melhor em casa: polÍtica de foco municipal...
TRANSCRIPT
Mariana Borges Dias
Coordenadora Geral da Atenção Domicil iar
Ministério da Saúde/DF
São Paulo, 05 de novembro de 2016
MELHOR EM CASA:
POLÍTICA DE FOCO MUNICIPAL
PANORAMA
A Atenção Domiciliar (AD) é uma modalidade de atenção à saúde em ascensão mundial em decorrência de transformações demográficas, epidemiológicas, socioculturais e polít icas (SEIXAS et al . , 2014).
Brasil : evolução em relação à legislação que regulamenta a AD, sobretudo no SUS ( ANVISA 2006 e Melhor emCasa 2011), prevendo incetivofinanceiro
Esforço da CGAD, desde suainstitução: conhecerrealidades da AD vigente parapotencializar esforços e criarhomogenização das práticasem todo pais - (educaçãopermanente )
Implementação de fato da AD pelo municipio: precisa ser precedida pela decisão político-institucional de assumir a atenção domiciliar como estratégiade organização tecnoassistencial em saúde, o que via de regraexige uma análise do custo/benefício.
PANORAMA- CONTEXTUALIZAÇÃO
Possivelmente o maior desafio na operacionalização efetiva
do cuidado é o funcionamento em rede;
O SAD consiste em um serviço favorável à concretização de
novas formas de produção de cuidado e de atuação em
distintos pontos da Rede Atenção à Saúde (RAS), além de
propiciar um cuidado centrado no usuário e em suas
necessidades (BRITO et al . , 2013);
No município: o lugar e identidade da AD é diretamente
ligado ao seu ponto de lotação, que pode ser, dentre outros,
na APS, RUE ou num hospital.
ATENÇÃO DOMICILIAR X REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE:
Centralidade nas necessidades em saúde individuais e coletivas (território)
Relações horizontais entre os pontos de atenção com o centro de comunicação na Atenção Primária à Saúde (APS) – todos são importantes!
Integralidade e continuidade
Cuidado multiprofissional e com diversidade de serviços/ofertas
Atenção Básica bem estruturada, servindo como principal porta de entrada e ordenadora do cuidado nos demais serviços;
Compartilhamento de objetivos e compromissos com os resultados sanitários e econômicos.
PRESSUPOSTOS DA RAS
Suporte e parceiro das ESF no cuidado de pacientes
agudizados no seu local de moradia (inclusive instituições
de longa permanência para idosos, prisões, etc)
Desospitalização responsável
Porta de saída efetiva, resolutiva e humanizada dos
Serviços de Urgência para casos passíveis de tratamento
no domicílio
EIXOS DE ATUAÇÃO DOS SADS:
TRANSVERSALIDADE
O MELHOR EM CASA E AS REDES DE
ATENÇÃO À SAÚDE
Melhor em Casa como
OBSERVATÓRIO da rede: a partir do
melhor em casa, é possível identificar
as potencialidades e os “furos” de cada
rede
Melhor em Casa e seu potencial
articulador da rede: fomenta e tensiona
uma rede viva; ajuda a mediar diálogo
entre os pontos de atenção;
Para funcionamento adequado, depende
de retaguarda na Atenção Básica, rede
de Urgência e hospitalar;
Processos de educação permanente com SAD e AtençãoBásica;
Estabelecimento de fluxos claros para encaminhamento;
Construção de protocolos para continuidade do cuidado emparceria com hospitais e outros serviços da rede;
Reuniões mensais com serviços para discutir casosespecíficos e fluxos;
Busca ativa sistematizada nos hospitais e Urgências;
• Incentivar Articulação com serviços de urgência:• Amplo perfil epidemiológico e maior rotatividade de pacientes;
• Facilita fluxos de UPA/PA como retaguarda para exames, urgências e óbito .
SAD incluído no SISREG;
Canais seguros de comunicação: whatsapp, Email, Fax,telefone.
Dispositivos de relação em rede utilizados pelos
municípios(pesquisa direta com municípios de alta captação hospitalar)
População: a média de habitantes foi maior nos municípios habil itados (329.910) e nos municípios implantados (407.296) do que nos municípios não habil itados (58.864), ou seja, os municípios de maior por te possuem maior tendência a habil itação e implantação da atenção domicil iar.
PIB: os 5% dos municípios brasi leiros que foram habil itados possuem um valor expressivo do PIB nacional quando comparados com os outros 5288 não habil itados.
IDH : medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e longevidade- os municípios brasileiros com IDH alto e muito alto implantaram muito mais SADs que baixo ou muito baixos.
