medidas mitigadoras

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Atividade de Produo e Escoamento de Gs Natural e Petrleo do Campo de Camarupim, Bacia do Esprito Santo

Medidas Mitigadoras e Compensatrias II.7

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II.7 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATRIAS E PROJETOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTAL II.7.1 Medidas mitigadoras e compensatriasA partir da identificao e classificao dos impactos ambientais potenciais decorrentes das atividades de produo e escoamento de gs natural e petrleo no Campo de Camarupim, Bacia do Esprito Santo, a equipe multidisciplinar props aes que visam reduo ou eliminao dos impactos negativos (medidas mitigadoras) e tambm aes objetivando a maximizao dos impactos positivos (medidas potencializadoras). Alm da apresentao das medidas mitigadoras e potencializadoras, o presente captulo contempla tambm os projetos ambientais elaborados visando implantao das medidas mitigadoras e/ou o acompanhamento/avaliao da eficcia destas medidas na reduo e/ou maximizao dos impactos. As medidas mitigadoras/reparadoras propostas foram baseadas na previso de eventos adversos potenciais sobre os itens ambientais destacados, tendo por objetivo a eliminao ou atenuao de tais eventos. As medidas potencializadoras propostas, conforme citado anteriormente, visam otimizar as condies de instalao do empreendimento atravs da maximizao dos efeitos positivos. Tais medidas mitigadoras e potencializadoras (de controle e ajuste) apresentam caractersticas de conformidade com os objetivos a que se destinam, conforme se segue: Medida Mitigadora Preventiva: consiste em uma medida que tem como objetivo minimizar ou eliminar eventos adversos que se apresentam com potencial para causar prejuzos aos itens ambientais destacados nos meios fsico, bitico e antrpico. Este tipo de medida procura anteceder a ocorrncia do impacto negativo. Medida Mitigadora Corretiva: consiste em uma medida que visa restabelecer a situao anterior ocorrncia de um evento adverso sobre o item ambiental

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Medidas Mitigadoras e Compensatrias II.7

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destacado nos meios fsico, bitico e antrpico, atravs de aes de controle ou da eliminao/controle do fato gerador do impacto. Medida Mitigadora Compensatria: consiste em uma medida que procura repor bens scio-ambientais perdidos em decorrncia de aes diretas ou indiretas do empreendimento. Medida Potencializadora: consiste em uma medida que visa otimizar ou maximizar o efeito de um impacto positivo decorrente direta ou indiretamente da implantao do empreendimento. Apresentam-se a seguir as medidas de controle e ajuste, classificadas quanto ao seu carter preventivo, corretivo ou compensatrio, bem como as medidas potencializadoras propostas, correlacionando-as ao fator de sensibilidade e ao fator de impacto relacionado ao componente socioambiental, conforme apresentado no Quadro II.7-1.

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Quadro II.7-1 - Medidas de controle e ajuste para as atividades envolvidas na atividade produo e escoamento no Campo de Camarupim.Fatores de Sensibilidade Fatores de Impacto Medidas de Controle e Ajuste Indicadas Tanto no caso do impacto apresentar uma natureza positiva como negativa, importante que se desenvolva e implemente um Programa de Comunicao Social para atender necessidade de esclarecimento das populaes de um modo geral, informando sobre as caractersticas do empreendimento, suas relaes com as Prefeituras da rea de influncia e suas demandas em relao a mo-de-obra e servios. Atravs do Programa de Comunicao Social, divulgando o aproveitamento da mo-de-obra j existente no local, minimizando o fluxo migratrio excessivo para a rea. Recomenda-se a adoo de poltica de apoio atrao de novos empreendimentos, levadas a efeito pelo poder pblico, especialmente lanando-se mo de poltica de incentivos estaduais, vem se somar ao efeito atrator exercido pela atividade de E&P. Vislumbra-se alm das aes que decorrem naturalmente da PETROBRAS, aes que podem ser empreendidas pelo poder pblico. Recomenda-se que seja dada prioridade contratao de mo-de-obra local, bem como compra de produtos e contratao de servios nos municpios da rea de influncia. Recomenda-se a contratao de servios e a compra de produtos no estado, na regio e nos municpios da rea de influncia de maneira a contribuir para a gerao, direta e indireta, de postos de trabalho e a reduo do nmero de desemprego. Recomenda-se priorizar a aquisio de equipamentos originrios de indstrias petrolferas e navais nacionais, bem como os reparos e manutenes nos equipamentos e embarcaes no Brasil, contribuindo para o contnuo fortalecimento destes segmentos industriais do pas. Recomenda-se que seja dada prioridade contratao de mo-de-obra local, bem como compra de produtos e contratao de servios nos municpios da rea de influncia do empreendimento. Fase de Adoo Carter Eficcia

Gerao de expectativas

Antes e durante a atividade

Preventiva

Moderada

Atrao de populao

Antes e durante a atividade

Corretiva

Moderada

Atrao de novos empreendimentos Aspectos Socioeconmicos Demanda por bens e servios

Antes e durante a atividade

Potencializadora Moderada

Durante a atividade

Potencializadora Moderada

Gerao e manuteno de empregos

Antes e durante a atividade

Potencializadora Moderada

Fortalecimento da indstria petrolfera e naval

Durante a atividade

Potencializadora Moderada

Dinamizao da economia

Durante a atividade

Potencializadora Moderada

(continua)

