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MEDIDAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE MEDIDAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA SEGURAN FINANCEIRA DA SEGURAN Ç Ç A SOCIAL A SOCIAL 1 1 - - Estes Estes slides slides foram utilizados na interven foram utilizados na interven ç ç ão que fiz no ão que fiz no Encontro Encontro sobre Seguran sobre Seguran ç ç a Social a Social organizado pela CGTP organizado pela CGTP - - IN que se realizou em IN que se realizou em Lisboa no dia 28 de Junho de 2012 Lisboa no dia 28 de Junho de 2012 2 2 - - Contrariamente Contrariamente à à ideia que o governo, os banqueiros que controlam as ideia que o governo, os banqueiros que controlam as sociedades gestoras de fundos de pensões e os seus defensores no sociedades gestoras de fundos de pensões e os seus defensores no s s media têm procurado fazer passar junto da opinião p media têm procurado fazer passar junto da opinião p ú ú blica de que a blica de que a Seguran Seguran ç ç a Social e tamb a Social e tamb é é m o regime de Aposenta m o regime de Aposenta ç ç ão dos trabalhadores ão dos trabalhadores da P da P ú ú blica não são vi blica não são vi á á veis sem cortes brutais o que, a concretizar veis sem cortes brutais o que, a concretizar - - se, os se, os transformaria em transformaria em mini mini - - sistemas sistemas , com direitos m , com direitos m í í nimos e reduzidos, nimos e reduzidos, abrindo assim uma abrindo assim uma á á rea importante de neg rea importante de neg ó ó cio aos privados, nesta cio aos privados, nesta interven interven ç ç ão procuro mostrar, de uma forma quantificada, e utilizando ão procuro mostrar, de uma forma quantificada, e utilizando dados oficiais, que existem um conjuntos de medidas que, se foss dados oficiais, que existem um conjuntos de medidas que, se foss em em implementadas, criariam as condi implementadas, criariam as condi ç ç ões que refor ões que refor ç ç ariam a sustentabilidade ariam a sustentabilidade financeira destes sistemas vitais para todos os trabalhadores cu financeira destes sistemas vitais para todos os trabalhadores cu jos jos interesses nunca seriam assegurado por fundos de pensões que se interesses nunca seriam assegurado por fundos de pensões que se caracterizam pela instabilidade e inseguran caracterizam pela instabilidade e inseguran ç ç a e que não garantem a e que não garantem rendimentos seguros na velhice como aconteceu nos regimes de rendimentos seguros na velhice como aconteceu nos regimes de capitaliza capitaliza ç ç ão que registaram quebras de mais de 30% com a actual crise. ão que registaram quebras de mais de 30% com a actual crise.

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Page 1: MEDIDAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE … · FINANCEIRA DA SEGURANÇA SOCIAL 1-Estes “slides ” foram utilizados na interven ção que fiz no “Encontro sobre Seguran ça Social

MEDIDAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE MEDIDAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA SEGURANFINANCEIRA DA SEGURAN ÇÇA SOCIALA SOCIAL

�� 11--Estes Estes ““ slidesslides ”” foram utilizados na intervenforam utilizados na interven çção que fiz no ão que fiz no ““ Encontro Encontro sobre Seguransobre Seguran çça Sociala Social ”” organizado pela CGTPorganizado pela CGTP --IN que se realizou em IN que se realizou em Lisboa no dia 28 de Junho de 2012Lisboa no dia 28 de Junho de 2012

�� 22-- Contrariamente Contrariamente àà ideia que o governo, os banqueiros que controlam as ideia que o governo, os banqueiros que controlam as sociedades gestoras de fundos de pensões e os seus defensores nosociedades gestoras de fundos de pensões e os seus defensores no s s media têm procurado fazer passar junto da opinião pmedia têm procurado fazer passar junto da opinião p úública de que a blica de que a SeguranSeguran çça Social e tamba Social e tamb éém o regime de Aposentam o regime de Aposenta çção dos trabalhadores ão dos trabalhadores da Pda Púública não são viblica não são vi ááveis sem cortes brutais o que, a concretizarveis sem cortes brutais o que, a concretizar --se, os se, os transformaria em transformaria em minimini --sistemassistemas , com direitos m, com direitos m íínimos e reduzidos, nimos e reduzidos, abrindo assim uma abrindo assim uma áárea importante de negrea importante de neg óócio aos privados, nesta cio aos privados, nesta interveninterven çção procuro mostrar, de uma forma quantificada, e ut ilizando ão procuro mostrar, de uma forma quantificada, e ut ilizando dados oficiais, que existem um conjuntos de medidas que, se fossdados oficiais, que existem um conjuntos de medidas que, se foss em em implementadas, criariam as condiimplementadas, criariam as condi çções que reforões que refor ççariam a sustentabilidade ariam a sustentabilidade financeira destes sistemas vitais para todos os tra balhadores cufinanceira destes sistemas vitais para todos os tra balhadores cu jos jos interesses nunca seriam assegurado por fundos de pe nsões que se interesses nunca seriam assegurado por fundos de pe nsões que se caracterizam pela instabilidade e insegurancaracterizam pela instabilidade e inseguran çça e que não garantem a e que não garantem rendimentos seguros na velhice como aconteceu nos r egimes de rendimentos seguros na velhice como aconteceu nos r egimes de capitalizacapitaliza çção que registaram quebras de mais de 30% com a actu al crise. ão que registaram quebras de mais de 30% com a actu al crise.