IDSUS: Os dados mostraram que quanto maiores os índices socioeconômicos, de condições de saúde e de estrutura em saúde nos municípios implantados, maior a capacidade de implantação do SAD
CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DA CAPACIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO
MELHOR EM CASA NOS MUNICÍPIOS :
( M E LO N I D . , 2 01 5 )
Aprimoram
ento da
proposta de
AD no SUS:
Redefine a
AD,
modifica
meio de
envio de
projetos e o
sistema de
informação
e atualiza
as equipes
vigentes.
PORTARIA GM/MS 825,
2016:
PRINCIPAIS MUDANÇAS
E SEU IMPACTO NOS
MUNICÍPIOS
Maior clareza na Indicação da Atenção Domiciliar
Art. 5º
A AD é indicada para pessoas que, estando em
estabilidade clínica, necessitam de atenção à saúde em
situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira
temporária ou definitiva ou em grau de vulnerabilidade na
qual a atenção domiciliar é considerada a oferta mais
oportuna para tratamento, paliação, reabilitação e
prevenção de agravos, tendo em vista a ampliação de
autonomia do usuário, família e cuidador .
PORTARIA GM/MS 825- MAIORES MUDANÇAS EM
RELAÇÃO ÀS VERSÕES ANTERIORES
A determinação de modalidade está atrelada às necessidades de cuidado peculiares a cada caso, em relação à periodicidade indicada das visitas, à intensidade do cuidado multiprofissional e ao uso de equipamentos.
A divisão em modalidades é importante para a compreensão do perfi l de atendimento prevalente, e consequentemente para adequado planejamento e gestão dos recursos humanos, materiais necessários, e fluxos intrae intersetoriais.
P o r t a r i a n º 8 2 5 / 2 0 1 6 .
MODALIDADES DE AD
Periodicidade de visitas
Intensidade do cuidado
Uso de equipamentos
AD 3 - SAD
AD 2 - SAD
AD1 - AB
MUDANÇAS PORTARIA GM/MS 825- (EM
RELAÇÃO ÀS VERSÕES ANTERIORES)
Ênfase nas situações que devem ser abordadas na AD, não em procedimentos;
Art . 9º Considera -se e legível na modal idade AD 2 o usuário que, tendo indicação de AD, e com o f im de abrev iar ou ev i tar hospital ização, apresente:
I - afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados intensif icados e sequenciais , como tratamentos parenterais ou reabi l i tação;
I I - afecções crônico -degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal;
I I I - necessidade de cuidados pal iat ivos com acompanhamento c l ínico no mínimo semanal , com o f im de controlar a dor e o sofr imento do usuário; ou
IV - prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal .
Art . 10. Considera -se e legível , na modal idade AD 3, usuário com qualquer das s i tuações l istadas na modal idade AD 2, quando necessitar de cuidado mult iprofissional mais f requente, uso de equipamento(s) ou agregação de procedimento(s) de maior complexidade (por exemplo, vent i lação mecânica, paracentese de repet ição, nutr ição parenteral e t ransfusão sanguínea) , usualmente demandando per íodos maiores de acompanhamento domici l iar.
PORTARIA GM/MS 825- MAIORES MUDANÇAS EM
RELAÇÃO ÀS VERSÕES ANTERIORES
Art. 14. Será inelegível para a AD o usuário que apresentarpelo menos uma das seguintes situações:
I - necessidade de monitorização contínua;
II - necessidade de assistência contínua de enfermagem;
III - necessidade de propedêutica complementar, com demanda potencial
para a realização de vários procedimentos
diagnósticos,em sequência, com urgência;
IV - necessidade de tratamento cirúrgico em caráter de urgência; ou
V - necessidade de uso de ventilação mecânica invasiva, nos
casos em que a equipe não estiver apta a realizar tal
procedimento.
SITUAÇÃO ATUAL DO PROGRAMA
MELHOR EM CASA
• 925 equipes em funcionamento
• 25 estados
• 341 municípios
• Mais de 50.000.000 habitantes cobertos
• Mais de 1 Bilhão de reais repassados
De janeiro a setembro/2016
• Foram atendidos, em média, 32 mil pessoas por mês.
• A média de atendimentos por usuário foi de 5,5 por mês.
