melhor do recriar a escola dominical

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Page 1: Melhor do Recriar a Escola Dominical
Page 2: Melhor do Recriar a Escola Dominical

Igreja Metodista

2ª Edição - Eletrônica

CONEC - Coordenação Nacional de Educação Cristã

Page 3: Melhor do Recriar a Escola Dominical

EXPEDIENTE DA PRIMEIRA EDIÇÃOCoordenação Nacional de Ação Docenteda Igreja MetodistaAno 2001Coordenador Nacional de Ação Docente:Stanley da Silva Moraes

Coordenadora para Escola Dominical:Izilda Castro Neves

Coordenadora de redação:Têca Greathouse

Conselho Editorial:Izilda Castro Neves, Léia Alves de Souza,

Samuel Fernandes, Têca Greathouse e

William de Melo

Projeto Gráfico e Editoração:Click Comunicação

Revisão:Cristina Paixão Lopes

Hideílde Brito Torres

Ilustrações e Ilustração da capa:João Marcos

Arte da Capa:Click Comunicação

EXPEDIENTE DA EDIÇÃO ELETRÔNICAPUBLICAÇÃOCoordenação Nacional de Educação Cristã - CONEC da Igreja Metodista-------------------------------------------------------------------Ano 2010Título do Volume:O Melhor do Recriar 1Número do Volume: 1Impresso Eletrônico-----------------------------------------------------------------IGREJA METODISTAJoão Carlos Lopes (Bispo Presidente)

SECRETARIA EXECUTIVA PARA VIDA E MISSÃOJoana D´Arc Meireles

COORDENAÇÃO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CRISTÃ - CONECCoordenadora: Renilda Martins GarciaBispo Assessor: Josué Adam Lazier

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESCOLA DOMINICAL - DNEDCoordenadora: Andreia Fernandes OliveiraBispo Assessor: Josué Adam Lazier

ORGANIZADORAS DESTA PUBLICAÇÃORenilda Martins GarciaHideíde Brito Torres

REVISÃOHideíde Brito Torres

Sede Nacional da Igreja Metodista:Av. Piassanguaba, 3043 • Planalto PaulistaSão Paulo/ SP • [email protected]

Page 4: Melhor do Recriar a Escola Dominical

ÍNDICEAAAAAPRESENTPRESENTPRESENTPRESENTPRESENTAÇÃO AÇÃO AÇÃO AÇÃO AÇÃO .........................................................................................................................................5.........................................................................................................................................5.........................................................................................................................................5.........................................................................................................................................5.........................................................................................................................................5

OOOOORIENTRIENTRIENTRIENTRIENTAÇÃO AÇÃO AÇÃO AÇÃO AÇÃO PPPPPEDEDEDEDEDAAAAAGÓGICAGÓGICAGÓGICAGÓGICAGÓGICA

A Missão da Igreja e a Escola Dominical ...................................................................................................9Identificação da aprendizagem ................................................................................................................. 10Planejando a organização e o funcionamento da Escola Dominical ......................................................... 12Avaliando a Escola Dominical e sua literatura ....................................................................................... 14Repensando a abertura e o encerramento da Escola Dominical ............................................................... 15Conhecendo e compreendendo ............................................................................................................... 16O Juvenil e a Escola Dominical ............................................................................................................. 19A Escola Dominical pode e deve ser uma experiência prazerosa .............................................................. 21Preparando os estudos para a classe de Escola Dominical ..................................................................... 22Roteiro para o planejamento de um estudo ............................................................................................. 23O uso dos meios de comunicação na educação cristã ............................................................................. 24Fazendo um mural para sua igreja ......................................................................................................... 25Como ensinar a Bíblia ............................................................................................................................ 26O estudo bíblico deve ser dinâmico e participativo ................................................................................. 29O livro é um companheiro importante por toda a vida ........................................................................... 30Julho vem aí! É tempo de Escola Bíblica de Férias ................................................................................. 31Incentivando a participação da criança na vida da Igreja ........................................................................ 32Ensinando as crianças a respeitar as pessoas de todas as raças, etnias e culturas ..................................... 32Falando do Natal para as crianças ......................................................................................................... 33

DDDDDAAAAATTTTTAS AS AS AS AS EEEEESPECIAIS E SPECIAIS E SPECIAIS E SPECIAIS E SPECIAIS E AAAAATIVIDTIVIDTIVIDTIVIDTIVIDADESADESADESADESADESDatas comemorativas ............................................................................................................................. 39Juvenis celebram a Páscoa com as crianças ........................................................................................... 40Jesus está vivo! ....................................................................................................................................... 41Comemorando a Páscoa com alegria ..................................................................................................... 42A Esperança da Vida .............................................................................................................................. 43Poesia .................................................................................................................................................... 44Sugestões para a comemoração do Dia das Mães .................................................................................. 45Uma dramatização para Pentecostes ....................................................................................................... 47Pentecostes ............................................................................................................................................ 49Natureza – Maravilhoso presente de Deus ............................................................................................. 50Dia do Amigo e da Amiga ...................................................................................................................... 51Poesias .................................................................................................................................................... 52Um relógio para o/a Amigo/a ................................................................................................................. 52Festa do Papai ........................................................................................................................................ 53Cartão para o Dia dos Pais ................................................................................................................... 56Recursos ainda pouco explorados na Escola Dominical ......................................................................... 57Jovens relembram a história da Escola Dominical ................................................................................. 58Tenho Esperança ..................................................................................................................................... 59Conhecendo a Escola Dominical ........................................................................................................... 603º Domingo de Setembro: Dia da Escola Dominical ............................................................................. 60Direitos da criança na comunidade de fé ............................................................................................... 61A vocês, professoras e professores, com carinho ................................................................................... 61Os três queriam ser rei ........................................................................................................................... 62Bonecos de cabo de vassoura ................................................................................................................. 63Dia de Ação de Graças ........................................................................................................................... 64Celebrando o Advento ............................................................................................................................. 65

Page 5: Melhor do Recriar a Escola Dominical

Preparando a Igreja para viver o Advento e o Natal ................................................................................. 69Celebração de Natal ............................................................................................................................... 70Compartilhando a alegria do Natal ........................................................................................................ 72Jesus, o melhor amigo ........................................................................................................................... 73Vamos anunciar o Natal? ....................................................................................................................... 73O festival de Natal vai começar ............................................................................................................. 74Natal! Festa para quem? ......................................................................................................................... 75Fazendo arte ........................................................................................................................................... 76A constante transformação da vida ......................................................................................................... 77Uma paráfrase do Natal ......................................................................................................................... 78A finalidade do Natal ............................................................................................................................. 78

LLLLLITURGIAITURGIAITURGIAITURGIAITURGIACalendário .............................................................................................................................................. 81Você conhece os símbolos da Páscoa? ................................................................................................... 83Celebrando a Páscoa ............................................................................................................................... 85Celebração da Ressurreição: Quando Jesus vive em nós! ........................................................................ 90Celebração de Páscoa ............................................................................................................................. 92Celebrando a família no Dia das Mães ................................................................................................... 93Celebrando O Dia das Mães ................................................................................................................... 95Crianças celebram o Pentecostes ........................................................................................................... 97Onde está o Reino de Deus? ................................................................................................................... 98Uma Árvore chamada Escola Dominical ............................................................................................... 100Duas celebrações para o Dia da Escola Dominical ............................................................................... 102Celebrando a alegria de ensinar ............................................................................................................. 105Símbolos Natalinos ................................................................................................................................. 107O Natal está chegando. É tempo de Advento ......................................................................................... 110Natal: esperança, alegria, paz e amor ..................................................................................................... 111Advento e Natal, tempo de repartir ......................................................................................................... 114Celebramos o Deus que escolhe estar entre nós ..................................................................................... 117Natal: a nova lei do amor ....................................................................................................................... 119Celebração de Natal: O que eu posso ofertar!? ..................................................................................... 122

RRRRREFLEXÕESEFLEXÕESEFLEXÕESEFLEXÕESEFLEXÕESProfessores e professoras, fundamentais no processo de aprendizagem .................................................. 127Recriar a Escola Dominical do novo milênio ......................................................................................... 128Ensinar?! Aprender?! ............................................................................................................................. 129A Escola Dominical e a formação espiritual do/da metodista ............................................................... 131A mensagem da Páscoa ........................................................................................................................... 133Na Páscoa, sentimos saudades: celebramos o Cristo ressurreto ............................................................. 133Conhecendo melhor a questão indígena ................................................................................................. 134Semana dos Povos Indígenas ................................................................................................................. 136A família está em crise? ......................................................................................................................... 138Unidade Cristã ........................................................................................................................................ 140Festa das Semanas ou Pentecostes ......................................................................................................... 141A Terra, nossa casa ................................................................................................................................ 142Humano sim, pelo caminho das aprendizagens ..................................................................................... 143Relembrar, Refletir e Recriar ................................................................................................................. 144Sexualidade e Afetividade ....................................................................................................................... 145Dia da Pessoa Idosa ............................................................................................................................... 146O idoso, a família e a comunidade ......................................................................................................... 149Dia da criança ........................................................................................................................................ 151Dia do Professor/a .................................................................................................................................. 152Eleições municipais, e daí? ..................................................................................................................... 153Racismo .................................................................................................................................................. 154O sagrado se fez gente ........................................................................................................................... 156O futuro chegou! ................................................................................................................................... 157

Page 6: Melhor do Recriar a Escola Dominical

APRESENTAÇÃO DA PRIMEIRA EDIÇÃO

“O Melhor do Recriar” é uma seleção do que de melhor foi publicado nos cinco anos do nosso BoletimRecriar. Ele contém orientações pedagógicas, atividades e datas especiais, liturgias para as principais datas docalendário litúrgico e reflexões. É uma coleção de materiais indispensáveis para professores, professoras, coor-denadores, superintendentes de Escolas Dominicais, pastores e pastoras e para todos aqueles/as comprometi-dos/as com a educação cristã.

“O Melhor do Recriar” é também fruto do anseio dos professores e professoras das Escolas Dominicaisespalhadas pelo país. Em novembro de 1996 foi lançado o número “zero” do Boletim Recriar. Naquela ocasiãoo bispo honorário, Nelson Luiz Campos Leite, escrevia: “A Escola Dominical exerce papel de grande influên-cia na vida de seus alunos e alunas, especialmente na formação das crianças, juvenis e jovens. Neste processode ensino, utilizamos, além da Bíblia, vários recursos: revistas, oração, métodos e meios didáticos, instrumen-tos tecnológicos e outros. Todavia, o mais importante deles é a figura do professor e da professora.”

Dezesseis edições do boletim já foram publicadas com contribuições vindas de todos os cantos do Brasil.Porém, muitos professores e professoras não puderam colecioná-los. Daí, a nossa decisão em editar esta cole-tânea. Nossa esperança é alcançar, com ela, um número ainda maior de pessoas.

“Para que a tua confiança esteja no Senhor, quero dar-te hoje a instrução”. Que “O Melhor do Recriar” sejaum instrumento especial para que a educação cristã torne-se, cada vez mais, o “melhor” da Escola Dominical.

São Paulo, abril de 2001.

Stanley da Silva MoraesCOORDENADOR NACIONAL DE AÇÃO DOCENTE

IGREJA METODISTA

APRESENTAÇÃO DA SEGUNDA EDIÇÃO “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3.21) não apenas nos momentos de dificuldade, mas

também para comemorar, celebrar e nos alegrar. A memória é algo muito especial, dado por Deus às pessoas. Comoé bom relembrar as antigas experiências, os relatos e vivências na igreja, liturgias, canções que nos levam a bonsmomentos com Deus... Por tudo isso, disponibilizamos, eletronicamente, todo o conteúdo do livro “O Melhor doRecriar a Escola Dominical.”

Este livro é uma importante ferramenta para a Escola Dominical, bem como para os diversos segmentos da vidada Igreja pela diversidade de material educativo que o compõe.

Agora por meio do nosso site, poderemos ter acesso a esta obra, sempre revisitando-a e utilizando-a. Nossaesperança em Cristo, sempre viva e atual, nos leva a acreditar que esse recurso é muito importante para a EducaçãoCristã na Igreja Metodista, mas principalmente na Igreja local, por seu conteúdo didático pedagógico. E, além disso,sabemos que, foi elaborado com muito amor e carinho por diversos escritores e escritoras para este fim.

“A graça de Deus se manifestou salvadora a todas as pessoas, educando-nos” (Tt 2.11-14). Por isso, cremos noministério da Educação Cristã para fortalecer nosso compromisso com Deus, ensinar-nos a obedecer aos Seus man-damentos, a viver de modo integral, bem como a experimentar a variedade de experiências na perspectiva do Reinode Deus. Assim, o livro “Melhor do Recriar a Escola Dominical” oferece conteúdo para a vivência e para a práticacristã daqueles/as que exercem a missão de educar.

Com carinho e estima,

Renilda Martins GarciaCOORDENADORA NACIONAL DE EDUCAÇÃO CRISTÃ - CONEC

Andreia Fernandes OliveiraCOORDENADORA DEPARTAMENTO NACIONAL DA ESCOLA DOMINICAL

Josué Adam LazierBISPO ASSESSOR DA CONEC

Page 7: Melhor do Recriar a Escola Dominical

ORIENTAÇÕESPEDAGÓGICAS

Page 8: Melhor do Recriar a Escola Dominical

99Amissão da Igreja é anun-ciar o evangelho. Para re-alizar sua missão, a Igrejadeve desenvolver a for-

mação de seus membros, para quepossam anunciar a palavra e servir aDeus na promoção de Seu Reino.

A Escola Dominical é um dosmeios através do qual a Igreja cum-pre sua tarefa educativa. E a impor-tância desta função determina a gran-de motivação para que se continue fa-zendo com que a Escola Dominicalseja uma ESCOLA VIVA.

A ESCOLA DOMINICALE A COORDENAÇÃO

O papel da Coordenação da Es-cola Dominical

A Coordenação da Escola Domi-nical elabora seu programa de açãocom base nas orientações do PlanoNacional da Igreja Metodista.

É preciso ter bem claro• Qual o objetivo da Escola Do-minical?

• Como desenvolver uma EscolaDominical permanente para to-das as idades?

• Como programar as atividadesda Escola Dominical?

• Como relacionar as atividades econteúdos da Escola Dominicalcom os outros ministérios?

• Como realizar a formação dasprofessoras e dos professores daEscola Dominical?

• Avaliar permanentemente as ati-vidades.

São tarefas da Coordenação daEscola Dominical

a) Elaborar com a participação daequipe de coordenação, professo-res/as, e representantes das classes, oplanejamento da Escola Dominical.

b) Organizar a prática da EscolaDominical:

• abertura• estudo• encerramento• relatórios• avisos• reuniões da coordenação• reuniões com as professoras e osprofessores

c) Estabelecer contato com o pas-tor ou pastora para verificar o entro-samento com a pastoral da igreja:

• conteúdo• visitas• recursos• revistas

d) Cuidar da formação das profes-soras e dos professores:

• permanente crescimento na Pala-vra de Deus, na opção por JesusCristo e no serviço ao próximo

• encontro regular para oração emgrupo (persistência)

• planejar o processo de formaçãocontinuada

• formação da biblioteca• troca de experiências• outros

e) Participar dos encontros minis-teriais da igreja.

f) Participar da Coordenação Localde Ação Missionária para integração.

g) Avaliação das atividades, sem-pre à luz do planejamento elaboradoe das necessidades de renovação.

Izilda de Castro, 3ª RE

A Missão da Igrejae a Escola Dominical

Page 9: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Identificaçãoda aprendizagem

Quando se fala em aprendizagem,costuma-se mencionar atividadescognitivas, tais como pensamentos,linguagem, atenção e raciocínio.Os/as professores/as, quando prepa-ram suas aulas, preocupam-se com aorganização lógica e a coerência domaterial que irão apresentar aos alu-nos/as, de modo que possam compre-ender bem o que será ensinado. Pro-cura-se respeitar o grau de desenvol-vimento intelectual do/a aluno/a enão exigir dele/a algo que esteja aci-ma de sua capacidade de compreen-são, de concentração, do seu nível delinguagem.

Não há dúvida de que essas preo-cupações são essenciais para quempretende ensinar bem. Este breve tex-to pretende, no entanto, chamar aatenção para outros aspectos ligadosao processo ensino-aprendizagem eque nem sempre têm tido o destaquemerecido. Refiro-me aos aspectosafetivos presentes em toda relaçãoentre professor/a e aluno/a. Especial-mente, o processo de aprendizagemconhecido como identificação, noqual esses aspectos desempenhamum papel fundamental. Esse processofoi descrito por Freud e é apontadopela psicanálise como um importantefator no desenvolvimento do ser hu-mano, particularmente, no estabeleci-mento de sua identidade.

O papel que a identificação de-sempenha na aprendizagem humanapode ser observado claramente logonos primeiros anos de vida, quandoos modelos de aprendizagem maisimportantes ainda estão no ambientefamiliar. A criança pequena geral-

mente quer ser como o papai ou amamãe. Muitas vezes, a menina colo-ca os seus pequenos pés nos sapatosda mamãe, põe também o seu vesti-do, pendura uma bolsa no ombro eaparece diante dos adultos toda satis-feita! Com o menino é semelhante.Ele veste as roupas do pai, pega suasferramentas ou pasta e começa a an-dar pela casa como se tivesse sérioscompromissos!

O que essas crianças estão de-monstrando? Ora, nada mais, nadamenos do que o desejo de ser como opapai ou a mamãe; isto é, de crescer,de ser adultos/as. Mas, podemos per-guntar: o que move a criança aquerer ser como seus pais? Emboraessa questão seja complexa, sabemosque um dos elementos básicos para odesejo de aprendizagem (querer sercomo adulto) é o afeto. Ou seja, a cri-ança admira e ama os pais. Por isso,quer ser como eles. Às vezes, temtambém inveja e ciúmes dos pais, oque pode ser também um fator queimpulsiona o desejo de crescer. Dequalquer maneira, seja por amor, ciú-me ou competição, o fato de os pais,aos olhos da criança, serem figurasadmiráveis é que desperta nela o de-sejo de ser como eles.

Outro momento privilegiado parase observar o importante papel daidentificação na aprendizagem é du-rante a adolescência. Vemos os/asadolescentes imitando os seus ídolosesportivos ou artistas, procurandovestir-se e comportar-se como eles.São também muito identificados/ascom seu grupo de amigos, de tal mo-do que a maneira de vestir, falar e

pensar torna-os/as muito semelhan-tes, gerando, com freqüência, confli-tos com os pais. Sabemos que a ado-lescência é a transição da infância paraa vida adulta e o momento no qual oprocesso da identidade é completado.

Verificamos também, que tais co-mo a criança, as pessoas com as quaisos/as adolescentes procuram se iden-tificar são as que são importantes pa-ra eles/as, os/as amigos/as, seus ído-los. Uma vez mais verificamos o lu-gar essencial do vínculo afetivo.

Mesmo na vida adulta, embora demaneira mais atenuada, o processo deidentificação ainda exerce um poderestimulador da aprendizagem. Quan-do ouvimos uma conferência na qualpercebemos um grande conhecimen-to, sabedoria ou humildade do/a au-tor/a ou quando tomamos conheci-mento da vida de um/a grande cien-tista ou missionário/a, que nos des-perta admiração, somos internamenteestimulados/as a crescer e nos aper-feiçoar.

E o que provoca isso em nós, sãomuito mais os sentimentos de admi-ração e reconhecimento que a pessoado/a outro/a nos desperta do que oconteúdo puramente intelectual desuas idéias ou experiências, ou a for-ma didaticamente ordenada com quenos foram apresentadas.

Um esclarecimento importanteacerca da identificação é que ela nãose trata apenas de um processo deimitação. A identificação, emboracontenha elementos de imitação, es-pecialmente em suas fases iniciais,vai muito além disto. Admirar o/a ou-tro/a e querer ser como ele/a não é

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simplesmente copiá-lo/a, mas tomá-lo/a como inspiração e referência naconstrução da nossa própria identida-de. Muitas pessoas de talento come-çaram imitando alguém que aprecia-vam e, a partir dessa base, acrescenta-ram elementos próprios que lhes con-feriram singularidade e originalidade.

A identificação é um processo deelaboração e síntese interior muito di-ferente do mascaramento da própriapersonalidade.Ao contrário, a identi-ficação é o processo de construção desi mesmo/a, por meio de uma intera-ção afetiva, criativa e singular com aspessoas que, por alguma razão, desta-camos das outras.

Não podemos pensar também quea identificação é um processo plena-mente consciente. Muitas de nossasidentificações são inconscientes. Nãonos damos conta de que as estamosfazendo e elas se incorporam ao nos-so modo de ser sem que tomemosconsciência.

EDUCAÇÃO CRISTÃE IDENTIFICAÇÃO

Sem nos esquecermos de que o“Espírito de Deus sopra onde quer”,podemos supor que o processo deEducação Cristã não é diferente deoutros processos de aprendizagem. E,se existe diferença, esta talvez devaser buscada nos processos de identifi-cação.

O que faz com que um/a profes-sor/a de ED seja um/a bom/boa pro-fessor/a? O que faz com que um/apastor/a seja um/a bom/ boa pastor/a?O preparo didático, acadêmico, cultu-ral? Não há dúvida de que esses sãoaspectos importantes. Mas há um ou-tro aspecto no qual as capacidades in-telectuais precisam se integrar. É aprópria pessoa do/a mestre/a. Preci-samos de professores/as e pastores/asadmiráveis. Precisamos de mestres/asque façam com que prestemos aten-ção ao que ensinam porque seu modode ser, suas atitudes nos enchem deadmiração e respeito, servindo comoestímulo e desafio para a nossa pró-pria formação e aperfeiçoamento. Navida secular, nos lembramos de nos-sos/as mestres/as muito mais pelas

atitudes que tinham para conosco, pa-ra com a própria vida e para com suatarefa de ensinar, do que pelo conteú-do programático que nos ensinaram.

Assim, somos capazes de nos re-cordar do/a professor/a de Ciênciasdevido à sua dedicação e entusiasmoe não tanto porque nos recordamosdos pontos da matéria. Lembramosdo/a professor/a de Português devidoao seu bom-humor e seu amor à lite-ratura. Muitas pessoas decidiram su-as carreiras profissionais a partir docontato com mestres que lhe causa-vam admiração pela competência noseu ramo de conhecimento e pelasatitudes que tinham. Outras pessoasadquiriram atitudes preconceituosaspara com algum ramo do conheci-mento porque tiveram professores/asincompetentes ou inábeis.

Quando pensamos na Igreja ou naEducação Cristã, em que estamospensando? Que atitudes ou valoresqueremos transmitir? Se queremostransmitir a fé em Cristo, precisamosde professores/as e pastores/as que,mais do que discorrer sobre a fé, pos-sam vivê-la de tal modo que causemadmiração e despertem no íntimo daspessoas o desejo de ser como eles/as.Se queremos transmitir o amor aopróximo, necessitamos de mestres/asque nos assombrem com sua capaci-dade de amar a ponto de nos sentir-mos pessoalmente desafiados/as a su-perar o nosso egoísmo. Se queremosdesenvolver a reverência a Deus, pre-cisamos de pessoas capazes de umaatitude de devoção e respeito ao Se-nhor de modo a nos causar espantoante a nossa própria indiferença paracom o Sagrado.

Nas camadas mais profundas denossa mente, estamos muito maisatentos/as a quem e como a pessoa édo que ao que ela ensina. A identifi-cação é um processo de aprendiza-gem que fixa atitudes, e não somenteconceitos intelectuais. Por isso, é damaior importância o modo como o/aprofessor/a trata a sua matéria, os/asalunos/as e sua postura diante das vá-rias questões que lhe são colocadasno dia-a-dia (cumprimento do que foiproposto, seriedade e responsabilida-de, respeito aos/às alunos/as...).

Não é de grande utilidade para o/aaluno/a ficar com a cabeça cheia deconceitos (muitas vezes mais confu-sos e descontextualizados) se ele/anão desenvolveu atitudes pessoaisque lhe possibilitem pôr em prática oque está aprendendo. É por isso quemuitas vezes a tentativa de ensinarfracassa. Se não estivermos atentos/asao desenvolvimento de outros aspectosdo aprendizado, especialmente aquelesque envolvem o papel da afetividade,tais como a formação de atitudes e oconseqüente desenvolvimento de pos-turas, o ensino que proporcionamos es-tará muito empobrecido. Ocorre no en-tanto, que os processos de identificaçãoestão associados ao que a pessoa é enão necessariamente ao que ela ensina.

Nesse sentido, o/a bom/boa pro-fessor/a é quem procura se desenvol-ver como pessoa de tal modo quedesperta no/a aluno/a o desejo decrescer. Isso não significa, evidente-mente, que precisamos ser muito de-senvolvidos/as em todas as áreas denossa vida. A identificação, na maio-ria das vezes, é parcial. Uma pessoapode ter vários aspectos dos quaisnão gostamos. Isso não impede deapreciarmos algum aspecto de suapersonalidade ou do seu trabalho, como qual procuramos nos identificar.

Podemos afirmar que, se quiser-mos dar um bom ensino cristão, pre-cisamos de professores/as exempla-res, tanto na sua maneira de tratar ostemas em estudo, como tambémaos/às alunos/as e, mais ainda, exem-plares em suas atitudes e modo de vi-ver. Exemplar não é sinônimo de per-feição. Ao contrário, exemplar é apessoa capaz de admitir e reconhecerseus erros e limitações e, por isso,tem uma atitude permanente deaprendizagem. Assim, não precisa re-fugiar-se em um falso saber que o/aafasta emocionalmente dos/as ou-tros/as, impedindo assim os mais fe-cundos processos de aprendizagem ecrescimento.

Almir Linhares de Faria

Igreja Metodista Central em

Campinas, 5ª RE

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A ESCOLA DOMINICALE A IGREJA LOCAL

A Igreja Metodista no Brasil dágrande ênfase à Educação, tanto noaspecto secular quanto cristão. Exis-tem inúmeras escolas metodistas. Nocampo teológico, existem os seminá-rios regionais e a Faculdade de Teolo-gia, que preparam pastores, pastoras,leigos e leigas para o serviço minis-terial.

E a Igreja local? Como ela parti-cipa do ensino religioso? Certamente,um dos mais fortes meios é a EscolaDominical, nossa querida e importan-te agência de ensino, testemunho econvívio em comunidade de fé.

O QUE É A ESCOLA DOMINICAL?

A Escola Dominical é a organiza-ção da igreja local que reúne pessoasde todas as idades, membros ou não,para a Educação Cristã (Cânones daIgreja Metodista, 1971, art. 45). En-tão, sendo a finalidade da Escola Do-minical a educação cristã, é precisoconhecer o conceito de educaçãocristã da nossa igreja.

“A educação cristã é processo di-nâmico para a transformação, liberta-ção e capacitação da pessoa e da co-munidade. Ela se dá na caminhada dafé, e se desenvolve no confronto darealidade histórica com o Reino deDeus, num compromisso com a mis-são de Deus no mundo, sob a ação doEspírito Santo, que revela Jesus Cris-to segundo as Escrituras”. (Plano pa-ra a Vida e Missão)

A tarefa da Escola Dominical, co-mo agência de educação cristã é, por-tanto, ministerial. Esse ministério émuito necessário e, por isso, deve serexercido com muita responsabilida-de, dedicação e planejamento, visan-do a edificar a igreja e sinalizar o rei-no de Deus, pela comunhão e cresci-mento do amor e da justiça.

Levar o ensino e a educação cristãde qualidade ao maior número depessoas possível é um desafio que po-de ser respondido de diversas formas,considerando-se as necessidades, aslideranças e, principalmente, o con-texto da igreja local. Entretanto, umanecessidade é comum a todas as igre-jas: a boa coordenação do Ministériodo Ensino. Uma coordenação capazde estimular o processo de plane-jamento, orientar o desenvolvimentodos trabalhos, avaliar, delegar, mo-tivar as ações e servir de ligação entreos envolvidos.

PLANEJAMENTO

O sucesso de qualquer trabalhoou ação depende de um bom planeja-mento. O trabalho da Escola Domini-cal não é diferente.

É preciso planejar todos os passosdetalhadamente e de forma participa-tiva, envolvendo pastores e pastoras,professores e professoras, alunos ealunas, numa ação coerente com osprincípios de uma igreja ministerial,como é a nossa Igreja Metodista.

Para se fazer o planejamento daEscola Dominical, é preciso definirobjetivos e metas.

DEFININDO OBJETIVOSE METAS PARA O ANO

O/a superintendente, coordenadorou coordenadora do Ministério de En-sino precisa refletir sobre o que pre-tende com seu trabalho, aonde querchegar. Essa reflexão deve ser feita nahumildade e reconhecimento de que amissão é de Deus. É ele quem noscapacita para a realização da sua obra;os planos e os propósitos são dele. Porisso, importa que reconheçamos o seusenhorio; que nos coloquemos emsuas mãos e peçamos orientação einspiração.

As reflexões sobre os objetivos eas metas da Escola Dominical devemenvolver, como já dissemos anterior-mente, o pastor e a pastora da Igreja,a equipe da Escola Dominical e os re-presentantes das várias classes dealunos. As metas e os objetivos fixa-dos devem corresponder à real neces-sidade da igreja local e ser comparti-lhados com todos. O número de obje-tivos a ser estabelecido não tem im-portância. O que importa, de verdade,é que expresse a tomada de decisãofrente à situação real da Escola Do-minical.

Planejando a organização eo funcionamento

da Escola Dominical• Você já parou para refletirsobre a importância da Es-cola Dominical?

• Já considerou os objetivosdo ensino secular e do ensi-no religioso?

• Já pensou nos resultadospráticos do ensino religio-so na vida das pessoas?

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SUGESTÃO DE FORMULÁRIO PARA RESUMO DO PLANEJAMENTO

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Para ajudar no processo de defini-ção desses objetivos, distribua um pe-queno questionário contendo perguntasque levem as pessoas a dizer o que pen-sam da Escola Dominical e como eladeverá ser ou funcionar. De posse dasrespostas e levando em consideração opotencial da sua igreja e da sua comu-nidade, faça uma reunião com toda aequipe para estabelecer os objetivos aser atingidos e as prioridades de ação.

As metas são mais quantitativas.Trata-se de fixar, em número ou por-centagem, o que se pretende. Ex.: au-mentar em 50% os alunos da EscolaDominical, ou ainda, atingir o alvo de200 alunos matriculados, etc.

PLANEJANDO O TRABALHODA ESCOLA DOMINICAL NODECORRER DO ANO

Com o objetivo de planejar todo otrabalho da Escola Dominical de suaigreja para o ano, faça, no mês de fe-vereiro, uma reunião com toda a equi-pe envolvida no ministério de ensino.

a) Organizando a reunião• Marque um horário que seja

conveniente para a maioria das pes-soas envolvidas.

• Convoque a reunião dizendo oque vai ser tratado: planejamento daEscola Dominical.

• Determine a hora de início e tér-mino.

• Faça a abertura com uma peque-na devocional, orando ou pedindo aalguém que ore pelo encontro e pe-dindo a direção de Deus para as deci-sões que serão tomadas.

• Fale agora do objetivo (do moti-

vo) da reunião e encaminhe a pauta.Ex.: Assuntos para a reunião (pauta)

1. Apresentação das revistas daEscola Dominical

2. Planejamento das atividades doano:

a) Celebrações (com todas as clas-ses). Ex.: família, Páscoa, Natal, etc.

b) Capacitação de professores eprofessoras de Escola Dominical.

c) Identificação e organização derecursos humanos e materiais.

3. Outros: pensar, discutir e/ouelaborar formas criativas para a aber-tura e o encerramento da Escola Do-minical, etc.

• A partir daí, coordene as trocasde idéias, dando oportunidade paraque todos emitam suas opiniões;

• Antes de encerrar a reunião, leiapara todos o que foi planejado, verifi-que se está claro e se todos concor-dam com o que foi feito;

• Encerre a reunião com um brevemomento de intercessão pelos profes-sores e professoras, agradecendo aDeus pelos seus dons e pelo grandeprivilégio de poder participar nesteministério.

b) Fazendo o Planejamento(adaptado da Revista Fé & Nexo –

subsídios para liderança, nº 1, 1ª RE)

• Faça um levantamento das ne-cessidades do grupo com o qual estátrabalhando (neste caso, alunos e alu-nas da Escola Dominical).

• Liste as atividades que poderãoser feitas para atender a essas neces-sidades e responda as seguintes per-guntas:

O que vamos fazer? Dar nome à

atividade que pode ser feita.Por quê? Respondendo a esta per-

gunta será estabelecida a razão darealização da atividade.

Para quê? Com esta pergunta seestabelece o objetivo, o que se queralcançar com a atividade, quais os re-sultados esperados.

Como? Estabelecer as estratégiasque precisam ser adotadas para reali-zar a atividade. Listar os recursos hu-manos e os materiais necessários.Detalhar a realização da atividade.

Quando? O tempo necessário pa-ra o desenvolvimento da atividade.

Quanto? O orçamento, o valor emdinheiro necessário para cada etapada atividade e como consegui-lo.

Realização das atividadesÉ a execução do que foi decidido

no planejamento.

CoordenaçãoÉ o acompanhamento do desen-

volvimento das atividades, correçõesnecessárias, apoio e incentivo aosgrupos de professores, professoras,alunos e alunas.

AvaliaçãoÉ um processo importantíssimo.

Deve ser feito não só no final, mas emalguns momentos no decorrer do de-senvolvimento das atividades. Com aavaliação, percebe-se os pontos posi-tivos que deverão ser reforçados e ospontos negativos que precisam ser eli-minados ou revistos.

E, finalmente, volta-se a pergunta“para quê?”, a fim de se constatar setodos os objetivos foram alcançadoscom as atividades.

O QUÊ? Tarefa POR QUÊ? PARA QUÊ? COMO?QUANDO?

datas e horários QUANTO? AVALIAÇÃO

Page 13: Melhor do Recriar a Escola Dominical

14 O Dia da Escola Dominical é ce-lebrado no terceiro domingo de se-tembro. Nessa data, nada melhor doque fazer uma avaliação da nossaquerida Escola e sua literatura.

COMO É A ESCOLA DOMINICALDA SUA IGREJA?

a) Parte administrativa1. Professores/as e alunos/as rece-

bem suas revistas com regularidade(na data certa)?

2. O horário da escola satisfaz? Érespeitado? Há tempo suficiente parao estudo da lição?

3. O quadro de professores/as estácompleto? Há professor/a substituto/a?

4. Os/as professores/as recebemapoio para desenvolver seu trabalho?

5. Há uma pequena biblioteca delivros ou material de consulta?

6. Exemplares das revistas, doExpositor Cristão, da Voz Missioná-ria ou de outro periódico metodistasão arquivados para consulta?

b) A secretaria1. As presenças dos/as alunos/as

nas classes são registradas?2. Os/as visitantes e novos/as alu-

nos/as são bem recebidos/as?3. O livro de chamada está atuali-

zado, com o número de alunos/as, no-mes completos e outras informações?

c) Parte financeira1. A Escola Dominical tem orça-

mento? Esse orçamento faz parte do pla-nejamento global do Concílio Local?

2. Tem recurso financeiro suficien-te para adquirir as revistas para os/asprofessores/as e alunos/as?

d) Outros recursos disponíveis1. As salas têm quadros-de-giz ou

lugar para colocar cartazes e materialvisual?

2. De que outros materiais vocêsdispõem?

e) Funcionamento da Escola Do-minical

1. A abertura e o encerramento daEscola são integrados com o estudodas lições? Levam em consideração ocalendário cristão?

2. Tem havido momentos especi-ais (concursos, gincanas) na EscolaDominical? Trouxeram resultados po-sitivos, negativos ou contraditórios?

3. A Escola Dominical promove aintegração de seus membros (re-conhecimento dos aniversariantes evisitantes, visita a enfermos, momen-tos de fraternidade, anúncio de festase formaturas dos/as alunos/as)?

4. As datas especiais do calendá-rio litúrgico são observadas? Quais?Como?

5. Que sugestões você daria para

melhorar a celebração dessas datas?

f) Caráter evangelizante da ED1. Os/as alunos/as são incentiva-

dos/as a testemunhar e compartilharsua fé com as demais pessoas?

2. Os/as alunos/as convidam outraspessoas para participar? Os/as con-vidados/as são bem recebidos/as?

3. A Escola Dominical mantémalguma classe em pontos de avançoevangelístico?

4. Existe trabalho especial para ospais e familiares das crianças queparticipam da Escola Dominical, deescolas bíblicas de férias ou classeem pontos de avanço evangelístico?

g) Parte pedagógica1. Os professores/as recebem ca-

pacitação? Há orientação para o usodas revistas e material didático?

2. Há reunião de professores/aspara planejamento e avaliação?

h) Parte espiritual1. Os/as professores/as da Escola

Dominical reconhecem sua tarefa co-mo parte do seu testemunho cristão?

2. A Escola Dominical oferece al-gum apoio espiritual aos/às professo-res/as?

3. Os/as professores/as buscamapoio espiritual para desempenharsuas tarefas? Qual? Como?

Avaliando a EscolaDominical e sua literatura

Page 14: Melhor do Recriar a Escola Dominical

15Dependendo do que cada igreja

local pretende com sua Escola Domi-nical, ela fará a abertura e o encerra-mento deste ou daquele modo. Ébom, portanto, que se tenha muitaclareza sobre os objetivos desses mo-mentos. Conversem sobre o assunto;falem com o pastor ou pastora; defi-nam juntos o porquê desses dois mo-mentos da Escola Dominical e façamcom que eles sejam mais significati-vos quanto for possível.

Use sua criatividade e planejetudo com antecedência

Aqui vão algumas considerações:As aberturas devem preparar os

presentes para os trabalhos da EscolaDominical.

Pessoas da igreja ou da comuni-dade podem ser convidadas para fa-zer uma reflexão ou para tratar de te-mas de interesse e necessidade.

Os momentos de encerramento daEscola Dominical devem ser aprovei-tados para dar a toda a igreja uma sín-tese do que foi aprendido nas classes.

Não deixe que o tempo dedicadoaos estudos, debates e troca de idéiassobre a lição seja sacrificado pelaabertura ou encerramento da EscolaDominical. Os estudos são a razão deser da Escola Dominical e merecemser respeitados no que diz respeito aotempo dedicado a eles.

Pense numa forma especial de fa-zer o controle de freqüência dos alu-nos e alunas da Escola Dominical.

Exemplo:Faça um quadro para sua igreja e

nele coloque um crachá com o nome

de cada aluno da Escola Dominical.Arrume-os no quadro em ordem alfa-bética e peça aos alunos para retirá-los e usá-los no período da aula. As-sim, durante a classe, só permanece-rão no quadro os crachás dos alunos ealunas ausentes e você poderá regis-trar seus nomes.

Você pode variar essa forma deregistro nas diversas classes ou criaroutras, principalmente nas classesde crianças. Aqui vão outras idéias:

Peça a cada criança que traga umaflor natural na próxima aula. Antes queelas cheguem, arranje um vaso comágua e coloque no centro da sala. Dei-xe que cada criança, ao chegar, coloquesua flor no vaso para enfeitar o ambien-te. Depois, faça comentários de reco-nhecimento: ‘Que linda está nossa salacom essas flores! Mas o que a faz maisalegre e bonita é a presença de vocês!’

Obs.: É bom que o professor ou aprofessora tenha flores reservadas pa-ra alguma criança que, por acaso, nãoleve a sua. Confira as flores e diga àscrianças quantas elas são naquele do-mingo.

Providencie algumas balas e/oubombons. Cole em cada doce o nomede um de seus alunos ou alunas. Po-nha tudo num prato e peça que cadacriança encontre seu nome ao chegar.Os doces que sobrarem no prato indi-cam os alunos e alunas ausentes. Re-gistre seus nomes. Mande as balase/ou bombons restantes para os au-sentes, com um bilhete, dizendo oquanto eles e elas fizeram falta naclasse da Escola Dominical.

Repensando a aberturae o encerramento

da Escola Dominical

Page 15: Melhor do Recriar a Escola Dominical

1616

O professor e a professora devemconhecer a cada aluno e aluna indivi-dualmente. Também é de suma im-portância que conheçam as caracte-rísticas comuns a determinada faixaetária.

Não se pode ensinar de maneiracorreta se não se sabe em que fase dodesenvolvimento os alunos e alunasse encontram e quais as característi-cas comuns a essa fase.

O professor e a professora preci-sam estudar, com muito cuidado eatenção, as características e necessi-dades típicas da faixa de idade para aqual irão ensinar. Porém, não devemesquecer os casos em que o aluno oua aluna pode não ter um desenvolvi-mento psicológico correspondente àsua idade cronológica. Isso é funda-mental para nós, que exercemos o mi-nistério da Educação Cristã em nos-sas igrejas.

As informações aqui contidas dãoidéia, ainda que resumidamente, dascaracterísticas comuns a cada faixado crescimento e do desenvolvimentohumano, fornecendo também as im-plicações delas decorrentes para o en-sino. Estude essas relações, dando es-pecial atenção ao grupo para o qualvocê irá ensinar.

Lembre-se de que todas as listasapresentadas são generalizações (emespecial, na categoria “adultos”, queengloba todo o resto da vida da pes-soa). Não se deve presumir que to-dos/as se comportem da mesma manei-ra ou que tenham um desenvolvimentosincronizado. Seria simplificar demais.Use essas listas como guias para o en-sino, mas dê prioridade ao indivíduo.

BERÇÁRIO

CaracterísticasFísicas: Crescimento rápido, ati-

vidade, cansaço rápido, sentidos dogosto e do tato ávidos de estímulo.

Mentais: Aprendizado rápido apartir das coisas que o/a circundam;usam os cinco sentidos para apren-der; têm imagem viva; vocabulário li-mitado, mas em crescimento; períodocurto de atenção.

Sociais: Egocêntricos/as, confian-tes, amorosos/as e carentes de amor,cheios/as de medo, raiva e frustra-ções, felizes, brincam sozinhos/as,pouco sentimento de grupo.

Espirituais: Vêem a Deus comoreal e vivo, oram com facilidade,amam a Deus sem dificuldades, sãoimitadores/as, podem imaginar Jesuscomo um grande amigo, a Bíblia re-presenta algo especial.

Implicações• Necessidade de liberdade para

mudar de atividade durante a aula.• Fornecer material que possa ser

sentido e manuseado. Deixar queolhem, sintam e toquem.

• Utilizar histórias que estimulema “participação”. Ilustrar com figurase objetos que possam segurar e “com-pletar”.

• Usar métodos variados e breves.• Ensinar a compartilhar, a amar e

a confiar em Deus, no/a professor/a enos outros/as.

• Oferecer oportunidades para alivre expressão.

• Tornar agradável o tempo passa-do na Escola Dominical.

• Ensinar a orar, a cantar, a adorar.Repetir versículos bíblicos fáceis decompreender.

• Atender a todos/as individual-mente.

• Falar em voz baixa e ser calmo/a.Evitar barulho e confusão.

• Incluir, sempre que possível, umprofessor do sexo masculino.

• Desenvolver tanto programações

que requeiram atividade muscular co-mo atividades tranqüilas.

• Evitar o uso de símbolos noscânticos e nas histórias, deixando-os/as livres para descobrir Deus.

CRIANÇAS DE 2 A 4 ANOS*

A criança de 2 a 4 anos adquire su-as primeiras impressões sobre Deus eJesus a partir de experiências, emoçõese interação entre pais, professores ealunos. O exemplo de vida, as atitudese valores da liderança, seu comprome-timento e constância podem construir abase para a aprendizagem religiosa.

Mesmo que a criança não compre-enda idéias abstratas sobre um Deusinvisível, a experiência de alegria e degratidão perante um mundo bonito eordeiro comunica que Deus é amor eque podemos contar com ele. Os adul-tos que amam e cuidam da criançatransmitem, por meio de seus atos,que Deus é como um pai ou uma mãeque cuida e ama seus filhos e suasfilhas; que Deus é alguém a quem po-demos amar e servir.

Para a criança pequena, Jesus éamigo tão presente hoje como no pas-sado, que ajuda nas horas tristes e di-fíceis. Mesmo que todos os seus ensi-namentos não sejam compreendidos,a criança pode apreciar suas histórias– tiradas da vida cotidiana e bem ob-jetivas – que mostram que Deus nosama, cuida de nós, ajuda-nos a cres-cer e exige respostas.

Numa atmosfera de amor e perdão,a criança aprende que erros acontecem,que essas experiências negativas podemservir para resolver problemas.

A participação em grupo no can-to, na oração, na história e na brinca-deira ajuda a criança a sentir que per-tence à Igreja, um grupo especial queama a Deus.

Conhecendoe compreendendo

Page 16: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Usando palavras da criança, aoração é introduzida como uma con-versa que acontece com Deus a qual-quer momento. Orações de gratidãodevem ser espontâneas, refletindo asituação. O louvor surge como ex-pressão de alegria e maravilha.

As várias atividades que visam aodesenvolvimento total da criança aju-dam a construir os conceitos: “eu souamado”, “também posso amar”, “eusou alguém”, “tenho capacidade decrescer, participar e contribuir para ummundo melhor”. Confiança, estabilida-de e dependência em relação aos outrosconstróem a base da fé em Deus.

Em resumo, os frutos do Espírito –amor, alegria, paz, paciência, ternura,bondade, humildade, fidelidade, do-mínio próprio (Gl 5.22) – são caracte-rísticas do ensino religioso e devem serparte de nossas vidas, se vamos com-partilhar nossa fé com as crianças.

Em Semente de Mostarda – vi-venciando a Bíblia com crianças de 2a 4 anos*, temos organizada a aula naseguinte seqüência, sempre lembran-do do equilíbrio entre atividades mo-vimentadas e tranqüilas:

Criar um ambiente utilizando umobjeto, um jogo, uma música, umpasseio simulado ou uma experiênciaconcreta relacionada com a vida, oconhecimento da criança pequena e otema do dia.

O primeiro momento pode criarinteresse, curiosidade, alegria e bem-estar que, por sua vez, levam a crian-ça a querer participar de músicas,movimentos e outras experiências emgrupo.

A história pode ser contada demuitas maneiras: utilizando-se recur-sos visuais, perguntas, movimentos,cantos, bonecos e brincadeiras, entreoutros. Deve-se levar em conta que acriança pequena tem vocabulário li-mitado, é facilmente distraída e a du-ração do seu interesse é curta.

Uma pequena reflexão é possível,desde que as perguntas sejam simplese que se dê oportunidade para expres-sões espontâneas.

A expressão em partes plásticasajuda a frisar verdades bíblicas e es-pirituais. A criança sente alegria e asensação de vitória quando consegueproduzir alguma coisa concreta. Ela

sente mais liberdade num ambienteem que pode escolher, descobrir ecriar. Por isso, deve-se evitar moldese modelos. Deve-se escolher materia-is e experiências adequadas para seudesenvolvimento tanto físico quantoem termos de socialização. Ver, tocar,manipular, ouvir... Tudo o que ajuda acriança a construir e criar pode serum recurso para levá-la a sentir abondade de Deus e a ser agradecida.

Celebrar é compartilhar coisas vi-vidas ou sentidas na aula. É celebraro Deus da vida e agradecer pela co-munidade cristã, que valoriza a todose na qual todos cuidam uns dos ou-tros. É desafiar a criança a participardo Reino de amor e partilha.

Conversando com professores,professoras, pais, mães, avôs e avós,as seguintes atitudes foram destacadascomo importantes no contato com acriança pequena: paciência, movimen-to, firmeza, bondade, alegria, espiri-tualidade, novidade, criatividade, re-petição, tranqüilidade, equilíbrio, hu-mildade e amor, muito amor.

*Phyllis Reily

in Semente de mostarda: orienta-ção do trabalho de educação cristã

com crianças de 2 a 4 anos.

BEM-TE-VI JARDIM (5 E 6 ANOS)

CaracterísticasFísicas: crescimento rápido, de-

senvolvimento muscular, falta de boacoordenação, habilidade em certosjogos, agressividade, brincalhões,cansam-se com facilidade.

Mentais: curiosidade, período cur-to de atenção, imaginação rica, vocabu-lário limitado, praticidade (tomam tudoao pé da letra), muita fantasia.

Sociais: egocêntricos/as, amisto-sos/as, imitadores/as, querem apro-vação.

Emocionais: medo, excitação.

Implicações• Tirar tempo para atividades físi-

cas, dar-lhes alguma responsabilida-de, variar o período das aulas.

• Responder com atenção às per-guntas.

• Promover jogos que usem a ima-

ginação: ser claro/a, empregar pala-vras que eles/as conheçam; raciocinarcom eles/as; exemplificar com his-tórias e auxílios audiovisuais.

• Ensiná-los/as a compartilhar; seramigo/a, dar bom exemplo, demons-trar amor.

• Ensinar o amor de Deus, orientá-los/as em suas formas de expressão.

BEM-TE-VI I (7 A 9 ANOS)

CaracterísticasFísicas: ativos/as, crescimento ir-

regular, abandono da primeira infân-cia, querem “fazer”.

Mentais: período curto de atenção,levam tudo ao pé-da-letra, pensam demaneira concreta, imaginativos/as,raciocínio crédulo, interesse pelasnecessidades físicas, observadores/as.

Emocionais: felizes, excitáveis,impacientes, simpáticos/as, precisamde segurança.

Sociais: amáveis com os/as com-panheiros/as da mesma idade e com osexo oposto, egoístas, gostam de aju-dar, necessitam de livre expressão,preferem atividades individuais.

Implicações• Promover muitas atividades, o-

ferecer oportunidades para a livre ex-pressão.

• Variar os procedimentos.• Ser claro/a e preciso/a, permitir

que usem a imaginação, mas levá-los/as a distinguir o real do irreal, ra-ciocinar com eles/as, usar auxíliosaudiovisuais.

• Divertir-se com a classe e ensi-nar com paciência.

• Ensinar a confiança em Deus,incentivar a solidariedade.

• Agrupá-los/as, ensinar a com-partilhar, promover tarefas que dêema oportunidade de colaboração, ori-entar a livre expressão.

BEM-TE-VI 2 (10 A 12 ANOS)

CaracterísticasFísicas: energéticos/as e ativos/as;

crescimento físico lento, exceto os mús-culos; resistentes, vagueadores/as.

Mentais: poder de concentração e

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raciocínio; fazem muitas perguntas;têm boa memória; gostam de colecio-nar e investigar; adoram histórias.

Sociais: organizam-se em grupos“clubes”; egoístas e impacientes; têmconsciência do que é justo; culto aosheróis; menos tímidos/as; gostam decompetir.

Emocionais: têm menos temores,mas gostam de experimentá-los demodo vicário; irritadiços/as; senti-mentos mistos, são contra manifesta-ções de afeição, raramente ciumen-tos/as, tendência ao ódio forte; diver-tem-se com tudo, gostam de piadas.

Implicações• Promover atividades ao ar livre.• Raciocinar com eles/as e orien-

tá-los/as em algum interesse especial.• Encorajar o sentimento de “gru-

po”, por meio de tarefas para toda aclasse; ensiná-los/as a escolher asboas ações e relações.

• Ser um guia e não um/a ditador/a;fazer com que se sintam queridos/as.

• Ensinar a dar valor à habilidadedos/as outros/as.

• Ajudá-los/as a aprender a con-trolar o gênio.

• Rir com eles/as na hora certa.

JUVENIS (12 A 14 ANOS)

CaracterísticasFísicas: mudanças e crescimento

(meninas mais rapidamente), proble-mas com a pele e com a aparência,mudança de voz, consciência do se-xo, um tanto desajeitados/as.

Mentais: capacidade de racioci-nar e de inquirir; fazem escolhas; amemória melhora, “sonham” acorda-dos/as; autoconsciência; julgamentosrápidos; ansiosos/as por respostas,mas aparentam indiferença.

Emocionais: instáveis, mal-hu-morados/as, inconstantes, solitári-os/as, ânsia de liberdade, incompre-endidos/as, rebeldes, fracos/as.

Sociais: auge da idade da “turma”,desejo de aprovação social, laços decompanheirismo, gostam de caçoar.

Implicações• Atividades físicas como parte do

currículo.• Ajudá-los/as a compreender a si

mesmos/as por meio das lições, mostrara visão cristã sobre os fatos da vida.

• Discussões em classe, enfatizan-do o cuidado que se deve ter nas opi-niões, valores expostos e aceitos.

• Alternar o exercício mecânicoda memória com a retenção de con-ceitos, colocar metas diante deles.

• Professor precisa ter compreen-são e firmeza. A orientação deve serfeita com tato para que seja aceita.

JUVENIS (15 A 17 ANOS)

CaracterísticasFísicas: mudança de adolescên-

cia, saindo da fase desajeitada, matu-ração, dois extremos, muito sono egrande atividade.

Mentais: ativos/as e inquiridores/-as, raciocínio, argumentação, debate,lembram-se de idéias, criativos/as,idealistas, independentes, dúvidasfreqüentes, querem testar.

Emocionais: românticos, saudá-veis, emocionalmente instáveis.

Sociais: atração pelo sexo oposto,problemas de namoro, querem ajuda,não gostam de “sermões”, rebelam-secontra a autoridade, imitadores/as; àsvezes, andam em rodinhas.

JOVENS

CaracterísticasFísicas: estão atingindo a idade

adulta; a energia aumenta; época degrandes realizações.

Mentais: a capacidade de raciocí-nio está totalmente desenvolvida; é-poca de grandes decisões e compro-missos; independência intelectual,grande aprendizado; criatividade.

Emocionais: aproximam-se damaturidade e mais da estabilidade;estimativas animadas, menos medo epreocupações; interessados/as em se-xo, amor e casamento.

Sociais: ampliam e aprofundamsuas relações; procuram companhei-ro/a para a vida, alguns já estão casa-dos; paternidade e maternidade, res-ponsabilidade.

Espirituais: capazes de grandecrescimento espiritual; estabelecempadrões de vida; época de provas.

ImplicaçõesAtividade: oportunidade para servir.Responsabilidades de adulto:

apreciam discussões e sabem tirar pro-veito delas; têm princípios para tomardecisões (desafie-os/as a descobrir oplano de Deus para suas vidas); ampli-dão e profundeza no estudo bíblico.Muita responsabilidade, instrução reli-giosa sobre o lar e o relacionamentofamiliar.

Oportunidades variadas para asso-ciações: encontrar e fazer novas ami-zades, classes de jovens casados/as;responsabilidades com a paternidade,a maternidade e compreensão. En-corajar a tomada de decisões quantoaos princípios bíblicos; levá-los/as aalmejar uma vida espiritual abundan-te. Necessitam de fé firme e da práticada Palavra, necessitam de uma visãocristã da vida e do mundo.

ADULTOS

CaracterísticasA idade adulta é, sob todos os as-

pectos, a idade da maturidade, a épocade mais completa manifestação da vi-da, o tempo de grande produtividade, oapogeu e a queda do vigor físico.

Podem continuar aprendendo.Época em que se manifesta a mai-

or capacidade de discernimento, res-ponsabilidades.

Amizades estáveis, grande ambi-ção e força de vontade.

ImplicaçõesA classe pode ficar sob a inteira

responsabilidade dos/as alunos/as(metas de aprendizado e atividades).

Necessitam de firme estudo bí-blico. As Escrituras são um guia pa-ra os princípios da vida, valores eprioridades.

Precisam de oportunidades paraestabelecer serviços cristãos signifi-cativos e responsáveis.

Page 18: Melhor do Recriar a Escola Dominical

1919

Se você é uma daquelas pes-soas que acreditam que juve-nil não precisa de uma classeespecial na Escola Domini-

cal e que ele pode aprender as liçõesbíblicas juntamente com os jovens,espero que este material possa servircomo argumentação contrária.

Para tanto, é necessário conhecer-mos as características espirituais do/ajuvenil, que nesta fase sofre com osmomentos de crise e de grandes deci-sões, tanto na área espiritual quantonas demais áreas de sua vida.

1. O SURGIMENTO DE DÚVIDAS

Na infância, memorizamos con-ceitos bíblicos e doutrinas desacom-panhados de uma reflexão pessoalcrítica. Esta reflexão começa a ocor-rer na adolescência. O que contribuipara que o adolescente desenvolvaconvicções próprias e enraíze cadavez mais a sua fé em Deus. Nesta fasetambém, na escola secular, surgemassuntos que levam os juvenis a gran-des questionamentos.

Suas principais dúvidas são:

• salvação (O que é, como sousalvo, confissão de pecados,perdão);

• criação/evolução (Bíblia X con-ceitos científicos);

• a Oração (será que Deus ouvenossas orações?);

• a Pessoa de Deus (Seus atributose sua imagem);

• a Igreja e a Palavra de Deus (co-mo caminhos para o juvenil crerem Deus e crescer na fé).

Estes são assuntos que basica-mente devem ser vistos e revisados

O Juvenil ea Escola Dominical

Page 19: Melhor do Recriar a Escola Dominical

2020

nas aulas da Escola Dominical. O/Ajuvenil não estão interessados em li-ções complexas ou doutrinárias, bus-cam apenas entender a base bíblica eas razões para crescer na fé.

Outra preocupação que devemoster é a de que os juvenis necessitamde lições altamente exemplificadasque os situem nos dias atuais. Toda ahistória do povo de Deus, seus teste-munhos de fé e coragem de servir aum Deus vivo têm de ser narradas edepois contextualizadas. Temos deenfocar sempre a realidade dos/as a-dolescentes, seus problemas, dú-vidas e lutas diante de um mundoque os/as atrai e influencia.

2. UMA CRENÇA PORCONVICÇÃO PRÓPRIA

O/A adolescente não mais aceita asafirmações por imposição. Agora hánecessidade de explicações mais pro-fundas, com argumentos e exemplos.

O/A professor/a não deve ser ra-dical. Deve ser comunicativo paratransmitir e compartilhar com muitasegurança os conceitos bíblicos. Paraque isto ocorra, o/a professor/a daclasse de juvenis tem de gastar muitotempo em estudo bíblico, ter paciên-cia, temor no Senhor e coerência devida.

3. EM BUSCA DE UM IDEAL

Como já vimos, o/a adolescenteestá à procura de um modelo para se-guir. Começará com os pais, parentese amigos/as. Seja quem for, o/a pro-fessor/a tem de mostrar a pessoa deJesus Cristo como exemplo ideal devida a ser imitado.

Temos de incentivar seu relacio-namento e comunhão com o Senhor.

Temos de levá-lo/a a um conheci-mento mais íntimo e real com o Se-nhor Jesus Cristo. Estas experiênciasmarcarão toda a sua vida.

4. SUA ATITUDE RADICAL

Quando o/a juvenil crê, após in-vestigação consciente e convicção

pessoal, ele/a crê para valer. Fica radi-cal não no sentido extremista, mas nosentido de raiz, de profundidade.Quando ele crê verdadeiramente, en-trega-se ao Senhor Jesus total e cora-josamente, testemunhando. Mas, seele não crê verdadeiramente, passará amero espectador, passivo e impessoal.

O perigo é ele/a assumir umapostura contrária, crendo em concei-tos da sociedade, crendo em modis-mo como “punks”, tribos ou gangs.