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Quadro II.7-1 (continuao)Fatores de Sensibilidade Fatores de Impacto Intensificao das desigualdades regionais Medidas de Controle e Ajuste Indicadas No existem medidas para este impacto, uma vez que o posicionamento de cada municpio em relao linha de costa se trata de uma questo geogrfica, associado a uma questo legal referente distribuio dos royalties. Recomenda-se a implementao da rede de distribuio do mesmo s diversas regies do estado e para fora dele, bem como pelos municpios e o Estado, atravs de aes que facilitem o acesso da populao e dos empreendedores a este recurso e estimulem o seu uso. Recomenda-se a participao governamental nas principais decises deste setor, orientando e direcionando, por exemplo, a escolha dos locais das bases operacionais da empresa, como a futura sede da UN-ES, os futuros portos de supply, o parque de tubos e outras instalaes, de forma que sejam evitados conflitos com outras atividades e mesmo com os interesses de crescimento ou preservao ambiental dos municpios aonde estas instalaes vierem a se implantar. recomendvel a compra de produtos e a contratao de servios nos municpios da rea de influncia do empreendimento, acarretando no pagamento de tributos de diversas ordens, seja ICMS, ISS, IPI, dentre outros. Estimular a sociedade a exigir do poder pblico a implementao de administrao comunitria de forma a fiscalizar as Prefeituras locais na aplicao dos recursos financeiros arrecadados pelos royalties e impostos em infraestrutura, servios bsicos e projetos sociais. Acrescente-se ainda que o Projeto de Comunicao Social, na medida em que esclarece populao, contribui para informar o cidado, qualificando-o para participar nos espaos de deciso para a gesto de interesses coletivos. Implementao do Programa de Comunicao Social e Educao Ambiental, com objetivos de mitigar as interaes geradas entre as atividades pesqueiras e petrolferas na rea onde se insere o empreendimento. Fase de Adoo Carter Compensatrias Eficcia

Incremento de leo e gs na matriz energtica do Esprito Santo

Durante a atividade

Potencializadora Elevada

Transformao do perfil produtivo do Esprito Santo Aspectos Socioeconmicos Gerao de tributos

Durante a atividade

Potencializadora Moderada

Antes e durante a atividade

Potencializadora Moderada

Gerao e distribuio de royalties

Durante a atividade

Potencializadora Moderada

Interferncia na atividade pesqueira

Antes e durante a atividade

Preventiva

Moderada

(continua)

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Quadro II.7-1 (continuao)Fatores de Sensibilidade Fatores de Impacto Medidas de Controle e Ajuste Indicadas Implementao do Programa de Comunicao Social e Educao Ambiental, com objetivos de mitigar as interaes geradas entre a atividade de lanamento dos dutos, o transporte de equipamentos e insumos com as demais embarcaes que operam na rota onde se insere o empreendimento. Recomenda-se o atendimento ao preconizado nos procedimentos constantes no Plano Diretor de Resduos da UN-ES, onde se encontra estabelecida a necessidade de minimizar, reciclar e reutilizar ao mximo os resduos resultantes das atividades petrolferas, minimizando a necessidade de novas reas para disposio de resduos. Recomenda-se o atendimento s normas reguladoras do Ministrio do Trabalho, as quais incluem treinamentos e capacitao nas atividades correlatas aos seus empreendimentos, bem como a realizao de exames peridicos e a adoo das medidas relativas manuteno de uma boa convivncia a bordo. Recomenda-se a implantao de um controle de itinerrios dos veculos de acesso ao porto, bem como uma sinalizao adequada, especialmente em locais de maior fluxo de veculos e nos acessos mais utilizados pelos veculos de carga. O Poder Pblico dever ainda executar obras de melhorias nas vias de maior utilizao, alm de promover regularmente a manuteno das mesmas. Recomenda-se ao atendimento das normas do Ministrio do Trabalho, incorporando ao seu escopo, a implementao do Projeto de Treinamento dos Trabalhadores, de maneira a capacitar os trabalhadores para as questes de segurana e meio ambiente. Fase de Adoo Carter Eficcia

Presso sobre o trfego Marinho

Antes e durante a atividade

Preventiva

Moderada

Demanda de reas para disposio final de resduos

Durante a atividade

Preventiva

Elevada

Aspectos Socioeconmicos

Problemas de sade ocupacional

Durante a atividade

Preventiva e Corretiva

Elevada

Sobrecarga das estradas de acesso aos portos supply

Durante a atividade

Preventiva

Elevada

Risco de acidentes com trabalhadores, embarcaes e aeronaves

Durante a atividade

Preventiva

Moderada

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Quadro II.7-1 (continuao)Fatores de Sensibilidade Fatores de Impacto Medidas de Controle e Ajuste Indicadas Fase de Adoo Carter Eficcia Recomenda-se a aplicao das normas de segurana e proceder aos devidos treinamentos dos operadores embarcados, para que em situaes de emergncia seja preservada a integridade e estabilidade das unidades martimas, alm de preservar tambm as vidas humanas. Implementar o Plano de Gerenciamento de Riscos para a unidade FPSO, bem como utilizar-se do Plano de Emergncia Individual e de Contingncia permanentemente atualizados e respaldados por um treinamento contnuo das instituies e recursos humanos. Implementar sistemas de controle e manuteno dos equipamentos e operaes que ofeream riscos de derrames acidentais de leo nas unidades, garantindo uma permanente avaliao de suas condies de funcionamento e segurana. Durante a atividade Recomenda-se tambm que no caso das medidas mitigadoras preventivas no sejam suficientes para evitar a propagao das plumas de disperso de leo, deve ser prevista a adoo de medidas compensatrias para os eventuais danos ambientais causados aos ecossistemas atingidos, alm de priorizar a imediata limpeza dos mesmos. Envolvem ainda, como medidas previstas para o meio antrpico, indenizaes e apoio especfico comunidade pesqueira eventualmente atingida, alm do ressarcimento dos eventuais prejuzos do setor ligado ao turismo, entre outros. Outras medidas compensatrias podero ser previstas aps avaliao da extenso dos prejuzos, bem como em funo daqueles provocados ao meio socioambiental.