De 2012 a 2016, estimamos que
• Em torno de 160.000 cidadãos diferentes já foram incluidos
Nº DE EQUIPES DO MELHOR
EM CASA
0
20
40
60
80
100
120
140
160
SP RJ MG BA PE GO CE RS AL PR PA PB MA DF SC PI AM RN RO MS TO AC AP MT SE
Nº EMAD 149 59 57 49 31 30 27 26 20 19 19 15 14 13 13 12 11 10 6 6 4 3 3 2 1
Nº EMAP 62 33 25 37 16 21 18 7 14 9 17 11 11 5 4 11 5 6 3 4 3 1 1 1 1
Nº total de equipes: 925
599 EMAD
326 EMAP
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
AC AL AM AP BA CE DF GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RS SC SE SP TO
TOTAL_ATENDIMENTOS
TOTAL DE ATENDIMENTOS PELO PROGRAMA
MELHOR EM CASA EM 2016 ( ATE SET)=
1.397.019
MODALIDADES X TIPOS DE EQUIPES
JAN-SET 2016
% AD_1 % AD_2 % AD_3
EMAD 1 9,3 83,8 6,9
EMAD 2 4,2 93,4 2,4
EMAP 9,9 83,1 7,0
PROGRAMA MELHOR EM CASA: PERCENTUAL
DOS PACIENTES ATENDIDOS POR ORIGEM(BRASIL 2016)
31
32
9
1
27
% UBS
% HOSPITAL
% PA
% CACON / UNACON
% OUTROS
68,95% de usuarios atendidos tem idades de 60 anos ou mais,
sendo que 31% > ou = 80 anos.
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
Fonte: RAAS – AD, SIA/DATASUS/MS
FAIXA ETÁRIAS DOS USUÁRIOS DOS
SADS
PROGRAMA MELHOR EM CASA:
15 CIDS MAIS FREQUENTES (BRASIL , 2016)
Neoplasia maligna da próstata
Paraplegia NE
Diabetes mellitus insulino-dependente
Paralisia cerebral
DPOC
Pneumonia NE
Doença de Parkinson
Senilidade
Úlcera dos membros inferiores não classificada em outra parte
Fratura do fêmur
Infecção do trato urinário de localização não especificada
Hipertensão essencial (primária)
Úlcera de decúbito
Doença de Alzheimer
AVC e Sequelas de AVC
1,6
1,6
1,9
2,1
2,2
2,3
2,3
2,6
3,2
4,4
5,0
6,8
6,8
9,7
47,6
Nº PROCEDIMENTOS MAIS REALIZADOS( F O N T E : S I S A B / M S , 2 0 1 6 )
0 40000 80000 120000 160000
REABILITACAO EM COMUNICACAO ALTERNATIVA
CUIDADOS C/ TRAQUEOSTOMIA
TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA INDIVIDUAL
CUIDADOS C/ ESTOMAS
CURATIVO ESPECIAL
COLETA DE MATERIAL P/ EXAME LABORATORIAL
OXIGENOTERAPIA
REABILITACAO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
ATEND FISIO PACIENTE C/ TRANSTORNO RESPIRATÓRIO S/…
ANTIBIOTICOTERAPIA PARENTERAL
ATEND FISIO NAS ALTERAÇÕES MOTORAS
CURATIVO GRAU II C/ OU S/ DEBRIDAMENTO
CURATIVO GRAU I C/ OU S/ DEBRIDAMENTO
REABILITAÇÃO NAS MULTIPLAS DEFICIÊNCIAS
TRATAMENTO EM REABILITACAO
• Pouca compreensão da potência desta estratégia, intra
e extra setorial, dificultando articulações e
operacionalização- e refletindo na interação com APS,
Urgências e Hospital e Reabilitação- falta de rede
minimamente estruturada para transição segura do
cuidado
• Manter o financiamento federal do Programa Melhor em
Casa e amplia-lo no próximo triênio;
• Judicializações equivocadas;
• O cuidador/suficiencia familiar.
AD: Principais desafios
Cooperação estadual;
Adequação do sistema de informação;
Perfil profissional: Qualificar a formação em AD, na academia
e pós graduação;
Dificuldade municipais: logística ( sobretudo em garantir
uma relação veículos/equipe adequada) , estabelecer fluxos
e protocolos para transição segura do cuidado; garantir
fornecimento de insumos equitativa para a rede, ter
estratégias de atuação em áreas de violência urbana;
Ampliar abrangência de ações dos SADs, a despeito das
resistências – qualificação para o cuidado em situações de
alta complexidade
Mídia positiva pouco evidenciada.
