chão fica a recepção, logo na entrada principal da casa, e

numa sala contígua fica o back-office.

Neste piso é possível inserir também alojamento, sobretudo se for necessário

criar mais unidades de alojamento para aumentar a viabilidade do empreendimento.

A cozinha tradicional presente neste piso pode ser um espaço de exposição de

materiais e utensílios raros e preciosos, conferindo um carácter lúdico ao

empreendimento e valorizando este espaço.

Ao longo dos corredores sugerimos a colocação estratégica de alguns sofás, para

criar zonas de lazer e de estar para familiares e amigos.

Por fim é também possível criar uma copa ou espaço de arrumações e um espaço

de exposição de vinhos, para divulgar os vinhos do concelho.

12

Primeiro piso (Apêndice 2.2)

No primeiro piso estará situado o maior número dos quartos, decorados

conforme foi explicado atrás, e equipados com mini-bar, televisão plasma, cofre,

cadeirão, quartos de banho completamente equipados, entre muitas outras

funcionalidades. Alguns destes quartos, na medida do possível, deveriam ser Suites, no

mínimo duas.

Também neste piso ficará uma copa de piso, com todo o material necessário para

a limpeza dos quartos e espaços comuns do piso.

Destaca-se a criação de uma sala de estar neste piso, numa zona central, que

constituirá uma zona de convívio para os hóspedes.

Segundo Piso (Apêndice 2.3)

O segundo piso será constituído por quartos, seguindo a mesma decoração

temática que os quartos anteriores e ainda com uma copa de piso.

6.2.2 Espaços exteriores

Uma vez que a visão da nossa proposta é criar actividades para que as pessoas

não tenham obrigatoriamente de sair do empreendimento para se divertir, apresentamos

várias sugestões, que se encontram retratadas nos apêndices 2.4 e 2.5.

• Num dos anexos da Casa de Sá, poderá ser implementada uma zona de

bem-estar com uma sauna, espaço de massagens e uma banheira de hidromassagem).

Esta será uma excelente proposta tendo em conta as últimas tendências do mercado

de se preocupar cada vez mais com a saúde, não só física mas também mental. Neste

anexo as pessoas poderão passar momentos relaxantes sozinhos ou em grupo (ex.

família).

• Em outro dos anexos, originalmente usado para guardar colheitas e

alfaias agrícolas propomos a implementação de um espaço multiusos com um piso

preparado para serviços de catering e outros eventos e outro piso preparado para

reuniões. Neste espaço as empresas da região poderão apresentar os seus produtos,

promover reuniões de negócios entre empresas e entre sucursais, entidades públicas

poderão desenvolver eventos de interesse municipal entre muitos outros exemplos. O

espaço dedicado a catering serve, não só para apoio à componente de negócios (ex.

coffe breaks), mas também para eventos festivos.

• A piscina é também uma das nossas mais importantes propostas. Uma

piscina normal é apenas utilizada durante 2/3 meses por ano, devido às condições

13

climatéricas de Portugal ou seja, é um investimento para um quarto do ano. A nossa

sugestão é que com um investimento um pouco maior, a piscina seja utilizável todo o

ano, através da adopção de uma cobertura telescópica e de bombas de calor que

mantenham a água sempre a uma temperatura convidativa todo o ano.

• Outra das nossas propostas é a colocação de um conjunto de pistas de

mini-golfe removíveis, para assim não entrar em conflito com a classificação dos

terrenos da Casa de Sá como RAN e REN. Apesar de ser uma modalidade pouco

falada, o mini-golfe é uma actividade divertida e muito atractiva que cativa desde

miúdos a graúdos. É pois uma actividade que irá ser mais um dos aspectos

diferenciadores da Casa de Sá.

• Por fim, mas não menos importante, apresentamos a sugestão do

picadeiro. A equitação é um desporto de elites, uma actividade igualmente pouco

comum e que normalmente não está acessível a todos os públicos. Sugerimos a

colocação de um picadeiro numa das vastas áreas de terreno da Casa de Sá para que

seja possível aos hóspedes praticar equitação ou então apenas observar e aprender

mais sobre os cavalos, uma vez que um dos mercados alvo são as famílias e as suas

crianças.

• Para a localização da anteriormente referida fundação propomos a

utilização de mais um dos diversos anexos da Casa de Sá, um situado mesmo junto à

entrada, pois desta forma será possível que pessoas que não sejam hóspedes possam

aceder aos livros, valorizando assim este recurso e divulgando a família de Sá e o seu

património. Neste anexo estarão os livros expostos em prateleiras, computadores

com acesso à internet, casas de banho e ainda um escritório para o responsável pela

fundação (apêndice 2.4).

• Quanto aos jardins, o que se propõe não é uma novidade mas sim uma

continuação do seu aspecto inicial. A Casa de Sá tem dois jardins, um Barroco e

outro Romântico, e a sua recuperação devolverá o aspecto original. Quanto ao

restante terreno, para além de ser possível o arranjo paisagístico em toda a zona junto

à ribeira de Sá para lhe conferir um aspecto mais atractivo, pretende-se continuar

com o seu uso original: a produção agrícola, na qual os hóspedes podem participar e

as colheitas podem ser utilizadas na confecção das refeições.

14

7. Proposta da fundação

Para o projecto da Casa de Sá propõe-se a criação de uma fundação, uma vez

que a Casa está muito ligada à literatura como já foi referido anteriormente.

O promotor demonstrou desde cedo uma enorme preocupação com os livros,

assim, achou-se pertinente a recuperação destes de modo a poderem ser usufruídos

pelos hóspedes na futura biblioteca proposta para a Casa de Sá, mas também

disponibiliza-los ao público em geral que queira ou precise consultá-los, numa estrutura

que será criada no âmbito da criação de uma fundação.

Com a fundação, pretende-se não só divulgar o grandioso património literário

que a Casa de Sá possuí, mas também dar a conhecer a história da família Sá. A

proposta da fundação deve-se, também, ao facto desta ser uma entidade específica que

facilita aos proprietários da Casa de Sá angariar verbas para a recuperação das obras

literárias. Isto é importante, pois o investimento necessário para a sua preservação e

valorização seria um peso muito grande no investimento global da Casa. Assim, com a

fundação separam-se as duas componentes, casa e livros, que constituem dois projectos

ambiciosos e ambos com custos elevados.

No apêndice 2.4 é possível ver uma proposta para a localização e distribuição do

espaço da fundação, com zona de escritórios para realização das funções administrativas

da fundação, uma zona de exposição e consulta dos livros e sanitários para os

utilizadores deste espaço. É proposto que a fundação se situe junto à entrada para poder

receber pessoas que não estejam alojadas na Casa de Sá sem comprometer a privacidade

dos hóspedes. O apêndice 3 é uma sugestão de estatutos para criação da fundação,

explicando os seus fins, actividades entre outros pontos pertinentes.

8. Investimento

Nos apêndices 4.1 e 4.2 é possível observar as principais rubricas de

investimentos e os respectivos montantes. As principais rubricas de investimento são

terreno e edifício, infra-estruturas exteriores, construção civil, equipamentos,

equipamento hoteleiro geral, investimento em capital fixo incorpóreo e investimento em

fundo de maneio.

Ao observar os referidos apêndices é possível constatar que as rubricas de

investimento com montantes mais elevados são a construção civil e as infra-estruturas

exteriores. A primeira devido às dimensões da Casa e dos seus anexos e também devido

15

ao seu estado de degradação. A segunda sobretudo devido ao montante dos arranjos de

jardim, que se encontram sobrevalorizados devido à necessidade de realizar um estudo

topográfico dos terrenos para obter valores mais exactos.

É importante referir que o montante a investir no cenário de Hotel Rural é

apenas 300 mil euros mais elevado que no cenário de Turismo de Habitação, valor que

se justifica tendo em conta que corresponde à criação de mais 5 quartos. Esta diferença

de montante investido e a sua relação com o número de quartos será explicada no tópico

seguinte (Estudo de Viabilidade económico-financeira).

9. Estudo e viabilidade económico-financeira

O estudo de viabilidade económica é uma parte fundamental de qualquer

projecto, quer seja de investimento ou de desenvolvimento, mas é nos projectos de

investimento que este tem mais realce.

É essencial determinar desde o princípio se um projecto vai ser viável

financeiramente ou seja, se vai ter receitas suficientes para pagar as despesas, incluindo

nestas os encargos financeiros com eventuais empréstimos contraídos. Caso não o seja é

melhor repensar a execução e os detalhes do projecto.

Outro aspecto importante é a questão dos capitais próprios. O(s) promotor(es)

têm capitais próprios suficientes para cobrir todo o montante do investimento? Caso não

tenham, existem programas de apoio ou será necessário recorrer a empréstimos

bancários? Estas são algumas questões fundamentais e que se forem descuradas podem

levar ao insucesso de qualquer projecto.

De seguida iremos passar a apresentar e explicar os estudos de viabilidade e as

conclusões que daí advêm. Posteriormente iremos abordar o plano de financiamento

adequado à realidade da Casa de Sá e as suas especificidades.

9.1. Pressupostos de vendas e demonstração de resultados

Para a realização do cálculo das estimativas das vendas foram realizados dois

exercícios, um para Turismo de Habitação com 15 quartos (Tabela 1) e outro para Hotel

Rural com 20 quartos (Tabela 2).

Para a realização destes dois cenários foi necessário ter em conta alguns

indicadores referentes à hotelaria, como nº de meses de funcionamento, número de

meses da época alta e da época baixa. Foi também necessário recorrer a dados

16

secundários, para obter as taxas de ocupação de época baixa e de época alta das

tipologias consideradas no estudo 9 10.