Aspectos Socioeconmicos

Contaminao ambiental por derrame acidental de leo

Preventiva, Corretiva e Compensatria

Elevada

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Quadro II.7-1 (continuao)Fatores de Sensibilidade Fatores de Impacto Medidas de Controle e Ajuste Indicadas Fase de Adoo Carter Eficcia Recomenda-se o controle contnuo do teor de leos e graxas, da temperatura do efluente final, atravs de sensores automticos no FPSO que interrompam o descarte no caso dos limites estabelecidos serem ultrapassados, alm do controle do volume de gua dessulfatada descartada, de forma a garantir a eficincia dos sistemas e assegurar que esses descartes estejam Durante a atividade em conformidade com a CONAMA 357/05. Associado a estas medidas dever ser implementado o Projeto de Monitoramento Ambiental dos efluentes a serem lanados. Os procedimentos de tratamento, controle e monitoramento dos efluentes lquidos inorgnicos devem fazem parte do Programa de Gerenciamento de Efluentes Lquidos e Projeto de Monitoramento Ambiental. Recomenda-se que a planta de tratamento do esgoto sanitrio seja mantida nos padres estabelecidos pela IMO/MARPOL. Implementar no Programa de Monitoramento um controle permanente da gua de resfriamento e das guas oleosas recolhidas nas Durante a atividade unidades, garantindo que os sistemas de tratamento do FPSO estejam em conformidade com a CONAMA 357/05. Associado a estas medidas dever ser implementado o Projeto de Monitoramento Ambiental dos efluentes e resduos a serem lanados Recomenda-se o controle contnuo dos efluentes orgnicos e inorgnicos de forma a garantir a eficincia dos sistemas e assegurar que esses descartes estejam em conformidade com a CONAMA 357/05. Associado a estas medidas dever ser implementado o Projeto de Monitoramento Ambiental dos efluentes a serem lanados. Os procedimentos de tratamento, controle e Durante a atividade monitoramento dos efluentes lquidos inorgnicos devem fazem parte do Programa de Gerenciamento de Efluentes Lquidos e Projeto de Monitoramento Ambiental. Recomenda-se no interferir no processo de incrustao da comunidade bentnica, pois as mesmas permitem a atrao de diversas populaes de peixes, moluscos e crustceos.

Interferncia no ambiente marinho pelo descarte da gua de produo e outros efluentes inorgnicos

Preventiva e Corretiva

Elevada

Comunidade Bitica (Planctnica, Nectnica e Bentnica)

Interferncia no ambiente marinho por descarte de efluentes e resduos orgnicos

Preventiva

Elevada

Atrao e desenvolvimento de organismos marinhos

Preventiva

Moderada

(continua)

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Quadro II.7-1 (continuao)Fatores de Sensibilidade Fatores de Impacto Medidas de Controle e Ajuste Indicadas Fase de Adoo Carter Eficcia Recomenda-se no interferir no processo de incrustao da comunidade bentnica nas estruturas das unidades (linhas flexveis e FPSO) permitindo, assim, que o desenvolvimento Durante a atividade desses organismos (plantas e animais) venha aumentar a diversidade local e atrair outras populaes de peixes, moluscos e crustceos. Considerando a grande extenso das reas para evaso de organismos aquticos que possam ser perturbados pelo rudo e luminosidade das atividades de rotina das unidades, no se prev medidas direcionadas para este impacto. Durante a atividade Recomenda-se que, caso seja visualizada a presena de alguma espcie (de cetceo) na rota, a atividade (lanamento de linhas) seja interrompida temporariamente at a passagem dos cetceos. No existem medidas direcionadas para este impacto, , uma vez que as comunidades bentnicas costumam se reestruturar em pouco tempo. -

Desenvolvimento de comunidades biolgicas incrustantes

Preventiva

Moderada

Interferncia na comunidade nectnica pela gerao de rudo e luminosidade Comunidade Bitica (Planctnica, Nectnica e Bentnica)

Preventiva

Alta

Enterramento do gasoduto no trecho martimo Ressuspenso de sedimentos do fundo ocenico

-

-

Introduo de espcies exticas

Qualidade da gua

Descarte de efluentes inorgnicos

Recomenda-se a docagem das unidades que iro operar no empreendimento para limpeza e pintura (anti-incrustante) dos cascos. Recomenda-se ainda a adoo dos procedimentos da ANVISA, em conformidade com a IMO para evitar a possibilidade de introduo de espcies Antes e durante a atividade Preventiva exticas. Caso venha a ocorrer o efetivo sucesso ecolgico de espcies eventualmente introduzidas, recomenda-se ainda a avaliao da viabilidade de implantao de mtodos de controle biolgico, em funo das caractersticas destas espcies. Recomenda-se o controle contnuo do teor de leos e graxas, da temperatura do efluente final, atravs de sensores automticos no FPSO que interrompam o descarte no caso dos limites estabelecidos serem ultrapassados, alm do controle do volume de gua Preventiva e dessulfatada descartada, de forma a garantir a eficincia Durante a atividade Corretiva dos sistemas e assegurar que esses descartes estejam em conformidade com a CONAMA 357/05. Os procedimentos de tratamento, controle e monitoramento dos efluentes lquidos inorgnicos devem fazem parte do Programa de Gerenciamento de Efluentes Lquidos e Projeto de Monitoramento Ambiental.