5. SEU POSITIVISMOOU OTIMISMO

Grande parte dos assuntos trazi-dos especificamente para os /as ado-lescentes em palestras, estudos, cur-sos, etc. tem buscado sempre os te-mas negativos como as drogas, o se-xo no namoro ou antes do casa-mento, gravidez na adolescência,crises nos relacionamentos familia-res, etc. Não negamos a necessidadede trabalharmos esses assuntos, noentanto, os juvenis de nossas igrejasnecessitam muito mais da visão deum mundo melhor. Como disse Je-sus, “... eu vim para que tenham vidaem abundância.”

É necessário que enfoquemosmuito mais as boas razões de buscar-mos uma vida em Jesus, a alegria, afelicidade e os benefícios de seguir-mos os mandamentos de Deus, deandarmos nos seus estatutos e de nossantificarmos.

O juvenil aprecia o belo, o boni-to. Ele está em busca da justiça, embusca de lutar pela ecologia para sal-var a natureza; ele sonha com umahumanidade cheia de vida. Não po-demos, portanto, massacrar nossosjuvenis com tantos temas pesadosque mostrem apenas um lado domundo, mas levá-lo a conhecer, tam-bém, as formas cristãs de sermos fe-lizes, de sermos úteis ao próximo;enfim, de sermos uma luz num mun-do de trevas.

O MOMENTO CERTO

A criancinha no ventre maternoestá numa situação de conforto e a-

conchego. De repente é obrigada asair deste mundo e entrar num outrocompletamente diferente, cheio deperigos. A adolescência é assim tam-bém. Na infância a criança brinca,fantasia; de uma hora para outra a vi-da a empurra para o mundo dos adul-tos. Isto é um choque, um impactopara o juvenil. É como se estivessenascendo de novo. Por isso ele é mui-to sensível, sente-se desprotegidoemocionalmente e os seus problemasnão solucionados poderão tornar-se“marcas” para toda a sua vida.

Conheço igrejas que abriram duasclasses para juvenis: uma de 12 a 14anos e outra de 15 a 17 anos. Com is-so elas procuravam atingir ainda maisas suas peculiaridades. Dos 12 aos 14anos ocorre a fase das mudanças físi-cas e das crises emocionais. A segun-da fase, dos 15 aos 17 anos, é o mo-mento das decisões pessoais e da au-to-aceitação.

Tenhamos a visão de que a fasedo juvenil é uma grande oportunida-de, talvez a última, para formarmosuma vida baseada no Senhor, comum viver integrado em todos os seusaspectos. Tenhamos coragem para in-vestir no adolescente da nossa igreja,preparando-o para a vida.

Gosto muito de trabalhar em di-versos ministérios da igreja, porémquando vejo tantos adolescentes ca-rentes de conhecerem o amor e a ver-dadeira vida em Jesus, rendo-me aoSenhor para orar e trabalhar por eles.Por isso, há muitos anos tenho sidoconselheira ou professora dos juvenis.

A Igreja Metodista, por intermé-dio da Escola Dominical, tem em su-as mãos o grande desafio de olhar einvestir em uma classe especial, comprofessores que se dediquem real-mente aos juvenis e que façam dessafase da vida um verdadeiro campo desemeadura.

Vale a pena!

Marilaine B. M. Ramos, 3ª RE

Page 20: Melhor do Recriar a Escola Dominical

2121

1. Ministre a lição com prazer epaixão. Prepare exatamente a aula aque você gostaria de assistir.

2. Verifique se o vocabulário usa-do poderá ser entendido pelos alu-nos/as das classes. Ele deve ser o ma-is simples possível, para que todosentendam as lições.

3. Não tenha medo de usar ilustra-ções, comparações com circunstânci-as típicas da vida.

4. Faça esquemas, resumindo otexto e realçando seus aspectos fun-damentais.

5. Utilize o quadro-de-giz para a-notar o esquema da aula e seus ele-mentos básicos, buscando, assim, avisualização geral do tema.

6. Programe a aula para o prazomédio de 45 minutos. Não ultrapasseo tempo de uma hora, pois isso pro-voca desatenção dos/as alunos/as edispersão do tema pelas repetições.

7. A explanação prévia do temadeve ser feita, no máximo, em 15 mi-nutos. O tempo restante deve servirpara a participação dos/as alunos/asda classe. Nessa fase, o professor/adeve se manifestar apenas para escla-recer e fortalecer a ênfase e o enten-dimento do tema.

Em síntese, ressaltando o estilo decada professor/a, o ato de lecionar naEscola Dominical é idêntico ao doscursos comuns. Os métodos devemser semelhantes, não podendo a aula –momento dinâmico de estudo (queadmite posições divergentes, contro-vérsias, linhas de raciocínio e condi-ções pessoais variadas) – ser confun-dida com um sermão, cuja natureza damensagem é ser dirigida e unilateral.

Não se esqueça:Lecionar é um ato de serviço e hu-

mildade, que deve ser feito com amor.

José Geraldo Ribeiro do Vale, 4ª RE

A Escola Dominicalpode e deve ser umaexperiência prazerosa

Ao longo da minha vida,desenvolvi um grande amorpela Escola Dominical. Emsuas classes, aprendi sobre aBíblia, desenvolvi talentos,aprendi a falar em público edescobri o quanto eu gostode lecionar.

Tentando repartir algunsconhecimentos acumuladosao longo do tempo, enumereialgumas considerações práti-cas sobre a arte de lecionarpara adultos.

Page 21: Melhor do Recriar a Escola Dominical

2222

Querida/o professora/o,

A classe da Escola Dominical sa-be quando um estudo foi preparado esente-se valorizada quando percebeque você a ama e que tem prazer emestar com ela. Essas dicas muito lheajudarão:

tenha motivação: desperte o inte-resse para o assunto a ser estudadopor meio de dinâmicas de grupos, jo-gos, cartazes, perguntas, cânticos, etc.

seja breve: não prolongue dema-siadamente o estudo, para não correro risco de colher desinteresse.

seja objetivo/a: tenha clareza doque quer alcançar com o estudo.

movimente-se: promova diálo-go, participação do grupo e troca deexperiências.

fale com clareza: sua classe pre-cisa entender o que está sendo dito evocê só saberá que linguagem usarse conhecer o grupo e suas limita-ções.

estimule a prática: o grupo vi-bra quando coloca em prática, de al-guma forma, o que aprendeu.

Preparando os estudospara a classe deEscola Dominical

Para exercer o ministério da Es-cola Dominical de forma bempositiva, o melhor caminho éusar um pouco de tempo paraestudo e planejamento.

Planejamento do estudo para a Escola Dominical

Domingo: ...................... Dia .............. Mês .............. Ano..........................

Título do estudo: ..........................................................................................

Textos bíblicos: ............................................................................................

Idéias principais: ................................................................................................................................................................................................................

Objetivos: ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Abertura: ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Desenvolvimento do estudo

Introdução do tema: ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Atividades de estudo do tema: ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Reação: ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Conclusão: ....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Page 22: Melhor do Recriar a Escola Dominical

2323O planejamento de um estudo deve

conter quatro componentes essenciais:• Definição do que vai ser ensinado.• Determinação dos objetivos.• Seleção das atividades a ser de-senvolvidas.

• Identificação dos recursos ne-cessários.

Todo plano tem começo, meio efim. Há muitas atividades que se po-de realizar para iniciar, desenvolver econcluir um estudo. Com isso emmente, planeje-o passo a passo.

TÍTULO

Coloque o título do estudo pro-posto pela revista da ED.

MATERIAL BÍBLICO

Leia e estude os textos indicados.

IDÉIAS PRINCIPAIS

Selecione os principais conceitosque o estudo propõe. Lembre-se deque as idéias principais e os objetivosde cada estudo devem ser adequadosà idade de seus alunos e alunas.

OBJETIVOS

Definir os objetivos do estudo édeterminar, de forma clara e específi-ca, o que se espera aprender.

ABERTURA

A abertura deve ser breve (cincominutos no máximo); é o momentoem que você acolhe e promove a inte-gração do grupo e desperta a curiosi-dade sobre o tema do estudo.

INTRODUÇÃO DO TEMA

Significa passar noções básicassobre os conceitos que serão desen-volvidos no estudo. Dê tempo paraque o grupo explore o assunto que vaiser enfocado.

ATIVIDADES E RECURSOS

A atividade é o que você vai fazerdentro da classe para aplicar e comuni-car os conceitos que você quer passar.

Atividades verbaisPalestras, discussões, sermões,

histórias, leituras e tantos outros emque, primordialmente, se está falandoou ouvindo.

Atividades visuaisVídeos, exposições, teatro, esti-

mulando o sentido da visão.

Atividades simuladasEssas atividades são um passo

além do simplesmente ouvir e ver. Si-mular é atuar como se a situação fos-se real, representando, dramatizando,pesquisando, elaborando... Nessa ca-tegoria, podemos incluir todas as ex-periências que colocam alunos/as e

professores/as na posição de explorarseus próprios sentimentos, problemase questões.

Experiências diretasSão as atividades em que alunos/as,

professores/as estão diretamente en-volvidas/os em situações concretas,vivenciando os “conceitos” de formareal: visitas, mutirões, preparo de umtrabalho, tarefas as mais variadas.

RecursosCompreendem tudo que é utiliza-

do para realizar o estudo:

• quadro de giz (lousa), giz• lápis, caneta e papel• transparências• slides, filmes• vídeos, gravuras

REAÇÃO

O grupo deve ser motivado a seexpressar de maneira mais significati-va e a reagir de forma criativa diantedo que aprendeu.

CONCLUSÃO

O encerramento do estudo deveser realizado criativamente, e tam-bém planejado, a fim de que o gruposinta que o assunto foi desenvolvidode forma seqüenciada e que as ativi-dades contribuíram para que se che-gasse a uma conclusão.

Roteiro parao planejamentode um estudo

Page 23: Melhor do Recriar a Escola Dominical

O uso dos meiosde comunicação

na educação cristã

24 Neste texto, vamos falarsobre como dois meios decomunicação de simplesacesso: o microfone (ousistema de som) e o muralpodem ser agentes eficazesna comunicação.

Veja na página seguintecomo fazer um bonitomural para sua igreja!Coloque nele os materiaisda Igreja Metodista e outrosque a sua comunidade localrecebe todos os meses.

MICROFONE/SISTEMA DE SOM

É importante como instrumentopedagógico, mas algumas regrasdevem ser observadas:

• Evitar a “ditadura” do microfoneou seja, aquela postura de que só épossível realizar o programa se equando o sistema de som estiverfuncionando.

• Treinar operadores. Eles tambémsão participantes do programa.Portanto, devem evitar “tumulto” ou“programa próprio”, desvinculadodo todo.

• Trabalhar no anonimato, o quequer dizer que os deslocamentos sódevem ser feitos quando houvernecessidade.

• Preparação antecipada (antes doprograma; não improvisar com oequipamento).

• Cuidar para que o som sejaagradável (não é o volume alto quecomunica).

• Cuidar do visual do equipamento(evitar fios e cabos por toda parte).

• Orientar a liderança que usafrequentemente o microfone quanto àpostura que deve ser adotada.

MURAL

• Fixo ou flexível (que se podedeslocar para diferentes espaços), demadeira ou de cortiça.

• Papel pardo, manilha, 40 quilos,corrugado, isopor ou cortiça.

• Máquina de escrever oucomputador

• Pincel atômico• Papéis variados, coloridos• Letras e fotos (ou ilustrações)para a montagem

• Eventos especiais da comunidade• Datas do calendário litúrgico• Temas de relevância

• Equilíbrio na forma e conteúdo• Textos breves• Temas vibrantes e ilustraçõeschamativas

• Coleta de material (com prazo

a)Tipos de mural

b) Material necessário para

preparar um mural

c) Utilização na educação cristã

d) Características de um bom

mural

e) Montagem

para encerramento)• Redação e revisão• Montagem e diagramação• Textos datilografados, digitados

ou, se pequenos, manuscritos em boaletra. Indicar sempre o autor(a) ou afonte (se retirado de algum lugar).

• Para títulos, há recursos de letrasdecalcáveis (tipo “Letraset”) ourecortes de jornais, revistas (letras,palavras ou frases recortadas).

• Fotos e ilustrações (de preferênciap r o d u z i d a s p o r a r t i s t a s d acomunidade ou recortadas, indicandosempre a autoria e a fonte).

• Usar papéis e tintas de coresvariadas; a combinação adequada decores dará destaque ao conjunto.

• Usar muitas ilustrações e fotos,distribuindo equilibradamente.

• Para destacar um texto, escrevercom letras maiores; usar letras deoutra cor; colocar friso colorido emvolta; colocar dentro de “sombra”.

• O título do mural deve sercolocado na parte central ou superiorà esquerda.

• Os temas abordados podem sersociais, políticos, do calendáriolitúrgico ou de eventos. Porém,devem ter relevância para acomunidade de fé.

• Pode-se utilizar as cores docalendário litúrgico. A cor doPentecostes, por exemplo, évermelha.

f) Diagramação

g)Assuntos

Page 24: Melhor do Recriar a Escola Dominical

COMO SE DIVIDEMOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Os meios de comunicação utilizadosnas igrejas estão divididos, geralmente,em três categorias, de acordocom a facilidade de acesso, levandoseem conta a diversidade das comunidadesespalhadas pelo Brasil.

Magali Cunha, 1ª RE

Simples acesso

Microfone/sistema de som

Mural

Impressos

Boletim

Caderno/livreto

Folheto

Folder

Cartaz

Médio acesso

Retroprojetor

Projetor de slides

Vídeo-cassete

Jornal periódico próprio

Jornal periódico comunitário

Tele-contato

Rádio comunitário (rádio ou sistemade autofalantes)

Computador

25

Difícil ou Especial acesso

Rádio comercial

Tv

Grande imprensa

Outdoor

Internet

Fazendo um muralpara sua igreja

Pentecostes

O que é? Símbolos

Para Meditar

Dia da Bíblia

Como foi escrita?

Para Meditar

Page 25: Melhor do Recriar a Escola Dominical

2626CONHECENDO A BÍBLIA

Pode parecer elementar, mas sequeremos ensinar a Bíblia, não é sufi-ciente já ter lido a mesma diversasvezes, muito menos fazer uma leiturarápida dos textos indicados pela liçãoda Escola Dominical. Tampouco sa-ber onde está o versículo “Jesus cho-rou” nos ajudará muito na tarefa deensinar a Bíblia. A quantidade de in-formação é importante, mas não é si-nônimo de garantia e habilitação parao ensino da Palavra de Deus.

Um exemplo que damos são osescribas, que eram capazes de repetirde memória todos os livros da lei ju-daica (Gênesis a Deuteronômio). Noentanto, eram incapazes de discerniro verdadeiro sentido da Palavra deDeus – a Bíblia. “Examinais as Escri-turas, porque julgais ter nelas a vidaeterna, e são elas mesmas que testifi-cam de mim” (Jo 5.39).

Para ensinar a Palavra de Deus,são necessários alguns elementosfundamentais que nos ajudam a darprofundidade e relevância ao ensino.Neste breve estudo, veremos o queconsideramos o básico.

SUA ORIGEM DIVINA

Conforme creram os Pais da Igreja,é de nossa tradição a afirmação de quea Bíblia é a Palavra de Deus.Aliás, estaé a afirmação da própria Bíblia. Jesusafirmou sobre sua Palavra e Ensino,que esses eram os fundamentos sobreos quais se edifica uma casa (vida) comsolidez (Mt 7.24-27). Pedro afirmou

que Jesus era o que tinha as “PalavrasdeVida Eterna” (Jo 6.68). Mas foi Pau-lo, o apóstolo, quem afirmou ser as Es-crituras inspiradas por Deus (2Tm3.16), assim como Pedro explicou oque significava essa inspiração divinada Bíblia, quando disse: “porque nuncajamais qualquer profecia foi dada porvontade humana; entretanto, homens(santos) falaram da parte de Deus, mo-vidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21).

Finalmente, João Wesley, nos se-us 25 artigos de religião, base doutri-nária do Metodismo Histórico, afir-ma no artigo 5º. “Entende-se por San-tas Escrituras os livros canônicos doAntigo e Novo Testamento, de cujaautoridade nunca se duvidou na Igre-ja”. Afirma ainda que nada pode serexigido dos cristãos metodistas como

artigo de fé ou como necessário parasalvação, que não se encontre na Bí-blia e nem por ela se possa provar.

Assim, como bispo e pastor, en-tendo que quem não crê na inspiraçãodivina da Bíblia não está credenciadoa ensinar em uma Escola DominicalMetodista.

Finalmente, para ensinar a Bíbliaé necessário orar muito, pedindo queo Senhor, que inspirou o autor, nos dêentendimento do que lemos.

SEU MUNDO HISTORICAMENTEDISTANTE: PEDE UM ESTUDOCRÍTICO DO TEXTO

A Bíblia reúne relatos e ensinosde um mundo muito diferente do nos-

Como ensinar a Bíblia

Page 26: Melhor do Recriar a Escola Dominical

2727

so: a vida econômica, a organizaçãoda sociedade, a vida política, a cultu-ra e a religião têm elementos diversi-ficados que precisam ser entendidosem seu tempo, para que a vida do tex-to se comunique com a nossa vida. Is-so indica que, nós, crendo ser a Bíbliaa Palavra de Deus, não somos funda-mentalistas que intentam aplicar to-das as situações da vida da Bíblia anossa vida hoje, sem discernir nela oque é contextual e o que é fundamen-tal e permanente.

Penso que acabo de causar algu-ma confusão para alguns. Afinal, aBíblia é ou não é inspirada por Deus?Sim. Só que a lição inspirada estáemoldurada em circunstâncias huma-nas, inerentes aos escritores bíblicose ao mundo e momento histórico queeles descrevem.

Vejamos um exemplo que nosajuda a entender essa aparente con-tradição. Em Números 21.4-9, a mur-muração do povo contra Moisés econtra Deus fez surgir serpentes abra-sadoras e venenosas, e muitos esta-vam morrendo como conseqüênciadisso. O povo, arrependido, apela aMoisés, confessando seu pecado, epede sua intercessão.

Moisés ora a Deus, que manda serfeita uma serpente de bronze. Todapessoa picada pelas serpentes deveriaolhar para a serpente de bronze has-teada sobre o acampamento, e assimficaria curada. A libertação e a curaderam-se pelo uso de uma imagem deserpente, artifício usado por Deus pa-ra que recordassem o resultado de suamurmuração. Esta foi uma experiên-cia circunstancial e inédita. A práticafundamentalista seria se dali para afrente, os judeus praticassem o cultoà serpente carregando para sempreuma serpente de bronze e o recomen-dassem aos seus filhos, como práticareligiosa para cura de picadas de ser-pentes e outros males.

No Novo Testamento temos outroexemplo, que é a recomendação de 1Coríntios 11.2-16, em que Paulo ori-

enta sobre o usodo véu e recomenda

o cabelo comprido pa-ra as mulheres, dizendo

que este lhe valeria de man-tilha ou véu. Tal recomendação é fei-ta somente à Igreja em Corinto.

Por quê? Não lhes parece que, sefosse fundamental à fé, Paulo reco-mendaria o mesmo a todas as igrejasem suas cartas? Por que o fez somen-te à igreja em Corinto? A razão é his-tórica, brota da existência, principal-mente em Corinto, do culto a Afro-dite, deusa do amor e do sexo. Nesseculto, ministravam prostitutas sagra-das, mulheres que usavam roupas su-márias e cabelos curtos, praticavam aprostituição, com oráculos proferidosem êxtases e orações. Ora, era neces-sário que as mulheres cristãs, fre-qüentes à igreja e às orações, se dife-renciassem dessas outras profetisasoraculares dos cultos pagãos, como ode Afrodite.

Fundamentalismo seria exigir hojeo véu ou proibir o corte de cabelos,quando o quadro histórico, religioso ecultural já não é o mesmo. Em funçãodisso, necessitamos algumas medidaspráticas para estudar e ensinar a Bíblia.

CONHEÇA O QUE FOR POSSÍVELDO TEXTO E DO AMBIENTEHISTÓRICO-SOCIAL

Como já ficou evidente no itemanterior, nós devemos procurar co-nhecer melhor o ambiente do texto.Muitos dicionários bíblicos nos aju-dam nesse objetivo. Se você não temrecursos para comprar, estimuleseu/sua pastor/a e a sua Escola Domi-nical a organizar uma biblioteca bási-ca, que forneça instrumento informa-tivo ao seu trabalho como professor/a

da Escola Dominical. Eu indico co-mo fontes de referências bíblico-his-tóricas os seguintes títulos:

Vocabulário Bíblico – J. J.Allmen, Aste, São Paulo

A vida diária nos tempos de Je-sus. Henri Daniel Rops, Edições VidaNova, São Paulo

Dicionário Enciclopédico da Bí-blia, Van Den Born, Editora Vozes,Petrópolis

OMundo do Novo Testamento. H.E. Dana, Juerp

Os Partidos Religiosos Hebraicosda Época Neo-Testamentária. KurtSchubert, Editora Paulinas, São Paulo

Atenção! Muito cuidado com li-vros de lições bíblicas já prontas.Eles vêm acompanhados da aplicaçãodoutrinária do autor, salvo se o autorfor de nossa Igreja Metodista. Nãosendo, muito cuidado, pois você podelevar seus alunos a aceitar princípiosdoutrinários não metodistas, comopor exemplo: o batismo bíblico é so-mente por imersão, batismo de crian-ça é anti-bíblico e outras doutrinasestranhas a nós.

CONHEÇA O LIVRO DA BÍBLIADE ONDE VOCÊ EXTRAIU A PAS-SAGEM QUE VAI SER ENSINADA

Isso significa que não basta ler sóa passagem indicada na lição. É im-portante ler o capítulo todo e, se pos-sível, ler o livro inteiro. Sei que se forum profeta isso pode ser mais difícil,mas, pelo menos, leia os capítulos an-terior e posterior. A razão é que, alémde o trecho selecionado estar inseridoem um texto com um determinadocontexto histórico, ele tem tambémum contexto literário-temático, que aleitura do capítulo nos ajuda a enten-der melhor.

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PERGUNTAS A FAZER AO TEXTO:

Onde ocorreu esse fato?

O lugar geográfico nos relacionacom um contexto determinado histó-rica e culturalmente, como já enfati-zamos.

Quando aconteceu isso?

Eis aí a questão histórica presente.Situar o ocorrido dentro da história deIsrael, dentro do reinado de Davi, oudentro do ministério de Jesus, é deci-sivo para o entendimento da lição bí-blica.

Quem são os personagens men-

cionados no texto?

Compreender a trama do texto e opapel sócio-econômico e religioso dospersonagens nos permite discernir ma-is claramente o que está em jogo notexto. Os conflitos entre os persona-gens bíblicos são melhor compreendi-dos quando entendemos o papel socialdos mesmos. Com isso, entendemosde que lado Deus está e o que a vida dotexto ensina a nossa vida.

Que aconteceu nessa história e

qual a participação de cada perso-

nagem?

Trata-se de reconstruir as tensõesde vida do texto, traçando então oinevitável paralelo com a sua vida ecom a vida dos seus alunos e alunas.

Quais as palavras-chave do relato?Aqui reconhecemos que as pala-

vras têm uma força muito grande.Deus nos fala pelo diálogo entre ospersonagens. Um exemplo bíblicomuito forte é o relato da cura do cegoem João 9. Há toda uma incompreen-são em torno do milagre praticadopor Jesus: os discípulos têm um en-tendimento, a família do cego tem

outro, os vizinhos, outro, os fariseus,o pior entendimento. Mas o cego fazuma afirmação: “Se é pecador, nãosei; uma coisa sei: eu era cego e ago-ra vejo” (Jo 9.25). Buscar no vocabu-lário, usando expressões já presentesem outros textos e que são básicas pa-ra a fé cristã, é alimentar-se das afir-mações e experiências com Deus dospersonagens do texto. Isso é vital pa-ra quem ministra a Palavra de Deus.

Que lições estão sendo ensina-

das?

Trata-se de fazer um levantamen-to das lições ensinadas, seja pelocomportamento dos personagens, se-ja por meio dos diálogos ou dos ensi-nos e conselhos contidos em um textodiscursivo, como as cartas de Paulo,por exemplo.

Como tornar essa lição algo real

na minha vida e na vida de meus

alunos e alunas?

Aqui, trata-se do confronto. A Bí-blia não é um livro neutro, sem exigên-cias. Como diz o autor de Hebreus, em

4.12-13: “Porque a Palavra de Deus éviva e eficaz, mais cortante do quequalquer espada de dois gumes e pe-netra até ao ponto de dividir alma e es-pírito, juntas e medulas, e é apta paradiscernir os pensamentos e propósitosdo coração. E não há criatura que nãoseja manifestada na sua presença; pelocontrário, todas as coisas estão desco-bertas e patentes aos olhos daquele aquem temos de prestar contas”. Nemo/a professor/a, nem os/as alunos/aspodem permanecer impassíveis diantedas lições contidas nos textos recomen-dados para leitura. Para isso, ore antesde ler a Bíblia, ore por seus alunos ealunas. Peça a Deus a sabedoria e a un-ção do seu Espírito na sua nobre tarefade ensinar a Bíblia. Certamente, Deusfará frutificar o seu ministério. Mas nãose esqueça: ore e estude muito, com se-riedade o texto, pois acima de tudo, tra-ta-se da Palavra de Deus.

Paulo Lockmann,Bispo da 1ª Região Eclesiástica

Page 28: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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ESTUDO BÍBLICOPARTICIPATIVO 1

Tema: O Reino de Deus e suapresença na Igreja e no mundo

(Jo 15.19; 17.14-16 e Ef 1.19-23)

1) Apresente o texto de forma rá-pida e sucinta, orientando a que oaprofundamento seja feito nos pe-quenos grupos.

2) Escreva em uma folha de pa-pel algumas afirmações numeradas:• Não existe Igreja fora do mundo.• O mundo é o alvo do amor de Deus.• Os cristãos não participam do mundo.• A Igreja e o mundo vivem sob a so-berania de Cristo.

• Não existe conflito entre a Igreja eo mundo.

• A Igreja não tem sido sinal concre-to do Reino de Deus.

• O Reino de Deus está sendo im-plantado.

• O Reino de Deus já alcançou suaplenitude.

3) Cada participante, à luz do tex-tos bíblicos, se deverá posicionarcom relação a cada uma das oito fra-ses acima, dizendo se está de acordocom ela, contra ou se tanto faz.

4) Dividir os participantes em pe-quenos grupos, nos quais discutirãosuas posições. Cada pequeno grupo

deverá, ao final da atividade, apre-sentar uma só folha de consenso(opinião do grupo).

5) Reúna o grupo novamente pa-ra a avaliação dos resultados. Quan-do houver divergência, cada pequenogrupo deve justificar sua posição.

6) Comentar primeiro as questõesque representam o consenso do gran-de grupo.

Obs.: Este método proporciona vári-as formas de leitura dos textos. O im-portante não é todos concordarem emtudo, mas discutirem o tema e expo-rem o que pensam.Caso o/s texto/s escolhido/s seja/moutro/s, preparar as afirmações obser-vando o seguinte: algumas absoluta-mente corretas, algumas absoluta-mente incorretas e algumas de duplosentido.

ESTUDO BÍBLICOPARTICIPATIVO 2

Tema: Salmo 1

1) Leia ou peça a alguém para lero primeiro capítulo de Salmos e, an-tes da leitura, avise ao grupo que to-dos devem anotar cinco idéias queconsiderem principais no texto (fra-ses curtas).

2) Depois que todos tiverem ano-tado suas idéias, divida o grupo emgrupos menores. A partir das idéiasindividuais, cada grupo deve discutire chegar a um consenso, ou seja,anotar numa folha cinco idéias dogrupo (15 minutos).

3) Reúna todos novamente. Cadagrupo deve apresentar o resultado dadiscussão.

4) Anote no quadro-de-giz ou emum papel as idéias de cada grupo,que devem ser valorizadas e comen-tadas uma a uma. As idéias só deve-rão ser corrigidas se houver gravedesvio doutrinário.

5) A partir da avaliação das idéiasdos grupos menores (o que pode serfeito em mais de um encontro), orien-te o grupo para a obtenção de uma lis-ta de consenso, chegando assim às cin-co idéias principais do texto (síntese).

Obs.: Tanto no grupo inicial quantonos pequenos grupos, estimule a dis-cussão sobre as idéias anotadas.

Antônio Maurílio Guimarães, 4ª RE

O estudo bíblicodeve ser dinâmicoe participativo

Page 29: Melhor do Recriar a Escola Dominical

3030

Os livros de literatura ajudammuito mais no desenvolvimento deatitudes do que na aquisição de co-nhecimentos e habilidades. Por meioda boa leitura, imaginamos uma sériede situações e aprendemos a agir demaneira correta. Também conhece-mos outros povos, culturas e lugares,sendo capazes de compreendê-los ereconhecê-los mais tarde.

No caso da literatura infantil, acriança pode satisfazer suas necessi-dades básicas de segurança material,emocional, espiritual e intelectual.Isso acontece pela apresentação de si-tuações que valorizam os bons senti-mentos, a amizade entre irmãos eamigos, a solidariedade humana, etambém as atitudes corajosas, pois ospersonagens vivem, lutam, sofrem,superam perigos e ameaças, conquis-tam, amam e vibram como quem lê.

PARA QUE SERVEA BOA LITERATURA?

Para compreender melhor as pes-soas e o mundo que as cerca.

Para se adquirir conhecimentossobre coisas que estão distantes notempo e no espaço.

Para ampliar e enriquecer experi-ências.

Para entender os problemas alhei-os e, assim, melhor compreender a simesmo.

Para cultivar sentimentos altruís-ticos.

Para se desenvolver o gosto esté-tico.

Para se divertir.Para resolver problemas.

COMO MOTIVARAS CRIANÇAS A LER?

Ler para elas – o primeiro contatoda criança com a leitura se dá, geral-mente, por meio de histórias ouvidas.É aí que começa a motivação para aleitura. Entre a fase das histórias pu-ramente ouvidas e a das histórias li-das, há uma intermediária, na qual acriança folheia livros, decora peque-nos textos, relaciona ilustrações esímbolos com as palavras. É quandoela percebe que os livros podem ale-grar e divertir.

Dar o exemplo, lendo e demons-trando interesse pela leitura.

Possibilitar à criança, desde cedo,o contato com os livros, que devemser apropriados a sua idade, interessee nível de desenvolvimento.

Providenciar um local tranqüilopara que a criança possa ler quandoprecisar ou sentir vontade.

Ajudar na organização de uma pe-quena biblioteca.

Facilitar o acesso aos livros. Acriança que tem dificuldade para en-contrar livros naturalmente lerá mui-to pouco e não desenvolverá uma ati-tude positiva com relação à leitura.

Enriquecer as experiências da cri-ança com passeios, conversas, via-gens. Não basta que a criança leia. Épreciso que ela leia e entenda. A sim-ples ida ao armazém, quando bemorientada, poderá proporcionar à cri-ança uma série de vivências úteis einteressantes.

PERGUNTAS QUE AJUDAMA ESCOLHER BONS LIVROSPARA CRIANÇAS E JUVENIS

Conteúdo:

O tema é interessante?Evita lições de moral?Que valores apresenta?

Como trata os conceitos:

Relação pessoa-naturezaRelação homem-mulherRelação adulto-criançaSociedadeIndivíduo

Enredo:

O livro apresenta uma boa histó-ria?Tem cenas de ação e suspense?É isento de preconceitos?É bem desenvolvido?

Personagens:

São verdadeiros, autênticos?Pode-se reconhecer seus defeitose qualidades?Apresentam sinais de crescimen-to e desenvolvimento de caráter?

Estilo:

É apropriado ao assunto?Apresenta a história com clarezae simplicidade?O vocabulário é apropriado?Há senso de humor, beleza e fan-tasia?

Formato:

A aparência do livro é atraente?As ilustrações valorizam a histó-ria?As letras são legíveis e apropriadaspara o nível dos/as leitores/as?

‘Nós e as crianças’Maio/Junho de 1971

O livro é um companheiroimportante por toda a vidaEm nosso calendário metodis-

ta, o mês de junho é dedicado à li-

teratura. Nós, que temos em um li-

vro, a Bíblia, nosso guia de fé, re-

conhecemos o valor da leitura na

formação de todas as pessoas,

especialmente das crianças.

Page 30: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Julho vem aí!É tempo de

Escola Bíblica de FériasEm julho, temos a grande oportu-

nidade de realizar uma proveitosa Es-cola Bíblica de Férias (EBF) com ascrianças, que tanto merecem.

1) EBF – funciona nas férias, pe-ríodo em que as crianças estão total-mente livres e com grande disposiçãopara atividades criativas e diferentes.A duração de uma EBF varia. Seis di-as seria o tempo ideal.

2) Local – pode acontecer na pró-pria igreja, em um salão social, grupoescolar ou pequeno clube, podendo,inclusive, ser realizada ao ar livre.

3) Crianças – podem ser agru-padas em classes, de acordo com aidade. Ex.: 4 e 5 anos, 6 e 7 anos, 8 e9 anos, e 10 e 11 anos. As criançaspodem ser da própria igreja, do bair-ro ou integrantes de um grupo especí-fico, por exemplo, crianças de umorfanato ou de uma creche.

4) Programa – deverá conter his-tórias, cânticos, atividades criativas,recreação, entre outras possibilida-des. A ênfase pode ser dada de acor-do com as necessidades mais urgentesdo grupo de crianças que irá partici-

par.5) Planejamento – é importante

e necessário. É preciso saber quantaspessoas irão trabalhar com você para,então, estipular o número de crianças

que poderão se matricular.6) Colaboradores/as:

Pastor/a: deve dar todo o apoionecessário ao trabalho, visitando efalando às crianças durante a EBF.

Coordenador/a: deve orientar otrabalho, organizar os programas deabertura e encerramento da EBF, pro-videnciar o material para os professo-res e professoras, bem como instruirquanto ao uso. Deve também planejar,se possível, uma reunião com os pais eas mães das crianças. Deve cuidar dasfinanças (material, lanches, lem-branças) e fazer uma avaliação diáriacom os professores e professoras.

Professoras/as: precisam conhecertodo o programa; preparar diariamenteas lições; e saber, mesmo que pouco,como são as crianças, como aprendem,como se deve dar uma aula...

Auxiliares: devem ajudar nas ativi-dades, no lanche, nas brincadeiras. Naausência do professor ou professora,

Page 31: Melhor do Recriar a Escola Dominical

3232

1. Incentive a participação dascrianças no planejamento e realiza-ção dos cultos.

2. Inclua os pedidos de oração dascrianças nos momentos de intercessão.

3. Ouça o que as crianças têm pa-ra falar.

4. Procure conhecer as crianças i-dentificando seus nomes. Isso estabele-ce uma relação mais pessoal com elas.

5. Inclua o nome das crianças to-da vez que enviar convite, correspon-dência ou mencionar a família delas.Isso fará com que elas se sintam parteda igreja.

6. Incentive as crianças a criar,com os adultos, liturgias diferentes eque incluam orações escritas por elaspróprias.

7. Dramatize lições bíblicas e/ouos sermões com a participação dascrianças.

8. Aceite que nem tudo dá semprecerto quando envolve a participaçãodas crianças.

9. Prepare as crianças para inter-pretar “o trabalho missionário daigreja” para a congregação.

10. Deixe que elas usem sua cria-tividade e imaginação.

11. Promova o intercâmbio de in-formações, experiências e recursosentre crianças de igrejas do mesmodistrito, das diferentes regiões, dasdiferentes cidades.

12. Incentive as crianças a dar tes-temunhos por meio de sua história defé.

13. Lembre aos adultos que a cri-ança pode ver Deus no sorriso e nocarinho da congregação.

14. Faça da sala de aula um lugaragradável. Ansiedade, medo, curiosi-dade e insegurança são alguns dossentimentos da criança quando ela énova na Igreja ou na Escola Domini-cal. Lembre-se sempre disso e tenteajudá-la.

Têca Greathouse

Como podemos ajudar as criançasa desenvolver o respeito e a admira-ção pelas pessoas dos vários gruposraciais, étnicos e culturais? Aqui es-

tão algumas sugestões:Fale do valor e da importância das

pessoas de cada grupo étnico e racial,destacando o positivo de suas cul-turas e a necessidade de nos relacio-nar com elas para conhecê-las e nosdeixar conhecer.

Convide pessoas de diferentes ra-ças e/ou culturas para falar em suaclasse.

Incentive uma linguagem inclusi-va e atitudes que não permitam dis-criminação de qualquer espécie.

Promova oficinas que abordem asartes, levando as crianças a conhecere valorizar as diferentes expressõesculturais dos grupos, seja por meio da

música, da dança, da dramatização,do folclore ou dos alimentos.

Examine e corrija, se preciso, suaprópria atitude para com as pessoas,grupos, etnias e/ou culturas diferen-tes da sua.

Lembre-se, seu exemplo é o me-lhor método de ensino!

Promova uma reflexão sobre o tex-to de Gl 3.28-29: “Não pode haver ju-deu nem grego, nem escravo, nem li-berto; nem homem, nem mulher, por-que todos somos um em Cristo Jesus.”

Têca Greathouse

A criança é parte importante do tra-

balho da igreja. Sua presença nas

classes de nossas Escolas Domi-

nicais representa a certeza de um

mundo melhor e mais cristão. Sua

fé, espontaneidade e desejo de

aprender nos contagiam e inspiram.

Datas para ser lembradas

com as crianças

Dia Nacionaldos Direitos Humanos:

10/12Dia Nacional de Combate

à AIDS: 1/12Dia Nacional do Combate

ao Racismo: 20/11

Ensinando as crianças a respeitar as pessoasde todas as raças, etnias e culturas

Incentivando a participaçãoda criança na vida da Igreja

Page 32: Melhor do Recriar a Escola Dominical

3333

1) O QUE PENSAM

Você sabe o que vai na cabeça dascrianças bem pequenas de dois, três equatro aninhos?

Para essas crianças, tudo é muitoconcreto. A mente delas ainda nãoconsegue entender as coisas abstra-tas. Ou seja, essas crianças, de fato,só entendem o que conseguem pegar,ver, sentir e, de preferência, pro-var/experimentar.

Sendo assim, como pode uma cri-ança pequena conhecer a Deus?

2) COISAS ABSTRATAS,SENTIMENTOS E FÉ

A criança sente e conhece por ex-periência, mais rápido do que atravésde palavras. Por isso devemos falarsobre Deus (passar as idéias e concei-tos!), mas principalmente permitirque ela viva esta experiência.

A criança pode ouvir e repetir fa-cilmente a palavra “amor”, mas quan-do lhe ensinamos, por exemplo, queDeus é amor, seu entendimento de-penderá de sua experiência de amor,

porque a palavra amor é abstrata (écoisa que não se pega, cheira, etc.) Aprimeira experiência de amor deuma criança é na família. O amorque recebe e compartilha com cadamembro desta família e a segurançaque sente no seu lar vai ajudá-la acompreender o Deus que é amor.

Precisamos ter sempre em menteas características da idade com a qualtrabalhamos, para podermos adequaro que precisamos ensinar àquilo quea criança tem condição de aprender.

3) VISANDO UMFIM PROVEITOSO

Para desenvolver um bom traba-lho, o primeiro passo é conhecer ascrianças com as quais se trabalha e asprimeiras perguntas são: Qual a faixaetária? Quais as características e inte-resses das crianças nesta idade? Nocaso das crianças de até 4 anos, não seesqueça de que, além de permitir queas crianças vivam concretamente suasexperiências, você precisa ser breve,pois elas têm pouco poder de con-centração, cansando-se facilmente.

Quando não nos atemos a estasquestões, gastamos tempo falando,cantando e contando histórias paranossas crianças e elas acabam apro-veitando/aprendendo muito pouco.

Precisamos nos preparar e fazer omelhor para Deus e por nossas crian-ças. É preciso conhecer as característi-cas e interesses de cada idade e desen-

Falando do Natalpara as crianças

Page 33: Melhor do Recriar a Escola Dominical

3434

volver um trabalho apropriado. Casocontrário, nosso trabalho será em vão.

4) ENSINANDO SOBRE O NATAL

Se perguntarmos às crianças deaté quatro anos “O que é o Natal?” oque será que elas vão responder?

Para umas, Natal é tempo de Pa-pai Noel e presentes, tempo de lojasenfeitadas: para outras, é a árvore deNatal, sinos, cartões. Por aí vemosque o Natal é tudo que elas vêem, pe-gam e sentem. As definições são rela-cionadas com o concreto! Claro, al-gumas crianças, por freqüentarem aigreja desde bebês, até podem respon-der que é o nascimento de Jesus. Mas,geralmente estão repetindo apenas oque ouviram de um e outro adulto.

Nossa preocupação deve ser a deverificar se nós, que ensinamos, temossido sensíveis e sensatos em nossa ta-refa de educação cristã, e, conseqüen-temente, nos questionar: as criançastêm conseguido absorver a mensagembíblica e cristã do Natal? Precisamostornar esta mensagem mais bonita ebem mais concreta que a figura do Pa-pai Noel, dos presentes...

Será que nós, educadores, temosconseguido, além de contar a históriado Natal, permitir que as crianças vi-vam a experiência do Natal?

5) TRABALHANDO A IDÉIADO NATAL

Os enfeites

A criança pequena gosta de enfei-tes de um modo geral. Vamos apro-veitar bem este seu interesse. Come-ce conversando com ela sobre os en-feites do Natal: bolas, sinos, árvores,etc.

Vamos deixar as crianças conta-rem o que estão vendo. “O que éisto? E isto?”– Vamos perguntando.Você pode ir anotando em folhagrande o que elas forem respon-dendo (as crianças pequenas gostamque a gente escreva o que elasdizem!).

Depois, pendure a folha no quadroou mural para que outras pessoas lei-am. Convide também as mamães epapais.

É hora de fazer uma outra per-gunta às crianças: “Por que a genteenfeita tudo no Natal?”

Vamos conversar: Vocês sabiamque a mamãe, o papai, a vovó e todosda família também enfeitaram tudoquando vocês iam nascer? Façamcomparações. Comparem o nasci-mento de Jesus com o nascimentodelas (mas devagar, bem devagar,passo a passo).

Primeiro peça fotos de quandoelas nasceram. Monte um painel comas fotos e solicite aos pais que con-tem como enfeitaram tudo para espe-rar o filhinho ou a filhinha queridaque ia nascer.

Uma ou mais mamães podem ir àsala contar como foi o nascimento dofilho ou filha e, de preferência, atémostrar alguns presentes que a cri-ança ganhou nesta ocasião. As cri-anças podem trazer para a sala pre-sentes que ganharam quando nasce-ram. Monte uma pequena exposição.

Prepare tudo com antecedência1) Faça uma pequena reunião

com os pais para que eles compreen-

dam o seu trabalho e possam colabo-rar. Peça-lhes para contarem váriasvezes para a criança como foi a épo-ca de seu nascimento. Lembre aospais que se atenham apenas aos bonsmomentos, se, por acaso, o nasci-mento tiver envolvido algum drama.

2) Mande bilhetes aos pais lem-brando o que você quer que as crian-ças tragam para as aulas.

3) Convide outras pessoas paravisitar a sala das crianças.

Quando tudo estiver pronto, seráhora de fazer uma festinha de aniver-sário com as crianças, com bolo, bo-las e muitos enfeites. Deixe que ascrianças participem da confecçãodos enfeites. Por exemplo:

1) Confeccionando uma árvorede Natal;

2) Ajudando a preparar o bolo,que poderá ter um motivo natalino;

3) Ajudando a enrolar docinhos...

Os “parabéns” serão para todomundo; afinal, o dia de aniversáriotem a ver com o dia em que nasce-mos e isto precisa ser bem reforçado.As crianças poderão entender melhora festa que fazemos no aniversário deJesus se viverem bem toda esta fase.A cabecinha delas estará pronta paraentender que:

Page 34: Melhor do Recriar a Escola Dominical

3535

1) Se todos da minha família fica-ram contentes com meu nascimento,com a família de Jesus também foiassim;

2) Se eu faço festa todo ano nomeu aniversário, vou fazer festa paraJesus também;

3) Se eu ganhei presentes quandonasci, o bebê Jesus ganhou também.Se todos me visitaram, Jesus foi visi-tado também.

Agora, sim, depois de tudo istobem vivido e explorado com as crian-ças, você pode contar a história de Je-sus para elas. Enfatize Maria com Je-sus na barriga andando de burrinho, achegada na estrebaria e a estrela quebrilhou para enfeitar a estrebaria, obercinho de palha, as visitas... elas vi-veram tudo isto, portanto podem en-tender como se Jesus fosse um bebêcomo elas mesmas. Aproveite, então,para dizer que Jesus é filho de Deus, eque Deus nos deu Jesus de presente.

6) TRABALHANDO COM AS CRI-ANÇAS

Lembre-se de que as crianças pe-quenas já sabem fazer muitas coisas; ecomo elas gostam de ajudar! É muitoimportante que as crianças tenham

oportunidade de participar. Elas apren-dem a curtir muito mais aquilo que aju-dam a fazer e construir, do que o queganham pronto. Temos observado pro-fessores de crianças de dois e três anosque dão tudo prontinho para as cri-anças. Isto não é bom, não é pedagógi-co. Comece a pensar bem nisto e...mãos à obra.

Bolas de Natal – Para as criançaspequenas, as bolinhas não devem sercompradas e sim feitas por elas. Re-corte bolas de todo tamanho em papelcartão ou cartolina e deixe que elasenfeitem com desenhos, colagem depapel brilhante ou mesmo purpurina.Depois, fure no alto, passe um cordãoe enfeite a árvore da sala. Você podeincrementar com fios prateados e lu-zes que piscam.

Recorte também sinos, botas, estre-las e proceda da mesma forma que fezcom as bolas. A árvore vai ficar linda!

Sinos e estrelas em tamanho gran-de podem ser enfeitados pelas crian-ças colando bolinhas de papel cre-pom amassado, pintando ou mesmodesenhando. Cole nas paredes e nasportas os trabalhos das crianças.Mande alguns para casa e enfeite ou-tros lugares da igreja.

Asas de Anjos. Prepare asinhasde anjos com cartolina forte oupapelão, enfeite com as crianças edeixe-as brincar de anjinhos.

Bandinha de Natal. Dê sininhose guizos para elas tocarem enquantocantam as músicas de Natal. Fazerchocalhos é muito fácil e você podefazê-los com as crianças, usando la-tinhas ou potes de danoninho.

Docinhos e biscoitos. Para a fes-ta de aniversário você pode fazer oucomprar doces e biscoitos em formade estrelas, árvores, botas, sinos.

Deixe as crianças, pelo menos,colocarem os enfeites finais no bolo,como jujubas e granulado. Não levebolo pronto para a sala. Lembre-se,quanto mais as crianças participarem,concretizando os detalhes, melhoresoportunidades terão para fixar a men-sagem. Dá mais trabalho, mas é mui-to mais produtivo... Bom trabalho!

Baseado no texto de Zélia Zerbinato

Page 35: Melhor do Recriar a Escola Dominical

DATAS ESPECIAISATIVIDADES

Page 36: Melhor do Recriar a Escola Dominical

39Dia do/a Pastor/a: ........................................ 1º de janeiroDia Mundial da Paz: .................................... 1º de janeiroDia Mundial de Oração: .............................. 1º de marçoDia da morte de João Wesley: ...................... 2 de marçoDia Internacional da Mulher: ...................... 8 de marçoDia da Confederação da SociedadeMetodista de Mulheres: .............................. 12 de marçoDia da Mocidade: ........................................ 19 de marçoPáscoa:........................................................................ abrilDia do Índio: .................................................. 19 de abrilDia da Faculdade de Teologiae Dia do Seminarista:...................................... 21 de abrilDia do Trabalhador:........................................ 1º de maioDia das Mães: .......................... segundo domingo de maioDia da Experiência Religiosade João Wesley: .............................................. 24 de maioDia Nacional daOferta Missionária: ................ terceiro domingo de maioDia de Pentecostes: ........................................ 1º de junhoDia do Expositor Cristão: .............................. 7 de junhoDia do Meio-ambiente: .................................. 5 de junhoCorpus Christi: ...................................... junho / variávelDia do Nascimento de João Wesley: .......... 27 de junhoDia das SociedadesMetodistas de Mulheres: ................................ 5 de junhoDia do/a leigo/a: ............................................ 14 de junhoDia do amigo: ................................................ 20 de julho

Dia do Lavrador: ............................................ 25 de julhoDia dos Pais: ..............................segundo domingo de agostoSemana de Oraçãopela Pátria: ....................................1ª semana de setembroDia da Autonomia da IgrejaMetodista no Brasil: ..................................2 de setembroDia do Juvenil: ..........................................17 de setembroDia da Escola Dominical: ..............3º domingo setembroDia da Voz Missionária: ..........................18 de setembroDia da Terceira Idade: ..............................27 de setembroDia das Crianças: ........................................12 de outubroDia dos Professores/as: ..............................15 de outubroDia Mundial da Temperança: ....................25 de outubroDia da Reforma: ..........................................31 de outubroDia do/a Pastor/aAposentado/a: ..................segundo domingo de novembroDia das SociedadesMetodistas de Homens:..............................19 de novembroDia Nacional daConsciência Negra: ....................................20 de novembroDia de Ação de Graças: ..última quinta-feira de novembroDia Internacionalde Combate à AIDS: ................................1º de dezembroDia da Bíblia: ............................................8 de dezembroDia Universal dosDireitos Humanos: ..................................10 de dezembroNatal: ........................................................25 de dezembro

Datas comemorativasDatas importantes para as Igrejas cristãs e algumas especiais para a Igreja Metodista

Page 37: Melhor do Recriar a Escola Dominical

Uma das características marcan-tes do/da juvenil é o idealismo e asensibilidade.

Notamos essas qualidades em su-as atitudes desinteressadas e altruís-tas. O amor, a amizade, a admiração,a dedicação e a verdade são deseja-dos por eles, quando oferecidos comsinceridade.

O espírito crítico do qual é possui-dor ajuda o juvenil a tomar consciên-cia dos fatos, aguçando-lhe o senso dejustiça e tornando-o um reformador.

Essas tantas qualidades dos juvenisdeveriam ser aproveitadas de maneira

mais positiva pela Igreja que, além decolaborar para o crescimento espiritualda juventude, estaria também con-tribuindo para sua própria renovação.

É nesse espírito que sugerimos aatividade abaixo:

• Incentive os juvenis a comunicara alegria da Páscoa com crianças dealguma creche ou da Escola Domi-nical, organizando a seguinte brinca-deira:

• Combinar previamente com adireção da creche ou da classe de Es-cola Dominical.

• Comprar balas em formato deovinhos ou ovinhos de chocolate.

• Em local escolhido – de prefe-rência ao ar livre, num lugar em quehaja grama, plantas, pedras e árvores– esconder os ovinhos.

• Entregar a cada criança um saqui-nho (caixinha ou cestinha). Explicarque devem procurar os ovinhos escon-didos e colocá-los nos saquinhos.

•Ao ouvir o sinal, todas as criançasdevem sair a procurá-los.

• Terminada a procura, reúna ascrianças para averiguar quem achou omaior número de ovinhos.

• Todos os ovinhos são recolhidose, em nova distribuição, cada criançareceberá igual número dos mesmos.

Conclua a brincadeira e reflita comas crianças. Pergunte como elas se sen-tiram nos diversos momentos. Foi me-lhor quando uns tinham mais que osoutros? Como se sentiram ao repartircom os outros o que tinham? Por quedevemos repartir o que temos?

MENSAGEM DE PÁSCOA

Zenilda Navarro Oliveira

Do embrião à flor;Caules, folhas e frutos,Terminado o ciclo, cansaço e dor.Murcha e ressequidaMorte da flor.

Da estrela de Belém – o filho;parábolas, discípulos,coisas de amor.Terminado o ciclo,A cruz – morte e dor!

Como homem foi ferido,machucado,sangrou.Olhou a multidãoperplexoe chorou!

Como Deus, previu a mesquinhezdo mundo.Das flores ressequidas, retirou se-mentes.E para salvar homens e mulheresRessuscitou!

Desenvolva esta atividade com os

juvenis. Eles devem se envolver

com as crianças e celebrar a Páscoa

com a alegria e a reflexão que ela

inspira.

Juvenis celebrama Páscoa com as crianças

40

Page 38: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Material bíblicoMateus 28.1-10; Marcos 15.1-8;

Lucas 24.1-12; João 20.1-10 – Aressurreição de Jesus.

Para decorar“E eis que estou convosco todos

os dias.” (Mateus 28.20)

Comunicação na aulaDizer: Hoje vamos imaginar que so-

mos o povo que viveu junto deJesus há muitos anos. Vamos verse podemos nos sentir como opovo se sentiu naquela ocasião.Vamos fazer isso usando mímica.Vocês sabem o que é mímica?É imitar uma outra pessoa oucoisa, fazendo o que ela faz ousente (fazer uma experiênciacom mímica, as crianças imitan-do seus gestos). Assim, imitamosos gestos de alguém. Tambémpodemos imitar os sentimentosde alguém. Vamos pensar em

alguma coisa muito alegre: umpasseio, uma coisa gostosa, umabrincadeira divertida. Mostrecom seu rosto e seu corpo, a ale-gria que você sente (fazer amesma coisa com a palavra “tris-teza”).

Assim que as crianças entenderembem o que quer dizer “mímica”,pode-se estabelecer as regras dojogo:1. Na hora determinada, todos

vão andando pela sala, bem à vonta-de, sem conversar, sem tocar ou es-barrar em outra pessoa.

2. No sinal indicado (o “plin” deum triângulo ou a batida de doiscôcos, ou outro sinal combinado)todos param, ficando como “está-tuas”, justamente na posição em quese encontravam na hora do sinal.

Experimentar para ver se todosentenderam as instruções. Pode-sesugerir um movimento enquanto elesandam. Ex: Vocês estão na praia... o

sol está muito quente... (sinal depraia). Andando de novo, vocês estãono centro da cidade... há muita genteandando depressa... não podematrasar o serviço... têm que tomar umônibus... (sinal). (Criar situações bemdentro da realidade do seu grupo decrianças). Depois de cada parada, ascrianças podem observar a cena cria-da. Verifique o sentimento surgido.Todos estão seguindo as regras?

Dizer: Agora, vamos juntos reviveraquela última semana quando Je-sus estava na terra. Vamos ima-ginar que nós somos as pessoasque conheciam Jesus naqueletempo, há muitos e muitos anos,em Jerusalém. Escutem commuita atenção o que vou falar, eao mesmo tempo procurem ima-ginar a cena e sentir o que osamigos de Jesus sentiram. Vamosandar em nosso próprio ritmo,como andamos geralmente.1. É Domingo de Ramos. Pode-

mos ver Jesus chegando de longe. Elevem montado num burrinho.Estamos muito alegres. Jesus é o reiprometido. Jesus nos ensinou tantascoisas boas... ele ajudou muitas pes-soas... Jesus vai ser nosso rei. Come-moramos a sua entrada na cidade.Vamos pular e dançar com alegria.Vamos pegar alguns ramos e estenderno caminho. Vamos sacudir algunsramos no ar. Hosana... Aleluia...Bem-vindo o nosso rei! (sinal deparar). Observemos essa cena de ale-gria.

2.(Andando de novo) Os inimigosde Jesus procuravam uma forma de

Jesus está vivo!Lição para o Domingo de Páscoa

Page 39: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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acabar com ele. Não o queriam comorei. Então o pegaram e levaram preso.Isso fez seus amigos ficarem muitotristes. Imaginem Jesus, o rei preso!Ele não fez mal a ninguém... só andoufazendo o bem! E mais tristes todos

ficaram quando puseram Jesus nacruz. Jesus, o grande mestre, aqueleque seria o rei, estava morto. Comotodos ficaram tristes, mas tristes mes-mo! (sinal). Observar a cena.

3. Temos medo, muito medo. Émelhor, por enquanto, nos reunir empequenos grupos, em lugares escondi-dos, para conversar em voz baixa. Es-tamos com muito medo dos escribas efariseus. Sentimos uma profunda tris-teza e desespero (sinal). Observar.

4. (Andando). No terceiro dia de-pois da morte de Jesus, três mulhereschamadas Maria, bem cedo de manhã,foram ao túmulo para colocar perfu-mes em seu corpo... Mas, quando che-garam, que surpresa! A pedra estavafora do lugar, e o túmulo vazio. Elasficaram surpreendidas. Perguntaramonde tinham colocado Jesus. Imagi-nem a sua alegria quando chegou aresposta: “Jesus está vivo. Ele não es-tá mais aqui. Ele ressuscitou”. Elascorreram à cidade, para contar aos ou-tros. Nós ouvimos a boa notícia. Co-mo ficamos alegres! Deus nos ama.Ele fez com que o nosso rei vivesse

para sempre! Corremos pela estradapara contar a todos! “Jesus está vivo!Ele ressuscitou! Ele estará sempre co-nosco” (sinal). Observar a cena.

As crianças sentam em roda, econversam sobre a experiência da mí-mica. Foi fácil ou difícil imaginar es-tar em outro lugar, há muitos e mui-tos anos? Como é que Jesus pode es-tar conosco hoje? Se escolhermos Je-sus como rei de nossa vida, temosque fazer o que ele ensinou, isto é,amar e servir aos outros.

Dividir as crianças em grupos deduas ou três, para pensar em algumacoisa que podem fazer para mostrarque Jesus está vivo e é o rei de nossavida. (Dar tempo para que elas pensemem algumas maneiras de mostrar amore serviço). Deixar que cada grupo apre-sente, com mímica, a ação escolhida.Avaliar juntos a experiência. Enfatizarque Jesus está vivo em nós quandoseguimos os seus mandamentos.Terminar com oração pelas crianças.

Adaptada da revista‘Ensino Eficiente’

“Você sabe o que quer dizerPáscoa? Páscoa quer dizer “pas-sagem”. Era uma festa importantepara o povo da Bíblia e ainda é hoje.É comemorada em família, comcomidas especiais, relembrando umacontecimento especial: a saída deuma terra estrangeira para uma novaterra, na qual todos viveriam emliberdade, isto é, fazendo as coisasque gostavam, e não as que os outrosqueriam que fossem feitas. A famíliade Jesus também comemorava a festada Páscoa.

Um dia, quando Jesus já estavabem grande e ensinava as pessoas a

respeito de Deus, foi até uma cidadechamada Jerusalém, em que ficava oTemplo, a igreja mais bonita daépoca, para comemorar a Páscoa.

Algumas pessoas não gostavamde Jesus porque ele defendia os maispobres, os doentes e os fracos. Eessas pessoas orgulhosas e sem amoraos outros prenderam Jesus e fizeramseu julgamento. Resolveram que eleseria pregado numa cruz e que ficarialá até morrer.

Jesus foi morto por causa dascoisas que falava e fazia.

Mas, na manhã do Domingo dePáscoa, uma coisa diferente aconte-ceu: quando algumas de suas amigasforam procurá-lo no túmulo, nãoencontraram o seu corpo ali. Ele

tinha ressuscitado, quer dizer, tinhavivido novamente.