No que diz respeito aos preços definidos para cada tipologia de quarto foi

realizado um estudo de mercado para verificar os preços praticados em

estabelecimentos de Turismo de Habitação e em Hotéis Rurais e foi estabelecido um

preço adequado à realidade da Casa de Sá e do que se pretende que ela se torne. Estes

preços serão apresentados mais à frente neste relatório.

Foi também tido em conta que no primeiro ano a maioria das vendas será

realizada directamente pelo estabelecimento, uma vez que as empresas ainda não vão

conhecer o alojamento e os operadores turísticos ainda estarão a familiarizar-se com a

unidade e com os serviços prestados.

Também foram calculadas as receitas de restauração e bar e ainda de aluguer de

salas, uma vez que se pretende criar um espaço vocacionado para eventos.

Os valores de taxas de ocupação e de usufruto dos serviços usados são

conservadores para não criar expectativas elevadas mas difíceis de alcançar,

antecipando um início de actividade que se pode revelar algo difícil.

Tabela 1 - Previsão de Resultados Turismo de Habitação com 15 quartos

9 INE (2008) 10 Turismo de Portugal (2009)

17

Tabela 2 - Previsão de Resultados Hotel Rural com 20 quartos

Quanto aos quadros das demonstrações de resultados (Tabela 1 para Turismo de

Habitação e Tabela 2 para Hotel Rural), estes demonstram vários indicadores, como as

vendas (prestação de serviços) para os proveitos operacionais. Este valor é o valor

obtido no apêndice 5.1, previsão de vendas. Como podemos verificar, no primeiro ano

as vendas são cerca de 180.000€, mas apenas ao fim de cinco anos o valor já subiu para

perto dos 400.000€, o que representa uma subida significativa. Na versão do Hotel

Rural com 20 quartos, apêndice 5.2, podemos verificar que as vendas são cerca de

240.000€, cerca de metade das amortizações que representam 410.000€ ou seja, a

situação económica do hotel e a sua capacidade de lidar com os custos é melhor na

tipologia de Hotel Rural.

Nos custos operacionais temos os custos das mercadorias vendidas e dos

fornecimentos e serviços externos, que são valores estimados, temos também o valor

dos custos com o pessoal, que são calculados para os colaboradores indicados no tópico

de necessidades com pessoal.

Posteriormente, podemos ver que os resultados correntes são negativos nos

primeiros anos de actividade e que só serão positivos a partir do 6º ano de actividade

para a modalidade de turismo de habitação enquanto no Hotel Rural serão positivos já a

18

partir do 4º ano. Ainda assim, e apesar dos resultados correntes serem negativos, os

meios libertos operacionais serão desde o primeiro ano positivos. Na modalidade de

turismo de habitação a situação não é muito favorável apesar dos resultados correntes

positivos, pois estes são muito baixos, mas na modalidade de Hotel Rural estes são já

mais elevados, permitindo que o empreendimento ganhe alguma segurança económica

enquanto não começa a pagar as prestações do incentivo.

9.2. Plano de financiamento

Antes de escolher o instrumento/mecanismo de apoio financiamento é necessário

efectuar um cálculo dos gastos iniciais necessários pois o montante do investimento é

um dos factores que pode determinar o recurso aos diferentes mecanismos de apoio. Há

também que considerar a tipologia de empreendimento e que ter em conta as

condicionantes anteriormente referidas.

Nos apêndices 4.1 e 4.2 é possível constatar os montantes de investimento de

cada rubrica. De notar que a tipologia Hotel Rural tem um montante de 3.881.941,21€,

apenas mais 300.000€ que o Turismo de Habitação, ou seja, com um investimento

ligeiramente superior conseguimos aumentar o número de quartos de 15 para 20. Uma

diferença de 5 quartos pode, conforme verificámos, representar uma variação

significativa na rentabilidade do investimento.

Após análise da conjuntura e tendo em conta o montante de investimento inicial,

o instrumento de apoio adequado para um projecto como este é o SI Inovação11. O SI

Inovação visa apoiar, entre outros, empreendimentos de Turismo de Habitação e Hotéis

Rurais e o montante de investimento deve ser superior a 150.000€ para projectos de

inovação e superiores a 40.000€ para projectos de empreendedorismo qualificado.

Um dos aspectos mais importantes deste instrumento/programa é o facto de,

apesar de inicialmente os incentivos serem reembolsáveis sem jutos, pode existir um

perdão de até 75% da divida caso os projectos cumpram alguns objectivos como o prazo

limite do projecto, não ultrapassar o orçamento previsto e cumprir as estimativas de

proveitos e custos nos primeiros três anos de exploração, sendo o incentivo pago nos 7

anos seguintes. Nestes primeiros anos de exploração existe o chamado período de

11 Turismo de Portugal; (acedido em Junho de 2010); QREN - Sistema de Incentivos à Inovação; [on-line]; disponível em:

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/AreasActividade/ApoioaoInvestimento/Pages/QREN-

SistemadeIncentivosaInovacao.aspx

19

carência, em que o empreendimento não tem de pagar o incentivo. O período de

carência tem o objectivo de dar tempo às empresas de se estabelecerem no mercado e

obter alguma estabilidade financeira.

Uma outra questão é que o SI Inovação disponibiliza até 75% do capital total do

investimento, com a obrigação que os restantes 25% sejam capitais próprios. Caso a

entidade promotora não possua 25% do montante total, pode recorrer a protocolos

bancários estabelecidos entre a banca e o Turismo de Portugal, IP.

Vamos agora verificar a capacidade do empreendimento para pagar os

incentivos concedidos.

Como é possível verificar no apêndice 6, Turismo de Habitação com 15 quartos,

o valor cedido pelo SI Inovação é de, no máximo, 2.675.206€ e 891.735€ de capitais

próprios. Devido ao período de carência nos primeiros três anos a prestação paga é 0€ e

depois durante os próximos ano serão pagas prestações anuais iguais. A situação no

apêndice 7, Hotel Rural com 20 quartos, é semelhante, variando apenas os valores do

incentivo do SI Inovação e dos capitais próprios que são um pouco mais elevados.

Existem aqui três possíveis cenários:

• O empreendimento não cumpre os requisitos do SI Inovação e paga a

totalidade do incentivo;

• O empreendimento cumpre parte dos requisitos do SI Inovação e paga

70% do incentivo;

• O empreendimento cumpre todos os requisitos do SI Inovação e paga

25% do incentivo.

Tanto o apêndice 6.1 como o apêndice 6.2 demonstram o montante das

prestações a pagar em cada um destes três cenários. Como podemos ver, o terceiro

cenário é de facto o ideal para qualquer empresa, pois resulta em prestações anuais mais

baixas que vão aliviar o esforço económico da empresa numa fase em que ainda tem de

se afirmar no mercado.

10. Estudo de mercado

10.1. Enquadramento da região

É fundamental estudar o que de atractivo há para oferecer aos turistas/visitantes,

uma vez que, poderá ser a motivação para a visita. Assim, irão ser identificados alguns

atractivos não só no Concelho de Caldas de Vizela, mas também nos concelhos vizinhos

20

de Lousada, Felgueiras, Paços de Ferreira e Guimarães, sendo esta última a cidade

caracterizada por ser o berço da nação. A Casa de Sá é uma oferta particularmente

vocacionada para o segmento Turismo Cultural, dada a história e a componente literária

que oferece, bem como, pela proximidade a Guimarães.

Desta feita será dado maior ênfase aos recursos culturais destes concelhos, mas

também será apresentada uma breve análise do que estes municípios têm a oferecer em

gastronomia e vinhos, sendo também um atractivo para os segmentos alvo identificados.

• Em Caldas de Vizela é de destacar o Sítio do Santuário do São Bento,

oferece a quem o visita um espaço de lazer e descanso, aqui pode-se vislumbrar a

paisagem de todo o Concelho de Vizela e ainda nas redondezas a Cista de São Bento12.

O parque das termas é um outro local de lazer, perto encontra-se a ponte Romana que

está sobre o Rio Vizela13. A Câmara Municipal de Caldas de Vizela realiza visitas

guiadas gratuitas a vários locais como: Caves do Casalinho; freguesias do Concelho de

Vizela e à cidade de Vizela, conforme se pode visualizar no site da Câmara Municipal

de Caldas de Vizela. Realizam-se ainda, ao longo do ano, diversas actividades que

estão agendadas na agenda cultural.

• Sendo um Concelho muito industrializado, em Lousada pode-se apreciar

“estações arqueológicas, igrejas e solares majestosos, pelourinho, pontes, aqueduto e a

Torre dos Mouros”14. Existem também, em Lousada rotas, como a “rota do Românico,

do Vinho Verde e do Gourmet, roteiros culturais e programas de animação cultural e

desportiva”15, que têm vindo a dinamizar o município. Além do referido, realizam-se

também no Concelho de Lousada várias actividades, que estão programadas na agenda

cultural.