Alta

Elevada

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(continua) Quadro II.7-1 (continuao)Fatores de Sensibilidade Fatores de Impacto Medidas de Controle e Ajuste Indicadas Fase de Adoo Carter Eficcia Recomenda-se que a planta de tratamento do esgoto sanitrio seja mantida nos padres estabelecidos pela IMO/MARPOL. Implementar no Programa de Durante a atividade Monitoramento um controle permanente da gua de resfriamento e das guas oleosas recolhidas nas unidades, garantindo que os sistemas de tratamento do FPSO estejam em conformidade com a CONAMA 357/05. Recomenda-se a implementao do Treinamento dos Trabalhadores a fim de se evitar ou minimizar a ocorrncia de acidentes, bem como uma efetiva manuteno da frota de embarcaes supply e dos equipamentos de transferncia de insumos pelas empresas contratadas, garantindo uma permanente avaliao de suas condies de funcionamento e segurana. Durante a atividade Recomenda-se ainda, como medida corretiva, na ocorrncia de derramamento de leo diesel de maiores propores, a partir da unidade de produo ou dos barcos supply, que a empresa adote mtodos fsicos, qumicos e/ou biolgicos para conter e recuperar o volume derramado, antes que a mancha de leo atinja reas crticas em termos de valor ecolgico e socioeconmico.

Qualidade da gua

Descarte de efluentes e resduos orgnicos

Preventiva

Elevada

Qualidade da gua e Comunidade Bitica (Plncton, Ncton e Bentos)

Interferncia no ambiente marinho por acidentes na movimentao de cargas

Preventiva e Corretiva

Elevada

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Quadro II.7-1 (continuao)Fatores de Sensibilidade Fatores de Impacto Medidas de Controle e Ajuste Indicadas Fase de Adoo Carter Eficcia Recomenda-se a aplicao das normas de segurana e proceder aos devidos treinamentos dos operadores embarcados, para que em situaes de emergncia seja preservada a integridade e estabilidade das unidades martimas, alm de preservar tambm as vidas humanas. Implementar o Plano de Gerenciamento de Riscos para a unidade FPSO, bem como utilizar-se do Plano de Emergncia Individual e de Contingncia permanentemente atualizados e respaldados por um treinamento contnuo das instituies e recursos humanos. Implementar sistemas de controle e manuteno dos equipamentos e operaes que ofeream riscos de derrames acidentais de leo nas unidades, garantindo uma permanente avaliao de suas condies de Durante a atividade funcionamento e segurana. Recomenda-se tambm, caso as medidas mitigadoras preventivas no sejam suficientes para evitar a propagao das plumas de disperso de leo, a adoo de medidas compensatrias para os eventuais danos ambientais causados aos ecossistemas atingidos, alm de priorizar a imediata limpeza dos mesmos. Consideram-se ainda como medidas previstas para o meio antrpico, indenizaes e apoio especfico comunidade pesqueira eventualmente atingida, alm do ressarcimento dos eventuais prejuzos do setor ligado ao turismo entre outros. Outras medidas compensatrias podero ser previstas aps avaliao da extenso dos prejuzos, bem como em funo daqueles provocados ao meio socioambiental. Recomenda-se a manuteno e operao adequada do flare e demais equipamentos com potencial para gerao de emisses atmosfricas. Os procedimentos de gerenciamento das Durante a atividade emisses atmosfricas fazem parte do Programa de Gerenciamento de Emisses Atmosfricas, contido no Projeto de Controle da Poluio. No existem medidas direcionadas para este impacto, considerando a uniformidade tecnolgica aplicada ancoragem de unidades offshore, instalao e recolhimento de linhas de leo e gs e estruturas submersas, bem como a elevada profundidade onde ser efetuada a atividade e o baixo hidrodinamismo local.

Qualidade da gua e Comunidade Bitica (Plncton, Ncton e Bentos)

Contaminao ambiental por derrame acidental de leo

Preventiva e Compensatria

Elevada

Qualidade do Ar

Alterao na qualidade do ar

Preventiva

Alta

Qualidade do Sedimento

Ressuspenso de sedimentos do fundo ocenico

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II.7.2 PROJETOS DE CONTROLE E MONITORAMENTOA Atividade Produo e Escoamento de Gs Natural e Petrleo no Campo de Camarupim, Bacia do Esprito Santo, a ser realizada pela Petrobras potencialmente impactante, sendo que tais impactos refletem principalmente nos Fatores de Sensibilidade, dentre os quais destacamos os aspectos socioeconmicos, qualidade da gua, comunidade bitica (planctnica, nectnica e bentnica), qualidade do sedimento e qualidade do ar, a partir dos quais foram definidas medidas mitigadoras para serem incorporadas em programas e implementadas nas fase de ps-licena, subseqentes desta atividade. Nestes programas esto indicadas estratgias de ao, objetivos a alcanar em termos de mitigao, o alvo das aes a serem empreendidas, o executor e demais intervenientes. Os programas ambientais descritos neste captulo so abaixo relacionados: II.7.1 Projeto de Monitoramento Ambiental: visa fornecer subsdio para avaliar a evoluo das potenciais alteraes scio-ambientais na rea de influncia do empreendimento, acompanhando e quantificando, atravs de tcnicas de amostragem os indicadores ambientais, buscando, sempre que possvel, mitigar os efeitos deletrios dessa operao; II.7.2 Projeto de Controle da Poluio: inserido num contexto continuado na rea de influncia do empreendimento, pretende gerenciar de maneira a minimizar os impactos provenientes da gerao de efluentes lquidos e resduos slidos da unidade de produo e unidades de lanamento de linhas que atuam na fase de instalao; II.7.3 Projeto de Monitoramento do Desembarque Pesqueiro: objetiva identificar e avaliar os possveis efeitos do empreendimento na atividade pesqueira, decorrentes das atividades de implantao do sistema de produo e escoamento, atravs do monitoramento dirio do desembarque pesqueiro;

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II.7.4 Projeto de Comunicao Social: inserido num contexto continuado na rea de influncia do empreendimento, compreende a divulgao do empreendimento, os impactos a ele relacionados e as aes a serem tomadas em funo de cada impacto; II.7.5 Projeto de Educao Ambiental: inserido num contexto continuado na rea de influncia do empreendimento, desenvolve entre os participantes, conhecimentos que possibilitem a prtica de aes que resultem em atitudes individuais e coletivas de preservao e respeito ao meio ambiente; II.7.6 Projeto de Treinamento dos Trabalhadores: inserido num contexto continuado na rea de influncia do empreendimento, atua sobre a mo-deobra da unidade de produo e das embarcaes lanadoras de linhas da fase de instalao, abordando o potencial poluidor da atividade e a melhor forma de desenvolv-la; e II.7.7 Projeto de Desativao da Atividade: objetiva garantir que a retirada da unidade de produo e o abandono dos poos sejam realizados de forma adequada e sem prejuzos ao meio.