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CGTPCGTP

ENCONTRO SOBRE A ENCONTRO SOBRE A SEGURANSEGURANÇÇA SOCIAL DOS TRABALHADORES A SOCIAL DOS TRABALHADORES DO SECTOR PRIVADO E SECTOR PDO SECTOR PRIVADO E SECTOR PÚÚBLICOBLICO

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA E FINANCIAMENTO SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA E FINANCIAMENTO DA SEGURANDA SEGURANÇÇA SOCIAL E DA CGAA SOCIAL E DA CGA

28 de Junho 201228 de Junho 2012

EUGEUGÉÉNIO ROSANIO [email protected]@netcabo.pt

www.eugeniorosa.comwww.eugeniorosa.com

Page 3: MEDIDAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE … · FINANCEIRA DA SEGURANÇA SOCIAL 1-Estes “slides ” foram utilizados na interven ção que fiz no “Encontro sobre Seguran ça Social

A MELHOR FORMA DE DESTRUIR A SEGURANA MELHOR FORMA DE DESTRUIR A SEGURAN ÇÇA SOCIAL E AS A SOCIAL E AS OUTRAS FUNOUTRAS FUNÇÇÕES SOCIAIS DO ESTADO (saÕES SOCIAIS DO ESTADO (sa úúde, educade, educa çção, etc.) ão, etc.)

ÉÉ UMA POLITICA RECESSIVA COMO A ACTUALUMA POLITICA RECESSIVA COMO A ACTUAL

�� Como afirmou o Professor João Ferreira do Amaral, q ue interveio Como afirmou o Professor João Ferreira do Amaral, q ue interveio no no mesmo Encontro, mesmo Encontro, ““ sem crescimento econsem crescimento econ óómico não hmico não h áá politicas politicas sociaissociais ”” ..

�� Efectivamente, o que estEfectivamente, o que est áá a suceder a na suceder a n íível de toda a União Europeia, e vel de toda a União Europeia, e nomeadamente em Portugal, nomeadamente em Portugal, éé que se estque se est áá a aplicar, com a ajuda do a aplicar, com a ajuda do FMI/BCE/CE, uma terapia de choque ultraliberal, par a abrir os paFMI/BCE/CE, uma terapia de choque ultraliberal, par a abrir os pa ííses a ses a um domum dom íínio ainda maior dos mercados, ou seja, dos grandes bancos, nio ainda maior dos mercados, ou seja, dos grandes bancos, fundos e grupos econfundos e grupos econ óómicos, e depois utilizamicos, e depois utiliza --se a crise e a destruise a crise e a destrui çção ão das economias e das sociedades que essa politica es tdas economias e das sociedades que essa politica es táá a provocar para a provocar para justificar os cortes brutais que se estão a fazer n a seguranjustificar os cortes brutais que se estão a fazer n a seguran çça social, na a social, na sasaúúde e na educade e na educa çção. O chamado Tratado Orão. O chamado Tratado Or ççamental imposto pela amental imposto pela sra.sra.MerkelMerkel e aprovado na Assembleia da Repe aprovado na Assembleia da Rep úública pela PSD, CDS e PS visa blica pela PSD, CDS e PS visa perpetuar uma politica recessiva como mostrou tambperpetuar uma politica recessiva como mostrou tamb éém o m o ProfProf ºº Ferreira Ferreira do Amaral que, a concretizardo Amaral que, a concretizar --se, levarse, levar áá inevitavelmente a uma maior inevitavelmente a uma maior destruidestrui çção das funão das fun çções sociais do Estado. ões sociais do Estado.

�� ÉÉ um autentico circulo infernal de destruium autentico circulo infernal de destrui çção dos direitos dos cidadãos ão dos direitos dos cidadãos que estque est áá em marcha e que em marcha e que éé urgente por cobro. Estes urgente por cobro. Estes ““ slides slides ““ são um são um contributo com esse objectivo por isso agradecontributo com esse objectivo por isso agrade çço a sua divulgao a sua divulga çção.ão.

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O AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DA SEGURANÇA SOCIAL É PROVOCADA PELA POLITICA DA”TROIKA” E DO GOVERNO PSD/CDSQuebra nas receitas, nas transferências do OE e no Saldo, e aumento das despesas

ANO(FONTE: Relatório

OE 2006-2012)

CONTRIBUIÇÕES Milhões €

IVAMilhões €

OE-LBSS Milhões €

SALDO GLOBAL Milhões €

Subsidio Desempre-go, apoio emprego Milhões €

2006 11.608 633 5.549 787 1.228

2007 12.370 658 6.016 1.172 1.685

2008 13.128 692 6.295 1.459 1.523

2009 13.866 713 6.807 1.555 1.576

2010 13.483 698 7.499 689 2.221

2011 13.854 715 6.603 552 2.067

2012 (OEA) 13.775 719 6.255 420 2.046

2012(OER) 13.592 719 6.255 34 2.185

2011- De Jan/Maio -Ex. 5.517 298 2.801 871

2012- De Jan/Maio –Ex.