• Destaca-se em Felgueiras a presença de “vias e pontes romanas”16, que

serviam para a circulação de pessoas e mercadorias. Ainda, a Villa Romana de Sendim

e de realçar ainda, a “Rota do Românico do Vale do Sousa, onde está presente um

12 Município de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Pontos de interesse turístico e cultural; [on-line]; disponível em:

http://www.cm-vizela.pt/index.php?/turismo/i105-pontos-de-interesse-turastico-e-cultural 13 Município de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Vizela – um concelho a descobrir; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

vizela.pt/index.php?/turismo/i104-avizela-um-concelho-a-descobrira 14 Município de Lousada; (acedido em Junho de 2010); Concelho de Lousada; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

lousada.pt/VSD/Lousada/vPT/Publica/O+Concelho/Apresentacao/ 15 Município de Lousada; (acedido em Junho de 2010); Concelho de Lousada; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

lousada.pt/VSD/Lousada/vPT/Publica/O+Concelho/Apresentacao/ 16 Município de Felgueiras; (acedido em Junho de 2010); Calçadas romanas/caminhos medievais; [on-line]; disponível em:

http://www.cm-felgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Visitantes/OConcelho/PontosInteresse/

21

importante edifício como: o Mosteiro de Pombeiro, Igreja de Airães, Igreja de Sousa,

Igreja de Unhão e a Igreja de S. Mamede em Vila Verde.”17 À semelhança dos

anteriores, no município de Felgueiras realizam-se anualmente actividades, que se

encontram agendadas na agenda cultural.

• Quanto ao concelho de Paços de Ferreira destaca-se a Citânia de Sanfins,

monumento nacional. Esta é uma estação arqueológica da cultura castreja. A empresa

““no Tecto do Mundo – Animação Turística e Eventos Culturais, Lda.”, dedica-se á

realização de actividades desportivas, mas também, outros eventos como,

congressos”18. Também, em Paços de ferreira existe uma agenda cultural, que

programa diferentes actividades, dinamizando o Concelho.

• A oferta de atracções em Guimarães é vasta e diversa, desde Castelo de

Guimarães, sendo símbolo da nacionalidade Portuguesa e, presumivelmente,

residência de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, a Capela de São Miguel

(local onde D. Afonso Henriques foi baptizado); Centro de Histórico de Guimarães,

tendo sido classificado em 2001 pela UNESCO, como património mundial da

humanidade. O Paço dos Duques de Bragança é uma imponente Casa Senhorial, com

museu no seu interior. De realçar, a Citânia de Briteiros, um sítio arqueológico da

Idade do Ferro, situado no alto do monte de São Romão, na freguesia de Salvador de

Briteiros. O Monte da Penha é outro dos atractivos da cidade de Guimarães, que se

pode aceder por estrada ou através de um teleférico. No Monte da Penha, para além do

Santuário, grutas, ermidas, miradouros sobre a cidade de Guimarães há ainda um vasto

conjunto de infra-estruturas de apoio. De referir do conjunto de equipamentos de apoio

turístico as instalações termais de Caldas das Taipas. Na cidade de Guimarães existem

vários museus como: Museu de Alberto Sampaio; Museu da Cultura Castreja; Museu

Arqueológico Martins Sarmento e Sala Museu José de Guimarães. Existem também

em Guimarães percursos pedestres como: “percurso S. Torcato e os seus moinhos;

Rota da Citânia e a Rota da Penha”19.

17 Município de Felgueiras; (acedido em Junho de 2010); Felgueiras + positiva; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

felgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Visitantes/OConcelho/Apresentacao/ 18 Turismo de Portugal; (acedido em Junho de 2010); Empresas de animação turística licenciadas; [on-line]; disponível em:

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/AreasActividade/qualificacaooferta/classificacaoequalidade/ofertaturisticaclas

sificada/Anexos/Abril_2009.pdf 19 Guimarães turismo; (acedido em Junho de 2010); Percursos; [on-line]; disponível em:

http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx

22

Em Guimarães existem algumas empresas de animação turística, que

proporcionam actividades a quem as visita, nomeadamente, “Ecoturismo - Montanha

Viva - Desporto, Aventura e Protecção Ambiental, Lda., que realiza percursos

pedestres entre outras actividades; Guimabowling, Lda. empresa que explora

estabelecimentos desportivos; Turipenha, Cooperativa de Turismo de Interesse

Público, RL., em que explora o teleférico da Penha”20. Para além dos atractivos e

actividades, destaca-se a agenda cultural que proporciona um conjunto de actividades

aos moradores e turistas/visitantes, dinamizando assim, os espaços e o concelho.

Gastronomia e Vinhos

• Ao nível de produtos de gastronomia, em Caldas de Vizela destaca-se o

"Bolinhol" ou "Pão-de-Ló Coberto", é um doce típico de Vizela, com uma forma

rectangular e com cobertura de açúcar. Em Caldas de Vizela existem vários

restaurantes tradicionais com comida típica da região. Pode-se ainda, visitar as Caves

do Casalinho, sendo uma “empresa vinícola sediada na região demarcada dos Vinhos

Verdes”21 , onde se fazem provas de vinho22.

• Em Lousada, entre outros pratos típicos é de mencionar: “o carneiro, ou o

cabrito assado e arroz no forno. Para iguarias: os Rosquilhos” (Doces típicos de

Meinedo), doces que aparecem em festas e romarias; “Sopa seca doce” (Receita

típica de Boim); Basulaque (Receita típica de Meinedo), sendo, um prato feito com

miúdos de carneiro e bucho, galinha caseira, presunto e salpicão”23.

• Felgueiras tem bastantes iguarias gastronómicas a oferecer como:” o Pão

- de - Ló de Margaride, e os Vinhos Verdes. O Cozido à Portuguesa, o Bacalhau, o

Arroz de Cabidela, e os Assados no forno a lenha”24.

20 Turismo de Portugal; (acedido em Junho de 2010); Empresas de animação turística licenciadas; [on-line]; disponível em:

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/AreasActividade/qualificacaooferta/classificacaoequalidade/ofertaturisticaclas

sificada/Anexos/Abril_2009.pdf 21 Câmara Municipal de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Caves do Casalinho; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

vizela.pt/index.php?/turismo/i112-caves-casalinho 22 Município de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

vizela.pt/index.php?/turismo/i110-gastronomia 23 Município de Lousada; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia típica do Concelho de Lousada; [on-line]; disponível em:

http://www.cm-lousada.pt/VSD/Lousada/vPT/Publica/O+Concelho/Gastronomia/ 24 Município de Felgueiras; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

felgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Visitantes/OConcelho/Gastronomia/

23

• “Guimarães oferece vários pratos típicos da região minhota. Para

acompanhar o famoso do Vinho Verde e ainda, para doçaria, alguns doces

conventuais como: toucinho-do-céu e as tortas de Guimarães”25.

• Em Paços de Ferreira destacam-se alguns pratos típicos como: “Cabrito

Assado; Sopa Seca (refeição que se come no carnaval); Chá 3 (bebida com três

ingredientes: folhas verdes; aguardente e açúcar), capão à Freamunde, Rochas da

Citânia, Brisas do Pilar e Doces do Calvário ”26, sendo a tradição do capão única no

país. O galo é capado em pequeno, crescendo assim, forte, com carne tenra e

suculenta. Antes de morrer o capão é embebedado em Vinho do Porto.

10.1.1. Benefícios do projecto para o concelho

A casa de Sá oferecerá em um só espaço um conjunto de ofertas complementares

ao alojamento, que será motivo de fixação dos turistas/visitantes por um período de

tempo superior, designadamente: piscina; Spa; picadeiro exterior; mini-golfe; espaço

polivalente para eventos; biblioteca; serviço de bar e refeições; entre outros. O

empreendimento turístico pretende com isto diferenciar-se e tornar a estada o mais

atractiva possível.

A abertura da Casa de Sá como empreendimento turístico, irá trazer benefícios

para a região, na medida que, há pouca oferta hoteleira no Concelho de Vizela: apenas

um hotel rural (Paço e Honra de Gominhães) e o Hotel termas de Vizela (ver tabela 3).

Tabela 3 - Oferta de alojamento no concelho de Vizela

Nome Tipologia Nº Quartos

Paço e Honra de Gominhães TR 11 + 2 aprt.

Hotel Termas Vizela Hotel ** 30

A Casa de Sá terá uma polivalência que é difícil encontrar em outros

empreendimentos turísticos, nomeadamente, irá oferecer condições para famílias e

condições para negócios e outros eventos, uma vez que, terá espaços dedicados a essas

duas vertentes. Será benéfico para a região, dado, que Caldas de Vizela e os municípios

25 Município de Guimarães; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

guimaraes.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=3051 26Município de Paços de Ferreira; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia; [on-line]; disponível em: http://www.cm-

pacosdeferreira.pt/VSD/PacosFerreira/vPT/Publica/OConcelho/Gastronomia/

24

envolventes possuem pólos industriais, e poderão encontrar na Casa de Sá meios para

realizarem negócios.

Na mesma propriedade poderá verificar-se aptidão ao segmento turismo cultural,

não só pela carga histórica que a casa e a família Sá possuem, mas também pela forte

componente literária que a casa transmite. Ao longo dos anos, a família Sá guardou

livros que, nos dias de hoje, são pequenos tesouros. Tesouros esses, que devem estar à

disposição e em exposição não só do hóspede, mas também da comunidade.

10.2. Concorrência

A concorrência consiste nos diversos produtores/vendedores que actuam no

mercado, através de diversos instrumentos para os vários compradores/utilizadores, de

forma, a que tenham rentabilidade do seu negócio. Analisar a concorrência é importante

dado que permite acompanhar os diferentes negócios do mesmo ramo.

Para analisar a concorrência do empreendimento turístico “Casa de Sá” é

preciso analisar os empreendimentos de Hotel Rural e de Turismo de Habitação, não só

do Concelho de Vizela, mas também, analisar os empreendimentos de Guimarães, de

Felgueiras e de Lousada, e ainda, de Paços de Ferreira.

Na tabela 4 é possível analisar a oferta de Turismo de Habitação e de Hotéis

Rurais no concelho de Vizela e nos concelhos circundantes.

