Questões ambientais englobam todas as ações que envolvam a preservação das boas condições ambientais.

Garantir as boas condições ambientais é fundamental para a

manutenção da vida , uma vez que entre os seres vivos e o ambiente em que vivem existe uma relação de interdependência.

Infelizmente, nossa preocupação com meio ambiente só se tornou presente após o mesmo se tornar

ameaçado.

Como chegamos até esse ponto?

Segundo o Geografo Milton Santos, antes da Revolução Industrial o homem vivia no meio natural, pois até então, as tecnologias desenvolvidas procuravam adapta o ser as condições adversas do meio.

Após o advento da máquina a vapor, e as invenções que se seguiram, possibilitaram ao ser humano transformar sua relação com o ambiente. (represas, tuneis, aterramentos, rápido desmatamento, etc.). Passamos a viver no meio técnico.

A constante busca pelo lucro, para justificar o investimento na industrialização, levaram ao aumento da produção, a demanda cada vez maior por matérias primas e ao descarte das sobras do processo de produção e dos bens “não” mais utilizáveis.

Assim vivemos entre 1750 e 1945. Após o fim da Segunda Grande Guerra, a disputa entre as nações e empresas se deu no ramo do conhecimento tanto tecnológico quanto do próprio meio.

Chegamos ao meio técnico-científico-informacional.

Nesse período também,

tomamos conhecimento das questões do meio

ambiente.

Para alguns, (culto ao silvestre), o problema ambiental se inicia na alteração do meio pelo ser humano, para outros, (ecoeficiência) só existe um problema mediante a uma ação não sustentável. Existe ainda o visão dos ecossocialistas, que defendem que m problema ambiental se caracterize pelo empecilho dos grupos humanos de manter seu modo de vida tradicional.

Das três perspectivas, podemos resumir que problemas ambientais envolvem a manutenção para as boas condições de vida para humanidade e os demais seres vivos.

Entre os causadores dos problemas ambientais destacamos:

escasseamento de recursos naturais; mudanças climáticas; poluição ambiental.

Escasseamento dos Recursos Naturais Os recursos naturais são definidos como tudo aquilo que é necessário ao homem e que se encontra na natureza, eles são classificados em renováveis e não renováveis. Entre os recursos naturais podemos destacar:

Água;

Biodiversidade;

Combustíveis ;

Produtos Aquáticos;

Produtos Florestais;

Solo.

Água A escassez de água ocorre quanto ao volume disponível com qualidade para utilização (doméstico, agricultura e indústria). Compromete diretamente a saúde e de forma indireta com a degradação dos *ecossistemas e na produção de alimentos.

* ecossistema é a unidade principal de estudo da ecologia e pode ser definido como um sistema composto pelos seres vivos e o local onde eles vivem.

Biodiversidade

A variedade os ecossistemas é importante para a humanidade quer seja pelo estoque de material genético que representam, quer por sua função de manter o equilíbrio e o bom funcionamento desses ecossistemas.

Combustíveis

A maior parte dos combustíveis utilizados atualmente pelo homem são os chamados combustíveis fósseis. Formados através dos tempos, pela longa decomposição da matéria orgânica.

O uso desordenado desses combustíveis pode levar ao seu esgotamento além dos efeitos poluentes de sua queima e da alteração no clima.

Uma alternativa para esta questão é a utilização dos biocombustíveis, no entanto para a produção dos mesmos afetamos o solo e a utilização dos recursos hídricos.

Produtos Aquáticos São provenientes dos rios e oceanos. Podemos destacar os peixes e os frutos do mar. Como forma de alimentação, produzem menos impacto ambiental do que a agricultura e a pecuária desde que praticada de forma não predatória.

Produtos Florestais

Fornecem entre outros recursos: Madeira, fibras, e ervas de diversos tipos provenientes de reservas naturais ou de reflorestamento.

O uso destes recursos tem levado à devastação de áreas de floresta pelo mundo todo.

Além dos produtos que fornece as florestas também tem grande importância na reciclagem da água, na nível de umidade e na proteção do solo.

Outro fator relevante são as queimadas, responsáveis pela emissão de aproximadamente 20% dos gases do efeito estufa.

Solo É uma formação complexa, tanto na composição quanto na sua formação. O desmatamento remove a camada de vegetação que é a proteção natural do solo gerando entre outros problemas a erosão e perda de fertilidade.

Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas podem ser naturais ou antropogênicas.

Entre as naturais podemos destacar a variação entre os períodos glaciais e interglaciais.

As mais discutidas atualmente são as causadas pela ação humana, ou seja, as antropogênicas. Lembrando que clima é determinado por vários fatores, se o ser humano altera algum desses fatores o clima é alterado.