5.344 (-3,1%)

300 2.691 (-3,9%)

1.071 (+23%)

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MEDIDAS NECESSÁRIAS PARA REFORÇAR A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA SEGURANÇA SOCIAL E DO REGIME DE

APOSENTAÇÃO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA EXISTEM E ALGUMAS DELAS SÃO AS SEGUINTES

� 1- Uma politica económica que crie emprego, e não por u ma politica que destrua emprego como é a actual, o que pressupõe uma politica de crescimento que não é possível com as imposições c onstantes dos Tratado Orçamental (défice estrutural de 0,5% e redução significativa da Divida Pública num período de tempo curto);

� 2- Um combate eficaz à evasão e à fraude contributiva, o que não acontece actualmente ;

� 3- Uma recuperação eficaz das dividas à Segurança Social e não o perdão dos infractores como actualmente sucede ;

� 4- Uma alteração profunda do sistema de financiamento

� 5-Diversificação de outras fontes de financiamento

� 6- Reforço do Fundo de Estabilização Financeiro da Se gurança Social e uma melhor gestão já que a gestão que tem sido feit o tem gerado menos valias significativas

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A PRÓPRIA COMISSÃO EUROPEIA RECONHECE QUE UMA POLITICA ECONÓMICA DE CRIAÇÃO DE EMPREGO GARANTERIA

A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA SEGURANÇA SOCIAL

� Do “ LIVRO BRANCO: Uma agenda para pensões adequadas, seguras e sustentáveis ” da Comissão Europeia divulgado em 16 Fevereiro de 2.012, retira mos a seguinte passagem esclarecedora :

� Se fossem atingidos “ os objectivos fixados pela U.E. em matéria de emprego ou igualar o desempenho dos país es com melhores resultados poderia quase neutralizar o s efeitos do envelhecimento da população sobre o peso das pensões no PIB ” (pág. 7)

� Mas a politica que está a ser posta em pratica na U. E. e, com maior gravidade em Portugal devido ao seu atras o e a deficiências estruturais do país, é uma politica for temente recessiva que só destrói emprego, e que se pretende prolongar com o Tratado Orçamental

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RECEITA PERDIDA PELA SEGURANRECEITA PERDIDA PELA SEGURAN ÇÇA SOCIAL DEVIDO AO A SOCIAL DEVIDO AO DESEMPREGO OFICIAL DESEMPREGO OFICIAL –– ÉÉ NECESSNECESSÁÁRIO UMA POLITICA RIO UMA POLITICA

ECONECONÓÓMICA DE CRIAMICA DE CRIA ÇÇÃO DE EMPREGO ÃO DE EMPREGO –– FONTE: INE e MSSFONTE: INE e MSS

ANODESEMPREGO

OFICIAL Milhares

RECEITA PERDIDA Calculadas com base na remuneração base média

Milhões €

RECEITA PERDIDA Calculas com base no

ganho mé dio Milhões €

2000 205,6 614 7312001 215,6 682 8132002 272,3 910 1.0862003 342,3 1.187 1.4142004 365,0 1.312 1.5592005 422,3 1.571 1.8642006 427,8 1.637 1.9442007 448,6 1.759 2.1022008 427,1 1.752 2.0942009 528,6 2.237 2.6642010 602,6 2.638 3.1542011 706,1 3.308 3.897

SOMA 19.609 23.324

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DESEMPREGO REAL MDESEMPREGO REAL M ÉÉDIO EM 2011 ATINGIU 1.052.000 PORTUGUESES, O QUE CAUSOU DIO EM 2011 ATINGIU 1.052.000 PORTUGUESES, O QUE CAUSOU UMA PERDA DE UMA PERDA DE RECEITA RECEITA ÀÀ SEGURANSEGURANÇÇA SOCIAL ENTRE 4929 MILHÕES A SOCIAL ENTRE 4929 MILHÕES €€ e 5.806 e 5.806

MILHÕES MILHÕES €€ SUPERIOR AOS VALORES QUE SE OBTÊM DO DESEMPREGO OF ICIALSUPERIOR AOS VALORES QUE SE OBTÊM DO DESEMPREGO OF ICIAL

RÚBRICAS – FONTE: INE

VALOR TRIMESTRAL

1ºT-2011

2ºT-2011

3ºT-2011 4ºT-2011 1T-2012

1-População activa - Milhares 5.555 5.568 5.543 5.507 5.482

2-DSEMPREGO OFICIAL - Milhares 689 675 690 771 819 (+18,9%)3-Subemprego visível - Milhares 174 175 160 187 203

4-Inativos disponíveis (inclui desencorajados)- Milhares

144 148 193 203 202 (+40,3%)

5-DESEMPREGO REAL- Milhares 1.007 998 1.043 1.161 1.224 (21,5%)