Tabela 4 - Análise da concorrência

Nome Tipologia Preços/m Concelho

Paço e Honra de Gominhães TR 90 Vizela

Casa dos Pombais TH 75

Guimarães

Casa de Sezim TH 98

Paço de S. Cipriano TH 98

Quinta de Cima de Eiriz TR 57,5

Quinta de Corujeiras TR 65

Quinta da Moreira de Baixo TR 57,5

Paço de Pombeiro TH 97,5

Felgueiras Casa do Cotto TH 75

Quinta da Cela AT 80

Casa de Valdemar AT -

Quinta do Aves HR 62,5 Paços de Ferreira Quinta dos Sistelo TR -

25

Quinta do Pinheiro – Eco Resort HR 72,5

Hotel Rural Quinta da Vista Alegre HR 67,5

Casa de Rosende TR -

O Ramalhete TR 50

Quinta do Engenho TR -

Quinta de Paredes Alj. Eventos -

Casa de Juste AG -

Lousada Quinta de Cedovezas TR 40

Quinta da Longra TR 70

Quinta de Lourosa AG 70

Preço médio 72,12 €

O preço médio é obtido através da média dos preços de quarto single e duplo em

época alta. O nome dos estabelecimentos de alojamento, a sua tipologia e preços foram

obtidos através dos respectivos sites, dos sites das Câmaras Municipais dos concelhos

em que se inserem e, por vezes, de sites de reservas on-line.

Como podemos comprovar, existe pouca concorrência para a Casa de Sá no

concelho de Vizela, mas alguma nos concelhos limítrofes.

Em Caldas de Vizela, destaca-se o Hotel Rural Paço e Honra de Gominhães,

situado na Freguesia de S. João (Caldas de Vizela), sendo classificado como Imóvel de

Interesse Público.

Quanto a Lousada é de referir a “Quinta de Cedovezas e Quinta da Longra”27

situada em Santo Estevão de Barrosas, como exemplos de Turismo Rural.

Quanto a de Guimarães destaca-se para empreendimento de turismo de

habitação a “Casa dos Pombais, Paço de S. Cipriano, estando classificada como Imóvel

de Interesse Público e ainda a Casa de Sezim”28, sendo esta pertencente à Rota do Vinho

Verde. Já designado como Hotel Rural destacam-se os empreendimentos “Quinta de

Cima de Eiriz, Quinta de Corujeiras e Quinta da Moreira de Baixo”29.

27 Município de Lousada; (acedido em Junho de 2010); Turismo em Espaço Rural; [on-line]; disponível em:

http://www.cm-

lousada.pt/VSD/Lousada/vPT/Visitantes/Informa%C3%A7%C3%A3o+ao+Turista/Alojamento/turismo+espa%C3%A7o+rural.htm 28 Guimarães Turismo; (acedido em Junho de 2010); Turismo de Habitação; [on-line]; disponível em:

http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx 29 Guimarães Turismo; (acedido em Junho de 2010); Turismo no Espaço Rural; [on-line]; disponível em:

http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx

26

Relativamente a Felgueiras, destacam-se para Turismo de Habitação o “Paço de

Pombeiro e Casa do Cotto, já para Turismo Rural destacam-se Quinta da Cela e Casa de

Valdemar”30.

Quanto, ao Concelho de Paços de Ferreira, destacam-se como Hotéis Rurais, a

“Quinta do Aves, a Quinta do Pinheiro – Eco Resort, situada em Freamunde, o Hotel

Rural Quinta da Vista Alegre, situada em Freamunde. Já para Turismo de Habitação

pode-se mencionar, a Quinta dos Sistelo, a Casa de Rosende, o Ramalhete e a Quinta do

Engenho”31.

10.3. Plano de marketing

O plano de marketing é um tópico fundamental para o sucesso de um

investimento como o que se propõe neste projecto. De todos os aspectos que um plano

de marketing pode abranger, optamos por apenas desenvolver neste relatório o

Marketing Mix, pois abrange as variáveis mais importantes: produto, preço, promoção e

distribuição.

Toda a estratégia de marketing-mix tem de ser pensada como parte essencial à

realização do projecto e à obtenção de bons resultados. Podemos mesmo reforçar que

esta deve ser premeditada e analisada desde logo para ajudar a perceber a viabilidade do

projecto e os caminhos que se devem seguir para a obtenção de bons resultados.

10.3.1. Produto

O produto neste caso é substituído por serviços. Estes serviços juntos compõem

o que podemos chamar de produto total da Casa de Sá. Anteriormente já foi aqui falado

dos serviços de que a casa iria dispor de acordo com a proposta realizada. Assim, como

já foi dito, o principal serviço oferecido será o alojamento, o bar e as refeições, bem

como o aluguer do edifício preparado para eventos. Para além disso, existirá um serviço

de esplanada junto à piscina que trará mais comodidade aos hóspedes, piscina, sauna,

jacuzzi, bicicletas para serem utilizadas pelos hóspedes, um mini-golfe e um picadeiro

com boxes e, de inicio, dois cavalos. Todos estes serviços complementarão o “produto”

Casa de Sá e servirão para divertir, distrair e alegrar os hóspedes.

30 Município de Felgueiras; (acedido em Junho de 2010); Turismo em Espaço Rural; [on-line]; disponível em:

http://www.cmfelgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Visitantes/DirectorioMunicipal/Alojamento/TURISMOESPACORURAL.htm 31 Município de Paços de Ferreira; (acedido em Junho de 2010); Alojamento e Turismo de Habitação; [on-line]; disponível em:

http://www.cm-pacosdeferreira.pt/VSD/PacosFerreira/vPT/Publica/DirectorioMunicipal/Alojamento/alojamento.htm

27

10.3.2. Preço

O preço é algo que tem muita importância, isto porque, nos permitirá saber,

juntamente com o número de quartos, a viabilidade do investimento que se está a fazer.

Muita coisa se tem de ter em atenção na hora de definir preços, por um lado, a qualidade

do serviço que se quer prestar, por outro definir se se quer fazer uma distinção entre

época baixa e alta, entre outros aspectos que devem ser pensados e analisados. Neste

caso, optou-se por dividir os preços por época alta e época baixa, sendo que, a época

baixa vai de Outubro a Abril e a época alta de Maio a Setembro. Assim, os preços irão

dos 75€ aos 120€ em época baixa e entre os 90€ e os 150€ em época alta, conforme se

pode ver na tabela 5.

Tabela 5 - Proposta de Preços

Item Época Baixa

Época Alta

Quarto Single 75,00 € 90,00 €

Quarto Duplo 85,00 € 100,00 €

Suite 120,00 € 150,00 €

Cama Extra 20,00 € 30,00 €

Apartamento 110,00 € 130,00 €

P. Almoço 8,00 € 10,00 €

Meia Pensão 15,00 € 20,00 €

Pensão Completa 25,00 € 35,00 €

10.3.3. Promoção

A promoção é outra fase muito importante do plano de marketing, isto porque,

só com a estratégia de promoção adequada é que se conseguirá atingir quotas de

mercado que viabilizem o projecto. Para este projecto em especial pensou-se criar uma

página da internet que ao mesmo tempo que efectua a promoção do empreendimento

será também um meio de venda. Propõem-se ainda a criação de diversos programas

dinâmicos ao longo de todo o ano, apoio a eventos com contrapartida publicitária,

divulgação de informação para os meios de comunicação social sempre que possível,

28

criação de brochura e outro material de apoio à promoção, a existência de Sales calls

que poderão chamar público ao qual os restantes meios de promoção não chegam, apoio

a eventos de solidariedade social, utilização dos cenários do empreendimento para

produções fotográficas, organização de semanas temáticas, participação/realização de

workshops, utilização do CRM (costumer relationship manager) para fidelização dos

clientes, parcerias com várias organizações ligadas às artes como música, fotografia e

literatura em particular.

Todos estes aspectos e, outros que possam surgir no futuro, farão com que o

empreendimento seja bem promovido e são formas de cativar mais clientes, fidelizá-los

e levá-los a chamar outros possíveis clientes.

10.3.4. Distribuição

A distribuição diz respeito ao modo como as mercadorias, neste caso serviços,

são vendidos. É claro que neste tipo de negócio as vendas devem ser feitas através de

vários canais. Um deles é, evidentemente, ao balcão, ou seja, directamente na recepção

do alojamento. No entanto, não se podem resumir a isto, visto que irá ser feita uma

página na internet para promoção, esta deverá ser utilizada também para venda. Sendo a

internet uma ferramenta tão valiosa não se deve ficar apenas pela página do hotel e

deve-se tentar contactar com agentes on-line, sistemas de reservas de alojamento (por

exemplo, booking.com e outras). Devem ainda ser criados contratos e parcerias com

operadores turísticos que, assim, farão a distribuição junto de agências e outros

intermediários. Os protocolos com empresas são, neste caso, muito importantes dada a

aposta num espaço multiusos especialmente preparado para eventos, como reuniões,

seminários e conferências. Por outro lado a aposta em parcerias com empresas de

animação é também uma mais-valia pois poderão cativar turistas para o

empreendimento. Além destas opções podem ainda fazer-se acordos com agências de

viagens como parte de uma estratégia de distribuição que aposte na diversidade e

abrangência de meios como forma de chegar aos públicos-alvo.

29

11. Parcerias

As parcerias são mais um aspecto muito importante na vida de uma empresa.