Os amigos de Jesus no passadotiveram a certeza de que ele continu-ava vivo. Por isso, passaram acomemorar a Páscoa como o dia daressurreição, da nova vida de Jesus edos seus amigos.

Nossas famílias comemoram aPáscoa, nos dias de hoje, como o diaem que Jesus ressuscitou, procurandosentir sua presença e sua companhiacom aqueles que o amam e o seguem.É uma alegria saber que Jesus está vivonos corações e nas mentes de todas aspessoas que o amam e seguem.

Retirado da revista Bem-te-vi,2º semestre de 1980

Comemorando a Páscoa com alegria“Eu estou com vocês todos os dias” (Mateus 28.20)

Esta história foi preparada paraser contada a crianças de 7 a 9 anos.

Page 40: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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1. Reúna o grupo de juvenis e veri-fique se conhecem as músicas do Pro-grama. Caso não as conheçam, aindahá tempo de aprendê-las!

2. Verifique o material necessáriopara os cenários.

Quadro 1Uma esteira, um ou mais potes

(ou jarra de barro) e uma rede.

Quadro 2A sala de uma residência, como

as que comumente se vê em nossosdias. Também providencie um jornale um jogo, que pode ser dama oudominó.

Quadro 3Coloque uma cruz bem grande, à

frente de um desenho de um sol. Vejao exemplo no desenho desta página

3. Utilize um tecido de cor escuraou listrado para as vestimentas dosdiscípulos. Passe-o por cima de umombro, com algumas dobras pre-

gadas por cima do outro, e descendopela frente e por trás. Pode-se colo-car, por cima dos ombros, um tecidode cor diferente, caindo como umaespécie de capa. Na cabeça, coloqueum turbante e nos pés, sandálias decouro entrelaçado.

Outras sugestões:Os juvenis que vão representar os

personagens devem utilizar a sua lin-guagem própria do dia-a-dia. Os diá-logos devem ser bem espontâneos.

Uma opção para o Quadro 2seria a seguinte:

Ao invés do Juvenil 1 ler as no-tícias no jornal, coloque um rádio, ouuma caixa imitando um rádio sobre amesa. O juvenil finge ligar o rádio euma voz escondida dá algumas notí-cias de guerra, miséria, brigas, tris-tezas...

QUADRO 1

Cenário:Interior de uma casa de Israel.Personagens:Cinco discípulos de Jesus (quatro

discípulos entram na sala).

Discípulo 1: Vocês viram só? Eunem posso acreditar...

Discípulo 2: (Joga-se desanimada-mente sobre a esteira, no chão,de bruços)

Discípulo 3: Mas, como é que issopôde acontecer?

Discípulo 4: Eu não suporto tantahumilhação!

Prepare esta dramatização coma classe de juvenis e apresente atoda a igreja.

A Esperança da VidaSugestões para Quaresma e Páscoa

Page 41: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Todos: (cantam ou recitam)Que tristeza profundaNão temos a quem chamarA única luz do mundoagora apagada está.

(Entra o discípulo 5, afobado, efecha rapidamente a porta).

Discípulo 5: Consegui escapar!Muita gente estava atrás de mime me ridicularizavam. Não seiquem lhes contou que eu era umdiscípulo de Jesus.

Discípulo 2: (senta-se na esteira, ecoloca a cabeça entre as pernas)

Discípulo 5: É pessoal! Nós estamossozinhos. O que é que a gente vaifazer agora?

Todos: (entreolham-se, desanimada-mente e cantam)Sozinhos por entre os povos,cercados de zombaria.O mestre nunca existiu!Confirma a maioria.Vazio que dá na alma.O Cristo acabou na cruzE toda promessa de pazMorreu com o próprio Jesus.

(a luz do palco se apaga e encer-ra-se o quadro)

QUADRO 2

Cenário:Sala de uma residência, nos dias

de hojePersonagens:Três juvenis (Um juvenil lê o jor-

nal do dia/ouve as notícias do rádio,enquanto os outros dois jogam domi-nó, dama ou outro jogo de mesa)

Juvenil 1: Ei! Vejam só esta notícia(lê uma manchete sobre algumaviolência ou guerra entre nações).É incrível! Será que as pessoasnão vão deixar nunca de odiar asoutras?

Juvenil 2 (interrompendo o jogo):Sei lá... A gente tem aprendidomuita coisa interessante lá naigreja. Mas na prática, tudo se

torna mais difícil. Olha só o meucaso: a turma do colégio me con-sidera um boboca quando douminhas opiniões sobre algum as-sunto. Para o pessoal, religiãonão tem o menor significado...

Juvenil 3: Será que vale a pena agente ficar se preocupando tantoem amar o próximo?

Juvenil 1 (interrompendo, pensati-vo): É mesmo... Será que vale apena a gente falar de paz, deamor e harmonia?

Juvenil 3 (desanimadamente):Acho que o melhor mesmo é agente entrar “na onda” da tur-ma... Cada qual que se preocupeconsigo mesmo...

Juvenil 2: E pelo jeito, a gente estácomo que “andando contra a cor-renteza”.

(a luz se apaga. Encerra-se o quadro)

QUADRO 3

Cenário:Uma grande cruz, com um desenho

do sol, ao fundo. Um foco de luz bemforte, iluminando a cruz.Personagens:Todos os discípulos e os juvenis

das cenas anteriores.

Voz: Minha gente, acabou-se a tris-teza, Jesus ressuscitou! Eu vi otúmulo vazio!

Cântico: Aleluia (U. Cantoni e F.Parsonage)Jesus Cristo está vivo,exultem de alegria!É a ressurreição!Jesus vive pra sempre,vive eternamente!Povos de norte a sul cantai!

(Os personagens aproximam-selentamente ao centro do palco, decostas para o público e de frente parao cenário. Somente o foco de luz ilu-mina o cenário)

Voz: Vejam só! Não há mais motivopara tristeza, nem desânimo.

Lembrem-se do que o próprio Je-sus falou: “No mundo vocês vãosofrer; mas tenham coragem euvenci o mundo”.

Cântico: “Meu Redentor vive”(Cancioneiro Nova Canção, p. 54).

(No final do cântico, os persona-gens dão-se as mãos, estendendo-aspara o alto)

Voz: A ressurreição de Cristo é vitó-ria e salvação. É o começo doseu reino, é a nova criação. Nas-ceu o sol da esperança! Feliz éaquele que pode confiar nisto!

(As luzes do palco se acendem, eos personagens voltam-se para a con-gregação e cantam)

Cântico: “A nova canção do cancio-neiro” (A nova canção, p. 47)

Pode-se terminar o programa comuma oração, ou afirmação de fé(Credo Apostólico) e também umhino de Páscoa conhecido por todos.

PoesiaJESUS RESSUSCITOU

S. P. Kalley

Jesus ressuscitou!Há grande exultação!Pois para todos conquistouEterna salvação!Jesus ressuscitou!É finda a grande dor!Na morte preso não ficouErgueu-se vencedor!Jesus ressuscitou!A nova é bem veraz;E a todos nós assegurouPerdão e graça e paz.Jesus ressuscitou!Vencida a morte está!Aqueles que na cruz salvou

Page 42: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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DRAMATIZAÇÃO

A Flor do Amor

Diante de todos, é colocado umquadro grande de flanela (flaneló-grafo) no qual será armada a “flor doamor”: o miolo é feito em papel dou-rado e as pétalas em papel vermelho.Em cada uma, é escrito o que repre-senta: amor, obediência, respeito,ajuda, carinho. Todas as crianças par-ticipam. Algumas falam à frente e asdemais, em seus lugares, cantam asmúsicas indicadas.1. Diálogo entre duas crianças:

A: Eu hoje quero encontrar um pre-sente de valor. Para à mamãeofertar, mostrando-lhe meu amor.Não sei o que escolher.Dinheiro? Não tenho não! O quedevo oferecer? Você tem umasugestão (dirigindo-se à outracriança)?

B: Existe um lindo presente, quequalquer um pode dar. Não secompra, nem se vende e todamãe quer ganhar (Indicando oquadro onde será formada aflor). Preste aqui muita atençãoao que vamos lhe mostrar. E teráuma sugestão para um presentesem par.

A: (indagando) Flor? Rosa?Cravo? Qual?

B: (respondendo) Ela sechama Flor do Amor!

(Colocar no quadro deflanela, em cima, um cartão comessas palavras: Flor do Amor. Em

seguida, as crianças, trazendo omiolo e as pétalas, chegam e falam oseu versinho, uma de cada vez. Apóscada versinho, todas as crianças can-tam as músicas indicadas.)

1ª criança: (traz o miolo e coloca-ono centro do quadro) O miolodourado que enfeita a flor tem oseu nome: chama-se amor.

Cântico: Todas as crianças cantam,com a melodia de ‘Muitos anosatrás’:

O amor é o começo,O amor é o fim...Com amor pode haverEsta flor no seu jardim!

(Cânticos de Natal, p. 11. Cantarduas vezes, seguindo a música)

2ª criança (Pétala Obediência.Coloca no quadro): Para a flor doamor formar é preciso obedecer.Assim o meu, o seu lar muitofeliz há de ser!

Cântico: ‘Todos os dias, mamãefarei’

3ª Pétala: (Respeito. Uma criança acoloca no quadro e diz o versi-nho): À mamãe e aos mais ve-lhos nós devemos respeitar.Sigamos os seus conselhos e pazhaverá no lar!

Sugestões para acomemoração doDia das Mães

Page 43: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Cântico pelo grupo todo: ‘Prometorespeitar’ (Música de ‘Eu querotrabalhar’)

Prometo respeitar (3 vezes)Sempre você, mamãe!

4ª criança (Pétala Ajuda. Coloca noquadro): A mamãe está cansada,cansada de trabalhar. É nossodever de filhos alegremente ajudar.

Todos cantam: melodia de ‘Eis-meaqui’.

As minhas mãos tão pequeninasEis, ó mamãe, pra te ajudar!Mesmo criança, eu desejo em nossacasa cooperar.Eis-me aqui, ó mamãe, minhas mãospra te ajudar!Com amor, ó mamãe, servindo no lar.

5ª criança (Pétala Carinho. Colocano quadro): Mamãe gosta decarinho, carinhos vamos lhe dar!Cada um no seu cantinho, boasmaneiras usar!

Cântico: ‘Todos os dias, mamãefarei’ (a essa altura, a flor jáestará completa no quadro)

Dirigente: Aí está a sugestão de umótimo presente que os filhos (cri-anças ou adultos) podem oferecerà mamãe no dia de hoje, e emtodos os dias do ano. Vamos pen-sar em fazer isso, enquanto ouvi-mos as crianças cantar.

Todas as crianças, de pé, cantam:Flor do amor, flor diferente,Que devemos cultivar,Plantando sua semente,Cada dia em nosso lar!Sim, esta flor! Sim, a flor do amor!Sim, esta flor! Traz bênçãos do

Senhor!Com alegria nós cantamosAo bom Deus nosso louvor;Com carinho ofertamosPra mamãe a flor do amor!(Música do Hino nº 146 do Hinário

Evangélico)

Complementando o programa, as

crianças podem fazer cartões decora-dos na frente com a flor do amor(recorte e colagem), com a seguintemensagem dentro:

MamãeNeste seu festivo dia,Ofereço-lhe esta flor.Mostrando com alegriaGratidão e o meu amor!Saudação à mamãe

Música de Ciranda(Maria Dinorah)

Vamos todos bem contentes,vamos todos cantar,muitos mimos e presentesÀ mãezinha ofertar!

A mãezinha é tão bondosa,que cuidados tem por nós!Seja para festejá-laNeste dia a nossa voz!

Mamãezinha, te saudamoscom ternura e devoção!És o bem maior que existepara o nosso coração!

UMA ORAÇÃO:(LEITURA CORAL)

Grupo 1: Senhor, vós que sois a luzdo mundo,

Grupo 2: Vinde iluminar as mães!Todos: Vinde, Senhor!Grupo 1: Senhor, vós que sois o sal

da terra,Grupo 2: Vinde preservar as mães!Todos: Vinde, Senhor!Grupo 1: Senhor, vós que sois o

caminho das almas,Grupo 2: Vinde guiar as mães!Todos: Vinde, Senhor!Grupo 1: Senhor, vós que sois a

verdade das inteligências,Grupo 2: Vinde ensinar às mães!Todos: Vinde, Senhor!Grupo 1: Senhor, vós que sois a

vida dos corações,Grupo 2: Vinde vivificar as mães!Todos: Vinde, Senhor!

O MELHOR PRESENTE

(LEITURA CORAL)

Para crianças de 6 a 8 anos

(Um grupo de crianças. Uma fazas perguntas e as outras respondem)

1ª criança: Qual é o melhor pre-sente que eu posso dar à mamãe?

Todas: Ser-lhe obediente. E em casaajudar.

1ª criança: Qual é uma coisa bonitaque a ela devo dizer?

Todas: Eu te amo, mamãe querida.E quero te agradecer!

1ª criança: Neste dia festivo, qual éminha oração?

Todas: Papai do céu, abençoa amamãe do coração!

Cântico: ‘Todos os dias, mamãefarei’ (ou outro conhecido)

O MENINO DOENTE

(LEITURA CORAL)

Baseado no poemade Manuel Bandeira

Grupo A: O menino está doente,está com febre delirando...

Grupo B: Mamãe está a seu lado.Grupo C: Afaga-lhe a cabeça.Grupo A: Coloca-lhe o termômetro.Solo (menina): Será que a febre

passou?Grupo B: Prepara o seu remédio.Solo (menina): Toma, filhinho! É

para sarar. Não é ruim, não!Olha, mamãe vai provar!

Grupo A: O menino está inquieto.Sente-se mal. Não pode dormir.

Grupo B: Mamãe canta baixinho...(As meninas cantarolam em boca“chiusa” uma canção de ninar)

Grupo C: A febre passou...Grupo A: O menino dormiu...Todos: A mamãe sorriu...Grupo B: (canta baixinho a mesma

canção de ninar, cada vez maisbaixinho)

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Uma dramatizaçãopara Pentecostes

Pentecostes é uma festa judaico-israelita, adotada posteriormente pe-los cristãos. No Antigo Testamento(AT), ela faz parte das três principaisfestas do calendário anual (Êx 23.14-17). É interessante perceber que, noAT, essa festa possui dois nomes:Festa da Colheita e Festa das Sema-nas (Êx 34.22). Esses nomes contamum pouco da história e razão da festaanual. O nome “colheita” indica queera realizada durante a colheita de tri-go. O nome “semanas” tem sua razãode ser na posição da festa no calendá-rio anual, isto é, cinqüenta dias apósa celebração da Páscoa. O nome“pentecostes” vem da tradução gregaque dominou a festa a partir da ex-pressão “cinqüenta dias depois”.

PENTECOSTES

Uma dramatização baseada emAtos dos Apóstolos

Elenco• Um grupo de 11 interlocutores,formado por jovens, juvenis, cri-anças e adultos. Os interlocuto-res 1 e 5 podem ser crianças.

• Narrador• Pedro

Cenário• O narrador coloca-se atrás dopúlpito.

• Os interlocutores devem posicio-nar-se de forma que sejam faci-litadas a visão e audição das pes-soas no local da apresentação.

• O personagem Pedro deverá as-sentar-se em meio à congrega-ção, para dar a impressão de seconstituir o povo do passado.

Vestimentas• A cor litúrgica para o Pentecos-tes é o vermelho.

• Para os interlocutores, camisetasou blusas vermelhas ou aindaestolas confeccionadas com fi-tas vermelhas e largas.

• Pedro deve usar uma vestimentacaracterística dos templos bíbli-cos.

Ornamentação e comunicaçãovisual• Utilize, para a ornamentação do

Page 45: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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ambiente, pipas confeccionadaspela Classe dos Juvenis.

PreparoSeria interessante se os interlocu-tores memorizassem as suas falas.

Obs.: Faça adaptações do programade acordo com a situação de suaigreja.

MOMENTO 1

Narrador: Trago-vos saudações, es-critas há quase 2000 anos porLucas, o médico, mas poderosa-mente vivas, a todos os que secongregam em nossa igreja_____ no dia de Pentecostes. (LêAtos 1.1-2)

Interlocutor 1: (em pé) Por favor,quem foi Teófilo? Nunca ouvi fa-lar dele.

Interlocutor 2: Poderia ter sido umalto funcionário que utilizava umnome secreto. Naquele tempo,era perigoso ser cristão.

Interlocutor 3: O nome Teófilo sig-nifica “amigo de Deus”. Poderiaser, quem sabe, qualquer cristão,até mesmo cada um de nós aquipresente hoje.

Narrador: Lê Atos 2.1-4Interlocutor 1: Espere um pouco. O

que é Pentecostes?Interlocutor 2: Pentecostes quer di-

zer ‘cinqüenta dias depois’. Tema sua história na festa hebraica,festa das Semanas, da Colheitaou, ainda, o Dia dos PrimeirosFrutos, quando as pessoas leva-vam ao templo os primeiros fru-tos da colheita.(Alguns juvenis apresentam no

altar amostras de cereais, frutas, plan-tas, flores e pães)Interlocutor 3: Após a ressurreição

de Jesus, quando foi comemora-da a Festa das Semanas ou Pen-tecostes, os seguidores sentiram-se fortalecidos pelo Espírito San-to para a sua grande missão.

Interlocutor 4: Foi um dia de rego-zijo!

Todo o grupo (em pé)Nós estamos alegres,Porque sentimos o poder do Pai!Porque temos comunhão em Cristo!Porque recebemos o conforto e

orientação do Espírito Santo!Pela paz em seguir a Jesus!Pela certeza da ressurreição.Pentecostes é alegria, alegria!Narrador: Lê Atos 2.5-8, 11-13Interlocutor 5: Pensaram que os dis-

cípulos estavam bêbados?Interlocutor 6: O que pensaria você se,

de repente, todos começassem afalar em línguas diferentes e aindaentendessem uns aos outros?

Interlocutor 7:Mas não era somen-te a diferença de línguas. Os dis-cípulos, cheios de entusiasmo, es-palharam alegria por todo o lugar.

Todo o grupo: Eles sentiram força,alegria, coragem, ajuda, esperan-ça! Na Páscoa, temos a vitória davida sobre a morte. No Pente-costes, há vitória da força sobre afraqueza e o desânimo.

MOMENTO II

Narrador: Então, Pedro se levantou,e em voz bem alta, começou afalar à multidão.

Pedro: (em pé – Lê Atos 2.14b-16;2.22-24; 2.36)

Interlocutor 8: Pedro foi transfor-mado. Ele era tímido. Agora, falacom autoridade e poder.

Interlocutor 9: Pedro chama Jesusde “Senhor”, o nome acima detodos os outros nomes.

Interlocutor 10: Parece que Pedroestá mostrando que todos nóscrucificamos a Jesus Cristo.

Narrador: (Lê Atos 2.37)Pedro: (Lê Atos 2.38-39)Narrador: (Lê Atos 2.40a)Pedro: (Lê Atos 2.40b)Narrador: (Lê Atos 2.41-47) E

assim, Pedro nos diz neste dia dePentecostes, em nossa igreja de____________ no dia ______, oque cada um de nós pode fazerem resposta ao chamado de JesusCristo. Vamos, em um momento

de confissão, apresentar a Deusas nossas limitações e fraquezas(pausa de um minuto).

MOMENTO III

Narrador: O iniciador do Metodis-mo, João Wesley, referiu-se aoacontecimento do dia de Pente-costes, narrado em Atos 2, comoo momento em que o Senhor esta-va “moldando a argila”, simboli-zando a educação e o preparo pa-ra servir e anunciar o Evangelho.

Canto: PreceInterlocutor 11: Mas isso foi no

passado. Será que ainda hoje oEspírito é a fonte de poder e co-ragem?

Narrador: Jesus prometeu: ‘Mas oAuxiliador, o Espírito Santo, queo Pai vai mandar em meu nome,vai ensinar todas as coisas a vo-cês, e fazer com que se lembremde tudo o que falei’ (João 14.26).

Interlocutor 8: Isso significa queDeus está ainda hoje ao nosso la-do, agindo em nossos corações,ensinando-nos a amar, perdoar eservir.

Narrador: Sim, nós não podemosfazê-lo sozinhos. O Espírito San-to, que esteve com o povo daIgreja Primitiva, está conosco ho-je. Esse Espírito auxiliador se fezpresente no Dia de Pentecostes,como um vento soprando em ca-da vida. E até hoje ele sopra.

Todos: (participantes e Congrega-ção) Sentimos força, alegria, co-ragem, ajuda, esperança.

Momento para compartilharNarrador: E vocês? Qual tem sido

a sua experiência? Em apenasuma frase, conte como o EspíritoSanto lhe ensina a viver (Reservenão mais do que 10 minutos paraesse momento).

Canto: A Pipa

Rev. Tércio Machado SiqueiraFaculdade de Teologia

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49As atividades abaixo sugeridas

poderão ser utilizadas nas aberturasde Escola Dominical, durante o pe-ríodo do Pentecostes.

1ª atividade – Toda a comunida-de reflete sobre o significado do Pen-tecostes na vida do povo cristão. De-ve-se trazer à luz as experiências vi-vidas pela Igreja Primitiva e, em se-guida, desafiar a igreja a viver o Pen-tecostes hoje.

Peça a duas ou mais pessoas paradramatizar para a comunidade as di-ferenças entre a Igreja Primitiva e aatual, destacando enfaticamenteessas diferenças, para que a igrejaseja despertada para seu compromis-so como comunidade de fé no DeusTrino.

2ª atividade – Proponha à comu-nidade que esteja em jejum e oraçãoquando for para o templo no domin-go. No início da Escola Dominical,alguém reflete com a comunidade so-bre a importância de se viver a expe-riência de fé em Cristo. É interessan-te que a mensagem seja ilustrada comos símbolos da Igreja: a Bíblia, a cruze a chama (símbolo do povo metodis-ta), elementos da Ceia e do batismo,entre outros. Convide algumas crian-ças para entrar com esses símbolosao início da Escola Dominical.

O/a dirigente sugere que cada de-partamento (ou classe) prepare umaatividade para ser apresentada nesseperíodo de Pentecostes. Faça uma es-cala.

O departamento infantil poderáapresentar uma pequena cantata, en-

focando a experiência da criança comCristo e sua Igreja.

Os juvenis poderão preparar umadramatização, enfocando a vivênciado adolescente como cristão nomundo atual. Poderá ser a experiên-cia vivida na escola ou com os cole-gas de bairro, com a família, finali-zando com uma reflexão sobre aexperiência.

Os jovens poderão recolher infor-mações sobre essas experiências vivi-das por várias comunidades (não sómetodistas), com fotografias, depoi-mentos e ilustrações. A montagem deum mural servirá para que essas ex-periências sejam partilhadas com to-dos.

Os adultos poderão elaborar umadinâmica e vivenciá-la com a comu-nidade. Alguém convida alguns ir-mãos e irmãs para ir até a frente.Cada um receberá uma fita de tecido,que servirá para formar uma cor-rente. Assim, todos estarão interliga-dos, simbolizando a união do povocristão para vivenciar o Evangelhode Cristo.

No último domingo de Pentecos-tes, o pastor ou a pastora deverá refle-tir sobre a experiência vivida pelosapóstolos após a morte e ressurreiçãode Cristo e o surgimento da Igreja.Deverá também desafiar a igreja a vi-venciar diariamente o Pentecostes.Esse momento deve ser encerradocom cântico e louvor.

Dalva Rachel C. Nascimento,Maria Helena C. M. Toledo,

3ª Região

Pentecostes

Page 47: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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A natureza é um maravilhoso pre-sente de Deus para todos nós, ho-mens, mulheres e crianças. Nossavida depende dela que, por graça di-vina, nos dá o ar que respiramos, aágua e o alimento que nutrem nossocorpo. Então, preservar a fonte denossa vida é dever e responsabilidadede cada um, como indivíduo, e detodos, como comunidade de filhos efilhas de Deus, herdeiros e herdeirasdesse maravilhoso bem.

VAMOS PRESERVAR A NATUREZA

É preciso assumir a responsabili-dade que temos com a preservação danatureza, de forma concreta e prática,desenvolvendo ações que geremresultados positivos imediatos, amédio e longo prazo. Em primeirolugar, é necessário ter consciência deque a destruição do meio-ambienteestá acontecendo de forma aceleradae alarmante, e que os seres humanossão os maiores responsáveis. Inverteressa situação só será possível se

começarmos a agir ime-diatamente.

Portanto, o desenvol-vimento de um trabalho de

educação ambiental em nos-sas igrejas locais é muitoimportante. A comemora-ção do Dia do Meio-Am-biente, 5 de junho, é uma

ótima oportunidade para darinício a esse trabalho educa-tivo, envolvendo as crianças,os juvenis, os jovens e osadultos das classes da nossaEscola Dominical.

1. Identifique que tipo de proble-mas ambientais existem em sua comu-nidade. Motive adultos e jovens arefletir sobre o assunto e a manifestaràs autoridades locais sua preocupação.

2. Promova uma semana de “Edu-cação Ambiental”, envolvendo toda aigreja, para fazer estudos e reflexõessobre temas como: conservação dasplantas, espécies animais em extin-ção, poluição, lixo, importância da re-ciclagem, uso abusivo de produtosquímicos, conservação da água, pre-servação do solo e os problemas am-bientais e de saúde decorrentes dessesfatores.

3. Desenvolva campanhas e proje-tos diferenciados a curto, médio elongo prazo para cada classe. Exem-plo:

• Projeto de coleta de materialreciclável (lata, garrafas, papel) paradoação a entidades beneficentes.

• Campanha “Jogue o lixo nolixo” para educação sobre a coleta delixo em casa e na Igreja.

• Confecção artesanal de cestas edepósitos de lixo para distribuição às

famílias da igreja, utilizando sucata eoutros materiais como latas, baldes,sacos plásticos, garrafas de refrige-rantes.

• Orientação às crianças parafazer canteiros de plantas e flores noslocais disponíveis na igreja. Plantarvasos para enfeitar as salas.

• Elaboração de cartazes e audio-visuais que possam ser espalhadospelas dependências da igreja, con-tendo mensagens e reflexões sobre aimportância da preservação do meio-ambiente.

Teca Greathouse, 4ª RE

MUNDO IMUNDO

Cláudio Moraes, 2ª RE

Mundo significa limpezaTudo muito bem arrumadoFoi assim no princípioLogo que foi criado.O contrário de mundo é imundoÉ desordem e sujeiraPode ser material:Pó, lixo e feiúraPode ser moral:Corrupção, egoísmo, degradaçãoA imundície está no mundoFazendo-o imundo.Limpar o mundo é obra de DeusE ao homem compete ajudarEvitando toda a poluiçãoPurificando o físico e o espíritoA matéria e o coração.Refazer o mundo do CriadorQue o criou com muito amor.Fazer de novo mundo limpoRetirar toda a imundície:Recriar o Reino de Deus!

Natureza – Maravilhosopresente de Deus

05 de junho – Dia do Meio-Ambiente

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VAMOS PENSAR SOBREA AMIZADE

Dinâmica:• escolha o texto mais adequadopara cada faixa etária.

Para crianças:• escolher uma das poesias suge-ridas.

• aproveitar os recursos pedagógi-cos e visuais das lições.

• cada classe deve criar um sím-bolo (algo com figuras, palavrasou gestos) para dividir com asoutras classes, no partilhar pos-terior, quando todas as classesse encontrarem.

• no final deve ser previsto um en-contro de todas as classes de es-tudo.

Para as classes de juvenis,jovens e adultos:

• o texto bíblico pode ser lido naBíblia.

• pode-se fazer comparações detraduções bíblicas diferentes.

• levantar perguntas simples sobreo texto bíblico para motivar adescoberta de novidades, que te-

nham a ver com a amizade, nostextos ou poesias sugeridas.

Por exemplo:1) Quais as pessoas que aparecem

no texto?2) Onde ocorreu o fato?3) Qual o conflito que enfrenta-

ram?4) Como foi encontrada a solução

para o conflito?

ORIENTAÇÃO PARA UMA CAÇAAO TESOURO

• numa cartolina desenhe um co-ração grande.

• recorte o coração e divida-o emvárias partes (como um quebra-cabeça), reservando uma partepara cada classe.

• cada parte do coração deve con-ter uma letra ou sílaba da pala-vra AMIZADE.

• cada classe, sem identificar, rece-be um pedaço do coração com aorientação de escrever nele, apóso estudo, uma palavra que sin-tetize o tema estudado neste dia.

• no final da Escola Dominical to-das as classes se reúnem e mon-tam o coração (quebra-cabeça),que formará no verso a palavraAMIZADE, que representará achave para abrir o tesouro.

• a amizade deve então ser refle-

tida como a chave para abrir ocoração de cada pessoa, ajudan-do-as a tornarem-se cada vezmais amigas umas das outras.

• o “tesouro” ou a “surpresa” é acontribuição de cada classe.

Observação:1) É importante que a equipe res-

ponsável pela Escola Domini-cal se reúna previamente paraplanejar o estudo e as ativida-des desse dia.

2) Planeje também uma avaliaçãodo trabalho realizado:

a) O grupo percebeu a contribui-ção de cada classe?

b) Houve a participação de to-dos/as?

c) O grupo compartilhou?d) Como a equipe da Escola Do-

minical se sentiu com o traba-lho realizado?

3) É também muito importanteincentivar os participantes arealizar ações concretas após oestudo. Que tal incentivá-los aescrever cartas ou mensagens,para amigos e amigas distantescom os/as quais não têm conta-to há muito tempo, ou planejaruma visita a alguém que nãoencontramos com frequência ea quem temos amizade?

Horizontina Mello Canfield eGenilma Boehler

Esta celebração é uma oportu-

nidade para percebermos o valor da

amizade e como Jesus nos ajuda a

olhar a amizade e os/as amigos/as.

Dia do Amigoe da Amiga

Dia 20 de Julho

Page 49: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Faça um marcador de livros paradar a um amigo/a. Incentive os/asparticipantes a criarem seus própriosmodelos de relógio. O desenho ao la-do é apenas uma idéia. Depois é sódistribuir para estas pessoas tãoespeciais: os amigos e amigas.

Você vai precisar de: cartolina,fita colorida, tesoura e lápis de cor.

Reproduza o desenho ao lado,pinte como desejar e recorte. Passe afita nos cortes indicados pela linhatracejada e o marcador está pronto.

O texto bíblico é de Provérbios17.17a.

Um relógio para o/a Amigo/a

Poesiaspara o Dia do amigo e da amiga

MARTA E MARIA

O/a amigo/a é aquele que se visi-ta, conversa, faz coisas juntos/as(Lc10.38-42)

Jesus um dia visitoua casa de Marta e Maria.A casa tinha um quintal e flores bemcoloridas.A cortina era bem alegre nas janelasda casa florida.

Jesus entrou dentro da casae sentou pra descansar.Marta foi para a cozinha.Maria veio conversar.

Marta foi buscar a águae preparar o jantar.Maria queria aprendere não parou de perguntar.

Marta cortou as verdurase botou pra cozinhar.A Maria queria sabero que Jesus tinha pra contar.

A Marta ficou zangada:“Maria, vem me ajudar!Pára com essa conversae vem fazer o jantar!”

Jesus então falou pra Martacom uma voz boa de amigo:“Marta, deixa o jantar pra lá.Vem cá. Vamos conversar.Você também é importante.Venha participar!”

E os três conversaram muitoe os três fizeram o jantar.É bom fazer as duas coisas:o serviço e conversar!

OLHA A CAMA DESCENDO!

O/a amigo/a ajuda a transpor osobstáculos (Lc 5.17-26)

O homem estava doentee queria ver Jesus.Mas era muito difícil.Onde Jesus estavatinha sempre muita gente:homem, mulher e criança,de um lado e do outro também.E o homem quase desistiude querer ir ver Jesus.

Mas os amigos falaram:“Que é isso? Não desiste não.Nós vamos te ajudar.Vamos arrumar um jeito.Com Jesus você vai se encontrar...”

Arrumaram um cama,amarraram umas cordas,subiram no alto da casa,tiraram um pedaço da telhae desceram o amigoque não podia andarsegurando bem firme na corda.

E gritaram bem alto assim:“Jesus olha o nosso amigo!O que ele mais quer na vidaé se encontrar com você.Desculpe esse jeito maluco,mas o amigo vai descer!”

Jesus ficou muito feliz.Que encontro diferente!Um homem vem pelo telhadono meio de tanta gente...Jesus conversou com o homemque queria tanto andar.Com tanta vontade e bons amigos,fica mais fácil sarar!

Page 50: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Festa doPapai

DRAMATIZAÇÃO:CORAÇÃO DE PAI

(Nancy Tims)

Esse é um cara muito legal (coloca orosto).Quando preciso dele, não tira o corpofora (coloca o corpo).Está sempre pronto para me dar umamãozinha (coloca o braço direito).Gosta de me abraçar (coloca o braçoesquerdo).Brinca comigo... é um bom pé debola (coloca a perna direita).Ele me leva para passear... mas, sefico doente, me leva depressa aomédico (coloca a perna esquerda).Uma pessoa assim, tão especial, sópodia ter um coração de PAI (colocao coração, no qual está escrito apalavra PAI)

Como fazer:Afixar num quadro uma folha de

papel pardo, na qual estará desenhadode leve o contorno de um corpo.Acrescentar as partes do corpo à medi-da que as crianças falam o texto acima.

O título ou Viva meu Papai podeser colocado ao final. Prepare umaporção de rolinhos de fita gomadaprontos para colocar atrás das figurasno momento em que as crianças asapresentarem. Um adulto deve fazerisso, reforçando, em voz audível, oque a criança falou.

ORAÇÃO DOS PAIS

Pai nosso,Ensina-nos a ser pais como Tu és.A conhecer nossos limites e valores,Para que na sociedade que tanto noscobra,Possamos saber dar e receber amor.

Pai nosso,Santifica nosso ser com Tua graça.Onde há sinais de violência contra osfilhos:Sejamos voz que protesta, mãos queamparam,Exemplo que corrija os desvios.

Pai nosso,Ajuda-nos a provar o pão de cada diaNessa época em que cada dia é im-previsível.

A sermos serenos o bastante para crerE ativos o bastante para agir.Pai nosso,Que o Teu reino se manifeste em nos-so lar.De tal forma que sejamos livres domal.E da tentação de nosso agir e pensar,movidos por egoísmo,Para que nossos filhos nos chamem“Pai”Como nessa oração chamamos a Ti...em amor. Amém.

SAUDAÇÃO AO PAPAI

(música de “ciranda, cirandinha” -extraído da revista metodista

“Nós e as crianças”, julho de 1971)

Vamos todos, bem contentes,Vamos todos a cantar.Muitos mimos e presentesAo paizinho ofertar.

O paizinho é tão bondosoQue cuidados tem por nós.Seja para festejá-loNesse dia a nossa voz.

Papaizinho te saudamosCom ternura e emoção.És o bem maior que existePara o nosso coração.

Neste dia prepare a sua Es-cola Dominical para um mo-mento de reconhecimento egratidão aos pais. Lembre-sedos alunos e das alunas ór-fãos/órfãs, bem como de paisseparados (geralmente os paissão ausentes). Para ajudá-los/as nesta comemoração,aqui estão algumas sugestões.

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HOMENAGEM AO PAPAI

Eunice A. Moreira de Freitas, 4ª RE

PrepareAs crianças participarão vestidas

ou trazendo alguma coisa que carac-terize as profissões que representam.

Criança 1Hoje é dia do papai,o grande batalhadorque com o suor do seu rostosustenta a casa com amor.

Ao papai, no seu belo dia,Queremos homenagear.Não sabemos fazê-lo como devia,Mas mesmo assim vamos tentar.E ao papai homenageandoNeste dia com amor,A todos vamos mostrandoProfissões de muito valor.

Criança 2 – MédicoPerto ou longe ele vaiO seu cuidado levar.Bom médico é o papai.A todos quer ele curar.

Tenho orgulho de ser filhoDe tão bom profissional.Crescendo quero tentarSer tão bom e tão leal.(Coloca-se de um lado e todas as ou-tras farão o mesmo.)

Criança 3 – GariÉ simples o seu trabalhoMas de mui grande valor.Trabalha duro o meu paiEle tem muito labor.

É tão grande o seu esforçoApesar de sua idade.A vassoura a empunharVarre as ruas da cidade.

Criança 4 – PastorNem sei se é profissãoA que papai executa.É nobre a sua missãoÉ grande a sua labuta.

Um dia ouviu o chamadoDe Jesus pra ser pastor.Tornou-se, então, um enviadoUm mensageiro do amor.

Criança 5 – ProfessorO meu pai é professor.Que bonita profissãoSe cumprida com fervorCom carinho e dedicação.Ser professor é ser paiDos seus e de outros filhos.Ensinando ele vaiCom amor e muito brilho.

Criança 6 – LavradorO trabalhador é importanteNão só pelo seu salário,Mas pelo bem que ele fazEle é muito necessário.A terra o papai lavrandoTodo dia sem pararOs frutos vai ele colhendoQue vão nos alimentar.

Criança 7 – PadeiroSai bem cedo pra labutaDe todo dia, incansável!É bem grande a sua lutaE seu esforço, louvável!

O meu papai é padeiroDigo com o maior orgulho.Com esforço verdadeiroGanha o sustento dos filhos.

Criança 8 – ConstrutorMeu papai é construtorDe grande responsabilidade.Missão difícil, sim, senhor,Pois constrói nossa cidade.

Se não for bem cuidadosoE usar bom material,Seu prédio, embora bonito,Não fica nada legal.

Se não trabalhar com amorHonestidade e dedicaçãoCorre o risco o construtorDe ver seu prédio no chão!

Criança 9 – ComercianteSer um bom comercianteNão é tão fácil assim.Trabalha bem meu papaiÉ um orgulho para mim.

Todos, sem exceção,Na sua loja têm vezPois cada freguês é um amigoE cada amigo é um freguês.

Criança 10 – PorteiroCorre riscos o meu papai,Lidando com muita gente.Ainda bem cedo ele saiÉ homem muito valente.

O meu papai é porteiro.Trabalha com muito ardorPra sustentar a famíliaA quem ele tem amor.

Criança 11 – PedreiroTijolo sobre tijoloEmpunhando uma colher.Trabalha pra sustentarSeu filho e sua mulher.Ninguém consegue impedirMeu papai de lutar,De seu caminho seguir,Procurando nos alegrar.

Criança 12 – EncerramentoJesus Cristo valorizouNo mundo todo trabalho.A todos nós ele amouPor amor se sacrificou.

Não escolher profissãoPor status ou por dinheiroÉ segredo sempre à mão,De felicidade o ano inteiro.

A profissão tem valor.Trabalha honestamente,Com alegria e vigor,Servindo humildemente.

Criança 13Ao papai, sem hesitação,Nós devemos respeitar,Seja qual for a profissãoQue usa para nos sustentar.

O papai que é responsável,Que trabalha com amor,Receba nossa homenagem.E a Deus nosso louvor!

Page 52: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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DIA DOS PAIS

(música: HE – 146letra: Eunice A. Noreira de Freitas)

Hoje é o dia do papaiAo bom Deus o meu louvorDo papai que é tão legalSê ó Deus o protetor.

Ao papai queridoQuero muito bemA Deus nosso paiLouvores dou também.

Carinho quero ofertarAo papai com todo ardorNesse dia especialDemonstrando o meu amor.

DECLARAÇÃO DOSDIREITOS DO PAI

JogralLeitor 1 e 2: Todo pai tem o direito

de ser respeitado.Leitor 2: Jovem ou idoso, pai deve

ser amado e aceitoLeitor 3: Mesmo quandoTodos: não é herói, nem tão forte,

nem tão sábio, nem tão certo.Leitor 2: Todo pai tem o direito de se

emocionar.Leitor 1: Nada de ser durão: pai,

também, pode chorar.Leitor 3: Pai tem o direitoTodos: de pedir perdão, de errar e

acertar, de se assumir e corri-gir, de se expressar.

Leitor 1: Todo pai tem o direito dedar amor,

Todos:De abraçar, beijar, não só ralhar.Leitor 2: Pai tem o direito de abrir os

braços e o sorriso.Leitor 3: Pai tem o direito de brincar.Leitor 2: Pai tem o direito de estar

presente, mesmo quando nãoesteja perto.

Leitor 3: Todo pai tem o direito deser divertido e alegre. Mesmoquando os deveres são muitos.

Leitor 1: Ser livre como criança, ro-lar no chão.

Todos: Todo pai tem o direito de terum coração.

BÊNÇÃO PARA O DIA DOS PAIS

Hideíde Brito Torres, 4ª RE

Que Deus Pai te ilumine o caminho,Te ajude na difícil e importante tarefade ser pai.Que Ele te faça simples como a criança,Sábio como o ancião,Forte como o soldado,Sensível como o artista.Que teus filhos te honrem perante acidade,E se orgulhem de teu exemplo e de-dicação,Possam eles ser pais e mães no fu-turo,À imagem e semelhança de Deus.Amém

PAPAI

(música de “Vinde meninos”)

Hoje é um dia muito felizAo meu papai eu quero saudarPedindo a Deus para abençoarTodos no nosso lar.

Que alegria! Quando em casa estouVendo todos juntos trabalhar.Graças a Deus porque ele nos dáPapai, mamãe e um lar.

RETRATO DE PAI

Coro Falado – Autor desconhecido

Todos: Retrato de pai, retrato dehomem, retrato de homem queraciocina...

Voz 1: Retrato de pai, retrato de ho-mem...

Voz 2: De homem que é força, que éproteção!

Voz 3: Retrato de pai, retrato de ho-mem

Voz 4: De homem família, de ho-mem amor

Voz 5: Em luta de teto ou relentoVoz 1: Em luta de fome ou pãoVoz 2: Em luta de vida ou morteTodos: Ele é meu paiVoz 3: Retrato de pai, retrato de ho-

mem, de homem que pensa e ra-ciocina.

Voz 4: Retrato de pai, retrato de ho-mem

Vozes 1 e 5: de homem que é força,que é proteção

Voz 2: Retrato de pai, retrato de ho-mem,

Todos: de homem família, de ho-mem amor

Voz 3: fim do mês:Voz 4: paga a escola,Voz 5: paga o aluguel,Voz 1: compra os alimentos,Voz 2: agasalhos,Todos: E mais, muito mais!Voz masculina: (casado) Foi-se o or-

denado!Voz 3: E cansadoVoz 4: EstafadoTodos: Chega meu pai!Voz 5: Por tudo isso papai querido,Voz 1: que fazer para ajudá-lo?Voz 2: Estudando?Voz 3: Trabalhando?Todos: Poderemos recompensá-lo?

Voz masculina: (forte e pausada-mente) Não se preocupem meus fi-lhos, em recompensa me dar. Deus fezos pais assim mesmo, PARA CADAVEZ MAIS AMAR!

Todos: (bem alto) Retrato depai, retrato de homem, de homemfamília...(mais baixo) Retrato depai, retrato de homem, de homemque é força, que é proteção... (abai-xando sempre) Retrato de pai, re-trato de homem, de homem famí-lia... (devagar) De homem amor!

Page 53: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Cartão para o Dia dos Pais

Rosimeire Mattos Soares, 3ª RE

QUANDO TEU FILHOPERGUNTAR... RESPONDERÁS

Extraído da revista Nós e a criança

Todos: Quando teu filho perguntar...Leitor 1: Responderás...Todos: Responderás que Deus é amor.Leitor 2: Se teu filho crescer acos-

tumando-se a sentir em Deus umPai amoroso, e não um tirano, di-ante de quem não se deve chegaramedrontado, mais tarde ele bus-cará sempre, pois confiará noamor divino.

Leitores 1 e 3: Quando teu filhoperguntar...

Todos: Responderás que Deus é fi-delidade.

Leitor 3: Se teu filho crescer acostu-mando-se a presenciar orações degratidão por bênçãos recebidas,por respostas maravilhosas a pe-didos feitos com fé, mais tardeele confiará no Deus fiel e o bus-cará sempre.

Leitores 1 e 2: Quando teu filhoperguntar...

Todos: Responderás que Deus é mi-sericórdia.

Leitor 1: Se teu filho crescer acostu-mando-se a ter em Cristo umamigo bondoso e verdadeiro, ma-is tarde ele o procurará sempre,pois verá que não existe amigoigual.

Leitores 2 e 3: Quando teu filhoperguntar...

Todos: Responderás que Deus preci-sa dele.

Leitor 2: Se teu filho crescer acostu-mando-se a sentir que sua vida,seu tempo, seus talentos, seu di-nheiro, tudo é necessário ao de-senvolvimento do Reino de De-us, bem cedo responderá afirma-tivamente ao chamado do Espíri-to Santo.

Leitores 1 e 3: Quando teu filhoperguntar...

Todos: Responderás que Deus é ocaminho.

Leitor 3: Se teu filho crescer acostu-mando-se a trilhar o caminhocerto, mais tarde ele não se des-viará dele.

Todos: Porém, se teu filho não per-guntar...

Leitor 1: Não te omitas à tua res-ponsabilidade de pai cristão. Teufilho poderá não traduzir em pa-lavras o que sente. Mas ele vê,ouve e guarda tudo o que se pas-sa ao seu redor.

Leitor 2: Fala-lhe, mostra-lhe, mas,principalmente...

Todos: Prova-lhe com tua vida tudoquanto lhe é ensinado...

Leitor 3: E terás cumprido fielmen-te a missão maravilhosa de pre-parar um filho para a vida.

Todos: “Ensina a criança no cami-nho em que deve andar e, aindaquando for velha, não se desviarádele”.

Page 54: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Participando de um encontro bi-regional de juvenis (1ª e 4ª RE), ouvi-mos de Sara, Danielle, Isabel, Ra-quel, Hellen, Beth, Regiane, Farley ePoliana o que fazem e gostam de fa-zer em suas igrejas.

Disseram que uma das coisasmais prazerosas é participar da classede Escola Dominical quando os estu-dos são realizados com atividades di-nâmicas e criativas.

Essa afirmativa nos motivou aabordar o assunto com vocês, dedica-das professoras e professores de juve-nis. Ela nos mostra como é importanteo preparo e a utilização de métodosparticipativos para melhorar o aprovei-tamento das lições. Relembraremosuma série de técnicas que podem e de-vem ser desenvolvidas com sua classe.

EXPRESSÃO CORPORAL

DramatizaçãoÉ a representação viva de uma

história. Ela permite entender melhore interiorizar o assunto. O primeiro emais importante resultado da drama-tização é a educação das pessoas quetomam parte dela. O segundo efeito é

o produzido nas pessoas que assistemà representação. A dramatização ofe-rece oportunidades preciosas para ainteração, a cooperação, a participa-ção e a aprendizagem dos nossos alu-nos e alunas.

Uma boa dramatização inclui:poucas palavras, gestos simples, al-gumas roupas típicas.

SociodramaÉ a representação de uma realida-

de social. É um retrato curto de comovive o povo, as coisas que acontecemna vida real de nossas comunidadesou bairros (sócio = situação e confli-tos sociais; drama = ação dialogada eteatral).

Os diálogos não devem ser disfar-çados. Trata-se de representar os fa-tos como se estivessem acontecendono momento da própria dramatiza-ção. No fim, os participantes devemcompletar o sociodrama com comen-tários.

EXPRESSÃO MANUAL

DesenhosNão se trata de

copiar um modelo oude colorir um de-senho pronto, mas delevar os/as alunos/asa criar seus pró-prios desenhos,expressando oque guardaram damensagem transmi-tida. Depois, é claro,expor para que todaa Igreja veja.

MúsicaA música é instrumento indis-

pensável para a expressão de nossa fée gratidão a Deus. Música e poesiaficam gravadas facilmente em nossamemória e passam a fazer parte denossos pensamentos e emoções. Amúsica atinge a todos e deve ser usa-da com freqüência e não apenas nas“ocasiões especiais”.

O/a professor/a que não soubertocar nenhum instrumento pode con-vidar pessoas que sabem ou se valerdo gravador para ensinar música ecantar com seus alunos/as.

Ao escolher as músicas a ser usa-das, leve em consideração o tema queserá estudado, a idade do grupo, oritmo, o tempo que vai necessitar pa-ra cantá-las ou ensiná-las e, princi-palmente, o vocabulário, que deve sersimples e de fácil compreensão.

A música na Escola Dominicaloferece aprendizado e relaxamento.Por isso, faça da música parte integralde seu trabalho.

Recursos aindapouco explorados

na Escola DominicalSegundo Domingo de Setembro, Dia do/a Juvenil Metodista

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Texto bíblico motivador:“Quero trazer à memória o que

me pode dar esperança.”(Lamentações 3.21)

1º PASSO

Inicie o estudo fazendo uma pe-quena introdução sobre a importânciada Escola Dominical na vida de nos-sas igrejas. Destaque o papel do/aeducador/a da ED, que oferece aos/àsalunos/as, além do conhecimentodoutrinário, o preparo para o tes-temunho e o compromisso com oEvangelho.

2º PASSO

Explique que a classe vai relem-brar a história da Escola Dominical.Conte a todos e todas como ela surgiuna Inglaterra e no Brasil.

3º PASSO

Peça aos alunos e alunas para re-lembrar os fatos mais importantes doinício e do desenvolvimento da suaigreja local. Escolha alguém paraanotar, em folhas de papel, os fatosrelatados pelos alunos e alunas. Pen-dure as folhas de papel num barbantee coloque num lugar em que todos etodas possam ver.

4º PASSO

Dê alguns minutos para que osalunos e alunas conversem e compar-tilhem suas experiências pessoais naEscola Dominical (que importância aED teve e tem em suas vidas).

5º PASSO

Encerre a classe, dedicando al-guns minutos para orações de agrade-cimento a Deus pelas experiências vi-vidas e...

pela existência da Escola Domi-nical.

pela Igreja local.pelos professores e professoras.pelo trabalho das crianças, dos

juvenis, dos jovens e dos adultos.

Jovens relembrama história da

Escola DominicalNo Dia da Escola Dominical,

no terceiro domingo de setembro,vamos relembrar com os jovens ahistória do surgimento dessa esco-la na Inglaterra, no Brasil e naigreja local. Vamos compartilharas experiências vividas e refletirsobre a importância da EscolaDominical em nossa vida.

Page 56: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

PARA O DIA DA ESCOLA

DOMINICAL

Solicite que algumas pessoasescrevam sobre “O que a EscolaDominical tem sido para mim”,alguns dias antes da comemoraçãodo Dia da Escola Dominical. Po-derão ser escolhidos um homemuma mulher, um jovem, um ado-lescente e uma criança. Eles deve-rão dar seus testemunhos durante aprogramação. Caso haja dificulda-de de escrever, as pessoas pode-rão falar, observando-se o tempodesignado pela coordenação doprograma.

Tenho EsperançaDia da Escola Dominical

Tenho esperança ...

... de que a Escola Dominical se-ja espaço tão acolhedor e interessan-te que nenhum membro da IgrejaMetodista deixe de freqüentá-la;

... que nossas crianças tenhamacomodações adequadas, professo-res/as que falem sua linguagem e lhestransmitam os valores do reino deDeus, sob a inspiração do EspíritoSanto;

... que as crianças amigas, vizi-nhas, colegas, as que residem pertoda Igreja também sejam convidadas,acolhidas e participem da EscolaDominical;

... que nossos juvenis sejam res-peitados em sua fase de transição-/afirmação e aceitos pela comunida-de de fé, que procurará saciar-lhes avontade de obter respostas a seusquestionamentos;

... que os jovens se disponham acapacitar-se e, com idéias novas e po-sições arrojadas, tomem a tocha naliderança da caminhada de fé da Igre-ja, substituindo os que se acham can-sados;

... que homens e mulheres encon-trem na Escola Dominical a opor-

tunidade da comunhão, do aper-feiçoamento de seus conhecimentosbíblicos e do compartilhar a vida emambiente de fé e amor;

... que os/as professores/as te-nham chances de capacitação e reci-clagem, sejam motivados a coorde-nar suas classes e vejam reconheci-dos os seus esforços;

... que nossa literatura alcance ca-da vez mais um grau de excelência e,usada por toda a Igreja, seja um elode união entre os metodistas;

... que os bispos, os pastores, aslideranças da Igreja apóiem incondi-cionalmente a Escola Dominical e osseus projetos;

... que pais, avós, tios/as, parentes,amigos e vizinhos tomem as mãosdos pequeninos de suas famílias e oslevem a conhecer o caminho do qualmais tarde não se desviarão;

... que a Escola Dominical conti-nue sendo uma vertente da Igreja deCristo que ensina, capacita, ajuda arefletir sobre a vida e, antes de tudo,fundamente em bases fortes, a fé decada pessoa que dela participe!

Zélia Constantino,1ª RE

Page 57: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Faça, com as crianças, um presen-te para a Escola Dominical

MÓBILE

Material:• papelão ou cartolina• arame ou barbante• tesouras• lápis de cor/giz de cera

Modo de execução:O móbile é uma armação móvel,

constituída de um grupo de formas(e, se quiser, cores) diferentes, feitasde papelão, cartolina ou outros mate-riais. Cada parte móvel é presa, umaà outra, por meio de barbante (ou ara-me), ficando suspensa, mas ligada aoesteio, também móvel, que forma abase.

O móbile é formado de aramespendurados por fios a outro arame(base). As formas são penduradas nasextremidades dos arames com fios(fitas ou barbantes).

Recortar na cartolina círculos (umpara cada criança).

Cada criança desenha seu rosto deum lado e escreve o nome do outrolado.

Para comemorar o Dia da EscolaDominical, desenvolva um programaespecial que ajude as crianças a refle-tir sobre sua importância. Aqui estãotrês sugestões, mas você também po-de usar sua criatividade e desenvolveroutras idéias.

VISITAS

Os grupos devem escolher visitaruma outra igreja metodista em horá-rio de Escola Dominical. Combinar avisita com antecedência. Apresentaro relatório de visita na aula do do-mingo seguinte. Pensar numa dinâ-mica para apresentação: um mapamostrando onde fica a outra EscolaDominical, um cartaz indicando oque é parecido e o que é diferente,uma música aprendida, alguém dacomunidade visitada.

Durante a visita deve ser observa-

do: O que tem de diferente? O quetem de semelhante?

ENTREVISTAS

Organize um roteiro de perguntascom as crianças.Roteiro 1: Entrevistar diversas

pessoas da igreja local: Do que elasgostam? O que poderia ser diferenteno bairro?Roteiro 2: Entrevistar a vizinhan-

ça: o que sabe da Escola Dominical:Para que serve? O que é? Atrapalhaou ajuda o bairro?

GINCANA

Organize uma gincana a partirdos elementos da vida da igreja locale da vizinhança. Aqui estão algumassugestões. Se necessário, desenvolvaoutras tarefas.

• Entrevistar:– a professora mais antiga,– a professora mais nova,– o aluno mais antigo,– a aluna mais antiga,– o aluno mais idoso,– a aluna mais idosa,– o aluno mais novo,– a aluna mais nova.• Trazer exemplares bem antigosde revistas da ED.

• Trazer um exemplar de cada re-vista que está sendo usada.

• Trazer fotos antigas da ED.• Descobrir e cantar os hinos queeram cantados nos primeirostempos da ED na Igreja.

Conhecendo aEscola Dominical

3º Domingo de Setembro:Dia da Escola Dominical

Montar o móbile conforme o de-senho. Enfeitar a classe para o Diada Escola Dominical.

Page 58: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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EIS-ME AQUI

Seja adulto ou criança,Seja Joana ou José,Sem tempo, sem hora marcada,Ele/a vive sua fé.

Vai além da mera “letra”,Tem mais que “boa vontade”.Ensina com sua vida,É um mestre de verdade.Deslumbra com seu carinhoÉ um exemplo para mim,Sua vida é diferente,Pois ao Senhor disse: SIM!

Sua resposta ao chamadoMe ajuda a decidir:Eis-me aqui, Jesus amado.Eis-me aqui para te servir!

(Romilde Sant’Ana)

A vocês,professorase professores,com carinho...

A vocês, professoras e professores,

servindo em instituições ou igrejas

locais;

a vocês que um dia disseram sim ao

chamado de Cristo, tendo no en-

sino um sacerdócio;

a vocês, comprometidos/as com a

vida abundante para todos/as;

a vocês, nosso respeito e nosso ca-

rinho!

SALMO DO BOM PROFESSOR

O Senhor é o meu mestre.Não me desviarei dos caminhos dasabedoria.Ele me conduz passo a passopelos degraus do que eu tenho queaprender.Ele me prepara uma liçãoa cada diae me revela as ricas fontesda instrução.Ele mostra a cada instantea beleza esplendorosa da Verdade.O mundo é o livro estupendo queEle escreveue, uma a uma, Ele vai virando suaspáginas diante de mim.As palavras e as imagensestão gravadas.Sua voz eterna povoa as palavrase os cenários.Então eu me encho de júbiloquando o compreendo.Ele me toma pela mão e me levaao cume da sabedoria.E pelos vales e pelos caminhossombrios,a sua mão me guia e o seuEspírito me fala.Ainda que a lição seja difícil,não me desespero,pois o Senhor usa de paciênciacom o seu discípulo, e espera comternura que eu vença aminha fraqueza, de sorte que,de entre as minhaslágrimas, consigo ler claramentea verdade.

(autor desconhecido)

Direitos dacriança na

comunidade de féA criança tem direito a ser pessoa

valorizada pelos adultos, pelas famí-lias, por toda congregação.

A criança tem que ser provida deambiente acolhedor e sadio para vi-ver e crescer, bem como de oportuni-dade para se desenvolver na igreja.

A criança tem direito a ter, a par-tir de seu nascimento, a sua indivi-dualidade respeitada pela família epela comunidade de fé.

A criança, antes mesmo de nas-cer, tem direito ao amor, cuidados econsideração por parte de toda a co-munidade de fé.

A criança excepcional tem direitoa especial consideração por parte daslideranças, dos ministérios e de todaa Igreja.

A criança tem direito a fazer par-te de uma família apoiada e protegi-da pela comunidade de fé.

A criança tem direito a ser nutri-da na fé e a ser ensinada sobre o queJesus fez por ela.

A criança tem direito a ser Igrejade Jesus: a participação total na vidada igreja, nos seus sacramentos, mi-nistérios e serviços missionários, semdiscriminação de idade, tamanho, es-colaridade, raça, cor, sexo ou nacio-nalidade.

A criança tem direito ao batismoinfantil.

A criança tem direito a participare ser nutrida na fé pelo culto, peloensino bíblico (particularmente naEscola Dominical), pela confraterni-zação.

A criança tem o direito a ser edu-cada sobre suas responsabilidadescomo cidadã, como cristã e comopessoa humana, no cuidado para comtoda a comunidade e criação de Deus,sejam pessoas, bichos, plantas, riosou qualquer outra coisa da natureza.

Prepare um bonito mural para a

sua igreja com esta declaração.

Ilustre com desenhos ou fotos das

crianças da Escola Dominical.

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Personagens:O ReiNarradorCandidato MilitarCandidato do LuxoCandidato PopularO povo, que é a própria platéia

Os três queriam ser reiUma dramatização para época de eleições • Criação Coletiva

SUGESTÕES PARA

A APRESENTAÇÃO

Envolva a platéia durante aapresentação dividindo-a em doisgrupos com um líder. Um lado re-presenta o apoio ao candidato e ooutro a oposição.