6-TAXA DE DESEMPREGO -(2+3+4) Milhares

TAXA OFICIAL (2:1) 12,4% 12,1% 12,4% 14,0% 14,9%TAXA REAL ((5: (1+4)) 17,7% 17,5% 18,2% 20,3% 21,5%

7-DESEMPREGADOS A RECEBER SUBSIDIO - Milhares

294 287 287 317 359

8-COBERTURA DO SUBSIDIO DE DESEMPREGO - Taxa

Em relação desemprego oficial (7:2) 42,7% 42,5% 41,6% 41,10% 43,8%

Em relação desemprego real (7:5) 29,2% 28,8% 27,5% 27,3% 29,3%

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A POLITICA DE AUSTERIDADE VIOLENTA DA A POLITICA DE AUSTERIDADE VIOLENTA DA ““ TROIKA E DO GOVERNO TROIKA E DO GOVERNO PSD/CDS ESTPSD/CDS ESTÁÁ A AGRAVAR O DESEMPREGO E, CONSEQUENTEMENTE, A A AGRAVAR O DESEMPREGO E, CONSEQUENTEMENTE, A

PERDA E RECEITA DA SEGURANPERDA E RECEITA DA SEGURAN ÇÇA SOCIALA SOCIAL -- Dado do Dado do EurostatEurostat

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RECEITAS PERDIDAS PELA SEGURANRECEITAS PERDIDAS PELA SEGURAN ÇÇA SOCIAL DEVIDO A SOCIAL DEVIDO ÀÀ FUGA E EVASÃO FUGA E EVASÃO CONTRIBUTIVA ELEVADAS E ESTCONTRIBUTIVA ELEVADAS E EST ÁÁ A AUMENTAR COMO REVELAM OS DADOS DE 2010 E A AUMENTAR COMO REVELAM OS DADOS DE 2010 E

20112011-- ÉÉ URGENTE UM COMBATE EFICAZ URGENTE UM COMBATE EFICAZ ÀÀ EVASÃO E FRAUDE QUE NÃO EXISTEEVASÃO E FRAUDE QUE NÃO EXISTE

ANOS

CONTRIBUIÇÕES POTENCIAIS

Calculo com base nas remunera-

ções base Milhões €

CONTRIBUIÇÕES POTENCIAISCalculo com

base nos ganhos Milhões €

CONTRIBUIÇOESCOBRADAS

pela Seg. SocialMilhões €

PERDA DE RECEITA

Estimativa da fraude e evasão

base remuneração Milhões €

PERDA DE RECEITA

Estimativa da fraude e evasão

base ganho Milhões €

2000 9.982 11.884 8.769 1.213 3.1152001 10.685 12.748 9.570 1.115 3.1782002 11.451 13.667 10.168 1.283 3.4992003 11.764 14.007 10.469 1.295 3.5392004 12.455 14.798 10.438 2.017 4.3602005 12.931 15.340 10.887 2.044 4.4532006 13.601 16.150 11.608 1.993 4.5422007 14.140 16.898 12.369 1.771 4.5292008 15.023 17.959 13.082 1.941 4.8772009 15.173 18.068 13.128 2.045 4.9402010 15.705 18.776 13.483 2.222 5.2932011 16.856 19.858 13.854 3.002 6.004

SOMA 159.765 190.154 137.620 21.940 52.329FONTE: Contas Nacionais - INE; Mapas do Pessoal : MTSS; Relatórios Orçamentos do Estado

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AS DIVIDAS AS DIVIDAS ÀÀ SEGURANSEGURANÇÇA SOCIAL DE CONTRIBUIA SOCIAL DE CONTRIBUI ÇÇÕES DECLARADAS (uma ÕES DECLARADAS (uma parte são descontos nos salparte são descontos nos sal áários e a sua não entrega rios e a sua não entrega éé crime) NÃO ENTREGUES crime) NÃO ENTREGUES PELOS PATRÕES ATINGIA JPELOS PATRÕES ATINGIA J ÁÁ 7.270,5 MILHÕES 7.270,5 MILHÕES € EM 2010, E GOVERNO QUER

PERDOAR – É URGENTE DIVULGAR TODOS OS DEVEDEDORES PO R ESCALÕES COMO ANTES ERA FEITO, E COBRAR AS DIVIDAS

ANOS

DIVIDAS ACUMULADAS ÀSEGURANÇA SOCIAL

Milhões €

AUMENTO ANUAL DA

DIVIDA

PROVISÕES acumuladas criadas para

anular dividas

Médio e Longo Prazo

Curto Prazo TOTAL Milhões € Em milhões €

2005 0,099 2.150,0 2.150,1 233,72006 0,099 3.174,2 3.174,3 1.024,1 310,22007 2.744,6 1.475,4 4.220,0 1.045,8 2.447,72008 3.895,3 1.354,0 5.249,3 1.029,2 3.592,72009 4.849,6 1.776,9 6.626,5 1.377,2 4.560,0