Para o empreendimento Casa de Sá podemos destacar 3 tipos de parcerias:

• Parcerias para divulgação da própria empresa

• Parcerias com empresas e serviços para complementar a oferta

As parcerias para divulgação da própria empresa visam divulgar o

empreendimento e atrair potenciais clientes. Parcerias deste tipo podem ser

estabelecidas com empresas de publicidade, com empresas ou entidades públicas como

o Posto de Turismo, a Câmara Municipal e a Entidade Regional de Turismo do Porto e

Norte de Portugal ou com associações como a CENTER ou a TOPRURAL.

Quanto às parcerias com empresas para complementar a oferta podem ser

referentes a empresas de catering, para a vertente de negócios, com empresas de

animação turística, com restaurantes e bares, com estâncias termais, adegas, etc.

30

12. Conclusão

Ao longo deste projecto foram encontradas várias dificuldades e condicionantes,

que tornaram a sua realização mais complexa. Uma destas dificuldades, e que tomou

muito tempo, foi a inexistência de plantas da Casa de Sá. Apesar desta e de outras

dificuldades, a vontade de dar um uso digno à Casa de Sá mostrou-se suficiente para as

ultrapassar.

Alguns dos aspectos que mais influência tiveram em todo o processo foi não só

o imóvel estar em processo de classificação pelo IGESPAR, mas também a presença de

duas bibliotecas com exemplares de livros com interesse histórico e literário e que

tiveram importância na abordagem da Casa e de todo o projecto. Deste segundo facto

surge a sugestão da criação de uma Fundação com vista a preservar e valorizar estes

livros. Por este facto, a Casa de Sá pode atrair nichos de mercado, nomeadamente

turistas com interesse específico em literatura.

Também foi tida em conta a necessidade da criação de actividades dentro da

própria quinta devido à sua escassez no concelho de Vizela. Estas actividades serão um

atractivo para os possíveis hóspedes mas também factor de diferenciação da restante

concorrência. De referir que o projecto da Casa de Sá poderá ser importante para o

concelho de Vizela a vários níveis, por exemplo, para que as Termas das Caldas de

Vizela voltem a abrir, pois poderá ser um chamariz para mais turistas e termalistas.

Tendo em conta os aspectos económico-financeiros, podemos afirmar que o

projecto da Casa de Sá representa um investimento significativo mas meritório, devido à

importância que pode ter no concelho de Vizela e à singularidade do próprio edifício.

Devido ao elevado montante de investimento necessário, e tendo em conta a previsão de

resultados, prevê-se que o projecto Casa de Sá enfrentará uma situação frágil do ponto

de vista financeiro nos primeiros anos de exercício. Assim, o seu sucesso dependerá em

grande parte da qualidade dos seus recursos humanos, em especial dos seus gestores.

Por fim, e tendo em conta todo o projecto e elementos presentes neste relatório

considera-se que o projecto da Casa de Sá é ambicioso e apresenta algumas

condicionantes mas é sugestão do grupo que este pode reunir as condições necessárias a

tornar-se um projecto viável e com muito interesse do ponto de vista turístico.

31

13. Bibliografia

• Associação Bandeira Azul da Europa (acedido em Julho de 2010), Programa

Chave Verde; [on-line]; disponível em:

http://www.abae.pt/programa/ChaveVerde/oque.php

• Câmara Municipal de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Visitas Guiadas; [on-

line]; disponível em: http://www.cm-vizela.pt/index.php?/turismo/i117-visitas-guiadas

• Câmara Municipal de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Alojamento; [on-

line]; disponível em: http://www.cm-vizela.pt/index.php?/turismo/i114-alojamento

• Câmara Municipal de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Caves do Casalinho;

[on-line]; disponível em: http://www.cm-vizela.pt/index.php?/turismo/i112-caves-

casalinho

• Decreto Lei. Nº 39/2008. D.R. Iª Série nº48 (07-03-2008)

• Guimarães turismo; (acedido em Junho de 2010); Percursos; [on-line];

disponível em: http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx

• IGESPAR; (acedido em Junho de 2010); Casa de Sá, portão armoriado, capela

de Santa Ana, dependências anexas, terreiro e jardim; [on-line]; disponível em:

http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/156070/

• Instituto Nacional de Estatística (2008), Estatísticas do Turismo, INE

• Município de Felgueiras; (acedido em Junho de 2010); Turismo em Espaço

Rural; [on-line]; disponível em:

http://www.cmfelgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Visitantes/DirectorioMunicipal/Aloja

mento/TURISMOESPACORURAL.htm

• Município de Felgueiras; (acedido em Junho de 2010); Calçadas

romanas/caminhos medievais; [on-line]; disponível em:

http://www.cm-

felgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Visitantes/OConcelho/PontosInteress/

• Município de Felgueiras; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia; [on-line];

disponível em:

http://www.cm-felgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Visitantes/OConcelho/Gastronomia/

• Município de Felgueiras; (acedido em Junho de 2010); Felgueiras + positiva;

[on-line]; disponível em:

http://www.cm-felgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Visitantes/OConcelho/Apresentacao/

32

• Município de Guimarães; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia; [on-line];

disponível em: http://www.cm-guimaraes.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=3051

• Município de Lousada; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia típica do

Concelho de Lousada; [on-line]; disponível em:

http://www.cm-lousada.pt/VSD/Lousada/vPT/Publica/O+Concelho/Gastronomia/

• Município de Lousada; (acedido em Junho de 2010); Concelho de Lousada; [on-

line]; disponível em:

http://www.cm-lousada.pt/VSD/Lousada/vPT/Publica/O+Concelho/Apresentacao/

• Município de Lousada; (acedido em Junho de 2010); Concelho de Lousada; [on-

line]; disponível em:

http://www.cm-lousada.pt/VSD/Lousada/vPT/Publica/O+Concelho/Apresentacao/

• Município de Paços de Ferreira; (acedido em Junho de 2010); Alojamento e

Turismo de Habitação; [on-line]; disponível em:

http://www.cm-

pacosdeferreira.pt/VSD/PacosFerreira/vPT/Publica/DirectorioMunicipal/Alojamento/al

ojamento.htm

• Município de Paços de Ferreira; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia; [on-

line]; disponível em:

http://www.cm-

pacosdeferreira.pt/VSD/PacosFerreira/vPT/Publica/OConcelho/Gastronomia/

• Municipio de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Gastronomia; [on-line];

disponível em: http://www.cm-vizela.pt/index.php?/turismo/i110-gastronomia

• Municipio de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Pontos de interesse turístico

e cultural; [on-line]; disponível em: http://www.cm-vizela.pt/index.php?/turismo/i105-

pontos-de-interesse-turastico-e-cultural

• Municipio de Vizela; (acedido em Junho de 2010); Vizela – um concelho a

descobrir; [on-line]; disponível em: http://www.cm-vizela.pt/index.php?/turismo/i104-

avizela-um-concelho-a-descobrira

• Pacheco, Maria José; (2007); das margens do Vizela Memórias, Editorial

Magnólia, s.l.; pp.473-475,

• Pacheco, Maria José; Avialia - Antologia sobre Vizela e o seu termo; Brasília

Editora; Porto; 1984; pp.82-86.

33

• Pinto, Dr. Ricardo Santos; Vizela - 600 anos de história; edição Própria; Julho

1988; pp.74-77.

• Portaria nº1356/2008. D.R Iª Série nº 232 (28-11-2008)

• Portaria nº 1403/2002. D.R. Iª Série B nº 250 (29-10-2002)

• Portaria nº 937/2008. D.R. Iª Série nº 160 (20-08-2008)

• Portaria nº 326/2008. D.R. Iª Série nº 82 (28-04-2008)

• PRODER (s.d.), PRODER - Classificação das Freguesias do Continente em

Rurais e Não Rurais, s.e., p. 1-81

• Turismo de Portugal; (acedido em Junho de 2010); Empresas de animação

turística licenciadas; [on-line]; disponível em:

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/AreasActividade/qualificacaoofert

a/classificacaoequalidade/ofertaturisticaclassificada/Anexos/Abril_2009.pdf

• Turismo de Portugal; (acedido em Junho de 2010); Empresas de animação

turística licenciadas; [on-line]; disponível em:

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/AreasActividade/qualificacaoofert

a/classificacaoequalidade/ofertaturisticaclassificada/Anexos/Abril_2009.pdf

• Turismo de Portugal, Lisboa (2009), Ocupação em empreendimentos turísticos,

Turismo de Portugal, IP

• Turismo de Portugal; (acedido em Junho de 2010); QREN - Sistema de

Incentivos à Inovação; [on-line]; disponível em:

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/AreasActividade/ApoioaoInvesti

mento/Pages/QREN-SistemadeIncentivosaInovacao.aspx

Índice de Apêndices e Anexos

14. Anexos .................................................................................................................... I

Anexo 1 – Página do Igespar sobre a Casa de Sá ............................................................. II

15. Apêndices ............................................................................................................ IV

Apêndice 1: Plantas actuais da Casa de Sá ....................................................................... V

1.1 – Planta de Rés-do-chão ......................................................................................... V

1.2 – Planta do 1º Piso ................................................................................................ VI

1.3 – Planta do 2º Piso ............................................................................................... VII

Apêndice 2: Plantas da proposta para a Casa de Sá ..................................................... VIII

2.1 – Planta do Rés-do-Chão .................................................................................... VIII

2.2 – Planta do 1º Piso ................................................................................................ IX

2.3 – Planta do 2º Piso .................................................................................................. X

2.4 – Planta da sede da Fundação da Casa de Sá e entrada principal da Casa ............. X

2.5 – Vista geral da Quinta (2 imagens) ..................................................................... XI

Apêndice 3: Proposta de estatutos para a Fundação da Casa de Sá .............................. XII

Apêndice 4: Rubricas de investimento ...................................................................... XVIII