Faça, para cada grupo, três car-tazes (um para cada candidato)com falas do POVO. Exemplo:

Grupo I:Ele é bom! Ele é bom!Nosso Reino prosperou!O milagre aqui chegou!Grupo II:Ele é mau! Ele é mau!Chega de exploração!É a vez da população!

O líder deve incentivar o grupoa ler em voz alta suas falas.

Para o candidato das Festas e Ri-quezas, use bexigas coloridas, cha-péus, confetes, serpentinas, io-iôs ja-poneses etc., que podem ser jogadosou agitados enquanto ele fala.

Para o candidato do Povo, useplacas de protesto como as utiliza-das em passeatas, com frases como:

“Chega de exploração”“É a vez do Povo”“Amparo aos Idosos”“Mais Educação”“Reforma agrária já!”“Pelos Direitos da Mulher”

Esta história foi extraída dasérie: Teatro bonecos – Teatro

gente de Phyllis Reilye Samuel Fernandes.

Esta peça tem grande efeito quan-do são utilizados bonecos grandes. Su-gerimos bonecos de cabo de vassoura.

Narrador: [Toca a corneta.]Senhoras e senhores,preparai-vos! Pois temos a honrade receber o nosso Rei!

[O Rei entra pela platéia ao som demúsica pomposa.]

Rei: Povo do meu reino! Os dias es-tão passando, meu tempo termi-nando. Estou ficando velho. Jánão falo como antes. Não andobem... Não posso mais cavalgar.Estou preocupado... Não comigomesmo... mas com meu povo.Não tenho descendentes. Quemme substituirá? Como e onde en-contrarei uma pessoa forte, sá-bia, capacitada, coerente, bondo-sa, respeitável?

[Toca a corneta.]

Narrador: Vejam só que idéia geni-al! Sua majestade convocou aspessoas do reino para uma provade potencialidades físicas, inte-lectuais e filosóficas com o obje-tivo de escolher o seu substituto.Após a primeira prova, restaramtrês candidatos que tiveram achance de governar durante umano. Agora veremos o que fize-ram no final de cada período!

[Entra o primeiro candidato ao somde uma marcha militar.]

1º Candidato: Lutei por maior or-ganização no meu reinado. Éra-mos um povo muito indisciplina-do. Precisávamos de mais ar-mas, um exército capacitado,uma força armada mais sólida,controle mais dinâmico, uma vi-gilância de nossas fronteiras. Osinimigos nos ameaçavam. Vejamsó! Quanta melhoria! Reforma-mos o ensino escolar para torná-

lo mais disciplinado. Preparamosa nossa juventude para enfrentaro futuro com força e ordem. Fize-mos, em um ano, o que se fariaem dez, graças ao regime. Impusdisciplina, respeito e trabalho.Saltamos para o progresso.

Narrador: Tomem nota, vocês aí.Estão percebendo a situação? Sevocês fossem escolher, qual asua posição?

Povo: Ele é bom! Ele é bom!Nós já temos esperançaConseguimos segurança.

Ele é mau! Ele é mau!Vossa majestade tenha clemênciaChega de tanta violência.

[Toca a corneta e entra o segundo can-didato ao som de música festiva!]

2º Candidato: Em um ano fiz dopranto a alegria! Quem chorava,hoje canta noite e dia. O paláciotornou-se um centro de festas,manjares e programas culturais.Meus auxiliares me agradecemas mordomias. Tirei das ruas osvendedores ambulantes que pre-judicavam o comércio e sujavamo ambiente. Construí teatros,praças, monumentos. Fui acla-mado o Rei mais rico e impor-tante. Minha fama percorreu omundo todo e a glória do nossoreino se concretizou. Nossa ri-queza já comprou os reinados vi-zinhos. Faria muito mais se meumandato fosse maior. Renovaria osistema de impostos, aumentariaas exportações gerando mais em-pregos. A nossa riqueza e o poten-cial têm muito que ser explorados!

Narrador: Tomem nota, vocês aí.Estão percebendo a situação? Sevocês fossem escolher, qual seriaa sua posição?

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Colocar as mãos e prender comuma vareta fina de bambú ou arameem uma delas para a manipulação.

Estes bonecos são maiores e porterem as mãos articuladas permiteme exigem movimentos mais amplos

Colocar uma ripinha fina de ma-deira formando uma cruz, isso servirácomo ombros – amarrar. Fazer a fisio-nomia com papel colorido, ou tinta.Pôr cabelos de lã ou tiras de crepom.

A roupa pode ser feita com umquadrado de tecido ou crepom, do-brando em triângulo, com um furono meio.

Formar uma bola de jornal numadas extremidades do cabo de vassoura.

Colocar um saco do tipo usadoem supermercados para cobrir a bolade jornal. Amarrar bem firme combarbante.

Bonecos de cabo de vassoura

Povo: Ele é bom! Ele é bom!Nosso reino prosperou!O milagre aqui chegou!

Ele é mau! Ele é mau!Chega de exploração!É a vez da população!

[Toca a corneta, entra o terceirocandidato ao som de música bempopular.]

3º Candidato: O povo unido jama-is será vencido! Arroz, feijão,saúde, educação. Companheirose companheiras. Tenho andadocom o povo para sentir suas afli-ções e necessidades. A repressãosó gerou violência. As festas sótrouxeram discriminação. Faltouparticipação. O povo quer justiçae dignidade no viver. Criamosnovos empregos, com melhoressalários. O ensino partiu do povoe das suas necessidades. Valori-

zamos o trabalho do campo e aterra foi distribuída de forma ma-is justa. Amparamos as minorias:os marginalizados, as crianças,as mulheres, os jovens. Nosso le-ma é pão, paz, participação.

Narrador: Tomem nota, vocês aí.Estão percebendo a situação? Sevocês fossem escolher, qual asua posição?

Povo: Ele é bom! Ele é bom!Agora temos voz!O governo somos nós!

Ele é mau! Ele é mau!Tudo isso é ilusão!É só sonho do povão!

Narrador: Assim o Rei tornou achamar os três candidatos. Che-gou a hora da decisão.

[Toca a corneta, o Rei chama os trêscandidatos.]

Rei: Os três candidatos... Favor seapresentarem! A hora de prestarcontas chegou. Veremos qual rei-nado mais agradou!

[Voltando-se para o 1º candidato.]Ele lutou pela ordem e segurança!Será essa a nossa esperança?!

[Voltando-se para o 2º candidato.]Ele lutou pela fama e pela glória!Será que com ele vem a vitória?!

[Voltando-se para o 3º candidato.]Ele lutou por paz, pão, participação!De onde vem a salvação?!

Narrador: Note cada situação! Quala sua posição?Se você fosse Rei,qual a sua decisão?

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“Rendei graças ao Senhor, por-que ele é bom; porque a sua miseri-córdia dura para sempre. Quem sa-berá contar os poderosos feitos doSenhor, ou anunciar os seus louvo-res?” (Salmo 106.1-2)

Era uma vez um menininho quetodas as tardes esperava o pai chegardo trabalho. Quando ouvia o barulhoda chave na fechadura, saía correndoem direção à porta para abraçá-lo. Etodas os dias fazia a mesma pergunta:

– O que você trouxe para mim,papai?

Olhando o rosto ansioso do filho,papai sorria, mandava olhar no bolsodo paletó, da calça, na pasta... E sempretinha uma surpresa: um bombom, umarevistinha, um livro, um carrinho...

Certa tarde, papai chegou, rece-beu o abraço, esperou a pergunta e,nada! “Será que meu menino está do-ente?”, pensou o papai, apreensivo.Mas o filho, tomando-lhe a mão, le-vou-o para o sofá, tirou-lhe os sapa-tos e disse:

– Deita aí, papai!E, deitando-se ao seu lado, acres-

centou:– Eu só quero ficar bem juntinho,

porque amo você!Todos os dias, a toda hora, assedi-

amos nosso Pai Celeste com pedidosde toda sorte, numa ânsia de recebermais e mais dádivas. Será que essePai, que nos concede o seu favor atra-vés de bênçãos incontáveis, não quertambém usufruir do nosso amor ecompanhia, num aconchego de docespalavras de gratidão?

O salmista nos convida a rendergraças ao Senhor e nos desafia comuma pergunta: “Quem saberá contaros poderosos feitos do Senhor, ouanunciar os seus louvores?”

Somos mais hábeis em contabili-zar as perdas do que os ganhos. Facil-mente nos esquecemos das bênçãos –e muitas vezes nem nos damos contadelas! – mas, com a maior facilidaderepartimos os problemas e contamosas desgraças.

Certo homem sofreu a catástrofede uma grande enchente, que quasedestruiu sua cidade. Salvou sua vida ea de sua família, mas perdeu todos osseus bens. Com a graça de Deus emuito trabalho, reconstruiu tudo e vi-veu longos anos felizes. Mas, peloresto da vida seu maior prazer eracontar, de preferência para muitos

ouvintes, a história daquele dia terrí-vel. Quando chegou ao céu, foi-lheconcedido realizar um grande desejo.Imediatamente, pediu:

– Eu gostaria de contar sobre aenchente para um grande auditório!

Logo viu-se transportado para opalco de um estádio lotado de pesso-as. Ao tomar o microfone para falar,um anjo sussurrou ao seu ouvido:

– Trouxemos um convidado espe-cial para ouvi-lo. Ele se chama Noé!

Quando nos aproximamos do Paipara agradecer, renova-se em nossocoração a alegria das bênçãos rece-bidas e sentimos como se estivessemsendo derramadas sobre nós outra vez.

Quando contamos aos outros os“poderosos feitos do Senhor”, repar-timos a fé e promovemos nas pessoaso desejo de buscar nele as bênçãos devida abundante que ele tem paratodos que o buscam.

Experimente passar um dia intei-ro bem juntinho do Pai, só agrade-cendo, e seja proclamador da suabondade, contando ao mundo que “asua misericórdia dura para sempre”.

Déa Kerr Affini,3ª RE

Dia de Ação de Graças

Page 62: Melhor do Recriar a Escola Dominical

65Celebrar o Advento pode ser uma

experiência única em sua igreja, co-mo o foi em nossa comunidade há al-guns anos. Nossa proposta é iniciaras celebrações com um “Festival doAdvento”. Para isso, as pessoas daigreja devem ser organizadas emgrupos de interesse, para juntas de-senvolver as atividades necessárias àrealização desse evento. Vamos pre-cisar de:

• Um grupo para preparar a música.• Outro para preparar o altar e acoroa do Advento.

• Outro para preparar e montar aárvore de Natal.

• Outro para preparar os enfeitesda árvore.

• Outro para organizar o jantarcomunitário.

• Outro para preparar uma devo-cional de encerramento do Fes-tival e ornamentar o templo do-mingo a domingo.

No Festival, há lugar para a parti-cipação de todos: crianças, juvenis,jovens e adultos. Assim, é bom for-mar os grupos com pessoas de váriasidades. Para realizar o Festival, não énecessário grande investimento fi-nanceiro, e sim, comprometimentode todos. Dividam as tarefas: quemvai cuidar da área de música, conse-guir uma árvore de natal e seus en-feites, cuidar da produção de enfeitesde massa-pão e do forno, toalhas parao altar e material para a coroa do Ad-vento. Faça uma lista de material pa-ra cada área. Será necessário tambématribuir a responsabilidade dos acrés-cimos da ornamentação do templo acada domingo.

Planeje um jantar comunitário pa-ra o encerramento do Festival. Deci-da qual será o cardápio. Deve ser algosimples, que possa ser preparado portoda a comunidade, sem grandes difi-culdades. Solicite a cada família quetraga um prato de alimento para ojantar. É necessário fazer com antece-dência um lista de participantes dojantar e uma divisão das quantidadese do tipo de comida que cada famíliadeve trazer.

Que tal fazer um jantar à luz develas e do tipo self-service (cada umserve a si mesmo) com a comida emuma única mesa?

1º PASSO

Forme um grupo de trabalho paracoordenar o Festival. Esse grupo teráque se reunir várias vezes antes doFestival, para acertos e verificação doandamento dos preparativos. Lem-bre-se: é necessário que se preparecom antecedência tudo o que vaiacontecer. Converse com seu/suapastor/a, que vai desempenhar papelimportante, dando unidade ao queacontece no período.

PLANEJANDO O FESTIVAL

O “Festival de Advento” deve serrealizado no sábado que antecede oinício do período do Advento, que seprolonga por quatro domingos,encerrando-se com o Culto de Natal.Faça uma reunião com o pessoal doDepartamento da Escola Dominical

Celebrando o Advento

Page 63: Melhor do Recriar a Escola Dominical

66

ou do Ministério do Ensino, discutamjuntos a proposta e verifiquem aspossibilidades.

Nessa reunião, explique com cla-reza como será organizado o Festival,quais as atividades a ser desenvolvi-das e quais os materiais necessários. Épreciso definir quem vai coordenar osdiferentes grupos no dia do Festival eque tarefas cada grupo vai realizar.Depois de definidos os/as coordena-dores/as, cada um/a faz a lista de ma-terial de que vai precisar para o seugrupo no dia do Festival. Exemplo:

• Cópias das músicas que serãousadas.

• Material para confecção dos en-feites de massa-pão (conformereceita).

• Toalha para o altar.• Material para a coroa do advento.• Árvore de Natal.• Tudo que for necessário paraservir o jantar.

Confeccione cartazes anunciandoo Festival pelo menos, dois domingosantes. Use o Boletim da igreja para adivulgação ou faça o aviso para a co-munidade em momento apropriado.Convide as pessoas, enfatizando a pos-sibilidade de toda a comunidade parti-cipar do jantar, independentemente desua participação nas atividades.

O GRANDE DIA

No dia do Festival, o grupo de tra-balho deve chegar cedo para cuidardos últimos detalhes. Nesse dia, umlocal de trabalho para cada grupo jádeve ter sido definido e providencia-do o material necessário à realizaçãodas tarefas dos grupos.

Receba as pessoas com alegria,orientando-as sobre o que vai aconte-cer durante o encontro. Ofereça asopções de atividades, conduzindo-asaté o local apropriado. O ideal é queos grupos trabalhem no período datarde, até a hora do jantar. Porém, es-se horário também deve ser definidopelo grupo de trabalho e de acordocom a realidade de cada igreja. Cadagrupo dá início então às suas tarefas.

1. GRUPO DE MÚSICA

Decidam juntos quais músicas se-rão aprendidas ou relembradas. Seriamuito bom que todo o grupo de traba-lho aprendesse as músicas antes doFestival.

Tenham as letras e partituras neces-sárias para todos os participantes dogrupo. Um/a organista, tecladista oualguém que toque violão será de gran-de ajuda. Durante o aprendizado, criemum clima de descontração e alegria:

isso também ajuda a cantar melhor.Antes de ensinar cada música, leiamjuntos a letra, deixando que o grupofaça breves comentários. Aprendam asmúsicas indicadas na proposta de litur-gia para o culto de Natal.

Todos os participantes do Festivaldeverão aprender, durante a Devocio-nal de encerramento, uma música en-saiada no grupo. Durante os domin-gos do Advento, ajudem a cantar e aensinar as novas músicas para a con-gregação.

2. GRUPO DE PREPARAÇÃO DO

ALTAR E DA COROA DO

ADVENTO

Este grupo deverá preparar a Co-roa do Advento e arrumar o altar, co-meçando pela troca das toalhas. Sesua comunidade tiver ou desejar, po-de usar uma toalha roxa ou mesmouma faixa de tecido dessa cor para re-presentar o período. Sugerimos quedurante o culto de Natal essa toalhaseja trocada por uma toalha branca ouamarelo-ouro, para representar o nas-cimento, a chegada do menino Deus.

O roxo do período nos lembra aangústia do povo no cativeiro e proje-ta a esperança do Natal, cuja cor ébranca. Explique para o grupo a im-portância desse período, o significa-do das cores e porque fazemos a co-roa do Advento. Lembre a todos quea coroa é um dos poucos símbolos

criados pela Igreja Protestantee representa a espera peloMessias. O círculo repre-senta o amor infinito de De-

us. O verde dos ramos apon-ta a eternidade. As quatro velas

vermelhas ou roxas indicam o tem-po de espera que diminui até a che-gada do Cristo, representado pela ve-la branca. Nos tempos bíblicos, a púr-pura era uma cor difícil de se conse-guir e era utilizada somente por pes-soas muito importantes.

Depois de trocar a toalha, coloqueuma Bíblia aberta em uma passagemsignificativa, ao centro, sobre a mesade comunhão. Se desejar, coloqueuma fita roxa como marcador de pá-gina. A Coroa do Advento deve estarem lugar apropriado.

Page 64: Melhor do Recriar a Escola Dominical

67

3. GRUPO DE

PREPARAÇÃO

E MONTAGEM DA ÁRVORE

DE NATAL

Esse grupo deve conseguir umaárvore de Natal simples, natural ouartificial. Se sua igreja já possui uma,verifique com antecedência as suascondições e a necessidade de peque-nos reparos. O grupo também poderácriar sua própria árvore, com um ga-lho seco e grande. Pinte-o de verde edeixe a tinta secar. Evite pintá-lo debranco, prateado, dourado ou cobri-lode algodão para imitar neve (coisaque não é comum em nosso país).

Arranje um vaso grande, terra oupedras para dar suporte à árvore. Co-loque-a no templo, em lugar definiti-vo, e assim que os enfeites de massa-pão começarem a ficar prontos, ogrupo passará a decorá-la.

4. GRUPO DE PREPARAÇÃO

DOS ENFEITES DA ÁRVORE DE

NATAL

Prepare a massa-pão com aseguinte receita:

Misture numa tigela: 4 xícaras defarinha de trigo, 1 xícara de sal, 1 1/2xícaras de água e 1 colher de sopa deóleo de cozinha. Por não exigir fervu-ra, essa massa pode ser preparada pe-las próprias crianças. Deve ser con-servada fechada em saco plástico. Pe-

ças pequenas podem ser assadas, pin-tadas e impermeabilizadas. Se dese-jar, pincele com gema de ovo batidoantes de assar, para dar mais cor. Nes-se caso, não as pinte.

Providencie rolos de macarrão ougarrafas para abrir a massa, aramesfinos para fazer os ganchos para pen-durar, confeitos de bolo – bolinhascoloridas (evite as bolinhas pratea-das, algumas tendem a derreter), for-mas/cortadores de biscoito na formade estrelas, luas, sinos, bolas (essasformas podem ser compradas em ca-sas de produtos para festas, são bembaratas), gemas de ovo para pincelar,pincéis e barbante ou fita colorida pa-ra pendurar.Modo de fazer:Abra a massa com o rolo ou garra-

fa, deixando-a com mais ou menosum centímetro de espessura. Use oscortadores para cortar as figuras. Re-tire os excessos e coloque um ganchi-nho na parte superior para poder pen-durar. Pincele uma camada fina de ge-ma de ovo e coloque os confeitos co-mo desejar. Retire com cuidado da

mesa, coloque numa forma e leve pa-ra assar. Deixe esfriar. Retire da formae passe fita colorida ou barbante pelogancho para pendurar.

Depois de prontos, passe os enfei-tes para que o grupo de ornamentaçãoda árvore possa usá-los.

5. GRUPO DE ORGANIZAÇÃO

DO JANTAR

É preciso definir, com antecedên-cia, o local em que será servido o jan-tar. Organizem mesas e cadeiras, sefor possível, para que as pessoas sesentem em grupos. Seria muito bomque os participantes do jantar pudes-sem ter seus lugares de assento pré-determinados, colocando-se em cadamesa pessoas de famílias diferentes ede diversas idades.

No centro do salão ou local utili-zado, improvisem uma grande mesa,cobrindo-a com uma bela toalha e de-corando com motivos e cores natali-nas (velas, folhas, flores, frutas, pãesetc.). Usem sua criatividade. Reser-vem espaço no centro, para que as fa-mílias possam colocar os alimentosque trouxerem.

Caso seja possível organizar pe-quenas mesas para os grupos, enfei-tem-nas com os motivos natalinos.

Também é preciso preocupar-seantecipadamente com a preparaçãode louças, talheres, copos e guardana-pos. O grupo deve estar orientado pa-ra ajudar na condução do jantar.

6. GRUPO DE PREPARAÇÃO

DA DEVOCIONAL DE

ENCERRAMENTO E

ORNAMENTAÇÃO DO TEMPLO

DOMINGO A DOMINGO

Para a devocionalPlanejem uma pequena e criativa

devocional para o encerramento doFestival, que deverá ser feita minutosantes do jantar. Incluam a participa-ção de pessoas de várias idades, in-clusive crianças e adolescentes.

Solicitem ao grupo de música queensine uma das músicas aprendidaspara todos os participantes.

Durante a devocional, separem ummomento para mostrar o trabalho dos

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES E TEMAS

PARA OS CULTOS OU REFLEXÃO PAS-TORAL DE CADA DOMINGO.

1º domingoEsperança. De Belém, que quer di-zer ‘casa do pão’, nascerá Jesus, opão da vida.2º domingoAlegria. O encontro de Maria e Isabel.A criança se mexe na barriga da mãe.3º domingoPaz. A busca da paz integral, quenão significa apenas a falta de guer-

ras, e sim, a plenitude de vida emtermos de saúde, harmonia, amor,respeito, moradia...4º domingoAmor. O infinito amor de Deus querompe barreiras e se manifesta entrenós por meio de Jesus, a Luz domundo.Sugestão para o quarto domingoDistribuir pequenas velas para todosos participantes. Acende-se umavela na vela que representa o nas-cimento de Jesus na Coroa do Ad-vento. Em seguida, cada um vai

acendendo a vela do outro e as luzesdo templo podem ser apagadas. Oculto deve ser encerrado com o cân-tico, nessa ordem, da primeira, ter-ceira e segunda estrofes do hino 398do HE, ‘Vida e Luz’. Ao cantar asegunda estrofe (neste caso, a úl-tima), a congregação começa a seretirar, levando no coração o desafiode ser luz no mundo.

Obs.: O cântico ‘Brilha Jesus’ tam-bém pode ser utilizado, com a mes-ma ênfase.

grupos e ressaltar a importância decada parte no sucesso da realização doFestival.

Falem com mais detalhes sobre aimportância e significado do Adven-to, da necessidade de nos prepararpara receber o Messias, o ‘Deus co-nosco’. Expressem gratidão a Deuspela alegria que nos une e pela espe-rança de um tempo melhor.

Para a ornamentaçãodo templo domingo a domingoEste grupo fica com a responsabi-

lidade de complementar a ornamen-tação do templo durante os quatrodomingos do Advento e para o cultode Natal. No primeiro domingo, alémda Coroa do Advento, a árvore deNatal estará enfeitada somente comos ornamentos de massa-pão. No se-gundo domingo, chamado de domin-go da alegria, acrescente bolas ver-melhas à árvore. No terceiro domin-go, coloque vasos de bico de papa-gaio (poesentia – flores grandes evermelhas com folhas também gran-des, verdes) nas janelas do templo eum ou dois vasos no altar. No quartodomingo, acrescente bolas de outrascores à árvore.

Finalmente, no culto de Natal,acrescente luzes à árvore. Essas luzesdeverão ser acesas no momento apro-priado e de acordo com as orientaçõesdadas na proposta da liturgia.

Samuel e Miriam Fernandes,São Roque, 3ª RE

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69

• Confeccionar dois cartazes (abaixo, você encontrará duas sugestões).• Cada um deles deverá conter uma gravura, uma frase e um texto bíblico.• Deverão ser colocados no mural da Igreja, à entrada do templo e/ou em umlugar bem visível.

• O primeiro deverá ser afixado no 1º Domingo do Advento.• O segundo deverá ser exposto no dia da celebração do Natal.

A Igreja Cristã tem guardado cer-

tas datas durante o ano, como uma

lembrança especial de algum

acontecimento. Durante o tempo

de Natal, lembramos do amor de

Deus por intermédio da vida de

Jesus. Em alguns calendários,

encontramos as palavras: Advento

e Natal. As cores litúrgicas desses

períodos celebrativos de nossa fé

são a roxa, para o Advento, e a

branca, para o Natal.

Preparandoa Igreja para vivero Advento e o Natal

Page 67: Melhor do Recriar a Escola Dominical

70

A GRATIDÃO

Desenvolvimento do Programa

Cenário: Uma cena da manjedoura,bem moderna e bonita – commanjedoura, menino Jesus, etc.).Perto da manjedoura, quatro pas-tores deitados, descansando.

Personagens: Narrador, Coro de es-trelinhas um grupo de meninas pe-queninas de 2 a 5 anos – vestidasde estrelas, 4 pastores, 24 crianças– se necessário, atribuir mais deuma fala para cada criança.

Prelúdio – Oh! Vinde Fiéis! (HE 81– o coro das “Estrelinhas” pode

tocar triângulos, para acompanharo órgão).

Narrador: Queridos ouvintes, hojenós nos reunimos aqui, com mui-ta alegria, para celebrar o aniver-sário de um grande amigo: Jesus.O aniversário de Jesus é come-morado de muitas maneiras, commuitas festas, muito amor, muitaalegria. Vocês sabem como sechama a festa do aniversário deJesus?

Todos: Festa do Natal!

Narrador: Na festa de aniversáriode uma pessoa, a mãe e os ami-gos gostam de lembrar os aconte-

cimentos de seu nascimento: apreparação, a espera. Então, co-mo Jesus foi preparado e espera-do? Jesus foi esperado por umpovo inteiro que acreditava emDeus e sabia que ele amava oshomens. Nascendo Jesus, nasce-ria uma nova luz para o mundo:a luz do amor e da verdade. Co-mo foi que tudo aconteceu? Va-mos ouvir e assistir uma cena donascimento de Jesus.

Música: (órgão ou coro) “Vindecantai! Jesus Nasceu!” – HE 12

Narrador: Já era noite. Alguns pas-tores tomavam conta de suasovelhinhas, nas redondezas deBelém. De repente...

Celebração de NatalO objetivo desta dramatização é compartilhar e celebrar o verdadeiro significado do Natal

Page 68: Melhor do Recriar a Escola Dominical

71

Estrelinhas: entram cantando e to-cando sininhos.

Música: “Os sinos”

Depois de cantar e fazer uma dancinha,vão para perto da manjedoura.Pastores acordam assustados e, admira-dos, olham a cena

Pastor 1: Natã, acorde! Veja quegrande luz, que vozes, os sinos...

Pastor 2: Luz de estrela... Vozes...Pode ser um sinal!

Pastor 3: Vamos, amigos, vamos vero que está acontecendo!

Pastor 4: A Bíblia fala que aparece-rá um sinal do céu quando vier oSalvador... Vamos! Vamos a Be-lém (saem para depois entraremnovamente. Enquanto isso, en-tram Maria, José e o menino Je-sus, que é colocado na manje-doura. O órgão faz um interlúdio.

Narrador: Enquanto isso, numagruta de Belém, uma linda crian-ça sorri...

Pastores: (Voltando e se aproximan-do) Vejam! Um menino nasceu!

Pastor 1: Quem são vocês?José: Eu sou José, da família de Davi.Maria: Eu sou Maria, de Nazaré.

Este é Jesus, o nosso filho queacaba de nascer... (Maria acenaafirmativamente com a cabeça.)

Todos os pastores: (Vão à frente efalam) – Alô minha gente. Umaluz brilhou. É Natal. Jesus nas-ceu. Vamos comemorar.

Música: “Viva o Nenezinho”

Narrador: Vamos comemorar! Va-mos agora festejar o aniversáriode Jesus. O que podemos fazer?Ah! Podemos, agora, juntos, dargraças pelas bênçãos que ele veionos trazer.

Grupo: Entram três crianças, sendoque uma delas traz nas mãos umavasilha de vidro transparente comágua, e cada uma diz uma frase.

Criança 1: (ergue a vasilha comágua, e diz:) “Agradecemos aágua fresquinha e gostosa,

Criança 2: que molha a terra paraela dar flores e frutos, que mata a

sede dos homens e animais,

Criança 3: que tira manchas e deixatudo limpinho, que serve até parabatizar crianças e mesmo gentegrande.”

Colocar no chão, ao lado da manjedoura,a vasilha com água. As crianças ficam deum lado do palco.

Canto: “Do nosso coração”

Grupo: Entra outro grupo de trêscrianças.

Criança 4: (Ergue um aquário ediz:) “Agradecemos os peixes dorio e do mar,

Criança 5: os pequeninos que agente pode criar em casa, no tan-que ou no aquário,

Criança 6: e os grandes que alegrama vida dos pescadores, e servemde alimento para tanta gente.”

Colocar o aquário no chão, ao lado damanjedoura.

Canto: Do nosso coração, cantamo-te louvor.

Porque nos dás todos os peixes.Graças mil, Senhor.

Grupo: Entra outro grupo de três cri-anças.

Criança 7: (Ergue uma cestinha defrutas, e diz:) “Agradecemos asfrutas deliciosas,

Criança 8: as grandes, como a me-lancia e o melão,

Criança 9: e as pequeninas, como apitanga.”

Colocar a cesta no chão, ao lado da man-jedoura.

Canto: Do nosso coração, canta-mos-te louvorPorque nos dás as boas frutas,Graças mil Senhor.

Grupo: Entra outro grupo de trêscrianças.

Criança 10: (Ergue uma gaiola ediz:) “Agradecemos os passari-nhos, que voam felizes, pelo ar,

Criança 11: e pousam nas árvorespara cantar.

Criança 12: E nas gaiolas e viveirosenchem de música nossas casas.”

Colocar a gaiola ao lado da manjedoura.

Canto: Do nosso coração, cantamo-te louvor.Porque nos dás os passarinhos.Graças mil, Senhor.

Grupo: Entra outro grupo de trêscrianças.

Crianças 13: (Ergue um feixe de tri-go e diz:) “Agradecemos o trigolourinho, que brota da terra,

Criança 14: e depois vira farinha ea farinha vira pão.

Criança 15: O pão que representa oCorpo de Cristo, para alimentarnossa vida de filhos de Deus!”

Colocar o feixe de trigo perto da manje-doura.

Canto: Do nosso coração, cantamo-te louvor.Porque nos dás o alimento.Graças mil, Senhor.

Grupo: Entra outro grupo de trêscrianças.

Criança 16: (Ergue um ramalheteou uma cesta de flores e diz:)“Agradecemos as flores queenchem o mundo de beleza.

Criança 17:Aquelas que gente plan-ta em casa, no jardim ou nos va-sinhos e aquelas que nascem noscampos, sem ninguém plantar.

Criança 18: Aquelas que estão naspraças e nos parques, e as queestão na igreja, casa de Deus,oferecendo a ele o perfume donosso amor.”

Colocar a cesta ou ramalhete ao lado namanjedoura.

Canto: Do nosso coração, cantamo-te louvor.Porque nos dás as lindas flores.Graças mil, Senhor.

Grupo: Entra outro grupo de trêscrianças.

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72

Compartilhando aalegria do Natal

Escolham uma instituição assis-tencial metodista ou grupo atendidopela sua igreja local e preparem umprograma especial de Natal para sercompartilhado com essas pessoas.

Realizem uma reunião de planeja-mento, levando em consideração queo objetivo principal da festa é com-partilhar a alegria e esperança trazi-das pelo Natal com pessoas que, pordiversos motivos, podem estar entris-tecidas ou passando por necessida-

des. Sendo assim, procurem conhecero grupo que será visitado, para que aprogramação seja adequada.

Decidam, de acordo com a insti-tuição ou grupo escolhido, o que vo-cês levarão para a festa. Presentes?Bolo? Salgados? Refrigerantes? Tu-do isso é bom, mas lembrem-se deque o mais importante é que as pes-soas sintam que vocês compartilhamcarinho com elas. Caso vocês optempor levar presentes, procurem saber o

que faria o grupo feliz.Optem por uma forma adequada

de se transmitir a mensagem de Na-tal. Uma breve mensagem é interes-sante. Porém, como é dia de festa,também é apropriado selecionar cân-ticos natalinos que sejam fáceis e co-nhecidos.

Adaptação de sugestão do boletimVocê e o juvenil, ano 10, nº 5,

setembro e outubro.

Criança 19: Segura uma miniaturade uma igreja e diz: “Agradece-mos pela nossa igreja, onde:

Criança 20: nos ensinaram que de-vemos ser amigos de todos;

Criança 21: nos ensinaram que so-mos filhos de Deus, que somostodos irmãos.

Colocar a miniatura da igreja ao lado damanjedoura.

Canto: Do nosso coração, cantamo-te louvor.

Porque nos dás a nossa igreja.Graças mil, Senhor.

Grupo: Entra outro grupo de trêscrianças.

Criança 22: Segura uma Bíblia ediz: “Agradecemos, mais que tu-

do, este livro, que é a Bíblia, aPalavra de Deus.

Criança 23: Ela nos conta o quantoDeus nos ama.

Criança 24: E ensina que o que ma-is agrada a Deus é todos se ama-rem como irmãos. Foi para mos-trar isso que Jesus nasceu.”

Colocar a Bíblia ao lado na manjedoura.

Canto: Do nosso coração, cantamo-te louvor.

Porque nos dás a nossa Bíblia.Graças mil, Senhor.

Narrador: Foi assim que Jesus foirecebido na terra: pelos anjos,pelos pastores e pelos reis.Nasceu numa gruta muito fria,numa noite muito fria, humilde epobre. Mas todos ficaram tão

contentes que a gruta mais pare-cia um palácio, cheio de alegria eamor e a noite fria transformou-se na noite mais bonita do ano: anoite de Natal!

Música: Ao órgão, com as “Estreli-nhas” tocando os sinos – Comosão alegres (HE nº 21).

Narrador: Jesus nasceu! Hoje elefaz aniversário. Ofereça vocêtambém a ele o seu presente. Asua gratidão. O seu coração.

Hino Congregacional: HE 7

Oração final

Bênção.

Zildinha Navarro, 4ª RE

Page 70: Melhor do Recriar a Escola Dominical

73

Jesus, o melhor amigoMaterial necessário:Letras recortadas, em número su-

ficiente para formar cinco frases: ‘Je-sus é o melhor presente’.

Procedimentos:Contar a história do nascimento

de Jesus (Lucas 2.1-7)Organizar a classe em cinco gru-

pos e entregar a cada grupo um enve-lope contendo determinado númerode letras.

Cada grupo deverá formar a frases‘Jesus é o melhor presente’. As letrasestarão misturadas, ou seja, os en-velopes não conterão exatamente asletras necessárias para formar a frase.Para que isso aconteça, as crianças

precisarão trocar, pedir e oferecer le-tras umas às outras.

Após os grupos conseguirem for-mar as frases, conversar sobre o seusentido e também sobre a colabora-ção que foi necessária para o cumpri-mento da tarefa.

Antônio Maurílio Guimarães, 4ª RE.

Vamos anunciar o Natal?

A construção desse móbile é umaatividade simples e pode ser feita pe-las crianças. Os móbiles poderão ser-vir para enfeitar a classe de EscolaDominical, a casa das crianças ou pa-ra presentear alguém.

Ao confeccionar esses enfeitescom as crianças, é importante expli-car para elas o significado que os si-nos têm para o Natal.

Material necessárioCartolina; papel laminado; cola;

bolas de Natal (tamanho médio); co-pos de iogurte, de plástico ou papel,fio de náilon.

Execução1. Recortar a cartolina de modo

que, unindo-se as pontas ‘a’ e ‘b’, se-ja formado um cone (figura 1).

2. Forrar a cartolina com papel la-minado e depois colar suas bordas,formando o cone.

3. Furar a borda do cone, deixandoos furinhos a uma distância de uns oitocentímetros uns dos outros (figura 2).

4. Furar o fundo dos copinhos (fi-gura 3).

5. Amarrar cada bola com um fiode náilon, passando-o em seguida pe-lo buraquinho no copo. As bolas de-vem ficar suspensas como pêndulos(figura 4).

6. Amarrar cada fio em um dos fu-ros na borda do cone, deixando os co-pos em alturas diferentes (figura 5).

7. Prender um fio de náilon naponta do cone e pendurá-lo no teto,no centro da classe, deixando-o auma altura visível para as crianças(figura 6).

Nós e as crianças, 1974.

O sino lança mensagens ao ar.O nascimento de Jesus é a grandemensagem que precisa ser anunci-ada e comunicada a todos. Alémde anúncio, o sino também sinali-za a alegria. No Natal, queremosdemonstrar, com os sinos, que es-tamos felizes com o fato de o Filhode Deus se fazer homem e estarentre nós.

A

B

fig.1

fig.6

fig.5fig.4fig.3

cone

furosfios

furo

Fio denylon

Page 71: Melhor do Recriar a Escola Dominical

74O que é o festival?Trata-se de uma atividade criativa

que, além de preparar as pessoas paraa comemoração do nascimento deCristo, promoverá a confraternizaçãoentre os juvenis e seus convidados.

DataO festival deve ser realizado no

mês de dezembro. Pode ser iniciadono primeiro domingo de dezembro econcluído no último domingo que an-tecede o Natal. Se o dia da semana es-colhido for o domingo, as atividadesdeverão ser feitas no período da tarde.

Grupos de interesseOs participantes devem ser dividi-

dos em grupos que trabalharão, porexemplo, na confecção de coroas doAdvento, bolas de natal, velas e sinos(ver sugestões de globos de Natalabaixo). Outros grupos poderão serorganizados, conforme o interessedos juvenis.

RecreaçãoAlém das atividades nos grupos

de interesse, deve-se reservar mo-mentos para que todos, juntos, parti-cipem de brincadeiras, jogos de pin-gue-pongue e outros.

MateriaisLembrem-se de que é preciso pre-

ver alguma quantia em dinheiro paraa compra dos materiais que serão uti-lizados. Esse cálculo deve ser feito deacordo com o número de grupos eparticipantes.VoluntáriosSolicitem, com antecedência, vo-

luntários/as que se disponham a orien-tar os grupos de interesse, as brinca-deiras e o preparo dos lanches. O ide-al é que cada voluntário/a saiba comomontar o objeto escolhido pelo grupode interesse que ele/a irá coordenar.

ExposiçãoAo final do festival, uma exposi-

ção com os trabalhos deverá ser mon-tada em um lugar privilegiado daigreja.

‘Você e o juvenil’, 1973

GLOBOS DE PAPEL, COMO FAZER

Material necessário:Papel laminado, linha e agulha,

cola, tesoura.1. Cortar cinco círculos de papel la-

minado, no tamanho desejado,cada um de uma cor.

2. Dobrar os círculos ao meio.

3. Colar a metade do círculo 1 à me-tade do 2, conforme figura ‘a’.

4. Colar a metade do círculo 3 à me-tade do 4, conforme figura ‘b’.

5. Unir essas duas formas, o queresultará na figura ‘c’.

6. Fazer um corte, até a metade do ra-io, no meio de duas abas opostas,conforme figura ‘d’.

7. Cortar ao meio o círculo que so-brou. Fazer um corte em cada umadessas duas partes, indo do centropara a parte curva, até a metade doraio, conforme figura ‘e’.

8. Encaixar os cortes da figura ‘e’ noscortes da figura ‘d’.

9. Colocar um fio na parte superiorpara ser amarrado à árvore. Na par-te inferior, coloque franjas de papellaminado cortado em tirinhas.

O festival de Natalvai começar

Page 72: Melhor do Recriar a Escola Dominical

75

Natal! Festa para quem?

Quando deixamos Jesus ser o Reiem nossas vidas, começamos a pen-sar mais em outras pessoas. A própriafesta de Natal toma um novo sentido.Veja só alguns exemplos:

Uma igreja preparou um progra-ma de Natal, não para ser apresenta-do no templo, mas na praça públicada cidade.

Um grupo ensaiou cantos deNatal e os apresentou na igreja, mastambém em hospitais, lares de ido-sos, orfanatos e na cadeia.

Alguns juvenis prepararam bola-chas gostosas, colocando-as em pe-quenas latas que foram ofertadas aosmoradores de um lar para idosos.

Alguns jovens prepararam umteatrinho de fantoches e o apresen-taram às crianças em uma favela.

No Natal, vamos buscar não ape-nas a nossa alegria, mas celebrar achegada de Jesus entre nós, expres-sando nosso amor, nosso carinho enossa solidariedade, de forma bemconcreta, às pessoas que estão anossa volta, onde nos encontramos.Que tal fazer uma caixa de miudezaspara presentear algumas dessas pes-soas?

CAIXAS DE MIUDEZAS

Material necessárioCaixas de fósforo usadas e vazias,

fita estreita de seda, tecido ou bar-bante colorido, papel cartolina oucolorset de várias cores, cola eenfeites.

Modo de fazerJunte quatro caixas de fósforos

vazias (ou usadas).Retire a parte interna (depósito dos

fósforos) e, no fundo externo, cole umpequeno pedaço de fita estreita de sedacolorida ou barbante colorido (que ser-virá como puxador das gavetas).

Deixe secar. Coloque as partes in-ternas dentro das externas. Depois decoladas, elas devem se parecer compequenas gavetas.

Corte dois quadrados de cartolinaou papel colorset colorido do tama-nho das quatro caixas (figura 2).

Cole-as uma ao lado da outra,conforme figura 1.

Para enfeitar, podem ser coladosenfeites natalinos, como pequenosgrãos, fitas, laços ou mesmo umaestrela ou símbolo natalino recortadoem papel laminado.

Page 73: Melhor do Recriar a Escola Dominical

76

Fazendo arte

Todos sabemos que a arte é, para acriança, uma atividade estimulante emuito educativa. Ela desenvolve a sen-sibilidade, ajuda na coordenação moto-ra, na criatividade, na capacidade deexpressão, na disciplina e até mesmonos relacionamentos da própria cri-ança. Durante o período do Advento,que antecede o Natal, planeje fazercom as crianças da Escola Dominicalalgumas atividades manuais e criativas.Aqui estão duas sugestões:

SUPORTE PARA VELA NATALINA

OU CASTIÇAL

Material necessário: copos des-cartáveis, pó de gesso, água, velas co-muns.Modo de fazer: faça um mingau

grosso de gesso, mexendo bem àmedida que for adicionando o gesso(coloque sempre o gesso na água enão a água no gesso).

Encha cada copo descartável commenos de 2 centímetros de mingau.

Imediatamente, coloque a vela nocentro. Deixe endurecer.

Tire a peça de gesso do copo etente retirar também a vela, até soltá-la da peça, sem quebrá-la.

Leve as peças prontas para que ascrianças possam enfeitá-las na classeda Escola Dominical.

Use cola colorida, esmalte ou pin-gos de tintas.

Depois de secos os suportes,recoloque a vela e deixe que as crian-ças os levem para presentear familia-res ou amigos da família.

PEÇAS DE PRESÉPIO DE BELÉM

FEITAS DE ARGILA

As próprias crianças podem fazer,com argila, o bebê Jesus, Maria, José,os pastores, reis e anjos, além dosbichos, como bois e ovelhas. Fazer aspeças com antecedência e, quandosecas, pintá-las com cores brilhantese variadas que dão um toque especialàs peças (tinta plástica pode serusada). Depois, essas peças podemser expostas numa caixa com deta-lhes especiais, como capim, gravetospara a manjedoura e para o estábulo,cochos para alimentos dos bois...

Rosane Pontes do Rego BarrosMembro da Equipe deAção Docente REMNE

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77Esta atividade foi sugerida há al-

guns anos, em uma de nossas revis-tas. O objetivo é mostrar que, na sim-bologia natalina, tanto a manjedouraquanto a cruz apontam para a vida. Amanjedoura recorda a vinda de Jesus,cuja vida iniciou-se em circunstânci-as peculiares e foi doada à humanida-de desde o início. A cruz vazia lem-bra a vitória sobre a morte, a garantiade vida eterna a todos os que crêem.

Textos bíblicos sugeridos: Gála-tas 6.14, Colossenses 2.13-15, Mi-quéias 5.2-5.

Material necessárioPeças de cartolina ou outro papel

mais espesso, recortadas conforme osmodelos.

Uma folha de papel pardo, naqual serão afixados os recortes, con-forme os modelos.

ProcedimentosRecortar as peças (repare que

aquelas que formam a cruz são asmesmas que, dispostas de outra ma-neira, resultarão na manjedoura).

Montar a figura com a cruz e dei-xá-la, desde o primeiro domingo doAdvento, em local bem visível da

classe de Escola Dominical. Não fa-zer nenhum comentário com a classe.

No último domingo do Advento,com os alunos presentes, apontar acruz e pedir para que eles montem amanjedoura com as peças. Aí, então,estimular comentários sobre o temada vida.

Atenção: Para que as peças se sol-tem com facilidade, não utilize cola.Prefira durex, grampos, percevejosou outra solução que você achar con-veniente.

Antônio Maurílio Guimarães,4ª RE

A constantetransformação da vida

Page 75: Melhor do Recriar a Escola Dominical

78 Ainda que eu repetisse a históriado Natal e cantasse seus hinos, se nãotivesse amor, seria como o metal quesoa ou como o sino que tine.

Ainda que recebesse numerosospresentes de Natal e cresse na cele-bração do Natal em meio a dias incer-tos e tenebrosos, se não tivesse amor,de nada me serviria.

Ainda que distribuísse presentesde Natal e entregasse meu corpo àsintempéries do tempo para ministraraos necessitados, se não tivesse amor,de nada aproveitaria.

Especialmente no Natal, o festivaldo amor, o amor é paciente e benig-no, o amor não é invejoso, o amornão se trata com leviandade, o amornão se ensoberbece.

Embora o Natal traga consigotentações, o amor não trata com inde-cência, não busca seus interesses, nãose irrita, não suspeita mal, não folgacom a injustiça, mas alegra-se com oamor de Deus, manifesto em Cristo, oSenhor.

Este maravilhoso amor de Deus,derramado sobre seu mundo, pormeio do infante de Belém, faz comque possamos:

tudo sofrer, tudo crer,tudo esperar, tudo suportar.O amor jamais acaba.Ainda que haja pinheirinhos de

Natal, estes desaparecerão;ainda que haja enfeites multicores,estes perecerão;ainda que haja gritos de alegria de

crianças,estes cessarão.Porque essas coisas são apenas

manifestações terrenas das alegriasdo Natal.

Quando vier o Natal perfeito, en-tão o que é em parte será aniquilado.

Quando eu era criança, falava doNatal como criança, pensava no Natalcomo criança.

Mas quando me tornei adulto,despojei-me de idéias egoístas sobreo Natal.

Porque agora vemos apenas derelance a beleza do Natal.

Mas então, o veremos em todasua glória.

Agora eu conheço, em parte, osignificado desse dia.

Mas então conheceremos o Natalassim como também sou conhecido.

Por hora ficam:a fé, a esperança, e o amor.estes três, mas o maior deles é o

amor.Possa esse maravilhoso espírito

de amor, o verdadeiro espírito de Na-tal, iluminar nossos corações nestedia em que Cristo nasceu.

(Texto extraído da revista“Em Marcha” por Zélia dosSantos Constantino, 1ª RE)

Uma paráfrase do Natal1 Coríntios 13

Quando o canto dos anjos já silenciou,quando a estrela do céu já desapareceu,quando os reis e príncipes já voltaram para seus lares,então começa a finalidade do natal:

Achar os perdidos,animar os abatidos,alimentar os famintoslibertar os prisioneiros,reconstruir as nações,trazer a paz entre os irmãos,e levar a alegria aos corações.

A finalidade do Natal

Esta paráfrase é um recursoque poderá ser apresentado, emforma de jogral, por um grupo daclasse de jovens, nas celebraçõesnatalinas.

Page 76: Melhor do Recriar a Escola Dominical

LITURGIAS

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Apresentamos a seguir os temasdo calendário litúrgico para que vocêe sua comunidade possam celebrar elembrar a história da Salvação.Os períodos e temas são os mes-

mos para todos os anos, porém, as da-tas de alguns períodos são variáveis.

EPIFANIA

Celebração mais antiga que a pró-pria festa do Natal. Manifestaçãode Jesus às pessoas e asmudanças provocadas.

Período: abrange entre 4 a 9 domin-gos, conforme a data da Páscoa.

Cor litúrgica: usa-se o branco poroito dias e, depois, o amarelo ou-ro, a cor mais alegre de todas ascores, a cor da realeza.

Tema básico: manifestação do Cris-to ao mundo como salvador detodas as pessoas.

Símbolos litúrgicos: estrela e coroados magos, mãos, peixes.

Leituras: Mt 2. 1-10; Lc 2. 35-38;Lc 2. 8-24; Lc 2. 39-52

QUARESMA

Quarenta dias de preparação para aPáscoa.

Período: da quarta-feira de Cinzasao domingo de Ramos.

Cor litúrgica: roxo-lilás, cor daexpectativa, da saudade, darealeza do Cristo.

Ênfases: jejum, arrependimento, ora-ção, conversão, mudança de vida.

Temas básicos: arrependimento econversão. Preparação de candi-datos à Profissão de Fé.

Símbolos litúrgicos: cinzas, água,cruz, pregos e outros ligados àprática da piedade pessoal e co-munitária.

Leituras: Ez 18.32; Jn 3.1-10; Mc1.14 e 15

PÁSCOA E ASCENSÃO

Celebração da saída do povo doEgito; ressurreição de Cristo.

Período: da quarta-feira Santa (lava-pés) até o Pentecostes.

Cores litúrgicas: usa-se o preto nasexta-feira Santa, roxo-lilás nosábado, amarelo (Cristo, o solnascente) e branco no domingoda Ressurreição.

Tema básico: esperança na ressur-reição de toda forma de vidacriada por Deus.

Símbolos litúrgicos: túmulo vazio,sol nascente, cruz vazia, borbole-ta como símbolo de transforma-ção e vida nova.

Leituras: Êx 12; Sl 113 a 118 (cân-ticos pascais); Mt 26. 17-30; Mt28. 1-20; Mc 16 1-8; Lc 24. 1-12Jo 20. 1-18; Atos 1.1-14

PENTECOSTES E TRINDADE

Festa de origem: festa das sete sem-anas de colheita.

Período: 50 dias após a Ressurreição.Cor litúrgica: vermelho, cor asso-ciada à alegria, ao amor, ao po-der (do Espírito)

Temas básicos: Deus Pai, Filho eEspírito Santo manifesto entrenós. Capacitação para missão.

Calendário

Page 78: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Símbolos litúrgicos: tudo aquiloque lembre o ar, o vento, fogo,pomba.

Leituras: Dt 16. 1-7; At 2. 1ss; At20. 16; I Co 16. 8

REINO DE DEUS CONSUMAÇÃO

Período: três últimos domingos docalendário.

Cor litúrgica: verde, símbolo de es-perança, de união entre o ser hu-mano, a natureza e o criados. Tam-bém simboliza a imortalidade.

Temas básicos: reflexões sobre o li-mite da vida, o destino do mundoe a vida eterna.

Símbolos litúrgicos: balança, cin-zas, alfa e ômega, coroa, A-Z.

Leituras: Mt 25. 31-46; I Co 15. 2;II Co 4. 14; Mc 9. 47 e 48; Mt13.43; Lc 13.29; Mc 12. 19-24;II Tes 3. 1

CRIAÇÃO – PROVIDÊNCIA

Período: do 1º domingo de setem-bro ao 5º domingo que antecedeo Natal.

Cor litúrgica: verde, símbolo de es-perança e vida.

Tema básico: ação criadora de Deuse a nossa participação como mu-lheres e homens nesse processo.

Símbolos litúrgicos: lamparina,velas – a primeira criação deDeus foi a luz –, frutos, terra etudo o que lembre a ação criado-ra de Deus.

Primeira questão teológica inte-ressante: qual o princípio davida?

Leituras: Gn 1.1-2.3; Gn 2.4-16; Sl104; Is 65. 17-25; Is 43. 1-3; Is44. 1-5; Rm 8. 18 – 22

ADVENTO

Período preparatório para a cele-bração do Natal.

Período: do 4º domingo que ante-cede o Natal ao dia 24 de dezem-bro.

Cor litúrgica: roxo-lilás – dentreoutros sentidos é a cor da tem-perança, da expectativa.

Tema básico: esperança presente nacaminhada do povo de Deus naBíblia, culminando com o nasci-mento do Cristo, a nossaEsperança.

Símbolos litúrgicos: a coroa doadvento é o mais conhecido.Usa-se também muitas luzes.Quatro velas representando osquatro momentos básicos queantecederam o nascimento deCristo. Acender uma vela a cadasemana.

Leituras: 1ª vela: Is 9.1-7; 2ª vela:Is 11.1; 3ª vela: Lc 1. 76 – 79; 4ªvela: Jo 1.9; 5ª vela: Jo 1.4 –acesa no dia de Natal (centro dacoroa).

NATAL

Período: abrange dois domingos: 24de dezembro a 5 de janeiro.

Cor litúrgica: branco por ser a mis-tura de todas as cores, síntese detodas as luzes, ou seja, o Cristoque veio para todos.

OBS.: A celebração do Natal atesta acrença da Igreja nas dimensõesdivina e humana de Jesus.

Tema básico: nascimento do Cristo.

Símbolos litúrgicos: manjedoura,luzes, anjos, crianças, presépios.

Leituras: Mt 1.18-25; Lc 2.1-7; Jo1.1-14

Extraído do CartazAgenda Nacional da Igreja

Metodista, produzido pela ÁreaGeral da Igreja

Page 79: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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ABERTURA

No decorrer dos tempos, as pesso-as têm usado várias maneiras para ex-pressar o que pensam e sentem, alémda palavra falada ou escrita. Umadessas maneiras são os símbolos.Eles nos transmitem uma mensa-

gem, nos fazem lembrar uma história(como se fossem fotografias). Assim,olhando para a cruz, por exemplo,lembramos de toda a vida de Jesus eda Igreja Cristã. Da mesma forma, opresépio e a estrela são símbolos quenos fazem lembrar o Natal.Há muitos outros símbolos no

cristianismo. Na Páscoa, podemosusar alguns deles para comunicar amensagem: “Jesus, nosso Senhor, es-tá vivo”.

O PEIXE é o mais antigo símboloda Era Cristã. As letras que formam a

palavra peixe em grego são as iniciaisde uma afirmação muito importantepara os cristãos de todas as épocas:“Jesus Cristo, Filho de Deus é nossoSenhor”. O peixe era também usadocomo senha. Por meio dessa figura,os cristãos se identificavam nos tem-pos difíceis de perseguição pelosquais passou a igreja.

O CÍRIO pascal é uma grande velaem que estão gravadas as letras “Al-fa” e “Ômega”. A primeira e a últimaletra do alfabeto grego mostram queCristo é o princípio e o fim de tudo(Apocalipse 1.8).

O OVO é um símbolo muito anti-go. Assim como um pintinho e outrosfilhotes de aves rompem o ovo que osaprisiona, Cristo rompeu o túmulo evive para sempre. Um ovo pareceuma coisa sem vida, morta, masesconde dentro de si uma vida nova,assim como o túmulo de Jesus.

O TRIGO, mesmo depois de que-brado, e as uvas, mesmo depois de pi-soteadas, não são destruídos. Pelocontrário, são transformados em pãoe vinho, os dois alimentos mais im-portantes para a vida dos judeus notempo de Jesus. Jesus também, comonos diz o profeta Isaías, foi “quebra-do” e “moído”, mas continua a ser aforça do seu povo (Isaías 54.5).

O PELICANO simboliza o sacrifí-cio de Cristo na cruz. Conta-se queele fere o próprio peito para alimentaros filhotes com seu sangue.

A BORBOLETA surge depois que alagarta se transforma e rompe o casu-lo. Essa transformação também nosajuda a transmitir a mensagem da res-surreição, da nova vida.

As classes de adultos e jovens po-

derão confeccionar alguns desses

símbolos para serem usados nas

celebrações da Páscoa ou nas clas-

ses de Escola Dominical, inclusive

nas de crianças e juvenis. Os sím-

bolos servem tanto para decoração

como para estimular a reflexão

sobre o tema.

Você conheceos símbolos da Páscoa?

Page 80: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Os BULBOS SECOS e as sementestambém são utilizados como símbo-los da ressurreição. Parecem mortosdebaixo da terra, mas renascem comonovas plantas e flores.

A CRUZ e o túmulo vazios sim-bolizam a morte sacrificial de Jesus esua vitória na ressurreição.

O GIRASSOL e outras floresamarelas e brancas expressam o ouro

da realeza de Cristo e a paz por eleconquistada. O girassol tem signifi-cado especial, pois como sua corolase volta para o sol, nós devemos nosvoltar para o Cristo ressuscitado.

Page 81: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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A Igreja Metodista Central emRibeirão Preto, SP, não tem umatradição de grande participação emcultos durante a semana, mas decidiuque a semana que antecede o domin-go da ressurreição deveria ser come-morada de forma muito especial.Decidiu-se fazer cultos especiais,

iniciando na quarta-feira e terminandono domingo à noite. Para que as pes-soas se sentissem estimuladas a par-ticipar de todos os cultos, ficou resol-vido que a duração de cada culto nãoexcederia uma hora e que cada umcontaria com uma dinâmica, uma con-figuração dos bancos da igreja e umaornamentação simbólica diferentes.Esta informação foi divulgada na

igreja durante várias semanas, infor-mando as datas, os horários e os títu-los escolhidos para cada culto.

Quarta-feira:“Cantai ao Senhor”

Quinta-feira:“O Cenáculo”

Sexta-feira:“Afastando as Pedras”

Domingo pela manhã:“Celebração da Ressurreição”

(com café da manhã)

Domingo à noite:“Celebração da Páscoa”

Foram usadas as cores do períodolitúrgico – o roxo e o azul escuro – e ossímbolos que lembram acontecimentosda Páscoa – a cruz, os panos que envol-veram o corpo de Cristo sepultado, apedra que foi removida do túmulo, abacia de água e a toalha para secar ospés, além dos elementos da ceia.

Cada culto foi cuidadosamente or-ganizado para ser único, ao mesmotempo, parte de uma proposta unifica-

da, de um processo crescente de refle-xão, meditação e edificação.A experiência transformou a se-

mana da Páscoa numa semana ines-quecível e gerou um entrosamentodos vários ministérios e membros daigreja: os grupos de louvor, com amúsica; as mulheres da igreja, com aprodução de pão e carne para a ceia;os jovens, na movimentação dos ban-cos para a transformação do espaçofísico; diversas pessoas, que encarre-garam-se das pedras; o Ministério daFamília, com a preparação do café damanhã no domingo.

CULTO DA QUARTA-FEIRA

“Cantai ao Senhor”

Proposta litúrgica – Reviver atravésda música os acontecimentos dasemana da Páscoa narrados naBíblia.

A Páscoa é um dos períodos mais

importantes no calendário litúrgico.

Por isso é bom motivar toda a igreja

para sua celebração. A sugestão que

lhe apresentamos aqui foi uma

experiência muito bonita e sig-

nificativa na vida da comunidade de

fé da Igreja Metodista Central em

Ribeirão Preto. Você pode usar esta

sugestão adaptando-a à realidade de

sua igreja ou como inspiração para

criar e desenvolver uma nova idéia

para celebração da Páscoa.