2010 5.739,9 1.530,6 7.270,5 644,0 5.437,7Aumento 2005/2010

5.739,8 -619,4 5.120,4 5.204,0

FONTE: Balanços da Segurança Social constantes Relatórios OE 2006-2012

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UMA PARCELA IMPORTANTE DA RIQUEZA LIQUIDA (VAL) CRI ADA PELOS UMA PARCELA IMPORTANTE DA RIQUEZA LIQUIDA (VAL) CRI ADA PELOS TRABALHADORES NAS EMPRESAS NÃO DESCONTA PARA A SEGU RANTRABALHADORES NAS EMPRESAS NÃO DESCONTA PARA A SEGU RANÇÇA A

SOCIAL SOCIAL –– 2000/2011: 618.638 milhões 2000/2011: 618.638 milhões € - É URGENTE QUE TAMBÉM C ONTRIBUA

ANOS(Fonte:

INE)

VAL a preços de mercado Milhões €

Remunerações Milhões €

Parcela do VAL que não contribui para a Seg.

Social - Milhões €2000 107.161,3 62.624,0 44.537,32001 112.816,1 66.110,0 46.706,12002 117.483,3 69.374,0 48.109,32003 119.480,5 71.223,0 48.257,52004 124.268,8 73.648,0 50.620,82005 128.009,6 77.359,0 50.650,62006 133.555,4 79.640,0 53.915,42007 140.968,6 82.876,0 58.092,62008 142.237,5 85.984,0 56.253,52009 138.708,5 85.757,0 52.951,52010 141.694,6 86.653,0 55.041,62011 139.131,4 85.629,0 53.502,4

SOMA 1.545.515,6 926.877,0 618.638,6

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ÉÉ NECESSNECESSÁÁRIO UM NOVO SISTEMA DE FINANCIAMENTO DA SEGURANRIO UM NOVO SISTEMA DE FINANCIAMENTO DA SEGURAN ÇÇA SOCIAL EM A SOCIAL EM QUE AS CONTRIBUIQUE AS CONTRIBUI ÇÇÕES PATRONAIS SEJAM CALCULADAS COM BASE EM TODA A ÕES PATRONAIS SEJAM CALCULADAS COM BASE EM TODA A

RIQUEZA LIQUIDA CRIADA (VAL) E NÃO APENAS NAS REMUN ERARIQUEZA LIQUIDA CRIADA (VAL) E NÃO APENAS NAS REMUN ERAÇÇÕES QUE ÕES QUE ÉÉ APENAS APENAS UMA PARCELAUMA PARCELA :: uma base mais larga e estuma base mais larga e est áável e com taxa uma contributiva mais baixa e mais justavel e com taxa uma contributiva mais baixa e mais justa

Anos

VAL a preços base

Milhões €

VAL a preços de mercado Milhões €

Contribuições patronais cobradas

pela Segurança Social Milhões €

Contribuições patronais em % do VAL a preços base

Contribuições patronais em % do VAL a preços

de mercado

2000 91.393,1 107.161,3 5.993 6,6% 5,6%

2001 96.275,8 112.816,1 6.541 6,8% 5,8%

2002 99.768,9 117.483,3 6.950 7,0% 5,0%

2003 101.256,2 119.480,5 7.155 7,1% 6,0%

2004 105.301,7 124.268,8 7.135 6,8% 5,7%

2005 107.106,6 128.009,6 7.934 7,4% 6,2%

2006 111.050,3 133.555,4 8.454 7,6% 6,3%

2007 117.858,2 140.968,6 8,941 7,6% 6,3%

2008 119.565,6 142.237,5 8.972 7,5% 6,3%

2009 118.908,0 138.708,5 8.975 7,5% 6,5%

2010 120.215,8 141.694,6 9.164 7,6% 6,5%

2011 117.527,6 139.131,4 9.469 8,1% 6,8%

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O ACTUAL SISTEMA EM QUE AS CONTRIBUIO ACTUAL SISTEMA EM QUE AS CONTRIBUI ÇÇÕES PATRONAIS SÃO CALCULADAS ÕES PATRONAIS SÃO CALCULADAS COM BASE NAS REMUNERACOM BASE NAS REMUNERA ÇÇÕES DETERMINA CONCORRÊNCIA DESLEAL ENTRE ÕES DETERMINA CONCORRÊNCIA DESLEAL ENTRE EMPRESAS: as que contribuem menos para a SeguranEMPRESAS: as que contribuem menos para a Seguran çça Social são as que criam a Social são as que criam menos emprego e, por isso, pagam menos remuneramenos emprego e, por isso, pagam menos remunera çções e muitas têm elevados ões e muitas têm elevados

lucros (empresas de capital e conhecimento intensiv os)lucros (empresas de capital e conhecimento intensiv os)FONTE: Empresas em Portugal FONTE: Empresas em Portugal --INEINE

SECTOR E SUBSECTORES

VAB Milhões euros

CONTRIUIÇOES PATRONAIS Milhões euros

% Contribuições do VAB

2008 2009 2008 2009 2008 2009Empresas não financeiras 85.969,9 82.736,0 9,6 9.468,2 11,1% 11,4%