4.1 – Cenário de Turismo de Habitação com 15 quartos....................................... XVIII

4.2 – Cenário de Hotel Rural com 20 quartos ......................................................... XIX

Apêndice 5: Previsão de Vendas ................................................................................... XX

5.1 – Turismo de Habitação com 15 quartos ............................................................. XX

5.2 – Hotel Rural com 20 quartos .......................................................................... XXIII

Apêndice 6: Plano de Financiamento ....................................................................... XXVI

6.1 – Cenário de Turismo de Habitação com 15 quartos...................................... XXVI

6.2 – Cenário de Hotel Rural com 20 quartos ..................................................... XXVII

I

14. Anexos

II

Anexo 1 – Página do IGESPAR sobre a Casa de Sá

Casa de Sá, portão armoriado, capela de Santa Ana, dependências anexas, terreiro e jardim - detalhe

Designação

Designação Casa de Sá, portão armoriado, capela de Santa Ana, dependências anexas, terreiro e jardim Outras Designações - Categoria / Tipologia / Casa Inventário Temático -

Localização

Divisão Administrativa Vizela Endereço / Local

Estrada Vizela-Felgueiras Barrosas ( Santa Eulália ) 0000 000 -

Protecção

Situação Actual Em Vias de Classificação Categoria de Protecção Em Vias de Classificação (com Despacho de Abertura) Decreto Despacho de abertura de 2-10-1995 ZEP - Zona "non aedificandi" - Abrangido em ZEP ou ZP - Património Mundial -

Descrições

Nota Histórico-Artistica

III

A data de fundação da Casa de Sá permanece desconhecida, embora se situe possivelmente entre os últimos anos do século XVI e meados do século XVII. O seu núcleo original corresponde ao que actualmente é o corpo central do frontispício. O edifício foi ampliado no século XVIII, adquirindo então a sua forma actual, e os jardins da casa foram plantados no século XIX. Desde a sua fundação a Casa de Sá foi o centro de produção agrícola, e a partir de 1802 obteve alvará régio para construir na quinta uma fábrica de papel, que na época das Invasões Francesas foi destruída pelas tropas napoleónicas. A casa, de planta rectangular, destaca-se pela disposição horizontal, com dois corpos laterais mais salientes e o frontão a coroar o corpo central, marcando a entrada dentro do palacete. As fachadas dividem-se em três registos, sendo o último uma mansarda. Junto à casa foi edificada uma capela dedicada a Santa Ana. Catarina Oliveira GIF/IPPAR/200632

32 http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/156070/

IV

15. Apêndices

V

Apêndice 1: Plantas actuais da Casa de Sá

1.1 – Planta de Rés-do-chão

VI

1.2 – Planta do 1º Piso

VII

1.3 – Planta do 2º Piso

VIII

Apêndice 2: Plantas da proposta para a Casa de Sá

2.1 – Planta do Rés-do-Chão

IX

2.2 – Planta do 1º Piso

X

2.3 – Planta do 2º Piso

2.4 – Planta da sede da Fundação da Casa de Sá e entrada principal da Casa

XI

2.5 – Vista geral da Quinta (2 imagens)

XII

Apêndice 3: Proposta de estatutos para a Fundação da Casa de Sá Estatutos

Capitulo I

Natureza, sede e fins

Artigo 1º

Denominação

1 – A Fundação denomina-se Casa de Sá e é adiante designada por Fundação.

Artigo 2º

Natureza e duração

1 – A Fundação é uma pessoa colectiva e de direito privado, que se rege pelos

presentes estatutos e subsidiariamente pela legislação aplicável, tendo duração indeterminada.

Artigo 3º

Sede

1 – A Fundação tem a sua sede no concelho de Vizela.

Artigo 4º

Fins

1 – A Fundação tem por fim contribuir para o desenvolvimento cultural do concelho

de Vizela, através da salvaguarda do património.

2 – A Fundação terá como principal fim, a recuperação de diverso material, na sua

maioria literário, proveniente da Casa de Sá.

Artigo 5º

Actividades

1 – A Fundação poderá desenvolver todas e quaisquer actividades relacionadas com a

sua finalidade, bem como, praticar todos os actos necessários à gestão do seu património.

2 – A Fundação poderá dedicar-se a actividades lucrativas que facilitem e apoiem os

seus fins.

3 – A Fundação poderá celebrar protocolos com outras entidades públicas ou privadas,

inclusive, com vista à recuperação, salvaguarda e preservação do património literário.

Capitulo II

Regime Patrimonial e Financeiro

XIII

Artigo 6º

Património

1 – Constitui património da Fundação:

a) Todas as obras literárias provenientes da Casa de Sá;

b) Um fundo inicial próprio no valor da contribuição de todos os

fundadores;

c) O valor das contribuições, subsídios, donativos de entidades públicas e

privadas, nacionais e estrangeiras;

d) Quaisquer outros subsídios, contribuições ou donativos que sejam

atribuídos pelas contrapartidas financeiros no âmbito de acordos, protocolos ou

qualquer outro tipo de contratos com entidades nacionais e estrangeiras;

e) Todos os bens móveis ou imóveis que a Fundação adquirir por compra,

doação, herança, legado ou por qualquer outro título;

f) Donativos que receber de modo regular ou ocasional;

g) Receitas dos serviços que venha a prestar ou a venda de qualquer tipo

de publicação que venha a editar pelo rendimento dos direitos que venha a ser

detentora;

h) Pelas receitas provenientes de aplicações financeiras.

Artigo 7º

Autonomia Financeira

1 – A Fundação goza de total autonomia financeira.

2 – No exercício da sua actividade a Fundação pode:

a) Adquirir, alienar, onerar a qualquer título, bens móveis ou imóveis;

b) Aceitar quaisquer doações, heranças ou legados;

c) Negociar e contrair empréstimos e conceder garantias;

d) Realizar investimentos.

3 – No caso das doações, heranças ou legados estarem sujeitos a qualquer condição ou

encargo, a sua aceitação depende da compatibilidade destes, com fins da Fundação.

Capitulo III

Organização e Funcionamento

Secção I

XIV

Artigo 8º

Órgãos da Fundação

1 – São órgãos da Fundação:

a) Conselho de Fundadores e Beneméritos;

b) Conselho de administração;

c) Conselho fiscal.

Secção II

Conselho de Fundadores e Beneméritos

Artigo 9º

Composição

1 – O Conselho de Fundadores e Beneméritos é constituído por:

a) Os instituidores do fundo inicial próprio da Fundação;

b) Os Beneméritos.

2 – É considerado fundador a pessoa singular ou colectiva que, à altura da constituição

da Fundação tenha contribuído para o seu capital social.

3 – É considerado Benemérito a pessoa singular ou colectiva, cujo contributo para o

património da Fundação seja igual, ou superior a 2500€ (dois mil e quinhentos euros) ou que,

pelo seu contributo excepcional para os objectivos da Fundação seja aceite por deliberação do

Conselho de Fundadores e do Conselho de Administração.

Artigo 10º

Competência

1 – Compete ao Conselho de Fundadores e Beneméritos:

a) Garantir a manutenção dos princípios da Fundação;

b) Dar parecer sobre as orientações genéricas que hão-de presidir à

actividade da Fundação, bem como, pronunciar-se sobre as questões específicas que

lhe sejam submetidas pelo Conselho de Administração;

c) Apresentar sugestões e fazer remunerações relativamente às actividades

da Fundação;

d) Eleger quatro membros do Conselho de Administração;

e) Eleger três membros do Conselho Fiscal.

Artigo 11º

Funcionamento

XV

1 – O Conselho de Fundadores e Beneméritos reunirá semestralmente e, além disso,

sempre que o Presidente do Conselho de Administração o solicite;

2 – As deliberações são tomadas por maioria simples de votos validamente expressos;

3 – Os membros do conselho elegerão entre si o Presidente e o Vice-Presidente a

quem compete dirigir as reuniões.

4 – As pessoas colectivas serão representadas nas reuniões do Conselho por uma

pessoa devidamente mandatada por carta, dirigida ao respectivo Presidente;

5 – As convocatórias para as reuniões serão efectuadas com antecedência mínima de

dez dias.

Secção III

Conselho de Administração

Artigo 12º

Composição e mandato

1 – O Conselho de Administração é composto por 7 membros, sendo três designados

pela Câmara e quatro eleitos pelo Conselho de Fundadores e Beneméritos.

2 – Os membros do Conselho de Administração elegerão entre eles um Presidente e

um Vice-Presidente.

3 – O mandato dos membros do Conselho de Administração é de dois anos

renováveis.

Artigo 13º

Competências

1 – Ao Conselho de Administração cabem os poderes de gestão da Fundação e da

realização dos fundos estatuários.

2 – Para a execução do disposto no número anterior, compete, nomeadamente, ao

Conselho de Administração:

a) Definir e estabelecer a politica de actividade da Fundação;

b) Discutir e aprovar o orçamento e plano de actividades da Fundação;

c) Discutir e aprovar o balanço anual e as contas de cada exercício;

d) Praticar todos os actos relativos à admissão de pessoal e gestão do

pessoal;

e) Definir organização interna da Fundação;

f) Administrar o património da Fundação cabendo-lhe deliberar sobre a

aquisição, alienação ou oneração de bens ou seu aluguer, arrendamento ou cessão;

XVI

g) Negociar e contrair empréstimos e conceber garantias;

h) Aceitar as doações, heranças ou legados atribuídos à Fundação;

i) Representar a Fundação em juízo e fora dele.

Artigo 14º

Funcionamento

1 – O Conselho de Administração reunirá ordinariamente de dois em dois meses e

extraordinariamente sempre que o Presidente o convocar.