Celebrandoa Páscoa

Page 82: Melhor do Recriar a Escola Dominical

Dinâmica: Quando as pessoas che-garem à igreja, encontrarão aporta do templo fechada e deve-rão ficar esperando no átrio. Nahora do início o culto, as portasserão abertas e os jovens (ou gru-pos de louvor) estarão aguardan-do no interior do templo, de ondecomeçarão a cantar abanando fo-lhas e colocando panos no cami-nho, enquanto as pessoas entrame tomam seus lugares.

Disposição dos bancos: A ala cen-tral deverá ser alargada para faci-litar a movimentação.

Ornamentação: Um pano azul co-brirá a cruz que fica acima do al-tar. (Este pano deverá ser retiradodurante o cântico que diz: “Ovéu que nos separava já não se-para mais”.)

Músicas: Hinos 249, 144, 191 ecânticos de acordo com cada mo-mento da celebração.

Preparação prévia: Os grupos delouvor escolherão e ensaiarão,juntamente com um dos mem-bros do Ministério da Liturgia, asmúsicas a serem utilizadas.

Ordem do Culto1. Entrada de Jesus em Jerusalém– Adoração

Música: Hosana! Hosana!

Oração de adoração (Jesus)

2. Jesus no templo – Confissão• Texto bíblico: Mc 11.15-17• Palavra do dirigente• Música: “A começar em mim...”• Hino 249 – Confissão e humildade– Leitura comunitária e canto

• Oração silenciosa• Proclamação do perdão

3. Jesus ensina no templo –Edificação

• Palavra do dirigente• Hino 144 – Palavra vivificante

4. Lavapés / Santa Ceia – Comu-nhão, Serviço

• Texto bíblico: João 13.4-6• Música: Lava-pés• Texto bíblico: João 13.12-17• Texto bíblico: Mateus 26.26-29• Hino 191 – Ceia eucarística

5. Morte• Texto bíblico: Marcos 15.15, 24-25, 33-39

• Pausa• Música: “Jesus em tua presença...”

6. Ressureição• Texto bíblico: Lucas 24.1-7• Música: “Desperta! Desperta!”• Palavra do dirigente• Música: “Em Espírito, em verdade”• Oração de intercessão• Música: “Alto preço”7. Oração final e benção

CULTO DA QUINTA-FEIRA

“O Cenáculo”

Proposta litúrgica: Reviver o lava-pés e a última ceia de Jesus comseus discípulos.

Dinâmica: O pastor celebrará todoo culto vestido com uma túnicabranca. No momento do lava-pés, chamará os coordenadoresdos ministérios como represen-tantes dos órgãos de serviço daigreja e lavará os seus pés, enxu-gando-os com uma toalha. Nomomento da ceia será servido umlanche (carne assada fatiada, pãocaseiro, alface e suco de uva) etodos congregarão ao redor damesa.

Disposição dos bancos:Alguns ban-cos deverão ser retirados, deixandoum espaço maior na frente da igre-ja, onde será montada uma mesaem forma de U na qual estarão ospratos com pão caseiro, as tigelascom carne, os copos e as jarras desuco. Alguns bancos ficarão naslaterais para o lava-pés.

Ornamentação: Utilizar utensíliosde madeira, cerâmica e vidro, ob-jetos bonitos e harmoniosos, paralembrar com maior fidelidade aceia celebrada por Jesus.

Músicas: Deverão trabalhar o temada comunhão e serviço.

Preparação Prévia: Pedir a pessoasda igreja para fazer pão caseiro eassar a carne para a ceia.

Ordem do Culto

Na última noite, antes da crucifi-cação, Jesus reuniu seus discípulospara as “últimas instruções” e paraprepará-los para o momento decisivode suas vidas.

1. Somos convidados a nos reunir• Leitura: Marcos: 14.12-17• Cântico: “Estamos aqui, Senhor”• Oração de gratidão• Participação especial

2. Diante da presença de Jesussomos confrontados

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87• Leitura: Mateus 26.21-25• Oração silenciosa e reflexiva• Cântico: “Se confessarmos...”

3. Após o perdão, louvamos ecelebramos

• Cântico: Hino 193• Historização e consagração doselementos

• Partilha• Oração

4. O gesto é mais forte que apalavra, somos edificados

• Cântico: Hino 393• Processional simbólico• Oração da diaconia• Participação especial

5. Alimentados e fortalecidos, saí-mos para esperar um novo dia

• Cântico: Hino 132• Oração comum dos cristãos: PAINOSSO

• Bênção araônica: Números 6.22-27

CULTO DA SEXTA-FEIRA

“Afastando pedras”

Proposta litúrgica: Lembrar que osofrimento e morte de Jesus nacruz, apesar de um momento detristeza, significa a possibilidadede perdão para os cristãos. Nanossa vida aparecem pedras detropeço, pedras que fecham onosso caminho, como a pedraque fechava o túmulo de Jesus.Mas Deus retira estas pedras e astransforma em altar através doseu perdão.

Dinâmica: As pessoas terão dificul-dade de entrar no templo. Terãode pular por cima, ou circundaras pedras que estarão na portacentral. As leituras bíblicas e oshinos lembrarão a morte de Jesuse chamarão ao nosso arrependi-mento e conversão. O/A pastor/ainiciará o sermão ao ladoda pilha de pedras que

estará barrando a entrada do tem-plo. Lembrará os sentimentos dederrota naquela sexta-feira, osdiscípulos, as mulheres, e todosque amavam Jesus. Mas esta der-rota será transformada emvitória. O/A pastor/a pegará umapedra da pilha de pedras que es-tará barrando a entrada do tem-plo e a carregará até a pilha depedras que estará no altar. Con-vidará a congregação a fazer omesmo. Em silêncio, a congrega-ção tomará uma pedra da pilha àporta de entrada e a depositaráno altar, simbolizando a entregade todos seus pecados, seus pro-blemas, suas angústias. O grupode louvor cantará durante o pro-cessional. O culto terminará comtoda a congregação ajoelhada nocorredor central, em oração.

Disposição dos bancos: Os bancosda igreja serão todos dispostosnas laterais do templo, voltadospara dentro, deixando o centrocomo um longo e largo corredor.

Ornamentação: Uma pilha de pe-dras de vários tamanhos, na en-trada do templo, dificultando apassagem dos fiéis. Na outra ex-tremidade, nos degraus que le-vam ao altar, uma outra pilha, es-ta mais organizada e com algunsramos entremeados. A cruz co-berta com um pano azul escuro,o templo à meia luz.

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Músicas: hinos 97, 269, cânticos deconfissão e consagração.

Preparação prévia: Providenciarpedras de tamanhos variados, emnúmero suficiente para que cadapessoa na congregação possa le-var uma até o altar.

Ordem do Culto

1ª Leitura: A Morte• Lucas 23.44-46• Hino 97 – Vivificação

2ª Leitura: A Condenação• João 19.6-7 e 19.14-15• Hino 269 – A Conversão

3ª Leitura: O Perdão• Lucas 23.33-34• Edificação – O Perdão transformapedras em altar

• Processional – Pedras do caminhoem pedras do altar

• Oração de consagração• Cânticos de adoração• Bênção

CULTO DO SÁBADO

“Vigia e ora”

Proposta litúrgica: O povo de Deusse reunirá para aguardar, esperan-çoso, a ressurreição. Nesta espe-ra, o povo vigia e ora. A espera édifícil, mas necessária. Deus temum tempo certo para cada coisa.

Dinâmica: Momentos variados deoração: em duplas, em trios, emfamília, uns orando pelos outros.

Ornamentação: O pano azul escuroque cobria a cruz na noite anteri-or agora se encontrará caído so-bre o altar e sobre a Bíblia.

Músicas: Hinos 64, 387, 204 e cân-ticos de comunhão

Ordem do Culto

• Saudação e acolhida

Estamos reunidos aguardando,orando e intercedendo para que Deusnos ajude neste momento tão difícilde separação do nosso Mestre.O povo canta sua fé e esperança

• Cântico: Hino 64.O mesmo povo ouve a leitura das

Escrituras – Salmo 40Embora o povo sofra as angústias

da morte, está unido em torno do mes-mo propósito: a espera pelo novo dia.• Cântico: “Ao orarmos, Senhor”• Oração em duplas e trios (interces-são uns pelas vidas dos outros)

• Oração de intercessãoO povo que sofre e espera é tambémum povo que canta buscando ins-piração para a vida.

• Cânticos: Hinos 387 e 204• Edificação – Muitas vezes esperar édifícil, mas de vital importância

• Oração pela família• Intercessão• Bênção

CULTO DO DOMINGO (MANHÃ)

“Celebração e ressurreição”

Proposta litúrgica: Reunir a comu-nidade de fé na igreja, às 5 horasda manhã, ainda escuro, para estarem oração ao amanhecer o dia.

Dinâmica: Experimentar o amargodas ervas, representando o peca-do (comer agrião), e o doce dasfrutas, representando a vitória daressurreição (comer uvas e peda-ços de maçã), relembrando aPáscoa judaica (Pessah) e suatransformação na Páscoa cristã.

Disposição dos bancos: Algunsbancos serão retirados da frentepara dar espaço a uma mesa ondeestarão as ervas, as frutas e oselementos da ceia (pão inteiro).

Ornamentação: Panos brancos, re-presentando os panos que envol-veram Jesus no túmulo, estarãoespalhados pela mesa do altar epelo chão, como se tivessem sido

deixados para trás no momentoda ressurreição.

Músicas: Hinos 74, 43, 41 e os cânti-cos: “Perdão, Senhor”, “Glóriapara Sempre”, “Celebrai a Cristo”.

Preparação prévia: Providenciaragrião, uvas, maçãs, além doselementos da ceia.Ordem do Culto

• Saudação e acolhida1ª Leitura: LUCAS 24.1-4• Cântico: Hino 74• Orações de Adoração

2ª Leitua: LUCAS 24.13-34Processional das ervas (O povo, can-tando, apanha as ervas e experi-menta o “amargo” do pecado eda omissão.)

• Cântico do Processional: Perdão,Senhor

• Oração de Confissão

3ª Leitura: MATEUS 28.1-7• Cânticos: Hino 43 e “Glória parasempre”

Processional das frutas (O povo,cantando, apanha e experimenta odoce da vitória e da ressurreição.)• Oração de louvor• Edificação: O sentindo da ressur-reição em nossas vidas.

• Celebração da ceia do Senhor• Cânticos: Hino 41 e “Celebrai aCristo”

• Oração final• Bênção apostólica• Café da manhã comunitário

CULTO DO DOMINGO (NOITE)

“Culto da Vitória”

Proposta litúrgica: Reunir toda acomunidade de fé para uma gran-de e festiva celebração da Páscoa

Dinâmica: Dar espaço, durante oculto, para que as pessoas teste-munhem sobre a sua vivência

Page 85: Melhor do Recriar a Escola Dominical

89

nesta série de celebrações daPáscoa (dois ou três testemunhosbreves).

Disposição dos bancos: Na posiçãotradicional

Ornamentação: A mesma dodomingo pela manhã.

Músicas: Hinos: 106, 133, 398, 243e cânticos de louvor e adoraçãopela ressurreição de Cristo.Ordem do Culto

• Saudação e Acolhida• Oração

• Leitura: Antífona 53• Cânticos: “As Nações...” e Hino106

Durante esta semana foram váriosos momentos de confissão e contri-ção, portanto seria impossível, paranós, não retomar nossa confissão aDeus.• Oração de confissão• Declaração de perdão:“... Pai, perdoa-lhes, porque nãosabem o que fazem...” (Lc 23.34)

• Somos convidados ao louvor• Cântico: Hino 133• Testemunho

• Cânticos congregacionais• Edificação: Celebração da ceia doSenhor / Intercessão

• Ofertório – Cântico: Hino 398• Cântico: Hino 243• Oração Final• Bênção apostólica

Liturgia elaborada pelo Ministérioda Liturgia da Igreja Metodista

em Ribeirão Preto, SP;Célia Luísa, Reily Rocha,

Anderson Salgado Campos eElizabete Cristina Costa Campos

Page 86: Melhor do Recriar a Escola Dominical

90

Celebração daRessurreição:Quando Jesusvive em nós!PrelúdioO/a organista poderá executar um

arranjo de vários hinos tradicionaisda Páscoa.

Momentos de reflexão e lembrançaDirigente: Por que viemos aqui?

Congregação: Viemos para louvar aCristo ressurreto!

Dirigente: Como iremos fazê-lo?

Congregação: Aproximando-nos deCristo; oferecendo-nos a Ele emcomprometimento. Nós o louva-mos, oramos, confessamos osnossos pecados, a fim de nos tor-narmos seus cooperadores e coo-peradoras no mundo.

Hino de louvor: HE – 129

Oração (em uníssono)Senhor Jesus, neste domingo de Pás-coa, apesar de não o podermosver, sentimos que Tu estás bemperto de nós. Ajuda-nos, nestedia, a descobrir, por nós mesmos,que Tu não és apenas um perso-nagem de um livro, mas umapresença bem viva, mais achega-da do que os nossos mais íntimospensamentos. Ajuda-nos, nestedia, a saber que Tu estás vivo,ressurreto, sempre presente, Se-nhor. Isso te pedimos, por amordo Teu nome. Amém.

Leituras bíblicas (por cinco juvenis)1ª leitura: Lucas 24.1-122ª leitura: João 21.1-143ª leitura: João 21.15-194ª leitura: Apocalipse 3.215ª leitura: Apocalipse 19.16

LITANIA DA PÁSCOA

Dirigente: Ele está vivo!Congregação: Realmente, Ele estávivo.

Dirigente: Ele veio para dar liberda-de aos cativos.

Congregação: Ele nos concedeu aliberdade.

Dirigente: Liberdade!Congregação: Liberdade do pecadoe da morte; liberdade para viverplenamente.

Dirigente: Viver? Qual vida?Congregação: A vida, uma dádivadivina, motivada pelo amor esustentada pelo fortalecimento daobra do Espírito Santo, dedicadaao serviço a Deus e ao relaciona-mento correto, profundo e per-manente com o próximo.

Música especial (por um conjuntojovem)

MENSAGEM DA PÁSCOA

Leitor 1: O evangelista Lucas relataa experiência de Maria Madale-na, Joana, Maria, mãe de Tiago,

e outras mulheres que, ao levaros perfumes ao túmulo, viram apedra removida. Ouviram umavoz que dizia: “Por que vocês es-tão buscando entre os mortosquem está vivo? Ele não está ma-is aqui, mas ressuscitou. Lem-brem-se do que disse a vocêsquando estava na Galiléia. O Fi-lho do Homem precisa ser entre-gue aos pecadores, ser crucifica-do, e ressuscitar no terceiro dia”.Imediatamente, elas correram afim de contar o que ouviram aosonze discípulos. Contudo, elesnão acreditaram. Somente Pedrose levantou e correu para o túmu-lo. Abaixou-se e viu somente oslençóis de linho e nada mais. Aívoltou para casa, admirado como que havia acontecido.Alguns dias depois, o Cristoressurreto apareceu aos discípu-los e perguntou a Simão Pedro:“Simão, filho de João, você meama?”. Ao ouvir essa pergunta aele dirigida, e repetida três vezes,Simão Pedro respondeu: “Sim, oSenhor sabe que o amo”. Apóscada repetição dessa resposta, Je-sus dizia: “Toma conta de minhasovelhas”. Daquele momento emdiante, o Cristo ressurreto entrouem sua vida, para valer, acom-panhando-o no cumprimento doseu discipulado.

Leitor 2A mesma pergunta que o Cristo res-

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sureto fez a Simão Pedro, ele faza cada um de nós:

Roberto, você me ama?Daniela, você me ama?Marcos, você me ama?Simone, você me ama?E se quiser, você poderá respondercomo fez Simão Pedro: “Sim, oSenhor sabe que eu o amo”. Mas,em seguida, Jesus lhe dirá: “To-ma conta das minhas ovelhas”.

Leitor 3: A vida e os ensinos de Je-sus nos revelam quais são as ove-lhas a quem somos chamados acuidar. Podemos relacioná-lascomo sendo os pobres, presos,enfermos, oprimidos, marginali-zados, problemáticos, pecadores,estrangeiros, depreciados, crian-ças, mulheres, escravos e os que,por alguma razão, levam algumestigma ou marca.

Leitor 5: O autor de Apocalipse nosdiz que o Rei, Senhor dos Se-nhores, vem à porta de cada umde nós e diz: “Escutem. Estou àporta e bato. Se alguém ouvir aminha voz e abrir a porta, eu en-trarei em sua casa e comerei comele, e ele comerá comigo”. Senós abrirmos nossos corações aele, poderemos ter a certeza desua presença em nossas vidas. Seo aceitarmos como o nosso Sal-vador e Senhor, iremos procla-mar esse fato e viver como sal-vos e súditos do Salvador, Se-nhor e Rei.

Cântico: “Amorável Convite”HE – 39

Jogral: (oito pessoas: 2 juvenis, 2jovens; 2 adultos; 2 crianças)

Quando Cristo vive em nósTodos: Disse Jesus...Leitor/a 5: O Espírito do Senhor es-tá sobre mim. Ele me escolheupara anunciar as Boas Notíciasaos pobres...

Leitores/as 3 e 4: E me mandouanunciar a liberdade aos cativos...

Leitores/as 1 e 2: Dar vista aos ce-gos...

Leitores/as 6, 7, 8: Pôr em liberdadeos que estão sendo maltratados.

Leitor/a 3: Numa ocasião em que osdiscípulos despediam as mães eseus filhos, a fim de que não cau-sassem aborrecimentos ao mes-tre, Jesus disse:

Todos: Deixem que as crianças ve-nham a mim! Não atrapalhem,porque o Reino de Deus é dosque são como essas crianças.Lembrem-se disto: Quem não re-ceber o Reino de Deus comouma criança, nunca entrará nele.

Leitor/a 4: E quando os fariseus ocriticaram por estar em companhiados pecadores, Jesus declarou:

Todos: Os que têm saúde não preci-sam de médico, mas sim, os do-entes. Eu vim para chamar os pe-cadores para que mudem de vida,e não as pessoas boas.

Leitor/a 6: Para Jesus, não eram ospoderosos e guerreiros que seriamfelizes, e sim, os misericordiosose pacificadores.

Leitores/as 1, 3, 5, 7: Felizes os quetratam os outros com misericór-dia – Deus os tratará com miseri-córdia também!

Leitores/as 2, 4, 6, 8: Felizes os quetrabalham pela paz entre os sereshumanos – Deus os chamará defilhos e filhas!

Leitor/a 7: O Cristo ressurreto diz avocê: “Escute. Estou à porta ebato”. Você vai deixá-lo entrarpara comer com você, e acompa-nhá-lo em sua vida?

Leitor/a 1: O Cristo ressurreto tam-bém pergunta: “Você me ama?”e, em seguida, diz: “Tome contadas minhas ovelhas”.

Todos: Se aceitar essa responsabili-dade e praticar o bem, o Rei dosReis e Senhor dos Senhores lhedirá: “Venham vocês, que sãoabençoados por meu Pai! Ve-

nham e recebam o Reino que foipreparado por meu Pai, desde acriação do mundo”.

Leitores/as 7 e 8: Pois eu estavacom fome e vocês me deram co-mida, estava com sede e me de-ram água.

Leitores/as 5 e 6: Era estrangeiro eme receberam em suas casas. Es-tava nu e me vestiram.

Leitores/as 3 e 4: Estava doente ecuidaram de mim.

Leitor/a 2: Estava na prisão e vocêsforam me visitar.

Leitor/a 8: Eu afirmo que, de fato,quando vocês fizeram isso aosmais humildes de meus irmãos,fizeram a mim”.

Todos: E assim fazendo, Jesus Cris-to viverá em vocês.

Cântico (por um grupo de crianças)O cântico poderá ser entoado duas

vezes, sendo que, da segunda vez, todaa congregação está convidada a cantar.

MOMENTOS DE DEDICAÇÃO

Dirigente: Este é um momento dealegria, porque rememoramos aressurreição de Cristo e a certezada vida eterna. É também ummomento de gratidão, porque oCristo vivo nos dá forças paravencer o pecado e viver o Evan-gelho. Mas também é um mo-mento de dedicação. O Cristoressurreto, que chamou a SimãoPedro, João, André, Tiago e tantooutros, e os responsabilizou a ir,ensinar, servir e viver o Evange-lho, chama agora também. Con-vidamos todos vocês a responder,aproximando-se do altar, de-monstrando a disposição de se-rem verdadeiros discípulos doCristo ressurreto, deixando que,por intermédio de suas ações,Jesus viva em vocês.

Oração de dedicaçãoBênção Apostólica

Page 88: Melhor do Recriar a Escola Dominical

92 Esta celebração busca lembrar ahistória de Cristo, tendo como basedois hinos do Hinário Evangélico evárias leituras bíblicas. Envolva vá-rias pessoas, de idades diferentes, pa-ra fazer as leituras bíblicas e os co-mentários.

CONTA-ME A VELHA HISTÓRIA

Prelúdio: Hino 2 do HEAcolhidaDirigente: Aleluia, Jesus Cristoressuscitou.

Congregação: Sim, verdadeiramen-te ressuscitou. Essa memória nostraz esperança.

Leitura bíblica: Salmo 118.1-4

Oração comunitáriaTodos: Achegamo-nos a ti, Senhor,com alegria, na certeza de quenos acolhes, ouves e orientas.Nossa alegria está em saber que,por nos amar tanto, Jesus veioentre nós estar. Segue conosconessa caminhada. Amém.

Cântico: 1ª estrofe e coro do Hino216 – HE, “A velha história”

Dirigente: Naquela manhã de Pás-coa, havia muitas histórias paracontar. Histórias para relembrar,do amigo Jesus que a ninguémrejeitava, e que, por onde passa-va, a vida fazia mudar.

Cântico: 2ª estrofe do Hino 2 – HE,“A história de Cristo”

Leitura bíblica: Lucas 19.1-10(Esse texto poderá ser lido ou dra-

matizado. Outra opção é realizar adramatização de uma música conhe-cida, que aborde a passagem).

Cântico: 2ª estrofe e coro do Hino216 – HE, “A velha história”

Leitura bíblica: Colossenses 3.1-4

CONTANDO HISTÓRIAS

Dirigente: Jesus contou muitas his-tórias. Cada uma delas é uma jó-ia, que a cada leitura tem um bri-lho diferente e novo. Ele tambémviveu histórias bonitas. Quemnão se lembra de Jesus e as cri-anças, Jesus e o cego Bartimeu?São histórias de alegria, consoloe perdão, que nos encorajam acontinuar, apesar de tudo. Quehistória move você? Que históriao impulsiona? (Dar oportunidadea uma ou duas pessoas/criançaspara compartilhar uma históriade que gostem.)

Oração de gratidão por tantasvidas tocadas pelo amor deDeus revelado em Jesus.

Cânticos de louvor e ação degraças

Dirigente: Das histórias que Jesusviveu, a mais importante, porém,fala de sua morte e gloriosa res-surreição.

Cântico: 3ª estrofe do Hino 2 doHE, “A história de Cristo”

Leitura bíblica: João 20.1-9Reflexão pastoral (opcional)

Cântico: Hino 41 do HE, “A ressur-reição de Jesus”

Celebração da Santa Ceia(Muitas comunidades costumam

celebrar a Santa Ceia no segundo outerceiro domingo do mês. Porém, na-da impede que seja celebrada no diade Páscoa – primeiro domingo).

PARTINDO PARA CONTAR A HISTÓRIA

Dirigente: A história não pode ficarpresa neste lugar. Ela precisaecoar para toda a gente e em to-do lugar. Mesmo que haja difi-culdades, é preciso repartir, con-tar a história.

Leitura bíblica: Atos 10.34-43

Cântico: 3ª estrofe do Hino 216 –HE, “A velha História”

Oração finalBênção

Samuel Fernandes, Igreja Metodista

Celebração de Páscoa

Page 89: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Música suave ao fundoDirigente: Faz tanto tempo... e o diadas mães era festejado com flo-res vermelhas ou brancas na la-pela, lágrimas, saudades, poesiastristes, promessas que jamais se-riam cumpridas... Mas o tempopassou, nós crescemos e evoluí-mos. Alguém disse que tudo issoera bobagem, que mãe não é fadanem anjo... que tem mãe que ma-ta filho, que tem filho odiandomãe... E, nas igrejas, alguém dis-se que homenagear mãe é errado,que essas festas foram esqueci-das. Hoje, convidamos vocês,não só para homenagear as mães,mas também para refletir sobre onosso papel na família e louvar aDeus por isso.

Leitura – Salmo 127.1-2 (feita poruma pessoa jovem)

(Use uma das alternativas propos-tas abaixo ou crie uma nova. Vá for-mando uma casa, à medida em que oprograma se desenrolar).

Retroprojetor: desenhe cada parteda casa em folha própria e vá so-brepondo até que fique completa.

Quadro vivo: desenhe e recorte acasa em isopor, de forma que aspartes se completem. Cole pedaços

de isopor na parte de trás, para queas pessoas possam segurar (pode-se utilizar o papelão de caixasgrandes no lugar do isopor).

Flanelógrafo: desenhe cada parteem papel pardo ou cartolina; colena parte de trás uma flanela oulixa grossa para fixar e vá mon-tando a figura.

ALICERCE – FÉ

Dirigente: O alicerce é a base doedifício, e a fé é nosso funda-mento. No lar, é a pessoa anciã, aidosa, o que traz a memória paraa sustentação da família.

(Uma pessoa da igreja fala sobresua experiência em conhecer Jesuspor meio do testemunho de “irmãos”mais velhos. Outra alternativa é tra-zer o pai, a mãe, o avô ou a avó deuma família em cuja casa o trabalhoda igreja tenha sido iniciado).

Hino 205 – HE

CASA – AMOR

Dirigente: O corpo da casa é o abri-go da família. Os pais, perto oulonge, são o porto seguro, objetode união e amor, abrigando asalegrias e mazelas da família.

Jogral (por crianças ou juvenis)Adaptação do texto de Sylvia Orthof

Todos: Se as coisas fossem mães.Se a lua fosse mãe, seria mãedas estrelas.

1. O céu seria sua casa. Casadas estrelas belas.

Todos: Se a terra fosse mãe, seria amãe das sementes.

1. Pois mãe é tudo que abraça,acha graça e ama a gente.

Todos: Se a chaleira fosse mãe, seriamãe da água fervida.

1. Faria chá e remédio para asdoenças da vida.

2. Cada mãe é diferente.3. Mãe verdadeira ou postiça.1. Mãe vovó e mãe titia.2 e 3 Maria, Filó, Francisca.1. Gertrudes, Malvina, Alice.Todos: Toda mãe é como eu disse.2. Dona mamãe ralha e beija.3. Erra, acerta, arruma a mesa.1. Cozinha, escreve, trabalha

fora.Todos: Ri, esquece, lembra e chora.3. Traz remédio e sobremesa.2. Tem até pai que é “tipo

mãe”...1. Esse então é uma beleza!2 e 3 Agora, eu que só sou filho

que às vezes desobedece,trago meu beijo e carinho,

Todos: pois você, mamãe, merece!

3. PORTA – HOSPITALIDADE

Dirigente:A porta representa a hos-pitalidade, os amigos e as amigas.Ninguém vive só. São os amigose as amigas, a vida social e osrelacionamentos que nos ajudama crescer como seres humanos,filhos e filhas do mesmo Pai.

Cântico (alusivo aos visitantes)Oração

Celebrando a famíliano Dia das Mães

Esta sugestão de programa poderá

ser utilizada, conjuntamente, no

mês de maio por todas as classes

de Escola Dominical.

Page 90: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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JANELAS – COMUNICAÇÃO/DIÁLOGO

Dirigente: As janelas representamnossa comunicação dentro e forado lar. Comunicar é fazer-se en-tender.

Música: (sugerimos “Mil Línguas”,de J. Maraschin. Se não for co-nhecido da congregação, um gru-po de jovens poderá prepará-la).

TELHADO – PROTEÇÃO

Dirigente: Nessa casa, o telhado re-presenta a proteção divina sobreo lar; ela é sentida por meio daoração.

Cântico: “Minha casinha” – FazendoFesta/Canções para toda hora 1

Oração: Senhor, faze nosso lar feliz.Nós te pedimos que o visites e

escolhas, em toda a terra, crian-ças como nós, para beijar as fa-ces enrugadas das pessoas ido-sas. Que as mães e pais solitáriosencontrem nos amigos e amigasum pouco de carinho. Dá-nos tuaproteção. Amém.

JARDIM – ALEGRIA

Dirigente: O jardim é representadopelas crianças, a alegria do lar (sesua opção foi o quadro vivo, nessemomento crianças, vestidas de flo-res, podem ficar em volta da casa).

Cântico: “O amor repartido” – Fazen-do Festa/Canções para toda hora 2

Dirigente: Nossa alegria se expressaem gratidão e louvor.Oportunidade para as ofertas.

Palavra pastoral (Salmo 128).

Celebração: pão doce, bolachasou balas. Lembrar que cada refei-ção em que a família se reúne emvolta da mesa deve ser “em me-mória” do grande amor de Deuspara com seus filhos e filhas)

Dirigente: Todo dia deveria ser “odia das famílias”, dia de gratidãoe ternura, de comunhão e amor.

Hino 497 – HE

Oração

Bênção

Romilde dos Santos Sant’ana, 5ª RE

Page 91: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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ROTEIRO DO PROGRAMA

Sugestão1. As mães, ou as mulheres, deverãoser convidadas a ocupar os pri-meiros bancos de um lado e ascrianças, organizadamente, emclasses, do outro lado.

2. Entrada das crianças pela ala cen-tral do templo, cantando “Bom érender graças ao Senhor”, ou ou-tro cântico do gênero. Poderãovir segurando alegorias onde se lêFamília, Lar, Casa, Mãe, Irmãos,Pai, Avós, Vizinhos.

Dirigente: Venham, filhas e filhos!Venham, mães e pais! Louvemosao Senhor pela nossa família.Louvemos ao Senhor pela Igreja– a família maior à qual perten-cemos pelo amor de Jesus Cristo.

Cântico de louvor: (crianças e adul-tos). Se usar o HE, sugerimos osde nº 125 e 132, ou outros cânticosconhecidos, como “Celebrar” e“Hoje é tempo de louvar a Deus”.

Refrão:Graças te damos, Senhor...

• pela família à qual pertencemos,a casa onde moramos e as expe-riências que compartilhamos;• pelos adultos da família quetrabalham e buscam o sustentopara todos;• pelos filhos e filhas que coope-ram e ajudam nas tarefas da casa;• pelo respeito, pelo cuidado, pe-lo carinho que existe entre osmembros da família e tambémentre os vizinhos;• por Jesus Cristo, nosso Senhor,que traz paz e união às famílias.

Cântico: (Todos/as) “Amar”

• participação das crianças meno-res com versinhos e cânticos –sugestões anexas.• participação das crianças maio-res (leitura coral).

“A mãe nossa de cada dia”

(Leitura coral – adaptação de umapoesia de Ruth B. Kuhlmann)

Grupo: Todos os dias, ao acordar, amãe começa a trabalhar.

Realização: Encerramento da Es-cola Dominical com todas as clas-

ses reunidas.

Direção: Coordenador/a do traba-lho com crianças ou um/a profes-

sor/a da ED que tenha facilidade

em conduzir as crianças em culto.

Cada classe de crianças poderá fi-

car responsável por uma parte do

programa.

O “programa” reúne sugestões. É

necessário que cada grupo faça as

adaptações que julgar proveitosas.

As idéias básicas que norteiam as

sugestões são:

1. Todos os dias deverão ser “Dias

das Mães”.

2. O “Dia das Mães” é basicamente

o “Dia da Família”, já que en-

tendemos que “a mãe deve ter fa-

mília e a família deve ter mãe”.

3. Que a mãe é gente, com direito a

sentimentos também negativos.

CelebrandoO Dia das

Mães

Page 92: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Solo A: Mamãe pra lá, mamãe pracá... E ela a todos atenção dá. Eresponde sempre aos “por quê?”.Atende logo os pedidos de acharobjetos perdidos:

Solo B: Onde está o tênis... da meiao par?

Grupo: A mãe descobre o lugar.Grupo: Cabeças ou costas doloridas?Solo C: A mãe trata das feridas.Grupo: E a toda hora uma queixaSolo D: Quero brincar, o mano nãodeixa!

Solo E: Quem quebrou minha bone-ca? Quem sumiu com a peteca?

Grupo: E os pedidos sem fim aosquais tem de responder “sim”:

Solo A: Está pronta a merenda?Lavou a blusa de renda?

Solo B: Não sei fazer a lição: Quemfoi Napoleão?...

Solo C: Posso ir brincar lá fora?Solo D: Tenho de tomar banho agora?Grupo: A mãe precisa ser lavadei-ra, enfermeira, babá, costureira,professora, cozinheira. A mãeprecisa ser companheira...

Solo E: E ainda precisa ser pacientee estar sempre sorridente.

Solo A: E como consegue isto,dando conta do serviço?

Grupo: Respondemos nós nesta ri-ma: Só pela Graça Diviana!...

Cântico (crianças): “Jesus no Lar”(Música: “Vinde Meninos”, HE –165, Letra: Osmary Pereira)

Se a família com alegria,Deixar entrar em casa,o Senhor,Entre o pai, a mãe e os filhosSempre haverá amor.

Com Jesus, o lar é mais feliz!Com Jesus, o lar terá mais paz.Paz que acalma,Paz que faz bem.Paz que só ele traz.

As crianças nos fazem lembrar que“Mãe é gente... faz e sente”

Apresentação como dramatização oucom fantoches; pode ser apenasum fantoche conversando com as

crianças.Daniel: (Entra falando sozinho, comum papel na mão.) “Mãe é gen-te... faz e sente” (repete 3 vezes,como se estivesse procurando en-tender.)

Thiago: (Chegando) O que é isso,Daniel? Falando sozinho?...

Daniel: Estou tentando entender istoaqui: “Mãe é gente... faz e sente”.

Thiago: Tão fácil!... Você não ouviua leitura das crianças? (Refere-seà “Leitura Coral”, feita antes).Então, a mãe sabe tudo; respondetudo; ajuda a todos;

Resolve tudo... Mãe faz tudo!Daniel: Tá bem, faz tudo! Mas... e o“Sente”?

Laura: Claro!... Mãe faz e também“sente”. Mãe sente amor, mãesente alegria, mãe sente emoçãocom as coisas dos seus filhos...Ela até chora de emoção!

Helena: É... Mas eu já vi mãe cho-rar de tristeza...

Daniel: De tristeza? E mãe fica triste?Helena: Fica, sim... Quando a gentebriga em casa, quando desobede-ce, faz birra ou é chamada na es-cola porque fez bobagem...

Thiago: É... eu acho que mãe não éum “robô” que só faz tudo. Ela égente... E sente!...

Laura: É verdade! Mãe sente. Nãosó coisas boas, mas também tris-teza...

Helena: E não é só tristeza, não. Elasente impaciência, irritação e rai-va também!

Thiago: E medo!... Eu já vi minhamãe com muito medo.

Daniel: Ah!... É por isso que dizaqui (mostra o papel) que mãe égente. Não é fada, nem MulherMaravilha!

Helena: É isso aí... Mãe é gente. Esente como a gente!

Então, os filhos – grandes e peque-nos – devem ter paciência e res-peito pelos seus sentimentos...

Thiago: Acho que família é isto: to-do mundo é gente que sente. Ca-da um deve procurar entender osentimento do outro.

Daniel: Agora eu entendi tudo di-reitinho...

Todos/as: É... Mãe é gente... faz esente.

Oração: Agradecendo a Deus portodas as mães e lembrando que afamília é sempre esperança parao reino de Deus

Cântico

Pai nosso (Todos de mãos dadas)

Bênção

MANEIRAS CRIATIVAS DE

COMEMORAR O DIA DAS MÃES

1. Alvorada para as mães. As crian-ças se reúnem na igreja, de ma-nhã, saem e param diante das ca-sas, cantando. Deixam mensa-gens bíblicas dirigidas às mães efamílias ou cartões confecciona-dos por elas.

2. Fotografar as mães e famílias quefreqüentam a Escola Dominical.Depois, fazer um mural para ex-por na Igreja.

3. Famílias são instruídas a fazer um“feriado em casa para a mãe”.Ela, pelo menos neste dia, nãoprecisará se envolver em nada.

4. No momento da intercessão, asmães oram pelos/as filhos/as eos/as filhos/as oram pelas mães epais.

5. Fazer campanha para que a famí-lia compareça ao culto, numatentativa de envolver os filhos/asafastados.

6. Uma reunião de oração em jejum,antes da Escola Dominical com aparticipação da família se possívelpois, servir um café da manhã.

7. Oferecer uma planta para a mãemais idosa e um botão de rosapara a mãe mais jovem.

8. Durante a semana do Dia das Mãesas crianças poderão confeccionarcartões e escrever mensagens paraas mães da comunidade de fé edas crianças que frequentam a Es-cola Dominical.

Osmary Cardoso Pereira

Page 93: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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MATERIAL

Papel crepom vermelhoBexigas (uma para cada criança)Uma pomba desenhada e recorta-

da em cartolina brancaUma vasilha com sal (meio saqui-

nho) e álcool. Deverá ser acesa; o salajuda a conservar o fogo.

PREPARO

Arranjar uma mesa com toalha eenfeitá-la com papel crepom vermelho.

Colocar sobre a mesa os símbolosdo Espírito Santo: a pomba, o fogo eo vento, que será simbolizado pelasbexigas dadas a cada criança à entra-da do local da celebração.

DESENVOLVIMENTO

Entrada: enquanto os símbolos dapomba e do fogo entram em pro-cessional, as crianças imitarão osom do vento e agitarão as bexigas.

Leitura 1: Joel 2.28-32.Leitura 2: Lucas 1.39-41.Cântico: “Um pequenino se mexeu”(Cancioneiro Fazendo Festa).

Leitura 3: Lucas 3.21-22.

Oração: “Deus, Espírito doador da vi-da, Espírito de cura e de consolo,de integridade e de verdade, nós

cremos e confiamos em ti. Espíritoque sobrevoaste a criação, ventoimpetuoso e fogo pentecostal, com-prometemo-nos a trabalhar contigopela renovação de nosso mundo.Amém.”(Espírito Doador da Vida – Assem-bléia do CMI, em Camberra)

Leitura 4: Atos 2.1-4.Cântico: “Pentecostes” (CancioneiroFazendo Festa)Adentrar o templo com as cri-

anças agitando as bexigas, enquantoos adultos cantam músicas conheci-das sobre o Espírito Santo.

Orações espontâneas.

Soltar as bexigas.Para encerrar, pedir que todos se

abracem e desejem paz uns aos outros.

Crianças celebramo Pentecostes

Esta celebração tornará a abertura

da Escola Dominical significativa

para a Igreja e envolvente para as

crianças.

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LITURGIA

AcolhidaDirigente: Que o Senhor criador detodas as coisas, que se move nocosmos, nas profundezas do ma-res, nas florestas, nas alegrias etristezas do seu povo, esteja co-nosco na celebração dos frutosdo Reino que já estão entre nós eos que ainda virão.

Cântico: “Glória à Trindade” HE –129 F. Assis, Laudate Deum)

Vós criaturas de Deus PaiTodos erguei a voz, cantai,Aleluia! Aleluia!Tu, sol dourado a refulgir,Tu, lua em prata a reluzir,Oh, louvai-o! Oh, louvai-o!Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Oh! Boa terra mãe que dáInfindas bênçãos, canta já,Oh, louvai-o! Aleluia!Frutos e flores, juntos daiA glória a Deus, Senhor e Pai.Oh, louvai-o! Oh, louvai-o!Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Vós homens sábios e de bem,A todos proclamai também,Oh, louvai-o! Aleluia!Louvor ao Filho, glória ao Pai,E ao Santo Espírito louvai!Oh, louvai-o! Oh, louvai-o!Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Confissão e ArrependimentoLeitor 1: Reino de Deus? Isso é coi-sa do futuro, do que ainda estápor vir. Final dos tempos.[Entram 4 a 6 pessoas lendo emvoz alta e ao mesmo tempo asmanchetes e notícias negativas.Ao chegar no altar continuam

andando de um lado para o outrolendo as notícias. Após algunsmomentos de confusão cada umlê sua manchete para que todospossam entender. Para isso, osdemais devem ler os seus textosmais baixo.]

Leitor 1: Eu não disse! Do jeito queas coisas andam o Reino de Deusvai demorar muito para chegar.[Os leitores devem se retirar perma-necendo apenas os leitores 2 e 3]

Oração comunitária:Senhor, por tantas vezes estar-mos cegos diante da tua ação,perdoa-nos.Pela nossa falta de esperança quenos torna acomodados, perdoa-nos.Por não permitirmos que ossonhos de um novo tempo setornem realidade, perdoa-nos.Pelas sementes do Reino que nãoplantamos e brotos que podamos,perdoa-nos.Senhor, pedimos que ouças anossa oração, na esperança doReino. Amém.

Leitores 2 e 3:O Reino de Deus estáonde a esperança estiverLevando sonho, e utopiaFazendo da terra brotarNovo dia.

Oração: O/a pastor/a deverá orar etrazer a proclamação de perdão.

Louvor e ação de Graças

Cântico: “Tempo melhor” – Ssproart

O Reino de Deus é chegado:é tempo da vida mudar.

Onde estáo Reino de Deus?

PROPOSTA

1. Refletir com sua comunidadesobre os sinais do Reino deDeus em nossas vida e nomundo;

2. Buscar nestes sinais a esperan-ça e o alento para continuarajudando a implantar o Reino;

3. Motivar a comunidade para aju-dar, através de ações concretas,a sinalizar o Reino e modificarsituações que o neguem.

Prepare antesEncontre manchetes de jornais,revistas, boletins, cartazes quemostrem situações, pessoas einstituções que trabalham deforma positiva ou negativa emrelação à vida: alimentos, mo-radia, educação, solidariedade,ação da Igreja, trabalho, saú-de, serviço comunitário, eco-logia, justiça etc., Apesar dagrande quantidade de notíciasnegativas, procure o máximoque puder de boas notícias.Deixe as folhas de jornais erevistas inteiras, elas serãousadas durante a celebração.

Procure envolver o grupo de lou-vor de sua comunidade paraaprender e ensinar o cântico:“Tempo melhor”.

A poesia de Felipe Centeno,Frutos do Reino (texto emcinza), usada nesta liturgiatambém pode ser cantada.

Conseguir sementes de flores oulegumes, fáceis de cultivar. Co-locar dentro de saquinhos paraserem distribuídos à comunida-de no final da celebração.

Page 95: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Apostai tudo aquilo que tendesnesta nova e importante notícias (2x)

Sacudindo a poeira dos móveis,remexendo os porões encardidos,espalhando a verdade esquecida,construindo os sonhos perdidos,

Restaurando as vidas feridas,envolvendo as pessoas sozinhas,apoiando os tristes cansados,e instaurando um tempo melhor.

Leitura bíblica: Jesus mostra quemé o maior no Reino de Deus.Lucas 9.46-48.

Gesto simbólico: As crianças en-tram trazendo seus brinquedoscomo: pipas, bonecas, carrinhos,cata-ventos, balões, bichinhos edepositam no altar como ofertade alegria.

Oração de louvor e ação de graçaspelas crianças que são a grandeexpressão do Reino.[Enquanto as crianças saem ogrupo de leitores volta para ler asboas notícias, repetindo o mesmoesquema das notícias negativas.]

Leitores 4 e 5:O Reino de Deus estáOnde o amor estiverAo repartir, compartilharA sua palavra em açãoTransformar

Cântico: Escolher um cântico quefale de amor e/ou solidariedade.

Reflexão pastoralUtilizar textos que falem doReino e a terceira estrofe dopoema Frutos do Reino, que,também, deverá ser lida.

Onde estiver a féO Reino ali estaráGerando ação, transformaçãoMostrando o caminho da libertação

Intercessão e DedicaçãoDirigente: Durante esta celebraçãofomos convidados a refletir sobreo Reino de Deus e sua presença,hoje, agora, entre nós.

[O/a pastor/a poderá convidar aspessoas da comunidade para ummomento de oração silenciosapara renovação de compromissocom o Reino de Deus. Dar temposuficiente para este momento.O/a pastor/a poderá orar emseguida.]

Leitores 1 e 6:Sempre que alguém orarCom humildade ao SenhorBuscando um céu, um idealDo Reino de Deus haveráUm sinal.

[Distribuir as sementes para to-das as pessoas da comunidade eencorajá-las a plantar e cuidar da

plantinha. Traçar o paralelo entreo desenvolvimento da planta eseus frutos com o desenvolvi-mento do nosso compromissocom o Reino de Deus.]

Oração final

Bênção: Que em nossa caminhadapelo Reino possamos ser nutri-dos pelo Espírito Santo. Que oFilho, que é a luz do mundo, nosdê a coragem para sermos se-meadores. Que o Pai amorosonos abençoe e multiplique os fru-tos. Amém.

Samuel Fernandes,São Roque, 3ª RE

Page 96: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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LITURGIA

AcolhidaDirigente: uma linda árvore começacom uma semente. Estamos aquihoje, alegres, celebrando a vidada Escola Dominical, porque al-guém semeou com a generosida-

de do amor, da dedicação e da fé,na confiança do crescimento quevem de Deus. Por isso, repitamosas palavras do profeta.

Todos: Bendito aquele que confia noSenhor e cuja esperança é o Se-nhor.

Homens: Porque ele é como a árvo-re plantada junto às águas.

Mulheres: que estende a suas raízespara o ribeiro e não receia quan-do vem o calor,

Todos: mas a sua folha fica verde eno ano da sequidão, não se per-turba, nem deixa de dar fruto.

Cântico: “Cantos pra viver” [SimeiMonteiro, Flávio Irala e TércioJunker]

Cantos pra viver,Forças pra cantar.Espalhar sementessobre nosso chão.

Amparar a dor,Não cortar a flor.Crer que a primavera

Sempre voltaráVendo essa gente que dança e ri.Que não desiste mas vai lutar.Renascemos pra esperança.Renascemos para viver.

Vendo a Jesus que sofreu por nós.Que fez da morte ressurreição.Renascemos pra esperança.Renascemos pra viver.

Oração

Todos: Senhor, nós te adoramos ebendizemos o Teu nome com co-rações alegres e gratos pela Tuafidelidade. Agradecemo-te por-que através dos tempos tens des-pertado homens e mulheres para

Uma Árvore chamadaEscola Dominical

Celebração para o dia da Escola Dominical – 3º Domingo de Setembro

PREPARE

• uma árvore bem grande, dese-nhada, recortada ou para flanelo-gráfo, que será colocada à frente,no momento da meditação.• flores e frutos para serem fixa-dos na árvore.• tiras de papel ou cartolina, compalavras em letras grandes, cor-respondendo a cada flor e a cadafruto.– para as flores: amigos, profes-sores, alunos, Bíblia, lições, co-nhecimento, valorização.– para os frutos: alegria, grati-dão, esperança, fé, dedicação,amor, crescimento.• as tiras com as palavras corres-pondentes poderão ser colocadasno altar, enquanto flores e frutosserão colocados na árvore.• imprimir o programa, menos aparte da mensagem, que só terácópias para os dirigentes e res-ponsáveis.• providenciar as partituras doscânticos.• participam crianças, juvenis, jo-vens e adultos.• lembranças – pequenas árvoresem cartolina verde, com o textode Jr 17.7-8.

Page 97: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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realizar a Tua obra.Louvamos-te pela Escola Domi-nical, agência de ensino, que temlevado adultos, jovens e criançasao conhecimento da Palavra deDeus, apontando o caminho dasalvação e de uma vida comCristo. Concede-nos a bênção deaprendermos sempre, crescendona Graça e no conhecimento deTua vontade para as nossas vi-das. Por Jesus Cristo. Amém.

Música especial: crianças, juvenisou grupo de louvor.

Meditação

Narrador 1: Celebramos este Dia deEscola Dominical, comparando-aa uma árvore frondosa, cheia deflores e frutos.

[colocar a árvore]

Os semeadores desta linda árvoreforam dois:Ana Ball e Roberto Raikes.

[colocar os nomes à esquerda e àdireita do tronco]

Narrador 2: Ambos viveram na In-glaterra no século XVIII. Ana eramembro de uma Sociedade Me-todista. Em 1769 começou umaescola para o ensino religiosoque se reunia aos domingos – 14anos depois, em 1783, no dia 3de setembro, Roberto iniciouuma escola para alfabetizar cri-anças que trabalhavam nas fábri-cas de segunda a sábado, sem teroportunidade de estudar. Reunia-os em sua casa aos domingos, ti-rando-os das ruas para 4 a 5 ho-ras de estudo das primeiras letrase para ouvirem histórias bíblicas.Quatro anos depois suas escolasespalhavam-se por toda a Ingla-terra.

[no centro, embaixo, colocar o nomeSara Kalley]

Narrador 1: No Brasil a Escola Do-minical chegou com a missioná-ria Sara Kalley. Ela veio para oBrasil com o esposo, o médico-

missionário Roberto Kalley, emmaio de 1855 e 3 meses depois,no domingo, dia 19 de agosto,começou uma “Classe Domini-cal” na cidade de Petropólis, noRio de Janeiro.

[e sua igreja souber quem começousua Escola Dominical, coloquetambém o seu nome, contandoum pouco de sua história]

Narrador 2: Mas a nossa árvorenão fica perfeita e completa semflores e frutos. Por isso vamosver o que essa grande árvore temproduzido.

[crianças, jovens, adultos trarão pri-meiro as flores e depois os fru-tos, colocando-os na árvore. Acada flor colocada, outra pessoaleva a palavra correspondente,mostrando-a e falando]

Narrador 1: Assim a nossa árvorecoberta de flores e frutos mostra-se em toda a sua beleza, porquefoi plantada na confiança de queo crescimento vem de Deus. Flo-res se tornam frutos, frutos ama-durecem distribuindo no solo ou-tras sementes que brotam para setornar novas, belas e frondo-sas árvores, espalhandoas bênçãos do Reinode Deus. Por isso,apesar de seusanos, nossa Es-cola Dominicalnão envelhece“porque ca-minha juntocom seus alu-nos”.

Narrador 2: faça-mos juntos a Li-tania “Escola Do-minical”.

Crianças: És a minha escolasempre mui querida, Onde alegrebusco santo ensinamento. Ela jáfaz parte desta minha vida, cheiade esperança e de encantamento.

Juvenis: Nela encontro amigos,onde passo as horasrecebendo ensinose conselhos sãos.

Nela vejo moços, velhos e crian-ças. Todos reunidos como irmãos!

Jovens: É escola simples, que nãodá diploma, nem se preocupa emdar promoção, mas os seus ensi-nos são suave aroma que eleva aalma com doce visão.

Mulheres: Ela nos ensina como De-us nos ama, como se interessapelos filhos seus, através da Bí-blia como bondade chama todosquantos queiram vida eternaalém.

Homens: Grande salvação já foipreparada na pessoa santa do Se-nhor Jesus. Que deu sua vida pu-ra, imaculada, com a morte infa-me numa rude cruz!

Todos:Vinde, pois, conosco, nós vosconvidamos com imenso gozo,com sincero amor, estudar a Bí-blia – esse livro santo – que é opróprio Deus, e seu grande autor!

Oração do Pai Nosso

Bênção

Déa Kerr Affini, 3ª RE

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CELEBRAÇÃO I

CHAMADO À ADORAÇÃO

Dirigente: Batam palmas de alegria,todos os povos.

Congregação: Cantem louvores aDeus em voz alta!

Cânticos: “Bom estarmos aqui” e“Salmo 96”

Dirigente: Estamos aqui para cele-brar o nosso crescimento na vidacristã!

Congregação: Queremos, como Je-sus, crescer em sabedoria e gra-ça, diante de Deus e das pessoas.

Jogral:– Nós, crianças da Escola Dominical,dizemos com alegria:

– Bem-vindos e bem-vindas.– A vocês, crianças, nossas amigas.– A vocês, já mais crescidos.– A vocês, queridos professores eprofessoras.

– O nosso abraço de carinho e ami-zade.

– Hoje é o “Dia da Escola Dominical!– Hoje é o nosso dia!– Dia de alegria! Dia de gratidão!Dia de bênçãos! Dia de ações degraça!

– Obrigado, ó Deus, pelas EscolasDominicais de todo o mundo!

– Obrigado, ó Deus, pela nossa igreja!– Obrigado, ó Deus, porque aqui es-tamos!

– Alunos e alunas.– Professores e professoras.– Coordenadores/as de ministérios.– Nós somos os alunos e alunas daEscola Dominical.

– Eu sou rebelde!– Hoje estou tão cansada!– Minha garganta está doendo!– Eu gosto de correr!– Eu quero falar! Ninguém me ouve!Eu falo alto!

– Não gosto de ficar sentado!– Eu tenho vergonha de falar!– Somos os alunos e alunas da Esco-la Dominical. Precisamos de pro-fessores e professoras que nosamem e nos entendam, que trans-mitam conhecimentos, que nospreparem para a vida. Mas, aci-ma de tudo, que nos permitamestar mais perto de Deus. Só aprofessora e o professor amigosnos farão entender o amor de Je-sus Cristo e com ele crescer!

Extraído de ‘Ensino eficiente’

Leitura: 2 Pedro 3.18.Dirigente: O crescimento de cadapessoa aqui presente é importan-te para todos nós.

Cânticos: “Você tem valor” e “Euquero te abençoar”.

Oração: (agradecer pela oportunida-de de nos reunir na ED).

(Nesse momento, as pessoas sãoconvidadas para ver as fotos).

LEITURAS NO LOCAL DA EXPOSIÇÃO

Ministério da Proclamação: A Es-cola Dominical é expressão deobediência à ordem de Jesus:“Ide... Pregai... Ensinai...”. Alémdisso, a Escola Dominical des-perta em nós o desejo não só decontribuir, mas também de nosenvolvermos na missão da Igreja.

Ministério de Ação Docente: A Bí-blia é o livro texto e a bibliotecaprincipal da Escola Dominical.Ao seu lado, deve estar a literatu-ra para explicá-la, atendendo àsnecessidades e interesses dos/asalunos/as.(Crianças podem cantar o hino146 do HE).

Cântico: Escolhido pela pessoa maisidosa da ED.

Ministério do Louvor: A EscolaDominical é uma escola alegre.Cantamos para louvar a Deus,inspirar sentimentos, comparti-lhar alegrias.

Juvenis: A Escola Dominical nosensina a viver em comunidade.Juntos estudamos, participamosde celebrações e de campanhaspara ajudar o próximo e mostraro amor de Jesus. Cantamos eoramos como Jesus nos ensinou:

Oração: Pai Nosso

Cântico: “Caminhamos pela luz deDeus”.

Duas celebrações para oDia da Escola Dominical

Para ser feita no culto matutino,

na abertura ou encerramento da

ED. Preparar uma exposição de

fotos na ED na entrada ou em

lugar de destaque do templo.

Page 99: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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(As pessoas voltam para seuslugares e as leituras continuam.)

Ministério da Administração(Alguém deve segurar um cartazem que estará escrito com letrasbem grandes: R$ 00,00 = Nada)Quanto custa? Que taxa deve serpaga para matrícula nesta escola?Apenas isto: (mostrar o cartaz)nada! É de graça. Considerandoque sua obra expressa o ensina-mento do Mestre, a EscolaDominical oferece-nos a oportu-

nidade de conhecer as leis e oamor de Deus, de conviver, can-tar e orar juntos, e de ir aoencontro de outras pessoas.

Congregação: A Escola Dominicalé uma experiência única. Ela en-volve desde os nenês até os vo-vôs e as vovós, pessoas de todosos graus de escolaridade e posi-ção social. Tem o objetivo de nosensinar a viver de acordo com asleis de Deus.

Cântico: “Agradeço a ti, Senhor”

Oração: (todos/as de mãos dadas) –Oração feita por um/a profes-sor/a da ED.

Bênção final

Confraternização(Preparar uma mesa com bolo,

frutas, refresco e outras coisas. Con-vidar a todos/as para a festa do Diada Escola Dominical)

CELEBRAÇÃO II

CHAMADO À ADORAÇÃO(CRIANÇAS E JUVENIS)

CriançasNós, da Escola DominicalLouvemos ao Senhor!Bem-vindos e bem-vindas.

JuvenisHoje é mais um dia de alegria!Dia de gratidão, dia de ações degraças!Cantemos ao Senhor, porque Eleé bom.

Todos/as: Cânticos de Adoração• Adorai, Adorai, Adorai• “ Vós, criaturas de Deus Pai.”129 HE

O ANIVERSÁRIO

DA ESCOLA DOMINICAL

Dramatização (Grupo de alunos/asde todas as classes)• 3 crianças• 2 juvenis• 2 jovens• 2 adultos

Cenário: No centro do palco, está odesenho bem grande de umaigreja, feito em cartolina ou mes-mo no quadro de giz. Na portada igreja, está escrito: “Escola

Dominical”. Por trás do desenhoficará uma pessoa, para respon-der às perguntas dos/asalunos/as.

1ª criança: Dona Escola Dominical,é verdade que hoje é seu aniver-sário? Se é, gostaríamos de cum-primentá-la. E também queremosagradecer a Deus por sua exis-tência. Queremos entrevistá-la.Pode ser?(Os/as alunos/as se sentam, e cada

um/a pega um papel e lápis, como sefossem tomar nota das respostas).2ª criança: Gostaríamos que a se-nhora nos contasse um pouco so-bre a sua origem.

Escola Dominical: Pois não. Issofoi há muito tempo. Havia na In-glaterra um jornalista de nomeRoberto Raikes. Esse homem eramuito sensível e estava bastantepreocupado com as crianças quehavia em sua cidade. Elas perdi-am muito tempo a vagar pelasruas e aprendiam coisas que nãodeviam. Então Roberto Raikesresolveu fundar uma escola quese reunisse aos domingos, paraocupar um pouco essas criançase dar-lhes uma educação melhor,de acordo com suas necessida-des. Essa Escola se reunia pelamanhã e à tarde. Eu sei que an-tes, em 1769, uma metodista,

Anna Ball, já havia realmentefundado a Escola Dominical.

1º juvenil: D. Escola Dominical, asenhora me desculpe dizer isso,mas a senhora é bastante idosa.Como, então, as pessoas continu-am vindo para assisti-la? Qual éo segredo?

Escola Dominical: Você fez umapergunta muito boa, meu filho.Realmente, já estou com quaseduzentos anos. E sabem qual é osegredo? Eu não me sinto nemum pouquinho velha. Pelo con-trário, sinto-me até bem jovem.As pessoas que vêm aprender co-migo são de todas as idades. Issofaz com que eu tenha que mepreocupar em atender a todo omundo. Por isso, meu programatem que ser sempre novo e ade-quado a cada idade. Não enve-lheço porque sempre caminhojunto com meus alunos.

1º jovem: E a senhora sempre con-segue o que quer?

Escola Dominical: Ah, meu jovem!Infelizmente não!

1º jovem: Mas por que não?Escola Dominical: Existe uma por-ção de coisas que atrapalham omeu bom funcionamento. Natu-ralmente, agora não dá para lhesdizer tudo.