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II.7.1 PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL II.7.1.1 JustificativaConsiderando principalmente a identificao e avaliao dos impactos ambientais referentes aos meios fsico-qumico e bitico, na rea de influncia da atividade de produo e escoamento de gs natural e petrleo no Campo de Camarupim, Bacia do Esprito Santo, tal atividade revelou-se potencialmente impactante, com magnitude variando entre baixa a alta. Embora estes impactos sejam considerados potenciais (exceto os socioeconmicos), considera-se de extrema relevncia que seja implementado um Projeto de Monitoramento dos indicadores ambientais da rea de influncia e com a perpetuao deste, obter uma base de informaes dos bioindicadores em campanhas futuras, bem como no acompanhamento das condies ambientais normais e durante improvveis situaes de emergncia e acidente. Portanto, os resultados do monitoramento obtidos durante a operao devero aprimorar uma melhor avaliao dos impactos decorrentes desta e de outras atividades semelhantes a serem instaladas na Bacia do Esprito Santo. Acrescido a isto, ressalta-se a importncia cientfica, devido escassez de informaes de longo prazo especficas sobre a qualidade da gua e biota na regio. Para este Projeto, em processo de licenciamento, foi mantida a estrutura dos Projetos de Monitoramento Ambiental dos Mdulos I (FPSO Capixaba), II (FPSO Cidade de Vitria) e FPSO Seillean (Petrobras/Cepemar, 2005ab e Petrobras/Concremat, 2006), sendo tambm incorporadas as solicitaes encaminhadas pela CGPEG/IBAMA, mediante seus Pareceres Tcnicos para a sua aprovao. Assim esto sendo apresentadas a estratgia amostral, conforme apresentado nos Projetos supra informados e implementadas nos Relatrios das campanhas de caracterizao e monitoramento ambiental (campanha pr- e operacional) no entorno das reas onde esto instaladas as unidades FPSO Capixaba e Seillean, assim como a freqncia e durao do Projeto, a malha amostral, os parmetros, as metodologias de coleta, preservao e de anlise. Desta forma, tem-se o objetivo de procurar unificar os procedimentos de monitoramento ambiental, visando a obteno de dados cientficos

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potencialmente comparveis entre os diversos campos na mesma bacia sedimentar. Justifica-se a no incluso de amostragem de sedimento para o empreendimento do Campo de Camarupim, considerando os seguintes aspectos: 1) A gesto ambiental do Sistema de Produo e Escoamento do FPSO Capixaba (Mdulo I) e do TLD do FPSO Seillean j contemplaram a caracterizao e monitoramento de sedimento, entre 2005 e o corrente ano, quando foram implementadas: 2005- Campanhas pr-operacionais de caracterizao de sedimento da rea do FPSO Capixaba (Mdulo I) e do sistema de escoamento (traado do gasoduto). (Obs: ressaltamos que o traado do gasoduto do Campo de Camarupim, correr paralelo ao do Mdulo I, sendo essa a principal justificativa apresentada) e 2005-2006- Campanhas de caracterizao e monitoramento na rea do FPSO Seillean, sendo a ltima campanha implementada na 2 quinzena de outubro/2006); 2) A rea do FPSO Cidade de So Mateus encontra-se prxima do Campo de Golfinho (rea onde se encontram os FPSOs Capixaba e Seillean), apresentando similaridade batimtrica nos locais onde esto posicionadas as UEPs (guas ultra-profundas). Alm disto, os sistemas de escoamento para a UTCG encontram-se justapostos. Justifica-se a no incluso de campanhas pr-operacionais para o empreendimento do Campo de Camarupim, considerando os seguintes aspectos: 1) Que o propsito de campanhas pr-operacionais permitir a caracterizao do background regional, antes da instalao/operao de qualquer empreendimento offshore, para posterior comparao e avaliao dos resultados com campanhas de monitoramento subseqentes;

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2)

Assim, sero utilizados para este baseline ambiental, os resultados das campanhas pr-operacionais relativos aos empreendimentos FPSO Capixaba (Mdulo I) e FPSO Seillean como dados para comparao e avaliao do potencial impacto do lanamento de efluentes no entorno da unidade, restringindo-se a monitorar o compartimento gua (fsico e bitico) e

3)

Conforme anteriormente apresentado, pela proximidade entre as UEPs e similaridade do corpo receptor na regio oceanogrfica em questo.

Este Projeto de Monitoramento Ambiental foi elaborado obedecendo s diretrizes gerais definidas pela CGPEG/IBAMA, baseado em especificaes tcnicas desenvolvidas pela equipe do CENPES que esto sendo realizadas em outros campos e unidades da Petrobras.