2 – As deliberações do Conselho serão tomadas por maioria simples de votos, cabendo

ao Presidente o voto de qualidade e o direito de suspender as que considera contrárias aos

interesses da Fundação.

3 – Quando o Presidente exercer o direito referido no número anterior, ficará a

deliberação sujeita à ratificação do Conselho de Fundadores e Beneméritos.

4 – O Conselho de Administração só poderá tomar deliberações, desde quie, estejam

presentes pelo menos 50% dos seus membros.

Artigo 15º

Remunerações

1 – Os membros do Conselho de Administração não são remunerados;

2 – As remunerações do pessoal da Fundação serão fixadas pelo Conselho de

Administração, bem como, o tipo de contrato de trabalho.

Secção IV

Conselho Fiscal

Artigo 16º

Composição

1 – O Conselho Fiscal é constituído por:

a) Um elemento designado pelo Conselho de Administração;

b) Um elemento designado pelo Conselho de Fundadores;

c) Um revisor oficial de contas ou um técnico de contas a designar pelo

Conselho de Administração.

2 – O mandato dos membros do Conselho Fiscal será de dois anos, renováveis.

Artigo 17º

Competências

1 – Compete ao Conselho Fiscal:

XVII

a) Verificar se a aplicação das receitas da Fundação se realizou em

harmonia com os fins estatuários;

b) Examinar periodicamente a regularidade da escrituração da Fundação;

c) Dar parecer sobre as remunerações dos titulares dos órgãos da

Fundação;

d) Exercer a fiscalização sobre a escrituração e documentos da instituição

sempre que o julgue conveniente;

e) Dar parecer sobre relatórios, contas e orçamentos e sobre todos os

assuntos que o Conselho de Administração submeter à sua apreciação.

Artigo 18º

Funcionamento

1 – O Conselho Fiscal reúne ordinariamente uma vez por trimestre e as suas

deliberações são tomadas por maioria simples.

2 – O Conselho Fiscal poderá requerer reuniões com o Conselho de Administração

sempre que o ache necessário para o exercício das suas funções.

Capitulo IV

Modificação dos estatutos e extinção da Fundação

Artigo 19º

Modificação dos estatutos

1 – Os presentes estatutos poderão ser alterados por deliberação do Conselho de

Administradores e do Conselho de Fundadores e Beneméritos.

2 – A proposta de alteração terá de ser pedida pelo Presidente do Conselho de

Administradores.

3 – As alterações só poderão ser efectuadas mediante maioria de dois terços dos votos,

validamente expressos, do Conselho de Administradores e do Conselho de Fundadores e

Beneméritos.

Artigo 20º

Extinção da Fundação

1 – Em caso de extinção, o património da Fundação terá o destino que, por deliberação

do Conselho de Fundadores e Beneméritos, for julgada mais conveniente para a prossecução

dos fins para que foi instituída, sem prejuízo do estipulado na lei.

Capitulo V

Disposições gerais e transitórias

XVIII

Artigo 21º

Constituição inicial dos órgãos

1 – O Conselho de Administração será constituído no prazo de 30 dias a contar da data

do reconhecimento da Fundação.

Artigo 22º

Conselho Fiscal

1 – Os membros do Conselho Fiscal deverão ser designados no prazo de 60 dias a

contar da data do reconhecimento da Fundação.

Apêndice 4: Rubricas de investimento

4.1 – Cenário de Turismo de Habitação com 15 quartos

Designação Montante

Terreno e edifício 0,00 €

Infra-estruturas exteriores 1.121.346,46 €

Construção Civil 1.800.000,00 €

Equipamentos 92.669,39 €

Equipamento Hoteleiro Geral 208.688,36 €

Investimento em capital fixo incorpóreo

359.237,00 €

Investimento em fundo de maneio 0,00 €

TOTAL 3.581.941,21€

XIX

4.2 – Cenário de Hotel Rural com 20 quartos

Designação Hotel Rural

Terreno e edifício 0,00 €

Infra-estruturas exteriores 1.121.346,46 €

Construção Civil 2.000.000 €

Equipamentos 92.669,39 €

Equipamento Hoteleiro Geral 208.688,36 €

Investimento em capital fixo incorpóreo

359.237,00 €

Investimento em fundo de maneio 0,00 €

TOTAL 3.881.941,21 €

XX

Apêndice 5: Previsão de Vendas

5.1 – Turismo de Habitação com 15 quartos Proveitos de exploração previsionais da empresa (com realização do projecto)

Componentes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Alojamento

Nº meses funcionamento 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

Nº meses época alta 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4

Nº meses época baixa 9 9 9 9 9 9 8 8 8 8 8 8

Taxa ocupação época alta 50% 52% 54% 56% 58% 60% 64% 66% 66% 66% 66% 66%

Taxa ocupação época baixa 23% 27% 30% 32% 34% 36% 38% 40% 40% 40% 40% 40%

Taxa ocupação média 30,0% 33,0% 36,0% 38,0% 40,0% 42,0% 47,0% 49,0% 49,0% 49,0% 49,0% 49,0%

Nº dias funcionamento 110 120 131 139 146 153 172 179 179 179 179 179

Nº quartos 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

Nº suites 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

Preço / quarto (sem IVA)

época alta 100,00 102,00 104,04 106,12 108,24 110,41 112,62 114,87 117,17 119,51 121,90 124,34

época baixa 85,00 86,70 88,43 90,20 92,01 93,85 95,72 97,64 99,59 101,58 103,61 105,69

Descontos por segmento

OT 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20%

empresas 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

Balcão 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Peso das vendas por segmento

OT 10% 15% 20% 20% 25% 25% 30% 30% 30% 30% 30% 30%

empresas 12% 15% 20% 20% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25%

Balcão 78% 70% 60% 60% 50% 50% 45% 45% 45% 45% 45% 45%

Preço médio / quarto

sem IVA 85,38 85,77 86,56 87,59 87,66 89,41 91,47 93,30 95,17 97,07 99,01 100,99

sem IVA formulário 85,00 86,00 87,00 88,00 88,00 89,00 91,00 93,00 95,00 97,00 99,00 101,00

XXI

com IVA 89,25 90,30 90,89 91,97 92,04 93,88 96,05 97,97 99,93 101,92 103,96 106,04

taxa crescimento preço 0,0% 0,0% 1,2% 1,1% 0,0% 1,1% 2,2% 2,2% 2,2% 2,1% 2,1% 2,0%

Preço / suite (sem IVA)

época alta 150,00 153,00 156,06 159,18 162,36 165,61 168,92 172,30 175,75 179,26 182,85 186,51

época baixa 120,00 122,40 124,85 127,34 129,89 132,49 135,14 137,84 140,60 143,41 146,28 149,20

Preço médio / suite

sem IVA 122,66 123,22 123,37 125,83 125,93 128,45 132,13 134,77 137,46 140,21 143,02 145,88

com IVA 128,79 129,38 129,53 132,12 132,23 134,88 138,73 141,51 144,34 147,22 150,17 153,17

Vendas

Quartos 111.690,0 124.304,4 136.487,8 145.783,9 153.580,5 164.484,7 188.305,4 200.244,7 204.249,6 208.334,6 212.501,3 216.751,3

Total 151.982,2 168.830,8 185.118,5 198.142,9 208.739,7 223.560,2 256.304,5 272.555,3 278.006,4 283.566,6 289.237,9 295.022,7

Restauração

Clientes alojamento

nº dormidas / ano 3.285 3.614 3.942 4.161 4.380 4.599 5.147 5.366 5.366 5.366 5.366 5.366

estada média (nº dias) 2,0 2,0 2,0 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 3,0

nº hóspedes / ano 1.643 1.807 1.971 1.664 1.752 1.840 2.059 2.146 2.146 2.146 2.146 1.789

nº dias funcionamento 110 120 131 139 146 153 172 179 179 179 179 179

nº hóspedes / dia 10 15 15 18 18 20 20 25 25 30 30 30

taxa utilização 30% 33% 35% 40% 45% 45% 45% 45% 45% 45% 45% 45%

nº refeições / ano 330 594 688 1.001 1.183 1.377 1.548 2.014 2.014 2.417 2.417 2.417

preço refeição (sem IVA) 12,50 12,75 13,01 13,27 13,53 13,80 14,08 14,36 14,65 14,94 15,24 15,54

preço médio refeição (com IVA) 14,00 14,28 14,57 22,40 15,15 15,46 15,77 16,08 16,40 16,73 17,07 17,41

vendas anuais 4.290,0 7.722,0 8.940,8 13.010,4 16.556,4 19.278,0 21.672,0 28.192,5 30.206,3 36.247,5 36.247,5 38.664,0

Bares

Clientes alojamento

taxa utilização 35% 35% 37% 39% 43% 45% 48% 50% 55% 55% 55% 55%

nº hóspedes cl. / dia 10 15 15 18 18 20 20 25 25 280 286 292

nº refeições / ano 3.650 5.475 5.475 6.570 6.570 7.300 7.300 9.125 9.125 9.125 9.125 9.125

XXII

preço médio refeição (incl. IVA) 3,00 3,06 3,12 3,18 3,25 3,31 3,38 3,45 3,51 3,59 3,66 3,73

preço médio refeição (sem IVA) 2,68 2,73 2,79 2,84 2,90 2,96 3,02 3,08 3,14 3,20 3,27 3,33

vendas anuais 9.776,8 14.958,5 15.257,7 18.675,4 19.048,9 21.588,7 22.020,5 28.076,1 28.637,7 29.210,4 29.794,6 30.390,5