2º juvenil: Estamos bastante interes-

Page 100: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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sados em saber pelo menos algu-mas coisas. Pode nos dizer?

Escola Dominical: Está bem. Vocêssabem que vivemos na EscolaDominical como em uma famí-lia, não é? Quando, às vezes, nósnos esquecemos disso, então eunão posso ir muito bem. Muitasoutras coisas acontecem também.Quando, por exemplo, os profes-sores e professoras não entendembem sua missão, não procuramconhecer seus alunos e alunas eestudar a lição. Ou quando aspessoas ficam desinteressadaspor mim, e ficam em casa dor-mindo ou vão passear.

2º jovem: A senhor deve ficar bemtriste quando essas coisas aconte-cem, não?

Escola Dominical: Sim. (com a vozmais animada) Mas há tantascoisas boas que compensam! Porexemplo, quando as crianças sereúnem para juntas louvar a De-us. Ou quando, às vezes, procu-ram aplicar as lições que apren-deram em coisas práticas. Comopor exemplo: demonstrando

amor aos outros. Outro dia, fi-quei muito contente com uma deminhas escolas. Os professores eprofessoras estavam interessadosem se preparar melhor para seutrabalho, e formaram uma classepara estudar as coisas de que ma-is precisavam. A pastora da Igre-ja deu o maior apoio.

2ª criança: Puxa, que bacana!1º adulto: Qualquer dia voltaremospara a senhora nos contar maiscoisas, certo?

3ª criança: Mas, antes de ir, gosta-ríamos que a senhora soubesseque estamos muito felizes porquea senhora existe.

4ª criança: Temos aprendido tantacoisa boa!...

2ª criança: Histórias da Bíblia, cân-ticos...

1ª criança: Como amar o nosso pró-ximo...

2º jovem: E, conforme vamos cres-cendo, vamos aprendendo maiscoisas ainda. Damos graças aDeus porque podemos, todos osdomingos, vir aprender maiscom a senhora.

2º adulto: Em nome de toda a igre-ja, queremos dar-lhes os para-béns e agradecer por tudo quenos tem dado.

Escola Dominical: Muito obrigado.E vocês me dão licença. Querocumprimentar o/a Coordenador/ado Ministério da Escola Domini-cal, os professores e professoras,todos os alunos e alunas. Sem aajuda de vocês, eu não poderiaexistir. Espero que possamos ca-minhar unidos, aprendendo a vi-ver em amor e ampliando nossavida de relação com Deus, com aIgreja e com o próximo.

Todos/as: Cantam o HE – hino 140(Os/as alunos/as devem abraçar

os/as professores/as, entregando flo-res ou outra pequena lembrança)

Oração de gratidão (pelos alunos/as,professores/as e todos/as que co-laboram com a Escola Dominical)

Bênção: Pastor/a

Page 101: Melhor do Recriar a Escola Dominical

105OBJETIVO

Agradecer a Deus pelas vidasdos/as professores/as que ensinarame ensinam em nossas EscolasDominicais e escolas seculares.Agradecer por aqueles/as que co-

mo os profetas no passado, são cha-mados para ensinar e compartilhar osensinos e a vontade de Deus.

PREPARAÇÃO

• convide o/a professor/a mais an-tigo/a da comunidade para estar pre-sente e compartilhar;• convide também uma pessoa

que foi aluno/a desse/a professor/a;• se possível, pedir às crianças

e/ou juvenis que preparem uma lem-brança para o/a professor/a convida-do;• organizar um grupo para ence-

nar a parábola da Grande Festa. Criaras cenas dos empregados preparandoa festa, saindo às ruas, voltando commás notícias, a busca dos rejeitadosetc. No livro Perdidos e Achados dePhyllis Reily e Déa Kerr Affini háuma proposta para a história;• se possível, preparar um pequeno

lanche ou bolo para após o culto.

O PROGRAMA

O Deus que ensina

Chamado à adoraçãoDirigente:Através da história Deustem ensinado seu povo a viver e

orientado sua caminhada de fé.Seja na grande chuva, nos sonhosde um grande povo e uma terra defartura, na seca do deserto, nasalegrias e tristezas de um reinodividido. A esse Deus, que ensi-nou no passado e continua a fazê-lo até hoje, seja a nossa adoração.

Congregação: Que os seus ensina-mentos e sua orientação firme se-jam o motivo de nossa alegria.

Oração de adoração

Cântico congregacional: “Ao Deusde Abraão” – HE 105

O Deus que perdoaLitania de arrependimento (baseadaem Jeremias 31.3, Salmo 25.1-11e Êxodo 6.6-7)

Professores e professoras: Senhor,escutamos tua voz em nosso co-ração e atendemos ao teu chama-do para ensinar. Por vezes nossentimos desanimados e falha-mos. É certo, porém, que o teuamor eterno nos envolveu e a tuabenignidade nos atraiu. Caminhaconosco, Senhor, e capacita-nospara este ministério.

Jovens e juvenis: A ti, Senhor, elevoa minha alma. Faze-me, Senhor,conhecer os teus caminhos, ensi-na-me as tuas veredas.

Dirigente: Guia-me na tua verdade eensina-me, pois tu és o Deus daminha salvação, em quem espero

todo o dia.Todos: Lembra-te, Senhor, das tuasmisericórdias e das tuas bon-dades que são desde aeternidade.

Adultos: Não te lembres dos meuspecados da minha mocidade,nem das minhas transgressões.Lembra-te de mim, segundo atua misericórdia, por causa datua bondade, ó Senhor.

Todos: Todas as veredas do Senhorsão misericórdia e verdade paraos que guardam a sua aliança eos seus testemunhos.Por causa do teu nome, Senhor,perdoa a minha iniquidade, que égrande.

Silêncio ou orações breves de con-fissão

Pastor/a: Portanto, dize aos filhosde Israel: Eu sou o Senhor, e voslivrarei da sua servidão e vos res-gatarei com braço estendido. To-mar-vos-ei por meu povo e entãosabereis que eu sou o Senhor ovosso Deus.Na certeza do perdão de Deus,sigamos alegres no propósito deaprender a viver a vida nova queo seu perdão nos dá.

O Deus da alegria

Leitura bíblica: Salmo 34.1-4

Cânticos congregacionais [Escolhermúsicas que expressem a alegriade viver e caminhar com Deus]

Celebrando a alegriade ensinar

Page 102: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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Gesto símbólico. Chamar o/a pro-fessor/a mais antigo/a da comu-nidade e fazer as perguntas:

Como foi que ele/ela começou aensinar?

Quais eram as dificuldades?E as alegrias?Quantos alunos havia em sua classe?[Chamar o/a aluno/a desse/a profes-sor/a e fazer as perguntas]

Como eram as aulas?Você se lembra de alguma músicadaquela época? Poderia cantá-la?

Um fato marcante das aulas do/aprofessor/a.

[Oferecer ao/a professor/a a lem-brança feita pelas crianças oujuvenis]

Oração de gratidão por todos os pro-fessores que passaram pelacomunidade.

Ouvindo o Deus ensinador

Dirigente: No princípio Deus faloudiretamente com seus escolhidos,depois através de juízes e profe-tas que foram incompreendidos,mal tratados e persegudos. Deus,então, cumprindo sua promessa,

se torna humano e vem nos ensi-nar a viver, agir e principalmentea refletir sobre a sua verdadeiravontade.

ReflexãoApresentação da Parábola da GrandeFesta que se encontra em Lucas14.15-24

a) Caso haja a apresentação o/a pas-tor/a poderá refletir de formabastante breve sobre as sugestõesabaixo.

b) Não havendo a apresentação pedira alguém para fazer a leitura dotexto e em seguida o/a pastor/apoderá fazer a reflexão com basenas sugestões abaixo.

Sugestões para a reflexão:a) Jesus era um grande professor,chamado muitas vezes deMestre.

b) Jesus ensinava através de históriassimples que falavam sobre coisasdo cotidiano do povo.

c) Que desculpas temos apresentadopara não nos colocarmos à dis-posição para ensinar?

d) O Deus que chama é o Deus quetambém capacita.

Cântico congregacional: “A palavra”

Intercessão e envio[Pedir aos/às professores/as da

Escola Dominical que se coloquemem pé. Pedir à comunidade que cadaaluno vá de encontro ao seu/sua pro-fessor/a e dêem as mãos. Ir organi-zando a movimentação para que nofinal haja um grande círculo come-çando com as crianças depois ju-venis, jovens e adultos.]

Cântico: “Canção da caminhada.”

Oração de gratidão pela vida dos/asprofessores/as da EscolaDomincal e também daqueles/asque trabalham no ensino secular.

Oração Dominical

Bênção

Page 103: Melhor do Recriar a Escola Dominical

107Emanuel, o Deus conosco, o Deus

criança está para chegar e faz anunciar.Uma agitação toma conta da cidade.Tudo fica uma beleza! Há uma grandeconfusão entre as pessoas; consumis-mo se confunde com devoção, mistu-rando os interesses comerciais e as coi-sas da comunidade dos fiéis. Nem tudoé bem elaborado. Muitas vezes, nas lu-zes da cidade não aparecem os sinaisde que esta festa tem um centro defini-do. O Papai Noel é maior do que o me-nino Jesus na vitrine que avistamos, nagrande fachada do edifício gigante enos painéis eletrônicos que brilham efascinam.

Vamos ver agora a origem e os sig-nificados de alguns símbolos do Natal.

O GALO

É Natal, o galo aparece paraanunciar. O galo que se vê sobre ascasas, teria sido o galo que, aos pri-meiros raios da aurora, anunciou, namanhã feliz da humanidade, que omenino nascera. O galo anuncia onovo dia; seus olhos muito sensíveismotivam seu estribilho à chegada deum novo dia. Naquele dia cantara

anunciando o novo tempo. Canta ain-da hoje e, mesmo confundindo holo-fotes com os raios de sol, canta ale-gremente a chegada do novo dia. Nasociedade urbana o galo tornou-setão folclórico quanto os sinos daigreja, os quais cantam fiéis e, noNatal, são brindados com sua figuraaltaneira nos cartões, nas poesias enas canções natalinas. Só faltavamesmo ser pintado de verde e amare-lo, pois o galo é bem brasileiro.

ANJOS

São figuras ligadas ao grandeacontecimento que foi o anúncio dagravidez de Maria, que haveria de terum filho, Jesus, o anunciado e tão es-perado das nações, segundo as profe-cias. Diz a Bíblia, em Lucas 1.26, oseguinte: “No sexto mês foi o anjoGabriel enviado da parte de Deus, auma cidade da Galiléia, chamada Na-zaré, a uma virgem desposada comJosé... E entrando o anjo onde ela es-tava, disse: Alegra-te, muito favore-cida. O Senhor é contigo... Eis queconceberás e darás à luz um filho, aquem chamarás pelo nome de Jesus.”Os anjos também estão associa-

dos à chegada de um anjo que anun-ciou aos pastores que viviam noscampos, dizendo-lhes: “Não temais:eis que vos trago novas de grande ale-gria, que o será para todo o povo. Ho-je vos nasceu, na cidade de Davi, oSalvador, que é Cristo, o Senhor. Esubitamente apareceu com o anjouma multidão da milícia celestial lou-vando a Deus e dizendo: Glória a De-us nas maiores alturas e paz na terra

entre os homens de boa vontade.”Antes, racistas e louros, mas tam-

bém agora negros, índios, japoneses,caboclos e caipiras; sem medo de se-rem do jeito da nossa gente.

OS SINOS

Os sinos fazem parte da velha tra-dição. Eles aparecem por toda parte,e parecem anunciar a chegada do De-us criança. Enfeitam as torres dasigrejas e até mesmo árvores comerci-ais. Querem, com seus repiques, par-ticipar da grande alegria que é a che-gada do menino Jesus. Os sinos sãosímbolos antigos, tão significativosquanto os anjos, que muitas vezes ossustentam nas mãos. Em todos ostempos, dos mais humildes aos maisgrandiosos, os sinos lembram a gran-de data do Natal de Jesus. Carrilhõese sinos repicam em comemoração ànoite de Natal. Eles marcam de mo-do muito especial a festividade. NoNatal, seus repiques criam uma novavida, a alegria está no ar; todos, aoouvi-lo, se alegram, pois compre-endem imediatamente a sua men-sagem: CRISTO NASCEU! ALE-GRAI-VOS! É NATAL!

COROA DO ADVENTO

A coroa de ramos significa o quecerca, sem limitar. A coroa semprefoi símbolo de honra e glória. Comosímbolo de Natal, faz-se uma coroade ramos de cipreste, com quatrocastiçais ao redor. Neles são co-locadas quatro velas vermelhas euma vela branca. No primeiro do-

Símbolos Natalinos

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108mingo do Advento, quatro domingosantes do Natal, a igreja (ou a família)acende uma das velas. No segundodomingo, outra vela e assim por dian-te, até que no dia de Natal todas este-jam acesas. Seria interessante que pu-déssemos convidar crianças paraacender uma das velas, sinalizando aalegria destes tempos; uma mulhergrávida, sinalizando a vida que Jesusnos dá, pessoas da terceira idade,sinalizando o amparo e o cuidado deDeus ao longo de nossa existência.

ÁRVORE DE NATAL

Tão difundida, do mais humildecasebre às mansões, palácios, igrejas,invadindo agora os shopping centers,a árvore de Natal, ou pinheirinho,cheia de luzes e enfeites, representa aalegria da maior festa da cristandade– o Natal de Jesus. Há vários relatossobre a origem da árvore de Natalque se perdem em lindas lendas. Ospovos germânicos adoravam as árvo-res e em determinado dia, eram prati-cados sacrifícios humanos debaixo deum carvalho sagrado. Conta a lendaque o bispo Bonifácio teria impedidotais sacrifícios e, empunhando ummachado de ouro, derrubado aquelaárvore. Para espanto de todos, surgiuum pinheirinho em seu lugar. Bonifá-cio explicou ao povo que o pinheiroera a árvore da vida, daí a representa-ção da vida em Cristo. Os alemães fo-ram os primeiros a enfeitar árvorespara o Natal. Usavam anjinhos, estre-las, brinquedos, nozes douradas e do-

ces. E diz-se que Martinho Lutero foio primeiro a colocar velas no pinhei-rinho, pois representavam as estrelasno céu. A árvore de Natal é enfeitadacom muitas bolas coloridas, imitandofrutas nórdicas que resistem ao frio, ebolinhas de isopor ou pedaços dealgodão forjando neve, que no Brasilnem mesmo no inverno costuma cair.A árvore é um símbolo da vida queresiste, nasce, sobrevive e protegenossas esperanças. Árvores que po-dem representar a batalha ecológicade nossos tempos atuais, quandodescobrimos mais e mais que a faunae a flora devem ser protegidas tantoquanto a raça humana. A árvore é avida da natureza, a qual grita docoração do planeta Terra que, paraque o ser humano sobreviva, toda cri-ação deve sobreviver.

VELAS

Antes da era cristã, as velas eramusadas nas saturnálias, festas do Impé-ri Romano. Depois do advento deCristo, os festivais pagãos foram subs-

tituídos pela celebra-ção do Natal entre oscristãos. Nestas ce-lebrações eram usa-das velas comosímbolos da Luz –Jesus!Três velas de

cores diferentes sãousadas em honra àTrindade, e são ace-sas uma na vésperado Natal, outra nodia do Natal, e outrana véspera do anonovo. A vela é, por-

tanto, o símbolo de Jesus Cristo,“Luz dos povos”. E Jesus é, de fato,a luz que ilumina todo o homem quevem a este mundo (cf. João 1.9). Je-sus afirma: “Eu sou a luz do mundo;aquele que me segue não andará emtrevas, mas terá a luz da vida” (Jo8.12; cf. Jo 9.5; 12.46). E aquele queé iluminado pela luz de Jesus tem ocompromisso de iluminar o caminhodo próximo para ajudá-lo a sair daignorância, da fome, da opressão, daexploração, do crime, da guerra...

ESTRELA

Outro símbolo de luz usado emtoda parte durante o Natal. É lem-brança daquela que apareceu no céuquando Jesus nasceu e interpretadapelos magos – sábios do Oriente –que, segundo a Bíblia, teriam pergun-tado: “Onde está aquele que é nasci-do Rei dos Judeus? Porque vimos asua estrela no Oriente e viemos ado-rá-lo.” E seguindo-a, encontraram omenino Jesus. Prostrando-se, o ado-raram e lhe ofereceram ouro, incensoe mirra. A estrela, como a luz que bri-lha na escuridão, mostra que a vidabrilha nas trevas e que todos os quecaminham sem esperança podem en-contrar na “gruta de Belém” (casa dopão) e em cada vida que brota na his-tória uma nova razão para viver.

PRESÉPIO

Foi introduzido em 1223, porFrancisco de Assis, para transmitir,por meio de figuras, o sentido doNatal ao povo que não sabia ler, paraque todos pudessem compreender alinda história do nascimento de Jesus.Em vários países, e mesmo no Brasil,fazem-se verdadeiras obras de artecom miniaturas da cena de Belém emmateriais diversos.Conta-se que quando São Francis-

co de Assis criou o primeiro presépio,era uma simples manjedoura com umboneco depositado sobre as palhas.Ao lado deste presépio, São Francis-co e seus irmãos cantaram os primei-ros cânticos populares de Natal. Maistarde, adicionaram à cena animais

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vivos que tomavam emprestado davizinhança. Somente com o passardos anos os presépios foram se tor-nando verdadeiras obras de arte. Opresépio vai sempre adotando as tra-dições culturais de cada povo, queveste suas personagens humanas comroupagens típicas, acrescentando oueliminando espécies de animais.

MÚSICA

A música está sempre associadaàs festividades ou a algum evento.Assim, o Natal de nosso Senhor Je-sus tem milhares de cânticos em seulouvor. A mais famosa composiçãonatalina é “Noite Feliz”, música deFranz Gruber e letra do padre Mohr.Em pouco tempo esta canção se es-

palhou pela Euro-pa, indo em se-guida para os Esta-dos Unidos e daí parao Brasil. Hoje ela é co-

nhecida em todo o mun-do. Mas ainda há outras de-

zenas de canções natalinas de real va-lor que foram compostas por grandesmusicistas. “Eis dos anjos a harmo-nia”, tão cantada em nossas igrejas,foi composta por Mendelson, com le-tra de Carlos Wesley, e é o hino denúmero 11 do Hinário Evangélico.Quem não conhece o famoso “Ó Pi-nheirinho de Natal” (Tanenbaum),“Ah, um anjo proclamou o primeiroNatal”; “Pequena Vila de Belém”, eaté o “Jingle Bells”, além de uma in-finidade de canções. É possível se fa-zer uma grande lista de canções. NaBíblia está registrada a primeira can-ção natalina, que foi entoada por anjosna noite do nascimento de Cristo.“Noite Feliz” foi escrita em ale-

mão, “Ó,Vinde Fiéis”, em latim, e “ONosso Menino Nasceu em Belém”,de VilIa Lobos, em português.

CARTÕES DE NATAL

Milhões de cartões de Natal, des-de os mais simples aos mais criativose ricos, muitos – até musicais, circu-lam por todo o mundo cristão, de-sejando um Natal Feliz, cheio de paze amor. Nestes cartões estão in-seridos os vários símbolos natalinos.

Eles começaram a ser usados há maisde 100 anos. Em 1846, uma compa-nhia londrina enviou os primeiroscartões de Natal aos seus fregueses.Em 1862 estes cartões passaram a sercomercializados.

PRESENTES

O primeiro presente para a huma-nidade veio de Deus “que amou omundo de tal maneira que lhe deu oseu Filho unigênito para que todoaquele que nele crê, não pereça, mastenha a vida eterna” – Jesus!Presente significa dádiva, amor,

fraternidade. Trocar presentes porocasião do Natal já é uma tradiçãobem antiga, porém a forma de dar va-ria de acordo com os costumes de ca-da país. Na Holanda e na França, ascrianças recebem os presentes nossapatos, aliás, tradição também noBrasil. Na Inglaterra e nos EstadosUnidos, numa meia pendurada. NoMéxico, na piñata.

PAPAI NOEL

A figura tão querida de toda acriançada, sorridente, faces rosadas,com roupas vermelhas, enfeitadas dearminho branco, botas pretas, e quedistribui presentes e brinquedos, foioriginalmente um bispo da IgrejaCristã na Ásia Menor, chamado SãoNicolau. Devido ao seu coração ge-neroso e bom, ele vivia pelas ruasdistribuindo presentes e doces às cri-anças. Criou-se a lenda de que noNatal ele vinha a cavalo, acom-panhado de seu servo, Pedro, deixan-do presentes para as crianças. Com otempo, no Ocidente, a figura foi setransformando num velhinho gordo,alegre e bondoso, que passou a sechamar Santa Claus, para os norte-americanos; Chriss Kindle, para osalemães; Noel, para os franceses, ePapai Noel, para os brasileiros. Seumeio de transporte também mudou,passando a ser um trenó puxado porrenas. Onde quer que Papai Noelapareça ele representa a bondade, apaciência, a compreensão, e o bempara todas as pessoas. Esta é a suasimbologia, embora a ganância co-mercial venha estragando esta ima-

gem tão bonita, gerando soberba, vai-dade e egoísmo, mudando o beloconceito do dar sem receber.

VOTOS DE ANO NOVO

Uma velha tradição de nosso po-vo são as crianças que visitam as fa-mílias na manhã de 1º de janeiro.Crianças correndo pelas ruas. Ou-

vem-se os gritos: “Bom princípio deano novo”. As famílias visitadas ofe-recem pequenos presentes. Normal-mente, doces, balas e chocolates. Porvezes, pequenos brinquedos. Até di-nheiro, algumas vezes; especial-mente para os primeiros que chegam.Alegria geral. Um novo ano está co-meçando. As vozes infantis desejan-do paz em nossos corações parecemter muito crédito entre todos.Os votos compõem um elemento

importante nesse tempo litúrgico. Pa-rece ser tempo de anúncio de um fu-turo próspero e de grandes felicita-ções. Os votos de feliz Natal oufelizes festas são completados pelosvotos de feliz ano novo. Tudo podeser diferente, tudo pode ser renovado,tudo pode ser recriado, pois sendoum novo ano, podemos refazer nos-sos projetos de vida e deixar muitascoisas ruins para trás. Tudo devetomar novo rumo e recomeçar, poispara a alegria de todos, Deus vemfortalecer nossa esperança.

Dilson Júlio da Silva, 3ª RE

BibliografiaBOGAZ, Antônio S. “Natal:

festa de luz e alegria”, Paulus,São Paulo, 1996.

NERY, F.C., “A Páscoa e seussímbolos”, Ed. Paulinas, SãoPaulo, 1990.

RIBEIRO, T. , “Origem e sig-nificado dos símbolos de Natal”,in: Voz Missionária, São Bernardodo Campo, IV trimestre de 1995.

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Advento significa ‘retorno’ ou ‘ani-versário’. No Antigo Testamento, estárelacionado com o período de espera eexpectativa por uma intervenção extra-ordinária de Deus na história.Aguarda-va-se a concretização plena das pro-messas de Deus a Abraão. Na históriada Igreja Cristã, é o período de prepa-ração para a celebração do Natal.

PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO

Isaías 9.1-6 (promessa de novostempos para os judeus do norte, que vi-veram um passado de humilhações,conforme 2 Reis 15.29). Os versículosdesse texto deverão ser reproduzidosem letras grandes e espalhados em di-versos locais do templo e das salas deEscola Dominical.

A primeira vela da coroa do Ad-vento deverá ser acesa por alguém dacomunidade. Deve-se escolher, de pre-ferência, alguém ou alguma famíliaque esteja vivendo momentos de ex-pectativa por algo de bom que virá ouque represente algum tipo de esperan-ça para a comunidade.

A primeira vela deve ser acesa emmomento solene e permanecer assimdurante todo o período devocional. Es-se mesmo ritual deverá ser realizado noculto vespertino, com a participação deoutras pessoas.

Durante a reflexão, valeria a penaenfatizar que a aflição do povo de Isra-el, no tempo em que o texto indicadofoi escrito, devia-se ao fato de “Rezim,rei da Síria, e Peca, rei de Israel” teremfeito um acordo para atacar Judá emconjunto (cf. Is 7.1ss).

Por causa dessa ameaça e de outrasde povos vizinhos, o povo judeu estavacom muito medo. Os versículos 3 e 4

do capítulo 9 de Isaías refletem essarealidade. Os alunos da Escola Domi-nical poderão participar, expressandofrases sobre suas principais inquieta-ções nos dias atuais.

SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO

Isaías 10.28-34 (o ataque dos assí-rios a Israel e a promessa de salvamen-to por Deus).

Isaías 11.1-9 (a esperança no liber-tador, descendente do rei Davi). Repro-duzir os versículos e proceder confor-me indicação para o primeiro domingo.

A primeira e a segunda velas deve-rão ser acesas por pessoas ou famíliasque tenham o perfil descrito no primei-ro domingo. Além da coroa, deve-seutilizar um toco grande e aparentemen-te seco, com um broto forte surgindodo seu interior.

O broto que surge no toco devesimbolizar as diversas formas de espe-rança que sustentavam os israelitas,atacados pelos assírios, bem como asque animam os que hoje sofrem in-quietações diversas.

TERCEIRO DOMINGO DO ADVENTO

Lucas 1.5-25 (o anúncio do nasci-mento de João Batista, o precursor deJesus). Reproduzir a partir do versículo13 e proceder conforme indicação parao primeiro domingo.

Neste domingo, três velas deverãoser acesas por representantes de classesmarginalizadas em nossa sociedade.

Deve-se enfatizar na reflexão oanúncio do nascimento de João Batistano contexto cúltico. Também ressaltara participação da idosa Isabel, dando àluz uma criança missionária.

QUARTO DOMINGO DO ADVENTO

Lucas 1.26-56 (o anúncio do nasci-mento de duas crianças movimenta afamília judaica). Reproduzir os versí-culos e proceder conforme indicaçãopara o primeiro domingo.

As quatro velas devem ser acesaspor uma criança, jovem, adulto ou a-dulta e idoso ou idosa. Deve-se ressal-tar na reflexão a importância da partic-ipação de todos no ministério de Deus.

Enfatizar as mudanças que o anún-cio da chegada do menino Jesus haviaprovocado: Zacarias, que ficou mudopor não ter acreditado na promessa doanjo; Isabel, grávida apesar da idadeavançada; José, assustado por aindanão saber da origem divina da gravidezde sua noiva; a jovem Maria, visitandoa anciã Isabel, ambas grávidas e carre-gadas de esperança para o seu povo epara toda a humanidade.

Explicar que o broto que surge dotoco representa as esperanças que bro-tam da descendência de Davi, que jáestava sem ninguém no trono quandose deu o anúncio do nascimento deJoão Batista e de Jesus.

DOMINGO DE NATAL

Acender a quinta vela

Messias Valverde, 4ª RE

O Natal está chegando...É tempo de Advento

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Este roteiro litúrgico poderá serrealizado tanto na Escola Dominical,como adaptado para o culto vespertino.Fazer a coroa do Advento com as

quatro velas no círculo e uma vela nocentro representando a luz de Cristo.A quinta vela deverá ser acesa na ce-lebração de Natal. Sugerimos, tam-bém, que seja colocada uma manje-doura vazia ao lado da coroa doAdvento representando a espera peloMessias.

1º DOMINGO DO ADVENTO

Natal é Esperança

Leitura de Isaías 9.2-7.Assim como o profeta Isaías no

passado, nós também trazemos paraeste Natal o sentimento de esperançade que o ato de amor de Deus em fa-vor do ser humano não tenha sido al-go que ficou no passado, mas quecontinua acontecendo hoje entre nós.

Dirigente: Deus vem ao nosso en-contro. Neste dia, juntos, entra-

mos no tempo do Advento. Tem-po do encontro com aquele queveio morar entre nós. E com to-das as pessoas que esperam ummundo em que o amor será maisforte que todos os ódios, em quea unidade de todas as nações re-conciliadas em Deus fará comque sejam eliminadas todas asfronteiras que separam e divi-dem.

Todos/as: Que o Deus da esperançanos encha de alegria e paz, paraque saibamos discernir as marcasda sua presença entre nós.

Cântico: “A nova do Evangelho”– HE 5

Oração

PalavraDirigente: Quando a luz de Deusilumina o coração dos seres hu-manos, as armas se calam e asfronteiras entre os povos caempor terra. Iluminados, nossos co-rações estarão prontos para ado-rar o Deus criador e salvador. Vi-são do futuro? Não. Promessapara nós, hoje!

Revendo as esperançase os Sonhos de Amor

Narrador: Hoje trazemos à memó-ria o primeiro Natal. Fatos quenos fazem lembrar as esperançase os sonhos de um povo que viuno nascimento de Jesus o nascerde um novo tempo de amor.

Entra uma criança carregando umestandarte onde se lê: É TEMPODE ACORDAR!

Narrador: Sim! É tempo de acor-dar! É tempo de acordar as espe-ranças e os sonhos de uma vidanova... de um mundo novo... degente mais gente. É tempo deacordar para o encontro. O en-contro com o menino de Belém,o encontro com a gente mesmo,o encontro com o outro. É tempode acordar e sair. Sair do egoís-mo para formar comunidade: acomunidade do amor, da paz, dafraternidade.

Cântico

Entra uma criança carregando o se-gundo estandarte, onde se lê: ÉTEMPO DE LUZ!

Narrador: É TEMPO DE LUZ.Sim, é tempo de ser luz. Luz quenão fica escondida, mas que apa-rece de longe, e faz com quenossos rumos tornem-se claros,definidos e passem a ser sinaisde vida. Luz capaz de acabarcom a escuridão gerada pela in-justiça, pelo mal, pela doença,pela miséria, pela violência. Luzcapaz de fazer o sol brilhar paratodos. Luz que espalha justiça,bondade, paz, felicidade a todosos lugares da terra, clareandoaquilo que Deus quer para todos:felicidade!

Cântico

Natal: esperança,alegria, paz e amor

Celebração para os Domingos do Advento

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Entra uma criança carregando o ter-ceiro estandarte, onde se lê: ÉTEMPO DE ANUNCIAR!

Narrador: É TEMPO DE ANUNCI-AR! Anunciar que o simples e ohumilde são valorizados. Anunci-ar que as boas novas são para to-dos. Anunciar que a justiça deDeus deve ser estabelecida, pois oreino deve chegar hoje, agora, já.

Cântico

Entra uma criança carregando oquarto estandarte, onde se lê:É TEMPO DE CELEBRAR!

Narrador: É TEMPO DE CELE-BRAR! Tempo de celebrar a vi-da, a alegria, o amor. É tempo decelebrar a boa notícia do amor deDeus. É tempo de buscar a JesusCristo e, com ele, trabalhar naconstrução da nova humanidade.

Cântico

Entra uma criança carregando oquinto estandarte, onde se lê: ÉTEMPO DE SER FELIZ!

Narrador: SIM, É TEMPO DESER FELIZ! É tempo de fazer aalegria invadir a vida de todos. Étempo de fazer o bonito aconte-cer para todos. É tempo de repar-tir a vida. É tempo de espantar atristeza para bem longe. É tempode tornar possível a todos umFELIZ NATAL.

Cântico final

Gesto simbólicoAcende-se, então, a primeira vela dacoroa do Advento.

Dirigente: Deus acende entre nós aluz da sua esperança.

Todos/as: Que ela ilumine os nossoscorações e nos abra ao amor e àgenerosidade que os outros espe-ram de nós.

BênçãoDirigente: Que o Deus da unidade

nos reúna com todo o seu povona terra. E que por nossos gestose palavras o mundo conheça seuamor.

Todos/as: Então nos tornaremos to-dos a nova criação e viveremos averdadeira liberdade.

2º DOMINGO DO ADVENTO

Natal é Alegria

AberturaLeitura de Lucas 2.8-11

Dirigente: Uma das característicasda celebração do Natal é a ale-gria. E qual a razão desta ale-gria? Pode ser porque nos reen-contramos como famílias. Podeser, também, porque nos lembra-mos de ajudar o nosso próximonecessitado. Ou, quem sabe, por-que vemos o sorriso feliz de umacriança ao receber um presente.Talvez... seja por um desses mo-tivos ou outros!

Todos/as: Mas a alegria maior, mes-mo, é por causa daquela notíciaque o anjo entregou a toda a hu-manidade: “Hoje vos nasceu nacidade de Davi, o Salvador, que éCristo, o Senhor”. Este é o mo-tivo da alegria! Sim, ALEGRIA!

Oração

Cântico: Natal ou O nascimento deJesus [HE nº 11 ou nº 19]

Palavra

Litania: “Pois na cidade de Belémnasceu hoje o Salvador”

Dirigente: Foi lá em Belém, numaestrebaria, num lugar humilde esem luz, que haveria de nascer oCristo, o Salvador do mundo.

Juvenil: Foi lá em Belém, em meioaos animais, que Maria vê cum-prida a promessa de Deus. NasceJesus!

Dirigente: Foi assim que ele se fezum de nós.

Todos/as: Chegou para trazer luz aomundo e paz aos homens e mu-lheres de boa vontade.

Mulheres: Ainda hoje, em meio àstrevas, numa cidade aberta, in-certa, cheia – mas também deser-ta – com muitas pessoas, e tam-bém com muitos solitários e so-fredores,

Todos/as: É nesta cidade que Jesus,vindo sem avisar, quer de novoiluminar. Os seus anjos cantammais uma vez. Eles são, quemsabe, os meninos e meninas, ospobres e também os solitários,pois eles cantam a vida, a espe-rança, o amor e a paz entre todosos homens e mulheres.

Dirigente: Na verdade, esta sempreserá a melodia do Natal, “Noitede paz, noite de amor...”

Nós só temos de aprender a cantar ea viver a esperança destes tem-pos.

Crianças: Nos só temos de viver aesperança do menino de Belém,do Deus que se fez um de nós...e vive entre nós, em meio às nos-sas lutas e dores.

Todos/as: Jesus nasceu! É Natal! Asalvação é chegada. É tempo deesperança.

Cântico: Adoremos ao Senhor –HE nº 8

Gesto SimbólicoAcende-se, então, a segunda vela dacoroa do Advento.

Dirigente: Deus da Esperança, daAlegria, assim como acendemosesta chama, anima em nós a ale-gria do teu Espírito.

BênçãoDirigente: Que a alegria do Senhoresteja em nossos corações e seu

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regozijo se reflita em nossosatos. Que o poder do Senhor curenossa fraqueza e sua força reani-me nossa coragem.

Todos/as: Deus Santo, Deus Forte,Deus presente, vem fortalecernossa fé.

3º DOMINGO DO ADVENTO

Natal é Paz

AberturaLeitura de Lucas 2. 13-14

Dirigente: Já se vão quase 2000anos, e não parece que a “paz naterra” esteja mais próxima agorado que naquela ocasião. Na terrada Palestina, onde Jesus nasceu,ainda há muitos conflitos e muitaguerra. Esse acontecimento levouum jovem a escrever o seguinte:

“O que lhe aconteceria se você nas-cesse hoje em Israel?Será que teria ao menos umaestrebaria?Um silêncio à altura de um recém-nascido?Creio que não, meu distinto amigoJesus!É bem provável que “os grandes”que fazem a guerra,mandassem jogar uma granada ondevocê estivesse.Há dois mil anos passados era a es-pada a arma de guerra,hoje são as granadas e bombas atô-micas.

Senhor, você poderia nascer aqui en-tre estes homens,sentir e pisar de novo na terra gover-nada por eles.Eles se acham os absolutos donos domundo...e porque não querem ser envolvidospor um amor profundo,e lutarem por este amor entre oshomens,dê um jeito de você nascer nova-mente aqui.Se possível for, em Israel.

Gesto simbólicoAcende-se, então, a terceira vela dacoroa do Advento.

Cântico: “Noite de Paz” – HE 7(cantar suavemente)

BênçãoTu me abençoas, Senhor!De ti procede toda a paz,Pois de ti me vem o desejode anunciar a paz, de viver a pazde ser instrumento da tua paz.

4º DOMINGO DO ADVENTO

Natal é Amor

Leitura de 1 João 4.7-9

Dirigente: O amor de Deus é dinâ-mico, pois agiu e age de formadecisiva. O amor de Deus se ma-nifestou entre nós.

Todos/as: O Natal comunica plena-mente o grande amor que Deustem pela humanidade e nos res-ponsabiliza a dedicarmos amorpleno uns para com os outros.

Oração

Cântico: “Jesus Nasceu” HE 12

Palavra: Poesias

Nasce o amor

Hoje nasceu Jesus!Para nos libertar, ele nasceuNasceu do grande desejo de Deusde libertar a humanidade; de salvartodo ser.

Ele nasceu, pois Deus, que é amor,amou sem pedir nada em troca; nosamou primeiro.

Por isso, a única e verdadeira razãodo Natal

é poder experimentar e compartilharo amor de Deus.

Dilson Júlio da Silva

Um Novo Dia

É Natal! Um novo dia!Sinos tocam com alegria,uma luz nasceu em nós.De mãos dadas caminhemosÀ cidade de Belém,pois nasceu o Cristo Rei.Paz, amor e alegriaHoje e sempre há de reinar,Ele acaba de chegar.Venha agora, meu irmão,sinta e viva esta canção:Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá...

José Mariano

Gesto simbólicoAcende-se, então, a quarta vela dacoroa do Advento.

Cântico: “O amor repartido”Déa Kerr Affini

BênçãoTu nos amas, Senhor!De ti procede o amor, pois de tinos vem o desejode ir ao encontrode nossos irmãoscom respeito e solidariedade.

Dilson Júlio da Silva,Izilda de Castro Neves, 3ª RE

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1º DOMINGO DO ADVENTOA PROFECIA

Este é o Primeiro Domingo doAdvento. Nele, as crianças devem vi-venciar o tempo da esperança que oprofeta nos dá. Vai nascer um meninoe o Reino de Deus estará sobre seusombros.

PROGRAMA PARA A ABERTURA DA

ESCOLA DOMINICAL

Cântico: HE – 19Litania:1º leitor/a: Do trono de Jessé sairáum rebento, e das suas raízes umrenovo. Repousará sobre ele oEspírito do Senhor.

2º leitor/a: O Espírito de sabedoriae de entendimento...

3º leitor/a: O Espírito de conselho ede fortaleza...

4º leitor/a: O Espírito de conheci-mento e de temor ao Senhor.

1º leitor/a: O Senhor mesmo vos da-rá um sinal. Eis que a virgemconceberá e dará à luz um filho elhe chamará Emanuel.

2º leitor/a: Porque um menino nosnasceu, um filho se nos deu; ogoverno está sobre os seus om-bros, e o seu nome será: Maravi-

lhoso Conselheiro, Deus Forte,Pai da Eternidade, Príncipe daPaz; para que se aumente o seugoverno e venha a paz sem fim...

3º leitor/a: E tu, Belém Efrata, pe-quena demais para figurar comogrupo de milhares de Judá, de tisairá o que há de reinar em Israele cujas origens são desde os tem-pos antigos, desde a eternidade.

OFICINA DE CÂNTICOS DE NATAL

Após a abertura da Escola Domi-nical, realize uma “oficina-ensaio” demúsicas de Natal com todas as crian-ças. Neste domingo, elas não devemser separadas em classes.

• Hino 19 do HE (1ª e 2ª estrofes)• Paz na terra• Jesus nasceu• Entre o boi e o burrinho• No firmamento

2º DOMINGO DO ADVENTOA ANUNCIAÇÃONeste segundo Domingo do Ad-

vento, as crianças devem vivenciar oanúncio à Maria e descobrir como foiimportante ela ter deixado a Palavrade Deus ser cumprida em sua vida.

PROGRAMA PARA A ABERTURA

DA ESCOLA DOMINICAL

Litania:1º leitor/a: Nos dias de Herodes, rei

da Judéia... um anjo foi enviado auma cidade de Nazaré, a uma vir-gem desposada com certo homemda casa de Davi, cujo nome eraJosé. A virgem chamava-se Maria.

2º leitor/a: Salve, agraciada! O Se-nhor é contigo. Maria, não te-mas, porque achaste graça diantede Deus. Eis que dará à luz umfilho, a quem chamarás pelo no-me de Jesus. Este será grande eserá chamado Filho do Altíssimo.Deus, o Senhor, lhe dará o tronode Davi, seu pai. Ele reinará parasempre sobre a casa de Jacó e seureinado não terá fim.3ª leitora (voz de menina):Aqui está a serva do

Senhor. Cumpra-seem mim segundo aTua Palavra.

Advento e Natal,tempo de repartir

AdventoTempo em que a Igreja se lembra

especialmente da promessa de De-

us de mandar o Salvador. É o tem-

po em que a Igreja se prepara para

o Natal.

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Cântico: Sininhos de Natal, HE – 21

OFICINA DE POEMAS DE NATAL

Após a abertura da Escola Domi-nical, realize uma “oficina-ensaio” depoemas de Natal. Neste domingo, ascrianças devem ser separadas em clas-ses. Lembre-se de escolher poemaspara todas as idades e de incluí-los nacelebração de Natal. Abaixo, su-gerimos uma litania e alguns poemas.

Leitor/a :Pelo maravilhoso nenê queveio para mostrar o seu amorpara conosco

Todos/as: Nós te damos graças, óDeus.

Leitor/a: Pelo nenê que cresceu etornou-se um homem que nos aju-dou a amar e ajudar aos outros

Todos/as: Nós te damos graças, óDeus.

Leitor/a: Pela alegria de compartilharcom outros as dádivas que tería-mos dado a ti...

Todos/as: Nós te damos graças, óDeus.

Leitor/a: Pelo amor do lar, família eamigos...

Todos/as: Nós te damos graças, óDeus.

Leitor/a: Que possamos compartilhara alegria do nascimento de Jesuscom aquelas pessoas que estãotristes e sozinhas.

Todos/as:Ajuda-nos, ó Deus. Amém.

3º DOMINGO DO ADVENTOOS PASTORESNeste terceiro domingo do Ad-

vento, as crianças devem vivenciar achegada de Maria e José a Belém, onascimento de Jesus e o anúncio aospastores.

PROGRAMA PARA A ABERTURA DA

ESCOLA DOMINICAL

Jogral:1º leitor/a: Naqueles dias, foi publi-cado um decreto de CésarAugusto, convocando toda a pop-ulação do Império pararecensear-se.

2º leitor/a: José também subiu daGaliléia, da cidade de Nazaré,para a Judéia, à cidade de Belém,por ser ele da casa e família deDavi, a fim de alistar-se comMaria, sua esposa, que estavagrávida.

3º leitor/a: Estando eles ali, ela deuà luz o seu filho primogênito,enfaixou-o e o deitou numa man-jedoura, porque não havia lugarpara eles na hospedaria.

4º leitor/a: Havia, naquela mesmaregião, pastores que viviamnos campos e guardavam oseu rebanho durante asvigílias da noite. E umanjo do Senhor desceuonde eles estavam e aglória do Senhor bri-lhou ao redor deles; eficaram tomados degrande temor.

1º leitor/a: Não temais.Eis que vos tragonovas de grande ale-gria, que o será paratodo o povo; é que hoje vosnasceu, na cidade de Davi, oSalvador, que é Cristo, o Senhor.E isto vos servirá de sinal:

encontrareis uma criança envoltaem faixas e deitada em manje-doura.

2º leitor/a: E, subitamente, apareceucom o anjo uma multidão de an-jos, louvando a Deus e cantando.

3º leitor/a: E, ausentando-se delesos anjos para o céu, diziam ospastores uns aos outros...

Todos/as: Vamos até Belém evejamos os acontecimentos que oSenhor nos deu a conhecer.

Cântico: “Paz na terra”

OFICINA DE CONFECÇÃO DE ANJOS

Após a abertura da Escola Domi-nical, realize “oficinas” para confec-cionar com as crianças anjos que se-rão entregues a todos/as na celebra-ção de Natal. Separe as crianças emclasses para esse trabalho.Amplie à mão ou em xerox o mol-

de dado. Faça um número de cópiassuficientes para que todos/as ganhemum. As crianças maiores poderão re-cortar e enfeitar os anjos com sucatas(papel colorido, botões, algodão). Pa-ra as crianças menores, leve os anjos

Page 112: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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já recortados e providencie para queelas possam colori-los.

4º DOMINDO DO ADVENTOA MANIFESTAÇÃO AOS SÁBIOS

Neste quarto domingo do Adven-to, as crianças devem vivenciar aoferta de presentes pelos sábios a Je-sus. Providencie para que o jogral se-ja acompanhado da montagem deuma cena.

PROGRAMA PARA A ABERTURA

DA ESCOLA DOMINICAL

Preparando a encenaçãoEscolha uma criança para repre-

sentar Maria e outra para representarJosé. Prepare a manjedoura e um bo-neco para ser o menino Jesus. Serãonecessárias também três crianças pa-ra representar os magos. Você devepreparar os presentes que serão ofer-tados por eles. Vista a todos/as comos panos ou lençóis, como se fossemhabitantes da cidade de Belém, à épo-ca do nascimento de Jesus.

Litania1º leitor/a: Tendo nascido Jesus emBelém da Judéia, nos dias do reiHerodes, eis que vieram uns ma-gos do oriente à Jerusalém. Eperguntavam: Onde está o recém-

nascido, rei dos judeus? Porquevimos a sua estrela no oriente eviemos adorá-lo.

2º leitor/a: Partiram os magos eeis que a estrela que viramno oriente os precedia,até que, chegando, parousobre onde estava o me-nino. E vendo eles aestrela, alegraram-se comgrande júbilo. Entrando nacasa, viram o menino comMaria, sua mãe. Prostran-do-se, o adoraram e entrega-ram a sua oferta: ouro, incen-so e mirra.

Cântico: “No firmamento”

Após o cântico, ofereça a Jesus to-do o que foi “feito” nos domingos an-teriores: as letras das músicas, as letrasdos poemas e os anjos. Tudo deveráestar numa caixa bem enfeitada.

OFICINA PARA PREPARAR

A celebração do Natal“O que eu posso ofertar!?”

Após a abertura da Escola Domi-nical, realize uma “oficina” para pre-parar a celebração de Natal, cujo no-me é: “O que eu posso ofertar!?”.Ensaie com as crianças e provi-

dencie tudo o que for necessário.

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O propósito desta liturgia é celebraro Deus que se fez e se faz presenteentre nós na forma humana. A lem-brança do nascimento de Jesus nos trazà memória que o bebê na manjedoura éo Salvador, é Deus encarnado. É Elequem nos permite, pela fé, ser filhos efilhas de Deus. A nossa filiação emCristo nos faz portadores/as de Seuamor às demais pessoas. “O seu amoré, em nós, aperfeiçoado” (1Jo 4.12).

LITURGIA

Prelúdio: “Adoremos ao Senhor”HE – 8 – música instrumental –na penumbra

Anúncio: Leitura em Is 62.1-11 (du-rante a leitura do primeiro versí-culo, acendem-se as luzes da ár-vore, se a árvore não tiver luzes,acenda as do templo).

Hino Congregacional: Nasce Jesus[HE – 20] (enquanto se canta, ogrupo responsável pela decora-ção da mesa do altar deverá fazera troca das toalhas; a Bíblia po-derá ficar aberta em um dos tex-tos desta celebração ou em Is 9.Por último, acende-se a vela deNatal e, em seguida, todas as lu-zes do templo).

Leitura de Jo 1.1-9 (feita em formade antífona, HE – 2).

Acolhemos o Deus que veio para nósLitania de confissão (cf. Jo 1.10-14)Leitor/a A: O Verbo estava no mun-do; o mundo foi feito por inter-médio dele, mas o mundo não oconheceu.

Leitor/a B: Em meio aos luminososdos enfeites e dos anúncios pu-blicitários, não percebemos a Tualuz no irmão e na irmã.

Todos/as: Perdoa-nos, Senhor.Leitor/a B: Em meio aos papaisnoéis, renas, duendes, anjos, bo-necos de neve... a personagemprincipal torna-se figurante nocenário comercial.

Todos/as: Perdoa-nos, Senhor.Leitor/a A: Ele veio para o que eraseu, e os seus não o receberam.

Leitor/a B: Em meio à agitação dascompras e festividades de fim deano, a Criança, mais uma vez, fi-ca com o tempo e o espaço quesobram em nossa agenda e emnossa casa.

Todos/as: Perdoa-nos, Senhor.Leitor/a B: Em meio à festa, às rou-pas novas, aos presentes e ami-gos deixamos de acolher a dádi-va que Deus quer nos dar.

Todos: Perdoe-nos, Senhor.Leitor/a B: Em meio aos que esque-cem e desconhecem a Jesus, faltaa nossa presença, anunciando elembrando que Cristo nasceu,está entre nós.

Todos/as: Perdoa-nos, Senhor. Eacolhe-nos com tua misericórdia.Queremos dar mais espaço paraTi em nossas vidas.

Silêncio para reflexãoDeclaração de perdãoPastor/a: Mas, a todos quantos o re-ceberam, deu-lhes o poder de se-rem chamados filhos de Deus, asaber, aos que crêem no seu no-me; os quais não nasceram dosangue, nem da vontade da car-ne, nem da vontade do homem,mas de Deus. E o Verbo se fezcarne e habitou entre nós, cheiode graça e de verdade, e vimossua glória, glória como do unigê-nito do Pai.

AGRADECEMOS OS PRESENTESQUE DEUS NOS DÁ

Litania de gratidãoLeitor/a C: Agradecemos a Deuspelo perdão, a misericórdia e areconciliação em Jesus Cristo.

Todos/as: Primeira estrofe e estribilhodo hino ‘A Nova do Evangelho’(HE – 5)

Leitor/a C: Deus nos presenteiacom suas dádivas. Que presentestemos recebido dele? (motivar acomunidade a responder e exporalguns motivos de gratidão, porexemplo: agradecemos a oportu-nidade do encontro em família,da amizade, da comunhão; agra-decemos a saúde, a força e a dis-posição para o trabalho)

Cântico Congregacional: ‘Natal’HE – 11

Leitor/a C: (cf. Sl 89, 1-4, 15-17,26 e 28) Cantaremos para sempreas Tuas misericórdias, ó Senhor;os nossos lábios proclamarão atodas as gerações a Tua fidelida-

Celebramos o Deus queescolhe estar entre nós

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de... Tu a confirmarás nos céus,dizendo:

Leitor/a A: Fiz aliança com o meupovo escolhido... para sempre es-tabelecerei a tua posteridade efirmarei o teu trono de geraçãoem geração.

Leitor/a C: Bem-aventurado o povoque conhece os vivas de júbilo,que anda, ó Senhor, na luz daTua presença.

Todos/as: Em Teu nome, de contí-nuo nos alegramos e na Tua jus-tiça nos exaltamos, porquanto Tués a glória de nossa força, no Teufavor avulta o nosso poder.

Leitor/a A: Ele me invocará, dizendo:Todas/as: Tu és o nosso Pai, nossoDeus e a rocha da nossa salvação.

Leitor/a A: Conservar-lhe-ei parasempre a minha graça e, firmecom ele, a minha aliança.

RECEBEMOS A ADOÇÃO DE DEUS

Aclamação da palavraResponso: Luz do Senhor [Taizé]Ó Luz do Senhor,Que vem sobre a terra,Inunda meu ser,Permanece em nós.

Leitura Bíblica: 1 João 4.9-15Mensagem

COMPARTILHAMOS O AMOR DE DEUS

CompromissoLeitor/a B: Estamos reunidos hojepara juntos partilhar da vida deDeus, Jesus Cristo. O Verbo estáentre nós! Reconhecemos sua

pessoa e abrimos o nosso cora-ção para que ele faça habitação.

Leitor/a C: O seu amor preenche onosso ser. Sentimo-nos felizes equeremos compartilhar com outraspessoas dessa alegria, dessa paz,desse pão, o Pão descido do céu.

Todos/as: Nós Te pedimos, Senhor,força e coragem para levar adian-te o Teu plano de Salvação. Sa-bemos que, em qualquer sinal devida, em qualquer sinal de amor,é Jesus que nasce, trazendo a es-perança de um mundo sem dor.Com nossa amizade, queremosrefletir a Tua luz. Com nossaconversa, desejamos proclamar asalvação. Com nosso carinho,queremos demonstrar o Teuamor. E com o nosso viver, noscomprometemos a anunciar aTua paz.

Momento de partilha dos pãezi-nhos doces entre a comu-nidade: Que o sabor desse ali-mento possa expressar a satis-fação do convívio mútuo.

BênçãoCântico Congregacional: ‘JesusNasceu’ HE – 12 (a comunidadepoderá cantar enquanto se saúda)

Orientações• Esta celebração, como o FestivaldeAdvento, deve envolver os di-versos segmentos da Igreja. Porisso, os conjuntos musicais po-dem participar e alguns dos hi-nos congregacionais podem sersubstituídos pela sua participa-

ção, desde que a música tenhasentido semelhante ao dos hinosindicados.• Os/as leitores/as podem ser ado-lescentes, crianças e adultos.• Providenciar um cesto ou tra-vessa com pãezinhos doces, quecomporá a decoração da mesa apartir da troca da toalha. Elesexpressarão a encarnação: Jesus,a presença concreta de Deus nahistória. Também cada unidadeserá partilhada em duplas. Elespoderão ser substituídos por do-ces ou biscoitos em tamanho su-ficiente para duas pessoas. E po-dem ser em forma de símboloscristãos ou natalinos como: cruz,peixe, estrela, coração. Nossasugestão é que seja doce.• Para uma celebração ao anoite-cer, não acender as luzes dotemplo ou acender o necessáriopara as pessoas procurarem as-sento.

Cristiane Capeleti Pereira,São Paulo, 3ª RE.

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I – “Glória a Deus nas alturas”(Lucas 2.14)

1. Preparação

2. Convite à Adoração:Dirigente: Quando Jesus nasceu, osanjos cantaram hinos de louvor eadoração: “Glória a Deus nas mai-ores alturas! E paz na terra às pes-soas a quem ele quer bem” (Lc2.14). Hoje, ao celebrarmos maisuma vez o nascimento de Cristo,juntamos a nossa voz àquele santocoro, e sonhamos com um mundonovo onde o amor é a lei supremae a paz, realidade.

Todos: Que todos os povos te ado-rem, ó Deus Eterno!Que todas as pessoas te louvem, óVerbo encarnado!Que haja paz na terra agora e parasempre! Amém!

3. Cântico: “Adoremos ao Senhor”– HE –8 ou o cântico abaixo:

“O Esperado” (J. C. Maraschin &Marcílio Oliveira Filho)

Vem Jesus, nossa esperança,nossas vidas libertar.Vem nascer em nós, criança,Vem o teu poder nos dar.

Vem, liberta os prisioneirosDa injustiça e da aflição.Vem, reúne os brasileirosEm amor e em compreensão.

Vem tecer um mundo novoNos caminhos da verdade.Para que afinal o povoViva em plena liberdade.

Vem, Jesus, abre o futuroDo teu reino de alegria.Vem, derruba o imenso muroQue separa a noite e o dia.

4. Oração de Adoração[espontânea]

II – “Não havia lugar para eles nahospedaria” (Lucas 2.7)

1. Convite à Confissão:Dirigente: José e Maria chegaram aBelém, cansados da viagem, enão encontraram abrigo. O Reidos reis nasceu numa humilde es-trebaria! Hoje a cena se repete.Cristo continua vindo a nós: nacriança abandonada, no jovem de-sorientado, no desempregado esuas angústias, no doente e suasdores, na consciência dos quebuscam a justiça e abraçam o seureino; nas diversas formas de co-municação da boa nova; porémnossa indiferença nos impede deacolhê-lo. Por isso, é preciso con-fessar a Deus as nossas faltas, es-pecialmente a nossa dificuldadeem reconhecê-lo entre os mais hu-mildes irmãos (cf. Mt25.40, 45).

2. Oração de Confissão silenciosa

3. Proclamação de Perdão: Colos-senses 3.12-14

Natal:a nova lei do amor

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III – “A minha alma engrandece oSenhor” (Lucas 1.46)

1. Cântico: “Natal” – HE – 11 ouNova Canção nº 4: “Dia de Festa”

2. Afirmação de Fé

CREIO em Jesus Cristo e no poderdo Evangelho que começou emBelém.

CREIO naquele cujo espírito glorifi-cou uma pequena aldeia e de cujavinda os pastores deram sinal, epara quem não havia lugar emmansão alguma.

CREIO naquele cuja vida mudou ocurso da História e a quem os reisda terra desprezaram e os homensorgulhosos não puderam compre-ender.

CREIO naquele a quem os pobres, osoprimidos, os tristes, os doentes,os cegos, os leprosos deram asboas-vindas e aceitaram como Se-nhor e Salvador.

CREIO naquele que, por meio doamor, mudou os corações dos ho-mens soberbos e malvados; quecom sua vida lhes mostrou que émais importante servir do que serservido e que a maior glória estáem dar a vida pelos demais.

CREIO na paz, que não é ausência deguerra, senão justiça entre os ho-mens e nações.

CREIO na reconciliação, no perdão eno poder transformador do Evan-gelho.

CREIO que o Deus-Conosco é forçae poder, e que este mundo pode setransformar se, com humildade ecom fé, nos ajoelharmos frente àmanjedoura de Belém e seguir-mos aquele que, por amor à hu-manidade, morreu na cruz.

CREIO que eu devo ser o primeiro afazer isto! AMÉM !

IV – “Os meus olhos já viram a Tuasalvação” (Lucas 2.30)

1. Leitura Bíblica: Lucas 2.25-35[ou outro texto à escolha do/a pre-gador/a]

2. MensagemO nascimento de Je-sus realiza a espe-rança dos pobresem Israel, os qua ispermaneceram fiéisao projeto de Deus.Ele inaugura ostempos messiânicose uma nova ordem so-cial baseada no amor ena justiça.

V – “Divulgaram o que selhes havia dito a respeitodeste menino” (Lucas 2.17)

1. Cântico: “Não há Amor Maior”[Canta-se com a melodia“Luar do Sertão”]

Não há, ó gente, ó não/ Amormaior que um Deus irmão! (bis)

Natal é festa de alegria incomparávelQuando Deus se faz palpável emJesus, o nosso irmãoPor isso todos irmanados na magiaDesta linda melodia,repitamos o refrão:

Há muitos tristes,solitários companheirosQue não vivem mais fagueirosporque ignoram este refrão.Que Deus em Cristonos liberta da tristezaNós, portanto, com firmeza,repetimos a canção.

Se estamos juntosnesta festa de alegria,Não esqueçamos todaviado sofrido nosso irmão,Faminto, nu, cansado,pobre, perseguido,

Que não pode ver sentidoquando ouve esta canção.

Para mostrarmos nosso amor,nossa amizade,Proclamemos de verdadetal sentido da canção:Temos um Pai que a todosama ternamente

E, ao nosso irmão carenteestendamos nossa mão.

2. Litania de Compromisso:A nova lei

[A pessoa que presidir esse momentopoderia ter em mãos a representa-ção simbólica de uma constitui-ção como, por exemplo, as tábuasda lei ou um pergaminho.]