Pesca e agricultura 107,5 112,9 16,8 17,4 15,6% 15,5%Indústrias extractivas 519,5 527,3 43,6 40,5 8,4% 7,7%Industrias transformadoras 18.468,7 16.310,5 2.089,3 1.972,6 11,3% 12,1%

Electricidade, gás , aguas 3.350,9 3.635,6 103,9 105,5 3,1% 2,9%

Construção 9.580,3 8.845,3 1.153,2 1.099,4 12,0% 12,4%Comercio por grosso e a retalho 16.282,9 15.626,6 1.904,1 1.897,2 11,7% 12,1%

Transportes e armazenagem 6.422,4 6.422,7 732,1 726,1 11,4% 11,3%Alojamento e restauração 2.971,0 2.922,4 432,2 432,7 14,5% 14,8%Actividades imobiliárias 2.104,7 1.974,2 103,3 96.1 4,9% 4,9%

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AS REMUNERAAS REMUNERAÇÇÕES JÕES JÁÁ NÃO SÃO UMA BASE ESTNÃO SÃO UMA BASE EST ÁÁVEL E SUFICIENTE DE CVEL E SUFICIENTE DE CÁÁLCULO LCULO DAS CONTRIBUIDAS CONTRIBUI ÇÇÕES PATRONAIS PARA A SEGURANÕES PATRONAIS PARA A SEGURAN ÇÇA SOCIAL POR 3 RAZÕES: A SOCIAL POR 3 RAZÕES:

(1) Porque se est(1) Porque se est áá a verificar uma destruia verificar uma destrui çção macião maci çça de emprego; (2) Porque o desemprego a de emprego; (2) Porque o desemprego estrutural, ou seja, permanente estestrutural, ou seja, permanente est áá a aumentar; (3) Porque a recuperaa aumentar; (3) Porque a recupera çção do emprego em ão do emprego em

muitos pamuitos pa ííses ses éé mais lenta do que a recuperamais lenta do que a recupera çção econão econ óómica, podendo haver mesmo mica, podendo haver mesmo recuperarecupera çção econão econ óómica sem emprego crescer mica sem emprego crescer ( ex.:( ex.: joblessjobless recoveryrecovery nos E.U.Anos E.U.A ..))

TRIMESTRE/ANO – Dados do INE EMPREGO

TOTAL Milhares

1ºTrim-2007 5.136

1º Trim-2011 4.866

2º Trim-2011 4.893

3º Trim-2011 4.854

4º Trim-2011 4.735

1º Trim-2012 4.663

4º Trim-2012 (Previsão) 4.522

Destruição Emprego (1ºTrim.2007/1ºTrim2012) -473

Destruição Emprego (1ºTrim2011-1ºTrim2012) -204

Destruição Emprego (1ºTrim.2007-4ºTrim.2012)-Previs ão -614

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É NECESSÁRIO TAMBÉN DIVERSIFICAR AS FONTES DE FINANC IAMENTO DO ESTADO PARA ESTE PODER FINANCIAR O REGIME NÃO CONTR IBUTIVO E A

CGA: uma taxa de 0,25% sobre as transacções finance iras daria uma receita que se estima em 3.000 milhões €

TIPO DE TRANSACÇÕES FINANCEIRAS

2011

Transac ções Milhões €

Taxa Receita Milhões €

Por conta pr ópria 1.097.314 0,25% 2.743

Por execu ção de ordens 102.710 0,25% 257

SOMA 1.200.023 3.000

FONTE: CMVM - Séries longas

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ISENISENÇÇÃO DE MAISÃO DE MAIS --VALIAS PROMOVE A ESPECULAVALIAS PROMOVE A ESPECULA ÇÇÃO: ÃO: éé necessnecess áário rio eliminar a iseneliminar a isen çção que continuam a ter a maior parte das maisão que continuam a ter a maior parte das mais --valias o valias o

que daria uma receita adicional de pelo menos 1.178 m ilhões que daria uma receita adicional de pelo menos 1.178 m ilhões €€..

�� QUEM ESTQUEM ESTÁÁ ACTUALMENTE ISENTO DE PAGAR IMPOSTOS SOBRE MAIS ACTUALMENTE ISENTO DE PAGAR IMPOSTOS SOBRE MAIS VALIAS:VALIAS:�� 11-- Estão isentos de IRC os rendimentos dos fundos de p ensões (Estão isentos de IRC os rendimentos dos fundos de p ensões ( artart ºº 26, 26,

Estatuto de BenefEstatuto de Benef íícios Fiscais);cios Fiscais);�� 22-- Estão isentas as maisEstão isentas as mais --valias obtidas por pessoas singulares ou valias obtidas por pessoas singulares ou

colectivas não residentes (colectivas não residentes ( artart ºº 2727ºº do Estatuto de Benefdo Estatuto de Benef íícios Fiscais);cios Fiscais);�� 33-- Estão isentas as maisEstão isentas as mais --valias obtidas por SGPS (valias obtidas por SGPS ( artart ºº 32 do EBF);32 do EBF);�� 44-- Estão isentas as maisEstão isentas as mais --valias obtidas por sociedades de capital de risco valias obtidas por sociedades de capital de risco

e investidores de capital de risco (e investidores de capital de risco ( artart ºº 3232ºº--A do EBF);A do EBF);

�� ACTUALMENTE MAIS DE 70% DAS MAIS VALIAS OBTIDAS NA BOLSA ACTUALMENTE MAIS DE 70% DAS MAIS VALIAS OBTIDAS NA BOLSA ATRAVATRAV ÉÉS DE OPERAS DE OPERAÇÇÕES ESPECULATIVAS ESTÃO ISENTAS DO ÕES ESPECULATIVAS ESTÃO ISENTAS DO PAGAMENTO DE IMPOSTOS.PAGAMENTO DE IMPOSTOS.