AD: PRINCIPAIS DESAFIOS
Situações
Grau Alto/intermediário
de dificuldade
Grau baixo de
dificuldade
CONTINUIDADE DE CUIDADO (AD1) 72,61% 27,40%
ACESSO A EQUIPAMENTOS 64,39% 27,40%
ACESSO AO TRANSPOSTE SANITÁRIO 64,39% 34,25%
FLUXO DE REFERENCIA E CONTRA REFERENCIA 63,02% 36,99%
RECONHECIMENTO DO SAD 57,54% 42,47%
ACESSO A ESPECIALISTAS 50,69% 47,95%
RELAÇÃO COM A POPULAÇÃO 38,36% 61,65%
ACESSO AO SAMU 36,99% 61,65%
ACESSO A MEDICAMENTO 35,62% 57,54%
ACESSO A EXAME DE BAIXA COMPLEXIDADE
21,92% 72,60%
RETAGUARDA DE URGÊNCIA E HOSPITALAR
12,33% 17,81%
Fonte: Ouvidoria Geral do SUS DOGES /SGEP/MS 2015
Desafios apontados pela pesquisa com
coordenadores (2015)
Programa concebido de maneira ascendente, a partir de
experiências locais consolidadas, e voltado ao novo cenário
demográfico e epidemiológico;
Concepção já na lógica do trabalho interdisciplinar, da
continuidade em rede e com articulação intersetorial ,
promovendo maior efetividade e sustentabilidade dos resultados;
Expansão e qualificação concomitantes;
Alta potencia humanizadora e impacto político muito favorável
para a visão sobre o SUS;
Contato com a realidade domicil iar levando à grande implicação
e dedicação dos profissionais, além de sentimento de pertença e
luta por uma causa maior- provocando maior integração e
resolutividade, vínculo e satisfação de todas as partes
POTENCIALIDADES DO PROGRAMA
MELHOR EM CASA
Custos extremamente vantajosos em relação aos
mesmos cuidados prestados em hospital, com eficácia
similar e gerando consequentemente otimização do uso
dos leitos e recursos hospitalares e das Urgências;
Potencial de redução das infecções hospitalares;
Permite complexificação do cuidado na medida da
segurança de atuação das equipes , levando à potencial
substutividade de leitos ocupados por usuários crônicos
em UTIs;
POTENCIALIDADES
Horizontes futuros: Necessidades
em rápida expansão para AD :
Trauma e demais causas
externas
Ventilação
Mecânica
domiciliar
Cuidados paliativos
Doenças psiquiátric
as
Desafios do envelhecime
nto populacional
Nutrição parenteral domiciliar
Telemonitoramento para populações de difícil
acesso
NECESSIDADES PARA A AD
A MÉDIO/LONGO PRAZO
Portaria GM ,MS 825 de abril de 2016
Notas Técnicas orientadoras
NT 01/2016 – Elucida a RDC 11
NT 02/2016 – Programa de trabalho e SAIPS
NT 03/2016 – Situação de emergência para dengue, chikungunya e
zika
NT 08/2016 – Verificação da produção da AD por meio do SISAB
NT 11/2016 – Alimentação do SISAB e suspensão de recursos
NT 12/2016 – Solicitação de repasses financeiros retroativos
Nota Informativa – AD Pediátrica e Neonatal
Documento para estruturação de apoio para Estados
Publicações: Caderno de Segurança do paciente no domicilio e de
Monitoramento e Avaliação
Parceria técnica para Iº Congresso Norte Nordeste de AD - Teresina/PI
CGAD: OFERTAS EM 2016
Avanços na discussão sobre AD com conselhos
profissionais
2 projetos PROADI em parceria com HAOC
Novos módulos educacionais UNASUS ( UFMG e UFSC)+
pesquisa de impacto , além da Especialização concluida
cooperação OPAS/COSAPI/CGAD: Laboratório de
Inovações no cuidado domiciliar ao idoso
Em elaboração: CAB AD1 e projeto Custos em AD com
OPAS
CGAD: OFERTAS EM CURSO – 2016/2017
WWW.SAUDE.GOV.BR/CGAD
Assim se configura o cuidado
domiciliar: a cada residência que
adentramos levamos um modelo de
cuidado forjado pela política pública
ou serviço privado daquela localidade
e país, assim como nos deparamos
com um território único, particular e
ao mesmo tempo comum.
Território que, sendo a própria casa
do paciente, se coadunam as
características, traços, marcas e
cicatrizes do município , estado e pais
onde se situa aquela residência em
que o cuidado se efetiva.
E é nessa unidade territorial que
precisamos nos inventar, dia a dia, na
atenção ao outro, util izando toda
técnica, ciência, ar te e intuição
construídos e reconstruídos no
cotidiano que cada vez mais nos
chama a agir. (Fonte : s i te do C IAD 2016)
POR FIM:
Coordenação Geral de Atenção Domiciliar CGAD/DAHU/SAS/MS
E-mail: [email protected] ; [email protected]
tel.: (61) 3315-6142/6144
Obrigada!!!
Mariana Borges, Débora Verdi, TávilaGuimarães, Amanda Ferreira, Silvia Reis e Maura Dias.