Dirigente: Quando professamos, nomeio da luz santa de Natal, a en-carnação do Verbo Eterno, Jesusde Nazaré, cremos que Deus estátotalmente aqui. Por meio destaCriança, Deus disse definitiva-mente ao ser humano: “Eu oamo”. Mas Deus deseja que oNatal seja algo mais do que umasimples celebração. Por isso, con-vidamos os homens e as mulheresde boa vontade a viverem, desdejá, segundo a nova Constituiçãoinspirada pelo Natal de JesusCristo, em cujo Artigo Primeironós lemos:

Todos: É dever de todos promover apaz e uma vida mais humana.

Dirigente: Artigo Segundo:Leitor: O verdadeiro amor é gratuito,não busca unicamente seus pró-prios interesses e, sim, o bem dopróximo.

Dirigente: Artigo Terceiro:Leitora: O Natal não é comércio esimples troca de presentes, mas apresença de perdão e solidarieda-de na vida humana.

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Dirigente: Artigo Quarto:Criança: Natal é tempo de acreditarnas pequenas coisas e nascer denovo.

Dirigente: Artigo Quinto:Jovem: A partir da presente data ficaestipulado que nosso sorriso nãotem endereço certo; nossas mãosdevem carregar os mais fracos econduzir aqueles que tateiam noescuro; nossos pés, caminhar emdireção do outro para acolhê-lo;nossos olhos, enxergar a criançafaminta, o amigo angustiado, avelhice desamparada.

Todos: Ser sal e ser luz!Dirigente: Artigo Sexto:Leitor: Natal é Cristo fazendo nascerum coração novo em cada pessoa.

Todos:Aqueles que o acolhem são li-vres de preconceito e prepotência,de ganância e egoísmo. Vivemunidos na fé e no serviço.

Dirigente: Artigo Sétimo:Leitora: Fica decretado que ninguém

levantará a voz contra o seu pró-ximo somente porque ele ma-nifesta de forma diferente as suasconvicções e a sua fé. Ao con-trário, cada qual compreenderá es-sas diferenças como expressões di-versas do mesmo e único Espírito.

Dirigente: Artigo Oitavo:Jovem: O Natal marca o início deuma nova era na qual a fé, a espe-rança e o amor são os critérios bá-sicos para se construir um mundomelhor. Já não se aprenderá mais oofício da guerra nem haverá lem-brança da injustiça e da opressão.

Criança: Natal para todos com Cris-to: caminho, verdade e vida!

Dirigente: Artigo Nono:Todos: Fica estabelecido que o tempo

de Natal é o seguinte: de 24 de de-zembro a 24 de dezembro próximo.

Dirigente: Artigo Décimo:Todos: Esta Constituição entrará emvigor, a partir do momento emque as pessoas se dispuserem a

conhecê-la e a vivenciá-la. Faça-se cumprir e revoguem-se todasas disposições contrárias.

Todos: Feliz Natal! Hoje e sempre!

3. Oração Final

4. Bênção Apostólica

5. Poslúdio

José Carlos de Souza, 3ª REA “Afirmação de Fé” e a “Litania

de Compromisso” foram adap-tadas de recursos litúrgicos

preparados pela IgrejaMetodista em 1977.

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O objetivo desta celebração écompartilhar o verdadeiro significa-do do Natal.

ORIENTAÇÕES PARA ACELEBRAÇÃO DO NATAL

Colocar sobre o altar uma velabranca, como símbolo da luz de Cris-to. Em frente à vela, poderão ser co-locados três presentes, simbolizandoo ouro, o incenso e a mirra que os trêsmagos do Oriente ofertaram ao meni-no Jesus.Escolher alguém da igreja para

ser o narrador(a).Escolher duas crianças para de-

clamar os poemas.Escolher um grupo de vozes mas-

culinas, um grupo de vozes femini-nas, uma pessoa para solo feminino eoutra para o solo masculino.Escolher as crianças que vão en-

tregar os “anjos” para a comunidade.Preparar um cartaz ou lâmina pa-

ra o retroprojetor, com as partes dotexto que todos/as leram. Se quiser,faça cópias da celebração para todasas pessoas.

O QUE EU POSSO OFERTAR?(CELEBRAÇÃO)

LitaniaNarrador/a: Natal, época de grandecorreria e agitação. O que vamosdar de presente? O que vamosoferecer? O que vamos receber?Essas são as perguntas que ocu-pam nosso pensamento. Corremospara as lojas a fim de escolher

presentes... Nas lojas, os balconis-tas ficam à nossa disposição atétarde, para vender a mercadoriaque servirá de presente. Mas, oque realmente desejamos recebercomo presente de Natal?

Todos/as: Presente... presente... qualserá o meu presente?

Voz feminina: Uma sandália, um re-lógio, um anel, um medalhão...qual será o meu presente?

Narrador/a: A propaganda em re-vistas, jornais, rádio e televisãonão nos deixa esquecer o presen-te. Eis o que diz: (mostrar carta-zes contendo propagandas de re-vistas e jornais). Todavia, tudoisso não consegue sufocar o sig-nificado do Natal, pois o vemosexpresso nos votos de paz e fra-ternidade. Esses votos são refle-xos da maior de todas as dádivas:Jesus Cristo.

POEMA: NATAL

Neste Natal, lembre-se de Cristo,Neste Natal, lembre-se de união.Neste Natal, lembre-se de alegria,Neste Natal, lembre-se de paz.Lembre-se da humildade de José,Da paciência de Maria,Da estrela que brilhou,E de uma nova esperançaQue no mundo se plantou.Lembre-se de Jesus menino...Neste Natal, dê um novo sorriso,Enxugue uma lágrima,E dê um abraço fraterno.Neste Natal, dê uma palavra amiga:Fale do imenso amor de Deus,Que é eterno!

(Rosângela T. da Silva)

JOGRAL

Narrador/a: Naquele tempo, nãohavia os comerciais cantados pe-lo rádio e televisão para divulgara notícia da maior de todas as dá-divas. Havia somente o canto dosanjos.

Vozes masculinas: Havia, naquelamesma região, pastores que vivi-am nos campos e guardavam oseu rebanho durante as vigíliasda noite.

Vozes femininas: E um anjo do Se-nhor desceu onde eles estavam ea glória do Senhor brilhou ao re-dor deles e ficaram tomados degrande temor. O anjo, porém,lhes disse...

Solo feminino: Não temais. Eis quevos trago novas de grande ale-gria, que o será para todo o povo;é que hoje vos nasceu, na cidadede Davi, o Salvador, que é Cris-to, o Senhor. E isto vos serviráde sinal: encontrareis uma cri-ança envolta em faixas e deitadaem manjedoura.

Vozes masculinas: E, subitamente,apareceu com o anjo uma multi-dão da milícia celestial, louvandoa Deus e dizendo...

Todos/as: Glória a Deus nas maioresalturas e paz na terra entre os ho-mens, a quem ele quer bem.

Vozes masculinas: E ausentando-sedeles os anjos para o céu, diziamos pastores uns aos outros: Va-mos até Belém e vejamos os a-contecimentos que o Senhor nosdeu a conhecer.

Todos/as: Foram apressadamente...

Celebração de Natal:O que eu posso ofertar!?

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Solo feminino: E acharam Maria...Solo masculino: E José...Todos/as: E a criança deitada namanjedoura.

Narrador/a: Mas as vozes dos pas-tores não podiam relatar a todo omundo o acontecimento maravi-lhoso. Então contaram aos seusamigos e a notícia, transmitidaoralmente, não se espalhou comrapidez. Não havia telefone nemInternet, mas havia uma estrelaque foi notada por sábios, numaterra bem distante da Palestina. Ea estrela era um sinal, uma men-sagem ao mundo da dádiva deDeus. E foi assim que o mundochegou até o menino Cristo.

Todos/as: Tendo Jesus nascido emBelém da Judéia, nos dias do reiHerodes...

Vozes masculinas: Eis que vieramuns magos do Oriente e Jerusa-lém e perguntavam...

Solo masculino: Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus?

Solo feminino: Porque vimos a suaestrela no Oriente...

Solo masculino: E viemos para ado-rá-lo.

Vozes femininas: Tendo ouvido is-so, alarmou-se o rei Herodes e,com ele, toda Jerusalém; então,convocando todos os principaissacerdotes e escribas do povo,indagava deles onde o Cristo de-veria nascer. E responderameles...

Vozes masculinas: Em Belém daJudéia, porque assim está escritopor intermédio do profeta...

Solo masculino: E tu, Belém Efrata,não és de modo algum a menorentre as principais de Judá: por-que de ti sairá o Guia que há deapascentar o meu povo, Israel.

Vozes femininas: Com isso, Hero-des, tendo chamado secretamenteos magos, inquiriu deles comprecisão quanto ao tempo emque a estrela aparecera e envian-do-os a Belém, disse-lhes...

Solo masculino: Ide informar-voscuidadosamente a respeito domenino e, quando o tiverdes en-

contrado, avisai-me, para eu tam-bém ir adorá-lo.

Vozes femininas: E eis que a estrelaque viram no Oriente os prece-dia, até que chegando, parou so-bre onde estava o menino. E ven-do eles a estrela...

Todos/as: Alegraram-se com grandee intenso júbilo.

Vozes femininas: Entrando na casa,viram o menino com Maria, suamãe...

Vozes masculinas: Prostrando-se,adoraram.

Vozes femininas: E, abrindo os seustesouros, entregaram-lhe suasofertas...

Solo masculino: Ouro...Solo feminino: Incenso...Solo masculino: Mirra.Narrador/a: E é isso somente que anarrativa das Escrituras nos dá aconhecer a respeito desses ho-mens. Mas surgiu uma lenda queafirma que um era negro, outromoreno e outro branco. O que háde mais importante nessa históriaé o fato de que cada dádiva temum significado simbólico. O ou-ro, símbolo de riqueza e poder,foi dado a esse rei que não pos-suía coroa.

Todos/as: Podemos, hoje mesmo,dar esse presente e reconhecerCristo como nosso senhor e rei?

Narrador/a: Incenso, símbolo delouvor e culto, foi ofertado aoDeus encarnado.

Todos/as: Podemos, hoje mesmo,dar esse presente e reconhecerque Cristo é o Deus encarnado?

Narrador/a: Mirra, símbolo demorte e sepultura, foi dado a esseperfeito sacrifício.

Todos/as: Podemos, hoje mesmo, decoração agradecido, ofereceresse presente a Deus, nossoredentor?

Narrador/a: Talvez seja difícil en-tregar dádivas tão caras comoouro, incenso e mirra, mas cadaum de nós deve estar pronto aresponder a Cristo com a dádivade nosso amor. Qual vai ser opresente que oferecerá a Cristo?

RECEITA PARA SE FAZER UM NATAL

Tomar um grupo de irmãos

Ligados pela mesma fé

Unidos numa única esperança

Juntar Cristo a eles

Deixar fermentar

Até nascer a pessoa nova

Servir evangelicamente

A quem tem fome e sede de justiça

A CANTORIA DOS ANJOS

No escuro da noite, só o silênciohavia.Dormiam carneiros juntos aos pas-tores.Brilhavam estrelas, como de cos-tumePassavam as horas, era quase dia.Quando, de repente, o céu se abriuCores, anjos, sons, música divinapara anunciar a nova: o Filho deDeusnasceu pequenino epobrezinho numa estrebariaTudo se fez novo, nada é maisigualnem escuro, nem silêncio.Eis a novidade:glória a Deus nas alturas,paz na terra entre nós.O menino envolto em panosé a nossa alegria.

(Extraído de “Natal, a ameaça de

um menino pobre”. Frei Beto,

Vozes, 1978)

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REFLEXÕES

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127Lembro-me dos meus momentos

de infância e início de juventude,quando recebia, na Igreja MetodistaCentral de São Paulo, todo o carinho,atenção, amor e orientação dos queri-dos professores e professoras da Es-cola Dominical. Tais fatos muito con-tribuíram para o fortalecimento daminha formação, no caminho dos va-lores cristãos e auto-estima. Louvoao Senhor por aqueles professores eprofessoras.

A Escola Dominical exerce papelde grande influência na vida de seusalunos e alunas, especialmente na for-mação das crianças, juvenis e jovens.Nesse processo de ensino, utilizamos,além da Bíblia, vários recursos: revis-tas, oração, métodos e meios didáticos,instrumentos tecnológicos e outros.Todavia, o mais importante deles é afigura do professor e da professora.

Creio que a Escola Dominical éum instrumento divino na formação eeducação das pessoas, em sua totali-dade. Seus alunos e alunas, com suaspotencialidades, desafios, contrastes,realidades e necessidades, são o nos-so objetivo maior.

Em Tito 2, nos versículos 11 e se-guintes, afirma-se que a ‘graça divinase manifesta salvadora a todas as pes-soas, educando-nos... para vivermosno presente século de forma justa,sensata e piedosa, e para aguardar-mos a bendita esperança da volta doSenhor Jesus’. O texto nos mostraque a graça divina é educadora. Por-tanto, todos os professores e profes-soras são instrumentos dessa graça.

Temos afirmado nesses últimosanos a importância dos Dons e Minis-

térios. O Ministério do Ensino é umdos mais significativos dentro doCorpo de Cristo. Paulo, em Romanos12.2-7, afirma: ‘o que ensina, esmere-se no fazê-lo’. Jesus, no decorrer deseu ministério, exerceu o papel demestre na maior parte do tempo.

Na Igreja Primitiva, a preocupa-ção com a formação dos novos con-vertidos e com a capacitação paraparticipar da Missão estava entre asprioridades. No Antigo Testamento,uma das responsabilidade mais im-portantes no lar e, a seguir, na sinago-ga, era a educação e formação dasnovas gerações.

Como Igreja Metodista, por meioda Coordenação Nacional de AçãoDocente, procuramos não apenas ‘re-viver’ os belos anos da Escola Domi-nical, mas torná-los uma nova reali-dade para os nossos dias. Buscandoalcançar essa meta, vocês – professo-res, professoras, coordenadores e co-ordenadoras da área docente – sãopessoas significativas, importantes efundamentais nesse processo.

Este boletim é mais um instrumen-to para ajudá-los a desenvolver umministério fundamental para a vida decada aluno e aluna e para a Igreja.

Recebam a nossa gratidão pela de-dicação de suas vidas ao Ministério doEnsino. Nossa oração para que o Se-nhor continue a sustentá-los/as e ins-pirá-los/as.

Com o nosso reconhecimento,gratidão e carinho, o amigo, irmão epastor,

Nelson Luiz Campos LeiteBispo honorário da Igreja Metodista

Professores e professoras,fundamentais no processo

de aprendizagem

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Há muita motivação para recriar aEscola Dominical como o espaço im-portante de ensino, que acontece coma participação de todos/as.

• Porque é o lugar, por excelên-cia, das crianças, dos jovens e dasmulheres.

• Porque é o lugar apropriado pa-ra a igreja, com a comunidade, estu-dar e aprender em comunhão.

• Para acreditar que a vida é umprocesso de buscar junto o conheci-mento de Deus, do seu reino, das Es-crituras, mediado pelo mundo.

• Para buscar alternativas comunsde solidariedade em atos concretos deamor ao próximo.

A ESCOLA DOMINICALÉ LUGAR DE PARTICIPAÇÃOE CRESCIMENTO

É aí que os homens, as mulheres,as crianças, os jovens e os adolescen-tes vão desenvolver formas de ex-pressar, explicar, questionar, avaliar ereforçar a capacidade de buscar mu-danças. O Ministério do Ensino pro-move a capacidade de autocrítica erenovação.

Quem vai à Escola Dominical paraaprender, e quem vai para ensinar, par-ticipa do estudo, da reflexão e ajuda aapontar as mudanças necessárias.

Recriar a ED é continuar:• proporcionando aos leigos e às

leigas uma leitura da Bíblia que leveem conta o contexto histórico, a reali-dade de vida, bem como a dimensão doinsondável que deve permear a busca eo crescimento pessoal e comunitário;

• preparando pessoas para a tarefaespecífica da educação cristã.

Recriar a Escola Dominical é in-cluir a participação de leigos e leigasna elaboração do currículo e na pro-dução de materiais.

A produção do material para a Es-cola Dominical deve ser realizada co-letivamente. O trabalho feito em ofi-cinas permite que os conteúdos sejamelaborados e avaliados por pessoasque vivem deferentes experiências devida, na casa, na rua e nos diferentesministérios da igreja. É aí, também,que surgem novas sugestões para en-riquecer e orientar o processo de en-sino e aprendizagem.

Prepare a Escola Dominical desua igreja para o novo milênio!

O papel da coordenação da Esco-la Dominical é:

• Organizar bem o departamentoda Escola Dominical;

• Chamar o pastor/a, os/as profes-sores/as e os membros do Ministériodo Ensino para uma reunião de ava-liação e planejamento:

• Estabelecer metas com a partici-pação de todos e de todas;

• Elaborar uma programação in-cluindo:

a) cursos de formação para os/asprofessores/as, com conteúdobíblico, pedagógico e de rela-ções humanas;

b) organização da biblioteca daEscola Dominical.

• Estudar as propostas das revistasproduzidas para a Escola Dominical epreparar, em equipe, os recursos ne-cessários para o bom desenvolvimen-to dos estudos.

• Observar cuidadosamente o ca-lendário litúrgico, as datas das festase celebrações de nossa Igreja e pro-gramar as comemorações, planejandobem as aberturas e os encerramentosda Escola Dominical.

Lúcia Leiga de Oliveira, 4ª RE

Recriar a EscolaDominical donovo milênio

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Ensinar ou aprender: o que é maisimportante? Tomara que você encontrea resposta ao final desta reflexão. Pracomeçar, é claro, é preciso que a gentedefina o que uma e outra coisa são.

ENSINAR.VOCÊ JÁ PENSOU NISSO?

Sinal: é um indicativo de algo.Luz vermelha no trânsito: sinal deque é preciso parar. Não se pode co-locar o carro em movimento. Mas overmelho nem sempre significou(signi + ficar = tornar-se um signo,um sinal!) isso. Alguém, no passado,determinou que o vermelho deveriaser sinal de parar; o amarelo, de pres-tar atenção; o verde, de seguir.

Quando as autoridades inventaramisso, foi preciso que as demais pessoas

entendessem e aceitassem (“apren-dessem”) essa determinação; tiveramque ensinar isso ao povo. Só que paracomunicar essas idéias, elas tiveramque usar palavras, desenhos, símbolos.Isto é, tiveram que usar outros sinais jáconhecidos. Tiveram que “en + sinar”,ou seja, colocar e apresentar sinais quetransformassem os pensamentos emformas comunicáveis.

Quando você quer ensinar a umaluno ou aluna uma idéia, você tam-bém usa sinais: palavras, desenhos,traços, gestos. Quando Jesus Cristodisse: “Ide... e ensinando...” era issomesmo que ele queria dizer. Ele mes-mo usava sinais para comunicar aboa-nova do amor de Deus: discursos,gestos, atitudes, parábolas, exemplose curas (no Evangelho de João, porexemplo, seus milagres são semprechamados de “sinais”).

Como você vê, ensinar é muito im-portante! Há pessoas que pensam queninguém ensina nada a outra pessoa.Essa não parece ser a opinião de Jesus.Ele ensinava e mandava ensinar.

É claro que se pode ensinar de vá-

rias formas. Pode-se ensinar bem; po-de-se ensinar mal (é o que diferenciaum professor ou professora inteligen-te de outro ou outra deficiente). Pode-se planejar o que se vai ensinar. Ounão. A eficiência de um ensino pla-nejado geralmente é maior do que ade um não planejado.

Quem planeja o que vai ensinar de-ve fazer a si mesmo várias perguntas:

• A quem vou ensinar? (Quais assuas características? O que prova-velmente já sabem? Estão interes-sados em aprender o que vou en-sinar? Têm maturidade suficientepara entender o que vou ensinar?)• O que desejo ensinar realmente?Que idéias? Que atitudes? Quesentimentos? Quais os meus obje-tivos?• Como pretendo ensinar? O quedevo dar? Em que ordem devo en-sinar? O que deve vir primeiro? Deque recursos ou materiais vou pre-cisar? (Só de palavras? Do quadro-de-giz? Gravuras? Um texto para opessoal ler? Uma projeção? Umvídeo?) Ou seja, que sinais vouusar para ensinar?Mas será possível ensinar sem

planejar? Evidentemente. Ensinamosem todo o tempo, com nosso modode agir, com nosso jeito de ser. Semque prestemos atenção a isso, nossosgestos, nossos trejeitos, e até nossomodo de vestir e de nos comportartransmitem significados. Por exem-plo, não é preciso que digamos às cri-anças: “As pessoas devem ser pacien-tes”. Nosso próprio comportamentopaciente ensina esse tipo de compor-tamento. Sem que o percebamos, va-mos ensinando. E atenção: tanto oque é bom quanto o que é mau. Quecurto circuito deve dar na cabeça dacriança quando alguém que a ensina a

Este texto deve ser utilizadopara estudo com professores e pro-fessoras de todas as classes deEscola Dominical.

Ensinar?! Aprender?!

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ser meiga e carinhosa é, na verdade,uma pessoa áspera e ríspida?

APRENDER: CONTRAPARTIDA DOENSINAR

Temos que considerar também ooutro lado do ensinar: o aprender.Um é (ou deve ser!) o resultado dooutro. Aprendemos o que nos seduzou nos interessa. Aprendemos o queestá ao nosso alcance (quem nuncaaprendeu aritmética não pode apren-der álgebra!). Aprendemos quandorepetimos alguma coisa ou experiên-cia, uma ou várias vezes. Aprende-mos quando podemos relacionar oque está sendo ensinado (conscienteou inconscientemente) com algumacoisa que já observamos ou já havía-mos aprendido anteriormente (isto é,quando elaboramos a experiência).

Aprendemos melhor as idéiasquando elas vêm “embrulhadas” emsinais que nos sejam compreensíveis(uma pessoa, por mais inteligente queseja, não pode aprender uma verdade,por mais importante que seja, se estafor comunicada numa língua que apessoa não domine). Aprendemostambém, de modo mais completo efácil, quando o ambiente ao nosso re-dor colabora para esse aprendizado,criando as condições ideais para queisso se dê.

Como se vê, para se aprender al-go, é preciso preencher uma série decondições importantes. Muitas vezes,os pais dizem: “Esse menino nãoaprende nada!”. A razão é que as con-dições para o aprendizado geralmentenão foram preenchidas. Enquanto nãoo forem, o aprendizado não ocorre.

É preciso que as pessoas tambémaprendam a partir da própria experi-ência, e não apenas do que outras lheensinam. A capacidade de observar,de relacionar uma coisa com a outra,de induzir, de deduzir, de tirar con-clusões, de sentir, de se emocionar,tudo isso são fatores que levam aspessoas a aprender. É claro que, se aspessoas partem de pressuposiçõesfalsas, aprendem também idéias fal-sas ou atitudes equivocadas.

Uma vez, Jesus disse aos discípu-los que deviam tomar cuidado com ofermento dos fariseus e dos saduceus

(Mt 6). Como eles haviam se esque-cido de levar comida na viagem quefaziam, pensaram que Jesus estavafalando de fermento comum, usadopara a fabricação do pão. Foi precisoque o Mestre lhes ensinasse que nãose tratava disso, mas sim das idéiaserrôneas que os fariseus proclama-vam. Custaram a aprender isso porquepartiram de pressuposições falsas.

Vale a pena lembrar que podemosaprender várias coisas: idéias, hábitose costumes; sentimentos; a fé. Oaprendizado de cada uma dessas coi-sas depende de fatores diferentes.Uma idéia se aprende pelo ouvir, pormeio de uma ilustração, pelo memo-rizar. Hábitos e costumes são apren-didos pela imitação, pela vivência emmeio a uma comunidade (família,igreja, vizinhança). Os sentimentos,além disso, são aprendidos pelo com-partilhar dos sentimentos dos outros.Também assim é a fé. A fé é algo quese aprende no meio dos seres huma-nos com os quais a gente vive. Umacomunidade de fé gera fé nos outros.

Ao mesmo tempo, é preciso sem-pre verificar se aquilo que se ensinaestá sendo realmente assimilado(aprendido) pelo outro, a quem se es-tá ensinando. Se isso não acontece, otrabalho é vão. Não é para desanimar,evidentemente. Algumas vezes, apessoa só aprende algo muitos anosdepois de o ter recebido. Só apósmuito tempo é que ela se torna capazde fazer as associações de uma coisacom a outra. Vale dizer, de aprenderrealmente (muitas vezes isso só ocor-re depois da morte de quem ensinou).

Que o digam os filhos e filhas aose recordar de certas coisas que ospais já falecidos lhes tentaram ensi-nar! O certo, porém, é que quantomais rapidamente uma verdade éaprendida, tanto mais prontamenteela se torna significativa para oaprendiz. E a velocidade do aprendi-zado depende, de modo geral, da efi-ciência do ensino.

ENSINAR... APRENDER...

Não devemos imaginar que o pro-cesso de ensinar termina em si mes-mo. Tampouco o de aprender. Nossavida é um processo circular, em que

estamos todos sempre ensinando esempre aprendendo. Aprender é acontrapartida do ensinar. E vice-ver-sa. Hebreus 5.8 diz que o próprio Je-sus aprendeu a obediência. É precisoque cada pessoa que ensina estejaconstantemente aberta para aprender.É a abertura para o aprendizado quecapacita a pessoa a ser ensinadora.

Como você vê, é difícil dizer oque é mais importante: ensinar ouaprender. Podemos dizer que ambossão importantíssimos. Quem procuradesenvolver o ministério do ensino naIgreja precisa ter isso bem claro. En-sinar do melhor modo, da maneiramais eficiente possível. Proporcionarà outra pessoa as melhores condiçõespara aprender. E, sobretudo, estarsempre pronto para aprender.

Sérgio Marcus Pinto Lopes

SUGESTÕES PARA MELHORAPROVEITAMENTO DESTETEXTO:

Ler o texto individualmente.Reunir-se com outras pessoas

que também exercem o ministériodo ensino e ler o texto em conjun-to (em voz alta).

Tomar cada uma das afir-mações ou cada um dos parágrafosem separado, e comentar o que lheparecer mais importante em cadatrecho.

Perguntar, em relação a cadatrecho destacado: De que modoisso se relaciona com o meu tra-balho na igreja? Com o programade estudos na Escola Dominical?Com o ambiente local em queestamos trabalhando?

Anotar todas essas idéias emuma folha de papel; tirar cópias edistribuir a todos os participantes(e a outros professores e professo-ras ausentes).

Compartilhar uma cópia com opastor ou pastora, se ele ou ela nãoparticipou da reunião.

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131A espiritualidade de uma comuni-

dade só pode se desenvolver se for re-servado um espaço para o estudo bí-blico teológico. Uma característica dometodismo nascente foi exatamenteesta: estudar. Os primeiros metodistasreservavam tempo para estudo de te-mas bíblicos e religiosos. Um dessesespaços resultou na Escola Do-minical.

Todo estudo valioso não pode sermeramente intelectual – ele precisaser prático, atrativo, envolvente, ser-viçal. Os cristãos estudavam em ou-tros momentos para, na Escola Domi-nical, transmitirem o aprendido.

No Brasil, mais especificamente,a Escola Dominical foi o grande ins-trumento de crescimento da Igreja.Grande parte das pessoas que se tor-naram metodistas o fizeram pormeio dela. A Escola Dominical éuma importante agência de ensinoda Igreja. No contexto dos dons eministérios, ela vem se reformulan-do, para melhor atender às necessi-dades da Igreja.

A ESCOLA DOMINICALE A EDUCAÇÃO CRISTA

A Escola Dominical é um dosmeios pelos quais a igreja cumpre asua tarefa educativa. “Educação Cris-tã” é um processo dinâmico para atransformação, libertação e capacita-ção da pessoa e da comunidade. Elase dá na caminhada da fé e se desen-volve no confronto da realidade his-tórica com o Reino de Deus, numcomprometimento com a missão deDeus no mundo, sob a ação do Es-

pírito Santo, que revela Jesus Cristosegundo as Escrituras.

A Escola Dominical cumpre seupapel na formação espiritual dos meto-distas na medida em que também con-segue realizar esse objetivo. Por isso,para a existência da Escola Dominical,se impõe a presença de professores/asbem qualificados/as e sistematicamen-te preparados/as, tanto pessoalmentecomo por cursos. O/a professor/a temque entender o Reino de Deus, a pes-soa e o seu mundo para poder orientara classe de Escola Dominical.

Na Escola Dominical, cada pes-soa tem que confrontar sua vida e seumundo com o Reino. Esse confrontotem que levar a mudanças profundas.Quem vai à Escola Dominical e con-tinua o/a mesmo/a, perdeu seu tem-po, pois nele/a não penetrou o evan-gelho. O evangelho nos leva a mudarde pensamentos e atitudes.

A Escola Dominical perde sua ri-queza quando os/as alunos/as partici-pam dela não para aprender, mas paramanter o costume. Há alunos/as queestão na Escola Dominical sempre,sem mudar nada, nem no pensamen-to nem nas atitudes.

A ESCOLA DOMINICALE A PROMOÇÃO DO REINO

A Escola Dominical perde sua ri-queza quando seus/suas professores/asdirigem sua classe sem se preparar ade-quadamente, sem fazer cursos de aper-feiçoamento, sem fazer leituras com-plementares, sem buscar novas práticasde vida, sem acreditar que por meio de-la estão participando de uma revolução

A Escola Dominicale a formação espiritualdo/da metodista

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que visa a promover o Reino de Deus.Para que a Escola Dominical

cumpra o seu objetivo na formaçãoespiritual dos metodistas, ela precisatrabalhar bem a questão da espiritua-lidade. A Escola Dominical é a agên-cia da Igreja para que o povo meto-dista participe da construção do Rei-no de Deus, que é a justiça. Assim, aEscola Dominical é uma das agênciasda Igreja que motiva, prepara para oexercício dos ministérios e desafiapara a missão.

Formar espírito comunitário é umgrande desafio da Escola Dominical.Nossos/as alunos/as ouviram e conti-nuam ouvindo instruções de condutamuito diferentes da pregação do Rei-no de Deus.

O mundo ensina: Leve vantagem!Cuide da sua vida! Primeiro eu! Ca-da um que se vire! Dê um jeitinho esaia ganhando! Bem sucedido équem se promove, chega na frente,sai vencedor.

O anúncio do Reino diz: Presteserviço. Somos responsáveis pelo/airmão/ã. Primeiro o mais necessitado.Juntos caminhamos melhor. Respeitea dignidade das outras pessoas. Agrande vitória é tornar o mundo me-lhor para todos e todas.

ATIVIDADES CONCRETASQUE ENCAMINHAMÀ VIVÊNCIA COMUNITÁRIA

Estimular as experiências queproporcionem sentimento de per-tencer à coletividade.

Promover campanhas de preser-vação do que pertence à comunidade(rua, telefone público, jardins). Cui-dar para que a campanha não se esgo-te num período de tempo, mas leve auma atitude tão permanente quantopossível.

Debater (dramatizar, questionar)as conseqüências das diversas postu-ras individualistas que deixam as pes-soas transformar este mundo numpalco de relações agressivas.

Aproveitar as atividades de dinâ-mica de grupo (jogos de equipe, corri-das de revezamento, dança folclórica)para fazer sentir a importância do tra-balho de conjunto, da lealdade entre osparticipantes, da cooperação mútua.

Colocar o/a aluno/a em contatocom pessoas da comunidade das quaiseles e elas dependem e com as quaisprecisam ter relações de fraternidade erespeito.

Envolver toda a turma na solida-riedade e levar cada aluno/a a consi-derar o benefício da turma antes deagir.

Criar, na medida do possível, me-canismos que permitam participarativamente do que diz respeito à Es-cola Dominical (grêmios, jornal es-colar, centros de civismo, comissõesde festa).

Fazer descobrir a diversidade detalentos, mostrando como as “dife-renças” formam um conjunto.

Cuidar para que cada aluno/a co-loque seus dons a serviço dos/as ou-tros/as e aprenda a valorizar os/as co-legas em vez de entrar num processocompetitivo.

Estimular no/a aluno/a o interessepelo que acontece na comunidade, dobairro ao país, conforme a idade, aju-dando-o/a a fazer um julgamento críti-co dos fatos em vista do bem comum

Texto extraído e adaptado dapublicação “Cadernos da Religião”,

Instituto Teológico João Wesley,2ª RE

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A Páscoa é uma festa religiosamuito conhecida e celebrada nas di-versas comunidades cristãs do mun-do. No calendário litúrgico da IgrejaMetodista, assim como no de outrasigrejas, essa festa tem caráter especi-al e toda uma estação (ou tempo) li-túrgica de celebrações e reflexões.

Páscoa – do hebraico pessach –significa passagem. Relatos do Anti-go Testamento contam que, original-mente, essa festa judaica era celebra-da no dia 15 de Nisan, lembrando asaída do Egito (Êx 12.1-15). Come-morada em família, era uma espéciede catequese dramatizada que (re)-lembrava os acontecimentos no Egitoe a libertação do povo de Deus da es-

cravidão. Toda a família participavadessa dramatização, que passava paraos mais novos a história e a fé dos an-tepassados.

Jesus também celebrou a Páscoacom sua família. Depois de ser mortoe sepultado, ele ressuscitou no pri-meiro dia da semana, durante o perío-do em que era celebrada a Páscoa ju-daica. A partir de então, a festa assu-miu o caráter de passagem da mortepara a vida. É o sinal da ressurreiçãodo Messias e esperança de ressurrei-ção para os seres humanos.

O cristianismo fixou o dia da ce-lebração da Páscoa na segunda meta-de do século I. Até hoje, ela é come-morada no primeiro domingo depois

da primeira lua cheia que segue oequinócio de outono (no ocidente). Éa festa principal do ano litúrgico e dacelebração dominical.

Celebrar a Páscoa tem caráter deanamnese – recordação do que foifeito. É celebrar a gratidão pela provade amor que Deus nos deu, e trazeraté nós a presença mística do Cristoressuscitado. Celebramos porque sen-timos saudades; saudades da presençaconcreta do Cristo em nosso meio. Aosentir saudades, sentimos a ausênciade quem amamos. Ao celebrar aPáscoa, o ausente se faz presente.

Fernando César PaulinoAna Claudia Figueroa

Na Páscoa, sentimos saudades:celebramos o Cristo ressurreto

Páscoa significa passagem, traves-sia, caminhada, salto. Deus, no Egito,livrou os primogênitos israelitas damorte, por meio do sangue derramadosobre as portas de suas casas. Depois,livrou o povo da opressão do Faraó eda própria descrença e desânimo.Deus atravessou as dificuldades como povo, caminhou com ele. Por isso,eternamente, os israelitas co-memorarão a liberdade e a nova vida.

Na Ceia da Páscoa, que Jesus ce-lebrou horas antes de ser preso pelossoldados em Jerusalém, há váriossímbolos da vida do povo. Come-se opão sem fermento, pão da pobreza,para lembrar a pobreza do povo noEgito. A pobreza está à nossa porta esobre as mesas da gente brasileira,aumentando entre a população empo-

brecida pelas injustiças sociais. Co-me-se a erva amarga, para lembrar aescravidão, quando a vida é amarga esem esperança. Come-se, também, umpedaço de carne para lembrar o cor-deiro, cujo sangue salvou os primo-gênitos no Egito. E, nas cerimônias,lembra-se de Jerusalém, reconstruída eindivisível, símbolo da graça de Deusna criação da unidade da vida. Recor-da-se, também, do Messias, prometidopara ser sinal da salvação de todo omundo. As orações têm como temacentral a questão da liberdade.

Jesus, nosso Mestre e Salvador,chega para cumprir todos os sinais esímbolos. Na sua vida, cumprem-seas cerimônias. As cerimônias trans-formam-se em práticas de vida paratodos os que crêem.

Ele é o cordeiro sem pecado. Eletraz luz à vida, como a primavera trazluz à vida, à natureza. Ele é tentadono deserto pelas forças violentas deSatanás e resiste. Ele é o representan-te da pobreza, pois muitas vezes nãotinha onde reclinar a cabeça. Ele pro-vou o amargor do fel na cruz. Ele ofe-receu, como cordeiro, luz, vida, seucorpo e seu sangue, a fim de conquis-tar, para nós, a nova vida! Jesus, defato, transforma em vida prática to-dos os símbolos de Israel, garantindoa continuidade da Historia da Salva-ção. Aleluia!

O Senhor, de fato, ressuscitou eencontra-se no meio de nós, em todosos lugares. Aleluia!

(Transcrito do Expositor Cristão)

A mensagem da Páscoa

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O Brasil é um país enorme. Suaextensão territorial comporta os maisdiferentes aspectos de clima, vegeta-ção e raças.

Com relação à sobrevivência dospovos indígenas, devemos zelar poralgumas questões básicas:

• reconhecemos que a América,antes da chegada dos europeus,foi espaço de desenvolvimentode diversas civilizações;

• a América foi, também, cenáriode um dos mais sangrentos pro-cessos de conquista, que causouo genocídio de povos inteiros e adestruição de muitas culturas. NoBrasil, havia mais de 5 milhõesde índios no ano de 1500 d.C.Hoje são em torno de 300 mil;

• todo esse processo foi acompa-nhado e legitimado pela omis-são das Igrejas Cristãs e, infeliz-mente, em muitos casos, comparticipação delas.

Por isso é importante a consciên-cia de que cada povo é sujeito e pro-tagonista de sua história. Afirmar estaautodeterminação dos povos indíge-nas, no entanto, implica em entendera necessidade da garantia da posse daterra a eles. A terra é garantia de ali-mentação, saúde, alegria, celebração,

memória das lutas de resistência e es-perança dos povos indígenas. Lutarpela terra é lutar pela vida pessoal ecomunitária e por um futuro com dig-nidade.

Nas últimas décadas, os detento-res do poder econômico e político in-vestiram na desarticulação dos povosindígenas, no sentido de dominá-los edesapropriá-los de seus direitos, as-sim como negam-se a demarcar e ga-rantir o pleno usufruto das terras. De-vemos ter cuidado para não reprodu-zir essa mentalidade, muitas vezesapoiada pelos meios de comunicaçãoe por nós mesmos, num processo dereprodução de idéias fruto de nossafalta de conhecimento do assunto.

A riqueza inigualável dos recur-sos naturais de nosso país, que pormilhares de anos serviu de fonte dealimento e garantia de vida a cente-nas de povos nativos, hoje não so-mente se desconhece seu valor, comoestá submetida a um processo siste-mático e contínuo de depredação. Ariqueza das culturas indígenas denosso país manifesta em sistemas devida, nos valores, na medicina, na ali-mentação, na arte e na música, na his-tória, na organização do espaço, nãosomente tem sido ignorada, mas tam-

bém combatida até o extermínio.Aos metodistas, que devem estar

comprometidos com a vida e a digni-dade humana, é fundamental desen-volver o conhecimento da questão in-dígena começando por estabelecermaior interesse pelas próprias mis-sões metodistas e pelas reflexões eatitudes que promovam a convivênciapacífica, com dignidade para todos.

CONHECENDO MELHORA MISSÃO METODISTAENTRE OS POVOS INDÍGENAS

Você sabia que a Igreja Metodistapossui uma palavra oficial sobre aquestão indigenista? É um documentoque se chama Diretrizes Pastorais pa-ra aAçãoMissionária Indigenista. Po-is bem, solicite à Sede Geral da Igrejauma cópia, caso você não o conheça.

Basicamente, nós, metodistas,afirmamos que, como criação divina,todas as pessoas têm direito à vida, esomos chamados para preservar todacriação, ou seja, cuidar com amor einteligência de tudo que há na terra.João Wesley, certa vez, declarou queos “indígenas” tinham vida maisexemplar que os próprios “cristãos”;

Conhecendo melhora questão indígena

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ele inspirava-se na atitude dos povosque conheceu em relação a toda obracriada por Deus. A prática de Wesleyera de respeito ao próximo dentro dasdiferentes culturas, na intenção de quetodos tives sem direito à vida plena.

A Igreja Metodista no Brasil as-sume o compromisso de organizarseu esforço ministerial e os meios deque dispõe para que a sociedade co-mo um todo conheça, respeite, valo-rize e defenda a diversidade dos re-cursos naturais e do sistema ecológi-co brasileiro e a diversidade das for-mas culturais dos indígenas. Re-conhece que esta é uma atitude emdefesa da vida e, como tal, um com-promisso de todos os filhos e filhasdo Deus da vida. A riqueza de cadaum dos povos é um patrimônio da hu-manidade e lugar de onde a sabedoriado Espírito de Deus manifesta-se.Pois “o cultuar a Deus se completa nooferecimento da vida em atos deamor e justiça (Ef 6.10-20; Dt 6.4-9;Sl 15)”: Cânones da Igreja Metodista,Plano para a vida e missão da Igreja,item 1, p. 15.

Reconhecendo o desafio da causados povos indígenas, principalmenteem restituir a eles a dignidade de po-vos livres, possuidores de uma riquezacultural singular, fazemo-nos presen-tes, em missão de solidariedade, juntoa vários grupos indígenas no Brasil:Macuxi, RR; Kanamari, AM; Kaiowá/ Terena, MS; Tremembé, CE;Pankararu, Krenak, MG; Pataxó, MG;Guarani / Tupiniquim, ES; Suruí,Cinta Larga e Apuriná, RO; Zuruahá,AM. Precisamos conhecer a históriados povos indígenas para que haja ver-dadeiro respeito por eles e para pôrfim ao preconceito e desrespeito aosindígenas, para que o reino de Deuspossa ser vivido por todos os povos.

Sugestões de atividades a desen-volver na Escola Dominical para co-nhecer e atuar na questão indígena

ATIVIDADES COM CRIANÇAS

• comparar o que as crianças sa-bem sobre os povos indígenas e oseu dia-a-dia em termos de: ali-mentação, vestuário, escola, a-prendizagem, brincadeiras, habi-

tação, hábitos em grupos, jeito deser criança. A atividade pode serrealizada oralmente ou por es-crito;

• convidar alguém para falar sobreo jeito de viver e de se organizarde algum povo indígena (pe-quena palestra dialogada). Darpreferência, quando possível,para que os próprios indígenas ofaçam;

• escolher uma receita de um pra-to indígena. Fazer de modo queenvolva todo o grupo nos dife-rentes passos (pesquisa, cópia dareceita, trazer ingredientes, fazera comida, comer);

• ver quem, no grupo, já teve con-tato com indígenas. Conversarsobre a experiência;

• fazer pesquisa para ver se al-guém do grupo é indígena ou temraízes indígenas.A pesquisa podeser ampliada para espaços maio-res (escola, comunidade, mu-nicípio...) e trabalhada no sentidode se valorizar esta cultura.

ATIVIDADES COM JUVENIS,JOVENS E ADULTOS

• realizar estudo sobre as heran-ças culturais que recebemos dosindígenas (na agricultura, religi-ão, alimentação, habitação);

• conhecer diferentes organiza-ções indígenas (ver de onde são,localizando no mapa, estudarquem faz parte e quais são as pri-oridades destas organizações);

• analisar a importância dos povosindígenas para preservação danatureza;

• fazer exercício conjunto, dialo-gando sobre como viviam os po-vos indígenas, como vivem atual-mente e como, na opinião do gru-po, viverão num futuro ainda pró-ximo. Ver qual é o compromissode cada componente do grupo;

• levar reflexões e conclusões pa-ra um grupo maior (toda igreja);

• ler e estudar em grupo o docu-mento Diretrizes Pastorais paraa Ação Missionária Indigenista;

• escrever uma carta de apoio e en-viar para uma organização indíge-na ou um dos projetos missionári-

os da Igreja com povos indígenas.

RECEITAS

Pão de Mandioca

Ingredientes:1/2 kg de mandioca cozida em

água e sal, amassada, 2 tabletes defermento para pão, 10 colheres desopa de açúcar, 1 colher de sopa desal, 3 ovos, 1 1/2 kg de farinha detrigo (aproximadamente), 1/2 litro deágua mornaPreparo: Coloque numa vasilha

os tabletes de fermento com a águamorna. Junte o açúcar, o sal e osovos. Misture tudo e deixe descansarpor 10 minutos.

Acrescente a mandioca e misturebem. Deixe descansar por mais 10minutos.

Vá acrescentando a farinha de tri-go aos poucos, amassando bem, atéque a massa não grude mais na mão.Pegue uma bolinha pequena da massae coloque num copo com água.Quando a bolinha boiar na água, amassa estará pronta para ser amassa-da e, em seguida, enrolar os pães.

Coloque os pães na fôrma e deixecrescer num lugar seco e mais quente(o tempo para crescer vai dependerdo clima: se estiver muito quente elacrescerá mais rápido, se estiver maisfrio, demorará para crescer).

Leve ao forno para assar (aproxi-madamente 40 minutos).

Bolo de Fubá do Tipo Pudim

Ingredientes:• 1 xícara e ½ de fubá, 4 ovos, 1 co-

lher de manteiga, 3 xícaras de açúcar, 4xícaras de leite, 1 pires de queijo rala-do, 1 colher de fermento “Royal”Preparo: Bater no liquidificador

todos os ingredientes.Assar em forno quente.

Texto base preparado para aVigília Nacional em 1996, porAna Cláudia Figueroa, Zeni deLima Soares, Meyre Machado eadaptado para o Recriar por

Lúcia Leiga de Oliveira

Page 130: Melhor do Recriar a Escola Dominical

136O ano de 1999 anuncia os feste-

jos dos 500 anos de Brasil. Fes-tejar? Festejar o quê? A chegadados europeus às terras dos povosnativos e milenares que aqui ha-bitavam? Festejar o genocídio co-metido contra os povos e as culturasque aqui viviam? Festejar o saborda vitória dos que chegaram comarmas de fogo, famintos de ouro,sobre os que habitavam esta terra,livres e sãos?

OLHANDO A REALIDADE DOSPOVOS INDÍGENAS DO BRASIL

“Ao longo dos últimos cinco sé-culos, os povos indígenas perderampaulatinamente suas terras para asfrentes de expansão colonizadora. Aperda da terra, o contato com doençasaté então desconhecidas, a escravidãoe o envolvimento nas guerras de con-quistas – malefícios embutidos noprojeto de civilização e cristianização

desses povos – impuseram um sis-tema de opressão que levou a maio-ria dos povos ao extermínio.

É difícil precisar dados demográfi-cos sobre os povos indígenas no pe-ríodo pré-colonial e colonial. Estima-seque, em 1500, existiam no territóriobrasileiro cerca de 700 povos, com-pondo uma população de 5 a 10 mi-lhões. Hoje, existem cerca de duas cen-tenas de povos, perfazendo uma po-pulação de cerca de 300 mil pessoas.

Semana dosPovos Indígenas

Uma reflexão de fé a partir dos povos indígenas do Brasil

Page 131: Melhor do Recriar a Escola Dominical

137

À primeira vista, esses númerosindicam um processo de acentuadoextermínio. Entretanto, no início dadécada de 1960, estima-se que a po-pulação indígena era composta ape-nas por cerca de 70 mil, e que, a par-tir de então, vários povos como osGuarani, Kaingang, Tikuna e outrosiniciaram um processo de recupera-ção demográfica.

A recuperação demográfica de-monstra que estes povos são parte donosso presente e serão nossos parceirosno futuro. Para vários povos de contatomais antigo com a sociedade colonial,as últimas três décadas constituemimportante período de recuperaçãodemográfica e reafirmação étnica. Maspara outros tantos povos, significarama continuidade do extermínio, pois foinesse período que sentiram mais inten-samente o impacto dos grandes proje-tos de desenvolvimento e das frentes decolonização do Centro Oeste e Nortedo Brasil. A situação entre um povoindígena e outro, quanto ao direito deposse e uso da terra, varia consi-deravelmente. Na região norte do país,

há vários casos de grupos que lograrama demarcação de terras contínuas e emextensão suficiente para a sua reprodu-ção física e cultural, conforme prevê aConstituição Brasileira. Nessa mesmaregião, muitos povos ainda não tiveramsuas terras demarcadas e grande partedelas está sendo questionada na justiçaou foi invadida por posseiros, madei-reiras ou mineradoras.

Nas regiões Nordeste, CentroOeste e Sul, a situação é ainda maisgrave. Existem muitos povos que for-mam hoje legiões de “sem-terras”, vi-vem confinados em pequenas áreas,insuficientes para a realização de suaspráticas tradicionais”.Texto elaborado por Levi Mar-

ques Pereira, na Consulta ‘IgrejaMetodista e a questão da terra’, rea-lizado em Lins, 16-18 outubro/98. Le-vi é membro da Igreja Metodista eatualmente está em Campinas, SP,concluindo seu mestrado em Antro-pologia.

Genilma BoehlerPastoral da UniversidadeMetodista de São Paulo

TEXTO PARAMEDITAÇÃO

Marcos 7.24-30A mulher siro-fenícia

O texto de Marcos7.24-30 relata o aconteci-mento de uma mulher es-trangeira. Por ser mulhere por ser estrangeira, elaera marginalizada. Sua re-ligião, não conhecemos.Com certeza não era ju-dia. Mas, ela creu em Je-sus a partir de uma situa-ção de sofrimento (sua fi-

lha estava enferma, possessa...). Co-mo o texto da mulher siro-fenícia po-de nos ajudar a pensar a situação dospovos indígenas hoje? Qual foi a ati-tude de Jesus com relação a esta mu-lher? Qual deve ser nossa atitude comrelação aos povos indígenas hoje,considerando sua situação de diferen-ça (cultural, lingüística e econômi-ca)? A Igreja Metodista desenvolvetrabalhos indigenistas junto aos po-vos: Kaiowá (MS), Kanamari (RO),Krenak (MG), Tremembé (CE), Tupi-niki/guarani (ES).

Você conhece o documento da I-greja Metodista: “Diretrizes pastoraispara a ação missionária indigenista?”Vale a pena lê-lo.

Em 1787, João Wesley comentoucom seu amigo Francis Asbury, atra-vés de uma carta, sua preocupaçãocom os índios das Américas: para eleera “desconcertante que talvez não ti-vesse sobrevivido nem 1% desses ín-dios e com a negligência evangelísti-ca entre os mesmos” (Reily, Duncan,Uma pequena história de contatosevangélicos).

Page 132: Melhor do Recriar a Escola Dominical

138A família também está em crise.

Como todos os outros agrupamentossociais, a família é afetada pelas ten-sões, problemas e situações adversasdos tempos modernos.

Faz um bom tempo que vivemosnum mundo de mudanças. Os últimoscinqüenta anos têm sido de transfor-mações em todos os setores e níveisda vida. Houve grandes alterações,quebra de valores considerados imu-táveis. Essas mudanças atingiram avida das pessoas, das famílias e de to-da a sociedade.

A crise – como já temos noção –significa que há vida na pessoa e nasociedade. Crise não é sinal de morte.Ela indica que algo está errado, tra-zendo perigo à pessoa, à família e àsociedade. Todavia, não é somenteisso. Ao mesmo tempo

em que a crise indica perigo, ela tam-bém aponta oportunidades.

Quando vivemos a crise de formaadequada, conseguindo interpretar osseus componentes, enfrentando comsabedoria a sua realidade e usando osrecursos da graça divina, ela torna-seuma oportunidade de transformação.Há crescimento, amadurecimento eaperfeiçoamento, resultantes da crise.

Assim acontece com a família nosdias de hoje. Há muitos fatores queproduzem crise na vida e nos relacio-namentos familiares. A família de ho-je é bem diferenciada daquelas dopassado. Os lugares e papéis das pes-soas mudaram. As condições econô-micas e sociais levaram a família atomar novas formas.

O homem e a mulher passaram aocupar lugares e papéis diferentes dosanteriores. A criança, o jovem, o anci-ão passam a ter necessidades reconhe-cidas e específicas, exigindo novas ati-tudes e comportamentos para com eles.Há grande influência dos meios de co-municação no lar e na vida. Devido àsnecessidades econômico-financeiras, ohomem e a mulher têm dedicado maiortempo para o trabalho do que para a fa-mília. Os momentos de vivência e co-munhão na vida familiar têm diminuí-do devido a esse e outros fatores. Háquebra de valores e princípios conside-rados sagrados. Alguns novos têm sur-gido, mas o pior é quando nada ocupao lugar daquilo que nos foi tirado. O larcristão é afetado também. Crise nãosignifica dissolução da família, mas

mudança, transformação.

A famíliaestá em crise?

Page 133: Melhor do Recriar a Escola Dominical

139A Palavra de Deus, a presença da

graça de Cristo, a vivência da comu-nidade da fé nos auxiliam não só aperceber os sinais de crise, mas a ava-liá-los e a superá-los, numa reformu-lação e readaptação da vida familiar.Os textos bíblicos orientam-nos tantono que diz respeito à família comoum todo, como também nos relacio-namentos familiares.

A IGREJA E A FAMÍLIA

A Bíblia nos afirma que a família,com Jesus, amplia-se. Há uma famí-lia maior: “todos os que fazem a suavontade”. A Igreja é vista como umafamília de Deus, na qual todos/as sãofilhos/as de Deus, do mesmo Pai, etêm Jesus como o “irmão maior”.Não somente a Igreja é vista como fa-mília, mas toda a humanidade.

A Igreja Metodista afirma que afamília “expressa as exigências fun-damentais da criação divina” (CredoSocial, cap. 5, n.º 6). A família é cri-ação divina para a comunhão do seupovo e de toda a sociedade.

Consideramos o núcleo familiarparte do propósito divino para o serhumano e a sociedade. Reconhece-mos que a família está sujeita a trans-formações. Temos que analisar ecompreender essas transformações,para poder orientar e ajudar a famíliaa se readaptar e cumprir suas funçõesnos dias de hoje.

Cremos que a família não estánum processo de dissolução, massim, de transformação. Compreendere aceitar esse fato, à luz da Palavra deDeus, de sua revelação natural e his-

tórica e à luz da realidade humanapessoal e social são tarefas da Igreja.

Como Igreja, o que nos cabe nãoé retornar a um estilo de família tradi-cional, mas sim, analisar, dentro darealidade atual, a vivência familiar eajudar a família em todos os seus re-lacionamentos, à luz dos valores eprincípios do Reino de Deus.

EM CRISE, MAS NÃOEM EXTINÇÃO

Como cristãos, vemos a famíliacomo uma “criação divina”. Ela nãoestá em extinção, mas em transforma-ção. Temos fundamentos bíblicos ecristãos que nos orientam no sentidode reavaliar a vivência familiar e le-vá-la não somente a readaptar-se aosdias de hoje, mas a ser um elementode grande importância e valor para asociedade e a Igreja.

Os textos bíblicos nos falam datransformação do modelo familiar ede como Deus nos usa nesse proces-so. Não é apenas a mudança do mo-delo familiar, mas dos relacionamen-tos na vida das pessoas que vivem nolar. A graça divina, o perdão, o amore a consideração do valor das pessoase suas necessidades são fundamentaisno aprimoramento dos relacionamen-tos no lar.

O apóstolo Paulo nos diz: “Não te-

nha cada um em vista o que é propria-mente seu, senão também cada qual oque é dos outros” (Fp 2.4). Essesforam a atitude e o sentimento de Je-sus. Esse princípio deve nos levar a va-lorizar e a enriquecer o relacionamen-to entre as pessoas que vivem num lar.Qualquer que seja o lar – pai, mãe, fi-lhos, irmãos; mãe, filhos; pai, filhos;avós, tios, sobrinhos; irmãos e avós;lares bem diferenciados e não uni-formes – ele é afetado pela palavradivina e enriquecido pela graça deCristo. Gálatas 6.2 nos guia a “levaros fardos uns dos outros”. Todos coo-peram em mutualidade, ajudando unsaos outros, a fim de que a família sejaaperfeiçoada em seu relacionamento,transformação, mas não extinta.

Cumpre-nos reconhecer que a su-peração da crise atual da família im-plica também agir de forma criativa edinâmica em tudo aquilo que tem afe-tado a vivência familiar.

A Igreja, visando à “unidade”, de-ve atuar tanto na família como naprópria sociedade, sendo um instru-mento de comunhão, reconciliação eamor, como também um veículo detransformação social, nos termos doReino de Deus.

Texto extraído da revista ‘Viver emFamília’, publicado para aEscola Dominical em 1994

Page 134: Melhor do Recriar a Escola Dominical

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A unidade, a comunhão cristã só épossível quando Cristo está no cen-tro. Quando Cristo não está no centroa discórdia reina entre as pessoas.São tantos pontos de vista, tantos va-lores, cada um querendo se imporsobre os demais... Sem a unidade queCristo oferece, o máximo que o serhumano pode conseguir são as conci-liações provisórias, tréguas precárias,consensos aparentes e escamotea-dores. Sem Cristo reina a inimizadeentre Deus e os homens e entre ho-mens e homens. “Cristo é a nossapaz” diz a epístola (Ef 2,14). SemCristo não conheceríamos a Deus,não poderíamos invocá-lo nem vir aele. Sem Cristo não re/conhecería-mos no outro o irmão e nem pode-ríamos ir ter com ele. Sem Cristo ocaminho continuaria bloqueado.Cristo desobstruiu o caminho deacesso a Deus e ao irmão e é por issoque devemos valorizar a comunhão.

O outro que vive ao meu lado émeu irmão por causa do que JesusCristo fez por nós dois. O ponto emcomum que nos une é o ato redentor deJesus Cristo. O outro se me tornou um

irmão na medida em que, como eu,também aceitou o sacrifício feito porJesus. É Cristo quem toma as nossasmãos e as enlaça solenemente,declarando que somos irmãos e quefazemos parte da grande família deDeus, nosso Pai. Este ritual solene érealizado por Cristo, e a mim não me édada nenhuma oportunidade de es-colha. Não posso, em hipótese alguma,dizer se aceito ou não o outro comomeu irmão. O sacrifício de Jesus Cristoalcançou este irmão da mesma formaque alcançou a mim. O irmão que viveao meu lado na comunidade cristã éalguém que, como eu, também foi re-dimido, justificado, chamado à fé e àvida eterna por Cristo. A base da nossacomunhão não consiste no que somoscomo cristãos e nem na qualidade oumodelo de nossa vida espiritual.

A base da nossa fraternidade édeterminada unicamente por aquiloque Cristo fez por nós dois. Cristo es-colheu a mim e a ele. Nada possoargumentar contra essa escolha.Minha tarefa é amar e cuidar deste ir-mão, mesmo que, e principalmentepor isso, ele venha a representar para

mim um grande fardo. Esta é a minhatarefa: amar e guardar o meu irmão.Quando o Senhor nos perguntar arespeito do paradeiro do nosso irmão,não poderemos responder comoCaím, que disse: “Acaso sou eu guar-dador, responsável pelo meu irmão?”(Gn 4.9). Nossa resposta deve seresta: “Amamos e guardamos nossosirmãos porque passamos da mortepara a vida” (1 Jo 3.14).

A unidade acontece quando os ca-minhos que levam a Deus e ao irmãoestão desobstruídos. É isso o que dizo poeta: “Procurei a Deus e nãoachei, procurei o meu irmão e nosencontramos a nós três.” Trata-se deum itinerário recheado de grati-dão/reconhecimento. Reconheço quea unidade que estou ajudando a cons-truir nasceu a partir de um determina-do gesto de amor feito por JesusCristo. Reconheço essa iniciativa deamor e reconheço também que estareisempre em dívida, e para saldá-la sóme resta proclamar que eu e meuirmão devemos ser um em Cristo.