�� Em 2011, os rendimentos transferidos para o exterio r de aplicaEm 2011, os rendimentos transferidos para o exterio r de aplica çções ões financeiras em Portugal feitas por entidades estran geiras atingifinanceiras em Portugal feitas por entidades estran geiras atingi u 11.788 u 11.788 milhões milhões €€ segundo o Banco de Portugal. A maior parte não pago u qualquer segundo o Banco de Portugal. A maior parte não pago u qualquer imposto. Uma taxa de 10% daria uma receita adicion al de 1.178 mimposto. Uma taxa de 10% daria uma receita adicion al de 1.178 m ilhões ilhões €€.. A A taxa actual sobre as maistaxa actual sobre as mais --valias não isentas valias não isentas éé 21,5%.21,5%.

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DIVIDENDOS DISTRIBUDIVIDENDOS DISTRIBUÍÍDOS NÃO PAGAM IMPOSTOS DESDE QUE A ENTIDADE DOS NÃO PAGAM IMPOSTOS DESDE QUE A ENTIDADE QUE RECEBE DETENHA 10% OU MAIS DO CAPITAL DA SOCIE DADE QUE QUE RECEBE DETENHA 10% OU MAIS DO CAPITAL DA SOCIE DADE QUE

DISTRIBUI OS LUCROS DISTRIBUI OS LUCROS –– Receita mReceita m íínima adicional 589 milhões nima adicional 589 milhões €€..

�� Segundo o Segundo o artart ºº 51 do C51 do C óódigo do IRCdigo do IRC , na determinação do lucro tributável d as sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas e empresas públicas, com sede ou direcção efectiva em territór io português, são deduzidos os rendimentos, incluídos na base tributável, correspo ndentes a lucros distribuídos, desde que sejam verificados os seguintes requisitos : � a) A sociedade que distribui os lucros tenha a sede ou direcção efectiva no

mesmo território e esteja sujeita e não isenta de I RC ou esteja sujeita ao imposto referido no artigo 7.º;

� b) A entidade beneficiária não seja abrangida pelo r egime da transparência fiscal previsto no artigo 6.º;

� c) A entidade beneficiária detenha directamente uma participação no capital da sociedade que distribui os lucros não inferior a 10 % e esta tenha permanecido na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da colocação à disposição dos lucros ou, se detida há me nos tempo, desde que a participação seja mantida durante o tempo necessári o para completar aquele período

� Em 2011, foram transferidos para o estrangeiro 5.89 2 milhões € de dividendos, e a maioria não paga qualquer imposto (ex. Amorim Energ ia, a sociedade de Jerónimo Martins na Holanda). Uma taxa de 10% representaria um adicional de 589 milhões €. Um pequeno investidor em Portugal paga 21,5% de IRS so bre os dividendos que recebe

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FUNDO DE ESTABILIZAÇÃO FINANCEIRA DA SEGURANÇA SOCI AL REGISTA MENOS-VALAIS IMPORTANTES – É necessário uma melhor ge stão

ANOSVALOR TOTAL

FUNDO Milhões €

DOTAÇÕES (saldos Seg. Social+Venda imóveis) Milhões €

2006 6.640 141

2007 7.560 634

2008 8.339 1.092

2009 9.407 516

2010 9.638 223

2011 8.872 297

2.903

2011(Sem dota ções) 5.969MENOS-VALIAS (2011-2006) -671

31.05.2012 9.482 697

31.05.2012 (sem dota ções) 5.882 3.600

MENOS VALIAS (Maio2012-2006) -758

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CARTEIRA DAS APLICAÇÕES DO FEFSS em 31.5.2012– 42,6% estava aplicado em acções e em divida públic a de outros países – É

necessário melhor gestão, com menos risco e rentabi lidade mais segura, e maior transparência – O valor actual do Fundo de Estabilid ade Financeira da Segurança

Social corresponde a 10,99 meses de pensões

ACTIVOS Milhões € % Total

Reserva estratégica 87 0,9%

CEDIC (Certificado Especial de divida pública) 102 1,1%

OT´s - Obrigações Tesouro 650 6,9%

BT´s - Bilhetes de Tesouro 745 7,9%

Obrigações - Divida Pública Portuguesa 3.553 37,7%

Obrigações - Outra divida pública 2.524 26,8%

Acções 1.402 14,9%

Imobiliário 205 2,2%

Liquidez 150 1,6%

TOTAL 9.418 100,0%

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AS ALTERAÇÕES MAIS IMPORTANTES DO SISTEMA DE APOSENTAÇÃO DOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA

� 1-Dede 2005 o Estatuto da Aposentação sofreu sucess ivas e profundas alterações (quase todos os anos), retirando direitos adquirido s aos trabalhadores, violando expectativas legitimas dos trabalhadores, e criando na Administração Pública a insegurança generalizada o que levou a um numero el evado de aposentações prematuras e à saída de muitos quadros experiente e altamente qualificados, causando a degradação do serviços públicos prestados à popula ção, o que é ainda agravado pelo congelamento do recrutamento de novos trabalhadores . Assim:

� A idade de aposentação foi aumentada em 5 anos e o tempo de serviço em 4 anos

� A formula de cálculo da pensão mesmo para os trabal hadores que entraram na Administração Pública antes de 1992, porque para os que entram depois deste ano já era o da Segurança Social, passou a ser a da Segu rança Social para o período posterior a 2005

� O factor de sustentabilidade aplica-se a todos os t rabalhadores da Função Pública e, em muitos casos, para além do estabelecido na lei

� O trabalhadores da Administração descontam para a C GA 11% e para a ADSE 1,5%, mas as entidades empregadoras publicas contribuem p ara a CGA na década de 90 com apenas 1,5% e agora só com 15% do valor das remu nerações.

� As transferências do OE para a CGA, a que o governo e os media chamam erradamente subsídios, são para cobrir as contribui ções insuficientes das entidades empregadoras públicas ao longo de muitos anos e tam bém agora.

� Actualmente a CGA é um sistema fechado (não aceita i nscrições) o que agrava a situação financeira da CGA obrigando a transferênci as do OE mais elevadas

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DURANTE MUITOS ANOS O ESTADO, COMO ENTIDADE EMPREGADORA DURANTE MUITOS ANOS O ESTADO, COMO ENTIDADE EMPREGADORA NÃO ENTREGOU NÃO ENTREGOU ÀÀ CGA O QUE DEVIA COMO QUALQUER ENTIDADE CGA O QUE DEVIA COMO QUALQUER ENTIDADE

EMPREGADORA (23,75% das remuneraEMPREGADORA (23,75% das remunera çções)ões) -- As transferências actuais do As transferências actuais do OE para a CGA são para cobrir o OE para a CGA são para cobrir o ““ buracoburaco ”” da responsabilidade do Estadoda responsabilidade do Estado

Milhões contos Milhões euros

RUBRICAS 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Quotizações dos trabalhadores 119 157,5 169 179,7 186,1 203 223 244 270 1.415 1.446

Contribuições das entidades

empregadoras 18,3 23,3 25,6 27,8 28,3 32 37 39 44 256 410

“Subsidio” do Estado 136,3 156,6 233 274,4 312,5 346 362 405 402 2.355 2.543

PAGO À CGA POR ESTADO + ENTIDA-

DES 155 180 259 302 341 378 399 444 445 2.611 2.953

MASSA SALARIAL 1190 1575 1690 1797 1861 2030 2.227 2.439 2.699 14.154 14.460

ESTADO + ENTIDA-DES DEVIAM ENTRE-

GAR (23,75% ) 283 374 401 427 442 482 529 579 641 3.362 3.434

NÃO ENTREGUE ÀCGA 128 194 143 125 101 104 130 135 196 750 482

Fonte: Relatórios e Contas da CGA – 1993 – 2003

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EM 2011, AS ENTIDADES EMPREGADORAS PEM 2011, AS ENTIDADES EMPREGADORAS P ÚÚBLICAS CONTRIBUIRAM PARA A CGA BLICAS CONTRIBUIRAM PARA A CGA APENAS COM 14,9% DAS REMUNERAAPENAS COM 14,9% DAS REMUNERA ÇÇÕES QUE PAGARAM, PORTANTO MUITO ÕES QUE PAGARAM, PORTANTO MUITO INFERIOR AOS 23,75% PAGAS PELAS ENTIDADES PRIVADAS INFERIOR AOS 23,75% PAGAS PELAS ENTIDADES PRIVADAS –– A A insuficênciainsuficência de de

contribuicontribui çções em 2011, assim nos anos anteriores corresponden te ao tempo dões em 2011, assim nos anos anteriores corresponden te ao tempo d e servie servi çço o que os trabalhadores jque os trabalhadores j áá têm têm éé que justificam a transferências do OE para a CGA qu e se que justificam a transferências do OE para a CGA qu e se

agravam devido agravam devido àà CGA se ter transformado num regime fechado (actualm ente não se CGA se ter transformado num regime fechado (actualm ente não se podem inscrever mais trabalhadores da Funpodem inscrever mais trabalhadores da Fun çção Pão Púública nela)blica nela)

ANOSREMUNERA-

ÇÕES

Quotas –Trabalha

dores

Contribui-ções

entidades

Quotas e Contribuições em %

Remunerações

Milhões de eurosTraba-lhador

Emprega-dor

2011 12.981 1.428 1.933 11,0% 14,9%

2011-Transfe-rências do OE

4.202

FONTE: Relatórios e Contas - 2011 - CGA