II.7.1.2 - ObjetivosGeral O presente Projeto ter como objetivo principal identificar e avaliar os possveis efeitos no meio ambiente oriundos da atividade de produo de hidrocarbonetos a partir da unidade FPSO Cidade de So Mateus. Especficos 1- Monitorar as caractersticas fsicas e qumicas da gua do mar; 2- Monitorar as variaes quali-quantitativas das comunidades planctnicas com relao sua distribuio espacial e temporal; 3- Monitorar as variaes quali-quantitativas das comunidades nectnicas (ictiofauna) com relao a sua distribuio espacial e temporal; 4- Caracterizar atravs de ensaios fsicos, qumicos e ecotoxicolgicos (com os organismos-teste Mysidopsis juniae e Lytechinus variegatus), a gua produzida e o leo 1;

1

Em caso de confirmao da produo de leo no Campo de Camarupim.

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5- Realizar uma modelagem especfica para simular o deslocamento da disperso da pluma de gua de produo aps o seu lanamento pelo FPSO Cidade de So Mateus.

II.7.1.3 - MetasPara alcanar os objetivos propostos ao longo do monitoramento, foram adotadas as seguintes metas: 1- Efetuar 2 campanhas oceanogrficas por ano, durante toda a vida til do empreendimento, para coleta de gua do mar e biota, para anlise de diversos parmetros ambientais, de modo a atender aos objetivos especficos 1 a 3. 2- Efetuar 1 coleta e anlise da gua de produo (aps o incio da sua gerao) e do leo produzido (aps o incio da operao). 3- Efetuar a coleta e anlise da gua de produo sempre que ocorrerem mudanas na formulao do sistema de injeo qumica; 4- Realizar uma modelagem especfica para simular o deslocamento da pluma de gua de produo (aps sua gerao) lanada pelo FPSO Cidade de So Mateus. 5- Dispor de informaes sobre as caractersticas da atividade pesqueira, antes e durante a fase de instalao do gasoduto.

II.7.1.4 - Indicadores de Implementao das MetasOs indicadores devem refletir o cumprimento das metas, e diante de sua observao contnua, o andamento do Projeto. Apresentamos a seguir os indicadores de implementao das metas para este Projeto de Monitoramento Ambiental (Quadro II.7.1-1).Quadro II.7.1-1 - Indicadores de implementao das metas para o empreendimento.Indicadores de Implementao das Metas Metas

Nmero de campanhas oceanogrficas Efetuar 2 campanhas oceanogrficas por ano, durante realizadas por ano toda a vida til do empreendimento, para coleta de

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Indicadores de Implementao das Metas

Metas gua do mar e biota, para anlise de diversos parmetros ambientais, de modo a atender aos objetivos especficos 1 a 3.

Nmero de coletas e anlises realizadas na gua produzida e leo. Nmero de coletas e anlises realizadas na gua produzida versus n

Efetuar 1 coleta e anlise da gua de produo (aps o incio da sua gerao) e do leo produzido (aps o incio da operao).

de Efetuar a coleta e anlise da gua de produo

modificaes no tipo e quantidade dos sempre que ocorrerem mudanas na formulao do produtos qumicos injetados na planta de sistema de injeo qumica. processo. Nmero de modelagens do deslocamento da pluma de gua de produo efetuadas aps o incio de seu lanamento. Realizar uma modelagem especfica para simular o deslocamento da pluma de gua de produo (aps sua gerao) lanada pelo FPSO Cidade de So Mateus.

II.7.1.5 - Pblico-Alvo O empreendedor e instituies cientficas interessadas em ampliar o conhecimento acerca do ecossistema na rea de Influncia e da qualidade da gua. IBAMA, com destaque para os rgo e departamentos que mantm programas ligados proteo da fauna marinha e qualidade ambiental.

II.7.1.6 - MetodologiaMonitoramento ambiental O Projeto de Monitoramento Ambiental da unidade FPSO Cidade de So Mateus dever se iniciar aps obteno da Licena de Operao, onde campanhas (de vero e inverno) sero desenvolvidas anualmente, de acordo com

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o cronograma apresentado na Quadro II.7.1-2, at o encerramento das atividades. Sendo assim, ao longo de todo o desenvolvimento at o final das operaes do empreendimento, monitoramento. prev-se a realizao de 20 (vinte) campanhas de

Quadro II.7.1-2 - Cronograma do Projeto de Monitoramento Ambiental do FPSO Cidade de So Mateus.Monitoramento Ambiental FPSO Cidade de So Mateus Ano 1 Campanhas I = Inverno / V = Vero I Caracterizao fsico-qumica da gua do mar Monitoramento das comunidades planctnica e nectnica Caracterizao fsica, qumica e ecotoxicolgica do leo produzido Caracterizao fsica, qumica e ecotoxicolgica da gua produzida V I V I V I V Operao

Ano 2

Ano ....

Ano 10

Cabe salientar que, como todo Projeto de Monitoramento, a estratgia amostral bem como os indicadores ambientais, devero ser avaliados com relao a sua eficcia e mudanas podero ser sugeridas. Ressalta-se que a periodicidade acima proposta refere-se ao monitoramento da qualidade dgua e biota no ambiente marinho. Com relao gua e ao leo produzidos no FPSO Cidade de So Mateus, sero realizadas duas coletas no primeiro ano de operao (Ano 1) para a caracterizao fsico-qumica e ecotoxicolgica, no havendo necessidade de sua manuteno peridica, uma vez que no se esperam alteraes significativas na qualidade dos mesmos. Novos testes de toxicidade e caracterizao fsico-qumica da gua produzida devero ser realizados e encaminhados CGPEG/IBAMA, sempre que ocorrerem mudanas na formulao do sistema de injeo qumica.