José Carlos Barbosa, 5ª RE

Unidade Cristã

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DOS NOMES

No mais antigo calendário bíblicode festividades, a Festa das Semanasestá relacionada com a segunda cele-bração (Êx 23, 14-17; 34.18-23). Naverdade, essa festa tem vários nomes:

Festa das Semanas, porque eracomemorada durante um período desete semanas, cujo começo se davacom a colheita da cevada e o término,com a do trigo.

Festa da Colheita ou Sega, porqueestava ligada à colheita dos grãos, ce-vada e trigo.

Dia das Primícias ou PrimeirosFrutos, porque fazia parte dessa festaa oferta voluntária dos primeiros fru-tos a Deus.

Contudo, o nome mais populardessa festa veio a ser Pentecostes. Erauma festa originalmente agrícola.Portanto, todos seus rituais estavamligados a motivos agrícolas. Primiti-vamente, toda a cerimônia era reali-zada no campo. Posteriormente, foilevada para os lugares de culto. A Bí-blia não revela a ordem do culto, masa cerimônia começava com a peregri-nação do povo para o local da festa.Ao contrário da Páscoa, que era umafesta caseira, a Festa da Colheita con-stituía-se numa autêntica assembléiado povo de Deus.

PRINCIPAIS MOTIVOS DA FESTA

Diferentemente da cerimônia daPáscoa, a Festa da Colheita (das Se-manas ou Pentecostes) não tinha oobjetivo de lembrar a história passa-da, isto é, os grandes feitos de Deusem favor do povo, salvando-o do po-

der de Faraó. Primitivamente, essafunção de lembrar e reafirmar queDeus libertou e continuava libertandoseu povo ocorria durante a Páscoa.Entretanto, isso não quer dizer que aFesta das Colheitas era neutra, semsignificado para a fé. Eis alguns dosmotivos que ela possuía:Aprendizado para a fraternidade

– Lendo toda a legislação que regula-va o ritual da Festa da Colheita, pode-mos concluir que a comunidade isra-elita só tinha a se fortalecer e crescer,como povo, ao participar dessa “san-ta convocação”. O regulamento dafesta promovia a união entre os traba-lhadores – israelitas, servos e estran-geiros.Aprendizado para o compromisso –

Como comunidade, o povo aprendia aser responsável com o próximo, e nãosomente com os irmãos de sangue.Aprendizado para o repartir –

Primitivamente, o povo de Deus viviasob regulamentos que não lhe cau-savam tristezas. O regulamento daFesta das Colheitas orientava o povoa oferecer o excedente de sua pro-dução de cevada e de trigo ao Senhore à comunidade. A pedagogia dessalei possuía grande sabedoria, poisformava um povo dentro de prin-cípios de igualdade social.Aprendizado para a gratidão –

Ao agradecer a Deus pelo dom da ter-ra para plantar e morar, o povo des-cobria sua dependência dos favoresdivinos. É bom dizer que a terra, parao povo, significava a vida, o prazer ea emoção que emanavam da bondadede Deus. Por isso, a Bíblia instrui opovo para que não venda a terra, nem

abandone o seu Deus (Lv 25.23; Êx20.3).

CONCLUINDO

O povo de Deus, quando agrade-cia pelos dons da terra e reforçava seucompromisso com aquele que lhe deutoda essa possibilidade de vida abun-dante, tinha em mente o ciclo da vida:semente, terra, água, sol, fruto e ga-rantia da renovação da vida em formade semente. Restavam aos crentes du-as opções: trabalho e obediência.

Os grupos de agricultores partiamde diferentes partes do país, em longascaminhadas, para o local da festa,acompanhados por cânticos e sons deinstrumentos de corda, sopro e percus-são. Sob o domínio grego, o povo deDeus deixou de falar hebraico. A Fes-ta da Colheita, então, recebeu o nomede Pentecostes, que quer dizer “cin-qüentas dias depois” da Páscoa. Daí, apreferência pelo uso desse nome noNovo Testamento.

A importância da celebração des-sa festa para os cristãos se deve aoevento relatado no livro de Atos dosApóstolos, capítulo 2: a descida doEspírito Santo sobre os discípulos, odom das línguas, o discurso do após-tolo Pedro e a formação da igrejacristã. Segundo o livro de Atos dosApóstolos, esse evento, ocorrido naFesta do Pentecostes, marca o nasci-mento da Igreja.

Tércio Machado Siqueira,professor de Antigo Testamento

na Faculdade de Teologia

Festa das Semanasou Pentecostes

(uma visão desde o Antigo Testamento)

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A ecologia é, tradicionalmente,compreendida como o estudo das re-lações dos seres vivos com o seu am-biente natural; mas ela trata tambémda destruição que o ser humano temprovocado na natureza. Este segundoaspecto está muito ligado à econo-mia, que estuda a ação humana naprodução e consumo de riquezas.

O desenvolvimento sustentável

A Terra, nossa casa5 de Junho • Dia do Meio Ambiente

Sugestão de Atividades paraserem desenvolvidas sobre otema Meio Ambiente

1) Desenvolva trabalho emgrupos usando recortes de jornais,revistas ou matérias abordadas emprogramas de TV sobre o mundo,as belezas naturais, as riquezas e opotencial da terra, enfatizando aresponsabilidade do ser humano,como parceiro de Deus, na manu-tenção e desenvolvimento destenosso universo.

2) Faça um mutirão de limpe-za na propriedade da igreja ou vi-zinhança, com a participação dosalunos e de seus familiares, apro-veitando a oportunidade paraconscientizar a comunidade sobrea importância da coleta e da reci-clagem do lixo.

3) Promova uma campanha deplantio de árvores ou plantas deco-rativas nas praças ou locais pú-blicos de sua comunidade. Apro-veite o tema para refletir com osalunos sobre as riquezas naturaisdo nosso país e sobre a impor-tância de preservá-las, identifican-do com eles formas concretas defazê-lo.

4) Confeccione, com os alunos,cestas para coleta de lixo para to-das as salas da ED, usando materi-al reciclável: latas, caixotes, etc.

5) Peça às crianças que tragammudas de plantas e organize comelas um canteiro ou pequeno jar-dim nas dependências da igreja.

tenta harmonizar o crescimento eco-nômico com a preservação dos bensnaturais. A Terra, que recebemos co-mo dádiva de Deus, foi a casa dosnossos antepassados, é a nossa casa eserá, certamente, dos nossos descen-dentes. Não pode ser tratada comopropriedade, como posse egoísta,mas como lugar que nos foi entreguepara dela cuidarmos e passarmos àspróximas gerações. Se todo o mundohabitado, ou seja, o ecumene, deci-disse ou pudesse adotar os padrões deconsumo e desperdício dos países ri-cos e dos ricos de nosso país, a natu-reza seria rapidamente destruída.

Em Gênesis 2.15, nossos pais re-ceberam a missão de “cultivar e guar-dar” esse jardim, missão esta extensi-va a todos nós. Tal responsabilidadedeve ser exercida com amor, para quenossos filhos recebam uma Terra commenos males. Romanos 8.19-23 reve-la que a criação está corrompida, mas“geme e suporta angústias até agora”aguardando a redenção, ou seja, a im-plantação plena do reino de Deus,tarefa que temos o privilégio derealizar como agentes e obreiros doSenhor Jesus Cristo, até que ele vol-te, quando fará “novas todas as coi-sas... novo céu e nova terra” (Apoca-

lipse 21.1-5).Seres humanos e natureza são

partes da criação de Deus, portantosemelhantes neste sentido. À sombrado cristianismo desenvolveram-se ci-vilizações nas quais o homem temusado a natureza como objeto de con-sumo, sem atribuir-lhe o valor que elatem em si mesma. Na Amazônia,“uma página inédita e contemporâ-nea do Gênesis”, o homem entrou co-mo um “intruso impertinente”, comodisse Euclides da Cunha. Através deprojetos desastrados, temos acompa-nhado a destruição da natureza, porexemplo, com a construção de barra-gens que provocam graves desastresecológicos e destruição de nações in-dígenas inteiras, simplesmente paragarantir a produção de alumínio e açopara os países ricos. Além dessas per-das, tais projetos formam parte subs-tancial da dívida externa brasileira.Como sensibilizar o povo metodistano Brasil, nos Estados Unidos, na Eu-ropa, enfim, no mundo habitado, parasair da omissão e cumprir sua respon-sabilidade como guardião da obra deDeus? Está lançado o desafio!

Saulo Baptista,Igreja Metodista em Belém,PA

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Saindo do útero materno, comoque desembarcando no planeta Terra,a criança inicia seu processo de fazer-se um ser humano. Chega com estu-pendo potencial genético biológico,mas não sabendo basicamente nada.Claro! Ela possui sistemas de vidaque não controla: respiração, circula-ção sangüínea, digestão e tanto mais.Mas ela ainda não sabe andar, falar,ver com precisão, utilizar símbolosmatemáticos, usar o dinheiro, locali-zar a China no globo terrestre. Comoherança, veio com a capacidade de su-gar (o seio materno que lhe oferece oprecioso líquido ou o próprio dedo) ede agarrar com sua mão algum objetoque for depositado sobre ela. Quantoao mais, tudo terá que ser aprendido,num encadeamento de estágios que sesucedem e se interpenetram.

No livro ‘Construtivismo’ (Edito-ra Moderna, 1995), Jiron Matui re-lembra-nos o exemplo do MeninoSelvagem deAveyron (França, 1799),encontrado na floresta: com apa-rência rude, cabelos desgrenhados,fugindo desesperadamente e tentandosubir numa árvore; não falava. Tra-zido ao convívio da civilização e es-tando sob a guarda e orientação deum médico, apresentava dificuldadesde percepção, de noções de distância,profundidade, solidez.

Esse exemplo nos relembra quenão nascemos acabadamente humanos,mas com potencialidades para nos

tornarmos, no social, seres humanos.Os animais nascem portadores de

mais capacidades, mas com os limi-tes de sua existência enormementedefinidos. Por exemplo: o joão-de-barro conseguirá construir sua gra-ciosa morada sem ter ido a uma esco-la e aprendido lições de cálculos deengenharia. Porém, ele sempre serájoão-de-barro. Não terá a oportunida-de de aprender com o pica-pau novashabilidades e, assim, optar por mudarseu estilo de vida e residência.

A criança, que nasceu sabendonada, terá opções, dentro dos limitesde sua herança biológica e da alimen-tação que lhe for proporcionada, bemcomo dos espaços de influência cul-tural nos quais conviver. A criançaaprenderá, decidirá a partir do quelhe foi proporcionado e das oportuni-dades que a organização social lheconceder. Como participante de umgrupo sócio-econômico, estará cerca-da de contingências limitadoras. Mas,com os potenciais que possui pararealizar-se como ser humano, terá umuniverso à sua frente, tendo muito oque saber e aprender. Essa imensa di-mensão de abertura formadora é oque ressaltamos agora.

Para que a criança se humanize,destaca-se a importância da família,das escolas, dos grupos sociais, dascompanhias com as quais convive, dacomunidade em que reside, das leitu-ras que pode fazer. No mundo atual,entra aqui também a relevância doque a criança vê na televisão, um po-deroso meio de informação. E, nomundo atualíssimo, passou a tergrande relevância se essa criança vai

poder, desde o mais cedo possível, fa-miliarizar-se com computadores, poisisso terá influência em sua criativida-de, estudos, aprendizados, capacita-ção profissional, comunicação compessoas e com o mundo.

Importa-nos aqui destacar o papelque a comunidade-igreja tem a exercerpara que as crianças (e jovens, e adul-tos) possam se auto-construir como“gente”, humanamente. Jesus Cristodeclarou que veio para que tenhamos“vida, a vida em plenitude” (Jo 10.10).Cristo nos possibilita aprendizagens.Aprendemos pelos caminhos da fé etambém mediante o uso da razão queelabora reflexões, examina tudo eretém o que é bom (1Ts 5.21).

Jesus nos proporciona aprendiza-gens que nos capacitam como pesso-as que (aí, sim!) irão espelhar a “ima-gem e semelhança de Deus” (Gn1.27), um potencial que recebemoscomo preciosa herança do Criador.Potencial que precisa ser nutrido comaprendizagens ao longo de cada diada vida. Aprendizagens que a Igrejatem, como missão, de patrocinar: “In-do... fazei discípulos de todas as na-ções... ensinando-os”. Isto é, ofereceia todas as idades, culturas, talentos, ca-pacidades, desejos, as muitas oportuni-dades de aprendizagens. “E estou con-vosco todos os dias” (Mt 28.18-20).

A comunidade-igreja, comopedagoga, possibilita uma diversi-dade de aprendizagens quando:

Proporciona conhecimentos (dehistória, doutrina, leitura e interpreta-ção bíblicas).

Permite a expressão artística(cânticos, festas, poesias, uso de ins-

Este texto deve ser utilizadopara estudo com professores e pro-fessoras de todas as classes de ED.

Humano sim,pelo caminho das aprendizagens

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trumentos musicais, dramatização,pintura, fotografia).

Reúne pessoas em equipe e as faztrabalhar em grupo.

Oferece espaço para debates demo-cráticos ao elaborar planos de trabalho.

Chama as pessoas para uma vidana Ética do Espírito Santo, produzin-do seus frutos e exercendo seus dons.

Exercita a mentalidade jurídica ea busca de justiça por meio da elabo-ração e respeito às leis eclesiásticas.

Promove a solidariedade ao apoi-

ar causas beneficentes e socorrer pes-soas em momentos de infortúnio.

Envolve-se com os clamores emovimentos sociais em suas lutas porvida melhor e com dignidade.

Aprendizagens não acontecemsomente por meio de aulas, mas pelotestemunho de vidas e nas diversasrealizações da comunidade.

Em cada época e local, as igrejasdedicam-se a suprir as maiores e maisurgentes necessidades de aprendiza-gens, da infância à terceira idade. Sem

dúvida, a Igreja é, pode, deve ser,excelente espaço de aprendizagens,colaborando na construção do, sempree ainda, inacabado ser humano.

“Ainda não se manifestou o quehaveremos de ser” (1Jo 3.2).

Helerson Bastos Rodrigues, 3ª RE

3º DOMINGO DE SETEMBRO

O jornalista inglês Robert Raikes,pensando nas crianças que viviamnas ruas de sua cidade, Gloucester,organizou, em 1780, escolas de civis-mo e de religião nas ruas, praças e emsalas cedidas por seus amigos. Poste-riormente, algumas salas de templosforam cedidas para esse fim.

Os maiores vultos da Igreja, dentreos quais, João Wesley, tiveram umavisão clara do futuro da Escola Do-minical e o apoiaram. O próprio Wes-ley havia criado algumas escolas paraas crianças pobres. Uma metodista,Anna Ball, fundou a primeira EscolaDominical metodista. Foi em 1769,onze anos antes de Robert Raikes.

Quatro anos após sua fundação, aEscola Dominical congregava 240mil alunos e alunas em diversas cida-des e 400 mil em 1811.

Francis Asbury foi o fundador daprimeira Escola Dominical daAmérica do Norte.

No Brasil, o rev. Justin Spaulding,enviado como primeiro missionáriometodista para o Rio de Janeiro, em1836, organizou a primeira EscolaDominical em nosso país.

A Escola Dominical é a institui-ção mais importante da Igreja Meto-dista para a educação cristã de seusmembros. São mais de 1.150 escolasem todo o Brasil, com cerca de 80mil alunos e alunas, 5.500 profes-sores e professoras. As crianças,juvenis, jovens, adultos e adultas têmrevistas com lições adequadas aosseus interesses e necessidades.

Numa Igreja de Dons e Ministéri-os, a Escola Dominical deve ser capa-citadora de seus membros, para queeles possam ser “comunidade mis-sionária a serviço do povo”.

A Igreja ministerial precisa bus-car novas propostas para a EducaçãoCristã. Todos e todas devem partici-par das discussões sobre esse papelda Escola Dominical.

Relembrar,Refletir e Recriar

Dia da Escola Dominical

Page 139: Melhor do Recriar a Escola Dominical

145

A sexualidade, segundo a Organi-zação Mundial de Saúde, é “umaenergia que nos leva a procurar afeto,contato, prazer, ternura e intimidade.A sexualidade influencia nossos pen-samentos, sentimentos, ações e inte-rações e, como tal, influi na nossasaúde física e mental.”

A sexualidade é uma dimensão im-portante da pessoa e faz parte de nós,desde que nascemos até morrermos.

O comportamento sexual, ou seja,a forma como se exerce esta sexuali-dade varia de acordo com cada faseda vida: infância, adolescência, idadeadulta e terceira idade.

Este comportamento tem uma ba-se biológica, mas é aprendido ao lon-go do tempo, através das pessoascom os quais se convive (pais, profes-sores, profissionais de saúde, etc...).Todos educam, sejade forma or-

ganizada, intencional (como nas esco-las), seja de forma incidental, não in-tencional, como a exercida pelos pais,igrejas, meios de comunicação, etc.

A vivência da nossa sexualidade éinfluenciada por diversos fatores, en-tre os quais:

• a forma como as pessoas com asquais convivemos na infânciaencaram a sexualidade, se têmatitudes positivas frente a ela ouse a consideram algo sujo e pe-caminoso.

• os relacionamentos com os paise outras pessoas significativas,que nos tenham (ou não) ensina-do a confiança básica, a afetivi-dade e a expressão de sentimen-tos, necessários para nossa capa-cidade de confiar e estabelecervínculos afetivos.

EDUCAÇÃO SEXUAL

A educação é pre-ocupação de diversossetores e favorece umconhecimento sobrea sexualidade huma-na, através de infor-mações claras, objeti-vas e completas nas

áreas biológica, psíqui-ca e social, e também a

aquisição de atitudes po-sitivas e comportamento de

responsabilidade. A educaçãosexual previne risco de gravidez

indesejada, doenças sexualmentetransmissíveis (a AIDS em especial)e os abusos sexuais.

Valores como compreensão, res-peito, auto-estima (saber quando di-

zer sim e não), cuidado consigo e como/a outro/a nos permitem desenvolveras habilidades para uma prática sexu-al saudável, segura e responsável.

O PAPEL DA IGREJA

A igreja tem condições favoráveisde criar, nos seus espaços pedagógicos(encontros societários, congressos, en-contros com casais e famílias, EscolaDominical), oportunidade para que aspessoas expressem seus sentimentos,dúvidas e preocupações, refletindo erecebendo informações sobre as ques-tões relativas à sexualidade.

A Escola Dominical é o espaço ide-al para se trabalhar atitudes de igualda-de, respeito, comunicação, afetividadee amor, tão importantes nos relacio-namentos entre as pessoas, especi-almente os relacionamentos sexuais.

Portanto, é importante que os/asprofessores/as de Escola Dominicalprocurem se capacitar também nestaárea, adquirindo conhecimentos bási-cos sobre a sexualidade, pelo menosdas faixas etárias dos alunos de suasclasses.

Para aprofundar este tema tão im-portante, planeje uma reunião de estu-do para as/os professoras/es da Esco-la Dominical, usando, dentre outros,os recursos que a Igreja Metodista jáproduziu sobre o assunto, tais como:

• Carta Pastoral do Colégio Epis-copal sobre Sexualidade• Afetividade e SexualidadeAlmir Linhares

Márcia Rovena de OliveiraIzabela Hendrix, 4ª RE

Sexualidadee Afetividade

Page 140: Melhor do Recriar a Escola Dominical

146O envelhecimento é um processo

natural e deve ser acolhido de braçosabertos.

De acordo com a Organização dasNações Unidas (ONU), cerca de ummilhão de pessoas em todo o mundoestarão completando 60 anos de ida-de a partir de cada mês do ano 2000.Em comparação com 1980, o númerode pessoas em todo o mundo commais de 80 anos terá aumentado 54%.

Com base nestes dados, o diretorda Unidade de Envelhecimento daONU, Alexander Sidorenko, adverteque a velhice é uma das principaisquestões sócio-econômicas a seremenfrentadas no próximo milênio emesmo neste final de século. Estesdados referem-se, de modo particu-lar, às mulheres, uma vez que 62% dapopulação idosa mundial são do sexofeminino.

No Brasil, de acordo com dadoscitados pelo pesquisador Luís Ra-mos, no trabalho intitulado “A Explo-são Demográfica da Terceira Idadeno Brasil: Uma Questão de Saúde Pú-blica”, nos próximos 20 anos o Brasilterá se transformado no sexto país domundo com mais idosos – cerca de30 milhões de pessoas com idade aci-ma de 60 anos. E o país não estariapreparado para atender esta faixa dapopulação teoricamente mais sensí-vel às doenças crônicas, diabetes e hi-pertensão. Também no Brasil, o nú-mero de mulheres na terceira idade ésuperior (62,7 %); de igual modo, osproblemas no atendimento às ques-tões de saúde da mulher serão inten-sificados e dramaticamente não solu-cionados.

Cada vez mais visíveis, as ques-tões relativas à terceira idade colo-cam desafios políticos e teóricos,constituindo-se num dos mais signifi-cativos fatos sociais no Brasil. Sendoassim, é tarefa coletiva, também dasigrejas, desenvolver mecanismos so-ciais que garantam um envelhecimen-to com dignidade e participação.

ENVELHECIMENTO: MITOS EPOSSIBILIDADES

“Só os países desenvolvidos têmpopulação idosa.”

Não é verdade! No caso do Bra-sil, o envelhecimento da população écrescente. A melhoria das condiçõesde vida e os avanços da medicinavêm aumentando a expectativa de vi-da. É preciso garantir também a qua-lidade de vida e de oportunidades navelhice. Para viver num mundo queestá envelhecendo, é preciso: reco-nhecer que as pessoas idosas consti-

tuem um recurso valioso, e combatero “velhismo”; possibilitar às pessoasidosas uma participação ativa nosprocessos sociais; proporcionar àspessoas idosas adequada atenção àsaúde; promover a solidariedade en-tre as gerações.

“MULHERES E HOMENS ENVE-LHECEM DA MESMA MANEIRA.”

Não! As mulheres vivem maisque os homens (uma média de oito adez anos). Sendo assim, as mulheresvivenciam a velhice e seus limites ealegrias de modo mais intenso. Comopor toda a vida, as mulheres idosassofrem também com a desvantagemsocial e as restrições patrimoniais ede pensão. Neste sentido, faz-se ne-cessário: estimular os países e as so-ciedades a reformularem suas estru-turas jurídicas para eliminar qualquerforma de discriminação entre homens

Dia da Pessoa Idosa27 de setembro • Para estudo e reflexão

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e mulheres; animar grupos de mulhe-res idosas para que formem grupos dedefesa, solidariedade e partilha comotambém de vida comum e apoio nocaso de viuvez e abandono; analisar eavaliar as situações considerando asrelações sociais de gênero, buscandomelhorar a qualidade de vida de mu-lheres e homens.

“AS PESSOAS IDOSASSÃO FRÁGEIS”

Não! A população idosa vem en-velhecendo cada vez mais com boascondições físicas; é capaz de desen-volver as tarefas do cotidiano e de-sempenhar papéis fundamentais navida familiar e comunitária. Esta ca-pacidade deve ser potencializadamantendo uma vida saudável e ativana velhice, criando políticas e hábi-tos de saúde e vida por meio da: pro-moção dos benefícios de estilos devida saudáveis; legislação sobre ven-da, consumo e propaganda de álcool,fumo e alimentos nocivos; garantia

de acesso aos serviços de saúde e rea-bilitação; adaptação do ambiente físi-co às deficiências existentes.

“AS PESSOAS IDOSAS JÁDERAM SUA CONTRIBUIÇÃO”

Isto não é correto! O trabalho dagente na terceira idade é cada vezmais fundamental para as famílias,sociedades e economias. Mesmo rea-lizando trabalho não remunerado –quase sempre no âmbito doméstico ecomunitário, como as mulheres! – aspessoas idosas assumem e desenvol-vem tarefas no setor informal. Cadavez mais os grupos sociais dependemdestas atividades... ainda que nãoexista reconhecimento e valorização.É preciso: reconhecer os papéis daspessoas idosas no desenvolvimento devida social; possibilitar a participaçãodas pessoas idosas em atividades vo-luntárias; apoiar as contribuições daspessoas idosas no cuidado com crian-ças, doentes, outras pessoas idosas,natureza; promover oportunidades deaprendizagem por toda a vida; garan-

tir qualidade e condições das pessoasidosas que ainda estão no mercadoformal ou informal de trabalho.

“AS PESSOAS IDOSAS SÃO UMPESO ECONÔMICO PARA ASGERAÇÕES MAIS NOVAS”

Certamente não! A maioria daspessoas idosas trabalhou e continuatrabalhando, dando significativa con-tribuição para suas famílias e socie-dades. Os sistemas de pensão e apo-sentadoria devem ser analisados co-mo processo, reconhecendo o tempoque as gerações vêm tornando viáveisos recursos. Estes mecanismos de-vem ser protegidos, uma vez que re-presentam um enfoque coletivo de re-partição das riquezas produzidas. Demodo especial, as pessoas idosas em-pobrecidas devem ter pleno acesso aodireto de pensão social. É preciso: in-vestir em programas de aprendiza-gem por toda vida, garantindo a pos-sibilidade de participação no mundodo trabalho; eliminar a discriminaçãopor idade no lugar de trabalho; pro-

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148

mover políticas de segurança da ren-da de pessoas idosas, garantindo es-quemas públicos e privados confiáve-is e intocáveis de aposentadoria; ga-rantir acesso a uma atenção de saúdeadequada para evitar a pobreza porproblemas de saúde.

ENVELHECENDO A IGREJACOM DIGNIDADE

“Ensina-me a contar os meus di-as e quando eu envelhecer sabereicomo viver.” (Salmo 90.12)

Então chega um dia em que a gen-te não se reconhece mais no espelho.Ou então nos chamam de vovó ou vo-vô. Ou passamos para o nível maiscaro do seguro saúde. Ou a aposen-tadoria vem sem ser chamada. Comoé que alguém sabe que entrou na ter-ceira idade?

Para as mulheres poderia ser a me-nopausa. O corpo avisa que o relógiobiológico entrou num outro momento.Alguns meses de adaptação e... clima-tério. Para os homens... como seria? Oque muda? Quais os sinais?

As mudanças físicas e biológicasnão são os únicos sinais. Os sentimen-tos, os afetos, a inteligência, a percep-ção, os instintos... tudo acompanha oprocesso de envelhecimento de modoproporcionado e harmonioso.

O que nos falta é a idéia do pro-cesso, a compreensão de que a vida éuma rota de passagem e que estamossempre amadurecendo, passando,mudando... até o esgotamento daspossibilidades físicas de acompanharestes ritmos de mudança.

Somos assim porque somos ima-gem e semelhança de Deus. Deustambém é “Eu sou o que está aconte-cendo’’. Este é o nome que Deus reve-la para Moisés (Êxodo 3.12). Deus es-tá sempre em nossas vidas, nos pro-cessos da história como presença sem-pre renovada, sempre desafiadora.

Desenvolver uma espiritualidadee um estilo de vida na terceira idade étarefa individual e comunitária. Devefazer parte do nosso aprendizado des-de criança, passando pela juventude ea vida adulta. Estamos em processo,nosso corpo se transforma. Cada mo-mento é precioso na presença de Deus.

As situações de limitação física,que podem marcar o envelhecimentode algumas pessoas, exigindo umatendimento médico, familiar e co-munitário constante, devem ser com-preendidas dentro de uma perspectivaampliada que reconhece que muitosoutros homens e mulheres, crianças ejovens têm essas limitações por todaa vida e fazem parte da comunidade.Mecanismos de apoio e de adequação

dos espaços físicos, das rotinas e pro-cedimentos devem ser alterados paraque se garanta a participação de to-das as pessoas. A visão de conjuntodas necessidades especiais ajuda aperceber que não há um modelo decorpo e de pessoa mas que há varieda-de de possibilidades e de necessida-des em todos os momentos da vida.

Aprender a planejar e a organizara vida comunitária desta forma, sig-nifica aprender a ser uma comunida-de onde caibam todos.

O QUE SUA IGREJAPODE FAZER?

Organizar um ministério de açãocom pessoas da terceira idade; entrarem contato com outros grupos e enti-dades de sua cidade; participar dadiscussão na sociedade sobre os di-reitos das pessoas idosas; incluir ati-vidades específicas no planejamentoe nas atividades da igreja local/regio-nal/nacional; cuidar para que todasas atividades contemplem a popu-lação idosa; garantir atividades comorçamento específico; adaptar osespaços físicos para as diversasnecessidades das pessoas idosas e deoutras; promover atividades entre asdiferentes gerações; manter viva amemória da comunidade, fazendosempre de novo o exercício de lem-brar – fazer história como processocoletivo de todas as pessoas (não sódas pessoas idosas!); criar uma vidade celebração e ação de graças pelosmomentos de vida de quem enve-lhece, apoiando o desenvolvimentode uma espiritualidade que envelhececheia da graça de Deus.

Produzido pelas CoordenaçõesNacionais de Administração,Ação Docente, Ação Sociale Expansão Missionária

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O ser humano diferencia-se dosanimais ao buscar na companhia de ou-tros não só a sobrevivência, segurançaou atendimento das necessidades bási-cas. Além desses aspectos que o levamà aproximação, há um mais constituti-vo: a identidade que se constrói a partirdo outro. A família, nesse sentido, as-sume um caráter ontológico e não ape-nas social, político, econômico, etc. Oque define o ser humano é a coexistên-cia. Estar com o outro não é uma opçãoisolada; o fundamento do ser humano é“ser-com-o-outro”.

Mais do que discutir os conceitossobre a família, que se modificam aolongo da história da humanidade (fa-mília patriarcal, matriarcal, monogâ-mica, nuclear, extensa, burguesa, aris-tocrática, camponesa...), é fundamen-tal vê-la sob esse prisma. A partir dacompreensão de seu caráter ontológi-

co é possível questionar-se o discursode que ela está acabando. A famíliafaz parte da existência humana e, in-dependentemente da forma de sua or-ganização, não acabará. O que ocorresão transformações nas formas do re-lacionamento humano. Pode-se trazercomo exemplo a mudança nas carac-terísticas da família nos modelos aris-tocrático e camponês. As famílias cui-davam das crianças de forma coletiva.Elas circulavam pelos espaços e ti-nham contato com toda a comunida-de. Com o advento da burguesia, umanova classe constituiu-se e, na buscapela diferenciação, surgiu o modelonuclear de família que possui um ca-ráter hegemônico em nossos dias.Nesse modelo, a casa passa a ser umlugar exclusivo. Há uma ênfase naprivacidade e as crianças passam a serconfinadas nesse espaço isolado sob

os cuidados exclusivos da mãe. O queera compartilhado com o grupo (a for-mação da criança) e o contato com aspessoas mais velhas da comunidadepassam a ser desvalorizados. Os des-dobramentos dessa mudança é per-ceptível nos dias atuais onde váriospais não são simpáticos à idéia de dei-xarem seus filhos e filhas sob oscuidados dos avós. Uma análise maisprofunda ilumina a compreensão deque essa atitude pode estar associadaà falta de confiança no saber dos maisvelhos. Sua sabedoria foi substituídapelos manuais e técnicos (psicólo-go/a, pedagogo/a, médico/a...) Nessaconfiguração, os mais velhos perdemseu lugar e sua função social, que é atransmissão da memória do grupo.

No início do texto, apontamos pa-ra o aspecto ontológico da convivên-cia humana que têm na família uma

O Idoso, a famíliae a comunidade

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150

de suas formas de expressão. O quedá sentido de pertença às crianças,que permite a aprendizagem do quesão enquanto seres humanos, sua lo-calização no tempo e na história, é amemória do grupo transmitida pelosmais velhos. Sou quem sou à medidaque aprendo do outro o que existiaantes de mim; com ele/a aprendo autilização dos instrumentos disponí-veis (utensílios), onde estou, quemsou, a linguagem e a comunicar-me.Por isso é que o garfo, o prato, a pa-nela e outros objetos que transmitemalgo familiar em nossa sociedade nãopossuem esse caráter em outras cultu-ras. As tribos indígenas possuem ob-jetos significativos, outra linguagem,outra história, outra relação com otempo e o espaço.

A quebra desse elo de ligação queera garantido pela memória produz afragmentação das relações. Hoje assis-timos os sintomas desse rompimentona desvalorização dos mais velhos e,em contrapartida, o culto ao novo. É anecessidade de cada dia o mercadooferecer novas coisas para o consumo.

O idoso, que já possuiu um papelsocial em gerações passadas, é consi-derado hoje um peso em nossa socie-dade. Os jovens e crianças nãoaprendem a respeitá-los. Os adultosnão se sentem à vontade na sua pre-sença pois, olhar para um idoso é vero reflexo de si num futuro próximo.

Ao isolar o idoso do convíviocom os mais jovens impedimos queos elos de ligação sejam tecidos. Nãohá quem possa trazer às crianças e jo-vens a história do grupo ao qual per-tencem. Não havendo elementos quefacilitem a localização dos mais jo-vens, cria-se um novo modo de vivercentrado no presente. Esse modo derelação abre espaço para a onipotên-cia. Entre outros aspectos, é possívelreconhecê-la nas queixas que os adul-tos trazem da ausência de limites emcrianças e adolescentes. Essa fala re-corrente, muitas vezes interpretadacomo incapacidade pessoal de dar li-mites às crianças, tem suas raízes nomodo de vida fragmentado que estácada vez maior em nosso cotidiano.Aquebra dos vínculos de relaciona-

mento, a ilusão da juventude eterna,impedem que as gerações tenham umdiálogo fecundo.

A velhice desvalorizada implicanão só no isolamento do idoso, masna transformação da relação familiar.Não havendo mais quem traga a lem-brança de como o bairro era antes oudepois das construções atuais, ouquem conte a história do primeiro ti-jolo da igreja construída, perdemos acapacidade de aprender com os errose acertos do passado.

O que possibilita a projeção parao futuro não é o presente. É a com-preensão do passado que instrui osatos do presente e abre o futuro comopossibilidade. Coloca-se, para o/aeducador/a cristão/ã, um desafio:romper com a cultura dominante dedesvalorização do idoso. É necessárioque ele possa ter seu lugar assegura-do em nossas igrejas. Retomar seupapel e função sociais. Não por umato de bondade do adulto, mas por sero caminho para que as crianças, jo-vens e adultos ressignifiquem suasvidas. É a possibilidade de quebrar aprisão do presente, construir a histó-ria e tecer elos de ligação mais soli-dários. A memória não pode ser fun-ção do adulto, pois ele encontra-seenvolvido no mundo da ocupação(trabalhar, cuidar dos/as filhos/as,etc.). Não pode ser do jovem ou dacriança, por esse momento do desen-volvimento humano ser caracterizadopelo preparo para o futuro. Só o idosopode trazer a memória. Sua função epapel sociais estão na tarefa da lem-brança. Através dela, iluminam o pre-sente para que os atos sejam pratica-dos responsavelmente. Cada ação nãocircunscreve-se apenas ao hoje, des-dobra-se em movimentos infinitosatingindo várias gerações.

É fundamental que na reflexãosobre o tema da família retomemos adiscussão do lugar do idoso em nossasociedade.

Aqui foram colocadas algumaspreocupações que não se esgotamnessas breves palavras. A proposta éprovocar a reflexão a partir dessas in-dagações: onde estão os avós1? Quemtem ouvido suas histórias? Elas são

valorizadas por quem as ouve? Qual aimportância do idoso na família atu-al? Qual o lugar que eles ocupam naIgreja Metodista? Procurar respondê-las já é um bom começo.

OBSERVAÇÕES

1 – Sugestão de leitura: BOSI,Ecléa. Memória e Sociedade, Lem-branças de Velhos. Cia. da Letras, 4ªed., 1995.

2 – A título de informação: váriaspesquisas estão sendo realizadas sobrea importância do convívio das criançascom os idosos como elemento parafacilitar a saúde mental das duas gera-ções e diminuição da violência do-méstica. No Uruguai foi realizada umapesquisa por uma psiquiatra, comidosos depressivos e crianças com paisausentes (conceito mais amplo do queabandono, ausência afetiva). Fizerama integração dos idosos com as crian-ças, utilizando a biblioteca da cidade.Nesse local, as crianças ficavam sobos cuidados dos mais velhos que con-tavam histórias, falavam dos livros eda cidade, e liam os livros. Os re-sultados apontaram para uma melhorano quadro depressivo dos idosos e norelacionamento entre as crianças. Essetrabalho foi apresentado no Congressode Ética e Cidadania – FLAPIA, SãoPaulo, maio/98.

3 – Sugestão de trabalho para os/aseducadores/as: fazer um levantamentoda memória da igreja local. Pode-se u-tilizar o recurso da entrevista com osidosos. Envolver as crianças e adoles-centes nesse trabalho. Pode-se utilizargravador, vídeo, fotografias, etc. É in-teressante montar, com o resultado,uma exposição aberta a todos os mem-bros da igreja e comunidade externa.Todo trabalho de memória não envol-ve um grupo isolado mas atinge todoum bairro, cidade, etc.

1 Os termos “avô” e “avó” são en-tendidos, aqui, de forma mais ampla.Não se restringem aos avós biológicos,mas a todo idoso que esteja aberto aocontato com crianças e adolescentes.

Dagmar Silva Pinto de CastroRudge Ramos, 3ª RE

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151Dia 12 de outubro é o Dia da

Criança. Para celebrá-lo, é precisopensar em atividades e programasespeciais para realizar com nossascrianças durante essa semana. Quetal fazer passeios, piqueniques,reuniões sociais, gincanas, teatro defantoches, ida a cinema, projeção defilmes na igreja, jantar especial paraas crianças? Seria bom, também,planejar com o pastor ou pastora,uma Festa do Amor ou Santa Ceiapara as crianças.

UMA IGREJA QUE SE PREOCUPACOM AS CRIANÇAS

Uma igreja que se preocupa comas crianças é uma igreja que seimporta com o seu presente e que sepreocupa com o seu futuro. As crian-ças são o futuro da Igreja, sim; mastambém são o presente da Igreja. Elasadornam, animam e são parte viva doCorpo de Cristo. O louvor da bocados pequeninos é maravilhoso! Ostestemunhos muitas vezes trazem opai, a mãe e, não raramente, toda afamília para Jesus e para a Comuni-dade do Povo de Deus!

O que ensinamos hoje às nossascrianças — com nossas palavras e,sobretudo, com nossa conduta etestemunho — vai marcar que tipo depessoas, cristãos e igrejas elas serão.O futuro se constrói agora. E, pelonosso trabalho e cuidado com nossascrianças, podemos ter uma idéia dotipo de igreja que somos e do tipo queseremos amanhã.

Por isso, é muito importante quenossa Igreja cuide ainda mais de nos-

sas crianças. Cuidar, amando; cuidar,acolhendo; cuidar, educando; cuidar,disciplinando e corrigindo; cuidar,estimulando e apoiando. Ser as mãosde Deus que orientam o crescimentodelas, em estatura, sabedoria e graçadivinas.

Não só as pertencentes à comu-nidade da fé, mas a todas as criançasa quem tivermos acesso e às quais,em nome e no poder de Deus, puder-mos fazer o bem. Quem sabe come-çando pelas crianças que vivem nacomunidade em que a nossa Igrejaestá localizado, inserida (ruas próxi-mas, bairro, região, cidade). Preci-samos abrir o templo e todas as nos-sas dependências para prestar servi-ços à comunidade em nossa volta, atodas as crianças. Esses desafios de-vem ser do/a pastor/a e da liderança,mas devem, sobretudo, ser desafiosde toda a Igreja de Jesus. De cadagrupo societário, de cada ministério,de cada pessoa. Ninguém pode afir-mar que esse problema não afeta suaárea de ação ou que não lhe diz res-peito. Todos devem se envolver!

Agindo em favor das crianças etambém de sua família, estaremosrealmente trabalhando em favor daextensão do Reino de Deus. Assu-mindo a causa das crianças, estare-mos trabalhando em favor de ummundo melhor, em favor da própriaIgreja. Estaremos, enfim, assumindoe trabalhando em prol do Reino deDeus, a causa de Cristo.

Ronan Boechat de Amorim, 1ª RE

Dia da criança12 de outubro

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152

É com intensa alegria e fraternacompreensão que celebramos a pas-sagem do dia do/a professor/a. En-tendemos que essa tarefa, além desingular, torna-se cada vez mais im-prescindível para o processo de for-mação integral da pessoa. Entretanto,ela se reveste de singelo significadoquando desenvolvida no contexto daEscola Dominical, visto que, cada diaque passa o desafio de comunicar a féexige de nós contínua capacitação noque concerne ao conhecimento do serhumano em suas múltiplas facetas,bem como, a preservação da verdadeevangélica num mundo em constantefragmentação dos valores.

Para nós, professores/as da Es-cola Dominical, o desempenho desteministério deve sempre passar peloviés da graça libertadora de Cristo.Isso deve nos levar a uma compreen-são de que, antes de tudo, lidamoscom a vida e, esta, perpassada pelaexperiência com o sagrado; mistérioimpenetrável que nos envolve, desafia,amedronta, mas, sobretudo, é a fonteinefável do nosso amor e esperança.Não podemos jamais prescindir destadimensão do ato educativo. É por essemotivo que compreendemos que o dia

do/a professor/a deve ser vivenciadoem um clima de celebração e so-lidariedade. É celebrando que atual-izamos a memória de Cristo, de nossaherança histórica e, acima de tudo,reafirmamos a presença de Deus navida humana. Por outro lado, recon-hecemos a fragilidade do trabalhoque cada um/a de nós desempenha,sob a precariedade do conhecimentoque possuímos. Portanto, somossolidários, procurando contribuircom nossas experiências para o aper-feiçoamento da prática docente navida da igreja.

Reconhecemos as dificuldadesque enfrentamos no cotidiano das co-munidades locais, mas, as dificulda-des não podem sufocar a paixãovocacional que nos impulsiona àMissão. Portanto, celebremos essedia do/a professor/a na certeza deque, na precariedade de nosso traba-lho, estamos contribuindo de maneiraefetiva para o desenvolvimento deuma espiritualidade sadia e para o re-conhecimento e respeito à dignidadeda vida.

Willian de Melo – 3ª Região

Dia do Professor/a

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153

Essa é uma boa pergunta. Esta-mos num ano em que teremos elei-ções em todos os municípios do Bra-sil e todos/as nós, de alguma manei-ra, estamos envolvidos nisso.

Tem gente que pensa que nós, co-mo cristãos e cristãs, não devemosnos envolver. Essas pessoas repetemo velho chavão: religião e políticanão se misturam. Acontece que elasmesmas, ao menos pela obrigação denosso sistema eleitoral, acabam vo-tando. E muitas vezes, por não teremrefletido seriamente sobre essa ques-tão, acabam votando errado.

Votando errado? É, tem muitasformas de votar errado. Uma delas évotar em branco. É uma forma de ten-tar escapar da eleição. Acontece quevotar em branco é mais ou menos pa-recido com assinar um cheque embranco e passar adiante. É um poderque se passa a quem tem mais votos,seja um bom sujeito ou não. Isso por-que, ao votarmos em branco, esta-mos, de fato, desistindo de escolher.Além disso, o voto em branco podefavorecer a corrupção eleitoral, poisquem tem mais poder pode se apro-veitar desses votos e passá-los para oseu nome. Talvez hoje isso seja maisdifícil por causa da urna eletrônica,mas a gente nunca sabe...

Outra forma de votar mal é votarem quem a gente conhece, seja para“dar uma mãozinha” para o/a ami-

go/a, seja para “garantir favores nofuturo”. Por que isso se caracterizacomo um “mau voto”? Porque esta éuma forma camuflada de corrupçãoeleitoral. A eleição não deve ser pararesolver problemas individuais desteou daquele, e nem de nós mesmos,mas para contribuir para o bem de to-da a sociedade, através de leis e ad-ministrações sérias.

Ainda outra forma de votar mal, eesta é muito séria e difícil, é votar napessoa sem nos importarmos com opartido a que ela esteja filiada. Essa éuma forma que muita gente tem dequerer “proteger” o seu voto, dando-lhe uma certa garantia. Acontece queos políticos sérios são os que estãoidentificados com seus partidos e querepresentam projetos de como a so-ciedade deve ser. Há muita gente boaque defende projetos equivocados,que só fazem as coisas permaneceremcomo estão ou piorarem. Por isso te-mos de escolher um partido, ou seja,uma visão de como a sociedade deveser, e depois escolher, dentro dessepartido, um candidato que tenha de-monstrado, em sua prática de vida oude político, seriedade e competência.

E aqueles/as políticos/as que só es-tão no partido para se eleger mas nãodefendem suas idéias, não são sérios.Portanto, não devemos votar neles!

É por isso tudo que nós, cristãose cristãs, temos, sim, de dar impor-

tância às eleições municipais. Temosde desenvolver a nossa cidadania deforma responsável.

Ah! Mas as eleições são só muni-cipais. Isso não muda nada! Importan-tes são as eleições pra governo estadu-al ou federal!... Puro engano! As elei-ções municipais são importantes, sim,porque um país pode começar a mudarse mudarem seus municípios. UlissesGuimarães já dizia: "Ninguém vive noEstado ou na Nação. Todos nós vive-mos em um Município!" Além disso,quem entende um pouco de política sa-be que essas eleições municipais doano 2000 são o lançamento dos ali-cerces das eleições para governadores epresidente de 2002. Os partidos quecrescerem em 2000 estarão muito maisfortes em 2002!

Por fim, alguém ainda pode estarse perguntando: Mas será que é mes-mo preciso mudar? E aí eu gostariade deixar uma pergunta: Será que épreciso mudar um país em que o 1%mais rico da população acumula13,8% da renda nacional, enquantoos 50% mais pobres ficam com13,5% da renda nacional?

É. Nós, cristãos/cristãs, somosmesmos chamados a exercer a nossacidadania. E com consciência. Lem-bremos do que disse Jesus: "Se estesse calarem, as pedras clamarão".

Luiz Eduardo Prates da Silva, 2ª RE

Eleiçõesmunicipais,e daí?

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“Deus criou todos os seres huma-nos à sua imagem e semelhança.”(Gênesis 1.26)

Mesmo tendo sido criados à ima-gem e semelhança de Deus, carrega-mos características que são herançasétnicas e raciais. Temos olhos, lábios,pele, cabelos que são característicaspróprias e que nos tornam únicos. Aomesmo tempo, fazemos parte de umgrupo que também reflete esta ima-gem e semelhança de Deus.

Quando pensamos no conceitoque fazemos uns dos outros, temos depensar, também, nos preconceitosque nos cercam. Desde que o mundoé mundo existem grupos que domi-nam e grupos dominados e o concei-to que temos sobre o próximo reflete

muito nossas ações uns para com osoutros. Sabemos que o povo brasilei-ro vem basicamente – mas não so-mente – de uma herança étnica racialformada por três grupos e a expressãomiscigenação está muito presente nonosso cotidiano.

Somos um país mestiço, com umpovo composto de vários grupos. Daía nossa tolerância ou não à idéia devivermos em uma “democracia raci-al” na qual, através da miscigenação,somos todos iguais. Mas quandoolhamos ao nosso redor, vemos que oconceito de igualdade pregado pelasociedade é bem diferente do nossoconceito de quem somos e de quemsomos permitidos ser. É na adoles-cência que mais precisamos sentirque somos parte de um corpo que

age, pensa, comunica-se de maneirasemelhante; e estas experiências tam-bém nos deixam vulneráveis a tudo oque nos rodeia, como conceitos e pre-conceitos básicos.

Quando vemos na Bíblia, em Gá-latas 3.2, que “somos todos um emCristo Jesus,” não podemos facilmen-te entender o motivo de sermos alvode tantas limitações, sejam elas pelacor da pele, pelas características fí-sicas, pelo sexo, pelo lugar de ori-gem. A Bíblia não nos ensina a tratar enem nos deixar tratar de forma diferen-ciada somente por características ex-ternas que nada mais são do que ma-neiras de identificar o lugar de ondeviemos e nossa herança étnica e racial.

A percepção racial que temos denós está diretamente relacionada às

Racismo

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informações que temos sobre a nossaherança étnica e racial. Podemos nosorgulhar por termos sido criados àimagem e semelhança de Deus. E es-sa imagem e semelhança assume tonse formas que fazem com que a nossadiversidade seja um ponto de força enão de fraqueza.

Quando pesquisamos a Bíblia,percebemos que ela não é compostapor pessoas de uma só nacionalidadeou grupo étnico. Pelo contrário, Je-sus em sua caminhada sempre nosensinou a somar com o próximo, enão diminuir, para formar um só gru-po. Na parábola do bom samaritanovemos pessoas diferentes que, apesarde sua diversidade, não deixaram dese dar a chance de viver o principaldos mandamentos bíblicos: o “amarao próximo”.

O amor ensinado por Jesus não

impõe condições raciais ou étnicas.Ele respeita as diferenças.

A existência de disparidades étni-cas nos faz pensar na necessidade de,como Igreja, desenvolvermos açõesde combate à discriminação étnica eracial no mercado de trabalho, nas es-colas, na vida cotidiana, etc. Ser co-munidade missionária a serviço dopovo nos faz abrir espaços para aque-les que não vêem a palavra oportuni-dade como parte do seu viver. Mascomo podemos fazer isto?

1. Conhecendo os homens e mulhe-res da Bíblia e quais deles e delaspertencem a grupos étnicos.

2. Pesquisando a origem étnica e ra-cial de sua comunidade e promo-vendo momentos de diálogo sobrea herança cultural de cada grupo.

3. Criando um espaço, inclusive na

sua sala de escola dominical, paraexposição de fotos, desenhos, gra-vuras de representantes de váriosgrupos étnicos e faixas etárias di-ferentes. Muitas vezes, por não in-cluirmos a diversidade em nossosmurais e painéis, também criamosconceitos negativos.

4. Prestando atenção para não usar-mos exemplos com termos pejora-tivos que criem uma sensação de-sagradável ao grupo.

5. Estando atentos à exclusão socialque muitas vezes é usada comoveículo de diferenciação.Através destas e outras ações esta-

mos vivendo cada dia mais próximosda aceitação da pluralidade culturalde nossa sociedade e sendo comu-nidade missionária a serviço do povo.

Keila da Silva Guimarães, 1ª Região

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Não, moço. Não foi uma noite tãofeliz. Fazia frio. O vento cortante fe-ria os lábios, ressecava os ossos. Osque vieram recensear-se abrigavam-se como podiam. Não era tanto pormaldade que os moradores do lugarnão ofereciam hospedagem. É queeles mesmos viviam tão modesta-mente que era com dificuldade quetampavam as frestas e aninhavam-seem seus casebres. Ademais, era muitagente de uma vez na provinciana epacata Beth-Lehem.

Eu estava ao relento, sob as estre-las de um céu gelado-escuro, comode costume. Não, não. Não é que euseja uma criatura soturna, boêmia ouromântica. Sou só um pastor. Isto é,sou sem-teto, sem-terra, sem-educa-ção, sem eira nem beira. Cuido dasovelhas, só isso – esses animais frá-geis e melancólicos, quase tantoquanto eu.

A noite era como muitas outras –porque, na verdade, tudo é igual, agente é que é sempre diferente. Haviaestrelas, havia vaga-lumes, haviasons ao longe: mugidos, latidos, cho-ro de criança...

Na mesmice do balanço das árvo-res, aconteceu alguma coisa diferenteaos meus olhos. De repente, as estre-las de sempre pareciam brilhar maisque o normal. Meus ouvidos sintoni-zaram um choro de recém-nascido.As folhas das árvores pareciam músi-ca angelical. Os pirilampos pareciambrilhar gloriosamente. Continuei a ca-minho do aprisco. As ovelhas, semperguntarem nada, me seguiam tran-qüilas e pacientes. O choro de criançaficava mais forte e pude ver de ondevinha.

Uma destas famílias sem nada ha-via ocupado uma das grutas onde osanimais se abrigavam e ali disputavaaconchego junto a bois e ovelhas. Opai tinha o rosto sulcado pelo suor,franzido pelo trabalho rude. A mãeparecia mais a irmã do recém-nasci-do, tão jovenzinha. No rosto, a per-plexidade de quem contempla o mai-or dos mistérios: a vida. Nos lábios, osorriso tímido. Nos olhos marejados,as gotas salgadas que transbordavamdaquelas janelas da alma.

Entrei devagar, quase solene. Tu-do era tão igual, mas ao mesmo tem-

po tão radicalmente diferente. Era co-mo se eu não fosse eu. Meus olhos vi-am o que jamais haviam visto. Meusouvidos se encantavam com sons tãocorriqueiros, como se os ouvisse pelaprimeira vez.

Ajoelhei-me, porque me dei contade que estava diante do mistério davida. Chorei, porque tudo era tão sin-gelamente fantástico. Orei, porque,naquele momento, percebi que estavaface a face com o sagrado que habitao cotidiano.

Não. Não foi uma noite tão feliz.Continuava frio. O cheiro de estercoainda era forte. A palha pinicava o re-cém-nascido. As roupas da mãe esta-vam sujas de sangue. Eles, como eu,continuavam sem teto, sem agasalho,sem nada. Choravam sorrindo. Sorri-am chorando. Tudo era exatamenteigual. A única coisa que já não eraigual éramos eu e eles. Porque nossosolhos viam não uma noite feliz nocéu, mas o amanhecer de um novodia de paz na terra.

Luiz Carlos Ramos, 5ª RE

O sagrado sefez gente

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“Ensina-nos a contar os nossosdias para que alcancemos coraçõessábios.” (Salmo 90.12)

“Não vos conformeis com esteséculo.” (Romanos 12.2)

Todos esperávamos, ansiosos, apassagem para o ano 2000. O ano pas-sou e nós é que ficamos meio passados.Nossa esperança de ver a chegada dofuturo ficou no passado. O ano 2000 écomo os outros. E o jeito é continuarfazendo “tudo sempre igual”: levantaràs seis horas da manhã, sorrir um sor-riso pontual, beijar com a boca de hor-telã... e sair para o passatempo predi-leto: trabalhar, trabalhar, trabalhar.

Agora, a expectativa é quanto àchegada do Terceiro Milênio. Será quedesta vez o futuro vai chegar?

Desde menino eu me divirto assis-tindo à série de desenho animado OsJetsons, cuja ambientação é toda futu-rista, tecnológica e intergaláctica. Ocurioso é que o enredo e as persona-gens têm funções e posturas muito pa-recidas com as de um outro desenhoanimado, só que ambientado numcontexto histórico completamenteoposto: Os Flintstones.

Tanto os Jetsons quanto os Flint-stones vivem suas aventuras tendo deenfrentar constantemente os seus che-

fes avarentos e sonhando com pro-moções profissionais e aumentos sa-lariais. Tanto Jorge quanto Fred vi-vem o drama de não poder realizar ossonhos de consumo de seus familiares,e por isso acabam se metendo emmui-tas enrascadas na tentativa desespe-rada de alcançar o objeto do desejoque, num episódio, pode ser a constru-ção de uma piscina, em outro, a aqui-sição de um novo eletrodoméstico, eem mais outro, uma roupa ou jóiacara, e assim por diante.

Não obstante o contraste entre ocenário pré-histórico e o futurista, tan-to a idade da pedra quanto a era inter-

O Futuro Chegou!

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galáctica parecem ter diferenças ape-nas cosméticas. Na essência, o mundodo futuro não é diferente do mundo dopassado.

A ficção profetizada pelos produ-tores dos Jetsons (Hannah & Barbe-ra), assim como a de George Orwell,no livro 1984, e de tantos outros re-tratados em páginas impressas ou emrolos cinematográficos, não se cum-priu. O futuro não é como em 2001,Uma Odisséia no Espaço. Pois nossaodisséia continua sendo aqui na terra– principalmente porque alguns têmmuita terra, enquanto muitos não têmterra alguma.

De fato há mais botões, controlesremotos e telas digitais do que há al-guns anos, mas o futuro não é tão ro-bótico quanto se esperava. E pode-mos dizer que não é nem tão cruel,devastador e desumano como emMad Max, mas também não é nadaingênuo e pacífico como nos Jetsons.

O futuro é mais ou menos assim:febens e carandirus fervendo comopanela de pressão; fumaças cinzentassobre ruidosos veículos engarrafados;computadores amarrados a uma redemundial; religiões sem Deus, mas far-tas de diabos, duendes e milagreiros;prósperos pregadores virtuais que crê-em em tudo menos no juízo de Deus;políticos que conquistam seus redutoseleitorais com ameaças, moto-serras ecocaína; morros loteados por policiais

e traficantes; trombadinhas nossinaleiros; trombadões nas repartiçõespúblicas e agências federais; filasintermináveis nos hospitais, nos cai-xas dos bancos, nas bilheterias dos es-tádios, nos relógio de ponto e nasagências de (des)empregos; muita core ação em Hollywood; muitos livrosnas estantes e vitrines; muito luxo eobesidade nos shopping centers; mui-to lixo e barriga roncando nas favelas;muita tecnologia e TV globo pra tan-tos analfabetos sobre o globo; muitariqueza virtual pra tanta miséria real;muita ciência, satélites, aeronaves,transmissores, receptores, intercepta-dores, luzes, painéis, reatores, turbi-nas... e a bilionésima criança sobre oplaneta, pobre e humilde, de pele mo-rena igualzinha ao Menino Jesus.

É! O futuro chegou!A te(cn)ologia dos cristãos – ho-

mens e mulheres que, como Cristo,não se conformam com o presente sé-culo (Romanos 12.2) – é o reino deDeus. Nosso passado é Deus: pois noprincípio era o caos e Deus, que esta-va lá, criou o cosmos (Gênesis 1); enosso futuro também é Deus: porquequando este céu e esta terra já nãoexistirem, ele será tudo em todos(Apocalipse 21). Mas, talvez o maisimportante para nós, agora, é termosconsciência de que nosso presente éDeus: “pois nele vivemos, nos move-mos e existimos” (Atos 17.28). Mais

importante do que saber que Deus é oSenhor do passado e do futuro é per-ceber que ele é Senhor do presente.

A tecnologia pode estar a serviçodo Evangelho: os microfones, os ins-trumentos musicais, os projetores di-gitais, a rede mundial de computado-res, o satélite, o hipertexto. Mas nãopodemos nos esquecer de que tudo is-so não é muito mais do que cosméti-ca e de que a essência do mundo e dahumanidade na era espacial não é,nem será, muito diferente das eraspré-históricas. Nem a concretude dapedra nem a virtualidade digital dãoconta de nos tornar mais humanos oumelhores cristãos. Para isso é precisoo toque mágico da graça, vento quevem do futuro, no encontro místicodo dedo de Deus com o dedo huma-no, num gesto que acione os propul-sores da fé rumo ao planeta de Deus,que é também o planeta da gente.

Enfim, o futuro coloca sob nossosdedos os botões que são capazes dedestruí-lo ou salvá-lo (e esta é umaexpressão que se tornou bastante po-pular com a informática). O maiorpresente que o terceiro milênio podenos dar é a consciência de que Deusestá presente no presente!

Feliz Novo Milênio!

Luiz Carlos Ramos, 5ª RE