Características de nosso sistema econômico/social que são apontadas como responsáveis pela intensificação do efeito estufa:

crescimento populacional;

modelo produtivo;

modo de vida baseado no consumo;

Crescimento populacional:

Em 1800 a população mundial somava 1 bilhão de pessoas, em 2010 chegamos próximo aos 7 bilhões e a previsão é para termos 9 bilhões em 2050.

Modelo produtivo:

O nosso modo produtivo está fortemente ligado a queima de combustível fóssil somada a constante busca do aumento da produção para o consumo libera cada vez mais gases na atmosfera.

Modo de vida baseado no consumo:

Como visto na característica anterior, vivemos em um mundo predominantemente voltado para o consumo, nem sempre necessário. O uso cada vez maior dos meios de transporte, o consumo de carne e energia são alguns exemplos. Os meios para abastecer este mercado de consumo impactam diretamente em nosso ambiente.

Poluição Ambiental

Podemos compreender como poluição, o despejo de substâncias prejudiciais aos seres no meio ambiente.

Entre as substâncias prejudiciais podemos destacar:

Antibióticos;

Defensivos agrícolas;

Detergentes e solventes;

Hormônios;

Gases poluentes;

Mercúrio;

Petróleo e derivados.

Antibióticos O uso destes medicamentos e acarretado pelo grande número de animais criados em espaços confinados favorecem o aparecimento de doenças, principalmente no caso da avicultura e da suinicultura.

Eliminados pelas fezes e urina dos animais, acabam por contaminar rios e lençóis freáticos.

Defensivos agrícolas

Herbicidas, fungicidas, e inseticidas. São utilizados para reduzir as perdas na agricultura causadas pelos ataques de fungos e insetos ou ainda, no caso dos herbicidas, número das mão de obra utilizado.

O uso desses defensivos contaminam o solo, as águas dos rios e subterrâneas. Afetam ainda a saúde dos que o utilizam.

Detergentes e solventes Utilizados para a limpeza química de objetos nas residências e indústrias. Prejudicam as formas de vida nos rios e oceanos poluindo-os.

Gases poluentes Sejam provenientes da queima de combustíveis fosseis (carvão, petróleo e gás natural) ou de outros materiais como cana de açucar. Causa doenças respiratórias, mudanças climáticas, chuvas ácidas, buraco nas camadas de ozônio alterações no efeito estufa, entre outros efeitos.

Hormônios

Utilizados na pecuária para garantir o aumento da produtividade através do aumento do crescimento.

Contaminam as águas dos rios e do mar em contato com os dejetos desta pecuária, principalmente no caso da piscicultura e da carcinicultura.

Utilizado na mineração, esse metal líquido é altamente tóxico portanto prejudicial à saúde. Contaminam principalmente os rios afetando os peixes e as pessoas que se alimentam deles.

O mercúrio tem efeitos adversos importantes sobre a saúde humana e o meio ambiente. Exposição a níveis elevados de mercúrio pode afetar o cérebro, o coração, os rins e pulmões e o sistema imune dos seres humanos.

Mercúrio

Petróleo e derivados Contaminam os oceanos, principalmente nas regiões de embarque e desembarque. Outro meio de contaminação são os acidentes com os oleodutos ou navios de transporte.

Poluição do Ar

Fruto das grandes concentrações urbanas, da queima de hidrocarbonetos, de florestas e de pastagens, o homem joga na atmosfera milhões de

toneladas de gases e partículas sólidas. A qualidade do ar nos centros urbanos é cada dia pior. Problemas respiratórios, visuais e dermatológicos se acentuam.

O ambiente urbano é um dos mais poluídos.

O problema do lixo

Lixo doméstico, hospitalar, industrial, radioativo, todos são problemas na medida em que as autoridades os ignoram ou os tratam de maneira irresponsável, o que ocorre na maioria dos casos.

Aterros sanitários, coleta diferenciada incineração e proteção em containers blindados são algumas das medidas usuais nos países que mostram maior preocupação com esse tipo de problema.

Infelizmente, em alguns países menos desenvolvidos, roedores, aves de rapina e seres humanos disputam o lixo como fonte de alimentação. Algumas maneiras de reciclar o lixo e gerar energia:

Recuperar materiais inorgânicos para reaproveitamento;

Processar metais, plásticos e polímeros para reutilização em manufatura;

Recuperar húmus e proteínas para rações, fertilizantes e piscicultura.

Poluição sonora

O Homem pode suportar o limite de até 140 dB. Após 140 dB, o tímpano humano pode sofrer rompimento e a pessoa ser acometida de intensa dor.

O som amplificado das discotecas e danceterias, o barulho das britadeiras, dos veículos automotores e dos aviões têm agredido o homem urbano com uma intensidade nunca vista.

Problemas circulatórios e do sistema nervoso central, stress e até mesmo a loucura são os principais problemas causados pelo excesso de som.