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1) Estratgia Amostral Qualidade da gua Parmetros Fsico-qumicos e Biolgicos (Figura II.7.1-1) O principal critrio levado em conta para se definir a alocao dos pontos amostrais para gua foi o sentido da corrente superficial preferencial na regio. Conforme informado anteriormente, como o FPSO Cidade de So Mateus ainda no entrou em operao, no se encontram disponveis as informaes necessrias para se rodar uma modelagem especfica para o descarte de gua e leo de produo para esta unidade. Entretanto, considerando as caractersticas ocenicas da rea, e a proximidade entre o Campo de Camarupim e O Mdulo I de Golfinho (FPSO Capixaba) e as similaridades da condio de lanamento deste efluente, espera-se que os resultados a serem obtidos com a modelagem para o FPSO Cidade de So Mateus sejam similares aos resultados tericos obtidos para o FPSO Capixaba. Conforme os resultados apresentados para o entorno do FPSO Capixaba, o leo presente na gua produzida sofre uma diluio inicial maior que 2.000 vezes, a aproximadamente 100 metros de distncia do FPSO Capixaba. Portanto, a maior concentrao esperada para o campo prximo corresponde a aproximadamente 0,0081 mg/L no vero e 0,0067 mg/L no inverno. Aps 24 horas de simulao, o maior dimetro da pluma foi de, aproximadamente, 1.000 m nos perodos de vero e de inverno (Petrobras/Cepemar, 2006). Reiteramos que uma meta deste Projeto rodar uma modelagem especfica para simular o deslocamento da pluma de gua e leo de produo do FPSO Cidade de So Mateus. Aps a obteno destes resultados, caso necessrio, a malha amostral (horizontal/vertical) deste Projeto poder ser ajustada. Para tanto, ser solicitada uma anuncia a essa CGPEG/IBAMA, devendo ser explicitado o motivo do eventual ajuste. Buscando cobrir pequenas variaes no sentido de deslocamento da pluma de lanamento de gua e leo de produo e acompanhar o formato em leque normalmente evidenciado, as estaes de amostragem foram dispostas de forma a aumentar a distncia entre si, medida que se afastam do FPSO Cidade de So Mateus.

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FPSO Cidade de So Mateus

Figura II.7.1-1- Desenho esquemtico da malha amostral de gua e plncton no entorno FPSO Cidade de So Mateus.

Considerando que predomina na regio a Corrente do Brasil, que apresenta freqentemente um deslocamento no sentido do quadrante norte para sul ser estabelecida inicialmente a seguinte malha amostral: As amostras de gua sero coletadas em 13 (treze) estaes, sendo uma controle, distando 3.000 m a montante da futura locao do FPSO e as outras 12 estaes sero posicionadas a uma distncia de 100, 500, 1.000 e 3.000 m, a jusante. Nestas estaes sero registrados dados fsicos (condutividade, temperatura, salinidade e densidade) at 200m com um perfilador CTD. As profundidades utilizadas nas coletas das amostras de hidroqumica e fitoplncton sero: superfcie, 50% acima da termoclina, termoclina, 50% abaixo da termoclina, a 50,

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100, 150 e 200 m. Nas estaes centrais ser coletada gua tambm nas profundidades de 10, 20, 30 e 40 m. Comunidade Nectnica As amostras da ictiofauna sero obtidas por pesca de espinhel, a ser realizada a montante e a jusante da unidade de produo com relao s correntes predominantes. 2) Procedimentos de Coleta e Anlise Compartimento gua As amostras de gua devero ser obtidas com uma garrafa de Niskin (revestida com teflon) em cada ponto amostral e profundidades. A exceo referese s amostras para anlises de contaminantes orgnicos (hidrocarbonetos e fenis), devendo estas amostras serem realizadas com garrafa do tipo Go-Flo revestida com teflon. O Quadro II.7.1-3 apresenta a compilao de todos os parmetros a serem avaliados de forma a se promover a caracterizao e o monitoramento da qualidade dgua. Constam tambm neste quadro as metodologias para coleta de dados e/ou amostras, preservao de amostras, alm das metodologias analticas e os limites de deteco para os parmetros pertinentes.Quadro II.7.1-3 - Compilao dos parmetros, metodologias de coleta e preservao, metodologias analticas e limites de deteco para o compartimento gua.Parmetros Temperatura* Salinidade* Condutividade* Transparncia* PH* Oxignio Dissolvido* Metodologia de Coleta e Preservao CTD (perfilagem contnua) at 200m de profundidade CTD (perfilagem contnua) at 200m de profundidade CTD (perfilagem contnua) Disco de Secchi Niskin (primeira amostrada drenada) Niskin (primeira amostrada drenada) Niskin ( 1L congelamento) Metodologia Analtica Sensor multiparmetro Sensor multiparmetro Ortofosfato - mtodo fosfomolibdico e Fosfato total digesto em meio cido e anlise pelo mtodo anterior Limite de Deteco Estimado a partir do desvio padro do branco e do fator de calibrao

Fosfato

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Parmetros

Metodologia de Coleta e Preservao

Metodologia Analtica (Grasshoff et al., 1983)

Limite de Deteco Estimado a partir do desvio padro e do fator de calibrao Estimado a partir do desvio padro e do fator de calibrao Estimado a partir do desvio padro e do fator de calibrao Estimado a partir do desvio padro e do fator de calibrao -

Nitrito

Niskin ( 1L congelamento)

Mtodo da diazotao (Grasshoff et al., 1983) Reduo em coluna de Cd-Cu seguido de diazotao (Grasshoff et al., 1983) Mtodo azul de indofenol (Strickland & Parsons, 1972) Mtodo silicomolibdico (Grasshoff et al., 1983). Mtodo gravimtrico Filtrado novamente acidificado e submetido oxidao cataltica em alta temperatura Filtros acidificados e oxidados atravs de combusto EPA 8270C (CG-EM) EPA - 8015 (CG-FID) Standard Methods n 4500o