Total 9.776,8 14.958,5 15.257,7 18.675,4 19.048,9 21.588,7 22.020,5 28.076,1 28.637,7 29.210,4 29.794,6 30.390,5

Alugueres

nº salas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

nº alugueres / mês / sala 2 4 6,0 8 9 9 9 9 9 9 9 10

preço médio utilização (incl. IVA) 1.000,00 1.200,00 1.300,00 1.400,00 1.428,00 1.456,56 1.485,69 1.515,41 1.545,71 1.576,63 1.608,16 1.640,32

preço médio utilização (sem IVA) 833,33 1.000,00 1.083,00 1.167,00 1.190,00 1.214,00 1.238,08 1.262,84 1.288,09 1.313,86 1.340,13 1.366,94

vendas anuais 20.000,0 48.000,0 77.976,0 112.032,0 128.520,0 131.112,0 133.712,2 136.386,5 139.114,2 141.896,5 144.734,4 164.032,3

Total 20.000,0 48.000,0 77.976,0 112.032,0 128.520,0 131.112,0 133.712,2 136.386,5 139.114,2 141.896,5 144.734,4 164.032,3

Resumo

Alojamento 151.982,2 168.830,8 185.118,5 198.142,9 208.739,7 223.560,2 256.304,5 272.555,3 278.006,4 283.566,6 289.237,9 295.022,7

Restauração 4.290,0 7.722,0 8.940,8 13.010,4 16.556,4 19.278,0 21.672,0 28.192,5 30.206,3 36.247,5 36.247,5 38.664,0

Bares 9.776,8 14.958,5 15.257,7 18.675,4 19.048,9 21.588,7 22.020,5 28.076,1 28.637,7 29.210,4 29.794,6 30.390,5

Salas 20.000,0 48.000,0 77.976,0 112.032,0 128.520,0 131.112,0 133.712,2 136.386,5 139.114,2 141.896,5 144.734,4 164.032,3

volume negócios 186.049,0 239.511,3 287.292,9 341.860,7 372.864,9 395.538,9 433.709,2 465.210,4 475.964,5 490.920,9 500.014,4 528.109,5

XXIII

5.2 – Hotel Rural com 20 quartos Proveitos de exploração previsionais da empresa (com realização do projecto)

Componentes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023

Alojamento

Nº meses funcionamento 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

Nº meses época alta 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4

Nº meses época baixa 9 9 9 9 9 9 8 8 8 8 8 8

Taxa ocupação época alta 50% 52% 54% 56% 58% 60% 64% 66% 66% 66% 66% 66%

Taxa ocupação época baixa 23% 27% 30% 32% 34% 36% 38% 40% 40% 40% 40% 40%

Taxa ocupação média 30,0% 33,0% 36,0% 38,0% 40,0% 42,0% 47,0% 49,0% 49,0% 49,0% 49,0% 49,0%

Nº dias funcionamento 110 120 131 139 146 153 172 179 179 179 179 179

Nº quartos 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

Nº suites 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

Preço / quarto (sem IVA)

época alta 100,00 102,00 104,04 106,12 108,24 110,41 112,62 114,87 117,17 119,51 121,90 124,34

época baixa 85,00 86,70 88,43 90,20 92,01 93,85 95,72 97,64 99,59 101,58 103,61 105,69

Descontos por segmento

OT 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20%

empresas 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

Balcão 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Peso das vendas por segmento

OT 10% 15% 20% 20% 25% 25% 30% 30% 30% 30% 30% 30%

empresas 12% 15% 20% 20% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25%

Balcão 78% 70% 60% 60% 50% 50% 45% 45% 45% 45% 45% 45%

Preço médio / quarto

sem IVA 85,38 85,77 86,56 87,59 87,66 89,41 91,47 93,30 95,17 97,07 99,01 100,99

sem IVA formulário 85,00 86,00 87,00 88,00 88,00 89,00 91,00 93,00 95,00 97,00 99,00 101,00

com IVA 89,25 90,30 90,89 91,97 92,04 93,88 96,05 97,97 99,93 101,92 103,96 106,04

taxa crescimento preço 0,0% 0,0% 1,2% 1,1% 0,0% 1,1% 2,2% 2,2% 2,2% 2,1% 2,1% 2,0%

XXIV

Preço / suite (sem IVA)

época alta 150,00 153,00 156,06 159,18 162,36 165,61 168,92 172,30 175,75 179,26 182,85 186,51

época baixa 120,00 122,40 124,85 127,34 129,89 132,49 135,14 137,84 140,60 143,41 146,28 149,20

Preço médio / suite

sem IVA 122,66 123,22 123,37 125,83 125,93 128,45 132,13 134,77 137,46 140,21 143,02 145,88

com IVA 128,79 129,38 129,53 132,12 132,23 134,88 138,73 141,51 144,34 147,22 150,17 153,17

Vendas

Quartos 111.690,0 124.304,4 136.487,8 145.783,9 153.580,5 164.484,7 188.305,4 200.244,7 204.249,6 208.334,6 212.501,3 216.751,3

Total 151.982,2 168.830,8 185.118,5 198.142,9 208.739,7 223.560,2 256.304,5 272.555,3 278.006,4 283.566,6 289.237,9 295.022,7

Restauração

Clientes alojamento

nº dormidas / ano 3.285 3.614 3.942 4.161 4.380 4.599 5.147 5.366 5.366 5.366 5.366 5.366

estada média (nº dias) 2,0 2,0 2,0 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 3,0

nº hóspedes / ano 1.643 1.807 1.971 1.664 1.752 1.840 2.059 2.146 2.146 2.146 2.146 1.789

nº dias funcionamento 110 120 131 139 146 153 172 179 179 179 179 179

nº hóspedes / dia 10 15 15 18 18 20 20 25 25 30 30 30

taxa utilização 30% 33% 35% 40% 45% 45% 45% 45% 45% 45% 45% 45%

nº refeições / ano 330 594 688 1.001 1.183 1.377 1.548 2.014 2.014 2.417 2.417 2.417

preço refeição (sem IVA) 12,50 12,75 13,01 13,27 13,53 13,80 14,08 14,36 14,65 14,94 15,24 15,54

preço médio refeição (com IVA) 14,00 14,28 14,57 22,40 15,15 15,46 15,77 16,08 16,40 16,73 17,07 17,41

vendas anuais 4.290,0 7.722,0 8.940,8 13.010,4 16.556,4 19.278,0 21.672,0 28.192,5 30.206,3 36.247,5 36.247,5 38.664,0

Bares

Clientes alojamento

taxa utilização 35% 35% 37% 39% 43% 45% 48% 50% 55% 55% 55% 55%

nº hóspedes cl. / dia 10 15 15 18 18 20 20 25 25 280 286 292

nº refeições / ano 3.650 5.475 5.475 6.570 6.570 7.300 7.300 9.125 9.125 9.125 9.125 9.125

preço médio refeição (incl. IVA) 3,00 3,06 3,12 3,18 3,25 3,31 3,38 3,45 3,51 3,59 3,66 3,73

preço médio refeição 2,68 2,73 2,79 2,84 2,90 2,96 3,02 3,08 3,14 3,20 3,27 3,33

XXV

(sem IVA)

vendas anuais 9.776,8 14.958,5 15.257,7 18.675,4 19.048,9 21.588,7 22.020,5 28.076,1 28.637,7 29.210,4 29.794,6 30.390,5

Total 9.776,8 14.958,5 15.257,7 18.675,4 19.048,9 21.588,7 22.020,5 28.076,1 28.637,7 29.210,4 29.794,6 30.390,5

Alugueres

nº salas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

nº alugueres / mês / sala 2 4 6,0 8 9 9 9 9 9 9 9 10

preço médio utilização (incl. IVA) 1.000,00 1.200,00 1.300,00 1.400,00 1.428,00 1.456,56 1.485,69 1.515,41 1.545,71 1.576,63 1.608,16 1.640,32

preço médio utilização (sem IVA) 833,33 1.000,00 1.083,00 1.167,00 1.190,00 1.214,00 1.238,08 1.262,84 1.288,09 1.313,86 1.340,13 1.366,94

vendas anuais 20.000,0 48.000,0 77.976,0 112.032,0 128.520,0 131.112,0 133.712,2 136.386,5 139.114,2 141.896,5 144.734,4 164.032,3

Total 20.000,0 48.000,0 77.976,0 112.032,0 128.520,0 131.112,0 133.712,2 136.386,5 139.114,2 141.896,5 144.734,4 164.032,3

Resumo

Alojamento 151.982,2 168.830,8 185.118,5 198.142,9 208.739,7 223.560,2 256.304,5 272.555,3 278.006,4 283.566,6 289.237,9 295.022,7

Restauração 4.290,0 7.722,0 8.940,8 13.010,4 16.556,4 19.278,0 21.672,0 28.192,5 30.206,3 36.247,5 36.247,5 38.664,0

Bares 9.776,8 14.958,5 15.257,7 18.675,4 19.048,9 21.588,7 22.020,5 28.076,1 28.637,7 29.210,4 29.794,6 30.390,5

Salas 20.000,0 48.000,0 77.976,0 112.032,0 128.520,0 131.112,0 133.712,2 136.386,5 139.114,2 141.896,5 144.734,4 164.032,3

volume negócios 186.049,0 239.511,3 287.292,9 341.860,7 372.864,9 395.538,9 433.709,2 465.210,4 475.964,5 490.920,9 500.014,4 528.109,5

XXVI

Apêndice 6: Plano de Financiamento

6.1 – Cenário de Turismo de Habitação com 15 quartos

XXVII

6.2 – Cenário de Hotel Rural com 20 quartos