As chuvas ácidas

A combinação de gás carbônico (CO2) e água (H20), presentes na atmosfera produz o Ácido Carbônico (H2C03), que embora fraco, já torna as chuvas normalmente ácidas. A chuva ácida, tão prejudicial aos organismos vivos, nada mais é do que a elevação drástica dos teores de acidez na atmosfera e são causadas pelo lançamento de poluentes como dióxido de enxofre (S02), emitido a partir da queima de combustíveis fósseis e do oxigênio (02), já presentes na atmosfera, bem como do dióxido de enxofre (NO2), que após combinarem-se formam o trióxido de enxofre (S03), altamente poluente, por exemplo.

A Ilha de calor

As cidades apresentam temperaturas médias maiores que as zonas rurais de mesma latitude. Dentro delas, as temperaturas aumentam da periferia em direção ao centro.

Em casos extremos, a diferença de temperatura entre as zonas periféricas e o centro pode atingir até 10º C, esse fenômeno, conhecido como ilha de calor.

Os aquecedores, os automóveis, a atividade industrial, transforma a cidade em uma fonte inesgotável de calor.

Os materiais usados na construção, como o asfalto e o concreto, servem de refletores para o calor produzido na cidade e para o calor solar. De dia, os edifícios funcionam como um labirinto de reflexão nas camadas mais altas de ar aquecido. À noite, a poluição do ar impede a dispersão do calor.

Aquecimento global

Seja em virtude dos gases do efeito estufa gerados pelo homem ou por causas naturais como alguns defendem, o fato é que do século XIX para cá a temperatura da terra aumentou em 2,5⁰ C.

A aceleração do degelo na calota polar da Groenlândia duplicou nos últimos 25 anos.

“TAREFA”

Saiba mais em:

http://www.infoescola.com/aquecimento-global/

Principais efeitos do aquecimento global no Brasil:

- Aumento da temperatura em todas as regiões do Brasil, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. Este fato pode fazer com que aumente os incêndios em florestas da região como, por exemplo, na Floresta Amazônica; - Alterações nas estações do ano com pouca diferenciação entre elas. As temperaturas deverão aumentar em todas as estações, causando prejuízos na agricultura; - Aumento na quantidade e intensidade de tufões e furacões nas regiões litorâneas dos estados do Paraná e Santa Catarina; - Com o aumento do nível de água dos oceanos, muitas cidades litorâneas teriam construções invadidas pela água, sendo a única solução a construção de barreiras. Algumas ilhas brasileiras como, por exemplo, a de Marajó poderia ter parte do território submerso; - Aumento das secas no semiárido nordestino, com possibilidade da região se transformar num deserto (desertificação); - Aumento das chuvas e tempestades, principalmente em cidades da região Sudeste como, por exemplo, São Paulo e Rio de Janeiro; - Ecossistemas poderão ser afetados com diminuição significativa da flora e fauna;

Surgidos no início do século XX, os primeiros acordos internacionais ligados a questões ambientais tratavam principalmente de elementos ligados à agricultura e a pesca.

A preocupação com os problemas ambientais ficou um pouco esquecida durante o período das duas Grandes Guerras (1914 até 1945) ganhando novamente destaque a partir de 1950. Na década de 1960 a ONU começou a centralizar a questão ambiental e em 1972 realizou em Estocolmo a primeira grande conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente.

Foi piado o PNUMA (Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente).

Entre 1972 e 1992, foram criadas novas comissões para lidar como as questões ambientais, com destaque para as conferências sobre o clima, a biodiversidade e a água.

1987 – Protocolo de Montreal para controlar os gases que enfraqueciam a camada e ozônio, em particular o CFC. (Clorofluorcarbono).

1992 – Segunda grande conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente a ECO 92 no Rio de Janeiro.

A ECO92 teve como consequências a criação da Agenda 21, da Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas e Convenção sobre a Diversidade Biológica.

A chamada Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento (também intitulada Cúpula da Terra ou, mais popularmente, Eco-92), aconteceu entre 3 a 14 de junho de 1992, no Rio de Janeiro, com a presença de representantes de 178 países para debater formas de desenvolvimento sustentável.

A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92. É um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais. Desenvolvimento Sustentável

Da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, sigla em inglês) e da e Convenção sobre a Diversidade

Biológica saiu a proposta para o Protocolo de Kyoto de 1997.

No Protocolo alguns países se comprometeram a reduzir a emissão dos gases-estufa e outrs em buscar uma maior eficiência energética através do “desenvolvimento limpo”.

Os Estados Unidos se recusaram a assinar o acordo e como é responsável pela emissão de 1/3 desses gases afetou a eficiência do acordo.

http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/agenda21.pdf

http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/mudancasclimaticas/proclima/file/publicacoes/legislacao_dima/portugues/protocoloquioto.pdf