Nitrato

Niskin ( 1L congelamento) Niskin ( 1L congelamento) Niskin (1L congelamento) Niskin (2L; filtrao em fibra de vidro 0,45 m e filtros armazenados na geladeira) Filtrado obtido aps a filtrao do MPS acidificado com cido fosfrico (armazenados na geladeira) Mesmos filtros utilizados no MPS Go-Flo (1,7 L) (preservao em geladeira) Niskin (preservao com acetato de zinco e conservao em geladeira) Go-Flo (preservao com cido sulfrico e conservao em geladeira) Niskin (2 4 L; filtrao em membranas de celulose 0,45 m e filtros congelados)

Nitrognio amoniacal Silicato Material particulado em suspenso MPS** Carbono orgnico dissolvido COD** Carbono orgnico Particulado COP** HPAs 16 prioritrios n-alcanos

-

2ng.L-1 48ng.L-1

Sulfetos Fenis

0,01 mg/l 1g/l

mtodo SMWWE com separao de troca inica Extrao acetona 90%, uso de espectrofotmetro

Clorofila-a**

0,02 g.L-1

* Anlises ou medies que devem ser feitas a bordo. ** Filtrao deve ser realizada a bordo.

Qualidade do leo e da gua de produo No momento que o FPSO Cidade de So Mateus entrar em operao, as

amostras de gua de produo devero ser coletadas em um local de maior energia, com regime turbulento, preferencialmente em trecho vertical (Ex. sada do hidrociclone), garantindo com isso maior homogeneidade das amostras. O leo dever ser coletado em lote, tanque ou linha no FPSO. Apresenta-se a seguir as anlises fsico-qumicas e ecotoxicolgicas que devero ser implementadas.

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Os frascos a serem utilizados na amostragem da gua de produo devero ser limpos de acordo com os seguintes procedimentos: 1) Lavagem comum com solvente para eliminar interferentes orgnicos: a) esvaziar o frasco; b) lavar e escovar o frasco e a tampa com detergente neutro, e escovar o frasco internamente; c) enxaguar o frasco e a tampa trs vezes com gua de torneira; d) garantir que no ficou resduo de detergente no frasco de amostragem; e) enxaguar o frasco e a tampa trs vezes com gua destilada e/ou deionizada; f) deixar os frascos e as tampas invertidas at secar; g) rinar com acetona e aps com clorofrmio. 2) Lavagem cida: a) Colocar cido ntrico (1:1) at metade do frasco, agitar, esvaziar e enxaguar pelo menos cinco vezes com gua destilada e/ou deionizada. Metodologia de coleta de leo referente caracterizao fsico-qumica e ecotoxicolgica ser efetuada utilizando 1 frasco mbar novo (nunca usado) de 1L (um litro) com batoque e tampa de rosca. Quanto identificao dos frascos de amostras, esta dever apresentar as informaes abaixo, com nfase ao parmetro a ser analisado no laboratrio (Ex: Fenis, BTEX, metais, etc) e a forma que a amostra foi preservada. As etiquetas devem ser protegidas por plstico, escritas com caneta esferogrfica ou lpis, de forma a garantir a sua integridade e evitar manchas. Segue abaixo um exemplo do modelo de etiqueta que dever ser utilizado (Quadro II.7.1-4):Quadro II.7.1-4 - Modelo de etiqueta para a caracterizao da gua e leo de produo.Data de amostragem: Tipo da Amostra (leo ou gua): Anlise: Origem: Dimetro da linha de tubulao: Responsvel: Observaes:Obs: Nomear as amostras de forma simples e clara.

Hora: Preservao: Ponto de coleta (lote ou tanque ou linha): Tipo de leo:

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Em se tratando do ponto para amostragem da gua de produo, conforme informado anteriormente, dever ser escolhido um local de maior energia, em regime turbulento, preferencialmente em trecho vertical (Ex: sada do hidrociclone), garantindo com isso maior homogeneidade das amostras. As amostras destinadas a este Projeto sero do tipo simples, ou seja, coletadas num determinado instante, diretamente nos frascos de armazenamento. Deve ser levado para o local de amostragem um isopor de tamanho adequado com gelo para acomodao de todas as amostras que necessitem de refrigerao. Os reagentes para preservao j estaro no prprio frasco. Tais frascos s devero ser abertos no momento da coleta. Para as anlises orgnicas o frasco nunca deve ser enxaguado com a amostra para evitar que haja adeso de material oleoso no interior do frasco, ocasionando falsos resultados. Para as anlises de THP, fenis e HPA a amostra ser a mesma (coletada em 1 litro). Para a anlise de BTEX, os frascos devem estar completamente preenchidos, evitando o aprisionamento de ar (headspace). As amostras devem ser mantidas em frascos hermeticamente fechados e acondicionadas na caixa de isopor com gelo. Tal acondicionamento deve ser feito de maneira que no se tenha prejuzo s informaes das etiquetas e que se reduza o atrito entre os frascos para que estes no venham a se quebrar. O Quadro II.7.1-5 apresenta uma compilao dos parmetros a serem analisados para gua e leo de produo, a metodologia para coleta, preservao e validade das amostras.Quadro II.7.1-5 - Compilao dos parmetros, metodologia de coleta (tipo de frasco e volume), preservao e validade das amostras para anlise da gua de produo.Parmetro Toxicidade (Aguda e crnica) usando, respectivamente, Mysidopsis juniae (CETESB, 1992a) e Lytechinus variegatus (CETESB, 1992b) Slidos totais leos e Graxas Volume de amostra (ml) Preservao Frasco de coleta Validade Observao

4000 (at a boca)

refrigerar a 4C

vidro

2 dias

Limpeza comum dos frascos

1000 1000

Refrigerar adicionar HCl

vidro vidro

2-7 dias 28 dias

Mtodo gravimtrico.

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Parmetro

Volume de amostra (ml)

Preservao ou H2SO4 at pH